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SILVANA FERRO ZONATTO

A INTEGRAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO

BÁSICA

CURITIBA-PR

2012

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

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A INTEGRAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO

BÁSICA

Artigo apresentado à SEED e FAFIPAR como

requisito de conclusão do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE,

ofertado pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná e acompanhado pela

Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e

Letras de Paranaguá- FAFIPAR, sob a

orientação da Professora Mestra Elizabeth

Regina Streisky de Farias.

CURITIBA – PR

2012

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A Integração entre Educação Profissional e Educação Básica

RESUMO

Autor: Zonatto, Silvana Ferro 1

Orientadora: Farias, Elizabeth Regina Streisky de 2

O presente artigo tem por objetivo a reflexão a respeito dos desafios que a escola pública vem enfrentando em relação à Educação Profissional. Em 2003, o Estado do Paraná, retomou a discussão em âmbito estadual a fim de reestruturar a Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio assumindo uma concepção de ensino e currículo em que o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia constituem fundamentos sobre os quais os conhecimentos escolares devem ser trabalhados e assegurados com a perspectiva de uma escola unitária e de uma educação politécnica. É a partir dessa concepção que as equipes diretivas e pedagógicas das escolas estaduais orientam os professores na elaboração de seus planos de trabalho docente e percebem a dificuldade dos mesmos em articular e integrar os conteúdos sócio-culturais aos científicos e tecnológicos. A metodologia utilizada é a pesquisa-ação e foi desenvolvida com os profissionais da Educação Profissional de um Colégio Estadual em Curitiba e com os professores da rede que participaram do Grupo de Trabalho em Rede – GTR.

Palavras-chave: educação profissional; educação básica; integração.

1Professora PDE da Rede Pública Estadual SEED

2 Professora Mestra, vinculada ao departamento de Educação da FAFIPAR (Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá), no curso de pedagogia.

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1 Introdução

Este artigo vem ao encontro de uma dificuldade percebida nos

planejamentos docentes da Educação Profissional Integrada.

Mesmo após estudos e discussões realizadas a respeito do documento

das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Profissional percebe-se que

ao planejar os professores encontram dificuldades em articular e integrar os

conhecimentos histórico-sociais, como condição para uma sólida formação

científico-tecnológica a fim de proporcionar uma educação emancipatória que

busca garantir o acesso e o direito de todo cidadão ao trabalho.

Porque é importante compreender a necessidade da articulação e

integração dos conhecimentos históricos - sociais com os científicos -

tecnológicos?

Oportunizar a todos os profissionais envolvidos com a Educação

Profissional na forma Integrada uma reflexão a respeito da necessidade da real

efetivação entre as disciplinas da Educação Básica e Técnicas representa uma

possibilidade de contribuir para a melhoria da qualidade de ensino uma vez

que, através dessa articulação estaremos proporcionando ao nosso aluno a

oportunidade de adquirir os conhecimentos científicos, culturais e artísticos de

modo a melhorar suas condições de aprendizagem.

É preciso que o professor reflita sobre sua prática, tanto quanto aos

conteúdos, como quanto às atividades e como elas se processam no contexto

de ensino.

Cabe às escolas, desempenharem com qualidade seu papel na criação

de situações de aprendizagem que permitam ao aluno desenvolver as

capacidades cognitivas, afetivas e psicomotoras relativas ao trabalho

intelectual, sempre articulado, mas não reduzido, ao mundo do trabalho e das

relações sociais, com o que certamente estarão dando a sua melhor

contribuição para o desenvolvimento da prática social e produtiva.

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A escola não pode se descuidar da formação integral e nem

desconsiderar que a maioria dos nossos alunos precisa ter acesso ao

conhecimento científico e tecnológico que lhes permita uma formação

profissional que garanta igualdade de oportunidades.

Para tanto, é necessário que “os profissionais da escola assumam o

compromisso com a articulação e integração dos conhecimentos históricos

sociais como condição para uma sólida formação científico-tecnológica

caracterizada como indutora de um processo de educação emancipatória que

busca garantir o acesso e o direito de todo cidadão brasileiro e paranaense ao

trabalho.” (Diretrizes da educação profissional: fundamentos políticos e

pedagógicos. Paraná: 2006)

Para que possamos compreender a proposta da Educação Profissional

no Estado do Paraná se faz necessário um breve contexto histórico e legal.

Com base nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação

Básica do Estado do Paraná – Educação Profissional – a partir do advento da

Lei 9394/96, estabeleceu-se uma nova configuração para a Educação

Profissional através do Decreto n 2.208/97 e Portaria MEC n 646/97, com apoio

do Programa de Reforma de Educação Profissional – PROEP, (Portaria MEC n

1.005/97), que ocasionou grande repercussão nos sistemas federal e estadual

de ensino.

Esta nova configuração trouxe ações para a Educação Profissional

conduzida pelo Plano Nacional de Qualificação Profissional (PLANFOR), para

oferta da educação Profissional de nível básico “destinada à qualificação e re-

profissionalização de trabalhadores, independente de escolaridade prévia.”

(art.3, I do Decreto 2.208).

Houve a redução da oferta de ensino médio dos CEFETs e das escolas

técnicas federais ao nível de 50% da oferta de 1997 (portaria 646, art.3, Caput)

e implantaram-se cursos modulares, na forma de organização curricular

sequencial ou concomitante (art. 5, Caput).

Para a Educação Superior definiu-se (art.3, III) “correspondente a cursos

de nível superior na área tecnológica, destinados a egressos do ensino médio e

técnico”.

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Percebe-se que esta reforma separou as duas redes de ensino, uma

destinada à formação acadêmica, e outra, à formação profissional, gerando um

capítulo específico na LDB o que mais uma vez perpetuou a dicotomia do

Ensino Médio, ou seja, uma educação voltada para a formação das elites e

outra aos que ingressam precocemente no mundo do trabalho.

Coordenada pelo Ministério da Educação, a Reforma da Educação

Profissional teve como objetivo promover o re-ordenamento estrutural e

operacional do ensino técnico-profissional, separando-o da educação escolar

nas instituições públicas e na iniciativa privada, incentivou e promoveu, com

recursos públicos, a diversificação e a ampliação da oferta.

O principal instrumento jurídico dessa reforma foi o Decreto nº 2.208/97,

que estabeleceu os objetivos, níveis de modalidade da educação profissional

no país e os mecanismos de articulação desta com o ensino regular. O referido

Decreto regulamentou o § 2º do art.36, da LDB, que trata da educação

profissional em nível médio. Em seu art.5, dispõe que “a educação profissional

de nível técnico terá organização curricular própria e independente do Ensino

Médio podendo ser oferecida de forma concomitante ou sequencial a este.” E,

ainda, previu em seu art.8 a organização do ensino técnico, em forma de

módulos, possibilitando que a qualificação e a habilitação profissional fossem

obtidas através da soma de “certificados” de comprovação de competências e

habilidades e de aproveitamento de créditos das disciplinas da parte

diversificada do currículo do Ensino Médio, cursadas no mesmo

estabelecimento de ensino ou em instituições especializadas, desde que “o

prazo entre a conclusão do primeiro e do último módulo não exceda cinco

anos”. (Revista da III Conferência Estadual de Educação, 2002)

Em 1997, iniciou o Programa de Expansão da Educação Profissional

(PROEP/MEC) que constituiu o principal instrumento de implantação da

reforma, mediante a utilização de recursos da ordem de 500 milhões de dólares

para o período 1997-2003, com financiamento parcial do Banco Interamericano

de Desenvolvimento (BID).

O Decreto número 2.208/97 e o PROEP que materializaram a reforma

da Educação Profissional trouxeram como consequências a fragmentação da

rede pública e do sistema nacional de educação, o desmonte da rede pública e,

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em decorrência, a expansão da oferta de educação profissional pela iniciativa

privada e a submissão da educação à lógica e às práticas do mundo dos

negócios.

Para a rede estadual, a reforma ocasionou a desativação dos 1080

cursos profissionalizantes existentes até 1996, e a implantação do Programa

Expansão, Melhoria e Inovação do Ensino Médio (PROEM) que como

consequência remeteu à iniciativa privada a formação profissional técnica de

nível médio, inclusive com a utilização dos espaços das próprias escolas

públicas. Este Programa, também financiado com recursos do BID, representou

um “verdadeiro laboratório para criação e experimentação de alternativas para

o Ensino Técnico” por concordar com as orientações dos organismos

internacionais (FERRETTI, 1997).

No Estado do Paraná, em função dos resultados obtidos pelos

Programas (PROEP/MEC e PROEM/SEED), em 2003 constatou-se uma

precariedade de oferta da Educação Profissional, sob o ponto de vista

quantitativo, representado pelos dados de matrícula, que apontavam um total

de 13429 alunos matriculados até 2002.

Ao assumir a gestão 2003/2006 o Governo do Estado do Paraná

retomou a oferta da Educação Profissional instituindo o Departamento de

Educação Profissional e encerrou as atividades da Agência para o

Desenvolvimento da Educação Profissional (PARANATEC), que até 2002

gerenciava a oferta da Educação Profissional no Estado advinda da

implementação do PROEM.

Com esta ação o Estado reassumiu a gestão administrativa e

pedagógica da Educação Profissional com o compromisso de uma educação

pública de qualidade.

O que se constatava no Estado era uma oferta muito pequena de cursos

na Educação Profissional ressaltando que os cursos da área agropecuária e de

formação de professores mantiveram-se em atividade pela persistência de

seus diretores, docentes, técnicos e funcionários, os quais não aderiram ao

PROEM, decisão esta que implicou no não recebimento do apoio financeiro do

Estado para melhoria dos estabelecimentos de ensino.

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O Estado então iniciou fazendo um levantamento das reais

necessidades de expansão inclusive considerando a necessidade da

reestruturação curricular dos cursos na intenção de favorecer a formação do

cidadão/aluno/trabalhador, que precisa do acesso aos saberes técnicos e

tecnológicos requeridos pela contemporaneidade, o que resultou na revogação

do Decreto 2.208/97 e a promulgação do decreto 5.154/04.

Desta forma, surgiram propostas curriculares tendo em vista a formação

do cidadão/aluno, na perspectiva da oferta pública da educação Profissional

Técnica de Nível Médio, enfatizando o trabalho, a cultura, a ciência e a

tecnologia, como princípios fundadores da organização curricular integrada ao

ensino médio.

Dentro desta perspectiva o Estado começou a se organizar com relação

a Educação Profissional no que diz respeito a expansão e reestruturação

curricular, a instituição de quadro próprio de professores para essa modalidade,

a formação continuada do seu quadro docente e técnico, a melhoria da

estrutura física e material dos estabelecimentos e a sua manutenção.

As propostas foram encaminhadas ao Conselho Estadual de Educação

(CEE) e receberam sua aprovação através do Parecer 1095/03.

O CEE pelo Parecer 1028/03 também aprovou o Plano de Expansão dos

cursos de Educação Profissional para o ano de 2004.

A partir de 2004 iniciou-se a implantação de vários cursos de educação

profissional técnica de nível médio com organização curricular integrada ao

ensino médio e através do Decreto 5.154/04 foi legalizada a política curricular

implantada na Rede Estadual de Educação Profissional de Nível Técnico, em

todas as formas de oferta implantadas na rede pública estadual.

Com isso, a Educação Profissional só tem sentido de ser se for ofertada

sob uma ótica que venha a atender os alunos em sua totalidade. Para tanto, o

Estado do Paraná optou por uma concepção para a Educação Profissional que

visa à formação humana dos alunos que necessitam dos conhecimentos

científicos, tecnológicos e histórico-sociais adquiridos através da escolarização

e não a formação única que venha a atender o mercado de trabalho e a

empregabilidade.

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Conforme o disposto na LDB, a Educação Profissional por se

desenvolver de forma sistematizada em instituições próprias ao ensino,

inscreve-se no âmbito da educação escolar e articula-se à formação básica,

que deve ser comum a todos os brasileiros e brasileiras, de modo a assegurar-

lhes a formação indispensável ao exercício da cidadania, a efetiva participação

nos processos sociais e produtivos e à continuidade dos estudos, na

perspectiva da educação ao longo da vida.

Integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à

tecnologia, sua finalidade é conduzir ao permanente desenvolvimento de

aptidões para a vida produtiva (art.39), devendo ser desenvolvida em

articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação

continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho (art. 40).

Desta forma, a LDB propõe-se a enfrentar a dimensão que tem

estruturado a educação profissional ao longo de sua história, enquanto oferta

pública: a dualidade estrutural. Para tanto, define a educação em seu conceito

mais amplo, admitindo que ela supera os limites da educação escolar,

ocorrendo no interior das relações sociais e produtivas; reconhece, pois, as

dimensões pedagógicas do conjunto dos processos que se desenvolvem em

todos os aspectos da vida social e produtiva. Esta concepção incorpora a

categoria trabalho, reconhecendo a sua dimensão educativa, ao tempo que

reconhece a necessidade da educação escolar vincular-se ao mundo do

trabalho e à prática social.

Tendo por opção tratar a educação Nacional como totalidade, a LDB

incorpora todas as modalidades de educação, estabelecendo sua integração e

assegurando sua organicidade através da educação básica entendida

enquanto formação mínima necessária a todo e qualquer cidadão, respeitando

a diversidade.

. Por consequência, a Educação Profissional a ser desenvolvida através

de ações intencionais e sistematizadas sobre uma sólida base de educação

geral, científico-tecnológica e sócio-histórica, por concepção e por norma, é

parte integrante e indissociável da Educação Nacional.

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1.1 Trabalho como Princípio Educativo

Tomar o trabalho como princípio educativo e como categoria orientadora

das políticas, projetos e práticas de educação profissional implica em

reconhecer que cada sociedade, em cada modo de produção e regimes de

acumulação, dispõe de formas próprias de educação que correspondem às

demandas de cada grupo e das funções que lhes cabe desempenhar na

divisão social e técnica do trabalho. O exercício destas funções não se

restringe ao caráter produtivo, mas abrange todas as dimensões

comportamentais, ideológicas e normativas que lhe são próprias, elaborando a

escola sua proposta pedagógica a partir das demandas sociais.

Na escola humanista tradicional a dualidade estrutural se manifestava de

modo a separar claramente a educação geral da educação profissional nos

modos de organização da produção em que a distinção entre dirigentes e

trabalhadores era bem definida, a partir das formas de divisão social e técnica

do trabalho. Sendo assim sua proposta pedagógica era voltada à formação

geral da personalidade e ao desenvolvimento do caráter através da aquisição

de hábitos de estudo, disciplina, exatidão e compostura não objetivando a

formação técnica-profissional vinculada a necessidades imediatas.

No âmbito das formas tayloristas/fordistas de organizar o trabalho

capitalista no século XX desenvolveu-se uma rede de escolas de formação

profissional em diferentes níveis, paralela à rede de escolas destinadas à

formação propedêutica, com a finalidade de atender às funções instrumentais

inerentes às atividades práticas que decorriam da crescente diferenciação dos

ramos profissionais.

É essa diferenciação de escolas e redes que atende às demandas de

formação a partir do lugar que cada classe social vai ocupar na divisão do

trabalho que determina o caráter antidemocrático do desdobramento entre

escolas propedêuticas e profissionais, e não propriamente os seus conteúdos.

Assim é que o conhecimento tecnológico de ponta, embora organicamente

vinculado ao trabalho, não tem sido democratizado, porque se destina à

formação dos dirigentes e por longo tempo tem estado restrito à formação de

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nível superior. Da mesma forma, a versão geral do ensino médio disponibilizou

conhecimento propedêutico à classe trabalhadora, em decorrência das funções

que ela teoricamente passaria a ocupar a partir da base microeletrônica, e nem

por isso alterou-se sua posição de classe.

GRAMSCI (1978), ao analisar o americanismo e o fordismo, já

demonstrava a eficiência dos processos pedagógicos no contexto de

valorização do capital, à medida que, a partir das relações de produção e das

formas de organização e gestão do trabalho, então hegemônicas, são

concebidos e veiculados novos modos de vida, comportamentos, atitudes,

valores. Segundo KUENZER (1985), neste sentido a hegemonia, além de

expressar uma reforma econômica, assume as feições de uma reforma

intelectual e moral.

O fundamento deste novo tipo de trabalho é a fragmentação, sendo

assim o conhecimento científico e o saber prático são distribuídos

desigualmente, contribuindo no aumento da alienação dos trabalhadores.

A escola por sua vez, se constituiu historicamente como uma das formas

de materialização desta divisão, permitindo que a classe que detém o poder

material possuísse também os instrumentos materiais para a elaboração do

conhecimento e passa a expressar e a reproduzir esta fragmentação, através

de seus conteúdos, métodos e formas de organização e gestão.

Tomar o trabalho como princípio educativo, segundo KUENZER (1998,

p. 126), é entender que “a finalidade da escola que unifica cultura e trabalho é

a formação de homens desenvolvidos multilateralmente, que articulem à sua

capacidade produtiva as capacidades de pensar, de estudar, de dirigir ou de

controlar quem dirige”.

Com esta afirmação, a autora se referia à escola única do trabalho como

a proposta a ser defendida a partir da ótica dos trabalhadores, com base em

GRAMSCI (1968, p.121) “a escola unitária, ou de formação humanista (...) ou

de cultura geral deveria se propor a tarefa de inserir os jovens na atividade

social, depois de tê-los levado a certo grau de maturidade e capacidade, à

criação intelectual e prática e a certa autonomia na orientação e na iniciativa”.

Concebida desta forma, a escola única, elementar e média, propiciaria

uma sólida formação geral inicial que proporcionaria à criança e ao jovem um

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desenvolvimento amplo e harmonioso que lhe conferiria a capacidade de

trabalhar intelectual e praticamente.

Esta concepção conduz ao conceito de politecnia, que, como afirma

SAVIANI (2003), toma como pressuposto a possibilidade de que o processo de

trabalho se desenvolva de modo a assegurar a indissociabilidade entre

atividades manuais e intelectuais.

O compromisso com uma educação profissional adequada aos

interesses dos que vivem do trabalho, ao tomar como princípio educativo o

trabalho, implica em desenvolver um percurso educativo em que estejam

presentes e articuladas as duas dimensões, a teórica e a prática, em todos os

momentos da formação, contemplando ao mesmo tempo uma sólida formação

científica e a formação tecnológica de ponta, ambas sustentadas em um

consistente domínio das linguagens e dos conhecimentos sócio-históricos.

Com isto, a proposta político-pedagógica terá como finalidade o domínio

intelectual da tecnologia, a partir da cultura e contemplará no currículo, de

forma teórico-prática, os fundamentos, princípios científicos e linguagens das

diferentes tecnologias que caracterizam o processo de trabalho

contemporâneo, tomados em sua historicidade. Desta forma, permitirá ao aluno

dos cursos de formação profissional, com base na formação em nível médio,

compreender os processos de trabalho e em suas dimensões científica,

tecnológica e social, como parte das relações sociais.

De acordo com os pressupostos teóricos a Educação Profissional é

regida por princípios que epistemologicamente compreendem o processo de

produção do conhecimento a partir da atividade humana e consideram a

educação como direito do cidadão, a universalização do ensino, a escola

pública, gratuita e de qualidade, o combate ao analfabetismo, o apoio à

diversidade cultural, a organização coletiva do trabalho escolar tendo como

eixo fundante o currículo escolar, a pesquisa e a inovação tecnológica, a

otimização do espaço e do tempo escolar e a valorização dos profissionais da

educação.

A partir do entendimento que a Educação Básica e Profissional devem

estar integradas entende-se que as mesmas devem ser consubstanciadas no

compromisso com a cidadania dos trabalhadores através da garantia da

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Educação Básica e Profissional, pública e de qualidade, integrada às políticas

de geração de emprego e renda.

1.2 O Papel do Pedagogo

Diante do exposto é imprescindível que discutamos o papel do pedagogo

frente à Educação Profissional uma vez que, é a equipe pedagógica a

responsável pela mediação do processo educativo no sentido de trazer a

discussão com o intuito de redimensionar a qualidade do trabalho pedagógico e

reconfigurar o papel social da escola.

Segundo SAVIANI (1993), ao ser a escola um espaço de formação e de

emancipação deve estar comprometida com o acesso à cultura erudita, à

apropriação do conhecimento elaborado e ao saber sistematizado. O processo

de emancipação é uma tomada de decisão, é um tomar partido da classe que,

diante do abismo social, sustenta os que estão no aparato das forças

hegemônicas. Com efeito, o pedagogo escolar é “aquele que domina sintética e

intencionalmente as formas de organização dos processos de formação cultural

que se dão no interior das escolas.” O pedagogo tem, portanto, uma função

precípua na formação e difusão cultural e, por conseguinte política e social,

uma vez que o processo de emancipação é um processo de tomada de

decisão.

Segundo GRAMSCI (apud GADOTTI, 2004) o pedagogo é o intelectual

orgânico das massas, um profissional que compreende a natureza do trabalho

coletivo na escola e que percebe a necessidade de pensar a educação neste

processo de contradição: contra-hegemônico, que toma por base as condições

concretas e articula a educação às relações sociais democráticas e

emancipadoras.

É um profissional que pensa o papel da escola historicamente e que

media as relações pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia,

processo de avaliação, processo de ensino-aprendizagem e organização

curricular. O faz, contudo, à luz de uma concepção de educação voltada a um

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projeto de sociedade não excludente, não alienador, não reacionário ou

conservador, mas um projeto de educação coletivo, democrático e

comprometido com o acesso das classes populares ao conhecimento

sistematizado, deve ser mediado pela ação pedagógica no sentido de lutar por

políticas educacionais pela via do projeto pedagógico da escola.

“A escola é instrumento para elaborar intelectuais de diversos níveis.

Todos os homens são intelectuais, poder-se-ia dizer então, mas nem todos os

homens desempenham na sociedade a função de intelectuais” (GRAMSCI,

1978).

De acordo com MOREIRA (1995), o pedagogo é o intelectual

transformador para:

(...) tornar o pedagógico mais político: inserir a educação na esfera política onde a

escolarização é compreendida como luta em torno de significados e relações de poder,

(...) tornar o político mais pedagógico: viabilizar no espaço pedagógico relações de

dialogicidade, de problematização em torno do conhecimento, tornando-o significativo,

crítico e emancipatório, dado voz às culturas e histórias silenciadas pelo currículo

oficial.

Por ser a escola espaço de produção de sujeitos (LOURO, 1995), “a

escola marca a vida dos educandos e educadores, não só no momento do

trabalho (...) do ensino-aprendizagem, mas também nos corredores, e

organizações internas; nas suas ações rotineiras ela produz e reproduz sujeitos

os quais constroem suas respostas, resistências e adesões”.

Segundo (FRANCO, 1986), “o papel da escola que aí está forma, sim,

mas para ser subalterno e não para ser dirigente”.

O papel do pedagogo deve ser o de articulador e organizador do fazer

pedagógico, na e da escola. Deve garantir uma coerência e uma unidade de

concepção entre as áreas do conhecimento respeitando suas especificidades

(PAIVA, 2006).

Cabe ao pedagogo envolver toda equipe escolar na definição dos

princípios e finalidades da educação, elaborando coletivamente o Projeto

Político Pedagógico, não esquecendo a influência da intencionalidade como

forças integradoras e organizadoras da prática que deve estar calcada sobre

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características do contexto, necessidade, teoria, ações burocráticas servindo

de base para uma ação coletiva, que não aceita análises estanques.

(FRANCO, 2001).

Após o estudo realizado levou-se como proposta de implementação o

debate sobre a Integração entre as disciplinas da Educação Básica e

Profissional realizando-se uma pesquisa através de um questionário a respeito

do que os profissionais do Colégio entendiam sobre o tema em questão.

Pôde-se detectar que eles entendem por Integração como a relação

interdisciplinar que existe entre as disciplinas básicas e técnicas que, segundo

esses profissionais, dão oportunidade ao aluno da aquisição dos

conhecimentos básicos com enfoque nas disciplinas técnicas preparando-o

para uma formação profissional que atenderá os seus primeiros passos no

mercado de trabalho.

Com relação a uma maior convivência/interação entre os profissionais

da área técnica e básica após o retorno da oferta do ensino médio integrado

constatou-se que a interação é maior entre as disciplinas da área de humanas

e que embora exista no Colégio uma integração muito boa entre os professores

os mesmos ainda estão muito voltados cada um em sua disciplina de atuação.

No que se refere a discussão sobre os critérios para a seleção de

conteúdos para o ensino médio integrado a maioria afirma não ter

conhecimento, o que nos faz constatar que o grupo não foi levado a pensar a

respeito. O motivo levantado para tal fato é a constante troca de profissionais.

O Colégio realizou uma reunião de professores por área para que a ementa

fosse revisada a fim de se evitar a repetição de conteúdos.

Mais de 50% dos profissionais não conhecem os projetos pedagógicos

do curso técnico em que leciona e o que chamam de integração são pequenas

experiências de interdisciplinariedade entre algumas disciplinas com o objetivo

de contribuir e interagir entre si.

Com relação as mudanças/alterações/ consequências que houveram

na instituição/no trabalho docente após o retorno da oferta do ensino médio

integrado constatou-se que o Integrado se tornou um ponto de referência no

Colégio pois, coordenam várias iniciativas dentro da área oportunizando a

diversidade, interação, crescimento profissional, troca de experiências,

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maturidade dos alunos e mudança de postura além da possibilidade de

abertura para o mercado de trabalho; abriram-se novos horizontes.

As vantagens/facilidades que os profissionais veem em se trabalhar no

ensino médio integrado são observadas, segundo eles, pelo fato do aluno ao

término do curso poder se colocar no mercado de trabalho mais cedo. O aluno

do Ensino Médio Integrado se mostra mais maduro e com uma preocupação

maior com seu futuro, pois para ele o favorecimento de uma formação técnica é

importante tendo em vista que na sua maioria não há a continuidade para uma

formação superior.

As desvantagens/dificuldades são que nem sempre o aluno está

disposto a colaborar com o que para ele é diferente; os alunos acabam dando

mais importância para as disciplinas técnicas.

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando-se as respostas dadas pelos profissionais que atuam na

Educação Profissional na forma Integrada podemos verificar que os mesmos

ainda tem muito forte a concepção de uma formação para o mercado de

trabalho.

Talvez isso se dê pelo fato de que nós professores das diversas áreas

do Ensino Médio, por sermos formados sob a hegemonia do positivismo e do

mecanicismo das Ciências, que fragmentam as mesmas nos seus respectivos

campos hierarquizando-os, costumamos classificar as disciplinas como de

formação geral e de formação específica, estas últimas, de caráter

profissionalizante.

Para tanto precisamos levar os nossos profissionais a refletirem a

Educação Profissional a partir de uma concepção de escola unitária que

expressa o princípio da educação como direito de todos. Uma educação como

direito de qualidade, uma educação que possibilite a apropriação dos

conhecimentos construídos até então pela humanidade, o acesso à cultura,

pois não buscamos uma educação só para o trabalho manual e para os

segmentos menos favorecidos, mas, sim uma educação unitária que pressupõe

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que todos tenham acesso aos conhecimentos, a cultura e as mediações

necessárias para trabalhar e para produzir a existência e a riqueza.

Acreditamos que desta forma estaremos propiciando aos nossos

alunos a possibilidade de escolhas e a construção de caminhos para a

produção da vida. Esse caminho é o trabalho. O trabalho no seu sentido mais

amplo, como realizações e produção humana, mas também como práxis

econômica.

Desta forma, estaremos estabelecendo uma “nova” relação entre

educação e trabalho onde uma das finalidades do Ensino Médio Integrado é

relacionar-se ao trabalho sem ser estreitamente profissionalizante. Considerar

o trabalho como princípio educativo equivale dizer que o ser humano é produtor

de sua realidade e, por isto, se apropria dela e pode transformá-la.

A partir das dimensões do trabalho, ciência, tecnologia e cultura a

profissionalização se opõe a simples formação para o mercado de trabalho.

Antes ela incorpora valores éticos, políticos e conteúdos históricos e científicos

que caracterizam a práxis humana.

Segundo RAMOS (2005):

“Formar profissionalmente não é preparar exclusivamente para o exercício do trabalho, mas é

proporcionar a compreensão das dinâmicas sócio-produtivas das sociedades modernas com as

suas conquistas e seus revezes, e também habilitar as pessoas para o exercício autônomo e

crítico de profissões, sem nunca se esgotar a elas.”

Para romper com a fragmentação na perspectiva da integração temos

que ter clareza para que sujeito e para qual sociedade queremos formar; que

conhecimentos e conteúdos e como organizá-los em disciplinas. Isto implica

em ter conhecimentos que configurem identidades dos sujeitos que precisam

se inserir na vida produtiva. A educação não garante emprego mas mune os

alunos de conhecimentos que os levam a compreensão da realidade social e

aos meios de ação profissional. A adequação imediata ao mercado de trabalho

é também contrária ao que acreditamos, pois o compromisso do processo

educativo deve ser o de formar sujeitos capazes de enfrentarem as

contradições do mercado de trabalho.

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