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Seminário Regional de África sobre Promoção de Responsabilização e Integridade na Despesa Pública Banco Mundial/Organização Africana de Instituições Superiores de Auditoria Anglófonas (AFROSAI-E) Joanesburgo, África do Sul, 6-9 de Abril de 2010 Página 1

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Seminário Regional de Áfricasobre

Promoção de Responsabilização e Integridadena Despesa Pública

Banco Mundial/Organização Africana de Instituições Superiores de Auditoria Anglófonas (AFROSAI-E)

Joanesburgo, África do Sul, 6-9 de Abril de 2010

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Índice

SUMÁRIO EXECUTIVO............................................................................................................................3

PRIMEIRA SESSÃO. INTRODUÇÃO E APANHADO GERAL........................................................................6

SEGUNDA SESSÃO. “PERCEPÇÃO VERSUS REALIDADE”.........................................................................8

TERCEIRA SESSÃO. PROBLEMAS DE RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NA DESPESA PÚBLICA EM ÁFRICA.................................................................................................................................................10

QUARTA/QUINTA SESSÃO. BOAS PRÁTICAS EM ACÇÃO: REALIZAÇÕES NA MELHORIA DA RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NO GOVERNO.........................................................................13

SEXTA SESSÃO. APOIO À RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NA DESPESA PÚBLICA......................21

SÉTIMA SESSÃO. DESAFIOS E ACÇÕES PARA SUPERAR OBSTÁCULOS..................................................23

OITAVA SESSÃO. FOMENTO DA RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NO NÍVEL NACIONAL............24

NONA/DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO. DISCUSSÃO EM PLENÁRIO DOS DESAFIOS E BOAS PRÁTICAS......25

DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO. PARTICIPAÇÃO EM REDES REGIONAIS E INTERNACIONAIS.....................31

DÉCIMA TERCEIRA E DÉCIMA QUARTA SESSÃO. INCORPORAÇÃO DE IDEIAS DO SEMINÁRIO EM SUA PRÓPRIA ORGANIZAÇÃO E PAÍS...........................................................................................................34

DÉCIMA QUINTA SESSÃO. CAMINHO A SEGUIR E AVALIAÇÕES...........................................................35

ANEXO 1. RESOLUÇÃO CONJUNTA...................................................................................................36

ANEXO 2. COMPROMISSOS DOS PAÍSES..............................................................................................39

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SUMÁRIO EXECUTIVO

O objectivo deste relatório é apresentar um resumo dos aspectos mais destacados e das decisões de um seminário sobre Promoção de Responsabilização e Integridade na Despesa Pública. O evento foi patrocinado conjuntamente pela Organização Africana de Instituições Superiores de Auditoria Anglófonas (AFROSAI-E) e pelo Banco Mundial. Foi projectado para permitir que 85 participantes de 171 países africanos anglófonos, francófonos e lusófonos, organizações continentais e regionais e doadores mostrassem suas realizações, compartilhassem seus conhecimentos e experiências na região e identificassem desafios e interesses comuns. Os delegados procederam de diversas instituições supervisoras, inclusive Comités de Acção Pública (CAPs) e Comissões de Finanças parlamentares, Instituições Superiores de Auditoria (ISA) e Agências de Combate à Corrupção (ACCs).

Objectivos do Seminário:Melhorar os conhecimentos dos participantes de importantes

organizações sobre abordagens e disposições institucionais que promovem a responsabilização e a integridade na despesa pública, bem como fomentar novas parcerias nacionais e regionais mais fortes entre

organizações devotadas à responsabilização e à integridade.

Em sua alocução inicial, Terence Nombembe, Auditor Geral da África do Sul, declarou que a implementação de reformas em África é um problema que está a reclamar atenção prioritária para lograr resultados devidos de há muito. Acentuou que as organizações governamentais – inclusive Auditorias Gerais – devem avaliar seu próprio desempenho em função do seu impacto nas vidas das pessoas.

A necessidade de maior cooperação entre organizações dedicadas à responsabilização e à integridade projectou-se como assunto importante nos últimos anos, resultando em mecanismos que visam mobilizar e coordenar acções necessárias nos níveis internacional, regional e nacional. O seminário incluiu exposições sobre os papéis, funções e desafios enfrentados pelas redes, tais como:

Comité Consultivo da União Africana sobre Corrupção Organização de Comités de Contabilidade Pública da Comunidade de Desenvolvimento da África

Austral (SADCOPAC), Organização Africana de Instituições Superiores de Auditoria (AFROSAI) Associação de Autoridades Anticorrupção da África Oriental Rede Parlamentar Africana Contra a Corrupção.

Em seu discurso temático, Tony Hegarty, Primeiro-oficial de Gestão Financeira do Banco Mundial, assinalou que os níveis de pobreza subiram devido à recessão económica mundial. Os crescentes níveis de pobreza, falta de integridade e vontade política foram identificados como desafios subjacentes durante todo o seminário – dado que são um facto corriqueiro em muitos países de África. A responsabilização e a integridade são essenciais para fazer face à pobreza, assim como o são governos que funcionem bem.

A integridade, conforme explicou a Dra. Frene Ginwale, Presidente do Comité Consultivo da União Africana sobre Corrupção, “denota um código maior de probidade pessoal inerente, que passa além

1 África do Sul, Quénia, Tanzânia, Ruanda, Uganda, Etiópia, Moçambique, Maurício, Zâmbia, Camarões, Nigéria, Gana, Benim, Burquina Faso, Senegal, Cabo Verde e Botsuana.

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do que a lei prescreve. Isto”, acrescentou, “diferencia do conceito de responsabilização, que é em grande parte baseado em normas, emanando da responsabilidade com que arca uma instituição ou pessoa ou de uma responsabilidade assumida e que requer aceitação de uma obrigação, responsividade, prestação de informações e explicação de acções. E disse também: “A transferência ilegal de fundos do continente nos últimos oito anos parece ter sido da ordem de USD 500 000 milhões – recursos que deveriam ter sido disponíveis para construção de casa, clínicas, escolas e estradas e para criação de empregos.” Para combater a corrupção é necessário que se reconheça a igualdade de papéis da sociedade civil e do sector público.

Os debates se concentraram nos papéis e funções das diferentes instituições de supervisão e responsabilização representadas no seminário e nos desafios e acções necessárias para implantar práticas que ressaltem a responsabilização e a transparência nos governos africanos. Durante as apresentações, foram postas em destaque diferentes práticas em contextos anglófonos, francófonos e lusófonos. Constatou-se que, não obstante as diferenças na composição institucional dos governos, as funções, os objectivos e os principais desafios das ISAs, dos CAPs e das ACCs eram em grande parte similares.

Ficou evidenciado que muitos países africanos têm bons resultados de responsabilização e integridade a seu crédito, alguns dos quais foram mostrados pelos delegados durante o seminário. Por exemplo:

A ampla campanha educacional e cooperação com o público em favor de uma maior responsabilização, em Ruanda

Três comités de contas especializados na Tanzânia; o tradicional Comité de Contas “Públicas”, um comité que trata do Governo Local e outro de repartições públicas, cada qual presidido por um membro de um partido da oposição

O sistema de sanções administrativas aplicadas pela ISA de Moçambique para desobediência da lei

Introdução do informante interno (whistle-blower) no Burquina Faso A abordagem integrada e franca adoptada pela ISA do Uganda na auditoria da reunião de Chefes

de Governo da Commonwealth para assegurar a responsabilização com respeito a uma importante actividade com financiamento público

O Fórum Interinstitucional do Uganda, presidido por um Ministro e integrado por organizações-chave para o exercício de responsabilização e integridade no governo.

Ao fim do seminário, os participantes acordaram quanto a diversos pontos-chave e empreendimentos (ver o conjunto completo de resoluções no Anexo 1):

Os parlamentares, auditores gerais e “caçadores de corrupção” africanos podem aprender uns dos outros e apoiarem-se mutuamente participando em redes africanas. É importante fomentar novas parcerias nacionais e regionais mais fortes entre as organizações superiores de supervisão, responsabilização e integridade do continente

A fiscalização da despesa pública quando há desvio de fundos públicos pode ser perigosa. A transparência e a cooperação com a sociedade civil, os meios de comunicação e a comunidade internacional não somente ajudam como podem servir para proteger os caçadores de corrupção e suas famílias contra interferência política ou retaliação

Os níveis superiores das estruturas de poder político, abrangendo diferentes partidos políticos, dão o exemplo de integridade que será seguido pelo governo e pela sociedade

É necessário que os parlamentares que integram Comités de Contas Pública e Comissões de Finanças ponham o interesse público e o bem-estar dos cidadãos à frente dos interesses dos partidos políticos

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Os auditores gerais devem ser independentes do Executivo em todos os aspectos – legais, financeiros e operacionais

As entidades públicas de combate à corrupção devem promover a divulgação pública dos activos e passivos das autoridades do sector público, inclusive políticos

Parceiros no desenvolvimento confirmaram seu compromisso de continuar apoiando as entidades africanas de supervisão, responsabilização e combate à corrupção, bem como suas redes regionais e comunidades de prática.

Após a troca de experiências, os delegados foram convidados a inventariar empreendimentos e compromissos específicos dos países com referência às respectivas instituições, redes nacionais e regionais específicas e medidas que requerem acção ou apoio dos parceiros no desenvolvimento. (Encontra-se no Anexo 2 um resumo destes compromissos de país.)

Segundo as opiniões e as avaliações dos participantes, o seminário atingiu seu objectivo de despertar a consciência e promover a muito necessária cooperação na região.

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PRIMEIRA SESSÃO. INTRODUÇÃO E APANHADO GERAL

Em sua alocução inicial, Terence Nombembe, Presidente da AFROSAI-E e Auditor Geral da África do Sul, falou sobre o ambiente em que operam as ISAs. Uma vez que estejam claros os objectivos do desenvolvimento nacional, a questão mais premente nesta altura concentra-se nas iniciativas de implementação.

Pontos decisivos numa auditoria do sector público:

O primeiro ponto decisivo teria sido a aceitação pelo Congresso Internacional de Instituições Superiores de Auditoria (INCOSAI) da necessidade de um plano estratégico (INCOSAI Budapeste, 2004)

Profissionalização do trabalho dos auditores, criação de um Comité de Normas Profissionais concentrado no sector público. Promove-se maior transparência e responsabilização por meio de notas para práticas específicas do sector público.

Ainda é necessário que as ISAs atinjam vários marcos miliares. O INTOSAI tomou a dianteira no fortalecimento da capacidade das ISAs por meio da Iniciativa de Desenvolvimento do INTOSAI (IDI). Suas áreas de interesse são:

Necessidade de melhoramento das comunicações Necessidade de que os auditores e suas instituições exerçam liderança pelo exemplo Necessidade de dirigir o foco para a independência e objectividade (declaração de Lima).

O papel das instituições da sociedade civil, o relacionamento entre as ISAs e a sociedade civil – há necessidade de dar mais ênfase a tais relações e de mais pesquisas para definir a maneira de as fortalecer.

Temas para o INTOSAI de Novembro: Por que nos consideramos úteis como adições de valor à sociedade? Até que ponto as ISAs se podem constituir em organizações modelo? Que vem a ser necessário para dar às ISAs capacidade para atingir suas metas? De que maneira as ISAs demonstram a sua efectividade? De que maneira as ISAs melhoram a qualidade da vida dos cidadãos?

O papel da comunidade doadora no que tange à formação de capacidade do INTOSAI é essencial, uma vez que, sem o seu financiamento, não se alcançará o fortalecimento da capacidade.

Num nível regional, a AFROSAI é constituída de subgrupos de língua inglesa, francesa e arábica a desempenhar papéis igualmente importantes. A execução do plano estratégico da AFROSAI tem alta prioridade; inclui o fortalecimento da comunicação entre secretarias e a formação de capacidade. Para atingir as metas acordadas é essencial que haja efectiva comunicação da informação disponível.

É necessária certa capacidade de coordenar para levar a cabo a implementação dos planos. Nesta altura, os resultados estão de há muito em atraso – há necessidade de acção e resultados visíveis.

Em seu discurso temático, Tony Hegarty, Primeiro-oficial de Gestão Financeira do Banco Mundial, falou sobre a pobreza como desafio global e sobre o impacto da crise financeira internacional sobre crescentes níveis de pobreza. O que o Banco Mundial procura é contribuir para uma globalização includente e sustentável, fortalecimento da governação mediante a introdução de sistemas robustos, inclusive Instituições Superiores de Auditoria (ISAs), Comités de Contas Públicas (CCPs) e outras instituições.

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A formação de capacidade deve ser sustentável. A identificação local é essencial na formação de instituições para combater a corrupção, prestar serviços e oferecer garantias de que os recursos estão a ser usados como se pretendia. Os sistemas de país para gestão e supervisão financeira incluem ISAs, CCPs e Agências de Combate à Corrupção (ACCs).

As instituições dedicadas à responsabilização e integridade desempenham importantes funções, tais como assegurar o uso efectivo de recursos públicos, a boa governação, a prevenção da corrupção, a supervisão de fundos nacionais e de doadores e um governo responsável em todos os aspectos.

Foram ressaltados diversos desafios que impedem estas instituições de operar eficientemente. Por exemplo, ACCs eficientes dependem decididamente do sistema de justiça criminal e de apoio político. As ISAs carecem de recursos financeiros e humanos, o que muitas vezes limita a sua capacidade; falta-lhes independência, assim como uma abordagem estratégica ao seu trabalho. A falta de liderança política está na base de muitos destes problemas. As iniciativas para fazer face a estes desafios tendem a se concentrar na formação de curso prazo e não nos seus aspectos mais espinhosos e no fortalecimento da capacidade a longo prazo.

O empenho do Banco Mundial em ajudar a enfrentar os desafios com que as ISAs se defrontam é declarado no Memorando de Entendimento com o INTOSAI, de Outubro de 2009. O apoio é dado em três níveis de uma estrutura piramidal; para o INTOSAI, as entidades regionais como a AFROSAI e diferentes ISAs.

O meio para este fim é formar parcerias efectivas entre importantes protagonistas, a fim de atingir entidades governamentais, estimular a governação e fortalecer a supervisão.

Gerard Byam, Director do Banco Mundial para, Política de Operações e Serviços, Região da Ásia Oriental e Central, afirmou que a tarefa-chave do governo é criar instituições capacitadas e assegurar que elas respondam por seus actos.

Em termos de integridade e responsabilização na despesa pública em África, foram identificados três desafios principais:

Variação do desempenho entre diferentes sistemas de gestão financeira A fase inicial de preparação orçamental é mais forte do que a fase posterior de execução, devido

a sistemas de responsabilização fracos Há insuficiente apoio político para combater a corrupção; este facto é exemplificado por, entre

outros, contextos jurídicos fracos e CCPs que não têm capacidade para cumprir seus mandatos.

Para superar estes desafios, é necessário fortalecer os sistemas e estruturas de responsabilização que incluem CCPs, ISAs e ACCs, práticas de arrecadação e aprovisionamento público e transparência na informação. A assistência do Banco Mundial e de outros parceiros no desenvolvimento pode assumir diversas formas, tais como doações e empréstimos, assistência técnica formal e informal e monitoria do desempenho.

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SEGUNDA SESSÃO. “PERCEPÇÃO VERSUS REALIDADE”

Os principais objectivos do seminário foram assim resumidos: partilha de práticas bem sucedidas e exemplos identificadores do que funciona e do que não funciona na promoção da responsabilização e integridade na despesa pública; e fomento de novas e mais fortes parcerias nacionais e regionais entre organizações dedicadas à responsabilização e integridade. Os grupos que partilharam experiências procederam de diferentes antecedentes, representando diferentes modelos de governo de países de língua inglesa, francesa e portuguesa. Unia-os o objectivo de compartilhar conhecimentos e melhorar a cooperação dentro da região.

Durante a sessão em grupos, os participantes descreveram sua maneira de compreender os papéis e funções das CCPs, ISAs e ACCs nos respectivos países. Embora existam diferenças entre os países, entendeu-se que o principal papel destas instituições é semelhante em muitos aspectos. Estes papéis e funções principais, conforme os participantes os identificaram, estão relacionados abaixo.

Os Comités de Contas Públicas / As Comissões de Finanças ou Outras Comissões Parlamentares têm as funções de:

Estudar e analisar relatórios da Instituição Superior de Auditoria Entrevistar membros do ramo executivo do governo sobre temas-chave Definir investigações especiais Chamar à responsabilidade o governo / o executivo Oferecer garantias ao legislativo Forjar um contexto constitucional/jurídico e operacional forte para outros órgãos, inclusive

ISAs e ACCs Promover maior colaboração com as ISAs e outras entidades, quando necessário Fazer recomendações ao Parlamento Monitorar a administração de códigos de ética e práticas corruptas.

O Papel da Comissão de Finanças no Camarões Francófono O papel e as funções da Comissão de Finanças no combate à corrupção incluem: Revisão da lei orçamental antes de ser aprovada Revisão da execução da lei orçamental e recomendação favorável ou contrária a sua

aprovação Supervisão da execução orçamental – exigência de auditoria em certos casos. Identificação

de casos criminais.

As Instituições Superiores de Auditoria foram criadas para promover:

O uso apropriado e efectivo de recursos públicos; O desenvolvimento de uma gestão financeira sólida; A execução apropriada de actividades administrativas; e A comunicação de informações às autoridades públicas e ao público em geral mediante a

publicação de relatórios objectivos.

As Agências de Combate à Corrupção têm uma ou mais das seguintes funções básicas:

Prevenir a corrupção Educar ou conscientizar o público quanto à corrupção Identificar casos de corrupção

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Investigar casos de corrupção com base em denúncias ou relatórios de cidadãos, empresas, organizações não governamentais ou outros órgãos do governo

Preparar relatórios e recomendações para seguimento Instaurar processo judicial em casos de corrupção.

MODELOS DE GOVERNO PRESIDENCIAL E PARLAMENTARISTA:

Exposição por Renaud Seligmann, Especialista em Gestão Financeira, Banco Mundial

Foram esboçadas as diferenças entre estruturas e práticas de responsabilização em países francófonos e anglófonos. São as diferenças maiores do que as similaridades?

Num plano geral, os países com sistemas parlamentaristas ou presidenciais parecem ter classificação semelhante nas avaliações do Padrão de Avaliação do Desempenho da Gestão Financeira Pública (PEFA) que são efectuadas em carácter colaborativo pelo Banco Mundial e pelos mutuários. Um exame mais atento da preparação e execução orçamental, comunicação, auditoria interna e externa e supervisão revelou as seguintes diferenças principais:

Diferenças quanto à base jurídica da preparação orçamental A responsabilidade pela execução orçamental e comunicação financeira nos sistemas

parlamentaristas recai sobre oficiais de contas individuais, os servidores públicos à testa dos ministérios titulares. No sistema presidencial, estas responsabilidades pertencem ao Ministro das Finanças, um político

Nos sistemas presidenciais, o auditor externo tem poderes de sanção A supervisão parlamentar é mais proeminente no sistema parlamentarista.

Apesar destas diferenças, há muitos desafios comuns aplicáveis a ambos os sistemas. Contudo, é importante lembrar sempre os contextos nacionais, para aprender uns dos outros e pôr em prática boas ideias.

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TERCEIRA SESSÃO. PROBLEMAS DE RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NA DESPESA PÚBLICA EM ÁFRICA

Exposição da Dra. Frene Ginwala, Presidente em Fim de Mandato, Conselho Consultivo da União Africana sobre Corrupção

A Dra. Ginwala definiu a situação para o Seminário com sua inspiradora palestra sobre responsabilização e integridade no governo. O Conselho Consultivo da União Africana sobre Corrupção (AUABC) tem estado a operar há dois anos e seus 30 países membros ratificaram a Convenção da União Africana sobre Prevenção e Combate à Corrupção (AUCPCC).

Iniciou assinalando que a “transferência ilícita de fundos do continente nos últimos oito anos seria provavelmente da ordem de USD 500 000 milhões”. Parte desta evasão de recursos representa actividades ilícitas em virtude das quais a população fica privada de serviços necessários tais como habitação, clínicas e escolas. Em prosseguimento, declarou que integridade denota um conjunto de valores, convicções e moral pessoais que permeiam nossa existência. Constitui um código de probidade pessoal ou inerente, que passa além dos preceitos legais.

Isto a coloca em separado do conceito de responsabilização, que em grande parte é baseado em normas. A responsabilização flui a partir da responsabilidade que tem uma instituição ou pessoa ou uma responsabilidade que é assumida. Responsabilização requer aceitação de uma obrigação, responsividade, comunicação e explicação de acções.

Em princípio, responsabilização é o indicador-chave da governação, exigindo:

Compreensão comum dos conceitos e normas por todos os participantes Capacidade de assumir responsabilidades designadas – o sector público luta para reter

aptidões, dado que, muitas vezes, o sector privado é mais rendoso.

As instituições supervisoras desempenham papel vital na garantia de responsabilização. Os seguintes aspectos foram ressaltados quanto à necessidade de serem abordados:

Habilitação das CCPs pelo Parlamento mediante fortalecimento do contexto jurídico em que operam, da capacidade técnica e profissional, do aumento de seus recursos financeiros e outros recursos e melhorias na sua metodologia

Protecção dos membros das CCPs no desempenho de funções que chamam à responsabilidade autoridades públicas

O facto de que os relatórios das CCPs são por vezes recebidos sem que haja acção decorrente deles

Chamamento à responsabilidade de membros de profissões como a de auditor (tendo em vista os exemplos da Enron, Worldcom e outros). Para assegurar a responsabilização, é preciso que exista marco operativo de supervisão.

A Convenção da União Africana sobre Prevenção e Combate à Corrupção entrou em vigor em Agosto de 2006. Seu objectivo é reduzir o enriquecimento ilícito de servidores públicos, mediante, por exemplo, declarações sistemáticas de bens e passivos.

Os órgãos de combate à corrupção desempenham também um importante papel no fomento à responsabilização e integridade. Estas organizações assumem diferentes formas de um país para outro e têm diferentes níveis de independência, poder e efectividade.

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Foram levantadas as seguintes questões:

Quais são os requisitos essenciais para que um órgão anticorrupção seja eficiente?

Que poderes deve ter uma ACC – por exemplo, em termos de acesso à informação ou autoridade para processar judicialmente?

Que grau de independência deve ter antes de vir a exercer influência excessiva?

Como devem ser financiados os órgãos de combate à corrupção?

Que é corrupção? Aplica-se somente àqueles que recebem propinas, somente àqueles que as recebem, ou a ambas as partes? As percepções quanto esta questão variam imensamente.

Por que alguns governos proíbem a corrupção em seus próprios países e a condenam em outros, mas admitem a dedução fiscal do pagamento de propinas quando isto apoia as exportações?

A AUABC está incumbida de monitorizar e dar assistência aos países membros na implementação da Convenção, cujo Artigo 5 dispõe que os signatários, entre outras coisas

Instituam, mantenham e fortaleçam autarquias nacionais de combate à corrupção. Adoptar leis e outras medidas para criar, manter e fortalecer sistemas internos de

contabilidade, auditoria e seguimento, nomeadamente no que tange à receita pública, às receitas aduaneiras e fiscais, às despesas e procedimentos para contratação, aprovisionamento e gestão de bens e serviços públicos.

Adoptem leis e outras medidas para proteger informantes e testemunhas de corrupção e contravenções semelhantes, incluída a protecção de suas identidades.

Adoptem medidas para assegurar que os cidadãos possam dar conta de exemplos de corrupção sem temor de consequentes represálias.

Adoptem e fortaleçam mecanismos que promovam a educação da população no respeito ao bem público e ao interesse público, bem como da consciência da luta contra a corrupção e contravenções semelhantes, inclusive programas de educação escolar e sensibilização dos meios de comunicação, bem como a promoção de um clima propício para o respeito à ética.

Foram assinalados para seguimento os seguintes aspectos:

A prevenção da corrupção começa com a educação e participação do público. Num sentido, a corrupção gerou uma filosofia difusa de aceitação nalgumas sociedades, e é preciso que a integridade seja trazida de volta à liça. A demanda pelo combate à corrupção deve promanar de um público consciente, envolvido e exigente.

A educação do público deve abranger todas as esferas públicas ao mesmo tempo, e não elementos distintos ou isolados.

Os consultores e empreiteiros que tenham sido apanhados em corrupção devem ser barrados por organizações internacionais como o BM no tocante à elegibilidade para contratos por elas financiados.

As instituições devem ser responsáveis perante o público (a cidadania) em geral, ou seja, a responsabilização vem não somente de baixo para cima, ou entre pares e a oposição, mas também de cima para baixo, para o público. A responsabilização deve ser exercida responsavelmente, e não encarada fora de contexto. Esta é uma área na qual cabe um papel crucial aos meios de comunicação.

Uma liderança forte e ética, vontade política e empenho são necessários para lograr a boa responsabilização.

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QUARTA/QUINTA SESSÃO. BOAS PRÁTICAS EM ACÇÃO: REALIZAÇÕES NA MELHORIA DA RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NO GOVERNO

Exposições de Diferentes organizações, inclusive entidades parlamentares de supervisão, ISAs e ACCs.

EXPOSIÇÕES DE COMITÉS DE CONTAS PÚBLICAS

Exposições de Uganda, Tanzânia e Senegal demonstraram diferentes abordagens para o exercício de responsabilização. Durante a sessão, foram comunicados desafios enfrentados e sucessos.

CCP UGANDA

Exposição de Sua Excelência, o Sr. Nandala Mafabi

No governo do Uganda, 85% da acção do CCP depende do relatório do Auditor Geral. No combate à corrupção, o CCP é apoiado pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC), tendo sido criada a Patrulha DIC-CCP e encarregada de investigar qualquer caso de corrupção, peculato ou roubo puro e simples, através do processo de auditoria. As boas práticas incluem audiências públicas com o Contador Geral, o Auditor Geral, autoridades do DIC e a presença dos meios de comunicação. Há muitos casos de sucesso, inclusive histórias de corrupção em diferentes fases de investigação e processo judicial.

Desafios identificados:

A necessidade de vontade política As despesas secretas não podem ser auditadas Os membros do Parlamento temem eleições quando são ameaçados A falta de capacidade e formação dos membros da CCP para compreender problemas de

responsabilização.

RENÚNCIA DO PRIMEIRO MINISTRO E DISSOLUÇÃO DO GABINETE NA TANZÂNIA, CRISE DE ENERGIA E O TRABALHO DA COMISSÃO PARLAMENTAR SELECTA

Exposições do Dr. Harrison Mwakyembe, Presidente, Comité Selecto para Energia, Tanzânia

Ao fim de 2005, era evidente que a Tanzânia estava a resvalar para uma grave crise de escassez de energia. Naquela altura, baixos níveis de água estavam a causar faltas nacionais de energia, tornando-se necessárias acções de emergência. Tornou-se evidente a necessidade de turbinas a gás para gerar electricidade numa emergência. A decisão tomada pelo Gabinete de arrendar turbinas a gás não foi acatada pelo Ministro da Energia e Minas, tendo sido, em vez disso, cancelado o contrato de arrendamento. Anunciou-se imediatamente a abertura de concurso público para compra de geradores de energia, nos termos da Lei de Aprovisionamento Público de 2004, ignorando recomendação recebida da Autoridade Reguladora do Aprovisionamento Público (PPRA) no sentido de que se optasse pelo método de “tomada internacional de preços”. Foram apresentados oito documentos de licitação e se formou um Comité de Selecção para avaliá-los. Inicialmente, nenhuma das oito companhias preencheu os critérios estabelecidos, mas todas foram reavaliadas com abandono de quase 50% dos critérios iniciais. Após a devida consideração, a comissão de propostas sugeriu que seria melhor o governo seguir o método recomendado de “tomada internacional de preços”, visto que nenhuma das propostas apresentava as competências exigidas. Contudo, a

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comissão de propostas foi dissolvida pelo Ministro da Energia e Minas e o recém-constituído Comité Especial e uma Equipa de Especialistas foram formados para reavaliar as propostas. Concluído o processo, o contrato foi adjudicado a uma empresa sediada nos Estados Unidos. Durante o processo, fez-se vista grossa às alegações evidentemente falsas de experiências e realizações prévias da empresa.

Com o país na escuridão devido ao colapso dos sistemas hidroeléctricos, as urgentemente necessárias turbinas a gás de emergência nunca chegaram. Finalmente, após uma série de decisões condenáveis, desrespeito à lei e às recomendações profissionais de autoridades, levantaram-se no Parlamento questões a respeito do processo de licitação. Formou-se um Comité Selecto constituído de cinco membros, com a tarefa de estabelecer uma identidade para a empresa americana e avaliar tanto o processo de licitação seguido pelo governo como o contrato que foi adjudicado. A investigação concluiu que o processo de licitação estivera eivado de actos não procedimentais e contrários às leis nacionais, resultando por isto em favoritismo, peculato e possibilidade de corrupção, o que, em conjunto, veio acrescentar um encargo financeiro para os cidadãos na forma de um aumento do custo da energia.

Conclusões e Recomendações do Comité Selecto

Aparente favoritismo por várias instituições do Governo Excessiva influência de funcionários de alto nível, inclusive o Ministro da Energia e Minas, na

promoção da companhia escolhida, tanto durante o processo de licitação como depois Grave violação da Lei de Aprovisionamento Público durante a licitação Falta de diligência na verificação das credenciais dos licitantes, resultando na nomeação de uma

empresa sem endereço físico nem real experiência para um contrato de tal magnitude. Recomendou-se que, no futuro, o Governo usasse a Agência de Registo e Licenciamento de Empresas para obter informações sobre os proponentes

Fraude com participação de autoridades governamentais, inclusive pessoal do Serviço de Prevenção e Combate à Corrupçã0 (PCCB), cujo relatório tivera o propósito de evitar a verdade (alvejamento). Recomendou-se a mudança da liderança.

Encontraram-se erros jurídicos no contrato, demonstrando debilidade técnica por parte do Governo.

Recomendou-se que o Governo fortalecesse a Lei de Aprovisionamento Público, possibilitando à Agência Reguladora do Aprovisionamento Público (PPRA) desempenhar melhor suas funções e ganhar sua independência.

A investigação resultou na renúncia do Primeiro-ministro e, por via de consequência, na dissolução do gabinete.

Modificações no Comité Selecto Público

Falta de cooperação e independência Falta de poderes para instaurar processo criminal Falta de adequado apoio logístico e técnico, inclusive assistência relativa à interpretação das leis Sabotagem a partir de dentro por membros do Comité; propinas e divulgação não autorizada de

relatórios Protecção dos membros contra ameaças verosímeis a sua segurança.

COMISSÃO GERAL DE ECONOMIA, FINANÇAS, PLANEAMENTO E COOPERAÇÃO ECONÓMICA: SENEGAL

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Exposição do Sr. Aly Lo, Presidente, Comissão Geral de Economia, Finanças, Planeamento e Cooperação Económica

O objectivo comum dos órgãos e organizações supervisoras do governo é combater a pobreza na região. A revisão e aprovação da lei orçamental muito faz no sentido de assegurar uma filosofia de integridade e responsabilização na esfera da despesa pública, mas o papel de supervisão e revisão da execução da política pública é também muito importante.

Reconhecendo as debilidades nesta área, a Assembleia Nacional do Senegal deu partida recentemente a uma nova iniciativa que envolve a organização de missões de avaliação da política pública. Durante o período de recesso parlamentar, realizaram-se nove missões de avaliação e revisão de políticas públicas em todo o país, visando aferir o impacto do orçamento nos planos socioeconómicos e nas condições de vida da população. Estas missões facilitaram um produtivo diálogo entre constituintes e seus funcionários eleitos. Foi possível aos representantes parlamentares participar em actividades locais em muitas áreas, tais como gestão florestal, ameaças costeiras e a efectividade da despesa pública na política de saúde e agricultura.

Entre as medidas que poderiam fortalecer a filosofia de responsabilização e integridade contam-se duas áreas de intervenção: primeiro, fortalecimento da capacidade dos membros para compreender o orçamento e fiscalizar sua execução, aperfeiçoar a administração do Parlamento, para aumentar sua eficiência e efectividade. A segunda área diz respeito à expansão da autoridade do Parlamento no que toca à informação, mediante a criação de um Centro Parlamentar que proporcionaria informação e análise sobre os recursos legais, administrativos e financeiros ligados à execução de possíveis políticas públicas e avaliação das políticas públicas que já houvessem sido executadas.

INSTITUIÇÕES SUPERIORES DE AUDITORIA

ISAs do Uganda, Burquina Faso e Cabo Verde apresentaram exemplos de suas realizações.

ESCRITÓRIO DO AUDITOR GERAL DO UGANDA

RESPONSABILIZAÇÃO E RELEVÂNCIA: AUDITORIA DA REUNIÃO DE CHEFES DE GOVERNO DA COMMONWEALTH

Exposição da Sra. Keto Kayemba, Auditora Geral Adjunta

A Sra. Kayemba descreveu a abordagem e o sucesso obtido na auditoria dos preparativos para a Reunião de Chefes de Governo da Commonwealth (CHOGM), em Kampala. A Auditora Geral adoptou uma abordagem estratégica baseada no planeamento inicial e na compreensão adequada de toda a actividade. O sucesso da auditoria ficou a depender da abordagem coordenada adoptada pela ISA, com participação de equipas especializadas de auditoria e a convocação de peritos para examinar áreas especializadas.

Ao fim da auditoria, preparou-se um relatório consolidado com três partes sobre toda a actividade:

Auditoria financeira Auditoria de engenharia Auditoria de seguimento.

Foram distribuídos relatórios da auditoria às Agências de Combate à Corrupção, ao Ministro da Ética e Integridade, ao Departamento de Investigação Criminal e ao Inspector Geral do Governo.

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Concluiu-se que a auditoria da CHOGM fora um sucesso, em termos gerais, por ter elevado a responsabilização a um nível sem precedente. Contudo, seriam necessárias lições para verificar o que deveria ser feito melhor na próxima vez.

Contaram-se entre os principais achados:

Demoras nos preparativos e planeamento tardio para a CHOGM resultaram na tomada tardia e apressada de decisões

Falhas no aprovisionamento levantaram questões de integridade Falta de compreensão do “depois” pelo Governo, inclusive vultosas dívidas pendentes,

trabalho incompleto, falta de um inventário de activos e ausência de uma estratégia sobre a sustentabilidade da infraestrutura

Falta de segurança com relação a dinheiro administrado em Parcerias Público-Privadas.

Contaram-se entre os efeitos da auditoria:

Aumento da consciência relativa à responsabilização Redução da perda de fundos Maior projecção do perfil público do pessoal da Auditoria Geral Crescimento do conhecimento e experiencia da Auditoria.

Desafios na execução da auditoria:

Nível hierárquico da actividade da CHOGM – Subcomité do Gabinete Legislação forte sobre auditorias Capacidade do Auditor Geral e do pessoal da Auditoria Necessidade de realizar uma auditoria de seguimento, que ainda não foi completada Compreensão das novas leis sobre aprovisionamento por parte dos auditores Financiamento da actividade num período de vários anos.

A auditoria do CHOGM demonstrou não somente como deve ser lograda a responsabilização, mas também como pode a ISA projectar melhor o seu perfil notificando o público de questões relevantes e temáticas. O relatório da Auditora Geral está a ser examinado actualmente pelo Comité de Contas Publicas do Uganda.

O TRIBUNAL DE CONTAS DO BURQUINA FASO

Exposição do Sr. Henri Bruno Bessin, Controlador-Geral do Estado

O Tribunal de Constas (TDC) é uma ISA ao modelo francês, com funções tanto judiciais como não judiciais. Sua composição reúne os instrumentos de auditoria necessários para verificar se os recursos foram aplicados eficientemente e de acordo com as normas e regulamentos. A estrutura orgânica do TDC compreende três componentes especializadas, cada qual com seu próprio mandato: a Sede, com três Câmaras, uma responsável pela auditoria das operações do governo central, uma para o governo local e a terceira para empresas públicas, instituições de segurança social, projectos financiados por doadores ou quaisquer organizações que estejam sujeitas à legislação que estabeleceu o Tribunal.

A segunda componente é o gabinete do Promotor Geral; e a terceira, o Registo Central.

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O TDC tem acesso legal aos relatórios de auditoria e inspecção de todos os outros órgãos de auditoria do governo, na medida do necessário. Colabora estreitamente com a Administração Superior de Auditoria do Estado (SSAA), que organiza por sua vez reuniões anuais de coordenação presididas pelo Controlador-Geral do Estado e que reúne também o TDC, o Inspector Geral de Finanças e as inspectorias técnicas dos ministérios. Ademais, o TDC e a SSAA colaboram para alocar estrategicamente os respectivos magistrados e auditores, tendo em vista maximizar a efectividade de seus programas anuais de auditoria.

O TCD beneficia da assistência internacional e regional. A União Europeia, em resposta a um pedido, financiou um diagnóstico por consultores especializados em auditoria e finanças públicas. Isso resultou num plano de acção plurianual para pôr em dia auditorias em atraso, levar em melhor conta a descentralização do serviço público, afirmar sua independência e, de maneira mais geral, melhorar e modernizar suas operações.

Ademais, no contexto da colaboração com o INTOSAI, o TDC convidou seu equivalente de Marrocos a fazer uma revisão inter pares que contribuiu também para sua estratégia e plano de acção plurianual. O TDC está aberto à assistência de parceiros regionais e internacionais para ajudar a vencer os desafios que tem à frente nesta passagem crucial de sua história.

A gestão das finanças públicas no Burquina Faso é dividida entre “autoridades autorizadoras” e “contadores”. As autoridades autorizadoras descrevem a execução da receita e da despesa, ou, por outra, “estabelecem as quotas-partes dos órgãos do governo, liquidam a receita e empenham e liquidam a despesa”. Isto posto, é sua função preparar a execução de transacções orçamentais, com vista tanto para a receita como a despesa, e emitir a ordem que dá aos contadores autoridade legal para levar a cabo as seguintes transacções:

Arrecadação de receitas; Auditoria e pagamento da despesa; Custódia de fundos e valores pertencentes ou confiados a órgãos do governo; Manuseio de recursos e movimentos das contas de numerário; Escrituração contabilística; Conservação de prova documental de transacções e registos contabilísticos.

O processo para o auditamento das finanças públicas foi sumarizado da seguinte maneira:

O projecto de lei orçamental é preparado pelo governo e submetido à aprovação do Parlamento (Setembro)

São produzidas as contas A Comissão de Finanças recebe o documento de contas e envia cópia à ISA É enviado relatório provisório ao Ministro das Finanças para obter resposta Pode ser levado a cabo trabalho adicional de acordo com as respostas O relatório é enviado à Procuradoria Geral, onde é reexaminado O Conselho adoptará o relatório, que é impresso para cada Membro do Parlamento.

Os principais problemas de auditoria são excesso de gastos pelos Ministros e o facto de que os empréstimos outorgados a comunidades locais ou altas autoridades não são reembolsados.

Incluem-se entre os desafios:

Não é praticada a responsabilização pelas altas autoridades públicas.Página 17

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As contas públicas estão a ser submetidas cada vez mais tarde, dando cada vez menos oportunidade para um exame profundo.

Os achados devem ser explicados perante o Parlamento. As recomendações devem ser feitas numa sessão plenária, com a presença de todos os membros do Parlamento e presença obrigatória do Ministro das Finanças nas audiências.

TRIBUNAL DE CONTAS DE CABO VERDE

Exposição do Sr. José Pedro Delgado, Conselheiro do Tribunal

O Tribunal de Consta de Cabo Verde zela pela responsabilização financeira no que tange a violações financeiras cometidas por empregados do governo. A acção coatora se faz por meio de multas ou recuperação de activos ou bens que tenham sido adquiridos ilegalmente. O Tribunal de Consta considera e julga somente questões que envolvam responsabilização financeira. Todos os actos que sejam categorizados como corrupção na administração pública são cobertos no Código Comercial e caem na alçada dos tribunais ordinários.

O Tribunal é responsável pela supervisão preventiva e detectora e tem a tarefa de dar parecer sobre contas públicas e emitir julgamentos.

Como parte da supervisão preventiva, o Tribunal examina a legalidade de todos os contratos, inclusive a contratação de pessoal para entidades públicas (responsabilidade atribuída a uma unidade especializada do Tribunal).

A supervisão detectora inclui as auditorias de rotina das contas de entidades públicas.

Desafios e Soluções

O principal desafio é a oportuna detecção e abertura de processo por actividades irregulares. As contas do governo são produzidas anualmente, mas a sua avaliação leva tempo considerável após a ocorrência da má acção.

Já foram tomadas medidas para resolver este problema. Elas incluem disposições pertinentes a verificações externas das contas e auditorias financeiras dos municípios de Cabo Verde, bem como suas embaixadas e consulados. Tais actividades são também levadas a cabo para fins educativos e conscientizantes. Estabeleceu-se um relacionamento mais estreito com o Ministério das Finanças e o Parlamento para aperfeiçoar a notificação.

AGÊNCIAS DE COMBATE À CORRUPÇÃO

DIRECÇÃO SUPERIOR DE AUDITORIA, BURQUINA FASO

Exposição do Sr. Bruno Bessin, Controlador-Geral do Estado, Burquina Faso

A Direcção Superior de Auditoria do Estado está a operar desde 2008 como um de vários órgãos de supervisão administrativa do governo. Têm ocorrido problemas com a coordenação e visibilidade dos mecanismos de supervisão.

A prevenção de fraude é muito importante no combate à corrupção. A luta deve abranger todos os níveis administrativos do governo e do sector privado. Foram observadas as seguintes boas práticas:

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O sistema de informantes internos – está instalada uma linha telefónica de acesso grátis que recebe anualmente centenas de chamadas que dão origem a investigações.

Foram introduzidos no governo novos sistemas de controlo. Um para a gestão de viaturas públicas, reduziu o uso privado destas viaturas por autoridades públicas; e outro, para monitorizar o número de horas trabalhadas por autoridades públicas, melhorou a sua produtividade.

Programas especiais para formação de juízes estão a fortalecer a sua capacidade de tratar de casos que envolvem fraude e malversação de dinheiros públicos.

São emitidos relatórios ao Juiz-Procurador e ao Chefe de Estado, que são responsáveis por publicá-los imediatamente. O seguimento das recomendações contidas nos relatórios é exigido por lei. Os relatórios hoje são lidos pelo público – o que serve como instrumento de responsabilização

Relatórios de auditoria de diferentes organizações estão a ser agora apresentados à Direcção Superior de Auditoria, onde há seguimento e acção em relação aos problemas

GABINETE DO MEDIADOR/OMBUDSMAN

Exposição do Sr. Tito Rutamerara, Mediador/Ombudsman

O Gabinete do Mediador/Ombudsman é uma instituição pública independente cujos objectivos são:

Servir de ligação entre a cidadania e as instituições públicas e privadas Prevenir e combater a injustiça e a corrupção Receber e examinar queixas e mobilizar instituições a fim de encontrar soluções Receber declaração de bens de pessoas envolvidas na gestão de propriedades públicas Implementar o código de conduta Efectuar auditorias de operações

Na exposição foram assinaladas diversas boas práticas.

Uma campanha educacional para o público por meio de seminários Linha telefónica de acesso grátis pela qual o público pode apresentar suas queixas Clubes anticorrupção em escolas secundarias e instituições de ensino superior, educando os

estudantes sobre a importância do comportamento ético na vida pública. Em 2008, o Governo instituiu o programa de auto-ajuda “uma vaca por família”, para melhorar o bem-estar dos pobres. Não tardaram a aparecer relatos de desaparecimento de parte do dinheiro em mãos de funcionários. O Mediador/Ombudsman solicitou que os estudantes afiliados a Clubes Anticorrupção comunicassem casos de desvio de fundos a seu escritório. Os estudantes responderam, foram feitas prisões e, dentro em pouco, famílias necessitadas começaram a receber as vacas.

Declaração de bens altas autoridades públicas, inclusive políticos.

As perguntas e respostas abaixo fizeram parte das discussões após a exposição.

1. Como podem os agentes de combate à corrupção ser protegidos e mantidos em seus postos?

Pressão dos doadores Formação de clubes internacionais para dar guarida a funcionários de combate à corrupção

que estejam sob ameaça Divulgar os achados publicamente e usar os meios de comunicação e a pressão pública para

promover a transparência e a responsabilização

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Mencionou-se que o temor pelo emprego ou pela vida e as ameaças a membros da família podem afectar o desempenho. Os agentes devem exercer discernimento e ter orgulho no adequado desempenho de seus deveres. É possível preencher tal cargo efectivamente estando a viver em constante temor?

2. Até que ponto uma estrutura legislativa sólida pode proteger os Agentes Anticorrupção?

Foram compartilhados exemplos, inclusive da África do Sul e Madagáscar, onde a própria estrutura legislativa sólida não era bastante para proteger os agentes e agências anticorrupção. Seria necessário aprovar e aplicar leis apropriadas, com apoio da vontade política.

3. Quanto tempo leva o combate à corrupção?

Deve ser reconhecido o progresso na luta contra a corrupção. Nos últimos 20 anos, muitas autoridades públicas foram sentenciadas e encarceradas por fraude. Mencionaram-se o Senegal e a Nigéria como exemplos. Uma legislação forte, apoiada pela vontade política, é essencial para o sucesso de qualquer iniciativa anticorrupção.

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SEXTA SESSÃO. APOIO À RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NA DESPESA PÚBLICA

Exposição de Frannie Léautier, Secretaria Executiva, Fundação Africana para Formação de Capacidade (ACBF)

A Sra. Léautier descreveu a história e o mandato da ACBF.

Os objectivos da ACBF

A ACBF é uma ONG autónoma tendo africanos como parceiros plenos para o desenvolvimento das aptidões necessárias para análise de políticas e gestão económica. Seu papel se concentra na formação de capacidade tendo em vista lograr modificações de longo prazo no comportamento e nas aptidões. São seus objectivos:

Formar um quadro de autoridades decisórias para tomar decisões estratégicas sobre política e implementação no desenvolvimento

Estabelecer parcerias entre África e os parceiros no desenvolvimento Compartilhar conhecimentos e experiência em formação de capacidade

Para atingir estes objectivos, a ACBF assumiu os seguintes papéis:

Desenvolver e coordenar processos que fomentem a capacidade dentro do país Seleccionar e financiar actividades e instituições para a provisão de capacidades críticas Formar redes de entidades existentes, inclusive económicas e de pesquisa, bem como governos Mobilizar recursos financeiros e técnicos e gerir seus próprios projectos e programas nas áreas

críticas de capacidades necessárias para o desenvolvimento de África.

Mecanismos aplicados à formação de capacidade

Ajuda com capital inicial Formação de redes em escala (organizacionais, individuais, a nível de país ou regional, inclusive a

rede parlamentar pan-africana) Capital paciente para o sucesso quando projectos nos níveis organizacional e individual são

apoiados por muitos anos. Uma grande proporção de altas autoridades governamentais africanas foi beneficiada por iniciativas de formação financiadas pela ACBF.

Apoio de entidades dinâmicas de supervisão; p. ex., em Uganda, uma doação da ACBF deu partida ao investimento do governo no Centro de Pesquisa em Política Económica.

Parcerias para análise de políticas e aprendizagem.

Lições aprendidas

Passou dos problemas no nível de políticas para o apoio à gestão e administração pública de nível médio

Há necessidade de monitoria por meio de estatísticas É essencial a criação de demanda por responsabilização e transparência Diálogo e participação; p. ex., é preciso que a voz da sociedade civil seja ouvida Os projectos de fortalecimento parlamentar obtiveram maior êxito no nível regional do que no

de país

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Incluíram-se entre os problemas da ACBF a não-observância de leis e regulamentos, do que podem resultar práticas fraudulentas e corruptas. O plano de acção da gerência abrange riscos e controlos, governação, finanças, TCI, gente e estratégia de comunicação

Como mudar?

A solução é não somente prescrever mais em termos de legislação, mas inspirar e liderar o público

É necessário mostrar resultados com o passar do tempo É necessária, ao fim, uma verificação independente.

Os produtos e serviços são oferecidos com os objectivos de formar capacidade e assegurar que os dinheiros públicos sejam aplicados, conferidos e monitorizados eficientemente. A ACBF dispõe dos seguintes instrumentos:

Outorga de doações Avaliação do Desenvolvimento de Capacidade a Montante Serviços de Assessoramento Técnico Gestão de Conhecimentos e Redes do Conhecimento Serviços de Aperfeiçoamento de Aptidões.

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SÉTIMA SESSÃO. DESAFIOS E ACÇÕES PARA SUPERAR OBSTÁCULOS

Durante esta sessão os delegados foram divididos em grupos separados para CCPs, ISAs e ACCs. Pediu-se aos grupos que identificassem desafios e boas práticas para apresentação durante a sessão plenária da tarde.

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OITAVA SESSÃO. FOMENTO DA RESPONSABILIZAÇÃO E INTEGRIDADE NO NÍVEL NACIONAL

FÓRUM INTERINSTITUCIONAL PARA COMBATE À CORRUPÇÃO, UGANDAColaboração de agências anticorrupção em nível nacional

Exposição do Ministro Jotham Tumwesigye, Supremo Tribunal do Uganda

As instituições históricas para o combate à corrupção incluem o Mediador/Ombudsman, o Director do Ministério Público, o Departamento de Investigação Criminal e o Auditor Geral.

Em 1998, foi criado o cargo de Ministro da Ética e Integridade. Protagonistas-chave reuniram-se sob a liderança do novo Ministro e decidiram estabelecer um fórum para coordenar o combate à corrupção. Isto levou à criação do Fórum Interinstitucional. O Judiciário fazia parte do Foro, o Comité de Contas Públicas rejeitou o convite para ser membro, razão pela qual o Fórum representa até agora apenas dois dos três ramos do governo.

Objectivos e realizações do Fórum

1. Caberia ao Fórum planear e coordenar todas as repartições relevantes em suas actividades de combate à corrupção, sem afectar a situação de “independência” dos membros.

2. Revisar súmulas de relatórios das Agências afiliadas.3. Preparar estratégias e planos de acção nacionais abrangentes para combater a corrupção (até

agora, três foram completados)4. Vincular instituições, agências e órgãos políticos para trabalhar juntos e evitar sobreposições.5. Propugnar por legislação anticorrupção, rever a legislação correlata e mobilizar / informar a

população. As novas iniciativas promulgadas nos termos do código de conduta da liderança incluíram uma declaração de bens e passivos para os líderes públicos.

6. A medida em que informações confidenciais podem ser compartilhadas entre agências.7. Exercer acção de lobby junta doadores como um grupo, e não como instituições / agências

separadas. Participação na redacção das convenções anticorrupção das Nações Unidas e da União Africana. O Fórum veio a ser considerado uma muito boa maneira de expressar um ponto de vista nacional contra a corrupção e obter melhores resultados.

7. Propugnou pela criação da divisão anticorrupção do Supremo Tribunal (o judiciário não tinha interesse em levar casos de corrupção a juízo).

Desafios

1. É da máxima importância a segurança do pessoal de combate à corrupção2. A participação no Fórum é voluntária e nem sempre seguida pelas agências. Leis seriam de ajuda

neste particular.3. Alguns membros enviam pessoal de baixo nível que não pode representar ou participar de

maneira efectiva4. A capacidade precisa ser fortalecida.5. A declaração de bens e passivos deve se transformar em informação pública sujeita a escrutínio

e seguimento público. Têm-se verificado muitos casos em que se logrou a instauração de processo judicial, mas existem ainda muitos funcionários que não têm sido processados.

6. A medida em que informações confidenciais podem ser compartilhadas entre agências.

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NONA/DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO. DISCUSSÃO EM PLENÁRIO DOS DESAFIOS E BOAS PRÁTICAS

Comités de Contas Públicas – resumo de discussões em grupo e reacções

Desafios Boas PráticasO trabalho fica limitado aos relatórios de auditoria O trabalho deveria estender-se a outros

aspectos, como no caso do Comité Selecto na Tanzânia

Falta de recursos, capacidade e integridade dos membros em termos de: Pouca capacidade para tratar de problemas

complexos de finanças / corrupção Alinhamento com os interesses das partes

políticas, e não com o interesse público; e Nomeação de membros pelo Executivo,

abalando desta forma a independência e objectividade

Conselhos locais para supervisar autoridades locais em forma compatível com o exemplo da Tanzânia, onde há comités de contas parlamentares em três níveis, compreendendo um Comité de Contas Públicas, um Comité de Contas do Governo Local e um Comité de Contas de Organizações Paraestatais

Devem ser proporcionados recursos suficientes para o desempenho das funções

Deve ser permitido aos CCPs obter recursos externos quando o financiamento existente não é suficiente

Devem ser formulados critérios para a selecção e confirmação de possíveis membros dos CCPs

Como boa prática, os CCPs devem ter à frente um membro da oposição

Membros dos CCPs devem ser designadospara outras instituições para ganhar experiências

Programas estruturados de treino para membros dos CCPs, incluindo trabalho com Comités e Redes de Supervisão Parlamentar para aprender de seus pares.

Ausência de resposta do Executivo às recomendações dos comités parlamentares de supervisão

O contexto legislativo (p. ex., Lei de Finanças Públicas, Lei de Responsabilização) deveria conter disposição sobre seguimento, inclusive um período estrito para resposta do Executivo.

A ISA deve fornecer relatórios periódicos sobre a implementação das recomendações

Independência e capacidade de proteger os membrosCircunstâncias que limitam a efectividade, p. ex., falta de tempo para orçamento à luz dos requisitos

Os relatórios de auditoria devem ser examinados e discutidos antes da aprovação do

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Desafios Boas Práticaslegislativos e relatórios da ISA orçamento

Deve ser proporcionado tempo suficiente

Falta de efectividade na comunicação com os interessados

As políticas e procedimentos devem dispor sobre a realização de mais audiências/reuniões em público

Comunicação efectiva com pares e interessadosAs questões-chave relevantes e urgentes devem ser identificadas e examinadas

Capacitação extensiva e condições de afiliação compatíveis com as condições do Parlamento

Várias agências de responsabilização não cooperam tão efectivamente como poderiam cooperar

Fóruns de coordenação formal para CCPs, ISAs e ACCs, bem como outros

Mecanismos formalizados para assegurar a notificação oportuna de casos criminais suspeitos.

Suporte secretarial insuficiente em termos de número e capacidade

A designação de pessoal deveria ser feita em carácter permanente

As discussões referentes às qualificações dos membros incluíram comentários da Zâmbia, onde o Auditor Geral sempre comparece a reuniões do CCP para proporcionar conselhos e preparar perguntas. A qualificação dos membros do CCP, portanto, não é considerada questão premente na Zâmbia.

Instituições Superiores de Auditoria

Aspecto Desafios Boas Práticas

Independência Subordinação da ISA ao Ministro das Finanças, não ao Parlamento

Dependência do governo para recursos financeiros e humanos

Falta de liderança e vontade política – falta de apoio do governo

Falta de um marco legislativo adequado para diversas ISAs

Contexto jurídico: Leis de Auditoria Pública a assegurar a independência na Tanzânia, Uganda e Quénia mencionadas como exemplos em que os orçamentos das ISAs são preparados sem participação do Ministério das Finanças.

Solicitar apoio dos comités de supervisão do Parlamento e dos doadores para obter os contextos jurídicos necessários

Acréscimos por países francófonos

Reconhecimento da ISA

Diferenças entre forma e prática

Submeter ao INTOSAI uma comparação da declaração de Lima com a verdadeira situação actual

Realizar um estudo para mostrar debilidades na independência

Apresenta estes problemas à reunião do

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Aspecto Desafios Boas Práticas

INTOSAI em NovembroOrganização e gestão

Falta de transparência e responsabilização das ISAs

As ISAs transparentes e responsáveis são auditadas externamente

Relatórios sobre desempenhoFalta de planeamento estratégico apropriado pelas ISAs

Plano estratégico

Recursos humanos Falta de capacidade e pessoal habilitado

Treino regular do pessoal, p. ex. em TI, metodologia de auditoria e padrões de contabilidade (IPSAS)

Política de RG, incluindo: Recrutamento de pessoal Retenção de pessoal Remuneração de pessoal

determinada pela ISA

O plano de formação deve incluir eventos de treino prático (acréscimo de países francófonos)

Parcerias com doadores e associações profissionais

Programas de intercâmbio com outras ISAs

Terceirização – aprender com o sector privado

Comunicação Os relatórios das ISAs geram percepções controversas entre autoridades do governo

Os relatórios das ISAs não têm efeito real

Demoras nas discussões de relatórios de auditoria e achados de acção

Falta de consciencialização do público quanto aos relatórios das ISAs.

Comunicação de relatórios a todos os interessados, inclusive o CCP e o Executivo

Tornar o público consciente das responsabilidades da ISA

Tradução de relatórios etc. aos idiomas locais

Uso dos meios de comunicação para criar consciência – não só escrita, mas também em áudio –, programas de TV sobre relatórios para comunicar resultados

Envolver doadores para pressionar o governo mediante a imposição de condições

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Aspecto Desafios Boas Práticas

Colaboração com outras instituições e agências de combate à corrupção.

Falta de comunicação entre auditorias federais e regionais, resultando em duplicação de esforços (Etiópia)

Uma só Lei de Auditoria em federações (Etiópia), para que as contas sejam auditadas uma só vez.

Padrões e metodologia de auditoria

Não disponibilidade de demonstrativos financeiros

Escusa de opinião

Sistema de IFMS

Formação de capacidade para entidades governamentais

Sanções para não-observância no caso de Moçambique, onde a não apresentação de demonstrativos financeiros é sujeita a sanções administrativas contra a gerência da instituição. Isto pode representar até um terço dos salários anuais. Em alguns casos, porém, continuam a ser feitas auditorias sem demonstrativos financeiros.

Não sendo observadas as recomendações durante o ano seguinte, podem ser aplicadas sanções.

Metodologia de auditoria e implementação

Metodologia documentada, baseada em padrões internacionais

Aumentar / fortalecer capacidade para efectuar auditorias

Falta de acção de seguimento das recomendações

Atrasos acumulados na discussão dos relatórios das CCPs no Parlamento

Obrigação legal de que o encarregado da contabilidade responda aos achados dentro de 6 meses após o relatório (Tanzânia)

Calendários rigorosos para apresentação de relatórios, como no caso das auditorias no Gana – 7 000 entidades públicas em 3 meses com 1100 funcionários auditores.

Revistas a legislação e os prazos para apresentar relatórios

Consciencialização dos desafios enfrentados pela ISA e suas realizações mediante relatórios sobre sua própria posição

Aumento da capacidade da ISA Acumulação de atrasos (não apresentação oportuna de

Estratégias para atender à acumulação de atrasos

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Aspecto Desafios Boas Práticas

demonstrativos financeiros)Aumento da capacidade da ISA

Auditoria interna fraca Metodologias

Actividades de coordenaçãoQuestões adicionais por países francófonos

Pouca coordenação entre o Parlamento e a Comissão de Finanças

O debate se relaciona apenas com a apresentação antecipada do relatório do CCP

Exemplos do Burquina Faso e Cabo Verde

Auditoria dos relatórios públicos pela ISA

Sessão de trabalho da ISA, do MF e do CCP para dar seguimento ao relatório com recomendações.

Durante as discussões em plenário a ISA sul-africana deu um bom exemplo de práticas de comunicação como a notificação das causas básicas de inexactidão e outros erros nos relatórios de auditoria.

De um modo geral, seria necessário promover uma elevação do nível de cooperação entre as ISAs e a partilha de boas práticas.

Órgãos de Combate à CorrupçãoDesafios Boas Práticas

Falta de poder para abrir processo em alguns países, como a Nigéria, por exemplo

Falta de uniformidade nas práticas

Deve-se dar aos Directores do Ministério Público um prazo para responder aos relatórios de investigação apresentados pela ACA

As ACCs devem ter poderes para instaurar processosDemoras nos procedimentos judiciais Instituir tribunais especiais para casos de corrupção

Completar a reforma do sistema judicial

Estatuto legislativo para proteger testemunhas e informantes internos

Muitas instituições estão a combater a corrupção sem qualquer coordenação entre elas (acréscimo dos países francófonos)

Sinergia entre os actos das instituições

Aumento da consciencialização de todos os cidadãos / do público

A declaração e a verificação de bens não são compulsórias ou praticadas

Promulgação de legislação que:a. torne obrigatória a declaração de bens e

passivos para líderes públicos e oficiais designados.

b. disponha sobre a verificação de tal declaração; ec. disponha no sentido de que tais declarações

sejam disponibilizadas para o público, para que este possa confirmar sua veracidade

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Desafios Boas PráticasFinanciamento – as agências não são adequadamente financiadas

Vontade política de proporcionar financiamento adequado, possivelmente com ajuda de doadores

Falta de ética e integridade Código de ética para o sector público a ser posto em prática e monitorizado

Os valores de ética e integridade devem ser comunicados aos cidadãos

Cooperação internacional inadequada Formação de redes formais e informais Nomeação e remoção de autoridades executivas feitas pelo Presidente

A legislação deve estabelecer que a nomeação e remoção de autoridades executivas deve ser feita pelo Parlamento, e não pelo Executivo

É necessária a vontade política Ausência de relatórios (acréscimo dos países francófonos)

Os relatórios devem ser compilados visando a transparência e em benefício do seguimento

Inspectoria Geral do Estado no BenimO Relatório da Inspectoria Geral do Benim em 1999 resultou em penas de prisão para alguns funcionários de alta categoria do governo e demissões de outros. Assinalou-se no relatório financeiro que a despesa com custos judiciais fora muito alta. Tais quantias foram imputadas, por exemplo, a inspecções criminais. Foram exigidas explicações e informações do Ministério das Finanças com relação a provas documentais e às razões de grandes aumentos da despesa. Durante a investigação, membros do órgão viram-se ameaçados, mas, devido a sua perseverança, descobriram-se irregularidades. Alguns Ministros envolvidos em tais actividades quiseram ocultá-las, mas, devido à interacção com a sociedade civil e à pressão pública, foi possível a instauração de processo judicial. Foram poupados para o governo fundos no montante de milhares de milhões.

Quénia – Monitoria de actividades do governoO órgão anticorrupção do Quénia examinou recentemente 5 projectos com suspeitas identificadas. Foram levadas a cabo auditorias por auditores internos do Ministério interessado na agência anticorrupção que monitoriza o processo e proporciona capacitação inicial aos auditores. Identificou-se corrupção em dois projectos, seguindo-se ampla cobertura nos meios de comunicação. Os funcionários responsáveis foram suspensos por práticas corruptas.

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DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO. PARTICIPAÇÃO EM REDES REGIONAIS E INTERNACIONAIS

Para esta sessão as exposições foram feitas por representantes de redes de CCPs, ISAs e ACCs. Os desafios enfrentados pelo CCP em Bangladesh foram assim resumidos:

Acumulação de relatórios de auditoria em atraso Dependências para operação e pessoal de apoio limitados Falta de mecanismos apropriados para garantir a implementação das recomendações.

COMITÉS DE CONTAS PÚBLICAS

ORGANIZAÇÃO DE COMITÉS DE CONTAS PÚBLICAS DA COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA DO SUL (SADCOPAC)

Exposição de S. Ex. E. M. Hachipuka (MP), Zâmbia

A SADCOPAC tem 15 estados membros, com secretaria na Tanzânia. Seu objectivo é o intercâmbio de ideias entre as CCPs e os estados membros a fim de:

Promover o funcionamento efectivo e bons governos Trabalhar com os governos compartilhando informações e promovendo sólidos serviços de

gestão Fazer realizar reuniões gerais e conferências anuais (5 até agora) Aprovar e implementar resoluções.

As realizações compreenderam o patrocínio de conferências anuais, um boletim de informações, um portal na Internet e um grupo de trabalho técnico para formulação de um plano estratégico e execução de programas.

Entre os desafios identificados incluem-se:

Falta de recursos financeiros sustentáveis – dependência de doadores e ISAs Instabilidade política Carência de aptidões nas CCPs Diferenças nas práticas dos comités entre diferentes países, cujos membros representam

actualmente a prática anglófona e lusófona, com possibilidade de expansão para incluir a prática francófona.

Debateu-se a necessidade e o alcance das aptidões financeiras necessárias para os membros das CCPs. Acentuou-se o facto de que os parlamentares representam a cidadania, e por isso não devem ficar restritos no desempenho de suas funções por lhes faltarem qualificações financeiras.

INSTITUIÇÕES SUPERIORES DE AUDITORIA

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ORGANIZAÇÃO AFRICANA DE INSTITUIÇÕES SUPERIORES DE AUDITORIA (AFROSAI)Exposição do Sr. Abdou Gueye, Presidente da ISA do Senegal

AFROSAI é a rede de profissionais que estão a aplicar normas e padrões externos de auditoria e que estimulam o respeito aos princípios básicos da integridade e objectividade

A arquitectura organizacional consiste de 3 níveis:

1. Organização Internacional de Instituições Superiores de Auditoria (INTOSAI) no nível internacional com mais de 180 membros e sete grupos de trabalho e comités regionais

2. Organização Africana de Instituições Superiores de Auditoria (AFROSAI) no nível continental, com subcomités, inclusive um dedicado ao desenvolvimento da capacidade técnica

3. São subgrupos da AFROSAI a AFROSAI-E, para o inglês, a AFROSAI-A para o arábico, e a AFROSAI-F para os países de língua francesa.

O principal papel da AFROSAI é oferecer pareceres claros e neutros sobre a situação da gestão das finanças públicas em África e fomentar o mandato e as actividades das ISAs em benefício dos países africanos.

AGÊNCIAS DE COMBATE À CORRUPÇÃO – ASSOCIAÇÃO DE AUTORIDADES DE COMBATE À CORRUPÇÃO DE ÁFRICA ORIENTALExposição de Tito Rutamerara, Presidente da EAAACA

O Sr. Rutamerara reiterou o pormenor de que os Chefes e o pessoal do ACCs têm alta probabilidade de sofrer pressões em seu cargo, receber ameaças e mesmo ser feridos no exercício de seus deveres.

A EAAACA foi criada em 28 de Setembro de 2007 no Uganda com a assinatura da Declaração de Kampala, e subsequentemente foi adoptada a Constituição. Está a ser considerada actualmente a criação de organizações para África Ocidental e África Austral.

Objectivos:

Promover a cooperação entre os estados membros para prevenir e combater a corrupção Estimular o despertar da consciência pública Cooperar nas áreas de protecção de informantes internos e testemunhas

Realizações:

Estabelecer uma secretaria e um site na Internet Reuniões regulares (anuais) Capacitação conjunta, partilha de informações e mútuo apoio profissional e técnico

Desafios:

Insuficiência de recursos financeiros Baixos níveis de aptidão no que se refere a técnicas de investigação Diferentes sistemas jurídicos – direito consuetudinário e continentalREDE PARLAMENTAR AFRICANA CONTRA A CORRUPÇÃO (APNAC)

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Exposição de S. Ex. Given Lubinda, Presidente do Conselho Executivo e Presidente da APNAC, Zâmbia

A APNAC foi criada em 1999 como entidade voluntária de parlamentares empenhada na luta contra a corrupção baseada nos princípios de não-partidismo.

O principal objectivo da APNAC é formar, manter e promover uma rede para fortalecer a capacidade dos parlamentos de África e dos parlamentares africanos para combater e enfrentar efectivamente a corrupção nos respectivos países. Logra-se fortalecer o empenho dos membros mediante a partilha de experiências, a promoção de cooperação com a sociedade civil e a educação e consciencialização do público com referência à existência e ao perigo de corrupção.

A APNAC colabora com diversas organizações, inclusive Parlamentos Nacionais, a Organização Global de Parlamentares Contra a Corrupção (GOPAC) e várias entidades doadoras.

Os programas regionais incluem o Programa de Fortalecimento do Parlamento Africano para 7 países, quanto ao fortalecimento da supervisão orçamental.

Estão planeadas actividades tais como preparação de treinadores e seminários nos países sobre compreensão do orçamento, bem como projectos-piloto sobre temas selectos.

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DÉCIMA TERCEIRA E DÉCIMA QUARTA SESSÃO. INCORPORAÇÃO DE IDEIAS DO SEMINÁRIO EM SUA PRÓPRIA ORGANIZAÇÃO E PAÍS

Os participantes se organizaram por países e discutiram meios de fortalecer a responsabilização e integridade na despesa pública em seus próprios países, com relação a:

Organizações individuais (CCPs, ISAs e ACCs) Coordenação nacional Redes regionais e internacionais.

Os delegados foram também convidados a identificar áreas nas quais o Banco Mundial e outros Parceiros no Desenvolvimento poderiam proporcionar assistência para fortalecer organizações nacionais e a cooperação interinstitucional.

Consultem-se no Anexo 2 estratégias e compromissos detalhados, por países.

Adopção das Resoluções do Seminário

Os delegados formularam, debateram e adoptaram resoluções para o seminário. Consulte-se, por favor, o Anexo 1, no tocante à redacção acordada.

As discussões durante o seminário ilustraram as diferenças nas estruturas de responsabilização e práticas operativas entre os países anglófonos, francófonos e lusófonos. As diferenças observadas incluem a pessoa à frente do órgãos parlamentar de supervisão; p. ex., na tradição anglófona, a Presidência é normalmente ocupada por um partido da oposição, mas essa prática não seria legal em muitos países, inclusive o Senegal, Camarões e outros.

Chegou-se a um acordo no sentido de que, na terminologia geral, os órgãos responsáveis pela supervisão nas tradições francófona e lusófona passem a se chamar “Comités de Supervisão” em vez de “Comités de Finanças”.

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DÉCIMA QUINTA SESSÃO. CAMINHO A SEGUIR E AVALIAÇÕES

Exposição do S. Ex. Themba Godi, Presidente, Comité Permanente para Contas Públicas – Assembleia Nacional da África do Sul

O Sr. Godi confirmou que este seminário acentuou correctamente a importância dos vínculos de trabalho das CCPs, ISAs e ACCs. A necessidade de um tal relacionamento deve ser assinalada e institucionalizada. O primeiro problema é como promover a cooperação entre agências em nível nacional? Como criar uma sinergia entre o trabalho de outros comités e o CCP? Estas perguntas ainda representam um desafio.

A África do Sul tem um legislativo nacional e nove legislativos provinciais, cada com qual as respectivas organizações de supervisão. A associação entre órgãos regionais e nacionais de supervisão levou à criação de comités municipais de contas públicas.

A conivência entre interesses estabelecidos nas CCPs é um problema. Isto foi demonstrado quando a investigação de uma grande transacção em armamentos na África do Sul dividiu os membros do Comité.

Um exemplo de experiência positiva foi a solicitação de que os Ministros acompanhassem oficiais de contas às audiências do CCP para adquirir uma noção dos problemas e respostas.

As capacidades dos órgãos e a questão do profissionalismo no desempenho de funções precisa ser realçada. Ainda se depõe excessiva confiança no trabalho do Auditor Geral, devido a limitações de capacidade dentro do CCP.

Neste seminário, exemplos de práticas que poderiam ser emuladas incluem os casos da Tanzânia e do Gana, com exemplos de visitas aos locais e respeito geral pelo trabalho das CCPs.

Considerações finais

Terence Nombembe, Presidente da AFROSAI, agradeceu aos participantes pela boa participação no seminário e assinalou que este havia demonstrado a necessidade de:

Intensificação da capacidade na região Trabalho conjunto como uma unidade para obter responsabilização e transparência Melhores práticas de comunicação

O Sr. Gerard Byan, Director demissionário, Serviços de Qualidade Operacional e Conhecimento, Região de África do Banco Mundial, assinalou o evidentemente fortalecimento das práticas de governação durante este quarto de século de associação com o continente. Observou que reuniões como esta têm mérito não só por promoverem a partilha de conhecimentos, mas também por demonstrarem que colegas solidários próximos estão a passar por problemas semelhantes e poderiam ter condições para prestar assessoria sobre a melhor maneira de navegar entre obstáculos. Ele teceu altos encómios aos participantes pela paixão e pelo empenho que demonstraram durante o seminário.

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ANEXO 1: RESOLUÇÃO CONJUNTA

Objectivos do Workshop:

Oitenta e cinco participantes, membros de organizações chave de controlo das despesas públicas e de luta contra a corrupção, de 17 países africanos, anglófonos, francófonos e lusófonos2 bem como Parceiros de Desenvolvimento3 reuniram-se para:

a. partilhar conhecimentos e boas práticas quanto às abordagens e estruturas institucionais que contribuem para promover a responsabilização e a integridade nos gastos do estado, e

b. promover a criação e o reforço de novas parcerias nacionais e regionais entre as organizações que trabalham para estes objectivos.

Resolução conjuntaNós, os representantes das Comissões de Contas Públicas, Comissões de Finanças, Instituições Superiores de Auditoria, Agências Anti-Corrupção, Organizações regionais africanas e Parceiros de Desenvolvimento, que participaram no Workshop Regional de África para a promoção da Responsabilização e Integridade na Despesa Pública, tomamos a resolução de intensificar a luta contra a corrupção e trabalhar no sentido de melhorar o bem-estar dos cidadãos africanos, através das seguintes medidas:

I. Comissões de Contabilidade Pública (PAC) e Comissões Parlamentares de Finanças

Os representantes das PAC e as Comissões de Finanças assumem o compromisso de promover as seguintes acções:

1. Colocar o interesse público e o bem-estar dos cidadãos à frente dos interesses dos partidos políticos

2. Entregar a presidência das comissões de supervisão, preferencialmente, a deputados da oposição no parlamento

3. Abrir ao público os debates das comissões4. Obter recursos financeiros e humanos adequados ao seu funcionamento 5. Assegurar a realização de audições atempadas e sistemáticas dos relatórios das SAI 6. Adoptar e implementar um sistema de sanções que garanta que o ramo executivo do

governo dê resposta às conclusões emitidas pelas SAI7. Melhorar as capacidades técnicas dos deputados para compreenderem e

interpretarem os relatórios das SAI

2 África do Sul, Benim, Botsuana, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Etiópia, Gana, Maurícias, Moçambique, Nigéria, Quénia, Ruanda, Senegal, Tanzânia, Uganda, Zâmbia

3 Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Fundação Africana para Reforço de Capacidades (ACBF) Página 36

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II. Instituições Superiores de Auditoria (SAI)

Os representantes das SAI comprometem-se a promover o seguinte:

1. Procurar alcançar independência jurídica, financeira, operacional e de gestão de pessoal em relação ao executivo governamental

2. Garantir, por meio de legislação adequada, que os relatórios SAI sejam apresentados ao parlamento, sujeitos a audição e tornados públicos

3. Promover o apoio público através do desenvolvimento e implementação de uma estratégia de comunicação externa, que inclua os meios de comunicação social.

4. Reforçar a responsabilização das SAI através de auditorias independentes regulares e de uma sistemática monitorização e acompanhamento da sua função de supervisão

5. Respeitar os prazos de apresentação de relatórios estabelecidos por lei e relatar os casos de incumprimento

6. Requerer respostas sistemáticas e pertinentes, por parte do executivo, em sequência à apresentação dos seus relatórios

III. Agências Anti-Corrupção (ACA)

Os representantes das ACA empenhar-se-ão em promover o seguinte:

1. Procurar obter a independência jurídica, financeira, operacional e de gestão de pessoal, em relação ao ramo executivo do governo

2. Procurar assegurar a protecção, jurídica ou de outro tipo, dos dirigentes e elementos das ACA, contra influências políticas ou represálias, em particular através da segurança da manutenção dos seus cargos e da comunicação com o público, incluindo a sociedade civil e a comunidade internacional

3. Encorajar a divulgação pública dos bens patrimoniais ou encargos financeiros de todos os responsáveis de cargos públicos, incluindo os políticos

4. Procurar obter poderes para intentar ou fazer com que sejam movidas acções legais 5. Promover a protecção de denunciantes e testemunhas6. Promover medidas que acelerem a tramitação de casos de corrupção na justiça7. Dar às ACA a opção, com base jurídica, de recomendar às autoridades sanções

administrativas ou judiciais contra funcionários públicos corruptos.

IV. Coordenação, comunidades de prática e mandatos legislativos

1. Coordenar as nossas actividades estabelecendo fóruns nacionais e redes regionais de organizações de supervisão, responsabilização e de luta contra a corrupção.

2. Reforçar os mandatos legislativos das organizações de supervisão, responsabilização e de luta contra a corrupção.

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V. Parceiros de Desenvolvimento1. Os Parceiros de Desenvolvimento continuarão a financiar a responsabilização e a

integridade nos gastos públicos nos países de África, apoiando a implementação das resoluções acima descritas e, em termos gerais, a apoiar:

1.1 As organizações chave de controlo, responsabilização e integridade no seio do governo1.2 A criação ou reforço de estruturas nacionais inter-agências que promovam a responsabilização e a integridade1.3 A participação de organizações de supervisão, responsabilização e integridade em redes novas ou já existentes, regionais e internacionais

2. Em particular, a Fundação Africana para o Reforço de Capacidades (ACBF) assume o apoio a um reforço das capacidades das organizações nacionais de supervisão, responsabilização e de integridade

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ANEXO 2. COMPROMISSOS DOS PAÍSES

País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoÁfrica do Sul Consignar recursos à

Associação de Comités de Contas Públicas (APAC) para que ela possa implementar seus programas e resoluções

Consignar recursos aos CCPs para que possam fazer visitas de supervisão (visitas de prestação de serviços) como parte integrante dos Comités Públicos

Consignar recursos à APAC para possibilitar um programa executável abrangente (Pesquisa e desenvolvimento, plano de trabalho, monitoria e avaliação).

Consignar recursos a um seminário para AGSA, ACC e outros órgãos / instituições relevantes para discutir possíveis oportunidades de colaboração.

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoBenim Formação de

capacidade

a) Capacidade institucional: Adopção de um Estatuto para os Membros de Instituições Superiores de Auditoria, proporcionando autonomia financeira

b) Capacidade técnica: Equipamento técnico e logístico para formação/recrutamento

Fortalecimento da cooperação entre os diferentes órgãos de auditoria para aumentar a eficiência no cumprimento das respectivas missões.

Exemplos: a)Transmissão de

relatórios anuais e uso pelo Comité de Finanças da Assembleia Nacional para melhor monitoria das recomendações.

b) Transmissão de relatórios do Inspector Geral do Estado à Câmara de Contas e mais frequentes trocas de experiência.

Apoio de Parceiros no Desenvolvimento para a representação de organizações nas sessões de capacitação regionais e internacionais

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoBotsuana Necessidade de que os

membros do CCP tenham conhecimentos de contabilidade, finanças e problemas de desempenho

Necessidade de que o CCP seja um comité permanente por toda a vida do Parlamento

Preparar/Elaborar Auditorias

Formação de Capacidade: aprimoramento da metodologia de auditoria Obter o número

apropriado de funcionários e as aptidões e conhecimentos apropriados

Melhorar a comunicação tanto interna como externa.

Educar externamente o público sobre o papel da AG

Introduzir outros tipos de auditoria, como, p. ex., Auditoria Forense

Colaborar com outros parceiros, inclusive a Directoria para Corrupção e Crimes Económicos, Mediador/Ombudsman, Auditoria Interna e a Polícia.

Encorajar a Directoria para Corrupção e Crimes Económicos (DCEC) a se afiliar a associações regionais como a Rede Parlamentar Africana Contra a Corrupção, para Membros do Parlamento

Há necessidade também de proteger a permanência do Chefe do Combate à Corrupção no seu cargo

Garantir uma efectiva cooperação com a Fundação Africana para Formação de Capacidade, para o CCP

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoBurquina Faso Racionalização da

estrutura de coordenação existente para as os órgãos de supervisão: Melhor organização

tanto em forma como em substância (participantes, agenda, planos)

Troca de experiências com outros países (por exemplo, convidando colegas de organizações irmãs a compartilhar suas experiências connosco)

Desenvolver a cooperação actual entre as duas instituições; por exemplo, quando detectar casos de fraude ou corrupção, a ISA deve informar imediatamente o órgão responsável pelo combate à corrupção

Técnicas e material para formação de capacidade via financiamento de programa para provisão de treino e equipamento.

Cabo Verde e Moçambique

Continuar a formação de Capacidade Institucional em termos de formação profissional em áreas

Continuar a Formação de Capacidade Institucional em termos de formação profissional em áreas

Apoiar a estratégia de comunicações em termos de: Consciencialização

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

Desenvolvimentoespecíficas (Auditoria, Assuntos criminais)

Capacitação formal em universidades

Treino em Liderança

Viagens de estudo com outras ISAs e ACCs de língua portuguesa

Apoio institucional em termos de sistemas de TI, equipo de gabinete e transporte

específicas (Auditoria, Assuntos criminais)

Capacitação formal em universidades

Treino em Liderança

Viagens de estudo com outras ISAs e ACCs de língua portuguesa

Apoio institucional em termos de sistemas de TI, equipo de gabinete e transporte

Divulgação pública de leis, directrizes pertinentes a acções anticorrupção, actividades da ISA

Apoiar reformas judiciais.

Camarões Harmonizar os limites de tempo segundo as linhas das boas práticas existentes noutros países africanos, como, p. ex., um mínimo de três meses. NB: Revisar as leis ou a constituição

Os membros da Comissão devem ser permanentes por toda a duração da legislatura (5 anos na República dos

Estabelecer a independência desta estrutura (mandato, recrutamento, autonomia financeira)

Fortalecer a educação, formar um perfil e instituir um sistema de pontuação para os auditores; assegurar a capacitação adequada e consignar suficientes recursos à ISA.

CONAC (Comissão Nacional Anticorrupção):

Tomar medidas para estabelecer uma estrutura executiva permanente para que haja continuidade

Tomar medidas para dispor sobre sua independência

Redes nacionais:

Aplicar as disposições legais existentes ao Comité de Finanças e outros órgãos anticorrupção

Redes regionais:Mais representação do Comité de Finanças e da CONAC nas redes regionais e internacionais

Instituir um mecanismo

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoCamarões). (Actualmente, os membros são eleitos anualmente).

Fortalecer a capacidade dos membros mediante treino, seminários, manuais e viagens de estudo.

Providenciar para que a Comissão tenha apoio de uma equipa permanente de peritos;

Dar aos membros da Comissão meios para fácil comunicação via TCI e para administrar os controlos em mãos do Comité de Finanças

Tomar medidas apropriadas para publicar o relatório anual

para possibilitar o intercâmbio de informações entre a OAC e a ISA, para melhorar a luta contra a corrupção

Etiópia Institucionalizar procedimentos de trabalho apropriados

Fortalecer a capacidade institucional e a de recursos humanos

Estabelecer mandato para recrutar pessoal próprio e melhorar a competitividade

Formar capacidade institucional e humana

Tomar medidas para fortalecer o fórum anticorrupção existente

Estabelecer uma rede nacional de CCP, ISA e ACC para fortalecer a responsabilização e a integridade

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoAbrir ao público as reuniões da CCP

Gana e Nigéria Fortalecimento de Capacidade do CCP

O fortalecimento de capacidade não deve ficar limitado apenas aos membros do CCP, estendendo-se ao pessoal da Secretaria. Garantir uma secretaria competente e eficiente, que facilite a acção da CCP mesmo com as mudanças periódicas de sua composição.

Mecanismo de Seguimento – Relatório de Auditoria. É necessário que os comités implementadores e o judiciário terminem o trabalho referente às recomendações feitas pelo Auditor Geral e pela CCP.

Instituir CCPs nos níveis Distrital e Regional, tendo em vista a efectividade.

Deve haver nítida separação de problemas

Procurar a independência financeira até que seja conseguida.

Fortalecimento de capacidade em matéria de auditorias de observância e desempenho. Apoio técnico à ISA.

A Independência financeira face ao Executivo é essencial para as ACCs trabalharem efectivamente e sem distracção

Fortalecimento de capacidade

Há necessidade de coordenação entre órgãos; p. ex., memorando de entendimento à Agência de Auditoria e à Comissão sobre Direitos Humanos e Problemas Administrativos.

Precisamos de apoio para manter uma Secretaria que preste serviço às agências.

É necessária a formação de redes internacionais e gerais de colaboração entre as agências.

Os doadores devem envolver a CCP, a SAI e a ACC ou torná-las conscientes dos fundos entregues aos Governos e dispor para que os monitorizem/auditem.

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

Desenvolvimentolegais e administrativos nos relatórios da ISA e da CCP para efectiva implementação pela Administração e processamento pelo Judiciário.

Maurício Elaborar um Plano de Auditoria Pública

Formação de capacidade – reforçar a formação de capacidade nos campos de Auditoria de Desempenho e Auditoria Ambiental

Instituir uma Política de Comunicações

Reforçar a formação de capacidade em aptidões investigantes relativas a investigações complexas que envolvam problemas transfronteiriços

Designar funcionários por curtos períodos para outras ACCs, para ganhar mais experiência na realização de análises de sistemas (p. ex., Nova Zelândia/Hong Kong).

Formação de Redes

Discussões em Grupos de Foco – Alta administração da ISA e da ACC e presidente da CCP

Rede com diferentes associações e organizações internacionais e regionais pertinentes à ISA e à CCP (AFROSAI, ECSAFAZ, SADCOPAC)

Examinar a possibilidade de apoio da ACBF

Quénia A Comissão Nacional de Auditoria do Quénia será incluída na Constituição para fortalecer sua independência.

Papéis separados do Auditor e Controlador-Geral para ter um oficial de contabilidade que preste contas ao Parlamento.

Fortalecer a independência da Comissão Anticorrução do Quénia (KACC), incluindo-a na Constituição.

Fortalecer a KACC dando-lhe poderes para mover processo judicial ou impor sanções administrativas por não-observância por parte de autoridades públicas.

Coordenação Nacional

Fortalecer os Fóruns Interinstitucionais

Fortalecer os sectores do NACP – Plano Nacional Anticorrupção

Redes Regionais e Internacionais

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoActualmente, o Auditor e Controlador-Geral é tanto o Auditor Geral como o Oficial de Contabilidade.

Modificar lei para que o Ministro das Finanças possa exigir exlicação de qualquer falha na apresentação de relatórios da ISA ou qualquer atraso na apresentação dos relatórios.

AFROSAI – e; Comissão Consultiva da União Africana sobre Corrupção; INTOSAI; IFAC; EAACA; Comunidade de doadores, como o Banco Mundial; Fundação Africana para Formação de Capacidade

FÓRUM INTERINSTITUCIONAL Autoridades coactoras

(CID; BFIU; KACC; DIS; KRA)

Inteligência em Segurança (NSIS; DMI)

Agências supervisoras (KNAO; EMU; ISC; PPOA)

Senegal Criar estrutura para diálogo e coordenação que inclua organizações públicas (ISA, CCP e ACC), bem como quaisquer outras organizações relevantes (CENTIF, GIABA, Rede Parlamentar, etc.)

Desenvolver estrutura de

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

Desenvolvimentoparceria que inclua a rede de Associações contra a Corrupção e os países da ECOWAS, e subestruturas regionais abrangendo ISAs e CFFs

Tanzânia Apresentação de relatórios pelos Ministérios e Departamentos do Governo sobre execução do orçamento anterior, antes da aprovação do orçamento actual

Introdução e implementação de penas, sanções e sobretaxas para autoridades públicas

Nomeação e ratificação do Chefe da Agência Anticurrupção- Nomeação pelo

Presidente- Ratificação pelo

Parlamento

Ademais: A permanência no cargo deve ser garantida por lei

Criar Fórum para Intercâmbio de informações entre instituições ocupadas no combate à corrupção: PCCB, DPP, Comissão de Ética, Gabinete Nacional de Auditoria, Departamento de Ética, Inspector Geral de Polícia, Unidade de Coordenação de Boa Governação

Uganda e Ruanda

Suplementar a Secção sobre Sanções na Lei de Finanças Públicas e Responsabilização, com respeito a funcionários que tardam na apresentação de suas contas ao ministério.

Fortalecer o Fórum Interinstitucional (IAF) para assegurar realização de seus objectivos.

Examinar problemas de afiliação ao Fórum para assegurar que somente agências que sejam fundamentais para os objectivbos do IAF sejam membros e aceitem um documento que oriente as

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Page 49: SUMÁRIO EXECUTIVOsiteresources.worldbank.org/SOUTHAFRICAEXTN/Resources/... · Web viewO TDC tem acesso legal aos relatórios de auditoria e inspecção de todos os outros órgãos

País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

Desenvolvimentooperações, isto é, uma Carta constitutiva ou Memorando de entendimento.

Fortalecer as redes regionais e internacionais. Assegurar o compromisso para com tais redes. Isto garantirá a troca de ideias e experiências entre todos os membros.

Zâmbia Reactivar o Fórum Nacional Anticorrupção na Zâmbia

O Fórum Nacional deve estabelecer relações de trabalho com a Fundação Africana para Formação de Capacidade, a fim de fortalecer a capacidade do Fórum Interinstitucional da Zâmbia.

Coauspiciar seminários para Formação de Capacidade de membros do Parlamento e do Gabinete do Auditor Geral.

Investigar e promover reunião interinstitucional de organismos regionais – ou seja, AFROSAI-E, SADCO-

Áreas em que o Banco Mundial poderia dar assistência

Formação de Capacidade – Institucional

Formação de capacidade interinstitucional – Secretaria

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País Comités de Contas Públicas / Comités de Finanças do

Parlamento

Instituição Superior de Auditoria

Agências de Combate à Corrupção

Fortalecimento de redes nacionais e internacionais

Áreas a Serem Assistidas por Agências de

DesenvolvimentoCCP, SADC-ACA and SADC-APNAC

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