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REVISTA DO Sescon-SP

SUMÁRIO

www.sescon.org.br

4 EDITORIAL5 LINHA DIRETA6 PARCERIAS 7 UNISESCONUNISESCON PREPARA PROGRAMAÇÃO ESPECIAL PARA O EXAME DE SUFICIÊNCIA

8 DIREITO E JUSTIÇAO NEOESCRAVAGISMO CUBANO

10 PQECEMPRESAS CONTÁBEIS CUMPREM ÚLTIMOS REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO

12 CÂMARA DE CONTABILIDADEPARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS É TEMA DE REUNIÃO

13 CÂMARA DO TERCEIRO SETORENCONTRO DEBATE PRESTAÇÃO DE CONTAS

14 BR EM AÇÃOMP 627 TRAZ INSEGURANÇA JURÍDICA

16 SP EM AÇÃOEFD CONTRIBUIÇÕES: SESCON-SP DEBATE A OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA

18 CAPASESCON-SP: 65 ANOS DE ÉTICA E HARMONIA

22 ENTREVISTA PRESIDENTE DO CFC FALA SOBRE OS PLANOS DA NOVA GESTÃO

24 GESTÃOPESQUISA REVELA QUE SATISFAÇÃO COM CHEFES MOTIVA MAIS QUE SALÁRIO

25 TECNOLOGIAO EMPREGADOR TEM O DIREITO DE MONITORAR O E-MAIL DOS COLABORADORES?

26 OPINIÃOADIAR O eSOCIAL, POR UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

28 CARREIRACONHEÇA OS 5PS DO EMPREENDEDORISMO

30 SESCON EM PAUTA

SESCON-SPSindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de

Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estadode São Paulo

Presidente: Sérgio Approbato Machado JúniorVice-Presidente: Márcio Massao Shimomoto

Vice-Presidente Administrativo: Wilson Gimenez JúniorVice-Presidente Financeiro: José Vanildo Veras da Silva

Diretor Administrativo: José Dini FilhoDiretor Financeiro: Valdemir ArnesiDiretor Social: Demétrio Cokinos

Conselho Fiscal Efetivo: Adauto César de Castro, José Serafim Abrantes e Tikara Tanaami

Conselho Fiscal Suplente: Alaíde da Silva Pereira Vitorino, Antonio Palhares e Ricardo Roberto Monello

Diretores Suplentes: Benedicto David Filho, Eduardo Serbaro Tostes, Fernando Henrique Almeida Marangon, José Carlos Rodrigues, Marcelo

Voigt Bianchi, Márcio Teruel Tomazeli e Rinaldo Araújo CarneiroDelegação Federativa Efetiva: Sérgio Approbato Machado Júnior e

José Maria Chapina AlcazarDelegação Federativa Suplente: Antonio Marangon e Carlos José de

Lima CastroConselho Consultivo: Adauto César de Castro, Antonio Marangon, Arthur Magalhães de Andrade , Aparecida Terezinha Falcão, Carlos

José de Lima Castro, Francisco Antonio Feijó, Hatiro Shimomoto, Irineu Thomé, João Gondim Sobrinho, José Maria Chapina Alcazar e José

Serafim AbrantesConselho Editorial: Coordenador: Márcio Massao Shimomoto . Membros: José Vanildo Veras da Silva, Terezinha Annéia, Wilson

Gimenez Júnior e Valdemir Arnesi

AESCON-SPAssociação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado

de São PauloPresidente: Sérgio Approbato Machado Júnior

Vice-Presidente: Terezinha AnnéiaVice-Presidente Administrativo: Reynaldo Pereira Lima Júnior

Vice-Presidente Financeiro: Carlos Alberto BaptistãoDiretor Administrativo: Antonio Carlos Souza Santos

Diretor Financeiro: Nilton de Araújo FariaDiretor Social: Élcio Valente

Diretores Suplentes: Alexandre de Carvalho, Alexandre Ramos Rachid, Jorge Luiz Gonçalves Rodrigues Segeti, Juraci José Pereira, Marcos Feijó Felipe, Maria Anselma Coscrato dos Santos e Maurício Tadeu de Luca

GonçalvesConselho Fiscal Efetivo: Irineu Thomé , Manoel de Oliveira Maia e

Salvador StrazzeriConselho Fiscal Suplente: Hatiro Shimomoto, Júlio Augusto dos Reis e

Valdemir Atílio Arnesi

EXPEDIENTEProdução Editorial: Act One Agenciamento e Comunicação Ltda.

Editor: Marcelo ZetuneArte: Paula Ubatuba Tannuri

Jornalista Responsável . Edição: Jackeline CarvalhoReportagens: Jackeline Carvalho, Luciana Robles e Murilo Tomaz

Revisão: Gabriel Alves SilvaColaboração: Área de Conteúdo Sescon-SP e Comunicação Interativa

Impressão: Pancrom Indústria GráficaTiragem: 25.000 exemplares

Fale com o Editor: [email protected] anunciar: [email protected] . (11) 3304-4434

Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião da revista ou da Entidade.

Ano XXVI No 298 . Fevereiro de 2014Edição encerrada em: 2 de Março de 2014

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REVISTA DO Sescon-SP

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EDITORIAL

Estivemos ativos na derrocada da Medida Provisória 232, que re-presentaria um acréscimo de até 35,42% no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) recolhidos pe-las prestadoras de serviços optantes pelo lucro presumido em 2006; no combate à carga tributária para o setor de serviços; a extinção da CPMF; a criação do Empreendedor Individual, entre outras con-quistas. A mais recente dela a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, liderado pelo ministro Guilherme Afif Domingues, onde estamos juntos lutando pela prorrogação do prazo de implan-tação do eSocial.

Alguns fundadores do Sescon-SP permanecem atuantes no nosso Conselho, fazendo persistir seus ideais de desenvolvimento de um ambiente favorável ao empreendedorismo. Outros estão em nossas memórias mas, não menos importantes, deixaram em nosso DNA a vontade de viver em um país melhor, mais justo. Esta segunda geração dos empreendedores do Sescon-SP tem a grande responsa-bilidade de manter viva a história construída nestes últimos 65 anos. Parabéns ao Sescon-SP e a todos os empresários que confiam no Brasil, no trabalho e na importância do nosso Sindicato.

Boa leitura!

No século XX vivemos intensas alterações no comportamento socioeconômico e político no mundo, a queda do Muro de Ber-lin, o fim da União Soviética e por assim vai. Basta usar como paralelo a criação e expansão da Internet e todas as mudanças que a rede de computadores trouxe para os nossos negócios e rela-cionamentos, para refletirmos sobre a intensidade das mudanças nos últimos 100 anos.

No Brasil também ocorreram mudanças marcantes, como a nossa mi-gração do militarismo para a democracia, as eleições diretas e a nova Constituição, para ficarmos apenas no âmbito político. Também foi no século XX que a contabilidade brasileira assistiu, em 1949, ao nas-cimento da Associação Profissional das Empresas de Serviços Con-tábeis do Estado de São Paulo, primeira denominação do Sescon-SP.

A Contabilidade é uma das atividades mais antigas da humanidade. Salvo engano, se aproxima apenas da medicina. E nesses 65 anos de atividade do nosso Sindicato, em São Paulo, seguimos o curso da história, confundindo-nos muitas vezes com os registros mais recentes da política tributária e da política fiscal do nosso País. A propósito, fomos atores desta história, propondo novos modelos e combatendo desmandos que seriam desastrosos ao empreendedo-rismo brasileiro, caso fossem levados adiante.

Muita água passou por debaixo da nossa ponte. Recebemos inúme-ras imposições do Governo, e somos hoje um intercâmbio de suma importância para o modelo automatizado estabelecido pelo SPED. Mas nem por isso permanecemos apáticos aos desmandos políticos e ao alto custo imposto aos empreendedores. Ao contrário, desde o início das atividades do nosso Sindicato, em 1949, estabelecemos um perfil combativo. Algo que nos rendeu o reconhecimento e a valorização da classe contábil.

A SEGUNDA GERAÇÃO

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Sérgio Approbato Machado JúniorPresidente do [email protected]

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www.sescon.org.br REVISTA DO Sescon-SP

SESCON-SP . LINHA DIRETA

De Miriam Cavalcante, da MAC Assessoria Fiscal e ContábilBom dia! Não estou conseguindo emitir a parcela mínima do parcelamento do Simples Nacional, gostaria de saber se existe alguma previsão de regularização, pois efetuamos alguns parcelamentos de nossos clientes e não conseguimos emitir a 1º parcela desde segunda-feira dia 03/02/2014. Nosso receio que o parcelamento não efetive pelo fato de não haver o recolhimento.Ficamos aguardando um posicionamento.

Prezado Sra. Em contato com a Receita Federal do Brasil, fomos informados que o sítio do Simples Nacional apresentou alguns problemas no decorrer desta semana. Segundo informam o problema está sendo resolvido. Pedimos que, caso tenha conseguido realizar o procedimento, nos comunique. Estamos mantendo contato com a RFB para monitorar o caso.Continuamos à disposição.Atenciosamente,Sescon-SP

De Raphael Bento, da Carvalho & Silva Consultores AssociadosPrezados, bom dia.Gostaria de saber se o Sescon-SP já se manifestou sobre essas multas que a Receita Federal está aplicando nos contribuintes.Tenho um cliente que está precisando de CND, e nossa dúvida é: se pagarmos agora, podemos solicitar a devolução do valor depois?Atenciosamente.

Prezado Sr. Rafhael, bom dia!Pedimos inicialmente desculpas na demora em respondê-lo.O SESCON-SP está trabalhando em conjunto com a FENACON em âmbito nacional para que possamos solucionar este problema. Em paralelo, estamos também em con-tato com a Receita Federal da 8ª região (SP), na tentativa de solucionar o problema.Conscientes dos problemas gerados aos nossos representados, trabalhamos, se possível, para que as multas sejam excluídas de ofício pela Receita Federal do Brasil. Porém, como não podemos garantir o sucesso de nosso pleito, é importante ressaltar que os contribuintes fiquem atentos aos prazos para pagamentos e recursos administrativos. Sobre a possibilidade de devolução do valor eventualmente pago, não podemos precisar sobre a devolução, devendo cada contribuinte analisar sua necessidade e possibilidade.Esperamos ter ajudado. Continuamos à disposição.Atenciosamente,Sescon-SP

De Durval R. C. Campos, da Assem Assessoria Contábil e FiscalBoa tarde Senhores.Creio tratar-se de um assunto bastante discutido, principalmente, nos últimos dias.Gostaria de saber qual o posicionamento do Sescon-SP com relação aos Autos de Infração de multa por atraso na entrega da GFIP em 2009, que a Receita Federal enviou para várias empresas.Existe alguma esperança de a Receita Federal cancelar esses Autos de Infração, tendo em vista o disposto no artigo 472, da Instrução Normativa 971/09, ou outro dispositivo legal semelhante?Obrigado

Prezado Sr, O SESCON-SP está trabalhando em conjunto com a FENACON em âmbito nacional para que possamos solucionar este problema. Em paralelo, estamos também em contato com a Receita Federal da 8ª região (SP), na tentativa de solucionar o problema.Conscientes dos problemas gerados aos nossos representados, trabalhamos, se possível, para que as multas sejam excluídas de ofício pela Receita Federal do Brasil. Porém, é importante ressaltar que os contribuintes fiquem atentos aos prazos para pagamentos e recursos administrativos.Continuamos à disposição.Atenciosamente,Sescon-SP

SUGESTÕES ECOMENTÁRIOS DOS

LEITORES

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SESCON-SP . PARCERIAS

O NOVO ENDEREÇO DA SUA EMPRESA PODE ESTAR AQUI

Empresas e profissionais liberais que precisam de um endereço fí-sico podem contar com os serviços do “Espaço Certo Escritórios Prontos”. Estrategicamente localizado na Av. Ana Costa, princi-pal endereço de Santos/SP, o Business Center dispõe de Escritó-rios Prontos para utilização full time, salas de reunião, auditório, sala espelho para Pesquisas de Mercado e Dinâmicas de Grupo, Web Conferência e muito mais. A parte de recepção é contempla-da pelos serviços de secretária, administração de recados e atendi-mento telefônico.

E a boa notícia é que graças à aliança firmada entre a empresa e o Sescon-SP, aderindo à parceria, os associados do Sindicato têm descontos de 10% sobre os valores de mercado e podem contar com escritórios prontos, todos mobiliados e climatizados, que possuem internet e linha telefônica exclusiva, além de serviços de recepção bilíngue e diversos serviços administrativos.

Também é possível contratar espaços eventuais que a empresa dis-ponibiliza como: escritórios, salas de reunião, auditório, sala espe-lho e sala de videoconferência para utilização por hora ou período. Uma equipe profissional acompanha as etapas dos serviços para ga-rantir o sucesso dos eventos realizados.

*os serviços de escritório virtual não fazem parte da parceria.

Mais informações:Consulte o portal do Sescon-SP e verifique os detalhes desta parceria.SESCON-SP - RelacionamentoFone: (11) 3304-4400 . [email protected]

“O SESCON-SP atua como interlocutor entre seus associados e as empresas parceiras, não se res-ponsabilizando, em hipótese alguma, por quaisquer danos causados pela contratação de produtos e serviços em decorrência da presente parceria, ou ainda por qualquer alteração futura de preços e condições estabelecidas.”

A DELL É A NOVA PARCEIRA DO SINDICATO E OFERECE VANTAGENS NAS COMPRAS DE NOTEBOOKS E DESKTOPS

ASSOCIADOS QUE PRECISAM DE DOMICÍLIO FISCAL NA CIDADE DE SANTOS PODEM CONTAR COM O “ESPAÇO CERTO ESCRITÓRIOS PRONTOS”

PRECISANDO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA?

Os associados do Sescon-SP agora têm motivos de sobra para equi-par os escritórios. A nova parceria que o Sindicato acertou com a Dell garante descontos nas compras de notebooks e desktops, entre outros produtos, com muitas vantagens. As vendas são realizadas por meio de um sistema de cupons que facilita a aquisição dos pro-dutos, uma novidade que auxilia a utilização dos benefícios.

Em compras acima de R$1.700, o desconto é de R$80; acima de R$1.900, o cupom de desconto é de R$120; e acima de R$2.300, o cupom é de R$150.

É importante salientar que esse desconto é sobre o valor dos produ-tos divulgados no site, inclusive se os equipamentos estiverem em promoção. Caso a compra seja realizada à vista, o desconto acres-ce em R$100 (cumulativo). As compras são realizadas pelo link da Dell vinculado à página de Parcerias no portal do Sescon-SP. Após o cupom ser gerado também existe a possibilidade de optar pelo 0800 da empresa.

A garantia da qualidade dos equipamentos é evidenciada pela his-tória de sucesso da empresa. Por mais de 28 anos, a Dell capacitou países, comunidades, clientes e pessoas por toda a parte no uso da tecnologia. Os seus clientes acreditam na oferta de soluções que os ajudem a realizar e obter mais, não importando se eles estão em casa, no trabalho, na escola ou em qualquer lugar do mundo.

Mais informações:Consulte o portal do Sescon-SP e verifique os detalhes desta parceria.SESCON-SP - RelacionamentoFone: (11) 3304-4400 . [email protected]

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SESCON-SP . UNISESCON

durante quatro horas de atividades.

E como mais uma novidade, a Unisescon promoverá, no dia cin-co de abril, véspera do exame do 1° semestre de 2014, um encon-tro inédito, no qual os matriculados nas atuais quatro turmas em andamento do curso preparatório poderão participar de mais uma atividade de integração e preparação para o exame. Neste dia estão programadas diversas atividades lúdicas para revisão de conceitos, técnicas de diminuição de ansiedade, e uma real pos-sibilidade de tira dúvidas final, encerrando as mais de 120 horas de treinamento a que foram submetidos os mais de 140 inscritos no programa.

Para o reitor da Unisescon, Sergio Alexandre de Souza, “o nível de preparação dos alunos da Unisescon possibilitará a eles uma perfor-mance de destaque no exame do próximo dia seis de abril”.

UNISESCON PREPARA PROGRAMAÇÃO ESPECIAl PARA O PRIMEIRO ExAME DE SUFICIêNCIA DE 2014

Dentre outras determinações, as mudanças trazidas pela aprovação da Lei 12.249/10, da Regência da Contabilidade, instituiu o Exame de Suficiência para a obtenção do registro profissional. O objetivo do exame é comprovar a competência do profissional de atuar na área. Isso aumenta a credibilidade do setor de contabilidade como um todo e potencializa o valor agregado que as organizações contá-beis podem apresentar aos seus clientes, pois coloca a categoria em igual situação a vivenciada por outras categorias como a dos advoga-dos, avaliados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A Unisescon, Universidade Corporativa do Sescon-SP, desde a primeira edição do exame de suficiência em março de 2011, vem atuando para auxiliar os profissionais, por meio da qualidade de seus cursos preparatórios, a se prepararem para o teste. Por isso, no último dia oito de março, a Unisescon promoveu mais um si-mulado para o Exame de Suficiência em Contabilidade. A ativida-de fez parte do conteúdo oferecido às atuais turmas do curso pre-paratório da Universidade Corporativa, que já está na 22ª edição. Bacharéis e técnicos em contabilidade tiveram assim a oportunida-de de eliminar dúvidas, revisar conceitos e identificar dificuldades

SERÃO REALIZADAS DIVERSAS ATIVIDADES LúDICAS PARA REVISÃO DE CONCEITOS, TÉCNICAS DE DIMINUIÇÃO DE ANSIEDADE, E UMA REAL POSSIBILIDADE DE TIRA DúVIDAS FINAL ALUNOS DO CURSO PREPARATÓRIO PARA O EXAME

DE SUFICIÊNCIA EM CONTABILIDADE PODERÃO PARTICIPAR DE MAIS UMA ATIVIDADE DE INTEGRAÇÃO

E PREPARAÇÃO PARA O EXAME.

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DIREITO E JUSTIÇA

Por fim, para não me alongar muito na reprodução do contrato, pela cláusula 3.5, o profissional será punido, se abandonar o trabalho, segundo “a legislação vigente na República de Cuba”.

A leitura do contrato demonstra, nitidamente, que consagra a escra-vidão laboral, não admitida no Brasil. Fere os seguintes artigos da Constituição Brasileira: 1º incisos III (dignidade da pessoa huma-na) e IV (valores sociais do trabalho); o inciso IV do art. 3º (elimi-nar qualquer tipo de discriminação); o art. 4º inciso II (prevalência de direitos humanos); o art. 5º inciso I (princípio da igualdade) e inciso III (submissão a tratamento degradante), inciso X (direito à privacidade e honra), inciso XIII (liberdade de exercício de qual-quer trabalho), inciso XV (livre locomoção no território nacional), inciso XLI (punição de qualquer discriminação atentatório dos di-reitos e liberdades fundamentais), art. 7º inciso XXXIV (igualdade de direitos entre trabalhadores com vínculo laboral ou avulso) e muitos outros que não cabe aqui enunciar, à falta de espaço.

O governo federal, que diz defender os trabalhadores — o partido no poder tem este título —, não poderia aceitar a escravidão dos médicos cubanos contratados, que recebem no Brasil 10% do que recebem os demais médicos estrangeiros!!!

Não se compreende como as autoridades brasileiras tenham con-cordado com tal iníquo regime de escravidão e de proibições, em que o direito cubano vale — em matéria que nos é tão cara (digni-dade humana) —, mais do que as leis brasileiras!

A fuga de uma médica cubana — e há outros que estão fazendo o mesmo — desventrou uma realidade, ou seja, que o programa do Mais Médicos esconde a mais dramática violação de direitos huma-nos de trabalhadores de que se tem notícia, praticada, infelizmente, em território nacional.

Que o Ministério Público do Trabalho tome as medidas necessá-rias para que estes médicos deixem de estar sujeitos a tal degradan-te tratamento.

A Constituição Federal consagra, no artigo 7º, inciso XXX, entre os direitos dos trabalhadores:

“XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de função e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.”

O programa “Mais Médicos”, do governo federal, oferece, para to-dos os médicos estrangeiros “não cubanos” que aderiram ao progra-ma, um pagamento mensal de 10.000 reais.

Em relação aos médicos cubanos, todavia, estes 10.000 reais são pagos ao governo da ilha, que os contratou através de sociedade in-titulada “Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S/A”. Pela cláusula 2.1 “j” desse contrato, receberia cada profissional no Brasil, apenas 400 dólares por mês, depositando-se em Cuba outros 600 dólares.

Em face da cláusula 2.1 “n” deve o profissional cubano guardar estrita confidencialidade “sobre informações não públicas que lhe sejam dadas”. Pela cláusula 2.2 “e” deve abster-se de “prestar ser-viços e realizar outras atividades diferentes daquelas para que foi indicado”, a não ser que autorizado pela “máxima direção da missão cubana no Brasil”. Não poderá, por outro lado, “em nenhuma si-tuação, receber, por prestação de serviços ou realização de alguma atividade, remuneração diferente da que está no contrato”. Há men-ção de vinculação do profissional cubano a um Regulamento Disci-plinar (Resolução 168) de trabalhadores cubanos no exterior, “cujo conhecimento” só o terá quando da “preparação prévia de sua saída para o exterior”. Na letra 2.2 “j”, lê-se que o casamento com um não cubano estará sujeito à legislação cubana, a não ser que haja “autori-zação prévia por escrito” da referida máxima Direção Cubana.

Pela letra 2.2 “g” só poderá receber visitas de amigos ou familia-res no Brasil, mediante “comunicação prévia à Direção da Brigada Médica Cubana” aqui sediada. Pela letra “r”, deverão manter “es-trita confidencialidade” sobre qualquer informação que receba em “Cuba” ou no “Brasil” até “um ano depois do término” de suas ati-vidades em nosso país.

O NEOESCRAVAGISMO CUBANO

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS

Advogado, professor Emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio e membro do

Conselho de Notáveis da Unisescon.

REVISTA DO Sescon-SP

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PROGRAMA DE QUALIDADE

à parceria do Sescon-SP com ABNT. A partir do 4º Módulo é possível conquistar a certificação, para isso é preciso cumprir com os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com as prescrições da norma ABNT NBR ISO 9001:2008 e re-quisitos do PQEC e passar pela Auditoria final. Caso não seja constatada nenhuma não-conformidade, a empresa obterá a Cer-tificação PQEC+ISO.

“Somos muito gratos pela parceria com a ABNT que não mediu esforços para mon-tar um projeto de certificação para o nosso seguimento empresarial”, elogia Batella.

Para completar, ele recomenda que as em-presas se mantenham atualizadas, com os seus processos definidos e prontos para enfrentarem a auditoria - atitude que re-flete em benefícios para toda a categoria. “A qualidade tem sido exigência de âmbi-to universal no mundo corporativo, não só das empresas, mas, principalmente, das pes-soas que dela fazem parte. O empenho do Sescon-SP tem como objetivo a valorização de nossa profissão e na excelência de nossa prestação de serviços. O PQEC é a garantia de futuro para as empresas de contabilida-de”, finaliza o coordenador.

HISTóRICO DE EMPRESAS CERTIFICADAS

. 1ª CERTIFICAÇÃO 2006 134 empresas Certificadas PQEC

. 2ª CERTIFICAÇÃO 2007 160 empresas Certificadas PQEC

. 3ª CERTIFICAÇÃO 2008 185 empresas Certificadas PQEC

. 4ª CERTIFICAÇÃO 2009 225 empresas Certificadas PQEC

. 5ª CERTIFICAÇÃO 2010 287 empresas Certificadas PQEC

. 6ª CERTIFICAÇÃO 2011 349 empresas Certificadas PQEC (Sendo 28 PQEC+ISO).

. 7ª CERTIFICAÇÃO 2012 422 empresas Certificadas PQEC (Sendo 45 PQEC+ISO).

. 8ª CERTIFICAÇÃO 2013 432 empresas Certificadas PQEC (Sendo 53 PQEC+ISO).

mento profissional. Dessa forma, os empre-sários contábeis têm consciência da impor-tância do aprimoramento de seus processos e serviços prestados.

“As empresas sabem que estar no PQEC passou a ser uma exigência do mercado. Elas estão buscando a excelência na prestação dos serviços contábeis e, em contrapartida, estão colaborando para a valorização profis-sional”, explica.

O empresário contábil comenta que, entre os diversos momentos dessa rica história, iniciada em 2005, o mais marcante para ele e toda a diretoria do Sescon-SP é ver a ale-gria dos participantes do PQEC diante da Certificação.

“Eu não tenho dúvida nenhuma em afirmar que a nossa satisfação maior é presenciar a alegria dos empresários e seus colaborado-res conquistando o diferencial que o Pro-grama de Qualidade traz para as suas em-presas, por todo esforço e dedicação pela conquista e porque estarão participando de um seleto grupo de empresários”, afirma.

PREPARAÇÃONos meses que antecedem a festa de certi-ficação as empresas estão em fase final do cumprimento do quadro de requisitos do PQEC. Nesse momento elas realizam cursos na Unisescon e cumprem os pontos mínimos em cada grade. Batella salienta a necessidade da participação dos empresários e colabora-dores nas grades indicadas pelo regulamento, sendo que a atualização constante garante a qualidade nos serviços prestados.

PARCERIA ABNTDesde 2010, as empresas podem optar pela Certificação PQEC+ISO, viável graças

PQEC 2014: EMPRESAS CONTÁBEIS CUMPREM ÚlTIMOS REQUISITOS PARA A CERTIFICAÇÃO

A fase final de preparo para a certificação 2014 do PQEC - Programa de Qualidade de Empresas Contábeis - chegou. A data do evento de entrega da certificação às Empre-sas participantes já está marcada: será no dia 29 de maio no Citibank Hall.

O coordenador do PQEC, Humberto Sér-gio Batella, ressalta que a data escolhida para a certificação corresponde a uma época do ano em que as Empresas de Contabili-dade têm maior disponibilidade para parti-cipar do evento. Já o local é o mesmo do ano anterior, pois, segundo o coordenador, “é uma casa de eventos que sempre nos aco-lheu e atendeu muito bem”.

E além das empresas que serão certificadas, a expectativa para 2014 é de que o número de empresas participantes do Programa de Qualidade cresça. “Faremos todo o possí-vel para que tenhamos um número muito acima do que temos hoje. Estamos receben-do muitas empresas que estão ingressando agora, porque estão percebendo todos os benefícios que terão ao participarem do PQEC”, diz Batella.

Ainda segundo o coordenador, o mercado sempre dará preferência para as empresas qualificadas e aptas para o melhor atendi-

COORDENADOR APONTA OS BENEFÍCIOS DO PROGRAMA DEQUALIDADE; EVENTO DE CERTIFICAÇÃO JÁ TEM DATA E LOCAL MARCADO

“O empenho do Sescon-SP tem como objetivo a valorização da profissão e na excelência de nossa prestação de serviços. O PQEC é a garantia de futuro para as empresas de contabilidade”, Humberto Sérgio Batella, coordenador do PQEC

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CÂMARA SETORIAL . CONTABILIDADE

PARTICIPAÇÃO NOS lUCROS E RESUlTADOS FOI O TEMA DA CÂMARA DE CONTABIlIDADE

Com o tema “Participação nos Lucros e Resultados como Instru-mento Empresarial”, aconteceu no dia 20 de fevereiro, na sede do Sescon-SP, a 98° reunião da Câmara Setorial de Contabilidade.

A Constituição Federal prevê como direito do trabalhador a PLR. O artigo 7º, inciso XI, aponta que são direitos dos trabalhadores ur-banos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a “participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da re-muneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei”

Segundo o coordenador da Câmara de Contabilidade e vice-presi-dente Administrativo da Aescon-SP, Reynaldo Pereira Lima Júnior, o tema foi escolhido pelos recorrentes pedidos dos empresários contábeis frequentadores das reuniões da Câmara.

“Este é um assunto constantemente marcado em nossas avaliações e muito solicitado pelos participantes da Câmara e, como eles são formadores de opinião, trouxemos a temática para ser debatida aqui e saber a opinião dos empresários sobre PLR”, diz.

Além disso, ele lembra que o assunto também é consequência da Comissão de Negociação Coletiva, que começou a realizar as suas reuniões e tem abordado o tema na pauta de discussão.

“Também decidimos trazer esse tema para ser debatido e for-mar opiniões para levar para as nossas reuniões da Comissão de Negociação Coletiva, com algumas ideias e sugestões e, dessa forma, fazer um trabalho de conscientização do nosso público”, afirma o coordenador.

EMPRESÁRIOS CONTÁBEIS TIVERAM A OPORTUNIDADE DE MANIFESTAR SUAS IDEIAS EM TORNO DA PLR; OPINIÕES SERÃO LEVADAS À COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA

98º Reunião da Câmara Setorial de Contabilidade debateu o tema: Participação nos Lucros e Resultados

A Lei 10.101/2000 é a que regulamenta a participação dos traba-lhadores nos lucros ou resultados da empresa. Conforme o arti-go 2° da Lei, a PLR será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos - que pode ser feito por comissão escolhida, integrada, também, por um re-presentante indicado pelo sindicato da respectiva categoria, ou por convenção ou acordo coletivo, - escolhidos pelas partes de comum acordo.

Os principais aspectos da Lei foram apresentados pelo advogado e assessor jurídico do Sescon-SP, Sérgio Sznifer, que destacou o valor que a utilização do mecanismo traz para as empresas.

“A PLR está voltada para uma administração participativa, que envolve empregados e diretoria em um único objetivo: todos ga-nharem. É um instrumento usado para aumentar a motivação e participação dos colaboradores, diminuir custos e aumentar resul-tados”, explica.

Assim como Reynaldo Lima Júnior, o advogado comentou que a discussão realizada entrará no âmbito da Comissão de Negociação Coletiva “O objetivo é um prolongamento dessa negociação e levar aos empresários o que está sendo feito na Comissão, para conscien-tizar que a PLR é um instrumento administrativo importante para desenvolver a relação capital/trabalho”, frisou o especialista.

O vice-presidente do Sescon-SP e membro da Câmara, Márcio Mas-sao Shimomoto, apontou que a adoção ao programa traz um viés positivo para mais de um lado.

“Geralmente, as empresas dão alguma gratificação aos funcionários por atingirem uma meta ou por executar um trabalho exemplar. Neste caso, aplicar o PLR pode até diminuir os encargos da folha de pagamento”, avalia.

Os participantes da reunião discutiram as vantagens e desvantagens, para a empresa e para o colaborador, de se aplicar a PLR. Os em-presários contaram suas experiências sobre o assunto e frisaram a importância de se traçar metas individual, global e departamental. “Assim, você garante, além de produtividade do colaborador, maior rendimento de todos os envolvidos com a empresa”, concluiu Sér-gio Sznifer.

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CÂMARA SETORIAL . 3O SETOR

3° SETOR DEBATE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Como destacou o presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), Jair Gomes de Araújo, “falar sobre as obriga-ções e as responsabilidades para quem atua no 3° Setor é importante e os temas tornam-se acalorados, com conversas fortes”.

E dessa maneira, com um debate participativo, ocorreu, no dia 14 de fevereiro, o primeiro encontro do ano da Câmara do 3° Setor. O evento reuniu mais de 200 pessoas, entre profissionais do seg-mento e contabilistas que atuam nas entidades, para discutir o tema “Demonstrações Contábeis e Prestações de Contas das Entidades do 3° Setor”.

O coordenador da Câmara, Edeno Teodoro Tostes, falou na oca-sião das principais novidades e alterações legislativas que influen-ciam diretamente a categoria. “Tivemos algumas leis que saíram no final do ano, então deixamos o pessoal a par dessas novidades. Uma delas foi o eSocial que inicia esse ano e nós reforçamos a necessida-de do pessoal ficar atento, visto que isso realmente irá mexer com todas as empresas, ainda mais com as entidades sem fins lucrativos, que em sua grande maioria não tem uma gestão profissional”, alerta.

Quanto às demonstrações contábeis, o coordenador ressaltou a im-portância da atualização constante. “Tudo isso é exigido em pres-tação de contas, quer seja para as diretorias das entidades, para a comunidade em geral, para Tribunal de Contas, para as prestações de contas das entidades OS´s e OSCIP´s, para as entidades filan-trópicas, então existe toda uma legislação exigindo contabilidade”, lembrou Tostes.

Entre os debatedores estava o presidente do Sindcont-SP, que ex-plicou o motivo do encontro ter sido tão dinâmico. “Eventos como esse, que trazem assuntos tão importantes à tona, causam essa situ-ação de aumento da discussão, mas tudo em prol da melhoria e de uma melhor forma de apresentar as demonstrações contábeis das entidades do Terceiro Setor”, disse.

A causa do intenso debate, segundo Gomes de Araújo, é devido à

CÂMARA TEM O PRIMEIRO ENCONTRO DO ANO E TRATOU SOBRE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E AS RECENTES ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS DA ÁREA

conduta do profissional do segmento, pois “o contabilista sempre quer acertar, ele quer fazer o melhor possível”, afirma o líder sindi-cal. Araújo também frisou a importância do estatuto social como um dos primeiros pontos a serem observados. “Essa é a primeira comparação a ser feita na hora do fechamento das demonstrações contábeis”, falou.

Outro debatedor foi o empresário contábil e membro da Câmara, Marcelo Monello, que salientou o aprimoramento profissional tra-zido pelo confronto de ideias, agregando valor às entidades repre-sentadas. “O 3° Setor está em um processo de estruturação. Ape-sar de ser um segmento muito antigo, as normas hoje são muito mais claras e muito mais objetivas. Com isso, existe a necessidade de profissionais e empresários da contabilidade, como segmento de serviços, trazerem uma oferta de serviço com um padrão eleva-do”, comentou.

Na visão do também membro da Câmara do 3° Setor Luis Au-rélio Prior, o contabilista do segmento tem que participar desse tipo de discussões, porque as mudanças na área são muitas. “Ele tem que tratar isso como parte do negócio, pois esse contabi-lista, na maior parte deles, iniciou o trabalho como voluntário, ajudando as entidades, fazendo a contabilidade de uma forma voluntária”, recorda. Porém, Prior mostra que a realidade hoje é outra. “O setor cresceu, tomou uma grandeza que tem leva-do novamente os profissionais a se instruírem e isso já passa a fazer um volume significativo dentro das empresas contábeis, como também em seus próprios resultados econômicos e finan-ceiros”, indicou.

As Normas Brasileiras de Contabilidade - ITG 2002 para entidades sem finalidades de lucros, também foram destaque. A Câmara do Terceiro Setor do Sescon-SP volta a se reunir no dia 20 de março, na cidade de Piracicaba.

“Tivemos algumas leis que saíram no final do ano, então deixamos o pessoal a par dessas novidades. Uma delas foi o eSocial que inicia esse ano e nós reforçamos a necessidade do pessoal ficar atento, vis-to que isso realmente irá mexer com todas as empresas, ainda mais com as entidades sem fins lucrativos, que em sua grande maioria não tem uma gestão profissional”, Edeno Teodoro Tostes, coordenador da Câmara do 3° Setor.

Câmara debateu “Demonstrações Contábeis e Prestações de Contas das Entidades do 3° Setor”

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BRASIL EM AÇÃO

Empresários de todo o País vivem um di-lema: é preciso aplicar ou não as alterações tributárias trazidas Medida Provisória (MP) 627, publicada em 12 de novembro de 2013? O texto prevê alterações na legislação rela-tivas ao IRPJ, CSLL, contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, revoga o Regime Tributário de Transição (RTT) e também traz conceitos de tributação sobre o patri-mônio de empresas coligadas no exterior.

No entanto, existe certa insegurança devi-do à norma legislativa ter validade para ser transformada em Lei, pois, caso não acon-teça, seus efeitos perdem a validade. Depois de publicada, a proposta tem força de Lei, mas possui um prazo de 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 para ser con-vertida. O prazo é suspenso no recesso do Congresso Nacional, portando, até o início de abril deve ser realizada a conversão.

Especialistas indicam que pode haver uma batalha entre o Legislativo e o Executivo em vista da quantidade de emendas apresenta-das - a MP já recebeu mais de 500 emendas. Caso o projeto seja substancialmente modi-ficado, ainda se corre o risco dele ser vetado pela Presidência, o que faria tudo voltar à estaca zero.

Ao se contabilizar todos esses fatores, jun-to a uma legislação extensa e complexa, o

O TEMPO CORRE PARA A APROVAÇÃO EM LEI DA MEDIDA PROVISÓRIA QUE JÁ RECEBEU MAIS DE 500 EMENDAS; LÍDERES DO SINDICATO INDICAM OS PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO

INDECISÃO SOBRE A MP 627 TRAZ INSEGURANÇA PARA O EMPREENDEDORISMO

entendimento é de que a Medida traz uma grande insegurança jurídica e tributária.

MP 627A Medida Provisória revogou Regime Tri-butário de Transição (RTT) que dispõe sobre a tributação nos lucros auferidos no exterior por pessoa jurídica e física domi-ciliada no Brasil. O regime é opcional para esse ano, somente em 2015 ele será obri-gatório. Porém, já é possível migrar para o critério de apuração do cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), partindo do lucro societário apurado conforme o IFRS (In-ternational Financial Reporting Standar-ds). Mas acontece que Receita Federal do Brasil ainda não estabeleceu as regras para a migração das empresas, esperando a MP virar Lei.

Com o fim RTT foi adotada uma nova de-finição de receita bruta, visando à uniformi-zação deste conceito para fins fiscais, o que reflete diretamente na apuração das contri-buições, tanto para o regime cumulativo, quanto para o não cumulativo.

Segundo o presidente do Sescon-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, as decisões to-madas nos últimos meses irão impactar nos negócios durante todo o ano, pois influen-ciam na distribuição de lucros no período.

PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOSDe acordo com o vice-presidente do Ses-con-SP, Márcio Massao Shimomoto, refe-rente a MP, merece destaque positivo o fim da neutralidade ao IFRS, com o discipli-namento de ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos em razão da convergência das normas con-tábeis brasileiras aos padrões internacionais. “Sem a padronização muitas empresas, prin-cipalmente as de grande porte, são obriga-

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“É preciso se antecipar, fazer este estudo, analisar todas as alternativas legais e mudanças recentes para tomar decisões que visam garantir a competitividade da empresa em 2014 e nos próximos anos”, Sérgio Approbato Machado Júnior, presidente do Sescon-SP

das a conviver com três padrões diferentes na hora de montar o balanço: o brasileiro, o europeu e o americano”, diz. Ele também destaca a diminuição da buro-cracia com a unificação de três obrigações acessórias em apenas uma: (Livro de Apu-ração do Lucro Real - “LALUR”, Controle Fiscal Contábil de Transição – “FCONT” e a Declaração de Informações Econômico--Fiscais da Pessoa Jurídica – “DIPJ”).

Porém, como negativo, o empresário contá-bil vê um possível aumento da carga tribu-tária para as empresas multinacionais e para as pessoas físicas residentes no Brasil que recebem distribuição de lucros de pessoas jurídicas controladas no exterior.

Já para Wilson Gimenez Júnior, vice-presi-dente administrativo do Sescon-SP, como positivo está o REFIS, que permite o parcela-mento de débitos em até 180 parcelas com re-duções significativas na multa e juros. Assim como o aumento do limite de R$ 326,61 para R$1.200 no lançamento de bens de pequeno valor como despesas e a confirmação da isen-ção sobre os lucros pagos de 2008 a 2013 com base nos resultados apurados pelo IFRS.

“Contudo, a pressão para aderir ao novo re-gime já a partir de 2014 afim de garantir a isenção sobre os lucros pagos e as mais de 500 emendas recebidas deixou os contri-buintes apreensivos”, crítica o vice-presi-dente administrativo.

TRIBUTAÇÃO DE HOLDING’SA MP traz novas regras de tributação de pes-soa jurídica quanto aos resultados de contro-ladas e coligadas no exterior, o que tributa a participação patrimonial sobre Holding’s.

Os resultados de controladas no exterior de-vem ser individualmente registrados como

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BRASIL EM AÇÃO

go 67 da MP 627 prevê que os lucros e divi-dendos calculados com base nos resultados de 2008 a 2013 e pagos até a edição da Medi-da serão considerados livres da incidência do imposto de renda na fonte, além de não inte-grar as bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, desde que o contribuinte deixe voluntaria-mente de usar o RTT a partir de 2014.

Gimenez Júnior observa que as últimas deci-sões jurídicas são favoráveis à tributação dos lucros quando estes são oriundos de Paraísos Fiscais. “É importante ressaltar que essa tribu-tação é aplicada quando a empresa estrangeira é domiciliada em país ou dependência com tributação favorecida ou alíquota nominal inferior a 20%, e não tenha seus documentos de constituição e posteriores alterações regis-trados em órgão público que permita acesso a composição societária”, aponta.

Para Márcio Shimomoto, “a MP está na contramão da tendência mundial que é a de tributar o consumo e não o capital e patri-mônio”, alerta.

investimentos da controladora brasileira, no ano em que forem apurados em balanço. Antes, a tributação se dava no momento do pagamento dos lucros, ou seja, pelo regime de caixa. Com a Medida essa tributação se dará na data do balanço, independentemen-te se houve efetivamente o pagamento (re-gime de competência). A parcela do ajuste no investimento em controladas que for equivalente aos lucros por elas auferidos em determinado ano também devem sofrer inci-dência do IRPJ e CSLL.

Em relação às pessoas físicas controladoras de empresas estrangeiras estabelecidas em Paraísos Fiscais a tributação a ser aplicada é a tabela progressiva, cujas alíquotas vão de 7,5% a 27,5%.

Já as Coligadas no exterior, os lucros sofre-rão a incidência do IRPJ e CSLL em 31 de dezembro do ano em que forem disponibi-lizados para a coligada brasileira.

Para evitar questões de anterioridade, o arti-

MPESO Conselho Federal de Contabilidade (CFC) mostrou preocupação com as micro e pequenas empresas, porque elas podem enfrentar dificuldades para se adaptar a esse novo padrão internacional estabelecido. Na opinião do vice-presidente administra-tivo, as MPEs podem sofrer dificuldades quanto aos controles internos, pois o res-ponsável técnico pela contabilidade terá que contar com a participação dos empresários e responsáveis por certos setores da empresa para informar dados inerentes aos bens, di-reitos e obrigações para determinar ajustes a valor presente, taxa de vida útil do bem, valor residual do bem, valor justo de deter-minados, etc.

“Todos sabemos que as MPEs não têm es-trutura e pessoal como as médias e gran-des empresas para realização destes traba-lhos, o que certamente poderá complicar a vida das pequenas empresas”, enxerga Gimenez Júnior.

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SÃO PAULO EM AÇÃO

A Escrituração Fiscal Digital (EFD Contribuições) foi o alvo de um grande evento realizado pelo Sescon-SP, em sua sede, no dia 27 de fevereiro. Com o auditório lotado, o público teve a oportunidade de debater os aspectos dessa obrigação acessória do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED. Essa obrigação é um arquivo digital utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado na escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, nos regimes de apu-ração não-cumulativo e/ou cumulativo. O convidado para ministrar a palestra foi o auditor da Receita Federal do Brasil e supervisor técnico da EFD Contribuições, Jonathan José Formiga de Oliveira.

Em sua apresentação, o supervisor frisou que, no momento, o raio de ação do SPED são apenas as obrigações tributárias de natureza acessória. Porém, pretende-se que no futuro o Sistema avance para o campo do cumprimento das obrigações tributárias principais.

Ele destacou o comando da Lei nº 9.779/99, estabelecido pelo Con-gresso Nacional, que dá competências para um órgão do Poder Exe-cutivo, no caso a Secretaria da Receita Federal, dispor sobre a solici-tação junto ao contribuinte em geral de informações para verificar a exatidão da apuração de tributos.

Segundo o palestrante, o SPED evoca para si uma série de rotinas e verificações que antes eram feitas pelo Fiscal. Essa modificação significativa “terceirizou” para o próprio contribuinte a fiscalização.

“O que aconteceu foi essa luminosidade do Poder Público de obser-

AUDITOR DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL FALOU SOBRE A MUDANÇA QUE O PROGRAMA SPED TROUXE AO PASSAR A RESPONSABILIDADE DO ENVIO DE INFORMAÇÕES PARA O CONTRIBUINTE

EFD CONTRIBUIÇÕES: SINDICATO PROMOVE EVENTO PARA DEBATER A OBRIGAÇÃO ACESSóRIA

“O que aconteceu foi essa luminosidade do Poder Público de observar que não tinha estrutura para verificar a exatidão da operação de todo contingente do Brasil, e transferiu esses exames básicos para uma plataforma de Escrituração que se não for preenchida corretamente emperra o processo e não valida as obrigações”, Jonathan José Formiga de Oliveira, auditor da Receita Federal do Brasil e supervisor técnico da EFD Contribuições

“Não somos contra a sistematização, mas é preciso pensar um pouco melhor a implantação dos programas para que

todos sejam beneficiados. O SPED é um produto que vai dar comodidade às fiscalizações, porque todas as informações

que hoje não são informatizadas terão que ser. Além disso, o eSocial terá grande parte nesse processo de ajuste e controle do projeto”, Sérgio Approbato Machado Júnior, presidente do

Sescon-SP e da Aescon-SP

var que não tinha estrutura para verificar a exatidão da operação de todo contingente do Brasil, e transferiu esses exames básicos para uma plataforma de Escrituração que se não for preenchida corre-tamente emperra o processo e não valida as obrigações”, explicou.

De acordo com Jonathan Formiga, o grau de exposição e transpa-rência das empresas agora é enorme, pois são entregues ao Fisco, de forma automática, a contabilidade, os documentos fiscais, a escritu-ração de ICMS e do IPI, do Imposto de Renda a partir de 2014, do Pis e da Cofins, da Contribuição Previdenciária, e com o eSocial, de todos os eventos trabalhistas.

“Isso é bom, pois a empresa boa, que cumpre com as suas obriga-ções tributárias, só vai ter ganhos quando se passarem esses anos de alta turbulência com a implementação das obrigações e com o modelo assimilado por todos”, prevê.

O auditor aponta que o Fisco agora tem um rol de informações como nunca possuiu, com novas análises quanto à verificação e identificação de inconsistências, utilizando o conteúdo da escritu-ração em confronto com a receita informada em outras plataformas.

O presidente do Sescon-SP e da Aescon-SP, Sérgio Approbato Ma-chado Júnior, comentou que a mudança conceitual trazida pela nova forma de escrituração mudou o papel da fiscalização. Antes, as irre-gularidades eram observadas no trabalho do Fisco em campo. Ago-ra, somente o fato do contribuinte não entregar alguma informação de forma adequada incorre em penalização.

“Independente de a empresa estar fazendo a operação corretamente, o fato de receber uma multa não significa que ela errou, pode ser que alguma informação tenha sido informada com erro, mas a sua operação está adequada, é possível isso”, disse.

INTELIGÊNCIAA partir de agora a RFB irá priorizar três aspectos, conforme o supervi-sor da EFD Contribuições. O primeiro deles é o prazo para Escritura-ção, pois enseja em multa, ou até fiscalização dependendo da omissão.

Em seguida, se deve atentar ao conteúdo da Escrituração para que não esteja incompleto e atenda as regras de validação do PVA (Pro-grama Validador e Assinador).

Por último, o contabilista deve utilizar a EFD Contribuições junto

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SÃO PAULO EM AÇÃO

“não conversem”.

O vice-presidente do Sescon-SP, Márcio Massao Shimomoto, explicou que para fa-zer a junção desses dois arquivos, sendo que é preciso realizar apenas uma única trans-missão, é necessário pegar o arquivo da filial e tentar importá-lo em algum ERP do es-critório de contabilidade. Em muitos casos, o conteúdo é digitado direto no PVA para unir matriz e filial.

“Como eu acho que é uma exigência legal, acredito que a Receita Federal poderia melho-rar o PVA para fornecer uma ferramenta que una o arquivo filial e o arquivo matriz, já deixo o pedido para isso”, solicitou Shimomoto.

Ao responder à indicação, o auditor da RFB disse que a requisição é viável e que o Sin-dicato, por meio do vice-presidente, pode encaminhar o pedido formal a ele.

NOVA VERSÃOA Receita Federal do Brasil já disponibili-zou a versão 2.07 do Programa de Valida-ção e Assinatura da EFD-Contribuições. A nova versão está disponível no portal da Receita Federal do Brasil e suprirá a in-consistência, especifica na codificação das deduções, pelas cooperativas de crédito, no registro “I300”.

sem redução, mas caiu para R$ 500 reais de acordo com o porte da pessoa jurídica. Em alguns casos como o Lucro Presumido, a multa caiu de cinco mil para R$ 250.

“Agora está mais dentro da realidade para algumas empresas, isso faz com que o pro-fissional contábil mude o foco. Assim a pre-ocupação dele deixa de ser o prazo e passa a ser a qualidade do conteúdo”, apontou Jonathan Formiga.

Em contrapartida, a multa por cumprimen-to de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas, merece atenção. O representante da RFB comenta que ela foi “turbinada”, pois o valor é de 3% do faturamento da empresa.

“Agora aquela informação não prestada tem uma dimensão muito maior do que aqueles cinco mil reais de multa pelo risco da infor-mação zerada. O que me preocupa muito é o desconhecimento dessa exposição ao ris-co”, alertou o auditor.

“Eu acho essa multa um absurdo, você está sendo penalizado por estar trabalhando para o governo. Na verdade você está fazendo um papel que é do Estado. O contribuinte está fazendo um trabalho que não é dele, e no caso os contabilistas que acabam fazendo isso”, sentenciou o presidente do Sescon-SP.

PEDIDOA transmissão da EFD Contribuições tem a particularidade de ser centralizada pela matriz da empresa. No entanto, algumas empresas de contabilidade atuam com um contador para realizar o processo pela ma-triz e outro pela filial. Eles podem estar em Estados diferentes, utilizando sistemas dis-tintos, com outros planos de contas. Essas variantes podem fazer com que os sistemas

“Como eu acho que é uma exigência legal, acredito que

a Receita Federal poderia melhorar o PVA para fornecer

uma ferramenta que una o arquivo filial e o arquivo

matriz, já deixo o pedido para isso”, Márcio Massao

Shimomoto, vice-presidente do Sescon-SP

com a contabilidade, com NF-e emitida, etc, sendo que a inteligência de programação da Receita está se aperfeiçoando para investir mais na questão da integridade da consistên-cia das informações prestadas.

Com essa análise, Approbato Machado acen-tuou o grau de conscientização que os con-tribuintes devem ter, uma vez que é funda-mental os clientes entenderem a necessidade do envio de informações aos empresários contábeis. “O Governo não fez o seu papel na questão da divulgação do projeto SPED, que deveria ser divulgado há mais de cinco anos na televisão, mídias, ou em jornais de grande circulação, esclarecendo o que é esse projeto, para o que ele veio e dizendo claramente ao contribuinte que os processos mudaram”.

A preocupação com as micro e pequenas em-presas não foi esquecida. “Isso também deveria ser pensado no sentido de ajudar o contribuinte em alguns fatores que melhorassem a aparelha-gem das MPEs e seus sistemas de gestão, pois infelizmente os sistemas que estão no mercado não atendem todas essas exigências do Sistema Público de Escrituração Digital”, expôs.

Apesar das críticas, o líder sindical deixou claro o valor que o projeto irá trazer quan-do estiver estabilizado. “Não somos contra a sistematização, mas é preciso pensar um pouco melhor a implantação dos programas para que todos sejam beneficiados. O SPED é um produto que vai dar comodidade às fiscalizações, porque todas as informações que hoje não são informatizadas terão que ser. Além disso, o eSocial terá grande parte nesse processo de ajuste e controle do pro-jeto”, completa o presidente.

MULTASA multa anterior por atraso no envio de in-formações pelo SPED era de cinco mil reais

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REPORTAGEM DE CAPA

Empresários contábeis e de assessoramento, autoridades, parceiros, lideranças setoriais e políticos se reuniram para comemorar os 65 anos de atividade do Sescon-SP

SECON-SP CELEBRA MAIS UM ANO DE ATIVIDADES EM PROL DAS CLASSES CONTÁBIL, DE ASSESSORAMENTO E EMPREENDEDORA; SOLENIDADE MARCOU TAMBÉM A ENTREGA DA MEDALHA PRESIDENTE ANNIBAL DE FREITAS A EMPREENDEDORES COM LARGA EXPERIÊNCIA

65 ANOS DE ÉTICA E HARMONIA

A noite do dia 07 de fevereiro foi de celebração. Na data, empre-endedores contábeis e de assessoramento, autoridades, parceiros, lideranças setoriais e políticos se reuniram para comemorar os 65 anos de atividade do Sescon-SP, completados no dia 12 de janeiro.

Durante a solenidade, realizada no Clube Monte Líbano, os convida-dos lembraram com satisfação a forte atuação da entidade - norteada pela busca constante da valorização das classes contábil e de assesso-ramento e pela defesa permanente dos empreendedores e contribuin-tes brasileiros, e parabenizaram o Sindicato que acumulou, ao longo das décadas, uma série de vitórias ao cumprir sua missão.

Motivos para comemorar não faltam. Desde sua fundação, em 1949, a entidade vem conquistando cada vez mais a respeitabilidade da so-ciedade e a valorização da categoria empresarial contábil no Estado de São Paulo e no país.

“AVANÇAMOS EM ASPECTOS IMPORTANTES E FECHAMOS O ANO COM

DECISÕES RELEVANTES”, Sérgio ApprobAto MAchAdo Júnior,

preSidente do SeScon-Sp e dA AeScon-Sp

Muito além da busca pelos direitos das categorias representadas, a disponibilização de um leque diversificado de produtos e serviços para auxiliar as empresas contábeis e de assessoramento a enfrentar os desafios que se apresentam, o Sindicato também está presente na história de movimentos bem-sucedidos como a derrubada da Medi-da Provisória 232, que representaria um acréscimo de até 35,42% no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) recolhidos pelas prestadoras de serviços optantes pelo lu-cro presumido em 2006; a carga tributária para o setor de serviços; a extinção da CPMF; a criação do Empreendedor Individual, entre outras conquistas.

A Gestão 2013-2015, liderada pelo presidente Sérgio Machado Ap-probato Júnior, tem continuado este trabalho em favor das catego-rias representadas e dos contribuintes do País. Em 2013, primeiro ano de mandato, foram muitas as conquistas e aproximações com organizações públicas e privadas, além de abertos e estreitados ca-nais de diálogos importantes com os Executivos e Legislativos Mu-nicipal, Estadual e Federal.

Neste cenário, a classe obteve avanços relacionados a tributos como PIS e Cofins, ISS e ICMS, no Simples Nacional, melhorias e adapta-ções no SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) e em diver-sos outros temas, sempre com foco na desburocratização, na redução da carga tributária e na melhoria do ambiente empreendedor no País.

Em seu discurso, Sérgio Approbato Machado Júnior, presidente do Sescon-SP e da Aescon-SP, fez um retrospecto das ações empreen-

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REPORTAGEM DE CAPA

TRABAlHO E EVOlUÇÃO

APENAS NOS úLTIMOS 12 MESES, O SESCON-SP ACUMULOU:

. Mais de 95 mil certificados digitais;

. Quase 62 mil atendimentos nos Postos de Serviços;

. 885 cursos realizados com mais de 15 mil alunos;

. Mais de três mil informativos enviados;

. Quase duas mil matérias veiculadas na imprensa de todo o país;

. 997 novos associados;

. Mais de cinco milhões de e-mails recebidos;

. Aproximadamente dois milhões de visitas ao site;

. Mais de 70 palestras realizadas em outros Estados por diretores da casa.

didas pelas entidades nos últimos meses. “Iniciamos 2013 com a presença do governador Geraldo Alckmin, diversos prefeitos do interior do Estado, secretários e autoridades em nossa entidade, onde foi lançado o projeto Via Rápida Empresa, no intuito de melhorar e organizar os registros comerciais em nosso Estado”, lembrou o líder setorial. “Durante o ano, também estivemos com secretários estaduais e suas equipes, para debater importantes temas. Avançamos em aspectos importantes e fechamos o ano com importantes decisões”, completou Machado Júnior.

O líder setorial também destacou o convite feito pelo ministro da Micro e Pequena Em-presa, Guilherme Afif Domingos, para que a casa participasse das discussões e construção de um novo projeto de lei para o aprimoramento do Simples Nacional, visando a busca por soluções de simplificação e redução da carga tributária.

RECONHECIMENTO E REPRESENTATIVIDADEEm nome das entidades congraçadas da contabilidade paulista, o presidente do CRC SP, Claudio Avelino Mac-Knight Filippi, lembrou os constantes esforços da entidade em prol de seus representados e do empreendedorismo e frisou: “não basta chegar aos 65 anos, é preciso completá-lo com qualidade, e este é um predicado que não falta ao Sescon-SP e à Aescon-SP”.

Representando a classe empresarial, o presidente da ACSP e da Facesp, Rogério Pinto Coelho Amato, destacou a parceria entre as entidades e a intenção de novas ações em favor das cate-gorias representadas. “Nosso intuito é oferecer aos associados de ambas as entidades informa-ções e serviços necessários e importantes para o dia a dia de trabalho”.

“Nosso intuito é oferecer aos associados de ambas as entidades informações

e serviços necessários e importantes para o dia a dia

de trabalho”, Rogério Amato, presidente da ACSP

“Não basta chegar aos 65 anos, é preciso completá-lo com qualidade, e este é um predicado que não falta ao Sescon-SP e à Aescon-SP”, Claudio Avelino Mac-Knight Filippi, presidente do CRC SP

“Sinto-me honrado em representar profissionais

destas gloriosas entidades que, com trabalho árduo,

determinação e pujança fizeram com que o

Sescon-SP e a Aescon-SP se tornassem marcas de qualidade e referência”,

Antonio Marangon, presidente do Sescon-SP na

Gestão 2004-2006

“Desburocratização e redução da carga tributária são nossas

lutas árduas e diárias, e poder contar com o Sescon-SP

em nossa constelação é um orgulho”, Mario Elmir Berti,

presidente da Fenacon

Por sua vez, o presidente do Sescon-SP na Gestão 2004-2006, Antonio Marangon, que discursou em nome de todos os presidentes que passaram pelo Sindicato e pela Associa-ção, falou da sua felicidade em participar da história da entidade. “Sinto-me honrado em representar profissionais destas glo-riosas entidades, que com trabalho árduo, determinação e pujança fizeram com que o Sescon-SP e a Aescon-SP se tornassem marcas de qualidade e referência na defesa dos interesses e direitos de seus representa-dos e da sociedade em geral”.

Já o presidente da Fenacon, Mario Elmir Berti, frisou as batalhas encampadas pelo Sescon-SP e pela Fenacon ao longo dos anos. “Desburocratização e redução da car-ga tributária são nossas lutas árduas e diárias

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REPORTAGEM DE CAPA

“Vamos conversar sobre serviços para racionalizar

e facilitar a vida dos profissionais contábeis

do Estado de São Paulo”, Marcelo Barreto de Araújo, superintendente adjunto da

Receita Federal do Brasil

“O Sescon-SP tem feito um trabalho muito

importante na luta contra a desburocratização, diminuição da carga

tributária e desoneração, além do reconhecimento

e valorização da classe contábil”, Arnaldo Faria de

Sá, deputado federal

“Sempre estaremos a postos para abraçarmos juntos

as bandeiras e as causas da desburocratização, da

desoneração, da simplificação e na luta pela valorização

da classe contábil”, Itamar Borges, deputado estadual

“Hoje é um dia de festa e de reconhecer o valor e o

trabalho desses grandes contabilistas que são

representantes da nossa classe”, Edir Sales, vereadora

de São Paulo

“Nesses 65 anos, o Sescon-SP, junto com o Sebrae-SP, sempre defendeu os empreendedores brasileiros, sofremos juntos as agruras enfrentadas pelos contribuintes”, Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP

NOVO PORTAl DE NOTíCIAS

Também foi destaque da solenidade o lançamento do Portal de Notícias do Sescon-SP, abrigado em http://noticias.sescon.org.br/, mais um serviço para estreitar os laços com a sociedade e com os empresários contábeis e de assessoramento.

Em um único endereço é possível conferir, além de notícias econômicas, tributárias, fiscais, legislativas e tecnológicas, atreladas aos segmentos contábil e de assessoramento, temas de outras editorias e ainda reportagens sobre todo o trabalho, atuação e representatividade das entidades, visando a excelência na prestação de serviços e a valorização das categorias que representa.

E de forma inovadora, o Portal de Notícias amplia seu trabalho comunicacional em diferentes mídias: tex-tos web, revista, fotos e especialmente vídeos, com o Sescon-SP News, buscando maior interatividade com o seu público, além de apresentar um formato alinhado à nova “Era do Conhecimento”.

e poder contar com o Sescon-SP em nossa constelação é um orgulho. Deixo, em nome da Federação, a minha homenagem às pes-soas que ajudaram a construir a história de sucesso do Sindicato, sempre pautados pela ética”, disse Berti.

Na mesma linha, o diretor superintenden-te do Sebrae-SP, Bruno Caetano, falou das ações estaduais entre as entidades. “Entida-de que trabalha ao lado da nossa instituição. O Sescon-SP, nesses 65 anos, junto com o Sebrae-SP, sempre defendeu os empreende-dores brasileiros, sofremos juntos as agru-ras enfrentadas pelos contribuintes”.

O superintendente adjunto da Receita Fe-deral do Brasil, Marcelo Barreto de Araújo, colocou a administração tributária à dis-posição do Sescon-SP. “Vamos conversar sobre serviços para racionalizar e facilitar a vida dos profissionais contábeis do Estado de São Paulo”, disse.

O deputado federal Arnaldo Faria de Sá também deixou seus parabéns ao Sindica-

to. “O Sescon-SP tem feito um trabalho muito importante na luta dessas questões contra a desburocratização, diminuição da carga tributária e desoneração, além do reconhecimento e valorização da clas-se contábil”.

Em seu discurso, o deputado estadual Ita-mar Borges, presidente da Frente Parla-mentar do Empreendedorismo e Combate à Guerra Fiscal da ALESP, afirmou: “tenho procurado trabalhar de mãos dadas com aqueles que sabem o caminho certo na bus-ca por melhorias em nosso Estado e nos-so País. Sempre estaremos a postos para abraçarmos juntos as bandeiras e as causas da desburocratização, da desoneração, da simplificação e na luta pela valorização da classe contábil”.

Por fim, a vereadora paulistana Edir Sales completou: “hoje é um dia de festa e de re-conhecer o valor e o trabalho desses grandes contabilistas que são representantes da nos-sa classe. Parabéns aos homenageados, ao Sescon-SP e à Aescon-SP”.

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REPORTAGEM DE CAPA

ética e trabalho sério. Algo inestimável e revigorante, que reforça a nossa convicção de que é preciso continuar lutando para que empresários, pequenos ou grandes, fiquem livres dos excessos gerados pela burocracia e oneração tributária e assim possam fazer o que sabem de melhor, empreender e gerar emprego para que o Brasil ocupe o seu lugar na economia mundial”, frisou.

O presidente do CRC SP na Gestão 2010-2011, Domingos Orestes Chiomento, dedi-cou a honraria a todos que participaram ou ainda colaboram com sua trajetória profissio-nal. “Ninguém recebe uma honraria sozinho, muitas pessoas contribuem para o nosso cres-cimento e reconhecimento. Por isso agradeço a Deus, à minha família, meu sócio e a todos que trabalharam comigo ao longo dos meus mais de 50 anos de atividade contábil”.

Na mesma linha, Paulo Tarchiani agradeceu a condecoração e citou alguns ensinamentos que marcaram sua vida na Contabilidade. “Aprendi que o que torna nobre o ofício de contador é que ele administra bens alheios e tenho seguido este ensinamento. Que o meu raio de Luz não ofusque o brilho das pesso-as que convivo, mas que sirva de guia para ajudar a iluminar os seus caminhos”, disse o empresário contábil ao dividir a homenagem com todos os colegas de profissão.

ANNIBAl DE FREITAS , ExEMPlO PARA O SETOR

Annibal de Freitas, fundador do Sescon-SP, é consi-derado um dos mais importantes líderes da classe de todos os tempos. Esteve à frente de importan-tes iniciativas que fortaleceram os contabilistas e os empresários do setor nas últimas décadas.

Sua biografia se confunde com a da Associação Profissional das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo, primeira denominação do Sescon-SP, de cujo nascimento participou ati-vamente. Presidiu a entidade por cinco mandatos e seu trabalho resultou no reconhecimento sindical do Sescon-SP e na criação da categoria econômica “empresas de serviços contábeis”.

Extremamente ativo, o contabilista teve, sob o seu comando, a campanha pioneira do Sescon-SP em prol da valorização do profissional da contabi-lidade.

O empresário contábil Annibal de Freitas também foi presidente da Fecontesp e o primeiro presiden-te da Fenacon. Por duas vezes atuou como conse-lheiro do CFC e também registrou passagem pe-lo Sindicato dos Contabilistas de São Paulo e pe-lo CRC SP.

Do término de sua última gestão como presidente do Sescon-SP e da Aescon-SP até o seu falecimen-to, atuou como Conselheiro Consultivo da entidade.

A tradicional outorga da Medalha Presidente Annibal de Freitas, concedida pelo Sescon-SP e pela Aescon-SP a personalidades de desta-que que prestam relevantes serviços às cate-gorias representadas pelas Entidades e à socie-dade em geral, foi um dos destaques da noite de comemoração aos 65 anos do Sescon-SP.

Nesta edição, os homenageados foram o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti, o presidente do CRC SP na Gestão 2010-2011, Domingos Orestes Chiomento, e o empresário contá-bil José Paulo Tarchiani.

“Não foram o Sescon-SP e a Aescon-SP que escolheram seus nomes, mas os exem-plos de conduta, caráter e atuação de cada um”, destacou Sérgio Approbato Machado Júnior sobre a honraria.

Burti agradeceu a medalha lembrando as ações conjuntas entre o Sescon-SP e o Sebrae-SP. “Ao longo de cinco décadas de atuação voluntária em associações e entida-des de classe recebi valorosas homenagens, mas a de hoje é realmente muito especial, porque está em plena sintonia com algo em que acredito e defendo noite e dia. Valori-zo muito o livre empreender, com melhor alternativa para a realização pessoal e pro-fissional, sempre pautado pelo respeito,

MEDALHA PRESIDENTE ANNIBAL DE FREITASUM RECONHECIMENTO A PERSONALIDADES DE DESTAQUE QUE PRESTAM RELEVANTES SERVIÇOS ÀS CATEGORIAS REPRESENTADAS PELAS ENTIDADES E À SOCIEDADE EM GERAL

“Ao longo de cinco décadas de atuação voluntária em associações e entidades de classe recebi valorosas homenagens, mas a de hoje é realmente muito especial, porque está em plena sintonia com algo em que acredito e defendo noite e dia”, Alencar Burti, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP

“Que o meu raio de Luz não ofusque o brilho das pessoas que convivo, mas que sirva de guia para ajudar a iluminar os seus caminhos”, José Paulo Tarchiani, empresário contábil

“Agradeço a Deus, à minha família, meu sócio e a todos que trabalharam comigo ao longo dos meus mais de 50 anos de atividade contábil”, Domingos Orestes Chiomento, presidente do CRC SP na Gestão 2010-2011

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ENTREVISTA

informação mais eficaz, demandando um gerenciamento melhor da ciência contábil para, assim, contribuir para o desenvolvimento or-ganizacional dos seus clientes-parceiros.

SESCON-SP: E A PARTIR DOS NOVOS DESAFIOS QUE SE APRESENTARAM NESSE TEMPO, O QUE O SENHOR PROJETA PARA A CONTABILIDADE PARA OS PRÓXIMOS DEZ ANOS?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: Vou continuar lutando para que nós, efeti-vamente, melhoremos cada vez mais a autoestima dos profissionais da contabilidade. Além disso, estando à frente do CFC, gostaria de tornar possível, aos profissionais de todos os recantos do Brasil, o amplo acesso à educação continuada. Em síntese, trabalho para que, por meio do conhecimento e da visibilidade da nossa profissão, tenhamos profissionais capacitados e realmente orgulhosos de fazer parte da classe contábil.

SESCON-SP: QUAIS FORAM OS RESULTADOS DA CAMPANHA ‘2013 - ANO DA CONTABILIDADE’? ELA ATINGIU O OBJETIVO TRAÇADO? ESSA CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTÁ-BIL, INICIADA PELO CFC, IRÁ CONTINUAR DE QUE FORMA NOS PRÓXIMOS ANOS?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: A campanha foi positiva. Conseguimos chamar a atenção da mídia e da sociedade para a importância do profissional de contabilidade. O próximo passo é olhar para den-tro, fortalecer a classe. Como disse anteriormente, precisamos olhar para as demandas internas e buscar soluções para os novos desafios

JOSÉ MARTONIO ALVES COELHO RETORNA À PRESIDÊNCIA DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE PARA ESTREITAR O RELACIONAMENTO COM OS PODERES PúBLICOS E FORTALECER A FORMAÇÃO DE MESTRES E DOUTORES EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CONTABIlIDADE: O PRINCIPAl SERVIÇO DE PROTEÇÃO DA SOCIEDADE

SESCON-SP: QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROJETOS TRAÇADOS PARA O SISTEMA CFC/CRCS?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: O meu antecessor, presidente Juarez Do-mingues Carneiro, fez um belíssimo trabalho quanto ao reconhe-cimento do sistema contábil brasileiro fora do País. A minha ideia é voltar ao CFC um olhar mais direcionado às demandas internas. Isso significa recobrar diálogo com as autoridades constituídas, com o Legislativo, com o Poder Executivo e com as entidades diversas que anteriormente mantinham uma grande parceria com o CFC, a exemplo do Sebrae, da Receita Federal, do Ministério Público e outros órgãos. O trabalho internacional vai continuar, mas o meu olhar será voltado mais ao Brasil.

SESCON-SP: COMO SE DARÁ O RELACIONAMENTO COM OS CONSELHOS REGIONAIS?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: A minha intenção é estar cada vez mais perto dos Conselhos Regionais. Precisamos estar sempre unidos, alinhando objetivos, pois todos nós lutamos pelo fortalecimento e reconhecimento da importância da classe contábil para o País. Estou à disposição para trabalhar em conjunto com os meus colegas das Regionais. O CFC é a casa de todos nós, e quero deixar as portas abertas para estreitarmos as relações e, juntos, batalharmos pelo su-cesso da nossa profissão.

SESCON-SP: QUAIS SERÃO AS PLATAFORMAS DE ATUAÇÃO DA NOVA DIRETORIA JUNTO AOS PODE-RES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: O objetivo é retomar parcerias com órgãos do sistema público, estreitar o relacionamento a partir de reuniões, participar ativamente de audiências públicas e marcar presença nos debates dos principais temas em discussão pelo bem da sociedade e do crescimento da economia do Brasil.

SESCON-SP: O SENHOR RETORNA À PRESIDÊNCIA DA ENTIDADE APÓS QUASE DEZ ANOS DO INÍCIO DE SUA PRIMEIRA GESTÃO NO BIÊNIO 2004-2005. DURANTE ESSE PERÍODO O QUE MUDOU NA ÁREA CONTÁBIL?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: Certamente que há mudanças, porque o mercado de trabalho e a economia brasileira evoluíram muito nos últimos dez anos. Por conta disso e das mudanças na legislação e na normatização da contabilidade no Brasil, além do trabalho para uma efetiva convergência aos padrões internacionais, em função da adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês), hoje as demandas e as carências da profissão são outras. Quando iniciamos, há 23 anos, havia pouca oferta de tecnologia e escassas ferramentas para o fazer contábil. Hoje, os profissionais da contabilidade têm disponíveis no mercado ferramentas de toda sorte. Dessa forma, entendo que o profissional dispõe de mais tem-po para, efetivamente, utilizar a contabilidade como um meio de

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ENTREVISTA

da Contabilidade.

SESCON-SP: O SENHOR TEM COMENTADO QUE A CONTABILIDADE DEVE ATUAR EFETIVAMENTE “COMO UM SISTEMA A SERVIÇO DA PROTEÇÃO DA SOCIEDADE”. O QUE FALTA PARA ISSO SER ALCANÇADO, OU, NA VERDADE, FALTA RECONHECIMENTO?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: Na verdade, é um trabalho que já alcança-mos e buscamos aprimorar todos os dias. A figura do contador é imprescindível para o desenvolvimento das diversas áreas do País. A construção da Contabilidade no Brasil é um processo contínuo e a nossa meta é buscar o aprimoramento da profissão com a qualifica-ção dos contadores, a aproximação com as entidades parceiras e ór-gãos públicos para reforçar a importância do sistema como serviço de proteção da sociedade.

SESCON-SP: O CFC TEM PLANOS PARA AJUDAR A AMPLIAR O ENSINO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO BRASIL?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: O Brasil, economicamente, cresceu bastan-te na última década; a distribuição de renda melhorou; e os negó-cios, em geral, fortaleceram-se. A contabilidade acompanhou essa evolução, porque é uma ferramenta essencial ao desenvolvimento econômico. Aliado a isso, o trabalho realizado por todo o sistema contábil brasileiro vem despertando nos jovens o interesse pela con-tabilidade. O objetivo do CFC é fortalecer o Exame de Suficiência. Sabemos que o Exame ainda não cumpre plenamente a sua função, mas sabemos também que estamos no caminho certo para alcançar o êxito. Hoje o CFC está equipado para fornecer a todas as Insti-

tuições de Educação Superior (IES) a estratificação do resultado do Exame de Suficiência. Dessa forma, com o propósito de contribuir para a melhoria do ensino, nós iremos enviar às IES os resultados detalhados dos alunos egressos de cada Instituição, as quais pode-rão analisar, por exemplo, as disciplinas que apresentaram as notas mais baixas e, a partir daí, investir no ensino com o foco direcionado nas deficiências apresentadas. O Exame de Suficiência tem exata-mente essa função, de melhorar o ensino de Ciências Contábeis e funcionar como um filtro para que o profissional possa ofertar um serviço de melhor qualidade às empresas de modo geral. Dessa for-ma, a nossa meta não é ampliar o ensino da Contabilidade e, sim, tentar qualificar melhor o ensino. Atrelado a esse desejo, estamos demandando tratativas com o Ministério da Educação, na tentativa de buscarmos oferta de mestrados e doutorados em Contabilidade nas diversas regiões do nosso País, principalmente naquelas onde há escassez de mestres e doutores.

SESCON-SP: E COMO EXPANDIR O RELACIONAMENTO COM O SESCON-SP?JOSÉ MARTONIO AlVES COElHO: Embora tenhamos um relacionamento muito bom com o Sescon-SP, é nossa ideia alargar esse relacio-namento por meio de parcerias, principalmente na área de Edu-cação Continuada e outras demandas que se fizerem necessárias para a categoria.

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GESTÃO

pesquisa: enquanto a relação com a chefia é primordial, na maioria dos casos o salário não é decisivo. Metade dos que se declaram de-sengajados mudaria de emprego caso a nova proposta representasse um aumento salarial de apenas 5%. Por outro lado, apenas um quar-to dos funcionários engajados consideraria trocar sua vaga atual, mesmo que o aumento oferecido fosse de 20%.

ESCLARECIMENTO E ENTUSIASMO SÃO AS PRINCIPAIS QUALIDADES ENXERGADAS EM BONS LÍDERES

Estudo realizado pela MSW Research para a Dale Carnegie Trai-ning analisou três mil colaboradores de vários lugares do mundo para avaliar como o comprometimento com o trabalho é afetado pela relação com o superior direto. A parcela brasileira da pesquisa correspondeu a cerca de 14% do total de entrevistados. O principal dado levantado junto aos profissionais do Brasil aponta que apenas 40% dos trabalhadores se consideram engajados.

De acordo com os 439 analisados do país, a relação do funcionário com seu chefe direto é crucial para que ele se sinta engajado à fun-ção que exerce. Neste cenário, somente 3% das pessoas que estão insatisfeitas com sua chefia imediata se dizem engajadas ao trabalho.

Entre os que se dizem muito comprometidos com suas atividades, 55% estão plenamente satisfeitos com seus superiores. As qua-lidades mais valorizadas nesses líderes são o esclarecimento e o entusiasmo com que exercem suas atividades e se relacionam com os demais.

Outro resultado indica que os chefes considerados ansiosos man-têm 41% de sua equipe engajada, enquanto os mais confiantes têm esse índice em 53%.

O mesmo vale para a relação do profissional com a diretoria da em-presa: daqueles que estão insatisfeitos com a gestão, apenas 2% se dizem completamente motivados com a atividade exercida. Já entre os que estão satisfeitos com a liderança, 62% garantem ser altamen-te comprometidos com seus cargos. Os dados coletados no Brasil correspondem ao que foi constatado internacionalmente.

O número mais revelador ainda mostra que 65% dos avaliados ci-tam a identificação com os valores da empresa e o sentimento de va-lorização como mais importantes que o salário. Desse número, dois terços declararam que estão dispostos a fazer um grande esforço para que sua empresa atinja as metas estipuladas. Além disso, 64% dos trabalhadores engajados afirmam que o salário não é a principal razão para permanecerem no emprego.

Esse dado é endossado pelos demais resultados obtidos durante a

PESQUISA REVElA QUE SATISFAÇÃO COM SUPERIORES MOTIVA MAIS QUE SAlÁRIO

DADOS DA PESQUISA

3% das pessoas que estão insatisfeitas com sua chefia imediata se dizem engajadas ao trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

55% dos funcionários que se dizem muito comprometidos com suas ativi-dades estão plenamente satisfeitos com seus superiores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

41% dos chefes considerados ansiosos mantém sua equipe engajada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

53% dos chefes mais confiantes mantém sua equipe engajada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2% daqueles que estão insatisfeitos com a gestão se dizem completamen-te motivados com a atividade exercida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

62% dos colaboradores satisfeitos com a liderança se dizem altamente comprometidos com seus cargos

ESTUDO REALIZADO PELA MSW RESEARCH PARA A DALE CARNEGIE TRAINING AVALIOU TRÊS MIL COLABORADORES DO MUNDO TODO, SENDO QUE

OS BRASILEIROS SÃO 14% DESTES. APENAS 40% DOS FUNCIONÁRIOS BRASILEIROS SE CONSIDERAM ENGAJADOS

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TECNOLOGIA

10/06/2005, com relatoria do Ministro João Oreste Dalazen, reconheceu que há de se se-parar os e-mails pessoais dos corporativos.

“O monitoramento de e-mail corporativo é, assim, perfeitamente lícito, desde que res-peitada a exigência de comunicação prévia da finalidade estritamente profissional da ferramenta”, comenta Ybarra.

O advogado trabalhista sugere que as empre-sas insiram nos contratos de trabalho alguma cláusula que ofereça ciência do caráter profis-sional dos e-mails corporativos e de sua su-jeição a monitoramentos de rotina. Ainda de acordo com ele, é aconselhável que as empre-sas não façam monitoramentos direcionados e injustificados, pois tal conduta, apesar de lí-cita, gera o risco de alegação de discriminação ou perseguição de trabalhadores, que enseja-ria indenização por outro motivo, diferente da violação da privacidade.

O monitoramento de e-mails por parte dos empregadores é uma prática cada vez mais co-mum no mundo empresarial e merece especial atenção, sobretudo diante das indenizações requeridas por danos morais decorrentes da violação à privacidade do empregado.

Com o desenvolvimento da internet e a glo-balização, o e-mail se tornou ferramenta in-dispensável às empresas, que instituíram en-dereços corporativos. Em seguida, o boom econômico popularizou os computadores pessoais e o foco do e-mail migrou dos ob-jetivos públicos estratégicos a uma forma de correspondência entre particulares.

A junção destas duas linhas evolutivas criou a controvérsia, já que trabalhadores passa-ram a ser, ao mesmo tempo, titulares de e--mails de uso pessoal e de uso corporativo.

O QUE DIZ A LEI?Segundo o advogado trabalhista Daniel Ybarra de Oliveira Ribeiro, a Constituição de 1988 consagra no artigo 5º a inviolabili-dade da intimidade, da vida privada e o res-guardo do sigilo da correspondência como direito fundamental. Ele aponta que esse argumento levou parte dos juristas a colo-car os e-mails, sem distinção, como parte da “correspondência inviolável”.

Já a outra corrente de juristas, atualmente majoritária, vê uma barreira separando a vida

ESPECIALISTA DÁ CONSELHOS DE COMO AS EMPRESAS DEVEM ATUAR E EXPLICA OS FUNDAMENTOS LEGAIS QUE DIFERENCIAM E-MAILS PESSOAIS E CORPORATIVOS

O EMPREGADOR TEM DIREITO DE MONITORAROS E-MAIlS DOS COlABORADORES?

“O monitoramento de e-mail corporativo é, assim, perfeitamente lícito, desde que respeitada a exigência de comunicação prévia da

finalidade estritamente profissional da ferramenta”,

Daniel Ybarra de Oliveira Ribeiro, advogado trabalhista

profissional da estritamente privada, pois se o trabalhador age em nome da empresa para a qual entrega sua força de trabalho, a atuação dele extrapola a esfera de sua vida privada.

“Isso sugere que a inviolabilidade garan-tida pela Constituição limita-se à corres-pondência de uso pessoal, sob a qual não cabem ingerências, mesmo se acessada pelo trabalhador em computador pertencente à empresa e durante o horário de expedien-te. Já os e-mails corporativos, considerados ferramentas de trabalho, não se inserem na vida privada do usuário”, explica Ybarra.

O art. 5º também consagra o direito à proprie-dade e à inviolabilidade da imagem. Já o art. 932, III, do Código Civil, obriga o empregador a reparar danos causados por seus empregados no exercício do trabalho ou em razão dele.

Com isso, sendo o e-mail corporativo pro-priedade do empregador e considerados os riscos de violação à imagem da empresa pelo seu uso inadequado e a responsabilidade da empresa perante os atos de seus colabora-dores, é preciso retirar os e-mails corporati-vos do âmbito da vida privada.

A jurisprudência trabalhista por certo tem-po relutou em adotar a divisão entre e--mails pessoais e profissionais. Contudo, um importante Acórdão da 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho publicado em

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CARREIRA

com simples golpes de caneta ou de teclado. Não é assim, a realidade exige pés no chão e sensibilidade para compreender a ameaça que agora paira sobre esse imenso universo das pequenas e microempre-sas, que representam 95% do setor produtivo brasileiro.

Não basta criar e desenvolver um projeto, ainda que com boas in-tenções. O importante é saber se pode ser aplicado e se o público--alvo está preparado para assimilar as inovações. Com tecnologia e recursos para bancá-lo. E aí começa o conflito que pode produzir mais injustiças aos menores empresários.

Na verdade, o projeto ainda não está maduro e não vislumbramos que até abril esteja capacitado a receber todas as informações soli-citadas. Há pontos técnicos e práticos que necessitam de revisão e discussão com os usuários do sistema. As empresas de tecnologia da informação, por exemplo, ainda não conseguem preparar com a devida segurança softwares que atendam ao amplo mercado que se forma com a nova obrigatoriedade. A coisa é complexa demais para uniformizar todas as informações, principalmente na área tra-balhista. Uma balbúrdia pode ser incluída no cenário. Além dis-so, há sérias dificuldades para que as pequenas e microempresas, organizações não governamentais e instituições filantrópicas se adaptem ao eSocial, pois em geral não têm setores especializados e

ADIAR O eSOCIAl,POR UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

SÉRGIO APPROBATO MACHADO JúNIOR

É presidente do SESCON-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo).

O governo federal prepara-se para punir e multar perto de 95% das empresas brasileiras, especialmente as micro e pequenas, ao obrigar a implantação do Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) a partir de abril, primeiro para os produtores rurais. O cronograma prevê o avanço gradual do programa para todos os setores produ-tivos brasileiros até o fim do ano. O eSocial é o último lançamento do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que prevê a atuação integrada dos fiscos nas três esferas de governo, unifor-mização do processo de coleta de dados contábeis e fiscais e mais rápida a identificação de ilícitos tributários.

Nomes e objetivos pomposos, sem dúvida. Um cidadão de Primei-ro Mundo que desembarcar agora no Brasil e se deparar com tama-nhas obrigações na certa vai imaginar um país inteiro plenamente desenvolvido em todas as camadas sociais, altamente tecnológico de norte a sul e de leste a oeste. Claro, pode imaginar um sertanejo tocando seu pequeno gado, com a ajuda de um ou dois boiadeiros. E depois se sentando à frente do computador para cumprir suas obrigações fiscais, tributárias, previdenciárias, etc. Ora, nem a fic-ção iria tão longe.

É que a tecnoburocracia acha que pode eliminar todas as diferenças

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OPINIÃO

presas funcionam também nos rincões do País) nem foi informada de que este ano terá de se submeter ao eSocial.

Fato é que, como sempre, o sistema prevê multas para as empresas que mandarem informações erradas ou atrasadas. Pobres empresas essas, que mal conseguem manter-se de pé e terão de agora em diante mais um obstáculo a ultrapassar. Sabemos que, de cada cem empresas abertas no Brasil, 48 encerraram suas atividades em até três anos, segundo pesquisa do IBGE.

A esperança dos profissionais contábeis é de que o governo te-nha sensibilidade para adiar o projeto. O ministro Guilherme Afif Domingos, das Micro e Pequenas Empresas, é sensível às necessi-dades e aos reclamos desses empreendedores. E poderá convencer as áreas envolvidas a aprimorar todos os processos que compõem o eSocial. Com mais tempo, sem essa aflição que mais parece fome arrecadatória.

Afinal, se o governo nos repassou a tarefa de fiscalizarmos a nós mesmos, nada mais justo do que termos alguns benefícios, entre eles o de entender melhor esses labirintos maquiavélicos. Pois é disto que se trata: com o advento do eSocial, vamos todos traba-lhar para a máquina governamental.

Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, dia 15 de março de 2014.

integrados como as grandes corporações.

O bom senso exige que a implantação do sistema seja adiada. O governo tem o dever de anunciar amplamente esse programa ao País para que todas as empresas se preparem. Afinal, só ele tem meios de fazer uma campanha nacional, como faz com todos os ministérios. É de utilidade pública. Também deve abrir linhas de crédito para que os pequenos empresários possam adaptar-se.

De todo modo, amparadas oficialmente ou não, as empresas que se preparem o quanto antes. Haverá uma grande transformação cultural no setor empresarial, porque o sistema exigirá mudança de processos e de comportamento, além de uma boa gestão.

O que fica bem claro é que o governo cometeu com o eSocial o mesmo deslize ao lançar o Sped: reuniu apenas grandes corpora-ções e simulou seus testes. Ora, sabemos que as grandes empresas estão devidamente preparadas, com departamentos específicos, para prestar as informações necessárias. Mas só as grandes corporações.

Mesmo assim, o eSocial apresenta falhas. Está programado para co-meçar em abril, mas os técnicos ainda estão atualizando o sistema. Se nem os técnicos do governo estão convictos do acerto do sis-tema, o que dizer, então, de quem terá a obrigação de municiá-lo?

Mas esse universo é ainda mais complexo. Neste país de quase 6 mil municípios, grande parte nem dispõe de banda larga, usa a conexão discada. Não é preciso buscar muito longe na memória para com-preender o suplício. Mesmo numa cidade como São Paulo, o contri-buinte às vezes tenta acessar o site da Prefeitura e o encontra trava-do. Nem santo ajuda para emitir uma simples nota fiscal eletrônica.

A dificuldade maior está na complexidade do sistema fiscal e tribu-tário, esse dramático novelo da legislação brasileira. Hoje a maio-ria dos empresários (e os “criadores” oficiais devem saber que em-

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CARREIRA

ABRIR UMA EMPRESA OU DESENVOLVER UM CONCEITO INOVADOR É ALGO QUE TODOS QUEREM, MAS QUE POUCOS CONSEGUEM ALCANÇAR; CONSULTOR LISTA PONTOS ESSENCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO INTRAEMPREENDEDOR

De acordo com uma recente pesquisa reali-zada pela Endeavor, três entre cada quatro profissionais escolheriam ter um negócio próprio a ser funcionário de uma empresa. No entanto, a mesma Pesquisa revela que o desejo de empreender bate de frente com a falta de ação, que é justificada pela falta de recursos financeiros, entre outros fatores. Essa característica faz com que apenas 4% dos brasileiros sejam empreendedores.

Segundo o palestrante e consultor em ven-das José Ricardo Noronha, o estudo reve-la que “todos tem muita vontade, mas são poucos os que querem agir e fazer aconte-cer”, aponta.

Seja na abertura de um negócio próprio ou na busca de um serviço diferenciado, o ce-nário atual para o empreendedorismo é de oportunidades e desafios. Tanto para inserir uma nova metodologia de trabalho, quanto um novo processo que incremente produti-vidade e lucratividade na empresa, é preciso desenvolver o intraempreendedorismo.

Dessa maneira, José Ricardo Noronha lis-tou os 5 Ps essenciais para as empresas ele-

CONHEÇA OS 5Ps DO EMPREENDEDORISMO

“Todos tem muita vontade, mas são poucos os que querem agir e fazer acontecer”, José Ricardo Noronha, palestrante e consultor em vendas

varem o próprio potencial. O primeiro de-les é a Paixão: “se você não for apaixonado pelo que faz, caia fora”, define o consultor. “Busque algo que seja verdadeiramente apaixonante e verá que o trabalho, por mais desafiador que seja, será feito com muito mais prazer e satisfação”, comenta.

O segundo P vem de Propósito. Estudos comprovam que empresas que conseguem demonstrar de forma genuína a razão da sua existência e o propósito pelo qual se dedi-cam tem um poder de atração, retenção e motivação de seus talentos muito maior. “É necessário enxergar e viver de forma plena a nobreza da missão que a sua empresa ou atividade intraempreendedora traz em seu DNA de existência”, analisa Noronha.

A terceira dica é ter Perseverança. O con-sultor indica que todo e qualquer empre-endimento carece de muito trabalho, de-dicação e capacidade de resiliência. “Para empreender é preciso perseverar. É preciso manter-se firme com sua paixão, com o seu propósito e com o seu grande sonho de mu-dar positivamente o mundo”, diz.

O quarto e penúltimo ponto se refere às Pessoas. Todo negócio precisa de gente qualificada e motivada. Mesmo em negócios individuais, a capacitação constante e a mo-tivação de se trabalhar com algo que tenha um propósito definido e impacto são ele-mentos primordiais. “Invista em pessoas, treinando-as incansavelmente, motivando--as sempre e dando a elas o senso de per-tencer a algo maior, algo que transcende a pura e tão fundamental busca do lucro e do sucesso”, reforça.

O 5º P, fala o palestrante, talvez seja o mais importante de todos, mas sem os outros quatro fica bastante frágil. É ele: Pés no chão e mãos na massa. “Ao se falar em “pés no chão e mãos na massa”, é importante lembrar que sem planejamento não existe uma boa execução e que uma boa execução fica muito prejudicada sem um ótimo plane-jamento”, alerta.

Com isso, ele resume suas indicações pela necessidade de se trabalhar em algo que des-perte uma verdadeira paixão, com um plano de negócios bem desenhado e coerente com o propósito da empresa. As metas estabe-lecidas devem ser realistas e as correções de rota devem ser feitas de forma ágil. É essencial monitorar incansavelmente as ati-vidades realizadas e dar valor às pessoas que fazem parte da Equipe, além de investimen-tos em capacitação profissional.

Para finalizar, o consultor deixa um incen-tivo. “Acima de tudo seja feliz, o que deve ser ao final do dia o objetivo máximo a ser perseguido por todos nós o tempo todo”, conclui Noronha.

5Ps DO EMPREENDEDORISMO

1. Paixão

2. Propósito

3. Perseverança

4. Pessoas

5. Pés no chão e mãos na massa

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SESCON-SP PARTICIPA DE EVENTOS PROMOVIDOS PElO CFC EM BRASílIAEm 19 de fevereiro, o presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Jú-nior, esteve em Brasília para uma série de reuniões e eventos promovidos pelo Conselho Federal de Contabilidade.Na parte da manhã, a Academia Brasileira de Ciências Contábeis - Abracicon, com o apoio do CFC, lançou o projeto “Quintas do Saber”, iniciativa que tem o intuito de fomentar discussões sobre temas atuais e relevantes da Contabilidade brasilei-ra que sejam de grande impacto para o desenvolvimento do País.Esta primeira edição teve como mote “O IFRS e o Novo Modelo Tributário do Im-posto de Renda Pessoa Jurídica - Fim do Regime Tributário de Transição (RTT)” e contou com a participação, além de lideranças da classe contábil, do secretário da Receita Federal do Brasil, Carlos Alberto Freitas Barreto.Já na parte da tarde, o líder setorial participou da reunião com as entidades re-presentativas da classe contábil, que tratou dos “Novos Desafios da Contabilida-de Estratégias 2014/2015”. O encontro focou o fortalecimento das relações ins-titucionais e o compartilhamento de informações. Na ocasião, foram definidas as estratégias de gestão para o biênio 2014-2015.À noite, o presidente do SESCON-SP prestigiou a solenidade de posse da nova di-retoria do Conselho Federal de Contabilidade para o biênio 2014/2015. A ges-tão será presidida pelo contador José Martonio Alves Coelho.

NOVA GESTÃO DO SESCON-PB É EMPOSSADAO empresário contábil Joelmarx Silva de Oliveira Sobrinho tomou posse como pre-sidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perí-cias, Informações e Pesquisas do Estado da Paraíba - SESCON-PB, durante cerimo-nia realizada em 21 de fevereiro.A gestão 2014-2016 tem como missão, além da valorização e defesa das cate-gorias representadas, o investimento no desenvolvimento humano, com realiza-ção de eventos focados na educação continuada.O presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, foi represen-tado no evento pelo vice-presidente Administrativo da Entidade, Wilson Gime-nez Júnior.

PRESIDENTE DO SESCON-SP REPRESENTA CONGRAÇADAS EM ANIVERSÁRIO DA FECONTESP A Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo – FECONTESP, reuniu líde-res setoriais da Capital Paulista e interior de São Paulo, parlamentares e empre-sários no dia 27 de fevereiro para a celebração de seus 66 anos de fundação.O presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, representou as entidades congraçadas da contabilidade paulista no evento, enfa-tizando a força da FECONTESP durante os seus mais de meio século na contri-buição, união e fortalecimento da categoria. “Hoje somos exemplos de congra-çamento, de atuação conjunta, e de trabalho incansável pelos direitos da classe contábil”, disse.Durante a solenidade, foram condecorados com o título “Destaque Dirigente Sin-dical” de 2012 o presidente do Sindicato dos Contabilistas de Ribeirão Preto, Márcio Minoru Garcia Takeuchi, e como “Personalidade do Ano de 2012” o pre-sidente do IBRACON Nacional, Eduardo Augusto Rocha Pocetti.O anfitrião da festa e presidente da FECONTESP, José de Souza, agradeceu toda sua diretoria, amigos e familiares. “Se estamos comemorando essa da-ta tão importante hoje é graças a todas as diretorias que passaram por es-ta casa e colaboraram pelo fortalecimento e engrandecimento dos sindicatos, profissionais e sociedade”, finalizou o empresário, ao comparar a profissão a um ‘sacerdócio’.

Os presidentes do CFC, José Martonio Alves Coelho, da Abracicon, Maria Clara Cavalcante Bugarim, e do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior

O presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP falou em nome das entidades congraçadas da contabilidade paulista

O presidente do CRC-PB, Glaydson Trajano Farias, o presidente da FENACON, Mario Elmir Berti, e o presidente do SESCON-PB, Joelmarx Silva de Oliveira Sobrinho

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SESCON-SP MARCA PRESENÇA NA FEIRA DO EMPREENDEDOR DO SEBRAE-SPDe 22 a 25 de fevereiro, o SEBRAE-SP realizou a terceira edição da Feira do Empreendedor, evento que já está consolidado como o principal do empreendedorismo no Brasil, direcionado especialmente às micros e pequenas empresas.A Feira teve início com uma solenidade de abertura, que reuniu diversas autoridades e lideranças setoriais, entre elas o presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, o presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE-SP, Alencar Burti, o diretor-superintendente do SEBRAE-SP, Bruno Caetano, o ministro da Micro e Pe-quena Empresa, Guilherme Afif Domingos, o deputado federal Guilherme Campos, e o secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo, Eli-seu Gabriel.

ORIENTAÇÃO AOS EMPREENDEDORESAlém de atendimento em seus estandes, com orientação sobre processos de abertura, encerramento, formalização e gestão de negócios, e um leque de prestação de serviços, o SESCON-SP também se preocupou em abordar assuntos que envolvem o universo empreendedor em suas palestras.No dia 22, o presidente do Sindicato, Sérgio Approbato Machado Júnior, falou sobre “A Burocracia Tributária - O Custo Imposto pelas Novas Tecnologias Fiscais em Fa-ce da Legislação Brasileira”.Já no dia 23, a professora e especialista em Gestão Empresarial da Universidade Corporativa do SESCON-SP - UNISESCON Sandra Maria Cabral abordou “Impacto dos Tributos na Empresa e na Formação de Preço”, para um público de empreendedores e estudantes.No dia 24, o também professor da UNISESCON e especialista em Direito da Economia e da Empresa Marcos Rezende Fontes explicou as formas de constituição de um empreendimento, seja na exploração individual ou coletiva de uma empresa, na palestra “Estruturando Negócios. Principais Tipos Empresariais”.Já no dia 25 de fevereiro, o vice-presidente e o vice-presidente Administrativo do SESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto e Wilson Gimenez Júnior, explicaram todos os aspectos que envolvem o eSocial - Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, nova obrigação acessória que prome-te impactar profundamente as empresas brasileiras a partir deste ano.

Palestra do presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, em 22/2

SESCON GOIÁS EMPOSSA NOVA DIRETORIAO presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Ma-chado Júnior, participou da solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato das Empresas de Servi-ços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de Goi-ás - SESCON-Goiás. A cerimonia, realizada em 20 de fevereiro, reuniu lide-ranças empresariais e contábeis, autoridades, familia-res e amigos da nova diretoria. A gestão 2014-2016 será comandada pelo empresário contábil Francisco Ca-nindé Lopes.

Mesa solene do evento

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Apresentação na Regional em São José do Rio Preto

Palestra realizada em Jundiaí

QUAlIDADE GANHA DESTAQUE EM PAlESTRASA cidade de Itu recebeu o diretor da AESCON-SP, Jorge Luiz Gonçalves Rodrigues Segeti, para tratar dos “Concei-tos e Ferramentas para Qualidade das Empresas Contábeis”. A apresentação foi realizada em 20 de fevereiro, pela Sub-Regional do SESCON-SP na cidade, e reuniu mais de 40 participantes.No dia 24 foi a vez da Regional em São Jose do Rio Preto promover uma palestra sobre o assunto. Na oportu-nidade, Segeti deu dicas importantes para os empresários se destacarem diante de um mercado tão competiti-vo e frisou a necessidade de busca constante pela qualidade dos produtos e serviços como um dos requisitos es-senciais para o sucesso de uma organização.

lEI DE lAVAGEM DE DINHEIRO É DEBATIDA NO INTERIOR“As Responsabilidades dos Profissionais da Contabilidade Perante o COAF” foi tema abordado pelo diretor da AES-CON-SP, Jorge Luiz Gonçalves Rodrigues Segeti, durante palestra realizada em 11 de fevereiro pela Regional do SESCON-SP em Araçatuba. A apresentação reuniu mais de 60 participantes no auditório do SEBRAE-SP na cidade.No mesmo dia, o diretor do SESCON-SP Marcio Teruel Tomazeli debateu o assunto com empresários e profissio-nais contábeis da região de Piracicaba. Já no dia 24 de fevereiro, Tomazeli esteve em Jundiaí para falar sobre os procedimentos a serem adotados para a prevenção dos crimes de Lavagem de Dinheiro. O evento foi promo-vido pela Sub-Regional do Sindicato na cidade.

SESCON EM PAUTA . REGIONAIS

PRESIDENTE DO SESCON-SP PRESTIGIA POSSE DO CRC SPEm 21 de fevereiro, o presidente do SESCON-SP e da AESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, participou da solenidade de posse da nova diretoria do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo para a gestão 2014-2015.O novo presidente do CRC SP, Claudio Avelino Mac-Knight Filippi, falou dos projetos da nova gestão e da emoção em comandar o maior conselho de contabilidade do País. “Se hoje estamos representando 140 mil profissionais é graças ao apoio de vocês. Aprendemos muito com todos que passaram por esta casa”, disse ele, ao ci-tar o nome de todos os seus antecessores.Luiz Fernando Nóbrega, que presidiu o Conselho entre 2012-2013, destacou o apoio da família e da sua diretoria. “O discurso de despedida não tem que ter presta-ção de contas e sim, se é que se fez alguma coisa, deve conter agradecimentos”, falou ele.O presidente do Sindcont-SP, Jair Gomes de Araújo, discursou em nome das entidades congraçadas paulistas e desejou sucesso à nova gestão. “Estamos juntos nesta trajetória na busca pela valorização e preparo da classe”.Em nome do presidente do Conselho Federal de Contabilidade, José Martonio Alves Coelho, o vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do CFC, Aécio Prado Dan-tas Júnior, também deixou sua mensagem à nova gestão. Pelo Sindicato, estiveram presentes também o vice-presidente, Márcio Shimomoto, e o vice-presidente Financeiro, Vanildo Veras, e o diretor Regional em São José dos Campos, Sérgio Juliano dos Santos. Já pela AESCON-SP, participou a vice-presidente Terezinha Annéia.

Representantes das entidades congraçadas

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SESCON-SP FAlA SOBRE SPED, ESOCIAl, ADICIONAl DO FGTS E OUTROS TEMASEm fevereiro, o SESCON-SP foi procurado pela imprensa para esclarecer diversos temas de interesse para o segmento empresarial brasileiro.No dia 25, por exemplo, o jornal DCI publicou um caderno especial sobre o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, que teve a participação especial do pre-sidente do Sindicato, Sérgio Approbato Machado Júnior, que falou sobre as di-ficuldades de adaptação, prazos e necessidade de melhorias de alguns dos bra-ços do sistema.Outro tema que ganhou destaque no mês foi o adicional de 10% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O SESCON-SP reivindica na justiça tu-tela antecipada para que empresas representadas estejam desobrigadas do reco-lhimento, feito em demissões sem justa causa. O jornal Monitor Mercantil e di-versos portais setoriais do empreendedorismo e da contabilidade produziram ma-téria sobre o tema, com o posicionamento do SESCON-SP. Outros assuntos como o 65° aniversário do SESCON-SP, realizado em 7 de fe-vereiro, e a participação da Entidade na Feira do Empreendedor, promovida pe-lo SEBRAE-SP entre os dias 22 e 25 do mesmo mês, no Expo Center Norte, tam-bém ganharam destaque.

Para acompanhar o Sescon-SP na mídia acesse o site www.sescon.org.br.

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Evento promovido pela Sub-Regional Oeste Evento em Ribeirão Preto reuniu 65 participantes Rinaldi fala sobre as características do Terceiro Setor aos participantes

eSOCIAl É TEMA DE PAlESTRA NA CAPITAlO diretor da AESCON-SP, Marcos Feijó Felipe, fa-lou sobre eSocial - Sistema de Escrituração Fis-cal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, durante palestra realizada em 25 de fevereiro na distrital Butantã da Associação Co-mercial de São Paulo. Promovido pelo SESCON-SP Sub-Regional Oeste da Capital, o evento reuniu 50 empresários e pro-fissionais contábeis e do comércio, entre eles o di-retor Oeste do Sindicato, Claudio Aníbal Cleto, e o segundo secretário da distrital da ACSP, Otacílio Galdino Viera.

PAlESTRAS ABORDAM IRPF 2014 Para falar sobre os principais aspectos e regras pa-ra o correto preenchimento da Declaração do Im-posto de Renda Retido na Fonte, referente ao ano--calendário 2013, o SESCON-SP Regional em Ri-beirão Preto e a sua Sub-Regional em Franca rea-lizaram palestras sobre o assunto.Em 11 de fevereiro, o tema foi debatido na se-de da Regional pelos auditores da Receita Fede-ral do Brasil, Júlio Alfredo Hahn Curvo, Fábio Mau-rício Verri e José Antônio Gonçalves, e reuniu 65 participantes. Já em Franca, o auditor Flávio Paulo de Faria fa-lou sobre IRPF em 21 de fevereiro.

PRESIDENTE PRUDENTE DEBATE CONTABI-lIDADE PARA O TERCEIRO SETORCom uma abordagem prática sobre a Contabilida-de das Entidades do Terceiro Setor, servindo como instrumento de gestão, controle e prestação de contas, o curso “Contabilidade Aplicada ao Tercei-ro Setor”, ministrado por Fernando Cesar Rinaldi, foi realizado na Sub-Regional do SESCON-SP em Presidente Prudente. O treinamento foi aplicado no dia 6 de fevereiro e abordou tópicos como aspectos tributários relacio-nados com o Terceiro Setor, prestação de contas, gratuidades e voluntariado.

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