sumÁrio - paraná...5 6.13.8. relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de...
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SUMÁRIO
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1. SUMÁRIO .................................................................................................... 1
1ª PARTE
2. APRESENTAÇÃO …...................................................................................... 12
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ................................................ 14
3.1. Colégio/Código ….............................................................................. 14
3.2. Endereço …...................................................................................... 14
3.3. Telefone …....................................................................................... 14
3.4. Fax ….............................................................................................. 14
3.5. Município ….................................................................................... 14
3.6. Dependência administrativa/ código................................................ 14
3.7. NRE/código ….................................................................................. 14
3.8. Entidade mantenedora …............................................................... 15
3.9. Ato de Autorização do Estabelecimento …..................................... 15
3.10. Atos de Renovação de Reconhecimento de Cursos …................... 15
3.11. Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar …............ 15
3.12. Distância da Instituição Escolar do NRE …..................................... 15
3.13. Localização …................................................................................ 15
3.14. Site …............................................................................................... 15
3.15. E-mail …........................................................................................... 15
4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO …........... 16
5. MARCO SITUACIONAL …............................................................................. 17
5.1. Organização da Entidade Escolar …................................................. 17
2 5.1.1. Modalidade de Ensino …................................................................. 17
5.1.2. Número: turmas/ alunos/ professores/ pedagogos/ funcionários/ diretor auxiliar/ sala de aula ….................................................... 17
5.1.3. Turno de Funcionamento …............................................................ 19
5.1.4. Ambientes Pedagógicos ….............................................................. 19
5.2. Histórico da Realidade ..................................................................... 20
5.3. Dados históricos da Instituição …..................................................... 23
5.4. Caracterização da comunidade Escolar …........................................ 24
5.5. Porte da Escola …............................................................................. 25
5.6. Regime Escolar …............................................................................. 25
5.7. Classificação …................................................................................. 25
5.8. Promoção …....................................................................................... 26
5.9. Dependência ….................................................................................. 26
5.10. Regime de Progressão Parcial …....................................................... 26
5.11. Quantidade de profissionais em cada setor …................................... 26
5.12. Formação dos profissionais em educação ….................................... 27
5.13. Problemas existentes no Colégio...................................................... 30
5.13.1. Índice de Aproveitamento Escolar .............................................. 30
5.13.2. Contradição e conflitos presentes na prática docente …............. 40
5.13.3. Formação Inicial e Continuada .................................................... 41
5.13.4. Organização do Tempo e do Espaço …....................................... 42
5.13.5. Equipamentos Físicos e Pedagógicos ….................................... 43
5.13.6. Relações Humanas de Trabalho no Colégio …........................... 43
5.13.7. Organização da Hora-Atividade ….............................................. 44
5.13.8. Inclusão …................................................................................... 45
5.14. Gestão Democrática ….................................................................... 46
5.14.1. Conselho de Classe …................................................................ 47
5.14.2. Conselho Escolar ….................................................................... 48
5.14.3. Grêmio Estudantil ….................................................................... 48
5.14.4. APMF …....................................................................................... 48
35.14.5. Participação dos Pais …............................................................. 49
5.14.6. Critérios de organização e distribuição de turmas …................. 50
5.14.7. Outros …...................................................................................... 50
5.15. Desafios Educacionais Contemporâneos …................................... 50
5.16. Diversidade …................................................................................. 50
5.17. Avaliação ........................................................................................ 51
5.18. Estágio não obrigatório para estudantes do ensino médio para inserir
no mundo do trabalho ......................................................................................53
5.19. Programa Mais Educação................................................................. 53
5.20. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) ......................... 53
5.21. CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna)
Espanhol 54
5.22. Equipe Multidisciplinar ….................................................................. 54
6. MARCO CONCEITUAL ….............................................................................. 55
6.1. Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do Colégio ….... 55
6.1.1. Filosofia do Colégio ….................................................................... 55
6.1.2. Concepção Educacional …............................................................ 55
6.1.3. Princípios Norteadores da Educação …......................................... 56
6.1.4. Objetivo do Colégio ….................................................................... 57
6.1.5. Fins Educativos ….......................................................................... 57
6.1.6. Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ….............................................................................. 59
6.1.7. Diretrizes Curriculares que norteiam a Ação do Colégio …......... 59
6.1.8. Concepções do Estatuto da Criança e do Adolescente …............ 60
6.1.9. Concepções das Capacitações Continuadas …............................ 61
6.1.10. Concepção de Homem, Sociedade, Cultura, Mundo, Educação, Escola, Conhecimento, Tecnologia, ensino-aprendizagem, cidadania/cidadão; …............................................................................... 61
6.1.11. Concepção de Tempo e Espaço na Escola …............................. 69
6.1.12. Concepção e princípios da Gestão Democrática ….................... 69
6.1.13. Administração Colegiada …........................................................ 71
46.1.14. Concepção de Formação Continuada …..................................... 72
6.1.15. Concepção de Hora-Atividade …................................................. 74
6.1.16. Concepção de Plano de Trabalho Docente …............................ 75
6.1.17. Concepção da Reunião Pedagógica …...................................... 76
6.1.18. Concepção do Conselho de Classe …....................................... 76
6.2. Concepção do Tempo Escolar ….................................................... 77
6.3. Organização Curricular …................................................................. 78
6.4. Matriz Curricular …............................................................................ 81
6.5. Resolução CP nº 1 de 17/06/2004 …................................................ 84
6.6. Lei nº 13.381/2001 ............................................................................ 86
6.7. Lei nº 11.788/2008 …........................................................................ 86
6.8. Ensino de Filosofia e Sociologia …................................................... 87
6.9. Concepção das Ações Didático-Pedagógicas ….............................. 88
6.10. Concepção de Complementação Curricular …................................ 88
6.11. Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos …............ 90
6.12. Concepção de Diversidade ….......................................................... 91
6.13. Concepção curricular/ de currículo ….............................................. 96
6.13.1. Relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da educação; …...................................................................................... 97
6.13.2. Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo, educação, aprendizagem, etc e a finalidade dos conteúdos; ….............. 98
6.13.3. Respeito à identidade cultural do aluno na perspectiva da diversidade cultural; …............................................................................. 98
6.13.4. Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do contexto histórico-social e a função de mediação do professor; …............................................................................................. 99
6.13.5. Relação professor-aluno; …......................................................... 99
6.13.6. Desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e a dinâmica de um processo educativo que empregue recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem; …........ 100
6.13.7. Intervenção constante do professor no processo ensino-aprendizagem; …..................................................................................... 100
56.13.8. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática em sala de aula; …............................................ 100
6.13.9. Interdisciplinaridade e contextualização. …................................. 101
6.14. Concepção de avaliação …............................................................. 102
6.14.1. Conceito …................................................................................... 102
6.14.2. Indicadores da Aprendizagem …................................................ 106
6.14.3. Critérios de Promoção …............................................................. 107
6.14.4. Periodicidade de Registro da Avaliação ….................................. 108
6.14.5. Resultado da Avaliação ........................................................ 109
6.14.6. Encaminhamento e ações concretas …....................................... 109
6.15. Planos de Adaptação: ................................................................... 110
6.15.1. Adaptação Curricular …............................................................... 110
6.15.2. Dependência …............................................................................ 110
6.15.3. Progressão Parcial …................................................................... 110
6.15.4. Recuperação …............................................................................ 111
6.15.5. Classificação …............................................................................ 112
6.15.6. Reclassificação …........................................................................ 112
6.15.7. Avaliação Final …....................................................................... 113
6.15.8. Procedimento de Informações aos Pais …................................. 114
6.16. Regimento Escolar …........................................................................... 116
6.17. Educação Inclusiva ….......................................................................... 116
6.18. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) …........................ 119
7. MARCO OPERACIONAL ….......................................................................... 121
7.1. Plano de ação: Colégio e Equipe Multidisciplinar ................................. 121
7.1.1. Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e político-pedagógicas; …...................................................................................... 131
7.1.2. Facilitadores da aprendizagem; ................................................... 131
7.1.3. Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica; 132
7.1.4. Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno; …...................................................................... 132
7.1.5. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica
6de sua prática em sala de aula; ….......................................................... 133
7.1.6. Mudanças significativas a serem alcançadas; …........................... 133
7.1.7. Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e Conselhos de Classe; ….......................................................................... 133
7.1.8. Recuperação de Estudos e Progressão Parcial; …...................... 135
7.1.9. Encaminhamentos e Ações Concretas …..................................... 135
7.1.10. Procedimentos de Recuperação de Estudos ….......................... 137
7.1.11. Plano de Trabalho Docente …................................................... 138
7.1.12. Diretrizes para avaliação geral de desempenho …...................... 138
7.1.13. Ações envolvendo outras instituições …...................................... 141
7.1.14. Recursos Financeiros ….............................................................. 141
7.1.15. Organização Interna do Colégio................................................. 141
7.1.16. Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos …....... 158
7.1.17. Qualificação dos equipamentos pedagógicos …......................... 158
7.1.18. Família e Comunidade …........................................................... 159
7.1.19. Organização do trabalho pedagógico e a prática docente......... 159
7.1.20. Metas da DCE do Campo e a realidade da escola …................. 160
7.2. Redimensionamento da Gestão Democrática: ….............................. 160
7.2.1. Conselho Escolar …....................................................................... 161
7.2.2. Conselho de Classe …................................................................... 161
7.2.3. Grêmio Estudantil …...................................................................... 161
7.2.4. Eleição do aluno representante de turma …................................ 161
7.2.5. APMF …....................................................................................... 162
7.3. Formação Continuada …................................................................... 162
7.4. Ações Didático-Pedagógicas …........................................................ 163
7.5. Desafios Educacionais Contemporâneos …...................................... 165
7.6. Diversidade ….................................................................................... 166
7.7. Metas para os Programas de Complementação Curricular (Programa Mais Educação) …..................................... 167
78. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 167
8.1. Plano de Acompanhamento do PPP e de Informação à Comunidade ….................................................................................................... 167
8.2. Participação das Instâncias Colegiadas …....................................... 170
8.3. Periodicidade do Acompanhamento e Avaliação do PPP …............ 170
8.4. PDE................................................................................................... 170
9. BIBIOGRAFIA …............................................................................................ 172
10. ANEXOS ….................................................................................................. 173
10.1. Cópia da Ata de Aprovação do Conselho Escolar do PPP ….............. 174
2ª PARTEPROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 176
1. INTRODUÇÃO …........................................................................................... 176
2. CIÊNCIAS …................................................................................................... 178
2.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 178
2.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos …................................... 186
2.3. Metodologia …....................................................................................... 197
2.4. Avaliação …............................................................................................ 205
2.5. Referências …......................................................................................... 222
3. FÍSICA …......................................................................................................... 223
3.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 223
3.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 225
3.3. Metodologia …........................................................................................ 227
3.4. Avaliação …........................................................................................... 228
3.5. Referências …........................................................................................ 228
4. QUÍMICA …..................................................................................................... 229
4.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 229
4.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos …................................... 232
4.3. Metodologia …........................................................................................ 234
4.4. Avaliação …............................................................................................ 236
4.5. Referências …........................................................................................ 237
85. HISTÓRIA …................................................................................................... 238
5.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 238
5.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 240
5.3. Metodologia …........................................................................................ 249
5.4. Avaliação …............................................................................................ 250
5.5. Referências …......................................................................................... 253
6. ARTE …........................................................................................................... 254
6.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 254
6.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 257
6.3. Metodologia …........................................................................................ 268
6.4. Avaliação …............................................................................................ 270
6.5. Referências …........................................................................................ 271
7. LÍNGUA PORTUGUESA …............................................................................ 272
7.1. Apresentação da disciplina …................................................................ 272
7.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 274
7.3. Metodologia …........................................................................................ 274
7.4. Avaliação …............................................................................................ 304
7.5. Referências …......................................................................................... 305
8. BIOLOGIA …................................................................................................... 306
8.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 306
8.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 313
8.3. Metodologia …........................................................................................ 317
8.4. Avaliação …............................................................................................ 320
8.5. Referências …......................................................................................... 322
9. EDUCAÇÃO FÍSICA …................................................................................... 323
9.1. Apresentação da disciplina …................................................................. 323
9.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................... 329
9.3. Metodologia …........................................................................................ 335
9.4. Avaliação …............................................................................................ 336
9.5. Referências …......................................................................................... 337
910. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ….................................... 338
10.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 338
10.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 348
10.3. Metodologia …...................................................................................... 349
10.4. Avaliação ….......................................................................................... 350
10.5. Referências …....................................................................................... 352
11. ENSINO RELIGIOSO …................................................................................ 353
11.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 353
11.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 354
11.3. Metodologia …...................................................................................... 358
11.4. Avaliação ….......................................................................................... 359
11.5. Referências …....................................................................................... 360
12. GEOGRAFIA …............................................................................................. 361
12.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 361
12.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 363
12.3. Metodologia …...................................................................................... 369
12.4. Avaliação ….......................................................................................... 369
12.5. Referências …....................................................................................... 372
13. FILOSOFIA …............................................................................................... 373
13.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 373
13.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 375
13.3. Metodologia …...................................................................................... 380
14.4. Avaliação ….......................................................................................... 381
15.5. Referências …....................................................................................... 383
14. SOCIOLOGIA …............................................................................................ 384
14.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 384
14.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 386
14.3. Metodologia …...................................................................................... 390
14.4. Avaliação ….......................................................................................... 391
14.5. Referências …....................................................................................... 394
1015. MATEMÁTICA …......................................................................................... 395
15.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 395
15.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 396
15.3. Metodologia …...................................................................................... 407
15.4. Avaliação ….......................................................................................... 410
15.5. Referências …....................................................................................... 417
16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL – CELEM …............. 418
16.1. Apresentação da disciplina …............................................................... 418
16.2. Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos ….................................. 421
16.3. Metodologia …...................................................................................... 429
16.4. Avaliação ….......................................................................................... 430
16.5. Referências …....................................................................................... 432
3ª PARTECOMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR 433
1. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 433
1.0 . ATIVIDADE: ESPORTES E LAZER - Futsal …............................. 433
1.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS : Educação Física ...........................................
433
1.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................
433
1.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 434
1.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 434
2.0 . ATIVIDADE: CULTURA E LAZER – TEATRO ............................. 434
2.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: ARTE E LÍNGUA PORTUGUESA 434
2.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 434
2.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 435
2.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 435
113.0 . ATIVIDADE: COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS - Rádio
Escolar 435
3.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua Portuguesa e Arte ................................................ 435
3.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 435
3.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 436
3.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 436
4.0. ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO - Matemática 436
4.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Matemática ......................................................................... 436
4.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 436
4.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 437
4.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 437
5.0 . ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Língua Portuguesa 437
5.1. NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua Portuguesa ........................................................... 437
5.2. JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA …........................................................................ 437
5.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES …........................................................ 438
5.4. CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO …...................................................... 438
12
1ª PARTE
2. APRESENTAÇÃO
Este projeto foi construído com o objetivo de subsidiar as práticas educativas,
buscando direcionar uma ação intencional com um compromisso definido
coletivamente. Ele é político no sentido de formação do cidadão para determinado tipo
de sociedade. É pedagógico, pois possibilita a efetivação da intenção da escola, que é
a democratização dos conteúdos, saberes e conhecimentos com vistas a formar um
cidadão participativo, responsável, crítico e criativo.
O processo de construção deste projeto foi coletivo, com a participação dos
profissionais da educação (que muito contribuíram para o desenvolvimento dos temas),
dos educandos e dos pais que também repartiram suas vivências e dúvidas, servindo
como elementos para orientar a determinação dos conteúdos existentes neste
documento. A construção baseou-se nos princípios para a formação de uma sociedade
justa, humana e igualitária.
O Projeto Político Pedagógico é um plano global que organiza o trabalho
pedagógico da escola. É a sistematização de um processo de planejamento parte a
parte, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, definindo o tipo de ação educativa
que se quer realizar.
Essa organização explicita as direções e as intenções de todo o trabalho que
envolve a escola, partindo da leitura da realidade. Trata-se da construção da identidade
da escola, nunca definitiva, dos instrumentos teórico-metodológicos para transformação
da realidade, pois cada membro da comunidade escolar tem sua intencionalidade que
deve ser compartilhada, e culminada na elaboração do Projeto Político Pedagógico.
13Enquanto processo, faz o julgamento da realidade e propõe ações para concretizar o
que se pretende, a partir do que vem sendo, e ainda vai além: colocamos em prática o
que foi projetado e acompanhamos os resultados. Esse projeto apresenta as seguintes
características:
•É abrangente, amplo, integral, global, contém outros projetos específicos que
contribuem para a organização.
•Exige a participação coletiva e democrática.
•Não tem terminalidade, nem na elaboração, nem na realização das atividades.
•Há um exercício crítico permanente, articulado na ação reflexão–ação. Portanto,
está sempre sendo re-construído.
Definimos os princípios que norteiam as intenções deste projeto:
•Princípio da Gestão Democrática: interesses voltados às camadas populares
abrangendo as dimensões administrativas, pedagógicas e financeiras.
•Princípio de Liberdade: construindo autonomia, valorizando as experiências do
trabalho pedagógico.
•Princípio da Igualdade: acesso e permanência no processo educativo
assegurando qualidade, vagas e visão pedagógica.
•Valorização dos Trabalhadores em Educação: valorização dos cidadãos através
da preocupação com a formação inicial e continuada, das condições de recursos
materiais e físicas.
Esse projeto tem na sua elaboração componentes essenciais que determinam a
especificidade deste estabelecimento de ensino, com os seguintes marcos: situacional,
conceitual e operacional.
14
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3.1. COLÉGIO:
Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M.
Nº 41047273
3.2. ENDEREÇO:
Avenida Manoel Ribas, nº 460
3.3. TELEFONE
(43) 3529 – 1124
3.4. FAX:
(43) 3529 – 1124
3.5. MUNICÍPIO
Jacarezinho – PR
Código nº 1190.
3.6. DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Código nº 000149
3.7. N.R.E.
Jacarezinho – PR
Código nº. 17
153.8. ENTIDADE MANTENEDORA
Governo do Paraná – Código 02
3.9. ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO
Resolução nº 3755/83 de 01/03/1983
3.10. ATO DE RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO DE CURSOS
Resolução nº 6076/06 de 20/12/2006
3.11. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR
Nº 024/08
3.12. DISTÂNCIA DA ESCOLA / COLÉGIO DO N.R.E.
22 km
3.13. LOCALIZAÇÃO:
Zona Rural
3.14. SITE
http://seed.pr.gov.br
3.15. E_MAIL
16
4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
a)Organizar o trabalho pedagógico de modo que possa assegurar ao
educando a sua transformação social e política.
b)Fundamentar a proposta pedagógica, caracterizado no ideal coletivo,
com interesses voltados para as camadas populares.
c)Transformar o conhecimento assistemático, desarticulado que o
educando traz de sua experiência cotidiana em sistemático, articulado,
fundamentado na ciência.
d)Buscar a democratização do saber, ofertando, através das propostas
curriculares das disciplinas, educação de qualidade e necessária para a
vida do educando.
17
5. MARCO SITUACIONAL
5.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
5.1.1. MODALIDADE DE ENSINO:
•Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries);
•Ensino Médio (1ª a 3ª séries);
•Educação Especial: Sala Multifuncional I (Área da Deficiência Intelectual,
Transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades);
•Educação do Campo;
•CELEM – Espanhol;
•Mais Educação.
5.1.2. Números do Colégio:
ENSINO FUNDAMENTAL (5ª a 8ª séries)
Ensino
Fundamental
5ª Série A 6ª Série 7ª Série 8ª Série
Nº de Turmas 1 2 2 1Nº de Alunos 32 47 40 27
ENSINO FUNDAMENTAL (SALA MULTIFUNCIONAL)
Ensino
Fundamental5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª série
Nº. de Turmas 1Nº de alunos 2 2 1 -
18ENSINO MÉDIO (1ª a 3ª séries)
Ensino Médio 1ª Série 2ª Série 3ª SérieNº de turmas 1 1 1Nº de alunos 21 24 26
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Programa Nº de alunos (Ensino Fundamental)
ESPORTE E LAZER - Futsal 100
CULTURA E ARTES - Teatro 100
ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO - Letramento 100
ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Matemática 100
COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS – Rádio Escolar 100
CELEM
Nº de turmas 01
Nº de alunos 30
ATENDIMENTO PEDAGÓGICO
Diretora: 1
Vice-diretora: 1
Pedagogos: 3 (sendo uma afastada para o PDE)
Professores: 22 + 1 (CEEBEJA-APED) + 1 (Lei nº 15308/06) + 1 (Paraná Alfabetizado)
Previsão de abertura
Funcionários: 09
19
5.1.3. TURNO DE FUNCIONAMENTO
O Colégio Estadual Marques dos Reis, Ensino Fundamental e Médio, funciona
em três turnos, sendo assim:
MATUTINO: Das 7h30 às 12h00 (Ensino Fundamental), Programa Mais
Educação – previsão de abertura 2º semestre.
VESPERTINO: Das 13h00 às 17h30 (Ensino Fundamental – Sala Multifuncional),
5ª séries A e 6ª série B, CELEM Espanhol, Programa Mais Educação – previsão de
abertura 2º semestre.
NOTURNO: Das 19h00 às 23h10 (Ensino Médio) e cede uma sala para a APED
(Ações Pedagógicas Descentralizadas) 5ª a 8ª séries/ CEEBEJA Profa. Geni Sampaio
Lemos (Centro de Educação de Jovens e Adultos).
5.1.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS
Número total de salas de aula: 05
Números de salas de aula utilizadas por turno:
Manhã: 05
Tarde: 04 (sendo uma para o CELEM uma vez por semana)
Noite: 04
20Espaços Físicos Possui Não Possui
BIBLIOTECA * SIM*SALA DE RECURSOS SIMSALA DE APOIO NÃOSALA DE APOIO PEDAGÓGICO SIMSALA DOS PROFESSORES SIMSALA DE MULTIMÍDIA (VÍDEO) NÃOCLASSE ESPECIAL NÃOLABORATÓRIO DE CIÊNCIAS NÃOLABORATÓRIO DE INFORMÁTICA SIMAUDITÓRIO NÃOQUADRA COBERTA SIMSECRETARIA * SIMSALA DA DIREÇÃO NÃOCOZINHA SIM* Sala de aula adaptada.
5.2. HISTÓRICO DA REALIDADE
As tecnologias da informação, os problemas ambientais e a economia
globalizada implicam em mudanças em todo o mundo, envolvendo a ciência, a
tecnologia, a cultura, alterando outros fatores de dimensão social como: a concentração
de renda, a transformação na divisão do trabalho em vários níveis, localização dispersa
dos fatores de produção, redução da classe operária e do poder sindical, abundância
de mão-de-obra, com redes de poder múltiplo, novas exigências para o perfil do
trabalhador, ou seja, quem não tiver acesso à educação e não ampliar seu
conhecimento as novas exigências ficarão cada vez fica mais excluído (a exclusão é
social, econômica, cultural e tecnológica de capacidade educacional).
Nos últimos anos se têm estudado os desafios educacionais contemporâneos
como forma de preservação e respeito às diversas culturas, sendo necessário introduzí-
lo no currículo escolar.
Nossa sociedade apresenta desigualdades sociais, econômicas e culturais. Os
cidadãos desconhecem seus direitos e deveres, permitindo a continuação desta
21sociedade excludente, somente quando houver a democratização do conhecimento e
as pessoas persistirem e tiverem ideais comuns possibilitarão a construção de uma
sociedade mais humana, justa e igualitária.
Esse contexto estabelece novos desafios para a educação. Os problemas que o
colégio enfrenta são múltiplos, como: gravidez na adolescência, evasão escolar, aluno
trabalhador (alguns na condição de aprendiz) e diante disso acabam com poucas
perspectivas de concluir uma formação escolar e profissional, em nível superior,
encontrando na esfera escolar apoio, a fim de prosseguirem em seus estudos, e alguns
são incentivados também pela família.
A escola está em processo de transformação, procurando estabelecer
modificações pedagógicas, mas está presa nas antigas concepções, e também porque
o processo de mudança é lento e requer romper com nossos conceitos enraizados. Na
análise do cotidiano escolar, vimos que o clima de organização faz todos os segmentos
funcionarem, apesar da falta de alguns espaços pedagógicos como o laboratório de
ciências e a reforma inacabada do prédio. Alguns procedimentos são ultrapassados,
pois não fazem usos das tecnologias que podem auxiliar num trabalho mais eficiente,
compatível com a sociedade atual como o uso excessivo do giz e do apagador e a
pouca utilização da TV pen drive, TV Paulo Freire e o Laboratório Paraná Digital que
ainda está em fase de adaptação pelos professores. A teoria está desvinculada da
prática.
Não se pode negar que os atuais alunos, apesar do acesso à tecnologia
necessitam de orientações e acompanhamentos sobre as informações presentes nos
meios midiáticos, principalmente quando chegam a eles de uma forma mais lúdica,
atrativa, informal, tornando-os mais abertos a novos conhecimentos. A escola tem
procurado despertar no aluno a busca por novos saberes, apesar de ainda estar em
processo inicial de interação com as mídias da comunicação e as tecnologias atuais.
Sabemos que a distância da formação inicial do professor e as constantes
transformações tecnológicas/metodológicas faz com o docente tenha a necessidade de
22se capacitar para que consiga desenvolver seu trabalho com a utilização de novas
tecnologias, conhecimentos, recursos, instrumentos diversificados e metodologias.
Toda essa somatória de atitudes de atualização profissional irá favorecer e contribuir
para um melhor processo ensino/aprendizagem.
A preocupação da instituição escolar está na democratização do saber
historicamente acumulado pela humanidade. No país, há uma educação que seleciona
e exclui. Divide a sociedade entre as pessoas que participam do processo evolutivo do
conhecimento e da tecnologia e aquelas que estão mantidas à margem de tudo. A
escola tem dificuldades de inclusão. É o espaço de aparência democrática, pois é
reprodutora da sociedade capitalista; e assume o papel de protetora, assistencialista.
Esse Colégio, apesar de não ter um número muito alto de evasão escolar e reprova,
que permitem a exclusão, preocupa-se com sua realidade. No ensino noturno, onde os
casos são maiores, está refletido na lógica da exclusão de nossa sociedade, pois esse
aluno tem no trabalho, sua principal necessidade, onde busca o seu sustento, e,
geralmente não tem resistência para enfrentar as três jornadas. Nesse caso, a
educação formal se torna secundária.
É possível construir uma escola diferente. E um dos sinais deste caminho é
justamente o debate constituído neste Projeto Político Pedagógico. O que é excluído
pela sociedade acaba também por ser excluído na escola. Os conteúdos escolares
devem estar direcionados à realidade do aluno e o sistema de avaliação não pode
classificá-lo nem selecioná-lo; o aluno, pode sim, ter condições de superar suas
dificuldades. Outra questão que impulsiona o trabalho da escola é a participação dos
pais. Nesse caso ele se torna um aliado quando acompanha a conduta, o modo de
comportamento, o conhecimento escolar adquirido, bem como as dificuldades de seu
filho. A falta de regras e de limites que a criança tem leva à consequências desastrosas
como a própria inaptidão para aprender, a falta de valor com o conhecimento científico
e a seriedade com os compromissos escolares, o desrespeito com os colegas,
professores, funcionários e outros valores morais e culturais.
23A escola busca fundamentar-se na teoria da humanização para reverter essa
prática, a fim de atingir uma transformação, que nesse sentido tem o papel de provocar
a ordem vigente da sociedade capitalista.
5.3. DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M., situado na avenida Manoel
Ribas, nº 460, município e N.R.E. de Jacarezinho, é mantido pelo Governo do Estado
do Paraná, criado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em 1950, com
nome de Escola Isolada Marques dos Reis, em prédio cedido pela referida companhia.
Com o decreto nº 2259 de 30 de agosto de 1966, publicado no Diário Oficial em
31 de agosto do mesmo ano, passou à categoria de Casa Escolar Marques dos Reis –
Ensino de 1ª a 4ª séries.
Pela resolução secretarial nº 3755/82 de 30 de dezembro de 1982, A Casa
Escolar Marques dos Reis, passou a denominar-se Escola Estadual – Ensino de
Primeiro Grau.
Pela Resolução nº 2146/83 de 08 de junho de 1983, passou a denominação de
Escola Estadual Marques dos Reis – Ensino de Primeiro Grau.
Foi reconhecido pela Resolução nº 2244/90 de 10 de agosto de 1990, publicada
no diário oficial em 29 de agosto do mesmo ano.
Em 1999, foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio – Educação de
Jovens e Adultos (EJA), através da Resolução nº 779/99 de 10 de fevereiro de 1999 e
publicada no Diário Oficial em 09 de março do mesmo ano. A partir daí, passou a
denominar-se Colégio Estadual Marques dos Reis – Ensino Fundamental e Médio.
Em 2003, foi autorizado o funcionamento do Ensino Fundamental – fase II na
modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA - presencial) pela Resolução nº
2709/03 de 01 de outubro de 2003. Em 2004 foi autorizado o funcionamento do Ensino
Médio Regular no período diurno.
24Em 20 de abril de 2000 foi criada a bandeira, símbolo de identificação do
Colégio, resultado de um concurso aberto entre os alunos de todas as modalidades de
ensino, sendo escolhida pelos professores do estabelecimento os símbolos criados
pelos alunos do Ensino Médio – EJA -, João Carlos Marques do 3º período e Murilo
Antônio Zanutto Marinho, do 1º período.
Em subsídios que facilitem seu melhor funcionamento e estruturação
organizacional no Colégio Estadual Marques dos Reis – Ensino Fundamental e Médio,
atendendo à L.D.B. 9394/96, vinculado ao mundo do trabalho e a prática social
procuramos:
I.Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e o cálculo.
II.Desenvolver a capacidade de aprendizagem tendo em vista a aquisição
de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores.
III.Fortalecer os vínculos de família dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
5.4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A comunidade escolar em que vivemos é constituída basicamente de pais e
alunos trabalhadores, assalariados e temporários (oleiros, areeiros, trabalhadores
rurais, domésticas, pedreiros, comerciários etc) que exercem suas atividades em
cidades vizinhas, principalmente na cidade de Ourinhos, Estado de São Paulo.
Apesar da escola estar inserida na zona rural, por ser um bairro afastado do
centro comercial em 22 Km, mantém-se características de zona urbana, principalmente,
como foi citado acima em relação aos vínculos empregatícios dos pais e responsáveis.
São poucos os alunos que vivem basicamente do campo. Suas moradias são
compatíveis com um bairro, com pouco terreno para cultivo. Dez alunos utilizam o
25transporte escolar, por residirem em locais mais afastados, como sítios e chácaras ou
ribeirinhos.
Esta mesma comunidade, com valores morais, religiosos e intelectuais
compatíveis com a época em que estamos vivendo, onde estes valores precisam ser
trabalhados para a construção de uma sociedade digna e com melhor qualidade de
vida.
5.5. PORTE DA ESCOLA
A escola está no porte 2.
5.6. REGIME ESCOLAR
Esse estabelecimento de ensino oferta a Educação Básica de forma presencial,
com a seguinte organização: por séries , nos anos finais do Ensino Fundamental; por
série, no Ensino Médio e por serviços e apoios especializados, conforme especificidade
de cada área, na modalidade da Educação Especial.
O Ensino Fundamental (anos finais), com 4 anos de duração, perfazendo um
total de 3.200 horas. E o Ensino Médio, com duração de 3 anos, perfazendo um mínimo
de 2.400 horas.
5.7. CLASSIFICAÇÃO
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais
ou informais, podendo ser realizada por promoção, por transferência, e
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o
26aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais e informais.
Não houve nenhum caso de aluno que necessitou de tal recurso.
5.8. PROMOÇÃO
É considerado promovido o aluno que obtiver a média final mínima de 6,0 (seis
vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei, que é de 75% do total de
horas letivas.
5.9. DEPENDÊNCIA
Este estabelecimento de ensino não oferta essa possibilidade.
5.10. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
5.11. QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR
O número de funcionários em cada setor, atualmente, tem sido adequado a
realidade da escola.
Diretor: 1
Diretor auxiliar: 1
Pedagogos: 3 (sendo que uma está afastada para o PDE)
Professores: 22 + 1 (Paraná Alfabetizado – previsão de abertura) + 1 (CEEBEJA)
Secretária: 01
Técnico Administrativo: 02
27Bibliotecário: 01 (Téc. Administrativo) + 01 professora readaptada pela Lei 15.308/06
Inspetor de alunos: 01
Merendeira: 02
Auxiliar de Serviços Gerais: 02
5.12. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO
O colégio possui uma equipe de profissionais com bom nível de formação,
principalmente os professores. E vários profissionais estão se interessando em realizar
novos cursos, como o Pró-Funcionário ou dar continuidade como duas funcionárias que
estão cursando o Ensino Médio Regular. É de consciência de todos a importância da
qualificação, em especial dos profissionais em educação.
TÉCNICO PEDAGÓGICO
FUNÇÃO VÍNCULO C/H TITULAÇÃODiretora QPM 40 Especialização
Diretora Auxiliar QPM 20 EspecializaçãoProfessora Pedagoga QPM 20 EspecializaçãoProfessora Pedagoga QPM 20 EspecializaçãoProfessora Pedagoga PEPR 40 Especialização
APOIO TÉCNICO – ADMINISTRATIVO
FUNÇÃO VÍNCULO C/H TITULAÇÃOSecretária QFEB 40 Licenciatura Plena em Pedagogia
Técnico administrativo QFEB 40 EspecializaçãoTécnico administrativo QFEB 40 Ensino MédioTécnico administrativo QFEB 40 Ensino Médio
28APOIO AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
FUNÇÃO VÍNCULO C/H TITULAÇÃOAuxiliar de serviços gerais QFEB 40 Ensino Médio – em cursoAuxiliar de serviços gerais QFEB 40 Ensino MédioAuxiliar de serviços gerais QFEB 40 Ensino Médio – em cursoAuxiliar de serviços gerais CLAD 40 Ensino FundamentalAuxiliar de serviços gerais CLAD 40 Ensino Médio
CORPO DOCENTE
Disciplina Curso Vínculo
Carga
Horária:
Aulas
FormaçãoTitulação/
Especialização
Arte EF/EMQPM
SC02
16
02Educação Artística ---------------------
Biologia EM REPR 6Licenciatura Plena
em Biologia
Educação e Gestão
Ambiental
Ciências EFQPM
SC02
2
1
Ciências com
licenciatura em
Matemática
Ensino de Matemática
Ciências EF QPM 18Letras Francês
Biologia
Língua Portuguesa e
Literatura
Educação Física EF REPR 2 Educação Física ---------------------
Educação Física EF/EM QPM 14 Educação Física Educação Física
Educação Física EM SCO2 6 Educação FísicaPsicopedagogia e
Educação Especial
Ensino Religioso EF REPR 3 História Psicopedagogia
Filosofia EM SC02 6 História e Geografia História
Física EMQPM
SC02
4
2
Ciências – Hab. em
Física
Geografia EF/EMQPM
SCO2
16
10Geografia
Geografia e Questão
Ambiental
29
História EF/EMQPM
SC02
16
03História História
História EF REPR 6 História História
Inglês EF/EMQPM
SC02
16
01
Letras –
Português/Inglês
Língua Portuguesa e
Literatura
Inglês EF/EM REPR 2Letras –
Português/InglêsLíngua Inglesa
Língua Portuguesa EM QPM 3Letras – Língua
PortuguêsLíngua Portuguesa
Língua Portuguesa EM REPR 5Língua Portuguesa
e LiteraturaArte e Educação
Língua Portuguesa EF QPM 8 Letras – Francês
Biologia
Língua Portuguesa e
Literatura
Língua Portuguesa EF QPM 16 Letras - Francês Educação Especial
Matemática EF/EMQPM
SC02
12
02
Ciências e
MatemáticaEnsino de Matemática
MatemáticaEF/EM QPM
SC02
16
01
Ciências –
Habilitação
Matemática
Educação Matemática
Química EMSC02
QPM
02
04
Ciências –
Habilitação
Química
Gestão de Qualidade
na Educação
Sala de Recursos EF QPM 16 Ciências Deficiência Mental
Sociologia EM SC02 6 História e Geografia História
305.13. PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO
5.13.1. ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR
Há uma grande rotatividade dos alunos, que mudam-se muito de localidade e
depois retornam e as vezes não estudam onde foram morar ou lá ficam por pouco
tempo e já retornam dificultando a adaptação em sala de aula e consequentemente da
aprendizagem. Esses dados são oscilantes, analisados durante os anos de 2007 a
2010, fica difícil traçar um perfil de evasão e repetência, pois em alguns anos estão
mais localizado em uma série e em outros anos em outras séries. Do cotidiano escolar
podemos dizer que esses casos são relativos a problemas familiares, aluno trabalhador,
gravidez precoce, defasagem de idade/série, dificuldade de aprendizagem e outros.
No Ensino Médio Noturno os casos de evasão em sua maioria estão ligados aos
alunos trabalhadores que todo início de ano fazem a matrícula, alguns nem chegam a
comparecer ou comparecem por pouco tempo e logo se evadem. Tem-se conversado
muito com esses alunos, lhes dizendo da importância de continuarem seus estudos e
também palestras referentes a encaminhamentos profissionais, para que tenham
perspectivas/sonhos de continuidade dos estudos e fiquem mais preparados para se
desenvolverem no mundo do trabalho. Também há os casos de alunas adolescentes
gestantes, que após o nascimento dos filhos não conseguem dar continuidade aos
estudos.
A escola tem se mobilizado para que os alunos permaneçam estudando e com
qualidade, através das ações do Projeto Fica, no diálogo/contato com as famílias, dos
encaminhamentos dos professores à equipe pedagógica, da comunicação ao Conselho
Tutelar e ao Ministério Público e também estudos e capacitações sobre essas
temáticas.
A busca é constante para encontrarmos soluções para esses casos. No ano de
2009 uma profissional da equipe pedagógica e um professor participou dos Encontros
31da Rede de Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Nesses
momentos foram discutidos sobre a importância do apoio às famílias e da união de
todos os segmentos da sociedade para que nenhum aluno fique fora da escola ou sem
aprender.
No ano de 2010 deu-se início ao programa do governo estadual “Eu acompanho
a avaliação escolar do meu filho. E você?”. Para conscientizar os pais da importância
da sua participação escolar no desenvolvimento de seus filhos.
Dados de 2007 – Ensino Fundamental
5ª Porc. 6ª Porc. 7ª Porc. 8ª Porc.
Aprovados 23 82,1% 24 50% 26 62% 30 83,4%
Retidos 2 7,1% 11 22,9% 6 14,2% 1 2,8%
Transferidos 3 10,8% 10 20,85% 9 21,5% 0 0
Desistentes 0 0 3 6,25% 1 2,3% 5 13,8%
Aprovados Retidos Transferidos Desistentes
0
5
10
15
20
25
30
35
Dados de 2007
Ensino Fundamental
5ª6ª7ª8ª
Nú
me
ro d
e a
lun
os
32
Dados de 2007 - ENSINO MÉDIO
1º Porc. 2º Porc. 3º Porc.
APROVADOS 16 50% 8 40% 13 81,3%
RETIDOS 1 3,1% 1 5% 0 0
TRANSFERIDOS 1 3,1% 7 35% 2 12,5%
DESISTENTES 14 43,8% 4 20% 1 6,2%
APROVADOS RETIDOS TRANSFERIDOS DESISTENTES
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Dados de 2007
Ensino Médio
1º2º3º
Núm
ero
de a
luno
s
33
Dados de 2.008 – Ensino Fundamental
5ª série Porc. 6ª série Porc. 7ª série Porc. 8ª série Porc.
Aprovados 22 61,5% 26 62% 21 57% 25 83,5%
Retidos 08 22% 05 12% 08 21% 0 --
Transferidos 02 5,5% 09 21% 04 11% 04 13,5%
Desistentes 04 11% 02 5% 04 11% 01 3%
Aprovados Retidos Transferidos Desistentes
0
5
10
15
20
25
30
Dados de 2.008Ensino Fundamental
5ª série6ª série7ª série8ª série
Núm
ero
de a
luno
s
34
Dados de 2008 – Ensino Médio
1ª série Porc. 2ª série Porc. 3ª série Porc.
Aprovados 21 50% 17 71% 09 82%
Retidos 08 19% 0 ---- 0 ----
Transferidos 06 14% 01 4% 02 18%
Desistentes 07 17% 06 25% 0 ----
Aprovados Retidos Transferidos Desistentes
0
5
10
15
20
25
Dados de 2.008
Ensino Médio
1ª série2ª série3ª série
Núm
ero
de a
luno
s
35
Dados de 2.009 – Ensino Fundamental
5ª série Porc. 6ª série Porc. 7ª série Porc. 8ª série Porc.
Aprovados 48 84,5% 22 71% 27 65,9% 22 85%
Retidos 03 5% 04 13% 06 14,6% 0 --
Transferidos 06 10,5% 03 9,5% 06 14,6% 4 15%
Desistentes 0 -- 02 6,5% 02 4,9% 0 --
Aprovados Retidos Transferidos Desistentes
0
10
20
30
40
50
60
Dados de 2009
Ensino Fundamental
5ª série6ª série7ª série8ª série
Núm
ero
de a
luno
s
36
Dados de 2.009 – Ensino Médio
1ª série Porc. 2ª série Porc. 3ª série Porc.
Aprovados 29 71% 21 78% 17 89,5%
Retidos 04 10% 02 7% 0 ----
Transferidos 03 7% 03 11% 0 ---
Desistentes 05 12% 01 4% 2 10,5%
Aprovados Retidos Transferidos Desistentes
0
5
10
15
20
25
30
35
Dados de 2009Ensino Médio
1ª série2ª série3ª série
Núm
ero
de a
luno
s
37
Dados de 2010 – Ensino Fundamental
5ª 6ª 7ª 8ªTotal
Qtd. Porc. Qtd. Porc. Qtd. Porc. Qtd. Porc.
Aprovados 32 78,05 36 61,02 23 65,71 17 54,84 108 65,06
Retidos 2 4,88 18 30,51 6 17,14 7 22,58 33 19,88
Transferidos 6 14,63 4 6,78 5 14,29 5 16,13 20 12,05
Desistentes 1 2,44 1 1,69 1 2,86 2 6,45 5 3,01
5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
AprovadosRetidosTransferidosDesistentes
38
Dados de 2010 – Ensino Médio
1ª série 2ª série 3ª sérieTOTAL
Qtd. Porc. Qtd. Porc. Qtd. Porc.
Aprovados 22 62,86 21 67,74 16 69,57 59 66,29
Retidos 3 8,57 5 16,13 3 13,04 11 12,36
Transferidos 5 14,29 2 6,45 0 0 7 7,87
Desistentes 5 14,29 3 9,68 4 17,39 12 13,48
1ª série 2ª série 3ª série
0
10
20
30
40
50
60
70
80
AprovadosRetidosTransferidosDesistentes
39Analisando os gráficos podemos observar que a reprovação é um problema a ser
superado: na 5ª série houve um quadro atípico no ano de 2008 com um índice de
retenção e evasão altos e no decorrer dos outros anos houve uma melhora. Na 6ª série
tem-se um problema de retenção, que é discutido no Conselho de Classe, devido à
defasagem das séries iniciais do Ensino Fundamental, justificadas pelos professores e
equipe pedagógica. Não há maior reprova na 5ª série devido a uma tentativa de
recuperação de conteúdos até a 6ª série. O problema de repetência continua na 7ª
série. Na 8ª série houve um quadro atípico de repetência, esses dados altos de 2010
justificam-se devido a vários alunos com muita defasagem de aprendizagem que
estavam sendo aprovados nos anos anteriores e neste ano resolveu-se que não
deveriam ir para o Ensino Médio com tantas dificuldades, pois agravaria o problema.
Foi uma busca de solução, apesar de não acharmos a ideal, mas assim foi decidido por
todo o Conselho de Classe, como a melhor possível.
No Ensino Médio o maior problema apresentado é a evasão devido
principalmente aos alunos maiores de idade que se matriculam e como trabalham não
conseguem conciliar a escola e o trabalho. Também alguns casos de gravidez precoce
ou não. No ano de 2010, houve um índice alto de repetência atípico para a 3ª série,
decididos no Conselho de Classe, principalmente devido ao descaso dos alunos em
relação ao cumprimento das atividades escolares e consequentemente a não aquisição
dos conteúdos para o prosseguimento dos estudos.
405.13.2. CONTRADIÇÃO E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE
As estratégias de aprendizagem são constantemente reformuladas, diante das
mudanças metodológicas presentes nas Diretrizes Curriculares e nos Livros Didáticos,
apesar de em alguns momentos necessitarmos dos métodos tradicionais, devido às
dificuldades dos alunos na adaptação as novas metodologias.
O discurso já está mais próximo da prática docente, mas sabemos que essa
busca é gradativa/longo prazo.
A grande dificuldade na prática docente é a falta de perspectiva de vida de
muitos alunos, faltam-lhes “sonhos”. Isso limita a ação pedagógica, pois a maioria dos
alunos não quer ir além das condições materiais e culturais de sua família. O professor
dentro de seu papel procura incentivá-los, mas alguns ficam atônitos, o que muitas
vezes dificultam a ampliação do conhecimento e consequentemente do trabalho
proposto pelo docente.
A escola tem recebido livros didáticos nas disciplinas de Ciências, Geografia,
História, Língua Portuguesa e Matemática do Ensino Fundamental, apesar de faltar
livros em algumas séries. No Ensino Médio as disciplinas de História, Geografia,
Química, Biologia, Física, Matemática, Língua Portuguesa, Filosofia, Sociologia e
Língua Estrangeira Moderna Inglês recebem os Livros do Programa Nacional do Livro
Didático para o Ensino Médio. Recebemos o Livro Didático Público do Paraná para
todas as disciplinas do Ensino Médio. Também tem sido desenvolvido algumas
propostas de trabalho de incentivo à leitura, à continuidade dos estudos, à expressão
artística e outros.
Os professores têm um acervo de livros na Biblioteca do Professor, via
Secretaria Estadual de Educação e os alunos do Ensino Médio tem recebido livros
paradidáticos para o acervo da biblioteca, via Ministério da Educação. Todo o acervo
está à disposição o que contribui para um maior acesso à cultura geral, atualmente sem
atendimento direto no período da noite. A escola recebe ainda as revistas: Nova
41Escola, Carta na Escola, Gestão em Rede via FNDE e documentos, textos e cartazes
via Núcleo Regional de Ensino. Ainda há a TV Paulo Freire e a TV Escola, porém a
antena não está funcionando. Também os materiais recebidos no DEB – Itinerante de
algumas disciplinas como: Educação Física, Língua Estrangeira Moderna Inglês e
Espanhol e os dicionários de Inglês e Espanhol.
5.13.3. FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
Quase todos os professores do colégio têm nível superior em sua área de
disciplina, somente as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Ciências estão com
professores com formação superior em outra área.
A escola é um local privilegiado para a formação continuada. O trabalho escolar
exige uma nova postura do profissional da educação, no qual terão hora/atividade de
acordo com sua carga horária: para cada 20h/a são atribuídas 4h/a por semana
exclusivamente para oportunizar estudos que darão um embasamento maior na
adequação de planejamentos, metodologias e consequentemente as suas ações
dentro de sala de aula.
A escola, em contexto de formação, vai planejar as atividades de acordo com as
necessidades dos profissionais, o que implicará em instrumentos/estratégias e
conteúdos diversificados. Pretendemos incentivar e/ ou realizar as seguintes ações:
I. Semana Pedagógica, Formação Continuada da Equipe Multidisciplinar,
Encontros e seminários sobre diversos temas, solicitado pelo NRE ou diante das
necessidades do cotidiano escolar tais como: os Desafios Educacionais
Contemporâneos, em específico: Educação do Campo, Drogadição,
Sexualidade, Trabalho Infantil, Enfrentamento a Violência nas escolas contra a
criança e o adolescente;
II. Elaboração de propostas de trabalho referentes as necessidades dos alunos,
como prevenção à gravidez na adolescência e evasão escolar;
42III. Momentos de trocas de experiências e ideias entre os professores, equipe
pedagógica e direção para maior entrosamento;
IV. Momentos de estudo para os funcionários e incentivá-los a participar do Pró-
Funcionário.
O objetivo desta proposta é favorecer o desenvolvimento de postura profissional
adequada às necessidades do educando.
5.13.4. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO
A partir do ano de 2010, a escola começou a funcionar em três turnos
(manhã/tarde/noite) o que melhorou o tempo escolar, pois o dia todo tem atendimento
na escola. Os horários, em cada turno, estão adequados ao atendimento dos alunos.
Em geral, o espaço físico está adequado às necessidades básicas da escola,
principalmente porque a escola municipal que funcionou a alguns anos no mesmo
prédio mudou-se para um prédio próprio. A equipe pedagógica, a direção e a secretaria
funcionavam todos no mesmo espaço, mediante essa mudança foi possível melhorar a
organização da escola, acomodando cada setor em seu local específico, assim
colaborando para uma melhor definição de papéis e um atendimento mais
personalizado com melhor privacidade aos professores, pais, alunos e comunidade.
O funcionário que tem como função, inspetor de alunos, foi a uma capacitação
promovida pelo NRE/SEED e diante das orientações recebidas e das necessidades da
escola ficou definido como função zelar pela segurança e disciplina dos alunos, dar
apoio ao professor, ser vigilante constante nas dependências físicas e zelar pelos
materiais e equipamentos da escola.
435.13.5. EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS
A biblioteca no ano de 2010 e início de 2011 recebeu novas funcionárias, as
quais em dedicação exclusiva na biblioteca: uma agente educacional II e uma
professora readaptada (Lei nº 15.308/06). Essa exclusividade tem sido muito positiva,
pois tem sido criadas várias estratégias de incentivo à leitura. Somente à noite não há
um funcionário exclusivo, mas atende entre a biblioteca e a secretaria.
Ainda falta um laboratório de ciências físicas e biológicas e artes. Chegaram no
ano de 2010 mais equipamentos enviados pelo governo estadual, para o Laboratório de
Química, Física e Biologia. Com as duas funcionárias na biblioteca foi possível
reorganizar os equipamentos em armários na biblioteca.
O Laboratório do Paraná Digital está bem defasado, com equipamentos
necessitando de manutenção e o provedor/acesso a internet é lento dificultando o
trabalho dos professores. Alguns professores têm dificuldades na utilização dos
equipamentos, sempre que é solicitado os agentes educacionais II dão assistência ao
professor.
5.13.6. RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO NO COLÉGIO
Alguns teóricos afirmam que a escola democrática é o local do conflito.
Concordamos com essa afirmação, pois o trabalho coletivo é sempre um desafio, cada
ser humano diante de suas necessidades individuais e coletivas, suas opiniões,
dúvidas, ideias, conflitos trazem tudo isso ao local de trabalho. Não há uma política
externa que rompa essas barreiras, elas devem ser superadas com a prática do diálogo
respeitoso dentro da escola.
A direção escolar com o apoio da equipe pedagógica tem buscado encontrar
momentos de interação entre os profissionais da escola. Os conflitos existentes são
mais relacionados as concepções de mundo dos diversos profissionais.
44 O Quadro Docente e os Auxiliares de Serviços Gerais são compatíveis com a
realidade da escola. Quase todos os professores estão devidamente habilitados e são
em sua maioria QPM, e assim acompanham o progresso dos alunos no percorrer das
séries. Também permaneceu em sua maioria o quadro de professores, pois mesmo os
que tem aulas extraordinárias e os PEPR, dentro das possibilidades procuram retornar
dando continuidade ao trabalho e em sua formação continuada.
Os professores do diurno solicitaram a reunião de pais com a participação dos
docentes, pois não tem conseguido essa interação com os pais durante o ano no
período da Hora Atividade, dificultando o progresso dos alunos em sala de aula.
5.13.7. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
A organização da Hora-Atividade favorece o trabalho coletivo e individual,
permitindo a realização de atitudes pedagógicas sob a orientação da equipe
pedagógica ou Direção do estabelecimento para planejar, executar e avaliar as ações e
reflexões do professor, objetivando as melhorias no desenvolvimento da Escola.
Seguimos o cronograma na organização dos horários das aulas semanalmente,
conforme as possibilidades. A organização da Hora-Atividade em dias iguais para as
mesmas disciplinas é ideal para troca de experiências, mas neste estabelecimento é
inviável devido ao número de professores, ao número de aulas que em algumas
disciplinas nem conseguem completar um padrão, necessitando ir a outros
estabelecimentos de ensino, e as substituições que são feitas de professores em
licença (saúde, maternidade, especial).
O trabalho realizado na Hora-Atividade está direcionado a elaboração/seleção de
propostas, conteúdos e estratégias de planejamento, correção de tarefas dos alunos,
troca de experiências (quando possível com seus pares), e atendimento de alunos e
pais (quando necessário). Sempre que necessário/possível as orientações, ofícios,
45cursos e determinações da SEED e outros são repassados aos professores pela equipe
pedagógica também neste horário.
Os professores pedagogos não tem Hora Atividade definida, o que dificulta no
desenvolvimento de suas funções, pois é fundamental que a equipe pedagógica se
organize/estude para dar apoio e direcionamentos aos trabalhos desenvolvidos na
escola, principalmente aos professores e aos alunos. Será realizada uma nova proposta
para que em 2011 os pedagogos tenham esse tempo reservado de estudos juntamente
com os gestores.
5.13.8. INCLUSÃO
A escola não está suficientemente preparada para atender os alunos com
necessidades educacionais especiais, em vários aspectos como infraestrutura
(banheiro adaptado e rampa de acesso), transporte adaptado, currículo e outros. A
escola tem em seu quadro de docentes uma professora na área da Educação Especial
Sala Multifuncional I – na área de deficiência intelectual transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades, esse profissional realiza as adaptações
necessárias em sala de aula comum, pois muitas vezes esses alunos apresentam
defasagens muito acentuadas e os professores não conseguem atendê-los perante um
grupo maior de alunos. Também porque alguns alunos, devido à dificuldade de
compreenderem os conteúdos e de concentração apresentam comportamentos
indisciplinados dificultando o desenvolvimento na sala de aula como um todo.
Vários docentes e equipe pedagógica tem buscado alternativas para que todos
aprendam e participem das aulas motivadas, a fim de evitar a exclusão.
Algumas atividades que o Colégio realiza ou participa, promove a interação dos
alunos, diminuindo a distância entre as diferenças, pois há a possibilidade de destaque
de diversas habilidades, valorizando todos os educandos.
46Com a implantação da Sala Multifuncional I os alunos com deficiência intelectual
passam a ser atendidos em horário contrário ao das aulas a fim de dar suporte
pedagógico a esses discentes. Muitas mudanças têm ocorrido no direcionamento da
Sala Multifuncional I o que requer também um tempo de adaptação de toda equipe
escolar. Essa sala atende quatro alunos e há mais seis em processo de avaliação.
Temos problemas quanto a frequência regular desses alunos, por ser no período
contrário ao das aulas, é necessário constantemente estarmos chamando os alunos e
os pais para conscientizá-los da importância desse apoio oferecido pela escola.
Observamos que muitos pais não conseguem entender a importância de mais esse
suporte ao educando e não exigem a frequência às aulas.
A professora da Sala de Recursos também é orientada para que conquiste os
alunos e utilize estratégias e intervenções e faz adaptações curriculares para motivá-
los. A referida professora tem participado de capacitações oferecidas pela SEED para
aprofundar e consequentemente melhorar seu desempenho.
5.14. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Pela LDB 9394/96 vigente o princípio da gestão democrática, que inclui as
dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras, exige compreensão dos
problemas diante da prática pedagógica e administrativa da escola.
As questões de exclusão e reprovação e da não permanência de alguns alunos
na escola, vem provocando a marginalização das classes populares e isso requer um
compromisso e implica a construção coletiva da reciprocidade, da solidariedade, da
autonomia e na execução do trabalho pedagógico.
A gestão democrática neste estabelecimento escolar tem sido desenvolvida
através do diálogo constante com os alunos, os funcionários, os professores, a direção,
equipe pedagógica, e comunidade escolar, nas decisões e realizações das atividades
mais cotidianas.
47A participação dos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar, Conselho de
Classe e Grêmio Estudantil) dar-se-à nas reuniões periódicas e extraordinárias, nos
casos onde necessitam-se de consultas, na tomada de decisões em todas as suas
áreas de atuação, de modo interativo, na realização das atividades pedagógicas,
colaboração com ações de parcerias, trabalhos voluntários na escola e na gestão de
recursos financeiros.
5.14.1. CONSELHO DE CLASSE
O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didáticos-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino aprendizagem
na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
O conselho de classe é um momento privilegiado que tem finalidades próprias,
mas nota-se que ainda há a necessidade de conscientizar alguns professores da real
finalidade atribuída a esse órgão que é a de estudar e interpretar a aprendizagem do
aluno em relação ao seu trabalho realizado em sala de aula, bem como revelar as
necessárias e possíveis modificações metodológicas, a fim de projetar suas estratégias
para o próximo bimestre. Não é um momento para revelar fatos desnecessários da vida
pessoal do aluno. Somente são importantes aqueles que afetam diretamente a
aprendizagem e que devem, no conselho de classe, buscar soluções para o
enfrentamento de tais problemas.
A escola está organizando o Conselho de classe de acordo com as Propostas
da SEED: pré-conselho(levantamento de dados/ diagnóstico do processo de ensino e
aprendizagem); Conselho de classe(são discutidos os diagnósticos e proposições
levantados no pré-conselho) e Pós-conselho(encaminhamentos e ações previstas no
conselho de classe).
48Outra dificuldade são os professores que atuam em várias escolas e algumas
vezes não conseguem comparecer no dia do Conselho.
5.14.2. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar desta escola tem seu funcionamento regularizado de acordo
com as instruções do Regimento Escolar e direcionamento da SEED. O que necessita
ser melhorado está relacionado ao não comparecimento de alguns membros as
reuniões, devido ao cansaço do trabalho, dificultando nas tomadas de decisões, onde
muitas vezes há necessidade de marcar novos encontros com os outros
representantes.
5.14.3. GRÊMIO ESTUDANTIL
O colégio implantou no ano de 2007, o Grêmio Estudantil. Os alunos com o apoio
da equipe pedagógica estão desenvolvendo atividades na escola como: o Jornal Mural.
No ano de 2010/2011 a equipe atual do Grêmio tem tentado de desenvolver as ações
propostas no Plano de Ação, como: a Rádio Escolar, O Cinema na Escola, Combate a
Dengue e sobre o Meio Ambiente. Porém ainda necessitam do apoio da equipe
pedagógica para concretizar as ações.
5.14.4. APMF
A APMF deste estabelecimento de ensino funciona de acordo com o que está
descrito no Regimento Escolar, assegurando melhores condições de eficiência escolar
em consonância com o plano e ação da direção, visando sempre a realidade da
comunidade. O que necessita ser melhorado está relacionado a dificuldade de alguns
49dos membros não comparecerem a todas as reuniões, devido ao cansaço do trabalho,
atrapalhando nas tomadas de decisões.
5.14.5. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A participação dos pais acontece por meio de representação dos órgãos
colegiados como a APMF e o Conselho Escolar. A maioria não acompanha nem
participa do processo de aprendizagem de seu filho. A escola, no término de cada
bimestre, convida os pais a virem tomar conhecimento da vida escolar de seu filho, do
sistema escolar, do problema e do avanço nas disciplinas e, ainda recebem orientações
da equipe pedagógica para lidar com tais problemas, quando houver.
Alguns pais deveriam participar mais, dando apoio ao trabalho do professor no
desenvolvimento da aprendizagem de seu filho, e não comparecer somente no final do
ano letivo, quando não há mais nada o que fazer com relação ao rendimento escolar.
Um conteúdo não se recupera depois de terminado o ano letivo. Os pais, nesse sentido,
devem estar acompanhando os avanços e as dificuldades apresentados pelo seu filho
regularmente como está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tem-se questionado nas reuniões pedagógicas, no Conselho de Classe e em
outros de momentos de interação da importância da presença dos pais na escola. Após
esses momentos novas estratégias surgem e se efetivam para que mais pais
compareçam e também os professores possam conversar sobre a importância da sua
disciplina e realizar encaminhamentos, quando necessário, juntamente com os pais.
A família é muito importante no desenvolvimento da aprendizagem dos filhos,
pois quando há acompanhamento, cobrança, incentivo, valorização do saber escolar
mesmo que o aluno encontre alguma dificuldade, ele consegue superá-la ou o
progresso está de acordo com os objetivos propostos.
505.14.6. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS
A atribuição de aulas acontece mediante a Resolução enviada pela SEED e a
organização e distribuição das turmas, que em sua maioria é uma por série e é
realizada pela secretaria da escola e somente alguns casos de alunos são estudados.
5.15. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O colégio tem buscado desenvolver os temas relacionados aos Desafios
Educacionais Contemporâneos principalmente a História e Cultura Afrobrasileira,
Africana e indígena, Sexualidade, Uso indevido de drogas.
Foi organizado a programação anual para realizar atividades o ano todo, nas
diversas disciplinas sobre a História e Cultura Afro brasileira, Africana e indígena. No
final do ano passado foram apresentadas várias atividades na Semana da Consciência
Negra.
Tem-se na escola alguns casos de casamentos precoces (adolescentes), o que
tem chamado a atenção para a importância do trabalho com Sexualidade.
No ano de 2010 foi realizada a campanha “Fique sabendo”, onde foram
discutidos e apresentados temas sobre o uso da camisinha, como prevenção as DST e
Gravidez na adolescência.
Alguns professores têm realizado o curso do Programa Nacional de Educação
Fiscal – PNEF e vem desenvolvendo atividades em sala de aula como: o estudo das
contas de água, luz e telefone.
5.16. DIVERSIDADE
No ano de 2008 o colégio, por intermédio de uma funcionária e do Grêmio
Estudantil organizou uma turma do Paraná Alfabetizado. No ano de 2010 uma ex-aluna
51do colégio e agora estudante de Pedagogia organizou uma nova turma do Paraná
Alfabetizado. Para o ano de 2011, uma ex-aluna, agora formada em Pedagogia estará
organizando uma nova turma para o Paraná Alfabetizado.
A escola faz parte da Educação do Campo, apesar de suas características
urbanas. No ano de 2009 foi realizado um curso de 144 horas aos alunos do Ensino
Médio em parceria com o Sindicato Rural/SENAR PARANÁ (Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural) JAA “Jovem Agricultor Aprendiz”. Os professores tentam buscar
em suas disciplinas conteúdos que possam ser abordados de acordo com as Diretrizes
Estaduais da Educação do Campo.
Dois professores da escola participaram no ano de 2010 do curso “Gênero e
Diversidade na Escola – Formação de professoras/es em Gênero, Sexualidade,
Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais”. Nesse curso serão apresentadas
propostas a serem realizadas na escola. No ano de 2011 nenhum dos professores que
fizeram o curso estão atuando em sala de aula na escola.
Ainda há muita dificuldade em trabalhar com os alunos as questões de gênero,
sexualidade e orientação sexual na escola.
Foi solicitado à professora de Biologia um trabalho mais relacionado à
sexualidade.
5.17. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser entendida como um dos aspectos do ensino, pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem, de seu trabalho, com a
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo da aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir lhes valor.
A avaliação deverá proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de
ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos
de ensino; a avaliação utilizará métodos e instrumentos diversificados
52Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão ser analisados os aspectos
qualitativos e quantitativos da aprendizagem. Dar-se-à relevância à criatividade crítica,
à capacidade de síntese e a elaboração sobre a memorização, para que a avaliação
cumpra sua finalidade educativa, ela será contínua, permanente e cumulativa. A
avaliação deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino e da aprendizagem,
bem como a ordenação do currículo.
As avaliações e recuperações ficarão a critério de cada professor lembrando que
a avaliação bimestral utilizará técnicas e instrumentos diversificados, conforme a
necessidade e a opção de cada professor, visto que a observação do desenvolvimento
dos alunos se darão no decorrer de todas as atividades, com direcionamentos variados
a cada nova situação. Utilizarão como instrumento: pesquisas, relatórios, proposta de
atividades, apresentação de trabalhos, painéis (classe e extraclasse), júri simulado,
exposições, seminários, simulados, jogos (inter-séries), teatro/dança, maquetes com
temas sugeridos ou criações, desenhos/ilustrações e atividades escritas com datas pré-
estabelecidas para sua aplicação.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em escala de
0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O sistema de avaliação bimestral será composto pela
somatória da nota 4,0 (quatro vírgula zero) referentes as atividades diversificadas, mais
a nota 6,0 (seis vírgula zero) resultante de no mínimo duas avaliações (instrumentos
diversificados) totalizando a nota final 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das
avaliações dos alunos serão registrados no Livro Registro de classe a fim de que sejam
asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
No ano de 2010 foi estudado mais sobre a proposta de recuperação de estudos,
pois observamos que vários alunos não conseguiam a apreensão dos conteúdos
básicos e vários professores tinham dúvidas sobre esse assunto. A dificuldade está em
conseguir com que alguns alunos realizem as reavaliações dos conteúdos, pois em
alguns casos eles não fazem as atividades propostas pelos docentes e mesmo com
53várias oportunidades não conseguem comprometer-se e nem perceber a importância
do seu processo de aprendizagem.
5.18. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO PARA ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
PARA INSERIR NO MUNDO DO TRABALHO
À partir do recebimento da Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008 que dispõe
sobre o estágio de estudante foi estudada a referida Lei, consultado o Conselho Escolar
e incluído no Projeto Político Pedagógico da escola.
5.19. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Está previsto para iniciar no 2º semestre de 2011 o Programa Mais Educação
para os alunos do Ensino Fundamental no período contrário ao das aulas regulares:
Futsal, Teatro, Matemática, Letramento e Rádio Escolar. Atenderá uma demanda de
100 alunos.
5.20. PDE (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL)
Tivemos no ano de 2008 o primeiro professor selecionado para participar do
Programa de Desenvolvimento Educacional, na área da Educação Física, intitulado “O
posicionamento do professor de Educação Física frente à avaliação do aluno” com a
orientação do campus da UENP em Jacarezinho.
No ano de 2009 foi selecionada uma professora pedagoga com o tema
“Formação Continuada” que publicou um artigo entitulado “Escola: espaço de formação”
e irá concluir em julho de 2011.
545.21. CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna) Espanhol
No ano de 2010 o colégio passou a ofertar no período da tarde uma turma para o
curso de Língua Estrangeira Moderna Espanhol pelo CELEM. O curso terá duração de
um ano, com carga horária de 160 h/a e a carga horária semanal será de 04 (quatro)
h/a de 50 (cinquenta) minutos. O cumprimento da carga horária estabelecida para o
curso é obrigatório.
Foi aberta uma nova turma de CELEM Espanhol no ano de 2011.
5.22. Equipe Multidisciplinar
Seguindo a Instrução nº 010/2010 da SUED/SEED o qual estabelece a
obrigatoriedade das equipes multidisciplinares para tratar da Educação Étnico-Raciais e
para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.
No ano de 2010 iniciou a equipe multidisciplinar no colégio. Para o ano de 2011 a
grande diferença está na proposta da formação continuada para os integrantes serão
10 encontros de 8 horas durante o ano, que subsidiará o desenvolvimento dos
trabalhos da equipe.
55
6. MARCO CONCEITUAL
6.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO COLÉGIO
6.1.1. FILOSOFIA DO COLÉGIO
A filosofia do colégio é formar cidadãos atuantes na sociedade através do acesso
aos conteúdos, saberes, conhecimentos e interações culturais e sociais, a fim de que
participem de maneira ética, consciente, solidária, humana, criativa, transformadora,
perseverante e sonhadora.
6.1.2. CONCEPÇÃO EDUCACIONAL
O Estabelecimento oferece aos alunos a oportunidade para se apropriarem dos
conteúdos historicamente acumulados pela humanidade e assim atuar na nossa
sociedade como cidadãos críticos e com perspectivas melhores de vida. A fim de
atingir esse meta o ensino ofertado não será apenas repasse de conteúdos, a
prioridade é estimular o raciocínio e a busca de soluções criativas para as situações-
problemas apresentadas, dessa forma o professor será o orientador da aprendizagem
construída pelo próprio aluno em interação com a comunidade escolar.
A SEED tem como princípio a Educação para todos, visando diminuir as
desigualdades sociais e a construção de uma sociedade justa e humana.
Compartilhando desse princípio buscamos ensinar a todos os alunos, visando o
acesso, a permanência e o sucesso dos mesmos, para que possam ter opções e
oportunidades de mudança e crescimento em suas vidas.
Tem sido oferecido capacitações e treinamentos para professores e funcionários
a fim de valorizar os profissionais da educação. Outros aspectos que tem sido metas da
56SEED é o trabalho coletivo e a gestão democrática, ambos são temas constantes das
capacitações descentralizadas: Semana Pedagógica – estudos para organização do
trabalho pedagógico na escola, NRE Itinerante auxiliando as escolas a desenvolverem
o trabalho coletivo e os princípios da gestão democrática.
A escola é o espaço onde a inclusão de todos os alunos devem ocorrer,
partindo desse princípio buscou-se uma política pública que atendesse o atendimento
às diferenças e à diversidade cultural. Foi construído também as Diretrizes Curriculares
da Educação Básica para a rede pública estadual de ensino, a fim de subsidiar a
implantação da Proposta Curricular nas escolas estaduais, onde foi considerado a
diversidade cultural dos alunos e o atendimento às diferenças.
6.1.3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A proposta está norteada nos princípios da política educacional voltados
principalmente para qualidade do ensino ofertado na escola pública e da educação para
todos, com base no papel fundamental na transmissão, apropriação e socialização dos
saberes, em uma ação intencional e transformadora da realidade.
A comunidade apresenta instabilidade econômica (predomínio da classe baixa),
social e cultural que advém da prática situação e o eixo fundamental para a adaptação
desta situação, que reflete na clientela da Escola, vinda de uma comunidade instável,
com valores morais, religiosos compatíveis com a época em que estamos vivendo,
onde estes valores precisam ser trabalhados para a construção de uma sociedade
digna e com melhor qualidade de vida. A educação é o eixo fundamental para a
adaptação dessa situação.
57
6.1.4. OBJETIVO DO COLÉGIO
Organizar o trabalho pedagógico de modo que possa assegurar ao
educando a sua transformação social e política.
Fundamentar a proposta pedagógica, caracterizado no ideal coletivo, com
interesses voltados para as camadas populares.
Transformar o conhecimento assistemático, desestruturado, desarticulado
que o educando traz de sua experiência cotidiana em sistemático, articulado,
fundamentado na ciência.
Buscar a democratização do saber, ofertando, através das propostas
curriculares das disciplinas, educação de qualidade e necessária para a vida
do educando.
6.1.5. FINS EDUCATIVOS
A proposta de ensino revela o compromisso da Instituição Escolar em garantir o
acesso aos saberes elaborados historicamente, pois constituem como instrumentos
para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania democrática e a
atuação no sentido de refutar ou reformular as deformações do conhecimento, as
imposições de crenças dogmáticas e a petrificação de valores. A proposta de ensino
deve, portanto estar em consonância com às questões sociais que marcam cada
momento histórico, em busca de uma sociedade mais justa e solidária.
No contexto da proposta se concebe a educação escolar como uma prática que
tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas
capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de
compreensão da realidade e de participação nas relações sociais, políticas e culturais
58diversificadas e cada vez mais amplas, condições fundamentais para o exercício da
cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.
Deve-se dar atenção especial ao aluno que demonstrar a necessidade de
auxílio no resgate de sua auto-estima. Trata se de garantir condições de aprendizagem
a todos os alunos, seja por meio de acréscimos/mudanças na intervenção pedagógica
ou de medidas extras que atendam às necessidades individuais.
Dentro do processo de desenvolvimento da proposta a escola deve pressupor
alguns aspectos dentre os quais se destacam:
a – repensar sobre o papel e a função da educação escolar, seu foco, sua
finalidade, seus valores, significa considerar características, anseios, necessidades e
motivações dos alunos, da comunidade local e da sociedade em que ela se insere. A
escola tem de encontrar formas variadas de mobilização e de organização dos alunos,
dos pais e da comunidade, sobretudo, ajudando a criar um ambiente que leve a
participação e ao reforço das atitudes criativas do cidadão;
b – repensar sobre a sistemática de planejamento, definindo metas a serem
atingidas, em cronograma exequíveis, fazendo com que as propostas tenham
continuidade, prevendo recursos necessários, utilizando de forma plena, funcional e
sem desperdícios os recursos disponíveis, definindo um acompanhamento e uma
avaliação sistemática, a fim de não realizar o planejamento como tarefa burocrática;
c – a elaboração e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico requer
tempo para sua análise, discussão e re-elaboração contínua e um clima institucional
favorável, além de condições objetivas de realização. Deve-se ressaltar que uma
prática de reflexão contínua não é algo que se atinge de uma hora para outra, pois a
escola é uma realidade complexa, não sendo possível tratar as questões como se
fossem simples de serem resolvidas. E é importante ressaltar que cada escola
encontra uma realidade, um conjunto de circunstâncias e de pessoas, que as faz única
e singular.
59d – a contínua realização do Projeto Político Pedagógico possibilita o
conhecimento das ações desenvolvidas pelos diferentes professores, sendo base de
diálogo e reflexão para toda a equipe escolar. Para os professores, a concepção e a
execução do projeto da coerência às atividades desenvolvidas, e principalmente
contribui de forma efetiva com sua formação profissional, pois favorece a reflexão e
atuação sobre a realidade com a qual trabalha. A experiência acumulada dos
profissionais da escola, os direcionamentos da SEED e os momentos de estudo são a
base para a reflexão e elaboração da Proposta de ensino.
e – é fundamental organizar a escola como um espaço vivo, onde a cidadania
possa ser exercida a cada momento e, desse modo, seja aprendida, pois é fazendo
com que os jovens vivenciem esse conceito que ele será apropriado e isso reforçará os
laços de identificação com a instituição escolar.
6.1.6. CONCEPÇÕES NORTEADAS PELA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA
EDUCAÇÃO NACIONAL
De acordo com a LDBEN a educação básica tem por finalidade desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
6.1.7. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DO COLÉGIO
As Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do colégio estão pautadas nas
orientações da SEED, que findam-se na busca por um currículo com acesso ao
conhecimento historicamente acumulado pela humanidade e que forme um aluno capaz
de atuar em seu meio e transformá-lo para sua melhor sobrevivência e dos demais. E
60também na LDB, que em seu artigo 27 diz que os conteúdos curriculares da educação
básica observarão, as seguintes diretrizes:
I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III – orientação para o trabalho;
IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.
6.1.8. CONCEPÇÕES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 53, a criança e o
adolescente tem direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-
lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – direito de ser respeitado por seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis;
V – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.
E em seu artigo 56 diz que, os dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I – maus-tratos, envolvendo seus alunos;
II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares;
III – elevados níveis de repetência.
61
6.1.9. CONCEPÇÕES DAS CAPACITAÇÕES CONTINUADAS
Como prevê a LDB a formação dos profissionais da educação deve atender aos
diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do
desenvolvimento do educando, tendo como fundamento: a associação entre teorias e
práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço e o aproveitamento da formação
e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
Dentro da Rede Estadual de Ensino toda a equipe de profissionais e a
comunidade escolar têm garantidas as capacitações continuadas. São diversas as
oportunidades de estudo: Jornada Pedagógica aos Pedagogos e Equipe Diretiva,
Grupos de Estudos para todos os segmentos – inclusive comunidade escolar,
Encontros em Faxinal do Céu, Cursos para vários segmentos em diferentes locais do
estado,
6.1.10. CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE, CULTURA, MUNDO, EDUCAÇÃO,
ESCOLA, CONHECIMENTO, TECNOLOGIA, ENSINO-APRENDIZAGEM
Concepção de Homem
O homem é um ser natural, social e histórico, que age na natureza e a
transforma, segundo suas necessidades e além delas. Nesse processo de
transformação provocado pelo homem são envolvidas múltiplas relações num
determinado espaço e num determinado tempo onde produz conhecimentos. O homem
age mediado pelo trabalho, intencionalmente, produz bens materiais e sociais. Essa
ação intencional é provocada pela necessidade de sustentar-se e bem acomodar-se no
seu meio. É necessário compreendermos suas relações inerentes a natureza humana,
pois o homem é antes de tudo um ser de vontades que se pronuncia sobre a realidade.
62Por ser social, o homem atua e interfere na sociedade na relação com as outras
pessoas, a princípio sua família e depois com a comunidade e grupos locais,
estendendo-se até uma organização política e de participação das mais variadas
esferas da sociedade.
Diante dos conceitos apresentados queremos formar cidadãos críticos,
solidários, éticos e transformadores, participantes da vida social, econômica e cultural,
a fim de conseguirem sucesso/felicidade em suas atuações profissionais, contribuindo
para a melhoria da sociedade.
Concepção de Sociedade
A sociedade é um agrupamento de relações configuradas pelas experiências
individuais do homem. Há nesse agrupamento de sociedade uma interdependência em
todas as formas da atividade humana, de relações, de estruturas, de instituições que
produz bens e garante a base econômica onde o homem realiza suas possibilidades de
pensar, agir e criar, gerando cultura, conhecimento, contribuindo para a transformação
do meio e perpetuando as leis históricas que se constituem pela história. A sociedade
brasileira se constitui pela hegemonia da classe dominante e capitalista, isto é,
fragmentada e marcada por profundas desigualdades de todo o tipo de classe, etnia,
gênero, religião etc. Essa política implantada na nossa sociedade, amplia a exclusão de
muitos e os condena a marginalidade. A crescente fragmentação social, que
potencializa as políticas conservadoras, dá por conta do excepcional avanço
tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
Nessa sociedade em que vivemos, nos deparamos com indicadores sobre a má
distribuição de renda, e identificamos o mais grave problema: a desigualdade entre
ricos e pobres. Como distribuir renda, quando a resistência em se Ter uma sociedade
menos desigual é tão grande em nosso país. Temos dois compromissos para a
população brasileira: o político, em torno do crescimento econômico, para combater a
pobreza e o desemprego, e o social, a partir de reformas que possibilitam o
63desenvolvimento do bem-estar social através dos espaços públicos que atendam as
necessidades de um povo que constrói uma sociedade. A exclusão e a miséria em que
tentam sobreviver milhões de brasileiros apresentam enraizados na história e
agravados pela ordem econômica neoliberal que sobrepõe o lucro e o capital a pessoa
humana, ao trabalho e ao bem comum.
Queremos viver em uma sociedade organizada, justa, democrática, com mais
cultura, educação, meios de comunicação, onde não haja diferenças de classes sociais,
e os direitos e deveres sejam de consciência de todos e respeitados por uma sociedade
que formamos, pois mesmo observando essa realidade podemos encontrar pessoas
que diante de tudo isso conseguem atuar transformando/melhorando a realidade onde
vivem.
Concepção de Educação e Escola
A Educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens, que se
observarmos ao longo da história ela pouco mudou. A sua influência para a mudança
na sociedade é lenta, porém necessária e implica nas ações e nas relações com o
trabalho, pois dificilmente um aluno sai da escola totalmente preparado para o mercado
de trabalho.
A Educação passa pela dimensão histórica por representar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. Perpassa também pelo
aspecto existencial porque faz do homem um ser em processo de construção e
transformação. Outro aspecto a ser considerado é a dimensão social, através das
relações de interesses e valores que movem a sociedade.
A Educação é intencional porque pretende formar o homem com conceito prévio
sobre as coisas e sobre o homem, e libertadora porque abre espaços para uma
democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e
ecologicamente sustentável.
64A educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem,
procurando constituir-se e transformar a realidade. “A educação é, sim determinada,
mas essa determinação é relativa na forma de ação recíproca – o que significa que o
determinado também age sobre o determinante. Consequentemente, a Educação
também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a transformação”. “A
Educação existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitem o acesso
ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos rendimentos desse saber”.
Sabemos que não é a escola a única instância que garante educação e a
aprendizagem. Aprendemos em muitos espaços não formais e nos educamos por ele. A
família é o primeiro espaço da aprendizagem e da educação. Mas é o espaço escolar
apropriado historicamente para esta tarefa. O ser humano ao aprender, a partir de sua
razão histórica, torna o conhecimento, fruto de sua produção material e cultural,
questão central e direcionadora numa sociedade. Assim, na escola, a educação tem
seu papel específico, intencional. O resgate em torno da essencialidade da escola vem
da contribuição de uma pedagogia histórico-crítica fundamentada por Dermeval Saviani
dentre outros educadores, que determinam a especificidade da educação.
Queremos uma educação que priorize diversos aspectos que são importantes
para o aluno como: igualdade de condições que possibilitem a aprendizagem e a
divulgação da cultura e do pensamento; valorização das experiências como veículo
para o trabalho; a prática social; torná-los críticos, ciente de seu papel na sociedade.
Concepção de Conhecimento e Ciência
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre
homens e a natureza. Desta forma o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Nessa perspectiva queremos discutir saberes científicos, éticos e filosóficos,
essenciais para a vida humana. Existem outros temas que queremos discutir e deverão
65estar inseridos nesses saberes: solidariedade, respeito ao próximo, sexualidade,
Enfrentamento à violência, coletividade, senso crítico e consciência política.
Por isso, queremos trabalhar conhecimentos que atendam as demandas da
sociedade que compomos e isso nos requer não apenas formação intelectual, mas
também comportamental, pois a estrutura de uma sociedade dita democrática necessita
de pessoas com conhecimentos que oportunizem a participação.
Subsequentemente nos cabe reconhecer que o aluno, enquanto indivíduo busca
a identificação com aqueles que lhes ajudam a compreender o seu meio, para que
diante de um determinado tempo possa se autoafirmar pondo assim, em prática seus
interesses.
É importante enfatizar a necessidade da escola propiciar o acesso ao
conhecimento historicamente acumulado para a formação das futuras gerações, pois
vivemos em uma sociedade dominada pela mídia, onde os interesses econômicos são
sobrepostos aos interesses sociais.
Outro aspecto é o de formar pessoas que saibam comunicar-se eficazmente no
meio em que vivem, principalmente na comunidade escolar.
A mudança no currículo escolar depende da concepção que cada educador e
comunidade escolar tem sobre suas funções. Para termos um currículo que atenda a
todos é necessário mudanças de atitudes/concepções.
Concepção de Tecnologia
Pode–se dizer que a tecnologia é um conjunto de conhecimentos com princípios
científicos que se aplica a um ramo de atividade. Porém a sociedade tecnológica ou
sociedade contemporânea está marcada pela mídia e demais tecnologias, ganhando
novas configurações. É vista como um processo dinâmico e independente que provoca
mudanças na escola.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e
serviços, mas no conjunto de relações sociais e culturais vigentes. Na escola, é uma
66ferramenta sofisticada e alternativa, porém pode contribuir para enriquecer as formas
de conhecimento na mediação com o aluno em todas as áreas ou aumentar as
desigualdades sociais excluindo aqueles que a ela não tem acesso. A escola precisa
utilizar à tecnologia, a fim de contribuir com a construção de uma sociedade mais
igualitária.
Na LDB 9394/96, ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo,
assume a concepção que relevam novas formas de selecionar, organizar e tratar
metodologicamente os conteúdos. A eficiência desse eixo tecnológico no currículo só
existe se for suficiente para acesso a todos da Escola Pública, havendo portanto, ação
política que possibilite esse investimento e contribua para o desenvolvimento de todos,
principalmente os mais desfavorecidos.
Concepção de Cidadania
Historicamente o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para dentro –
poderes coloniais, elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e
agravando as inclusões. Nesse momento de continuidade da conquista da sociedade
democrática queremos construir uma outra base social, constituída por aqueles
excluídos da história brasileira que organizando-se na sociedade civil e nos diferentes
movimentos sociais, acumularam forças e conseguiram expressar-se, tomando as
rédeas do seu destino, criando uma nação soberana, aberta ao diálogo e a
participação.
A cidadania é um processo histórico-social que possibilitou criar condições de
consciência pessoal, social e de reconhecer a importância das ações no que se refere
aos direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as discriminações,
da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e aos
tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acessos às
políticas públicas e participação de todos nas tomadas de decisões. São condições
essenciais de cidadania, reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente
67do interessado, uma vez que quando a desigualdade é somente confrontada na arena
pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente dos serviços públicos.
No entanto ser ou estar interessado não dispensa apoio, pois os serviços públicos são
sempre necessários e instrumentais.
A construção da cidadania e de uma cultura baseada em direitos sociais e
políticos constitui, hoje, um dos problemas mais cruciais para o processo de
democratização do Brasil. Aí estão envolvidas questões não apenas de formação de
atores sociais, capazes de criação de esferas públicas e democráticas. Os cidadãos,
numa democracia não apenas titulares de direitos já estabelecidos, existindo
possibilidade de expansão, de criação de novos direitos. “O processo não se dá num
vazio; a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,
constituindo-se na criação de espaços sociais de luta e na definição de instituições
permanentes para a expressão política”.
A escola é uma instância articuladora e mediadora de dois projetos: o político da
sociedade vigente e o pessoal dos sujeitos envolvidos na educação. São nesses
projetos que se consideram a formação da cidadania como fundamental para a
consolidação democrática. A gestão democrática supõe práticas escolares
democráticas que preparam para a cidadania, e se assim não for, o discurso é vazio.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar
cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção político,
social e cultural.
Concepção de Cultura
A cultura constitui-se de tudo aquilo que faz a construção humana: o saber, o
fazer, o ser de cada grupo, impregnados dos valores proferidos de suas ações. Ela é
produto da sociedade, com saberes próprios, acumulados e conservados,
historicamente, e transmitidos de geração em geração. Somos dependentes da cultura.
Não é possível pensar em ser humano sem a ligação com sua cultura. O homem é o
68ser que mais depende de mecanismos culturais para organizar-se em seu
comportamento.
É na imensa diversidade e plasticidade das construções culturais que acontece a
ligação do homem à cultura. Há uma aproximação muito grande entre aquilo que é
inato e o que é cultural no comportamento humano. A sociedade opera no indivíduo, na
sua estruturação e organização, e a cultura opera na construção do indivíduo
impregnado a maneira de viver e de pensar.
Assim, podemos dizer que, do ponto de vista antropológico, tudo o que o
homem elabora e elaborou, desde a mais sublime música, ou um texto, até mesmo a
forma de destruir-se, de arte, de ciência, de linguagem, enfim costumes e hábitos de
vida, sistemas morais, crenças, religião, trabalho e formas de viver, valorizar coisas do
mundo e do transcendente, constituem-se na cultura.
A sociedade atual valoriza a indústria cultural que é consumista, imediatista,
individualista e o hedonista. Queremos valorizar uma cultura regional, que revive
tradições, costumes, hábitos, produção artística local e mostra que o diferente pode ser
respeitado. E assim a tolerância e a convivência pacífica devem ser princípios
norteadores de nossas condutas. Salientamos que a diversidade cultural é riquíssima
na nossa civilização.
O desenvolvimento cultural, a valorização da diversidade tem relação direta com
os princípios éticos, pois só aquele que conhece a riqueza de seu povo é capaz de
respeitá-lo em suas diferentes manifestações.
A comunidade escolar deve estar preparada para valorizar a diversidade cultural,
porque o exemplo é a melhor forma de ensinamento e de aprendizado.
696.1.11. CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO NA ESCOLA
O tempo escolar está organizado em séries anuais, orientados pelo calendário
escolar com uma carga horária mínima de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo
de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.
6.1.12. CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Atualmente a sociedade tem apresentado um ritmo acelerado de
transformações. A tecnologia, as ideias e valores culturais distorcidos, ética e
sentimentos de valores restritos, vêm hoje, instalando através da gestão democrática
uma situação que pode atenuar para a eliminação de práticas individuais, de reflexão,
análise, avaliação e decisão. Mais do que nunca são exigidos dos sujeitos uma
participação intensa e efetiva, transparente em seus posicionamentos e a explicitação
dos objetos das suas decisões.
Nesse contexto, os educadores de uma escola precisam ter clareza e
discernimento na condução do trabalho pedagógico para garantir a elaboração de
objetivos comuns a serem alcançados. O diretor, o pedagogo e também o professor,
“devem se organizar para explicitarem as diferenças entre as posturas, clarearem em
conflitos e articularem em ações, de modo que não se perca de vista a riqueza da
divergência e da diferença, para a proposição de projetos originais concretos. Torna-se
assim, a organização de espaços coletivos de reflexão e análise contínuas das práticas
pedagógicas, sociais e escolares, para que todos os educadores - gestores e
professores – participem de maneira democrática e construtiva”. (Ângela I. S. de Freitas
DALBEN, SP, 2004)
Entende-se por gestão pedagógica a ação de coordenar o desenvolvimento das
atividades de uma instituição ou projetos que tem afinidades educacionais.
70Compreende-se a elaboração de Propostas de organização dos currículos, dos tempos
e dos espaços pedagógicos e a viabilização das práticas reflexivas.
Na gestão democrática, todos pensam, agem e avaliam coletivamente, perante
as necessidades educativas que se constrói com base no diagnóstico das dificuldades
e possibilidades do contexto. Todos dessa equipe vão traçando objetivos que
nortearão a construção de ações cotidianas, encontrando sua forma original de
trabalho, criando sua identidade. Nestas circunstâncias é necessário um líder que
possa articular e encaminhar os trabalhos estabelecidos no projeto, aqui em
construção.
Princípios de Gestão Democrática:
O princípio da Gestão Democrática está baseado nos preceitos legais, atendidos
os órgãos federais e estaduais e explicitado no Regimento Escolar através do artigo 6º
que diz “A organização no âmbito escolar fundamenta-se no processo de participação e
co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas, para a
elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 diz que os
sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
Educação Básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Neste estabelecimento de ensino, conforme consta no Regimento Escolar são
elementos da gestão democrática a escolha da direção pela comunidade escolar, na
conformidade da lei, e a constituição do órgão máximo da gestão colegiada,
denominado de Conselho Escolar.
71
6.1.13. ADMINISTRAÇÃO COLEGIADA
Conselho de Classe é uma instância colegiada muito importante na gestão
democrática, pois dinamiza o processo coletivo e direciona a organização do trabalho
escolar, referente ao processo ensino aprendizagem. É um espaço de reflexão
pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem
alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo de ensino e aprendizagem.
Segundo o Regimento Escolar o Conselho de Classe é o órgão colegiado de
natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógico, fundamentado no
Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade
de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a
efetivação do processo ensino e aprendizagem. Ao Conselho de Classe cabe verificar
se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações
estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira
coerente com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da SEED. O Conselho Escolar é composto por
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a)
diretor(a) escolar. Tem como principal atribuição aprovar e acompanhar a efetivação do
Projeto Político Pedagógico e poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros
que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
72
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir
eficiência e qualidade do seu funcionamento.
Queremos cada vez mais que o Conselho Escolar deste Colégio atue
democraticamente na participação de seu colegiado.
O Grêmio Estudantil é um órgão colegiado de representatividade dos alunos. É
um apoio à direção de uma gestão democrática e está assegurado pela Lei nº 7398
como entidade autônoma.
O Grêmio Estudantil é a organização que representa os interesses dos
estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras
possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O
Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,
responsabilidade e de luta por direitos. (...) Em todo lugar sempre tem algo importante a
ser melhorado ou construído. (...) Mas toda participação exige responsabilidade! Um
Grêmio Estudantil compromissado deve procurar defender os interesses dos alunos,
firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as pessoas que participam da
escola. É importante trabalhar principalmente com os diretores, coordenadores e
professores. Somente assim o Grêmio atuará verdadeiramente em benefício da escola
e da comunidade. In: http//mundo jovem.pucrs.br/subsidios_gremio.pp
É elaborado um plano de ação, o qual é efetivado durante os dois anos de
mandato do Grêmio Estudantil.
6.1.14. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A LDB 9394/96 em seu artigo nº 67 inciso II garante aos profissionais da
educação o aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim.
73Os professores necessitam de uma formação adequada, com postura ética e
política, pois como formador de cidadão, tem necessariamente que ser consciente de
seu papel, valorizar sua posição.
Dentro das propostas da SEED de formação continuada, pode-se citar que a
formação continuada de professores, entendida como um processo constante de busca
do aprimoramento das práticas educativas, é uma das condições essenciais para a
melhoria da educação pública e para isso o Departamento de Educação Básica
desenvolve um programa de formação continuada com ações que privilegiem a
formação teórico-metodológica, a reflexão sobre conceitos que fundamentam a
disciplina de ensino, sobre a interdisciplinaridade e a análise crítica e produtiva da
atividade docente, de modo a possibilitar mudanças efetivas na prática educacional.
Algumas das opções oferecidas de formação: Grupos de estudos por disciplina e
temáticas, GTR (Grupo de Trabalho em Rede), Jornada Pedagógica, Simpósios e
Seminários em Faxinal do Céu, PDE, Simpósios, DEB-Itinerante, Pró-Funcionário,
Semana Pedagógica dentre outros e também a viabilização da participação em cursos
oferecidos pelas Universidades/ Faculdades locais.
A Formação continuada é importante para todos os segmentos da comunidade
escolar, pois sem essa continuidade e entrelaçamento de ideias não conseguiremos a
amplitude necessária para a formação de uma equipe que direciona o trabalho para um
mesmo objetivo. Os funcionários também participaram de capacitações como: a
Semana Pedagógica descentralizada, Seminários em Faxinal do Céu e outros eventos
promovidos pela SEED. A APMF e o Grêmio Estudantil também participaram de
Simpósios em Faxinal do Céu.
746.1.15. CONCEPÇÃO DE HORA-ATIVIDADE
A hora atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de docência,
para estudos, avaliação e planejamento.
A organização da hora atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos
professores , priorizando-se:
- o coletivo de professores que atuam na mesma área do conhecimento e/ou
módulos, tendo em vista a implementação do processo de elaboração das diretrizes
curriculares para rede pública estadual de Educação Básica;
- o coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), série(s),
etapa(s) do ciclo ou ano(s) dos diferentes níveis e modalidade de ensino;
- a formação de grupos de professores para o planejamento e para o
desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas
específicas, diagnosticadas no interior do estabelecimento;
- a correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades
que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria
da qualidade de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou
NRE/SEED, bem como aos atendimentos de alunos, pais e (outros assuntos de
interesse da) comunidade escolar.
A organização de Hora Atividade deverá garantir também, carga horária que
permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao
exercício da docência.
Cabe ao conjunto de professores, sob a orientação e coordenação da equipe
pedagógica ou direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a
serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora atividade.
Cabe à equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar o
trabalho docente desenvolvido, durante a Hora Atividade e também de mantê-los
75atualizados e informados sobre os estudos/eventos/seminários e outros assuntos
enviados pelo NRE e outros do cotidiano da escola.
Cabe à direção do estabelecimento sistematizar o quadro da distribuição da hora
atividade, que deverá constar em edital, permitindo o seu acompanhamento e
informando à comunidade escolar da disponibilidade de horário atendimento do
professor aos alunos e pais.
É de responsabilidade do Diretor do Estabelecimento de Ensino a distribuição e a
verificação do comprimento da hora atividade.
Será atribuído 20% de hora atividade sobre o total de horas-aula assumidas de
professor em efetiva regência de classe.
Comprovada a impossibilidade de cumprimento da hora atividade no turno e que
o professor ministra aulas, o diretor deverá apresentar ao NRE a justificativa e
encaminhamento que será adotado pelo estabelecimento de ensino, assegurando o
efetivo acompanhamento da equipe pedagógica no horário estabelecido para o
cumprimento da hora atividade.
6.1.16. CONCEPÇÃO DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O Plano de Trabalho Docente expressa o currículo escolar. O currículo não é a
expressão de si mesmo e sim uma concepção de realidade, de educação e de método,
que será traduzido no PTD, através da intencionalidade do professor em selecionar os
conteúdos, as metodologias e as práticas avaliativas, os quais são pensados e
planejados também no momento da sua elaboração.
Segundo orientações da Jornada Pedagógica o Plano de Trabalho Docente é a
expressão da Proposta Pedagógica Curricular, a qual por sua vez, expressa o PPP. O
plano é a representação do planejamento do professor. Neste sentido, ele contempla o
recorte do conteúdo selecionado para um dado período. Tal conteúdo traz consigo essa
intencionalidade traduzida a partir dos critérios de avaliação. Para que isso se efetive o
76professor deve ter clareza do que o aluno deve aprender (conteúdos), por que aprender
tal conteúdo (intencionalidade-objetivos), como trabalhá-lo em sala (encaminhamentos
metodológicos), e como serão avaliados (critérios e instrumentos de avaliação). A
seleção dos conteúdos, não é aleatória.
6.1.17. CONCEPÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA
Sempre devem acontecer segundo as necessidades dos professores, pedagogos
e direção, a fim de refletirem sobre questões referentes ao cumprimento das diretrizes
definidas no PPP. Cabe aos pedagogos e direção a organização e a garantia de
reflexões sobre o processo pedagógico da escola. Essas reflexões devem estabelecer/
ajudar no planejamento para melhor definir conteúdos, metodologia e avaliação e
também para organizar as reposições de conteúdos e carga horária dos discentes,
visando a melhoria do aproveitamento escolar. Alguns desses encontros são referidos
aos espaços de discussões e estarão previstos no Calendário Escolar, se houver
necessidade serem marcadas outras datas não previstas no calendário escolar.
6.1.18. CONCEPÇÃO DE CONSELHO DE CLASSE
O que queremos do Conselho de Classe:
a) oportunizar a cada professor a visão global da aprendizagem do aluno através do
confronto das diversas avaliações colhidas bem como de outras informações;
b) traçar um perfil da turma, indicando os alunos com dificuldades específicas,
analisando as causas do seu rendimento e encaminhando-os à recuperação de
conteúdo;
c) tomar decisões visando atender às necessidades da série e de cada aluno;
d) interpretar e registrar sistematicamente os dados analisados;
e)avaliar o desempenho docente em relação ao desempenho discente;
77f)redimensionar, se necessário, procedimentos pedagógicos a partir da análise dos
planos de trabalho;
g)buscar a coerência com o Projeto Político Pedagógico da Escola;
h)opinar, refletir e decidir sobre a avaliação final do aluno;
i)registrar, em ata própria, todas as decisões do conselho de classe bem como
contactar com a família para que esta tome conhecimento destas decisões.
6.2. CONCEPÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:
O tempo escolar está ligado a organização do calendário escolar. O Calendário
Escolar é elaborado, atendendo ao disposto na legislação vigente, bem com as normas
baixadas em instituição específica da SEED. Ordena o tempo, determina o início e o fim
do ano, prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se
divide, os feriados cívicos e religiosos, as datas para planejamento, capacitação,
reuniões pedagógicas, conselho de classe, reunião de pais, avaliações etc. Os
aspectos administrativos e burocráticos devem dar sustentação à proposta pedagógica
e a primeira condição para que esta se viabilizasse foi a organização do tempo
pedagógico, através da elaboração de um calendário escolar.
Segundo o Regimento Escolar o Calendário Escolar será elaborado anualmente,
conforme normas emanadas da SEED, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e
aprovado pelo Conselho Escolar e, após, enviado ao órgão competente para análise e
homologação, ao final de cada ano letivo anterior a sua vigência. O Calendário Escolar
atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo de horas e dias letivos
previstos para cada nível e modalidade.
Colégio Estadual Marques dos Reis – Ensino Fundamental e Médio funciona em
três turnos: matutino – 6ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, vespertino – 5ª e 6ª
séries, Sala Multifuncional (5ª a 8ª séries Ensino Fundamental ), Programa Mais
78Educação (a ser implantado) e CELEM Espanhol, noturno – 1ª a 3ª série do Ensino
Médio Regular, Programa Paraná Alfabetizado (a ser implantado) e CEEBEJA.
6.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:
Matutino
Ensino Fundamental:
- 6ª Séries A
- 7ª Série A e B
- 8ª Série
Sala Multifuncional
Programa Mais Educação (a ser implantado)
Vespertino
Ensino Fundamental: Sala de Recursos (6ª a 8ª séries)
5ª Série A
6 série B
Programa Mais Educação (a ser implantado)
CELEM – Espanhol (optativo ao aluno em período contrário as aulas regulares)
Noturno
Ensino Médio Regular:
Ensino Médio:
- 1ª Série
- 2ª Série
- 3ª Série
Ensino Fundamental – APED descentralizado – CEEBEJA 5ª a 8ª séries (Sala
disponibilizada)
- Programa Paraná Alfabetizado (a ser iniciado)
79
Disciplinas:
Ensino Fundamental: Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências,
Geografia, Inglês, Educação Física, Ensino Religioso (obrigatório na matriz curricular e
facultativo para o aluno, conforme Deliberação nº 01/06 CEE/PR).
Ensino Fundamental - Sala de Recursos: Língua Portuguesa, Matemática.
Ensino Médio: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Química,
Física, Biologia, Inglês, Arte, Educação Física, Filosofia e Sociologia.
CELEM Espanhol
Em tempos de mudança e reflexões em todo o contexto educacional, o currículo
se transporta ao cotidiano pedagógico, como questão fundamental. Aplicado à
educação, o termo currículo apresenta uma variação no decorrer do tempo. Essa
variação depende da concepção da educação e de escola e, também, das
necessidades de determinadas sociedades do dado momento histórico. O currículo
durante muito tempo era visto como distribuição de matérias ou carga horária de
trabalho escolar, depois significou uma relação de matérias ou disciplinas, como um
corpo de conhecimento organizado sequencialmente em termos lógicos. Hoje passando
por mudanças no modo de ver e pensar do próprio homem e determinando-lhe,
também, novas necessidades e atitudes perante a vida. Considerando que o currículo é
a soma das experiências vividas pelos alunos de uma escola, a seleção de conteúdos é
útil e exato, sendo de grande responsabilidade do professor de elaborá-lo dentro do
contexto social e escolar. O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões
fundamentais:
Dimensão Filosófica – refere-se ao tipo de educação apropriada a uma cultura,
opções de valores, baseadas na concepção de que se faz do homem na sociedade.
80Dimensão Sócio-antropológica – é necessário que a escola tenha uma visão
lúdica da realidade social pela qual está lidando para que possa desenvolver um
trabalho educativo, dinâmico e atual, devido às transformações sociais.
Dimensão Psicológica – é necessário dar atenção ao desenvolvimento
psicológico do aluno e também, que se tenha um boa definição de aprendizagem.
O currículo deve ser elaborado com a participação de todos aqueles que, direta
ou indiretamente, estão ligados a dinâmica do processo educativo.
O Currículo é a identidade da escola e tem haver com o conhecimento de toda a
evolução do aluno. É a espinha dorsal da prática docente. É a relação entre conteúdo,
método, contexto sócio-culturais e fins da educação. Estabelece relações entre as
concepções de homem, o homem atual deve ser critico, ativo e solidário, agindo assim,
recupera valores importantes no meio em que vive. De sociedade, compreendemos que
a educação serve como meio para realizar projetos na sociedade que, pode ser
conservadora ou transformadora. Temos que formar homens que não se vendam,
recuperando valores e trabalhando pela sua democratização, assim, teremos uma
sociedade justa, solidária e digna. De mundo, estamos vivendo um período de
mudanças, o qual o homem precisa se adaptar com sabedoria indispensável à sua
sobrevivência. De educação devemos preparar os alunos para serem cidadãos ativos,
membros solidários de uma sociedade democrática. De aprendizagem, o bom ensino
depende de organizar eficientemente as condições estimuladoras, de modo que o aluno
modifique a sua situação inicial de conhecimento ampliando sua visão de mundo.
816.4. MATRIZ CURRICULAR
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 00149 – COLÉGIO ESTADUAL MARQUES DOS REIS – E.F.M.
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 266
Ciências (301) 3 3 4 4 560 466
Educação Física (601) 2 2 2 2 320 266
* Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 67
Geografia (401) 3 4 3 3 520 433
História (501) 3 3 3 4 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 22 23 22 23 3.600 3.000P. D L.E.M – Inglês (1107) 3 2 3 2 400 333
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Matrícula facultativa para o aluno.
82MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 0017 - Jacarezinho MUNICÍPIO: 1190 - Jacarezinho
ESTABELECIMENTO: 00149 - Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M.
ENDEREÇO: Avenida Manoel Ribas, 460
FONE/FAX: (43) 35291124
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 0009 – Ensino MédioTURNO: NoiteANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: (Simultânea)
BASENACIONAL
COMUM
DISCIPLINASSÉRIES
1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 2 3
MATEMÁTICA 2 3 2
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTEDIVERSIFICADA
LEM-ESPANHOL* 4 4 4
LEM-INGLÊS 2 2 2
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações:- Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96,- *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.- Serão ministradas 3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos.
83
NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO
ESTABELECIMENTO: 00149 – COLÉGIO ESTADUAL MARQUES DOS REIS – E.F.M.
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
DISCIPLINAS SÉRIESBASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 4 4
Educação Física 2 2 2 2
* Ensino Religioso 1 1 - -
Geografia 3 4 3 3
História 3 3 3 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
133 SUB TOTAL 22 23 22 23P. D L.E.M – Inglês 3 2 3 2
TOTAL 25 25 25 25
846.5. RESOLUÇÃO CP nº 1 de 17/06/2004 (Institui Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana e Lei Complementar 11.645/08 e da Instrução nº
010/2010 – SUED/SEED que trata da organização das equipe multidisciplinares
para tratar da Educação das Relações Étnico-raciais e par ao Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena
De acordo com as Leis nº 11.645/2008 e nº 10.639/03 torna-se obrigatório o
estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena em todos os estabelecimentos de
Ensino Fundamental e Médio, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma
educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluri-étnica.
A educação multicultural e pluri-étnica é um desafio para nós educadores, pois de
certa forma as bases conceituais nas quais fomos formados não nos direcionaram para
tais atitudes pedagógicas, mas assumindo o compromisso da educação para todos e
que a escola é um espaço que visa a transformação, a formação e a integração dos
indivíduos na sociedade, deve ter seu papel de mediadora no processo de valorização
e difusão da cultura afro-brasileira e indígena, como forma de recuperar a autoestima e
a identidade étnica. Percebendo nosso papel como educadores e agentes de
transformação, tanto na escola quanto na sociedade, nos sentimos co-responsáveis
(com base no nosso Projeto Político Pedagógico) em trabalharmos a proposta com a
nossa comunidade. Temos a consciência da necessidade de uma busca constante de
embasamento teórico nesse trabalho que será por meio de pesquisas, análises,
avaliação constante do grupo, paralelamente à prática e à participação efetiva dos
alunos e comunidade, com base nas bibliografias disponíveis, documentos, textos,
imagens enviados à escola pela SEED/NRE ou disponíveis no Portal Dia-a-Dia e
também nos trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Estudos das Relações de
Trabalho e Desigualdades e outras fontes de consulta.
85De acordo com o Caderno Temático História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
que traz a fundamentação aos profissionais da educação e comunidade em geral, a fim
de instrumentalizá-los para o trabalho com a diversidade, e consigam atuar no
enfrentamento do preconceito e na construção de uma sociedade mais igualitária,
seguindo um caminho em busca da cultura da paz.
A Educação das Relações Étnico-raciais tem por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem
cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de
negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e
valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira.
A Equipe Multidisciplinar segundo a Resolução nº 3399/2010 são instâncias de
organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe
pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com disposto no art.
8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o
desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao
Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período
letivo e que se constituem por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional
Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica
e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, com vistas a tratar da
História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na
perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela
valorização da história do seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a
humanidade.
A equipe multidisciplinar é constituída de seis integrantes: um professor
pedagogo, um professor da área de biológicas, um professor da área de humanas, um
professor da área de exatas, um funcionário e um representante da APMF.
866.6. LEI nº 13.381/2001 (obrigatoriedade do Ensino da História do Paraná)
Essa lei torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná, com o objetivo de
formar cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
A referida lei dispõe que a disciplina História do Paraná deverá permanecer,
como parte diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus
conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada. E que a
aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens e atividades,
promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense,
partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.
Diz também que a Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos
nos conteúdos da disciplina História do Paraná. O hasteamento da Bandeira do Estado
e o cando do Hino do Paraná se constituirão atividades semanais regulares e, também,
nas comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual.
6.7. LEI nº 11.788/2008 (Lei do Estágio não obrigatório)
Foi promulgada a Lei nº 11.788/08, de 25 de setembro que dispõe sobre o
estágio de estudantes.
De acordo com a Lei o estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho que visa
à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o
ensino regular, de ensino médio. O estágio fará parte do projeto político pedagógico,
objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
O estágio será não obrigatório, desenvolvido como atividade opcional, acrescida
à carga horária regular e obrigatória.
Será necessário para a participação do estágio não obrigatório a matrícula e
frequência regular do educando, também terá que ser realizado um termo de
87compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de
ensino. Terá que ter compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e
aquelas previstas no termo de compromisso.
O acompanhamento do estágio será realizado pela equipe pedagógica
(pedagogo), pois é um ato educativo.
A lei prevê o acionamento de serviços de agentes de integração públicos e
privados.
De acordo com o artigo 5º da referida Lei em seu parágrafo 1º cabe aos agentes
de integração: I – identificar oportunidades de estágio; II – ajustar suas condições de
realização; III – fazer o acompanhamento administrativo; IV – encaminhar negociação
de seguros contra acidentes pessoais; V – cadastrar os estudantes.
Cabe as instituições de ensino consultar a referida Lei para verificar as devidas
orientações a fim de não cometer transgressões ou irregularidades.
6.8. ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
A LDBEN nº 9394/96 abordou em seu artigo nº 36 “o acesso aos conhecimentos
de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”, mas somente em 2006
o Conselho Nacional de Educação aprovou a resolução, obrigando que esses
conhecimentos devessem estar disciplinarmente inseridos no currículo.
O ensino da Filosofia e da Sociologia em todas as séries do Ensino Médio
contribuirá para uma melhor compreensão da sociedade, dos problemas, das questões
de “verdade”, “justiça”, “equidade”, “democracia”..., enfim pontos que não são
abordados em profundidade pelas outras disciplinas e fazem falta no entendimento
sobre o mundo atual.
886.9. CONCEPÇÃO DAS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
As ações didático-pedagógicas estão fundamentadas nas teorias críticas da
educação e com metodologias que priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender
e de avaliar.
Portanto, cada disciplina, de acordo com o conteúdo abordado irá optar por um
tipo de ação didático-pedagógica. E também há o desenvolvimento de atividades
escolares como: Fera com Ciência, Jogos Colegiais, Celem, Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena, História do Paraná e outros.
6.10. CONCEPÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR (Programa Mais
Educação)
O “Programa Mais Educação” é amparado pela Portaria Normativa
Interministerial Nº 17 de 24 de abril de 1997 e Decreto da presidência da República do
Brasil nº 7083 de 27/01/2010 é iniciativa do governo federal que tem como prioridade
contribuir para a formação integral de crianças, adolescentes e jovens, articulando, a
partir do projeto escolar, diferentes ações, projetos e programas nos estados, Distrito
Federal e municípios.
Esse programa terá finalidades e objetivos desenvolvidos em regime de
colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante
prestação de assistência técnica e financeira aos programas de ampliação da jornada
escolar diária nas escolas públicas de educação básica. São objetivos do programa:
• contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de
permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola
pública, mediante oferta de educação básica em tempo integral,
• contribuir para a formação integral das crianças, adolescentes e jovens,
89• apoiar a ampliação do tempo e do espaço educativo e a extensão do ambiente
escolar, mediante a realização de atividades pedagógicas no contraturno
escolar,
• contribuir para a redução da evasão, da reprovação, da distorção idade/série,
mediante a implementação de ações pedagógicas para melhoria de condições
para o rendimento e aproveitamento escolar.
As atividades a serem desenvolvidas com os alunos selecionados pelas escolas
no cadastramento do Ministério da Educação – Macrocampos, devem ajustar-se aos
Núcleos do Conhecimento da Instrução Normativa nº 10/09 – SUED/SEED que
regulamenta o Programa Viva a Escola no Paraná, conforme segue:
• Macrocampo – Esporte e Lazer
• Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal: Esportes, Brinquedos e
Brincadeiras, Ginástica, Lutas, Jogos, Teatro e Danças.
• Macrocampo – Meio Ambiente, Cultura e Artes, Cultura Digital, Investigação no
Campo das Ciências da Natureza, Educomunicação.
• Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural: História e Memória, Cultura
Regional, Atividades Literárias, Artes Visuais, Música, Investigação Científica,
Divulgação Científica, Mídias.
• Macrocampo – Acompanhamento Pedagógico – Letramento, Matemática,
Ciências, História e Geografia
• Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural: História e Memória, Cultura
Regional, Atividades Literárias, Investigação Científica, Divulgação Científica.
• Macrocampo – Direitos Humanos, Educação econômica
• Integração Comunidade Escola: Fórum de Estudos e Discussões, Preparatório
para o Vestibular.
As escolas que fizessem adesão ao programa tinham que escolher no mínimo de
cinco atividades, no máximo seis e um acompanhamento pedagógica era obrigatório.
90Serão disponibilizadas 5 horas/aula semanais para cada professor, os quais
serão responsáveis pela Proposta Pedagógica da Atividade, pelo Plano de Trabalho
Docente, pela orientação e acompanhamento das atividades junto aos monitores.
Esses monitores serão voluntários, de acordo com a lei nº 9.608/98 e recebem
um ressarcimento de despesas de transporte e alimentação para atender até 5 turmas.
As turmas serão organizadas em turno e horários de funcionamento das
atividades no período contrário em que os alunos estão matriculados de 2ª a 6ª feiras,
com mínimo de 7 (sete) horas diárias, não incluindo intervalo de almoço. A escola deve
selecionar no mínimo 100 (cem) alunos, de preferência alunos que se encontram em
situação de vulnerabilidade social.
As atividades cursadas pelos alunos no Programa Mais Educação serão
registradas no SERE e consequentemente no Histórico Escolar.
O acompanhamento e a avaliação das atividades pedagógicas de
complementação curricular ficam a cargo do professor, Diretor e Equipe Pedagógica da
escola, considerando os seguintes critérios: frequência dos alunos; frequência do
docente e monitor; critérios estabelecidos na proposta pedagógica da atividade;
cumprimento do calendário e atendimento às necessidades socioeducacionais dos
participantes.
6.11. CONCEPÇÃO DE DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Segundo orientações da SEED, os Desafios Educacionais Contemporâneos
deve pressupor ser parte da totalidade, isto é, em seu recorte histórico, político e
cultural do conhecimento, portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação
artificial e arbitrária, devem ser trabalhados se o conteúdo da disciplina proporcionar
essa inclusão.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos são:
91−Educação Ambiental;
−Educação Fiscal;
−Enfrentamento à Violência na Escola;
−História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena;
−Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
−Sexualidade;
−Educação do Campo.
Cada professor, diante dos conteúdos de sua disciplina em uma determinada
série irá selecionar, diante de suas sensibilidades humanas, sociais, culturais e
pedagógicas os temas pertinentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos.
6.12. CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE
Segundo documento da SEED, estudado na Semana Pedagógica as questões
da diversidade sociocultural e da inclusão na escola têm sido debatidas nas últimas
décadas como um elemento fundante para repensar os processos pedagógicos a
organização escolar e o reconhecimento dos sujeitos educandos, educadores, gestores
e comunidades que lá se encontram. Esse trabalho com a Diversidade tem os
seguintes objetivos:
•possibilitar a visibilidade cultural, política e pedagógica aos diferentes sujeitos
educandos e educadores presentes nas escolas públicas da Rede Estadual de
Educação do Paraná;
•instituir política pública de educação e diversidade, influenciando e orientando
as ações dos diferentes Departamentos, Coordenações e Núcleos Regionais de
Educação para o reconhecimento e atendimento às diversidades culturais e
contribuindo para o enraizamento das concepções e propostas da diversidade
em todos os níveis;
92•organizar a oferta da educação escolar à populações específicas, fortalecendo
suas lutas, seus processos de aprendizagem e de resistência.
A Educação do Campo é caracterizada como o resgate de uma dívida histórica
do Estado aos sujeitos do campo, que tiveram negado o direito a uma educação de
qualidade, uma vez que os modelos pedagógicos ora marginalizavam os sujeitos do
campo, ora vinculavam-se ao mundo urbano, ignorando a diversidade sociocultural do
povo brasileiro, especialmente aquela expressa na prática social dos diversos sujeitos
do campo. (Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação do Campo)
A Educação do campo torna-se importante devido ao fato de que todos terão
acesso à educação, incluindo as condições sócio-culturais do meio em que vivem. O
educador (a) ao pensar a sua prática cotidiana na sala de aula deve, como intelectual,
compreender o universo de vida de seus educandos (as) para que desde seu lugar e
posição de classe, refletindo sobre sua prática no ambiente escolar. Deve-se considerar
todo o conhecimento do homem do campo, isso significa uma educação pensada,
desde o seu lugar e com a sua participação, a partir das concepções da educação do
campo, trazendo para sala de aula em seus planejamentos conteúdos formativos “para
um procedimento essencial que é a escuta: “escutar os povos do campo , a sua
sabedoria, as suas críticas; escutar os educandos e as suas observações, reclamações
ou satisfações com relação à escola e à sala de aula; escutar as carências expostas
pelos professores das escolas do campo, enfim ouvir cada um dos sujeitos que fazem o
processo educativo: comunidade escolar, professores e governos, nas esferas
municipal, estadual e federal; por meio da escuta, será gerado o diálogo e nele serão
explicitadas as propostas políticas e pedagógicas necessárias à escola pública”
(Diretrizes Curriculares da Educação do Campo).
O aluno do campo deve ter oportunidade de ver a escola como uma instituição
de grande importância para seu futuro. Esta por sua vez, deve partir do contexto do
aluno, possibilitando-lhe a sua atuação enquanto cidadão. Cada professor em suas
93respectivas disciplinas devem buscar a inclusão dos conteúdos pertinentes a Educação
do Campo.
De acordo com documento enviado pela SEED, a Constituição brasileira garante,
às pessoas que não puderam estudar na idade considerada apropriada, o direito de
retomar os estudos. O governo do Paraná com o intuito de cumprir o preceito legal
desenvolveu o Programa Paraná Alfabetizado para erradicar o analfabetismo no
Paraná.
O colégio em consonância com as diretrizes da SEED, através de uma ex-aluna
mobilizou a comunidade formando uma nova turma do Paraná Alfabetizado.
Segundo o Caderno Temático Cultura Afro, os sistemas de ensino, os
estabelecimentos de ensino, os estabelecimentos e os professores deverão para
conduzir suas ações ter como referência, entre outros pertinentes às bases filosóficas e
pedagógicas alguns dos seguintes princípios:
CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRICA DA DIVERSIDADE
Este princípio deve conduzir:
− à igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos independentes de
cor, sexo, religião ou classe social;
− à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a
grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias, igualmente
valiosas e que em conjunto constroem, na ação brasileira, sua história;
− ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura
afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira;
− à superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os
povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no geral,
pertencem, são comumente tratados;
− à desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas, objetivando
eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do
94branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal fazem a negros e
brancos;
− à busca, da parte de pessoas, em particular de professores não familiarizados
com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o estudo de história e cultura
afro-brasileira e africana, de informações e subsídios que lhes permitam formular
concepções não baseadas em preconceitos e construir ações respeitosas;
− ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a finalidade
de negociações, tendo em vista objetivos comuns, visando a uma sociedade justa.
FORTALECIMENTO DE ENTIDADES E DE DIREITOS
O princípio deve orientar para:
− o desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de historicidade
negada ou distorcida;
− o rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de
comunicação, contra os negros e os povos indígenas, gays, pobres, etc...
− os esclarecimentos a respeito de equívocos quanto a uma identidade humana
universal;
− o combate à privação e violação de direitos;
− a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira e
sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;
− as excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser
oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os
estabelecimentos, inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e nas
zonas rurais.
Segundo o caderno temático da diversidade de Educação Ambiental, a
problemática ambiental propõe a necessidade de internalizar um saber ambiental
emergente em todo o conjunto de disciplinas, tanto das ciências naturais como sociais e
aplicadas, para construir um conhecimento capaz de captar tanto a multicausalidade
quanto as relações de interdependência dos processos de ordem natural e social que
95estão envolvidos nas inúmeras problemáticas socioambientais do presente. Neste
contexto questiona-se muito mais a fundo a racionalidade da civilização moderna, pois
a sociedade capitalista gerou um crescente processo de racionalização formal e
instrumental que moldou todos os âmbitos da organização burocrática, os métodos
científicos, os padrões tecnológicos e outros.
Para respaldar o trabalho em Educação Ambiental seguem-se dois artigos da
Lei nº 9.795/99 que dispões sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de
Educação Ambiental:
Art. 4º São princípios básicos da educação ambiental:
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque
da sustentabilidade;
III – o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter,
multi e transdisciplinaridade;
IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais,
nacionais e globais;
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e
cultural.
Art. 5º São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em
suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II – a garantia de democratização das informações ambientais;
96III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a
problemática ambiental e social;
IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável,
na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro
e macro-regionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia,
justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade
como fundamentos para o futuro da humanidade.
6.13. CONCEPÇÃO CURRICULAR/ DE CURRÍCULO
Segundo, SUED/2008, (…) na busca de romper modelos padronizados e rígidos
da modernidade, em nome de superar a fragmentação do conhecimento e as verdades
absolutas, transfere à escola a responsabilidade de resolver problemas de qualquer
natureza, necessitando para isso de novas abordagens curriculares inspiradas nesse
novo modelo produtivo surge, portanto, a pedagogia de projetos, a inter, trans, poli,
multidisciplinariedade e transversalidade, expressas na relativização dos conteúdos que
acabam se configurando na ideia do “aprender a aprender”, que sustenta os PCN da
década de 90.
Ainda, in: Cadernos da Escola Guaicuru, 2000 diz que no intuito de enfrentar o
problema da fragmentação do conteúdo têm surgido inúmeras propostas de
reordenação curricular: interdisciplinariedade, transdisciplinariedade,
multidisciplinaridade. Essas propostas, via de regra, não se referem aos fundamentos
dos conteúdos, mas apenas reorganizam, em unidades temáticas, os conteúdos já
97propostos pelos manuais, acrescidos de informações de outras fontes (paradidáticos,
revistas, jornais etc).
A opção da Rede Pública Estadual e do colégio por um currículo disciplinar, com
conteúdos disciplinares em sua totalidade, significa compreendê-los como síntese de
múltiplos fatos e determinações, como um todo estruturado, marcado pela
disciplinaridade didática. Segundo, DCE, tratar os conteúdos em sua dimensão práxica
é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que
requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos,
impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico dos mesmos.
6.13.1. RELAÇÃO ENTRE CONTEÚDO, MÉTODO, CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL
E FINS DA EDUCAÇÃO
Segundo as DCE's o currículo é o configurador da prática, produto de ampla
discussão entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e como
organização disciplinar, e assim priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender e
de avaliar. Considera-se também várias dimensões do conhecimento: científica,
filosófica e artística.
Para a seleção do conhecimento concorrem tantos fatores ditos externos, como
aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho, quanto as
características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do
sistema como os níveis de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes
acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e
abordagens em função de suas permanências e transformações.
Todo o desenvolvimento dos conteúdos devem estar embasados numa
concepção de escola pública que tenha o objetivo de construir uma sociedade justa,
onde as oportunidades sejam iguais para todos.
986.13.2. RELAÇÕES ENTRE AS CONCEPÇÕES DE HOMEM, SOCIEDADE, MUNDO,
EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM E A FINALIDADE DOS CONTEÚDOS
Segundo as DCE´s um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações
sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a
partir do modo como o compreende e como lhe é possível participar. Ao definir quais
tipos de sujeito, mundo, educação, aprendizagem e finalidades dos conteúdos iremos
formar, consequentemente definindo qual formação será desenvolvida/proporcionada a
esses sujeitos, a escola contribui para determinar qual tipo de participação que lhes
caberá na sociedade.
6.13.3. RESPEITO À IDENTIDADE CULTURAL DO ALUNO NA PERSPECTIVA DA
DIVERSIDADE CULTURAL
Quando o professor seleciona o conhecimento, que é tratado, na escola, por
meio de conteúdos das disciplinas concorrem tanto os fatores ditos externos, como
aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as
características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do
sistema como os níveis de ensino, entre outros.
O professor precisa fazer essa leitura ao desenvolver os conteúdos, pois o
educando é um sujeito que necessita dos conteúdos historicamente acumulados pela
humanidade, para interagir com sua cultura a fim de avançar e crescer, mas sempre
diante de uma prática que valorize seus saberes.
996.13.4. ARTICULAÇÃO DESSES SABERES DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, DO
ALUNO, DO CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL E A FUNÇÃO DE MEDIAÇÃO DO
PROFESSOR
Diante dos textos apresentados na Semana Pedagógica faz-se um recorte e diz-
se que é preciso ter claro que o processo de ensino fundamenta-se em uma cognição
situada, ou seja, as ideias prévias dos estudantes e dos professores, advindas do
contexto de suas experiências e de seus valores culturais, devem ser re-estruturadas e
sistematizadas a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as disciplinas de
referência.
Cita também que de um ponto de vista sócio-histórico da noção de
contextualização, deve-se considerar que o confronto entre os contextos sócio-
históricos, construídos ao longo de uma investigação, é um procedimento metodológico
das ciências de referência e das disciplinas escolares. Assim o professor deve ser o
mediador dos conteúdos escolares e das situações apresentadas num determinado
tempo e espaço.
6.13.5. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
O papel do educador está em criar condições para que o aluno aprenda e se
desenvolva de forma ativa e sistemática. É fundamental que o professor acredite na
capacidade do aluno em aprender. A escola por sua vez deve criar um ambiente
harmonioso, atuando na resolução de conflitos, para que sejam estabelecidos vínculos
positivos.
1006.13.6. DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA QUE ARTICULE
CONTEÚDOS E A DINÂMICA DE UM PROCESSO EDUCATIVO QUE EMPREGUE
RECURSOS DIDÁTICOS-PEDAGÓGICOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
A prática pedagógica deverá proporcionar o acesso aos conteúdos
historicamente acumulados e para que isso ocorra os profissionais devem estar atentos
a todos os elementos necessários que viabilizem a aprendizagem (metodologias,
conteúdos, dinâmicas, recursos didático-pedagógicos), para que o educando aprenda e
se desenvolva.
6.13.7. INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM
A escola marca a vida dos educandos e educadores não só no momento do
trabalho propriamente dito do processo ensino – aprendizagem, mas também nos
agrupamentos e organizações internas, nas suas ações rotineiras. Ela produz e
reproduz sujeitos através da experiência social, cultural e intelectual que oportuniza a
todos, através da intervenção do professor.
6.13.8. RELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E A
DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA
A formação continuada do professor na escola e fora dela oferece
aperfeiçoamento, para que o docente consiga utilizar os conhecimentos adquiridos nas
diversas áreas da docência como: os conteúdos propriamente ditos, as metodologias,
as legislações, as novas concepções, os direcionamentos da SEED, as novas
tecnologias e outros.
1016.13.9. INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO
Diante dos textos apresentados nas Semanas Pedagógicas de 2009, fazemos
um recorte dizendo que: ao anunciar a opção político-pedagógica por um currículo
organizado em disciplinas que devem dialogar numa perspectiva interdisciplinar requer
que se explicite qual concepção de interdisciplinaridade e de contextualização
fundamenta-o, pois esses conceitos transitam pelas diferentes matrizes curriculares,
das conservadoras às críticas, há muitas décadas. Assim, as disciplinas escolares são
entendidas como campos de conhecimento e se identificam pelos respectivos
conteúdos estruturantes e por seus quadros teóricos conceituais. A partir das
disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem quando:
•conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e
auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;
•ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros
conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma
abordagem mais abrangente desse objeto.
Segundo as DCE's os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola de
modo contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e
colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto
ao estatuto de verdade atemporal dados a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais
conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e
econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem
compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos
contextos em que elas se constituem.
1026.14. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
6.14.1. CONCEITO
As primeiras ideias de avaliação da aprendizagem estavam vinculadas ao
conceito de verificação e de medidas. A necessidade de medir surgiu tão cedo, que é
no corpo que o homem foi buscar as primeiras unidades de comparação.
Na atualidade, o conceito de avaliação tem como objetivo uma maior relevância
aos seus pontos críticos, como publicou Luckesi, em 1978, no artigo Avaliação
Educacional. Ele se refere sobre dados relevantes para uma tomada de decisão. Juízo
de qualidade produzido por processo comparativo entre o objeto que está sendo
ajuizado por processo comparativo entre o objetivo que está sendo ajuizado em
determinado padrão ideal de julgamento. A avaliação inclui um julgamento a respeito do
significado do resultado. Esse julgamento, baseado em teste, é feito a partir de algum
critério, expectativa ou padrão de desempenho estabelecido. O julgamento deve levar a
um diagnóstico sobre os problemas apontados pelo resultado e também a uma ação
corretiva. Para que isso ocorra, os instrumentos devem ser muito bem elaborados de
forma que professores e alunos possam compreender os problemas de desempenho a
partir das respostas dadas em testes.
Segundo a Deliberação nº 007/99 do CEE devemos destacar os seguintes
elementos na avaliação:
•Instrumento de diagnóstico que permite ao professor interpretar dados do
seu próprio trabalho, aperfeiçoar o processo, diagnostica resultados e atribuir
valor.
•Promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e
métodos.
•Novas alternativas para o planejamento do ensino.
103•Critérios de avaliação em consonância com a organização curricular devem
constar em regimento.
•A avaliação acompanha o aluno em diversas situações de aprendizagem.
•Técnicas e instrumentos diversificados.
•Relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal sobre à memorização.
•Contínua, permanente e cumulativa.
•O resultado final deve expressar a totalidade do aproveitamento escolar
“tomado na sua melhor forma”.
Possibilita, ainda a Lei, os avanços nos cursos e nas séries e mantém a
obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralela ao período letivo,
situações que devem merecer de cada instituição de ensino um rigoroso programa,
capaz de promover a valorização real dos alunos nelas envolvidos. E é nesse sentido
que a aprendizagem como um processo contínuo, com registros permanentes de
aproveitamento escolar, pode se tornar um indicativo seguro para apontar alunos que
precisam de recuperação da aprendizagem, antes que o resultado final se concretize.
Cabe assim a responsabilidade as mantenedoras dos estabelecimentos de
ensino, quanto à viabilização dos estudos de recuperação, criando condições que
tornem exequíveis os programas previstos em cada situação escolar.
O Conselho de Classe tem o sentido de acompanhamento de todo o processo da
avaliação, analisando e debatendo todos os componentes da aprendizagem dos
alunos. Como instrumento democrático na instituição escolar, o Conselho de Classe
garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus resultados sociais
como pedagógicos.
É necessários que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas de
aulas caminhem juntas, para que a prática, ajuizando a teoria, permita avanços tanto no
procedimento metodológico da escola, como no programa social da educação, que
passa necessariamente pela avaliação, capaz de apontar caminhos para toda
104construção e reconstrução dos currículos da atuação dos professores e, enfim do
conjunto de cada escola.
A avaliação da aprendizagem escolar, segundo LUCKESI (2003, p. 168), vem
sendo exercitada nas escolas como uma prática ameaçadora, autoritária e seletiva,
excluindo alunos. Entretanto, segundo o autor, a avaliação escolar tem que ser algo
positivo, que por si só seja um ato amoroso.
Avaliação tem por objetivo auxiliar o educando no seu crescimento, no seu
desenvolvimento pessoal, fazendo sua integração consigo mesmo, ajudando-o na
apropriação dos conteúdos. Pelo diagnóstico, a avaliação fornece suporte ao educando
no processo de assimilação dos conteúdos e no seu processo de constituição de si
mesmo, como sujeito existencial e como cidadão.
A prática da avaliação responde também a uma necessidade social de obter dos
educandos a manifestação de seus conhecimentos, uma vez que ela a escola é a
responsável pela educação das novas gerações. Sendo assim é o histórico escolar de
cada educando, o testemunho social da escola sobre a qualidade do seu
desenvolvimento, havendo, portanto a necessidade de que o educador e educando se
alie na jornada rumo à construção da aprendizagem, eliminando o espontaneísmo e o
autoritarismo.
Alguns cuidados com os instrumentos usados para operacionar a avaliação:
a) Ter ciência de que, por meio dos instrumentos de avaliação da aprendizagem,
o aluno é levado a manifestar sua intimidade (seu modo de aprender, sua
aprendizagem, sua capacidade de raciocinar, poetizar, de criar histórias, seu
modo de entender, de viver etc.). O professor deve respeitar a intimidade do
aluno e cuidar dela com carinho, utilizando-a como suporte de diagnóstico, da
troca dialógica e da possível reorientação da aprendizagem, visando o
desenvolvimento do educando.
b) Construir os instrumentos de coleta de dados para a avaliação visando:
105•articular o instrumento com os conteúdos planejados, ensinados e aprendidos
pelos educandos, no decorrer do período que se toma para avaliar;
•cobrir uma amostra significativa de todos os conteúdos essenciais ensinados e
aprendidos de fato, os não essenciais não devem ir para o planejamento e nem
para avaliação;
•compatibilizar as habilidades (motoras, mentais, imaginativa...) do instrumento
da avaliação apenas com as habilidades trabalhadas e desenvolvidas na prática
do ensino-aprendizagem;
•compatibilizar os níveis de dificuldades do que está sendo avaliado com os
níveis de dificuldade do que foi ensinado e aprendido (nem mais fácil, nem mais
difícil);
•Usar uma linguagem clara e compreensível, para salientar o que se deseja pedir
(não confundir a compreensão do educando);
•Construir instrumentos que auxiliem a aprendizagem dos educandos, pela
essencialidade dos conteúdos, pelos exercícios inteligentes, ou pelos
aprofundamentos cognitivos propostos. Caso o educador queira verificar se os
educandos são capazes de saltos maiores do que aquilo que foi ensinado,
poderá construir algumas questões, itens ou situações- problema sobre o
assunto desejado, mas não deverá considerar o desempenho do educando
como fator de aprovação/reprovação.
É preciso também que o professor esteja atento ao processo de correção e de
devolução dos instrumentos de avaliação aos educandos:
a) quanto à correção: não é necessário desqualificar o trabalho do aluno, com
afeto/incentivo, cada professor saberá a melhor forma de cuidar da correção dos
trabalhos;
106b) quanto à devolução dos resultados: o professor deve pessoalmente devolver os
instrumentos de avaliação aos educandos, comentando-os e auxiliando para que se
auto-compreendam em seu processo de estudo, aprendizagem e desenvolvimento.
c) A família deve tomar ciência dos instrumentos de avaliação e do desempenho dos
alunos.
Desse modo, diante do que foi exposto, fica claro que o ato de avaliar não se
destina a um julgamento “definitivo” sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois não é
um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico, à inclusão, à melhoria do ciclo
de vida.
6.14.2. INDICADORES DA APRENDIZAGEM
O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da nota 4,0
(quatro vírgula zero) referentes as atividades diversificadas, mais a nota 6,0 (seis
vírgula zero) resultante de no mínimo 2 (duas) avaliações (instrumentos diversificados)
totalizando a nota final 10,0 (dez vírgula zero).
Os testes, provas e outros instrumentos de medidas não devem ser
desprezados, mas devem ser significativos, de acordo com os objetivos e situações de
aprendizagem, com ressalva de que nem todas as técnicas servem para todos os
objetivos. As técnicas avaliativas apresentam características que permitem ao aluno e
ao professor obter informações do processo avaliativo; motiva para a correção ou
progresso, sugerindo novos dados; permite o diálogo como professor e como colegas,
encaminhando para a aprendizagem; permite o registro de informações obtidas.
Avaliar significa mediar conhecimento apropriado pelo aluno, visando
transformação para a tomada de decisão na busca de sue crescimento pessoal. É a
informação ou dados relevantes dos conteúdos apreendidos sobre a absorção do
aluno, a concretização do processo ensino-aprendizagem na assimilação dos
conteúdos.
107Queremos valorizar uma avaliação contínua, diagnóstica e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativas sobre os
quantitativos, utilizando instrumentos orais, escritos, corporais através de pesquisas,
participação em debates e apresentações de ideias e entendimento de texto, ou
exibição corporal, relatos, tarefas realizadas em sala de aula, ou extra- classe,
frequência, atividades de cunho individual ou em grupo, enfim qualquer manifestação
que o aluno apresente, durante o processo ensino-aprendizagem, pertinente à sua
apreensão de conteúdos. A avaliação deve, então preceder da aprendizagem clara,
consciente, entendida como um processo contínuo e sistemático de obter informações,
de diagnóstico do aluno. Assim, é possível orientá-los para a superação de dificuldades
e apreciação crítica do próprio trabalho e do professor. Segundo o Regimento Escolar
deste Estabelecimento de Ensino: a avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao
processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação
do conhecimento pelo aluno.
Com isso pretende-se ultrapassar definitivamente a concepção de avaliação na
função de certificação e seleção que vinha exercendo dentro de um contexto clássico
de ensino cartorial e seletivo.
No desenvolvimento conceitual do processo, coloca-se a escola com uma
unidade do sistema de ensino, configurando-se o Regimento Escolar como expressão
de conjunto de decisões tomadas pela equipe escolar sobre seu trabalho.” (Relatora
Conselheira Lílian Wachowicz, 1987).
6.14.3. CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO
Os alunos serão avaliados através da análise das avaliações apresentadas,
expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
108Da analise do inciso V, do artigo 24 da lei nº 9394/96, que estabelece a
organização da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar deverá seguir
critérios estabelecidos:
a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período;
b) Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar (sala
de recursos);
c) Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) Aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) Obrigatoriedade de estudos e recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados
pelas instituições de ensino em seus regimentos.
Com muita clareza a Lei define que a avaliação não pode ser aceita como um
simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção da
aprendizagem, indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar
todos os resultados obtidos durante o período letivo. Aponta a possibilidade de
aceleração de estudos para alunos que apresentam atraso escolar, situação que
merece projeto próprio, com a aprovação específica do Conselho Estadual de
Educação.
6.14.4. PERIODICIDADE DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO
Conforme estabelece o Regimento Escolar os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, “Registro de Classe”,
bimestralmente a fim de assegurar a regularidade e autenticidade da vida escolar do
109aluno. Durante o bimestre serão anotadas todas as avaliações realizadas com os
alunos, com o valor de cada uma.
6.14.5. RESULTADO DA AVALIAÇÃO
A avaliação tem sempre a função de redirecionamento e serve para avaliar o
processo educacional em todas as suas instâncias: aluno, professor, equipe
pedagógica, direção, funcionários, participação dos pais e sistema de ensino.
Diante de um resultado negativo ou abaixo do esperado, colocamos para análise
todas as variáveis acima mencionadas, pois se um aluno não aprendeu o que de fato
ocorreu? É necessário redirecionar os caminhos, após analisada a situação. Pode ser
um problema de metodologia do professor, uma defasagem de conteúdos muito grande
ou deficiência intelectual do aluno, uma sala de aula não produtiva (muito quente,pouco
arejada), um ambiente sujo - pouco acolhedor na escola, pais pouco participativos,
equipe pedagógica ausente e outros. Com esse diagnóstico, faz-se as intervenções
necessárias.
6.14.6. ENCAMINHAMENTOS E AÇÕES CONCRETAS
Diante do resultado apresentado pelo aluno, o professor realiza a recuperação
paralela, retoma os conteúdos, refaz a avaliação e as vezes diferenciam a prática
metodológica. Caso o aluno não obtenha sucesso, é apresentado à equipe pedagógica
o problema, mas se mesmo com a intervenção do pedagogo que irá conversar com o
aluno e se necessário com a família, o caso será encaminhado ao Conselho de Classe,
onde se discute no coletivo os possíveis novos encaminhamentos: Sala Multifuncional,
apoio da família, equipe pedagógica (diálogo individual e coletivo), psicólogo, Conselho
Tutelar, fonoaudiólogo, oftalmologista e outros.
1106.15. PLANOS DE ADAPTAÇÃO:
6.15.1. ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Planos de Adaptação: São atividades didático-pedagógicas referentes aos
conteúdos de uma determinada disciplina sem prejuízo da série em que o aluno
frequenta para seguir com proveito no currículo. A adaptação de uma disciplina que não
consta na grade curricular de uma determinada série de um outro município ou estado é
realizada através da elaboração de atividades com leituras, pesquisas, consultas de
conteúdos, resolução de exercícios, aplicados pelo professor pedagogo a um aluno. O
objetivo é que o aluno que não tenha o conhecimento dos conteúdos de alguma
disciplina da qual não constava em seu currículo, devido ao local onde frequentava,
passe a conhecer e desenvolver atividades a fim de apropriar-se desse conteúdo, sem
defasagem ou prejuízo para aprovação.
6.15.2. DEPENDÊNCIA
Considera-se com dependência o aluno reprovado em até três disciplinas, mas
que é aprovado e durante o curso da série subsequente as realizará.
6.15.3. PROGRESSÃO PARCIAL
Progressão parcial: O regime de progressão parcial permite ao aluno reprovado
em até duas disciplinas, cursar a série subsequente, concomitantemente às disciplinas
nas quais reprovou. É necessário que o aluno elimine qualquer dependência na
Modalidade Ensino Médio para atribuir essa certificação de conclusão. Como o colégio
não oferece planos de dependência, somente será dada continuidade aos alunos que
trouxeram dependência de outras escolas.
1116.15.4. RECUPERAÇÃO
A recuperação de estudos, segundo o Regimento Escolar é direito de todos os
alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A
recuperação de estudos dar-se-à de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas,
por meio de procedimentos didáticos-metodológicos diversificados.
Planejamento por parte da equipe pedagógica e do corpo docente.
Todos os procedimentos de recuperação se comprometem com os registros dos
mesmos, observando os aspectos abaixo indicados:
retomada do conteúdo anterior;
atendimento a dúvidas;
orientações sobre avaliações na disciplina;
exercícios adicionais de compreensão;
tarefas de casa com correção e revisão em sala de aula;
utilização da hora atividade pelo professor para esta finalidade;
informação aos pais sobre a evolução do quadro de dificuldades do
aluno, com o registro do encontro devidamente assinado pela escola e
pela família;
orientações especiais sobre “como estudar”;
convocação dos pais e do aluno para orientação especial quando,
apesar de todos os esforços, as dificuldades do aluno persistirem;
conscientização dos alunos da mudança de paradigma no que se refere
à recuperação e da necessidade de estudar desde o início do ano letivo.
1126.15.5. CLASSIFICAÇÃO
Segundo o Regimento Escolar a classificação no Ensino Fundamental e Médio é
o procedimento que o estabelecimento de ensino adota para proporcionar o aluno na
etapa de estudos compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos
por meios formais e informais, podendo ser realizada:
I – Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou
fase anterior, na própria escola;
II – Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou
do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III – Independente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar
o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento
e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
ações para resguardar o direito dos alunos, das escolas e dos profissionais conforme
Artigos 79 e 80 do Regimento Escolar.
6.15.6. RECLASSIFICAÇÃO
O Regimento Escolar em seu Artigo 81 diz que a reclassificação é o
processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do aluno
matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua
experiência e desenvolvimento, independentemente do registre o seu Histórico Escolar.
Conforme orientações do Regimento Escolar caberá aos professores, ao
verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente
matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe
pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. Os alunos,
113quando maior, os seus responsáveis, poderão solicitar a aceleração de estudos através
do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.
O processo de reclassificação deve ser realizado mediante consulta ao
Regimento Escolar, principalmente nos artigos números 83, 84, 85, 86, 87, 88 e 89.
6.15.7. AVALIAÇÃO FINAL
Segundo o Regimento Escolar a promoção é o resultado da avaliação do
aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual
ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados
ao final do ano letivo. Serão considerados retidos os alunos com frequência inferior a
75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar ou
frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula
zero) em cada disciplina.
Para realizar esse processo de retenção/aprovação por notas é necessário que
sejam considerados a definição de critérios, os quais devem ser qualitativos e não
quantitativos, e que sustentam a função deliberativa e orientam a prática pedagógica. É
importante ressaltar que no Conselho de Classe final, devem ser mediadas pela equipe
pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela direção escolar apoiadas em
alguns parâmetros como:
Avanços obtidos na aprendizagem;
Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
Situações de inclusão;
114 Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex: Falta de professores sem
reposição);
Não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram média para
aprovação devem se submetidos à análise e decisões do Conselho;
Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno
tenha sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é sua
possibilidade de acompanhar a série seguinte;
Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve
priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes
ou seu comportamento.
Ter sido aprovado em conselho de classe no ano interior não quer dizer que não
possa ser novamente aprovado no ano seguinte. A análise, nestes casos, deve
voltar-se às ações e ao acompanhamento pedagógico deste aluno que não
foram efetivos de modo a mudar os encaminhamentos para que o aluno tivesse
a oportunidade de outras formas de entendimento dos conteúdos.
6.15.8. PROCEDIMENTO DE INFORMAÇÃO AOS PAIS
O Estabelecimento promove reuniões periódicas com os alunos e pais para troca
de ideias sobre gestão escolar, atendimento as reivindicações, palestras, problemas
disciplinares e atividades extra-classe.
Por se tratar de uma comunidade pequena, as vias de relacionamento da escola
com a comunidade são feitas pessoalmente, mas também quando há necessidade de
nos comunicarmos, mandamos bilhetes pelos alunos e vários pais comparecem.
Se estes ainda não se acostumaram ao nosso sistema, utilizamos a visita nas
próprias casas.
É importante que os pais saibam como orientar seus filhos nos estudos e para
isso iremos elaborar um documento dos quais iremos relatar alguns itens:
115“Como participar da vida escolar de seu filho”
• Vá à escola de seus filhos e participe ativamente das atividades que ela
oferece;
• Converse com os professores sobre como seus filhos estão nos estudos;
• Caso seus filhos estejam com alguma dificuldade na escola, peça orientação
aos professores de como ajudá-los em casa;
• Leia bilhetes e avisos que a escola mandar e responda quando necessário;
• Compareça às reuniões da escola. Dê sua opinião, ela é muito importante;
• Incentive seus filhos a estudar. Mostre que, quanto mais eles estudarem,
maiores serão as oportunidades profissionais e pessoais;
• Verifique se seus filhos estão indo à escola. Pergunte todos os dias o que
fizeram na escola, o que aprenderam, e escute com atenção o que contam;
• Ensine seus filhos a cuidar do material escolar e dos livros;
• É importante que seus filhos façam os deveres de casa. Se tiver dificuldade
converse com os professores. É assim que você ajuda o seu filho a aprender
mais e melhor.
Fonte: www.mec.gov.br
Também iniciou-se no ano de 2010 o Programa do governo estadual “Eu
acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você?” Que tem como objetivos
instrumentalizar os pais e toda a comunidade escolar para saber como acompanhar a
avaliação da aprendizagem do aluno, do sistema, da escola, dos professores, uma vez
que a apropriação não prescinde da clareza de que a aprendizagem é fruto de múltiplos
determinantes e todos devem ser avaliados; e que toda autonomia é conquistada e não
decretada e a democracia e conquistada também.
1166.16. REGIMENTO ESCOLAR
O atual Regimento Escolar tem a finalidade de garantir a unidade filosófica,
política, pedagógica, estrutural e funcional deste Estabelecimento de Ensino,
preservando a flexibilidade didático-pedagógica de cada um, em consonância com a
legislação vigente e os princípios e diretrizes da SEED.
6.17. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Segundo publicação do MEC, Revista da Educação Especial – Inclusão, o
movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos,
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva
constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos,
que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avançam em
relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da
produção da exclusão dentro e fora da escola.
O estado do Paraná, SEED, não só reconhece o enorme contingente de alunos
que apresentam necessidades educacionais especiais (dificuldades acentuadas de
aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, dificuldades de
comunicação e sinalização e super-dotação ou altas habilidades), como desenvolve
vários projetos que enfocam a inclusão social e cidadania, oferecendo serviços e
apoios especializados, na modalidade de Educação Especial.
Conforme orientação das Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de currículos inclusivos no Paraná.
O Projeto Político Pedagógico é uma das formas de concretização da educação
de todos os alunos, nessa perspectiva, como veículo que sintetiza as aspirações e
princípios que refletem a ação da escola, oferecendo possibilidades de legitimar as
117diretrizes e linhas de ação pelos quais serão construídas propostas para a
aprendizagem e participação de todos os alunos da escola. Diante disso deve
contemplar três dimensões de ação, que competem aos segmentos distintos:
a) a construção de culturas inclusivas (comunidade escolar e sociedade em
geral) – envolve propostas para a construção de uma comunidade escolar segura,
receptiva, colaboradora e estimulante em que todos são considerados importantes para
remoção de barreiras para a aprendizagem e para a participação.
b) a elaboração de políticas inclusivas (secretarias municipais e estaduais de
educação) – envolve a organização de apoios e a formação continuada de professores
e demais profissionais da educação, de modo que a escola desenvolva sua capacidade
de responder às necessidades dos alunos, sem nenhum mecanismo de exclusão.
c) a dimensão das práticas inclusivas (professores e equipe técnico-pedagógica)
– envolve a organização do processo de aprendizagem, por meio da flexibilização e
adaptações curriculares (de conteúdos, métodos, avaliação), de modo a contemplar a
participação de todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas
necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social.
Seguindo as Diretrizes Curriculares da Educação Especial, com a
implementação da LDB 9394/96 e a clara intenção do princípio inclusivo que a
fundamenta; a discussão sobre a adoção e a implementação de currículos abertos e
flexíveis que atendam à diversidade do alunado presente na escola. Seguindo uma
tendência internacional, todas as ações pedagógicas que tenham a intenção de
flexibilizar o currículo para oferecer respostas educacionais às necessidades especiais
dos alunos, no contexto escolar, são denominadas adaptações curriculares. A ideia é
que a flexibilização/adaptação curricular seja uma prerrogativa para a celebração das
diferenças em sala de aula.
As decisões sobre a adequação a serem realizadas nos componentes
curriculares (conteúdos programáticos – o que ensinar; objetivos – para que ensinar;
sequência temporal dos conteúdos – quando ensinar; metodologia de ensino – como
118ensinar; avaliação do processo ensino aprendizagem – o quê, como e quando avaliar),
no contexto escolar, não podem estar baseadas sobre o que se entende que sejam as
características de aprendizagens próprias de cada deficiência, mas partir dos
interesses e possibilidades do aluno concreto que se encontra em sala de aula. Em
outras palavras significa colocar em prática o ponto mais sensível e problemático do
currículo: o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é individual.
A intervenção deve ser pensada diante da realidade do aluno concreto. É
fundamental que o professor ao planejar suas aulas, quando houver necessidade,
utilizem de estratégias metodológicas, atividades e recursos que melhor respondam as
necessidades individuais dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.
Neste estabelecimento de ensino contamos com o serviço de apoio
especializado – Sala de Recursos: aos alunos com deficiência mental e hipótese de
Distúrbio de Aprendizagem, no período do contra-turno e de instituições especializadas
AJADAVI para dois alunos com problemas fonoaudiológicos e uma aluna com suspeita
de possuir uma síndrome que está comprometendo sua visão e sua audição.
Outro aspecto que vem sendo estudado é referente a constar nos
certificados/históricos emitidos por este estabelecimento de ensino a terminalidade
específica para os casos mais acentuados de deficiência mental/intelectual.
A Revista Nova Escola publicou em sua edição de Outubro de 2006 as Atitudes
do Educador que inclui:
•Procura conhecer a legislação que garante o direito à educação das pessoas
com deficiência.
•Exige auxílio, estrutura, equipamentos, formação e informações da rede de
ensino.
•Deixa claro aos alunos que manifestações preconceituosas contra quem tem
deficiência não serão toleradas.
•Não se sente despreparado e, por isso, não rejeita o aluno com deficiência.
•Pesquisa sobre as deficiências e busca estratégias escolares de sucesso.
119•Acredita no potencial de aprendizagem do aluno e na importância da
convivência com ele para o crescimento da comunidade escolar.
•Organiza as aulas de forma que, quando necessário, seja possível dedicar um
tempo específico para atender às necessidades específicas de quem tem
deficiência.
•Se há preconceito entre os pais, mostra a eles nas reuniões o quanto a turma
toda ganha com a presença de alguém com deficiência.
•Apoia os pais dos alunos com informações.
Fonte: Aprendendo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com
Deficiência, Save the Children Suécia
6.18. PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)
O Programa de Desenvolvimento Educacional é uma política pública que
estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação
Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a
produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola
pública paranaense.
O objetivo é proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios
teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e
que resultem em redimensionamento de sua prática. A orientação Pedagógica está
fundamentada nos princípios educacionais da SEED e nas Diretrizes Curriculares da
SEED. Pode participar os professores do Quadro Próprio do Magistério – QPM, que se
encontram Nível II, Classe 11 da Tabela de Vencimentos do Plano de Carreira. O
professor que ingressar no PDE terá garantido o direito de afastamento remunerado de
100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo ano do
Programa.
120O PDE oferecerá cursos e atividades nas modalidades presencial e à distância e
disponibilizará apoio logístico e meios tecnológicos para o funcionamento do Programa.
O Professor PDE do colégio tem como proposta de intervenção pedagógica na
escola “O posicionamento do professor de Educação Física frente à avaliação do
aluno”. A justificativa para o tema de estudo é que foi observado uma insuficiência do
modelo atual de ensino o qual, muitas vezes, privilegia o fenômeno esportivo de
rendimento que, por sua vez, contempla parcialmente a enorme riqueza das
manifestações corporais culturalmente produzidas, e com isto produz através da
avaliação na Educação Física escolar alguns elementos que ganham destaques:
violência, os preconceitos étnicos de sexo, de classe, entre outras instâncias das
relações sociais, evidenciando que as classes menos favorecidas são submetidas a
condições humilhantes de sobrevivência. Segundo o professor os motivos para a
escassez de bons exemplos de avaliação em Educação Física, provavelmente residem
no fato de que os professores recebem em seu processo de formação orientações
insuficientes para conduzir suas atividades e que para compreender a avaliação na
Educação Física não se pode cair no reducionismo de um universo meramente técnico
de entendimento, sendo necessária à consideração de outras dimensões desse
processo como, por exemplo, as suas significações, implicações e consequências
pedagógicas, políticas e sociais.
121
7- MARCO OPERACIONAL
7.1. PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO - 2011
Plano de Ação
Ação Detalhamento Condições Objetivos Responsáveis Cronograma
Início do Programa Mais
Educação
Apoiar o(s) professor(es) e
dar suporte durante a sua
execução.
Incentivar o(s) professor(es)
para participar(em) do programa e
também acompanhar a frequência dos
alunos participantes.
Conforme Instrução da
SEED, focaremos:-preparação
para a educação de
tempo integral.
- Direção;- Equipe
Pedagógica;- Professores.
– Início do 2º semestre
Realização de reuniões
pedagógicas para
esclarecimentos e
desenvolvimento de conteúdos disciplinares
sobre a Educação do
Campo e outros temas (Desafios
Educacionais Contemporâneos
) e também a participação em
eventos promovidos pela
SEED.
Organizar reuniões
durante o ano letivo para dar suporte aos
professores, em suas
respectivas disciplinas, em
relação a Educação do Campo e aos
Desafios Educacionais
Contemporâneos (Drogadição, Enfrentamento
à violência, Sexualidade
etc.).Apresentação de conteúdos
assimilados em cursos/
seminários oferecidos pela SEED à equipe de professores.
Direcionar a equipe
pedagógica para elaborar
reuniões onde o tema esteja presente e
incentivar os professores
para que trabalhem
nessa perspectiva com
os alunos.Promover
encontros entre os professores
para que troquem
experiências e assuntos
apresentados em cursos/
capacitações/ seminários/ congressos.
Considerar a cultura dos povos do
campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação
escolar como processo de
apropriação e elaboração de
novos conhecimentos.Buscar formas de enfrentar os
desafios educacionais
contemporâneos adequando-os aos conteúdos
de cada disciplina.
- Direção;- Equipe
Pedagógica;- Professores.
- Conforme Calendário
Escolar;- Conforme
divulgação da SEED, através
do NRE.
122
Realização de parcerias com
o Sindicato Rural
Trazer para o Colégio cursos
gratuitos oferecidos pelo
SENAR, via Sindicato Rural, aos alunos e a comunidade.
Conseguir o apoio do
Sindicato Rural e o
envolvimento dos alunos e da
comunidade.
Ampliar as oportunidades
de aprendizagem aos alunos e comunidade,
principalmente as que
referem-se as questões rurais.
- Direção;- Equipe
Pedagógica.
- Durante o ano letivo, conforme a disponibilidade
do Sindicato Rural.
Reuniões para estudo dos
Conselheiros Escolares e Membros da
APMF.
Reuniões periódicas com
os componentes do Conselho
Escolar e APMF, para
leitura de textos,
discussões das dificuldades e necessidades
da escola. Exposição das
funções e comprometimen
to de cada membro do Conselho Escolar e
APMF. Apresentação dos resultados
obtidos.
Sala de aula e textos para
estudo;TV pen drive.
Conscientizar os membros do
Conselho Escolar sobre a
sua importância na construção da
escola democrática.
- Direção e- Equipe
Pedagógica.
Bimestral.
Estabelecer um calendário de
datas comemorativas
e eventos culturais.
Organizar um cronograma de atividades para comemorar as datas/eventos
mais importantes.
Desenvolver atitudes de
valorização às datas/eventos
mais importantes do
nosso país.
Acompanhar o desenvolvimento das atividades e organizar com a
comunidade escolar
estratégias para que tenha
significado real o que for
comemorado.
- Direção;- Equipe
Pedagógica;- APMF;
- Professores;- Conselho
Escolar;- Comunidade
Escolar;- Grêmio
Estudantil.
- Durante o ano letivo.
123Hastear e arriar
a Bandeira Nacional e do
Paraná.
Uma vez por semana
Hastear e arriar a Bandeira Nacional
juntamente com a execução do Hino Nacional,
Estadual e Municipal.
Organizar um cronograma
com as datas e as salas que irão hastear e
arriar a Bandeira e
cantar os hinos.
- Desenvolver nos alunos o patriotismo;
- Desenvolver o respeito pelos
símbolos nacionais.
- Direção;- Inspetor de alunos com a supervisão do
diretor;- Equipe
pedagógica.
- Durante o ano letivo.
Jogos inter-séries
Os alunos participarem em competições e
atividades culturais.
Organizar atividades
esportivas e culturais para
os alunos.
Promover a confraternizaçã
o entre os alunos.
Direção, pedagogas e professores.
Semestral.
Continuar o incentivo ao
Grêmio Estudantil
Oportunizar a continuidade do trabalho que o
Grêmio Estudantil vem
realizando.
Incentivar os alunos a dar continuidade
nas atividades desenvolvidas pelo Grêmio.
Colaborar na construção de
cidadãos críticos e ativos
e na gestão democrática.
Direção, equipe pedagógica e professores.
Durante todo o ano letivo.
Apoio a APMF e Conselho
Escolar dando ensejo a seus
integrantes para que
desenvolvam trabalhos na
escola.
Nas escolhas dos membros
de cada segmento dar
ênfase ao compromisso e a necessidade da participação ativa de todos os membros.
Organizar um grupo de
trabalho efetivo na escola.
Apoiar a APMF e Conselho
Escolar para atuarem
positivamente na escola,
melhorando o ambiente escolar e
efetivando a escola
democrática.
Direção, pedagogas,
funcionários e alunos.
Durante o ano letivo.
Continuidade ao Projeto
FICA.
Cumprir todos os passos do
Projeto FICA e caso o aluno não retorne
para a escola, finalizar com a
comunicação ao Ministério Público.
Os alunos faltosos serem encaminhados
pelos professores aos pedagogos;As pedagogas e
direção acionarem a
família;Caso o aluno não
retorne, encaminhar ao
Conselho Tutelar
Proporcionar o acesso à
educação para todas as
crianças e adolescentes;
Diminuir as taxas de evasão e
repetência.
Direção; pedagogas;professores;
Conselho Escolar.
Durante o ano letivo.
124Enfatizar a
importância da participação no
FERA com Ciência.
Divulgar e incentivar os professores e alunos para
participarem do FERA e do Com
Ciência.Enfatizar a
importância do FERA com
Ciência.
Dar apoio aos professores e alunos que se propuserem a participar do
FERA e do Com Ciência.
Ampliar os momentos/amb
ientes de aprendizagem
dos alunos;Melhorar a
socialização dos alunos.
Direção;Pedagogas;Professores;
Alunos.
Na data a ser divulgada pelo
NRE.
Paisagismo na escola
Buscar apoio aos órgãos ambientais como Horto Florestal e
Colégio Agrícola de
Cambará para coletar mudas e
também orientações
sobre as plantas mais
adequadas para esse fim.
Ir buscar as mudas no Horto
Florestal e o apoio do Colégio
Agrícola quanto as questões
mais técnicas.Buscar recursos
para comprar algumas flores
que não tenham no Horto.
Melhorar o meio ambiente
do Colégio;Proporcionar um ambiente
mais agradável e atraente;
Conscientizar os alunos sobre a
importância da preservação do meio ambiente em que vive.
Direção;Pedagogas;Professores;Funcionários;
Alunos eComunidade
escolar.
Durante o ano letivo.
Apoio as Propostas de
Trabalho desenvolvidas
pelos professores.
Os professores que
apresentarem propostas de
trabalho diferenciadas,
mas que estejam de
acordo com o Projeto Político
Pedagógico, Proposta
Pedagógica Curricular e
Plano de Trabalho Docente
receberão apoio da direção para desenvolverem
suas ideias.
As propostas devem estar de acordo com o PPP, PPC e
PTD.
Estimular os professores
para inovações em suas
disciplinas.
Direção;equipe
pedagógica e professores.
Durante o ano letivo.
125Efetivação da
Equipe Multidisciplinar:
Leis 10.639/2003 e 11.645/2008
Colocar em prática o plano
de ação da equipe
multidisciplinar
Conscientização dos professores.
Buscar a valorização das
diversas culturas e
etnias presentes no
Brasil.
Direção;equipe
pedagógica e professores.
Durante o ano letivo.
Desenvolver estratégias
para efetivar o Programa
Paraná Alfabetizado.
Buscar parcerias do
Grêmio Estudantil, Conselho
Escolar, APMF e Comunidade
Escolar.
Divulgação do Programa
Paraná Alfabetizado
para a comunidade
escolar e incentivo aos funcionários
que participam do Programa
Paraná Alfabetizado.
Erradicar o analfabetismo
na comunidade.
Direção;Pedagogas;Professores;Funcionários;
Alunos eComunidade
escolar.
Durante o ano letivo.
Utilização dos recursos
tecnológicos: TV pen drive,
TV Paulo Freire e Laboratório
Paraná Digital.
Incentivar os professores
para utilizarem os recursos tecnológicos
oferecidos pela SEED.
Os recursos tecnológicos
estarem adequados e
prontos para o uso.
Melhorar as práticas
pedagógicas dos
professores para que
fiquem mais atrativas aos alunos e as
suas condições de trabalho.
Direção;Equipe
pedagógica;Professores.
Durante o ano letivo.
Continuidade do Projeto Profissões.
Buscar profissionais que possam apresentar
dados importantes de suas profissões
(aspectos positivos e
negativos) a fim de auxiliar os alunos na sua
escolha profissional.
Organizar uma agenda de
palestras que não atrapalhe o andamento dos conteúdos em sala de aula e
buscar profissionais interessados
em apresentar sua profissão aos alunos.
Orientar os alunos na escolha
profissional;Aumentar o
interesse pelas aulas.
Direção;Equipe
pedagógica;Professores.
Durante o ano letivo.
126Continuidade nas Reformas
do Prédio/ Conservação
do Prédio/Aumento do depósito de
merenda e da cozinha/
Construção de um novo refeitório/
Melhorar a fachada da
escola.
Solicitar as reformas e construções
necessárias do prédio aos
órgãos competentes e conservar os
melhoramentos já realizados.
Aprovação das solicitações da
escola pela SEED, pelo
seguinte trajeto: Escola/ NRE/ SEOP/ SEED.
Melhorar o ambiente escolar;
Conservação/ preservação do
patrimônio público;
Tornar a escola mais atrativa a
toda a comunidade
escolar.
Direção;Conselho Escolar ;
APMF e NRE.
Durante o ano letivo.
O papel da Escola com as
Famílias frente a avaliação do
filho. Programa “Eu acompanho
a avaliação escolar do meu filho. E você?”
Incentivar os pais da participação
nos momentos de discussões
reuniões com a comunidade
escolar, proporcionando
liberdade de manifestarem, de apontarem pontos
positivos e negativos.
De apoiar os pais na busca do
avaliar o filho, que implica em acompanhar o processo de
ensinar e aprender, bem como avaliar a
prática dos professores, a
gestão e o sistema de
ensino.
Divulgar e acompanhar as
atividades com a comunidade escolar, da
utilização dos diferentes
instrumentos de socialização e da
efetivação dos trabalhos em
momentos diversificadas e em condições
atrativas com as práticas
pedagógicas.
Direção, equipe pedagógica, professores,
agentes educacionais e
Conselho Escolar.
No início do ano e no mínimo uma
vez por bimestre.
Parceria com o Posto de Saúde
para a realização de palestras.
Informar toda comunidade sobre
saúde e prevenções de
doenças.
Disponibilidade do profissional da
saúde e organização da
comunidade escolar no colégio.
- Desenvolver comportamentos de prevenção as
doenças;- Maior integração entre os pais, os
alunos.
Direção, Pedagogas,
Palestrante: Dr. Gilberto Severino e
professores.
Mensalmente a partir de abril – ano
de 2010.
Preparação dos alunos para a realização das
avaliações externas: Prova Brasil e ENEM
Realização de estudos dos
conteúdos exigidos nessas avaliações e preparação dos
alunos.
Os professores diante das
discussões no coletivo
empenharam-se em realizar tais
propostas.
- Preparar os alunos para
realizarem provas com essa
metodologia;- Diminuir a
ansiedade dos alunos;
- Desenvolver estratégias para
os alunos sentirem-se mais
seguros.
Direção, Direção-auxiliar, pedagogas
e professores.
Bimestralmente no Ensino Médio e 8ª
séries.
127
PLANO DE AÇÃO 2011/2012
Equipe Multidisciplinar
1 – Nome do Estabelecimento: Colégio Estadual Marques dos Reis – E.F.M. Cidade: Jacarezinho Município: Jacarezinho NRE: Jacarezinho Integrantes: Claudineia Teresa Bento Cristiano José da Silva Eugênia Mendonça Maria Helena de Oliveira Trevisan Lourdes de Fátima Carneiro de Oliveira Silvana Alves
2 – Objetivos a serem alcançados− Conscientizar a equipe escolar de que todos somos iguais perante a lei, independente de cor
ou raça.− Extinguir as atitudes de preconceitos étnico-raciais na escola e viabilizar ações de
enfrentamento aos casos de discriminação étnico-racial.− Valorizar as raízes culturais africanas, afrodescendentes e indígenas pautada na reflexão sobre
a importância da cultura e do povo africano e indígena na construção do País.− Apresentar e estudar com a comunidade escolar as leis afirmativas, pois reconhecem a escola
como lugar da formação de pessoas, espaço das diversas matrizes culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural.
− Apresentar aos professores sugestões de atividades/conteúdos de acordo com as leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008.
3 – Justificativa das ações a serem realizadas− Necessitamos construir instrumentos e definir ações que resultem no desenvolvimento de
alunos e alunas e de uma comunidade escolar, capaz de valorizar a nossa formação de povo multi-étnico/racial através do conhecimento da história e da cultura dos africanos, afrodescendentes e indígenas.
“ (…) Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos capazes de compreender as relações sociais e
étnico- raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de
competências que lhe permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação”.In: Caderno temático cultura afro
128
4 – Ações a serem desenvolvidas
4.1 – Ações diagnóstico étnico-racial da escola
Auto-declaração cor – Dados de 2010
Cor Amarela Branca Indígena Preta Parda
Porcentagem de alunos
0,0% 29,9% 4,9% 18,5% 46,7%
Porcentagem de Funcionários/ Professores
3,2% 71,0% 0,0% 6,5% 19,4%
4.2 – Necessidades formativas: conteúdos e conhecimentos que devem ser elencados e que pautarão os estudos da equipe multidisciplinar
− Lei nº 10.639/03− Lei nº 11.645/08− Instrução nº 010/2.010 – SUED/SEED− Políticas afirmativas− Preconceitos/racismo e bullying− Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino
de história e cultura afro-brasileira e africana− Mediação de conflitos raciais, principalmente racismo.
4.3 – Análise dos instrumentos internos da escola− O Projeto Político Pedagógico da escola contempla as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, mas
deverá ser alterado quanto a inclusão do plano de ação da equipe multidisciplinar.− Quanto aos documentos das disciplinas verificamos que algumas contemplam mais
especificamente, outras de maneira mais ampla e algumas não contemplam, motivadas também pela especificidade da disciplina. Portanto, será necessário que a equipe multidisciplinar amplie a divulgação e o acesso as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 e aos materiais que dela se relacionam.
4.4 – Análise e orientação às possíveis situações de discriminação étnico-raciais− Tem se alguns casos de relatos de discriminação racial, principalmente entre os alunos e a um
funcionário da escola.
129− A equipe multidisciplinar atuará no sentido de extinguir tais práticas/atitudes através das
mediações de conflitos e da ampla divulgação das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08.
4.5 – Análise dos materiais didáticos utilizados pela escola− São poucos os materiais que os professores utilizam e também não há exemplares em
quantidade para todos. Porém é necessário que a equipe multidisciplinar realize uma pesquisa, junto com a equipe pedagógica, na biblioteca e na internet e divulgue aos professores os materiais e sites mais interessantes. Ainda não foi realizada uma análise mais detalhada dos livros didáticos utilizados na escola.
Cronograma
Data Responsáveis Ação PúblicoCarga
Horária
02/02/11Equipe
Multidisciplinar
Obrigatoriedade da inserção da história e cultura afro-brasileira, africana e
indígena e educação para as relações étnicos-raciais no PPC e PTD, funções
da equipe multidisciplinar
Direção, ProfessoresPedagogos e Funcionários
02h
21/02/11Direção e Pedagogos
Estudo das leis nº 10.639/03 e 11.645/08 e instrução nº 010/2010
Políticas afirmativas
Equipe Multidisciplinar
04h
25/04/11Equipe
Multidisciplinar
Estudo de textos sobre:Mediação de conflitos raciais
Racismo, preconceito e bullying
Equipe Multidisciplinar
04h
30/04/11Professora Pedagoga
I Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Equipe Multidisciplinar
08h
07/05/11Professora Pedagoga
II Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Equipe Multidisciplinar
08h
28/05/11Professora Pedagoga
III Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Equipe Multidisciplinar
08h
04/06/11Professora Pedagoga
IV Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Equipe Multidisciplinar
08h
02/07/11Professora Pedagoga
V Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Equipe Multidisciplinar
08h
06/08/11Professora Pedagoga
VI Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Equipe Multidisciplinar
08h
03/09/11Professora Pedagoga
VII Etapa: Formação Continuada NRE/SEED
Início da organização do seminário
Equipe Multidisciplinar 08h
130
Data Responsáveis Ação PúblicoCarga
Horária
01/10/11Professora Pedagoga
VIII Etapa: Formação Continuada NRE/ SEED
Continuidade da organização do seminário
Equipe Multidisciplinar
08h
22/10/11Equipe
MultidisciplinarCompartilhando os estudos na Reunião
PedagógicaProfessores da
escola04h
05/11/11Professora Pedagoga
IX Etapa: Formação Continuada NRE/SEED
Finalização da organização do seminário
Equipe Multidisciplinar
08h
10/11/11Historiador
Seminário, debate: O negro na história da humanidade
Comunidade escolar
03h
10/11/11Professor de
Educação Física História de vida vitoriosa Comunidade
escolar01h
11/11/11 Professor de ArteSeminário/debate
As manifestações artísticas afro-brasileira, africana e indígena
Comunidade escolar
03h30min
11/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade
escolar30min
16/11/11Professor de Geografia
Seminário/DebateA África: riquezas e necessidades
Comunidade escolar
03h30min
16/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade
escolar30min
17/11/11Promotor,
Psicóloga e Professores
Seminário/mesa redondaPreconceito, racismo e bullying na
escolaComunidade
escolar03h30min
17/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade
escolar30min
18/11/11Assistente Social,
Advogado, Sociólogo
Seminário/mesa redondaPolíticas afirmativas e cotas
Comunidade escolar
03h30min
18/11/11 Alunos Apresentações dos alunosComunidade
escolar30min
131
26/11/11Professora Pedagoga
X Etapa: Formação Continuada NRE/SEED
Elaboração de relatório 2º semestreAvaliação das atividades do ano e
revisão do plano de ação para 2012.
Equipe Multidisciplinar
08h
7.1. OBJETIVOS, METAS, AÇÕES ADMINISTRATIVAS, FINANCEIRAS E POLÍTICO-
PEDAGÓGICAS:
Consiste no conjunto de ideias, que estabelece o ideal da prática e a proposta
fundamentada teoricamente dos resultados que queremos alcançar.
Nossas Ações estarão fundamentadas em:
a) um ambiente integrado e participativo para efetivar os propósitos, metas e
linha de organização de forma clara e efetiva, delegando tarefas a todos;
b) um ambiente comunicativo, com múltiplas ocasiões formais e informais para
troca de informações, pontos de vista, planos de trabalho e outras ações educativas
desenvolvidas com os alunos;
c) Dinâmicas de trabalho orientadas para a explicitação e o enfrentamento de
problemas da prática educativa de maneira conjunta.
7.1.2. FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Nas reuniões pedagógicas e Hora Atividade será proposto aos professores,
juntamente com a equipe pedagógica que:
•utilizem recursos variados, de acordo com a disciplina;
•busquem contextualizar os conteúdos;
•conheçam a realidade dos alunos;
•busquem diferentes fontes de informação, além do livro didático;
132•construam estratégias coletivas para os problemas de indisciplina;
•incentivem a prática da leitura dos alunos.
7.1.3. DISCUSSÃO CONTINUADA E COLETIVA DA PRÓPRIA PRÁTICA
PEDAGÓGICA
Nas reuniões pedagógicas e Hora Atividade será proposto aos professores,
juntamente com a equipe pedagógica que:
•auto-avaliação partindo dos resultados alcançados;
•troca de experiências entre os professores e professoras;
•análises dos dados estatísticos da escola;
•construção de novas estratégias diante de resultados negativos.
7.1.4. INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM DO ALUNO
Para a efetivação da aprendizagem é necessário que:
•Acompanhe os alunos em suas dificuldades, orientando-os e descobrindo novas
estratégias de ensino;
•Proponha momentos estabelecidos de pesquisa, de estudo, novas fontes de
informação e façam contextualização com os conteúdos trabalhados;
•Discutam no coletivo da escola, novas estratégias de ensinar;
•Busquem junto com os pedagogos diálogo com a família e a comunidade na
qual estão atuando.
1337.1.5. RELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E A
DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA
O ato de ensinar está repleto de variáveis que influenciam nos resultados da
aprendizagem, porém a formação continuada fará com que o professor tenha mais
estratégias e mais embasamento em suas ações, contribuindo para uma pratica mais
eficaz. Diante disso é necessário que:
•Analisar e propor estratégias frente as problemáticas sociais e econômicas que
interferem no processo ensino-aprendizagem;
•Redefinir práticas pedagógicas em sala de aula, com o apoio dos estudos
realizados e da análise da sua atuação;
•Estudar a literatura disponível (Biblioteca do Professor, Portal da SEED e
outros) para colaborar na resolução de alguns conflitos de sala de aula.
7.1.6. MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS A SEREM ALCANÇADAS
O principal desafio a ser alcançado é conseguir com que os alunos e as
alunas estejam motivadas para irem além do conteúdo trabalhado em sala de aula e
tenham forças para lutar por uma vida melhor e que para isso será necessário estudar
muito.
7.1.7. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE, REUNIÕES PEDAGÓGICAS E
CONSELHOS DE CLASSE
a)Hora atividade: o coletivo dos professores que atuarão na(s) mesma(s)
disciplinas dos diferentes níveis e modalidades de ensino utilizará o
mesmo dia para a realização da hora atividade a fim de planejarem
134ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas
diagnosticadas no interior do estabelecimento. Terão este tempo
destinado à correção de atividades discentes, trocas de experiências,
recuperação paralela, estudos e reflexões a respeito de atividades que
envolvam a elaboração e implementação de projetos, e ações que visem
a melhoria da qualidade de ensino, bem como o atendimento de alunos,
pais e (outros assuntos de interesse da) comunidade escolar.
Seguiremos à organização implantada no cronograma para o ano letivo
de 2009, conforme disponibilidade na organização dos horários das
aulas..
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª FeiraHISTÓRIA MATEMÁTICA GEOGRAFIA CIÊNCIAS LÍNGUA
PORTUGUESAQUÍMICA SOCIOLOGIA ARTE ENSINO
RELIGIOSO
LÍNGUA
ESTRANGEIRABIOLOGIA FÍSICA EDUCAÇÃO
FÍSICA
FILOSOFIA
b)Reunião Pedagógica: As reuniões pedagógicas são realizadas no
início do ano letivo com planejamentos e capacitações, e no início do
segundo semestre continuam as capacitações. As reuniões pedagógicas
acontecem como prevê o calendário escolar, bimestralmente, e quando
se fizer necessário.
c)Conselho de Classe: Reunião regularmente realizada a cada bimestre,
com avaliação integral do desempenho em todas as disciplinas, visando
traçar uma forma de avanço, como melhoria da qualidade e o
aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem, registrando
juntamente com o pedagogo. Será realizado desde o 1º Bimestre o Pré-
135Conselho, a fim de garantir um melhor acompanhamento e intervenção
das dificuldades apresentadas pelos professores com relação ao ensino-
aprendizagem dos alunos.
7.1.8. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E PROGRESSÃO PARCIAL
O colégio não oferta a progressão parcial, somente para os alunos com
transferências e com dependência em até três disciplinas que serão cumpridas através
de plano especial de estudos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem. Será acompanhada pela equipe pedagógica e
realizada pelos docentes.
7.1.9. ENCAMINHAMENTOS E AÇÕES CONCRETAS
•Desenvolvimento do planejamento semestral realizado pelos professores e
pedagogo buscando qualidade de ensino; desenvolvimento metodológico em
busca de novas estratégias na construção do planejamento; objetivos e
avaliações;
•Inserção de projetos, parcerias, participação de olimpíadas;
•Participação nas: Olimpíada Brasileira de Matemática; FERA/ Com ciência;
• Participação nos Grupos de Estudo;
• Realização da Semana Cultural;
• Acompanhamento aos Alunos com Dependência;
•Auxílio e acompanhamento das atividades desenvolvidas durante a hora
atividade;
136•Conversa com os professores sobre o planejamento, conteúdos, metodologia e
avaliação com a finalidade de promover estratégias que facilitem o processo de
transmissão e assimilação do conhecimento sistematizado;
•Contribuição no preparo de atividades e avaliações do professor de sala de
aula;
•Acompanhamento da presença dos professores na hora atividade.
• Os professores e a equipe pedagógica, através da análise da situação sócio-
econômica dos alunos deverão traçar estratégias de ensino diferenciadas que
levem a aprendizagem a todos;
•Os professores de acordo com os conteúdos a serem ministrados, irão
abranger temas como o consumismo, a má-distribuição de renda, a importância
do ser e não do ter, a valorização da cultural local e da vida em geral;
•A equipe pedagógica, na Hora Atividade, deverá trazer textos com orientações
metodológicas diversificadas, dando maior suporte aos professores;
•Realização de planejamentos reais para que superem a distância entre a teoria
e a prática, principalmente através do desenvolvimento do Plano de Trabalho
Docente, enfocando os Conteúdos Básicos, organizando melhor o tempo e o
conteúdo previsto;
•Promover a valorização da leitura, através do acesso à biblioteca, de
sugestões de leitura em sala e do empréstimo quinzenal de livros pelos alunos;
•A equipe pedagógica e a direção incentivará o uso da Biblioteca do professor,
o Kit de DVD’s da TV Escola e do Projeto Eureka para consultas e
enriquecimento das suas aulas;
•Cabe a equipe pedagógica estar presente no dia-a-dia do professor,
estimulando-os às intervenções que os livros da Biblioteca do Professor
oferecem;
•O acompanhamento do Projeto FICA (Programa de Mobilização para a
Inclusão Escolar e a Valorização da Vida) onde os alunos faltosos são
137chamados a frequentar regularmente as aulas. Após esgotadas todas as
tentativas da escola, e as crianças e os adolescentes que foram acionados pela
equipe pedagógica não retornarem, serão encaminhados ao Conselho Tutelar
e/ou ao Ministério Público. Estão sendo desenvolvidas várias ações para que
os alunos permaneçam na escola como: Reunião de Pais; Palestras para os
pais; Implantação da Sala de Recursos a fim de auxiliar na recuperação
paralela; Orientações individualizadas aos pais e alunos; Orientações aos
professores na Hora Atividade; Encaminhamentos para psicóloga, médico
clínico geral, fonoaudióloga, oftalmologista e instituições de apoio como o
AJADAVI.
7.1.10. PROCEDIMENTOS DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Os alunos, segundo o Regimento Escolar, tem direito à recuperação de
estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que
possibilitem sua aprendizagem.
A recuperação de estudos, será concomitante ao processo letivo e tem por
lógica recuperar os conteúdos não apropriados. Ocorrerá após a retomada do
conteúdo, a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e da
reavaliação do conteúdo já re-explicado em sala e aula.
O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores das
avaliações, ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e
retomada dos conteúdos, a recuperação não será um adendo a nota, terá peso de 0 a
100%.
É importante diferenciar critérios e instrumentos de avaliação. Os critérios de
avaliação devem servir de base para o julgamento do nível de aprendizagem dos
alunos. Já os instrumentos de avaliação estão ligados aos encaminhamentos
metodológicos e podem ser: atividade de leitura compreensiva de textos, projeto de
138pesquisa de campo, relatório, seminário, debate, atividades a partir de recursos
audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas e objetivas.
O professor deverá explicitar em seu Plano de Trabalho Docente os critérios e
os instrumentos de avaliação, bem como os procedimentos de Recuperação de
Estudos.
A progressão parcial só será realizada de alunos que vierem de outras escolas
que oferecem essa opção. Caberá aos professores registrar em um Livro Registro de
Classe as avaliações e conteúdos com o acompanhamento do professor pedagogo.
7.1.11. PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Por ser um documento de relevância para o trabalho do professor será
necessária a conscientização sobre a importância da sua construção para que não
venha a tornar-se burocrático, sem vínculo com o trabalho. Deve ser orientado para que
seja mais um apoio ao professor.
7.1.12. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO
A avaliação solicitada pela SEED ocorre duas vezes por ano, ou seja,
semestralmente e seus critérios são:
•PRODUTIVIDADE: considera a qualidade e o rendimento do trabalho desses
profissionais;
•PARTICIPAÇÃO: em eventos e atividades internas e externas da escola;
•PONTUALIDADE: se o profissional cumpre seu horário de trabalho;
•ASSIDUIDADE: verifica as faltas ao trabalho.
Outros critérios/itens que são observados pela equipe escolar:
139
- Plano de Avaliação dos Professores: O trabalho em equipe é considerado,
atualmente, como um dos fatores fundamentais para impulsionar não só a melhoria da
qualidade de ensino como o desenvolvimento profissional dos professores. Quando os
professores trabalham de modo cooperativo, compartilhando e analisando
conjuntamente os problemas a serem enfrentados, o enriquecimento pessoal e
profissional aumentam.
A tarefa de educar os alunos, comum aos profissionais da educação escolar,
tem, portanto, dois aspectos inseparáveis: a elaboração e o desenvolvimento constante
do projeto político pedagógico e a formação permanente dos profissionais envolvidos
no processo.
O modelo de formação permanente baseado nas escolas, caracteriza-se por:
oOrientar-se para a formação das equipes escolares;
oTer como eixo estruturador da formação a análise e a busca de soluções para
os problemas concretos, contextualizados e compartilhados de um grupo
escolar;
oRealiza-se no marco do desenvolvimento do projeto escolar orientado para a
melhoria da qualidade de ensino.
−Plano de Avaliação dos Pedagogos :
Os professores pedagogos bimestralmente estarão analisando se o
trabalho pedagógico está em consonância com o PPP e convocarão a comunidade
escolar quando houver necessidade de mudanças.
Articular o processo pedagógico na elaboração e implementação do
projeto Político Pedagógico do estabelecimento;
Contribuir, juntamente com professores, para que o processo ensino-
aprendizagem seja efetivado com sucesso:
1401.Auxiliar o professor na busca de soluções frente aos desafios que
lhes são lançados como questões sobre o baixo rendimento ou
aproveitamento insuficiente dos alunos, desinteresse, indisciplina,
ausência de recursos materiais, alunos que apresentam problemas
emocionais ou psicológicos, participação da família em relação ao
rendimento de seu filho, etc.
2.Estimular a utilização de recursos didáticos disponíveis na escola
(DVD, computador, TV pen drive, TV Paulo Freire, Projeto Eureka,
internet, retroprojetor, biblioteca) a fim de melhorar as estratégias para
dinamizar o processo ensino-aprendizagem;
3.Acompanhar o planejamento para criar melhores possibilidades no
procedimento metodológico;
4.Oportunizar a elaboração e aplicação de projetos educacionais que
possam levar o aluno a ouvir, refletir, raciocinar, interpretar, expor,
diversas modalidades do conhecimento;
5.Estimular e participar da construção de projetos propondo atividades
metodológicas aplicadas em feiras de ciências, jornais, FERA,
gincanas e outros espaços criativos.
6.Articular e acompanhar a participação de olimpíadas, projetos que
são ofertados pelo governo ou outro órgão de representação.
7.Coordenar a participação/interação dos pais quanto ao
acompanhamento dos filhos.
−Plano de Avaliação dos Funcionários:
A tarefa de construir o projeto político pedagógico acontece em um
período em que a participação dos funcionários é mais um suporte de contribuição para
efetivação de um planejamento de acordo com a realidade da comunidade escolar.
141O plano de ação dos funcionários tem como proposta para contribuir na
melhoria da execução e implementação, ser realizado através da leitura do documento,
do acompanhamento das discussões, na tomada de decisões, dando sugestões e
participando ativamente das reuniões programadas.
7.1.13. AÇÕES ENVOLVENDO OUTRAS INSTITUIÇÕES
Temos o apoio da AJADAVI, Conselho Tutelar, Patrulha Escolar, Sindicato
Rural e Associação de Moradores do Bairro. Neste ano de 2.010 reiniciou uma parceria
com o Posto de Saúde.
7.1.14. RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros são utilizados obedecendo às prioridades definidas
pelo Conselho Escolar e a APMF. Após reservar a parcela destinada à manutenção,
materiais de limpeza, didáticos e de expediente (secretaria), e a complementação de
merenda, o restante da verba destinam-se para pequenos reparos de equipamentos e
do prédio com objetivo de conservar os bens.
O colégio busca através de eventos realizados viabilizar verbas que venham
suprir outras necessidades. Utilizamos como recursos financeiros o Fundo Rotativo, o
PDDE e Escola – Cidadã (para complemento de merenda) e no ano final do ano de
2007 foi recebido o PDDE Rural.
7.1.15. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO
Compete aos docentes
No Regimento Escolar em seus artigos nº 34 e 35 estão explicitados todas
as funções da equipe docente. Ressaltaremos alguns itens:
142•participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho
Escolar;
•elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
•participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e
materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
•elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
•desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
•proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
•proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de
instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
•promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do
período letivo;
•participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com
dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do
pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais
especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da
Educação Especial, se necessário;
•participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com
vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
143•participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
•assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
•viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no
processo de ensino e aprendizagem;
•participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao
professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem e da
Sala de Recursos, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção
educativa;
•estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
•participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão
registradas e assinadas em Ata.
Compete a Equipe Pedagógica
Compete a Equipe Pedagógica no Regimento Escolar em seus artigos 31,
32 e 33 onde estão explicitados todas as funções da equipe pedagógica.
•coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
•orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma
perspectiva democrática;
•participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no
sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
144•coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais;
•orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo
de professores do estabelecimento de ensino;
•acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;
•promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de
propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
•participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do
estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
•organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos
de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho
pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
•coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenções
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
•subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência,
debates e oficinas pedagógicas;
•organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira
a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
•proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um
processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a
promover a aprendizagem de todos os alunos;
•coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar,
garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
145•participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando
teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e
efetivação do trabalho pedagógico escolar;
•coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
•participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,
assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos
de incentivo à leitura;
•acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
•propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação
nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
•coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
•colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;
•coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de
critérios legais, didáticos-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
•acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a
serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
•promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas
de discriminação, preconceito e exclusão social;
•coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
•acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
•participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
146•orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme
legislação em vigor;
•organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de
dias, horas e conteúdos aos discentes;
•orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe;
•organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
•organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais
do estabelecimento de ensino;
•solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
•coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar,
para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
•acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando
contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento
integral;
•acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-
os aos órgãos competentes, quando necessário;
•acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
•orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no
processo de inclusão na escola;
147•manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos
com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas
de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial
e ensino regular;
•assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais
e demais segmentos da comunidade escolar;
•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
•elaborar seu Plano de Ação;
•cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Compete ao Diretor
Na função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão
democrática e a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no PPP
do estabelecimento.
No Regimento Escolar, em seu artigo 18 está estabelecido as funções do
diretor:
•cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
•responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
•coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
•coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
•implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
148•coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo
à aprovação do Conselho Escolar;
•convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
•elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
•prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho
Escolar e fixando-os em edital público;
•coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
•garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos
da administração estadual;
•encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente
escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
•deferir os requerimentos de matrícula;
•elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
•acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos discentes;
•assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;
•promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa
no âmbito escolar;
•propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após
aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou
fechamento de cursos;
149•participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
•supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas
estabelecidas na legislação vigente relativamente as exigências sanitárias e padrões de
qualidade nutricional;
•presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
•definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar
operacional;
•articular processos de integração da escola com a comunidade;
•solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
•participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente
com a comunidade escolar;
•cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
•disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
•assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
•cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
150Compete aos funcionários:
Compete ao Secretário Escolar:
conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que
regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
administrativos;
receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência
e conclusão de curso;
elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às
autoridades competentes;
encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma
a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida
escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,
referentes à sua estrutura e funcionamento;
atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e
orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do
151estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;
zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;
orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com
os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos;
cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua frequência, em formulário próprio;
secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de
sua função;
manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
152
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
a) cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto
ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de
adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,
reclassificação e regularização de vida escolar;
b) atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
c) cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
d) participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de
sua função;
e) controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre
os mesmos a quem de direito;
f) organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;
g) efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados e outros, garantindo sua idoneidade;
h) organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;
i) classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;
j) realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do
estabelecimento, sempre que solicitado;
k) coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
l) executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
m) participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
153n) zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
o) manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
p) exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar:
•cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
•atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros,
de acordo com Regulamento próprio;
•auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino;
•auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros;
•encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades
indicadas pelos usuários;
•zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
•registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
•receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;
•manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua
manutenção;
•participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de
sua função;
•auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
154•participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
•exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete a equipe auxiliar operacional
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,
sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e
preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária vigente;
utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
irregularidade à direção;
auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início
e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,
quando solicitado pela direção;
atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de
alimentação;
auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,
155muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no
ambiente escolar;
auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação
durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as
correspondentes ao uso do banheiro;
auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades
escolares;
cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de
ensino:
zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
156servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e
segurança;
informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do
estoque da merenda escolar;
conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda
escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
merenda escolar;
receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e
da merenda escolar;
cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer
necessário;
respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação
ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
157Compete ao auxiliar operacional que atua na área de vigilância da movimentação
dos alunos nos espaços escolares:
coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos
períodos de atividades escolares;
zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas
disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino;
comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos
alunos;
percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos
quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
necessitarem de orientação ou atendimento;
observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;
acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer
necessário;
auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar;
cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu
período de férias;
participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais
didático-pedagógicos;
auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de
equipamentos e materiais didático-pedagógicos;
atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à
estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
158participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
7.1.16. RELAÇÕES ENTRE ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS
As relações são de participação e interação com espaços abertos às reflexões
e ao diálogo (Diretor e Pedagogos), caminhando com as mesmas perspectivas para a
melhoria da qualidade de ensino desse Colégio, estabelecendo sempre um consenso
nas tarefas que deverão desempenhar.
7.1.17. QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS
Todo ambiente escolar deve ser preparado para o aluno. Diante disso, a
direção com o apoio dos outros segmentos deve sempre:
•observar as condições das salas de aula: iluminação, ventilação, mobiliários e
outros;
•solicitar consertos e reparos, quando necessários;
•solicitar a construção do laboratório de ciências físicas e biológicas, a residência
do caseiro, adaptação aos alunos deficientes físicos;
•melhorar o aspecto exterior (pátios e entradas) da escola, através de
paisagismo;
159•conseguir apoio para deixar a sala do Paraná Digital em bom estado de uso.
7.1.18. FAMÍLIA E COMUNIDADE
Através da disponibilidade constante de atendimento à família, o colégio
desenvolverá a prática do diálogo, favorecendo a articulação
família/comunidade/escola. Para resolver os problemas disciplinares, serão
promovidas reuniões periódicas com os alunos e comunidade, a fim de trocar idéias
sobre a gestão escolar e atender as reivindicações. Durante o ano letivo, os pais serão
convidados não somente a tomar conhecimento da aprendizagem dos seus filhos, mas
também a assistirem as apresentações, (das quais seus filhos estão envolvidos),
palestras, atividades extra classe e festividades.
Os pais receberão um panfleto no início do ano com orientações sobre
como acompanhar a educação dos seus filhos.
7.1.19. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE
Organizar uma prática de trabalho que contribua efetivamente para a
aprendizagem dos educandos e para isso será necessário:
•Apresentar metodologias que possam contribuir com mais eficiência no
desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula;
•Construir a partir da realidade de cada aluno da Sala de Recursos
adaptações curriculares, quando necessário;
•Contribuir com a pesquisa de textos e/ou atividades para que o professor
possa trabalhar em suas disciplinas com os Desafios Educacionais
Contemporâneos e a Diversidade;
160•Pesquisar atividades, com o apoio da equipe pedagógica, sobre sua
disciplina ou um conteúdo que queira tratar com mais abrangência.
•Buscar com o apoio da equipe pedagógica, formas de trabalho
diferenciado que possa contribuir para melhorar suas aulas, e atingir os
objetivos propostos de cada conteúdo.
•Apontar possíveis soluções frente aos desafios e dificuldades que
surgem quando tentamos trabalhar alguns conteúdos;
•Debater estratégias relatadas, pelo professor, em planejamento, com a
finalidade de pô-las em prática;
•Durante a hora atividade, com o apoio da equipe pedagógica construir
meios para a efetivação do plano de trabalho docente;
•Contribuir para a organização dos alunos e a continuidade de Grêmio
Estudantil.
7.1.20. METAS DA DCE DO CAMPO E A REALIDADE DA ESCOLA
O colégio busca sempre atentar para as metas da DCE da Educação do
Campo. Assim buscaremos na Hora Atividade e nas reuniões pedagógicas ressaltar a
importância de sempre relermos esse documento.
7.2. REDIMENSIONAMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Agendar momentos destinados a oportunizar um espaço educacional
democrático, considerando esse como condição indispensável para o diálogo e,
consequentemente, como viabilizador de decisões coletivas, autonomia dos
educadores, alunos e crescimento da escola, através dos órgãos colegiados.
161
7.2.1. CONSELHO ESCOLAR
Deverá atuar com o mesmo empenho, organização e seriedade como vem
acontecendo. Esse órgão é organizador na delegação de poderes.
7.2.2. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um momento privilegiado e para que tenha um
melhor rendimento sempre irá ser reservado um pequeno espaço para a discussão
sobre a importância deste órgão colegiado e que as decisões tomadas tenham como
principal fundamento a melhora na aprendizagem do aluno.
7.2.3. GRÊMIO ESTUDANTIL
Dar-se-á continuidade as atividades do Plano de Ação dos alunos do Grêmio
Estudantil Monteiro Lobato, apreciado pelo NRE.
7.2.4. ELEIÇÃO DO ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA
Terão as incumbências de representar os alunos, acompanhar e apoiar as
ações do Grêmio Estudantil e de outras tarefas que o colégio necessitar.
Os representantes de turma serão eleitos entre os estudantes no início de
cada ano letivo, com a colaboração dos alunos do Grêmio Estudantil.
1627.2.5. APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, pessoa jurídica de
direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída
por prazo indeterminado.
7.3. FORMAÇÃO CONTINUADA
A necessidade de atualização do profissional da educação é constante para que
haja uma prática docente condizente com as necessidades dos alunos. Para tanto é
preciso renovar os saberes, através de cursos e troca de experiências, articulando-se
para uma reflexão coletiva.
Percebe-se que os professores estão empenhados em melhorar sua formação
acadêmica. A maioria dos professores deste estabelecimento possuem especialização.
A Equipe Pedagógica e a Direção dão prioridade à melhoria do nível profissional do
docente, seja através da conscientização sobre a importância de atualizar-se, seja
como mediadora no preenchimento de vagas nos cursos ofertada pela Rede Estadual e
outros órgãos. No Calendário Escolar está definido dias para estudos, agrupamento de
professores a fim de desenvolver leituras sobre educação enviadas pela SEED e NRE.
Estes estudos geram a troca de experiências e aprimoramento nas atividades de
planejamento e tem como objetivos:
-Dar embasamento teórico para a prática docente;
-Propiciar a troca de experiências enriquecedoras entre os profissionais da
educação;
-Despertar o educador para uma prática docente inclusiva.
163O professor será estimulado a compartilhar com a equipe pedagógica e todo o
corpo docente o conteúdo dos cursos que ele frequenta.
Outra prática entre a equipe pedagógica, direção e professores que acontece é
a troca de divulgação de artigos, livros, revistas e programas da TV Escola, TV Paulo
Freire, Portal dia-a-dia Educação, Kit de DVD’s da TV Escola e Eureka e outros filmes
com finalidade educativa. A hora atividade, na efetivação de suas ações pretendidas,
também tem em uma das suas tarefas, os estudos individuais, que contribuem para
formação continuada, a troca de experiências e grupos de estudos com elaboração e
execução de propostas de trabalho sobre: produção e interpretação de textos,
Avaliação, Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e
Indígena, Educação Inclusiva/ Adaptação Curricular e outros.
7.4. AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
A escola realizará algumas ações que visam a contextualização do saber
escolar:
Agenda 21: A Agenda 21 escolar, compromisso de todos os profissionais que
atuam na escola e que fazem parte da comunidade escolar. A participação na Agenda
21 escolar, contou com a comunidade escolar (pessoas por grupos), professores,
alunos equipe pedagógica, administrativa, serviços gerais, pais atuantes na APMF e
com representantes de turmas.
Matemática: área da horta e da parte que vai ser utilizada, fazer estimativas de
área “desmatamento/assoreadas”.
Português: textos informativos, relatórios, ofícios “construção”.
Ciências: contaminação da água “agrotóxicos, verminoses”.
Geografia: causas do assoreamento, desmatamento, extinção de animais e
peixes.
História: comparar como era antes e agora, o porquê da mudança.
164Educação Artística: ilustrar folders, cartazes, panfletos para conscientização.
Biologia: visitas ao poço artesiano do bairro e ao rio Paranapanema.
Física: relações de medidas, fenômenos metereológicos.
Inglês: textos, traduções.
As estratégias: entrevistas, palestras, vídeos, debates, visitas (casas, rios,
poços, etc) e panfletos.
A proposta irá contribuir para melhorar a mudança de hábitos, melhorar os
relacionamentos e a postura da comunidade escolar.
A Lei de nº 11.645/2008 e 10.639/03 que estabeleceu a obrigatoriedade do
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e indígena na Escola Básica, tendo em vista
o conhecimento sobre a importância do resgate e da valorização da cultura afro-
brasileira e indígena e será inserido em todas as áreas do conhecimento, práticas que
proporcionam o desenvolvimento desses conceitos e atitudes, levando o educando ao
encontro desses princípios norteadores.
FERA/Com Ciência Festival de Arte e Ciência da Rede Estadual
O colégio tem participado do FERA Com Ciência e esse ano com uma oficina
que teve excelente avaliação: Sala dos sentidos. Para os próximos anos continuar
incentivando a participação dos professores.
Jogos Colegiais: as vezes o colégio não consegue participar, pois está situado
na zona rural e necessita de transporte escolar, mas sempre que conseguimos o
transporte, a escola está presente.
Projeto Universidade sem fronteira/ Departamento de Letras: Esse projeto é do
governo estadual em parceria com as universidades públicas e escolas do Ensino
Fundamental dentro da área de leitura e escrita, onde são trabalhados com os alunos
das 6ª série(2007) e 7ª série (2008) textos curtos e re-escritas. O título do projeto é “Ler
e Escrever é da Hora”. A conclusão do projeto deu-se em 2009, na 8ª série, com a
publicação de um livro.
165Outras atividades:
Feira de Ciências
Participação nas Olimpíadas de Matemática
Exposição Biodiversidade
Visitas a outras instituições
Datas Comemorativas
Festas Populares
Empréstimos quinzenais de livros pelos alunos
Projeto Profissões (visando a orientação profissional dos alunos do Ensino
Médio).
As atividades práticas serão diversificadas, buscando a participação e
integração dos alunos, atribuindo formas de interdisciplinaridade de exploração da
criatividade, cooperação e o resgate às culturas que contribuem para formação do
povo brasileiro.
7.5. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Estará sendo discutido nos Horários de Estudo e nas Reuniões Pedagógicas
sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e indígena, e faremos os encaminhamentos
da seguintes ações:
Ações que propiciem o contato com a cultura africana e
afrodescendente, culminando em desfiles, exposições, mostras de teatro e
dança, por meio dos quais sejam apresentados penteados, vestimentas,
adereços, utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo,
Discussões e atividades que tenham como foco a criança e o jovem
negro/índio, a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais,
para a valorização da diversidade étnica brasileira,
166Pesquisas e debates sobre o espaço dos afrodescendentes/indígenas e
de sua cultura nos meios de comunicação de massa (em especial na TV),
Estudos e discussões sobre os textos inclusos no 2º Prêmio “Educar
para a Igualdade Racial”,
Estudos e discussões sobre os Cadernos Temáticos “História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana e Indígena”.
7.6. DIVERSIDADE
As propostas são:
•dar continuidade ao Programa Paraná Alfabetizado, a fim de erradicar o
analfabetismo do bairro;
•ampliar os estudos sobre a Educação do Campo;
•cumprir a agenda do NEREA “Consciência Negra e Indígena”.
•solicitar novos cursos através da parceira com o Sindicato Rural;
•dar prosseguimento à equipe multidisciplinar e cumprir seu plano de ação.
7.7. METAS PARA OS PROGRAMAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
(PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO)
Está previsto para esse ano, no 2º semestre, o início do Programa Mais
Educação, atendendo a 100 (cem) alunos do Ensino Fundamental.
O Programa Mais Educação terá como critérios, estratégias e instrumentos de
avaliação estabelecidos pela escola:
Critérios:
Frequência dos alunos;
Frequência do docente e monitor;
167Critérios estabelecidos na proposta pedagógica da atividade;
Cumprimento do calendário e atendimento às necessidades
socioeducacionais dos participantes.
Estratégias/Instrumentos:
Observação do número de alunos participantes com frequência regular;
Análise de registros escritos/imagens das atividades desenvolvidas;
Acompanhamento e orientação na Hora Atividade;
Observação direta do trabalho desenvolvido.
8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O PPP será avaliado por toda a comunidade escolar, nos momentos de
discussões e reuniões coletivas marcadas para esse fim ou não. Nos encontros das
instâncias colegiadas e assembleias.
8.1. PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO PPP E DE INFORMAÇÃO À
COMUNIDADE
A efetivação do Projeto Político Pedagógico acontecerá quando os alunos
obtiverem sucesso na aprendizagem melhorando a qualidade do ensino. Nesta
perspectiva será realizado:
- Sensibilização da comunidade escolar em relação ao projeto: reunião sobre o
que é o PPP, objetivos, finalidades, pressupostos, princípios, etc.
− Proposta de elaboração coletiva: estudos de textos básicos para a fundamentação
teórica;
168- Início do ano: semana de estudos descentralizado- articulação na participação dos
professores na construção da proposta curricular pretendida; estudo dos documentos
recebidos do NRE;
O Projeto Político Pedagógico é um instrumento de fundamental valor para
implantar um processo de ideias e reflexões, dentro de um movimento que vise aplicar
os objetivos e buscar resultados, efetivando assim um ensino de qualidade na escola
pública. É um esforço conjunto que exigirá resgatar o querer e a vontade política da
comunidade escolar, consciente da necessidade e importância para uma educação
mais acessível aos nossos alunos, diante da realidade do meio em que está inserido.
Para que possa construir a referida proposta, é necessário que a escola,
reconhecendo sua história e a relevância de sua contribuição, façamos uma autocrítica
e busquemos uma nova forma de organização dos trabalhos pedagógicos que resultem
na redução de qualquer efeito de fragmentação que muitas vezes geram conflitos e
contradições. Para tal, apresenta como característica a participação, que determina a
autonomia da escola, contando com a solidariedade entre os agentes educativos e o
estímulo à participação de todos buscando o bem comum, dentro da concepção de
mundo, de sociedade, de homem e de educação.
Sendo assim, é diante desta visão de organização de trabalhos e metas que
elaboramos coletivamente o Projeto Político Pedagógico, sendo discutido, decidido e
planejado pelos diferentes segmentos da comunidade escolar, buscando mudar a visão
separatista entre concepção e execução, entre o pensar e o agir e a distância entre a
teoria e a prática.
A LDB, Lei nº 9394/96, prevê no seu art. 12, inciso I, que “os Estabelecimentos
de Ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Esse preceito legal está
sustentado na ideia de que a escola deve assumir, como uma de suas principais
tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa.
169De acordo com as orientações da SEED e com base na supracitada lei, o ensino
deverá estar voltado para a aquisição dos conteúdos historicamente acumulados, que
situem o educando como sujeito produtor de conhecimentos, participante do mundo do
trabalho, crítico, reflexivo e capaz de mudar a realidade a sua volta.
É necessário sintonizar o processo de avaliação com a finalidade do objeto
avaliado. O processo educacional desenvolvido, ainda que haja especificidade e
particularidade de cada instituição de ensino, busca, dentre outras, algumas finalidades
comuns como: construir significado ao conhecimento científico e cultural existente;
contribuir para a formação de cidadãos críticos, autônomos e socialmente participativos;
trabalhar na perspectiva da formação integral envolvendo os aspectos cognitivos,
emocionais e de sociabilidade; estimular a atitude investigativa e de pesquisa. Sendo
assim, educam-se os alunos para que sejam: - autônomos em sua aprendizagem e em
seu desenvolvimento humano; - produtores de conhecimento crítico e significativo; -
conscientes de sua singularidade e subjetividade e compromissados com o coletivo. Se
é nesta perspectiva que se educa nas escolas, é com esta mesma perspectiva que a
avaliação deve ser praticada. In: Cadernos Temáticos – Avaliação Institucional
Ao ser discutido e elaborado o Projeto Político Pedagógico torna-se visível a
preocupação da comunidade escolar em assumir a garantia de um ensino de qualidade,
buscando sempre as soluções dos problemas e propiciar o acesso à educação
essencial.
Desta forma, a ação fundamental para nortear a organização do trabalho da
escola é a construção da Proposta Pedagógica assentada na concepção de sociedade,
educação e escola que vise a emancipação humana, reforçada no esforço integrado e
organizado da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a
ação educativa visando atingir os objetivos por ela pormenorizados, que não dispensa
uma reflexão sobre o homem a ser formado, a cidadania e a consciência crítica.
1708.2. PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
As instâncias colegiadas têm momentos privilegiados para acompanhar o PPP,
pois é possível durante as reuniões reservar um espaço de discussão e
acompanhamento e assim serão ouvidos os diferentes segmentos da comunidade
escolar. Diante disso serão possíveis novos direcionamentos, mais eficazes pois todos
estão sendo ouvidos.
A cada reunião ou espaço pedagógico colegiado (pelo Conselho Escolar,
Conselho de Classe, APMF, comunidade escolar, Grêmio Estudantil e outros), seja em
hora atividade, intervalos, grupos de estudos, que reúnam profissionais da educação
com interesses voltados para melhorar a qualidade de ensino, estará oportunizando
ideias, sugestões que norteiam, da melhor forma possível, o desenrolar da organização
do trabalho pedagógico.
8.3. PERIODICIDADE DO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP.
Esta proposta deverá ser avaliada durante todo o processo de elaboração,
construção, implementação e efetivação de suas atividades e modificado conforme as
necessidades decorrentes do dia a dia escolar, pois é um plano inacabado, flexível e
sujeito às mudanças.
Apesar do acompanhamento do PPP ser constante as alterações serão anuais.
8.4. PDE
Visando a Formação Continuada dos professores a SEED implantou o PDE,
para que os professores tivessem a amplitude do projeto de pesquisa e pudessem
aplicá-los na realidade escolar.
171O primeiro professor a conseguir realizar essa proposta de formação
continuada foi na área de Educação Física e diante dos estudos feitos e das
observações concluiu que os alunos estão desmotivados, os professores
descomprometidos com o ensinar, muitos vícios por parte dos alunos e professores na
disciplina de Educação Física que só pensam em jogar a bola e não se interessam em
conhecer culturalmente as ações da prática ou mesmo a evolução dos esportes através
da história. Mas apesar de todos os problemas enfrentados está valendo a intervenção
pedagógica junto aos alunos de 5ª a 8ª séries, pois está-se tratando de um tema muito
complexo que é a avaliação para desenvolvê-la na prática, mas não só na disciplina de
Educação Física, mas também na escola como um todo. Com todas as dificuldades
encontradas, conseguimos superar e tornar positiva a intervenção, pois trabalha-se o
coletivo e pauta-se nos dizeres do ex-técnico da seleção brasileira Felipe Escolari “...
que é ter sensibilidade aguçada e sempre dedicado ao coletivo e não nos acanharmos
em aprender a aprender , aprender a aprimorar, aprender a re-aprender, aprender a re-
começar, aprender a ensinar e assim fomentar a melhoria da avaliação formativa e
contínua na busca de resultados coerentes e reais”.
O segundo estudo pelo PDE foi conseguido por uma professora pedagoga
que está afastada e é na área de “Formação Continuada”. Seus estudos ainda não
forma concluídos.
1729. BIBLIOGRAFIA
2º Prêmio Educar para a Igualdade Racial. Experiências de Promoção da
Qualidade Racial Étnica do Ambiente Escolar. CEERT (Centro de Estudos das
Relações de Trabalho e Desigualdades).
ARROYO, Miguel Gonzáles. Indagações sobre currículo: Educandos e
educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Básica, 2007.
CAPELO, M. Regina Clivati - (UNOESTE Universidade do Oeste Paulista)
COLÉGIO ESTADUAL MARQUES DOS REIS – EFM. Regimento Escolar.
Jacarezinho, 2008.
ESTADO DO PARANÁ. Deliberação nº 04/06. Conselho Estadual de Educação:
Paraná, 2006.
GANDIM, Danilo. Prática do planejamento. 11ª edição
LEI Nº 11.645 DE 10 DE MARÇO DE 2008. Estabelece as diretrizes e base da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Brasília: Presidência da República, 2008.
LEI Nº 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Estágio não obrigatório para
alunos do Ensino Médio. Brasília: Presidência da República, 2008.
PIMENTEL, Selma Garrido. Saberes Pedagógicos e atividades - 3ª Edição.
REVISTA GESTÃO EM REDE. Tutoria é alternativa para superar dificuldades
de aprendizagem. Curitiba: CONSED, Ag. 2008.
REVISTA NOVA ESCOLA. A sociedade em busca de mais tolerância. São
Paulo: Editora Abril, Out. 2006.
REVISTA NOVA ESCOLA. Como acompanhar a educação dos seus filhos.
São Paulo: Editora Abril, Dez. 2008.
173SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Cadernos
Temáticos – avaliação institucional. Curitiba, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos .
Curitiba, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. O que são critérios de
avaliação? Curitiba: CGE/CADEP, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Os desafios
educacionais contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na
organização da Proposta Pedagógica Curricular e a especificidade da escola
pública. Curitiba: SEED/CGE, 2008.
SEED-PR. Cadernos Temáticos (Lei nº10.639/03) - A inserção dos
conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares. Curitiba, 2005
VEIGA, Ilma Passos A. (Org.). Projeto Político Pedagógico. São Paulo:
Papirus, 2005.
10. ANEXOS
10.1. Cópia da ata de aprovação do Projeto Político Pedagógico pelos membros do
Conselho Escolar.
174
175
176
2ª Parte
PROPOSTA CURRICULAR
INTRODUÇÃO
Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor,
Mas lutamos para que o melhor fosse feito.
Não somos o que deveríamos ser,
Não somos o que iremos ser,
Mas, graças a Deus,
Não somos o que éramos.
(Martin Luther King).
A presente Proposta Curricular foi e, está sendo, um excelente momento
de reflexão por parte da equipe docente e pedagógica, sobre quais conteúdos, como,
quando e o que devemos ensinar a nossos alunos. Construir essa proposta é ir além do
livro didático, é construir novos instrumentos de ensinagem, e em consequência de
aprendizagem, buscando novas passagens, alternativas para que efetivamente o aluno
aprenda.
Esse momento pode-se dizer ainda, que está concluindo, se é que
podemos dizer concluindo, todo um processo de resgate da escola pública paranaense,
primeiro a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, o qual voltamos para
nossa realidade e construímos a nossa proposta para a escola, e nesse segundo
177momento, após um grande estudo por parte dos professores estaduais do Paraná,
findou-se nas Diretrizes Curriculares, estamos construindo a Proposta Curricular para
as escolas, tendo por base o documento anteriormente citado, construído pelos
professores do Paraná.
Com essa Proposta Curricular visamos eliminar as barreiras que impedem
a construção de uma escola para todos e re-orientar o trabalho docente neste
estabelecimento de ensino, através da gestão compartilhada e da redemocratização do
ensino.
178
Proposta Pedagógica Curricular de Ciências
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das
ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de
natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal
afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e
alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto
estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas
ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências
matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos
conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os seres
humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de
condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a
Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores
produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o
trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do
conhecimento científico, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza,
de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.
179Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao
conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é
produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.
Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa
identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962)
contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento
científico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com
modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados
fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do
desenvolvimento do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e
novo espírito científico.
No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard
(1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento
científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base
em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da
natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade
até fins do séc. XVIII.
RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a
divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e
pelas divindades o ser humano expressava o entendimento do mundo natural sob o
ponto de vista “de um mundo divino operando no mundo da natureza” .
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de
modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da
Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.
180A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo natural e do
seu relacionamento com o homem.
Modelo construídos a partir de observações realizadas diretamente sobre os
fenômenos da natureza, permitiram ao ser humano afastar-se do mythos e aproximar-
se da physis.
Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a
partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções
imutáveis e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover
e se combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade de sistemas
maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas.
Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e
eterno, composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à
Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo
geocêntrico. A explicação para a dinâmica do Universo, sistematizada por Aristóteles,
pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da
lua, dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera
da Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).
Contemporâneos de Aristóteles, como por exemplo, Aristarco de Samos (século
III a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de entendimento dos movimentos
dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo, propunha-se o Sol como centro
do Universo, regido por movimentos circulares (modelo heliocêntrico).
Provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito à
descrição das partes anatômicas, ao modo indutivo de atribuir funções aos órgãos
(modelo organicista) e à organização dos seres vivos presentes na natureza. Tais
tradições preocupavam-se em identificar e organizar os seres da Escala Natural 1,
privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas
anatômicas e comportamentais.
1 Escala Natural corresponde à classificação dos seres vivos com base num gradiente de perfeição entre coisas inanimadas, plantas, animais inferiores, humanos, anjos e seres espirituais (FUTUYMA, 1993).
181Os critérios para identificação e organização permaneceram como base do
sistema de classificação dos seres vivos até os séculos XVII e XVIII, quando a grande
diversidade de espécies coletadas em diferentes regiões do planeta não permitia mais
tal organização com base somente nesses critérios. Nesse sentido, os seres vivos
passaram a ser vistos não mais como imutáveis e integrantes de uma natureza estática
(modelo fixista), mas mutáveis, evolutivos, integrantes de uma natureza dinâmica
(modelo evolutivo).
O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos
do corpo humano (modelo organicista) Aristóteles, por exemplo, acreditava no coração
como sendo o centro da consciência e no cérebro como o centro de refrigeração do
sangue. Esse modelo organicista passou a sofrer interferências das relações
provenientes do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a
mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do
organismo (modelo mecanicista). Tal modelo foi sistematizado pelos anatomistas do
século XVI, entre eles, o médico Willian Harvey (1578-1657).
O modelo mecanicista, utilizado pela ciência até os dias atuais para explicar o
funcionamento dos sistemas do organismo, superou o modelo organicista, pois
comparava, por analogias, o corpo humano às máquinas. Por exemplo, a analogia do
coração com uma bomba hidráulica e o funcionamento do sistema respiratório com a
ideia de combustão.
Relacionado à ideia de combustão, partia-se do princípio que o ar era necessário
para manter o “fogo da vida”. Posteriormente, dentre as novas ideias sobre o assunto,
surgiu a do flogisto ou o “princípio do fogo”, que se relacionava a uma vasta gama de
fenômenos dentre eles a combustão e a respiração.
As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do século XVIII, marcaram
um importante momento para a ciência porque contribuíram para superar as ideias do
flogisto que levaram a novas pesquisas científicas, culminando com a reorganização de
182toda nomenclatura à luz dos estudos voltados à nova teorização dos átomos e à
química orgânica, no século XIX.
A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,
principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a
cura de todas as doenças (RONAN, 1997c). Outra interpretação da finalidade da
alquimia relacionava-a com uma prática de investigação a respeito da constituição da
matéria para dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal
interpretação foi superada no século XVIII.
No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período
histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é
constituído para a compreensão da Natureza.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano
de investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento
científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo
como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as
evidências de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a
transformação da matéria e a conservação de energia.
Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição
da matéria, desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa
matéria na Natureza. Tais estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da
conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza
ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à ideia de criação e destruição e
estabeleceu modelos de transformação da energia na Natureza.
Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano”
influenciaram fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades”
mecanicistas para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o
movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação.
183O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho
científico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma
elite intelectual que as acessava por meio dos cursos universitários.
No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de
divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços
científicos.
A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não
só por educadores em ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm
tido uma grande abrangência. Nesse sentido, torna-se importante discutir os diferentes
significados e funções que se têm atribuído à educação científica com o intuito de
levantar referenciais para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional
que visem analisar o papel da educação científica na formação do cidadão.
Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no
compreender a função social da ciência.
Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de seus
conteúdos de forma neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem há
como discutir a função social do conhecimento científico sem uma compreensão do seu
conteúdo.
Adota-se a diferenciação entre alfabetização e letramento, pois na tradição
escolar a alfabetização científica tem sido considerada na acepção do domínio da
linguagem científica, enquanto o letramento científico, no sentido do uso da prática
social, parece ser um mito distante da prática de sala de aula. Ao empregar o termo
letramento, busca-se enfatizar a função social da educação científica contrapondo-se
ao restrito significado de alfabetização escolar.
Letramento científico, nessa perspectiva, consiste na formação técnica do
domínio das linguagens e ferramentas mentais usadas em ciência para o
desenvolvimento científico. Para isso, os estudantes deveriam ter amplo conhecimento
184das teorias científicas e ser capazes de propor modelos em ciência. Isso exige não só o
domínio vocabular mas a compreensão de seu significado conceitual e o
desenvolvimento de processos cognitivos de alto nível de elaboração mental de
modelos explicativos para processos e fenômenos.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes
ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.
O ensino de Ciências deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados,
de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências.
Essas inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência
atividade humana).
É necessário ensinar ciências para contribuir para a formação do aluno quanto:
conhecimento do conteúdo científico e habilidade em distinguir ciência de não-ciência;
compreensão da ciência e de suas aplicações; conhecimento do que vem a ser ciência;
independência no aprendizado de ciência; habilidade para pensar cientificamente;
habilidade de usar conhecimento científico na solução de problemas; conhecimento
necessário para participação inteligente em questões sociais relativas à ciência;
compreensão da natureza da ciência, incluindo as suas relações com a cultura;
apreciação do conforto da ciência, incluindo apreciação e curiosidade por ela;
conhecimento dos riscos e benefícios da ciência.
A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem
nos modelos construídos a partir da investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os
conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais
que originaram sua construção.
185Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção
científica não deve ser entendida como uma verdade absoluta.
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as
questões sociais e ambientais.
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com
obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais.
Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer
da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados
para estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de
aprendizagens anteriores e o que aprende de novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais; superando a construção fragmentada do
conhecimento.
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos
corpos (Matéria); a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas
Biológicos); a conservação e transformação de energia (Energia); o conceito de
biodiversidade (Biodiversidade).
1862. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo – Galáxias, Movimento do Universo.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas
atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,
pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
1875. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies,
comunidade, populações.
Sistemática – Classificação dos seres vivos.
Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas (introdução).
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,
fósseis, efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases,
fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras
de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas
de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
188RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia,
contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: joias, relógios e outros,
mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas,
desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo,
conservação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global,
biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o
ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro,
fauna brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos ecossistemas,
desmatamento, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de voo, aquecimento
global, saneamento básico, questões de higiene, alimentos transgênicos, aterro
sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, forno micro-ondas,
lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola,
microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação
ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
6ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua,
constelações, dias e noites.
Astros – Constituição físico-química dos astros.
189
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do
surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto
terrestre,núcleo terrestre, estrutura química da célula.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,
fotossíntese, reserva energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos,
órgãos e sistemas animais e vegetais,
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas
ectotérmicos, sistemas endotérmicos.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, diversidade das espécies,
extinção
de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,
populações.
Ecossistemas – Eras geológicas.
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia
alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.
190Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento
da vida, geração espontânea.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de
ozônio, a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energias
renováveis e não renováveis, Ilhas de calor, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras
de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas
de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da
água, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo
para agricultura, contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores
hidráulicos, lixo e o ambiente, unidades de conservação, ocupação da mata atlântica,
191exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das
araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas,
desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e
pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos
químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e
ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos,
automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia,
interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização, comercialização
da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição,
questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico,
medicamentos, influência da alimentação na saúde,
aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez
precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes
de trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre
outras.
7ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de
coordenadas, a esfera celeste e suas coordenadas.
192Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo
( Teorias Cosmogônicas).
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria.
Propriedades da matéria – Massa, volume, densidade, compressibilidade,
elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade,
ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza,
tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese,
reserva energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais,
estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de
diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos
de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes
grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema digestório,
sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa,
energia
nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.
193
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases,
fontes de energias renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras
de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas
de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e
degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica,
biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo
homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de
comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e
194soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia
e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia,
melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sanguíneos,
transfusões e doações sanguíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise,
terapia gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas,
métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, reprodução humana
assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e
questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,
educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
8ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,
meteoritos, cometas.
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria – Átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons,
ligações químicas das substancias, reações químicas, funções químicas inorgânicas,
ácidos, sais, bases, óxidos, lei da conservação da massa, compostos orgânicos.
195
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial , sistema
reprodutor , sistema endócrino, sistema nervoso.
Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos,
gene,
DNA, RNA, mitose, meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Conversão de Energia – Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria, eletro
magnetismo, conversão de energia potencial em cinética, movimentos, velocidade,
aceleração, colisões, trabalho, potência,
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão
de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de
forças.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações
intraespecíficas.
Os conteúdos específicos de 5ª a 8ª séries estão presentes nos conceitos
fundamentais de Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um
conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor,
garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos
da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações,
196envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de
conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis,
Ilhas de calor, máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras
de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de
grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os
casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,
localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas
de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos
musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável,
elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica,
óculos, telescópios , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na
produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, influência da
alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização
Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica,
197dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes
e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e
fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,
instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno micro-ondas, lâmpadas,
chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-
falante, para-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e
questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,
educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –
história e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos
indígenas, Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica , lei 11.645/03/08 que integra
a História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e
Médio.
3 - METODOLOGIA
Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de
Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para
que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que
permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma
aprendizagem prazerosa e eficaz.
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é
incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele
198a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica
ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de
significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de
associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser
aprendido não consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de
aprendizagem mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem
interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa
decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação.
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em
primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser
memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica.
Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente
significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o
significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado
psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem
dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso
trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho
pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os
interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica
dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os
avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das
relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos
disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de
aprendizagem para um bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais
tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos,
199assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e
a atividade experimental.
Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos
instrucionais, dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento
cognitivo dos estudantes.
Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no
processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das
concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de
ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.
Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de
forma bem articulada os seguintes itens:
· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro
didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,
quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo
didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),
microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,
exposições de ciência, seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais
são
fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma significativa
para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a
problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura
200científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico.
Abordagem problematizadora
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um
novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo
dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A
problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas
dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações significativas
apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, realizaremos a
problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento
científico escolar para resolver os problemas apresentados.
Relações contextuais
Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto
histórico e geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com os
interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção para que o
conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode ser
um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo
à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A
contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a
opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares
das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta
aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que
fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a
abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do
conhecimento.
201
Relações interdisciplinares
A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que
muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros
conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os
tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se
estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são
incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações
interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos de
outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o
conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.
Pesquisa
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento.
Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação
desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada
na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam
atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao
organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu entendimento
sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o
aluno deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica
do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
202Divulgação científica
A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos
e nós, professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior
aprofundamento de conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando
em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a
linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser
utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional –
Disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da
Editora Duetto – Disponível em www.sciam.com.br
4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação –
Disponível em www.mec.gov.br
Atividade em grupo
No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências,
apresentar suas proposições aos outros alunos, confrontar ideias, desenvolver espírito
de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências
dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de
conhecimento pelo estudante.
203Observação
A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar
fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por
outro lado, permite que nós, professores, perceber as dificuldades individuais de
interpretar tais fenômenos, devido à falta de atenção e as lacunas teórico-conceituais.
Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina,
pois o aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de
resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação
possibilita.
Atividade Experimental
A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se
como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós,
professores, de forma a desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de
investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço
possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços
pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.
Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações
e se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto,
propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das
aulas teóricas.
Recursos instrucionais
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser
204usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e
na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente
significativos para sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa
e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos
por elementos extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da
interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar
sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no
momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas
a serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter
estruturas diversas, pois ultrapassam a ideia de serem apenas sínteses conceituais.
Lúdico
O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se
de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o
interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas
habitualmente por nós, professores. O lúdico permite uma maior interação entre os
assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de
percepções e re-estruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será
considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária do
aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos
recursos utilizados como apoio.
205
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
INSTRUMENTOS
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à
concepção de avaliação contínua e formativa.
Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno,
então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de
ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.
INSTRUMENTO 1
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos
a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio
do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas
situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os
critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual
apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à
faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o
206foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a
ampliação dos horizontes de conhecimento.
Critérios de Avaliação
Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os
conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada
disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:
houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto
por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o
conhecimento de forma adequada;
foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
INSTRUMENTO 2
PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica,
constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno
o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando.
Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir
esse conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso
requer que tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros
quanto periódicos ou outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para
nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou
207textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno
tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que
se propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço /
temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de
forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o
problema.
3. Justificativa
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e
professores encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve
remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os
adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão
atendendo as orientações.
208INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a
linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de
linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é
sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.
Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que
solicitaremos aos nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e,
desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como
dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma
função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”.
Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem
e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa
abrangência maior de esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
•planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
•escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
• revisar, re-estruturar e re-escrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
Critérios de avaliação:
Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.);
209
Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes
graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em
termos de léxico, de estrutura;
Elaborar argumentos consistentes;
Produzir textos respeitando o tema;
Estabelecer relações entre as partes do texto;
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
INSTRUMENTO 4
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão
do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a
organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um
trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada
em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação
Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de
um conteúdo).
Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:
210
Conhecimento do conteúdo;
Argumentos selecionados;
Adequação da linguagem;
Sequência lógica e clareza na apresentação;
Produção e uso de recursos;
INSTRUMENTO 5
Atividades Experimentais
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação.
São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que
está ocorrendo.
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro,
o acaso, a intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados
ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do
conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.
É fundamental, que o experimento seja significativo no contexto daquele
conhecimento com o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta
significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito
mais do que com a sofisticação dos equipamentos.
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua
compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já
211construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre
outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente dos materiais,
só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas.
Não conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas
atividades forem apenas eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para
que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos irá utilizar. O registro das
hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para avaliarmos
juntos a atividade.
Critérios de avaliação:
1)quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,
2)do conceito a ser construído ou já construído,
3)a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre
outras possibilidades.
INSTRUMENTO 6
PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas
alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a
construção de conhecimentos e para a formação dos nossos alunos como agentes
sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o trabalho de campo
como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação
212investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica
que possibilita a formulação de noções ou conceitos; a realização das ações,
notadamente no trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer,
refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo
de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de
protagonista da própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca
de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência
educacional insubstituível.
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante
como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante
investigar os interesses dos alunos e suas expectativas;
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,
questionamentos ou problematização;
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado,
concluindo assim o trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos
alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em
relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis,
produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos
213avaliaram sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade
de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.
Critérios de avaliação:
•Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de
campo.
INSTRUMENTO 7
Relatório
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os
relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da
comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a
reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi
desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre
outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades
desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou
procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados
obtivemos.
São elementos do relatório:
2141. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao
relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do
conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não
pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito
do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações
interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar
tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É
importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os
procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
•Considerações Finais: Neste item do relatório será possível
observar se a atividade desenvolvida foi significativa na construção
do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados
obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da
atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar
ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus
objetivos, a aprendizagem alcançada.
Critérios de avaliação:
− Avaliaremos analisando os elementos do relatório.
215INSTRUMENTO 8
Seminário
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa,
a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde
cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as
explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato
direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.
Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se
fossem aulas expositivas dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados
em livros. Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela
equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com
especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em
público, ordene as ideias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e
fale aos colegas com seriedade.
Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte,
pois podemos cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se
expressar. É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com
valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante
que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas
réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos
utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos
trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções
dos integrantes do grupo que assistem à apresentação.
216 O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde
falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com
os alunos na ocasião em que o seminário for proposto.
Critérios de avaliação:
a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste à
apresentação.
INSTRUMENTO 9
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos
tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do
debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em
possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos
divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
2174. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de
posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível
entre as posições dos participantes;
6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate.
Além disso, o debate nos possibilita avaliar:
•- o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
•- o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
•- a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o
conteúdo da disciplina.
INSTRUMENTO 10
Atividades com textos literários
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre
várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo
discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como
metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua
efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de
questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no
que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a
linguagem utilizada.
218Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa
disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou
expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:
a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário
lido.
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
INSTRUMENTO 11
Atividades a partir de recursos Audiovisuais
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que
podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a
nossa pesquisa sobre o recurso a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo
abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem
específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização
do conteúdo cabe a nós, professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar,
entre outros critérios:
•a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
219•a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o
conteúdo apresentado pelo audiovisual;
•o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
INSTRUMENTO 12
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos,
na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas
envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de
atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o
conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua
aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que
acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as
atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de
formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se
como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo.
Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para nós, são
socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam
elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos
e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
2201 Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na
produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
2 Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
INSTRUMENTO 13
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam
verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.
Uma questão discursiva nos possibilita avaliar o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além
disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior
clareza o erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que
tem no processo de construção do conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas
características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo
abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que
escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser
considerados:
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta
compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o
próprio enunciado carece de clareza e objetividade.
Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi
adequada.
221Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma
padrão da língua portuguesa.
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma
clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau
de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que
constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 14
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação,
nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal
objetivo é a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do
que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão devemos definir o grau de
dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer
injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de
conhecimentos adquiridos.
2225 - REFERÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º
Encontro, Avaliação – um processo Intencional e Planejado
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da
Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental - 2008
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de
Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação
em Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como
prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl,
Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
223Proposta Pedagógica Curricular de Física
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Entende-se que o ensino da Física deve estruturar os conhecimentos que
permite a compreensão dos fenômenos físicos, com redução da ênfase na formulação
Matemática, sem perder a consistência teórica. Vendo a importância da compreensão
da evolução dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea,
lembrando que a física é uma ciência em processo de construção e tem como objeto
de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por isso a disciplina de Física
propõe aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar os mistérios do mundo macroscópico e microscópico das partículas
que compõe a matéria, ao mesmo tempo permitindo desenvolver novas fontes de
energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias com suas transformações,
evoluções e interações.
Os conteúdos e conceitos abordados nesta proposta tem como finalidade fazer
com que o aluno compreenda a produção do conhecimento científico que é parte da
cultura humana.
Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte
do cotidiano do aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis
relações entre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia as diversas
transformações culturais, sociais e econômicas.
Abordar o uso da história da ciência pode ajudar os professores a encontrar
estruturas das concepções espontâneas de seus alunos. O conhecimento do passado,
224as ideias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência
como parte da realidade que se relaciona com outras atividades humanas e transformar
a Física em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as ideias espontâneas e o
conhecimento científico. Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e
enfatizando todo seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade que
cada turma demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de
pesquisa.
Justificando os conteúdos e conceitos nessa proposta tem-se por finalidade
fazer com que o aluno compreenda que a produção do conhecimento científico é parte
da cultura humana. Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento
científico, e faz parte do cotidiano do aluno. Por isso, é importante no conhecimento de
Física buscar-se o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da
ciência e da tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e econômicas.
Construir um conhecimento centrado em conteúdos e metodologias capazes de
levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que a
ciência não é algo pronto ou acabado e sim fruto de muitos estudos, pesquisas de
conceitos, leis, teorias e modelos já antes vistos por outros cientistas precursores e
agora dando continuidade aos seus trabalhos e análises.
Desenvolver uns sujeitos críticos, capazes de admirar a produção científica e
compreender a necessidade desse conhecimento para entender o universo de
fenômenos que o cerca, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais dessa disciplina.
225
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e enfatizando todo
seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade em que cada turma
demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de pesquisa.
Dentro dessa abordagem observamos que esses conteúdos podem ser trabalhados nas
diferentes séries de Ensino Médio alterando a sua amplitude, profundidade e contexto.
MOVIMENTOS:
Momentum e inércia
Conservação da quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = impulso
2a. Lei de Newton
3a. Lei de Newton e condições de equilíbrio
Gravidade
A energia e o principio da conservação da energia
Variação/transformação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência
Fluidos
Oscilações
TERMODINÂMICA:
Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica
1a. Lei da Termodinâmica
3a. Lei da Termodinâmica
226ELETROMAGNETISMO:
Carga, corrente elétrica, campo.
Força eletromagnética
Equações de Maxuwell:( lei de Gauss (lei de Coulomb para eletrostática), lei de
Ampére , lei de Gauss magnética, lei de faraday)
Óptica
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas
referentes a Lei nº 11.645/2008 e 10.639/2003 que trata da História e Cultura Afro-
Brasileira Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural
e racial reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
2273 - METODOLOGIA
O processo de ensino aprendizagem de Física deve partir do conhecimento
prévio e contexto social dos alunos, a dialética e a construção do conhecimento
científico a partir do conhecimento prévio dos alunos, deve se dar de maneira
contextualizada, utilizando a pesquisa e investigação como instrumentos de
aprendizagem, acompanhando a evolução das ideias e conceitos dos mesmos,
reconhecendo assim que a Física é uma ciência em construção, propriamente uma
construção histórica da humanidade, e assumindo que esse conhecimento científico é
um objeto construído e produzido nas relações sociais e econômica e no cotidiano,
contribuindo para o desenvolvimento tecnológico. Para isso os conteúdos serão
abordados de acordo com a capacidade cognitiva do aluno possibilitando que se
aproprie do conhecimento científico relacionando ; Senso comum – teoria, leituras de
textos complementares; leituras de textos científicos e produção de textos, pesquisas.
Experimentos com materiais de laboratório e materiais trazidos pelos alunos –
jornais, revistas e materiais recicláveis que possam ser utilizados para experimentos,
pois a experimentação no ensino da Física é uma importante metodologia de ensino
que contribui para fazer a ligação entre a teoria e a prática auxiliando na construção de
conceito e conhecimento científico.
Utilização da TV multimídia, filmes, musicas, e materiais gráficos diversos e
relatórios de experiências.
O saber matemático não pode ser um pré-requisito para o ensino de Física, é
uma ferramenta importante, mas não um método de ensino. É preciso localizar os
conteúdos a serem trabalhados num contexto social, econômico, cultural e histórico
usando a interdisciplinaridade.
228
4 - AVALIAÇÃO
Avaliação processual e formativa de maneira contínua, utilizando questões
que fazem parte do cotidiano do aluno facilitando ao professor uma avaliação detalhada
do processo de construção do conhecimento, pois possibilita que o professor verifique
a integração do aluno com o conteúdo, os erros conceituais, a capacidade de reflexão e
clareza ao expor suas ideias buscando a construção do conhecimento científico e
raciocínios argumentativos.
No ensino de Física ao avaliar deve-se considerar a apropriação do conteúdo
pelos estudantes, considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos
históricos, conceituais e culturais, a evolução das ideias e a não neutralidade da
ciência.
5 - BIBLIOGRAFIA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro
Didático Público de Física – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Física – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR,
2008.
229Proposta Pedagógica Curricular de Química
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Química tem como objeto de estudo as transformações químicas
que ocorrem no mundo de forma abrangente e integrada, possibilitando a compreensão
tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um conhecimento e suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos a sua volta e
aprender com eles, a química já estava presente, embora não apresentasse caráter
sistematizado do conhecimento.
A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir desta o
ser humano apresentou outras necessidades, tais como: comunicação, adquirir
conhecimento do processo de cozimento necessário a sobrevivência, fermentação,
tingimento, e também os elementos envolvidos para realizar cálculos e para as
transformações.
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria
e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades
humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio
do processo de cozimento.
Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser
relembrados como forma de entender a constituição desse saber, entre eles a alquimia.
230 O acesso aos conhecimentos químicos pela população era considerado
fundamental para a transformação social. Outros objetivos, de caráter mais amplo,
também norteavam o ensino de química, tais como: preparar o educando para a
democracia e elevar sua capacidade de compreensão em relação aos determinantes
políticos, econômicos e culturais que regem a sociedade em determinado período
histórico, para então atuar no mundo do trabalho.
No ensino da química é essencial que os conteúdos sejam abordados de forma
consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a química, a tecnologia e
a sociedade. Por meio dessa abordagem poderá proporcionar condições para que os
sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na
compreensão de seu papel frente às demandas sociais.
A química tem papel essencial na formação e transformação do sujeito, pois
está ligada à vida, é uma ciência que leva ao estudo das substâncias materiais e suas
transformações, portanto deve ser apresentada ao estudante no sentido de possibilitar
o entendimento do mundo, levando-o a pensar criticamente e refletir sobre o mesmo,
fazendo-o a pensar criticamente e refletir sobre as razões dos problemas de ordem
ecológica, ambiental, e do próprio conhecimento científico, despertando assim a
curiosidade e o interesse pela descoberta.
Os conteúdos no ensino da química serão norteados pela construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculados a contextos
históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
Com as Diretrizes o ensino da Química deve ser um ato reflexivo, bem como
possibilitar novos direcionamentos e abordagens da prática docente no processo
ensino-aprendizagem para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos
químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
231 O ensino de Química tem como objetivos:
l Levar o aluno a compreender o processo de criação científica, conduzi-lo a
entender os princípios, as leis, as teorias e analisar os conhecimentos
adquiridos, sua aplicação prática, sua relevância social e suas implicações
ambientais. Além disso, utilizar os conhecimentos para interpretar os fenômenos
relacionados a essa ciência e reconhecê-la como criação humana,
compreendendo os aspectos históricos e suas relações com o contexto cultural,
sócio-econômico e político.
· Compreender a evolução do conhecimento químico nos diferentes tempos da
história da humanidade, a fim de estabelecer relações e interações entre as
exigências que culminaram na produção do conhecimento científico.
· Contribuir para formação em diferentes épocas, de novos cientistas, de
cidadãos que pensem lógica e criticamente.
· Desenvolver os conteúdos apresentados com os fatos e fenômenos que
ocorrem no cotidiano;
· Explorar as reações que acontecem na natureza e levam a mudanças físicas e
químicas das substâncias considerando suas propriedades e características;
· Aplicar os conteúdos da química para o desenvolvimento pessoal em nível de
conhecimento e cultura, bem como de um conhecimento de ordem profissional.
2322 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
· Matéria e sua Natureza
· Biogeoquímica
· Química Sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
· Matéria
· Solução
· Velocidade da Reações
· Equilíbrio Químico
· Ligação Química
· Reações químicas
· Radioatividade
· Gases
· Funções Químicas
233 De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes a
Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena
através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-
brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda com o propósito de
trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças etno-raciais que
estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando a reflexão crítica,
o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
234
3 – METODOLOGIA
Os fundamentos teórico-metodológicos do ensino de Química na Educação
Básica, faz-se necessário considerar algumas questões mais amplas que afetam
diretamente os saberes relacionados a esse campo do conhecimento. Assim como
todos os demais saberes, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em
constante transformação.
Acredita-se que o Ensino de Química está voltada à construção e reconstrução
de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula, na perspectiva
conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado. Seja no desenvolvimento de
práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda na busca de
relações da Química com a sociedade e a tecnologia.
Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as
substâncias e os materiais.
É comum alguns professores de química enfatizarem o trabalho com temas
como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, química ambiental,
poluição, drogas, química da produção, propõem-se que o ponto de partida para a
organização dos conteúdos curriculares sejam estruturantes e seus respectivos
conceitos e categorias.
235 Os conteúdos serão abordados levando em conta a capacidade cognitiva do
estudante, proporcionando ao mesmo, condições de compreensão do processo de
criação científica.
Serão utilizados textos extraídos de jornais e revistas, para instigar a
curiosidade do estudante, despertar o desejo de aprender e mostra que a Química é
uma ciência extremamente vinculada a realidade, e sempre que possível, lançaremos
mão de observações presentes no dia-a-dia dos estudantes para ilustrar os conteúdos
estruturantes, utilizando uma linguagem simples e acessível que provoque a
observação dos fatos, e a discussão de suas causas e consequências.
Serão realizados experimentos de laboratórios (em sala) que auxiliem na
construção dos conceitos e torne mais fácil, eficiente e agradável o aprendizado de
Química e suas correlações.
Utilizando-se a TV multimídia com seus respectivos recursos de imagens, áudio
e vídeo as aulas certamente serão mais motivadoras e instigadoras, de maneira que
possibilitem ao educando apropriar-se efetivamente dos conceitos e conteúdos
desenvolvidos pelo professor, dando significado e sentido a tudo o que se aprende,
utilizando-se de contextos atuais através desses recursos que possam tornar clara
toda essa aprendizagem.
236
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações
recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,
portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96, a avaliação
formativa e processual, como resposta as históricas relações pedagógicas de poder,
passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta o
conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de
conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem.
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de construção e reconstrução de significados dos
conceitos científicos.
A avaliação não será apenas realizada tendo como instrumento a avaliação
formal, mas também outros que possibilitem informalmente várias formas de expressão
e de demonstrarem seus conhecimentos, assim como: leitura e interpretação de textos,
produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas, relatórios,
práticas de laboratório, entre outros.
237
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro
Didático Público de Química – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos; SOUZA, Gerson de. QUÍMICA &
SOCIEDADE. Nova Geração.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Cadernos
Temáticos. Curitiba: SEED
FELTRE, Ricardo. FÍSICO-QUÍMICA / QUÍMICA ORGÂNICA / QUÍMICA
GERAL. Editora Moderna.
238Proposta Pedagógica Curricular de História
5.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de História é um espaço para o estudo dos processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já
as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas
sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de
representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e
politicamente.
A presença da disciplina de História na grade curricular do Ensino
Fundamental e Médio tem como finalidade expressar o processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada
para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da
compreensão da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não significa
relativismo teórico, mas que, além de existirem várias explicações e/ou interpretações
para um determinado fato, algumas delas são mais válidas historiograficamente do que
outras. Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência histórica em relação ao
seu objeto e a seu método. O conhecimento histórico possui formas diferentes de
explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.
A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os
sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações
humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-
históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar,
de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.
239As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, e em concordância com a
mesma também essa proposta curricular, fundamenta-se na ideia de conteúdos
estruturantes das disciplinas escolares. Esses conteúdos são de grande amplitude,
conceitos e práticas considerados básicos e fundamentais para a compreensão de seu
objeto de estudo. Dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos básicos e
específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino-aprendizagem
no cotidiano da escola, objetivando-se através do processo ensino-aprendizagem,
construir junto aos alunos uma consciência histórica que possibilite a compreensão da
realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.
O Ensino da disciplina de História tem como objetivo despertar no aluno a
consciência crítica baseada em conteúdos específicos pertencentes a disciplina
curricular de História, não devendo porém em hipótese alguma descartar os vários
aspectos que a envolvem, econômico, cultural e social, correlacionam a micro e a
macro-história, conflitos em todos os seus aspectos e dimensões, levando o indivíduo a
perceber os vários significados de um mesmo acontecimento e de que formas estamos
inseridos no mesmo. Mostrar o homem e a humanidade como parte integrante e
integrada nas relações humanas, seus êxitos, fracassos, e ainda apontar para
perspectivas futuras.
2405.2CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo)
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações): memórias e documentos familiares e locais
- o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade, estado, país, mundo)
- a formação do pensamento histórico - os vestígios humanos: os documentos históricos- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos espaços públicos, privados, sagrados - as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriais- as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos,etc.
CONTEÚDOS BÁSICOS
2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis- colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território paranaense- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná- os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná- a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná
- o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as teorias sobre seu aparecimento- as sociedades comunitárias- as sociedades matriarcais- as sociedades patriarcais- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas
241CONTEÚDOS BÁSICOS
3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades religiosas- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná- a produção artística e científica paranaense
- pensamento científico: a antiguidade grega e Europa moderna- a formação da arte moderna- as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada; a terra
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no Paranáa família e os espaço privado: a sociedade patriarcal brasileiraa constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicanoas reservas naturais e indígenas no Brasila reforma agrária no Brasila propriedade da terra nos assentamentos
a constituição do espaço público da antiguidade na pólis grega e na sociedade romanaa reforma agrária na antiguidade greco-romanaa propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas
242CONTEÚDOS BÁSICOS
2) O mundo do campo e o mundo da cidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipaiso engenho coloniala conquista do sertãoas missões jesuíticasa Belle Époque tropical modernização das cidades cidades africanas e pré-colombianas
as cidades na antiguidade orientalas cidades nas sociedades antigas clássicasa ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeua constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa Ocidental)as transformações no feudalismo europeuo crescimento comercial e urbano na Europa
CONTEÚDOS BÁSICOS
3) As relações entre o campo e a cidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
as cidades mineradorasas cidades e o tropeirismo no Paranáos engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto
relações campo – cidade no Orienteas feiras medievaiso comércio com o Orienteos cercamentos na Inglaterra modernao inicio da industrialização na Europaa reforma agrária na América Latina no século XX
CONTEÚDOS BÁSICOS
4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a relação entre senhores e escravoso sincretismo religioso(formas de resistência afro-brasileira)as cidades e as doençasa aquisição da terra e da casa própriao MST e outros movimentos pela terraos movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI
a peste negra e as revoltas camponesasas culturas teocêntrica e antropocêntricaas manifestações culturais na América Latina África e Ásiaas resistências no campo e na cidade América Latina e continente africanoa história da mulheres orientais, africanas e outras
243
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) História das relações da humanidade com o trabalho
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-o trabalho nas sociedades indígenas-Sociedade patriarcal e escravocrata-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia-Remanescentes de quilombos
- a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita- o trabalho assalariado
CONTEÚDOS BÁSICOS
2) O trabalho e a vida em sociedade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império- A busca pela cidadania no Brasil Impérioos saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as tradições- Corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador
- Os significados do trabalho na Antiguidade Oriental e Antiguidade Clássica- As três ordens do imaginário feudal- As corporações de oficio- O entretenimento na corte e nas feiras- O nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor
CONTEÚDOS BÁSICOS
3) O mundo do trabalho
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a desvalorização do trabalho- o latifúndio no Paraná e no Brasil - a sociedade oligárquico-latifundiária- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as- contradições da modernização
- a produção e a organização social capitalista- a ética e moral capitalista
244CONTEÚDOS BÁSICOS
4) As resistências e as conquistas de direito
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- o movimento sufragista feminino- a discriminação racial e linguística (o caipira no contexto do capital)- As congadas como resistência cultural- A consciência negra e o combate ao racismo- Movimentos sociais e emancipacionistas- os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná
- o movimento sufragista feminino- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão- o Luddismo- a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadoresos homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E
CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasila Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesaas irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesao surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no Brasila formação dos sindicatos no Brasilas associações e clubes esportivos no Brasil
a instituição da Igreja no Império Romanoas ordens religiosas católicasas guildas e as corporações de ofício na Europa medievalo surgimento dos bancos, escolas e universidades medievaisa organização do poder entre os povos africanosa formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidenteo surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas)
245CONTEÚDOS BÁSICOS
2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa-os quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial -a formação do Estado-nação brasileiro -as constituições do Brasil imperial e republicano-a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia-os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário-as empresas públicas brasileiras-a constituição do Mercosul
-o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil-a monarquia e a nobreza na Europa medieval-a formação dos reinos africanos-o Estado Absolutismo europeu-a constituição da república no Ocidente-o imperialismo no século XIX-a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias-a constituição dos dos Estados socialistas e dos Estados de Bem- Estar Social-a formação dos blocos econômicos
CONTEÚDOS BÁSICOS
3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial-as revoltas republicanas na América portuguesa-as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano-as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai-os movimentos republicano e abolicionista no Brasil imperial-o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil-o Brasil nas Guerras Mundiais
-as revoltas democráticas nas pólis gregas-as revoltas plebeias, escravas e camponesas na república romana-as heresias medievais-as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas-as revoltas religiosas na Europa moderna-A conquista e colonização da América pelos povos europeus-as revoluções modernas-os movimentos nacionalistas-as guerras mundiais-as revoluções socialistas no século XX-as guerras de independência das nações
246-os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)
africanas e asiáticas-os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – RELAÇÕES DE PODER ,TRABALHO E CULTURAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS
1. Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanasTransição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariadoO trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanasAs experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos
CONTEÚDOS BÁSICOS
2. Urbanização e industrialização
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços
CONTEÚDOS BÁSICOS
3. O Estado e as relações de poder
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os Estados teocráticos
247Os Estados na Antiguidade ClássicaO Estado e a Igreja medievaisA formação dos Estados NacionaisAs metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do capitalismoO Paraná no contexto da sua emancipaçãoO Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo)O nacionalismo nos Estados ocidentaisO populismo e as ditaduras na América LatinaOs sistemas capitalista e socialistaEstados da América Latina e o neoliberalismo.
CONTEÚDOS BÁSICOS
4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravosGuerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e RomaRelações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentesRelações de resistência na sociedade ocidental modernaAs revoltas indígenas, africanas na América portuguesaOs quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiroAs revoltas sociais na América portuguesa.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5. Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do sindicalismoA América portuguesa e as revoltas pela independênciaAs revoltas federalistas no Brasil imperial e republicanoAs guerras mundiais no século XX e a Guerra FriaAs revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina
248Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América LatinaOs Estados africanos e as guerras étnicasA luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na América LatinaA mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6. Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo.
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes as
Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira
Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
249Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, História do Paraná, conforme determina a lei nº
13.381/01 e os diversos conteúdos pertinentes as temáticas relativas aos Desafios
Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência, Sexualidade e outros.
5.3 – METODOLOGIA
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção
da consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com
os seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto de
estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas
no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de forma
consciente ou não. E ainda, que ultrapasse os limites do livro didático, mostrando que a
História tem diferentes interpretações e as novas descobertas podem validar ou refutar
um conhecimento anterior.
Ao planejar as aulas, o professor deverá problematizar o conteúdo
proposto, a produção do conhecimento histórico, considerando que a apropriação deste
conceito pelos alunos é processual, e deste modo exigirá que seja constantemente
retomado.
O uso da biblioteca é fundamental, e cabe ao professor conhecer o acervo
e orientar os alunos quanto aos procedimentos para se apropriar dos conhecimentos
que estão no livro.
250Para um ensino significativo busca-se direcionar o trabalho docente de
forma que o mesmo, seja ponte de abordagens a partir do inter-relacionamento e
articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.
Os conteúdos específicos serão encaminhados metodologicamente numa
mesma abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica que oriente
o encaminhamento metodológico nesta proposta, considerando a articulação entre os
conhecimentos.
Os conteúdos devem ser tratados respeitando o nível cognitivo dos
alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação
dos conteúdos específicos por parte dos alunos. Isto deve ser feito numa linguagem
coerente, aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem desses
conteúdos.
O encaminhamento metodológico será feito através de pesquisas,
trabalhos em grupo, montagens de painéis, palestras, aulas expositivas, debates,
estudo de mapas, exercícios, usando como recursos pedagógicos: slides, fitas VHS,
CDs educativos, DVDs, além de atividades que estimulem o trabalho coletivo como:
músicas, desenhos, poesias, dramatizações entre outros.
5.4 - AVALIAÇÃO
Numa perspectiva tradicional é comum avaliar os alunos levando-se em
conta apenas o resultado final, caracterizado pela presença de alunos passivos. A
avaliação há de evitar um modelo excludente de escolarização e de sociedade que a
escola pública tem o compromisso de superar, com vistas à diminuição das
desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade mais justa e humana. Para que
a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de
classificatória para diagnóstica.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos,
poderão revisitar às práticas desenvolvidas até então identificar lacunas no processo de
251ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
visem as dificuldades constatadas.
Essa avaliação é também formativa e processual, considerando aspectos
como o conhecimento que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática
social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos
específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo,
ao longo do processo de ensino-aprendizagem.
Nesta perspectiva, a avaliação deve ser colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como elemento externo a este processo. Assim, o professor precisa
considerar o seu planejamento, a sua prática pedagógica e, as suas intenções ao tratar
os conteúdos específicos por meio de uma abordagem articulada dessas diretrizes. O
aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno
compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo
uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas e
reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
Os instrumentos de avaliação serão diversificados para que os alunos
possam expressar os avanços na aprendizagem à medida que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam
defendendo o próprio ponto de vista. Cabe ao professor planejar situações
diferenciadas de avaliação. Tendo como referência os conteúdos de História que foram
estudados em aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência
histórica, seguem alguns pontos a serem observados pelo professor:
- Conteúdos e conceitos históricos apropriados pelos alunos;
- Conceito de tempo construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos;
- Os conceitos históricos foram empregados para analisar os diferentes
contextos;
252- Compreensão da História como prática social e da qual participam como
sujeitos históricos do seu tempo;
- Compreensão que o conhecimento histórico é produzido com base em
um método da problematização de diferentes fontes documentais;
- Explicitação do respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que o constituíram;
- Compreensão que a produção do conhecimento histórico pode validar,
refutar, ou complementar a produção historiográfica existente.
A avaliação será contínua ao longo do desenvolvimento dos conteúdos,
considerando-se os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino-
aprendizagem. Respeitando as especificidades da disciplina de História, a avaliação
deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e
aprendizagem, sendo contínua, levando em consideração o que preconiza a LDB/EN nº
9.394/1996.
253
5.5 - REFERÊNCIAS
ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino
Fundamental e Médio. Paraná: SEED, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de História – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -
Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático –
Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.
LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação
Ambiental.
LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.
254
Proposta Pedagógica Curricular de Arte
1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Arte faz-se necessária na Educação Básica, pois amplia o
repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e
contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas
representações. Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de arte, entendida nesta proposta curricular
como a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para esta
disciplina. Nessa perspectiva pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, aprender e expandir suas potencialidades criativas.
A arte na escola desempenha um papel social, na medida em que
democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo
enquanto fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua própria nação. Assim
sendo, as práticas educativas da disciplina precisam assumir um compromisso com a
diversidade cultural, reconhecendo-a como patrimônio da humanidade, considerando
desde o repertório de conhecimento do aluno até as produções de grupos sociais que
historicamente foram marginalizados por uma concepção de arte elitista. Partindo
dessa premissa de que a construção de conhecimento em arte acontece por meio de
inter-relação de saberes, entende-se que ao se apropriar de elementos que compõem o
conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética das
diferentes manifestações artísticas, o aluno se torna capaz de refletir a respeito dessa
produção e dos conhecimentos que envolvem esse fazer. Considera-se também como
uma oportunidade de evidenciar talentos, exibir trabalhos ou reforçar o que o senso
comum considera artístico, a fim de serem superadas, possibilitando a ampliação do
255conhecimento estético presente nas diferentes linguagens e no processo de produção
das manifestações artísticas.
O ensino de arte é um dos modos pelos quais o homem supera no seu
fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos
da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo de humanização, isto
é, de como os seres humanos se constrõem continuamente.
A partir das concepções da arte e de seu ensino, consideram-se alguns
campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo
desta disciplina: O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto
artísticos em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a
percepção articulam-se numa organização que expressam esses pensamentos e
sentimentos. O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e o processo
criativo. Durante esse processo as forma resultantes das sínteses emocionais e
cognitivas expressam saberes específicos a partir da experienciação com materiais,
técnicas e com elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança,
da Música e do Teatro. O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico
(político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos.
Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do
conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na
experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e da
contextualização histórica. A experinciação irá mobilizar no sujeito, uma percepção da
arte em suas múltiplas dimensões cognitivas de modo a permitir a apreensão plena da
realidade.
Para selecionar os conteúdos foi elaborada uma forma de organização
denominada de conteúdos estruturantes, que podem constituir-se em uma identidade
para a disciplina de arte e em uma prática pedagógica que contemple as quatro áreas
(Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança). Os conteúdos estruturantes são
conhecimentos de maior amplitude, conceitos que constituem em partes importantes
256basilares e fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de arte, fazendo
relação de uma com as outras. Tem-se como conteúdos estruturantes na Educação
Básica: - elementos formais, - composição, - movimentos e períodos, - tempo e espaço.
A disciplina de Arte tem como objetivos gerais:
Levar o aluno a apropriar-se do conhecimento em Arte, por meio de um
processo criador que transforme e real e produza novas maneiras de ver e sentir o
mundo.
Possibilitar ao aluno um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar
da realidade além das aparências, das possibilidades de fruição e expressão artística.
Criar formas singulares de pensamento, apreender suas potencialidades
criativas, a partir das concepções da arte e no conhecimento estético artístico e
contextualizado, possibilitando a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis
relações entre seus elementos constitutivos, visando constituir-se em uma abordagem
fundamental para a compreensão desta disciplina.
Propiciar o trabalho dentro de uma contextualização histórica, situando o
objeto de estudos na realidade em que foi criado compondo fatores sociais,
econômicos, políticos e culturais.
Propiciar leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se
discutir de que formas a indústria cultural interfere e censura as
produções/manifestações culturais com os quais os sujeitos identificam-se.
Pesquisar características particulares da vida do artista/autor que
influenciam seu modo de compor/criar.
Perceber a organização e classificação das obras a partir das
semelhanças de características ligadas à temática.
Reconhecer a maneira peculiar de se expressar, características que
identificam a marca pessoal do artista.
Observar o conjunto de processos e maneiras de utilização da matéria
prima da linguagem.
2572 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte, na Educação Básica,
são os seguintes:
−elementos formais;
−composição;
−movimentos e períodos, e
−tempo e espaço.
5ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica, penta tônicacromática maior, menor, ImprovisaçãoGêneros: erudito, popular
Greco-RomanaOrientalOcidentalIdade MédiaMúsica Popular (folclore)
6ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
RitmoMelodiaEscalasEstrutura Gêneros: folclórico, popular, étnico
Música popular e étnica (ocidental e oriental) BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimento
258Intensidade
Densidade
Técnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação
NeoclássicaCaipira/Sertanejo Raiz
7ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
Sonoplastia
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Sertanejo pop
Vanguardas
Clássica8ª SÉRIE – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporâneaHip Hop, Rock, Punk Romantismo
259
5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalIdade MédiaArte Popular (folclore)Arte Pré-HistóricaRenascimentoBarroco
6ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...Gêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.
Arte indígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseAbstracionismoExpressionismoImpressionismo
2607ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura...Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.
Indústria CulturalArte DigitalVanguardasArte ContemporâneaArte CinéticaOp ArtPop ArtClassicismo
8ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnica: Pintura, desenho, performance...Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano
RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoPré-colombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo
261
5ª SÉRIE – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo.Adereços
Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro Popular
6ª SÉRIE – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação,Leitura dramática,Cenografia.Gêneros: Rua, Comédia, arena,Caracterização
Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...
Comédia dell' arteTeatro PopularTeatro Popular Brasileiro e Paranaense
262
7ª SÉRIE – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredo
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoVanguardasClassicismo
8ª SÉRIE – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo
263
5ª SÉRIE – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
EixoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoTécnica: ImprovisaçãoGênero: Circular
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalIdade MédiaArte Popular (folclore)
6ª SÉRIE – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Gênero: Folclórica, popular, étnicaPonto de ApoioFormaçãoRotaçãoCoreografiaSalto e quedaNíveis (alto, médio e baixo)
Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaRenascimento
264
7ª SÉRIE – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural, espetáculo
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaDança Clássica
8ª SÉRIE – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de ApoioNíveis (alto, médio e baixo)RotaçãoDeslocamentoGênero: Salão, espetáculo, modernaCoreografia
Arte EngajadaVanguardasDança ContemporâneaRomantismo
265ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, PopTécnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano
ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo Visual
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-Americana
266
ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
267ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas
referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
268abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
3 - METODOLOGIA
Os conteúdos da disciplina de Arte serão abordados através da análise
das formas de como a arte é compreendida no cotidiano e de como os alunos se
defrontam com o problema de conceituá-la e também da criação de formas singulares
de pensamento, aprender e expandir suas possibilidades criativas.
Analisar com o aluno o espaço no qual se reflete e se discute a realidade,
sendo a prática social a partida para as problematizações, possibilitando para que
tenham suas próprias descobertas usando materiais diversificados, e também
proporcionando leituras sobre signos existentes na cultura de massa para se discutir
de que formas a indústria cultural interfere e censura as produções.
Proporcionar ao aluno a leitura e interpretação das
produções/manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o estabelecimento de
relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia, bem como a elaboração dos
trabalhos artísticos individuais ou em grupos.
O desenvolvimento desta disciplina deve possibilitar aos alunos o acesso
às obras artísticas de música, teatro, dança e artes visuais para que os mesmos
possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte.
269O tratamento dos conteúdos básicos se dá por meio da experiência
estética, que mobilizará no sujeito uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões
cognitivas.
Partindo da concepção adotada nas Diretrizes Curriculares, e em
consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola, o tratamento dos conteúdos
deverá considerar:
as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as várias
dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como produção
cultural;
as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida para
ampliação dos saberes em arte;
as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas linguagens artísticas;
a experimentação como meio fundamental para re-significação desse componente
curricular, levando em conta que a prática favorece o desenvolvimento e o
reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.
Serão utilizados os seguintes instrumentos para o desenvolvimento dos
conteúdos:
•leitura compreensiva de textos;
•produção de textos (música, parlendas e outros)
•palestra/ apresentação oral
•atividades de criação (esculturas, pinturas...)
•debate
•atividades com textos literários
•atividades a partir de recursos audiovisuais
•trabalho em grupo.
270
4. AVALIAÇÃO
Para se tratar da avaliação em arte, é necessário referir-se ao
conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos
experiências (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consiste, e é
fundamentada, permitindo ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos
estudados e produzidos, possibilitando oportunidades para o aluno apresentar, refletir
e discutir a sua produção e as dos colegas, sem perder de vista a sensibilidade na
aprendizagem da linguagem artística.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive
aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de
ensino e de aprendizagem.
A avaliação será realizada através da observação e do registro dos
caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os
avanços e dificuldades percorridas em suas criações/produções, individual e coletiva.
Essa análise se dará em todo o processo de construção dos alunos, ou seja, até o seu
percurso final, com os produtos de suas aprendizagens, trabalhos artísticos, pesquisas,
provas teóricas e práticas, entre outras.
271
5 - REFERÊNCIAS
ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino
Fundamental e Médio. Paraná: SEED, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de Arte – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
272
Proposta Curricular de Língua Portuguesa
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa, historicamente, seguiu uma concepção
normativista de linguagem, cuja ação pedagógica era assumida ou ditada pelos livros
didáticos. Assim, excluía-se, do processo de aquisição e aprimoramento da língua
materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando-se, no ensino da Língua Materna,
no repasse de regras e nomenclaturas da gramática tradicional.
E, também, o tratamento dado à Literatura, nos livros didáticos,
direcionava a uma prática pedagógica que privava o aluno do contato com a
integralidade dos textos literários na medida em que propunha a leitura de resumos,
lidos nos fechados limites da historiografia de seus autores.
Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o ensino de Língua
Portuguesa/Literatura, hoje, tem como enfoque as práticas discursivas - prática da
oralidade, prática da escrita, levando em consideração o processo dinâmico e histórico
dos agentes na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela
interagem. A gramática – análise linguística – será estudada por meio, então, dessas
práticas discursivas.
A linguagem, nessa concepção, é vista como ação entre sujeitos históricos
e socialmente situados que se constituem uns aos outros, em suas relações dialógicas.
Na medida em que possibilita a interação e a constituição humana, ela pode ser
considerada como trabalho e produto do trabalho.
Considera-se, ainda, a perspectiva do multi letramento nas práticas a
serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/ Literatura, tendo em vista o papel
de suporte para o conhecimento exercido pela língua materna. Multi letramento, aqui,
273significa que compreender e produzir textos não se restringe ao trato do verbal (oral ou
escrito), mas a capacidade de colocar-se, em relação as diversas modalidades de
linguagem – oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos – para
delas tirar sentido.
Diante do exposto, pode-se entender que as práticas da linguagem,
enquanto fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir
humano, potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar. Assim o conteúdo
estruturante de Língua Portuguesa/Literatura é o discurso enquanto prática social.
Tem-se como objetivos gerais da disciplina:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio
de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento crítico
e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
274
2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS E
3.METODOLOGIA E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Leitura
Identificação do tema
Interpretação textual,
Observando:
Conteúdo temático
Interlocutores
Fonte
Intertextualidade
Informatividade
Intencionalidade
Marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
Inferências
275ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos
Inferências de informações implícitas
Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
Relato de experiências significativas relacionando ao assunto do texto
Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Realize leitura compreensiva do texto;
•Localize informações explícitas no texto;
•Emita opiniões a respeito do que leu;
•Amplie o horizonte de expectativas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade
•Adequação ao gênero:
•Conteúdo temático
•Elementos composicionais
•Marcas linguísticas
•Variedades linguísticas
•Intencionalidade do texto
•Papel do locutor e do interlocutor:
•Participação e cooperação
•Particularidades de pronúncia de algumas palavras
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
276ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
Apresentação de textos produzidos pelos alunos
Contamento de histórias
Narração de fatos reais ou fictícios
Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de desenhos/programa
infanto-juvenis, reportagem...
Análise dos recursos próprios da oralidade
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,
informal)
•Apresente clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita
Adequação ao gênero:
•Conteúdo temático
•Elementos composicionais
•Marcas linguísticas
•Argumentação
•Paragrafação
•Clareza de ideias
•Re facção textual.
277ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
Discussão sobre o tema a ser produzido
Seleção do gênero, finalidade, interlocutores
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhando
Produção textual
Revisão textual
Re-estrutura e re-escrita textual.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Expresse suas ideias com clareza
•Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta
(gênero, interlocutor, finalidade...).
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise Linguística
•Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
•Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto
•Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto
•A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
•Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,
•Acentuação gráfica
•Processo de formação de palavras
•Gírias
•Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia...)
•Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal
•Particularidades de grafia de algumas palavras
278
ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
De gêneros selecionados para leitura ou audição;
Das dificuldades apresentadas pela turma.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
Diferencie a linguagem formal da informal;
Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação do artigo,
dos pronomes...
Amplie o léxico.
Lei 11645/08
Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira
e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a
fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do
país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,
na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que
integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental
e médio.
279EDUCAÇÃO NO CAMPO:
O conteúdo estruturante: Discurso
Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita
Conteúdos específicos:
* Valorização da vida no campo;
* Valorização da vida do homem do campo;
* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);
* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;
* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;
* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);
* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;
* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;
* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados
necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;
* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;
* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;
* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a
exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.
2806ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Leitura
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados,
intertextualidade, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas;
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e
informal.
Texto verbal e não-verbal.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
Leitura das informações implícitas nos textos;
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor;
Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto;
Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:
Identifique o tema abordado no texto;
Realize leitura compreensiva do texto;
Identifique informações implícitas nos textos;
Estabeleça relação causa/ consequência entre partes e elementos do texto;
Compreenda a finalidade e as intenções do texto;
Amplie o horizonte de expectativas.
281
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade
Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
Variedades linguísticas;
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e do interlocutor: Participação e cooperação;
Particularidades de pronúncia de algumas palavras.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
Contamento de histórias;
Seleção de discurso de outros, como: Notícias, cenas de novelas/filmes,
entrevistas, programas humorísticos;
Análise dos recursos próprios da oralidade;
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);
Apresente com clareza de ideias ao se colocar diante dos colegas;
Compreenda as intenções do discurso do outro.
282CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita
Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Linguagem formal/informal;
Argumentação;
Coerência e coesão textual;
Organização das ideias/parágrafos;
Finalidade do texto;
Re facção textual.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Produção;
Discussão sobre o tema a ser produzido;
Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
Orientação sobre contexto social de uso do gênero trabalhado;
Proposta de produção textual;
Revisão textual;
Re-estrutura e re-escrita textual.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:
Expresse suas ideias com clareza;
Produza textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,
interlocutor, finalidade);
Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal.
283
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise Linguística
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto;
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen;
Acentuação gráfica;
Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
A representação do sujeito no texto (expressivo/ elíptico; determinado/
Indeterminado; ativo/ passivo);
Neologismo;
Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese);
Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;
Linguagem digital;
Semântica;
Particularidades de grafia de algumas palavras;
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
gêneros selecionados para leitura ou escuta;
Textos produzidos pelos alunos;
Dificuldades apresentadas pela turma;
284AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:
Diferencie a linguagem formal da informal;
Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,
dos pronomes;
Amplie o léxico;
Compreenda a diferença entre discurso direto e indireto;
Perceba os efeitos de sentido causados pelas figuras de pensamentos nos textos.
Lei 11645/08
Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira
e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a
fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do
país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,
na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que
integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental
e médio.
EDUCAÇÃO NO CAMPO:
O conteúdo estruturante: Discurso
Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita
Conteúdos específicos:
* Valorização da vida no campo;
* Valorização da vida do homem do campo;
285* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);
* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;
* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;
* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);
* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;
* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;
* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados
necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;
* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;
* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;
* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a
exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.
7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Leitura
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade,
informatividade, marcas linguísticas;
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
As diferentes vozes sociais representadas no texto;
Linguagem verbal, não verbal, midiático, infográficos, etc;
Relações dialógicas entre textos.
286ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Consideração dos conhecimentos prévios;
Inferências no texto;
Discussão sobre: finalidade do texto; fonte, interlocutor;
Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc;
Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Emita opiniões a respeito do que leu;
Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;
Estabeleça relações dialógicas entre os textos lidos e os ouvidos;
Identifique efeitos de ironia ou humor em textos variados;
Amplie o horizonte de expectativas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade
Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Coerência global do discurso oral;
Variedades linguísticas;
Papel do locutor e do interlocutor: Participação, cooperação, turnos de fala;
Particularidades dos textos orais;
Elementos extralinguísticos : entonação, pausas, gestos;
Finalidade do texto oral.
287
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
Dramatização de textos;
Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral;
Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa
redonda, cena de novela/ programação, reportagem, debate;
Análise dos recursos próprios dos gêneros orais;
Orientação sobre contexto social de uso do gênero trabalhado.
AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);
Reconheça as intenções dos discursos de outros;
Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita
Adequação ao gênero: Conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Argumentação;
Coerência e coesão textual;
Paráfrase de textos;
Paragrafação;
Re facção textual.
288ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Discussão sobre o tema a ser produzido;
Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado;
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
Produção textual;
Revisão textual;
Re-estrutura e re-escrita textual.
AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno
Produza textos atendendo às circunstâncias de produção proposta (gênero,
interlocutor, finalidade);
Elabore argumentos consistentes;
Produza textos respeitando a sequência lógica;
Adeque o texto ao tema proposto.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise Linguística
Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;
Conotação e denotação;
A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos);
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
289Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
Acentuação gráfica;
Figuras de linguagem;
Procedimentos de concordância verbal e nominal;
A elipse na sequência do texto;
Estrangeirismos;
As irregularidades e regularidades da conjugação verbal;
A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
Complementação do verbo e de outras palavras.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do
contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
Gêneros selecionados para leitura ou escuta;
Textos produzidos pelos alunos;
Dificuldades apresentadas pela turma.
AVALIAÇÃO : Espera-se que o aluno
Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,
dos pronomes;
Amplie o vocabulário;
Identifique a concordância presente em textos longos e de estruturas complexas;
290Reconheça quando e como estabelecer complementação do verbo e de outras
palavras;
Utilize as flexões verbais para indicar diferentes de tempo e modo.
Lei 11645/08
Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira
e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a
fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do
país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,
na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que
integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental
e médio.
EDUCAÇÃO NO CAMPO:
O conteúdo estruturante: Discurso
Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita
Conteúdos específicos:
* Valorização da vida no campo;
* Valorização da vida do homem do campo;
* Recriação de história de vida dos alunos do campo (após escrita);
* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;
* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;
* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);
* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;
291* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;
* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados
necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;
* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;
* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;
* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a
exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.
8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDO ESPECÍFICO: Leitura
•Interpretação textual, observando: Conteúdo temático, interlocutores, fonte,
intencionalidade, intertextualidade, ideologia, informatividade, marcas linguísticas;
•Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
•Informações implícitas em textos ;
•As vozes sociais presentes no texto;
•Estética do texto literário;
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
•Consideração dos conhecimentos prévios;
•Inferências sobre informações implícitas no texto;
•Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor;
•Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;
292•Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Realize leitura compreensiva do texto;
•Identifique a tese de um texto;
•Identifique a finalidade de textos de diferentes gêneros;
•Estabeleça relações dialógicas entre os textos ;
•Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;
•Identifique as informações implícitas no texto;
•Reconheça efeitos de humor provocados pela ambiguidade em textos verbais e não
verbais;
•Amplie o horizonte de expectativas
CONTEÚDO ESPECÍFICO: Oralidade
•Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
•Variedades linguísticas;
•Intencionalidade do texto oral;
•Argumentação;
•Papel do locutor e do interlocutor: turnos da fala;
•Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•Exposição oral de trabalhos/textos produzidos;
293•Dramatização de textos;
•Apresentação de seminários, debates, entrevistas;
•Seleção de discurso de outros, como: reportagem, seminário, entrevista, reality show;
•Análise dos recursos próprios da oralidade;
•Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);
•Produza argumentos convincentes;
•Reconheça as intenções no discurso do outro;
•Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto
oral.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: Escrita
•Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
•Argumentação;
•Resumo de textos;
•Paragrafação
•Paráfrase
•Intertextualidade;
•Re facção textual.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
294
•Discussão sobre o tema a ser produzido;
•Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
•Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado;
•Produção textual;
•Revisão textual;
•Re-estrutura e re-escrita textual.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta
(gênero,interlocutor, finalidade);
•Adeque o texto ao tema e à linguagem;
•Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições;
•Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
CONTEÚDO ESPECÍFICO: Análise linguística
•Conotação e denotação;
•Coesão e coerência textual;
•Vícios de linguagem;
•Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
•Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que se
diz, como: felizmente, comovedoramente...);
•Semântica;
•Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
295•Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos
do texto;
•A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
•Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
•Acentuação gráfica;
•Estrangeirismos, neologismos, gírias;
•Procedimentos de concordância verbal e nominal;
•Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
•A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
•Coordenação e subordinação nas orações do texto.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•Estudos dos conhecimentos linguísticos a partir: gêneros selecionados para leitura ou
escuta;
•Textos produzidos pelos alunos;
•Das dificuldades apresentadas pela turma.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
•Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de
comparação);
•Utilize adequadamente recursos linguísticos, como uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes;
296•Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições
argumentativas;
•Distingua o sentido conotativo e denotativo.
Lei 11645/08
Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira
e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a
fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do
país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,
na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que
integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental
e médio.
EDUCAÇÃO NO CAMPO:
O conteúdo estruturante: Discurso
Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita
Conteúdos específicos:
* Valorização da vida no campo;
* Valorização da vida do homem do campo;
* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);
* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;
* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;
* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);
297* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;
* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;
* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados
necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;
* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;
* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;
•Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a exemplo:
capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDO ESPECÍFICO: Leitura
•Interpretação textual, observando: Conteúdo temático, interlocutores, fonte,
intencionalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade, marcas linguísticas;
•Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
•Inferências;
•As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e
informal;
•As vozes sociais presentes no texto;
•Relações dialógicas entre textos;
•Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc;
•Estética do texto literário;
298•Contexto de produção da obra literária;
•Diálogo da literatura com outras áreas.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
•Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
•Leitura de informações implícitas nos textos;
•Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
•Referente à literatura, selecionar obras que contemplem os diversos movimentos
literários;
•Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
Identifique o tema e a finalidade do texto;
Estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos;
Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos
que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção ;
Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos,
mapas, infográficos, fotos)
Identifique informações implícitas nos textos;
Identifique informações em textos com alta complexidade linguística.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Oralidade
299Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Variedades linguísticas;
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos da fala;
Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...)
Finalidade do texto oral;
Materialidade fônica dos textos poéticos.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
Dramatização de textos;
Narração de fatos reais ou fictícios;
Seleção de discurso de outros, como: filme, entrevista, cena de novela/ programa,
debate, mesa redonda, reportagem;
Análise dos recursos próprios da oralidade;
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);
Reconheça a intenção do discurso do outro;
Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias;
300Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um
texto oral.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escrita
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Argumentação;
Coesão e coerência textual;
Finalidade do texto;
Paragrafação;
Paráfrase de textos;
Resumos;
Diálogos textuais;
Re facção textual.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Discussão sobre o tema a ser produzido;
Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
Orientação sobre contexto social de uso do gênero trabalhado;
Produção textual;
Revisão textual;
Re-estrutura e re-escrita textual.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
301Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero,
interlocutor, finalidade...)
Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal;
Elabore argumentos consistentes;
Produza textos respeitando o tema;
Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou
substituições;
Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Análise linguística
Conotação e denotação;
Figuras de pensamento e linguagem;
Vícios de linguagem;
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
Expressões modalizadoras ( que revelam a posição do falante em relação ao que
diz, como: felizmente, comovedoramente...)
Semântica;
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto;
Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
Progressão referencial no texto;
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
Coordenação e subordinação nas orações do texto;
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
302Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
Acentuação gráfica;
Gírias, neologismos, estrangeirismos;
Procedimentos de concordância verbal e nominal;
Particularidades de grafia de algumas palavras.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: gêneros selecionados para leitura ou
escuta;
Textos produzidos pelos alunos;
Dificuldades apresentadas pela turma.
AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:
Distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como o uso da pontuação, do artigo,
dos pronomes;
Identifique marcas de coloquialidade em textos que usam a variação linguística
como recurso estilístico;
Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto ( de causa, de tempo, de
comparação...)
Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições
argumentativas;
Amplie o horizonte de expectativas.
303Lei 11645/08
Serão contemplados também conteúdos sobre a história e cultura afro-brasileira
e indígena por meio de análise e reflexão a respeito da diversidade cultural e racial a
fim de se reconhecer os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do
país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento,
na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, lei nº 11.645/03/08 que
integra a história e cultura afro-brasileira e indígena ao currículo do ensino fundamental
e médio.
EDUCAÇÃO NO CAMPO:
O conteúdo estruturante: Discurso
Conteúdos básicos: Leitura, oralidade, escrita
Conteúdos específicos:
* Valorização da vida no campo;
* Valorização da vida do homem do campo;
* Recriação de história de vida dos alunos do campo ( após escrita);
* Interpretação de músicas e poesias, sertaneja e de viola;
* Inferência de informações implícitas e explícitas nas poesias/ músicas;
* História em quadrinhos (linguagem coloquial, linguagem culta);
* Leitura de fábulas, provérbios e cantigas diversas;
* Filmes e documentários que retratam a beleza do campo;
* Debate sobre o uso de agrotóxicas: como são utilizados, quais os cuidados
necessários, como é feito o retorno dos recipientes utilizados;
* Questionamentos sobre queimadas e seus efeitos negativos;
304* Vocábulos e expressões próprias da cultura campestre;
* Estudo da semântica e da morfologia de vocábulos utilizados no meio rural, a
exemplo: capinar, capar, roçar, derradeiro, amoitar, apear, percurar, entre outros.
4 – AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua ao longo do desenvolvimento dos conteúdos,
considerando-se os alunos como sujeitos do seu processo de ensino-aprendizagem.
Respeitando as especificidades da disciplina de Língua Portuguesa, a avaliação deve
estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar da escola, com
critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de
ensino e aprendizagem, sendo contínua, levando em consideração o que preconiza a
LDB/EN nº 9.394/1996.
A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:
- 6,0 pontos em duas avaliações escritas;
- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de
textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de
filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.
Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a
recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.
305
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de Língua Portuguesa – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Língua Portuguesa – Ensino Fundamental e
Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo:
Parábola, 2003.
GERALDI, João W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.
MARCUSHI, L. A. Da fala para a escrita. São Paulo: Ática, 2001.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PERINI, Mário A. Sofrendo a Gramática. São Paulo: Ática, 1999.
306
Proposta Pedagógica Curricular de Biologia
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA.
Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais
levou o Homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como
parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a
sobrevivência humana.
Desde o Homem primitivo, caçador e coletor, as observações dos
diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram
registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em
explorar a natureza.
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino
Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si,
mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que
representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-
se, na História da Ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas,
econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
307Pensamento biológico descritivo
A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem
na Antiguidade. Na idade Média, a igreja tornou-se uma instituição poderosa tanto no
aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o
Universo, vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela Igreja Católica o que o
transformou em dogma.
Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e
considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia
uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW, 2002, p.13).
A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento
produzido pelo homem fez surgir as primeiras universidades medievais, nos séculos IX
e X, como as da Bolonha e Paris, sistematizando o conhecimento acumulado durante
séculos e discutindo-o de maneira distinta do que ocorria nos centros religiosos. Mesmo
sob influência da igreja, as divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais
prenunciaram mudanças de pensamento em relação as concepções, até então
hegemônicas, sobre aqueles fenômenos.
Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-
teológica medieval, os conceitos sobre o homem passaram para o primeiro plano,
iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse
movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação de idéias antigas
e emergência de novos modelos.
A ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita às
interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores
e ideologias, as necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Ao
mesmo tempo que sofre a sua interferência, nelas interfere (ARAÚJO, 2002, ANDERY,
1988).
E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado.
Assim a uma ideia atribui-se valor quando ela pode ser frequentemente usado como
308resposta às questões postas. Entretanto essa ideia, quando conservada em detrimento
do questionamento formativo pode constituir-se em um obstáculo ao desenvolvimento
do conhecimento científico bem como à aprendizagem científica.
Pensamento biológico mecanicista
Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a
natureza de forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um
método cientifico a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições
desse período histórico, o pensamento do filosofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu
para uma nova visão de Ciência, pois recuperou o domínio do homem sobre a
natureza. Ao introduzir suas ideias, propôs um procedimento de investigação que
“substitui a revelação mística da verdade pelo caminho no qual ela é obtida pelo
controle metódico e sistemático da observação” (FEIJÓ, 2003, p.18). Contrapondo-se à
filosofia aristotélica, a qual influenciou, por séculos, o modo de entender e explicar o
mundo.
Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578-
1657), que segundo Descartes, possuía “(...) uma visão de mundo baseada em uma
filosofia mecanicista” publica a obra De Modus Cordis, em 1628 propondo um novo
modelo referente à circulação do sangue, resultante de experiências com corpo
humano. Este modelo foi acolhido como uma das bases mais consistentes do que viria
a se construir como pensamento biológico mecanicista. (DELIZOICOV, 2006, p. 282).
Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamento
sobre a origem da VIDA. As ideias sobre geração espontânea, aceitas pelos
naturalistas até o século XIX, começaram a ser contrariadas no século XVII quando o
físico italiano Francesco Redi (1626-1698), entre outros, apresentou estudos sobre a
biogênese.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a investigação e o
aperfeiçoamento de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e
fisiológica. Para entender o funcionamento da VIDA, a biologia fracionou os organismos
309vivos em partes cada vez mais especializadas e menores, com o propósito de
compreender as relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas.
Pensamento biológico evolutivo
Evidencias sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento
científico europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em
confronto com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a
evolução biológica, cada vez mais foi confrontada.
No fim do século XVIII e inicio do século XIX, a imutabilidade de VIDA foi
questionada com as evidencias do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre
mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentadas principalmente por
Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e por Jean-Baptiste de
Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829).
No século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)
apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies.
Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram
origem evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção
natural sobre a ação individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies,
assentada no ponto de intersecção entre o pensamento cientifico e filosófico. A ideia de
propor generalizações teóricas sobre os seres vivos e sugerir evidencias científicas,
não mais teológicas, permitiu pensar também na mobilidade social do homem.
As leis que regula a hereditariedade, tal como foi proposto por Gregor
Mendel (1822-1884), monge agostiniano e estudioso das ciências naturais, eram
desconhecidas de Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a hereditariedade
defendia a herança por misturas, nas quais patrimônios heterogêneos dariam origem à
homogeneidade entre indivíduos de uma espécie, o que reforçaria o fixismo.
No século XIX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de
Mendel e provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu para a
310construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao
material genético, sob influencia do pensamento biológico evolutivo.
O pensamento biológico da manipulação genética
A biologia então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma
dessas áreas é a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos
interesses biológicos na atualidade. Os avanços dessa área, sobretudo os relativos à
bioquímica, à biofísica e a própria biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de
inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por exemplo,
ao conhecer a estrutura e a função dos cromossomos foi possível compreender,
manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes
alterações biológicas.
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e
põem em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno
VIDA. Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se
construa como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação
genética.
A disciplina de Biologia no currículo escolar brasileiro
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da historia
da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos
em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
No Brasil, a primeira tentativa de organização do ensino corresponde ao
atual Ensino Médio foi a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1838.
Nessa organização havia poucas atividades dedicadas às Ciências como a Historia
Natural, Química, Física e a Matemática, com predomínio da formação humanista.
Entendida como busca da verdade, com base no pensamento
mecanicista, a Ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja
metodologia estava centrada em aulas expositivas, com adoção de livros didáticos
311importados da Franca que traziam informações atualizadas relativas à área. Era
adotado o método experimental como instrumento de reforço à teoria científica.
Em 1960 materiais reforçavam a importância de trazer para escola
conhecimentos atualizados da Biologia, com atenção especial à evolução. Por conta da
influencia do pensamento neodarwinista, uma das criticas a esse material foi a ênfase
no ensino do método científico e na pedagogia da resolução de problemas através da
investigação científica. Por esse enfoque pedagógico, seria iniciada na escola a
formação de futuros cientistas.
Ainda nessa década, conforme Krasilchick (2004), três fatores provocaram
alterações no ensino de Ciências no Brasil:
- o progresso da Biologia;
- a constatação internacional e nacional da importância do ensino de
Ciências como fator de desenvolvimento;
- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 4024, de 2 de
dezembro de 1961, que transferiu as decisões curriculares da administração federal
para um sistema de cooperação entre a União, os Estados e Municípios.
Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as
questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova
concepção sobre o ensino e passou-se a discutir implicações sociais do
desenvolvimento tecnológico e científico.
Ao final da década de 1980 e inicio da seguinte, no Estado do Paraná, a
Secretaria de Estado da Educação propôs o Programa de Re-estruturação do Ensino
de segundo grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico-critica, na qual o
conteúdo é visto como produção histórica e social o qual a educação escolar tem a
obrigação de oferecer e o aluno tem o direito de conhecer. A abordagem desses
conteúdos deve se dar na interação com a realidade concreta do aluno. Esse novo
programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.
312A biologia, como construção do processo de construção científica deve ser
entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento
humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma das formas de
conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas
necessidades matérias desde em cada momento histórico.
A disciplina de Biologia tem como objetivos gerais:
- Identificar e comparar as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Estabelecer as características especificas dos micro-organismos, dos
organismos vegetai e animais, e dos vírus;
- Classificar os seres vivos quanto ao n° de células (unicelular e pluricelular), tipo
de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
- Conhecer e compreender a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos.
- Compreender a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Identificar a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
- Reconhecer a importância e identificar os mecanismos bioquímicos e biofísicos
que ocorreram no interior das células;
- Compreender os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
- Comparar e estabelecer diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
frequentes nos sistemas biológicos (histologia).
- Conhecer e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução
das espécies;
- Reconhecer a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade
dos seres vivos;
313- Compreender o processo de transmissão das características entre os seres
vivos;
- Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
- Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção
do equilíbrio dos ecossistemas;
- Conhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o
meio em que vivem.
- Identificar algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
- Compreender a evolução da historia da construção dos conhecimento
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de
problemas sócio-ambientais;
- Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo
homem na diversidade biológica;
- Analisar e discutir interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos
da pesquisa científica.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos devem ser elaborados de forma integrada, destacando os
aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-os a conceitos
oriundos das diversas ciências de referência à Biologia. Tais relações deverão ser
desenvolvidas ao longo do Ensino Médio num aprofundamento conceitual e reflexivo,
com garantia do significado dos conteúdos para formação do aluno neste nível de
ensino.
O estudo dos organismos – vírus, bactérias, protozoários, fungos, animais e
vegetais – possibilita a compreensão da vida como manifestação de sistemas
314organizados e integrados em constante interação com o ambiente físico-químico e não
deve se restringir apenas aos estudos de Linné, mas devem ser enfatizados os avanços
da Biologia no campo celular, nas abordagens genética, evolutiva e ecológica, e em
temas atuais envolvendo a manipulação de material genético.
Os conteúdos estruturantes são:
•Organização dos seres vivos
Apresenta uma proposta que torna possível conhecer a organização dos seres
vivos relacionando-os à existência de características comuns entre estes e sua origem
única (ancestralidade comum). A classificação dos seres vivos é uma tentativa de
compreender toda uma diversidade biológica, agrupando e categorizando as espécies
extintas e existentes. Baseada na visão microscópica e descritiva da natureza, porém
sempre apontando para concepção evolutiva, com o propósito de compreender o
processo de re-elaboração dos conceitos científicos na Biologia.
Conteúdos Básicos:
Classificação dos seres vivos;
Níveis de organização dos seres vivos: micro-organismos, organismos vegetais e
animais, vírus.
•Mecanismos Biológicos
Para compreender o funcionamento das estruturas e dos sistemas orgânicos
que compõe os seres vivos, fez-se necessário pensar o organismo de forma
fragmentada, separada, numa visão microscópica do mundo natural, mas é
indispensável unir tais conhecimentos à organização dos seres vivos com o propósito
de compreender a construção científica na Biologia.
Apresenta uma proposta que privilegia o estudo dos mecanismos que explicam
como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Neste contexto, propõe-se o
estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos
315sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. O objetivo final é
transformar para uma visão evolutiva, com o propósito de compreender a construção de
conceitos científicos em Biologia.
Conteúdos Estruturantes:
Critérios de classificação: n° de células, organização celular, formas de obtenção
de energia e reprodução;
Filogenia e taxonomia comparada;
Sistemas biológicos comparados: anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia;
Teoria celular, mecanismos celulares, biofísica e bioquímica celular.
•Biodiversidade
Sendo a biodiversidade um sistema complexo de conhecimento biológico
interagindo num processo integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, a
diversidade dos seres vivos tem sofrido transformações, pretende-se discutir formas de
garantir que todos esses processos continuem ocorrendo na natureza.
Apresenta uma proposta que torna possível a reflexão e indução à busca de
novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito de biodiversidade.
Entende-se por biodiversidade um sistema complexo de conhecimentos biológicos
interagindo num processo integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, a
diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a
natureza, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido
transformações. Pretende-se com esse conteúdo discutir o respeito pelos quais os
seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem
relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.
316Conteúdos Básicos:
Evolução e diversidade da vida: teorias sobre o surgimento dos primeiros seres
vivos, evidências evolutivas, adaptações e teorias evolutivas, origem das espécies;
Transmissão das características hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência
com o ambiente.
•Manipulação Genética
A abordagem dos conteúdos específicos deste conteúdo estruturante permite
perceber como a aplicação dos conhecimentos biológicos utilizados nos avanços da
genética molecular, nas biotecnologias aplicadas (fertilização in vitro, células – tronco,
clonagem, eutanásias, transgênicos) interfere e modifica o contexto da vida da
humanidade, necessitando assim, da participação e da crítica de cidadãos
responsáveis pela VIDA.
Apresenta uma proposta voltada para as implicações da engenharia genética
sobre a VIDA, considerando-se que, com os avanços da biologia molecular, há a
possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos.
Conteúdo Básico:
Organismos geneticamente modificados.
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas
referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
317etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
3 – METODOLOGIA
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na
disciplina de Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter
provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar
conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, político, econômico e
cultural.
Utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórica –
crítica centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às
camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação para a
transformação da realidade.
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes
estratégias de ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o
retorno à prática social (GASPARIN, 2002: SAVIANI, 1997).
318Prática social: Caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é
perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de
uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser
trabalhado.
Problematização: é o momento para detectar e apontar as questões que
precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência, estabelecer
que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões, e as exigências
sociais de aplicação desse conhecimento.
Instrumentalização: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados
para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal
e profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem.
Catarse: é fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de
conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos
culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, assim sendo, o
aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou
seja, passa da ação para a conscientização.
Retorno à prática social: caracteriza-se pelo retorno à prática social, com o
saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que
impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de compreensão
sincrética apresentada pelo aluno no início do processo, passa de um estágio de menor
compreensão, explicitada numa visão sintética. Neste contexto, o processo educacional
põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.
Utilizar recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a
experimentação, as analogias, entre tantos outros, devem ser utilizados no sentido de
possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus
pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender
envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse processo
319acarreta o encontro e o confronto das diferentes ideias que circulam em sala de aula. O
uso de diferentes imagens de vídeo, transparências, fotos e as atividades
experimentais, são recursos utilizados com frequência nas aulas de Biologia e
requerem uma problematização em torno da questão demonstração-interpretação. Uma
aula experimental, seja ela de manipulação de material ou demonstrativa, também
representa um importante recurso de ensino.
Trabalhar com propostas diferenciadas e de acordo com as necessidades sociais
dos alunos como textos didáticos, trabalhos individuais e em equipe, entrevistas, aulas
expositivas, aulas demonstrativas, resolução de problemas, pesquisa em relação ao
homem-ambiente e também jogos didáticos.
Assim, ao utilizar-se desta estratégia metodológica e retomando as
metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceitual apresentados
nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização da
estratégia acima apresentada e considerar os princípios metodológicos utilizados
naquele momento histórico, porém, adequados ao ensino neste momento histórico.
Será proposto ao aluno:
•Pesquisas em revistas, livros e jornais de fatos cotidianos do aluno;
•Trabalhos em grupo;
•Montagem de painéis;
•Debates;
•Coletas de materiais para amostragem;
•Exposição e apresentação de trabalhos;
•Práticas laboratoriais;
•Construção de maquetes;
•Leituras de textos atuais;
•Relatórios;
•Exibição de filmes;
•Confecção de cartazes;
320•Entrevistas;
•Visitas;
•Projeto FERA;
•Projeto COMCIÊNCIA.
4 – AVALIAÇÃO
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora, desse modo, a
avaliação em Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pressupõe-se tomada de decisão,
onde o aluno toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se
para as mudanças necessárias. Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê
um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do
ano letivo. Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a
fim de superar os obstáculos. A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e somativa,
através de diversos instrumentos como relatos escritos, trabalhos, pesquisas,
seminários e atividades gerais.
Esperando que o aluno:
- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
- Estabeleça as características especificas dos micro-organismos, dos
organismos vegetais e animais, e dos vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao n° de células (unicelular e pluricelular),
tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
- Conheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos.
321- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
- Reconheça a importância e identificar os mecanismos bioquímicos e biofísicos
que ocorreram no interior das células;
- Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
- Compare e estabelecer diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
frequentes nos sistemas biológicos (histologia).
- Conheça e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução
das espécies;
- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da
diversidade dos seres vivos;
- Compreenda o processo de transmissão das características entre os seres
vivos;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
- Compreenda a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção
do equilíbrio dos ecossistemas;
- Conheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o
meio em que vivem.
- Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
- Compreenda a evolução da historia da construção dos conhecimento
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de
problemas sócio-ambientais;
322- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo
homem na diversidade biológica;
- Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos
da pesquisa científica.
A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:
- 6,0 pontos em duas avaliações escritas sem consulta;
- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de
textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de
filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.
Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a
recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.
5 – REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares de Biologia Para o Ensino Médio - em revisão. Curitiba. 2007. SEED.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de Biologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006
LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Biologia, volume único. São Paulo: Saraiva,
2007.
323Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente a Disciplina de Educação Física no Brasil sofreu
influências de várias áreas: medicina, pedagogia, psicologia, instrução
mil i tar entre outros. As primeiras sistematizações sobre as práticas
corporais no Brasil são oriundas da Europa e surgiram principalmente pela
preocupação com a saúde, a formação moral e hábitos de higiene.
No início do século XX (1929) a Educação Física tornou-se
obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de seis anos
de idade para ambos os sexos. Isso está relacionado com o esforço de
construção de uma unidade nacional contribuindo para a forte influência
mil i tar nos métodos de ensino da Educação Física nas escolas brasileiras.
O esporte, a partir da década de 1930, começou a popularizar-se,
passando a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de
Educação Física, incentivado por uma polít ica nacionalista que promoveu
as práticas esportivas criando grandes centros esportivos e importando
especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades
esportivas.
Nesta época inicia um intenso processo de difusão do esporte na
sociedade brasileira e consequentemente nas escolas começa
substituindo a instrução mili tar nas aulas de Educação Física.
Durante o estado novo (1937 a 1945) com a promulgação da nova
Constituição, a prática de exercícios físicos se tornou obrigatória em
todos os estabelecimentos de ensino. Os investimentos na Educação
Física, neste período, visam formar o cidadão obediente, forte saudável e
disciplinado que poderiam engrossar as fi leiras mil i tares.
324 As aulas de Educação Física, então, assumiram as normas
esportivas de rendimento, competição, comparação de recordes,
regulamentação rígida e racionalização dos meios e técnicas. A escola
transformou-se num celeiro de atletas, base da pirâmide esportiva.
Com o golpe mili tar no Brasil, em 1964 o esporte teve maior
investimento. Um acordo entre o Ministério de Educação e Cultura – MEC
e United States Agency International for Development – USAID (MEC-
USAID) permitiu que muitos professores de Educação Física
frequentassem, nos Estados Unidos, curso de pós-graduação cujos
fundamentos teóricos pautavam-se na prática esportiva e na aptidão
física. Havia o interesse em formar atletas que representariam o país em
competições nacionais e internacionais.
No mesmo período surgia a corrente pedagógica da
psicomotricidade, que crit icava duramente a corrente esportivista. Essa
nova visão da discipl ina não contribui para sua consolidação como
disciplina com conhecimentos e conteúdos próprios, pois a
psicomotricidade colocou a Educação Física como elemento colaborador
para a aprendizagem dos conteúdos de outras discipl inas.
No início da década de 1980, teve início a abertura polít ica e a
redemocratização social, culminando com o fim da ditadura Mil i tar. O
sistema educacional brasileiro foi reformulado. Houve um movimento de
renovação do pensamento pedagógico da Educação Física surgindo novas
proposições e interrogações acerca da discipl ina como campo de
conhecimento escolar, dir igindo crít icas aos paradigmas da aptidão física
e da esportivização.
Entre as correntes ou tendências progressistas, destacaram-se as
seguintes abordagens:
325- Desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o principal
meio e fim da Educação Física. Constitui o ensino de habilidades motoras
de acordo com uma sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é,
essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem;
- Construtivista: defende a formação integral sob a perspectiva
construtivista-interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao
movimento humano. Essa abordagem se fundamenta também na
psicologia do desenvolvimento.
Vinculadas às discussões da pedagogia crít ica brasileira e às
análises das ciências humanas, sobretudo da Filosofia da Educação e
Sociologia, estão as concepções crít icas da Educação Física, descritas
abaixo. Operam a crít ica da Educação Física a partir de sua
contextualização na sociedade capital ista.
- Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico-
crit ica e estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a
partir de conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a
dança.
O conceito de Cultura Corporal 2 tem como suporte a ideia de
seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado
historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em
saber escolar, partindo do pressuposto de que os alunos possuem um
conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola, e neste
caso também da Educação Física, garantir o acesso às variadas formas
de conhecimento produzidas pela humanidade, levando os alunos a
estabelecer nexos com a realidade, elevando-os a um grau de
conhecimento sintético.
2A Cultura Corporal representa as formas culturais do movimentar-se humano, historicamente produzidas pela humanidade. Nesse sentido,
entende-se que a prática pedagógica da Educação Física no âmbito escolar deve tematizar as diferentes formas e atividades expressivas corporais, sistematizadas aqui nos seguintes conteúdos estruturantes: Esporte; Ginástica; Lutas; Dança; Jogos, Brinquedos e Brincadeiras.
326No final da década de 1980 e início de 1990, no estado do Paraná,
estabeleceram-se as discussões para a elaboração do Currículo Básico. O
reflexo desse contexto para a Educação Física configurou um projeto
escolar com um novo entendimento em relação ao movimento humano,
como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma
forma do homem se relacionar com o mundo.
A rigidez na escolha dos conteúdos, a insuficiente oferta de
formação continuada para consolidar a proposta e, depois, as mudanças
de polít icas públicas em educação dificultaram a implementação dos
fundamentos teóricos e polít icos do Currículo Básico na prática
pedagógica. Por isso, o ensino da Educação Física na escola se manteve,
em muitos aspectos, em suas dimensões tradicionais, ou seja, com
enfoque exclusivamente no desenvolvimento das aptidões físicas, de
aspectos psicomotores e na prática esportiva.
Na década de 1990, concomitante a aprovação da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB nº. 9394/96), o Ministério da Educação
(MEC) apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a
disciplina de Educação Física, que passaram a subsidiar propostas
curriculares nos estados e municípios brasileiros. O que deveria ser um
referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da ideia
de parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e
temas transversais.
Acusados por alguns crít icos de proporem um ecletismo teórico, os
PCN não apresentaram uma coerência interna de proposta curricular. Ou
seja, continham elementos da pedagogia construtivista piagetiana, da
abordagem tecnicista, sob a ideia de eficiência e eficácia, e também,
defendiam o conceito de saúde e qualidade de vida do aluno pautada na
perspectiva da aptidão física.
327As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas valorizaram o
individualismo e a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir
e possibi l i tar o acesso a conhecimentos que possibil i tem aos educandos a
formação crít ica.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná,
entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve
garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente
pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino,
Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o
acesso ao conhecimento e à reflexão crít ica das inúmeras manifestações
ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na
busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser
humano crít ico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto,
mas também agente histórico, polít ico, social e cultural.
A Educação Física na Educação Básica pretende refletir sobre as
necessidades atuais de ensino, superando uma visão fragmentada de
homem, cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crít ica a
respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao
funcionamento da sociedade.
Portanto, a Educação Física permite o entendimento do corpo em
sua abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
f i losófica e polít ica das práticas corporais.
O Ensino da Educação Física deverá democratizar, humanizar e
diversif icar a prática pedagógica, buscando ampliar uma visão não apenas
biológica para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas e sócias
culturais do aluno dando possibi l idade do educando inserir-se no mundo
328em que vive com crit icidade e amadurecimento por meio de sua cultura
corporal.
A Educação Física como área do conhecimento da cultura
corporal de movimento integra o aluno formando cidadão que vai produzi-
la e transformá-la através de seus conteúdos estruturantes,
expressividade corporal do Ensino Fundamental (manifestações da
ginástica, manifestações esportivas, brincadeiras, brinquedos e jogos;
manifestações estético-corporais na dança e no teatro). Ginástica,
esporte, dança, lutas e jogos no Ensino Médio.
Essa visão e o encaminhamento metodológico permitem ao
educando um crescimento intelectual e crít ico dentro da própria discipl ina,
superando as perspectiva anterior, pautada no tecnicismo e na
esportivação das práticas corporais.
Através de seus movimentos, o homem expressa as suas
manifestações da alma, seus mais puros sentimentos que envolvem
alegria, o medo, o amor entre outros, descobrindo como o corpo é
sensível e possui uma l inguagem própria, desvelada pelos gestos a qual
possibi l i ta uma l igação com o mundo.
A Educação Física tem como objetivos gerais:
- Participar de atividades corporais, estabelecendo relações, dignidade e
solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimento;
- Reconhecer-se como elemento integrante do meio ambiente, adotando
hábitos saudáveis de higiene, al imentações e atividades corporais,
relacionando–os com os efeitos com a própria saúde e melhoria da saúde
coletiva;
- Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos,
regulando e dosando o esforço em nível compatível com as
possibi l idades, considerando que o aproveitamento e o desenvolvimento
329das competências corporais decorrem da perseverança e regularidade que
devem ocorrer de modo saudável e equil ibrado, conforme individualidade
do aluno;
- Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência,
elevando–se a condição de planejador de suas práticas corporais;
- Adotar uma postura ativa, praticante de atividades físicas consciente da
importância das mesmas para uma vida saudável;
- Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de
manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-a
como recurso valioso para integração entre pessoas e entre diferentes
grupos sociais e éticos.
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A Educação Física nos apresenta dois conteúdos estruturantes: à
expressividade corporal no Ensino Fundamental e Médio onde contém
seus conteúdos específicos que são: as manifestações esportivas,
manifestações da ginástica, brincadeiras e jogos, além das manifestações
estético-corporais na dança e no teatro. A Educação Física contemplará
também a ginástica, esportes danças, lutas e jogos, que serão
apresentados como conteúdos estruturantes e específico da discipl ina.
Tais conteúdos tanto do Ensino Fundamental como no Médio
deverão ser trabalhados nas séries dos respectivos cursos conforme a
maturidade dos educandos, a especificidade do conteúdo e a sua
complexidade.
Além dos conteúdos estruturantes e específico da discipl ina,
podemos incorporar o que chamamos de elementos articuladores: o corpo
que brinca e aprende manifestações lúdicas, o desenvolvimento corporal,
330construção de saúde e a relação do corpo no mundo de trabalho no
Ensino Fundamental. No Ensino Médio a desportivização, mídia, saúde,
corpo, tática, técnica, lazer e diversidade, são elementos que podem ser
articulados dentro da prática educacional.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
FutebolHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaFutsalXadrez
Jogos e brincadeiras
Brincadeiras de rua / popularesBrinquedosBrincadeiras de rodaJogos de tabuleiroJogos de estafetasJogos dramáticos e de interpretação
DançaDanças folclóricas Atividades de expressão corporalCantigas de roda
GinásticaGinástica artísticaAtividades circensesGinástica natural
Lutas
Judô KarateTaekwondoCapoeira
331
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
Futebol
Handebol
Voleibol
Basquetebol
Atletismo
Tênis de mesa
Futsal
Xadrez
Jogos e brincadeiras
Brincadeiras de rua •Jogos dramáticos e de interpretação•Jogos de raquete e peteca•Jogos cooperativos.•Jogos de estafetas•Jogos de tabuleiro
Dança
Hip Hop: Break
Dança folclórica
Dança criativa
Ginástica
Atividades circenses
Ginástica rítmica
Ginástica artística
Ginástica natural
Lutas
Capoeira
Judô
Karatê
Taekwondo
332
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
Futebol
Handebol
Voleibol
Basquetebol
Atletismo
Futsal
Xadrez
Tênis de mesa
Jogos e brincadeiras
Jogos cooperativos
Jogos intelectivos
Jogos de raquete e peteca
Jogos de tabuleiro
Dança
Hip HopDanças folclóricasDança de ruaDança de salão
Ginástica
Ginástica artísticaGinástica rítmicaGinástica geralAtividades circenses
Lutas
CapoeiraJudôKaratê Taekwondo
333
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
FutebolHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoFutsalTênis de mesaXadrez
Jogos e brincadeirasJogos cooperativosJogos de tabuleiro
DançaDança de salão Dança Folclórica
GinásticaGinástica artísticaGinástica rítmicaGinástica de academia
Lutas
TaekwondoCapoeiraKaratêJudo
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte
FutebolFutsalHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaXadrez
334
Jogos e brincadeiras
Jogos popularesJogos competitivos Jogos cooperativosJogos de tabuleiroJogos intelectivos
DançaDança folclóricaDança de salão
GinásticaGinástica geral;Ginástica de academia;Ginástica rítmica.
Lutas
TaekwondoKaratêKung fuMuay thaiBoxeGreco romanaCapoeiraJiu-jitsuJudôSumo
A Educação Física também contemplará as práticas da cultura
Afro-brasileira, inserção da lei nº. 11645/08, cultura indígena e desafios
educacionais contemporâneos, em diferentes momentos históricos através
da dança e suas manifestações corporais, de brincadeiras e jogos.
Reforço que de acordo com os conteúdos pertinentes serão
inseridos temáticas referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e
Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena através de análise e reflexão
sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros e
indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri
étnica, e ainda com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais
e explorando as diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de
335aula como na sociedade, possibil i tando a reflexão crít ica, o pensar do
aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
3 – METODOLOGIA
A aprendizagem da Educação Física aponta para uma
perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o
desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social, a
afirmação de valores e princípios democráticos. O material ismo histórico
cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crít ica a respeito da
estruturas sociais e suas desigualdades, inerente ao funcionamento da
sociedade, buscam superar as concepções fundadas nas lógicas
instrumentais, anátomo funcional e esportivizada.
Para o desenvolvimento das aulas precisamos de uma
reorientação nas formas e conceber o papel da Educação Física na
formação do aluno do Ensino Fundamental, identif icando as múltiplas
possibi l idades de intervenção sobre a corporalidade que surge no
cotidiano de cada cultura escolar, trabalhando de quinta a oitava série
com o mesmo conteúdo mais aprofundado nas últimas séries, tendo
cuidado com a composição das aulas, a proposição do que vai ser
336executado. Executando o que foi proposto e refletindo sobre o que foi
executado. Enquanto no Ensino Médio com a metodologia crít ica
superadora, esta que permite ao educando ampliar sua visão de mundo
por meio da cultura corporal, superando a perspectiva anterior, pautada
no tecnicismo e na esportivização das práticas corporais, podemos
trabalhar a prática social, problematização, instrumentalização, catarse e
o retorno à prática social.
Além do espaço físico e materiais comumente usados nas aulas
de Educação física, uti l izaremos também os recursos tecnológicos,
oferecidos pela escola, tais como: computadores, TV, DVD, aparelho de
som, retroprojetor etc.
4 - AVALIAÇÃO
Em Educação Física, a avaliação se dará a partir da demanda
dos objetivos educativos expressos no conteúdo. Ela ocorrerá dentro de
uma perspectiva processual, através da observação do aluno no processo
de construção do conhecimento. Essa avaliação será continuada,
diagnóstica, cumulativa e formativa. Por isso, será importante o
envolvimento do aluno e professor num processo de autocrít ica e auto
avaliação, onde o educando possa aprender a caminhar com autonomia e
de acordo com o Projeto Polít ico Pedagógico do Colégio.
Alguns instrumentos de avaliação que podem ser uti l izado pelo
professor: f ichas de acompanhamento dos alunos em seu desenvolvimento
pessoal, atividades em grupos, verif icação da mudança de comportamento
do educando para melhor, conforme sua individualidade e dif iculdades
apresentadas em determinadas atividades sugeridas e praticadas no
decorrer das aulas, conhecimentos e debates teóricos no decorrer das
337aulas e principalmente mudanças de comportamento em relação ao grupo
valorizando a amizade e companheirismo.
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de Física – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Física Ensino Médio . Curit iba:
SEED-PR, 2006.
338
Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna - Inglês
10.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde o início da colonização do território houve a preocupação do Estado
português em facilitar o processo de dominação e expandir o catolicismo, cabendo aos
jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que
habitavam o território, como exemplo de língua culta. No entanto, durante a União
Ibérica (1580-1640), os jesuítas foram considerados os principais incentivadores da
resistência dos nativos aldeados nas reduções jesuíticas. Esse foi um dos fatores que
contribuiu para a decisão de expulsar os padres jesuítas dos territórios portugueses na
América.
Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas
advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto
de 22 de junho para criar as cadeiras de inglês e francês. A partir daí o ensino das
línguas modernas começou a ser valorizado. Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio
Pedro II, primeiro em nível secundário do Brasil e referência curricular para outras
instituições escolares por quase um século. O currículo do Colégio se inspirava nos
moldes franceses e, em seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês
e três de alemão, cadeira esta criada no ano de 1840.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no
Ensino Fundamental, a partir da quinta série, cuja escolha do idioma foi atribuída à
comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (Art. 26, § 5.º).
Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN),
339pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na
abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho
pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento das demais práticas –
oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto brasileiro, há poucas
oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos, particularmente da Rede
Pública de Ensino.
Para analisar os limites e possibilidades da abordagem comunicativa e definir
novos referenciais teórico-metodológicos para o ensino de Língua Estrangeira, teve-se
como base o trabalho de Meurer, que destaca a premente necessidade de desenvolver
formas de incentivar práticas pedagógicas que contestem “ou quebrem o círculo do
senso comum, daquilo que parece natural, não problemático, mas que recria e reforça
formas de desigualdade e discriminação” (MEURER, 2000, p. 169).
No Brasil, ela passou a fundamentar grande parte dos materiais e livros didáticos
para uso em escolas de ensino regular, desde a década de 1980 até os dias atuais
(PEREIRA, 2004; CORACINI, 1999).
No Paraná, Gimenez (1999) afirma que a abordagem comunicativa foi
apropriada como referencial teórico na elaboração da proposta de ensino de Língua
Estrangeira do currículo Básico (1992). Embora esse documento apresente uma
concepção de língua discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos de textos, a
partir da visão bakhtianiana, observa-se que a progressão de conteúdos, de 5ª a 8ª
séries, está voltada para o ensino comunicativo, centrado em funções da linguagem do
cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua.
A abordagem comunicativa apresenta aspectos positivos na medida que
incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação, expressão e
negociação de sentidos, no contexto imediato da situação de fala, colocando-se a
serviço dos objetivos de comunicação.
Segundo Mascia (2003, p. 218), “uma primeira é associada ao nocional-funcional
e é calcada em práticas audiolinguais; a segunda marcada pelos atos de fala com a
340incorporação de tendências sociolingüísticas e a terceira corresponde a uma vertente
mais crítica, em que se pretendeu promover as interações culturais”.
Por outro lado, ao centrarem a atenção na comunicação, tal abordagem e os métodos
que a antecederam não levaram em conta as diferentes vozes que permeiam as
relações sociais e as relações de poder que as entremeiam.
Conforme Gimenez,[...] a abordagem comunicativa, na tentativa de ensinar e se
comunicar na Língua Estrangeira, deixou de lado a relação entre comunicação e
cultura, e a necessidade de entender a comunicação entre falantes nativos e não-
nativos como comunicação intercultural mais do que comunicação na língua-alvo.
(2001, p.110)
Moita Lopes (1996) coloca sob suspeita o caráter apaziguador, harmonizador do
ensino de língua e destaca que a finalidade de conhecer outra cultura precisa ser
repensada no Brasil, em função do caráter colonizador e assimilacionista do ensino
comunicativo. Consoante a esse autor, Pennycook (apud MASCIA, 2003, p. 220)
considera que a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas
também uma expansão de um conjunto de discursos que fazem circular idéias de
desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização (...). Afirma
ainda que hoje, poderíamos dizer que as várias facetas do Comunicativo se
desenvolveram com o objetivo principal de difusão do inglês como língua internacional.
Tendo como referência tais reflexões, depreende-se que tanto a opção teórico-
metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola não são neutros, mas
profundamente marcados por questões político-econômicas e ideológicas, que resultam
muitas vezes do imperialismo de uma língua. Tais questões marginalizam razões
históricas e/ou étnicas que podem ser valorizadas, levando-se em conta a história da
comunidade atendida pela escola.
Destacam-se alguns princípios educacionais que orientam esta escolha:
341- o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia
da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às
demais obrigatórias do currículo;
- o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo
da Educação Básica;
- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas
que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.
Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que
sustenta as Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem que
valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica
e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e
para a transformação da realidade.
Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a
escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que
não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua
produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o papel de
informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas
principalmente para que possam ser modificadas.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito maior
de educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações
entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes
subjazem”. Para Giroux(20040, é fundamental que os professores reconheçam a
importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global
educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua,
do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da
pedagogia não se separam.
Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para
que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que
342se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados
são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na
prática social. A proposta adotada nas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e
nas teorias do Círculo de Bakhtin, que concebem a língua como discurso.
A língua concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado,
constrói significados e não apenas os transmite. Williams afirma que as disciplinas se
reúnem em uma “tradição geral” que representa, por meio de variações e conflitos, uma
“cultura humana geral”. Na construção de sua teoria, Bakhtin exclui a perspectiva do
absoluto, rejeitando o estático e fechado, noções associadas à perspectiva tradicional
de cultural.
Nos discursos presentes no intertexto das sociedades contemporâneas, as
práticas de linguagem são diversas porque a língua envolve variantes socioculturais.
Para cada variante linguística e cada grupo cultural os valores sociais e culturais
que lhes são atribuídos sofrem oscilações, de acordo com os diferentes contextos
socioculturais e históricos. Dessa forma, a língua e a cultura são entendidas como
variantes locais particularizadas em contextos específicos; portanto, configuram-se de
forma heterogênea, complexa e plural (BORTONI-RICARDO, 2004).
Assim, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas,
indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das
comunidades interpretativas que a constroem e são construídas por ela. Desse modo, a
língua deixa de lado suas supostas neutralidade e transparência para adquirir uma
carga ideológica intensa, e passa a ser vista como um fenômeno carregado de
significados culturais.
As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre
professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-
a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões da nova ordem global, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas
343na sociedade. Busca-se, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua
Estrangeira na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos
Institutos de idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na Educação
Básica. Tal aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino de Língua
Estrangeira nas escolas de língua não tem necessariamente as mesmas preocupações
educacionais a que a escola pública está voltada.
Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como
meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,
obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir
para formar alunos críticos e pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm
marcado o ensino desta disciplina.
Desta forma espera-se que o aluno:
- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social;- tenha maior consciência sobre o papel
das línguas na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as
diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte
comum na seleção de conteúdos específicos.
Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que
podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o
reconhecimento da diversidade cultural.
344As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-
se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se
mutuamente.
Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de
comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não verbais – é também
inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidades
locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.
Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em
situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera
prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno
numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento
mútuo.
O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência
sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Ao ser
exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às suas implicações
político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de
maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva.
Ressalta-se como requisito a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas
definem os significados construídos nas interações sociais.
Ainda, deve-se considerar que o aluno traz para a escola determinadas leituras
de mundo que constituem sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas.
Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar
uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da
sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno
sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A
partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para
345a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua
identidade como agente social.
O ensino de Língua Estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a
compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas
práticas discursivas (BAKHTIN,1988). Trata-se de tornar a aula de Língua Estrangeira
um espaço de acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir
outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia,
pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo,
colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de
(...) [conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os
conhecimentos [em língua estrangeira] (MOITA LOPES, 2003, p. 43).
Considerando que as práticas discursivas são influenciadas umas pelas outras,
não se trata de privilegiar a prática da leitura, visto que na interação com o texto pode
haver uma complexa mistura da linguagem escrita, visual e oral. Numa concepção
discursiva de língua, as práticas de oralidade, escrita e leitura não são segmentadas,
pois elas não se separam em situações concretas de comunicação.
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade de
gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem
como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de
construção de significados possíveis, pelo leitor. Tendo em vista que texto e leitura são
dois elementos indissociáveis, e que um não se realiza sem o outro, é importante definir
o que se entende por esses dois termos.
O texto, entendido como uma unidade de sentido, pode ser verbal ou não verbal.
Para Bakhtin (1992), o texto é a materialização de um enunciado e é entendido como
unidade contextualizada da comunicação verbal.
É importante que os alunos tenham consciência de que há várias formas de
produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras, de que existem
346diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada cultura, e que essas práticas são
valorizadas também de formas diferentes nas distintas sociedades.
Conforme aponta Moita Lopes, vivemos num mundo multi-semiótico, cujos textos
extrapolam a letra, ou seja, “um mundo de cores, sons, imagens e design que
constroem significados em textos orais/escritos e hipertextos” (LOPES, 2004, p. 30-31).
Isso vem ao encontro da linguagem específica usada na comunicação mediada pelo
computador. Aparentemente trata-se da linguagem escrita, mas quando desenvolvida
em uma interação em tempo real, distancia-se da forma tradicional, adquirindo
características semelhantes às do imediatismo e da redundância da fala, bem como é
acrescida de ícones, cores, recursos sonoros, por exemplo, para comunicar aspectos
que estariam presentes na fala. Conforme o exposto, as diferenças entre comunicação
escrita e falada se diluem na construção desse novo tipo de texto.
A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações
entre o sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de sujeito e texto. O
trabalho proposto nestas Diretrizes está ancorado na perspectiva de uma leitura crítica,
a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re)construção de atitudes diante do
mundo. A abordagem da leitura crítica extrapola a relação entre o leitor e as unidades
de sentido na construção de significados possíveis. Busca-se, então, superar uma visão
tradicional da leitura condicionada à extração de informações.
Nessa perspectiva, há confronto entre autor, texto e leitor. O leitor abandona uma
atitude de passividade diante do texto e passa a ser participante do processo de
construção de sentidos.
Entretanto, ele não está sozinho ao construí-los, com ele estão sua cultura, sua
língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos coletivamente em
sua comunidade e a ideologia na qual está inserido. A leitura é considerada, então,
como interação entre todos esses elementos, os quais influenciam diretamente nas
possíveis interpretações de um texto. Dessa forma, ao ensinar e aprender uma Língua
Estrangeira, alunos e professores percebem ser possível construir significados além
347daqueles permitidos pela língua materna. Os sujeitos envolvidos no processo
pedagógico não aprendem apenas novos significados nem a reproduzi-los, mas sim
aprendem outras maneiras de construir sentidos, outros procedimentos interpretativos
que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo. Sentido, na acepção de
Orlandi (2005, p. 47), é uma relação determinada do sujeito – afetado pela língua – com
a história. É o gesto de interpretação que realiza essa relação do sujeito com a língua,
com a história, com os sentidos. Esta é a marca da subjetivação e, ao mesmo tempo, o
traço da relação da língua com a exterioridade: não há discurso sem sujeito.
Portanto o momento histórico, o contexto sócio-cultural, os elos com o cotidiano
(familiares, amigos etc.) que acompanham a vida, a criação artística e o conhecimento
científico estão presentes na produção e na recepção dos sentidos do enunciado.
Consequentemente, é na língua, e não por meio dela, que se percebe e entende
a realidade e, por efeito, a percepção do mundo está intimamente ligada ao
conhecimento das línguas. Para Jordão (2004a, p. 164),[ao] aprender uma língua
estrangeira [...] eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes
daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros
dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir
sentidos, que há outras possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a
que o conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas
mais [...] línguas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão minhas
possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo. Assim, os
sujeitos leitores têm a possibilidade de estabelecer relações entre os diversos
elementos envolvidos, como por exemplo cultura, língua, procedimentos interpretativos,
contextos e ideologias.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina,
contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Ensinar e aprender
línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir
sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os
348diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência
atingido. O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do
currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,
política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as metodologias
de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais
contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos
historicamente produzidos.
10.2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes as
Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira
Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país,ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
349
10.3 - METODOLOGIA
Trabalhar a língua estrangeira para que o aluno tenha acesso a novas
informações, de ver e entender o mundo e de construir significados, assim possibilita
aos estudos linguísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando
o foco das atividades da sala de aula (correção gramatical) e privilegiando a prática
linguística. Desta forma, o aluno percebe a língua como algo que se constrói e é
construído por uma determinada sociedade, e também ele perceba que a língua e
cultura estrangeiras comparadas com a nossa, não tem um modelo a seguir, mas que
estão em constante movimento e transformação.
Assim sendo, fazer um trabalho simultâneo das práticas de leitura, escrita
e oralidade, subsidiados por conhecimentos linguísticos, culturais, sócio-pragmáticos e
discursivos, o aluno têm condições de ultrapassar a leitura linear dos textos e exercer
uma atitude crítica, transformadora, enquanto sujeito atento ao ambiente sócio-
histórico-ideológico ao qual pertence.
É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros
textuais: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. Cabe,
portanto ao professor criar condições para que o aluno seja crítico, que reaja aos
diferentes textos e perceba que as formas linguísticas são flexíveis e variam
dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre.
O ensino da Língua Estrangeira se orientará numa produção construída
nas interações sociais, considerando as experiências prévias dos alunos,
possibilitando-se a escolha de temas de seu interesse e utilizando-se de materiais
autênticos como músicas, anúncios publicitários etc, fazendo uma inter-relação entre os
conteúdos e a prática da língua. Sempre instigando a reflexão e a criticidade
exercitando uma relação dialógica entre professor e aluno onde o primeiro irá propiciar
350situações de resolução de problemas com vistas ao aluno perceber as implicações
sociais históricas e ideológicas presentes em todo discurso.
O trabalho com a língua estrangeira será entendido como uma nova
possibilidade do aluno ver e entender o mundo e de criar novos significados.
Tanto a gramática como o vocabulário não será trabalhado isoladamente,
serão contextualizados, favorecendo sua compreensão, reflexão e discussão, uma vez
que terá relação com o conhecimento de mundo do educando. E antes de selecionar os
conteúdos deve-se levar em consideração as necessidades do educando e a
importância de tais assuntos para o seu desenvolvimento pessoal e intelectual assim
como para o desenvolvimento do ser humano e do seu meio social, e sempre voltando-
os para a prática dos conteúdos que estruturam e permeiam todo o ensino da Língua
Estrangeira: Oralidade Leitura e escrita.
Serão utilizados materiais didáticos diversos como músicas, textos,
vídeos, áudio, CDs, DVDs, dicionários, revistas, jornais, quadro de giz e seus
acessórios, transparências entre outros.
10.4 - AVALIAÇÃO
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná 2008, p. 70
“É importante, neste processo que o professor, organize o ambiente pedagógico, observe a participação dos alunos e considere o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos e a turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira; no próprio uso da língua que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias ( Vygotsky,1989 ).Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação dos alunos no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas vencidas”
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes.
351A avaliação será diagnóstica, contínua, formativa, reflexiva e cumulativa,
pois assim o professor fará a verificação da aprendizagem e poderá repensar sobre a
metodologia e planejar as aulas de acordo com as necessidades de seu aluno. E
através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – linguísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade
– que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais
exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com discursos em língua
estrangeira.
A avaliação servirá para que o professor repense a sua metodologia e
planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos, de caráter
contínuo, diagnóstico e cumulativo .
Será composta de: atividades em sala de aula, pesquisas e confecção de
trabalhos individuais ou em grupo, podendo ser oral ou escrito.
A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:
- 6,0 pontos em duas avaliações escritas;
- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de
textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de
filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.
Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a
recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.
Critérios de avaliação:
Dentro da especificidade de cada série/ano serão utilizados os seguintes
critérios, observando-se o aluno:
4.Identificou o tema;
5.Realizou leitura compreensiva do texto;
6.Localizou informações explícitas no texto;
7.Ampliou seu horizonte de expectativas;
3528.Ampliou seu léxico.
9.Identificou a ideia principal do texto;
10.Elaborou textos de acordo com o encaminhamento do professor;
11.Expressou suas ideias com clareza;
12.Usou recursos textuais como coesão, clareza e informatividade.
10.5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna
Inglês . Curit iba: SEED-PR, 2008.
353
Proposta Curricular Pedagógica de Ensino Religioso
1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade
sofre das inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do
sagrado.
O Ensino Religioso é parte integrante essencial na formação do ser
humano, como pessoa e cidadão, sendo de responsabilidade do Estado a sua oferta na
educação pública. Em torno dessa questão é promulgada a lei nº 9475/97 que dá nova
redação ao artigo 33 LDBEN/96.
Essa disciplina tem como objetivos gerais:
Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa do
cotidiano que contextualiza no mundo cultural.
Constitue para o reconhecimento e o respeito da elaboração cultural dos povos,
bem como possibilitar o acesso das diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno
religioso.
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem
como aspectos sócios-culturais de outros povos e nações, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, das classes sociais, de
crenças, de etnia ou outros características individuais e sociais.
354
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
5ª série
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
6ª série
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
5ª Série
•Respeito à Diversidade Religiosa
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
Declaração Universal dos direitos Humanos e Constituição Brasileira:
respeito à liberdade religiosa.
Direito a professa fé e liberdade de opinião e expressão.
Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
355
•Lugares Sagrados:
Caracterização dos lugares e templos sarados: lugares de peregrinação,
de reverência de culto, de identidade, principais práticas de expressão do Sagrado
nestes locais.
IV.Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
V.Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
•Textos orais e escritos – Sagrados:
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas
diferentes culturas religiosas.
Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) Exemplos :
Vedas-Hinduísmo, Escrituras Baha’is, tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e
Ameríndias, Alcorão, Islamismo etc.
•Organizações Religiosa:
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais
características de organização, estrutura e dinâmica social das sistemas religiosos que
expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.
•Fundadores e/ou Líderes Religiosos;
•Estruturas Hierárquicas. Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais:
Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo ( Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),
Taoísmo (Lao Tsé), Etc.
356
6ª Série
Universo Simbólico Religioso
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas cores e textos:
•Nos Ritos;
•Nos Mitos;
•No Cotidiano.
Exemplo: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, objetos, etc.
Ritos
São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação
de um acontecimento sagrado anterior é imitação, serve à memória e à preservação da
identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a
possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
•Ritos de passagem
•Mortuários
•Propiciatórios
•Outros.
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaigang – ritual fúnebre), Via Sacra,
Festejo indígena de colheita, Etc.
3)Festas Religiosas:
357São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, como
objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
•Peregrinações, festas familiares, festas nos templos datas
comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado ( Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup
(indígena), Festa de Iemanjá ( Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.
Vida e Morte:
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
•O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;
•Re-encarnação;
•Ressurreição- ação de volta à vida;
•Além da Morte;
•Ancestralidade - vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se
tornam presentes.
•Outras interpretações.
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos
temáticas referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura
Afro-Brasileira Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a
diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas
como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os
valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda com o
propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as
diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na
358sociedade, possibil i tando a reflexão crít ica, o pensar do aluno a partir do
seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
3 - METODOLOGIA
Considerando que o ato da construção do conhecimento ou da relação
sujeito-objeto no Ensino Religioso é o sujeito aluno em relação ao objeto sagrado com
foco no fenômeno religioso, cabe munir-se de métodos que auxiliem essa articulação,
fazendo uso da linguagem pedagógica e não religiosa, referente a cada expressão do
Sagrado, adequada ao universo escolar.
O tratamento didático a essa área de conhecimento é observação-
reflexão-compreensão-informação.
O ensinamento religioso na maioria das vezes, é transmitido para as
pessoas por meio de textos, estes textos muitas vezes são escritos e formam livros
Sagrados. Assim é feito a abordagem dos Conteúdos de Ensino Religioso.
A apresentação dos conteúdos específicos, explicita a intenção de partir
de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do Sagrado desconhecida
ou pouco conhecida dos alunos para se inserida nos conteúdos que tratam de
manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte da cultura da comunidade.
359Todo Conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso Contribuirá
para a superação: do preconceito à aus6encia ou à presença de qualquer crença
religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação que qualquer
expressão do Sagrado.
Os conteúdos a serem ministrados nas aulas de Ensino Religioso não
têm o compromisso de legitimar uma manifestação do Sagrado em detrimento de outra,
uma vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de expressões
de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.
4 - AVALIAÇÃO
A apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser observado
pelo professor em diferentes situações de ensino-aprendizagem.
Observar como o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas
de classe.
Critérios de avaliação:
Espera-se que o aluno:
Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
Desenvolva uma cultura de Respeito à diversidade religiosa e cultural;
Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de
cada grupo social.
3605 – REFERÊNCIAS
ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o
Ensino Fundamental. Paraná: SEED, 2006.
Lei 9.475/97 – Nova Redação – Art. 33.
AQUILINO, Pedro. Dicionário de termos religiosos e afins. São Paulo:
Santuário, 1993.
361Proposta Pedagógica Curricular de Geografia
1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia é uma ciência que tem como objeto de estudo o espaço
geográfico. Entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade (resultado
da interação entre objetos e ações). Cabe salientar que para a compreensão desse
espaço geográfico, essa ciência/disciplina é constituída de alguns conceitos de
referência: lugar, paisagem, território, rede. Região, sociedade e natureza.
È importante que a Geografia propicie aos alunos do Ensino Fundamental
e Médio, os conhecimentos necessários para perceberem a importância desse espaço
e sua complexa rede de relações de poder que envolve aspectos ambientais, políticos,
econômicos e sociais.
Assim, promove uma análise espacial, ancorada num suporte teórico
crítico, que vincula o objetivo da Geografia, seus conceitos referenciais de ensino e
abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais
ao contexto histórico. Levando em consideração as diferentes formas de organização
do espaço nas escalas local, regional, nacional e mundial.
A sobrevivência do homem depende muito da relação que esse
desenvolve com o espaço geográfico. Contudo, nem sempre essa relação ocorre de
forma a tornar o espaço mais justo e democrático, pelo contrário, a elaboração desse
espaço sempre esteve subordinada aos interesses geopolíticos de expansão territoriais
de estados ou a interesses das classes dominantes.
A Geografia do passado pouco ou nada tem a ver com a de hoje. Durante
muitos séculos ela serviu para descrever e caracterizar elementos, muito útil para os
colonizadores, como no livro de Yves de Lacoste “A Geografia serve para fazer a
Guerra”, fazendo uma relação entre sociedade e espaço, havendo uma dicotomia entre
a sociedade e a natureza.
362Durante o regime militar, a Geografia no Brasil tinha a função política para
segurança e estratégia, mas foi com a introdução da Geografia Crítica e da democracia
que se adotou o método do materialismo histórico dialético, dando novas interpretações
aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia, trazendo as questões
econômicas, políticas e sócio-ambiental.
De acordo com a concepção teórica assumida são apontados os
Conteúdos Estruturantes da Geografia da Educação Básica, considerando seu objeto
de estudo/ ensino que é o espaço geográfico. São eles: Dimensão Econômica da
Produção do/no espaço, Geopolítica, Dimensão Sócio-ambiental, Dinâmica Cultural e
Demográfica, cabendo ao professor retomar os estudos teóricos epistemológicos da
geografia e reorganizar o seu fazer pedagógico com clareza teórico-conceitual e com
base nos conteúdos estruturantes.
Tem como objetivos gerais:
Construir, numa inter-relação entre os conteúdos clássicos e os
acontecimentos atuais, no desenvolvimento de sujeitos tornando-os capazes
de agir sobre sua própria realidade, modificando-a para o bem comum.
Aprofundar as relações entre o homem e o espaço em que está inserido
numa perspectiva de abordagem sócio-ambiental.
Possibilitar a compreensão sócio-histórica das relações de produção
capitalista, para que reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas,
econômicas e culturais, materializando no espaço geográfico.
Compreender tanto a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua
transformação em função da ação humana e sua participação na constituição
da fisicidade do espaço geográfico.
Perceber que os aspectos culturais do espaço e demográficos do espaço
geográfico contribuem para a compreensão do momento de intensa
circulação de informação, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida.
363Conhecer e compreender as principais características do espaço
geográfico, de sua transformação e de seus elementos, no lugar onde vivem
e em espaços maiores, como o Brasil e o mundo.
Possibilitar ao aluno a compreensão do espaço em que está inserido, a
partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas entre os
territórios que a eles sobrepõe como campo de forças sociais e políticas.
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1) Formação e transformação das paisagens naturais e culturais2) Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção3) A formação, localização e exploração dos recursos naturais4)A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico5) As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista6) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espacias da diversidade cultural7) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos
364
6ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1) Formação do território brasileiro2) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro3) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção4) As diversas regionalizações do espaço brasileiro5) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural6) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos7) Movimentos migratórios e suas motivações8) O espaço rural e a modernização da agricultura9) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço10) A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização11) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico12) A circulação de mão - de - obra, das mercadorias e das informações
365
7ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1) As diversas regionalizações do espaço geográfico2) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano3) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado4) O comércio em suas implicações sócio-espaciais5) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias, e informações6) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico7) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista8) O espaço rural e a modernização da agricultura9) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos10) Os movimentos migratórios e suas motivações11) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural12) A formação, a localização, exploração dos recursos naturais
3668ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
1) As diversas regionalizações do espaço geográfico2) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado3) A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção4) O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais 5) A Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração de territórios6) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos7) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural8) Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações9) A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico10) A formação, localização, exploração dos recursos naturais;11) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de explorações e produção12) O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial
367 ENSINO MÉDIO
Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
1)Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
1) A formação e transformações das paisagens2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção3) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a ( re)organização do espaço geográfico4) A formação, localização e exploração dos recursos naturais5) A revolução tecno-científica-informacional e os novos arranjos no espaço de produção6) O espaço rural e a modernização da agricultura7) O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial8) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações9) Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios10) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista 11) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente12) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço13) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos14) Os movimentos migratórios e suas motivações15) A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural16) O comércio e as implicações sócio-espaciais17) As diversas regionalizações do espaço geográfico18) As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização19) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
368
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas
referentes as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que tratam da História e Cultura Afro-
Brasileira Africana e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, respectivamente,
através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-
brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da sociedade e do país,
ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na
perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda com o propósito de
trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças etno-raciais que
estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando a reflexão crítica,
o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes, dando enfase a lei de
Educação ambiental nº 9795/99, relacionando essa questão com o desenvolvimento
sustentável, análise ambiental por meio de mapas, preservação meio abiótico e biótico,
afim que a comunidade escolar, bem como a sociedade e as futuras gerações possam
garantir um mendo melhor. A Diretriz Curricular da Educação do Campo reforça que as
pessoas do campo tem direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e com a
sua participação, vinculada a sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade, Educação Escolar indígena e outros de acordo com os cadernos
temáticos da SEED ( Secretaria de Estado da Educação do Paraná)
369
3 - METODOLOGIA
Os conteúdos geográficos devem ser trabalhados de forma crítica e
dinâmica. O aluno deve ser visto como um ser criativo autônomo e articulador de suas
ideias. O professor deverá sistematizar o conhecimento, correlacionando-os aos
conteúdos propostos e dando-lhes uma fundamentação científica, atuando como
mediador, levando o aluno a um trabalho cada vez mais independente.
Na Geografia o professor deve trabalhar com uma postura investigativa de
pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo – não somente de
sua parte, mas em conjunto com os alunos – tendo em vista sua função enquanto
agente transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria
sociedade.
A Geografia deve ser direcionada de forma dialética, interligando teoria –
prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos e utilizando a
cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes
escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.
O trabalho em sala de aula deverá ser bem diversificado, visando à
interação professor/aluno. Além da utilização de materiais concretos que favoreçam a
leitura, interpretação, análise, comparação de dados e hipóteses.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser formativa, sendo um ato contínuo, priorizando a
qualidade e o processo de aprendizagem.
A avaliação formativa será diagnosticada e continuada contemplando
diferentes práticas pedagógicos tais como: leitura, interpretação e produção de textos
370geográficos, leitura e interpretações de fotos, imagens e mapas, pesquisas
bibliográficas, aulas de campo, leitura e interpretação de tabelas e gráficos, construção
de maquetes, produção de mapas mentais, relatórios de vídeos etc.
A avaliação deve ser formativa e processual, considerando aspectos como
o conhecimento que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social
desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as
relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do
processo de ensino-aprendizagem.
Nesta perspectiva, a avaliação deve ser colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como elemento externo a este processo. Assim, o professor precisa
considerar o seu planejamento, a sua prática pedagógica e, suas intenções ao tratar os
conteúdos específicos por meio de uma abordagem articulada dessas diretrizes. O
aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno
compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo
uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas e
reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
Critérios de avaliação:
Espera-se que o aluno:
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.
Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas
Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.
Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.
371Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade.
Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas.
Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos, naturais e econômicas.
Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial.
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais
Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
372
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro
Didático Público de Geografia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Geografia – Ensino Fundamental e Médio.
Curitiba: SEED-PR, 2006.
VESENTINI, J. Willian e VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo:
Ática, 2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -
Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático
– Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.
LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação
Ambiental
LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.
373
Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Filosofia é uma disciplina que deve possibilitar o desenvolvimento de um
estilo próprio de pensamento. A Filosofia pode ser considerada como conteúdo
produzido pelos filósofos ao longo do tempo, mas também como o exercício do
pensamento que busca o entendimento das coisas, das pessoas e do meio em que
vivem, portanto, um pensar histórico, crítico e criativo, que discuta os problemas da vida
a luz da História da Filosofia. A partir do estudo da Filosofia é possível contribuir para o
pleno desenvolvimento do educando, tanto em seu preparo para o exercício da
cidadania como em sua qualificação para o trabalho.
O objeto de estudo da Filosofia é o pensamento, e é no espaço escolar
que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o pensamento crítico, a
resistência e a criação/recriação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o espaço
escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre
as diferenças a sua convivência e a construção da sua história.
A disciplina de Filosofia na matriz curricular do Ensino Médio pode
viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná de Filosofia, o
qual compartilhamos as mesmas ideias, pretende provocar o despertar da consciência
de ensinar a pensar filosoficamente, a pensar do ponto de vista da totalidade, o que é
equivalente, pois é na totalidade que as coisas mergulham as suas raízes, é pensar, ou
apreender a parte na perspectiva do todo, e o todo na perspectiva da parte. Devemos
374indagar pelo que se acha na origem da Filosofia, e não em seu começo, ou seja, qual é
a raiz de que brota a necessidade de filosofar. E para atender a esse pensar foram
selecionados os seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do
Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência.
Essa disciplina tem como objetivos gerais:
Oferecer aos estudantes uma possibilidade de compreensão das
complexidades do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, pois não há sujeitos democráticos e não
há como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar a
democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de
discernimento, o uso autônomo da razão.
Possibilitar aos estudantes desenvolver estilo próprio de pensamento. O
ensino de Filosofia é um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia
e o filosofar como atividades indissociáveis que dão ao ensino de Filosofia.
375
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
Mito e filosofia
Teoria do conhecimento
Ética
Filosofia Política
Filosofia da ciência
Estética
Conteúdos básicos
• Saber mítico;• Saber filosófico• Relação Mito e filosofia• Atualidade do mito• O que é filosofia
• Possibilidade do conhecimento;• As formas de conhecimento• O problema da verdade• A questão do método• Conhecimento e lógica
•Ética e moral• Pluralidade ética• Ética e violência• Razão, desejo e vontade• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
• Relações entre comunidade poder• Liberdade e igualdade política• Política e ideologia• Esfera pública e privada• Cidadania formal e/ou participativa
•Concepções de ciência• A questão do método científico• Contribuições e limites da ciência• Ciência e ideologia• Ciência e ética
•Natureza da arte;•Filosofia e arte•Categorias estéticas -feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto etc.• Estética e sociedade
376
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes
as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira
Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
Considerando-se a dimensão dos conteúdos em Filosofia, apontamos nesta
Proposta Curricular os conteúdos básicos estruturantes, conforme as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná:
377
•Mito e Filosofia;
1.A compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional, conceitual
entre os gregos foi decisiva no desenvolvimento da cultura da civilização
ocidental. Entender a conquista da autonomia da racionalidade diante do mito
marca o advento de uma etapa fundamental do pensamento e do
desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da
História. É de fundamental importância que o estudante do Ensino Médio
conheça o contexto histórico e político do surgimento da Filosofia e o que ele
significou na cultura helênica.
2.Os recortes, para desenvolver esses conteúdos, podem buscar problematizar a
superação, a permanência e as formas de experiência mítica e filosófica no
passado e na atualidade.
•Teoria do Conhecimento;
1.A teoria do conhecimento, constituída como campo do conhecimento filosófico
de forma autônoma apenas no início da Idade Moderna, ocupa-se de forma
sistemática com a origem, a essência e a certeza do conhecimento humano.
Aborda basicamente questões como estas: quanto ao critério da verdade – “O
que permite reconhecer o verdadeiro?”; quanto à possibilidade do conhecimento
– “Pode o sujeito apreender o objeto?”; quanto ao âmbito do conhecimento –
“Abrange ele a totalidade do real ou se restringe ao sujeito que conhece?”;
quanto à origem do conhecimento – “Qual é a fonte do conhecimento?”.
2.O recorte do conteúdo específico pode problematizar o sentido, os
fundamentos, a possibilidade e a validade dos conhecimentos..
378
•Ética;
1.A Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Um dos grandes
problemas do campo da ética é o da relação entre o sujeito e a norma. A ética
possibilita análise crítica para atribuição de valores. A reflexão ética no espaço
escolar tem por foco a ação individual ou coletiva na perspectiva da Filosofia.
Mais do que ensinar valores específicos, trata-se de mostrar que o agir
fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem
razão ou justificativas.
2.O recorte pode se dar a partir da busca dos fundamentos da ação humana e
dos valores que permeiam as relações intersubjetivas. Podem ser
problematizados temas como: valores, virtude, felicidade, autonomia etc.
•Filosofia Política;
1.A Filosofia Política busca discutir as relações de poder e compreender os
mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. No
Ensino Médio, a Filosofia Política tem por objetivo problematizar conceitos como
o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade e liberdade, dentre
outros, de modo que se atenda ao dispositivo da LDB preparando o estudante
para uma ação política efetiva.
2.O recorte pode se dar a partir da discussão das relações de poder e da busca
de compreensão dos mecanismos que estruturam e legitimam os sistemas
políticos.
379•Filosofia da Ciência
1.A Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências. Consiste em refletir criticamente o
conhecimento científico, para conhecer e analisar todo o processo de construção
da ciência do ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar,
político, filosófico e histórico.
2.No contexto do Ensino Médio, portanto, importa estudar a Filosofia da Ciência
na perspectiva da produção do conhecimento científico, problematizando o
método, possibilitando o contato com o modo como os cientistas trabalham e
pensam.
3.O recorte pode ser a partir das principais hipóteses e resultados obtidos pela
Ciência, como também as questões relativas ao conhecimento e ao processo de
produção científica.
•Estética
1.As atitudes problematizadora e investigativa característica da Filosofia voltam-
se também para a realidade sensível. O objeto do conteúdo estruturante de
Estética é a compreensão da sensibilidade, da representação criativa, a
apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as
relações do homem com o mundo e consigo mesmo.
2.No Ensino Médio, a Estética possibilita a compreensão e a apreensão da
realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas
resultado da atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da
fruição, que contribuem para a constituição de sujeitos críticos e criativos.
3.O recorte deve buscar a compreensão da sensibilidade, representação criativa,
a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como ela determina as
relações do homem com o mundo e consigo mesmo.
3803 - METODOLOGIA
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a
investigação e a criação de conceitos.
A Sensibilização não é ainda uma atividade propriamente filosófica. Ela
utiliza-se de diversos recursos: filmes, obras de arte, texto jornalístico ou literário,
músicas, charges, trabalho de campo e outros. Tem a função de instigar, provocar,
desafiar, sensibilizar para pensar o problema. É importante que não seja confundida
com provocar emoções, sentimentos de pena, culpa ou piedade.
A Problematização, convida o estudante a analisar o problema, o que se
faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a
experiência filosófica. Os problemas filosóficos estão presentes na atualidade e nos
textos filosóficos. O ensino da Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com
a vida, por isso é importante que na busca de resolução de problema haja preocupação
também com a análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que remeta
o estudante a sua própria realidade.
A Investigação filosófica serve para exercitar o pensamento de forma
metódica buscando elementos, informações, conhecimentos para discutir o problema
posto. A investigação filosófica deverá recorrer à História da Filosofia e aos clássicos,
seus problemas e possíveis soluções.
A criação e a recriação de conceitos é o processo pelo qual o estudante
se apropria, pensa e repensa os conceitos problematizados e investigados da formação
filosófica. Com isso espera-se que o estudante possa argumentar de forma verbal e
escrita utilizando os conceitos apropriados de forma lógica, coerente e original (criação
de conceitos).
381O ensino da Filosofia não se confunde apenas com o ensino de
conteúdos. Os conteúdos são elementos mediadores fundamentais para que se possa
desenvolver o ensino de Filosofia.
Na proposta de trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas
significativos para estudantes do Ensino Médio, é importante que haja a preocupação
de não ser superficial e de demorar o tempo necessário para realização de todo o
processo de ensino proposto, desde a sensibilização para o problema passando pelo
estudo dos textos filosóficos, até a elaboração de conceitos, para que se garanta de
fato a reflexão filosófica.
O ensino da Filosofia, uma vez que articula vários elementos, pressupõe
um bom planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras
estratégias, a fim de que a investigação seja de fato a diretriz do ensino.
O encaminhamento metodológico será feito através de pesquisas,
trabalhos em grupo, montagens de painéis, palestras, aulas expositivas, debates,
estudo de mapas, exercícios, usando como recursos pedagógicos e tecnológicos:
slides, fitas VHS, CDs educativos, DVDs, TV Paulo Freire, TV pendrive e Laboratório
Paraná Digital além de atividades que estimulem o trabalho coletivo como: músicas,
desenhos, poesias, dramatizações entre outros.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, tendo como intuito redimensionar e subsidiar
a ação docente e discente. Para isso utilizará como instrumentos as avaliações
objetivas e dissertativas nos diversos momentos como: leitura, debate, produção de
textos, pesquisa, atividades investigativas e de fixação.
É importante avaliar o aluno, a sua capacidade de argumentação,
identificando os limites das suas ideias, apresentando disposições para rever suas
posições, porém não tem fim em si mesma, mas é um processo que se dá no processo
382e não como um momento separado, visto em si mesmo. O aluno também deve fazer
sua auto-avaliação, pois o processo avaliativo necessita ser olhado e redirecionado por
todas as esferas do coletivo escolar.
Critérios de avaliação:
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Teoria do
Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a
atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando
toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto,
terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo
resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
383
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de Filosofia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Filosofia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR,
2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -
Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático
– Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.
LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação
Ambiental
LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.
384Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia
1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Sociologia tem o papel histórico que vai além da leitura e explicações
teóricas da sociedade. Para melhor adequação social, ou mesmo para a mera crítica
social, no sentido de sua transformação. A Sociologia é uma disciplina que contribui
para a criação de uma consciência crítica do sujeito social, sobre o mundo que o cerca
e sobre si mesmo.
O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das
mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista. Estas
relações materializam-se nas diversas instâncias sociais, movimentos sociais, práticas
políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e
historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa a sua
dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que
implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.
Em contato com os diversos conteúdos estruturantes propostos pela
disciplina, o aluno enfrenta o desafio de discutir sobre temas do cotidiano, não mais
sobre a apreciação minuciosa do senso comum, mas sob a perspectiva de uma ciência
que exige rigor teórico-metodológico, historicamente consolidada.
As Diretrizes Curriculares propõe-se metodologicamente que o ensino da
Sociologia seja fundamentada em conteúdos estruturantes, que não se resumem a uma
listagem de temas e conceitos encadeados de forma rigorosa, sem contextualizações.
Os conteúdos estruturantes, são os conteúdos representativos dos grandes campos de
saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser compreendidos (eles
também) a partir da práxis pedagógica como construção histórica. Esses conteúdos
estruturantes devem poder instrumentalizar professores e alunos – sujeitos da
385educação escolar/ prática social – na seleção, organização e problematização dos
conteúdos específicos a partir das necessidades locais e coletivas, sem perder de vista
a busca da totalidade, através do estabelecimento de inter-relações e não da simples
soma das partes. Os conteúdos estruturantes são: - O processo de socialização e as
instituições sociais, - Cultura e indústria cultural, - Trabalho, produção e classes sociais,
- Poder, política e ideologia, - Direitos, cidadania e movimentos sociais.
Essa disciplina tem como objetivos gerais:
Contribuir para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria
condição de vida e fundamentalmente para análise das sociedades, ao compor,
consolidar e alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que
esclarecem muitos dos problemas da vida social, enfim o objetivo geral da
Sociologia é preparar para a transformação social.
Possibilitar o reconhecimento da existência do outro, ou seja, fazer com que o
aluno perceba que na sociedade convivemos com diferentes grupos sociais. Estes
podem ser diferentes em suas crenças e formas de agir mas, baseando-se no
princípio da alteridade, devemos respeitar as diferenças. Só assim é possível
estabelecer a cidadania dentro do estado democrático do direito. Os caminhos são o
combate ao preconceito que permeiam as relações nas diferentes esferas da vida
social.
3862 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos estruturantes1.O surgimento da Sociologia e Teorias Sociologias
2.Processo de Socialização e as Instituições Sociais
3.Cultura e indústria cultural
4.Trabalho, produção e classes sociais
5.Poder, política e Ideologia
6.Direito, cidadania e movimentos sociais
Conteúdos básicos_ Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social _ Pensamento científico e senso comum_ Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber_ O desenvolvimento da sociologia no Brasil
_ Processo de socialização_Grupos sociais_Instituições sociais: Familiares; Escolares, Religiosas_ Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.
_Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;_ Diversidade cultural_Identidade_Indústria cultural_ Meios de comunicação de massa_ Sociedade de consumo_ Indústria cultural no Brasil_ Preconceito;_ Questões de gênero_ Cultura afro-brasileira e africana_Cultura indígena
_O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades_ desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais_ Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições_Globalização_Relações de trabalho_Neoliberalismo_Trabalho no Brasil
_Formação e desenvolvimento do Estado Moderno_Democracia, autoritarismo, totalitarismo_Estado no Brasileira Conceitos de poder_Conceitos de Ideologia_Conceitos de dominação e legitimidade_As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
_ Direitos: civis, políticos e sociais_ Direitos Humanos_ Conceito de cidadania_Conceito de Movimentos Sociais_Movimentos sociais urbanos e rurais_Movimentos Sociais no Brasil _ Movimentos ambientalistas_ONG´s
387
Considerando-se a dimensão dos conteúdos em Sociologia, apontamos
nesta Proposta Curricular os cinco conteúdos básicos estruturantes, conforme as
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná:
•Processo de Socialização e as Instituições Sociais;
- As instituições devem ser situadas no tempo e no espaço, ou seja, não é
possível estabelecer comparações entre instituições de sociedade
diferentes, e devem ser estudadas em suas dinâmicas e contradições,
entendidas como construções sociais, passíveis de críticas e mudanças;
- A dinâmica do processo de socialização;
- Instituições escolares, familiares, religiosas, empresariais, presidiárias
etc.
•Cultura e Indústria Cultural;
- Esse conteúdo deve problematizar e desnaturalizar os conceitos de
cultura e suas derivações. As diferentes sociedades e grupos sociais não
podem ser comparadas entre si e classificadas como mais, ou menos
importantes, pois possuem desenvolvimento político, econômico e social,
bastante diversificados.
- Conceitos de cultura, diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo
cultural, cultura e gênero, etnia, e minorias, mercantilização da cultura.
- Enfatizar diferentes culturas, manifestação simbólica dentro da cultura.
Observar que cada autor traz a sua cultura, em seus registros.
•Trabalho, Produção e Classes Sociais;
− As mudanças estruturais das sociedades modernas e contemporâneas
e as decorrentes mudanças nas relações de trabalho.
388
- Construção das relações de trabalho na sociedade capitalista, mudanças
no mundo do trabalho, nas sociedades contemporâneas neoliberais,
desemprego, subemprego, novas configurações de classes sociais.
•Poder, Política e Ideologia;
- Problematização à respeito da constituição do poder: este não se
constitui por si só, mas possui uma estratégia, um discurso e uma forma
para se legitimar. Portanto, em sua forma de efetivação está embutida a
ideologia que se manifesta a partir de práticas políticas. Os conceitos
poderão ser trabalhados separadamente, mas deverão estar sempre em
diálogo.
- Conceitos de poder, política e ideologia e suas implicações nas diversas
instância sociais.
•Direito, Cidadania e Movimentos Sociais;
- Este conteúdo articula os conceitos de direito, cidadania e movimentos
sociais, pois na análise dos direitos deve-se considerar que esses foram
sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram sendo conquistados pela
pressão dos que não tinham direitos.
− São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de
sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se
tornam plenos, e portanto, elementos da cidadania, se forem exercidos no
cotidiano das ações das pessoas.
A importância da organização dos conteúdos estruturantes, como propõe-
se, que seja fundamentado nas Diretrizes Curriculares e com o Livro Didático
contemplado, propomos desenvolver sim, um olhar crítico explicativo, mas
389principalmente interrogador e que conduza às mudanças de atitudes a respeito da
organização da sociedade, para o desenvolvimento de um pensamento reflexivo, livre
de noções preconceituosas em função da sociedade, atendendo às dimensões
intelectuais e políticas dos jovens educandos.
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas referentes
as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira
Africana e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
390
4 – METODOLOGIA
Essas diretrizes sugerem que a disciplina seja iniciada, a título de
introdução, com uma breve contextualização da construção histórica da Sociologia, e
das teorias sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas,
numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente os conteúdos
específicos.
Propor para o aluno o que ele tem interesse dentro dos conteúdos
estruturantes.
Abrir espaço para os alunos expressarem suas ideias. Exemplo: O que
entende de questões sociais?
Trabalhar através de teatro, debates, seminários, resumo de textos, e
outras atividades, procurando incentivar a oralidade, para depois expressar-se também
por outros meios.
O encaminhamento metodológico será feito através de pesquisas,
trabalhos em grupo, montagens de painéis, palestras, aulas expositivas, debates,
estudo de mapas, exercícios, usando como recursos pedagógicos e tecnológicos:
slides, fitas VHS, CDs educativos, DVDs, TV Paulo Freire, TV pendrive e Laboratório
Paraná Digital além de atividades que estimulem o trabalho coletivo como: músicas,
desenhos, poesias, dramatizações entre outros.
391
4 - AVALIAÇÃO
Os critérios de Avaliação em Sociologia devem ser construídos junto com
os alunos, pois deve ser pensada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus
critérios devem ser debatidos criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela
disciplina.
Espera-se que os estudantes compreendam:
O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão
da sociedade e dos indivíduos.
Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para
capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.
Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a
diversidade de interesses existentes na sociedade.
Identifiquem-se como seres eminentemente sociais;
Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em
seu processo de socialização e as contradições deste processo;
Reflitam sobre suas ações individuais e que as ações em sociedade são
interdependentes;
Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as
diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades
Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de
dominação na sociedade contemporânea;
392Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que
transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de
formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;
Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que
está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.
A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história
A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho
diversas a ela.
As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são
“naturais”. Variam conforme a articulação e organização das estruturas de
apropriação econômica e de dominação política;
As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de
globalização;
Possam analisar e compreender de forma crítica o desenvolvimento do Estado
Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas;
Possam analisar criticamente os processos que estabelecem as relações de
poder presentes nas sociedades.
Possam compreender e avaliar o papel desempenhado pela ideologia em vários
contextos sociais.
Possam compreender os diversos mecanismos de dominação existentes nas
diferentes sociedades.
possam perceber criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta
e estabelece na sociedade brasileira.
•Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos, e sua relação com a
cidadania;
393•Percebam como direitos que hoje consideram “naturais” são resultado da luta de
diversos indivíduos ao longo do tempo;
•Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa
sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;
•Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.
•Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em
suas especificidades.
As formas de avaliação em Sociologia portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,
que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo,
seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao
selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretendem atingir, no sentido da
apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Os alunos serão avaliados através de diversos instrumentos, tanto escritos
como orais, expressivos e outros, tendo como fim observar a apreensão de alguns
conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social e a capacidade de
expressar-se com coerência e fundamentação teórica.
A avaliação abrange o trabalho do professor e da escola, pois os
resultados obtidos pelos alunos servem para redimensionar a atuação da instituição
escolar. O aluno também participa do processo avaliativo, através da auto-avaliação.
394
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro Didático
Público de Sociologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Sociologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED-
PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático -
Educação Ambiental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático
– Enfrentamento à Violência na Escola. Curitiba: SEED-PR, 2008.
LEI Nº 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
LEI Nº 11.645/2008, que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
LEI FEDERAL Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que trata da Educação
Ambiental
LEI Nº 13.381/2001 – História do Paraná.
395Proposta Pedagógica Curricular de Matemática
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Matemática é visto como instrumento para a compreensão, a
investigação, a inter-relação, provocando modificações do indivíduo, do mais simples
acúmulo de conhecimento até o progresso de criar significados, construir seus próprios
instrumentos, desenvolvendo o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e
transcender.
A educação matemática configurou-se como campo de estudo de modo
que os professores encontraram fundamentação teórica e metodológico para direcionar
sua prática sua prática docente. É uma área que engloba inúmeros saberes, direta ou
indiretamente sobre todos os processos de ensino-aprendizagem embora ainda
encontra-se em processo de construção, de forma a envolver-se com as relações entre
o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.
Os conteúdos estruturantes organizam os campos de estudos,
selecionados a partir de uma análise onde são considerados fundamentais para a
compreensão do processo de ensino e da aprendizagem em matemática, a serem
abordados numa prática docente, priorizando relações e interdependências que,
consequentemente, enriquecem os processos que na medida em que os conceitos
podem ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens
possibilitam, podem ser retomadas e aprofundados, mediante a configuração curricular,
que promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em
articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo
estruturante e entre conteúdos específicos pertinentes a conteúdos estruturantes
diferentes, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.
A história da matemática influenciou e continua fundamentado o ensino da
matemática até hoje. Por meio dessa história, encontra-se a oportunidade de
396compreender a ciência matemática desde as suas origens, e como a disciplina
matemática tem se configurado no currículo escolar brasileiro.
A disciplina de matemática tem como objetivo, fazer com que o aluno
compreenda e se aproprie da matemática como um conjunto de métodos, resultados,
procedimentos, algoritmos etc. Tem também como finalidade fazer com que o
estudante construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e particularmente do
cidadão, isto é, do homem público, a formação de um estudante crítico, capaz de agir
com autonomia nas relações sociais e se aproprie de conhecimentos, dentre eles, o
matemático, que contribui para o desenvolvimento, possibilitando a criação de relações
sociais e a influência na formação do pensamento humano, e na produção de sua
existência por meio das ideias e das tecnologias.
2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Sistemas de Numeração;- Números Naturais;- Múltiplos e divisores;- Potenciação e radiciação;- Números Fracionários;- Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de comprimento;- Medidas de massa;- Medidas de área;- Medidas de volume; - Medidas de tempo;- Medidas de ângulos;- Sistema Monetário.
GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem.
397
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÃO CONCEITUAIS: Gráficos de Barras, Setor Linhas, Colunas,
quadrados, Círculos, Retângulos, Triângulos, trapézio, Paralelogramo, Losangos,
Símbolos Romanos, Egípcios, Múltiplos e Submúltiplos das Medidas, Rotação e
Translação.
RELAÇÕES INTERDICIPLINARES: Relato cotidiano dos alunos, o que eles
colhem, plantam, criam, o tempo de trabalho, os dias e horas de trabalho semanal,o
valor da diária, do salaminho,do balaio, do hectare etc.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Inteiros;- Números racionais;- Equação e Inequação do 1º grau;- Razão e proporção;- Regra de três.
GRANDEZAS E MEDIDAS- Medidas de temperatura;- Ângulos.
GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial; - Geometrias Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Pesquisa Estatística;- Média Aritmética;- Moda e mediana;- Juros simples.
398
POSSÍVEIS RELAÇÕES
Determinação da Medida Numérica de Ângulos Dados na Forma Algébrica,
Monômios, Polinômios, Sistemas de Equações, Valor Numérico, Ampliação dos
Conjuntos Numéricos, Circunferência e a Relação com o Número Pi.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau;- Potências;- Monômios e Polinômios;- Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS- Medida de comprimento;- Medida de área;- Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana- Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO- Gráfico e Informação;- População e amostra.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
Determinação da Medida Numérica de Ângulos Dados na Forma Algébrica,
Monômios, Polinômios, Sistemas de Equações, Valor Numérico, Ampliação dos
Conjuntos Numéricos, Circunferência e a Relação com o Número Pi.
399
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Reais; - Propriedades dos radicais;- Equação do 2º grau;- Teorema de Pitágoras;- Equações Irracionais;- Equações Biquadradas;- Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
FUNÇÕES- Noção intuitiva de Função Afim .- Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;- Geometria Espacial; - Geometria Analítica;- Geometria Não-Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade;- Estatística;- Juros Composto.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
Sempre que necessário se fazem retomadas sobre assuntos que
fizeram parte do conhecimento prévio do aluno.
Os conteúdos de matemática propiciam diversas relações com o
trabalho de Educação do Campo.
400ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números reais;- Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios.- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.
FUNÇÕES
- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números reais;- Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios.- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.
FUNÇÕES
- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.
401
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias Não- Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Analise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades; - Estatística;- Matemática Financeira.
Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos
estruturantes são: - Números e Álgebra, Geometria, Funções e Tratamento da
Informação.
O conteúdo estruturante Números e Álgebra encontra-se desdobrado em
conjuntos dos números reais, noções de números complexos, matrizes, determinantes,
sistemas lineares e Polinômios.
Por conta de necessidades práticas surge uma tendência marcante na
Matemática baseada na vivência e no cotidiano das pessoas: o conhecimento
matemático se volta para a aritmética prática e a mediação, mas também com o passar
do tempo desenvolve tendência para abstração, ganhando assim novas configurações.
As produções matemáticas do século XVII ao século XIX procuraram
atender aos desmandos de algumas atividades humanas, principalmente as comerciais
e a administração públicas, portanto nesse estágio a Álgebra alcançou um novo estágio
de desenvolvimento que permitiu encontrar soluções para equações cúbicas, raízes de
grau maior que três, usou também pela primeira vez os números imaginários na
tentativa de encontrar raízes quadradas de números negativos, em resumo originou a
teoria das equações algébricas.
Trabalhar com o conteúdo estruturante Álgebra é estabelecer, nas
relações entre os desdobramentos possíveis o pensamento algébrico enquanto
linguagem. Pensar algebricamente é produzir significado para situações em termos de
números e operações aritméticas, e igualdades ou desigualdades, e com base nisso,
transformar as expressões obtidas.
402De acordo com o contexto da Educação Matemática é necessário que a
álgebra venha a ser compreendida de forma ampla no sentido de analisar e descrever
relações em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, partindo do
pensamento algébrico e dos significados que este produz. O conceito de Álgebra é
permeado pelo uso de convenções algébricas: conceito de variável, de incógnita,
conhecimento de produtos notáveis, manipulação de variáveis e operações, cálculo
literal e coeficientes numéricos, que não pode ser concebido pelas simples
manipulações automáticas desses elementos que a compõem, pois juntamente com a
álgebra estão os Números que desde os tempos mais remotos estão presentes na vida
do homem. Os métodos de contagem da antiguidade, como entalhe em paus, nós em
cordas e outros contribui para o desenvolvimento social e favoreceu o surgimento de
símbolos especiais tanto para a contagem quanto para a escrita.
O atual sistema de numeração formado pelos algarismos de 0 a 9, iniciou
com os números 1 e 2 quando o homem percebeu diferenças nítidas entre a unidade, o
par e a pluralidade e na medida em que o homem avançou no conhecimento e se
deparou com a complexidade de problemas, surgiram os demais algarismos que hoje
estão organizados nos conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, reais e
complexos.
Não há sentido trabalhar isoladamente conjuntos numéricos e suas
especificidades. Devemos compreender que os números estão inseridos em contextos
articulados com os conteúdos específicos da matemática.
O conteúdo estruturante Geométricos, encontra-se desdobrado em
Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometria Analítica e Noções Básicas de
Geometria Não-Euclidiana.
As ideias geométricas abstraídas das percepções das formas geométricas
da natureza influenciou o homem na sua trajetória, permitindo através de coleta de
registros geométricos deixados pelo homem, Euclides sistematizou o conhecimento
403geométrico na obra chamada Os Elementos de Euclides que categorizou a Geometria,
dando caráter de ciência matemática.
Após a sistematização de Euclides, o conhecimento geométrico recebeu
uma nova abordagem na primeira metade do século XVII, quando nasceu um novo
ramo da matemática, a Geometria Analítica. Neste período a Europa vivia uma fase de
transição política e econômica e o modo de produção capitalista emergente, requeria
das ciências novos conhecimentos, com urgência no campo da astronomia e mecânica,
requeriam da matemática cálculos relativos entre a distância entre pontos, coordenadas
do ponto que divide um segmento segundo uma razão dada, encontro de pontos de
intersecção e curvas de discussão de curvas e por meio da Geometria Analítica, estes
problemas eram solucionadas.
Muitos problemas do cotidiano do homem e do mundo científico que não
são resolvidos pela Geometria euclidiana são solucionadas pela Geometria Não-
euclidiana.
Para orientar a prática docente com os estudantes do Ensino Médio tome-
se por base estudos do campo da Educação Matemática que se voltam para o ensino e
aprendizagem de conteúdos de geometria, que não deve ser trabalhada rigidamente
separada da Aritmética e da Álgebra, por ser rica em elementos que favoreçam a
percepção espacial e a visualização, ela constitui um conhecimento relevante, inclusive
para outras disciplinas do conhecimento.
O ensino da Geometria deve permitir que o estudante realize leituras que
exijam a percepção, a linguagem e o raciocínio geométricos, fatores estes que
influenciam diretamente na relação que envolvem a construção e apropriação de
conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si. Não se deve
super ficializar o processo que objetiva a formação do pensamento geométrico
privilegiando somente as demonstrações geométricas e seus aspectos formais.
404O conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos
Função Afim, Função Quadrática, Função Exponencial, Função Logarítmica, Função
Trigonométrica, Função Modular, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica.
As funções, enquanto conteúdo da Matemática teve diversas
conceituações, nem todos presentes nas salas de aula. Na idade média, as noções
eram expressar sob uma forma geométrica e cerâmica, mas que prevaleciam, em cada
caso concreto, as descrições verbais ou gráficas.
No período moderno, o aprimoramento dos instrumentos de medida,
inspirou os matemáticos a estudarem as noções de funções, fundamentando-se ma
experiência e observação, contribuindo assim, para a evolução desse conceito, onde
introduziu-se o tratamento quantitativo, as equações em x e y no tratamento das
relações de dependência, noções de curva nos movimentos e fenômenos mecânicos,
taxas de mudança de quantidade, imagens geométricas e linguagem simbólica. Durante
sua sistematização percebe-se as primeiras aproximações do conceito de funções com
a Álgebra, onde a função é expressa por notação algébrica, e o conceito de funções
passou a ter uma maior abrangência, avançou aos campos do Cálculo Diferencial e da
Análise Matemática, contribuindo assim para a caracterização e estudo de cálculos que
envolvem a noção de infinito. Essas contribuições foram fundamentais para o
desenvolvimento da teoria das funções complexas e o conteúdo de Funções simbolizou
os primeiros sinais de modernização do ensino da Matemática.
O papel das expressões analíticas é o de instrumento que por meio as
diversas áreas do conhecimento, e a partir de resolução de problemas possam auxiliar
as atividades humanas.
Enfim, o conceito de Funções pode levar à constatações de regularidades
matemáticos, generalizados e formação de uma linguagem adequada para descrever e
interpretar fenômenos ligados a matemática e as outras áreas do conhecimento. O
estudo das Funções ganha relevância especial pela capacidade de leitura e
interpretação das linguagens gráficas, dá significado as variações das grandezas
405envolvidas, bem como pela possibilidade de análise para prever resultados e adiantar
previsões. Os gráficos são importantes instrumentos para tornar mais significativas as
resoluções de equações e inequações algébricas.
O tratamento da informação encontra-se desdobrado em Análise
Combinatória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira e Binômio de Newton.
O Tratamento da Informação é instituído conteúdo estruturante diante da
necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de realizar
leituras críticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que
se expressam por meios de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e
conhecimentos das possibilidades e chances de ocorrência de eventos.
Propõe-se que o ensino da Estatística se realize num processo
investigativo pelo qual o estudante trabalhe com os dados desde sua coleta até os
cálculos finais.
Os conceitos estatísticos devem servir de suporte aos conceitos de outros
conteúdos específicos com os quais possam estabelecer vínculos onde seja possível
quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que
sejam incorporadas as experiências do cotidiano.
O professor deve direcionar a abordagem desse conteúdo baseado em
estudo que privilegia os métodos, as técnicas e os conceitos estatísticos
articuladamente, e para que haja compreensão, sugere-se uma prática com dados
reais que sejam relevantes para os estudantes e principalmente, obtidos por eles
mesmos.
Relacionando o conteúdo de Estatística com o de Probabilidade, os
estudantes deverão ter formação que possibilita a leitura diversificada da realidade, que
perceba, que medidas estatísticas não são fatos encerrados em si mesmos.
O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da
atividade humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e social,
provocando mudanças na vida das pessoas e da sociedade em geral. Sua importância
406se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários,
interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiros,
entre outras atividades de caráter financeiro.
O conteúdo específico Binômio de Newton possui articulações que podem
ser estabelecidas entre Análise Combinatória, Estatística e Probabilidade, o que
possibilita, ao estudante articular esses conceitos com os presentes em outros
conteúdos específicos. No cálculo de probabilidades, por exemplo, se usa distribuição
binominal quando o experimento consiste numa sequência de ensaios ou tentativas
independentes.
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas
referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
407
3 – METODOLOGIA
Para um ensino significativo busca-se direcionar o trabalho docente de
forma que o mesmo seja ponte para abordagens a partir dos inter-relacionamentos e
articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.
Assim, os conteúdos específicos articulam-se ente si e os conteúdos
estruturantes transitam em outros conteúdos estruturantes, de modo que nenhum deles
é abordado isoladamente.
A postura metodológica que permite a apropriação de um conhecimento
em Matemática mediante configuração curricular, que promove a organização de um
trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os conteúdos
específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as
significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do
enriquecimento e das construções de novas relações.
Para o exercício da prática docente nas tendências temáticas
metodológicas da Educação Matemática elegem algumas propostas metodológicas que
procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, destacando-se a
Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias Tecnológicas, a
Etnomatemática e a História da Matemática, considerando que nenhuma tendência é
mais importante que a outra, tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma vez
que se complementam.
Os conteúdos propostos, serão abordados por meio dessas tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, dos quais
destacam-se:
408 RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS
Faremos uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas,
pois isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o Ensino de Matemática a
modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A resolução de
problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como
conhecimento passível de ser apreendido.
É importante lembrar que resolução de exercícios é diferente de resolução
de problemas, pois no primeiro caso dispõem de mecanismos que levam a solução
imediata enquanto que na resolução de problemas, muitas vezes é preciso levantar
hipóteses e testá-los, desta forma pode ser um exercício para alguns e um problema
para outros, dependendo dos conhecimentos prévios.
ETNOMATEMÁTICA
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem o conhecimento matemático. Através desta
metodologia, busca-se uma organização da sociedade, por meio de um ensino que
valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes
culturais, adaptando essas às novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e
saberes.
MODELAGEM MATEMÁTICA
Problematizando as situações do cotidiano, fenômenos diários sejam eles
físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises criticas e
compreensão diversas de mundo, contribuindo para sua formação crítica.
MÍDIAS TECNOLÓGICAS
O uso da mídia tem suscitado novas questões, atividades com lápis e
papel, para construir gráficas etc., se forem feitos com o uso computador, permitem
experiências matemáticas, potencializando formas de resoluções de problemas,
descobrindo o fazer matemático de uma forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a
prática.
409
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos
fatos sociais e políticos, sendo um elemento orientador na elaboração de atividades, na
criação dos situações-problema, buscando uma referência para a melhor compreensão
dos conteúdos matemáticos.
INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um
matemático, formulando conjecturas a respeito do que está investigando. Os alunos
investigarão qual a mais adequada a questão investigada, discutindo o argumento com
colegas e professor(a).
Sempre que for preciso, articula-se as tendências, buscando a melhor
eficácia no processo de ensinar, tendo condições de realizar as devidas análises, os
debates, as conjecturas e a conclusão de ideias ou atitudes.
Para um ensino significativo busca-se direcionar o trabalho docente de
forma que o mesmo seja ponte para abordagens a partir dos inter-relacionamentos e
articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.
No contexto da Educação Matemática os ambientes de aprendizagens
gerados por aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares,
potencializam o processo de ensino e da aprendizagem, suscita novas questões, em
relação ao currículo, à experimentação matemática, as possibilidades do surgimento de
novos conceitos e de novas teorias matemáticas.
4104 - AVALIAÇÃO
Por conta do crescimento das possibilidades do ensino e da
aprendizagem em Matemática, a avaliação merece uma atenção especial por parte dos
professores da disciplina.
Numa perspectiva tradicional é comum avaliar os alunos, levando-se em
conta apenas o resultado final de operações e algoritmos, desconsiderando o resultado
final de operações e algoritmos, desconsiderando todo o processo de construção. Para
superação desta concepção de avaliação, é importante o professor de matemática ao
propor atividades em suas aulas, sempre insistir com os alunos para que explicitem os
procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por
escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando de algoritmos, resolvendo
problemas, entre outros. É necessário que o professor reconheça que o conhecimento
matemático não seja fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente,
e que amplie as possibilidades do aluno ampliar e expressar o seu conhecimento
adquirido.
Nesse contexto de concepção da Educação Matemática adotada nestas
Diretrizes, a avaliação tem caráter de mediação no processo de ensino e
aprendizagem. Nesse contexto cabe ao professor propor encaminhamentos diversos
como a observação, a intervenção, a revisão de noções de subjetividades, ou seja
buscar diversos métodos avaliativos, incluindo o uso de materiais manipuláveis,
computador ou calculadora, rompendo assim com a linearidade e a limitação marcada
pelas práticas avaliativas. As práticas avaliativas no processo de ensino e
aprendizagem, requer reflexão sobre a formação do aluno enquanto cidadão atuante
numa sociedade que agrega problemas complexos. É preciso considerar registros
escritos e as manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo,
pois no processo ensino e aprendizagem passa subsidiar o planejamento de novos
encaminhamentos metodológicos.
411Uma prática avaliativa precisa de encaminhamentos metodológicas que
abram espaço a interpretação e a discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado
e a compreensão por parte do aluno. E para que isso aconteça é fundamental o
diálogo entre alunos e professores, nas tomadas de decisões, nas questões relativas
aos critérios utilizados para se avaliar, na função de avaliação e nas constantes
retomadas avaliativas, se necessário.
Segundo D’Ambrósio, a avaliação deve ser uma orientação para o
professor na condução de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar
alunos na construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático, pois não é
uma missão de educador, selecionar, filtrar, reprovar e a provar indivíduos para isto ou
aquilo.
Critérios de avaliação:
Na 5ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
Conheça os diferentes sistemas de numeração;
Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus
elementos;
Realize as operações fundamentais com números naturais;
Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam
as operações;
Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal;
fração e número misto;
Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como
sua operação inversa;
Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e
geométricos.
Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
412Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
Calcule o perímetro e área de figuras planas, usando unidades de medida
padronizadas;
Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida de
tempo;
Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);
Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas
mundiais.
Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada
Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
Determine perímetro de figuras planas;
Calcule área de figuras planas;
Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando seus
elementos.
Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se
apresentam;
Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os
números na forma decimal e fracionária.
Na 6ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registro;
Compreenda os princípios aditivo e multiplicativo como propriedade da igualdade
e desigualdade;
Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem
determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
413Reconheça sucessões de grandezas direta e inversa
mentes proporcionais;
Compreenda o conceito de incógnita.
Identifique os diversos tipos de medidas e saiba aplicá-las em diferentes
contextos;
Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
Calcule área de figuras planas;
Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira,
vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
Leia, interprete, construa e analise gráficos;
Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
Na 7ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números
inteiros, dos números racionais e irracionais;
Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional
especial;
Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas.
Calcule o comprimento da circunferência;
Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo.
Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptada por transversal;
414Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos, bem
dos polígonos regulares;
Trace e reconheça retas paralelas num plano desenvolva a noção de paralelismo;
Realize cálculo de superfície e volume de poliedros;
Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas,
marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa e
ordenada);
Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais.
Represente uma mesma informação em gráficos diferentes;
Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
Na 8ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
Opere com expoentes fracionários;
Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
Extraia uma raiz usando fatoração;
Identifique uma equações do 2º grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;
Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
Identifique equações Irracionais;
Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;
Utilize a regra de três composta em situações-problema.
Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um
triângulo retângulo.
Expresse a dependência de uma variável em relação a outra;
Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
415Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
Analise graficamente as funções afins;
Analise graficamente as funções quadráticas.
Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;
Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situação-problemas;
Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
Aplique o Teorema de Tales em situação-problemas;
Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;
Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um fratal.
Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que
envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo.
Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório;
Calcule as chances de ocorrência de um determinado o evento;
Resolva situação-problemas na qual envolvam cálculos de juros compostos.
No Ensino Médio é importante que o aluno:
Amplie a ideia de conjuntos numéricos e o transponha em diferentes contextos;
Compreenda os números complexos e suas operações;
Conceitue e interprete Matrizes e suas operações;
Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam
por meio de determinante;
Identifique e realize operações com polinômios;
Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações inclusive as
exponenciais, logarítmicas e modulares.
Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas;
416Compreenda as relações matemáticas existentes nas unidades de medida de
diversas grandezas;
Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo qualquer para
determinar elementos desconhecidos.
Identifique diferentes funções;
Realize cálculos envolvendo diferentes funções;
Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema;
Realize análise gráfica de diferentes funções;
Reconheça nas sequências numéricas, particularidades que remetem ao conceito
das progressões aritméticas e geométricas;
Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica.
Amplie aprofunde nos conceitos geométricos em um nível abstrato mais complexo;
Realize análise dos elementos que estruturam as geometrias;
Perceba a necessidade das geometrias não-Euclidianas para a compreensão de
conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de
Euclides;
Compreenda a necessidade das geometrias não-Euclidianas para o avanço das
teorias científicas;
Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, da Geometria Hiperbólica e
da Geometria Fractal.
Manuseie dados desde sua coleta até os cálculos que permitirão tirar conclusões e
a formulação de opiniões;
Domine os conceitos do conteúdo Binômio de Newton;
Saiba tratar as informações e compreenda a ideia de probabilidade;
Realize estimativas, conjecturas à respeito de dados e informações estatísticas;
Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade
humana;
417Perceba, através da leitura, construção e interpretação de gráficos, a transição da
álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
5 - REFERÊNCIAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Livro
Didático Público Educação Matemática – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná – Matemática – Ensino Fundamental e Médio.
Curitiba: SEED-PR, 2008.
418
Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna - Espanhola
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A presença da Língua Estrangeira Moderna – Espanhola na Educação
Básica faz-se necessária pois auxilia na formação do sujeito crítico, capaz de interagir
criticamente com o mundo a sua volta, também o aluno amplia suas experiências
culturais ao comparar e contrastar a sua cultura com a estrangeira. O trabalho com a
língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas como um instrumento
para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma nova
possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.
O aprendizado de uma língua estrangeira possibilita proporcionar a consciência
sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação humana. Assim os alunos
a serem expostos às diversas manifestações da língua na sociedade têm a
oportunidade de alargar horizontes e expandir suas capacidades interpretativas e
cognitivas e entender suas implicações políticas e ideológicas, comparando os
procedimentos de construção de significados na língua materna e na língua estrangeira.
Ao utilizar uma língua estrangeira na interação com outras culturas, os alunos
terão a oportunidade de refletir sobre a língua como um artefato cultural, como um
produto que se constrói e é construído por determinada comunidade, a qual reage a
determinados acontecimentos com base em histórias e contextos específicos.
Podem igualmente reconhecer as implicações da diversidade cultural constituída
linguisticamente em diferentes línguas, culturas, modos de pensar, compreendendo que
os significados são sociais e historicamente construídos e passíveis de transformações.
Desde os primórdios, tinham os jesuítas na educação escolar, o latim e o
grego como língua culta. E, partindo dessa época a língua estrangeira veio sendo
valorizada.
419Em primeiro momento, era considerado importante uma segunda língua
no currículo escolar, e por isso aprendeu-se o francês, por representar um ideal de
cultura e civilização, seguido do inglês e depois do alemão, as quais eram consideradas
importantes para o desenvolvimento do pensamento e da literatura.
E com o passar do tempo “falar” um segundo idioma, através do termo
direto, isto é, o aprendiz dava sentido à escrita e a oralidade em trabalhados em cada
série, sendo o espanhol valorizado como disciplina curricular, porém o inglês tinha seu
espaço garantido por ser um ideal de cultura.
Mais tarde linguistas sistematizaram os métodos audiovisual e áudio-oral.
Chowsky cria o foco na oralidade, dando ênfase nas habilidades de falar,
ouvir, ler e escrever, sendo a gramática dedutiva e a valorização da motivação, e a
interação da aprendizagem.
A língua estrangeira em certo tempo passou a ter carga horária diminuída
e era ainda ensinada pelo método tradicional, mas Hymes desenvolve a competência
comunicativa, que consiste em levar o aluno a aprender novos enunciados próprios ao
contexto da relação social.
Nos anos de 90 as escolas voltam a ofertar o espanhol, devido à criação
do MERCORSUL e, ainda, a LDB 9394/96 impõe que o uso da língua estrangeira fica
como disciplina diversificada, posta a critério da comunidade escolar, (no Ensino
Fundamental) e obrigatória no Ensino Médio.
E em 2005, o Espanhol continua como disciplina facultativa, por causa das
transações comerciais envolvendo o MERCOSUL e o Brasil, tendo como incentivo o
MEC que distribuí o material didático de suporte para professores de língua espanhola.
Enfim, no Paraná, a língua estrangeira também é vista como uma
concepção de língua prática social e historicamente construída. A competência
comunicativa deve ser voltada para o uso efetivo da língua e não apenas para o estudo
da “língua pela língua”, para a busca da interação e não apenas da precisão, para a
420autenticidade da língua e contextos, atendendo às necessidades dos alunos no mundo
real, desenvolver a habilidade de ler, escrever, falar e compreender auditivamente.
O conteúdo estruturante para o ensino da língua estrangeira moderna é o
discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.
Essa disciplina tem como objetivos gerais:
Utilizar a língua em situações de comunicação oral e escrita.
Vivenciar na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
Obter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Usar a língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, não se
limitando ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.
Fazer do aluno um sujeito crítico capaz de interagir criticamente com o mundo a sua
volta.
Apresentar discursos nos seus mais variados gêneros: orais, escritos ou visuais.
Comparar a cultura, entender e perceber a língua estrangeira como algo que se
constrói e como é construída por uma determina comunidade.
Levar o aluno a aprender culturas e valores, modos de vida e sistemas político-
sociais diferentes dos seus;
Ser capaz de acessar novas tecnologias, que possam enriquecer seus
conhecimentos;
421Conscientizar-se de que o conhecimento da língua espanhola é uma ferramenta
importante para ele interagir com o mundo;
Ser capaz de usar a língua em situações de oralidade e escrita;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento do país.
Fazer com que o aluno entenda a Língua Estrangeira Moderna - Espanhol como um
instrumento da prática social.
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEB) do
Paraná de Língua Estrangeira Moderna (2008, p. 61) os conhecimentos que identificam
e organizam os campos de estudos de Língua Estrangeira são considerados basilares
para a compreensão do objeto de estudo dessa disciplina. Esses saberes são
concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se abordam os conteúdos
específicos no trabalho pedagógico.
De acordo com as DCEB do Paraná o Conteúdo Estruturante está
relacionado com o momento histórico-social. Ao tornar a língua como interação verbal,
como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa
perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua
Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será tratada de forma
dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que
efetivam o discurso.
A palavra discurso inicialmente significa curso, percurso, correr por,
movimento. Isso indica que a postura frente aos conceitos fixos, imutáveis, deve ser
diferenciada. De acordo com Stam (2000, p. 32), “a linguagem, em Bakthin, não é um
422sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser”. A língua não é algo pronto, à
disposição dos falantes, mas algo em que eles “ingressam numa corrente móvel de
comunicação verbal”. A consciência só é adquirida por meio da linguagem e é através
dela que os sujeitos começam a intervir no real.
Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na
gramática tradicional, o discurso tem com foco o trabalho com os enunciados (orais e
escritos). O uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso
também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005). O discurso é
produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo que fala e/ou escreve. A
localização geográfica, temporal, social, etária também são elementos essenciais na
constituição dos discursos.
Assim, o conteúdo estruturante é o discurso enquanto prática social,
efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolverão a leitura, a oralidade e
a escrita. A leitura, será trabalhada através de textos não verbais e verbais e a partir
desses textos construir juntamente com o aluno o aspecto de uma leitura crítica,
fazendo com que esse aluno seja capaz de se comunicar em diferentes formas
discursivas e tipos de textos.
A oralidade também será trabalhada através de textos selecionados
previamente pelo professor, tendo como referência os fundamentos teórico-
metodológicos da DCEB de Língua Estrangeira Moderna, de modo que o aluno seja
capaz de vivenciar várias formas de ações coletivas e individuais, compreender que os
significados são sociais e historicamente construídos, reconhecer a diversidade
linguística e cultural e seu respectivo enriquecimento para o país.
A escrita deverá ser vista como atividade significativa, através de textos
que levem o aluno a ter uma reflexão crítica e façam com que o percebam como uma
prática social, num determinado contexto social e cultural, fazendo parte do cotidiano
de cada um.
423Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados, dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Deverão ser selecionados
a partir dos erros resultantes das atividades realizadas em sala de aula.
Os conteúdos serão trabalhados de acordo com a série do aluno, através
de textos, propagandas, rótulos, artigos de jornais e/ou revistas, charges e outros,
abordando diversos aspectos entre eles a História e Cultura Afro-brasileira e Africana e
Indígena e a Educação do Campo levando o aluno a ter uma posição crítica a respeito
do assunto proposto. Através do texto, o aluno reconhecerá sua atuação e
conhecimento sobre o tema, para assim, discutir os aspectos linguísticos do texto
apresentado.
Ainda como orienta as DCEB de Língua Estrangeira o professor deve
considerar a diversidade de gêneros existentes e a especificidade do tratamento da
Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de estabelecer critérios para definir os
conteúdos específicos para o ensino.
Como sugere as DCEB os conteúdos específicos contemplam diversos
gêneros discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades
linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da posição
que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade
discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero;
composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a
um gênero (BAKHTIN, 1992).
Dessa forma estabelecem-se como elementos integradores e que estarão
presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja
em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-
pragmáticos. Para efetivar esses conhecimentos acima mencionados será trabalhados
as práticas da leitura, da oralidade e da escrita visando atender a especificidade de
cada série e os objetivos que cada Plano de Trabalho Docente propõe.
424Serão trabalhados no 1º ano do curso básico do CELEM os seguintes
gêneros textuais:
Esfera cotidiana de circulação: Bilhete, Carta Pessoal, Cartão felicitações, Cartão
postal, Convite, Letra de música, Receita culinária.
Esfera publicitária de circulação: Anúncio, Comercial para rádio, Folder, Paródia,
Placa, Publicidade Comercial, Slogan.
Esfera produção de circulação: Bula, Embalagem, Placa, Regra de jogo, Rótulo.
Esfera jornalística de circulação: Anúncio classificados, Cartum, Charge,
Entrevista, Horóscopo, Reportagem, Sinopse de filme.
Esfera artística de circulação: Autobiografia, Biografia.
Esfera escolar de circulação: Cartaz, Diálogo, Exposição oral, Mapa, Resumo.
Esfera literária de circulação: Conto, Crônica, Fábula, História em quadrinhos,
Poema.
Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail), Mensagem de texto
(SMS), Telejornal, Telenovela, Videoclipe.
No 2º ano do curso básico serão trabalhados os seguintes gêneros
textuais:
Esfera cotidiana de circulação: Convite, Curriculum Vitae, Exposição oral, Lista de
compras, Telefonema.
Esfera publicitária de circulação: Comercial para rádio, Folder, Propaganda,
Publicidade Institucional.
Esfera produção de circulação: Instrução de montagem, Instrução de uso, Regra
de jogo.
Esfera jornalística de circulação: Artigo de opinião, Boletim do tempo, Carta ao
leitor.
Esfera jurídica de circulação: Boletim de ocorrência, Contrato, Lei.
425Esfera escolar de circulação: Palestra, Resenha, Texto de opinião.
Esfera literária de circulação: Conto, Poema, Sarau de poema.
Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail), Mensagem de texto
(SMS), Videoclipe.
A efetivação do conteúdo estruturante se dá a partir de uma metodologia
que leva em consideração as especificidades de cada série, as características dos
alunos, os objetivos propostos no plano de trabalho docente do professor e do Projeto
Político Pedagógico da escola.
Além de atender a essa metodologia acima explicitada os gêneros textuais
serão desenvolvidos por meio das práticas discursivas da oralidade, leitura e escrita,
tais práticas têm conteúdos básicos que devem ser contemplados para que o estudo do
texto seja mais significativo.
São conteúdos básicos da prática discursiva oralidade para o 1º ano do
CELEM:
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Aceitabilidade
do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto: Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso
de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
São conteúdos básicos da prática discursiva leitura para o 1º ano do
CELEM:
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo
temático do gênero; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do
gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;
426Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Léxico:
repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas básicas do texto.
São conteúdos básicos da prática discursiva escrita para o 1º ano do
CELEM:
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo
temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do
gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade centradas no
texto: Intertextualidade; Partículas conectivas básicas do texto; Vozes do discurso:
direto e indireto; Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões
com mensagens implícitas e explícitas; Marcas linguísticas: coesão,coerência, função
das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal
e nominal.
São conteúdos básicos da prática discursiva oralidade para o 2º ano do
CELEM:
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo
temático do texto; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas.
427Fatores de textualidade centradas no texto: Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso
de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
São conteúdos básicos da prática discursiva leitura para o 2º ano do
CELEM:
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo
temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do
gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Léxico:
repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas
São conteúdos básicos da prática discursiva escrita para o 2º ano do
CELEM:
Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo
temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do
gênero; Aceitabilidade do gênero; Finalidade do texto; Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Partículas
conectivas básicas do texto; Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de
repetições , conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de
linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explícitas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
428texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal.
Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de
complexidade dos textos e de sua abordagem. A partir do texto escolhido para
desenvolver as práticas discursivas, define-se os conteúdos básicos a serem
estudados, norteados pelo gênero do texto.
De acordo com os conteúdos pertinentes serão inseridos temáticas
referentes a Lei nº 11.645/2008 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira Africana e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
reconhecendo os afro-brasileiros e indígenas como sujeitos na construção da
sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de
conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri étnica, e ainda
com o propósito de trabalhar com as diversidades culturais e explorando as diferenças
etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilitando
a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir do seu lugar, de suas experiências de vida.
Com o intuito de atender as especificidades da Educação do Campo serão
abordados os conteúdos relacionados a essa temática, visto que cada disciplina irá
abordar somente os conteúdos que lhe forem pertinentes. A Diretriz Curricular da
Educação do Campo reforça que as pessoas do campo tem direito a uma educação
pensada, desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada a sua cultura e as suas
necessidades humanas e sociais.
Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos pertinentes as temáticas
relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como: Enfrentamento à violência,
Sexualidade e outros.
429
3 - METODOLOGIA
Trabalhar a língua estrangeira para que o aluno tenha acesso a novas
informações, de ver e entender o mundo e de construir significados, assim possibilita
aos estudos linguísticos o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando
o foco das atividades da sala de aula (correção gramatical) e privilegiando a prática
linguística. Desta forma, o aluno percebe a língua como algo que se constrói e é
construído por uma determinada sociedade, e também ele perceba que a língua e
cultura estrangeiras comparadas com a nossa, não tem um modelo a seguir, mas que
estão em constante movimento e transformação.
Assim sendo, fazer um trabalho simultâneo das práticas de leitura, escrita
e oralidade, subsidiados por conhecimentos linguísticos, culturais, sócio-pragmáticos e
discursivos, o aluno têm condições de ultrapassar a leitura linear dos textos e exercer
uma atitude crítica, transformadora, enquanto sujeito atento ao ambiente sócio-
histórico-ideológico ao qual pertence.
É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros
textuais: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. Cabe,
portanto ao professor criar condições para que o aluno seja crítico, que reaja aos
diferentes textos e perceba que as formas linguísticas são flexíveis e variam
dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre.
O ensino da Língua Estrangeira se orientará numa produção construída
nas interações sociais, considerando as experiências prévias dos alunos,
possibilitando-se a escolha de temas de seu interesse e utilizando-se de materiais
autênticos como músicas, anúncios publicitários etc, fazendo uma inter-relação entre os
conteúdos e a prática da língua. Sempre instigando a reflexão e a criticidade
exercitando uma relação dialógica entre professor e aluno onde o primeiro irá propiciar
430situações de resolução de problemas com vistas ao aluno perceber as implicações
sociais históricas e ideológicas presentes em todo discurso.
O trabalho com a língua estrangeira será entendido como uma nova
possibilidade do aluno ver e entender o mundo e de criar novos significados.
Tanto a gramática como o vocabulário não será trabalhado isoladamente,
serão contextualizados, favorecendo sua compreensão, reflexão e discussão, uma vez
que terá relação com o conhecimento de mundo do educando. E antes de selecionar os
conteúdos deve-se levar em consideração as necessidades do educando e a
importância de tais assuntos para o seu desenvolvimento pessoal e intelectual assim
como para o desenvolvimento do ser humano e do seu meio social, e sempre voltando-
os para a prática dos conteúdos que estruturam e permeiam todo o ensino da Língua
Estrangeira: Oralidade Leitura e escrita.
Será utilizado materiais didáticos diversos como músicas, textos, vídeos,
áudio, CDs, fitas cassetes, DVDs, computadores, dicionários, revistas, jornais, quadro
de giz e seus acessórios, transparências entre outros.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes. Orienta que as intervenções pedagógicas
ultrapassem o conteúdo trabalhado, de forma que os objetivos sejam alcançados. Para
isso é importante que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a
participação dos alunos, considere o engajamento discursivo em sala de aula por meio
da interação verbal entre aluno e professor e entre os alunos da turma e também
através da interação com o material didático.
A avaliação será diagnóstica, contínua, formativa, reflexiva e cumulativa,
pois assim o professor fará a verificação da aprendizagem e poderá repensar sobre a
431metodologia e planejar as aulas de acordo com as necessidades de seu aluno. E
através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – linguísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e oralidade
– que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais
exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com discursos em língua
estrangeira.
A avaliação servirá para que o professor repense a sua metodologia e
planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos, de caráter
contínuo, diagnóstico e cumulativo.
Será composta de atividades em sala de aula, pesquisas e confecção de
trabalhos individuais ou em grupo, podendo ser oral ou escrito.
A nota final deverá totalizar 10,0 sendo dividida:
- 6,0 pontos em duas avaliações escritas;
- 4,0 pontos em atividades como: debates, exposição de trabalhos, análise de
textos, montagem de painéis e cartazes, trabalhos em grupo, exibição e análise de
filmes, documentários e exercícios sobre o conteúdo.
Mediante as avaliações realizadas, quando necessário, será realizada a
recuperação de conteúdos e registrada no Livro Registro de Classe.
4325 - REFERÊNCIAS
Diaz y García-Talavera, Miguel. Dicionário Santillana para estudantes:
espanhol-português, português-espanhol. São Paulo: Moderna, 2008.
UNIVERSIDAD DE ALCALÁ DE HENARES. Señas: Diccionario para la
Enseñanza de la Lengua Española para Brasileños. São Paulo: Martins Fontes,
2005
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
FILHO, José Carlos P. de Almeida (org.). O professor de língua estrangeira
em formação. Campinas: Pontes, 2005;
LEFFA, Vilson J. O professor de Línguas estrangeiras: construindo a
profissão. Pelotas: EDUCAT, 2006.
ALONSO, Encina. Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo. Espanha:
Edelsa, 2005
FANJUL, Adrián. Gramática de Español: paso a paso. São Paulo: Moderna,
2005
LIPSKI, John M. El Español de América. Spain: Cátedra, 2005
BRIONES, Ana Isabel; FLAVIAN, Eugenia; FERNÁNDEZ, Gretel Eres. Español
Ahora, volume único. São Paulo: Moderna, 2005
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Currículo Básico
da Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1990.
______________ . Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua
Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.
433
3ª PARTE
COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
BASE LEGAL
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96 – Art. 34
Portaria Normativa Interministerial Nº 17/2007
Resolução FNDE/MEC – Nº 3/2010
Decreto Presidencial Nº 7083/2010
Manual de Educação Integral – Programa Mais Educação
Para o ano de 2.011, 2º semestre, será implantado o programa com 5 (cinco)
atividades, somente para os alunos do Ensino Fundamental, no contraturno:
1.ATIVIDADE: ESPORTE E LAZER - Futsal
1.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Educação
Física.
1.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS
DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: Essa
atividade apresenta aos alunos envolvidos as diferentes possibilidades do esporte
escolar como vivência social positiva, proporcionando aos mesmos a experimentação
de diversas modalidades esportivas, tais como: voleibol, futsal, basquetebol e também
por se tratar de um colégio distante 20 Km do centro da cidade, inviabilizando o acesso
dos alunos em outras localidades para participar da atividade proposta.
434
1.3. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:
Geral:
•Informar sobre a importância de entender o esporte dentro do processo histórico que
surgiu e o porquê de seu destaque na sociedade contemporânea, sendo ainda
necessário compreender algumas das transformações sociais proporcionadas pelos
esportes.
Específico:
•Possibilitar o aprendizado do esporte pelos alunos de forma simples, lúdica e
cooperativa.
•Entender a origem dos diferentes esportes e as mudanças no decorrer da História.
•Compreender noções de regras e elementos básicos dos esportes.
•Praticar os fundamentos das diversas modalidades esportivas.
•Possibilitar o esporte como função social, a fim de contribuir para o aluno ampliar sua
consciência corporal e alcançar novos horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.
•Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.
1.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
•Ser aluno devidamente matriculado na escola;
•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.
2. ATIVIDADE: CULTURA E LAZER - Teatro
2.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Arte e Língua
Portuguesa.
2.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS
DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: É
necessário tornar a escola mais atraente para a criança, para mediar e proporcionar um
435melhor encontro com o conhecimento. Através do teatro, a mensagem chega com mais
clareza e eficácia aos participantes, além de tornar a aprendizagem mais agradável e
descontraída. Um dos focos mais significativos da atividade é o contato que
proporcionará aos alunos através dos livros, dos autores e das histórias, e assim os
tornará mais críticos em relação à vida e a sociedade, capazes de reivindicar/valorizar
sua cultura e interagir com o meio onde vivem. Esse contato também proporcionará a
formação de verdadeiros leitores e, consequentemente produtores de texto.
2.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:
• Levar o teatro aos alunos abordando diferentes tipos de textos;
• Desenvolver leitores e a ampliação de repertórios;
• Formar expectadores críticos e exigentes;
• Perceber e utilizar o teatro como instrumento de conscientização e
transformação social, salientando sua importância como elemento atuante
em cada fase da história de um povo;
• Estimular a leitura, a interpretação e a produção de textos;
• Trabalhar a fantasia e a emoção, pois também devem ser trabalhados na
escola.
2.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
•Ser aluno devidamente matriculado na escola;
•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.
3.ATIVIDADE: COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS – Rádio Escolar
3.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua
Portuguesa e Arte.
3.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS
DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: A escolha
pelo programa Rádio Escolar deve-se ao fato de ser uma iniciativa que tem como
436essência a produção coletiva, tratando-se de um meio democrático de comunicação,
que atenderá as necessidades locais da comunidade escolar e em consonância com o
Projeto Político Pedagógico. Nesse espaço os alunos terão a oportunidade de
expressar suas capacidades, opiniões e ideias, interagindo e participando da dinâmica
de divulgação de informações e conhecimentos na comunidade escolar.
Outro aspecto é que favorece o aprendizado, onde terão o propósito de vivenciar
experiências de pesquisa, produção escrita, trabalho em equipe, debates, análise
crítica, favorecendo a formação cultural, o domínio da oralidade e fortalece a
autonomia individual.
3.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:
• Desenvolver múltiplas capacidades, visando formar sujeitos que tenham
condições de interagir na sociedade como protagonistas;
• Desenvolver a capacidade de trabalhar coletivamente, a fim de atuarem na
comunidade em que vivem;
• Possibilitar ao aluno compartilhar democraticamente com outros colegas o saber
elaborado e novos conhecimentos;
• Promover o intercâmbio de informação e comunicação, ampliando o
conhecimento cultural e pedagógico dos alunos.
3.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
•Ser aluno devidamente matriculado na escola;
•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.
4.ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Matemática
4.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Matemática
4.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS
DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: A
apropriação dos conteúdos em Matemática possibilita ao aluno fazer uso dela como
437uma de suas ferramentas de sobrevivência e convívio na sociedade. Geralmente,
muitos alunos encontram dificuldades em compreender os conteúdos da disciplina de
Matemática necessitando de um programa de atividades, direcionadas e mais lúdicas,
criativas, dinâmicas, onde aprenderão de maneira prazerosa. Essa proposta visa um
modelo de práticas diferenciadas para que os educandos possam compreender a
Matemática para além das teorias e exercícios abstratos, assimilando a concreticidade
presente nos conteúdos da Matemática, principalmente através da interpretação e
resolução de problemas.
4.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:
• Desenvolver o “prazer” em aprender Matemática.
• Aprofundar os conceitos matemáticos.
• Apresentar a Matemática em seus diversos usos como uma das linguagens
humanas, explorando suas estruturas e seus raciocínios.
• Possibilitar ao aluno o domínio de conteúdos matemáticos os quais lhe deem
condições de utilização dessa ciência no cotidiano e na realidade social.
4.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
•Ser aluno devidamente matriculado na escola;
•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.
5.ATIVIDADE: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO – Língua Portuguesa
5.1.NÚCLEO DE CONHECIMENTO/DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Língua
Portuguesa
5.2.JUSTIFICATIVA PEDAGÓGICA ÀS NECESSIDADES SOCIOEDUCACIONAIS
DOS PARTICIPANTES E O ENVOLVIMENTO COM O PPP DA ESCOLA: Segundo as
DCE's/2008, p.277, “É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam
as redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao
conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que favoreça
438sua inserção social e exercício da cidadania, portanto esse programa contempla as
ideias expressas nas DCE's e buscará desenvolvê-las, acreditando no pleno
desenvolvimento do aluno, através da ação efetiva da escola. Faz-se necessário
ampliar a curiosidade de novos saberes nos educandos, a fim de formar uma
comunidade leitora e escritora, incentivando-os a cultivar o hábito de ler e escrever e
que esse grupo de leitores assíduos contagiem os colegas e toda a comunidade
escolar ampliando horizontes cognitivos e culturais.
5.3.OBJETIVOS DAS ATIVIDADES:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguísticos-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão;
• Desenvolver o prazer pela leitura e escrita.
5.4.CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
•Ser aluno devidamente matriculado na escola;
•Alunos que se encontram em vulnerabilidade social.