sumÁrio - paraná...5 6.13.8. relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de...

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1 SUMÁRIO Páginas 1. SUMÁRIO .................................................................................................... 1 1ª PARTE 2. APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 12 3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ................................................ 14 3.1. Colégio/Código ….............................................................................. 14 3.2. Endereço ...................................................................................... 14 3.3. Telefone ....................................................................................... 14 3.4. Fax .............................................................................................. 14 3.5. Município .................................................................................... 14 3.6. Dependência administrativa/ código................................................ 14 3.7. NRE/código ….................................................................................. 14 3.8. Entidade mantenedora ............................................................... 15 3.9. Ato de Autorização do Estabelecimento …..................................... 15 3.10. Atos de Renovação de Reconhecimento de Cursos …................... 15 3.11. Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar …............ 15 3.12. Distância da Instituição Escolar do NRE …..................................... 15 3.13. Localização ................................................................................ 15 3.14. Site …............................................................................................... 15 3.15. E-mail …........................................................................................... 15 4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ........... 16 5. MARCO SITUACIONAL ............................................................................. 17 5.1. Organização da Entidade Escolar …................................................. 17

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1

SUMÁRIO

Páginas

1. SUMÁRIO .................................................................................................... 1

1ª PARTE

2. APRESENTAÇÃO …...................................................................................... 12

3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ................................................ 14

3.1. Colégio/Código ….............................................................................. 14

3.2. Endereço …...................................................................................... 14

3.3. Telefone …....................................................................................... 14

3.4. Fax ….............................................................................................. 14

3.5. Município ….................................................................................... 14

3.6. Dependência administrativa/ código................................................ 14

3.7. NRE/código ….................................................................................. 14

3.8. Entidade mantenedora …............................................................... 15

3.9. Ato de Autorização do Estabelecimento …..................................... 15

3.10. Atos de Renovação de Reconhecimento de Cursos …................... 15

3.11. Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar …............ 15

3.12. Distância da Instituição Escolar do NRE …..................................... 15

3.13. Localização …................................................................................ 15

3.14. Site …............................................................................................... 15

3.15. E-mail …........................................................................................... 15

4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO …........... 16

5. MARCO SITUACIONAL …............................................................................. 17

5.1. Organização da Entidade Escolar …................................................. 17

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2 5.1.1. Modalidade de Ensino …................................................................. 17

5.1.2. Número: turmas/ alunos/ professores/ pedagogos/ funcionários/ diretor auxiliar/ sala de aula ….................................................... 17

5.1.3. Turno de Funcionamento …............................................................ 19

5.1.4. Ambientes Pedagógicos ….............................................................. 19

5.2. Histórico da Realidade ..................................................................... 20

5.3. Dados históricos da Instituição …..................................................... 23

5.4. Caracterização da comunidade Escolar …........................................ 24

5.5. Porte da Escola …............................................................................. 25

5.6. Regime Escolar …............................................................................. 25

5.7. Classificação …................................................................................. 25

5.8. Promoção …....................................................................................... 26

5.9. Dependência ….................................................................................. 26

5.10. Regime de Progressão Parcial …....................................................... 26

5.11. Quantidade de profissionais em cada setor …................................... 26

5.12. Formação dos profissionais em educação ….................................... 27

5.13. Problemas existentes no Colégio...................................................... 30

5.13.1. Índice de Aproveitamento Escolar .............................................. 30

5.13.2. Contradição e conflitos presentes na prática docente …............. 40

5.13.3. Formação Inicial e Continuada .................................................... 41

5.13.4. Organização do Tempo e do Espaço …....................................... 42

5.13.5. Equipamentos Físicos e Pedagógicos ….................................... 43

5.13.6. Relações Humanas de Trabalho no Colégio …........................... 43

5.13.7. Organização da Hora-Atividade ….............................................. 44

5.13.8. Inclusão …................................................................................... 45

5.14. Gestão Democrática ….................................................................... 46

5.14.1. Conselho de Classe …................................................................ 47

5.14.2. Conselho Escolar ….................................................................... 48

5.14.3. Grêmio Estudantil ….................................................................... 48

5.14.4. APMF …....................................................................................... 48

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35.14.5. Participação dos Pais …............................................................. 49

5.14.6. Critérios de organização e distribuição de turmas …................. 50

5.14.7. Outros …...................................................................................... 50

5.15. Desafios Educacionais Contemporâneos …................................... 50

5.16. Diversidade …................................................................................. 50

5.17. Avaliação ........................................................................................ 51

5.18. Estágio não obrigatório para estudantes do ensino médio para inserir

no mundo do trabalho ......................................................................................53

5.19. Programa Mais Educação................................................................. 53

5.20. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) ......................... 53

5.21. CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna)

Espanhol 54

5.22. Equipe Multidisciplinar ….................................................................. 54

6. MARCO CONCEITUAL ….............................................................................. 55

6.1. Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio ….... 55

6.1.1. Filosofia do Colégio ….................................................................... 55

6.1.2. Concepção Educacional …............................................................ 55

6.1.3. Princípios Norteadores da Educação …......................................... 56

6.1.4. Objetivo do Colégio ….................................................................... 57

6.1.5. Fins Educativos ….......................................................................... 57

6.1.6. Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ….............................................................................. 59

6.1.7. Diretrizes Curriculares que norteiam a Ação do Colégio …......... 59

6.1.8. Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente …............ 60

6.1.9. Concepções das Capacitações Continuadas …............................ 61

6.1.10. Concepção de Homem, Sociedade, Cultura, Mundo, Educação, Escola, Conhecimento, Tecnologia, ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão; …............................................................................... 61

6.1.11. Concepção de Tempo e Espaço na Escola …............................. 69

6.1.12. Concepção e princípios da Gestão Democrática ….................... 69

6.1.13. Administração Colegiada …........................................................ 71

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46.1.14. Concepção de Formação Continuada …..................................... 72

6.1.15. Concepção de Hora-Atividade …................................................. 74

6.1.16. Concepção de Plano de Trabalho Docente …............................ 75

6.1.17. Concepção da Reunião Pedagógica …...................................... 76

6.1.18. Concepção do Conselho de Classe …....................................... 76

6.2. Concepção do Tempo Escolar ….................................................... 77

6.3. Organização Curricular …................................................................. 78

6.4. Matriz Curricular …............................................................................ 81

6.5. Resolução CP nº 1 de 17/06/2004 …................................................ 84

6.6. Lei nº 13.381/2001 ............................................................................ 86

6.7. Lei nº 11.788/2008 …........................................................................ 86

6.8. Ensino de Filosofia e Sociologia …................................................... 87

6.9. Concepção das Ações Didático-Pedagógicas ….............................. 88

6.10. Concepção de Complementação Curricular …................................ 88

6.11. Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos …............ 90

6.12. Concepção de Diversidade ….......................................................... 91

6.13. Concepção curricular/ de currículo ….............................................. 96

6.13.1. Relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da educação; …...................................................................................... 97

6.13.2. Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo, educação, aprendizagem, etc e a finalidade dos conteúdos; ….............. 98

6.13.3. Respeito à identidade cultural do aluno na perspectiva da diversidade cultural; …............................................................................. 98

6.13.4. Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do contexto histórico-social e a função de mediação do professor; …............................................................................................. 99

6.13.5. Relação professor-aluno; …......................................................... 99

6.13.6. Desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e a dinâmica de um processo educativo que empregue recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem; …........ 100

6.13.7. Intervenção constante do professor no processo ensino-aprendizagem; …..................................................................................... 100

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56.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …............................................ 100

6.13.9. Interdisciplinaridade e contextualização. …................................. 101

6.14. Concepção de avaliação …............................................................. 102

6.14.1. Conceito …................................................................................... 102

6.14.2. Indicadores da Aprendizagem …................................................ 106

6.14.3. Critérios de Promoção …............................................................. 107

6.14.4. Periodicidade de Registro da Avaliação ….................................. 108

6.14.5. Resultado da Avaliação ........................................................ 109

6.14.6. Encaminhamento e ações concretas …....................................... 109

6.15. Planos de Adaptação: ................................................................... 110

6.15.1. Adaptação Curricular …............................................................... 110

6.15.2. Dependência …............................................................................ 110

6.15.3. Progressão Parcial …................................................................... 110

6.15.4. Recuperação …............................................................................ 111

6.15.5. Classificação …............................................................................ 112

6.15.6. Reclassificação …........................................................................ 112

6.15.7. Avaliação Final …....................................................................... 113

6.15.8. Procedimento de Informações aos Pais …................................. 114

6.16. Regimento Escolar …........................................................................... 116

6.17. Educação Inclusiva ….......................................................................... 116

6.18. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) …........................ 119

7. MARCO OPERACIONAL ….......................................................................... 121

7.1. Plano de ação: Colégio e Equipe Multidisciplinar ................................. 121

7.1.1. Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e político-pedagógicas; …...................................................................................... 131

7.1.2. Facilitadores da aprendizagem; ................................................... 131

7.1.3. Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica; 132

7.1.4. Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno; …...................................................................... 132

7.1.5. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica

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6de sua prática em sala de aula; ….......................................................... 133

7.1.6. Mudanças significativas a serem alcançadas; …........................... 133

7.1.7. Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe; ….......................................................................... 133

7.1.8. Recuperação de Estudos e Progressão Parcial; …...................... 135

7.1.9. Encaminhamentos e Ações Concretas …..................................... 135

7.1.10. Procedimentos de Recuperação de Estudos ….......................... 137

7.1.11. Plano de Trabalho Docente …................................................... 138

7.1.12. Diretrizes para avaliação geral de desempenho …...................... 138

7.1.13. Ações envolvendo outras instituições …...................................... 141

7.1.14. Recursos Financeiros ….............................................................. 141

7.1.15. Organização Interna do Colégio................................................. 141

7.1.16. Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos …....... 158

7.1.17. Qualificação dos equipamentos pedagógicos …......................... 158

7.1.18. Família e Comunidade …........................................................... 159

7.1.19. Organização do trabalho pedagógico e a prática docente......... 159

7.1.20. Metas da DCE do Campo e a realidade da escola …................. 160

7.2. Redimensionamento da Gestão Democrática: ….............................. 160

7.2.1. Conselho Escolar …....................................................................... 161

7.2.2. Conselho de Classe …................................................................... 161

7.2.3. Grêmio Estudantil …...................................................................... 161

7.2.4. Eleição do aluno representante de turma …................................ 161

7.2.5. APMF …....................................................................................... 162

7.3. Formação Continuada …................................................................... 162

7.4. Ações Didático-Pedagógicas …........................................................ 163

7.5. Desafios Educacionais Contemporâneos …...................................... 165

7.6. Diversidade ….................................................................................... 166

7.7. Metas para os Programas de Complementação Curricular (Programa Mais Educação) …..................................... 167

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78. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 167

8.1. Plano de Acompanhamento do PPP e de Informação à Comunidade ….................................................................................................... 167

8.2. Participação das Instâncias Colegiadas …....................................... 170

8.3. Periodicidade do Acompanhamento e Avaliação do PPP …............ 170

8.4. PDE................................................................................................... 170

9. BIBIOGRAFIA …............................................................................................ 172

10. ANEXOS ….................................................................................................. 173

10.1. Cópia da Ata de Aprovação do Conselho Escolar do PPP ….............. 174

2ª PARTEPROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 176

1. INTRODUÇÃO …........................................................................................... 176

2. CIÊNCIAS …................................................................................................... 178

2.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 178

2.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos …................................... 186

2.3. Metodologia …....................................................................................... 197

2.4. Avaliação …............................................................................................ 205

2.5. Referências …......................................................................................... 222

3. FÍSICA …......................................................................................................... 223

3.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 223

3.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 225

3.3. Metodologia …........................................................................................ 227

3.4. Avaliação …........................................................................................... 228

3.5. Referências …........................................................................................ 228

4. QUÍMICA …..................................................................................................... 229

4.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 229

4.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos …................................... 232

4.3. Metodologia …........................................................................................ 234

4.4. Avaliação …............................................................................................ 236

4.5. Referências …........................................................................................ 237

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85. HISTÓRIA …................................................................................................... 238

5.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 238

5.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 240

5.3. Metodologia …........................................................................................ 249

5.4. Avaliação …............................................................................................ 250

5.5. Referências …......................................................................................... 253

6. ARTE …........................................................................................................... 254

6.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 254

6.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 257

6.3. Metodologia …........................................................................................ 268

6.4. Avaliação …............................................................................................ 270

6.5. Referências …........................................................................................ 271

7. LÍNGUA PORTUGUESA …............................................................................ 272

7.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 272

7.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 274

7.3. Metodologia …........................................................................................ 274

7.4. Avaliação …............................................................................................ 304

7.5. Referências …......................................................................................... 305

8. BIOLOGIA …................................................................................................... 306

8.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 306

8.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 313

8.3. Metodologia …........................................................................................ 317

8.4. Avaliação …............................................................................................ 320

8.5. Referências …......................................................................................... 322

9. EDUCAÇÃO FÍSICA …................................................................................... 323

9.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 323

9.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 329

9.3. Metodologia …........................................................................................ 335

9.4. Avaliação …............................................................................................ 336

9.5. Referências …......................................................................................... 337

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910. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ….................................... 338

10.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 338

10.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 348

10.3. Metodologia …...................................................................................... 349

10.4. Avaliação ….......................................................................................... 350

10.5. Referências …....................................................................................... 352

11. ENSINO RELIGIOSO …................................................................................ 353

11.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 353

11.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 354

11.3. Metodologia …...................................................................................... 358

11.4. Avaliação ….......................................................................................... 359

11.5. Referências …....................................................................................... 360

12. GEOGRAFIA …............................................................................................. 361

12.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 361

12.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 363

12.3. Metodologia …...................................................................................... 369

12.4. Avaliação ….......................................................................................... 369

12.5. Referências …....................................................................................... 372

13. FILOSOFIA …............................................................................................... 373

13.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 373

13.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 375

13.3. Metodologia …...................................................................................... 380

14.4. Avaliação ….......................................................................................... 381

15.5. Referências …....................................................................................... 383

14. SOCIOLOGIA …............................................................................................ 384

14.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 384

14.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 386

14.3. Metodologia …...................................................................................... 390

14.4. Avaliação ….......................................................................................... 391

14.5. Referências …....................................................................................... 394

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1015. MATEMÁTICA …......................................................................................... 395

15.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 395

15.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 396

15.3. Metodologia …...................................................................................... 407

15.4. Avaliação ….......................................................................................... 410

15.5. Referências …....................................................................................... 417

16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL – CELEM …............. 418

16.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 418

16.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 421

16.3. Metodologia …...................................................................................... 429

16.4. Avaliação ….......................................................................................... 430

16.5. Referências …....................................................................................... 432

3ª PARTECOMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR 433

1. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 433

1.0 . ATIVIDADE: ESPORTES E LAZER - Futsal …............................. 433

1.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS : Educação Física ...........................................

433

1.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................

433

1.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 434

1.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 434

2.0 . ATIVIDADE: CULTURA E LAZER – TEATRO ............................. 434

2.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: ARTE E LÍNGUA PORTUGUESA 434

2.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 434

2.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 435

2.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 435

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113.0 . ATIVIDADE: COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS - Rádio

Escolar 435

3.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua Portuguesa e Arte ................................................ 435

3.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 435

3.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 436

3.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 436

4.0. ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO - Matemática 436

4.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Matemática ......................................................................... 436

4.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 436

4.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 437

4.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 437

5.0 . ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Língua Portuguesa 437

5.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua Portuguesa ........................................................... 437

5.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 437

5.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 438

5.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 438

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12

1ª PARTE

2. APRESENTAÇÃO

Este projeto foi construído com o objetivo de subsidiar as práticas educativas,

buscando direcionar uma ação intencional com um compromisso definido

coletivamente. Ele é político no sentido de formação do cidadão para determinado tipo

de sociedade. É pedagógico, pois possibilita a efetivação da intenção da escola, que é

a democratização dos conteúdos, saberes e conhecimentos com vistas a formar um

cidadão participativo, responsável, crítico e criativo.

O processo de construção deste projeto foi coletivo, com a participação dos

profissionais da educação (que muito contribuíram para o desenvolvimento dos temas),

dos educandos e dos pais que também repartiram suas vivências e dúvidas, servindo

como elementos para orientar a determinação dos conteúdos existentes neste

documento. A construção baseou-se nos princípios para a formação de uma sociedade

justa, humana e igualitária.

O Projeto Político Pedagógico é um plano global que organiza o trabalho

pedagógico da escola. É a sistematização de um processo de planejamento parte a

parte, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, definindo o tipo de ação educativa

que se quer realizar.

Essa organização explicita as direções e as intenções de todo o trabalho que

envolve a escola, partindo da leitura da realidade. Trata-se da construção da identidade

da escola, nunca definitiva, dos instrumentos teórico-metodológicos para transformação

da realidade, pois cada membro da comunidade escolar tem sua intencionalidade que

deve ser compartilhada, e culminada na elaboração do Projeto Político Pedagógico.

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13Enquanto processo, faz o julgamento da realidade e propõe ações para concretizar o

que se pretende, a partir do que vem sendo, e ainda vai além: colocamos em prática o

que foi projetado e acompanhamos os resultados. Esse projeto apresenta as seguintes

características:

•É abrangente, amplo, integral, global, contém outros projetos específicos que

contribuem para a organização.

•Exige a participação coletiva e democrática.

•Não tem terminalidade, nem na elaboração, nem na realização das atividades.

•Há um exercício crítico permanente, articulado na ação reflexão–ação. Portanto,

está sempre sendo re-construído.

Definimos os princípios que norteiam as intenções deste projeto:

•Princípio da Gestão Democrática: interesses voltados às camadas populares

abrangendo as dimensões administrativas, pedagógicas e financeiras.

•Princípio de Liberdade: construindo autonomia, valorizando as experiências do

trabalho pedagógico.

•Princípio da Igualdade: acesso e permanência no processo educativo

assegurando qualidade, vagas e visão pedagógica.

•Valorização dos Trabalhadores em Educação: valorização dos cidadãos através

da preocupação com a formação inicial e continuada, das condições de recursos

materiais e físicas.

Esse projeto tem na sua elaboração componentes essenciais que determinam a

especificidade deste estabelecimento de ensino, com os seguintes marcos: situacional,

conceitual e operacional.

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14

3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

3.1. COLÉGIO:

Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M.

Nº 41047273

3.2. ENDEREÇO:

Avenida Manoel Ribas, nº 460

3.3. TELEFONE

(43) 3529 – 1124

3.4. FAX:

(43) 3529 – 1124

3.5. MUNICÍPIO

Jacarezinho – PR

Código nº 1190.

3.6. DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Código nº 000149

3.7. N.R.E.

Jacarezinho – PR

Código nº. 17

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153.8. ENTIDADE MANTENEDORA

Governo do Paraná – Código 02

3.9. ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO

Resolução nº 3755/83 de 01/03/1983

3.10. ATO DE RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE CURSOS

Resolução nº 6076/06 de 20/12/2006

3.11. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR

Nº 024/08

3.12. DISTÂNCIA DA ESCOLA / COLÉGIO DO N.R.E.

22 km

3.13. LOCALIZAÇÃO:

Zona Rural

3.14. SITE

http://seed.pr.gov.br

3.15. E_MAIL

[email protected]

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16

4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

a)Organizar o trabalho pedagógico de modo que possa assegurar ao

educando a sua transformação social e política.

b)Fundamentar a proposta pedagógica, caracterizado no ideal coletivo,

com interesses voltados para as camadas populares.

c)Transformar o conhecimento assistemático, desarticulado que o

educando traz de sua experiência cotidiana em sistemático, articulado,

fundamentado na ciência.

d)Buscar a democratização do saber, ofertando, através das propostas

curriculares das disciplinas, educação de qualidade e necessária para a

vida do educando.

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17

5. MARCO SITUACIONAL

5.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

5.1.1. MODALIDADE DE ENSINO:

•Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries);

•Ensino Médio (1ª a 3ª séries);

•Educação Especial: Sala Multifuncional I (Área da Deficiência Intelectual,

Transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades);

•Educação do Campo;

•CELEM – Espanhol;

•Mais Educação.

5.1.2. Números do Colégio:

ENSINO FUNDAMENTAL (5ª a 8ª séries)

Ensino

Fundamental

5ª Série A 6ª Série 7ª Série 8ª Série

Nº de Turmas 1 2 2 1Nº de Alunos 32 47 40 27

ENSINO FUNDAMENTAL (SALA MULTIFUNCIONAL)

Ensino

Fundamental5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª série

Nº. de Turmas 1Nº de alunos 2 2 1 -

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18ENSINO MÉDIO (1ª a 3ª séries)

Ensino Médio 1ª Série 2ª Série 3ª SérieNº de turmas 1 1 1Nº de alunos 21 24 26

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Programa Nº de alunos (Ensino Fundamental)

ESPORTE E LAZER - Futsal 100

CULTURA E ARTES - Teatro 100

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO - Letramento 100

ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Matemática 100

COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS – Rádio Escolar 100

CELEM

Nº de turmas 01

Nº de alunos 30

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO

Diretora: 1

Vice-diretora: 1

Pedagogos: 3 (sendo uma afastada para o PDE)

Professores: 22 + 1 (CEEBEJA-APED) + 1 (Lei nº 15308/06) + 1 (Paraná Alfabetizado)

Previsão de abertura

Funcionários: 09

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19

5.1.3. TURNO DE FUNCIONAMENTO

O Colégio Estadual Marques dos Reis, Ensino Fundamental e Médio, funciona

em três turnos, sendo assim:

MATUTINO: Das 7h30 às 12h00 (Ensino Fundamental), Programa Mais

Educação – previsão de abertura 2º semestre.

VESPERTINO: Das 13h00 às 17h30 (Ensino Fundamental – Sala Multifuncional),

5ª séries A e 6ª série B, CELEM Espanhol, Programa Mais Educação – previsão de

abertura 2º semestre.

NOTURNO: Das 19h00 às 23h10 (Ensino Médio) e cede uma sala para a APED

(Ações Pedagógicas Descentralizadas) 5ª a 8ª séries/ CEEBEJA Profa. Geni Sampaio

Lemos (Centro de Educação de Jovens e Adultos).

5.1.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS

Número total de salas de aula: 05

Números de salas de aula utilizadas por turno:

Manhã: 05

Tarde: 04 (sendo uma para o CELEM uma vez por semana)

Noite: 04

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20Espaços Físicos Possui Não Possui

BIBLIOTECA * SIM*SALA DE RECURSOS SIMSALA DE APOIO NÃOSALA DE APOIO PEDAGÓGICO SIMSALA DOS PROFESSORES SIMSALA DE MULTIMÍDIA (VÍDEO) NÃOCLASSE ESPECIAL NÃOLABORATÓRIO DE CIÊNCIAS NÃOLABORATÓRIO DE INFORMÁTICA SIMAUDITÓRIO NÃOQUADRA COBERTA SIMSECRETARIA * SIMSALA DA DIREÇÃO NÃOCOZINHA SIM* Sala de aula adaptada.

5.2. HISTÓRICO DA REALIDADE

As tecnologias da informação, os problemas ambientais e a economia

globalizada implicam em mudanças em todo o mundo, envolvendo a ciência, a

tecnologia, a cultura, alterando outros fatores de dimensão social como: a concentração

de renda, a transformação na divisão do trabalho em vários níveis, localização dispersa

dos fatores de produção, redução da classe operária e do poder sindical, abundância

de mão-de-obra, com redes de poder múltiplo, novas exigências para o perfil do

trabalhador, ou seja, quem não tiver acesso à educação e não ampliar seu

conhecimento as novas exigências ficarão cada vez fica mais excluído (a exclusão é

social, econômica, cultural e tecnológica de capacidade educacional).

Nos últimos anos se têm estudado os desafios educacionais contemporâneos

como forma de preservação e respeito às diversas culturas, sendo necessário introduzí-

lo no currículo escolar.

Nossa sociedade apresenta desigualdades sociais, econômicas e culturais. Os

cidadãos desconhecem seus direitos e deveres, permitindo a continuação desta

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21sociedade excludente, somente quando houver a democratização do conhecimento e

as pessoas persistirem e tiverem ideais comuns possibilitarão a construção de uma

sociedade mais humana, justa e igualitária.

Esse contexto estabelece novos desafios para a educação. Os problemas que o

colégio enfrenta são múltiplos, como: gravidez na adolescência, evasão escolar, aluno

trabalhador (alguns na condição de aprendiz) e diante disso acabam com poucas

perspectivas de concluir uma formação escolar e profissional, em nível superior,

encontrando na esfera escolar apoio, a fim de prosseguirem em seus estudos, e alguns

são incentivados também pela família.

A escola está em processo de transformação, procurando estabelecer

modificações pedagógicas, mas está presa nas antigas concepções, e também porque

o processo de mudança é lento e requer romper com nossos conceitos enraizados. Na

análise do cotidiano escolar, vimos que o clima de organização faz todos os segmentos

funcionarem, apesar da falta de alguns espaços pedagógicos como o laboratório de

ciências e a reforma inacabada do prédio. Alguns procedimentos são ultrapassados,

pois não fazem usos das tecnologias que podem auxiliar num trabalho mais eficiente,

compatível com a sociedade atual como o uso excessivo do giz e do apagador e a

pouca utilização da TV pen drive, TV Paulo Freire e o Laboratório Paraná Digital que

ainda está em fase de adaptação pelos professores. A teoria está desvinculada da

prática.

Não se pode negar que os atuais alunos, apesar do acesso à tecnologia

necessitam de orientações e acompanhamentos sobre as informações presentes nos

meios midiáticos, principalmente quando chegam a eles de uma forma mais lúdica,

atrativa, informal, tornando-os mais abertos a novos conhecimentos. A escola tem

procurado despertar no aluno a busca por novos saberes, apesar de ainda estar em

processo inicial de interação com as mídias da comunicação e as tecnologias atuais.

Sabemos que a distância da formação inicial do professor e as constantes

transformações tecnológicas/metodológicas faz com o docente tenha a necessidade de

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22se capacitar para que consiga desenvolver seu trabalho com a utilização de novas

tecnologias, conhecimentos, recursos, instrumentos diversificados e metodologias.

Toda essa somatória de atitudes de atualização profissional irá favorecer e contribuir

para um melhor processo ensino/aprendizagem.

A preocupação da instituição escolar está na democratização do saber

historicamente acumulado pela humanidade. No país, há uma educação que seleciona

e exclui. Divide a sociedade entre as pessoas que participam do processo evolutivo do

conhecimento e da tecnologia e aquelas que estão mantidas à margem de tudo. A

escola tem dificuldades de inclusão. É o espaço de aparência democrática, pois é

reprodutora da sociedade capitalista; e assume o papel de protetora, assistencialista.

Esse Colégio, apesar de não ter um número muito alto de evasão escolar e reprova,

que permitem a exclusão, preocupa-se com sua realidade. No ensino noturno, onde os

casos são maiores, está refletido na lógica da exclusão de nossa sociedade, pois esse

aluno tem no trabalho, sua principal necessidade, onde busca o seu sustento, e,

geralmente não tem resistência para enfrentar as três jornadas. Nesse caso, a

educação formal se torna secundária.

É possível construir uma escola diferente. E um dos sinais deste caminho é

justamente o debate constituído neste Projeto Político Pedagógico. O que é excluído

pela sociedade acaba também por ser excluído na escola. Os conteúdos escolares

devem estar direcionados à realidade do aluno e o sistema de avaliação não pode

classificá-lo nem selecioná-lo; o aluno, pode sim, ter condições de superar suas

dificuldades. Outra questão que impulsiona o trabalho da escola é a participação dos

pais. Nesse caso ele se torna um aliado quando acompanha a conduta, o modo de

comportamento, o conhecimento escolar adquirido, bem como as dificuldades de seu

filho. A falta de regras e de limites que a criança tem leva à consequências desastrosas

como a própria inaptidão para aprender, a falta de valor com o conhecimento científico

e a seriedade com os compromissos escolares, o desrespeito com os colegas,

professores, funcionários e outros valores morais e culturais.

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23A escola busca fundamentar-se na teoria da humanização para reverter essa

prática, a fim de atingir uma transformação, que nesse sentido tem o papel de provocar

a ordem vigente da sociedade capitalista.

5.3. DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M., situado na avenida Manoel

Ribas, nº 460, município e N.R.E. de Jacarezinho, é mantido pelo Governo do Estado

do Paraná, criado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em 1950, com

nome de Escola Isolada Marques dos Reis, em prédio cedido pela referida companhia.

Com o decreto nº 2259 de 30 de agosto de 1966, publicado no Diário Oficial em

31 de agosto do mesmo ano, passou à categoria de Casa Escolar Marques dos Reis –

Ensino de 1ª a 4ª séries.

Pela resolução secretarial nº 3755/82 de 30 de dezembro de 1982, A Casa

Escolar Marques dos Reis, passou a denominar-se Escola Estadual – Ensino de

Primeiro Grau.

Pela Resolução nº 2146/83 de 08 de junho de 1983, passou a denominação de

Escola Estadual Marques dos Reis – Ensino de Primeiro Grau.

Foi reconhecido pela Resolução nº 2244/90 de 10 de agosto de 1990, publicada

no diário oficial em 29 de agosto do mesmo ano.

Em 1999, foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio – Educação de

Jovens e Adultos (EJA), através da Resolução nº 779/99 de 10 de fevereiro de 1999 e

publicada no Diário Oficial em 09 de março do mesmo ano. A partir daí, passou a

denominar-se Colégio Estadual Marques dos Reis – Ensino Fundamental e Médio.

Em 2003, foi autorizado o funcionamento do Ensino Fundamental – fase II na

modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA - presencial) pela Resolução nº

2709/03 de 01 de outubro de 2003. Em 2004 foi autorizado o funcionamento do Ensino

Médio Regular no período diurno.

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24Em 20 de abril de 2000 foi criada a bandeira, símbolo de identificação do

Colégio, resultado de um concurso aberto entre os alunos de todas as modalidades de

ensino, sendo escolhida pelos professores do estabelecimento os símbolos criados

pelos alunos do Ensino Médio – EJA -, João Carlos Marques do 3º período e Murilo

Antônio Zanutto Marinho, do 1º período.

Em subsídios que facilitem seu melhor funcionamento e estruturação

organizacional no Colégio Estadual Marques dos Reis – Ensino Fundamental e Médio,

atendendo à L.D.B. 9394/96, vinculado ao mundo do trabalho e a prática social

procuramos:

I.Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e o cálculo.

II.Desenvolver a capacidade de aprendizagem tendo em vista a aquisição

de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores.

III.Fortalecer os vínculos de família dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

5.4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A comunidade escolar em que vivemos é constituída basicamente de pais e

alunos trabalhadores, assalariados e temporários (oleiros, areeiros, trabalhadores

rurais, domésticas, pedreiros, comerciários etc) que exercem suas atividades em

cidades vizinhas, principalmente na cidade de Ourinhos, Estado de São Paulo.

Apesar da escola estar inserida na zona rural, por ser um bairro afastado do

centro comercial em 22 Km, mantém-se características de zona urbana, principalmente,

como foi citado acima em relação aos vínculos empregatícios dos pais e responsáveis.

São poucos os alunos que vivem basicamente do campo. Suas moradias são

compatíveis com um bairro, com pouco terreno para cultivo. Dez alunos utilizam o

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25transporte escolar, por residirem em locais mais afastados, como sítios e chácaras ou

ribeirinhos.

Esta mesma comunidade, com valores morais, religiosos e intelectuais

compatíveis com a época em que estamos vivendo, onde estes valores precisam ser

trabalhados para a construção de uma sociedade digna e com melhor qualidade de

vida.

5.5. PORTE DA ESCOLA

A escola está no porte 2.

5.6. REGIME ESCOLAR

Esse estabelecimento de ensino oferta a Educação Básica de forma presencial,

com a seguinte organização: por séries , nos anos finais do Ensino Fundamental; por

série, no Ensino Médio e por serviços e apoios especializados, conforme especificidade

de cada área, na modalidade da Educação Especial.

O Ensino Fundamental (anos finais), com 4 anos de duração, perfazendo um

total de 3.200 horas. E o Ensino Médio, com duração de 3 anos, perfazendo um mínimo

de 2.400 horas.

5.7. CLASSIFICAÇÃO

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais

ou informais, podendo ser realizada por promoção, por transferência, e

independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o

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26aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e

experiência, adquiridos por meios formais e informais.

Não houve nenhum caso de aluno que necessitou de tal recurso.

5.8. PROMOÇÃO

É considerado promovido o aluno que obtiver a média final mínima de 6,0 (seis

vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei, que é de 75% do total de

horas letivas.

5.9. DEPENDÊNCIA

Este estabelecimento de ensino não oferta essa possibilidade.

5.10. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas

serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

5.11. QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR

O número de funcionários em cada setor, atualmente, tem sido adequado a

realidade da escola.

Diretor: 1

Diretor auxiliar: 1

Pedagogos: 3 (sendo que uma está afastada para o PDE)

Professores: 22 + 1 (Paraná Alfabetizado – previsão de abertura) + 1 (CEEBEJA)

Secretária: 01

Técnico Administrativo: 02

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27Bibliotecário: 01 (Téc. Administrativo) + 01 professora readaptada pela Lei 15.308/06

Inspetor de alunos: 01

Merendeira: 02

Auxiliar de Serviços Gerais: 02

5.12. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO

O colégio possui uma equipe de profissionais com bom nível de formação,

principalmente os professores. E vários profissionais estão se interessando em realizar

novos cursos, como o Pró-Funcionário ou dar continuidade como duas funcionárias que

estão cursando o Ensino Médio Regular. É de consciência de todos a importância da

qualificação, em especial dos profissionais em educação.

TÉCNICO PEDAGÓGICO

FUNÇÃO VÍNCULO C/H TITULAÇÃODiretora QPM 40 Especialização

Diretora Auxiliar QPM 20 EspecializaçãoProfessora Pedagoga QPM 20 EspecializaçãoProfessora Pedagoga QPM 20 EspecializaçãoProfessora Pedagoga PEPR 40 Especialização

APOIO TÉCNICO – ADMINISTRATIVO

FUNÇÃO VÍNCULO C/H TITULAÇÃOSecretária QFEB 40 Licenciatura Plena em Pedagogia

Técnico administrativo QFEB 40 EspecializaçãoTécnico administrativo QFEB 40 Ensino MédioTécnico administrativo QFEB 40 Ensino Médio

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28APOIO AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

FUNÇÃO VÍNCULO C/H TITULAÇÃOAuxiliar de serviços gerais QFEB 40 Ensino Médio – em cursoAuxiliar de serviços gerais QFEB 40 Ensino MédioAuxiliar de serviços gerais QFEB 40 Ensino Médio – em cursoAuxiliar de serviços gerais CLAD 40 Ensino FundamentalAuxiliar de serviços gerais CLAD 40 Ensino Médio

CORPO DOCENTE

Disciplina Curso Vínculo

Carga

Horária:

Aulas

FormaçãoTitulação/

Especialização

Arte EF/EMQPM

SC02

16

02Educação Artística ---------------------

Biologia EM REPR 6Licenciatura Plena

em Biologia

Educação e Gestão

Ambiental

Ciências EFQPM

SC02

2

1

Ciências com

licenciatura em

Matemática

Ensino de Matemática

Ciências EF QPM 18Letras Francês

Biologia

Língua Portuguesa e

Literatura

Educação Física EF REPR 2 Educação Física ---------------------

Educação Física EF/EM QPM 14 Educação Física Educação Física

Educação Física EM SCO2 6 Educação FísicaPsicopedagogia e

Educação Especial

Ensino Religioso EF REPR 3 História Psicopedagogia

Filosofia EM SC02 6 História e Geografia História

Física EMQPM

SC02

4

2

Ciências – Hab. em

Física

Geografia EF/EMQPM

SCO2

16

10Geografia

Geografia e Questão

Ambiental

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29

História EF/EMQPM

SC02

16

03História História

História EF REPR 6 História História

Inglês EF/EMQPM

SC02

16

01

Letras –

Português/Inglês

Língua Portuguesa e

Literatura

Inglês EF/EM REPR 2Letras –

Português/InglêsLíngua Inglesa

Língua Portuguesa EM QPM 3Letras – Língua

PortuguêsLíngua Portuguesa

Língua Portuguesa EM REPR 5Língua Portuguesa

e LiteraturaArte e Educação

Língua Portuguesa EF QPM 8 Letras – Francês

Biologia

Língua Portuguesa e

Literatura

Língua Portuguesa EF QPM 16 Letras - Francês Educação Especial

Matemática EF/EMQPM

SC02

12

02

Ciências e

MatemáticaEnsino de Matemática

MatemáticaEF/EM QPM

SC02

16

01

Ciências –

Habilitação

Matemática

Educação Matemática

Química EMSC02

QPM

02

04

Ciências –

Habilitação

Química

Gestão de Qualidade

na Educação

Sala de Recursos EF QPM 16 Ciências Deficiência Mental

Sociologia EM SC02 6 História e Geografia História

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305.13. PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO

5.13.1. ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR

Há uma grande rotatividade dos alunos, que mudam-se muito de localidade e

depois retornam e as vezes não estudam onde foram morar ou lá ficam por pouco

tempo e já retornam dificultando a adaptação em sala de aula e consequentemente da

aprendizagem. Esses dados são oscilantes, analisados durante os anos de 2007 a

2010, fica difícil traçar um perfil de evasão e repetência, pois em alguns anos estão

mais localizado em uma série e em outros anos em outras séries. Do cotidiano escolar

podemos dizer que esses casos são relativos a problemas familiares, aluno trabalhador,

gravidez precoce, defasagem de idade/série, dificuldade de aprendizagem e outros.

No Ensino Médio Noturno os casos de evasão em sua maioria estão ligados aos

alunos trabalhadores que todo início de ano fazem a matrícula, alguns nem chegam a

comparecer ou comparecem por pouco tempo e logo se evadem. Tem-se conversado

muito com esses alunos, lhes dizendo da importância de continuarem seus estudos e

também palestras referentes a encaminhamentos profissionais, para que tenham

perspectivas/sonhos de continuidade dos estudos e fiquem mais preparados para se

desenvolverem no mundo do trabalho. Também há os casos de alunas adolescentes

gestantes, que após o nascimento dos filhos não conseguem dar continuidade aos

estudos.

A escola tem se mobilizado para que os alunos permaneçam estudando e com

qualidade, através das ações do Projeto Fica, no diálogo/contato com as famílias, dos

encaminhamentos dos professores à equipe pedagógica, da comunicação ao Conselho

Tutelar e ao Ministério Público e também estudos e capacitações sobre essas

temáticas.

A busca é constante para encontrarmos soluções para esses casos. No ano de

2009 uma profissional da equipe pedagógica e um professor participou dos Encontros

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31da Rede de Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Nesses

momentos foram discutidos sobre a importância do apoio às famílias e da união de

todos os segmentos da sociedade para que nenhum aluno fique fora da escola ou sem

aprender.

No ano de 2010 deu-se início ao programa do governo estadual “Eu acompanho

a avaliação escolar do meu filho. E você?”. Para conscientizar os pais da importância

da sua participação escolar no desenvolvimento de seus filhos.

Dados de 2007 – Ensino Fundamental

5ª Porc. 6ª Porc. 7ª Porc. 8ª Porc.

Aprovados 23 82,1% 24 50% 26 62% 30 83,4%

Retidos 2 7,1% 11 22,9% 6 14,2% 1 2,8%

Transferidos 3 10,8% 10 20,85% 9 21,5% 0 0

Desistentes 0 0 3 6,25% 1 2,3% 5 13,8%

Aprovados Retidos Transferidos Desistentes

0

5

10

15

20

25

30

35

Dados de 2007

Ensino Fundamental

5ª6ª7ª8ª

me

ro d

e a

lun

os

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32

Dados de 2007 - ENSINO MÉDIO

1º Porc. 2º Porc. 3º Porc.

APROVADOS 16 50% 8 40% 13 81,3%

RETIDOS 1 3,1% 1 5% 0 0

TRANSFERIDOS 1 3,1% 7 35% 2 12,5%

DESISTENTES 14 43,8% 4 20% 1 6,2%

APROVADOS RETIDOS TRANSFERIDOS DESISTENTES

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Dados de 2007

Ensino Médio

1º2º3º

Núm

ero

de a

luno

s

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33

Dados de 2.008 – Ensino Fundamental

5ª série Porc. 6ª série Porc. 7ª série Porc. 8ª série Porc.

Aprovados 22 61,5% 26 62% 21 57% 25 83,5%

Retidos 08 22% 05 12% 08 21% 0 --

Transferidos 02 5,5% 09 21% 04 11% 04 13,5%

Desistentes 04 11% 02 5% 04 11% 01 3%

Aprovados Retidos Transferidos Desistentes

0

5

10

15

20

25

30

Dados de 2.008Ensino Fundamental

5ª série6ª série7ª série8ª série

Núm

ero

de a

luno

s

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34

Dados de 2008 – Ensino Médio

1ª série Porc. 2ª série Porc. 3ª série Porc.

Aprovados 21 50% 17 71% 09 82%

Retidos 08 19% 0 ---- 0 ----

Transferidos 06 14% 01 4% 02 18%

Desistentes 07 17% 06 25% 0 ----

Aprovados Retidos Transferidos Desistentes

0

5

10

15

20

25

Dados de 2.008

Ensino Médio

1ª série2ª série3ª série

Núm

ero

de a

luno

s

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35

Dados de 2.009 – Ensino Fundamental

5ª série Porc. 6ª série Porc. 7ª série Porc. 8ª série Porc.

Aprovados 48 84,5% 22 71% 27 65,9% 22 85%

Retidos 03 5% 04 13% 06 14,6% 0 --

Transferidos 06 10,5% 03 9,5% 06 14,6% 4 15%

Desistentes 0 -- 02 6,5% 02 4,9% 0 --

Aprovados Retidos Transferidos Desistentes

0

10

20

30

40

50

60

Dados de 2009

Ensino Fundamental

5ª série6ª série7ª série8ª série

Núm

ero

de a

luno

s

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36

Dados de 2.009 – Ensino Médio

1ª série Porc. 2ª série Porc. 3ª série Porc.

Aprovados 29 71% 21 78% 17 89,5%

Retidos 04 10% 02 7% 0 ----

Transferidos 03 7% 03 11% 0 ---

Desistentes 05 12% 01 4% 2 10,5%

Aprovados Retidos Transferidos Desistentes

0

5

10

15

20

25

30

35

Dados de 2009Ensino Médio

1ª série2ª série3ª série

Núm

ero

de a

luno

s

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37

Dados de 2010 – Ensino Fundamental

5ª 6ª 7ª 8ªTotal

Qtd. Porc. Qtd. Porc. Qtd. Porc. Qtd. Porc.

Aprovados 32 78,05 36 61,02 23 65,71 17 54,84 108 65,06

Retidos 2 4,88 18 30,51 6 17,14 7 22,58 33 19,88

Transferidos 6 14,63 4 6,78 5 14,29 5 16,13 20 12,05

Desistentes 1 2,44 1 1,69 1 2,86 2 6,45 5 3,01

5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

AprovadosRetidosTransferidosDesistentes

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38

Dados de 2010 – Ensino Médio

1ª série 2ª série 3ª sérieTOTAL

Qtd. Porc. Qtd. Porc. Qtd. Porc.

Aprovados 22 62,86 21 67,74 16 69,57 59 66,29

Retidos 3 8,57 5 16,13 3 13,04 11 12,36

Transferidos 5 14,29 2 6,45 0 0 7 7,87

Desistentes 5 14,29 3 9,68 4 17,39 12 13,48

1ª série 2ª série 3ª série

0

10

20

30

40

50

60

70

80

AprovadosRetidosTransferidosDesistentes

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39Analisando os gráficos podemos observar que a reprovação é um problema a ser

superado: na 5ª série houve um quadro atípico no ano de 2008 com um índice de

retenção e evasão altos e no decorrer dos outros anos houve uma melhora. Na 6ª série

tem-se um problema de retenção, que é discutido no Conselho de Classe, devido à

defasagem das séries iniciais do Ensino Fundamental, justificadas pelos professores e

equipe pedagógica. Não há maior reprova na 5ª série devido a uma tentativa de

recuperação de conteúdos até a 6ª série. O problema de repetência continua na 7ª

série. Na 8ª série houve um quadro atípico de repetência, esses dados altos de 2010

justificam-se devido a vários alunos com muita defasagem de aprendizagem que

estavam sendo aprovados nos anos anteriores e neste ano resolveu-se que não

deveriam ir para o Ensino Médio com tantas dificuldades, pois agravaria o problema.

Foi uma busca de solução, apesar de não acharmos a ideal, mas assim foi decidido por

todo o Conselho de Classe, como a melhor possível.

No Ensino Médio o maior problema apresentado é a evasão devido

principalmente aos alunos maiores de idade que se matriculam e como trabalham não

conseguem conciliar a escola e o trabalho. Também alguns casos de gravidez precoce

ou não. No ano de 2010, houve um índice alto de repetência atípico para a 3ª série,

decididos no Conselho de Classe, principalmente devido ao descaso dos alunos em

relação ao cumprimento das atividades escolares e consequentemente a não aquisição

dos conteúdos para o prosseguimento dos estudos.

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405.13.2. CONTRADIÇÃO E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE

As estratégias de aprendizagem são constantemente reformuladas, diante das

mudanças metodológicas presentes nas Diretrizes Curriculares e nos Livros Didáticos,

apesar de em alguns momentos necessitarmos dos métodos tradicionais, devido às

dificuldades dos alunos na adaptação as novas metodologias.

O discurso já está mais próximo da prática docente, mas sabemos que essa

busca é gradativa/longo prazo.

A grande dificuldade na prática docente é a falta de perspectiva de vida de

muitos alunos, faltam-lhes “sonhos”. Isso limita a ação pedagógica, pois a maioria dos

alunos não quer ir além das condições materiais e culturais de sua família. O professor

dentro de seu papel procura incentivá-los, mas alguns ficam atônitos, o que muitas

vezes dificultam a ampliação do conhecimento e consequentemente do trabalho

proposto pelo docente.

A escola tem recebido livros didáticos nas disciplinas de Ciências, Geografia,

História, Língua Portuguesa e Matemática do Ensino Fundamental, apesar de faltar

livros em algumas séries. No Ensino Médio as disciplinas de História, Geografia,

Química, Biologia, Física, Matemática, Língua Portuguesa, Filosofia, Sociologia e

Língua Estrangeira Moderna Inglês recebem os Livros do Programa Nacional do Livro

Didático para o Ensino Médio. Recebemos o Livro Didático Público do Paraná para

todas as disciplinas do Ensino Médio. Também tem sido desenvolvido algumas

propostas de trabalho de incentivo à leitura, à continuidade dos estudos, à expressão

artística e outros.

Os professores têm um acervo de livros na Biblioteca do Professor, via

Secretaria Estadual de Educação e os alunos do Ensino Médio tem recebido livros

paradidáticos para o acervo da biblioteca, via Ministério da Educação. Todo o acervo

está à disposição o que contribui para um maior acesso à cultura geral, atualmente sem

atendimento direto no período da noite. A escola recebe ainda as revistas: Nova

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41Escola, Carta na Escola, Gestão em Rede via FNDE e documentos, textos e cartazes

via Núcleo Regional de Ensino. Ainda há a TV Paulo Freire e a TV Escola, porém a

antena não está funcionando. Também os materiais recebidos no DEB – Itinerante de

algumas disciplinas como: Educação Física, Língua Estrangeira Moderna Inglês e

Espanhol e os dicionários de Inglês e Espanhol.

5.13.3. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Quase todos os professores do colégio têm nível superior em sua área de

disciplina, somente as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Ciências estão com

professores com formação superior em outra área.

A escola é um local privilegiado para a formação continuada. O trabalho escolar

exige uma nova postura do profissional da educação, no qual terão hora/atividade de

acordo com sua carga horária: para cada 20h/a são atribuídas 4h/a por semana

exclusivamente para oportunizar estudos que darão um embasamento maior na

adequação de planejamentos, metodologias e consequentemente as suas ações

dentro de sala de aula.

A escola, em contexto de formação, vai planejar as atividades de acordo com as

necessidades dos profissionais, o que implicará em instrumentos/estratégias e

conteúdos diversificados. Pretendemos incentivar e/ ou realizar as seguintes ações:

I. Semana Pedagógica, Formação Continuada da Equipe Multidisciplinar,

Encontros e seminários sobre diversos temas, solicitado pelo NRE ou diante das

necessidades do cotidiano escolar tais como: os Desafios Educacionais

Contemporâneos, em específico: Educação do Campo, Drogadição,

Sexualidade, Trabalho Infantil, Enfrentamento a Violência nas escolas contra a

criança e o adolescente;

II. Elaboração de propostas de trabalho referentes as necessidades dos alunos,

como prevenção à gravidez na adolescência e evasão escolar;

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42III. Momentos de trocas de experiências e ideias entre os professores, equipe

pedagógica e direção para maior entrosamento;

IV. Momentos de estudo para os funcionários e incentivá-los a participar do Pró-

Funcionário.

O objetivo desta proposta é favorecer o desenvolvimento de postura profissional

adequada às necessidades do educando.

5.13.4. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

A partir do ano de 2010, a escola começou a funcionar em três turnos

(manhã/tarde/noite) o que melhorou o tempo escolar, pois o dia todo tem atendimento

na escola. Os horários, em cada turno, estão adequados ao atendimento dos alunos.

Em geral, o espaço físico está adequado às necessidades básicas da escola,

principalmente porque a escola municipal que funcionou a alguns anos no mesmo

prédio mudou-se para um prédio próprio. A equipe pedagógica, a direção e a secretaria

funcionavam todos no mesmo espaço, mediante essa mudança foi possível melhorar a

organização da escola, acomodando cada setor em seu local específico, assim

colaborando para uma melhor definição de papéis e um atendimento mais

personalizado com melhor privacidade aos professores, pais, alunos e comunidade.

O funcionário que tem como função, inspetor de alunos, foi a uma capacitação

promovida pelo NRE/SEED e diante das orientações recebidas e das necessidades da

escola ficou definido como função zelar pela segurança e disciplina dos alunos, dar

apoio ao professor, ser vigilante constante nas dependências físicas e zelar pelos

materiais e equipamentos da escola.

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435.13.5. EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

A biblioteca no ano de 2010 e início de 2011 recebeu novas funcionárias, as

quais em dedicação exclusiva na biblioteca: uma agente educacional II e uma

professora readaptada (Lei nº 15.308/06). Essa exclusividade tem sido muito positiva,

pois tem sido criadas várias estratégias de incentivo à leitura. Somente à noite não há

um funcionário exclusivo, mas atende entre a biblioteca e a secretaria.

Ainda falta um laboratório de ciências físicas e biológicas e artes. Chegaram no

ano de 2010 mais equipamentos enviados pelo governo estadual, para o Laboratório de

Química, Física e Biologia. Com as duas funcionárias na biblioteca foi possível

reorganizar os equipamentos em armários na biblioteca.

O Laboratório do Paraná Digital está bem defasado, com equipamentos

necessitando de manutenção e o provedor/acesso a internet é lento dificultando o

trabalho dos professores. Alguns professores têm dificuldades na utilização dos

equipamentos, sempre que é solicitado os agentes educacionais II dão assistência ao

professor.

5.13.6. RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO NO COLÉGIO

Alguns teóricos afirmam que a escola democrática é o local do conflito.

Concordamos com essa afirmação, pois o trabalho coletivo é sempre um desafio, cada

ser humano diante de suas necessidades individuais e coletivas, suas opiniões,

dúvidas, ideias, conflitos trazem tudo isso ao local de trabalho. Não há uma política

externa que rompa essas barreiras, elas devem ser superadas com a prática do diálogo

respeitoso dentro da escola.

A direção escolar com o apoio da equipe pedagógica tem buscado encontrar

momentos de interação entre os profissionais da escola. Os conflitos existentes são

mais relacionados as concepções de mundo dos diversos profissionais.

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44 O Quadro Docente e os Auxiliares de Serviços Gerais são compatíveis com a

realidade da escola. Quase todos os professores estão devidamente habilitados e são

em sua maioria QPM, e assim acompanham o progresso dos alunos no percorrer das

séries. Também permaneceu em sua maioria o quadro de professores, pois mesmo os

que tem aulas extraordinárias e os PEPR, dentro das possibilidades procuram retornar

dando continuidade ao trabalho e em sua formação continuada.

Os professores do diurno solicitaram a reunião de pais com a participação dos

docentes, pois não tem conseguido essa interação com os pais durante o ano no

período da Hora Atividade, dificultando o progresso dos alunos em sala de aula.

5.13.7. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

A organização da Hora-Atividade favorece o trabalho coletivo e individual,

permitindo a realização de atitudes pedagógicas sob a orientação da equipe

pedagógica ou Direção do estabelecimento para planejar, executar e avaliar as ações e

reflexões do professor, objetivando as melhorias no desenvolvimento da Escola.

Seguimos o cronograma na organização dos horários das aulas semanalmente,

conforme as possibilidades. A organização da Hora-Atividade em dias iguais para as

mesmas disciplinas é ideal para troca de experiências, mas neste estabelecimento é

inviável devido ao número de professores, ao número de aulas que em algumas

disciplinas nem conseguem completar um padrão, necessitando ir a outros

estabelecimentos de ensino, e as substituições que são feitas de professores em

licença (saúde, maternidade, especial).

O trabalho realizado na Hora-Atividade está direcionado a elaboração/seleção de

propostas, conteúdos e estratégias de planejamento, correção de tarefas dos alunos,

troca de experiências (quando possível com seus pares), e atendimento de alunos e

pais (quando necessário). Sempre que necessário/possível as orientações, ofícios,

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45cursos e determinações da SEED e outros são repassados aos professores pela equipe

pedagógica também neste horário.

Os professores pedagogos não tem Hora Atividade definida, o que dificulta no

desenvolvimento de suas funções, pois é fundamental que a equipe pedagógica se

organize/estude para dar apoio e direcionamentos aos trabalhos desenvolvidos na

escola, principalmente aos professores e aos alunos. Será realizada uma nova proposta

para que em 2011 os pedagogos tenham esse tempo reservado de estudos juntamente

com os gestores.

5.13.8. INCLUSÃO

A escola não está suficientemente preparada para atender os alunos com

necessidades educacionais especiais, em vários aspectos como infraestrutura

(banheiro adaptado e rampa de acesso), transporte adaptado, currículo e outros. A

escola tem em seu quadro de docentes uma professora na área da Educação Especial

Sala Multifuncional I – na área de deficiência intelectual transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades, esse profissional realiza as adaptações

necessárias em sala de aula comum, pois muitas vezes esses alunos apresentam

defasagens muito acentuadas e os professores não conseguem atendê-los perante um

grupo maior de alunos. Também porque alguns alunos, devido à dificuldade de

compreenderem os conteúdos e de concentração apresentam comportamentos

indisciplinados dificultando o desenvolvimento na sala de aula como um todo.

Vários docentes e equipe pedagógica tem buscado alternativas para que todos

aprendam e participem das aulas motivadas, a fim de evitar a exclusão.

Algumas atividades que o Colégio realiza ou participa, promove a interação dos

alunos, diminuindo a distância entre as diferenças, pois há a possibilidade de destaque

de diversas habilidades, valorizando todos os educandos.

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46Com a implantação da Sala Multifuncional I os alunos com deficiência intelectual

passam a ser atendidos em horário contrário ao das aulas a fim de dar suporte

pedagógico a esses discentes. Muitas mudanças têm ocorrido no direcionamento da

Sala Multifuncional I o que requer também um tempo de adaptação de toda equipe

escolar. Essa sala atende quatro alunos e há mais seis em processo de avaliação.

Temos problemas quanto a frequência regular desses alunos, por ser no período

contrário ao das aulas, é necessário constantemente estarmos chamando os alunos e

os pais para conscientizá-los da importância desse apoio oferecido pela escola.

Observamos que muitos pais não conseguem entender a importância de mais esse

suporte ao educando e não exigem a frequência às aulas.

A professora da Sala de Recursos também é orientada para que conquiste os

alunos e utilize estratégias e intervenções e faz adaptações curriculares para motivá-

los. A referida professora tem participado de capacitações oferecidas pela SEED para

aprofundar e consequentemente melhorar seu desempenho.

5.14. GESTÃO DEMOCRÁTICA

Pela LDB 9394/96 vigente o princípio da gestão democrática, que inclui as

dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras, exige compreensão dos

problemas diante da prática pedagógica e administrativa da escola.

As questões de exclusão e reprovação e da não permanência de alguns alunos

na escola, vem provocando a marginalização das classes populares e isso requer um

compromisso e implica a construção coletiva da reciprocidade, da solidariedade, da

autonomia e na execução do trabalho pedagógico.

A gestão democrática neste estabelecimento escolar tem sido desenvolvida

através do diálogo constante com os alunos, os funcionários, os professores, a direção,

equipe pedagógica, e comunidade escolar, nas decisões e realizações das atividades

mais cotidianas.

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47A participação dos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar, Conselho de

Classe e Grêmio Estudantil) dar-se-à nas reuniões periódicas e extraordinárias, nos

casos onde necessitam-se de consultas, na tomada de decisões em todas as suas

áreas de atuação, de modo interativo, na realização das atividades pedagógicas,

colaboração com ações de parcerias, trabalhos voluntários na escola e na gestão de

recursos financeiros.

5.14.1. CONSELHO DE CLASSE

O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didáticos-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do

estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino aprendizagem

na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

O conselho de classe é um momento privilegiado que tem finalidades próprias,

mas nota-se que ainda há a necessidade de conscientizar alguns professores da real

finalidade atribuída a esse órgão que é a de estudar e interpretar a aprendizagem do

aluno em relação ao seu trabalho realizado em sala de aula, bem como revelar as

necessárias e possíveis modificações metodológicas, a fim de projetar suas estratégias

para o próximo bimestre. Não é um momento para revelar fatos desnecessários da vida

pessoal do aluno. Somente são importantes aqueles que afetam diretamente a

aprendizagem e que devem, no conselho de classe, buscar soluções para o

enfrentamento de tais problemas.

A escola está organizando o Conselho de classe de acordo com as Propostas

da SEED: pré-conselho(levantamento de dados/ diagnóstico do processo de ensino e

aprendizagem); Conselho de classe(são discutidos os diagnósticos e proposições

levantados no pré-conselho) e Pós-conselho(encaminhamentos e ações previstas no

conselho de classe).

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48Outra dificuldade são os professores que atuam em várias escolas e algumas

vezes não conseguem comparecer no dia do Conselho.

5.14.2. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar desta escola tem seu funcionamento regularizado de acordo

com as instruções do Regimento Escolar e direcionamento da SEED. O que necessita

ser melhorado está relacionado ao não comparecimento de alguns membros as

reuniões, devido ao cansaço do trabalho, dificultando nas tomadas de decisões, onde

muitas vezes há necessidade de marcar novos encontros com os outros

representantes.

5.14.3. GRÊMIO ESTUDANTIL

O colégio implantou no ano de 2007, o Grêmio Estudantil. Os alunos com o apoio

da equipe pedagógica estão desenvolvendo atividades na escola como: o Jornal Mural.

No ano de 2010/2011 a equipe atual do Grêmio tem tentado de desenvolver as ações

propostas no Plano de Ação, como: a Rádio Escolar, O Cinema na Escola, Combate a

Dengue e sobre o Meio Ambiente. Porém ainda necessitam do apoio da equipe

pedagógica para concretizar as ações.

5.14.4. APMF

A APMF deste estabelecimento de ensino funciona de acordo com o que está

descrito no Regimento Escolar, assegurando melhores condições de eficiência escolar

em consonância com o plano e ação da direção, visando sempre a realidade da

comunidade. O que necessita ser melhorado está relacionado a dificuldade de alguns

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49dos membros não comparecerem a todas as reuniões, devido ao cansaço do trabalho,

atrapalhando nas tomadas de decisões.

5.14.5. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A participação dos pais acontece por meio de representação dos órgãos

colegiados como a APMF e o Conselho Escolar. A maioria não acompanha nem

participa do processo de aprendizagem de seu filho. A escola, no término de cada

bimestre, convida os pais a virem tomar conhecimento da vida escolar de seu filho, do

sistema escolar, do problema e do avanço nas disciplinas e, ainda recebem orientações

da equipe pedagógica para lidar com tais problemas, quando houver.

Alguns pais deveriam participar mais, dando apoio ao trabalho do professor no

desenvolvimento da aprendizagem de seu filho, e não comparecer somente no final do

ano letivo, quando não há mais nada o que fazer com relação ao rendimento escolar.

Um conteúdo não se recupera depois de terminado o ano letivo. Os pais, nesse sentido,

devem estar acompanhando os avanços e as dificuldades apresentados pelo seu filho

regularmente como está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Tem-se questionado nas reuniões pedagógicas, no Conselho de Classe e em

outros de momentos de interação da importância da presença dos pais na escola. Após

esses momentos novas estratégias surgem e se efetivam para que mais pais

compareçam e também os professores possam conversar sobre a importância da sua

disciplina e realizar encaminhamentos, quando necessário, juntamente com os pais.

A família é muito importante no desenvolvimento da aprendizagem dos filhos,

pois quando há acompanhamento, cobrança, incentivo, valorização do saber escolar

mesmo que o aluno encontre alguma dificuldade, ele consegue superá-la ou o

progresso está de acordo com os objetivos propostos.

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505.14.6. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS

A atribuição de aulas acontece mediante a Resolução enviada pela SEED e a

organização e distribuição das turmas, que em sua maioria é uma por série e é

realizada pela secretaria da escola e somente alguns casos de alunos são estudados.

5.15. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

O colégio tem buscado desenvolver os temas relacionados aos Desafios

Educacionais Contemporâneos principalmente a História e Cultura Afrobrasileira,

Africana e indígena, Sexualidade, Uso indevido de drogas.

Foi organizado a programação anual para realizar atividades o ano todo, nas

diversas disciplinas sobre a História e Cultura Afro brasileira, Africana e indígena. No

final do ano passado foram apresentadas várias atividades na Semana da Consciência

Negra.

Tem-se na escola alguns casos de casamentos precoces (adolescentes), o que

tem chamado a atenção para a importância do trabalho com Sexualidade.

No ano de 2010 foi realizada a campanha “Fique sabendo”, onde foram

discutidos e apresentados temas sobre o uso da camisinha, como prevenção as DST e

Gravidez na adolescência.

Alguns professores têm realizado o curso do Programa Nacional de Educação

Fiscal – PNEF e vem desenvolvendo atividades em sala de aula como: o estudo das

contas de água, luz e telefone.

5.16. DIVERSIDADE

No ano de 2008 o colégio, por intermédio de uma funcionária e do Grêmio

Estudantil organizou uma turma do Paraná Alfabetizado. No ano de 2010 uma ex-aluna

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51do colégio e agora estudante de Pedagogia organizou uma nova turma do Paraná

Alfabetizado. Para o ano de 2011, uma ex-aluna, agora formada em Pedagogia estará

organizando uma nova turma para o Paraná Alfabetizado.

A escola faz parte da Educação do Campo, apesar de suas características

urbanas. No ano de 2009 foi realizado um curso de 144 horas aos alunos do Ensino

Médio em parceria com o Sindicato Rural/SENAR PARANÁ (Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural) JAA “Jovem Agricultor Aprendiz”. Os professores tentam buscar

em suas disciplinas conteúdos que possam ser abordados de acordo com as Diretrizes

Estaduais da Educação do Campo.

Dois professores da escola participaram no ano de 2010 do curso “Gênero e

Diversidade na Escola – Formação de professoras/es em Gênero, Sexualidade,

Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais”. Nesse curso serão apresentadas

propostas a serem realizadas na escola. No ano de 2011 nenhum dos professores que

fizeram o curso estão atuando em sala de aula na escola.

Ainda há muita dificuldade em trabalhar com os alunos as questões de gênero,

sexualidade e orientação sexual na escola.

Foi solicitado à professora de Biologia um trabalho mais relacionado à

sexualidade.

5.17. AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser entendida como um dos aspectos do ensino, pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem, de seu trabalho, com a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo da aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir lhes valor.

A avaliação deverá proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de

ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos

de ensino; a avaliação utilizará métodos e instrumentos diversificados

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52Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão ser analisados os aspectos

qualitativos e quantitativos da aprendizagem. Dar-se-à relevância à criatividade crítica,

à capacidade de síntese e a elaboração sobre a memorização, para que a avaliação

cumpra sua finalidade educativa, ela será contínua, permanente e cumulativa. A

avaliação deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino e da aprendizagem,

bem como a ordenação do currículo.

As avaliações e recuperações ficarão a critério de cada professor lembrando que

a avaliação bimestral utilizará técnicas e instrumentos diversificados, conforme a

necessidade e a opção de cada professor, visto que a observação do desenvolvimento

dos alunos se darão no decorrer de todas as atividades, com direcionamentos variados

a cada nova situação. Utilizarão como instrumento: pesquisas, relatórios, proposta de

atividades, apresentação de trabalhos, painéis (classe e extraclasse), júri simulado,

exposições, seminários, simulados, jogos (inter-séries), teatro/dança, maquetes com

temas sugeridos ou criações, desenhos/ilustrações e atividades escritas com datas pré-

estabelecidas para sua aplicação.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em escala de

0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O sistema de avaliação bimestral será composto pela

somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referentes as atividades diversificadas, mais

a nota 6,0 (seis vírgula zero) resultante de no mínimo duas avaliações (instrumentos

diversificados) totalizando a nota final 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das

avaliações dos alunos serão registrados no Livro Registro de classe a fim de que sejam

asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

No ano de 2010 foi estudado mais sobre a proposta de recuperação de estudos,

pois observamos que vários alunos não conseguiam a apreensão dos conteúdos

básicos e vários professores tinham dúvidas sobre esse assunto. A dificuldade está em

conseguir com que alguns alunos realizem as reavaliações dos conteúdos, pois em

alguns casos eles não fazem as atividades propostas pelos docentes e mesmo com

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53várias oportunidades não conseguem comprometer-se e nem perceber a importância

do seu processo de aprendizagem.

5.18. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO PARA ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

PARA INSERIR NO MUNDO DO TRABALHO

À partir do recebimento da Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008 que dispõe

sobre o estágio de estudante foi estudada a referida Lei, consultado o Conselho Escolar

e incluído no Projeto Político Pedagógico da escola.

5.19. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Está previsto para iniciar no 2º semestre de 2011 o Programa Mais Educação

para os alunos do Ensino Fundamental no período contrário ao das aulas regulares:

Futsal, Teatro, Matemática, Letramento e Rádio Escolar. Atenderá uma demanda de

100 alunos.

5.20. PDE (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL)

Tivemos no ano de 2008 o primeiro professor selecionado para participar do

Programa de Desenvolvimento Educacional, na área da Educação Física, intitulado “O

posicionamento do professor de Educação Física frente à avaliação do aluno” com a

orientação do campus da UENP em Jacarezinho.

No ano de 2009 foi selecionada uma professora pedagoga com o tema

“Formação Continuada” que publicou um artigo entitulado “Escola: espaço de formação”

e irá concluir em julho de 2011.

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545.21. CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna) Espanhol

No ano de 2010 o colégio passou a ofertar no período da tarde uma turma para o

curso de Língua Estrangeira Moderna Espanhol pelo CELEM. O curso terá duração de

um ano, com carga horária de 160 h/a e a carga horária semanal será de 04 (quatro)

h/a de 50 (cinquenta) minutos. O cumprimento da carga horária estabelecida para o

curso é obrigatório.

Foi aberta uma nova turma de CELEM Espanhol no ano de 2011.

5.22. Equipe Multidisciplinar

Seguindo a Instrução nº 010/2010 da SUED/SEED o qual estabelece a

obrigatoriedade das equipes multidisciplinares para tratar da Educação Étnico-Raciais e

para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.

No ano de 2010 iniciou a equipe multidisciplinar no colégio. Para o ano de 2011 a

grande diferença está na proposta da formação continuada para os integrantes serão

10 encontros de 8 horas durante o ano, que subsidiará o desenvolvimento dos

trabalhos da equipe.

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55

6. MARCO CONCEITUAL

6.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO COLÉGIO

6.1.1. FILOSOFIA DO COLÉGIO

A filosofia do colégio é formar cidadãos atuantes na sociedade através do acesso

aos conteúdos, saberes, conhecimentos e interações culturais e sociais, a fim de que

participem de maneira ética, consciente, solidária, humana, criativa, transformadora,

perseverante e sonhadora.

6.1.2. CONCEPÇÃO EDUCACIONAL

O Estabelecimento oferece aos alunos a oportunidade para se apropriarem dos

conteúdos historicamente acumulados pela humanidade e assim atuar na nossa

sociedade como cidadãos críticos e com perspectivas melhores de vida. A fim de

atingir esse meta o ensino ofertado não será apenas repasse de conteúdos, a

prioridade é estimular o raciocínio e a busca de soluções criativas para as situações-

problemas apresentadas, dessa forma o professor será o orientador da aprendizagem

construída pelo próprio aluno em interação com a comunidade escolar.

A SEED tem como princípio a Educação para todos, visando diminuir as

desigualdades sociais e a construção de uma sociedade justa e humana.

Compartilhando desse princípio buscamos ensinar a todos os alunos, visando o

acesso, a permanência e o sucesso dos mesmos, para que possam ter opções e

oportunidades de mudança e crescimento em suas vidas.

Tem sido oferecido capacitações e treinamentos para professores e funcionários

a fim de valorizar os profissionais da educação. Outros aspectos que tem sido metas da

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56SEED é o trabalho coletivo e a gestão democrática, ambos são temas constantes das

capacitações descentralizadas: Semana Pedagógica – estudos para organização do

trabalho pedagógico na escola, NRE Itinerante auxiliando as escolas a desenvolverem

o trabalho coletivo e os princípios da gestão democrática.

A escola é o espaço onde a inclusão de todos os alunos devem ocorrer,

partindo desse princípio buscou-se uma política pública que atendesse o atendimento

às diferenças e à diversidade cultural. Foi construído também as Diretrizes Curriculares

da Educação Básica para a rede pública estadual de ensino, a fim de subsidiar a

implantação da Proposta Curricular nas escolas estaduais, onde foi considerado a

diversidade cultural dos alunos e o atendimento às diferenças.

6.1.3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A proposta está norteada nos princípios da política educacional voltados

principalmente para qualidade do ensino ofertado na escola pública e da educação para

todos, com base no papel fundamental na transmissão, apropriação e socialização dos

saberes, em uma ação intencional e transformadora da realidade.

A comunidade apresenta instabilidade econômica (predomínio da classe baixa),

social e cultural que advém da prática situação e o eixo fundamental para a adaptação

desta situação, que reflete na clientela da Escola, vinda de uma comunidade instável,

com valores morais, religiosos compatíveis com a época em que estamos vivendo,

onde estes valores precisam ser trabalhados para a construção de uma sociedade

digna e com melhor qualidade de vida. A educação é o eixo fundamental para a

adaptação dessa situação.

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57

6.1.4. OBJETIVO DO COLÉGIO

Organizar o trabalho pedagógico de modo que possa assegurar ao

educando a sua transformação social e política.

Fundamentar a proposta pedagógica, caracterizado no ideal coletivo, com

interesses voltados para as camadas populares.

Transformar o conhecimento assistemático, desestruturado, desarticulado

que o educando traz de sua experiência cotidiana em sistemático, articulado,

fundamentado na ciência.

Buscar a democratização do saber, ofertando, através das propostas

curriculares das disciplinas, educação de qualidade e necessária para a vida

do educando.

6.1.5. FINS EDUCATIVOS

A proposta de ensino revela o compromisso da Instituição Escolar em garantir o

acesso aos saberes elaborados historicamente, pois constituem como instrumentos

para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania democrática e a

atuação no sentido de refutar ou reformular as deformações do conhecimento, as

imposições de crenças dogmáticas e a petrificação de valores. A proposta de ensino

deve, portanto estar em consonância com às questões sociais que marcam cada

momento histórico, em busca de uma sociedade mais justa e solidária.

No contexto da proposta se concebe a educação escolar como uma prática que

tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas

capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de

compreensão da realidade e de participação nas relações sociais, políticas e culturais

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58diversificadas e cada vez mais amplas, condições fundamentais para o exercício da

cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.

Deve-se dar atenção especial ao aluno que demonstrar a necessidade de

auxílio no resgate de sua auto-estima. Trata se de garantir condições de aprendizagem

a todos os alunos, seja por meio de acréscimos/mudanças na intervenção pedagógica

ou de medidas extras que atendam às necessidades individuais.

Dentro do processo de desenvolvimento da proposta a escola deve pressupor

alguns aspectos dentre os quais se destacam:

a – repensar sobre o papel e a função da educação escolar, seu foco, sua

finalidade, seus valores, significa considerar características, anseios, necessidades e

motivações dos alunos, da comunidade local e da sociedade em que ela se insere. A

escola tem de encontrar formas variadas de mobilização e de organização dos alunos,

dos pais e da comunidade, sobretudo, ajudando a criar um ambiente que leve a

participação e ao reforço das atitudes criativas do cidadão;

b – repensar sobre a sistemática de planejamento, definindo metas a serem

atingidas, em cronograma exequíveis, fazendo com que as propostas tenham

continuidade, prevendo recursos necessários, utilizando de forma plena, funcional e

sem desperdícios os recursos disponíveis, definindo um acompanhamento e uma

avaliação sistemática, a fim de não realizar o planejamento como tarefa burocrática;

c – a elaboração e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico requer

tempo para sua análise, discussão e re-elaboração contínua e um clima institucional

favorável, além de condições objetivas de realização. Deve-se ressaltar que uma

prática de reflexão contínua não é algo que se atinge de uma hora para outra, pois a

escola é uma realidade complexa, não sendo possível tratar as questões como se

fossem simples de serem resolvidas. E é importante ressaltar que cada escola

encontra uma realidade, um conjunto de circunstâncias e de pessoas, que as faz única

e singular.

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59d – a contínua realização do Projeto Político Pedagógico possibilita o

conhecimento das ações desenvolvidas pelos diferentes professores, sendo base de

diálogo e reflexão para toda a equipe escolar. Para os professores, a concepção e a

execução do projeto da coerência às atividades desenvolvidas, e principalmente

contribui de forma efetiva com sua formação profissional, pois favorece a reflexão e

atuação sobre a realidade com a qual trabalha. A experiência acumulada dos

profissionais da escola, os direcionamentos da SEED e os momentos de estudo são a

base para a reflexão e elaboração da Proposta de ensino.

e – é fundamental organizar a escola como um espaço vivo, onde a cidadania

possa ser exercida a cada momento e, desse modo, seja aprendida, pois é fazendo

com que os jovens vivenciem esse conceito que ele será apropriado e isso reforçará os

laços de identificação com a instituição escolar.

6.1.6. CONCEPÇÕES NORTEADAS PELA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA

EDUCAÇÃO NACIONAL

De acordo com a LDBEN a educação básica tem por finalidade desenvolver o

educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da

cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

6.1.7. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DO COLÉGIO

As Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do colégio estão pautadas nas

orientações da SEED, que findam-se na busca por um currículo com acesso ao

conhecimento historicamente acumulado pela humanidade e que forme um aluno capaz

de atuar em seu meio e transformá-lo para sua melhor sobrevivência e dos demais. E

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60também na LDB, que em seu artigo 27 diz que os conteúdos curriculares da educação

básica observarão, as seguintes diretrizes:

I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos

cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

III – orientação para o trabalho;

IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.

6.1.8. CONCEPÇÕES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 53, a criança e o

adolescente tem direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa,

preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-

lhes:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – direito de ser respeitado por seus educadores;

III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores;

IV – direito de organização e participação em entidades estudantis;

V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,

bem como participar da definição das propostas educacionais.

E em seu artigo 56 diz que, os dirigentes de estabelecimentos de ensino

fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:

I – maus-tratos, envolvendo seus alunos;

II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos

escolares;

III – elevados níveis de repetência.

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61

6.1.9. CONCEPÇÕES DAS CAPACITAÇÕES CONTINUADAS

Como prevê a LDB a formação dos profissionais da educação deve atender aos

diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do

desenvolvimento do educando, tendo como fundamento: a associação entre teorias e

práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço e o aproveitamento da formação

e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.

Dentro da Rede Estadual de Ensino toda a equipe de profissionais e a

comunidade escolar têm garantidas as capacitações continuadas. São diversas as

oportunidades de estudo: Jornada Pedagógica aos Pedagogos e Equipe Diretiva,

Grupos de Estudos para todos os segmentos – inclusive comunidade escolar,

Encontros em Faxinal do Céu, Cursos para vários segmentos em diferentes locais do

estado,

6.1.10. CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE, CULTURA, MUNDO, EDUCAÇÃO,

ESCOLA, CONHECIMENTO, TECNOLOGIA, ENSINO-APRENDIZAGEM

Concepção de Homem

O homem é um ser natural, social e histórico, que age na natureza e a

transforma, segundo suas necessidades e além delas. Nesse processo de

transformação provocado pelo homem são envolvidas múltiplas relações num

determinado espaço e num determinado tempo onde produz conhecimentos. O homem

age mediado pelo trabalho, intencionalmente, produz bens materiais e sociais. Essa

ação intencional é provocada pela necessidade de sustentar-se e bem acomodar-se no

seu meio. É necessário compreendermos suas relações inerentes a natureza humana,

pois o homem é antes de tudo um ser de vontades que se pronuncia sobre a realidade.

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62Por ser social, o homem atua e interfere na sociedade na relação com as outras

pessoas, a princípio sua família e depois com a comunidade e grupos locais,

estendendo-se até uma organização política e de participação das mais variadas

esferas da sociedade.

Diante dos conceitos apresentados queremos formar cidadãos críticos,

solidários, éticos e transformadores, participantes da vida social, econômica e cultural,

a fim de conseguirem sucesso/felicidade em suas atuações profissionais, contribuindo

para a melhoria da sociedade.

Concepção de Sociedade

A sociedade é um agrupamento de relações configuradas pelas experiências

individuais do homem. Há nesse agrupamento de sociedade uma interdependência em

todas as formas da atividade humana, de relações, de estruturas, de instituições que

produz bens e garante a base econômica onde o homem realiza suas possibilidades de

pensar, agir e criar, gerando cultura, conhecimento, contribuindo para a transformação

do meio e perpetuando as leis históricas que se constituem pela história. A sociedade

brasileira se constitui pela hegemonia da classe dominante e capitalista, isto é,

fragmentada e marcada por profundas desigualdades de todo o tipo de classe, etnia,

gênero, religião etc. Essa política implantada na nossa sociedade, amplia a exclusão de

muitos e os condena a marginalidade. A crescente fragmentação social, que

potencializa as políticas conservadoras, dá por conta do excepcional avanço

tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

Nessa sociedade em que vivemos, nos deparamos com indicadores sobre a má

distribuição de renda, e identificamos o mais grave problema: a desigualdade entre

ricos e pobres. Como distribuir renda, quando a resistência em se Ter uma sociedade

menos desigual é tão grande em nosso país. Temos dois compromissos para a

população brasileira: o político, em torno do crescimento econômico, para combater a

pobreza e o desemprego, e o social, a partir de reformas que possibilitam o

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63desenvolvimento do bem-estar social através dos espaços públicos que atendam as

necessidades de um povo que constrói uma sociedade. A exclusão e a miséria em que

tentam sobreviver milhões de brasileiros apresentam enraizados na história e

agravados pela ordem econômica neoliberal que sobrepõe o lucro e o capital a pessoa

humana, ao trabalho e ao bem comum.

Queremos viver em uma sociedade organizada, justa, democrática, com mais

cultura, educação, meios de comunicação, onde não haja diferenças de classes sociais,

e os direitos e deveres sejam de consciência de todos e respeitados por uma sociedade

que formamos, pois mesmo observando essa realidade podemos encontrar pessoas

que diante de tudo isso conseguem atuar transformando/melhorando a realidade onde

vivem.

Concepção de Educação e Escola

A Educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens, que se

observarmos ao longo da história ela pouco mudou. A sua influência para a mudança

na sociedade é lenta, porém necessária e implica nas ações e nas relações com o

trabalho, pois dificilmente um aluno sai da escola totalmente preparado para o mercado

de trabalho.

A Educação passa pela dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. Perpassa também pelo

aspecto existencial porque faz do homem um ser em processo de construção e

transformação. Outro aspecto a ser considerado é a dimensão social, através das

relações de interesses e valores que movem a sociedade.

A Educação é intencional porque pretende formar o homem com conceito prévio

sobre as coisas e sobre o homem, e libertadora porque abre espaços para uma

democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e

ecologicamente sustentável.

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64A educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem,

procurando constituir-se e transformar a realidade. “A educação é, sim determinada,

mas essa determinação é relativa na forma de ação recíproca – o que significa que o

determinado também age sobre o determinante. Consequentemente, a Educação

também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a transformação”. “A

Educação existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitem o acesso

ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos rendimentos desse saber”.

Sabemos que não é a escola a única instância que garante educação e a

aprendizagem. Aprendemos em muitos espaços não formais e nos educamos por ele. A

família é o primeiro espaço da aprendizagem e da educação. Mas é o espaço escolar

apropriado historicamente para esta tarefa. O ser humano ao aprender, a partir de sua

razão histórica, torna o conhecimento, fruto de sua produção material e cultural,

questão central e direcionadora numa sociedade. Assim, na escola, a educação tem

seu papel específico, intencional. O resgate em torno da essencialidade da escola vem

da contribuição de uma pedagogia histórico-crítica fundamentada por Dermeval Saviani

dentre outros educadores, que determinam a especificidade da educação.

Queremos uma educação que priorize diversos aspectos que são importantes

para o aluno como: igualdade de condições que possibilitem a aprendizagem e a

divulgação da cultura e do pensamento; valorização das experiências como veículo

para o trabalho; a prática social; torná-los críticos, ciente de seu papel na sociedade.

Concepção de Conhecimento e Ciência

O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre

homens e a natureza. Desta forma o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Nessa perspectiva queremos discutir saberes científicos, éticos e filosóficos,

essenciais para a vida humana. Existem outros temas que queremos discutir e deverão

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65estar inseridos nesses saberes: solidariedade, respeito ao próximo, sexualidade,

Enfrentamento à violência, coletividade, senso crítico e consciência política.

Por isso, queremos trabalhar conhecimentos que atendam as demandas da

sociedade que compomos e isso nos requer não apenas formação intelectual, mas

também comportamental, pois a estrutura de uma sociedade dita democrática necessita

de pessoas com conhecimentos que oportunizem a participação.

Subsequentemente nos cabe reconhecer que o aluno, enquanto indivíduo busca

a identificação com aqueles que lhes ajudam a compreender o seu meio, para que

diante de um determinado tempo possa se autoafirmar pondo assim, em prática seus

interesses.

É importante enfatizar a necessidade da escola propiciar o acesso ao

conhecimento historicamente acumulado para a formação das futuras gerações, pois

vivemos em uma sociedade dominada pela mídia, onde os interesses econômicos são

sobrepostos aos interesses sociais.

Outro aspecto é o de formar pessoas que saibam comunicar-se eficazmente no

meio em que vivem, principalmente na comunidade escolar.

A mudança no currículo escolar depende da concepção que cada educador e

comunidade escolar tem sobre suas funções. Para termos um currículo que atenda a

todos é necessário mudanças de atitudes/concepções.

Concepção de Tecnologia

Pode–se dizer que a tecnologia é um conjunto de conhecimentos com princípios

científicos que se aplica a um ramo de atividade. Porém a sociedade tecnológica ou

sociedade contemporânea está marcada pela mídia e demais tecnologias, ganhando

novas configurações. É vista como um processo dinâmico e independente que provoca

mudanças na escola.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e

serviços, mas no conjunto de relações sociais e culturais vigentes. Na escola, é uma

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66ferramenta sofisticada e alternativa, porém pode contribuir para enriquecer as formas

de conhecimento na mediação com o aluno em todas as áreas ou aumentar as

desigualdades sociais excluindo aqueles que a ela não tem acesso. A escola precisa

utilizar à tecnologia, a fim de contribuir com a construção de uma sociedade mais

igualitária.

Na LDB 9394/96, ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo,

assume a concepção que relevam novas formas de selecionar, organizar e tratar

metodologicamente os conteúdos. A eficiência desse eixo tecnológico no currículo só

existe se for suficiente para acesso a todos da Escola Pública, havendo portanto, ação

política que possibilite esse investimento e contribua para o desenvolvimento de todos,

principalmente os mais desfavorecidos.

Concepção de Cidadania

Historicamente o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para dentro –

poderes coloniais, elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e

agravando as inclusões. Nesse momento de continuidade da conquista da sociedade

democrática queremos construir uma outra base social, constituída por aqueles

excluídos da história brasileira que organizando-se na sociedade civil e nos diferentes

movimentos sociais, acumularam forças e conseguiram expressar-se, tomando as

rédeas do seu destino, criando uma nação soberana, aberta ao diálogo e a

participação.

A cidadania é um processo histórico-social que possibilitou criar condições de

consciência pessoal, social e de reconhecer a importância das ações no que se refere

aos direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações,

da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e aos

tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acessos às

políticas públicas e participação de todos nas tomadas de decisões. São condições

essenciais de cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente

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67do interessado, uma vez que quando a desigualdade é somente confrontada na arena

pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos.

No entanto ser ou estar interessado não dispensa apoio, pois os serviços públicos são

sempre necessários e instrumentais.

A construção da cidadania e de uma cultura baseada em direitos sociais e

políticos constitui, hoje, um dos problemas mais cruciais para o processo de

democratização do Brasil. Aí estão envolvidas questões não apenas de formação de

atores sociais, capazes de criação de esferas públicas e democráticas. Os cidadãos,

numa democracia não apenas titulares de direitos já estabelecidos, existindo

possibilidade de expansão, de criação de novos direitos. “O processo não se dá num

vazio; a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,

constituindo-se na criação de espaços sociais de luta e na definição de instituições

permanentes para a expressão política”.

A escola é uma instância articuladora e mediadora de dois projetos: o político da

sociedade vigente e o pessoal dos sujeitos envolvidos na educação. São nesses

projetos que se consideram a formação da cidadania como fundamental para a

consolidação democrática. A gestão democrática supõe práticas escolares

democráticas que preparam para a cidadania, e se assim não for, o discurso é vazio.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar

cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção político,

social e cultural.

Concepção de Cultura

A cultura constitui-se de tudo aquilo que faz a construção humana: o saber, o

fazer, o ser de cada grupo, impregnados dos valores proferidos de suas ações. Ela é

produto da sociedade, com saberes próprios, acumulados e conservados,

historicamente, e transmitidos de geração em geração. Somos dependentes da cultura.

Não é possível pensar em ser humano sem a ligação com sua cultura. O homem é o

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68ser que mais depende de mecanismos culturais para organizar-se em seu

comportamento.

É na imensa diversidade e plasticidade das construções culturais que acontece a

ligação do homem à cultura. Há uma aproximação muito grande entre aquilo que é

inato e o que é cultural no comportamento humano. A sociedade opera no indivíduo, na

sua estruturação e organização, e a cultura opera na construção do indivíduo

impregnado a maneira de viver e de pensar.

Assim, podemos dizer que, do ponto de vista antropológico, tudo o que o

homem elabora e elaborou, desde a mais sublime música, ou um texto, até mesmo a

forma de destruir-se, de arte, de ciência, de linguagem, enfim costumes e hábitos de

vida, sistemas morais, crenças, religião, trabalho e formas de viver, valorizar coisas do

mundo e do transcendente, constituem-se na cultura.

A sociedade atual valoriza a indústria cultural que é consumista, imediatista,

individualista e o hedonista. Queremos valorizar uma cultura regional, que revive

tradições, costumes, hábitos, produção artística local e mostra que o diferente pode ser

respeitado. E assim a tolerância e a convivência pacífica devem ser princípios

norteadores de nossas condutas. Salientamos que a diversidade cultural é riquíssima

na nossa civilização.

O desenvolvimento cultural, a valorização da diversidade tem relação direta com

os princípios éticos, pois só aquele que conhece a riqueza de seu povo é capaz de

respeitá-lo em suas diferentes manifestações.

A comunidade escolar deve estar preparada para valorizar a diversidade cultural,

porque o exemplo é a melhor forma de ensinamento e de aprendizado.

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696.1.11. CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO NA ESCOLA

O tempo escolar está organizado em séries anuais, orientados pelo calendário

escolar com uma carga horária mínima de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo

de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.

6.1.12. CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Atualmente a sociedade tem apresentado um ritmo acelerado de

transformações. A tecnologia, as ideias e valores culturais distorcidos, ética e

sentimentos de valores restritos, vêm hoje, instalando através da gestão democrática

uma situação que pode atenuar para a eliminação de práticas individuais, de reflexão,

análise, avaliação e decisão. Mais do que nunca são exigidos dos sujeitos uma

participação intensa e efetiva, transparente em seus posicionamentos e a explicitação

dos objetos das suas decisões.

Nesse contexto, os educadores de uma escola precisam ter clareza e

discernimento na condução do trabalho pedagógico para garantir a elaboração de

objetivos comuns a serem alcançados. O diretor, o pedagogo e também o professor,

“devem se organizar para explicitarem as diferenças entre as posturas, clarearem em

conflitos e articularem em ações, de modo que não se perca de vista a riqueza da

divergência e da diferença, para a proposição de projetos originais concretos. Torna-se

assim, a organização de espaços coletivos de reflexão e análise contínuas das práticas

pedagógicas, sociais e escolares, para que todos os educadores - gestores e

professores – participem de maneira democrática e construtiva”. (Ângela I. S. de Freitas

DALBEN, SP, 2004)

Entende-se por gestão pedagógica a ação de coordenar o desenvolvimento das

atividades de uma instituição ou projetos que tem afinidades educacionais.

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70Compreende-se a elaboração de Propostas de organização dos currículos, dos tempos

e dos espaços pedagógicos e a viabilização das práticas reflexivas.

Na gestão democrática, todos pensam, agem e avaliam coletivamente, perante

as necessidades educativas que se constrói com base no diagnóstico das dificuldades

e possibilidades do contexto. Todos dessa equipe vão traçando objetivos que

nortearão a construção de ações cotidianas, encontrando sua forma original de

trabalho, criando sua identidade. Nestas circunstâncias é necessário um líder que

possa articular e encaminhar os trabalhos estabelecidos no projeto, aqui em

construção.

Princípios de Gestão Democrática:

O princípio da Gestão Democrática está baseado nos preceitos legais, atendidos

os órgãos federais e estaduais e explicitado no Regimento Escolar através do artigo 6º

que diz “A organização no âmbito escolar fundamenta-se no processo de participação e

co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas, para a

elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico”.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 diz que os

sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na

Educação Básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes

princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

Neste estabelecimento de ensino, conforme consta no Regimento Escolar são

elementos da gestão democrática a escolha da direção pela comunidade escolar, na

conformidade da lei, e a constituição do órgão máximo da gestão colegiada,

denominado de Conselho Escolar.

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71

6.1.13. ADMINISTRAÇÃO COLEGIADA

Conselho de Classe é uma instância colegiada muito importante na gestão

democrática, pois dinamiza o processo coletivo e direciona a organização do trabalho

escolar, referente ao processo ensino aprendizagem. É um espaço de reflexão

pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem

alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo de ensino e aprendizagem.

Segundo o Regimento Escolar o Conselho de Classe é o órgão colegiado de

natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógico, fundamentado no

Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade

de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a

efetivação do processo ensino e aprendizagem. Ao Conselho de Classe cabe verificar

se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações

estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira

coerente com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e

administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação

educacional vigente e orientações da SEED. O Conselho Escolar é composto por

representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação

pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a)

diretor(a) escolar. Tem como principal atribuição aprovar e acompanhar a efetivação do

Projeto Político Pedagógico e poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros

que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.

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72

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários

segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir

eficiência e qualidade do seu funcionamento.

Queremos cada vez mais que o Conselho Escolar deste Colégio atue

democraticamente na participação de seu colegiado.

O Grêmio Estudantil é um órgão colegiado de representatividade dos alunos. É

um apoio à direção de uma gestão democrática e está assegurado pela Lei nº 7398

como entidade autônoma.

O Grêmio Estudantil é a organização que representa os interesses dos

estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras

possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O

Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,

responsabilidade e de luta por direitos. (...) Em todo lugar sempre tem algo importante a

ser melhorado ou construído. (...) Mas toda participação exige responsabilidade! Um

Grêmio Estudantil compromissado deve procurar defender os interesses dos alunos,

firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as pessoas que participam da

escola. É importante trabalhar principalmente com os diretores, coordenadores e

professores. Somente assim o Grêmio atuará verdadeiramente em benefício da escola

e da comunidade. In: http//mundo jovem.pucrs.br/subsidios_gremio.pp

É elaborado um plano de ação, o qual é efetivado durante os dois anos de

mandato do Grêmio Estudantil.

6.1.14. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A LDB 9394/96 em seu artigo nº 67 inciso II garante aos profissionais da

educação o aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento

periódico remunerado para esse fim.

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73Os professores necessitam de uma formação adequada, com postura ética e

política, pois como formador de cidadão, tem necessariamente que ser consciente de

seu papel, valorizar sua posição.

Dentro das propostas da SEED de formação continuada, pode-se citar que a

formação continuada de professores, entendida como um processo constante de busca

do aprimoramento das práticas educativas, é uma das condições essenciais para a

melhoria da educação pública e para isso o Departamento de Educação Básica

desenvolve um programa de formação continuada com ações que privilegiem a

formação teórico-metodológica, a reflexão sobre conceitos que fundamentam a

disciplina de ensino, sobre a interdisciplinaridade e a análise crítica e produtiva da

atividade docente, de modo a possibilitar mudanças efetivas na prática educacional.

Algumas das opções oferecidas de formação: Grupos de estudos por disciplina e

temáticas, GTR (Grupo de Trabalho em Rede), Jornada Pedagógica, Simpósios e

Seminários em Faxinal do Céu, PDE, Simpósios, DEB-Itinerante, Pró-Funcionário,

Semana Pedagógica dentre outros e também a viabilização da participação em cursos

oferecidos pelas Universidades/ Faculdades locais.

A Formação continuada é importante para todos os segmentos da comunidade

escolar, pois sem essa continuidade e entrelaçamento de ideias não conseguiremos a

amplitude necessária para a formação de uma equipe que direciona o trabalho para um

mesmo objetivo. Os funcionários também participaram de capacitações como: a

Semana Pedagógica descentralizada, Seminários em Faxinal do Céu e outros eventos

promovidos pela SEED. A APMF e o Grêmio Estudantil também participaram de

Simpósios em Faxinal do Céu.

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746.1.15. CONCEPÇÃO DE HORA-ATIVIDADE

A hora atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de docência,

para estudos, avaliação e planejamento.

A organização da hora atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos

professores , priorizando-se:

- o coletivo de professores que atuam na mesma área do conhecimento e/ou

módulos, tendo em vista a implementação do processo de elaboração das diretrizes

curriculares para rede pública estadual de Educação Básica;

- o coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), série(s),

etapa(s) do ciclo ou ano(s) dos diferentes níveis e modalidade de ensino;

- a formação de grupos de professores para o planejamento e para o

desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas

específicas, diagnosticadas no interior do estabelecimento;

- a correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades

que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria

da qualidade de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou

NRE/SEED, bem como aos atendimentos de alunos, pais e (outros assuntos de

interesse da) comunidade escolar.

A organização de Hora Atividade deverá garantir também, carga horária que

permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao

exercício da docência.

Cabe ao conjunto de professores, sob a orientação e coordenação da equipe

pedagógica ou direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a

serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora atividade.

Cabe à equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar o

trabalho docente desenvolvido, durante a Hora Atividade e também de mantê-los

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75atualizados e informados sobre os estudos/eventos/seminários e outros assuntos

enviados pelo NRE e outros do cotidiano da escola.

Cabe à direção do estabelecimento sistematizar o quadro da distribuição da hora

atividade, que deverá constar em edital, permitindo o seu acompanhamento e

informando à comunidade escolar da disponibilidade de horário atendimento do

professor aos alunos e pais.

É de responsabilidade do Diretor do Estabelecimento de Ensino a distribuição e a

verificação do comprimento da hora atividade.

Será atribuído 20% de hora atividade sobre o total de horas-aula assumidas de

professor em efetiva regência de classe.

Comprovada a impossibilidade de cumprimento da hora atividade no turno e que

o professor ministra aulas, o diretor deverá apresentar ao NRE a justificativa e

encaminhamento que será adotado pelo estabelecimento de ensino, assegurando o

efetivo acompanhamento da equipe pedagógica no horário estabelecido para o

cumprimento da hora atividade.

6.1.16. CONCEPÇÃO DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O Plano de Trabalho Docente expressa o currículo escolar. O currículo não é a

expressão de si mesmo e sim uma concepção de realidade, de educação e de método,

que será traduzido no PTD, através da intencionalidade do professor em selecionar os

conteúdos, as metodologias e as práticas avaliativas, os quais são pensados e

planejados também no momento da sua elaboração.

Segundo orientações da Jornada Pedagógica o Plano de Trabalho Docente é a

expressão da Proposta Pedagógica Curricular, a qual por sua vez, expressa o PPP. O

plano é a representação do planejamento do professor. Neste sentido, ele contempla o

recorte do conteúdo selecionado para um dado período. Tal conteúdo traz consigo essa

intencionalidade traduzida a partir dos critérios de avaliação. Para que isso se efetive o

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76professor deve ter clareza do que o aluno deve aprender (conteúdos), por que aprender

tal conteúdo (intencionalidade-objetivos), como trabalhá-lo em sala (encaminhamentos

metodológicos), e como serão avaliados (critérios e instrumentos de avaliação). A

seleção dos conteúdos, não é aleatória.

6.1.17. CONCEPÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA

Sempre devem acontecer segundo as necessidades dos professores, pedagogos

e direção, a fim de refletirem sobre questões referentes ao cumprimento das diretrizes

definidas no PPP. Cabe aos pedagogos e direção a organização e a garantia de

reflexões sobre o processo pedagógico da escola. Essas reflexões devem estabelecer/

ajudar no planejamento para melhor definir conteúdos, metodologia e avaliação e

também para organizar as reposições de conteúdos e carga horária dos discentes,

visando a melhoria do aproveitamento escolar. Alguns desses encontros são referidos

aos espaços de discussões e estarão previstos no Calendário Escolar, se houver

necessidade serem marcadas outras datas não previstas no calendário escolar.

6.1.18. CONCEPÇÃO DE CONSELHO DE CLASSE

O que queremos do Conselho de Classe:

a) oportunizar a cada professor a visão global da aprendizagem do aluno através do

confronto das diversas avaliações colhidas bem como de outras informações;

b) traçar um perfil da turma, indicando os alunos com dificuldades específicas,

analisando as causas do seu rendimento e encaminhando-os à recuperação de

conteúdo;

c) tomar decisões visando atender às necessidades da série e de cada aluno;

d) interpretar e registrar sistematicamente os dados analisados;

e)avaliar o desempenho docente em relação ao desempenho discente;

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77f)redimensionar, se necessário, procedimentos pedagógicos a partir da análise dos

planos de trabalho;

g)buscar a coerência com o Projeto Político Pedagógico da Escola;

h)opinar, refletir e decidir sobre a avaliação final do aluno;

i)registrar, em ata própria, todas as decisões do conselho de classe bem como

contactar com a família para que esta tome conhecimento destas decisões.

6.2. CONCEPÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:

O tempo escolar está ligado a organização do calendário escolar. O Calendário

Escolar é elaborado, atendendo ao disposto na legislação vigente, bem com as normas

baixadas em instituição específica da SEED. Ordena o tempo, determina o início e o fim

do ano, prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se

divide, os feriados cívicos e religiosos, as datas para planejamento, capacitação,

reuniões pedagógicas, conselho de classe, reunião de pais, avaliações etc. Os

aspectos administrativos e burocráticos devem dar sustentação à proposta pedagógica

e a primeira condição para que esta se viabilizasse foi a organização do tempo

pedagógico, através da elaboração de um calendário escolar.

Segundo o Regimento Escolar o Calendário Escolar será elaborado anualmente,

conforme normas emanadas da SEED, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e

aprovado pelo Conselho Escolar e, após, enviado ao órgão competente para análise e

homologação, ao final de cada ano letivo anterior a sua vigência. O Calendário Escolar

atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo de horas e dias letivos

previstos para cada nível e modalidade.

Colégio Estadual Marques dos Reis – Ensino Fundamental e Médio funciona em

três turnos: matutino – 6ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, vespertino – 5ª e 6ª

séries, Sala Multifuncional (5ª a 8ª séries Ensino Fundamental ), Programa Mais

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78Educação (a ser implantado) e CELEM Espanhol, noturno – 1ª a 3ª série do Ensino

Médio Regular, Programa Paraná Alfabetizado (a ser implantado) e CEEBEJA.

6.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:

Matutino

Ensino Fundamental:

- 6ª Séries A

- 7ª Série A e B

- 8ª Série

Sala Multifuncional

Programa Mais Educação (a ser implantado)

Vespertino

Ensino Fundamental: Sala de Recursos (6ª a 8ª séries)

5ª Série A

6 série B

Programa Mais Educação (a ser implantado)

CELEM – Espanhol (optativo ao aluno em período contrário as aulas regulares)

Noturno

Ensino Médio Regular:

Ensino Médio:

- 1ª Série

- 2ª Série

- 3ª Série

Ensino Fundamental – APED descentralizado – CEEBEJA 5ª a 8ª séries (Sala

disponibilizada)

- Programa Paraná Alfabetizado (a ser iniciado)

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Disciplinas:

Ensino Fundamental: Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências,

Geografia, Inglês, Educação Física, Ensino Religioso (obrigatório na matriz curricular e

facultativo para o aluno, conforme Deliberação nº 01/06 CEE/PR).

Ensino Fundamental - Sala de Recursos: Língua Portuguesa, Matemática.

Ensino Médio: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Química,

Física, Biologia, Inglês, Arte, Educação Física, Filosofia e Sociologia.

CELEM Espanhol

Em tempos de mudança e reflexões em todo o contexto educacional, o currículo

se transporta ao cotidiano pedagógico, como questão fundamental. Aplicado à

educação, o termo currículo apresenta uma variação no decorrer do tempo. Essa

variação depende da concepção da educação e de escola e, também, das

necessidades de determinadas sociedades do dado momento histórico. O currículo

durante muito tempo era visto como distribuição de matérias ou carga horária de

trabalho escolar, depois significou uma relação de matérias ou disciplinas, como um

corpo de conhecimento organizado sequencialmente em termos lógicos. Hoje passando

por mudanças no modo de ver e pensar do próprio homem e determinando-lhe,

também, novas necessidades e atitudes perante a vida. Considerando que o currículo é

a soma das experiências vividas pelos alunos de uma escola, a seleção de conteúdos é

útil e exato, sendo de grande responsabilidade do professor de elaborá-lo dentro do

contexto social e escolar. O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões

fundamentais:

Dimensão Filosófica – refere-se ao tipo de educação apropriada a uma cultura,

opções de valores, baseadas na concepção de que se faz do homem na sociedade.

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80Dimensão Sócio-antropológica – é necessário que a escola tenha uma visão

lúdica da realidade social pela qual está lidando para que possa desenvolver um

trabalho educativo, dinâmico e atual, devido às transformações sociais.

Dimensão Psicológica – é necessário dar atenção ao desenvolvimento

psicológico do aluno e também, que se tenha um boa definição de aprendizagem.

O currículo deve ser elaborado com a participação de todos aqueles que, direta

ou indiretamente, estão ligados a dinâmica do processo educativo.

O Currículo é a identidade da escola e tem haver com o conhecimento de toda a

evolução do aluno. É a espinha dorsal da prática docente. É a relação entre conteúdo,

método, contexto sócio-culturais e fins da educação. Estabelece relações entre as

concepções de homem, o homem atual deve ser critico, ativo e solidário, agindo assim,

recupera valores importantes no meio em que vive. De sociedade, compreendemos que

a educação serve como meio para realizar projetos na sociedade que, pode ser

conservadora ou transformadora. Temos que formar homens que não se vendam,

recuperando valores e trabalhando pela sua democratização, assim, teremos uma

sociedade justa, solidária e digna. De mundo, estamos vivendo um período de

mudanças, o qual o homem precisa se adaptar com sabedoria indispensável à sua

sobrevivência. De educação devemos preparar os alunos para serem cidadãos ativos,

membros solidários de uma sociedade democrática. De aprendizagem, o bom ensino

depende de organizar eficientemente as condições estimuladoras, de modo que o aluno

modifique a sua situação inicial de conhecimento ampliando sua visão de mundo.

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816.4. MATRIZ CURRICULAR

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 00149 – COLÉGIO ESTADUAL MARQUES DOS REIS – E.F.M.

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE

NACIONA

COMUM

5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R

Arte (704) 2 2 2 2 320 266

Ciências (301) 3 3 4 4 560 466

Educação Física (601) 2 2 2 2 320 266

* Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 67

Geografia (401) 3 4 3 3 520 433

História (501) 3 3 3 4 520 433

Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533

Matemática (201) 4 4 4 4 640 533

SUB TOTAL 22 23 22 23 3.600 3.000P. D L.E.M – Inglês (1107) 3 2 3 2 400 333

SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333

TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Matrícula facultativa para o aluno.

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82MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 0017 - Jacarezinho MUNICÍPIO: 1190 - Jacarezinho

ESTABELECIMENTO: 00149 - Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M.

ENDEREÇO: Avenida Manoel Ribas, 460

FONE/FAX: (43) 35291124

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – Ensino MédioTURNO: NoiteANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: (Simultânea)

BASENACIONAL

COMUM

DISCIPLINASSÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 2 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 3 2 3

MATEMÁTICA 2 3 2

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

LEM-ESPANHOL* 4 4 4

LEM-INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações:- Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96,- *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.- Serão ministradas 3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos.

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83

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 00149 – COLÉGIO ESTADUAL MARQUES DOS REIS – E.F.M.

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIESBASE

NACIONA

COMUM

5ª 6ª 7ª 8ª

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 4 4

Educação Física 2 2 2 2

* Ensino Religioso 1 1 - -

Geografia 3 4 3 3

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

133 SUB TOTAL 22 23 22 23P. D L.E.M – Inglês 3 2 3 2

TOTAL 25 25 25 25

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846.5. RESOLUÇÃO CP nº 1 de 17/06/2004 (Institui Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana e Lei Complementar 11.645/08 e da Instrução nº

010/2010 – SUED/SEED que trata da organização das equipe multidisciplinares

para tratar da Educação das Relações Étnico-raciais e par ao Ensino de História e

Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena

De acordo com as Leis nº 11.645/2008 e nº 10.639/03 torna-se obrigatório o

estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena em todos os estabelecimentos de

Ensino Fundamental e Médio, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma

educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluri-étnica.

A educação multicultural e pluri-étnica é um desafio para nós educadores, pois de

certa forma as bases conceituais nas quais fomos formados não nos direcionaram para

tais atitudes pedagógicas, mas assumindo o compromisso da educação para todos e

que a escola é um espaço que visa a transformação, a formação e a integração dos

indivíduos na sociedade, deve ter seu papel de mediadora no processo de valorização

e difusão da cultura afro-brasileira e indígena, como forma de recuperar a autoestima e

a identidade étnica. Percebendo nosso papel como educadores e agentes de

transformação, tanto na escola quanto na sociedade, nos sentimos co-responsáveis

(com base no nosso Projeto Político Pedagógico) em trabalharmos a proposta com a

nossa comunidade. Temos a consciência da necessidade de uma busca constante de

embasamento teórico nesse trabalho que será por meio de pesquisas, análises,

avaliação constante do grupo, paralelamente à prática e à participação efetiva dos

alunos e comunidade, com base nas bibliografias disponíveis, documentos, textos,

imagens enviados à escola pela SEED/NRE ou disponíveis no Portal Dia-a-Dia e

também nos trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Estudos das Relações de

Trabalho e Desigualdades e outras fontes de consulta.

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85De acordo com o Caderno Temático História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

que traz a fundamentação aos profissionais da educação e comunidade em geral, a fim

de instrumentalizá-los para o trabalho com a diversidade, e consigam atuar no

enfrentamento do preconceito e na construção de uma sociedade mais igualitária,

seguindo um caminho em busca da cultura da paz.

A Educação das Relações Étnico-raciais tem por objetivo a divulgação e

produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem

cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de

negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e

valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira.

A Equipe Multidisciplinar segundo a Resolução nº 3399/2010 são instâncias de

organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe

pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com disposto no art.

8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao

Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período

letivo e que se constituem por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional

Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica

e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e

para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, com vistas a tratar da

História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na

perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela

valorização da história do seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a

humanidade.

A equipe multidisciplinar é constituída de seis integrantes: um professor

pedagogo, um professor da área de biológicas, um professor da área de humanas, um

professor da área de exatas, um funcionário e um representante da APMF.

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866.6. LEI nº 13.381/2001 (obrigatoriedade do Ensino da História do Paraná)

Essa lei torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública

Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná, com o objetivo de

formar cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso Estado.

A referida lei dispõe que a disciplina História do Paraná deverá permanecer,

como parte diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus

conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada. E que a

aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens e atividades,

promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense,

partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.

Diz também que a Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos

nos conteúdos da disciplina História do Paraná. O hasteamento da Bandeira do Estado

e o cando do Hino do Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também,

nas comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.

6.7. LEI nº 11.788/2008 (Lei do Estágio não obrigatório)

Foi promulgada a Lei nº 11.788/08, de 25 de setembro que dispõe sobre o

estágio de estudantes.

De acordo com a Lei o estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho que visa

à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o

ensino regular, de ensino médio. O estágio fará parte do projeto político pedagógico,

objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

O estágio será não obrigatório, desenvolvido como atividade opcional, acrescida

à carga horária regular e obrigatória.

Será necessário para a participação do estágio não obrigatório a matrícula e

frequência regular do educando, também terá que ser realizado um termo de

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87compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de

ensino. Terá que ter compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e

aquelas previstas no termo de compromisso.

O acompanhamento do estágio será realizado pela equipe pedagógica

(pedagogo), pois é um ato educativo.

A lei prevê o acionamento de serviços de agentes de integração públicos e

privados.

De acordo com o artigo 5º da referida Lei em seu parágrafo 1º cabe aos agentes

de integração: I – identificar oportunidades de estágio; II – ajustar suas condições de

realização; III – fazer o acompanhamento administrativo; IV – encaminhar negociação

de seguros contra acidentes pessoais; V – cadastrar os estudantes.

Cabe as instituições de ensino consultar a referida Lei para verificar as devidas

orientações a fim de não cometer transgressões ou irregularidades.

6.8. ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

A LDBEN nº 9394/96 abordou em seu artigo nº 36 “o acesso aos conhecimentos

de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”, mas somente em 2006

o Conselho Nacional de Educação aprovou a resolução, obrigando que esses

conhecimentos devessem estar disciplinarmente inseridos no currículo.

O ensino da Filosofia e da Sociologia em todas as séries do Ensino Médio

contribuirá para uma melhor compreensão da sociedade, dos problemas, das questões

de “verdade”, “justiça”, “equidade”, “democracia”..., enfim pontos que não são

abordados em profundidade pelas outras disciplinas e fazem falta no entendimento

sobre o mundo atual.

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886.9. CONCEPÇÃO DAS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

As ações didático-pedagógicas estão fundamentadas nas teorias críticas da

educação e com metodologias que priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender

e de avaliar.

Portanto, cada disciplina, de acordo com o conteúdo abordado irá optar por um

tipo de ação didático-pedagógica. E também há o desenvolvimento de atividades

escolares como: Fera com Ciência, Jogos Colegiais, Celem, Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena, História do Paraná e outros.

6.10. CONCEPÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR (Programa Mais

Educação)

O “Programa Mais Educação” é amparado pela Portaria Normativa

Interministerial Nº 17 de 24 de abril de 1997 e Decreto da presidência da República do

Brasil nº 7083 de 27/01/2010 é iniciativa do governo federal que tem como prioridade

contribuir para a formação integral de crianças, adolescentes e jovens, articulando, a

partir do projeto escolar, diferentes ações, projetos e programas nos estados, Distrito

Federal e municípios.

Esse programa terá finalidades e objetivos desenvolvidos em regime de

colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante

prestação de assistência técnica e financeira aos programas de ampliação da jornada

escolar diária nas escolas públicas de educação básica. São objetivos do programa:

• contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de

permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola

pública, mediante oferta de educação básica em tempo integral,

• contribuir para a formação integral das crianças, adolescentes e jovens,

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89• apoiar a ampliação do tempo e do espaço educativo e a extensão do ambiente

escolar, mediante a realização de atividades pedagógicas no contraturno

escolar,

• contribuir para a redução da evasão, da reprovação, da distorção idade/série,

mediante a implementação de ações pedagógicas para melhoria de condições

para o rendimento e aproveitamento escolar.

As atividades a serem desenvolvidas com os alunos selecionados pelas escolas

no cadastramento do Ministério da Educação – Macrocampos, devem ajustar-se aos

Núcleos do Conhecimento da Instrução Normativa nº 10/09 – SUED/SEED que

regulamenta o Programa Viva a Escola no Paraná, conforme segue:

• Macrocampo – Esporte e Lazer

• Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal: Esportes, Brinquedos e

Brincadeiras, Ginástica, Lutas, Jogos, Teatro e Danças.

• Macrocampo – Meio Ambiente, Cultura e Artes, Cultura Digital, Investigação no

Campo das Ciências da Natureza, Educomunicação.

• Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural: História e Memória, Cultura

Regional, Atividades Literárias, Artes Visuais, Música, Investigação Científica,

Divulgação Científica, Mídias.

• Macrocampo – Acompanhamento Pedagógico – Letramento, Matemática,

Ciências, História e Geografia

• Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural: História e Memória, Cultura

Regional, Atividades Literárias, Investigação Científica, Divulgação Científica.

• Macrocampo – Direitos Humanos, Educação econômica

• Integração Comunidade Escola: Fórum de Estudos e Discussões, Preparatório

para o Vestibular.

As escolas que fizessem adesão ao programa tinham que escolher no mínimo de

cinco atividades, no máximo seis e um acompanhamento pedagógica era obrigatório.

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90Serão disponibilizadas 5 horas/aula semanais para cada professor, os quais

serão responsáveis pela Proposta Pedagógica da Atividade, pelo Plano de Trabalho

Docente, pela orientação e acompanhamento das atividades junto aos monitores.

Esses monitores serão voluntários, de acordo com a lei nº 9.608/98 e recebem

um ressarcimento de despesas de transporte e alimentação para atender até 5 turmas.

As turmas serão organizadas em turno e horários de funcionamento das

atividades no período contrário em que os alunos estão matriculados de 2ª a 6ª feiras,

com mínimo de 7 (sete) horas diárias, não incluindo intervalo de almoço. A escola deve

selecionar no mínimo 100 (cem) alunos, de preferência alunos que se encontram em

situação de vulnerabilidade social.

As atividades cursadas pelos alunos no Programa Mais Educação serão

registradas no SERE e consequentemente no Histórico Escolar.

O acompanhamento e a avaliação das atividades pedagógicas de

complementação curricular ficam a cargo do professor, Diretor e Equipe Pedagógica da

escola, considerando os seguintes critérios: frequência dos alunos; frequência do

docente e monitor; critérios estabelecidos na proposta pedagógica da atividade;

cumprimento do calendário e atendimento às necessidades socioeducacionais dos

participantes.

6.11. CONCEPÇÃO DE DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Segundo orientações da SEED, os Desafios Educacionais Contemporâneos

deve pressupor ser parte da totalidade, isto é, em seu recorte histórico, político e

cultural do conhecimento, portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação

artificial e arbitrária, devem ser trabalhados se o conteúdo da disciplina proporcionar

essa inclusão.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos são:

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91−Educação Ambiental;

−Educação Fiscal;

−Enfrentamento à Violência na Escola;

−História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;

−Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

−Sexualidade;

−Educação do Campo.

Cada professor, diante dos conteúdos de sua disciplina em uma determinada

série irá selecionar, diante de suas sensibilidades humanas, sociais, culturais e

pedagógicas os temas pertinentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos.

6.12. CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE

Segundo documento da SEED, estudado na Semana Pedagógica as questões

da diversidade sociocultural e da inclusão na escola têm sido debatidas nas últimas

décadas como um elemento fundante para repensar os processos pedagógicos a

organização escolar e o reconhecimento dos sujeitos educandos, educadores, gestores

e comunidades que lá se encontram. Esse trabalho com a Diversidade tem os

seguintes objetivos:

•possibilitar a visibilidade cultural, política e pedagógica aos diferentes sujeitos

educandos e educadores presentes nas escolas públicas da Rede Estadual de

Educação do Paraná;

•instituir política pública de educação e diversidade, influenciando e orientando

as ações dos diferentes Departamentos, Coordenações e Núcleos Regionais de

Educação para o reconhecimento e atendimento às diversidades culturais e

contribuindo para o enraizamento das concepções e propostas da diversidade

em todos os níveis;

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92•organizar a oferta da educação escolar à populações específicas, fortalecendo

suas lutas, seus processos de aprendizagem e de resistência.

A Educação do Campo é caracterizada como o resgate de uma dívida histórica

do Estado aos sujeitos do campo, que tiveram negado o direito a uma educação de

qualidade, uma vez que os modelos pedagógicos ora marginalizavam os sujeitos do

campo, ora vinculavam-se ao mundo urbano, ignorando a diversidade sociocultural do

povo brasileiro, especialmente aquela expressa na prática social dos diversos sujeitos

do campo. (Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação do Campo)

A Educação do campo torna-se importante devido ao fato de que todos terão

acesso à educação, incluindo as condições sócio-culturais do meio em que vivem. O

educador (a) ao pensar a sua prática cotidiana na sala de aula deve, como intelectual,

compreender o universo de vida de seus educandos (as) para que desde seu lugar e

posição de classe, refletindo sobre sua prática no ambiente escolar. Deve-se considerar

todo o conhecimento do homem do campo, isso significa uma educação pensada,

desde o seu lugar e com a sua participação, a partir das concepções da educação do

campo, trazendo para sala de aula em seus planejamentos conteúdos formativos “para

um procedimento essencial que é a escuta: “escutar os povos do campo , a sua

sabedoria, as suas críticas; escutar os educandos e as suas observações, reclamações

ou satisfações com relação à escola e à sala de aula; escutar as carências expostas

pelos professores das escolas do campo, enfim ouvir cada um dos sujeitos que fazem o

processo educativo: comunidade escolar, professores e governos, nas esferas

municipal, estadual e federal; por meio da escuta, será gerado o diálogo e nele serão

explicitadas as propostas políticas e pedagógicas necessárias à escola pública”

(Diretrizes Curriculares da Educação do Campo).

O aluno do campo deve ter oportunidade de ver a escola como uma instituição

de grande importância para seu futuro. Esta por sua vez, deve partir do contexto do

aluno, possibilitando-lhe a sua atuação enquanto cidadão. Cada professor em suas

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93respectivas disciplinas devem buscar a inclusão dos conteúdos pertinentes a Educação

do Campo.

De acordo com documento enviado pela SEED, a Constituição brasileira garante,

às pessoas que não puderam estudar na idade considerada apropriada, o direito de

retomar os estudos. O governo do Paraná com o intuito de cumprir o preceito legal

desenvolveu o Programa Paraná Alfabetizado para erradicar o analfabetismo no

Paraná.

O colégio em consonância com as diretrizes da SEED, através de uma ex-aluna

mobilizou a comunidade formando uma nova turma do Paraná Alfabetizado.

Segundo o Caderno Temático Cultura Afro, os sistemas de ensino, os

estabelecimentos de ensino, os estabelecimentos e os professores deverão para

conduzir suas ações ter como referência, entre outros pertinentes às bases filosóficas e

pedagógicas alguns dos seguintes princípios:

CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRICA DA DIVERSIDADE

Este princípio deve conduzir:

− à igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos independentes de

cor, sexo, religião ou classe social;

− à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a

grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias, igualmente

valiosas e que em conjunto constroem, na ação brasileira, sua história;

− ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura

afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira;

− à superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os

povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no geral,

pertencem, são comumente tratados;

− à desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas, objetivando

eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do

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94branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal fazem a negros e

brancos;

− à busca, da parte de pessoas, em particular de professores não familiarizados

com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o estudo de história e cultura

afro-brasileira e africana, de informações e subsídios que lhes permitam formular

concepções não baseadas em preconceitos e construir ações respeitosas;

− ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a finalidade

de negociações, tendo em vista objetivos comuns, visando a uma sociedade justa.

FORTALECIMENTO DE ENTIDADES E DE DIREITOS

O princípio deve orientar para:

− o desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de historicidade

negada ou distorcida;

− o rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de

comunicação, contra os negros e os povos indígenas, gays, pobres, etc...

− os esclarecimentos a respeito de equívocos quanto a uma identidade humana

universal;

− o combate à privação e violação de direitos;

− a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira e

sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;

− as excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser

oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os

estabelecimentos, inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e nas

zonas rurais.

Segundo o caderno temático da diversidade de Educação Ambiental, a

problemática ambiental propõe a necessidade de internalizar um saber ambiental

emergente em todo o conjunto de disciplinas, tanto das ciências naturais como sociais e

aplicadas, para construir um conhecimento capaz de captar tanto a multicausalidade

quanto as relações de interdependência dos processos de ordem natural e social que

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95estão envolvidos nas inúmeras problemáticas socioambientais do presente. Neste

contexto questiona-se muito mais a fundo a racionalidade da civilização moderna, pois

a sociedade capitalista gerou um crescente processo de racionalização formal e

instrumental que moldou todos os âmbitos da organização burocrática, os métodos

científicos, os padrões tecnológicos e outros.

Para respaldar o trabalho em Educação Ambiental seguem-se dois artigos da

Lei nº 9.795/99 que dispões sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de

Educação Ambiental:

Art. 4º São princípios básicos da educação ambiental:

I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a

interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque

da sustentabilidade;

III – o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter,

multi e transdisciplinaridade;

IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo;

VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,

nacionais e globais;

VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e

cultural.

Art. 5º São objetivos fundamentais da educação ambiental:

I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em

suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,

legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

II – a garantia de democratização das informações ambientais;

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96III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a

problemática ambiental e social;

IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável,

na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade

ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro

e macro-regionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente

equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia,

justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;

VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade

como fundamentos para o futuro da humanidade.

6.13. CONCEPÇÃO CURRICULAR/ DE CURRÍCULO

Segundo, SUED/2008, (…) na busca de romper modelos padronizados e rígidos

da modernidade, em nome de superar a fragmentação do conhecimento e as verdades

absolutas, transfere à escola a responsabilidade de resolver problemas de qualquer

natureza, necessitando para isso de novas abordagens curriculares inspiradas nesse

novo modelo produtivo surge, portanto, a pedagogia de projetos, a inter, trans, poli,

multidisciplinariedade e transversalidade, expressas na relativização dos conteúdos que

acabam se configurando na ideia do “aprender a aprender”, que sustenta os PCN da

década de 90.

Ainda, in: Cadernos da Escola Guaicuru, 2000 diz que no intuito de enfrentar o

problema da fragmentação do conteúdo têm surgido inúmeras propostas de

reordenação curricular: interdisciplinariedade, transdisciplinariedade,

multidisciplinaridade. Essas propostas, via de regra, não se referem aos fundamentos

dos conteúdos, mas apenas reorganizam, em unidades temáticas, os conteúdos já

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97propostos pelos manuais, acrescidos de informações de outras fontes (paradidáticos,

revistas, jornais etc).

A opção da Rede Pública Estadual e do colégio por um currículo disciplinar, com

conteúdos disciplinares em sua totalidade, significa compreendê-los como síntese de

múltiplos fatos e determinações, como um todo estruturado, marcado pela

disciplinaridade didática. Segundo, DCE, tratar os conteúdos em sua dimensão práxica

é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que

requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos,

impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico dos mesmos.

6.13.1. RELAÇÃO ENTRE CONTEÚDO, MÉTODO, CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL

E FINS DA EDUCAÇÃO

Segundo as DCE's o currículo é o configurador da prática, produto de ampla

discussão entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e como

organização disciplinar, e assim priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender e

de avaliar. Considera-se também várias dimensões do conhecimento: científica,

filosófica e artística.

Para a seleção do conhecimento concorrem tantos fatores ditos externos, como

aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho, quanto as

características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do

sistema como os níveis de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes

acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e

abordagens em função de suas permanências e transformações.

Todo o desenvolvimento dos conteúdos devem estar embasados numa

concepção de escola pública que tenha o objetivo de construir uma sociedade justa,

onde as oportunidades sejam iguais para todos.

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986.13.2. RELAÇÕES ENTRE AS CONCEPÇÕES DE HOMEM, SOCIEDADE, MUNDO,

EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM E A FINALIDADE DOS CONTEÚDOS

Segundo as DCE´s um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações

sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a

partir do modo como o compreende e como lhe é possível participar. Ao definir quais

tipos de sujeito, mundo, educação, aprendizagem e finalidades dos conteúdos iremos

formar, consequentemente definindo qual formação será desenvolvida/proporcionada a

esses sujeitos, a escola contribui para determinar qual tipo de participação que lhes

caberá na sociedade.

6.13.3. RESPEITO À IDENTIDADE CULTURAL DO ALUNO NA PERSPECTIVA DA

DIVERSIDADE CULTURAL

Quando o professor seleciona o conhecimento, que é tratado, na escola, por

meio de conteúdos das disciplinas concorrem tanto os fatores ditos externos, como

aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as

características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do

sistema como os níveis de ensino, entre outros.

O professor precisa fazer essa leitura ao desenvolver os conteúdos, pois o

educando é um sujeito que necessita dos conteúdos historicamente acumulados pela

humanidade, para interagir com sua cultura a fim de avançar e crescer, mas sempre

diante de uma prática que valorize seus saberes.

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996.13.4. ARTICULAÇÃO DESSES SABERES DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, DO

ALUNO, DO CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL E A FUNÇÃO DE MEDIAÇÃO DO

PROFESSOR

Diante dos textos apresentados na Semana Pedagógica faz-se um recorte e diz-

se que é preciso ter claro que o processo de ensino fundamenta-se em uma cognição

situada, ou seja, as ideias prévias dos estudantes e dos professores, advindas do

contexto de suas experiências e de seus valores culturais, devem ser re-estruturadas e

sistematizadas a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as disciplinas de

referência.

Cita também que de um ponto de vista sócio-histórico da noção de

contextualização, deve-se considerar que o confronto entre os contextos sócio-

históricos, construídos ao longo de uma investigação, é um procedimento metodológico

das ciências de referência e das disciplinas escolares. Assim o professor deve ser o

mediador dos conteúdos escolares e das situações apresentadas num determinado

tempo e espaço.

6.13.5. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

O papel do educador está em criar condições para que o aluno aprenda e se

desenvolva de forma ativa e sistemática. É fundamental que o professor acredite na

capacidade do aluno em aprender. A escola por sua vez deve criar um ambiente

harmonioso, atuando na resolução de conflitos, para que sejam estabelecidos vínculos

positivos.

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1006.13.6. DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA QUE ARTICULE

CONTEÚDOS E A DINÂMICA DE UM PROCESSO EDUCATIVO QUE EMPREGUE

RECURSOS DIDÁTICOS-PEDAGÓGICOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM

A prática pedagógica deverá proporcionar o acesso aos conteúdos

historicamente acumulados e para que isso ocorra os profissionais devem estar atentos

a todos os elementos necessários que viabilizem a aprendizagem (metodologias,

conteúdos, dinâmicas, recursos didático-pedagógicos), para que o educando aprenda e

se desenvolva.

6.13.7. INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO PROCESSO ENSINO-

APRENDIZAGEM

A escola marca a vida dos educandos e educadores não só no momento do

trabalho propriamente dito do processo ensino – aprendizagem, mas também nos

agrupamentos e organizações internas, nas suas ações rotineiras. Ela produz e

reproduz sujeitos através da experiência social, cultural e intelectual que oportuniza a

todos, através da intervenção do professor.

6.13.8. RELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E A

DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA

A formação continuada do professor na escola e fora dela oferece

aperfeiçoamento, para que o docente consiga utilizar os conhecimentos adquiridos nas

diversas áreas da docência como: os conteúdos propriamente ditos, as metodologias,

as legislações, as novas concepções, os direcionamentos da SEED, as novas

tecnologias e outros.

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1016.13.9. INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO

Diante dos textos apresentados nas Semanas Pedagógicas de 2009, fazemos

um recorte dizendo que: ao anunciar a opção político-pedagógica por um currículo

organizado em disciplinas que devem dialogar numa perspectiva interdisciplinar requer

que se explicite qual concepção de interdisciplinaridade e de contextualização

fundamenta-o, pois esses conceitos transitam pelas diferentes matrizes curriculares,

das conservadoras às críticas, há muitas décadas. Assim, as disciplinas escolares são

entendidas como campos de conhecimento e se identificam pelos respectivos

conteúdos estruturantes e por seus quadros teóricos conceituais. A partir das

disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem quando:

•conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e

auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;

•ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros

conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma

abordagem mais abrangente desse objeto.

Segundo as DCE's os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola de

modo contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e

colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto

ao estatuto de verdade atemporal dados a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais

conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e

econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem

compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos

contextos em que elas se constituem.

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1026.14. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

6.14.1. CONCEITO

As primeiras ideias de avaliação da aprendizagem estavam vinculadas ao

conceito de verificação e de medidas. A necessidade de medir surgiu tão cedo, que é

no corpo que o homem foi buscar as primeiras unidades de comparação.

Na atualidade, o conceito de avaliação tem como objetivo uma maior relevância

aos seus pontos críticos, como publicou Luckesi, em 1978, no artigo Avaliação

Educacional. Ele se refere sobre dados relevantes para uma tomada de decisão. Juízo

de qualidade produzido por processo comparativo entre o objeto que está sendo

ajuizado por processo comparativo entre o objetivo que está sendo ajuizado em

determinado padrão ideal de julgamento. A avaliação inclui um julgamento a respeito do

significado do resultado. Esse julgamento, baseado em teste, é feito a partir de algum

critério, expectativa ou padrão de desempenho estabelecido. O julgamento deve levar a

um diagnóstico sobre os problemas apontados pelo resultado e também a uma ação

corretiva. Para que isso ocorra, os instrumentos devem ser muito bem elaborados de

forma que professores e alunos possam compreender os problemas de desempenho a

partir das respostas dadas em testes.

Segundo a Deliberação nº 007/99 do CEE devemos destacar os seguintes

elementos na avaliação:

•Instrumento de diagnóstico que permite ao professor interpretar dados do

seu próprio trabalho, aperfeiçoar o processo, diagnostica resultados e atribuir

valor.

•Promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e

métodos.

•Novas alternativas para o planejamento do ensino.

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103•Critérios de avaliação em consonância com a organização curricular devem

constar em regimento.

•A avaliação acompanha o aluno em diversas situações de aprendizagem.

•Técnicas e instrumentos diversificados.

•Relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração

pessoal sobre à memorização.

•Contínua, permanente e cumulativa.

•O resultado final deve expressar a totalidade do aproveitamento escolar

“tomado na sua melhor forma”.

Possibilita, ainda a Lei, os avanços nos cursos e nas séries e mantém a

obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralela ao período letivo,

situações que devem merecer de cada instituição de ensino um rigoroso programa,

capaz de promover a valorização real dos alunos nelas envolvidos. E é nesse sentido

que a aprendizagem como um processo contínuo, com registros permanentes de

aproveitamento escolar, pode se tornar um indicativo seguro para apontar alunos que

precisam de recuperação da aprendizagem, antes que o resultado final se concretize.

Cabe assim a responsabilidade as mantenedoras dos estabelecimentos de

ensino, quanto à viabilização dos estudos de recuperação, criando condições que

tornem exequíveis os programas previstos em cada situação escolar.

O Conselho de Classe tem o sentido de acompanhamento de todo o processo da

avaliação, analisando e debatendo todos os componentes da aprendizagem dos

alunos. Como instrumento democrático na instituição escolar, o Conselho de Classe

garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus resultados sociais

como pedagógicos.

É necessários que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas de

aulas caminhem juntas, para que a prática, ajuizando a teoria, permita avanços tanto no

procedimento metodológico da escola, como no programa social da educação, que

passa necessariamente pela avaliação, capaz de apontar caminhos para toda

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104construção e reconstrução dos currículos da atuação dos professores e, enfim do

conjunto de cada escola.

A avaliação da aprendizagem escolar, segundo LUCKESI (2003, p. 168), vem

sendo exercitada nas escolas como uma prática ameaçadora, autoritária e seletiva,

excluindo alunos. Entretanto, segundo o autor, a avaliação escolar tem que ser algo

positivo, que por si só seja um ato amoroso.

Avaliação tem por objetivo auxiliar o educando no seu crescimento, no seu

desenvolvimento pessoal, fazendo sua integração consigo mesmo, ajudando-o na

apropriação dos conteúdos. Pelo diagnóstico, a avaliação fornece suporte ao educando

no processo de assimilação dos conteúdos e no seu processo de constituição de si

mesmo, como sujeito existencial e como cidadão.

A prática da avaliação responde também a uma necessidade social de obter dos

educandos a manifestação de seus conhecimentos, uma vez que ela a escola é a

responsável pela educação das novas gerações. Sendo assim é o histórico escolar de

cada educando, o testemunho social da escola sobre a qualidade do seu

desenvolvimento, havendo, portanto a necessidade de que o educador e educando se

alie na jornada rumo à construção da aprendizagem, eliminando o espontaneísmo e o

autoritarismo.

Alguns cuidados com os instrumentos usados para operacionar a avaliação:

a) Ter ciência de que, por meio dos instrumentos de avaliação da aprendizagem,

o aluno é levado a manifestar sua intimidade (seu modo de aprender, sua

aprendizagem, sua capacidade de raciocinar, poetizar, de criar histórias, seu

modo de entender, de viver etc.). O professor deve respeitar a intimidade do

aluno e cuidar dela com carinho, utilizando-a como suporte de diagnóstico, da

troca dialógica e da possível reorientação da aprendizagem, visando o

desenvolvimento do educando.

b) Construir os instrumentos de coleta de dados para a avaliação visando:

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105•articular o instrumento com os conteúdos planejados, ensinados e aprendidos

pelos educandos, no decorrer do período que se toma para avaliar;

•cobrir uma amostra significativa de todos os conteúdos essenciais ensinados e

aprendidos de fato, os não essenciais não devem ir para o planejamento e nem

para avaliação;

•compatibilizar as habilidades (motoras, mentais, imaginativa...) do instrumento

da avaliação apenas com as habilidades trabalhadas e desenvolvidas na prática

do ensino-aprendizagem;

•compatibilizar os níveis de dificuldades do que está sendo avaliado com os

níveis de dificuldade do que foi ensinado e aprendido (nem mais fácil, nem mais

difícil);

•Usar uma linguagem clara e compreensível, para salientar o que se deseja pedir

(não confundir a compreensão do educando);

•Construir instrumentos que auxiliem a aprendizagem dos educandos, pela

essencialidade dos conteúdos, pelos exercícios inteligentes, ou pelos

aprofundamentos cognitivos propostos. Caso o educador queira verificar se os

educandos são capazes de saltos maiores do que aquilo que foi ensinado,

poderá construir algumas questões, itens ou situações- problema sobre o

assunto desejado, mas não deverá considerar o desempenho do educando

como fator de aprovação/reprovação.

É preciso também que o professor esteja atento ao processo de correção e de

devolução dos instrumentos de avaliação aos educandos:

a) quanto à correção: não é necessário desqualificar o trabalho do aluno, com

afeto/incentivo, cada professor saberá a melhor forma de cuidar da correção dos

trabalhos;

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106b) quanto à devolução dos resultados: o professor deve pessoalmente devolver os

instrumentos de avaliação aos educandos, comentando-os e auxiliando para que se

auto-compreendam em seu processo de estudo, aprendizagem e desenvolvimento.

c) A família deve tomar ciência dos instrumentos de avaliação e do desempenho dos

alunos.

Desse modo, diante do que foi exposto, fica claro que o ato de avaliar não se

destina a um julgamento “definitivo” sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois não é

um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico, à inclusão, à melhoria do ciclo

de vida.

6.14.2. INDICADORES DA APRENDIZAGEM

O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da nota 4,0

(quatro vírgula zero) referentes as atividades diversificadas, mais a nota 6,0 (seis

vírgula zero) resultante de no mínimo 2 (duas) avaliações (instrumentos diversificados)

totalizando a nota final 10,0 (dez vírgula zero).

Os testes, provas e outros instrumentos de medidas não devem ser

desprezados, mas devem ser significativos, de acordo com os objetivos e situações de

aprendizagem, com ressalva de que nem todas as técnicas servem para todos os

objetivos. As técnicas avaliativas apresentam características que permitem ao aluno e

ao professor obter informações do processo avaliativo; motiva para a correção ou

progresso, sugerindo novos dados; permite o diálogo como professor e como colegas,

encaminhando para a aprendizagem; permite o registro de informações obtidas.

Avaliar significa mediar conhecimento apropriado pelo aluno, visando

transformação para a tomada de decisão na busca de sue crescimento pessoal. É a

informação ou dados relevantes dos conteúdos apreendidos sobre a absorção do

aluno, a concretização do processo ensino-aprendizagem na assimilação dos

conteúdos.

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107Queremos valorizar uma avaliação contínua, diagnóstica e cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativas sobre os

quantitativos, utilizando instrumentos orais, escritos, corporais através de pesquisas,

participação em debates e apresentações de ideias e entendimento de texto, ou

exibição corporal, relatos, tarefas realizadas em sala de aula, ou extra- classe,

frequência, atividades de cunho individual ou em grupo, enfim qualquer manifestação

que o aluno apresente, durante o processo ensino-aprendizagem, pertinente à sua

apreensão de conteúdos. A avaliação deve, então preceder da aprendizagem clara,

consciente, entendida como um processo contínuo e sistemático de obter informações,

de diagnóstico do aluno. Assim, é possível orientá-los para a superação de dificuldades

e apreciação crítica do próprio trabalho e do professor. Segundo o Regimento Escolar

deste Estabelecimento de Ensino: a avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao

processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação

do conhecimento pelo aluno.

Com isso pretende-se ultrapassar definitivamente a concepção de avaliação na

função de certificação e seleção que vinha exercendo dentro de um contexto clássico

de ensino cartorial e seletivo.

No desenvolvimento conceitual do processo, coloca-se a escola com uma

unidade do sistema de ensino, configurando-se o Regimento Escolar como expressão

de conjunto de decisões tomadas pela equipe escolar sobre seu trabalho.” (Relatora

Conselheira Lílian Wachowicz, 1987).

6.14.3. CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO

Os alunos serão avaliados através da análise das avaliações apresentadas,

expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

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108Da analise do inciso V, do artigo 24 da lei nº 9394/96, que estabelece a

organização da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar deverá seguir

critérios estabelecidos:

a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período;

b) Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar (sala

de recursos);

c) Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do

aprendizado;

d) Aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) Obrigatoriedade de estudos e recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados

pelas instituições de ensino em seus regimentos.

Com muita clareza a Lei define que a avaliação não pode ser aceita como um

simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção da

aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar

todos os resultados obtidos durante o período letivo. Aponta a possibilidade de

aceleração de estudos para alunos que apresentam atraso escolar, situação que

merece projeto próprio, com a aprovação específica do Conselho Estadual de

Educação.

6.14.4. PERIODICIDADE DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO

Conforme estabelece o Regimento Escolar os resultados das avaliações dos

alunos serão registrados em documentos próprios, “Registro de Classe”,

bimestralmente a fim de assegurar a regularidade e autenticidade da vida escolar do

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109aluno. Durante o bimestre serão anotadas todas as avaliações realizadas com os

alunos, com o valor de cada uma.

6.14.5. RESULTADO DA AVALIAÇÃO

A avaliação tem sempre a função de redirecionamento e serve para avaliar o

processo educacional em todas as suas instâncias: aluno, professor, equipe

pedagógica, direção, funcionários, participação dos pais e sistema de ensino.

Diante de um resultado negativo ou abaixo do esperado, colocamos para análise

todas as variáveis acima mencionadas, pois se um aluno não aprendeu o que de fato

ocorreu? É necessário redirecionar os caminhos, após analisada a situação. Pode ser

um problema de metodologia do professor, uma defasagem de conteúdos muito grande

ou deficiência intelectual do aluno, uma sala de aula não produtiva (muito quente,pouco

arejada), um ambiente sujo - pouco acolhedor na escola, pais pouco participativos,

equipe pedagógica ausente e outros. Com esse diagnóstico, faz-se as intervenções

necessárias.

6.14.6. ENCAMINHAMENTOS E AÇÕES CONCRETAS

Diante do resultado apresentado pelo aluno, o professor realiza a recuperação

paralela, retoma os conteúdos, refaz a avaliação e as vezes diferenciam a prática

metodológica. Caso o aluno não obtenha sucesso, é apresentado à equipe pedagógica

o problema, mas se mesmo com a intervenção do pedagogo que irá conversar com o

aluno e se necessário com a família, o caso será encaminhado ao Conselho de Classe,

onde se discute no coletivo os possíveis novos encaminhamentos: Sala Multifuncional,

apoio da família, equipe pedagógica (diálogo individual e coletivo), psicólogo, Conselho

Tutelar, fonoaudiólogo, oftalmologista e outros.

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1106.15. PLANOS DE ADAPTAÇÃO:

6.15.1. ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Planos de Adaptação: São atividades didático-pedagógicas referentes aos

conteúdos de uma determinada disciplina sem prejuízo da série em que o aluno

frequenta para seguir com proveito no currículo. A adaptação de uma disciplina que não

consta na grade curricular de uma determinada série de um outro município ou estado é

realizada através da elaboração de atividades com leituras, pesquisas, consultas de

conteúdos, resolução de exercícios, aplicados pelo professor pedagogo a um aluno. O

objetivo é que o aluno que não tenha o conhecimento dos conteúdos de alguma

disciplina da qual não constava em seu currículo, devido ao local onde frequentava,

passe a conhecer e desenvolver atividades a fim de apropriar-se desse conteúdo, sem

defasagem ou prejuízo para aprovação.

6.15.2. DEPENDÊNCIA

Considera-se com dependência o aluno reprovado em até três disciplinas, mas

que é aprovado e durante o curso da série subsequente as realizará.

6.15.3. PROGRESSÃO PARCIAL

Progressão parcial: O regime de progressão parcial permite ao aluno reprovado

em até duas disciplinas, cursar a série subsequente, concomitantemente às disciplinas

nas quais reprovou. É necessário que o aluno elimine qualquer dependência na

Modalidade Ensino Médio para atribuir essa certificação de conclusão. Como o colégio

não oferece planos de dependência, somente será dada continuidade aos alunos que

trouxeram dependência de outras escolas.

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1116.15.4. RECUPERAÇÃO

A recuperação de estudos, segundo o Regimento Escolar é direito de todos os

alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A

recuperação de estudos dar-se-à de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didáticos-metodológicos diversificados.

Planejamento por parte da equipe pedagógica e do corpo docente.

Todos os procedimentos de recuperação se comprometem com os registros dos

mesmos, observando os aspectos abaixo indicados:

retomada do conteúdo anterior;

atendimento a dúvidas;

orientações sobre avaliações na disciplina;

exercícios adicionais de compreensão;

tarefas de casa com correção e revisão em sala de aula;

utilização da hora atividade pelo professor para esta finalidade;

informação aos pais sobre a evolução do quadro de dificuldades do

aluno, com o registro do encontro devidamente assinado pela escola e

pela família;

orientações especiais sobre “como estudar”;

convocação dos pais e do aluno para orientação especial quando,

apesar de todos os esforços, as dificuldades do aluno persistirem;

conscientização dos alunos da mudança de paradigma no que se refere

à recuperação e da necessidade de estudar desde o início do ano letivo.

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1126.15.5. CLASSIFICAÇÃO

Segundo o Regimento Escolar a classificação no Ensino Fundamental e Médio é

o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para proporcionar o aluno na

etapa de estudos compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos

por meios formais e informais, podendo ser realizada:

I – Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

fase anterior, na própria escola;

II – Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou

do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III – Independente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar

o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento

e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

ações para resguardar o direito dos alunos, das escolas e dos profissionais conforme

Artigos 79 e 80 do Regimento Escolar.

6.15.6. RECLASSIFICAÇÃO

O Regimento Escolar em seu Artigo 81 diz que a reclassificação é o

processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do aluno

matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua

experiência e desenvolvimento, independentemente do registre o seu Histórico Escolar.

Conforme orientações do Regimento Escolar caberá aos professores, ao

verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente

matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe

pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. Os alunos,

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113quando maior, os seus responsáveis, poderão solicitar a aceleração de estudos através

do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.

O processo de reclassificação deve ser realizado mediante consulta ao

Regimento Escolar, principalmente nos artigos números 83, 84, 85, 86, 87, 88 e 89.

6.15.7. AVALIAÇÃO FINAL

Segundo o Regimento Escolar a promoção é o resultado da avaliação do

aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual

ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados

ao final do ano letivo. Serão considerados retidos os alunos com frequência inferior a

75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar ou

frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula

zero) em cada disciplina.

Para realizar esse processo de retenção/aprovação por notas é necessário que

sejam considerados a definição de critérios, os quais devem ser qualitativos e não

quantitativos, e que sustentam a função deliberativa e orientam a prática pedagógica. É

importante ressaltar que no Conselho de Classe final, devem ser mediadas pela equipe

pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela direção escolar apoiadas em

alguns parâmetros como:

Avanços obtidos na aprendizagem;

Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;

Desempenho do aluno em todas as disciplinas;

Acompanhamento do aluno no ano seguinte;

Situações de inclusão;

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114 Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex: Falta de professores sem

reposição);

Não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram média para

aprovação devem se submetidos à análise e decisões do Conselho;

Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno

tenha sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é sua

possibilidade de acompanhar a série seguinte;

Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve

priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes

ou seu comportamento.

Ter sido aprovado em conselho de classe no ano interior não quer dizer que não

possa ser novamente aprovado no ano seguinte. A análise, nestes casos, deve

voltar-se às ações e ao acompanhamento pedagógico deste aluno que não

foram efetivos de modo a mudar os encaminhamentos para que o aluno tivesse

a oportunidade de outras formas de entendimento dos conteúdos.

6.15.8. PROCEDIMENTO DE INFORMAÇÃO AOS PAIS

O Estabelecimento promove reuniões periódicas com os alunos e pais para troca

de ideias sobre gestão escolar, atendimento as reivindicações, palestras, problemas

disciplinares e atividades extra-classe.

Por se tratar de uma comunidade pequena, as vias de relacionamento da escola

com a comunidade são feitas pessoalmente, mas também quando há necessidade de

nos comunicarmos, mandamos bilhetes pelos alunos e vários pais comparecem.

Se estes ainda não se acostumaram ao nosso sistema, utilizamos a visita nas

próprias casas.

É importante que os pais saibam como orientar seus filhos nos estudos e para

isso iremos elaborar um documento dos quais iremos relatar alguns itens:

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115“Como participar da vida escolar de seu filho”

• Vá à escola de seus filhos e participe ativamente das atividades que ela

oferece;

• Converse com os professores sobre como seus filhos estão nos estudos;

• Caso seus filhos estejam com alguma dificuldade na escola, peça orientação

aos professores de como ajudá-los em casa;

• Leia bilhetes e avisos que a escola mandar e responda quando necessário;

• Compareça às reuniões da escola. Dê sua opinião, ela é muito importante;

• Incentive seus filhos a estudar. Mostre que, quanto mais eles estudarem,

maiores serão as oportunidades profissionais e pessoais;

• Verifique se seus filhos estão indo à escola. Pergunte todos os dias o que

fizeram na escola, o que aprenderam, e escute com atenção o que contam;

• Ensine seus filhos a cuidar do material escolar e dos livros;

• É importante que seus filhos façam os deveres de casa. Se tiver dificuldade

converse com os professores. É assim que você ajuda o seu filho a aprender

mais e melhor.

Fonte: www.mec.gov.br

Também iniciou-se no ano de 2010 o Programa do governo estadual “Eu

acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você?” Que tem como objetivos

instrumentalizar os pais e toda a comunidade escolar para saber como acompanhar a

avaliação da aprendizagem do aluno, do sistema, da escola, dos professores, uma vez

que a apropriação não prescinde da clareza de que a aprendizagem é fruto de múltiplos

determinantes e todos devem ser avaliados; e que toda autonomia é conquistada e não

decretada e a democracia e conquistada também.

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1166.16. REGIMENTO ESCOLAR

O atual Regimento Escolar tem a finalidade de garantir a unidade filosófica,

política, pedagógica, estrutural e funcional deste Estabelecimento de Ensino,

preservando a flexibilidade didático-pedagógica de cada um, em consonância com a

legislação vigente e os princípios e diretrizes da SEED.

6.17. EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Segundo publicação do MEC, Revista da Educação Especial – Inclusão, o

movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e

pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos,

aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva

constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos,

que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avançam em

relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da

produção da exclusão dentro e fora da escola.

O estado do Paraná, SEED, não só reconhece o enorme contingente de alunos

que apresentam necessidades educacionais especiais (dificuldades acentuadas de

aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, dificuldades de

comunicação e sinalização e super-dotação ou altas habilidades), como desenvolve

vários projetos que enfocam a inclusão social e cidadania, oferecendo serviços e

apoios especializados, na modalidade de Educação Especial.

Conforme orientação das Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos no Paraná.

O Projeto Político Pedagógico é uma das formas de concretização da educação

de todos os alunos, nessa perspectiva, como veículo que sintetiza as aspirações e

princípios que refletem a ação da escola, oferecendo possibilidades de legitimar as

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117diretrizes e linhas de ação pelos quais serão construídas propostas para a

aprendizagem e participação de todos os alunos da escola. Diante disso deve

contemplar três dimensões de ação, que competem aos segmentos distintos:

a) a construção de culturas inclusivas (comunidade escolar e sociedade em

geral) – envolve propostas para a construção de uma comunidade escolar segura,

receptiva, colaboradora e estimulante em que todos são considerados importantes para

remoção de barreiras para a aprendizagem e para a participação.

b) a elaboração de políticas inclusivas (secretarias municipais e estaduais de

educação) – envolve a organização de apoios e a formação continuada de professores

e demais profissionais da educação, de modo que a escola desenvolva sua capacidade

de responder às necessidades dos alunos, sem nenhum mecanismo de exclusão.

c) a dimensão das práticas inclusivas (professores e equipe técnico-pedagógica)

– envolve a organização do processo de aprendizagem, por meio da flexibilização e

adaptações curriculares (de conteúdos, métodos, avaliação), de modo a contemplar a

participação de todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas

necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social.

Seguindo as Diretrizes Curriculares da Educação Especial, com a

implementação da LDB 9394/96 e a clara intenção do princípio inclusivo que a

fundamenta; a discussão sobre a adoção e a implementação de currículos abertos e

flexíveis que atendam à diversidade do alunado presente na escola. Seguindo uma

tendência internacional, todas as ações pedagógicas que tenham a intenção de

flexibilizar o currículo para oferecer respostas educacionais às necessidades especiais

dos alunos, no contexto escolar, são denominadas adaptações curriculares. A ideia é

que a flexibilização/adaptação curricular seja uma prerrogativa para a celebração das

diferenças em sala de aula.

As decisões sobre a adequação a serem realizadas nos componentes

curriculares (conteúdos programáticos – o que ensinar; objetivos – para que ensinar;

sequência temporal dos conteúdos – quando ensinar; metodologia de ensino – como

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118ensinar; avaliação do processo ensino aprendizagem – o quê, como e quando avaliar),

no contexto escolar, não podem estar baseadas sobre o que se entende que sejam as

características de aprendizagens próprias de cada deficiência, mas partir dos

interesses e possibilidades do aluno concreto que se encontra em sala de aula. Em

outras palavras significa colocar em prática o ponto mais sensível e problemático do

currículo: o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é individual.

A intervenção deve ser pensada diante da realidade do aluno concreto. É

fundamental que o professor ao planejar suas aulas, quando houver necessidade,

utilizem de estratégias metodológicas, atividades e recursos que melhor respondam as

necessidades individuais dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.

Neste estabelecimento de ensino contamos com o serviço de apoio

especializado – Sala de Recursos: aos alunos com deficiência mental e hipótese de

Distúrbio de Aprendizagem, no período do contra-turno e de instituições especializadas

AJADAVI para dois alunos com problemas fonoaudiológicos e uma aluna com suspeita

de possuir uma síndrome que está comprometendo sua visão e sua audição.

Outro aspecto que vem sendo estudado é referente a constar nos

certificados/históricos emitidos por este estabelecimento de ensino a terminalidade

específica para os casos mais acentuados de deficiência mental/intelectual.

A Revista Nova Escola publicou em sua edição de Outubro de 2006 as Atitudes

do Educador que inclui:

•Procura conhecer a legislação que garante o direito à educação das pessoas

com deficiência.

•Exige auxílio, estrutura, equipamentos, formação e informações da rede de

ensino.

•Deixa claro aos alunos que manifestações preconceituosas contra quem tem

deficiência não serão toleradas.

•Não se sente despreparado e, por isso, não rejeita o aluno com deficiência.

•Pesquisa sobre as deficiências e busca estratégias escolares de sucesso.

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119•Acredita no potencial de aprendizagem do aluno e na importância da

convivência com ele para o crescimento da comunidade escolar.

•Organiza as aulas de forma que, quando necessário, seja possível dedicar um

tempo específico para atender às necessidades específicas de quem tem

deficiência.

•Se há preconceito entre os pais, mostra a eles nas reuniões o quanto a turma

toda ganha com a presença de alguém com deficiência.

•Apoia os pais dos alunos com informações.

Fonte: Aprendendo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com

Deficiência, Save the Children Suécia

6.18. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)

O Programa de Desenvolvimento Educacional é uma política pública que

estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação

Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a

produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola

pública paranaense.

O objetivo é proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios

teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e

que resultem em redimensionamento de sua prática. A orientação Pedagógica está

fundamentada nos princípios educacionais da SEED e nas Diretrizes Curriculares da

SEED. Pode participar os professores do Quadro Próprio do Magistério – QPM, que se

encontram Nível II, Classe 11 da Tabela de Vencimentos do Plano de Carreira. O

professor que ingressar no PDE terá garantido o direito de afastamento remunerado de

100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo ano do

Programa.

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120O PDE oferecerá cursos e atividades nas modalidades presencial e à distância e

disponibilizará apoio logístico e meios tecnológicos para o funcionamento do Programa.

O Professor PDE do colégio tem como proposta de intervenção pedagógica na

escola “O posicionamento do professor de Educação Física frente à avaliação do

aluno”. A justificativa para o tema de estudo é que foi observado uma insuficiência do

modelo atual de ensino o qual, muitas vezes, privilegia o fenômeno esportivo de

rendimento que, por sua vez, contempla parcialmente a enorme riqueza das

manifestações corporais culturalmente produzidas, e com isto produz através da

avaliação na Educação Física escolar alguns elementos que ganham destaques:

violência, os preconceitos étnicos de sexo, de classe, entre outras instâncias das

relações sociais, evidenciando que as classes menos favorecidas são submetidas a

condições humilhantes de sobrevivência. Segundo o professor os motivos para a

escassez de bons exemplos de avaliação em Educação Física, provavelmente residem

no fato de que os professores recebem em seu processo de formação orientações

insuficientes para conduzir suas atividades e que para compreender a avaliação na

Educação Física não se pode cair no reducionismo de um universo meramente técnico

de entendimento, sendo necessária à consideração de outras dimensões desse

processo como, por exemplo, as suas significações, implicações e consequências

pedagógicas, políticas e sociais.

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121

7- MARCO OPERACIONAL

7.1. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO - 2011

Plano de Ação

Ação Detalhamento Condições Objetivos Responsáveis Cronograma

Início do Programa Mais

Educação

Apoiar o(s) professor(es) e

dar suporte durante a sua

execução.

Incentivar o(s) professor(es)

para participar(em) do programa e

também acompanhar a frequência dos

alunos participantes.

Conforme Instrução da

SEED, focaremos:-preparação

para a educação de

tempo integral.

- Direção;- Equipe

Pedagógica;- Professores.

– Início do 2º semestre

Realização de reuniões

pedagógicas para

esclarecimentos e

desenvolvimento de conteúdos disciplinares

sobre a Educação do

Campo e outros temas (Desafios

Educacionais Contemporâneos

) e também a participação em

eventos promovidos pela

SEED.

Organizar reuniões

durante o ano letivo para dar suporte aos

professores, em suas

respectivas disciplinas, em

relação a Educação do Campo e aos

Desafios Educacionais

Contemporâneos (Drogadição, Enfrentamento

à violência, Sexualidade

etc.).Apresentação de conteúdos

assimilados em cursos/

seminários oferecidos pela SEED à equipe de professores.

Direcionar a equipe

pedagógica para elaborar

reuniões onde o tema esteja presente e

incentivar os professores

para que trabalhem

nessa perspectiva com

os alunos.Promover

encontros entre os professores

para que troquem

experiências e assuntos

apresentados em cursos/

capacitações/ seminários/ congressos.

Considerar a cultura dos povos do

campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação

escolar como processo de

apropriação e elaboração de

novos conhecimentos.Buscar formas de enfrentar os

desafios educacionais

contemporâneos adequando-os aos conteúdos

de cada disciplina.

- Direção;- Equipe

Pedagógica;- Professores.

- Conforme Calendário

Escolar;- Conforme

divulgação da SEED, através

do NRE.

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122

Realização de parcerias com

o Sindicato Rural

Trazer para o Colégio cursos

gratuitos oferecidos pelo

SENAR, via Sindicato Rural, aos alunos e a comunidade.

Conseguir o apoio do

Sindicato Rural e o

envolvimento dos alunos e da

comunidade.

Ampliar as oportunidades

de aprendizagem aos alunos e comunidade,

principalmente as que

referem-se as questões rurais.

- Direção;- Equipe

Pedagógica.

- Durante o ano letivo, conforme a disponibilidade

do Sindicato Rural.

Reuniões para estudo dos

Conselheiros Escolares e Membros da

APMF.

Reuniões periódicas com

os componentes do Conselho

Escolar e APMF, para

leitura de textos,

discussões das dificuldades e necessidades

da escola. Exposição das

funções e comprometimen

to de cada membro do Conselho Escolar e

APMF. Apresentação dos resultados

obtidos.

Sala de aula e textos para

estudo;TV pen drive.

Conscientizar os membros do

Conselho Escolar sobre a

sua importância na construção da

escola democrática.

- Direção e- Equipe

Pedagógica.

Bimestral.

Estabelecer um calendário de

datas comemorativas

e eventos culturais.

Organizar um cronograma de atividades para comemorar as datas/eventos

mais importantes.

Desenvolver atitudes de

valorização às datas/eventos

mais importantes do

nosso país.

Acompanhar o desenvolvimento das atividades e organizar com a

comunidade escolar

estratégias para que tenha

significado real o que for

comemorado.

- Direção;- Equipe

Pedagógica;- APMF;

- Professores;- Conselho

Escolar;- Comunidade

Escolar;- Grêmio

Estudantil.

- Durante o ano letivo.

Page 123: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

123Hastear e arriar

a Bandeira Nacional e do

Paraná.

Uma vez por semana

Hastear e arriar a Bandeira Nacional

juntamente com a execução do Hino Nacional,

Estadual e Municipal.

Organizar um cronograma

com as datas e as salas que irão hastear e

arriar a Bandeira e

cantar os hinos.

- Desenvolver nos alunos o patriotismo;

- Desenvolver o respeito pelos

símbolos nacionais.

- Direção;- Inspetor de alunos com a supervisão do

diretor;- Equipe

pedagógica.

- Durante o ano letivo.

Jogos inter-séries

Os alunos participarem em competições e

atividades culturais.

Organizar atividades

esportivas e culturais para

os alunos.

Promover a confraternizaçã

o entre os alunos.

Direção, pedagogas e professores.

Semestral.

Continuar o incentivo ao

Grêmio Estudantil

Oportunizar a continuidade do trabalho que o

Grêmio Estudantil vem

realizando.

Incentivar os alunos a dar continuidade

nas atividades desenvolvidas pelo Grêmio.

Colaborar na construção de

cidadãos críticos e ativos

e na gestão democrática.

Direção, equipe pedagógica e professores.

Durante todo o ano letivo.

Apoio a APMF e Conselho

Escolar dando ensejo a seus

integrantes para que

desenvolvam trabalhos na

escola.

Nas escolhas dos membros

de cada segmento dar

ênfase ao compromisso e a necessidade da participação ativa de todos os membros.

Organizar um grupo de

trabalho efetivo na escola.

Apoiar a APMF e Conselho

Escolar para atuarem

positivamente na escola,

melhorando o ambiente escolar e

efetivando a escola

democrática.

Direção, pedagogas,

funcionários e alunos.

Durante o ano letivo.

Continuidade ao Projeto

FICA.

Cumprir todos os passos do

Projeto FICA e caso o aluno não retorne

para a escola, finalizar com a

comunicação ao Ministério Público.

Os alunos faltosos serem encaminhados

pelos professores aos pedagogos;As pedagogas e

direção acionarem a

família;Caso o aluno não

retorne, encaminhar ao

Conselho Tutelar

Proporcionar o acesso à

educação para todas as

crianças e adolescentes;

Diminuir as taxas de evasão e

repetência.

Direção; pedagogas;professores;

Conselho Escolar.

Durante o ano letivo.

Page 124: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

124Enfatizar a

importância da participação no

FERA com Ciência.

Divulgar e incentivar os professores e alunos para

participarem do FERA e do Com

Ciência.Enfatizar a

importância do FERA com

Ciência.

Dar apoio aos professores e alunos que se propuserem a participar do

FERA e do Com Ciência.

Ampliar os momentos/amb

ientes de aprendizagem

dos alunos;Melhorar a

socialização dos alunos.

Direção;Pedagogas;Professores;

Alunos.

Na data a ser divulgada pelo

NRE.

Paisagismo na escola

Buscar apoio aos órgãos ambientais como Horto Florestal e

Colégio Agrícola de

Cambará para coletar mudas e

também orientações

sobre as plantas mais

adequadas para esse fim.

Ir buscar as mudas no Horto

Florestal e o apoio do Colégio

Agrícola quanto as questões

mais técnicas.Buscar recursos

para comprar algumas flores

que não tenham no Horto.

Melhorar o meio ambiente

do Colégio;Proporcionar um ambiente

mais agradável e atraente;

Conscientizar os alunos sobre a

importância da preservação do meio ambiente em que vive.

Direção;Pedagogas;Professores;Funcionários;

Alunos eComunidade

escolar.

Durante o ano letivo.

Apoio as Propostas de

Trabalho desenvolvidas

pelos professores.

Os professores que

apresentarem propostas de

trabalho diferenciadas,

mas que estejam de

acordo com o Projeto Político

Pedagógico, Proposta

Pedagógica Curricular e

Plano de Trabalho Docente

receberão apoio da direção para desenvolverem

suas ideias.

As propostas devem estar de acordo com o PPP, PPC e

PTD.

Estimular os professores

para inovações em suas

disciplinas.

Direção;equipe

pedagógica e professores.

Durante o ano letivo.

Page 125: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

125Efetivação da

Equipe Multidisciplinar:

Leis 10.639/2003 e 11.645/2008

Colocar em prática o plano

de ação da equipe

multidisciplinar

Conscientização dos professores.

Buscar a valorização das

diversas culturas e

etnias presentes no

Brasil.

Direção;equipe

pedagógica e professores.

Durante o ano letivo.

Desenvolver estratégias

para efetivar o Programa

Paraná Alfabetizado.

Buscar parcerias do

Grêmio Estudantil, Conselho

Escolar, APMF e Comunidade

Escolar.

Divulgação do Programa

Paraná Alfabetizado

para a comunidade

escolar e incentivo aos funcionários

que participam do Programa

Paraná Alfabetizado.

Erradicar o analfabetismo

na comunidade.

Direção;Pedagogas;Professores;Funcionários;

Alunos eComunidade

escolar.

Durante o ano letivo.

Utilização dos recursos

tecnológicos: TV pen drive,

TV Paulo Freire e Laboratório

Paraná Digital.

Incentivar os professores

para utilizarem os recursos tecnológicos

oferecidos pela SEED.

Os recursos tecnológicos

estarem adequados e

prontos para o uso.

Melhorar as práticas

pedagógicas dos

professores para que

fiquem mais atrativas aos alunos e as

suas condições de trabalho.

Direção;Equipe

pedagógica;Professores.

Durante o ano letivo.

Continuidade do Projeto Profissões.

Buscar profissionais que possam apresentar

dados importantes de suas profissões

(aspectos positivos e

negativos) a fim de auxiliar os alunos na sua

escolha profissional.

Organizar uma agenda de

palestras que não atrapalhe o andamento dos conteúdos em sala de aula e

buscar profissionais interessados

em apresentar sua profissão aos alunos.

Orientar os alunos na escolha

profissional;Aumentar o

interesse pelas aulas.

Direção;Equipe

pedagógica;Professores.

Durante o ano letivo.

Page 126: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

126Continuidade nas Reformas

do Prédio/ Conservação

do Prédio/Aumento do depósito de

merenda e da cozinha/

Construção de um novo refeitório/

Melhorar a fachada da

escola.

Solicitar as reformas e construções

necessárias do prédio aos

órgãos competentes e conservar os

melhoramentos já realizados.

Aprovação das solicitações da

escola pela SEED, pelo

seguinte trajeto: Escola/ NRE/ SEOP/ SEED.

Melhorar o ambiente escolar;

Conservação/ preservação do

patrimônio público;

Tornar a escola mais atrativa a

toda a comunidade

escolar.

Direção;Conselho Escolar ;

APMF e NRE.

Durante o ano letivo.

O papel da Escola com as

Famílias frente a avaliação do

filho. Programa “Eu acompanho

a avaliação escolar do meu filho. E você?”

Incentivar os pais da participação

nos momentos de discussões

reuniões com a comunidade

escolar, proporcionando

liberdade de manifestarem, de apontarem pontos

positivos e negativos.

De apoiar os pais na busca do

avaliar o filho, que implica em acompanhar o processo de

ensinar e aprender, bem como avaliar a

prática dos professores, a

gestão e o sistema de

ensino.

Divulgar e acompanhar as

atividades com a comunidade escolar, da

utilização dos diferentes

instrumentos de socialização e da

efetivação dos trabalhos em

momentos diversificadas e em condições

atrativas com as práticas

pedagógicas.

Direção, equipe pedagógica, professores,

agentes educacionais e

Conselho Escolar.

No início do ano e no mínimo uma

vez por bimestre.

Parceria com o Posto de Saúde

para a realização de palestras.

Informar toda comunidade sobre

saúde e prevenções de

doenças.

Disponibilidade do profissional da

saúde e organização da

comunidade escolar no colégio.

- Desenvolver comportamentos de prevenção as

doenças;- Maior integração entre os pais, os

alunos.

Direção, Pedagogas,

Palestrante: Dr. Gilberto Severino e

professores.

Mensalmente a partir de abril – ano

de 2010.

Preparação dos alunos para a realização das

avaliações externas: Prova Brasil e ENEM

Realização de estudos dos

conteúdos exigidos nessas avaliações e preparação dos

alunos.

Os professores diante das

discussões no coletivo

empenharam-se em realizar tais

propostas.

- Preparar os alunos para

realizarem provas com essa

metodologia;- Diminuir a

ansiedade dos alunos;

- Desenvolver estratégias para

os alunos sentirem-se mais

seguros.

Direção, Direção-auxiliar, pedagogas

e professores.

Bimestralmente no Ensino Médio e 8ª

séries.

Page 127: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

127

PLANO DE AÇÃO 2011/2012

Equipe Multidisciplinar

1 – Nome do Estabelecimento: Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M. Cidade: Jacarezinho Município: Jacarezinho NRE: Jacarezinho Integrantes: Claudineia Teresa Bento Cristiano José da Silva Eugênia Mendonça Maria Helena de Oliveira Trevisan Lourdes de Fátima Carneiro de Oliveira Silvana Alves

2 – Objetivos a serem alcançados− Conscientizar a equipe escolar de que todos somos iguais perante a lei, independente de cor

ou raça.− Extinguir as atitudes de preconceitos étnico-raciais na escola e viabilizar ações de

enfrentamento aos casos de discriminação étnico-racial.− Valorizar as raízes culturais africanas, afrodescendentes e indígenas pautada na reflexão sobre

a importância da cultura e do povo africano e indígena na construção do País.− Apresentar e estudar com a comunidade escolar as leis afirmativas, pois reconhecem a escola

como lugar da formação de pessoas, espaço das diversas matrizes culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural.

− Apresentar aos professores sugestões de atividades/conteúdos de acordo com as leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008.

3 – Justificativa das ações a serem realizadas− Necessitamos construir instrumentos e definir ações que resultem no desenvolvimento de

alunos e alunas e de uma comunidade escolar, capaz de valorizar a nossa formação de povo multi-étnico/racial através do conhecimento da história e da cultura dos africanos, afrodescendentes e indígenas.

“ (…) Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos capazes de compreender as relações sociais e

étnico- raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de

competências que lhe permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação”.In: Caderno temático cultura afro

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128

4 – Ações a serem desenvolvidas

4.1 – Ações diagnóstico étnico-racial da escola

Auto-declaração cor – Dados de 2010

Cor Amarela Branca Indígena Preta Parda

Porcentagem de alunos

0,0% 29,9% 4,9% 18,5% 46,7%

Porcentagem de Funcionários/ Professores

3,2% 71,0% 0,0% 6,5% 19,4%

4.2 – Necessidades formativas: conteúdos e conhecimentos que devem ser elencados e que pautarão os estudos da equipe multidisciplinar

− Lei nº 10.639/03− Lei nº 11.645/08− Instrução nº 010/2.010 – SUED/SEED− Políticas afirmativas− Preconceitos/racismo e bullying− Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino

de história e cultura afro-brasileira e africana− Mediação de conflitos raciais, principalmente racismo.

4.3 – Análise dos instrumentos internos da escola− O Projeto Político Pedagógico da escola contempla as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, mas

deverá ser alterado quanto a inclusão do plano de ação da equipe multidisciplinar.− Quanto aos documentos das disciplinas verificamos que algumas contemplam mais

especificamente, outras de maneira mais ampla e algumas não contemplam, motivadas também pela especificidade da disciplina. Portanto, será necessário que a equipe multidisciplinar amplie a divulgação e o acesso as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 e aos materiais que dela se relacionam.

4.4 – Análise e orientação às possíveis situações de discriminação étnico-raciais− Tem se alguns casos de relatos de discriminação racial, principalmente entre os alunos e a um

funcionário da escola.

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129− A equipe multidisciplinar atuará no sentido de extinguir tais práticas/atitudes através das

mediações de conflitos e da ampla divulgação das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08.

4.5 – Análise dos materiais didáticos utilizados pela escola− São poucos os materiais que os professores utilizam e também não há exemplares em

quantidade para todos. Porém é necessário que a equipe multidisciplinar realize uma pesquisa, junto com a equipe pedagógica, na biblioteca e na internet e divulgue aos professores os materiais e sites mais interessantes. Ainda não foi realizada uma análise mais detalhada dos livros didáticos utilizados na escola.

Cronograma

Data Responsáveis Ação PúblicoCarga

Horária

02/02/11Equipe

Multidisciplinar

Obrigatoriedade da inserção da história e cultura afro-brasileira, africana e

indígena e educação para as relações étnicos-raciais no PPC e PTD, funções

da equipe multidisciplinar

Direção, ProfessoresPedagogos e Funcionários

02h

21/02/11Direção e Pedagogos

Estudo das leis nº 10.639/03 e 11.645/08 e instrução nº 010/2010

Políticas afirmativas

Equipe Multidisciplinar

04h

25/04/11Equipe

Multidisciplinar

Estudo de textos sobre:Mediação de conflitos raciais

Racismo, preconceito e bullying

Equipe Multidisciplinar

04h

30/04/11Professora Pedagoga

I Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Equipe Multidisciplinar

08h

07/05/11Professora Pedagoga

II Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Equipe Multidisciplinar

08h

28/05/11Professora Pedagoga

III Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Equipe Multidisciplinar

08h

04/06/11Professora Pedagoga

IV Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Equipe Multidisciplinar

08h

02/07/11Professora Pedagoga

V Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Equipe Multidisciplinar

08h

06/08/11Professora Pedagoga

VI Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Equipe Multidisciplinar

08h

03/09/11Professora Pedagoga

VII Etapa: Formação Continuada NRE/SEED

Início da organização do seminário

Equipe Multidisciplinar 08h

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130

Data Responsáveis Ação PúblicoCarga

Horária

01/10/11Professora Pedagoga

VIII Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED

Continuidade da organização do seminário

Equipe Multidisciplinar

08h

22/10/11Equipe

MultidisciplinarCompartilhando os estudos na Reunião

PedagógicaProfessores da

escola04h

05/11/11Professora Pedagoga

IX Etapa: Formação Continuada NRE/SEED

Finalização da organização do seminário

Equipe Multidisciplinar

08h

10/11/11Historiador

Seminário, debate: O negro na história da humanidade

Comunidade escolar

03h

10/11/11Professor de

Educação Física História de vida vitoriosa Comunidade

escolar01h

11/11/11 Professor de ArteSeminário/debate

As manifestações artísticas afro-brasileira, africana e indígena

Comunidade escolar

03h30min

11/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade

escolar30min

16/11/11Professor de Geografia

Seminário/DebateA África: riquezas e necessidades

Comunidade escolar

03h30min

16/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade

escolar30min

17/11/11Promotor,

Psicóloga e Professores

Seminário/mesa redondaPreconceito, racismo e bullying na

escolaComunidade

escolar03h30min

17/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade

escolar30min

18/11/11Assistente Social,

Advogado, Sociólogo

Seminário/mesa redondaPolíticas afirmativas e cotas

Comunidade escolar

03h30min

18/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade

escolar30min

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131

26/11/11Professora Pedagoga

X Etapa: Formação Continuada NRE/SEED

Elaboração de relatório 2º semestreAvaliação das atividades do ano e

revisão do plano de ação para 2012.

Equipe Multidisciplinar

08h

7.1. OBJETIVOS, METAS, AÇÕES ADMINISTRATIVAS, FINANCEIRAS E POLÍTICO-

PEDAGÓGICAS:

Consiste no conjunto de ideias, que estabelece o ideal da prática e a proposta

fundamentada teoricamente dos resultados que queremos alcançar.

Nossas Ações estarão fundamentadas em:

a) um ambiente integrado e participativo para efetivar os propósitos, metas e

linha de organização de forma clara e efetiva, delegando tarefas a todos;

b) um ambiente comunicativo, com múltiplas ocasiões formais e informais para

troca de informações, pontos de vista, planos de trabalho e outras ações educativas

desenvolvidas com os alunos;

c) Dinâmicas de trabalho orientadas para a explicitação e o enfrentamento de

problemas da prática educativa de maneira conjunta.

7.1.2. FACILITADORES DA APRENDIZAGEM

Nas reuniões pedagógicas e Hora Atividade será proposto aos professores,

juntamente com a equipe pedagógica que:

•utilizem recursos variados, de acordo com a disciplina;

•busquem contextualizar os conteúdos;

•conheçam a realidade dos alunos;

•busquem diferentes fontes de informação, além do livro didático;

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132•construam estratégias coletivas para os problemas de indisciplina;

•incentivem a prática da leitura dos alunos.

7.1.3. DISCUSSÃO CONTINUADA E COLETIVA DA PRÓPRIA PRÁTICA

PEDAGÓGICA

Nas reuniões pedagógicas e Hora Atividade será proposto aos professores,

juntamente com a equipe pedagógica que:

•auto-avaliação partindo dos resultados alcançados;

•troca de experiências entre os professores e professoras;

•análises dos dados estatísticos da escola;

•construção de novas estratégias diante de resultados negativos.

7.1.4. INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO PROCESSO DE

APRENDIZAGEM DO ALUNO

Para a efetivação da aprendizagem é necessário que:

•Acompanhe os alunos em suas dificuldades, orientando-os e descobrindo novas

estratégias de ensino;

•Proponha momentos estabelecidos de pesquisa, de estudo, novas fontes de

informação e façam contextualização com os conteúdos trabalhados;

•Discutam no coletivo da escola, novas estratégias de ensinar;

•Busquem junto com os pedagogos diálogo com a família e a comunidade na

qual estão atuando.

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1337.1.5. RELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E A

DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA

O ato de ensinar está repleto de variáveis que influenciam nos resultados da

aprendizagem, porém a formação continuada fará com que o professor tenha mais

estratégias e mais embasamento em suas ações, contribuindo para uma pratica mais

eficaz. Diante disso é necessário que:

•Analisar e propor estratégias frente as problemáticas sociais e econômicas que

interferem no processo ensino-aprendizagem;

•Redefinir práticas pedagógicas em sala de aula, com o apoio dos estudos

realizados e da análise da sua atuação;

•Estudar a literatura disponível (Biblioteca do Professor, Portal da SEED e

outros) para colaborar na resolução de alguns conflitos de sala de aula.

7.1.6. MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS A SEREM ALCANÇADAS

O principal desafio a ser alcançado é conseguir com que os alunos e as

alunas estejam motivadas para irem além do conteúdo trabalhado em sala de aula e

tenham forças para lutar por uma vida melhor e que para isso será necessário estudar

muito.

7.1.7. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE, REUNIÕES PEDAGÓGICAS E

CONSELHOS DE CLASSE

a)Hora atividade: o coletivo dos professores que atuarão na(s) mesma(s)

disciplinas dos diferentes níveis e modalidades de ensino utilizará o

mesmo dia para a realização da hora atividade a fim de planejarem

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134ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas

diagnosticadas no interior do estabelecimento. Terão este tempo

destinado à correção de atividades discentes, trocas de experiências,

recuperação paralela, estudos e reflexões a respeito de atividades que

envolvam a elaboração e implementação de projetos, e ações que visem

a melhoria da qualidade de ensino, bem como o atendimento de alunos,

pais e (outros assuntos de interesse da) comunidade escolar.

Seguiremos à organização implantada no cronograma para o ano letivo

de 2009, conforme disponibilidade na organização dos horários das

aulas..

2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª FeiraHISTÓRIA MATEMÁTICA GEOGRAFIA CIÊNCIAS LÍNGUA

PORTUGUESAQUÍMICA SOCIOLOGIA ARTE ENSINO

RELIGIOSO

LÍNGUA

ESTRANGEIRABIOLOGIA FÍSICA EDUCAÇÃO

FÍSICA

FILOSOFIA

b)Reunião Pedagógica: As reuniões pedagógicas são realizadas no

início do ano letivo com planejamentos e capacitações, e no início do

segundo semestre continuam as capacitações. As reuniões pedagógicas

acontecem como prevê o calendário escolar, bimestralmente, e quando

se fizer necessário.

c)Conselho de Classe: Reunião regularmente realizada a cada bimestre,

com avaliação integral do desempenho em todas as disciplinas, visando

traçar uma forma de avanço, como melhoria da qualidade e o

aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem, registrando

juntamente com o pedagogo. Será realizado desde o 1º Bimestre o Pré-

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135Conselho, a fim de garantir um melhor acompanhamento e intervenção

das dificuldades apresentadas pelos professores com relação ao ensino-

aprendizagem dos alunos.

7.1.8. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E PROGRESSÃO PARCIAL

O colégio não oferta a progressão parcial, somente para os alunos com

transferências e com dependência em até três disciplinas que serão cumpridas através

de plano especial de estudos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem. Será acompanhada pela equipe pedagógica e

realizada pelos docentes.

7.1.9. ENCAMINHAMENTOS E AÇÕES CONCRETAS

•Desenvolvimento do planejamento semestral realizado pelos professores e

pedagogo buscando qualidade de ensino; desenvolvimento metodológico em

busca de novas estratégias na construção do planejamento; objetivos e

avaliações;

•Inserção de projetos, parcerias, participação de olimpíadas;

•Participação nas: Olimpíada Brasileira de Matemática; FERA/ Com ciência;

• Participação nos Grupos de Estudo;

• Realização da Semana Cultural;

• Acompanhamento aos Alunos com Dependência;

•Auxílio e acompanhamento das atividades desenvolvidas durante a hora

atividade;

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136•Conversa com os professores sobre o planejamento, conteúdos, metodologia e

avaliação com a finalidade de promover estratégias que facilitem o processo de

transmissão e assimilação do conhecimento sistematizado;

•Contribuição no preparo de atividades e avaliações do professor de sala de

aula;

•Acompanhamento da presença dos professores na hora atividade.

• Os professores e a equipe pedagógica, através da análise da situação sócio-

econômica dos alunos deverão traçar estratégias de ensino diferenciadas que

levem a aprendizagem a todos;

•Os professores de acordo com os conteúdos a serem ministrados, irão

abranger temas como o consumismo, a má-distribuição de renda, a importância

do ser e não do ter, a valorização da cultural local e da vida em geral;

•A equipe pedagógica, na Hora Atividade, deverá trazer textos com orientações

metodológicas diversificadas, dando maior suporte aos professores;

•Realização de planejamentos reais para que superem a distância entre a teoria

e a prática, principalmente através do desenvolvimento do Plano de Trabalho

Docente, enfocando os Conteúdos Básicos, organizando melhor o tempo e o

conteúdo previsto;

•Promover a valorização da leitura, através do acesso à biblioteca, de

sugestões de leitura em sala e do empréstimo quinzenal de livros pelos alunos;

•A equipe pedagógica e a direção incentivará o uso da Biblioteca do professor,

o Kit de DVD’s da TV Escola e do Projeto Eureka para consultas e

enriquecimento das suas aulas;

•Cabe a equipe pedagógica estar presente no dia-a-dia do professor,

estimulando-os às intervenções que os livros da Biblioteca do Professor

oferecem;

•O acompanhamento do Projeto FICA (Programa de Mobilização para a

Inclusão Escolar e a Valorização da Vida) onde os alunos faltosos são

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137chamados a frequentar regularmente as aulas. Após esgotadas todas as

tentativas da escola, e as crianças e os adolescentes que foram acionados pela

equipe pedagógica não retornarem, serão encaminhados ao Conselho Tutelar

e/ou ao Ministério Público. Estão sendo desenvolvidas várias ações para que

os alunos permaneçam na escola como: Reunião de Pais; Palestras para os

pais; Implantação da Sala de Recursos a fim de auxiliar na recuperação

paralela; Orientações individualizadas aos pais e alunos; Orientações aos

professores na Hora Atividade; Encaminhamentos para psicóloga, médico

clínico geral, fonoaudióloga, oftalmologista e instituições de apoio como o

AJADAVI.

7.1.10. PROCEDIMENTOS DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Os alunos, segundo o Regimento Escolar, tem direito à recuperação de

estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que

possibilitem sua aprendizagem.

A recuperação de estudos, será concomitante ao processo letivo e tem por

lógica recuperar os conteúdos não apropriados. Ocorrerá após a retomada do

conteúdo, a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e da

reavaliação do conteúdo já re-explicado em sala e aula.

O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores das

avaliações, ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e

retomada dos conteúdos, a recuperação não será um adendo a nota, terá peso de 0 a

100%.

É importante diferenciar critérios e instrumentos de avaliação. Os critérios de

avaliação devem servir de base para o julgamento do nível de aprendizagem dos

alunos. Já os instrumentos de avaliação estão ligados aos encaminhamentos

metodológicos e podem ser: atividade de leitura compreensiva de textos, projeto de

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138pesquisa de campo, relatório, seminário, debate, atividades a partir de recursos

audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas e objetivas.

O professor deverá explicitar em seu Plano de Trabalho Docente os critérios e

os instrumentos de avaliação, bem como os procedimentos de Recuperação de

Estudos.

A progressão parcial só será realizada de alunos que vierem de outras escolas

que oferecem essa opção. Caberá aos professores registrar em um Livro Registro de

Classe as avaliações e conteúdos com o acompanhamento do professor pedagogo.

7.1.11. PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Por ser um documento de relevância para o trabalho do professor será

necessária a conscientização sobre a importância da sua construção para que não

venha a tornar-se burocrático, sem vínculo com o trabalho. Deve ser orientado para que

seja mais um apoio ao professor.

7.1.12. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO

A avaliação solicitada pela SEED ocorre duas vezes por ano, ou seja,

semestralmente e seus critérios são:

•PRODUTIVIDADE: considera a qualidade e o rendimento do trabalho desses

profissionais;

•PARTICIPAÇÃO: em eventos e atividades internas e externas da escola;

•PONTUALIDADE: se o profissional cumpre seu horário de trabalho;

•ASSIDUIDADE: verifica as faltas ao trabalho.

Outros critérios/itens que são observados pela equipe escolar:

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139

- Plano de Avaliação dos Professores: O trabalho em equipe é considerado,

atualmente, como um dos fatores fundamentais para impulsionar não só a melhoria da

qualidade de ensino como o desenvolvimento profissional dos professores. Quando os

professores trabalham de modo cooperativo, compartilhando e analisando

conjuntamente os problemas a serem enfrentados, o enriquecimento pessoal e

profissional aumentam.

A tarefa de educar os alunos, comum aos profissionais da educação escolar,

tem, portanto, dois aspectos inseparáveis: a elaboração e o desenvolvimento constante

do projeto político pedagógico e a formação permanente dos profissionais envolvidos

no processo.

O modelo de formação permanente baseado nas escolas, caracteriza-se por:

oOrientar-se para a formação das equipes escolares;

oTer como eixo estruturador da formação a análise e a busca de soluções para

os problemas concretos, contextualizados e compartilhados de um grupo

escolar;

oRealiza-se no marco do desenvolvimento do projeto escolar orientado para a

melhoria da qualidade de ensino.

−Plano de Avaliação dos Pedagogos :

Os professores pedagogos bimestralmente estarão analisando se o

trabalho pedagógico está em consonância com o PPP e convocarão a comunidade

escolar quando houver necessidade de mudanças.

Articular o processo pedagógico na elaboração e implementação do

projeto Político Pedagógico do estabelecimento;

Contribuir, juntamente com professores, para que o processo ensino-

aprendizagem seja efetivado com sucesso:

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1401.Auxiliar o professor na busca de soluções frente aos desafios que

lhes são lançados como questões sobre o baixo rendimento ou

aproveitamento insuficiente dos alunos, desinteresse, indisciplina,

ausência de recursos materiais, alunos que apresentam problemas

emocionais ou psicológicos, participação da família em relação ao

rendimento de seu filho, etc.

2.Estimular a utilização de recursos didáticos disponíveis na escola

(DVD, computador, TV pen drive, TV Paulo Freire, Projeto Eureka,

internet, retroprojetor, biblioteca) a fim de melhorar as estratégias para

dinamizar o processo ensino-aprendizagem;

3.Acompanhar o planejamento para criar melhores possibilidades no

procedimento metodológico;

4.Oportunizar a elaboração e aplicação de projetos educacionais que

possam levar o aluno a ouvir, refletir, raciocinar, interpretar, expor,

diversas modalidades do conhecimento;

5.Estimular e participar da construção de projetos propondo atividades

metodológicas aplicadas em feiras de ciências, jornais, FERA,

gincanas e outros espaços criativos.

6.Articular e acompanhar a participação de olimpíadas, projetos que

são ofertados pelo governo ou outro órgão de representação.

7.Coordenar a participação/interação dos pais quanto ao

acompanhamento dos filhos.

−Plano de Avaliação dos Funcionários:

A tarefa de construir o projeto político pedagógico acontece em um

período em que a participação dos funcionários é mais um suporte de contribuição para

efetivação de um planejamento de acordo com a realidade da comunidade escolar.

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141O plano de ação dos funcionários tem como proposta para contribuir na

melhoria da execução e implementação, ser realizado através da leitura do documento,

do acompanhamento das discussões, na tomada de decisões, dando sugestões e

participando ativamente das reuniões programadas.

7.1.13. AÇÕES ENVOLVENDO OUTRAS INSTITUIÇÕES

Temos o apoio da AJADAVI, Conselho Tutelar, Patrulha Escolar, Sindicato

Rural e Associação de Moradores do Bairro. Neste ano de 2.010 reiniciou uma parceria

com o Posto de Saúde.

7.1.14. RECURSOS FINANCEIROS

Os recursos financeiros são utilizados obedecendo às prioridades definidas

pelo Conselho Escolar e a APMF. Após reservar a parcela destinada à manutenção,

materiais de limpeza, didáticos e de expediente (secretaria), e a complementação de

merenda, o restante da verba destinam-se para pequenos reparos de equipamentos e

do prédio com objetivo de conservar os bens.

O colégio busca através de eventos realizados viabilizar verbas que venham

suprir outras necessidades. Utilizamos como recursos financeiros o Fundo Rotativo, o

PDDE e Escola – Cidadã (para complemento de merenda) e no ano final do ano de

2007 foi recebido o PDDE Rural.

7.1.15. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO

Compete aos docentes

No Regimento Escolar em seus artigos nº 34 e 35 estão explicitados todas

as funções da equipe docente. Ressaltaremos alguns itens:

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142•participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho

Escolar;

•elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

•participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e

materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

•elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

•desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do

conhecimento pelo aluno;

•proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

•proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de

instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

•promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do

período letivo;

•participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com

dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do

pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais

especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da

Educação Especial, se necessário;

•participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com

vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

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143•participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

•assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

•viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no

processo de ensino e aprendizagem;

•participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao

professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem e da

Sala de Recursos, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção

educativa;

•estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação

artística;

•participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão

registradas e assinadas em Ata.

Compete a Equipe Pedagógica

Compete a Equipe Pedagógica no Regimento Escolar em seus artigos 31,

32 e 33 onde estão explicitados todas as funções da equipe pedagógica.

•coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-

Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

•orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma

perspectiva democrática;

•participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no

sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

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144•coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

•orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo

de professores do estabelecimento de ensino;

•acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;

•promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de

propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

•participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do

estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

•organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos

de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho

pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

•coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenções

decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

•subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência,

debates e oficinas pedagógicas;

•organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira

a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

•proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um

processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a

promover a aprendizagem de todos os alunos;

•coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar,

garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

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145•participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando

teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e

efetivação do trabalho pedagógico escolar;

•coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

•participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,

assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos

de incentivo à leitura;

•acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e

Biologia e de Informática;

•propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação

nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

•coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

•colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;

•coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de

critérios legais, didáticos-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

•acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a

serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

•promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas

de discriminação, preconceito e exclusão social;

•coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

•acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

•participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

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146•orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme

legislação em vigor;

•organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de

dias, horas e conteúdos aos discentes;

•orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe;

•organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

•organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais

do estabelecimento de ensino;

•solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

•coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar,

para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se

necessário;

•acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando

contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento

integral;

•acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-

os aos órgãos competentes, quando necessário;

•acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

•orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades

educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no

processo de inclusão na escola;

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147•manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos

com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas

de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial

e ensino regular;

•assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais

e demais segmentos da comunidade escolar;

•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

•elaborar seu Plano de Ação;

•cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Compete ao Diretor

Na função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão

democrática e a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no PPP

do estabelecimento.

No Regimento Escolar, em seu artigo 18 está estabelecido as funções do

diretor:

•cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

•responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

•coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

•coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

•implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

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148•coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo

à aprovação do Conselho Escolar;

•convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às

decisões tomadas coletivamente;

•elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a

comunidade escolar e colocando-os em edital público;

•prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho

Escolar e fixando-os em edital público;

•coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,

encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

•garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos

da administração estadual;

•encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente

escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

•deferir os requerimentos de matrícula;

•elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à

apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;

•acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos discentes;

•assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;

•promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e

propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa

no âmbito escolar;

•propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após

aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou

fechamento de cursos;

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149•participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao

Conselho Escolar para aprovação;

•supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas

estabelecidas na legislação vigente relativamente as exigências sanitárias e padrões de

qualidade nutricional;

•presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

•definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar

operacional;

•articular processos de integração da escola com a comunidade;

•solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

•participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente

com a comunidade escolar;

•cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e

epidemiológica;

•disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

•assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

•cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

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150Compete aos funcionários:

Compete ao Secretário Escolar:

conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que

regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos

administrativos;

receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência

e conclusão de curso;

elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às

autoridades competentes;

encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma

a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida

escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,

respondendo por qualquer irregularidade;

manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;

organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,

referentes à sua estrutura e funcionamento;

atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e

orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do

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151estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;

zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;

orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com

os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos;

cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua frequência, em formulário próprio;

secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de

sua função;

manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando

solicitado;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas

da sua função.

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152

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

a) cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto

ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,

reclassificação e regularização de vida escolar;

b) atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e

orientações;

c) cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

d) participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de

sua função;

e) controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre

os mesmos a quem de direito;

f) organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;

g) efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico

Escolar, Boletins, Certificados e outros, garantindo sua idoneidade;

h) organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;

i) classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a

movimentação de expedientes;

j) realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do

estabelecimento, sempre que solicitado;

k) coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e

atualizando o sistema informatizado;

l) executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

m) participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

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153n) zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

o) manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

p) exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar:

•cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando

organização e funcionamento;

•atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros,

de acordo com Regulamento próprio;

•auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino;

•auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros;

•encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades

indicadas pelos usuários;

•zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

•registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

•receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;

•manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua

manutenção;

•participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de

sua função;

•auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

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154•participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

•exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete a equipe auxiliar operacional

O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,

sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e

preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas

estabelecidas na legislação sanitária vigente;

utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer

irregularidade à direção;

auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início

e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,

quando solicitado pela direção;

atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais

temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de

alimentação;

auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,

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155muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no

ambiente escolar;

auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação

durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as

correspondentes ao uso do banheiro;

auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades

escolares;

cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o

devido destino, conforme exigências sanitárias;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de

ensino:

zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de

qualidade nutricional;

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156servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e

segurança;

informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do

estoque da merenda escolar;

conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda

escolar, conforme legislação sanitária em vigor;

zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da

merenda escolar;

receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e

da merenda escolar;

cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer

necessário;

respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação

ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

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157Compete ao auxiliar operacional que atua na área de vigilância da movimentação

dos alunos nos espaços escolares:

coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos

períodos de atividades escolares;

zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas

disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino;

comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos

alunos;

percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos

quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;

encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que

necessitarem de orientação ou atendimento;

observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;

acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer

necessário;

auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de

comunicados no âmbito escolar;

cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu

período de férias;

participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais

didático-pedagógicos;

auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de

equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à

estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;

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158participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas

da sua função.

7.1.16. RELAÇÕES ENTRE ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS

As relações são de participação e interação com espaços abertos às reflexões

e ao diálogo (Diretor e Pedagogos), caminhando com as mesmas perspectivas para a

melhoria da qualidade de ensino desse Colégio, estabelecendo sempre um consenso

nas tarefas que deverão desempenhar.

7.1.17. QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS

Todo ambiente escolar deve ser preparado para o aluno. Diante disso, a

direção com o apoio dos outros segmentos deve sempre:

•observar as condições das salas de aula: iluminação, ventilação, mobiliários e

outros;

•solicitar consertos e reparos, quando necessários;

•solicitar a construção do laboratório de ciências físicas e biológicas, a residência

do caseiro, adaptação aos alunos deficientes físicos;

•melhorar o aspecto exterior (pátios e entradas) da escola, através de

paisagismo;

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159•conseguir apoio para deixar a sala do Paraná Digital em bom estado de uso.

7.1.18. FAMÍLIA E COMUNIDADE

Através da disponibilidade constante de atendimento à família, o colégio

desenvolverá a prática do diálogo, favorecendo a articulação

família/comunidade/escola. Para resolver os problemas disciplinares, serão

promovidas reuniões periódicas com os alunos e comunidade, a fim de trocar idéias

sobre a gestão escolar e atender as reivindicações. Durante o ano letivo, os pais serão

convidados não somente a tomar conhecimento da aprendizagem dos seus filhos, mas

também a assistirem as apresentações, (das quais seus filhos estão envolvidos),

palestras, atividades extra classe e festividades.

Os pais receberão um panfleto no início do ano com orientações sobre

como acompanhar a educação dos seus filhos.

7.1.19. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE

Organizar uma prática de trabalho que contribua efetivamente para a

aprendizagem dos educandos e para isso será necessário:

•Apresentar metodologias que possam contribuir com mais eficiência no

desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula;

•Construir a partir da realidade de cada aluno da Sala de Recursos

adaptações curriculares, quando necessário;

•Contribuir com a pesquisa de textos e/ou atividades para que o professor

possa trabalhar em suas disciplinas com os Desafios Educacionais

Contemporâneos e a Diversidade;

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160•Pesquisar atividades, com o apoio da equipe pedagógica, sobre sua

disciplina ou um conteúdo que queira tratar com mais abrangência.

•Buscar com o apoio da equipe pedagógica, formas de trabalho

diferenciado que possa contribuir para melhorar suas aulas, e atingir os

objetivos propostos de cada conteúdo.

•Apontar possíveis soluções frente aos desafios e dificuldades que

surgem quando tentamos trabalhar alguns conteúdos;

•Debater estratégias relatadas, pelo professor, em planejamento, com a

finalidade de pô-las em prática;

•Durante a hora atividade, com o apoio da equipe pedagógica construir

meios para a efetivação do plano de trabalho docente;

•Contribuir para a organização dos alunos e a continuidade de Grêmio

Estudantil.

7.1.20. METAS DA DCE DO CAMPO E A REALIDADE DA ESCOLA

O colégio busca sempre atentar para as metas da DCE da Educação do

Campo. Assim buscaremos na Hora Atividade e nas reuniões pedagógicas ressaltar a

importância de sempre relermos esse documento.

7.2. REDIMENSIONAMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Agendar momentos destinados a oportunizar um espaço educacional

democrático, considerando esse como condição indispensável para o diálogo e,

consequentemente, como viabilizador de decisões coletivas, autonomia dos

educadores, alunos e crescimento da escola, através dos órgãos colegiados.

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161

7.2.1. CONSELHO ESCOLAR

Deverá atuar com o mesmo empenho, organização e seriedade como vem

acontecendo. Esse órgão é organizador na delegação de poderes.

7.2.2. CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um momento privilegiado e para que tenha um

melhor rendimento sempre irá ser reservado um pequeno espaço para a discussão

sobre a importância deste órgão colegiado e que as decisões tomadas tenham como

principal fundamento a melhora na aprendizagem do aluno.

7.2.3. GRÊMIO ESTUDANTIL

Dar-se-á continuidade as atividades do Plano de Ação dos alunos do Grêmio

Estudantil Monteiro Lobato, apreciado pelo NRE.

7.2.4. ELEIÇÃO DO ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA

Terão as incumbências de representar os alunos, acompanhar e apoiar as

ações do Grêmio Estudantil e de outras tarefas que o colégio necessitar.

Os representantes de turma serão eleitos entre os estudantes no início de

cada ano letivo, com a colaboração dos alunos do Grêmio Estudantil.

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1627.2.5. APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, pessoa jurídica de

direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída

por prazo indeterminado.

7.3. FORMAÇÃO CONTINUADA

A necessidade de atualização do profissional da educação é constante para que

haja uma prática docente condizente com as necessidades dos alunos. Para tanto é

preciso renovar os saberes, através de cursos e troca de experiências, articulando-se

para uma reflexão coletiva.

Percebe-se que os professores estão empenhados em melhorar sua formação

acadêmica. A maioria dos professores deste estabelecimento possuem especialização.

A Equipe Pedagógica e a Direção dão prioridade à melhoria do nível profissional do

docente, seja através da conscientização sobre a importância de atualizar-se, seja

como mediadora no preenchimento de vagas nos cursos ofertada pela Rede Estadual e

outros órgãos. No Calendário Escolar está definido dias para estudos, agrupamento de

professores a fim de desenvolver leituras sobre educação enviadas pela SEED e NRE.

Estes estudos geram a troca de experiências e aprimoramento nas atividades de

planejamento e tem como objetivos:

-Dar embasamento teórico para a prática docente;

-Propiciar a troca de experiências enriquecedoras entre os profissionais da

educação;

-Despertar o educador para uma prática docente inclusiva.

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163O professor será estimulado a compartilhar com a equipe pedagógica e todo o

corpo docente o conteúdo dos cursos que ele frequenta.

Outra prática entre a equipe pedagógica, direção e professores que acontece é

a troca de divulgação de artigos, livros, revistas e programas da TV Escola, TV Paulo

Freire, Portal dia-a-dia Educação, Kit de DVD’s da TV Escola e Eureka e outros filmes

com finalidade educativa. A hora atividade, na efetivação de suas ações pretendidas,

também tem em uma das suas tarefas, os estudos individuais, que contribuem para

formação continuada, a troca de experiências e grupos de estudos com elaboração e

execução de propostas de trabalho sobre: produção e interpretação de textos,

Avaliação, Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e

Indígena, Educação Inclusiva/ Adaptação Curricular e outros.

7.4. AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS

A escola realizará algumas ações que visam a contextualização do saber

escolar:

Agenda 21: A Agenda 21 escolar, compromisso de todos os profissionais que

atuam na escola e que fazem parte da comunidade escolar. A participação na Agenda

21 escolar, contou com a comunidade escolar (pessoas por grupos), professores,

alunos equipe pedagógica, administrativa, serviços gerais, pais atuantes na APMF e

com representantes de turmas.

Matemática: área da horta e da parte que vai ser utilizada, fazer estimativas de

área “desmatamento/assoreadas”.

Português: textos informativos, relatórios, ofícios “construção”.

Ciências: contaminação da água “agrotóxicos, verminoses”.

Geografia: causas do assoreamento, desmatamento, extinção de animais e

peixes.

História: comparar como era antes e agora, o porquê da mudança.

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164Educação Artística: ilustrar folders, cartazes, panfletos para conscientização.

Biologia: visitas ao poço artesiano do bairro e ao rio Paranapanema.

Física: relações de medidas, fenômenos metereológicos.

Inglês: textos, traduções.

As estratégias: entrevistas, palestras, vídeos, debates, visitas (casas, rios,

poços, etc) e panfletos.

A proposta irá contribuir para melhorar a mudança de hábitos, melhorar os

relacionamentos e a postura da comunidade escolar.

A Lei de nº 11.645/2008 e 10.639/03 que estabeleceu a obrigatoriedade do

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e indígena na Escola Básica, tendo em vista

o conhecimento sobre a importância do resgate e da valorização da cultura afro-

brasileira e indígena e será inserido em todas as áreas do conhecimento, práticas que

proporcionam o desenvolvimento desses conceitos e atitudes, levando o educando ao

encontro desses princípios norteadores.

FERA/Com Ciência Festival de Arte e Ciência da Rede Estadual

O colégio tem participado do FERA Com Ciência e esse ano com uma oficina

que teve excelente avaliação: Sala dos sentidos. Para os próximos anos continuar

incentivando a participação dos professores.

Jogos Colegiais: as vezes o colégio não consegue participar, pois está situado

na zona rural e necessita de transporte escolar, mas sempre que conseguimos o

transporte, a escola está presente.

Projeto Universidade sem fronteira/ Departamento de Letras: Esse projeto é do

governo estadual em parceria com as universidades públicas e escolas do Ensino

Fundamental dentro da área de leitura e escrita, onde são trabalhados com os alunos

das 6ª série(2007) e 7ª série (2008) textos curtos e re-escritas. O título do projeto é “Ler

e Escrever é da Hora”. A conclusão do projeto deu-se em 2009, na 8ª série, com a

publicação de um livro.

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165Outras atividades:

Feira de Ciências

Participação nas Olimpíadas de Matemática

Exposição Biodiversidade

Visitas a outras instituições

Datas Comemorativas

Festas Populares

Empréstimos quinzenais de livros pelos alunos

Projeto Profissões (visando a orientação profissional dos alunos do Ensino

Médio).

As atividades práticas serão diversificadas, buscando a participação e

integração dos alunos, atribuindo formas de interdisciplinaridade de exploração da

criatividade, cooperação e o resgate às culturas que contribuem para formação do

povo brasileiro.

7.5. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Estará sendo discutido nos Horários de Estudo e nas Reuniões Pedagógicas

sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e indígena, e faremos os encaminhamentos

da seguintes ações:

Ações que propiciem o contato com a cultura africana e

afrodescendente, culminando em desfiles, exposições, mostras de teatro e

dança, por meio dos quais sejam apresentados penteados, vestimentas,

adereços, utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo,

Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem

negro/índio, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais,

para a valorização da diversidade étnica brasileira,

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166Pesquisas e debates sobre o espaço dos afrodescendentes/indígenas e

de sua cultura nos meios de comunicação de massa (em especial na TV),

Estudos e discussões sobre os textos inclusos no 2º Prêmio “Educar

para a Igualdade Racial”,

Estudos e discussões sobre os Cadernos Temáticos “História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana e Indígena”.

7.6. DIVERSIDADE

As propostas são:

•dar continuidade ao Programa Paraná Alfabetizado, a fim de erradicar o

analfabetismo do bairro;

•ampliar os estudos sobre a Educação do Campo;

•cumprir a agenda do NEREA “Consciência Negra e Indígena”.

•solicitar novos cursos através da parceira com o Sindicato Rural;

•dar prosseguimento à equipe multidisciplinar e cumprir seu plano de ação.

7.7. METAS PARA OS PROGRAMAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

(PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO)

Está previsto para esse ano, no 2º semestre, o início do Programa Mais

Educação, atendendo a 100 (cem) alunos do Ensino Fundamental.

O Programa Mais Educação terá como critérios, estratégias e instrumentos de

avaliação estabelecidos pela escola:

Critérios:

Frequência dos alunos;

Frequência do docente e monitor;

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167Critérios estabelecidos na proposta pedagógica da atividade;

Cumprimento do calendário e atendimento às necessidades

socioeducacionais dos participantes.

Estratégias/Instrumentos:

Observação do número de alunos participantes com frequência regular;

Análise de registros escritos/imagens das atividades desenvolvidas;

Acompanhamento e orientação na Hora Atividade;

Observação direta do trabalho desenvolvido.

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O PPP será avaliado por toda a comunidade escolar, nos momentos de

discussões e reuniões coletivas marcadas para esse fim ou não. Nos encontros das

instâncias colegiadas e assembleias.

8.1. PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO PPP E DE INFORMAÇÃO À

COMUNIDADE

A efetivação do Projeto Político Pedagógico acontecerá quando os alunos

obtiverem sucesso na aprendizagem melhorando a qualidade do ensino. Nesta

perspectiva será realizado:

- Sensibilização da comunidade escolar em relação ao projeto: reunião sobre o

que é o PPP, objetivos, finalidades, pressupostos, princípios, etc.

− Proposta de elaboração coletiva: estudos de textos básicos para a fundamentação

teórica;

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168- Início do ano: semana de estudos descentralizado- articulação na participação dos

professores na construção da proposta curricular pretendida; estudo dos documentos

recebidos do NRE;

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento de fundamental valor para

implantar um processo de ideias e reflexões, dentro de um movimento que vise aplicar

os objetivos e buscar resultados, efetivando assim um ensino de qualidade na escola

pública. É um esforço conjunto que exigirá resgatar o querer e a vontade política da

comunidade escolar, consciente da necessidade e importância para uma educação

mais acessível aos nossos alunos, diante da realidade do meio em que está inserido.

Para que possa construir a referida proposta, é necessário que a escola,

reconhecendo sua história e a relevância de sua contribuição, façamos uma autocrítica

e busquemos uma nova forma de organização dos trabalhos pedagógicos que resultem

na redução de qualquer efeito de fragmentação que muitas vezes geram conflitos e

contradições. Para tal, apresenta como característica a participação, que determina a

autonomia da escola, contando com a solidariedade entre os agentes educativos e o

estímulo à participação de todos buscando o bem comum, dentro da concepção de

mundo, de sociedade, de homem e de educação.

Sendo assim, é diante desta visão de organização de trabalhos e metas que

elaboramos coletivamente o Projeto Político Pedagógico, sendo discutido, decidido e

planejado pelos diferentes segmentos da comunidade escolar, buscando mudar a visão

separatista entre concepção e execução, entre o pensar e o agir e a distância entre a

teoria e a prática.

A LDB, Lei nº 9394/96, prevê no seu art. 12, inciso I, que “os Estabelecimentos

de Ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a

incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Esse preceito legal está

sustentado na ideia de que a escola deve assumir, como uma de suas principais

tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa.

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169De acordo com as orientações da SEED e com base na supracitada lei, o ensino

deverá estar voltado para a aquisição dos conteúdos historicamente acumulados, que

situem o educando como sujeito produtor de conhecimentos, participante do mundo do

trabalho, crítico, reflexivo e capaz de mudar a realidade a sua volta.

É necessário sintonizar o processo de avaliação com a finalidade do objeto

avaliado. O processo educacional desenvolvido, ainda que haja especificidade e

particularidade de cada instituição de ensino, busca, dentre outras, algumas finalidades

comuns como: construir significado ao conhecimento científico e cultural existente;

contribuir para a formação de cidadãos críticos, autônomos e socialmente participativos;

trabalhar na perspectiva da formação integral envolvendo os aspectos cognitivos,

emocionais e de sociabilidade; estimular a atitude investigativa e de pesquisa. Sendo

assim, educam-se os alunos para que sejam: - autônomos em sua aprendizagem e em

seu desenvolvimento humano; - produtores de conhecimento crítico e significativo; -

conscientes de sua singularidade e subjetividade e compromissados com o coletivo. Se

é nesta perspectiva que se educa nas escolas, é com esta mesma perspectiva que a

avaliação deve ser praticada. In: Cadernos Temáticos – Avaliação Institucional

Ao ser discutido e elaborado o Projeto Político Pedagógico torna-se visível a

preocupação da comunidade escolar em assumir a garantia de um ensino de qualidade,

buscando sempre as soluções dos problemas e propiciar o acesso à educação

essencial.

Desta forma, a ação fundamental para nortear a organização do trabalho da

escola é a construção da Proposta Pedagógica assentada na concepção de sociedade,

educação e escola que vise a emancipação humana, reforçada no esforço integrado e

organizado da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a

ação educativa visando atingir os objetivos por ela pormenorizados, que não dispensa

uma reflexão sobre o homem a ser formado, a cidadania e a consciência crítica.

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1708.2. PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

As instâncias colegiadas têm momentos privilegiados para acompanhar o PPP,

pois é possível durante as reuniões reservar um espaço de discussão e

acompanhamento e assim serão ouvidos os diferentes segmentos da comunidade

escolar. Diante disso serão possíveis novos direcionamentos, mais eficazes pois todos

estão sendo ouvidos.

A cada reunião ou espaço pedagógico colegiado (pelo Conselho Escolar,

Conselho de Classe, APMF, comunidade escolar, Grêmio Estudantil e outros), seja em

hora atividade, intervalos, grupos de estudos, que reúnam profissionais da educação

com interesses voltados para melhorar a qualidade de ensino, estará oportunizando

ideias, sugestões que norteiam, da melhor forma possível, o desenrolar da organização

do trabalho pedagógico.

8.3. PERIODICIDADE DO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP.

Esta proposta deverá ser avaliada durante todo o processo de elaboração,

construção, implementação e efetivação de suas atividades e modificado conforme as

necessidades decorrentes do dia a dia escolar, pois é um plano inacabado, flexível e

sujeito às mudanças.

Apesar do acompanhamento do PPP ser constante as alterações serão anuais.

8.4. PDE

Visando a Formação Continuada dos professores a SEED implantou o PDE,

para que os professores tivessem a amplitude do projeto de pesquisa e pudessem

aplicá-los na realidade escolar.

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171O primeiro professor a conseguir realizar essa proposta de formação

continuada foi na área de Educação Física e diante dos estudos feitos e das

observações concluiu que os alunos estão desmotivados, os professores

descomprometidos com o ensinar, muitos vícios por parte dos alunos e professores na

disciplina de Educação Física que só pensam em jogar a bola e não se interessam em

conhecer culturalmente as ações da prática ou mesmo a evolução dos esportes através

da história. Mas apesar de todos os problemas enfrentados está valendo a intervenção

pedagógica junto aos alunos de 5ª a 8ª séries, pois está-se tratando de um tema muito

complexo que é a avaliação para desenvolvê-la na prática, mas não só na disciplina de

Educação Física, mas também na escola como um todo. Com todas as dificuldades

encontradas, conseguimos superar e tornar positiva a intervenção, pois trabalha-se o

coletivo e pauta-se nos dizeres do ex-técnico da seleção brasileira Felipe Escolari “...

que é ter sensibilidade aguçada e sempre dedicado ao coletivo e não nos acanharmos

em aprender a aprender , aprender a aprimorar, aprender a re-aprender, aprender a re-

começar, aprender a ensinar e assim fomentar a melhoria da avaliação formativa e

contínua na busca de resultados coerentes e reais”.

O segundo estudo pelo PDE foi conseguido por uma professora pedagoga

que está afastada e é na área de “Formação Continuada”. Seus estudos ainda não

forma concluídos.

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1729. BIBLIOGRAFIA

2º Prêmio Educar para a Igualdade Racial. Experiências de Promoção da

Qualidade Racial Étnica do Ambiente Escolar. CEERT (Centro de Estudos das

Relações de Trabalho e Desigualdades).

ARROYO, Miguel Gonzáles. Indagações sobre currículo: Educandos e

educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria

de Educação Básica, 2007.

CAPELO, M. Regina Clivati - (UNOESTE Universidade do Oeste Paulista)

COLÉGIO ESTADUAL MARQUES DOS REIS – EFM. Regimento Escolar.

Jacarezinho, 2008.

ESTADO DO PARANÁ. Deliberação nº 04/06. Conselho Estadual de Educação:

Paraná, 2006.

GANDIM, Danilo. Prática do planejamento. 11ª edição

LEI Nº 11.645 DE 10 DE MARÇO DE 2008. Estabelece as diretrizes e base da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Brasília: Presidência da República, 2008.

LEI Nº 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Estágio não obrigatório para

alunos do Ensino Médio. Brasília: Presidência da República, 2008.

PIMENTEL, Selma Garrido. Saberes Pedagógicos e atividades - 3ª Edição.

REVISTA GESTÃO EM REDE. Tutoria é alternativa para superar dificuldades

de aprendizagem. Curitiba: CONSED, Ag. 2008.

REVISTA NOVA ESCOLA. A sociedade em busca de mais tolerância. São

Paulo: Editora Abril, Out. 2006.

REVISTA NOVA ESCOLA. Como acompanhar a educação dos seus filhos.

São Paulo: Editora Abril, Dez. 2008.

Page 173: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

173SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Cadernos

Temáticos – avaliação institucional. Curitiba, 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos .

Curitiba, 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. O que são critérios de

avaliação? Curitiba: CGE/CADEP, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Os desafios

educacionais contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na

organização da Proposta Pedagógica Curricular e a especificidade da escola

pública. Curitiba: SEED/CGE, 2008.

SEED-PR. Cadernos Temáticos (Lei nº10.639/03) - A inserção dos

conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos

escolares. Curitiba, 2005

VEIGA, Ilma Passos A. (Org.). Projeto Político Pedagógico. São Paulo:

Papirus, 2005.

10. ANEXOS

10.1. Cópia da ata de aprovação do Projeto Político Pedagógico pelos membros do

Conselho Escolar.

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175

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176

2ª Parte

PROPOSTA CURRICULAR

INTRODUÇÃO

Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor,

Mas lutamos para que o melhor fosse feito.

Não somos o que deveríamos ser,

Não somos o que iremos ser,

Mas, graças a Deus,

Não somos o que éramos.

(Martin Luther King).

A presente Proposta Curricular foi e, está sendo, um excelente momento

de reflexão por parte da equipe docente e pedagógica, sobre quais conteúdos, como,

quando e o que devemos ensinar a nossos alunos. Construir essa proposta é ir além do

livro didático, é construir novos instrumentos de ensinagem, e em consequência de

aprendizagem, buscando novas passagens, alternativas para que efetivamente o aluno

aprenda.

Esse momento pode-se dizer ainda, que está concluindo, se é que

podemos dizer concluindo, todo um processo de resgate da escola pública paranaense,

primeiro a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, o qual voltamos para

nossa realidade e construímos a nossa proposta para a escola, e nesse segundo

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177momento, após um grande estudo por parte dos professores estaduais do Paraná,

findou-se nas Diretrizes Curriculares, estamos construindo a Proposta Curricular para

as escolas, tendo por base o documento anteriormente citado, construído pelos

professores do Paraná.

Com essa Proposta Curricular visamos eliminar as barreiras que impedem

a construção de uma escola para todos e re-orientar o trabalho docente neste

estabelecimento de ensino, através da gestão compartilhada e da redemocratização do

ensino.

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Proposta Pedagógica Curricular de Ciências

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua

complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das

ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de

natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal

afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e

alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto

estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas

ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências

matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos

conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os seres

humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de

condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a

Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores

produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o

trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do

conhecimento científico, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza,

de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.

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179Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao

conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é

produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.

Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa

identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e

compreendê-la, nos diversos momentos históricos.

Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962)

contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento

científico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com

modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados

fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do

desenvolvimento do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e

novo espírito científico.

No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard

(1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento

científico.

Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base

em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da

natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade

até fins do séc. XVIII.

RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a

divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e

pelas divindades o ser humano expressava o entendimento do mundo natural sob o

ponto de vista “de um mundo divino operando no mundo da natureza” .

Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de

modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da

Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.

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180A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo natural e do

seu relacionamento com o homem.

Modelo construídos a partir de observações realizadas diretamente sobre os

fenômenos da natureza, permitiram ao ser humano afastar-se do mythos e aproximar-

se da physis.

Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a

partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções

imutáveis e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover

e se combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade de sistemas

maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas.

Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e

eterno, composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à

Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo

geocêntrico. A explicação para a dinâmica do Universo, sistematizada por Aristóteles,

pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da

lua, dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera

da Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).

Contemporâneos de Aristóteles, como por exemplo, Aristarco de Samos (século

III a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de entendimento dos movimentos

dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo, propunha-se o Sol como centro

do Universo, regido por movimentos circulares (modelo heliocêntrico).

Provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito à

descrição das partes anatômicas, ao modo indutivo de atribuir funções aos órgãos

(modelo organicista) e à organização dos seres vivos presentes na natureza. Tais

tradições preocupavam-se em identificar e organizar os seres da Escala Natural 1,

privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas

anatômicas e comportamentais.

1 Escala Natural corresponde à classificação dos seres vivos com base num gradiente de perfeição entre coisas inanimadas, plantas, animais inferiores, humanos, anjos e seres espirituais (FUTUYMA, 1993).

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181Os critérios para identificação e organização permaneceram como base do

sistema de classificação dos seres vivos até os séculos XVII e XVIII, quando a grande

diversidade de espécies coletadas em diferentes regiões do planeta não permitia mais

tal organização com base somente nesses critérios. Nesse sentido, os seres vivos

passaram a ser vistos não mais como imutáveis e integrantes de uma natureza estática

(modelo fixista), mas mutáveis, evolutivos, integrantes de uma natureza dinâmica

(modelo evolutivo).

O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos

do corpo humano (modelo organicista) Aristóteles, por exemplo, acreditava no coração

como sendo o centro da consciência e no cérebro como o centro de refrigeração do

sangue. Esse modelo organicista passou a sofrer interferências das relações

provenientes do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a

mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do

organismo (modelo mecanicista). Tal modelo foi sistematizado pelos anatomistas do

século XVI, entre eles, o médico Willian Harvey (1578-1657).

O modelo mecanicista, utilizado pela ciência até os dias atuais para explicar o

funcionamento dos sistemas do organismo, superou o modelo organicista, pois

comparava, por analogias, o corpo humano às máquinas. Por exemplo, a analogia do

coração com uma bomba hidráulica e o funcionamento do sistema respiratório com a

ideia de combustão.

Relacionado à ideia de combustão, partia-se do princípio que o ar era necessário

para manter o “fogo da vida”. Posteriormente, dentre as novas ideias sobre o assunto,

surgiu a do flogisto ou o “princípio do fogo”, que se relacionava a uma vasta gama de

fenômenos dentre eles a combustão e a respiração.

As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do século XVIII, marcaram

um importante momento para a ciência porque contribuíram para superar as ideias do

flogisto que levaram a novas pesquisas científicas, culminando com a reorganização de

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182toda nomenclatura à luz dos estudos voltados à nova teorização dos átomos e à

química orgânica, no século XIX.

A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,

principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a

cura de todas as doenças (RONAN, 1997c). Outra interpretação da finalidade da

alquimia relacionava-a com uma prática de investigação a respeito da constituição da

matéria para dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal

interpretação foi superada no século XVIII.

No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período

histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é

constituído para a compreensão da Natureza.

No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano

de investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento

científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.

No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo

como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as

evidências de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a

transformação da matéria e a conservação de energia.

Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição

da matéria, desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa

matéria na Natureza. Tais estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da

conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza

ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à ideia de criação e destruição e

estabeleceu modelos de transformação da energia na Natureza.

Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano”

influenciaram fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades”

mecanicistas para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o

movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação.

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183O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho

científico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma

elite intelectual que as acessava por meio dos cursos universitários.

No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período

fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de

divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços

científicos.

A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não

só por educadores em ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm

tido uma grande abrangência. Nesse sentido, torna-se importante discutir os diferentes

significados e funções que se têm atribuído à educação científica com o intuito de

levantar referenciais para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional

que visem analisar o papel da educação científica na formação do cidadão.

Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no

compreender a função social da ciência.

Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de seus

conteúdos de forma neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem há

como discutir a função social do conhecimento científico sem uma compreensão do seu

conteúdo.

Adota-se a diferenciação entre alfabetização e letramento, pois na tradição

escolar a alfabetização científica tem sido considerada na acepção do domínio da

linguagem científica, enquanto o letramento científico, no sentido do uso da prática

social, parece ser um mito distante da prática de sala de aula. Ao empregar o termo

letramento, busca-se enfatizar a função social da educação científica contrapondo-se

ao restrito significado de alfabetização escolar.

Letramento científico, nessa perspectiva, consiste na formação técnica do

domínio das linguagens e ferramentas mentais usadas em ciência para o

desenvolvimento científico. Para isso, os estudantes deveriam ter amplo conhecimento

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184das teorias científicas e ser capazes de propor modelos em ciência. Isso exige não só o

domínio vocabular mas a compreensão de seu significado conceitual e o

desenvolvimento de processos cognitivos de alto nível de elaboração mental de

modelos explicativos para processos e fenômenos.

Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes

ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.

O ensino de Ciências deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados,

de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências.

Essas inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência

atividade humana).

É necessário ensinar ciências para contribuir para a formação do aluno quanto:

conhecimento do conteúdo científico e habilidade em distinguir ciência de não-ciência;

compreensão da ciência e de suas aplicações; conhecimento do que vem a ser ciência;

independência no aprendizado de ciência; habilidade para pensar cientificamente;

habilidade de usar conhecimento científico na solução de problemas; conhecimento

necessário para participação inteligente em questões sociais relativas à ciência;

compreensão da natureza da ciência, incluindo as suas relações com a cultura;

apreciação do conforto da ciência, incluindo apreciação e curiosidade por ela;

conhecimento dos riscos e benefícios da ciência.

A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:

Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,

Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem

nos modelos construídos a partir da investigação da Natureza.

Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os

conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais

que originaram sua construção.

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185Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção

científica não deve ser entendida como uma verdade absoluta.

Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as

questões sociais e ambientais.

Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com

obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações

conceituais, interdisciplinares e contextuais.

Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer

da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados

para estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de

aprendizagens anteriores e o que aprende de novo.

Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais; superando a construção fragmentada do

conhecimento.

Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos

corpos (Matéria); a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas

Biológicos); a conservação e transformação de energia (Energia); o conceito de

biodiversidade (Biodiversidade).

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1862. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª série – Ensino Fundamental

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Universo – Galáxias, Movimento do Universo.

Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.

Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas

atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,

pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.

Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.

Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.

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1875. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies,

comunidade, populações.

Sistemática – Classificação dos seres vivos.

Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas (introdução).

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,

fósseis, efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases,

fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras

de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

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188RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia,

contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: joias, relógios e outros,

mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas,

desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo,

conservação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global,

biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o

ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro,

fauna brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos ecossistemas,

desmatamento, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de voo, aquecimento

global, saneamento básico, questões de higiene, alimentos transgênicos, aterro

sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, forno micro-ondas,

lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola,

microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,

baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação

ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

6ª série

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua,

constelações, dias e noites.

Astros – Constituição físico-química dos astros.

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189

2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do

surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto

terrestre,núcleo terrestre, estrutura química da célula.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,

fotossíntese, reserva energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos,

órgãos e sistemas animais e vegetais,

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica

Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas

ectotérmicos, sistemas endotérmicos.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, diversidade das espécies,

extinção

de espécies.

Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,

populações.

Ecossistemas – Eras geológicas.

Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia

alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.

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190Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento

da vida, geração espontânea.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de

ozônio, a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energias

renováveis e não renováveis, Ilhas de calor, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras

de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da

água, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo

para agricultura, contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores

hidráulicos, lixo e o ambiente, unidades de conservação, ocupação da mata atlântica,

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191exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das

araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas,

desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e

pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos

químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e

ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,

dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos,

automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia,

interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização, comercialização

da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição,

questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico,

medicamentos, influência da alimentação na saúde,

aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez

precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes

de trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre

outras.

7ª série

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de

coordenadas, a esfera celeste e suas coordenadas.

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192Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo

( Teorias Cosmogônicas).

2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria - Conceito de matéria.

Propriedades da matéria – Massa, volume, densidade, compressibilidade,

elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade,

ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza,

tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese,

reserva energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais,

estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de

diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos

de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes

grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema digestório,

sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa,

energia

nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.

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5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases,

fontes de energias renováveis e não renováveis, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras

de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e

degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica,

biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo

homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de

comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e

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194soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia

e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia,

melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sanguíneos,

transfusões e doações sanguíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise,

terapia gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas,

métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, reprodução humana

assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e

questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,

educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

8ª série

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,

meteoritos, cometas.

Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria – Átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons,

ligações químicas das substancias, reações químicas, funções químicas inorgânicas,

ácidos, sais, bases, óxidos, lei da conservação da massa, compostos orgânicos.

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3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial , sistema

reprodutor , sistema endócrino, sistema nervoso.

Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos,

gene,

DNA, RNA, mitose, meiose.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Conversão de Energia – Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria, eletro

magnetismo, conversão de energia potencial em cinética, movimentos, velocidade,

aceleração, colisões, trabalho, potência,

Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão

de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de

forças.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações

intraespecíficas.

Os conteúdos específicos de 5ª a 8ª séries estão presentes nos conceitos

fundamentais de Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um

conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor,

garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos

da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações,

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196envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de

conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações

conceituais, interdisciplinares e contextuais.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis,

Ilhas de calor, máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras

de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável,

elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica,

óculos, telescópios , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na

produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, influência da

alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização

Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica,

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197dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes

e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e

fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,

instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno micro-ondas, lâmpadas,

chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-

falante, para-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e

questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,

educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –

história e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos

indígenas, Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.

Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica , lei 11.645/03/08 que integra

a História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e

Médio.

3 - METODOLOGIA

Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de

Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para

que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que

permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma

aprendizagem prazerosa e eficaz.

A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é

incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele

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198a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica

ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de

significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de

associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser

aprendido não consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de

aprendizagem mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem

interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa

decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em

primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser

memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica.

Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente

significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o

significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado

psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem

dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.

Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso

trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho

pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica

dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos

disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de

aprendizagem para um bom resultado final.

Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais

tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos,

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199assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e

a atividade experimental.

Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos

instrucionais, dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento

cognitivo dos estudantes.

Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no

processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das

concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de

ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.

Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de

forma bem articulada os seguintes itens:

· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,

quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais

são

fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma significativa

para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura

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200científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico.

Abordagem problematizadora

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um

novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo

dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A

problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas

dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações significativas

apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, realizaremos a

problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento

científico escolar para resolver os problemas apresentados.

Relações contextuais

Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto

histórico e geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com os

interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção para que o

conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode ser

um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo

à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A

contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a

opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.

Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares

das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta

aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que

fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a

abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do

conhecimento.

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201

Relações interdisciplinares

A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que

muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros

conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os

tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se

estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são

incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações

interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos de

outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o

conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.

Pesquisa

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento.

Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação

desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada

na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam

atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao

organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu entendimento

sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o

aluno deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica

do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.

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202Divulgação científica

A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos

e nós, professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior

aprofundamento de conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando

em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a

linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser

utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:

1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br

2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional –

Disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).

3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da

Editora Duetto – Disponível em www.sciam.com.br

4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação –

Disponível em www.mec.gov.br

Atividade em grupo

No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências,

apresentar suas proposições aos outros alunos, confrontar ideias, desenvolver espírito

de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências

dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de

conhecimento pelo estudante.

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203Observação

A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por

outro lado, permite que nós, professores, perceber as dificuldades individuais de

interpretar tais fenômenos, devido à falta de atenção e as lacunas teórico-conceituais.

Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina,

pois o aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de

resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação

possibilita.

Atividade Experimental

A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se

como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós,

professores, de forma a desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de

investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço

possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços

pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.

Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações

e se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto,

propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das

aulas teóricas.

Recursos instrucionais

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser

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204usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e

na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente

significativos para sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa

e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos

por elementos extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da

interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar

sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no

momento da aula, seja no momento da avaliação.

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas

a serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter

estruturas diversas, pois ultrapassam a ideia de serem apenas sínteses conceituais.

Lúdico

O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se

de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o

interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas

habitualmente por nós, professores. O lúdico permite uma maior interação entre os

assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de

percepções e re-estruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será

considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária do

aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos

recursos utilizados como apoio.

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205

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser

contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

INSTRUMENTOS

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à

concepção de avaliação contínua e formativa.

Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno,

então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de

ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.

INSTRUMENTO 1

ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS

A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos

a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio

do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas

situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os

critérios de avaliação.

Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual

apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à

faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o

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206foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a

ampliação dos horizontes de conhecimento.

Critérios de Avaliação

Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os

conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada

disciplina.

Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:

houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto

por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o

conhecimento de forma adequada;

foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

INSTRUMENTO 2

PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica,

constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno

o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando.

Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir

esse conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.

O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso

requer que tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros

quanto periódicos ou outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para

nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou

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207textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno

tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que

se propõe ao aluno.

Passos para uma consulta bibliográfica:

1.Contextualização

Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço /

temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.

2. Problema

Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de

forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o

problema.

3. Justificativa

Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e

professores encontram-se inseridos.

4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica

É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve

remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os

adequadamente.

Critérios de avaliação:

Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão

atendendo as orientações.

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208INSTRUMENTO 3

PRODUÇÃO DE TEXTO

As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a

linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de

linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é

sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.

Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que

solicitaremos aos nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e,

desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como

dizer, interlocutores para quem dizer.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na

verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma

função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”.

Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem

e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa

abrangência maior de esferas de atividade.

Na prática da escrita, há três etapas articuladas:

•planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;

•escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;

• revisar, re-estruturar e re-escrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.

Critérios de avaliação:

Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidade, etc.);

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209

Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);

Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes

graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em

termos de léxico, de estrutura;

Elaborar argumentos consistentes;

Produzir textos respeitando o tema;

Estabelecer relações entre as partes do texto;

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

INSTRUMENTO 4

PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL

A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão

do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a

organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um

trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada

em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação

Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de

um conteúdo).

Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:

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210

Conhecimento do conteúdo;

Argumentos selecionados;

Adequação da linguagem;

Sequência lógica e clareza na apresentação;

Produção e uso de recursos;

INSTRUMENTO 5

Atividades Experimentais

São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação.

São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que

está ocorrendo.

Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro,

o acaso, a intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados

ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do

conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.

É fundamental, que o experimento seja significativo no contexto daquele

conhecimento com o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta

significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito

mais do que com a sofisticação dos equipamentos.

A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua

compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já

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211construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre

outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente dos materiais,

só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas.

Não conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas

atividades forem apenas eventuais.

A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para

que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos irá utilizar. O registro das

hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para avaliarmos

juntos a atividade.

Critérios de avaliação:

1)quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,

2)do conceito a ser construído ou já construído,

3)a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre

outras possibilidades.

INSTRUMENTO 6

PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO

O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas

alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a

construção de conhecimentos e para a formação dos nossos alunos como agentes

sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o trabalho de campo

como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação

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212investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica

que possibilita a formulação de noções ou conceitos; a realização das ações,

notadamente no trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer,

refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo

de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de

protagonista da própria aprendizagem.

Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca

de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência

educacional insubstituível.

Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:

Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante

como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante

investigar os interesses dos alunos e suas expectativas;

Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;

Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,

questionamentos ou problematização;

Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;

Definir o material necessário para a pesquisa de campo;

Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;

Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado,

concluindo assim o trabalho prático.

O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos

alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em

relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.

A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis,

produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos

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213avaliaram sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade

de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.

Critérios de avaliação:

•Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de

campo.

INSTRUMENTO 7

Relatório

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os

relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da

comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a

reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi

desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre

outras.

O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou

desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados

podem-se extrair deles.

Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades

desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.

O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou

procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados

obtivemos.

São elementos do relatório:

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2141. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao

relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do

conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não

pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito

do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações

interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar

tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É

importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os

procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram

origem à atividade em questão.

•Considerações Finais: Neste item do relatório será possível

observar se a atividade desenvolvida foi significativa na construção

do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados

obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da

atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar

ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus

objetivos, a aprendizagem alcançada.

Critérios de avaliação:

− Avaliaremos analisando os elementos do relatório.

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215INSTRUMENTO 8

Seminário

O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa,

a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde

cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.

A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as

explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato

direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.

Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se

fossem aulas expositivas dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados

em livros. Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela

equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com

especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em

público, ordene as ideias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e

fale aos colegas com seriedade.

Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte,

pois podemos cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se

expressar. É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com

valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante

que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas

réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos

utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos

trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções

dos integrantes do grupo que assistem à apresentação.

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216 O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde

falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com

os alunos na ocasião em que o seminário for proposto.

Critérios de avaliação:

a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;

a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);

a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;

os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;

a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste à

apresentação.

INSTRUMENTO 9

DEBATE

É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos

tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso

garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do

debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em

possíveis critérios de avaliação:

1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos

divergentes;

2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;

3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;

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2174. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;

5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível

entre as posições dos participantes;

6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate.

Além disso, o debate nos possibilita avaliar:

•- o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;

•- o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;

•- a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o

conteúdo da disciplina.

INSTRUMENTO 10

Atividades com textos literários

Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre

várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo

discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como

metáfora do que está sendo exposto.

O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua

efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de

questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no

que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a

linguagem utilizada.

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218Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa

disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou

expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.

A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:

a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;

a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário

lido.

o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.

INSTRUMENTO 11

Atividades a partir de recursos Audiovisuais

Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que

podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a

nossa pesquisa sobre o recurso a ser levado para os alunos.

Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo

abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem

específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização

do conteúdo cabe a nós, professores.

As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar,

entre outros critérios:

•a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;

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219•a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual;

•o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;

INSTRUMENTO 12

TRABALHO EM GRUPO

O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos,

na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de

aprendizagem.

A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas

envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de

atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o

conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua

aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que

acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as

atividades.

Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de

formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se

como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo.

Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para nós, são

socializadas no grupo.

O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam

elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos

e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:

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2201 Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na

produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;

2 Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua

relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

INSTRUMENTO 13

QUESTÕES DISCURSIVAS

Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam

verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.

Uma questão discursiva nos possibilita avaliar o processo de investigação e reflexão

realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além

disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior

clareza o erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que

tem no processo de construção do conhecimento.

Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas

características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo

abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que

escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser

considerados:

Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta

compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o

próprio enunciado carece de clareza e objetividade.

Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi

adequada.

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221Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa.

Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.

Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma

clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau

de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que

constituem o processo de avaliação.

INSTRUMENTO 14

QUESTÕES OBJETIVAS

Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação,

nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal

objetivo é a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,

usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do

que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão devemos definir o grau de

dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer

injustiças.

A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de

conhecimentos adquiridos.

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2225 - REFERÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º

Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da

Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental - 2008

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de

Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação

em Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como

prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.

Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl,

Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.

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223Proposta Pedagógica Curricular de Física

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Entende-se que o ensino da Física deve estruturar os conhecimentos que

permite a compreensão dos fenômenos físicos, com redução da ênfase na formulação

Matemática, sem perder a consistência teórica. Vendo a importância da compreensão

da evolução dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea,

lembrando que a física é uma ciência em processo de construção e tem como objeto

de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por isso a disciplina de Física

propõe aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos de evolução

cósmica, investigar os mistérios do mundo macroscópico e microscópico das partículas

que compõe a matéria, ao mesmo tempo permitindo desenvolver novas fontes de

energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias com suas transformações,

evoluções e interações.

Os conteúdos e conceitos abordados nesta proposta tem como finalidade fazer

com que o aluno compreenda a produção do conhecimento científico que é parte da

cultura humana.

Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte

do cotidiano do aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis

relações entre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia as diversas

transformações culturais, sociais e econômicas.

Abordar o uso da história da ciência pode ajudar os professores a encontrar

estruturas das concepções espontâneas de seus alunos. O conhecimento do passado,

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224as ideias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência

como parte da realidade que se relaciona com outras atividades humanas e transformar

a Física em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as ideias espontâneas e o

conhecimento científico. Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e

enfatizando todo seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade que

cada turma demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de

pesquisa.

Justificando os conteúdos e conceitos nessa proposta tem-se por finalidade

fazer com que o aluno compreenda que a produção do conhecimento científico é parte

da cultura humana. Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento

científico, e faz parte do cotidiano do aluno. Por isso, é importante no conhecimento de

Física buscar-se o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da

ciência e da tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e econômicas.

Construir um conhecimento centrado em conteúdos e metodologias capazes de

levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que a

ciência não é algo pronto ou acabado e sim fruto de muitos estudos, pesquisas de

conceitos, leis, teorias e modelos já antes vistos por outros cientistas precursores e

agora dando continuidade aos seus trabalhos e análises.

Desenvolver uns sujeitos críticos, capazes de admirar a produção científica e

compreender a necessidade desse conhecimento para entender o universo de

fenômenos que o cerca, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e

culturais dessa disciplina.

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225

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e enfatizando todo

seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade em que cada turma

demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de pesquisa.

Dentro dessa abordagem observamos que esses conteúdos podem ser trabalhados nas

diferentes séries de Ensino Médio alterando a sua amplitude, profundidade e contexto.

MOVIMENTOS:

Momentum e inércia

Conservação da quantidade de movimento (momentum)

Variação da quantidade de movimento = impulso

2a. Lei de Newton

3a. Lei de Newton e condições de equilíbrio

Gravidade

A energia e o principio da conservação da energia

Variação/transformação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência

Fluidos

Oscilações

TERMODINÂMICA:

Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica

1a. Lei da Termodinâmica

3a. Lei da Termodinâmica

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226ELETROMAGNETISMO:

Carga, corrente elétrica, campo.

Força eletromagnética

Equações de Maxuwell:( lei de Gauss (lei de Coulomb para eletrostática), lei de

Ampére , lei de Gauss magnética, lei de faraday)

Óptica

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas

referentes a Lei nº 11.645/2008 e 10.639/2003 que trata da História e Cultura Afro-

Brasileira Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural

e racial reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

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2273 - METODOLOGIA

O processo de ensino aprendizagem de Física deve partir do conhecimento

prévio e contexto social dos alunos, a dialética e a construção do conhecimento

científico a partir do conhecimento prévio dos alunos, deve se dar de maneira

contextualizada, utilizando a pesquisa e investigação como instrumentos de

aprendizagem, acompanhando a evolução das ideias e conceitos dos mesmos,

reconhecendo assim que a Física é uma ciência em construção, propriamente uma

construção histórica da humanidade, e assumindo que esse conhecimento científico é

um objeto construído e produzido nas relações sociais e econômica e no cotidiano,

contribuindo para o desenvolvimento tecnológico. Para isso os conteúdos serão

abordados de acordo com a capacidade cognitiva do aluno possibilitando que se

aproprie do conhecimento científico relacionando ; Senso comum – teoria, leituras de

textos complementares; leituras de textos científicos e produção de textos, pesquisas.

Experimentos com materiais de laboratório e materiais trazidos pelos alunos –

jornais, revistas e materiais recicláveis que possam ser utilizados para experimentos,

pois a experimentação no ensino da Física é uma importante metodologia de ensino

que contribui para fazer a ligação entre a teoria e a prática auxiliando na construção de

conceito e conhecimento científico.

Utilização da TV multimídia, filmes, musicas, e materiais gráficos diversos e

relatórios de experiências.

O saber matemático não pode ser um pré-requisito para o ensino de Física, é

uma ferramenta importante, mas não um método de ensino. É preciso localizar os

conteúdos a serem trabalhados num contexto social, econômico, cultural e histórico

usando a interdisciplinaridade.

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228

4 - AVALIAÇÃO

Avaliação processual e formativa de maneira contínua, utilizando questões

que fazem parte do cotidiano do aluno facilitando ao professor uma avaliação detalhada

do processo de construção do conhecimento, pois possibilita que o professor verifique

a integração do aluno com o conteúdo, os erros conceituais, a capacidade de reflexão e

clareza ao expor suas ideias buscando a construção do conhecimento científico e

raciocínios argumentativos.

No ensino de Física ao avaliar deve-se considerar a apropriação do conteúdo

pelos estudantes, considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos

históricos, conceituais e culturais, a evolução das ideias e a não neutralidade da

ciência.

5 - BIBLIOGRAFIA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro

Didático Público de Física – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Física – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR,

2008.

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229Proposta Pedagógica Curricular de Química

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Química tem como objeto de estudo as transformações químicas

que ocorrem no mundo de forma abrangente e integrada, possibilitando a compreensão

tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento e suas

implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua volta e

aprender com eles, a química já estava presente, embora não apresentasse caráter

sistematizado do conhecimento.

A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir desta o

ser humano apresentou outras necessidades, tais como: comunicação, adquirir

conhecimento do processo de cozimento necessário a sobrevivência, fermentação,

tingimento, e também os elementos envolvidos para realizar cálculos e para as

transformações.

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria

e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades

humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio

do processo de cozimento.

Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser

relembrados como forma de entender a constituição desse saber, entre eles a alquimia.

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230 O acesso aos conhecimentos químicos pela população era considerado

fundamental para a transformação social. Outros objetivos, de caráter mais amplo,

também norteavam o ensino de química, tais como: preparar o educando para a

democracia e elevar sua capacidade de compreensão em relação aos determinantes

políticos, econômicos e culturais que regem a sociedade em determinado período

histórico, para então atuar no mundo do trabalho.

No ensino da química é essencial que os conteúdos sejam abordados de forma

consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a química, a tecnologia e

a sociedade. Por meio dessa abordagem poderá proporcionar condições para que os

sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na

compreensão de seu papel frente às demandas sociais.

A química tem papel essencial na formação e transformação do sujeito, pois

está ligada à vida, é uma ciência que leva ao estudo das substâncias materiais e suas

transformações, portanto deve ser apresentada ao estudante no sentido de possibilitar

o entendimento do mundo, levando-o a pensar criticamente e refletir sobre o mesmo,

fazendo-o a pensar criticamente e refletir sobre as razões dos problemas de ordem

ecológica, ambiental, e do próprio conhecimento científico, despertando assim a

curiosidade e o interesse pela descoberta.

Os conteúdos no ensino da química serão norteados pela construção e

reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculados a contextos

históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.

Com as Diretrizes o ensino da Química deve ser um ato reflexivo, bem como

possibilitar novos direcionamentos e abordagens da prática docente no processo

ensino-aprendizagem para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos

químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.

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231 O ensino de Química tem como objetivos:

l Levar o aluno a compreender o processo de criação científica, conduzi-lo a

entender os princípios, as leis, as teorias e analisar os conhecimentos

adquiridos, sua aplicação prática, sua relevância social e suas implicações

ambientais. Além disso, utilizar os conhecimentos para interpretar os fenômenos

relacionados a essa ciência e reconhecê-la como criação humana,

compreendendo os aspectos históricos e suas relações com o contexto cultural,

sócio-econômico e político.

· Compreender a evolução do conhecimento químico nos diferentes tempos da

história da humanidade, a fim de estabelecer relações e interações entre as

exigências que culminaram na produção do conhecimento científico.

· Contribuir para formação em diferentes épocas, de novos cientistas, de

cidadãos que pensem lógica e criticamente.

· Desenvolver os conteúdos apresentados com os fatos e fenômenos que

ocorrem no cotidiano;

· Explorar as reações que acontecem na natureza e levam a mudanças físicas e

químicas das substâncias considerando suas propriedades e características;

· Aplicar os conteúdos da química para o desenvolvimento pessoal em nível de

conhecimento e cultura, bem como de um conhecimento de ordem profissional.

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2322 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

· Matéria e sua Natureza

· Biogeoquímica

· Química Sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

· Matéria

· Solução

· Velocidade da Reações

· Equilíbrio Químico

· Ligação Química

· Reações químicas

· Radioatividade

· Gases

· Funções Químicas

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233 De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes a

Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena

através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-

brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda com o propósito de

trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças etno-raciais que

estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando a reflexão crítica,

o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

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234

3 – METODOLOGIA

Os fundamentos teórico-metodológicos do ensino de Química na Educação

Básica, faz-se necessário considerar algumas questões mais amplas que afetam

diretamente os saberes relacionados a esse campo do conhecimento. Assim como

todos os demais saberes, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em

constante transformação.

Acredita-se que o Ensino de Química está voltada à construção e reconstrução

de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula, na perspectiva

conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado. Seja no desenvolvimento de

práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda na busca de

relações da Química com a sociedade e a tecnologia.

Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico

aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as

substâncias e os materiais.

É comum alguns professores de química enfatizarem o trabalho com temas

como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, química ambiental,

poluição, drogas, química da produção, propõem-se que o ponto de partida para a

organização dos conteúdos curriculares sejam estruturantes e seus respectivos

conceitos e categorias.

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235 Os conteúdos serão abordados levando em conta a capacidade cognitiva do

estudante, proporcionando ao mesmo, condições de compreensão do processo de

criação científica.

Serão utilizados textos extraídos de jornais e revistas, para instigar a

curiosidade do estudante, despertar o desejo de aprender e mostra que a Química é

uma ciência extremamente vinculada a realidade, e sempre que possível, lançaremos

mão de observações presentes no dia-a-dia dos estudantes para ilustrar os conteúdos

estruturantes, utilizando uma linguagem simples e acessível que provoque a

observação dos fatos, e a discussão de suas causas e consequências.

Serão realizados experimentos de laboratórios (em sala) que auxiliem na

construção dos conceitos e torne mais fácil, eficiente e agradável o aprendizado de

Química e suas correlações.

Utilizando-se a TV multimídia com seus respectivos recursos de imagens, áudio

e vídeo as aulas certamente serão mais motivadoras e instigadoras, de maneira que

possibilitem ao educando apropriar-se efetivamente dos conceitos e conteúdos

desenvolvidos pelo professor, dando significado e sentido a tudo o que se aprende,

utilizando-se de contextos atuais através desses recursos que possam tornar clara

toda essa aprendizagem.

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236

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações

recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,

portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96, a avaliação

formativa e processual, como resposta as históricas relações pedagógicas de poder,

passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta o

conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de

conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem.

Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Trata-se de um processo de construção e reconstrução de significados dos

conceitos científicos.

A avaliação não será apenas realizada tendo como instrumento a avaliação

formal, mas também outros que possibilitem informalmente várias formas de expressão

e de demonstrarem seus conhecimentos, assim como: leitura e interpretação de textos,

produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas, relatórios,

práticas de laboratório, entre outros.

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237

5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro

Didático Público de Química – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; SOUZA, Gerson de. QUÍMICA &

SOCIEDADE. Nova Geração.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Cadernos

Temáticos. Curitiba: SEED

FELTRE, Ricardo. FÍSICO-QUÍMICA / QUÍMICA ORGÂNICA / QUÍMICA

GERAL. Editora Moderna.

Page 238: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

238Proposta Pedagógica Curricular de História

5.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de História é um espaço para o estudo dos processos

históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os

sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já

as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas

sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de

representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e

politicamente.

A presença da disciplina de História na grade curricular do Ensino

Fundamental e Médio tem como finalidade expressar o processo de produção do

conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada

para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da

compreensão da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não significa

relativismo teórico, mas que, além de existirem várias explicações e/ou interpretações

para um determinado fato, algumas delas são mais válidas historiograficamente do que

outras. Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência histórica em relação ao

seu objeto e a seu método. O conhecimento histórico possui formas diferentes de

explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.

A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações

humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-

históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar,

de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

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239As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, e em concordância com a

mesma também essa proposta curricular, fundamenta-se na ideia de conteúdos

estruturantes das disciplinas escolares. Esses conteúdos são de grande amplitude,

conceitos e práticas considerados básicos e fundamentais para a compreensão de seu

objeto de estudo. Dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos básicos e

específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino-aprendizagem

no cotidiano da escola, objetivando-se através do processo ensino-aprendizagem,

construir junto aos alunos uma consciência histórica que possibilite a compreensão da

realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.

O Ensino da disciplina de História tem como objetivo despertar no aluno a

consciência crítica baseada em conteúdos específicos pertencentes a disciplina

curricular de História, não devendo porém em hipótese alguma descartar os vários

aspectos que a envolvem, econômico, cultural e social, correlacionam a micro e a

macro-história, conflitos em todos os seus aspectos e dimensões, levando o indivíduo a

perceber os vários significados de um mesmo acontecimento e de que formas estamos

inseridos no mesmo. Mostrar o homem e a humanidade como parte integrante e

integrada nas relações humanas, seus êxitos, fracassos, e ainda apontar para

perspectivas futuras.

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2405.2CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo)

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações): memórias e documentos familiares e locais

- o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade, estado, país, mundo)

- a formação do pensamento histórico - os vestígios humanos: os documentos históricos- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos espaços públicos, privados, sagrados - as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriais- as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos,etc.

CONTEÚDOS BÁSICOS

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis- colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território paranaense- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná- os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná- a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná

- o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as teorias sobre seu aparecimento- as sociedades comunitárias- as sociedades matriarcais- as sociedades patriarcais- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas

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241CONTEÚDOS BÁSICOS

3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades religiosas- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná- a produção artística e científica paranaense

- pensamento científico: a antiguidade grega e Europa moderna- a formação da arte moderna- as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada; a terra

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no Paranáa família e os espaço privado: a sociedade patriarcal brasileiraa constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicanoas reservas naturais e indígenas no Brasila reforma agrária no Brasila propriedade da terra nos assentamentos

a constituição do espaço público da antiguidade na pólis grega e na sociedade romanaa reforma agrária na antiguidade greco-romanaa propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas

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242CONTEÚDOS BÁSICOS

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipaiso engenho coloniala conquista do sertãoas missões jesuíticasa Belle Époque tropical modernização das cidades cidades africanas e pré-colombianas

as cidades na antiguidade orientalas cidades nas sociedades antigas clássicasa ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeua constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa Ocidental)as transformações no feudalismo europeuo crescimento comercial e urbano na Europa

CONTEÚDOS BÁSICOS

3) As relações entre o campo e a cidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

as cidades mineradorasas cidades e o tropeirismo no Paranáos engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto

relações campo – cidade no Orienteas feiras medievaiso comércio com o Orienteos cercamentos na Inglaterra modernao inicio da industrialização na Europaa reforma agrária na América Latina no século XX

CONTEÚDOS BÁSICOS

4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a relação entre senhores e escravoso sincretismo religioso(formas de resistência afro-brasileira)as cidades e as doençasa aquisição da terra e da casa própriao MST e outros movimentos pela terraos movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI

a peste negra e as revoltas camponesasas culturas teocêntrica e antropocêntricaas manifestações culturais na América Latina África e Ásiaas resistências no campo e na cidade América Latina e continente africanoa história da mulheres orientais, africanas e outras

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243

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) História das relações da humanidade com o trabalho

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-o trabalho nas sociedades indígenas-Sociedade patriarcal e escravocrata-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia-Remanescentes de quilombos

- a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita- o trabalho assalariado

CONTEÚDOS BÁSICOS

2) O trabalho e a vida em sociedade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império- A busca pela cidadania no Brasil Impérioos saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as tradições- Corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador

- Os significados do trabalho na Antiguidade Oriental e Antiguidade Clássica- As três ordens do imaginário feudal- As corporações de oficio- O entretenimento na corte e nas feiras- O nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor

CONTEÚDOS BÁSICOS

3) O mundo do trabalho

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- a desvalorização do trabalho- o latifúndio no Paraná e no Brasil - a sociedade oligárquico-latifundiária- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as- contradições da modernização

- a produção e a organização social capitalista- a ética e moral capitalista

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244CONTEÚDOS BÁSICOS

4) As resistências e as conquistas de direito

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

- o movimento sufragista feminino- a discriminação racial e linguística (o caipira no contexto do capital)- As congadas como resistência cultural- A consciência negra e o combate ao racismo- Movimentos sociais e emancipacionistas- os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná

- o movimento sufragista feminino- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão- o Luddismo- a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadoresos homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E

CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasila Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesaas irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesao surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no Brasila formação dos sindicatos no Brasilas associações e clubes esportivos no Brasil

a instituição da Igreja no Império Romanoas ordens religiosas católicasas guildas e as corporações de ofício na Europa medievalo surgimento dos bancos, escolas e universidades medievaisa organização do poder entre os povos africanosa formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidenteo surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas)

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245CONTEÚDOS BÁSICOS

2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa-os quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial -a formação do Estado-nação brasileiro -as constituições do Brasil imperial e republicano-a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia-os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário-as empresas públicas brasileiras-a constituição do Mercosul

-o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil-a monarquia e a nobreza na Europa medieval-a formação dos reinos africanos-o Estado Absolutismo europeu-a constituição da república no Ocidente-o imperialismo no século XIX-a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias-a constituição dos dos Estados socialistas e dos Estados de Bem- Estar Social-a formação dos blocos econômicos

CONTEÚDOS BÁSICOS

3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O local e o Brasil A relação com o Mundo

-as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial-as revoltas republicanas na América portuguesa-as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano-as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai-os movimentos republicano e abolicionista no Brasil imperial-o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil-o Brasil nas Guerras Mundiais

-as revoltas democráticas nas pólis gregas-as revoltas plebeias, escravas e camponesas na república romana-as heresias medievais-as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas-as revoltas religiosas na Europa moderna-A conquista e colonização da América pelos povos europeus-as revoluções modernas-os movimentos nacionalistas-as guerras mundiais-as revoluções socialistas no século XX-as guerras de independência das nações

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246-os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)

africanas e asiáticas-os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

1. Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanasTransição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariadoO trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanasAs experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos

CONTEÚDOS BÁSICOS

2. Urbanização e industrialização

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços

CONTEÚDOS BÁSICOS

3. O Estado e as relações de poder

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os Estados teocráticos

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247Os Estados na Antiguidade ClássicaO Estado e a Igreja medievaisA formação dos Estados NacionaisAs metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do capitalismoO Paraná no contexto da sua emancipaçãoO Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)O nacionalismo nos Estados ocidentaisO populismo e as ditaduras na América LatinaOs sistemas capitalista e socialistaEstados da América Latina e o neoliberalismo.

CONTEÚDOS BÁSICOS

4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravosGuerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e RomaRelações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentesRelações de resistência na sociedade ocidental modernaAs revoltas indígenas, africanas na América portuguesaOs quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiroAs revoltas sociais na América portuguesa.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5. Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do sindicalismoA América portuguesa e as revoltas pela independênciaAs revoltas federalistas no Brasil imperial e republicanoAs guerras mundiais no século XX e a Guerra FriaAs revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina

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248Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América LatinaOs Estados africanos e as guerras étnicasA luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na América LatinaA mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6. Cultura e religiosidade

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo.

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes as

Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira

Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

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249Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, História do Paraná, conforme determina a lei nº

13.381/01 e os diversos conteúdos pertinentes as temáticas relativas aos Desafios

Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência, Sexualidade e outros.

5.3 – METODOLOGIA

Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção

da consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com

os seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou

seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto de

estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas

no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de forma

consciente ou não. E ainda, que ultrapasse os limites do livro didático, mostrando que a

História tem diferentes interpretações e as novas descobertas podem validar ou refutar

um conhecimento anterior.

Ao planejar as aulas, o professor deverá problematizar o conteúdo

proposto, a produção do conhecimento histórico, considerando que a apropriação deste

conceito pelos alunos é processual, e deste modo exigirá que seja constantemente

retomado.

O uso da biblioteca é fundamental, e cabe ao professor conhecer o acervo

e orientar os alunos quanto aos procedimentos para se apropriar dos conhecimentos

que estão no livro.

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250Para um ensino significativo busca-se direcionar o trabalho docente de

forma que o mesmo, seja ponte de abordagens a partir do inter-relacionamento e

articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.

Os conteúdos específicos serão encaminhados metodologicamente numa

mesma abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica que oriente

o encaminhamento metodológico nesta proposta, considerando a articulação entre os

conhecimentos.

Os conteúdos devem ser tratados respeitando o nível cognitivo dos

alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação

dos conteúdos específicos por parte dos alunos. Isto deve ser feito numa linguagem

coerente, aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem desses

conteúdos.

O encaminhamento metodológico será feito através de pesquisas,

trabalhos em grupo, montagens de painéis, palestras, aulas expositivas, debates,

estudo de mapas, exercícios, usando como recursos pedagógicos: slides, fitas VHS,

CDs educativos, DVDs, além de atividades que estimulem o trabalho coletivo como:

músicas, desenhos, poesias, dramatizações entre outros.

5.4 - AVALIAÇÃO

Numa perspectiva tradicional é comum avaliar os alunos levando-se em

conta apenas o resultado final, caracterizado pela presença de alunos passivos. A

avaliação há de evitar um modelo excludente de escolarização e de sociedade que a

escola pública tem o compromisso de superar, com vistas à diminuição das

desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade mais justa e humana. Para que

a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de

classificatória para diagnóstica.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos,

poderão revisitar às práticas desenvolvidas até então identificar lacunas no processo de

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251ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que

visem as dificuldades constatadas.

Essa avaliação é também formativa e processual, considerando aspectos

como o conhecimento que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática

social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos

específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo,

ao longo do processo de ensino-aprendizagem.

Nesta perspectiva, a avaliação deve ser colocada a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas, e não como elemento externo a este processo. Assim, o professor precisa

considerar o seu planejamento, a sua prática pedagógica e, as suas intenções ao tratar

os conteúdos específicos por meio de uma abordagem articulada dessas diretrizes. O

aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno

compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo

uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas e

reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Os instrumentos de avaliação serão diversificados para que os alunos

possam expressar os avanços na aprendizagem à medida que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam

defendendo o próprio ponto de vista. Cabe ao professor planejar situações

diferenciadas de avaliação. Tendo como referência os conteúdos de História que foram

estudados em aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência

histórica, seguem alguns pontos a serem observados pelo professor:

- Conteúdos e conceitos históricos apropriados pelos alunos;

- Conceito de tempo construído de forma a permitir o estudo das

diferentes dimensões e contextos históricos propostos;

- Os conceitos históricos foram empregados para analisar os diferentes

contextos;

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252- Compreensão da História como prática social e da qual participam como

sujeitos históricos do seu tempo;

- Compreensão que o conhecimento histórico é produzido com base em

um método da problematização de diferentes fontes documentais;

- Explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que o constituíram;

- Compreensão que a produção do conhecimento histórico pode validar,

refutar, ou complementar a produção historiográfica existente.

A avaliação será contínua ao longo do desenvolvimento dos conteúdos,

considerando-se os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino-

aprendizagem. Respeitando as especificidades da disciplina de História, a avaliação

deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios

estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e

aprendizagem, sendo contínua, levando em consideração o que preconiza a LDB/EN nº

9.394/1996.

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5.5 - REFERÊNCIAS

ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino

Fundamental e Médio. Paraná: SEED, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de História – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -

Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático –

Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.

LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação

Ambiental.

LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.

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Proposta Pedagógica Curricular de Arte

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte faz-se necessária na Educação Básica, pois amplia o

repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e

contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas

representações. Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o

desenvolvimento de uma práxis no ensino de arte, entendida nesta proposta curricular

como a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para esta

disciplina. Nessa perspectiva pretende-se que os alunos possam criar formas

singulares de pensamento, aprender e expandir suas potencialidades criativas.

A arte na escola desempenha um papel social, na medida em que

democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo

enquanto fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua própria nação. Assim

sendo, as práticas educativas da disciplina precisam assumir um compromisso com a

diversidade cultural, reconhecendo-a como patrimônio da humanidade, considerando

desde o repertório de conhecimento do aluno até as produções de grupos sociais que

historicamente foram marginalizados por uma concepção de arte elitista. Partindo

dessa premissa de que a construção de conhecimento em arte acontece por meio de

inter-relação de saberes, entende-se que ao se apropriar de elementos que compõem o

conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética das

diferentes manifestações artísticas, o aluno se torna capaz de refletir a respeito dessa

produção e dos conhecimentos que envolvem esse fazer. Considera-se também como

uma oportunidade de evidenciar talentos, exibir trabalhos ou reforçar o que o senso

comum considera artístico, a fim de serem superadas, possibilitando a ampliação do

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255conhecimento estético presente nas diferentes linguagens e no processo de produção

das manifestações artísticas.

O ensino de arte é um dos modos pelos quais o homem supera no seu

fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos

da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo de humanização, isto

é, de como os seres humanos se constrõem continuamente.

A partir das concepções da arte e de seu ensino, consideram-se alguns

campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo

desta disciplina: O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto

artísticos em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a

percepção articulam-se numa organização que expressam esses pensamentos e

sentimentos. O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e o processo

criativo. Durante esse processo as forma resultantes das sínteses emocionais e

cognitivas expressam saberes específicos a partir da experienciação com materiais,

técnicas e com elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança,

da Música e do Teatro. O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico

(político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos.

Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do

conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na

experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e da

contextualização histórica. A experinciação irá mobilizar no sujeito, uma percepção da

arte em suas múltiplas dimensões cognitivas de modo a permitir a apreensão plena da

realidade.

Para selecionar os conteúdos foi elaborada uma forma de organização

denominada de conteúdos estruturantes, que podem constituir-se em uma identidade

para a disciplina de arte e em uma prática pedagógica que contemple as quatro áreas

(Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança). Os conteúdos estruturantes são

conhecimentos de maior amplitude, conceitos que constituem em partes importantes

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256basilares e fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de arte, fazendo

relação de uma com as outras. Tem-se como conteúdos estruturantes na Educação

Básica: - elementos formais, - composição, - movimentos e períodos, - tempo e espaço.

A disciplina de Arte tem como objetivos gerais:

Levar o aluno a apropriar-se do conhecimento em Arte, por meio de um

processo criador que transforme e real e produza novas maneiras de ver e sentir o

mundo.

Possibilitar ao aluno um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar

da realidade além das aparências, das possibilidades de fruição e expressão artística.

Criar formas singulares de pensamento, apreender suas potencialidades

criativas, a partir das concepções da arte e no conhecimento estético artístico e

contextualizado, possibilitando a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis

relações entre seus elementos constitutivos, visando constituir-se em uma abordagem

fundamental para a compreensão desta disciplina.

Propiciar o trabalho dentro de uma contextualização histórica, situando o

objeto de estudos na realidade em que foi criado compondo fatores sociais,

econômicos, políticos e culturais.

Propiciar leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se

discutir de que formas a indústria cultural interfere e censura as

produções/manifestações culturais com os quais os sujeitos identificam-se.

Pesquisar características particulares da vida do artista/autor que

influenciam seu modo de compor/criar.

Perceber a organização e classificação das obras a partir das

semelhanças de características ligadas à temática.

Reconhecer a maneira peculiar de se expressar, características que

identificam a marca pessoal do artista.

Observar o conjunto de processos e maneiras de utilização da matéria

prima da linguagem.

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2572 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte, na Educação Básica,

são os seguintes:

−elementos formais;

−composição;

−movimentos e períodos, e

−tempo e espaço.

5ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, penta tônicacromática maior, menor, ImprovisaçãoGêneros: erudito, popular

Greco-RomanaOrientalOcidentalIdade MédiaMúsica Popular (folclore)

6ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

RitmoMelodiaEscalasEstrutura Gêneros: folclórico, popular, étnico

Música popular e étnica (ocidental e oriental) BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimento

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258Intensidade

Densidade

Técnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação

NeoclássicaCaipira/Sertanejo Raiz

7ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista

Sonoplastia

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Sertanejo pop

Vanguardas

Clássica8ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporâneaHip Hop, Rock, Punk Romantismo

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259

5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalIdade MédiaArte Popular (folclore)Arte Pré-HistóricaRenascimentoBarroco

6ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...Gêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.

Arte indígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseAbstracionismoExpressionismoImpressionismo

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2607ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.

Indústria CulturalArte DigitalVanguardasArte ContemporâneaArte CinéticaOp ArtPop ArtClassicismo

8ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnica: Pintura, desenho, performance...Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoPré-colombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo

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261

5ª SÉRIE – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara

Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo.Adereços

Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro Popular

6ª SÉRIE – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Representação,Leitura dramática,Cenografia.Gêneros: Rua, Comédia, arena,Caracterização

Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...

Comédia dell' arteTeatro PopularTeatro Popular Brasileiro e Paranaense

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262

7ª SÉRIE – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredo

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoVanguardasClassicismo

8ª SÉRIE – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo

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263

5ª SÉRIE – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

EixoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoTécnica: ImprovisaçãoGênero: Circular

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalIdade MédiaArte Popular (folclore)

6ª SÉRIE – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Gênero: Folclórica, popular, étnicaPonto de ApoioFormaçãoRotaçãoCoreografiaSalto e quedaNíveis (alto, médio e baixo)

Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaRenascimento

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264

7ª SÉRIE – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural, espetáculo

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaDança Clássica

8ª SÉRIE – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de ApoioNíveis (alto, médio e baixo)RotaçãoDeslocamentoGênero: Salão, espetáculo, modernaCoreografia

Arte EngajadaVanguardasDança ContemporâneaRomantismo

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265ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, PopTécnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação

Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano

ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo Visual

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-Americana

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266

ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

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267ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas

referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

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268abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

3 - METODOLOGIA

Os conteúdos da disciplina de Arte serão abordados através da análise

das formas de como a arte é compreendida no cotidiano e de como os alunos se

defrontam com o problema de conceituá-la e também da criação de formas singulares

de pensamento, aprender e expandir suas possibilidades criativas.

Analisar com o aluno o espaço no qual se reflete e se discute a realidade,

sendo a prática social a partida para as problematizações, possibilitando para que

tenham suas próprias descobertas usando materiais diversificados, e também

proporcionando leituras sobre signos existentes na cultura de massa para se discutir

de que formas a indústria cultural interfere e censura as produções.

Proporcionar ao aluno a leitura e interpretação das

produções/manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento de

relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia, bem como a elaboração dos

trabalhos artísticos individuais ou em grupos.

O desenvolvimento desta disciplina deve possibilitar aos alunos o acesso

às obras artísticas de música, teatro, dança e artes visuais para que os mesmos

possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte.

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269O tratamento dos conteúdos básicos se dá por meio da experiência

estética, que mobilizará no sujeito uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões

cognitivas.

Partindo da concepção adotada nas Diretrizes Curriculares, e em

consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola, o tratamento dos conteúdos

deverá considerar:

as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as várias

dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como produção

cultural;

as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida para

ampliação dos saberes em arte;

as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos

processos de criação e execução nas linguagens artísticas;

a experimentação como meio fundamental para re-significação desse componente

curricular, levando em conta que a prática favorece o desenvolvimento e o

reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.

Serão utilizados os seguintes instrumentos para o desenvolvimento dos

conteúdos:

•leitura compreensiva de textos;

•produção de textos (música, parlendas e outros)

•palestra/ apresentação oral

•atividades de criação (esculturas, pinturas...)

•debate

•atividades com textos literários

•atividades a partir de recursos audiovisuais

•trabalho em grupo.

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270

4. AVALIAÇÃO

Para se tratar da avaliação em arte, é necessário referir-se ao

conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos

experiências (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consiste, e é

fundamentada, permitindo ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos

estudados e produzidos, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar, refletir

e discutir a sua produção e as dos colegas, sem perder de vista a sensibilidade na

aprendizagem da linguagem artística.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se

estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive

aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de

ensino e de aprendizagem.

A avaliação será realizada através da observação e do registro dos

caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os

avanços e dificuldades percorridas em suas criações/produções, individual e coletiva.

Essa análise se dará em todo o processo de construção dos alunos, ou seja, até o seu

percurso final, com os produtos de suas aprendizagens, trabalhos artísticos, pesquisas,

provas teóricas e práticas, entre outras.

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271

5 - REFERÊNCIAS

ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino

Fundamental e Médio. Paraná: SEED, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de Arte – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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272

Proposta Curricular de Língua Portuguesa

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa, historicamente, seguiu uma concepção

normativista de linguagem, cuja ação pedagógica era assumida ou ditada pelos livros

didáticos. Assim, excluía-se, do processo de aquisição e aprimoramento da língua

materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-se, no ensino da Língua Materna,

no repasse de regras e nomenclaturas da gramática tradicional.

E, também, o tratamento dado à Literatura, nos livros didáticos,

direcionava a uma prática pedagógica que privava o aluno do contato com a

integralidade dos textos literários na medida em que propunha a leitura de resumos,

lidos nos fechados limites da historiografia de seus autores.

Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o ensino de Língua

Portuguesa/Literatura, hoje, tem como enfoque as práticas discursivas - prática da

oralidade, prática da escrita, levando em consideração o processo dinâmico e histórico

dos agentes na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela

interagem. A gramática – análise linguística – será estudada por meio, então, dessas

práticas discursivas.

A linguagem, nessa concepção, é vista como ação entre sujeitos históricos

e socialmente situados que se constituem uns aos outros, em suas relações dialógicas.

Na medida em que possibilita a interação e a constituição humana, ela pode ser

considerada como trabalho e produto do trabalho.

Considera-se, ainda, a perspectiva do multi letramento nas práticas a

serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/ Literatura, tendo em vista o papel

de suporte para o conhecimento exercido pela língua materna. Multi letramento, aqui,

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273significa que compreender e produzir textos não se restringe ao trato do verbal (oral ou

escrito), mas a capacidade de colocar-se, em relação as diversas modalidades de

linguagem – oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos – para

delas tirar sentido.

Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem,

enquanto fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir

humano, potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar. Assim o conteúdo

estruturante de Língua Portuguesa/Literatura é o discurso enquanto prática social.

Tem-se como objetivos gerais da disciplina:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento crítico

e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

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274

2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS E

3.METODOLOGIA E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Leitura

Identificação do tema

Interpretação textual,

Observando:

Conteúdo temático

Interlocutores

Fonte

Intertextualidade

Informatividade

Intencionalidade

Marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Inferências

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275ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros

Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos

Inferências de informações implícitas

Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para

interpretação de textos

Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

Relato de experiências significativas relacionando ao assunto do texto

Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Realize leitura compreensiva do texto;

•Localize informações explícitas no texto;

•Emita opiniões a respeito do que leu;

•Amplie o horizonte de expectativas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade

•Adequação ao gênero:

•Conteúdo temático

•Elementos composicionais

•Marcas linguísticas

•Variedades linguísticas

•Intencionalidade do texto

•Papel do locutor e do interlocutor:

•Participação e cooperação

•Particularidades de pronúncia de algumas palavras

•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

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276ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA

Apresentação de textos produzidos pelos alunos

Contamento de histórias

Narração de fatos reais ou fictícios

Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programa

infanto-juvenis, reportagem...

Análise dos recursos próprios da oralidade

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,

informal)

•Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita

Adequação ao gênero:

•Conteúdo temático

•Elementos composicionais

•Marcas linguísticas

•Argumentação

•Paragrafação

•Clareza de ideias

•Re facção textual.

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277ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA

Discussão sobre o tema a ser produzido

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhando

Produção textual

Revisão textual

Re-estrutura e re-escrita textual.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Expresse suas ideias com clareza

•Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta

(gênero, interlocutor, finalidade...).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise Linguística

•Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

•Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

•Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

•A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

•Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,

•Acentuação gráfica

•Processo de formação de palavras

•Gírias

•Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia...)

•Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

•Particularidades de grafia de algumas palavras

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278

ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

De gêneros selecionados para leitura ou audição;

Das dificuldades apresentadas pela turma.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

Diferencie a linguagem formal da informal;

Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação do artigo,

dos pronomes...

Amplie o léxico.

Lei 11645/08

Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira

e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a

fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do

país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,

na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que

integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental

e médio.

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279EDUCAÇÃO NO CAMPO:

O conteúdo estruturante: Discurso

Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita

Conteúdos específicos:

* Valorização da vida no campo;

* Valorização da vida do homem do campo;

* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);

* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;

* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;

* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);

* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;

* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;

* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados

necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;

* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;

* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;

* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a

exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.

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2806ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Leitura

Interpretação textual, observando:

Conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados,

intertextualidade, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e

informal.

Texto verbal e não-verbal.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

Leitura das informações implícitas nos textos;

Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor;

Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;

Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:

Identifique o tema abordado no texto;

Realize leitura compreensiva do texto;

Identifique informações implícitas nos textos;

Estabeleça relação causa/ consequência entre partes e elementos do texto;

Compreenda a finalidade e as intenções do texto;

Amplie o horizonte de expectativas.

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281

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade

Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Papel do locutor e do interlocutor: Participação e cooperação;

Particularidades de pronúncia de algumas palavras.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Contamento de histórias;

Seleção de discurso de outros, como: Notícias, cenas de novelas/filmes,

entrevistas, programas humorísticos;

Análise dos recursos próprios da oralidade;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

Apresente com clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas;

Compreenda as intenções do discurso do outro.

Page 282: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

282CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita

Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Linguagem formal/informal;

Argumentação;

Coerência e coesão textual;

Organização das ideias/parágrafos;

Finalidade do texto;

Re facção textual.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Produção;

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre contexto social de uso do gênero trabalhado;

Proposta de produção textual;

Revisão textual;

Re-estrutura e re-escrita textual.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:

Expresse suas ideias com clareza;

Produza textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade);

Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal.

Page 283: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

283

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise Linguística

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen;

Acentuação gráfica;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

A representação do sujeito no texto (expressivo/ elíptico; determinado/

Indeterminado; ativo/ passivo);

Neologismo;

Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese);

Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;

Linguagem digital;

Semântica;

Particularidades de grafia de algumas palavras;

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

gêneros selecionados para leitura ou escuta;

Textos produzidos pelos alunos;

Dificuldades apresentadas pela turma;

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284AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:

Diferencie a linguagem formal da informal;

Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,

dos pronomes;

Amplie o léxico;

Compreenda a diferença entre discurso direto e indireto;

Perceba os efeitos de sentido causados pelas figuras de pensamentos nos textos.

Lei 11645/08

Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira

e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a

fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do

país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,

na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que

integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental

e médio.

EDUCAÇÃO NO CAMPO:

O conteúdo estruturante: Discurso

Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita

Conteúdos específicos:

* Valorização da vida no campo;

* Valorização da vida do homem do campo;

Page 285: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

285* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);

* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;

* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;

* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);

* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;

* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;

* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados

necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;

* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;

* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;

* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a

exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.

7ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Leitura

Interpretação textual, observando:

Conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade,

informatividade, marcas linguísticas;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

As diferentes vozes sociais representadas no texto;

Linguagem verbal, não verbal, midiático, infográficos, etc;

Relações dialógicas entre textos.

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286ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Consideração dos conhecimentos prévios;

Inferências no texto;

Discussão sobre: finalidade do texto; fonte, interlocutor;

Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc;

Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.

AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto;

Emita opiniões a respeito do que leu;

Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;

Estabeleça relações dialógicas entre os textos lidos e os ouvidos;

Identifique efeitos de ironia ou humor em textos variados;

Amplie o horizonte de expectativas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade

Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Coerência global do discurso oral;

Variedades linguísticas;

Papel do locutor e do interlocutor: Participação, cooperação, turnos de fala;

Particularidades dos textos orais;

Elementos extralinguísticos : entonação, pausas, gestos;

Finalidade do texto oral.

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287

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Dramatização de textos;

Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral;

Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa

redonda, cena de novela/ programação, reportagem, debate;

Análise dos recursos próprios dos gêneros orais;

Orientação sobre contexto social de uso do gênero trabalhado.

AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

Reconheça as intenções dos discursos de outros;

Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita

Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Argumentação;

Coerência e coesão textual;

Paráfrase de textos;

Paragrafação;

Re facção textual.

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288ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

Produção textual;

Revisão textual;

Re-estrutura e re-escrita textual.

AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno

Produza textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade);

Elabore argumentos consistentes;

Produza textos respeitando a sequência lógica;

Adeque o texto ao tema proposto.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise Linguística

Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

Conotação e denotação;

A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos);

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Page 289: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

289Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica;

Figuras de linguagem;

Procedimentos de concordância verbal e nominal;

A elipse na sequência do texto;

Estrangeirismos;

As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;

A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

Complementação do verbo e de outras palavras.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do

contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

Gêneros selecionados para leitura ou escuta;

Textos produzidos pelos alunos;

Dificuldades apresentadas pela turma.

AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno

Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,

dos pronomes;

Amplie o vocabulário;

Identifique a concordância presente em textos longos e de estruturas complexas;

Page 290: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

290Reconheça quando e como estabelecer complementação do verbo e de outras

palavras;

Utilize as flexões verbais para indicar diferentes de tempo e modo.

Lei 11645/08

Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira

e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a

fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do

país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,

na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que

integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental

e médio.

EDUCAÇÃO NO CAMPO:

O conteúdo estruturante: Discurso

Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita

Conteúdos específicos:

* Valorização da vida no campo;

* Valorização da vida do homem do campo;

* Recriação de história de vida dos alunos do campo (após escrita);

* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;

* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;

* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);

* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;

Page 291: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

291* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;

* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados

necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;

* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;

* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;

* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a

exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.

8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Leitura

•Interpretação textual, observando: Conteúdo temático, interlocutores, fonte,

intencionalidade, intertextualidade, ideologia, informatividade, marcas linguísticas;

•Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

•Informações implícitas em textos ;

•As vozes sociais presentes no texto;

•Estética do texto literário;

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

•Consideração dos conhecimentos prévios;

•Inferências sobre informações implícitas no texto;

•Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor;

•Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;

Page 292: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

292•Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Realize leitura compreensiva do texto;

•Identifique a tese de um texto;

•Identifique a finalidade de textos de diferentes gêneros;

•Estabeleça relações dialógicas entre os textos ;

•Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;

•Identifique as informações implícitas no texto;

•Reconheça efeitos de humor provocados pela ambiguidade em textos verbais e não

verbais;

•Amplie o horizonte de expectativas

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Oralidade

•Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

•Variedades linguísticas;

•Intencionalidade do texto oral;

•Argumentação;

•Papel do locutor e do interlocutor: turnos da fala;

•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

•Exposição oral de trabalhos/textos produzidos;

Page 293: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

293•Dramatização de textos;

•Apresentação de seminários, debates, entrevistas;

•Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista, reality show;

•Análise dos recursos próprios da oralidade;

•Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

•Produza argumentos convincentes;

•Reconheça as intenções no discurso do outro;

•Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

oral.

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Escrita

•Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

•Argumentação;

•Resumo de textos;

•Paragrafação

•Paráfrase

•Intertextualidade;

•Re facção textual.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Page 294: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

294

•Discussão sobre o tema a ser produzido;

•Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

•Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;

•Produção textual;

•Revisão textual;

•Re-estrutura e re-escrita textual.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta

(gênero,interlocutor, finalidade);

•Adeque o texto ao tema e à linguagem;

•Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições;

•Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Análise linguística

•Conotação e denotação;

•Coesão e coerência textual;

•Vícios de linguagem;

•Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

•Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que se

diz, como: felizmente, comovedoramente...);

•Semântica;

•Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

Page 295: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

295•Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos

do texto;

•A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

•Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

•Acentuação gráfica;

•Estrangeirismos, neologismos, gírias;

•Procedimentos de concordância verbal e nominal;

•Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

•A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

•Coordenação e subordinação nas orações do texto.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

•Estudos dos conhecimentos linguísticos a partir: gêneros selecionados para leitura ou

escuta;

•Textos produzidos pelos alunos;

•Das dificuldades apresentadas pela turma.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

•Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de

comparação);

•Utilize adequadamente recursos linguísticos, como uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes;

Page 296: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

296•Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições

argumentativas;

•Distingua o sentido conotativo e denotativo.

Lei 11645/08

Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira

e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a

fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do

país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,

na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que

integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental

e médio.

EDUCAÇÃO NO CAMPO:

O conteúdo estruturante: Discurso

Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita

Conteúdos específicos:

* Valorização da vida no campo;

* Valorização da vida do homem do campo;

* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);

* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;

* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;

* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);

Page 297: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

297* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;

* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;

* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados

necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;

* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;

* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;

•Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a exemplo:

capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDO ESPECÍFICO: Leitura

•Interpretação textual, observando: Conteúdo temático, interlocutores, fonte,

intencionalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade, marcas linguísticas;

•Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

•Inferências;

•As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal;

•As vozes sociais presentes no texto;

•Relações dialógicas entre textos;

•Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc;

•Estética do texto literário;

Page 298: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

298•Contexto de produção da obra literária;

•Diálogo da literatura com outras áreas.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

•Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

•Leitura de informações implícitas nos textos;

•Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

•Referente à literatura, selecionar obras que contemplem os diversos movimentos

literários;

•Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

Identifique o tema e a finalidade do texto;

Estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos;

Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos

que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção ;

Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos,

mapas, infográficos, fotos)

Identifique informações implícitas nos textos;

Identifique informações em textos com alta complexidade linguística.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade

Page 299: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

299Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos da fala;

Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...)

Finalidade do texto oral;

Materialidade fônica dos textos poéticos.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Dramatização de textos;

Narração de fatos reais ou fictícios;

Seleção de discurso de outros, como: filme, entrevista, cena de novela/ programa,

debate, mesa redonda, reportagem;

Análise dos recursos próprios da oralidade;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

Reconheça a intenção do discurso do outro;

Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias;

Page 300: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

300Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um

texto oral.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

linguísticas;

Argumentação;

Coesão e coerência textual;

Finalidade do texto;

Paragrafação;

Paráfrase de textos;

Resumos;

Diálogos textuais;

Re facção textual.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre contexto social de uso do gênero trabalhado;

Produção textual;

Revisão textual;

Re-estrutura e re-escrita textual.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

Page 301: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

301Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...)

Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal;

Elabore argumentos consistentes;

Produza textos respeitando o tema;

Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou

substituições;

Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise linguística

Conotação e denotação;

Figuras de pensamento e linguagem;

Vícios de linguagem;

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

Expressões modalizadoras ( que revelam a posição do falante em relação ao que

diz, como: felizmente, comovedoramente...)

Semântica;

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

Progressão referencial no texto;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

Coordenação e subordinação nas orações do texto;

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Page 302: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

302Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica;

Gírias, neologismos, estrangeirismos;

Procedimentos de concordância verbal e nominal;

Particularidades de grafia de algumas palavras.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: gêneros selecionados para leitura ou

escuta;

Textos produzidos pelos alunos;

Dificuldades apresentadas pela turma.

AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

Distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como o uso da pontuação, do artigo,

dos pronomes;

Identifique marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística

como recurso estilístico;

Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto ( de causa, de tempo, de

comparação...)

Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições

argumentativas;

Amplie o horizonte de expectativas.

Page 303: SUMÁRIO - Paraná...5 6.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …..... 100

303Lei 11645/08

Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira

e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a

fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do

país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,

na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que

integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental

e médio.

EDUCAÇÃO NO CAMPO:

O conteúdo estruturante: Discurso

Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita

Conteúdos específicos:

* Valorização da vida no campo;

* Valorização da vida do homem do campo;

* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);

* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;

* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;

* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);

* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;

* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;

* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados

necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;

* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;

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304* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;

* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a

exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.

4 – AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua ao longo do desenvolvimento dos conteúdos,

considerando-se os alunos como sujeitos do seu processo de ensino-aprendizagem.

Respeitando as especificidades da disciplina de Língua Portuguesa, a avaliação deve

estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar da escola, com

critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de

ensino e aprendizagem, sendo contínua, levando em consideração o que preconiza a

LDB/EN nº 9.394/1996.

A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:

- 6,0 pontos em duas avaliações escritas;

- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de

textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de

filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.

Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a

recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.

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305

5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de Língua Portuguesa – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Língua Portuguesa – Ensino Fundamental e

Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo:

Parábola, 2003.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.

MARCUSHI, L. A. Da fala para a escrita. São Paulo: Ática, 2001.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PERINI, Mário A. Sofrendo a Gramática. São Paulo: Ática, 1999.

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306

Proposta Pedagógica Curricular de Biologia

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA.

Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este

fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais

levou o Homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como

parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a

sobrevivência humana.

Desde o Homem primitivo, caçador e coletor, as observações dos

diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em

explorar a natureza.

Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si,

mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que

representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-

se, na História da Ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas,

econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.

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307Pensamento biológico descritivo

A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem

na Antiguidade. Na idade Média, a igreja tornou-se uma instituição poderosa tanto no

aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o

Universo, vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela Igreja Católica o que o

transformou em dogma.

Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e

considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia

uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW, 2002, p.13).

A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento

produzido pelo homem fez surgir as primeiras universidades medievais, nos séculos IX

e X, como as da Bolonha e Paris, sistematizando o conhecimento acumulado durante

séculos e discutindo-o de maneira distinta do que ocorria nos centros religiosos. Mesmo

sob influência da igreja, as divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais

prenunciaram mudanças de pensamento em relação as concepções, até então

hegemônicas, sobre aqueles fenômenos.

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-

teológica medieval, os conceitos sobre o homem passaram para o primeiro plano,

iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse

movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação de idéias antigas

e emergência de novos modelos.

A ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita às

interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores

e ideologias, as necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Ao

mesmo tempo que sofre a sua interferência, nelas interfere (ARAÚJO, 2002, ANDERY,

1988).

E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado.

Assim a uma ideia atribui-se valor quando ela pode ser frequentemente usado como

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308resposta às questões postas. Entretanto essa ideia, quando conservada em detrimento

do questionamento formativo pode constituir-se em um obstáculo ao desenvolvimento

do conhecimento científico bem como à aprendizagem científica.

Pensamento biológico mecanicista

Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a

natureza de forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um

método cientifico a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições

desse período histórico, o pensamento do filosofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu

para uma nova visão de Ciência, pois recuperou o domínio do homem sobre a

natureza. Ao introduzir suas ideias, propôs um procedimento de investigação que

“substitui a revelação mística da verdade pelo caminho no qual ela é obtida pelo

controle metódico e sistemático da observação” (FEIJÓ, 2003, p.18). Contrapondo-se à

filosofia aristotélica, a qual influenciou, por séculos, o modo de entender e explicar o

mundo.

Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578-

1657), que segundo Descartes, possuía “(...) uma visão de mundo baseada em uma

filosofia mecanicista” publica a obra De Modus Cordis, em 1628 propondo um novo

modelo referente à circulação do sangue, resultante de experiências com corpo

humano. Este modelo foi acolhido como uma das bases mais consistentes do que viria

a se construir como pensamento biológico mecanicista. (DELIZOICOV, 2006, p. 282).

Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento

sobre a origem da VIDA. As ideias sobre geração espontânea, aceitas pelos

naturalistas até o século XIX, começaram a ser contrariadas no século XVII quando o

físico italiano Francesco Redi (1626-1698), entre outros, apresentou estudos sobre a

biogênese.

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a investigação e o

aperfeiçoamento de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e

fisiológica. Para entender o funcionamento da VIDA, a biologia fracionou os organismos

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309vivos em partes cada vez mais especializadas e menores, com o propósito de

compreender as relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas.

Pensamento biológico evolutivo

Evidencias sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento

científico europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em

confronto com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a

evolução biológica, cada vez mais foi confrontada.

No fim do século XVIII e inicio do século XIX, a imutabilidade de VIDA foi

questionada com as evidencias do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre

mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentadas principalmente por

Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e por Jean-Baptiste de

Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829).

No século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)

apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies.

Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram

origem evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção

natural sobre a ação individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies,

assentada no ponto de intersecção entre o pensamento cientifico e filosófico. A ideia de

propor generalizações teóricas sobre os seres vivos e sugerir evidencias científicas,

não mais teológicas, permitiu pensar também na mobilidade social do homem.

As leis que regula a hereditariedade, tal como foi proposto por Gregor

Mendel (1822-1884), monge agostiniano e estudioso das ciências naturais, eram

desconhecidas de Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a hereditariedade

defendia a herança por misturas, nas quais patrimônios heterogêneos dariam origem à

homogeneidade entre indivíduos de uma espécie, o que reforçaria o fixismo.

No século XIX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de

Mendel e provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu para a

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310construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao

material genético, sob influencia do pensamento biológico evolutivo.

O pensamento biológico da manipulação genética

A biologia então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma

dessas áreas é a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos

interesses biológicos na atualidade. Os avanços dessa área, sobretudo os relativos à

bioquímica, à biofísica e a própria biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de

inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por exemplo,

ao conhecer a estrutura e a função dos cromossomos foi possível compreender,

manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes

alterações biológicas.

Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e

põem em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno

VIDA. Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se

construa como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação

genética.

A disciplina de Biologia no currículo escolar brasileiro

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da historia

da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos

em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino corresponde ao

atual Ensino Médio foi a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838.

Nessa organização havia poucas atividades dedicadas às Ciências como a Historia

Natural, Química, Física e a Matemática, com predomínio da formação humanista.

Entendida como busca da verdade, com base no pensamento

mecanicista, a Ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja

metodologia estava centrada em aulas expositivas, com adoção de livros didáticos

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311importados da Franca que traziam informações atualizadas relativas à área. Era

adotado o método experimental como instrumento de reforço à teoria científica.

Em 1960 materiais reforçavam a importância de trazer para escola

conhecimentos atualizados da Biologia, com atenção especial à evolução. Por conta da

influencia do pensamento neodarwinista, uma das criticas a esse material foi a ênfase

no ensino do método científico e na pedagogia da resolução de problemas através da

investigação científica. Por esse enfoque pedagógico, seria iniciada na escola a

formação de futuros cientistas.

Ainda nessa década, conforme Krasilchick (2004), três fatores provocaram

alterações no ensino de Ciências no Brasil:

- o progresso da Biologia;

- a constatação internacional e nacional da importância do ensino de

Ciências como fator de desenvolvimento;

- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 4024, de 2 de

dezembro de 1961, que transferiu as decisões curriculares da administração federal

para um sistema de cooperação entre a União, os Estados e Municípios.

Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as

questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova

concepção sobre o ensino e passou-se a discutir implicações sociais do

desenvolvimento tecnológico e científico.

Ao final da década de 1980 e inicio da seguinte, no Estado do Paraná, a

Secretaria de Estado da Educação propôs o Programa de Re-estruturação do Ensino

de segundo grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico-critica, na qual o

conteúdo é visto como produção histórica e social o qual a educação escolar tem a

obrigação de oferecer e o aluno tem o direito de conhecer. A abordagem desses

conteúdos deve se dar na interação com a realidade concreta do aluno. Esse novo

programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.

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312A biologia, como construção do processo de construção científica deve ser

entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento

humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma das formas de

conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas

necessidades matérias desde em cada momento histórico.

A disciplina de Biologia tem como objetivos gerais:

- Identificar e comparar as características dos diferentes grupos de seres vivos;

- Estabelecer as características especificas dos micro-organismos, dos

organismos vegetai e animais, e dos vírus;

- Classificar os seres vivos quanto ao n° de células (unicelular e pluricelular), tipo

de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia

(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

- Conhecer e compreender a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos.

- Compreender a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

- Identificar a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

- Reconhecer a importância e identificar os mecanismos bioquímicos e biofísicos

que ocorreram no interior das células;

- Compreender os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

- Comparar e estabelecer diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos (histologia).

- Conhecer e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução

das espécies;

- Reconhecer a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade

dos seres vivos;

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313- Compreender o processo de transmissão das características entre os seres

vivos;

- Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as

relações existentes entre estes;

- Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção

do equilíbrio dos ecossistemas;

- Conhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o

meio em que vivem.

- Identificar algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização;

- Compreender a evolução da historia da construção dos conhecimento

biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de

problemas sócio-ambientais;

- Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo

homem na diversidade biológica;

- Analisar e discutir interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos

da pesquisa científica.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos devem ser elaborados de forma integrada, destacando os

aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-os a conceitos

oriundos das diversas ciências de referência à Biologia. Tais relações deverão ser

desenvolvidas ao longo do Ensino Médio num aprofundamento conceitual e reflexivo,

com garantia do significado dos conteúdos para formação do aluno neste nível de

ensino.

O estudo dos organismos – vírus, bactérias, protozoários, fungos, animais e

vegetais – possibilita a compreensão da vida como manifestação de sistemas

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314organizados e integrados em constante interação com o ambiente físico-químico e não

deve se restringir apenas aos estudos de Linné, mas devem ser enfatizados os avanços

da Biologia no campo celular, nas abordagens genética, evolutiva e ecológica, e em

temas atuais envolvendo a manipulação de material genético.

Os conteúdos estruturantes são:

•Organização dos seres vivos

Apresenta uma proposta que torna possível conhecer a organização dos seres

vivos relacionando-os à existência de características comuns entre estes e sua origem

única (ancestralidade comum). A classificação dos seres vivos é uma tentativa de

compreender toda uma diversidade biológica, agrupando e categorizando as espécies

extintas e existentes. Baseada na visão microscópica e descritiva da natureza, porém

sempre apontando para concepção evolutiva, com o propósito de compreender o

processo de re-elaboração dos conceitos científicos na Biologia.

Conteúdos Básicos:

Classificação dos seres vivos;

Níveis de organização dos seres vivos: micro-organismos, organismos vegetais e

animais, vírus.

•Mecanismos Biológicos

Para compreender o funcionamento das estruturas e dos sistemas orgânicos

que compõe os seres vivos, fez-se necessário pensar o organismo de forma

fragmentada, separada, numa visão microscópica do mundo natural, mas é

indispensável unir tais conhecimentos à organização dos seres vivos com o propósito

de compreender a construção científica na Biologia.

Apresenta uma proposta que privilegia o estudo dos mecanismos que explicam

como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Neste contexto, propõe-se o

estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos

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315sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. O objetivo final é

transformar para uma visão evolutiva, com o propósito de compreender a construção de

conceitos científicos em Biologia.

Conteúdos Estruturantes:

Critérios de classificação: n° de células, organização celular, formas de obtenção

de energia e reprodução;

Filogenia e taxonomia comparada;

Sistemas biológicos comparados: anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia;

Teoria celular, mecanismos celulares, biofísica e bioquímica celular.

•Biodiversidade

Sendo a biodiversidade um sistema complexo de conhecimento biológico

interagindo num processo integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, a

diversidade dos seres vivos tem sofrido transformações, pretende-se discutir formas de

garantir que todos esses processos continuem ocorrendo na natureza.

Apresenta uma proposta que torna possível a reflexão e indução à busca de

novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito de biodiversidade.

Entende-se por biodiversidade um sistema complexo de conhecimentos biológicos

interagindo num processo integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, a

diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a

natureza, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido

transformações. Pretende-se com esse conteúdo discutir o respeito pelos quais os

seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem

relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.

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316Conteúdos Básicos:

Evolução e diversidade da vida: teorias sobre o surgimento dos primeiros seres

vivos, evidências evolutivas, adaptações e teorias evolutivas, origem das espécies;

Transmissão das características hereditárias;

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência

com o ambiente.

•Manipulação Genética

A abordagem dos conteúdos específicos deste conteúdo estruturante permite

perceber como a aplicação dos conhecimentos biológicos utilizados nos avanços da

genética molecular, nas biotecnologias aplicadas (fertilização in vitro, células – tronco,

clonagem, eutanásias, transgênicos) interfere e modifica o contexto da vida da

humanidade, necessitando assim, da participação e da crítica de cidadãos

responsáveis pela VIDA.

Apresenta uma proposta voltada para as implicações da engenharia genética

sobre a VIDA, considerando-se que, com os avanços da biologia molecular, há a

possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos.

Conteúdo Básico:

Organismos geneticamente modificados.

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas

referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

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317etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

3 – METODOLOGIA

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na

disciplina de Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter

provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar

conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, político, econômico e

cultural.

Utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórica –

crítica centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às

camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento

enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação para a

transformação da realidade.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes

estratégias de ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o

retorno à prática social (GASPARIN, 2002: SAVIANI, 1997).

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318Prática social: Caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de

uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser

trabalhado.

Problematização: é o momento para detectar e apontar as questões que

precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência, estabelecer

que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões, e as exigências

sociais de aplicação desse conhecimento.

Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados

para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal

e profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais

necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem.

Catarse: é fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de

conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos

culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, assim sendo, o

aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou

seja, passa da ação para a conscientização.

Retorno à prática social: caracteriza-se pelo retorno à prática social, com o

saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que

impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de compreensão

sincrética apresentada pelo aluno no início do processo, passa de um estágio de menor

compreensão, explicitada numa visão sintética. Neste contexto, o processo educacional

põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.

Utilizar recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a

experimentação, as analogias, entre tantos outros, devem ser utilizados no sentido de

possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus

pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender

envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse processo

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319acarreta o encontro e o confronto das diferentes ideias que circulam em sala de aula. O

uso de diferentes imagens de vídeo, transparências, fotos e as atividades

experimentais, são recursos utilizados com frequência nas aulas de Biologia e

requerem uma problematização em torno da questão demonstração-interpretação. Uma

aula experimental, seja ela de manipulação de material ou demonstrativa, também

representa um importante recurso de ensino.

Trabalhar com propostas diferenciadas e de acordo com as necessidades sociais

dos alunos como textos didáticos, trabalhos individuais e em equipe, entrevistas, aulas

expositivas, aulas demonstrativas, resolução de problemas, pesquisa em relação ao

homem-ambiente e também jogos didáticos.

Assim, ao utilizar-se desta estratégia metodológica e retomando as

metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceitual apresentados

nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização da

estratégia acima apresentada e considerar os princípios metodológicos utilizados

naquele momento histórico, porém, adequados ao ensino neste momento histórico.

Será proposto ao aluno:

•Pesquisas em revistas, livros e jornais de fatos cotidianos do aluno;

•Trabalhos em grupo;

•Montagem de painéis;

•Debates;

•Coletas de materiais para amostragem;

•Exposição e apresentação de trabalhos;

•Práticas laboratoriais;

•Construção de maquetes;

•Leituras de textos atuais;

•Relatórios;

•Exibição de filmes;

•Confecção de cartazes;

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320•Entrevistas;

•Visitas;

•Projeto FERA;

•Projeto COMCIÊNCIA.

4 – AVALIAÇÃO

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora, desse modo, a

avaliação em Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela

intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pressupõe-se tomada de decisão,

onde o aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se

para as mudanças necessárias. Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê

um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do

ano letivo. Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a

fim de superar os obstáculos. A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e somativa,

através de diversos instrumentos como relatos escritos, trabalhos, pesquisas,

seminários e atividades gerais.

Esperando que o aluno:

- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

- Estabeleça as características especificas dos micro-organismos, dos

organismos vegetais e animais, e dos vírus;

- Classifique os seres vivos quanto ao n° de células (unicelular e pluricelular),

tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia

(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

- Conheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos.

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321- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

- Reconheça a importância e identificar os mecanismos bioquímicos e biofísicos

que ocorreram no interior das células;

- Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

- Compare e estabelecer diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos (histologia).

- Conheça e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução

das espécies;

- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da

diversidade dos seres vivos;

- Compreenda o processo de transmissão das características entre os seres

vivos;

- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as

relações existentes entre estes;

- Compreenda a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção

do equilíbrio dos ecossistemas;

- Conheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o

meio em que vivem.

- Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os

resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;

- Compreenda a evolução da historia da construção dos conhecimento

biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de

problemas sócio-ambientais;

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322- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo

homem na diversidade biológica;

- Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos

da pesquisa científica.

A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:

- 6,0 pontos em duas avaliações escritas sem consulta;

- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de

textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de

filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.

Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a

recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.

5 – REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares de Biologia Para o Ensino Médio - em revisão. Curitiba. 2007. SEED.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de Biologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Biologia, volume único. São Paulo: Saraiva,

2007.

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323Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente a Disciplina de Educação Física no Brasil sofreu

influências de várias áreas: medicina, pedagogia, psicologia, instrução

mil i tar entre outros. As primeiras sistematizações sobre as práticas

corporais no Brasil são oriundas da Europa e surgiram principalmente pela

preocupação com a saúde, a formação moral e hábitos de higiene.

No início do século XX (1929) a Educação Física tornou-se

obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de seis anos

de idade para ambos os sexos. Isso está relacionado com o esforço de

construção de uma unidade nacional contribuindo para a forte influência

mil i tar nos métodos de ensino da Educação Física nas escolas brasileiras.

O esporte, a partir da década de 1930, começou a popularizar-se,

passando a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de

Educação Física, incentivado por uma polít ica nacionalista que promoveu

as práticas esportivas criando grandes centros esportivos e importando

especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades

esportivas.

Nesta época inicia um intenso processo de difusão do esporte na

sociedade brasileira e consequentemente nas escolas começa

substituindo a instrução mili tar nas aulas de Educação Física.

Durante o estado novo (1937 a 1945) com a promulgação da nova

Constituição, a prática de exercícios físicos se tornou obrigatória em

todos os estabelecimentos de ensino. Os investimentos na Educação

Física, neste período, visam formar o cidadão obediente, forte saudável e

disciplinado que poderiam engrossar as fi leiras mil i tares.

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324 As aulas de Educação Física, então, assumiram as normas

esportivas de rendimento, competição, comparação de recordes,

regulamentação rígida e racionalização dos meios e técnicas. A escola

transformou-se num celeiro de atletas, base da pirâmide esportiva.

Com o golpe mili tar no Brasil, em 1964 o esporte teve maior

investimento. Um acordo entre o Ministério de Educação e Cultura – MEC

e United States Agency International for Development – USAID (MEC-

USAID) permitiu que muitos professores de Educação Física

frequentassem, nos Estados Unidos, curso de pós-graduação cujos

fundamentos teóricos pautavam-se na prática esportiva e na aptidão

física. Havia o interesse em formar atletas que representariam o país em

competições nacionais e internacionais.

No mesmo período surgia a corrente pedagógica da

psicomotricidade, que crit icava duramente a corrente esportivista. Essa

nova visão da discipl ina não contribui para sua consolidação como

disciplina com conhecimentos e conteúdos próprios, pois a

psicomotricidade colocou a Educação Física como elemento colaborador

para a aprendizagem dos conteúdos de outras discipl inas.

No início da década de 1980, teve início a abertura polít ica e a

redemocratização social, culminando com o fim da ditadura Mil i tar. O

sistema educacional brasileiro foi reformulado. Houve um movimento de

renovação do pensamento pedagógico da Educação Física surgindo novas

proposições e interrogações acerca da discipl ina como campo de

conhecimento escolar, dir igindo crít icas aos paradigmas da aptidão física

e da esportivização.

Entre as correntes ou tendências progressistas, destacaram-se as

seguintes abordagens:

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325- Desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o principal

meio e fim da Educação Física. Constitui o ensino de habilidades motoras

de acordo com uma sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é,

essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem;

- Construtivista: defende a formação integral sob a perspectiva

construtivista-interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao

movimento humano. Essa abordagem se fundamenta também na

psicologia do desenvolvimento.

Vinculadas às discussões da pedagogia crít ica brasileira e às

análises das ciências humanas, sobretudo da Filosofia da Educação e

Sociologia, estão as concepções crít icas da Educação Física, descritas

abaixo. Operam a crít ica da Educação Física a partir de sua

contextualização na sociedade capital ista.

- Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico-

crit ica e estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a

partir de conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a

dança.

O conceito de Cultura Corporal 2 tem como suporte a ideia de

seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado

historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em

saber escolar, partindo do pressuposto de que os alunos possuem um

conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola, e neste

caso também da Educação Física, garantir o acesso às variadas formas

de conhecimento produzidas pela humanidade, levando os alunos a

estabelecer nexos com a realidade, elevando-os a um grau de

conhecimento sintético.

2A Cultura Corporal representa as formas culturais do movimentar-se humano, historicamente produzidas pela humanidade. Nesse sentido,

entende-se que a prática pedagógica da Educação Física no âmbito escolar deve tematizar as diferentes formas e atividades expressivas corporais, sistematizadas aqui nos seguintes conteúdos estruturantes: Esporte; Ginástica; Lutas; Dança; Jogos, Brinquedos e Brincadeiras.

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326No final da década de 1980 e início de 1990, no estado do Paraná,

estabeleceram-se as discussões para a elaboração do Currículo Básico. O

reflexo desse contexto para a Educação Física configurou um projeto

escolar com um novo entendimento em relação ao movimento humano,

como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma

forma do homem se relacionar com o mundo.

A rigidez na escolha dos conteúdos, a insuficiente oferta de

formação continuada para consolidar a proposta e, depois, as mudanças

de polít icas públicas em educação dificultaram a implementação dos

fundamentos teóricos e polít icos do Currículo Básico na prática

pedagógica. Por isso, o ensino da Educação Física na escola se manteve,

em muitos aspectos, em suas dimensões tradicionais, ou seja, com

enfoque exclusivamente no desenvolvimento das aptidões físicas, de

aspectos psicomotores e na prática esportiva.

Na década de 1990, concomitante a aprovação da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB nº. 9394/96), o Ministério da Educação

(MEC) apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a

disciplina de Educação Física, que passaram a subsidiar propostas

curriculares nos estados e municípios brasileiros. O que deveria ser um

referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da ideia

de parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e

temas transversais.

Acusados por alguns crít icos de proporem um ecletismo teórico, os

PCN não apresentaram uma coerência interna de proposta curricular. Ou

seja, continham elementos da pedagogia construtivista piagetiana, da

abordagem tecnicista, sob a ideia de eficiência e eficácia, e também,

defendiam o conceito de saúde e qualidade de vida do aluno pautada na

perspectiva da aptidão física.

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327As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas valorizaram o

individualismo e a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir

e possibi l i tar o acesso a conhecimentos que possibil i tem aos educandos a

formação crít ica.

Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná,

entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve

garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente

pela humanidade.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino,

Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o

acesso ao conhecimento e à reflexão crít ica das inúmeras manifestações

ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na

busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser

humano crít ico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto,

mas também agente histórico, polít ico, social e cultural.

A Educação Física na Educação Básica pretende refletir sobre as

necessidades atuais de ensino, superando uma visão fragmentada de

homem, cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crít ica a

respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao

funcionamento da sociedade.

Portanto, a Educação Física permite o entendimento do corpo em

sua abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,

f i losófica e polít ica das práticas corporais.

O Ensino da Educação Física deverá democratizar, humanizar e

diversif icar a prática pedagógica, buscando ampliar uma visão não apenas

biológica para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas e sócias

culturais do aluno dando possibi l idade do educando inserir-se no mundo

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328em que vive com crit icidade e amadurecimento por meio de sua cultura

corporal.

A Educação Física como área do conhecimento da cultura

corporal de movimento integra o aluno formando cidadão que vai produzi-

la e transformá-la através de seus conteúdos estruturantes,

expressividade corporal do Ensino Fundamental (manifestações da

ginástica, manifestações esportivas, brincadeiras, brinquedos e jogos;

manifestações estético-corporais na dança e no teatro). Ginástica,

esporte, dança, lutas e jogos no Ensino Médio.

Essa visão e o encaminhamento metodológico permitem ao

educando um crescimento intelectual e crít ico dentro da própria discipl ina,

superando as perspectiva anterior, pautada no tecnicismo e na

esportivação das práticas corporais.

Através de seus movimentos, o homem expressa as suas

manifestações da alma, seus mais puros sentimentos que envolvem

alegria, o medo, o amor entre outros, descobrindo como o corpo é

sensível e possui uma l inguagem própria, desvelada pelos gestos a qual

possibi l i ta uma l igação com o mundo.

A Educação Física tem como objetivos gerais:

- Participar de atividades corporais, estabelecendo relações, dignidade e

solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimento;

- Reconhecer-se como elemento integrante do meio ambiente, adotando

hábitos saudáveis de higiene, al imentações e atividades corporais,

relacionando–os com os efeitos com a própria saúde e melhoria da saúde

coletiva;

- Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos,

regulando e dosando o esforço em nível compatível com as

possibi l idades, considerando que o aproveitamento e o desenvolvimento

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329das competências corporais decorrem da perseverança e regularidade que

devem ocorrer de modo saudável e equil ibrado, conforme individualidade

do aluno;

- Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência,

elevando–se a condição de planejador de suas práticas corporais;

- Adotar uma postura ativa, praticante de atividades físicas consciente da

importância das mesmas para uma vida saudável;

- Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de

manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-a

como recurso valioso para integração entre pessoas e entre diferentes

grupos sociais e éticos.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A Educação Física nos apresenta dois conteúdos estruturantes: à

expressividade corporal no Ensino Fundamental e Médio onde contém

seus conteúdos específicos que são: as manifestações esportivas,

manifestações da ginástica, brincadeiras e jogos, além das manifestações

estético-corporais na dança e no teatro. A Educação Física contemplará

também a ginástica, esportes danças, lutas e jogos, que serão

apresentados como conteúdos estruturantes e específico da discipl ina.

Tais conteúdos tanto do Ensino Fundamental como no Médio

deverão ser trabalhados nas séries dos respectivos cursos conforme a

maturidade dos educandos, a especificidade do conteúdo e a sua

complexidade.

Além dos conteúdos estruturantes e específico da discipl ina,

podemos incorporar o que chamamos de elementos articuladores: o corpo

que brinca e aprende manifestações lúdicas, o desenvolvimento corporal,

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330construção de saúde e a relação do corpo no mundo de trabalho no

Ensino Fundamental. No Ensino Médio a desportivização, mídia, saúde,

corpo, tática, técnica, lazer e diversidade, são elementos que podem ser

articulados dentro da prática educacional.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

FutebolHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaFutsalXadrez

Jogos e brincadeiras

Brincadeiras de rua / popularesBrinquedosBrincadeiras de rodaJogos de tabuleiroJogos de estafetasJogos dramáticos e de interpretação

DançaDanças folclóricas Atividades de expressão corporalCantigas de roda

GinásticaGinástica artísticaAtividades circensesGinástica natural

Lutas

Judô KarateTaekwondoCapoeira

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331

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Jogos e brincadeiras

Brincadeiras de rua •Jogos dramáticos e de interpretação•Jogos de raquete e peteca•Jogos cooperativos.•Jogos de estafetas•Jogos de tabuleiro

Dança

Hip Hop: Break

Dança folclórica

Dança criativa

Ginástica

Atividades circenses

Ginástica rítmica

Ginástica artística

Ginástica natural

Lutas

Capoeira

Judô

Karatê

Taekwondo

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332

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Futsal

Xadrez

Tênis de mesa

Jogos e brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de raquete e peteca

Jogos de tabuleiro

Dança

Hip HopDanças folclóricasDança de ruaDança de salão

Ginástica

Ginástica artísticaGinástica rítmicaGinástica geralAtividades circenses

Lutas

CapoeiraJudôKaratê Taekwondo

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333

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

FutebolHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoFutsalTênis de mesaXadrez

Jogos e brincadeirasJogos cooperativosJogos de tabuleiro

DançaDança de salão Dança Folclórica

GinásticaGinástica artísticaGinástica rítmicaGinástica de academia

Lutas

TaekwondoCapoeiraKaratêJudo

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

FutebolFutsalHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaXadrez

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334

Jogos e brincadeiras

Jogos popularesJogos competitivos Jogos cooperativosJogos de tabuleiroJogos intelectivos

DançaDança folclóricaDança de salão

GinásticaGinástica geral;Ginástica de academia;Ginástica rítmica.

Lutas

TaekwondoKaratêKung fuMuay thaiBoxeGreco romanaCapoeiraJiu-jitsuJudôSumo

A Educação Física também contemplará as práticas da cultura

Afro-brasileira, inserção da lei nº. 11645/08, cultura indígena e desafios

educacionais contemporâneos, em diferentes momentos históricos através

da dança e suas manifestações corporais, de brincadeiras e jogos.

Reforço que de acordo com os conteúdos pertinentes serão

inseridos temáticas referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e

Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena através de análise e reflexão

sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros e

indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri

étnica, e ainda com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais

e explorando as diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de

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335aula como na sociedade, possibil i tando a reflexão crít ica, o pensar do

aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

3 – METODOLOGIA

A aprendizagem da Educação Física aponta para uma

perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o

desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social, a

afirmação de valores e princípios democráticos. O material ismo histórico

cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crít ica a respeito da

estruturas sociais e suas desigualdades, inerente ao funcionamento da

sociedade, buscam superar as concepções fundadas nas lógicas

instrumentais, anátomo funcional e esportivizada.

Para o desenvolvimento das aulas precisamos de uma

reorientação nas formas e conceber o papel da Educação Física na

formação do aluno do Ensino Fundamental, identif icando as múltiplas

possibi l idades de intervenção sobre a corporalidade que surge no

cotidiano de cada cultura escolar, trabalhando de quinta a oitava série

com o mesmo conteúdo mais aprofundado nas últimas séries, tendo

cuidado com a composição das aulas, a proposição do que vai ser

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336executado. Executando o que foi proposto e refletindo sobre o que foi

executado. Enquanto no Ensino Médio com a metodologia crít ica

superadora, esta que permite ao educando ampliar sua visão de mundo

por meio da cultura corporal, superando a perspectiva anterior, pautada

no tecnicismo e na esportivização das práticas corporais, podemos

trabalhar a prática social, problematização, instrumentalização, catarse e

o retorno à prática social.

Além do espaço físico e materiais comumente usados nas aulas

de Educação física, uti l izaremos também os recursos tecnológicos,

oferecidos pela escola, tais como: computadores, TV, DVD, aparelho de

som, retroprojetor etc.

4 - AVALIAÇÃO

Em Educação Física, a avaliação se dará a partir da demanda

dos objetivos educativos expressos no conteúdo. Ela ocorrerá dentro de

uma perspectiva processual, através da observação do aluno no processo

de construção do conhecimento. Essa avaliação será continuada,

diagnóstica, cumulativa e formativa. Por isso, será importante o

envolvimento do aluno e professor num processo de autocrít ica e auto

avaliação, onde o educando possa aprender a caminhar com autonomia e

de acordo com o Projeto Polít ico Pedagógico do Colégio.

Alguns instrumentos de avaliação que podem ser uti l izado pelo

professor: f ichas de acompanhamento dos alunos em seu desenvolvimento

pessoal, atividades em grupos, verif icação da mudança de comportamento

do educando para melhor, conforme sua individualidade e dif iculdades

apresentadas em determinadas atividades sugeridas e praticadas no

decorrer das aulas, conhecimentos e debates teóricos no decorrer das

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337aulas e principalmente mudanças de comportamento em relação ao grupo

valorizando a amizade e companheirismo.

5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de Física – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Física Ensino Médio . Curit iba:

SEED-PR, 2006.

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338

Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna - Inglês

10.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde o início da colonização do território houve a preocupação do Estado

português em facilitar o processo de dominação e expandir o catolicismo, cabendo aos

jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que

habitavam o território, como exemplo de língua culta. No entanto, durante a União

Ibérica (1580-1640), os jesuítas foram considerados os principais incentivadores da

resistência dos nativos aldeados nas reduções jesuíticas. Esse foi um dos fatores que

contribuiu para a decisão de expulsar os padres jesuítas dos territórios portugueses na

América.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas

advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto

de 22 de junho para criar as cadeiras de inglês e francês. A partir daí o ensino das

línguas modernas começou a ser valorizado. Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio

Pedro II, primeiro em nível secundário do Brasil e referência curricular para outras

instituições escolares por quase um século. O currículo do Colégio se inspirava nos

moldes franceses e, em seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês

e três de alemão, cadeira esta criada no ano de 1840.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no

Ensino Fundamental, a partir da quinta série, cuja escolha do idioma foi atribuída à

comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (Art. 26, § 5.º).

Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN),

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339pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na

abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho

pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento das demais práticas –

oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto brasileiro, há poucas

oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos, particularmente da Rede

Pública de Ensino.

Para analisar os limites e possibilidades da abordagem comunicativa e definir

novos referenciais teórico-metodológicos para o ensino de Língua Estrangeira, teve-se

como base o trabalho de Meurer, que destaca a premente necessidade de desenvolver

formas de incentivar práticas pedagógicas que contestem “ou quebrem o círculo do

senso comum, daquilo que parece natural, não problemático, mas que recria e reforça

formas de desigualdade e discriminação” (MEURER, 2000, p. 169).

No Brasil, ela passou a fundamentar grande parte dos materiais e livros didáticos

para uso em escolas de ensino regular, desde a década de 1980 até os dias atuais

(PEREIRA, 2004; CORACINI, 1999).

No Paraná, Gimenez (1999) afirma que a abordagem comunicativa foi

apropriada como referencial teórico na elaboração da proposta de ensino de Língua

Estrangeira do currículo Básico (1992). Embora esse documento apresente uma

concepção de língua discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos de textos, a

partir da visão bakhtianiana, observa-se que a progressão de conteúdos, de 5ª a 8ª

séries, está voltada para o ensino comunicativo, centrado em funções da linguagem do

cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua.

A abordagem comunicativa apresenta aspectos positivos na medida que

incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação, expressão e

negociação de sentidos, no contexto imediato da situação de fala, colocando-se a

serviço dos objetivos de comunicação.

Segundo Mascia (2003, p. 218), “uma primeira é associada ao nocional-funcional

e é calcada em práticas audiolinguais; a segunda marcada pelos atos de fala com a

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340incorporação de tendências sociolingüísticas e a terceira corresponde a uma vertente

mais crítica, em que se pretendeu promover as interações culturais”.

Por outro lado, ao centrarem a atenção na comunicação, tal abordagem e os métodos

que a antecederam não levaram em conta as diferentes vozes que permeiam as

relações sociais e as relações de poder que as entremeiam.

Conforme Gimenez,[...] a abordagem comunicativa, na tentativa de ensinar e se

comunicar na Língua Estrangeira, deixou de lado a relação entre comunicação e

cultura, e a necessidade de entender a comunicação entre falantes nativos e não-

nativos como comunicação intercultural mais do que comunicação na língua-alvo.

(2001, p.110)

Moita Lopes (1996) coloca sob suspeita o caráter apaziguador, harmonizador do

ensino de língua e destaca que a finalidade de conhecer outra cultura precisa ser

repensada no Brasil, em função do caráter colonizador e assimilacionista do ensino

comunicativo. Consoante a esse autor, Pennycook (apud MASCIA, 2003, p. 220)

considera que a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas

também uma expansão de um conjunto de discursos que fazem circular idéias de

desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização (...). Afirma

ainda que hoje, poderíamos dizer que as várias facetas do Comunicativo se

desenvolveram com o objetivo principal de difusão do inglês como língua internacional.

Tendo como referência tais reflexões, depreende-se que tanto a opção teórico-

metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola não são neutros, mas

profundamente marcados por questões político-econômicas e ideológicas, que resultam

muitas vezes do imperialismo de uma língua. Tais questões marginalizam razões

históricas e/ou étnicas que podem ser valorizadas, levando-se em conta a história da

comunidade atendida pela escola.

Destacam-se alguns princípios educacionais que orientam esta escolha:

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341- o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia

da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às

demais obrigatórias do currículo;

- o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo

da Educação Básica;

- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas

que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que

sustenta as Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem que

valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica

e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e

para a transformação da realidade.

Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que

não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua

produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o papel de

informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas

principalmente para que possam ser modificadas.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito maior

de educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações

entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes

subjazem”. Para Giroux(20040, é fundamental que os professores reconheçam a

importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global

educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua,

do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da

pedagogia não se separam.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para

que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que

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342se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados

são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na

prática social. A proposta adotada nas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e

nas teorias do Círculo de Bakhtin, que concebem a língua como discurso.

A língua concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado,

constrói significados e não apenas os transmite. Williams afirma que as disciplinas se

reúnem em uma “tradição geral” que representa, por meio de variações e conflitos, uma

“cultura humana geral”. Na construção de sua teoria, Bakhtin exclui a perspectiva do

absoluto, rejeitando o estático e fechado, noções associadas à perspectiva tradicional

de cultural.

Nos discursos presentes no intertexto das sociedades contemporâneas, as

práticas de linguagem são diversas porque a língua envolve variantes socioculturais.

Para cada variante linguística e cada grupo cultural os valores sociais e culturais

que lhes são atribuídos sofrem oscilações, de acordo com os diferentes contextos

socioculturais e históricos. Dessa forma, a língua e a cultura são entendidas como

variantes locais particularizadas em contextos específicos; portanto, configuram-se de

forma heterogênea, complexa e plural (BORTONI-RICARDO, 2004).

Assim, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas,

indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das

comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela. Desse modo, a

língua deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência para adquirir uma

carga ideológica intensa, e passa a ser vista como um fenômeno carregado de

significados culturais.

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre

professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-

a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões da nova ordem global, suas

implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas

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343na sociedade. Busca-se, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua

Estrangeira na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos

Institutos de idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na Educação

Básica. Tal aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino de Língua

Estrangeira nas escolas de língua não tem necessariamente as mesmas preocupações

educacionais a que a escola pública está voltada.

Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como

meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,

obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir

para formar alunos críticos e pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm

marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma espera-se que o aluno:

- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social;- tenha maior consciência sobre o papel

das línguas na sociedade;

- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as

diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte

comum na seleção de conteúdos específicos.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que

podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural.

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344As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-

se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se

mutuamente.

Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de

comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não verbais – é também

inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidades

locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera

prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno

numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento

mútuo.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência

sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Ao ser

exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações

político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de

maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva.

Ressalta-se como requisito a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas

definem os significados construídos nas interações sociais.

Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras

de mundo que constituem sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas.

Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar

uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno

sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A

partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para

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345a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua

identidade como agente social.

O ensino de Língua Estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a

compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas

práticas discursivas (BAKHTIN,1988). Trata-se de tornar a aula de Língua Estrangeira

um espaço de acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir

outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia,

pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo,

colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de

(...) [conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os

conhecimentos [em língua estrangeira] (MOITA LOPES, 2003, p. 43).

Considerando que as práticas discursivas são influenciadas umas pelas outras,

não se trata de privilegiar a prática da leitura, visto que na interação com o texto pode

haver uma complexa mistura da linguagem escrita, visual e oral. Numa concepção

discursiva de língua, as práticas de oralidade, escrita e leitura não são segmentadas,

pois elas não se separam em situações concretas de comunicação.

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade de

gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem

como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de

construção de significados possíveis, pelo leitor. Tendo em vista que texto e leitura são

dois elementos indissociáveis, e que um não se realiza sem o outro, é importante definir

o que se entende por esses dois termos.

O texto, entendido como uma unidade de sentido, pode ser verbal ou não verbal.

Para Bakhtin (1992), o texto é a materialização de um enunciado e é entendido como

unidade contextualizada da comunicação verbal.

É importante que os alunos tenham consciência de que há várias formas de

produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras, de que existem

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346diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada cultura, e que essas práticas são

valorizadas também de formas diferentes nas distintas sociedades.

Conforme aponta Moita Lopes, vivemos num mundo multi-semiótico, cujos textos

extrapolam a letra, ou seja, “um mundo de cores, sons, imagens e design que

constroem significados em textos orais/escritos e hipertextos” (LOPES, 2004, p. 30-31).

Isso vem ao encontro da linguagem específica usada na comunicação mediada pelo

computador. Aparentemente trata-se da linguagem escrita, mas quando desenvolvida

em uma interação em tempo real, distancia-se da forma tradicional, adquirindo

características semelhantes às do imediatismo e da redundância da fala, bem como é

acrescida de ícones, cores, recursos sonoros, por exemplo, para comunicar aspectos

que estariam presentes na fala. Conforme o exposto, as diferenças entre comunicação

escrita e falada se diluem na construção desse novo tipo de texto.

A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações

entre o sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de sujeito e texto. O

trabalho proposto nestas Diretrizes está ancorado na perspectiva de uma leitura crítica,

a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re)construção de atitudes diante do

mundo. A abordagem da leitura crítica extrapola a relação entre o leitor e as unidades

de sentido na construção de significados possíveis. Busca-se, então, superar uma visão

tradicional da leitura condicionada à extração de informações.

Nessa perspectiva, há confronto entre autor, texto e leitor. O leitor abandona uma

atitude de passividade diante do texto e passa a ser participante do processo de

construção de sentidos.

Entretanto, ele não está sozinho ao construí-los, com ele estão sua cultura, sua

língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos coletivamente em

sua comunidade e a ideologia na qual está inserido. A leitura é considerada, então,

como interação entre todos esses elementos, os quais influenciam diretamente nas

possíveis interpretações de um texto. Dessa forma, ao ensinar e aprender uma Língua

Estrangeira, alunos e professores percebem ser possível construir significados além

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347daqueles permitidos pela língua materna. Os sujeitos envolvidos no processo

pedagógico não aprendem apenas novos significados nem a reproduzi-los, mas sim

aprendem outras maneiras de construir sentidos, outros procedimentos interpretativos

que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo. Sentido, na acepção de

Orlandi (2005, p. 47), é uma relação determinada do sujeito – afetado pela língua – com

a história. É o gesto de interpretação que realiza essa relação do sujeito com a língua,

com a história, com os sentidos. Esta é a marca da subjetivação e, ao mesmo tempo, o

traço da relação da língua com a exterioridade: não há discurso sem sujeito.

Portanto o momento histórico, o contexto sócio-cultural, os elos com o cotidiano

(familiares, amigos etc.) que acompanham a vida, a criação artística e o conhecimento

científico estão presentes na produção e na recepção dos sentidos do enunciado.

Consequentemente, é na língua, e não por meio dela, que se percebe e entende

a realidade e, por efeito, a percepção do mundo está intimamente ligada ao

conhecimento das línguas. Para Jordão (2004a, p. 164),[ao] aprender uma língua

estrangeira [...] eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes

daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros

dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir

sentidos, que há outras possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a

que o conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas

mais [...] línguas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão minhas

possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo. Assim, os

sujeitos leitores têm a possibilidade de estabelecer relações entre os diversos

elementos envolvidos, como por exemplo cultura, língua, procedimentos interpretativos,

contextos e ideologias.

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina,

contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Ensinar e aprender

línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir

sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os

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348diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência

atingido. O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,

política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as metodologias

de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais

contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos

historicamente produzidos.

10.2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes as

Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira

Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país,ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

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349

10.3 - METODOLOGIA

Trabalhar a língua estrangeira para que o aluno tenha acesso a novas

informações, de ver e entender o mundo e de construir significados, assim possibilita

aos estudos linguísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando

o foco das atividades da sala de aula (correção gramatical) e privilegiando a prática

linguística. Desta forma, o aluno percebe a língua como algo que se constrói e é

construído por uma determinada sociedade, e também ele perceba que a língua e

cultura estrangeiras comparadas com a nossa, não tem um modelo a seguir, mas que

estão em constante movimento e transformação.

Assim sendo, fazer um trabalho simultâneo das práticas de leitura, escrita

e oralidade, subsidiados por conhecimentos linguísticos, culturais, sócio-pragmáticos e

discursivos, o aluno têm condições de ultrapassar a leitura linear dos textos e exercer

uma atitude crítica, transformadora, enquanto sujeito atento ao ambiente sócio-

histórico-ideológico ao qual pertence.

É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros

textuais: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. Cabe,

portanto ao professor criar condições para que o aluno seja crítico, que reaja aos

diferentes textos e perceba que as formas linguísticas são flexíveis e variam

dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre.

O ensino da Língua Estrangeira se orientará numa produção construída

nas interações sociais, considerando as experiências prévias dos alunos,

possibilitando-se a escolha de temas de seu interesse e utilizando-se de materiais

autênticos como músicas, anúncios publicitários etc, fazendo uma inter-relação entre os

conteúdos e a prática da língua. Sempre instigando a reflexão e a criticidade

exercitando uma relação dialógica entre professor e aluno onde o primeiro irá propiciar

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350situações de resolução de problemas com vistas ao aluno perceber as implicações

sociais históricas e ideológicas presentes em todo discurso.

O trabalho com a língua estrangeira será entendido como uma nova

possibilidade do aluno ver e entender o mundo e de criar novos significados.

Tanto a gramática como o vocabulário não será trabalhado isoladamente,

serão contextualizados, favorecendo sua compreensão, reflexão e discussão, uma vez

que terá relação com o conhecimento de mundo do educando. E antes de selecionar os

conteúdos deve-se levar em consideração as necessidades do educando e a

importância de tais assuntos para o seu desenvolvimento pessoal e intelectual assim

como para o desenvolvimento do ser humano e do seu meio social, e sempre voltando-

os para a prática dos conteúdos que estruturam e permeiam todo o ensino da Língua

Estrangeira: Oralidade Leitura e escrita.

Serão utilizados materiais didáticos diversos como músicas, textos,

vídeos, áudio, CDs, DVDs, dicionários, revistas, jornais, quadro de giz e seus

acessórios, transparências entre outros.

10.4 - AVALIAÇÃO

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do

Paraná 2008, p. 70

“É importante, neste processo que o professor, organize o ambiente pedagógico, observe a participação dos alunos e considere o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos e a turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira; no próprio uso da língua que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias ( Vygotsky,1989 ).Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação dos alunos no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas vencidas”

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e

contribuir para a construção de saberes.

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351A avaliação será diagnóstica, contínua, formativa, reflexiva e cumulativa,

pois assim o professor fará a verificação da aprendizagem e poderá repensar sobre a

metodologia e planejar as aulas de acordo com as necessidades de seu aluno. E

através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – linguísticos,

discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade

– que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais

exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com discursos em língua

estrangeira.

A avaliação servirá para que o professor repense a sua metodologia e

planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos, de caráter

contínuo, diagnóstico e cumulativo .

Será composta de: atividades em sala de aula, pesquisas e confecção de

trabalhos individuais ou em grupo, podendo ser oral ou escrito.

A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:

- 6,0 pontos em duas avaliações escritas;

- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de

textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de

filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.

Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a

recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.

Critérios de avaliação:

Dentro da especificidade de cada série/ano serão utilizados os seguintes

critérios, observando-se o aluno:

4.Identificou o tema;

5.Realizou leitura compreensiva do texto;

6.Localizou informações explícitas no texto;

7.Ampliou seu horizonte de expectativas;

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3528.Ampliou seu léxico.

9.Identificou a ideia principal do texto;

10.Elaborou textos de acordo com o encaminhamento do professor;

11.Expressou suas ideias com clareza;

12.Usou recursos textuais como coesão, clareza e informatividade.

10.5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna

Inglês . Curit iba: SEED-PR, 2008.

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Proposta Curricular Pedagógica de Ensino Religioso

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade

sofre das inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do

sagrado.

O Ensino Religioso é parte integrante essencial na formação do ser

humano, como pessoa e cidadão, sendo de responsabilidade do Estado a sua oferta na

educação pública. Em torno dessa questão é promulgada a lei nº 9475/97 que dá nova

redação ao artigo 33 LDBEN/96.

Essa disciplina tem como objetivos gerais:

Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa do

cotidiano que contextualiza no mundo cultural.

Constitue para o reconhecimento e o respeito da elaboração cultural dos povos,

bem como possibilitar o acesso das diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno

religioso.

Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem

como aspectos sócios-culturais de outros povos e nações, posicionando-se contra

qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, das classes sociais, de

crenças, de etnia ou outros características individuais e sociais.

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2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

5ª série

Organizações religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

Símbolos Religiosos

6ª série

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

5ª Série

•Respeito à Diversidade Religiosa

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

Declaração Universal dos direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa.

Direito a professa fé e liberdade de opinião e expressão.

Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

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•Lugares Sagrados:

Caracterização dos lugares e templos sarados: lugares de peregrinação,

de reverência de culto, de identidade, principais práticas de expressão do Sagrado

nestes locais.

IV.Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

V.Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

•Textos orais e escritos – Sagrados:

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.

Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) Exemplos :

Vedas-Hinduísmo, Escrituras Baha’is, tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e

Ameríndias, Alcorão, Islamismo etc.

•Organizações Religiosa:

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais

características de organização, estrutura e dinâmica social das sistemas religiosos que

expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.

•Fundadores e/ou Líderes Religiosos;

•Estruturas Hierárquicas. Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais:

Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo ( Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),

Taoísmo (Lao Tsé), Etc.

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6ª Série

Universo Simbólico Religioso

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas cores e textos:

•Nos Ritos;

•Nos Mitos;

•No Cotidiano.

Exemplo: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, objetos, etc.

Ritos

São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas,

formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação

de um acontecimento sagrado anterior é imitação, serve à memória e à preservação da

identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a

possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

•Ritos de passagem

•Mortuários

•Propiciatórios

•Outros.

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaigang – ritual fúnebre), Via Sacra,

Festejo indígena de colheita, Etc.

3)Festas Religiosas:

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357São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, como

objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

•Peregrinações, festas familiares, festas nos templos datas

comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado ( Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá ( Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.

Vida e Morte:

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

•O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;

•Re-encarnação;

•Ressurreição- ação de volta à vida;

•Além da Morte;

•Ancestralidade - vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes.

•Outras interpretações.

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos

temáticas referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura

Afro-Brasileira Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a

diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas

como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os

valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda com o

propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as

diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na

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358sociedade, possibil i tando a reflexão crít ica, o pensar do aluno a partir do

seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

3 - METODOLOGIA

Considerando que o ato da construção do conhecimento ou da relação

sujeito-objeto no Ensino Religioso é o sujeito aluno em relação ao objeto sagrado com

foco no fenômeno religioso, cabe munir-se de métodos que auxiliem essa articulação,

fazendo uso da linguagem pedagógica e não religiosa, referente a cada expressão do

Sagrado, adequada ao universo escolar.

O tratamento didático a essa área de conhecimento é observação-

reflexão-compreensão-informação.

O ensinamento religioso na maioria das vezes, é transmitido para as

pessoas por meio de textos, estes textos muitas vezes são escritos e formam livros

Sagrados. Assim é feito a abordagem dos Conteúdos de Ensino Religioso.

A apresentação dos conteúdos específicos, explicita a intenção de partir

de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do Sagrado desconhecida

ou pouco conhecida dos alunos para se inserida nos conteúdos que tratam de

manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte da cultura da comunidade.

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359Todo Conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso Contribuirá

para a superação: do preconceito à aus6encia ou à presença de qualquer crença

religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação que qualquer

expressão do Sagrado.

Os conteúdos a serem ministrados nas aulas de Ensino Religioso não

têm o compromisso de legitimar uma manifestação do Sagrado em detrimento de outra,

uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de expressões

de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.

4 - AVALIAÇÃO

A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado

pelo professor em diferentes situações de ensino-aprendizagem.

Observar como o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas

de classe.

Critérios de avaliação:

Espera-se que o aluno:

Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

Desenvolva uma cultura de Respeito à diversidade religiosa e cultural;

Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de

cada grupo social.

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3605 – REFERÊNCIAS

ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o

Ensino Fundamental. Paraná: SEED, 2006.

Lei 9.475/97 – Nova Redação – Art. 33.

AQUILINO, Pedro. Dicionário de termos religiosos e afins. São Paulo:

Santuário, 1993.

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361Proposta Pedagógica Curricular de Geografia

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Geografia é uma ciência que tem como objeto de estudo o espaço

geográfico. Entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade (resultado

da interação entre objetos e ações). Cabe salientar que para a compreensão desse

espaço geográfico, essa ciência/disciplina é constituída de alguns conceitos de

referência: lugar, paisagem, território, rede. Região, sociedade e natureza.

È importante que a Geografia propicie aos alunos do Ensino Fundamental

e Médio, os conhecimentos necessários para perceberem a importância desse espaço

e sua complexa rede de relações de poder que envolve aspectos ambientais, políticos,

econômicos e sociais.

Assim, promove uma análise espacial, ancorada num suporte teórico

crítico, que vincula o objetivo da Geografia, seus conceitos referenciais de ensino e

abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais

ao contexto histórico. Levando em consideração as diferentes formas de organização

do espaço nas escalas local, regional, nacional e mundial.

A sobrevivência do homem depende muito da relação que esse

desenvolve com o espaço geográfico. Contudo, nem sempre essa relação ocorre de

forma a tornar o espaço mais justo e democrático, pelo contrário, a elaboração desse

espaço sempre esteve subordinada aos interesses geopolíticos de expansão territoriais

de estados ou a interesses das classes dominantes.

A Geografia do passado pouco ou nada tem a ver com a de hoje. Durante

muitos séculos ela serviu para descrever e caracterizar elementos, muito útil para os

colonizadores, como no livro de Yves de Lacoste “A Geografia serve para fazer a

Guerra”, fazendo uma relação entre sociedade e espaço, havendo uma dicotomia entre

a sociedade e a natureza.

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362Durante o regime militar, a Geografia no Brasil tinha a função política para

segurança e estratégia, mas foi com a introdução da Geografia Crítica e da democracia

que se adotou o método do materialismo histórico dialético, dando novas interpretações

aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia, trazendo as questões

econômicas, políticas e sócio-ambiental.

De acordo com a concepção teórica assumida são apontados os

Conteúdos Estruturantes da Geografia da Educação Básica, considerando seu objeto

de estudo/ ensino que é o espaço geográfico. São eles: Dimensão Econômica da

Produção do/no espaço, Geopolítica, Dimensão Sócio-ambiental, Dinâmica Cultural e

Demográfica, cabendo ao professor retomar os estudos teóricos epistemológicos da

geografia e reorganizar o seu fazer pedagógico com clareza teórico-conceitual e com

base nos conteúdos estruturantes.

Tem como objetivos gerais:

Construir, numa inter-relação entre os conteúdos clássicos e os

acontecimentos atuais, no desenvolvimento de sujeitos tornando-os capazes

de agir sobre sua própria realidade, modificando-a para o bem comum.

Aprofundar as relações entre o homem e o espaço em que está inserido

numa perspectiva de abordagem sócio-ambiental.

Possibilitar a compreensão sócio-histórica das relações de produção

capitalista, para que reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas,

econômicas e culturais, materializando no espaço geográfico.

Compreender tanto a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua

transformação em função da ação humana e sua participação na constituição

da fisicidade do espaço geográfico.

Perceber que os aspectos culturais do espaço e demográficos do espaço

geográfico contribuem para a compreensão do momento de intensa

circulação de informação, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida.

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363Conhecer e compreender as principais características do espaço

geográfico, de sua transformação e de seus elementos, no lugar onde vivem

e em espaços maiores, como o Brasil e o mundo.

Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço em que está inserido, a

partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas entre os

territórios que a eles sobrepõe como campo de forças sociais e políticas.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

1) Formação e transformação das paisagens naturais e culturais2) Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção3) A formação, localização e exploração dos recursos naturais4)A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico5) As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista6) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espacias da diversidade cultural7) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos

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364

6ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

1) Formação do território brasileiro2) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro3) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção4) As diversas regionalizações do espaço brasileiro5) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural6) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos7) Movimentos migratórios e suas motivações8) O espaço rural e a modernização da agricultura9) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço10) A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização11) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico12) A circulação de mão - de - obra, das mercadorias e das informações

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365

7ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

1) As diversas regionalizações do espaço geográfico2) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano3) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado4) O comércio em suas implicações sócio-espaciais5) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias, e informações6) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico7) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista8) O espaço rural e a modernização da agricultura9) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos10) Os movimentos migratórios e suas motivações11) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural12) A formação, a localização, exploração dos recursos naturais

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3668ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

1) As diversas regionalizações do espaço geográfico2) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado3) A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção4) O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais 5) A Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração de territórios6) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos7) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural8) Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações9) A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico10) A formação, localização, exploração dos recursos naturais;11) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de explorações e produção12) O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial

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367 ENSINO MÉDIO

Conteúdos estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

1)Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

1) A formação e transformações das paisagens2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção3) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a ( re)organização do espaço geográfico4) A formação, localização e exploração dos recursos naturais5) A revolução tecno-científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção6) O espaço rural e a modernização da agricultura7) O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial8) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações9) Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios10) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista 11) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente12) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço13) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos14) Os movimentos migratórios e suas motivações15) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural16) O comércio e as implicações sócio-espaciais17) As diversas regionalizações do espaço geográfico18) As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização19) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

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368

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas

referentes as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que tratam da História e Cultura Afro-

Brasileira Africana e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, respectivamente,

através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-

brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda com o propósito de

trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças etno-raciais que

estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando a reflexão crítica,

o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes, dando enfase a lei de

Educação ambiental nº 9795/99, relacionando essa questão com o desenvolvimento

sustentável, análise ambiental por meio de mapas, preservação meio abiótico e biótico,

afim que a comunidade escolar, bem como a sociedade e as futuras gerações possam

garantir um mendo melhor. A Diretriz Curricular da Educação do Campo reforça que as

pessoas do campo tem direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e com a

sua participação, vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade, Educação Escolar indígena e outros de acordo com os cadernos

temáticos da SEED ( Secretaria de Estado da Educação do Paraná)

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369

3 - METODOLOGIA

Os conteúdos geográficos devem ser trabalhados de forma crítica e

dinâmica. O aluno deve ser visto como um ser criativo autônomo e articulador de suas

ideias. O professor deverá sistematizar o conhecimento, correlacionando-os aos

conteúdos propostos e dando-lhes uma fundamentação científica, atuando como

mediador, levando o aluno a um trabalho cada vez mais independente.

Na Geografia o professor deve trabalhar com uma postura investigativa de

pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo – não somente de

sua parte, mas em conjunto com os alunos – tendo em vista sua função enquanto

agente transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria

sociedade.

A Geografia deve ser direcionada de forma dialética, interligando teoria –

prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos e utilizando a

cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes

escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.

O trabalho em sala de aula deverá ser bem diversificado, visando à

interação professor/aluno. Além da utilização de materiais concretos que favoreçam a

leitura, interpretação, análise, comparação de dados e hipóteses.

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser formativa, sendo um ato contínuo, priorizando a

qualidade e o processo de aprendizagem.

A avaliação formativa será diagnosticada e continuada contemplando

diferentes práticas pedagógicos tais como: leitura, interpretação e produção de textos

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370geográficos, leitura e interpretações de fotos, imagens e mapas, pesquisas

bibliográficas, aulas de campo, leitura e interpretação de tabelas e gráficos, construção

de maquetes, produção de mapas mentais, relatórios de vídeos etc.

A avaliação deve ser formativa e processual, considerando aspectos como

o conhecimento que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social

desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as

relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do

processo de ensino-aprendizagem.

Nesta perspectiva, a avaliação deve ser colocada a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas, e não como elemento externo a este processo. Assim, o professor precisa

considerar o seu planejamento, a sua prática pedagógica e, suas intenções ao tratar os

conteúdos específicos por meio de uma abordagem articulada dessas diretrizes. O

aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno

compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo

uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas e

reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Critérios de avaliação:

Espera-se que o aluno:

Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.

Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas

Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.

Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.

Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.

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371Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território,

natureza e sociedade.

Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas.

Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos, naturais e econômicas.

Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial.

Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais

Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

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5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro

Didático Público de Geografia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Geografia – Ensino Fundamental e Médio.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

VESENTINI, J. Willian e VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo:

Ática, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -

Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático

– Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.

LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação

Ambiental

LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.

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373

Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Filosofia é uma disciplina que deve possibilitar o desenvolvimento de um

estilo próprio de pensamento. A Filosofia pode ser considerada como conteúdo

produzido pelos filósofos ao longo do tempo, mas também como o exercício do

pensamento que busca o entendimento das coisas, das pessoas e do meio em que

vivem, portanto, um pensar histórico, crítico e criativo, que discuta os problemas da vida

a luz da História da Filosofia. A partir do estudo da Filosofia é possível contribuir para o

pleno desenvolvimento do educando, tanto em seu preparo para o exercício da

cidadania como em sua qualificação para o trabalho.

O objeto de estudo da Filosofia é o pensamento, e é no espaço escolar

que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o pensamento crítico, a

resistência e a criação/recriação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o espaço

escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre

as diferenças a sua convivência e a construção da sua história.

A disciplina de Filosofia na matriz curricular do Ensino Médio pode

viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da

linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná de Filosofia, o

qual compartilhamos as mesmas ideias, pretende provocar o despertar da consciência

de ensinar a pensar filosoficamente, a pensar do ponto de vista da totalidade, o que é

equivalente, pois é na totalidade que as coisas mergulham as suas raízes, é pensar, ou

apreender a parte na perspectiva do todo, e o todo na perspectiva da parte. Devemos

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374indagar pelo que se acha na origem da Filosofia, e não em seu começo, ou seja, qual é

a raiz de que brota a necessidade de filosofar. E para atender a esse pensar foram

selecionados os seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do

Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência.

Essa disciplina tem como objetivos gerais:

Oferecer aos estudantes uma possibilidade de compreensão das

complexidades do mundo contemporâneo, com suas múltiplas

particularidades e especializações, pois não há sujeitos democráticos e não

há como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar a

democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de

discernimento, o uso autônomo da razão.

Possibilitar aos estudantes desenvolver estilo próprio de pensamento. O

ensino de Filosofia é um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia

e o filosofar como atividades indissociáveis que dão ao ensino de Filosofia.

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2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

Mito e filosofia

Teoria do conhecimento

Ética

Filosofia Política

Filosofia da ciência

Estética

Conteúdos básicos

• Saber mítico;• Saber filosófico• Relação Mito e filosofia• Atualidade do mito• O que é filosofia

• Possibilidade do conhecimento;• As formas de conhecimento• O problema da verdade• A questão do método• Conhecimento e lógica

•Ética e moral• Pluralidade ética• Ética e violência• Razão, desejo e vontade• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas

• Relações entre comunidade poder• Liberdade e igualdade política• Política e ideologia• Esfera pública e privada• Cidadania formal e/ou participativa

•Concepções de ciência• A questão do método científico• Contribuições e limites da ciência• Ciência e ideologia• Ciência e ética

•Natureza da arte;•Filosofia e arte•Categorias estéticas -feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto etc.• Estética e sociedade

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376

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes

as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira

Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

Considerando-se a dimensão dos conteúdos em Filosofia, apontamos nesta

Proposta Curricular os conteúdos básicos estruturantes, conforme as Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná:

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377

•Mito e Filosofia;

1.A compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional, conceitual

entre os gregos foi decisiva no desenvolvimento da cultura da civilização

ocidental. Entender a conquista da autonomia da racionalidade diante do mito

marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e do

desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da

História. É de fundamental importância que o estudante do Ensino Médio

conheça o contexto histórico e político do surgimento da Filosofia e o que ele

significou na cultura helênica.

2.Os recortes, para desenvolver esses conteúdos, podem buscar problematizar a

superação, a permanência e as formas de experiência mítica e filosófica no

passado e na atualidade.

•Teoria do Conhecimento;

1.A teoria do conhecimento, constituída como campo do conhecimento filosófico

de forma autônoma apenas no início da Idade Moderna, ocupa-se de forma

sistemática com a origem, a essência e a certeza do conhecimento humano.

Aborda basicamente questões como estas: quanto ao critério da verdade – “O

que permite reconhecer o verdadeiro?”; quanto à possibilidade do conhecimento

– “Pode o sujeito apreender o objeto?”; quanto ao âmbito do conhecimento –

“Abrange ele a totalidade do real ou se restringe ao sujeito que conhece?”;

quanto à origem do conhecimento – “Qual é a fonte do conhecimento?”.

2.O recorte do conteúdo específico pode problematizar o sentido, os

fundamentos, a possibilidade e a validade dos conhecimentos..

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•Ética;

1.A Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Um dos grandes

problemas do campo da ética é o da relação entre o sujeito e a norma. A ética

possibilita análise crítica para atribuição de valores. A reflexão ética no espaço

escolar tem por foco a ação individual ou coletiva na perspectiva da Filosofia.

Mais do que ensinar valores específicos, trata-se de mostrar que o agir

fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem

razão ou justificativas.

2.O recorte pode se dar a partir da busca dos fundamentos da ação humana e

dos valores que permeiam as relações intersubjetivas. Podem ser

problematizados temas como: valores, virtude, felicidade, autonomia etc.

•Filosofia Política;

1.A Filosofia Política busca discutir as relações de poder e compreender os

mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. No

Ensino Médio, a Filosofia Política tem por objetivo problematizar conceitos como

o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade, dentre

outros, de modo que se atenda ao dispositivo da LDB preparando o estudante

para uma ação política efetiva.

2.O recorte pode se dar a partir da discussão das relações de poder e da busca

de compreensão dos mecanismos que estruturam e legitimam os sistemas

políticos.

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379•Filosofia da Ciência

1.A Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos

resultados das diversas ciências. Consiste em refletir criticamente o

conhecimento científico, para conhecer e analisar todo o processo de construção

da ciência do ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar,

político, filosófico e histórico.

2.No contexto do Ensino Médio, portanto, importa estudar a Filosofia da Ciência

na perspectiva da produção do conhecimento científico, problematizando o

método, possibilitando o contato com o modo como os cientistas trabalham e

pensam.

3.O recorte pode ser a partir das principais hipóteses e resultados obtidos pela

Ciência, como também as questões relativas ao conhecimento e ao processo de

produção científica.

•Estética

1.As atitudes problematizadora e investigativa característica da Filosofia voltam-

se também para a realidade sensível. O objeto do conteúdo estruturante de

Estética é a compreensão da sensibilidade, da representação criativa, a

apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as

relações do homem com o mundo e consigo mesmo.

2.No Ensino Médio, a Estética possibilita a compreensão e a apreensão da

realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas

resultado da atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da

fruição, que contribuem para a constituição de sujeitos críticos e criativos.

3.O recorte deve buscar a compreensão da sensibilidade, representação criativa,

a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como ela determina as

relações do homem com o mundo e consigo mesmo.

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3803 - METODOLOGIA

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a

investigação e a criação de conceitos.

A Sensibilização não é ainda uma atividade propriamente filosófica. Ela

utiliza-se de diversos recursos: filmes, obras de arte, texto jornalístico ou literário,

músicas, charges, trabalho de campo e outros. Tem a função de instigar, provocar,

desafiar, sensibilizar para pensar o problema. É importante que não seja confundida

com provocar emoções, sentimentos de pena, culpa ou piedade.

A Problematização, convida o estudante a analisar o problema, o que se

faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a

experiência filosófica. Os problemas filosóficos estão presentes na atualidade e nos

textos filosóficos. O ensino da Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com

a vida, por isso é importante que na busca de resolução de problema haja preocupação

também com a análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que remeta

o estudante a sua própria realidade.

A Investigação filosófica serve para exercitar o pensamento de forma

metódica buscando elementos, informações, conhecimentos para discutir o problema

posto. A investigação filosófica deverá recorrer à História da Filosofia e aos clássicos,

seus problemas e possíveis soluções.

A criação e a recriação de conceitos é o processo pelo qual o estudante

se apropria, pensa e repensa os conceitos problematizados e investigados da formação

filosófica. Com isso espera-se que o estudante possa argumentar de forma verbal e

escrita utilizando os conceitos apropriados de forma lógica, coerente e original (criação

de conceitos).

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381O ensino da Filosofia não se confunde apenas com o ensino de

conteúdos. Os conteúdos são elementos mediadores fundamentais para que se possa

desenvolver o ensino de Filosofia.

Na proposta de trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas

significativos para estudantes do Ensino Médio, é importante que haja a preocupação

de não ser superficial e de demorar o tempo necessário para realização de todo o

processo de ensino proposto, desde a sensibilização para o problema passando pelo

estudo dos textos filosóficos, até a elaboração de conceitos, para que se garanta de

fato a reflexão filosófica.

O ensino da Filosofia, uma vez que articula vários elementos, pressupõe

um bom planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras

estratégias, a fim de que a investigação seja de fato a diretriz do ensino.

O encaminhamento metodológico será feito através de pesquisas,

trabalhos em grupo, montagens de painéis, palestras, aulas expositivas, debates,

estudo de mapas, exercícios, usando como recursos pedagógicos e tecnológicos:

slides, fitas VHS, CDs educativos, DVDs, TV Paulo Freire, TV pendrive e Laboratório

Paraná Digital além de atividades que estimulem o trabalho coletivo como: músicas,

desenhos, poesias, dramatizações entre outros.

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, tendo como intuito redimensionar e subsidiar

a ação docente e discente. Para isso utilizará como instrumentos as avaliações

objetivas e dissertativas nos diversos momentos como: leitura, debate, produção de

textos, pesquisa, atividades investigativas e de fixação.

É importante avaliar o aluno, a sua capacidade de argumentação,

identificando os limites das suas ideias, apresentando disposições para rever suas

posições, porém não tem fim em si mesma, mas é um processo que se dá no processo

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382e não como um momento separado, visto em si mesmo. O aluno também deve fazer

sua auto-avaliação, pois o processo avaliativo necessita ser olhado e redirecionado por

todas as esferas do coletivo escolar.

Critérios de avaliação:

Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas

particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,

pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Teoria do

Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.

Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a

atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando

toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto,

terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo

resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

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383

5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de Filosofia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Filosofia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR,

2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -

Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático

– Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.

LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação

Ambiental

LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.

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384Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia tem o papel histórico que vai além da leitura e explicações

teóricas da sociedade. Para melhor adequação social, ou mesmo para a mera crítica

social, no sentido de sua transformação. A Sociologia é uma disciplina que contribui

para a criação de uma consciência crítica do sujeito social, sobre o mundo que o cerca

e sobre si mesmo.

O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das

mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista. Estas

relações materializam-se nas diversas instâncias sociais, movimentos sociais, práticas

políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e

historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa a sua

dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que

implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.

Em contato com os diversos conteúdos estruturantes propostos pela

disciplina, o aluno enfrenta o desafio de discutir sobre temas do cotidiano, não mais

sobre a apreciação minuciosa do senso comum, mas sob a perspectiva de uma ciência

que exige rigor teórico-metodológico, historicamente consolidada.

As Diretrizes Curriculares propõe-se metodologicamente que o ensino da

Sociologia seja fundamentada em conteúdos estruturantes, que não se resumem a uma

listagem de temas e conceitos encadeados de forma rigorosa, sem contextualizações.

Os conteúdos estruturantes, são os conteúdos representativos dos grandes campos de

saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser compreendidos (eles

também) a partir da práxis pedagógica como construção histórica. Esses conteúdos

estruturantes devem poder instrumentalizar professores e alunos – sujeitos da

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385educação escolar/ prática social – na seleção, organização e problematização dos

conteúdos específicos a partir das necessidades locais e coletivas, sem perder de vista

a busca da totalidade, através do estabelecimento de inter-relações e não da simples

soma das partes. Os conteúdos estruturantes são: - O processo de socialização e as

instituições sociais, - Cultura e indústria cultural, - Trabalho, produção e classes sociais,

- Poder, política e ideologia, - Direitos, cidadania e movimentos sociais.

Essa disciplina tem como objetivos gerais:

Contribuir para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria

condição de vida e fundamentalmente para análise das sociedades, ao compor,

consolidar e alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que

esclarecem muitos dos problemas da vida social, enfim o objetivo geral da

Sociologia é preparar para a transformação social.

Possibilitar o reconhecimento da existência do outro, ou seja, fazer com que o

aluno perceba que na sociedade convivemos com diferentes grupos sociais. Estes

podem ser diferentes em suas crenças e formas de agir mas, baseando-se no

princípio da alteridade, devemos respeitar as diferenças. Só assim é possível

estabelecer a cidadania dentro do estado democrático do direito. Os caminhos são o

combate ao preconceito que permeiam as relações nas diferentes esferas da vida

social.

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3862 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos estruturantes1.O surgimento da Sociologia e Teorias Sociologias

2.Processo de Socialização e as Instituições Sociais

3.Cultura e indústria cultural

4.Trabalho, produção e classes sociais

5.Poder, política e Ideologia

6.Direito, cidadania e movimentos sociais

Conteúdos básicos_ Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social _ Pensamento científico e senso comum_ Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber_ O desenvolvimento da sociologia no Brasil

_ Processo de socialização_Grupos sociais_Instituições sociais: Familiares; Escolares, Religiosas_ Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.

_Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;_ Diversidade cultural_Identidade_Indústria cultural_ Meios de comunicação de massa_ Sociedade de consumo_ Indústria cultural no Brasil_ Preconceito;_ Questões de gênero_ Cultura afro-brasileira e africana_Cultura indígena

_O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades_ desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais_ Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições_Globalização_Relações de trabalho_Neoliberalismo_Trabalho no Brasil

_Formação e desenvolvimento do Estado Moderno_Democracia, autoritarismo, totalitarismo_Estado no Brasileira Conceitos de poder_Conceitos de Ideologia_Conceitos de dominação e legitimidade_As expressões da violência nas sociedades contemporâneas

_ Direitos: civis, políticos e sociais_ Direitos Humanos_ Conceito de cidadania_Conceito de Movimentos Sociais_Movimentos sociais urbanos e rurais_Movimentos Sociais no Brasil _ Movimentos ambientalistas_ONG´s

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Considerando-se a dimensão dos conteúdos em Sociologia, apontamos

nesta Proposta Curricular os cinco conteúdos básicos estruturantes, conforme as

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná:

•Processo de Socialização e as Instituições Sociais;

- As instituições devem ser situadas no tempo e no espaço, ou seja, não é

possível estabelecer comparações entre instituições de sociedade

diferentes, e devem ser estudadas em suas dinâmicas e contradições,

entendidas como construções sociais, passíveis de críticas e mudanças;

- A dinâmica do processo de socialização;

- Instituições escolares, familiares, religiosas, empresariais, presidiárias

etc.

•Cultura e Indústria Cultural;

- Esse conteúdo deve problematizar e desnaturalizar os conceitos de

cultura e suas derivações. As diferentes sociedades e grupos sociais não

podem ser comparadas entre si e classificadas como mais, ou menos

importantes, pois possuem desenvolvimento político, econômico e social,

bastante diversificados.

- Conceitos de cultura, diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo

cultural, cultura e gênero, etnia, e minorias, mercantilização da cultura.

- Enfatizar diferentes culturas, manifestação simbólica dentro da cultura.

Observar que cada autor traz a sua cultura, em seus registros.

•Trabalho, Produção e Classes Sociais;

− As mudanças estruturais das sociedades modernas e contemporâneas

e as decorrentes mudanças nas relações de trabalho.

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388

- Construção das relações de trabalho na sociedade capitalista, mudanças

no mundo do trabalho, nas sociedades contemporâneas neoliberais,

desemprego, subemprego, novas configurações de classes sociais.

•Poder, Política e Ideologia;

- Problematização à respeito da constituição do poder: este não se

constitui por si só, mas possui uma estratégia, um discurso e uma forma

para se legitimar. Portanto, em sua forma de efetivação está embutida a

ideologia que se manifesta a partir de práticas políticas. Os conceitos

poderão ser trabalhados separadamente, mas deverão estar sempre em

diálogo.

- Conceitos de poder, política e ideologia e suas implicações nas diversas

instância sociais.

•Direito, Cidadania e Movimentos Sociais;

- Este conteúdo articula os conceitos de direito, cidadania e movimentos

sociais, pois na análise dos direitos deve-se considerar que esses foram

sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram sendo conquistados pela

pressão dos que não tinham direitos.

− São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de

sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se

tornam plenos, e portanto, elementos da cidadania, se forem exercidos no

cotidiano das ações das pessoas.

A importância da organização dos conteúdos estruturantes, como propõe-

se, que seja fundamentado nas Diretrizes Curriculares e com o Livro Didático

contemplado, propomos desenvolver sim, um olhar crítico explicativo, mas

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389principalmente interrogador e que conduza às mudanças de atitudes a respeito da

organização da sociedade, para o desenvolvimento de um pensamento reflexivo, livre

de noções preconceituosas em função da sociedade, atendendo às dimensões

intelectuais e políticas dos jovens educandos.

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes

as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira

Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

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390

4 – METODOLOGIA

Essas diretrizes sugerem que a disciplina seja iniciada, a título de

introdução, com uma breve contextualização da construção histórica da Sociologia, e

das teorias sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas,

numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente os conteúdos

específicos.

Propor para o aluno o que ele tem interesse dentro dos conteúdos

estruturantes.

Abrir espaço para os alunos expressarem suas ideias. Exemplo: O que

entende de questões sociais?

Trabalhar através de teatro, debates, seminários, resumo de textos, e

outras atividades, procurando incentivar a oralidade, para depois expressar-se também

por outros meios.

O encaminhamento metodológico será feito através de pesquisas,

trabalhos em grupo, montagens de painéis, palestras, aulas expositivas, debates,

estudo de mapas, exercícios, usando como recursos pedagógicos e tecnológicos:

slides, fitas VHS, CDs educativos, DVDs, TV Paulo Freire, TV pendrive e Laboratório

Paraná Digital além de atividades que estimulem o trabalho coletivo como: músicas,

desenhos, poesias, dramatizações entre outros.

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391

4 - AVALIAÇÃO

Os critérios de Avaliação em Sociologia devem ser construídos junto com

os alunos, pois deve ser pensada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus

critérios devem ser debatidos criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela

disciplina.

Espera-se que os estudantes compreendam:

O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;

Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;

Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão

da sociedade e dos indivíduos.

Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para

capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.

Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a

diversidade de interesses existentes na sociedade.

Identifiquem-se como seres eminentemente sociais;

Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em

seu processo de socialização e as contradições deste processo;

Reflitam sobre suas ações individuais e que as ações em sociedade são

interdependentes;

Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as

diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades

Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de

dominação na sociedade contemporânea;

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392Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que

transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de

formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;

Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que

está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.

A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história

A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho

diversas a ela.

As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;

Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são

“naturais”. Variam conforme a articulação e organização das estruturas de

apropriação econômica e de dominação política;

As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de

globalização;

Possam analisar e compreender de forma crítica o desenvolvimento do Estado

Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas;

Possam analisar criticamente os processos que estabelecem as relações de

poder presentes nas sociedades.

Possam compreender e avaliar o papel desempenhado pela ideologia em vários

contextos sociais.

Possam compreender os diversos mecanismos de dominação existentes nas

diferentes sociedades.

possam perceber criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta

e estabelece na sociedade brasileira.

•Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos, e sua relação com a

cidadania;

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393•Percebam como direitos que hoje consideram “naturais” são resultado da luta de

diversos indivíduos ao longo do tempo;

•Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa

sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;

•Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.

•Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em

suas especificidades.

As formas de avaliação em Sociologia portanto, acompanham as próprias

práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,

que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo,

seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao

selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretendem atingir, no sentido da

apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos pelo aluno.

Os alunos serão avaliados através de diversos instrumentos, tanto escritos

como orais, expressivos e outros, tendo como fim observar a apreensão de alguns

conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social e a capacidade de

expressar-se com coerência e fundamentação teórica.

A avaliação abrange o trabalho do professor e da escola, pois os

resultados obtidos pelos alunos servem para redimensionar a atuação da instituição

escolar. O aluno também participa do processo avaliativo, através da auto-avaliação.

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394

5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático

Público de Sociologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Sociologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-

PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -

Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático

– Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.

LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação

Ambiental

LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.

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395Proposta Pedagógica Curricular de Matemática

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Matemática é visto como instrumento para a compreensão, a

investigação, a inter-relação, provocando modificações do indivíduo, do mais simples

acúmulo de conhecimento até o progresso de criar significados, construir seus próprios

instrumentos, desenvolvendo o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e

transcender.

A educação matemática configurou-se como campo de estudo de modo

que os professores encontraram fundamentação teórica e metodológico para direcionar

sua prática sua prática docente. É uma área que engloba inúmeros saberes, direta ou

indiretamente sobre todos os processos de ensino-aprendizagem embora ainda

encontra-se em processo de construção, de forma a envolver-se com as relações entre

o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.

Os conteúdos estruturantes organizam os campos de estudos,

selecionados a partir de uma análise onde são considerados fundamentais para a

compreensão do processo de ensino e da aprendizagem em matemática, a serem

abordados numa prática docente, priorizando relações e interdependências que,

consequentemente, enriquecem os processos que na medida em que os conceitos

podem ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens

possibilitam, podem ser retomadas e aprofundados, mediante a configuração curricular,

que promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em

articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo

estruturante e entre conteúdos específicos pertinentes a conteúdos estruturantes

diferentes, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.

A história da matemática influenciou e continua fundamentado o ensino da

matemática até hoje. Por meio dessa história, encontra-se a oportunidade de

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396compreender a ciência matemática desde as suas origens, e como a disciplina

matemática tem se configurado no currículo escolar brasileiro.

A disciplina de matemática tem como objetivo, fazer com que o aluno

compreenda e se aproprie da matemática como um conjunto de métodos, resultados,

procedimentos, algoritmos etc. Tem também como finalidade fazer com que o

estudante construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e particularmente do

cidadão, isto é, do homem público, a formação de um estudante crítico, capaz de agir

com autonomia nas relações sociais e se aproprie de conhecimentos, dentre eles, o

matemático, que contribui para o desenvolvimento, possibilitando a criação de relações

sociais e a influência na formação do pensamento humano, e na produção de sua

existência por meio das ideias e das tecnologias.

2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Sistemas de Numeração;- Números Naturais;- Múltiplos e divisores;- Potenciação e radiciação;- Números Fracionários;- Números decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de comprimento;- Medidas de massa;- Medidas de área;- Medidas de volume; - Medidas de tempo;- Medidas de ângulos;- Sistema Monetário.

GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem.

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POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÃO CONCEITUAIS: Gráficos de Barras, Setor Linhas, Colunas,

quadrados, Círculos, Retângulos, Triângulos, trapézio, Paralelogramo, Losangos,

Símbolos Romanos, Egípcios, Múltiplos e Submúltiplos das Medidas, Rotação e

Translação.

RELAÇÕES INTERDICIPLINARES: Relato cotidiano dos alunos, o que eles

colhem, plantam, criam, o tempo de trabalho, os dias e horas de trabalho semanal,o

valor da diária, do salaminho,do balaio, do hectare etc.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Inteiros;- Números racionais;- Equação e Inequação do 1º grau;- Razão e proporção;- Regra de três.

GRANDEZAS E MEDIDAS- Medidas de temperatura;- Ângulos.

GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial; - Geometrias Não-Euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Pesquisa Estatística;- Média Aritmética;- Moda e mediana;- Juros simples.

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398

POSSÍVEIS RELAÇÕES

Determinação da Medida Numérica de Ângulos Dados na Forma Algébrica,

Monômios, Polinômios, Sistemas de Equações, Valor Numérico, Ampliação dos

Conjuntos Numéricos, Circunferência e a Relação com o Número Pi.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau;- Potências;- Monômios e Polinômios;- Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS- Medida de comprimento;- Medida de área;- Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana- Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Gráfico e Informação;- População e amostra.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

Determinação da Medida Numérica de Ângulos Dados na Forma Algébrica,

Monômios, Polinômios, Sistemas de Equações, Valor Numérico, Ampliação dos

Conjuntos Numéricos, Circunferência e a Relação com o Número Pi.

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8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Reais; - Propriedades dos radicais;- Equação do 2º grau;- Teorema de Pitágoras;- Equações Irracionais;- Equações Biquadradas;- Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;- Trigonometria no Triângulo Retângulo;

FUNÇÕES- Noção intuitiva de Função Afim .- Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana;- Geometria Espacial; - Geometria Analítica;- Geometria Não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade;- Estatística;- Juros Composto.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

Sempre que necessário se fazem retomadas sobre assuntos que

fizeram parte do conhecimento prévio do aluno.

Os conteúdos de matemática propiciam diversas relações com o

trabalho de Educação do Campo.

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400ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números reais;- Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios.- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.

FUNÇÕES

- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.

NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números reais;- Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios.- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.

FUNÇÕES

- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.

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401

GEOMETRIAS

- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias Não- Euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Analise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades; - Estatística;- Matemática Financeira.

Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos

estruturantes são: - Números e Álgebra, Geometria, Funções e Tratamento da

Informação.

O conteúdo estruturante Números e Álgebra encontra-se desdobrado em

conjuntos dos números reais, noções de números complexos, matrizes, determinantes,

sistemas lineares e Polinômios.

Por conta de necessidades práticas surge uma tendência marcante na

Matemática baseada na vivência e no cotidiano das pessoas: o conhecimento

matemático se volta para a aritmética prática e a mediação, mas também com o passar

do tempo desenvolve tendência para abstração, ganhando assim novas configurações.

As produções matemáticas do século XVII ao século XIX procuraram

atender aos desmandos de algumas atividades humanas, principalmente as comerciais

e a administração públicas, portanto nesse estágio a Álgebra alcançou um novo estágio

de desenvolvimento que permitiu encontrar soluções para equações cúbicas, raízes de

grau maior que três, usou também pela primeira vez os números imaginários na

tentativa de encontrar raízes quadradas de números negativos, em resumo originou a

teoria das equações algébricas.

Trabalhar com o conteúdo estruturante Álgebra é estabelecer, nas

relações entre os desdobramentos possíveis o pensamento algébrico enquanto

linguagem. Pensar algebricamente é produzir significado para situações em termos de

números e operações aritméticas, e igualdades ou desigualdades, e com base nisso,

transformar as expressões obtidas.

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402De acordo com o contexto da Educação Matemática é necessário que a

álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e descrever

relações em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, partindo do

pensamento algébrico e dos significados que este produz. O conceito de Álgebra é

permeado pelo uso de convenções algébricas: conceito de variável, de incógnita,

conhecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e operações, cálculo

literal e coeficientes numéricos, que não pode ser concebido pelas simples

manipulações automáticas desses elementos que a compõem, pois juntamente com a

álgebra estão os Números que desde os tempos mais remotos estão presentes na vida

do homem. Os métodos de contagem da antiguidade, como entalhe em paus, nós em

cordas e outros contribui para o desenvolvimento social e favoreceu o surgimento de

símbolos especiais tanto para a contagem quanto para a escrita.

O atual sistema de numeração formado pelos algarismos de 0 a 9, iniciou

com os números 1 e 2 quando o homem percebeu diferenças nítidas entre a unidade, o

par e a pluralidade e na medida em que o homem avançou no conhecimento e se

deparou com a complexidade de problemas, surgiram os demais algarismos que hoje

estão organizados nos conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, reais e

complexos.

Não há sentido trabalhar isoladamente conjuntos numéricos e suas

especificidades. Devemos compreender que os números estão inseridos em contextos

articulados com os conteúdos específicos da matemática.

O conteúdo estruturante Geométricos, encontra-se desdobrado em

Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções Básicas de

Geometria Não-Euclidiana.

As ideias geométricas abstraídas das percepções das formas geométricas

da natureza influenciou o homem na sua trajetória, permitindo através de coleta de

registros geométricos deixados pelo homem, Euclides sistematizou o conhecimento

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403geométrico na obra chamada Os Elementos de Euclides que categorizou a Geometria,

dando caráter de ciência matemática.

Após a sistematização de Euclides, o conhecimento geométrico recebeu

uma nova abordagem na primeira metade do século XVII, quando nasceu um novo

ramo da matemática, a Geometria Analítica. Neste período a Europa vivia uma fase de

transição política e econômica e o modo de produção capitalista emergente, requeria

das ciências novos conhecimentos, com urgência no campo da astronomia e mecânica,

requeriam da matemática cálculos relativos entre a distância entre pontos, coordenadas

do ponto que divide um segmento segundo uma razão dada, encontro de pontos de

intersecção e curvas de discussão de curvas e por meio da Geometria Analítica, estes

problemas eram solucionadas.

Muitos problemas do cotidiano do homem e do mundo científico que não

são resolvidos pela Geometria euclidiana são solucionadas pela Geometria Não-

euclidiana.

Para orientar a prática docente com os estudantes do Ensino Médio tome-

se por base estudos do campo da Educação Matemática que se voltam para o ensino e

aprendizagem de conteúdos de geometria, que não deve ser trabalhada rigidamente

separada da Aritmética e da Álgebra, por ser rica em elementos que favoreçam a

percepção espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive

para outras disciplinas do conhecimento.

O ensino da Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que

exijam a percepção, a linguagem e o raciocínio geométricos, fatores estes que

influenciam diretamente na relação que envolvem a construção e apropriação de

conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si. Não se deve

super ficializar o processo que objetiva a formação do pensamento geométrico

privilegiando somente as demonstrações geométricas e seus aspectos formais.

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404O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos

Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítmica, Função

Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica.

As funções, enquanto conteúdo da Matemática teve diversas

conceituações, nem todos presentes nas salas de aula. Na idade média, as noções

eram expressar sob uma forma geométrica e cerâmica, mas que prevaleciam, em cada

caso concreto, as descrições verbais ou gráficas.

No período moderno, o aprimoramento dos instrumentos de medida,

inspirou os matemáticos a estudarem as noções de funções, fundamentando-se ma

experiência e observação, contribuindo assim, para a evolução desse conceito, onde

introduziu-se o tratamento quantitativo, as equações em x e y no tratamento das

relações de dependência, noções de curva nos movimentos e fenômenos mecânicos,

taxas de mudança de quantidade, imagens geométricas e linguagem simbólica. Durante

sua sistematização percebe-se as primeiras aproximações do conceito de funções com

a Álgebra, onde a função é expressa por notação algébrica, e o conceito de funções

passou a ter uma maior abrangência, avançou aos campos do Cálculo Diferencial e da

Análise Matemática, contribuindo assim para a caracterização e estudo de cálculos que

envolvem a noção de infinito. Essas contribuições foram fundamentais para o

desenvolvimento da teoria das funções complexas e o conteúdo de Funções simbolizou

os primeiros sinais de modernização do ensino da Matemática.

O papel das expressões analíticas é o de instrumento que por meio as

diversas áreas do conhecimento, e a partir de resolução de problemas possam auxiliar

as atividades humanas.

Enfim, o conceito de Funções pode levar à constatações de regularidades

matemáticos, generalizados e formação de uma linguagem adequada para descrever e

interpretar fenômenos ligados a matemática e as outras áreas do conhecimento. O

estudo das Funções ganha relevância especial pela capacidade de leitura e

interpretação das linguagens gráficas, dá significado as variações das grandezas

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405envolvidas, bem como pela possibilidade de análise para prever resultados e adiantar

previsões. Os gráficos são importantes instrumentos para tornar mais significativas as

resoluções de equações e inequações algébricas.

O tratamento da informação encontra-se desdobrado em Análise

Combinatória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton.

O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da

necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de realizar

leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que

se expressam por meios de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e

conhecimentos das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.

Propõe-se que o ensino da Estatística se realize num processo

investigativo pelo qual o estudante trabalhe com os dados desde sua coleta até os

cálculos finais.

Os conceitos estatísticos devem servir de suporte aos conceitos de outros

conteúdos específicos com os quais possam estabelecer vínculos onde seja possível

quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que

sejam incorporadas as experiências do cotidiano.

O professor deve direcionar a abordagem desse conteúdo baseado em

estudo que privilegia os métodos, as técnicas e os conceitos estatísticos

articuladamente, e para que haja compreensão, sugere-se uma prática com dados

reais que sejam relevantes para os estudantes e principalmente, obtidos por eles

mesmos.

Relacionando o conteúdo de Estatística com o de Probabilidade, os

estudantes deverão ter formação que possibilita a leitura diversificada da realidade, que

perceba, que medidas estatísticas não são fatos encerrados em si mesmos.

O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da

atividade humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e social,

provocando mudanças na vida das pessoas e da sociedade em geral. Sua importância

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406se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários,

interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiros,

entre outras atividades de caráter financeiro.

O conteúdo específico Binômio de Newton possui articulações que podem

ser estabelecidas entre Análise Combinatória, Estatística e Probabilidade, o que

possibilita, ao estudante articular esses conceitos com os presentes em outros

conteúdos específicos. No cálculo de probabilidades, por exemplo, se usa distribuição

binominal quando o experimento consiste numa sequência de ensaios ou tentativas

independentes.

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas

referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

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407

3 – METODOLOGIA

Para um ensino significativo busca-se direcionar o trabalho docente de

forma que o mesmo seja ponte para abordagens a partir dos inter-relacionamentos e

articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.

Assim, os conteúdos específicos articulam-se ente si e os conteúdos

estruturantes transitam em outros conteúdos estruturantes, de modo que nenhum deles

é abordado isoladamente.

A postura metodológica que permite a apropriação de um conhecimento

em Matemática mediante configuração curricular, que promove a organização de um

trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os conteúdos

específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as

significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do

enriquecimento e das construções de novas relações.

Para o exercício da prática docente nas tendências temáticas

metodológicas da Educação Matemática elegem algumas propostas metodológicas que

procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, destacando-se a

Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias Tecnológicas, a

Etnomatemática e a História da Matemática, considerando que nenhuma tendência é

mais importante que a outra, tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma vez

que se complementam.

Os conteúdos propostos, serão abordados por meio dessas tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, dos quais

destacam-se:

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408 RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS

Faremos uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas,

pois isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o Ensino de Matemática a

modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A resolução de

problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como

conhecimento passível de ser apreendido.

É importante lembrar que resolução de exercícios é diferente de resolução

de problemas, pois no primeiro caso dispõem de mecanismos que levam a solução

imediata enquanto que na resolução de problemas, muitas vezes é preciso levantar

hipóteses e testá-los, desta forma pode ser um exercício para alguns e um problema

para outros, dependendo dos conhecimentos prévios.

ETNOMATEMÁTICA

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de

relevância social que produzem o conhecimento matemático. Através desta

metodologia, busca-se uma organização da sociedade, por meio de um ensino que

valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes

culturais, adaptando essas às novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e

saberes.

MODELAGEM MATEMÁTICA

Problematizando as situações do cotidiano, fenômenos diários sejam eles

físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises criticas e

compreensão diversas de mundo, contribuindo para sua formação crítica.

MÍDIAS TECNOLÓGICAS

O uso da mídia tem suscitado novas questões, atividades com lápis e

papel, para construir gráficas etc., se forem feitos com o uso computador, permitem

experiências matemáticas, potencializando formas de resoluções de problemas,

descobrindo o fazer matemático de uma forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a

prática.

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409

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos

fatos sociais e políticos, sendo um elemento orientador na elaboração de atividades, na

criação dos situações-problema, buscando uma referência para a melhor compreensão

dos conteúdos matemáticos.

INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS

Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um

matemático, formulando conjecturas a respeito do que está investigando. Os alunos

investigarão qual a mais adequada a questão investigada, discutindo o argumento com

colegas e professor(a).

Sempre que for preciso, articula-se as tendências, buscando a melhor

eficácia no processo de ensinar, tendo condições de realizar as devidas análises, os

debates, as conjecturas e a conclusão de ideias ou atitudes.

Para um ensino significativo busca-se direcionar o trabalho docente de

forma que o mesmo seja ponte para abordagens a partir dos inter-relacionamentos e

articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.

No contexto da Educação Matemática os ambientes de aprendizagens

gerados por aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares,

potencializam o processo de ensino e da aprendizagem, suscita novas questões, em

relação ao currículo, à experimentação matemática, as possibilidades do surgimento de

novos conceitos e de novas teorias matemáticas.

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4104 - AVALIAÇÃO

Por conta do crescimento das possibilidades do ensino e da

aprendizagem em Matemática, a avaliação merece uma atenção especial por parte dos

professores da disciplina.

Numa perspectiva tradicional é comum avaliar os alunos, levando-se em

conta apenas o resultado final de operações e algoritmos, desconsiderando o resultado

final de operações e algoritmos, desconsiderando todo o processo de construção. Para

superação desta concepção de avaliação, é importante o professor de matemática ao

propor atividades em suas aulas, sempre insistir com os alunos para que explicitem os

procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por

escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando de algoritmos, resolvendo

problemas, entre outros. É necessário que o professor reconheça que o conhecimento

matemático não seja fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente,

e que amplie as possibilidades do aluno ampliar e expressar o seu conhecimento

adquirido.

Nesse contexto de concepção da Educação Matemática adotada nestas

Diretrizes, a avaliação tem caráter de mediação no processo de ensino e

aprendizagem. Nesse contexto cabe ao professor propor encaminhamentos diversos

como a observação, a intervenção, a revisão de noções de subjetividades, ou seja

buscar diversos métodos avaliativos, incluindo o uso de materiais manipuláveis,

computador ou calculadora, rompendo assim com a linearidade e a limitação marcada

pelas práticas avaliativas. As práticas avaliativas no processo de ensino e

aprendizagem, requer reflexão sobre a formação do aluno enquanto cidadão atuante

numa sociedade que agrega problemas complexos. É preciso considerar registros

escritos e as manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo,

pois no processo ensino e aprendizagem passa subsidiar o planejamento de novos

encaminhamentos metodológicos.

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411Uma prática avaliativa precisa de encaminhamentos metodológicas que

abram espaço a interpretação e a discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado

e a compreensão por parte do aluno. E para que isso aconteça é fundamental o

diálogo entre alunos e professores, nas tomadas de decisões, nas questões relativas

aos critérios utilizados para se avaliar, na função de avaliação e nas constantes

retomadas avaliativas, se necessário.

Segundo D’Ambrósio, a avaliação deve ser uma orientação para o

professor na condução de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar

alunos na construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático, pois não é

uma missão de educador, selecionar, filtrar, reprovar e a provar indivíduos para isto ou

aquilo.

Critérios de avaliação:

Na 5ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

Conheça os diferentes sistemas de numeração;

Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus

elementos;

Realize as operações fundamentais com números naturais;

Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam

as operações;

Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal;

fração e número misto;

Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;

Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como

sua operação inversa;

Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e

geométricos.

Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;

Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;

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412Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

Calcule o perímetro e área de figuras planas, usando unidades de medida

padronizadas;

Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;

Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida de

tempo;

Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);

Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas

mundiais.

Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície

padronizada

Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;

Determine perímetro de figuras planas;

Calcule área de figuras planas;

Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;

Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando seus

elementos.

Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,

sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se

apresentam;

Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os

números na forma decimal e fracionária.

Na 6ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registro;

Compreenda os princípios aditivo e multiplicativo como propriedade da igualdade

e desigualdade;

Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem

determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;

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413Reconheça sucessões de grandezas direta e inversa

mentes proporcionais;

Compreenda o conceito de incógnita.

Identifique os diversos tipos de medidas e saiba aplicá-las em diferentes

contextos;

Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

Calcule área de figuras planas;

Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;

Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira,

vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;

Leia, interprete, construa e analise gráficos;

Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;

Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

Na 7ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números

inteiros, dos números racionais e irracionais;

Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;

Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;

Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional

especial;

Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;

Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam

expressões algébricas.

Calcule o comprimento da circunferência;

Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo.

Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptada por transversal;

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414Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos, bem

dos polígonos regulares;

Trace e reconheça retas paralelas num plano desenvolva a noção de paralelismo;

Realize cálculo de superfície e volume de poliedros;

Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas,

marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa e

ordenada);

Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais.

Represente uma mesma informação em gráficos diferentes;

Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

Na 8ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:

Opere com expoentes fracionários;

Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as

propriedades para a sua simplificação;

Extraia uma raiz usando fatoração;

Identifique uma equações do 2º grau na forma completa e incompleta,

reconhecendo seus elementos;

Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;

Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

Identifique equações Irracionais;

Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;

Utilize a regra de três composta em situações-problema.

Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um

triângulo retângulo.

Expresse a dependência de uma variável em relação a outra;

Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua

declividade em relação ao sinal da função;

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415Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;

Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a

concavidade da parábola em relação ao sinal da função;

Analise graficamente as funções afins;

Analise graficamente as funções quadráticas.

Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;

Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver

situação-problemas;

Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;

Aplique o Teorema de Tales em situação-problemas;

Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;

Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um fratal.

Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que

envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo.

Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório;

Calcule as chances de ocorrência de um determinado o evento;

Resolva situação-problemas na qual envolvam cálculos de juros compostos.

No Ensino Médio é importante que o aluno:

Amplie a ideia de conjuntos numéricos e o transponha em diferentes contextos;

Compreenda os números complexos e suas operações;

Conceitue e interprete Matrizes e suas operações;

Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam

por meio de determinante;

Identifique e realize operações com polinômios;

Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações inclusive as

exponenciais, logarítmicas e modulares.

Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de

diferentes grandezas;

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416Compreenda as relações matemáticas existentes nas unidades de medida de

diversas grandezas;

Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo qualquer para

determinar elementos desconhecidos.

Identifique diferentes funções;

Realize cálculos envolvendo diferentes funções;

Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema;

Realize análise gráfica de diferentes funções;

Reconheça nas sequências numéricas, particularidades que remetem ao conceito

das progressões aritméticas e geométricas;

Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica.

Amplie aprofunde nos conceitos geométricos em um nível abstrato mais complexo;

Realize análise dos elementos que estruturam as geometrias;

Perceba a necessidade das geometrias não-Euclidianas para a compreensão de

conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de

Euclides;

Compreenda a necessidade das geometrias não-Euclidianas para o avanço das

teorias científicas;

Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;

Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, da Geometria Hiperbólica e

da Geometria Fractal.

Manuseie dados desde sua coleta até os cálculos que permitirão tirar conclusões e

a formulação de opiniões;

Domine os conceitos do conteúdo Binômio de Newton;

Saiba tratar as informações e compreenda a ideia de probabilidade;

Realize estimativas, conjecturas à respeito de dados e informações estatísticas;

Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade

humana;

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417Perceba, através da leitura, construção e interpretação de gráficos, a transição da

álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

5 - REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro

Didático Público Educação Matemática – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná – Matemática – Ensino Fundamental e Médio.

Curitiba: SEED-PR, 2008.

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418

Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna - Espanhola

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A presença da Língua Estrangeira Moderna – Espanhola na Educação

Básica faz-se necessária pois auxilia na formação do sujeito crítico, capaz de interagir

criticamente com o mundo a sua volta, também o aluno amplia suas experiências

culturais ao comparar e contrastar a sua cultura com a estrangeira. O trabalho com a

língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas como um instrumento

para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova

possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.

O aprendizado de uma língua estrangeira possibilita proporcionar a consciência

sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação humana. Assim os alunos

a serem expostos às diversas manifestações da língua na sociedade têm a

oportunidade de alargar horizontes e expandir suas capacidades interpretativas e

cognitivas e entender suas implicações políticas e ideológicas, comparando os

procedimentos de construção de significados na língua materna e na língua estrangeira.

Ao utilizar uma língua estrangeira na interação com outras culturas, os alunos

terão a oportunidade de refletir sobre a língua como um artefato cultural, como um

produto que se constrói e é construído por determinada comunidade, a qual reage a

determinados acontecimentos com base em histórias e contextos específicos.

Podem igualmente reconhecer as implicações da diversidade cultural constituída

linguisticamente em diferentes línguas, culturas, modos de pensar, compreendendo que

os significados são sociais e historicamente construídos e passíveis de transformações.

Desde os primórdios, tinham os jesuítas na educação escolar, o latim e o

grego como língua culta. E, partindo dessa época a língua estrangeira veio sendo

valorizada.

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419Em primeiro momento, era considerado importante uma segunda língua

no currículo escolar, e por isso aprendeu-se o francês, por representar um ideal de

cultura e civilização, seguido do inglês e depois do alemão, as quais eram consideradas

importantes para o desenvolvimento do pensamento e da literatura.

E com o passar do tempo “falar” um segundo idioma, através do termo

direto, isto é, o aprendiz dava sentido à escrita e a oralidade em trabalhados em cada

série, sendo o espanhol valorizado como disciplina curricular, porém o inglês tinha seu

espaço garantido por ser um ideal de cultura.

Mais tarde linguistas sistematizaram os métodos audiovisual e áudio-oral.

Chowsky cria o foco na oralidade, dando ênfase nas habilidades de falar,

ouvir, ler e escrever, sendo a gramática dedutiva e a valorização da motivação, e a

interação da aprendizagem.

A língua estrangeira em certo tempo passou a ter carga horária diminuída

e era ainda ensinada pelo método tradicional, mas Hymes desenvolve a competência

comunicativa, que consiste em levar o aluno a aprender novos enunciados próprios ao

contexto da relação social.

Nos anos de 90 as escolas voltam a ofertar o espanhol, devido à criação

do MERCORSUL e, ainda, a LDB 9394/96 impõe que o uso da língua estrangeira fica

como disciplina diversificada, posta a critério da comunidade escolar, (no Ensino

Fundamental) e obrigatória no Ensino Médio.

E em 2005, o Espanhol continua como disciplina facultativa, por causa das

transações comerciais envolvendo o MERCOSUL e o Brasil, tendo como incentivo o

MEC que distribuí o material didático de suporte para professores de língua espanhola.

Enfim, no Paraná, a língua estrangeira também é vista como uma

concepção de língua prática social e historicamente construída. A competência

comunicativa deve ser voltada para o uso efetivo da língua e não apenas para o estudo

da “língua pela língua”, para a busca da interação e não apenas da precisão, para a

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420autenticidade da língua e contextos, atendendo às necessidades dos alunos no mundo

real, desenvolver a habilidade de ler, escrever, falar e compreender auditivamente.

O conteúdo estruturante para o ensino da língua estrangeira moderna é o

discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os

gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os

conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.

Essa disciplina tem como objetivos gerais:

Utilizar a língua em situações de comunicação oral e escrita.

Vivenciar na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

Obter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade

Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Usar a língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, não se

limitando ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.

Fazer do aluno um sujeito crítico capaz de interagir criticamente com o mundo a sua

volta.

Apresentar discursos nos seus mais variados gêneros: orais, escritos ou visuais.

Comparar a cultura, entender e perceber a língua estrangeira como algo que se

constrói e como é construída por uma determina comunidade.

Levar o aluno a aprender culturas e valores, modos de vida e sistemas político-

sociais diferentes dos seus;

Ser capaz de acessar novas tecnologias, que possam enriquecer seus

conhecimentos;

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421Conscientizar-se de que o conhecimento da língua espanhola é uma ferramenta

importante para ele interagir com o mundo;

Ser capaz de usar a língua em situações de oralidade e escrita;

Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento do país.

Fazer com que o aluno entenda a Língua Estrangeira Moderna - Espanhol como um

instrumento da prática social.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEB) do

Paraná de Língua Estrangeira Moderna (2008, p. 61) os conhecimentos que identificam

e organizam os campos de estudos de Língua Estrangeira são considerados basilares

para a compreensão do objeto de estudo dessa disciplina. Esses saberes são

concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se abordam os conteúdos

específicos no trabalho pedagógico.

De acordo com as DCEB do Paraná o Conteúdo Estruturante está

relacionado com o momento histórico-social. Ao tornar a língua como interação verbal,

como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa

perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua

Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será tratada de forma

dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que

efetivam o discurso.

A palavra discurso inicialmente significa curso, percurso, correr por,

movimento. Isso indica que a postura frente aos conceitos fixos, imutáveis, deve ser

diferenciada. De acordo com Stam (2000, p. 32), “a linguagem, em Bakthin, não é um

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422sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser”. A língua não é algo pronto, à

disposição dos falantes, mas algo em que eles “ingressam numa corrente móvel de

comunicação verbal”. A consciência só é adquirida por meio da linguagem e é através

dela que os sujeitos começam a intervir no real.

Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na

gramática tradicional, o discurso tem com foco o trabalho com os enunciados (orais e

escritos). O uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso

também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é

produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ou escreve. A

localização geográfica, temporal, social, etária também são elementos essenciais na

constituição dos discursos.

Assim, o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social,

efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolverão a leitura, a oralidade e

a escrita. A leitura, será trabalhada através de textos não verbais e verbais e a partir

desses textos construir juntamente com o aluno o aspecto de uma leitura crítica,

fazendo com que esse aluno seja capaz de se comunicar em diferentes formas

discursivas e tipos de textos.

A oralidade também será trabalhada através de textos selecionados

previamente pelo professor, tendo como referência os fundamentos teórico-

metodológicos da DCEB de Língua Estrangeira Moderna, de modo que o aluno seja

capaz de vivenciar várias formas de ações coletivas e individuais, compreender que os

significados são sociais e historicamente construídos, reconhecer a diversidade

linguística e cultural e seu respectivo enriquecimento para o país.

A escrita deverá ser vista como atividade significativa, através de textos

que levem o aluno a ter uma reflexão crítica e façam com que o percebam como uma

prática social, num determinado contexto social e cultural, fazendo parte do cotidiano

de cada um.

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423Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados, dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o

uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Deverão ser selecionados

a partir dos erros resultantes das atividades realizadas em sala de aula.

Os conteúdos serão trabalhados de acordo com a série do aluno, através

de textos, propagandas, rótulos, artigos de jornais e/ou revistas, charges e outros,

abordando diversos aspectos entre eles a História e Cultura Afro-brasileira e Africana e

Indígena e a Educação do Campo levando o aluno a ter uma posição crítica a respeito

do assunto proposto. Através do texto, o aluno reconhecerá sua atuação e

conhecimento sobre o tema, para assim, discutir os aspectos linguísticos do texto

apresentado.

Ainda como orienta as DCEB de Língua Estrangeira o professor deve

considerar a diversidade de gêneros existentes e a especificidade do tratamento da

Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios para definir os

conteúdos específicos para o ensino.

Como sugere as DCEB os conteúdos específicos contemplam diversos

gêneros discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades

linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da posição

que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade

discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero;

composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a

um gênero (BAKHTIN, 1992).

Dessa forma estabelecem-se como elementos integradores e que estarão

presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja

em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-

pragmáticos. Para efetivar esses conhecimentos acima mencionados será trabalhados

as práticas da leitura, da oralidade e da escrita visando atender a especificidade de

cada série e os objetivos que cada Plano de Trabalho Docente propõe.

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424Serão trabalhados no 1º ano do curso básico do CELEM os seguintes

gêneros textuais:

Esfera cotidiana de circulação: Bilhete, Carta Pessoal, Cartão felicitações, Cartão

postal, Convite, Letra de música, Receita culinária.

Esfera publicitária de circulação: Anúncio, Comercial para rádio, Folder, Paródia,

Placa, Publicidade Comercial, Slogan.

Esfera produção de circulação: Bula, Embalagem, Placa, Regra de jogo, Rótulo.

Esfera jornalística de circulação: Anúncio classificados, Cartum, Charge,

Entrevista, Horóscopo, Reportagem, Sinopse de filme.

Esfera artística de circulação: Autobiografia, Biografia.

Esfera escolar de circulação: Cartaz, Diálogo, Exposição oral, Mapa, Resumo.

Esfera literária de circulação: Conto, Crônica, Fábula, História em quadrinhos,

Poema.

Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail), Mensagem de texto

(SMS), Telejornal, Telenovela, Videoclipe.

No 2º ano do curso básico serão trabalhados os seguintes gêneros

textuais:

Esfera cotidiana de circulação: Convite, Curriculum Vitae, Exposição oral, Lista de

compras, Telefonema.

Esfera publicitária de circulação: Comercial para rádio, Folder, Propaganda,

Publicidade Institucional.

Esfera produção de circulação: Instrução de montagem, Instrução de uso, Regra

de jogo.

Esfera jornalística de circulação: Artigo de opinião, Boletim do tempo, Carta ao

leitor.

Esfera jurídica de circulação: Boletim de ocorrência, Contrato, Lei.

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425Esfera escolar de circulação: Palestra, Resenha, Texto de opinião.

Esfera literária de circulação: Conto, Poema, Sarau de poema.

Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail), Mensagem de texto

(SMS), Videoclipe.

A efetivação do conteúdo estruturante se dá a partir de uma metodologia

que leva em consideração as especificidades de cada série, as características dos

alunos, os objetivos propostos no plano de trabalho docente do professor e do Projeto

Político Pedagógico da escola.

Além de atender a essa metodologia acima explicitada os gêneros textuais

serão desenvolvidos por meio das práticas discursivas da oralidade, leitura e escrita,

tais práticas têm conteúdos básicos que devem ser contemplados para que o estudo do

texto seja mais significativo.

São conteúdos básicos da prática discursiva oralidade para o 1º ano do

CELEM:

Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Aceitabilidade

do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto: Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso

de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

São conteúdos básicos da prática discursiva leitura para o 1º ano do

CELEM:

Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo

temático do gênero; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do

gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;

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426Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Léxico:

repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos

gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas básicas do texto.

São conteúdos básicos da prática discursiva escrita para o 1º ano do

CELEM:

Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo

temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do

gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade centradas no

texto: Intertextualidade; Partículas conectivas básicas do texto; Vozes do discurso:

direto e indireto; Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,

formação das palavras, figuras de linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões

com mensagens implícitas e explícitas; Marcas linguísticas: coesão,coerência, função

das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal

e nominal.

São conteúdos básicos da prática discursiva oralidade para o 2º ano do

CELEM:

Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo

temático do texto; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas.

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427Fatores de textualidade centradas no texto: Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso

de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

São conteúdos básicos da prática discursiva leitura para o 2º ano do

CELEM:

Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo

temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do

gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Léxico:

repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas

São conteúdos básicos da prática discursiva escrita para o 2º ano do

CELEM:

Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo

temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do

gênero; Aceitabilidade do gênero; Finalidade do texto; Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Partículas

conectivas básicas do texto; Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de

repetições , conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de

linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e

explícitas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

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428texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal.

Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de

complexidade dos textos e de sua abordagem. A partir do texto escolhido para

desenvolver as práticas discursivas, define-se os conteúdos básicos a serem

estudados, norteados pelo gênero do texto.

De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas

referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e

Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da

sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de

conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda

com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças

etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando

a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.

Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão

abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá

abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da

Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação

pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas

necessidades humanas e sociais.

Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas

relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,

Sexualidade e outros.

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429

3 - METODOLOGIA

Trabalhar a língua estrangeira para que o aluno tenha acesso a novas

informações, de ver e entender o mundo e de construir significados, assim possibilita

aos estudos linguísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando

o foco das atividades da sala de aula (correção gramatical) e privilegiando a prática

linguística. Desta forma, o aluno percebe a língua como algo que se constrói e é

construído por uma determinada sociedade, e também ele perceba que a língua e

cultura estrangeiras comparadas com a nossa, não tem um modelo a seguir, mas que

estão em constante movimento e transformação.

Assim sendo, fazer um trabalho simultâneo das práticas de leitura, escrita

e oralidade, subsidiados por conhecimentos linguísticos, culturais, sócio-pragmáticos e

discursivos, o aluno têm condições de ultrapassar a leitura linear dos textos e exercer

uma atitude crítica, transformadora, enquanto sujeito atento ao ambiente sócio-

histórico-ideológico ao qual pertence.

É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros

textuais: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. Cabe,

portanto ao professor criar condições para que o aluno seja crítico, que reaja aos

diferentes textos e perceba que as formas linguísticas são flexíveis e variam

dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre.

O ensino da Língua Estrangeira se orientará numa produção construída

nas interações sociais, considerando as experiências prévias dos alunos,

possibilitando-se a escolha de temas de seu interesse e utilizando-se de materiais

autênticos como músicas, anúncios publicitários etc, fazendo uma inter-relação entre os

conteúdos e a prática da língua. Sempre instigando a reflexão e a criticidade

exercitando uma relação dialógica entre professor e aluno onde o primeiro irá propiciar

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430situações de resolução de problemas com vistas ao aluno perceber as implicações

sociais históricas e ideológicas presentes em todo discurso.

O trabalho com a língua estrangeira será entendido como uma nova

possibilidade do aluno ver e entender o mundo e de criar novos significados.

Tanto a gramática como o vocabulário não será trabalhado isoladamente,

serão contextualizados, favorecendo sua compreensão, reflexão e discussão, uma vez

que terá relação com o conhecimento de mundo do educando. E antes de selecionar os

conteúdos deve-se levar em consideração as necessidades do educando e a

importância de tais assuntos para o seu desenvolvimento pessoal e intelectual assim

como para o desenvolvimento do ser humano e do seu meio social, e sempre voltando-

os para a prática dos conteúdos que estruturam e permeiam todo o ensino da Língua

Estrangeira: Oralidade Leitura e escrita.

Será utilizado materiais didáticos diversos como músicas, textos, vídeos,

áudio, CDs, fitas cassetes, DVDs, computadores, dicionários, revistas, jornais, quadro

de giz e seus acessórios, transparências entre outros.

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e

contribuir para a construção de saberes. Orienta que as intervenções pedagógicas

ultrapassem o conteúdo trabalhado, de forma que os objetivos sejam alcançados. Para

isso é importante que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a

participação dos alunos, considere o engajamento discursivo em sala de aula por meio

da interação verbal entre aluno e professor e entre os alunos da turma e também

através da interação com o material didático.

A avaliação será diagnóstica, contínua, formativa, reflexiva e cumulativa,

pois assim o professor fará a verificação da aprendizagem e poderá repensar sobre a

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431metodologia e planejar as aulas de acordo com as necessidades de seu aluno. E

através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – linguísticos,

discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade

– que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais

exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com discursos em língua

estrangeira.

A avaliação servirá para que o professor repense a sua metodologia e

planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos, de caráter

contínuo, diagnóstico e cumulativo.

Será composta de atividades em sala de aula, pesquisas e confecção de

trabalhos individuais ou em grupo, podendo ser oral ou escrito.

A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:

- 6,0 pontos em duas avaliações escritas;

- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de

textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de

filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.

Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a

recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.

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4325 - REFERÊNCIAS

Diaz y García-Talavera, Miguel. Dicionário Santillana para estudantes:

espanhol-português, português-espanhol. São Paulo: Moderna, 2008.

UNIVERSIDAD DE ALCALÁ DE HENARES. Señas: Diccionario para la

Enseñanza de la Lengua Española para Brasileños. São Paulo: Martins Fontes,

2005

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores. Curitiba:

SEED-PR, 2006.

FILHO, José Carlos P. de Almeida (org.). O professor de língua estrangeira

em formação. Campinas: Pontes, 2005;

LEFFA, Vilson J. O professor de Línguas estrangeiras: construindo a

profissão. Pelotas: EDUCAT, 2006.

ALONSO, Encina. Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo. Espanha:

Edelsa, 2005

FANJUL, Adrián. Gramática de Español: paso a paso. São Paulo: Moderna,

2005

LIPSKI, John M. El Español de América. Spain: Cátedra, 2005

BRIONES, Ana Isabel; FLAVIAN, Eugenia; FERNÁNDEZ, Gretel Eres. Español

Ahora, volume único. São Paulo: Moderna, 2005

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Currículo Básico

da Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1990.

______________ . Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua

Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.

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433

3ª PARTE

COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

BASE LEGAL

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96 – Art. 34

Portaria Normativa Interministerial Nº 17/2007

Resolução FNDE/MEC – Nº 3/2010

Decreto Presidencial Nº 7083/2010

Manual de Educação Integral – Programa Mais Educação

Para o ano de 2.011, 2º semestre, será implantado o programa com 5 (cinco)

atividades, somente para os alunos do Ensino Fundamental, no contraturno:

1.ATIVIDADE: ESPORTE E LAZER - Futsal

1.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Educação

Física.

1.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS

DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: Essa

atividade apresenta aos alunos envolvidos as diferentes possibilidades do esporte

escolar como vivência social positiva, proporcionando aos mesmos a experimentação

de diversas modalidades esportivas, tais como: voleibol, futsal, basquetebol e também

por se tratar de um colégio distante 20 Km do centro da cidade, inviabilizando o acesso

dos alunos em outras localidades para participar da atividade proposta.

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434

1.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:

Geral:

•Informar sobre a importância de entender o esporte dentro do processo histórico que

surgiu e o porquê de seu destaque na sociedade contemporânea, sendo ainda

necessário compreender algumas das transformações sociais proporcionadas pelos

esportes.

Específico:

•Possibilitar o aprendizado do esporte pelos alunos de forma simples, lúdica e

cooperativa.

•Entender a origem dos diferentes esportes e as mudanças no decorrer da História.

•Compreender noções de regras e elementos básicos dos esportes.

•Praticar os fundamentos das diversas modalidades esportivas.

•Possibilitar o esporte como função social, a fim de contribuir para o aluno ampliar sua

consciência corporal e alcançar novos horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.

•Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.

1.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

•Ser aluno devidamente matriculado na escola;

•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.

2. ATIVIDADE: CULTURA E LAZER - Teatro

2.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Arte e Língua

Portuguesa.

2.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS

DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: É

necessário tornar a escola mais atraente para a criança, para mediar e proporcionar um

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435melhor encontro com o conhecimento. Através do teatro, a mensagem chega com mais

clareza e eficácia aos participantes, além de tornar a aprendizagem mais agradável e

descontraída. Um dos focos mais significativos da atividade é o contato que

proporcionará aos alunos através dos livros, dos autores e das histórias, e assim os

tornará mais críticos em relação à vida e a sociedade, capazes de reivindicar/valorizar

sua cultura e interagir com o meio onde vivem. Esse contato também proporcionará a

formação de verdadeiros leitores e, consequentemente produtores de texto.

2.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:

• Levar o teatro aos alunos abordando diferentes tipos de textos;

• Desenvolver leitores e a ampliação de repertórios;

• Formar expectadores críticos e exigentes;

• Perceber e utilizar o teatro como instrumento de conscientização e

transformação social, salientando sua importância como elemento atuante

em cada fase da história de um povo;

• Estimular a leitura, a interpretação e a produção de textos;

• Trabalhar a fantasia e a emoção, pois também devem ser trabalhados na

escola.

2.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

•Ser aluno devidamente matriculado na escola;

•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.

3.ATIVIDADE: COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS – Rádio Escolar

3.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua

Portuguesa e Arte.

3.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS

DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: A escolha

pelo programa Rádio Escolar deve-se ao fato de ser uma iniciativa que tem como

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436essência a produção coletiva, tratando-se de um meio democrático de comunicação,

que atenderá as necessidades locais da comunidade escolar e em consonância com o

Projeto Político Pedagógico. Nesse espaço os alunos terão a oportunidade de

expressar suas capacidades, opiniões e ideias, interagindo e participando da dinâmica

de divulgação de informações e conhecimentos na comunidade escolar.

Outro aspecto é que favorece o aprendizado, onde terão o propósito de vivenciar

experiências de pesquisa, produção escrita, trabalho em equipe, debates, análise

crítica, favorecendo a formação cultural, o domínio da oralidade e fortalece a

autonomia individual.

3.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:

• Desenvolver múltiplas capacidades, visando formar sujeitos que tenham

condições de interagir na sociedade como protagonistas;

• Desenvolver a capacidade de trabalhar coletivamente, a fim de atuarem na

comunidade em que vivem;

• Possibilitar ao aluno compartilhar democraticamente com outros colegas o saber

elaborado e novos conhecimentos;

• Promover o intercâmbio de informação e comunicação, ampliando o

conhecimento cultural e pedagógico dos alunos.

3.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

•Ser aluno devidamente matriculado na escola;

•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.

4.ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Matemática

4.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Matemática

4.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS

DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: A

apropriação dos conteúdos em Matemática possibilita ao aluno fazer uso dela como

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437uma de suas ferramentas de sobrevivência e convívio na sociedade. Geralmente,

muitos alunos encontram dificuldades em compreender os conteúdos da disciplina de

Matemática necessitando de um programa de atividades, direcionadas e mais lúdicas,

criativas, dinâmicas, onde aprenderão de maneira prazerosa. Essa proposta visa um

modelo de práticas diferenciadas para que os educandos possam compreender a

Matemática para além das teorias e exercícios abstratos, assimilando a concreticidade

presente nos conteúdos da Matemática, principalmente através da interpretação e

resolução de problemas.

4.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:

• Desenvolver o “prazer” em aprender Matemática.

• Aprofundar os conceitos matemáticos.

• Apresentar a Matemática em seus diversos usos como uma das linguagens

humanas, explorando suas estruturas e seus raciocínios.

• Possibilitar ao aluno o domínio de conteúdos matemáticos os quais lhe deem

condições de utilização dessa ciência no cotidiano e na realidade social.

4.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

•Ser aluno devidamente matriculado na escola;

•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.

5.ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Língua Portuguesa

5.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua

Portuguesa

5.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS

DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: Segundo as

DCE's/2008, p.277, “É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam

as redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao

conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que favoreça

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438sua inserção social e exercício da cidadania, portanto esse programa contempla as

ideias expressas nas DCE's e buscará desenvolvê-las, acreditando no pleno

desenvolvimento do aluno, através da ação efetiva da escola. Faz-se necessário

ampliar a curiosidade de novos saberes nos educandos, a fim de formar uma

comunidade leitora e escritora, incentivando-os a cultivar o hábito de ler e escrever e

que esse grupo de leitores assíduos contagiem os colegas e toda a comunidade

escolar ampliando horizontes cognitivos e culturais.

5.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguísticos-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão;

• Desenvolver o prazer pela leitura e escrita.

5.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

•Ser aluno devidamente matriculado na escola;

•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.