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SÚMULAS e ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Com o professor Marcelo Segal Juiz do Trabalho

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Page 1: SÚMULAS e ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO …§ão_Curso... · remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor

SÚMULAS e

ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS

DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Com o professor Marcelo Segal

Juiz do Trabalho

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INTERVALOS

CLT, Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do

empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

Súmula 118 TST - JORNADA DE TRABALHO - HORAS EXTRAS Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.

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CAFEZINHO E GINÁSTICA ELABORAL

Informativo TST nº 88

Professor. Intervalo para recreio. Tempo à disposição do empregador.

O intervalo entre as aulas, conhecido como recreio, é considerado tempo à disposição do empregador, nos

termos do art. 4º da CLT, pois o professor permanece no estabelecimento de ensino, aguardando ou

executando ordens. Com esse entendimento, a SBDI-I, à unanimidade, conheceu dos embargos da

reclamante, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, deu-lhes provimento para julgar procedente o item

“g” da petição inicial, respeitadas as aulas efetivamente ministradas e a prescrição quinquenal pronunciada na

sentença. Ressalvou a fundamentação o Ministro Alexandre Agra Belmonte. TST-E-ED-RR-49900-

47.2006.5.09.0007, SBDI-I, rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro, 4.9.2014.

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CAFEZINHO E GINÁSTICA ELABORAL

Intervalo intrajornada - Varia de acordo com a carga horária trabalhada

Até 4 h diárias – não há

Entre 4 e 6 h diária – 15 minutos

Acima de 6 h – 1 h no mínimo e 2 h no máximo

Para intervalo acima de 2 horas, deve haver previsão em instrumento normativo.

OJ 178 TST - Bancário. Intervalo de 15 Minutos. Não Computável Na Jornada de Trabalho.

Não se computa, na jornada do bancário sujeito a seis horas diárias de trabalho, o intervalo de quinze minutos

para lanche ou descanso.

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CAFEZINHO E GINÁSTICA ELABORAL

Há uma exceção prevista na Lei

CLT, Art. 71 § 3º. O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do

Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), se verificar que o

estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os

respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

A Portaria MTE 1.095/10 disciplina a matéria

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CAFEZINHO E GINÁSTICA ELABORAL

Súmula 437 TST - INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT.

I – Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão total ou a concessão parcial do intervalo intrajornada

mínimo, para repouso e alimentação a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período

correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da

remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor

para efeito de remuneração.

II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do

intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por

norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.

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CAFEZINHO E GINÁSTICA ELABORAL

Súmula 27 TRT 3 (MG) - INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO - CONCESSÃO PARCIAL -PAGAMENTO DO PERÍODO INTEGRAL.A concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo gera para o empregado o direito ao pagamento, como extraordinário, da integralidade do período destinado ao repouso e alimentação, nos termos do parágrafo 4º do artigo 71 da CLT e do item I da Súmula n. 437 do TST (ex-OJ n. 307 da SBDI-I/TST - DJ 11.08.2003).

Súmula 5 TRT 3 (MG) - INTERVALO PARA ALIMENTAÇÃO E DESCANSO NÃO GOZADO.

O intervalo para alimentação e descanso não concedido, ainda que não tenha havido elastecimento da jornada,

deve ser remunerado como trabalho extraordinário, com o adicional de 50% (cinquenta por cento). Inteligência

do art. 71, § 4º da Consolidação das Leis do Trabalho.

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CAFEZINHO E GINÁSTICA ELABORAL

III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de

27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para

repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.

IV – Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada

mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído

como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º, da CLT.

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FERROVIÁRIO

CLT, Art. 238. Será computado como de trabalho efetivo todo o tempo, em que o empregado estiver à disposição da estrada......§ 5º O tempo concedido para refeição não se computa como de trabalho efetivo, senão para o pessoal da categoria c, quando as refeições forem tomadas em viagem ou nas estações durante as paradas. Esse tempo não será inferior a uma hora, exceto para o pessoal da referida categoria em serviço de trens.

Discriminação?

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FERROVIÁRIO

Súmula 446 TST - MAQUINISTA FERROVIÁRIO. INTERVALO INTRAJORNADA. SUPRESSÃO PARCIAL OU TOTAL. HORAS EXTRAS DEVIDAS. COMPATIBILIDADE ENTRE OS ARTS. 71, § 4º, E 238, § 5º, DA CLT. A garantia ao intervalo intrajornada, prevista no art. 71 da CLT, por constituir-se em medida de higiene, saúde e segurança do empregado, é aplicável também ao ferroviário maquinista integrante da categoria "c" (equipagem de trem em geral), não havendo incompatibilidade entre as regras inscritas nos arts. 71, § 4º, e 238, § 5º, da CLT.

Súmula 346 do TST. Digitador. Intervalos intrajornada. Aplicação analógica do art. 72, CLTOs digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.

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OPERADOR DE TELEMARKETING

NR 17, Anexo 25.4.1. As pausas deverão ser concedidas: fora do posto de trabalho; em 02 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos; .....5.4.2. O intervalo para repouso e alimentação para a atividade de tele atendimento/telemarketing deve ser de 20 (vinte) minutos.

Súmula 29 TRT 1ª Região - SERVIÇO DE TELEMARKETING/TELEATENDIMENTO: ENQUADRAMENTO SINDICAL E DURAÇÃO DO TRABALHO. I - Os operadores de tele atendimento/telemarketing estão sujeitos às normas coletivas da categoria profissional dos empregados em empresas de prestação de serviços de telecomunicações, sendo inafastável, por acordo coletivo menos benéfico, a incidência das normas da convenção coletiva intersindical ou de sentença normativa; II - Na ausência de norma coletiva mais benéfica, prevalecem as disposições do Anexo II da NR-17, que estabelece a jornada de seis horas, com duas pausas remuneradas e um intervalo não remunerado de vinte minutos para descanso e alimentação e a duração semanal de trinta e seis horas de trabalho (itens 5.3, 5.3.1, 5.4.1 e 5.4.2).

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FRIGORÍFICO

CLT, Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

Súmula 438 TST - INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DO EMPREGADO. AMBIENTE

ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA

O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo

único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada

previsto no caput do art. 253 da CLT.

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MULHER

CLT, Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho.

Súmula 28 TRT 2 (SP) - Intervalo previsto no artigo 384 da CLT. Recepção pela Constituição Federal.

Aplicação somente às mulheres. Inobservância. Horas extras. (Res.TP nº 02/2015)

O artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal consoante decisão do E. Supremo Tribunal

Federal e beneficia somente mulheres, sendo que a inobservância do intervalo mínimo de 15 (quinze)

minutos nele previsto resulta no pagamento de horas extras pelo período total do intervalo.

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MULHER

Súmula 39 TRT 3 (MG) - TRABALHO DA MULHER. INTERVALO DE 15 MINUTOS. ART. 384 DA CLT. RECEPÇÃO PELA CR/88 COMO DIREITO FUNDAMENTAL À HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA. DESCUMPRIMENTO. HORA EXTRA. O art. 384 da CLT, cuja destinatária é exclusivamente a mulher, foi recepcionado pela CR/88 como autêntico direito fundamental à higiene, saúde e segurança, consoante decisão do Supremo Tribunal Federal, pelo que, descartada a hipótese de cometimento de mera penalidade administrativa, seu descumprimento total ou parcial pelo empregador gera o direito ao pagamento de 15 minutos extras diários. (RA 166/2015, disponibilização: DEJT/TRT3 16/07/205, 17/07/2015 e 20/07/2015)

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CONTROLE DE JORNADA

Súmula 14 TRT 1ª Região

Controle de jornada - isenção de marcação prevista em norma coletiva. Ineficácia da cláusula.

Tendo o empregador mais de dez empregados, a obrigatoriedade de controle da jornada de trabalho é

imperativo legal (CLT, artigo 74, §§ 1º e 2º), sendo ineficaz, de pleno direito, a cláusula normativa que dispõe

em sentido contrário.

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DISCURSSÃO SOBRE ÔNUS DA PROVA

Interjornada – 11 horas.

CLT, Art. 66. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso.

Se inobervado, gera direito a hora extra.

OJ 355 TST - INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT.O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.

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DISCURSSÃO SOBRE ÔNUS DA PROVA

Súmula 26 TRT 2 (SP) - Intervalo entre jornadas. Artigo 66 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Inobservância. Horas extras. (Res. TP nº 02/2015)

A inobservância do intervalo mínimo de 11 horas previsto no art. 66 da CLT resulta no pagamento de horas

extras pelo tempo suprimido.

O que ultrapassar a jornada legal, contratual ou normativa é considerado hora extraordinária, exceto em relação ao período de até 5 minutos na entrada ou na saída.

CLT, art. 58 § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

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DISCURSSÃO SOBRE ÔNUS DA PROVA

Se ultrapassados os 5 minutos, a totalidade do tempo é considerada extra:

Súmula 366 TST. CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A

JORNADA DE TRABALHO.

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de

ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado

esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois

configurado o tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo

empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).

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ESCALA 12 x 36H

Súmula 444 do TST - JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE.

É válida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em

lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,

assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de

adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas.

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ESCALA 12 x 36H

Precedentes Administrativos 81 da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) - REGIME DE COMPENSAÇÃO.

JORNADA DE TRABALHO 12 X 36 HORAS. ADMISSIBILIDADE.

Não obstante a limitação do art. 59, caput, da CLT, admite-se o regime de compensação 12 x 36, quando previsto

em convenção coletiva e praticado em atividade que não exige esforço constante e intenso, devido às vantagens

que proporciona ao trabalhador: descanso de 36 horas entre as jornadas, menor número de deslocamentos

residência - trabalho - residência, duração do trabalho semanal inferior a 44 horas.

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BANCÁRIO

Não equiparados a bancários

Súmula 119 TST - JORNADA DE TRABALHO

Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à jornada

especial dos bancários.

OJ 379 SDI 1 TST - EMPREGADO DE COOPERATIVA DE CRÉDITO. BANCÁRIO. EQUIPARAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE

Os empregados de cooperativas de crédito não se equiparam a bancário, para efeito de aplicação do art. 224 da

CLT, em razão da inexistência de expressa previsão legal, considerando, ainda, as diferenças estruturais e

operacionais entre as instituições financeiras e as cooperativas de crédito. Inteligência das Leis 4.594, de

29.12.1964, e 5.764, de 16.12.1971.

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BANCÁRIO

Súmula 257 TST - VIGILANTE

O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas, não é bancário.

Para o financiário......

Súmula 55 TSTAs empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadas financeiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da CLT.

Súmula 27 TRT 1ª Região - ENQUADRAMENTO COMO FINANCIÁRIO DE EMPREGADO DE ADMINISTRADORA DE CARTÃO DE CRÉDITO OU AGENTE FINANCEIRO. Os empregados de agentes financeiros e administradoras de cartão de crédito que exercem atribuições relacionadas à atividade-fim de referidas instituições financeiras são financiários, beneficiando-se, portanto, das normas coletivas da categoria e da jornada reduzida do art. 224 da CLT.

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AVISO PRÉVIO

OJ 82 TST. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS

A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que

indenizado.

OJ 83 TST. Aviso prévio. Prescrição. Começa a fluir no final da data do término do aviso prévio. Art. 487, §1º, CLT.

Súmula 41 do TRT 2 (SP) - Aviso prévio indenizado. Projeção. Contagem do prazo prescricional. (Res. TP

nº 04/2015 – DO Eletrônico 04/08/2015)

Conta-se o prazo prescricional a partir do término do aviso prévio, ainda que indenizado, na forma

estabelecida pelo § 1º do artigo 487 da CLT.

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AVISO PRÉVIO

Súmula 441 TST - AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADEO direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011.

Incide INSS sobre aviso prévio indenizado?

Súmula 5 TRT da 8ª Região (PA): AVISO PRÉVIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Não há incidência de contribuição previdenciária sobre o aviso prévio indenizado.

Súmula 7 TRT 1 (RJ): AVISO PRÉVIO INDENIZADO - NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

O salário-de-contribuição não é integrado pelo aviso prévio indenizado, mas tão somente pelas parcelas que

remuneram o trabalho efetivamente prestado ou o tempo à disposição do empregador, não servindo de base

de incidência de contribuição previdenciária.

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AVISO PRÉVIO

Súmula 49 do TRT 4 (RS)

Incide a contribuição previdenciária sobre o aviso prévio indenizado.

DIREITO TRIBUTÁRIO E PREVIDENCIÁRIO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O AVISO PRÉVIO

INDENIZADO. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ).

Não incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o valor pago a título de aviso prévio indenizado. A despeito da

atual moldura legislativa (Lei 9.528/1997 e Decreto 6.727/2009), as importâncias pagas a título de indenização, que não

correspondam a serviços prestados nem a tempo à disposição do empregador, não ensejam a incidência de contribuição

previdenciária. A CLT estabelece que, em se tratando de contrato de trabalho por prazo indeterminado, a parte que, sem justo

motivo, quiser a sua rescisão, deverá comunicar a outra da sua intenção com a devida antecedência. Não concedido o aviso prévio

pelo empregador, nasce para o empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a

integração desse período no seu tempo de serviço (art. 487, § 1º, da CLT).

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AVISO PRÉVIO

Desse modo, o pagamento decorrente da falta de aviso prévio, isto é, o aviso prévio indenizado, visa reparar o dano

causado ao trabalhador que não fora alertado sobre a futura rescisão contratual com a antecedência mínima estipulada

na CF (atualmente regulamentada pela Lei 12.506/2011).

Dessarte, não há como se conferir à referida verba o caráter remuneratório, por não retribuir o trabalho, mas sim

reparar um dano. Ressalte-se que, se o aviso prévio é indenizado, no período que lhe for correspondente o

empregado não presta trabalho algum, nem fica à disposição do empregador. Assim, por não coincidir com a

hipótese de incidência, é irrelevante a circunstância de não haver previsão legal de isenção em relação a tal verba.

Precedentes citados: AgRg no REsp 1.218.883-SC, Primeira Turma, DJe de 22/2/2011; e AgRg no REsp 1.220.119-RS,

Segunda Turma, DJe de 29/11/2011. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/2/2014.

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AVISO PRÉVIO

Súmula 371 TST - AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO

DESTE

A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados

às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso

de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois

de expirado o benefício previdenciário.