sumÁrio 1. introduÇÃo 2 2. por que matemÁtica … · alunos a compreensão dos conceitos e...

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2 2. POR QUE MATEMÁTICA FINANCEIRA? .................................................. 3 3. O QUÊ DE MATEMÁTICA FINANCEIRA? ................................................. 5 4. POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTOS ........................................... 7 4.1 Atividade - construção de um glossário ...................................................................................... 8 4.2 Atividade - juros simples ............................................................................................................ 11 4.3 Atividade - taxas e juros embutidos .......................................................................................... 14 4.4 Atividade - construção e interpretação de gráficos .................................................................. 16 4.5 Atividade - aquisição de uma motocicleta ................................................................................. 18 4.6 Atividade - como calcular as prestações.................................................................................... 20 4.7 Atividade - Tabela de Planejamento Financeiro ...................................................................... 24 4.8 Atividade - Tabela de Controle do Orçamento Familiar ......................................................... 25 4.9 Atividades – Problemas interessantes ....................................................................................... 29 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 30 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 32 7. ANEXOS ...................................................................................................... 33

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Page 1: SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2 2. POR QUE MATEMÁTICA … · alunos a compreensão dos conceitos e princípios matemáticos aplicados a diversas situações, tais como: descontos, acréscimos,

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2

2. POR QUE MATEMÁTICA FINANCEIRA? .................................................. 3

3. O QUÊ DE MATEMÁTICA FINANCEIRA? ................................................. 5

4. POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTOS ........................................... 7

4.1 Atividade - construção de um glossário ...................................................................................... 8

4.2 Atividade - juros simples ............................................................................................................ 11

4.3 Atividade - taxas e juros embutidos .......................................................................................... 14

4.4 Atividade - construção e interpretação de gráficos .................................................................. 16

4.5 Atividade - aquisição de uma motocicleta ................................................................................. 18

4.6 Atividade - como calcular as prestações .................................................................................... 20

4.7 Atividade - Tabela de Planejamento Financeiro ...................................................................... 24

4.8 Atividade - Tabela de Controle do Orçamento Familiar ......................................................... 25

4.9 Atividades – Problemas interessantes ....................................................................................... 29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 30

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 32

7. ANEXOS ...................................................................................................... 33

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1. INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho é abordar os conteúdos de Matemática

Financeira de forma clara, coerente, aplicada e articulada com situações

cotidianas, proporcionando aos aprendentes a interpretação, o raciocínio e a

busca por soluções, contribuindo de forma significativa na formação

matemática, auxiliando no planejamento de ações, demonstrando a

importância da aplicabilidade da matemática em situações do dia-a-dia.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino

Médio (2006, p.30)

O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da atividade humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e de conjuntura social, provocando mudanças de forma direta na vida das pessoas e da sociedade de forma geral. Sua importância se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro.

Neste contexto, o ensino de Matemática Financeira deve possibilitar aos

alunos a compreensão dos conceitos e princípios matemáticos aplicados a

diversas situações, tais como: descontos, acréscimos, dívidas e aplicações de

ordem financeira. Assim, nesta unidade pedagógica, estão sistematizadas

algumas aulas que serão estudadas pelos alunos e alunas da 3ª série do

Ensino Médio.

Por meio de atividades que demonstram o conhecimento já elaborado

pelos alunos, o professor deve estabelecer pontos considerados relevantes

para intermediar o conhecimento que os mesmo já possuem e formar um

conhecimento mais elaborado a cerca de Matemática Financeira, considerando

que as atividades são ou poderão ser situações problemas vivenciadas por

eles. De acordo com Skovsmose (2001, p.24)

[...] é essencial que os problemas se relacionem com situações e conflitos sociais fundamentais, e é importante que os estudantes possam reconhecer os problemas como “seus próprios problemas”, de acordo com ambos os critérios, subjetivo e objetivo da identificação do problema na Educação Crítica. Problemas não devem pertencer a “realidades de faz-de-conta” sem nenhuma

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significação exceto como ilustração de matemática como ciência das situações hipotéticas.

Devemos considerar a Matemática Financeira como uma ciência que

deve ser interessante e desafiadora, proporcionando condições e

possibilidades de analisar e compreender dados e informações, por meio do

conhecimento científico adquirido, que se posiciona como facilitador na

compreensão e resolução de problemas de maneira que possam exercer

plenamente suas condições de cidadãos, destacando a condição de

consumidor capaz de defender seus direitos por meio do domínio dos

conhecimentos matemáticos.

2. POR QUE MATEMÁTICA FINANCEIRA?

A escolha do tema Matemática Financeira se deve ao fato de não ser

bem explorada no Ensino Médio, além de que, existem poucas pesquisas

sobre o processo de ensino e aprendizagem desse assunto.

Em uma sociedade capitalista onde a economia tem forte base no lucro,

o estudo da Matemática Financeira é de fundamental importância.

Compreender seus conceitos básicos nos permite ir muito além de apenas

escolher entre os menores preços, mas sim saber quando e como comprar, se

à vista ou a prazo, como sairmos de situações de endividamento e melhorar

nossa qualidade de vida.

Barbosa (2007, p. 161) corrobora com estas afirmações considerando

que:

[...] administrar bem o dinheiro não é apenas uma questão de fazer pequenas economias, mas sim, de tomar atitudes inteligentes, aprendidas e construídas desde os primeiros anos de vida.

E, dentro deste contexto, a responsabilidade da escola, principalmente

por meio de seus professores de matemática, se torna de fundamental

importância.

Uma educação voltada para a valorização de um consumo consciente

passa por diferentes aspectos: a administração das contas habituais, como

água, luz e telefone, as compras no mercado, a aquisição de roupas, gastos

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com a saúde, e também a compra de algum bem, como eletrodomésticos,

automóveis ou mesmo uma casa própria. Via de regra, a aquisição de bens

duráveis, passa pela necessidade de realizar um financiamento, seja na própria

loja que se adquiriu o bem, em um banco, ou mesmo em uma financeira.

Instituições diferentes cobram taxas de juros distintas, saber avaliar qual

a melhor opção, pode fazer a diferença entre entrar ou não no vermelho.

Muitas vezes tais taxas são apresentadas ao consumidor de forma

totalmente equivocada. E, sem saber como e de que forma os juros são

calculados, sem qualquer conhecimento matemático que as habilite a entender

tais cálculos, as pessoas acabam mensurando-os apenas pelo fator “prestação

que cabe no bolso” e, com freqüência, pagando exorbitâncias, sem poderem,

sequer, buscar alguma forma alternativa.

É aí que reside uma das grandes responsabilidades do professor de

Matemática: por meio de cálculos matemáticos é possível mostrar aos alunos a

solução para uma série de situações financeiras encontradas no dia-a-dia.

Sendo assim, o professor deve assumir uma postura de instigador com a

finalidade de envolver os alunos a trabalharem os conteúdos de Matemática

Financeira que estão presentes nas suas situações de consumo. Segundo o

que diz Carvalho (1999, p.62),

[...] que as atividades dos alunos não se reduzam a achar

soluções mas que os levem a explorar, investigar e analisar diferentes soluções, discutir entre si e com o professor os vários recursos e processos de trabalho, formular e resolver problemas, expor e argumentar as soluções e conclusões que vão sendo encaminhadas – e, em especial, no caso da educação para o consumo, refletir e argumentar sobre as questões sociais e éticas implícitas nos problemas.

Dentro desta perspectiva se pensarmos em um ensino de Matemática

Financeira que possa vir a ser realmente significativo e relevante, devemos

considerar que os encaminhamentos sugeridos partam de problemas reais e

pertinentes à realidade dos alunos.

Estas idéias estão em consonância com o que afirma Skovsmose (2001,

p.34)

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Deveria ser possível para todos os estudantes perceber que o problema é de importância. Isto é, o problema deve ter relevância subjetiva para os estudantes. Deve estar relacionado a situações ligadas às experiências deles.

O problema deve estar relacionado a processos importantes na sociedade.

De alguma maneira e em alguma medida, o engajamento dos estudantes na situação-problema e no processo de resolução deveria servir como base para um engajamento político e social (posterior).

Com a intenção de despertar o interesse a cerca do assunto, serão

proporcionadas situações reais de consumo, as quais são reportagens

encontradas na mídia, internet, telejornais, revistas, jornais, etc., elas deverão

ser lidas, interpretadas e analisadas, buscando que os nossos alunos explorem

ao máximo as informações contidas, fazendo análises críticas a respeito e

socializando as suas conclusões, neste sentido, ocorrerá um compartilhamento

de opiniões, que enriquecerá e proporcionará um verdadeiro aprendizado.

3. O QUÊ DE MATEMÁTICA FINANCEIRA?

A Matemática Financeira tem como finalidade estudar as várias formas

de evolução do valor do dinheiro no tempo. Por meio dela podemos analisar e

comparar as melhores alternativas para a aplicação ou aquisição de recursos

financeiros. Os conteúdos contemplados nesta unidade pedagógica são os

seguintes:

Noções de frações;

Proporções;

Regra de três simples e composta;

Porcentagem;

Juros simples;

Juros compostos;

Descontos e acréscimos (simples e sucessivos);

Equivalência de capitais;

Funções;

Progressões Aritméticas (PA) e Geométricas (PG);

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Conceito de valor atual e futuro;

Cálculos da inflação.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da rede Pública de Educação

Básica do Estado do Paraná, os conteúdos a serem trabalhados devem estar

inter-relacionados (2006, p.42)

No Ensino Médio, ao inserir o estudo dos conteúdos função afim e progressão aritmética, ambos do conteúdo estruturante Funções, o professor pode buscar na matemática financeira, mais precisamente nos conceitos de juros simples, elementos para abordá-los. Para os conteúdos função exponencial e progressão geométrica, os conceitos de juros compostos também são básicos. Neste caso, entende-se não ser necessário estudar isoladamente matemática financeira.

Conteúdo estruturante

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Juros simples Função Afim e

Progressão Aritmética

• Juros Compostos Função Exponencial e

Progressão Geométrica

Portanto, o professor pode introduzir em suas aulas, da forma que

considerar melhor, conteúdos matemáticos que poderão ser abordados sob o

contexto de outro conteúdo, contribuindo para o processo de ensino de forma

que os conceitos empregados possam se:

Articular;

Intercomunicar;

Complementar.

A Matemática Financeira é vista como um instrumento utilizado para

resolver problemas. O conteúdo é considerado muito difícil porque é usado

sem uma metodologia adequada. Os problemas de Matemática Financeira são

resolvidos de acordo com as seguintes etapas:

Leitura e interpretação do enunciado;

Conteúdo estruturante

FUNÇÕES

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Coleta e organização das informações;

Aplicação de estratégias para desenvolver o raciocínio.

Segundo as Diretrizes Curriculares da rede Pública de Educação Básica

do Estado do Paraná (2006, p.43)

O ensino de Matemática tem como um dos desafios a abordagem de conteúdos a partir da resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos em novas situações de modo a resolver a questão proposta.

É de fundamental importância que os aprendentes tenham a

oportunidade de aplicar conceitos previamente adquiridos para melhor

compreensão dos conteúdos de Matemática Financeira, relacionando as

situações-problemas do mundo financeiro com as indagações e desejos que

possuem. Buscando despertar o interesse, a participação e a construção de

informações suficientes para um mais perfeito planejamento de ações.

Os temas contemplados nas atividades desta unidade pedagógica são

os seguintes: Orçamento Familiar, Fluxo de Caixa, Cheque Especial, Cartão de

Crédito, Regime de Juros Simples, Regime de Juros Compostos, Tabelas

Financeiras, Anuidades ou Prestações, Avaliação das melhores propostas de

consumo (à vista ou a prazo), Planejamento Financeiro Futuro, Aposentadoria,

entre outros.

4. POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTOS

Os temas serão desenvolvidos semanalmente sendo que cada assunto

pode ser inserido ao estudo seguinte favorecendo uma continuidade orgânica.

É muito interessante observar a curiosidade dos alunos pelos assuntos

trabalhados.

Embora o professor tenha conhecimento dos tópicos trabalhados,

sempre que há dúvidas, recorremos aos profissionais do mercado para

esclarecimentos.

O conteúdo de Matemática Financeira é uma grande oportunidade para

os professores justaporem os diversos conceitos matemáticos, fazendo uma

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analogia com o mundo real em que se depara, revisando e reforçando os

conteúdos aplicados no Ensino Fundamental, possibilitando a contextualização

das atividades por meio de propagandas extraídas de revistas, jornais e

panfletos. Também devemos ressaltar o uso das planilhas eletrônicas para

inserir os aprendentes nos meios tecnológicos, os quais são sugeridos pelos

Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio.

4.1 Atividade - construção de um glossário

4.1.1 Descrição:

Nesta atividade os alunos deverão confeccionar um glossário com os

termos utilizados na Matemática Financeira.

4.1.2 Objetivos:

Estabelecer relações entre os termos pesquisados na Matemática

Financeira e sua aplicabilidade em situações-problemas;

Identificar semelhanças e diferenças entre os termos empíricos com

os termos científicos;

Reconhecer a importância do conhecimento científico como

facilitador na compreensão e na resolução de situações-problemas

encontradas no seu cotidiano;

Desenvolver a autonomia como pesquisador e elaborador.

4.1.3 Resultados esperados:

Reconhecer, interpretar e utilizar com maior habilidade os termos usados

nas atividades relacionadas com a Matemática Financeira e também, em

situações reais vivenciadas pelos nossos alunos. Planejar, elaborar e

confeccionar material de pesquisa sempre que houver necessidade.

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Glossário

A Ábaco: Acréscimo:

Algarismo: Adição: Algoritmo:

Alíquota: Amortização: Amostra:

Aproximação: Aritmética: Arredondar:

Associativa: Aumento sucessivo: Avos:

B Base de potências: Biênio:

C Calcular: Capital:

Centena: Centésimo: Compensação:

Comutativa: Consecutivo: Consórcio:

Cotas:

D Dados: Decênio:

Décimo: Desconto: Descontos sucessivos:

Dezena: Diferença: Dígitos:

Distributiva: Divisor: Dízima periódica:

E Enumerar: Equação:

Equação exponencial: Equivalentes: Estatística:

Expressão numérica:

F Fator: Fatoração:

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I Índice: Infinito:

Interpolação:

J Juros: Juros simples:

Juros compostos:

L Linha do tempo: Logaritmo:

M Matemática: Matemática Comercial:

Matemática Financeira: Média aritmética: Média geométrica:

Milésimo: Milhão: Moda:

Multiplicação: Múltiplo:

N Notação científica: Numerador:

Número: Número decimal:

O Ordem:

Fórmula: Fração: Fração centesimal:

Fração decimal: Fração equivalente: Freqüência:

Função: Função logarítmica:

G Gráfico: Gráfico de barras:

Gráfico de linhas: Gráfico de setores:

H Histograma:

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P Porcentagem: Potência:

Previsão: Produto: Projeção:

Proporcional:

Q Quadriênio: Qüinqüênio:

Quinzena: Quociente:

R Razão: Reajuste:

Regra de três: Renda per capita:

S Seqüência: Sexagesimal:

Símbolo: Sistema decimal: Somatório:

Subtração:

T Tabuada: Taxa:

Termo: Total:

U Unitário:

V Variável:

4.2 Atividades - juros simples

4.2.1 Descrição:

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A forma gráfica denominada de eixo das setas ajuda na visualização de

quaisquer operações financeiras e é formada pelos seguintes elementos

gráficos:

Um eixo horizontal, funcionando como uma escala de tempo, que

evolui da esquerda para a direita e;

Setas verticais, posicionadas sobre datas indicando valores, que

podem ser recebimentos ou pagamentos.

4.2.2 Objetivos:

Esta atividade procura contribuir para a integração dos alunos com os

conceitos de juros simples, funções e progressão aritmética, proporcionando-

lhes conhecimentos básicos de teoria e aplicação prática da Matemática

Financeira.

4.2.3 Conteúdos:

Porcentagem;

Plano Cartesiano;

Leitura e interpretação de gráficos;

Juros simples;

Funções;

Progressão Aritmética.

4.2.4 Resultados esperados:

Analisar e interpretar dados provenientes de problemas matemáticos

representados pelos gráficos, observando e realizando previsões de

tendências.

4.2.5 Representação Gráfica de Juros simples:

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Para exemplificar este método do eixo das setas, apresento uma

atividade referente a juros simples demonstrada no trabalho desenvolvido

por Lilian Nasser e Rosa C. Novellino de Novaes (2006)

A aplicação de um capital de R$100,00 por um período de 3 meses, com

acréscimo constante de 10% ao mês, é representada no eixo das setas

mostrado acima.

Essa situação corresponde a uma PA (progressão aritmética) onde o 1º

termo é R$ 100,00 e a razão é R$10,00 (10% de R$100,00), e o gráfico que dá

esses valores em função do tempo é representado por pontos colineares,

caracterizando a relação entre juro simples e função afim.

Esta mesma atividade seria resolvida, para encontrar o montante após

três meses de aplicação, por uma metodologia que privilegie o uso de fórmulas

da seguinte maneira:

Cn = C0 . (1 + i.t) (Fórmula de juros simples)

C3 = 100 . (1 + 0,1. 3)

C3 = 100 . (1 + 0, 3)

C3 = 100 . (1,3)

C3 = R$ 130,00

4.2.6 Sugestão de atividade:

Um jovem emprestou a importância de R$2500,00, pelo prazo de 6

meses, à taxa de 2,4% ao mês. Represente esta atividade no eixo das setas,

demonstre esta situação por meio de um gráfico e determine o valor dos juros a

serem pagos.

100,00 110,00 120,00 130,00

0 1 2 3

+10,00 +10,00 +10,00

Juros Simples

100

110

120

130

90

100

110

120

130

140

0 1 2 3 4 t

R$

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4.3 Atividade - taxas e juros embutidos

4.3.1 Descrição: Por meio de uma reportagem exibida no Programa Globo Repórter, nossos alunos irão se deparar com uma situação de compra, na qual relatam que o objeto adquirido é um desejo de consumo. Essa reportagem demonstra que as pessoas, na grande maioria, não possuem o hábito de analisar as taxas cobradas, e sim, que elas tomam atitudes influenciadas pela emoção. Eles deverão se posicionar com relação a essa situação, socializando por meio de um debate em plenário.

4.3.2 Objetivos: Compreender os conceitos, procedimentos, estratégias matemáticas

para planejar soluções para novos problemas e situações que exijam iniciativa

e criatividade. Aplicar os conhecimentos matemáticos para compreender,

interpretar e resolver situações problemas do cotidiano.

4.3.3 Conteúdos:

Porcentagem; Regra de três simples; Funções; Juros simples; Juros compostos; Taxas.

4.3.4 Resultados: Por meio desta atividade os alunos deverão analisar e interpretar

criticamente os dados provenientes da situação encontrada. Após a análise,

eles deverão posicionar-se com relação à situação, elaborando uma

justificativa, a qual será socializada por meio de um plenário para possíveis

discussões e debates.

Em São Paulo, a satisfação da dona de casa Mara Cristina Galera: ela, a mãe e a filha negociam uma TV 29 polegadas que a família só pode ter se comprar a prazo: 15 vezes de R$ 63. Mas elas não sabem quanto vão pagar de juros.

O Globo Repórter foi em busca de uma solução simples, que pode ajudar Mara e qualquer outro consumidor nessa conta. É uma tabela criada pelo professor de economia José Nicolau Pompeo, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Basta uma conta simples para descobrir qual a taxa de juros que você está pagando. “Pega o valor financiado e divide pelo valor

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da parcela, da prestação. O resultado é a taxa de juros”, explica o professor Pompeo.

Para descobrir os juros, primeiro é preciso descontar do preço o valor da entrada, se houver. No caso, Mara não deu entrada. A TV custava R$ 669 à vista. Ela financiou em 15 vezes de R$63,14. Então, para ela, é só dividir R$ 669 pelo valor da prestação e procurar o resultado aproximado na tabela feita pelo professor.

A taxa de juros por mês é de 4,5%; Ao ano, quase 70%. Para economistas, um valor alto demais. “Eu diria que crédito bom não pode ultrapassar a taxa de 3% a 4% ao mês. Aí ele passa a ser punitivo para quem vive de salário”, analisa o professor de economia.

Mas tem algo que nem a matemática pode explicar e é a aposentada Beatriz Galera, mãe da dona de casa Mara, que nos revela: “O que eu estou realizando é um sonho. Eu queria uma televisão grande”. Ela e a filha vão dividir o pagamento do carnê. No fim vai custar R$945, R$276 a mais do que se fosse à vista.

“Eu não me importei com a diferença provocada pelos juros, porque queria comprar de qualquer jeito, desde que desse para pagar as parcelas no vencimento, sem atraso. A gente sabe que tem juros embutidos, mas, tudo bem”, explica Mara.

Você olha só o valor da parcela ou o quanto vai pagar por todo o carnê? “Um dos erros gravíssimos que a pessoa comete ao adquirir um crédito: comparar a prestação com o salário. Esse é o erro mais grave que existe. Tem que comparar com o que sobra em relação ao salário. Segundo erro: não verificar se já fez outro tipo de prestações e se já está endividada. Normalmente, o desespero pelo consumo e a necessidade que isso acaba criando leva a pessoa automaticamente a criar mais dívidas. Isto vai gerando dificuldades. Falta um planejamento financeiro: ver quanto você ganha e quanto você realmente pode gastar. A maior parte das pessoas gasta além das suas possibilidades”, comenta José Pompeo.

Fonte: http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-20012-2.html

4.3.5 Sugestões de atividades:

1. Com intermediação do professor, os alunos serão divididos em grupos

(máximo quatro alunos), deverão levantar alguns pontos para discussões,

provocando espaços para reflexões sobre os termos utilizados na

reportagem anterior e em suas justificativas, por exemplo: “sonho de

consumo”; juros; taxas; créditos; valor financiado; planejamento financeiro;

etc. O enfoque mediado pelo professor dar-se-á da seguinte forma:

a) Com análise do último parágrafo, quais comentários você faria?

b) De acordo com o texto, a aquisição da TV 29 polegadas representa a

realização de um sonho, qual é o seu “sonho de consumo”?

c) Você já vivenciou uma situação semelhante? Descreva-a.

d) Essa reportagem representa uma situação real de compra a prazo?

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e) As informações apresentadas no texto falam sobre o número de

parcelas e o valor de cada parcela, mas oculta informações sobre os juros

cobrados, você observa essas informações durante suas compras?

f) Na compra de um objeto, você considera apenas o valor de cada

parcela ou o valor que pagará por todo o carnê?

g) Existe a preocupação sobre os juros aplicados?

h) Escreva o que você sabe sobre Juros.

i) Com base no texto e sem usar a tabela criada pelo professor de

economia José Nicolau Pompeo, como você faria para calcular os juros?

j) Faça uma simulação de compra de um “sonho de consumo”.

2. Utilizando a tabela citada acima, determinar a taxa de juros aplicada

na compra de uma TV de plasma 40” cujo valor à vista é R$1999,00 e a prazo

é 10 vezes de R$222,50.

4.4 Atividade - construção e interpretação de gráficos

4.4.1 Descrição:

Considerando uma família formada por cinco pessoas (pai, mãe e três

irmãos), sendo que apenas o pai trabalha no comércio local e seu salário

líquido mensal corresponde a R$720,00, será realizado um levantamento das

despesas feitas por essa família durante um mês, como exemplo: alimentação;

energia elétrica; água; telefone; vestuário; saúde; medicamentos; transporte;

material escolar; outras despesas. Com essas informações serão feitas as

tabulações e os diferentes tipos de gráficos (gráfico de barras e gráfico de

setores):

Serão feitas as representações gráficas das despesas em relação ao

salário, demonstrando assim o percentual destinado a cada item entre

as despesas;

Representação gráfica do percentual que sobra do salário;

Os gráficos e as tabelas serão construídos com o auxílio de planilhas

eletrônicas.

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Com as construções gráficas sendo desenvolvidas, os alunos serão

instigados a começarem a ter uma preocupação com a quantia que sobra do

salário mensal, despertando desta forma uma maneira de planejarem o que

podem fazer (comprar ou investir) com o valor que restou. Estimulando o hábito

de esquematizar os ou investimentos com o valor que sobra do salário e não

cometer o erro de realizar novas compras ou investimentos em relação ao valor

do salário.

Com posse dos dados levantados anteriormente, será proposto um

plano de ajuste das despesas em função dos rendimentos obtidos. Nessa

etapa do trabalho, os alunos construirão tabelas com esses dados. A partir

disso, deverão elaborar um plano financeiro com o objetivo de constituir um

fundo de reserva de 10% do rendimento. Eles deverão encontrar uma maneira

de economizar 10% para o fundo de reserva. Deverão demonstrar os

encaminhamentos feitos para atingir esse objetivo, como por exemplo, quais os

gastos que podem ser reduzidos e quanto representa essa redução.

4.4.2 Objetivos:

Reconhecer os tipos de gráficos como formas de comunicação visual de

um fato ou de uma idéia. Compreender, aprender a construir e empregar os

recursos gráficos, com o auxílio de planilhas eletrônicas, ampliando seus

conhecimentos adquiridos.

4.4.3 Conteúdos:

Porcentagem;

Regra de três;

Juro simples;

Plano cartesiano;

Estatística.

4.4.4 Resultados:

Ampliação dos conhecimentos adquiridos. Leitura e interpretação de

gráficos. Utilização de recursos tecnológicos. Aplicação dos conceitos

adquiridos em situações do cotidiano.

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4.5 Atividade - aquisição de uma motocicleta

4.5.1 Descrição:

Através de outra situação-problema, o professor deverá instigar a

realização de hipóteses, análises e as reflexões, intervindo através da

mediação o desenvolvimento, a fim de encontrar as possíveis soluções desta

situação proposta. Um jovem morador desta cidade trabalha em uma

madereira durante o dia, das 8 às 18 horas e tem intervalo de duas horas para

almoço, cursa o Ensino Médio no período noturno, das 19 às 23 horas. A

distância percorrida entre a sua casa e o local de trabalho é de 6 km, sendo

percorridos de bicicleta. O seu salário líquido é de R$680,00, sendo que 20%

desse valor são destinados para ajudar nas despesas de casa, 25% do seu

salário são para o vestuário e ainda 15% para o seu lazer. De acordo com essa

situação, ele deve fazer um planejamento para verificar a possibilidade da

aquisição de uma motocicleta nova, da marca Suzuki, modelo Burgmann 125

Automatic. A situação-problema proposta para os alunos e as alunas será a

aquisição de uma motocicleta nova. Os valores citados abaixo são reais e

servem de exemplo, foram pesquisados na loja Strack em União da Vitória no

dia 26/07/2008. Com a finalidade de responder as questões abaixo, os alunos e

as alunas serão divididos em grupos (máximo de quatro alunos) para

realizarem o trabalho, o qual necessita de uma pesquisa no comércio local:

a) A motocicleta, neste caso, é uma necessidade ou um desejo?

b) Existem outras motocicletas similares no mercado?

c) Quais são as opções de pagamento que existem?

d) Qual é a melhor opção de pagamento?

e) Comprando à vista, quais são os descontos?

f) Comprando a prazo, quais são os acréscimos?

g) A parcela do financiamento representa quantos por cento do salário?

h) Com relação ao prazo de pagamento, qual é a melhor opção?

Com esse questionamento respondido e com os dados citados acima,

vamos simular a compra dessa motocicleta, sabendo que o valor é R$6280,00.

I) Se você comprar à vista, terá um desconto de 4,8%. Quanto será

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o desconto e qual será o valor pago pela motocicleta?

II) Se comprar em 24 parcelas fixas de R$343,00 e sem entrada,

quanto será o valor total pago? Qual foi a taxa de juro empregada nessa

compra?

III) Comprando a motocicleta sem entrada e em 36 parcelas fixas, a

taxa de financiamento será de 1,8%. Quanto será o valor de cada

parcela? Qual o valor total pago pela motocicleta?

IV) Se comprar em 48 parcelas fixas de R$211,00 e sem entrada,

quanto será o valor pago? E qual é a taxa do financiamento?

V) Você realiza os cálculos ou apenas confia nas revendedoras?

VI) Os cálculos realizados por você são os mesmos oferecidos pelas

revendedoras?

VII) Se não forem os mesmos, o que se deve fazer?

VIII) Nessa situação, existe algum órgão de proteção ao consumidor?

4.5.2 Objetivos:

Compreender os conceitos, procedimentos, estratégias matemáticas

para planejar soluções para novos problemas e situações que exijam iniciativa

e criatividade. Aplicar os conhecimentos matemáticos para compreender,

interpretar e resolver situações problemas do cotidiano.

4.5.3 Conteúdos:

Porcentagem; Regra de três simples; Funções; Juros simples; Juros compostos; Taxas.

4.5.4 Resultados:

Interpretar, refletir e resolver situações-problemas relacionadas com a

questão de consumo. Utilizar os conceitos adquiridos de forma clara e

coerente.

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4.6 Atividade - como calcular as prestações

4.6.1 Descrição:

Se participar de operações financeiras é inevitável, como pessoas

comuns podem adaptar-se à realidade atual, na qual as utilizações das

operações de crédito e de investimento tornam-se cada vez mais corriqueiras?

A falta de informação matemática tem sido um dos principais fatores desse

problema. Faz-se necessário, portanto, a democratização do conhecimento.

Quando o sujeito passa a ter um domínio sobre o saber, torna-se possível

desencadear uma prática transformadora.

Esta é uma atividade referente à como Calcular prestações de uma

dívida, atividade retirada da Revista do professor de Matemática n° 66.

Calcular prestações de uma dívida, como? Guillermo Zamalloa Torres.

Introdução Em nossa trajetória de professores de Matemática, somos

testemunhas de muitas situações que devemos superar para satisfazer a curiosidade ou elucidar dúvidas que nos consideram como paradigmas.

É uma dessas situações que serve de âncora para esse estudo sobre juros incidentes nas prestações pagas por uma dívida.

Um amigo meu, convicto da necessidade de adquirir um computador para desenvolver suas atividades profissionais, e não contando com recursos financeiros para comprar à vista, pesquisou como poderia obter o dinheiro emprestado. Trouxe-me três alternativas, pedindo-me esclarecimentos que a justificassem, já que eram bastante díspares.

Ele precisava de um empréstimo de R$1500,00 e estava disposto a pagá-lo em dez prestações mensais, sem entrada, isto é, pagando a primeira um mês depois do empréstimo.

A primeira alternativa foi produzida por um agiota, que lhe informou que seu dinheiro “valia 5% ao mês” a juros compostos, resultando em dez prestações R$234,33.

A segunda alternativa foi produzida pela loja que vendia o computador, que informou estar cobrando uma taxa de 5% ao mês, resultando em dez prestações de R$225,00.

A terceira alternativa provinha de um banco que, para emprestar a quantia solicitada a juros compostos de 5%, cobrava dez prestações de R$198,10.

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Se a questão fosse qual alternativa escolher, não haveria dúvida que a terceira seria a melhor. O problema era justificar cada uma delas.

Como foram efetuados os cálculos em cada caso? O agiota, visando ao maior lucro, capitalizou o empréstimo à

taxa estipulada de 5% de juros compostos durante dez meses e o montante foi dividido em dez prestações iguais, como segue:

Usando a fórmula M = Co (1 + i)t, chegamos a

M = 1500(1 + 0,05)10 M = 2443,34, que dividindo por 10, resulta nas 10 prestações de R$ 244,33. O lojista projetou a dívida considerando 5% de juros simples

por dez meses, resultando em um acréscimo de 50% sobre o valor da dívida. Finalmente o montante é dividido em dez prestações.

Usando a fórmula M = Co (1 + ti), chega-se a M = 1500(1 + 10 x 0,05) = 2250. Dividindo o montante por dez

obtemos as prestações de R$225,00. O cálculo efetuado pelo banco, com o qual erroneamente

concordaram alguns autores de livros didáticos do Ensino Médio, é desenvolvido da maneira a seguir.

A dívida contratada é dividida em dez parcelas iguais, obtendo-se R$150,00. Como as parcelas serão pagas mensalmente ao longo dos próximos dez meses, cada uma delas é projetada para a data do pagamento, fazendo uso da fórmula do juro composto M = Co (1 + 1)

t Assim, a primeira parcela a ser paga, um mês após a contratação do empréstimo, será de P1 = 150(1 + 0,05) = 150 x (1,05).

A segunda parcela será P2 = 150 x (1,05)2; a terceira parcela

será P3 = 150 x (1,05)3 e seguindo esse raciocínio, chega-se a ultima

parcela P10 = 150 x (1,05)10. O montante da dívida é a soma das

parcelas M = P1 + P2 +...+ P10. Observamos que as parcelas constituem elementos de uma

progressão geométrica de dez termos, razão 1,05 e a1 = 150 x (1,05). Aplicando a fórmula para Sn da soma de n termos de uma PG,

calculamos o montante M da dívida: Sn =a1(q

n – 1), M = 150(1,05) (1,0510 – 1) = 1981,02. q – 1 1,05 – 1 Dividindo esse montante novamente por dez, obtêm-se as dez

prestações de R$198,10. Ao chegar nesse ponto, meu amigo sentiu-se plenamente

satisfeito e estava disposto a fechar o negócio com o banco consultado, na certeza de que não estaria sendo ludibriado. Pedi então que ele tivesse um pouco mais de paciência, a fim de que eu pudesse concluir minha explanação.

Na verdade, os três métodos estão incorretos, pois cometem sempre o mesmo erro básico: Não perceber que, se o dinheiro “está valendo 5% ao mês”, não tem sentido somar quantias referentes a épocas diferentes sem levar em consideração esse valor variável (ver as advertências sobre “erros comuns em raciocínios financeiros” no livro de progressões e Matemática Financeira, de Morgado, A. C., Wagner, E. e Zani, S.C.).

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O raciocínio correto é o seguinte: desejamos que a dívida de R$1500,00 seja paga em dez prestações iguais, cujo valor, no instante da contratação, vamos chamar de x.

Assim, a primeira parcela que vai ser paga um mês depois, tem que ser P1 = x / 1,05. A segunda parcela será P2 = x / (1,05)

2. E assim por diante, até a última parcela que será P10 = x / (1,05)

10. Somando essas dez parcelas, teremos o valor inicial do

empréstimo contratado: 1500 = P1 + P2 + P... + P10. Novamente, verificamos que as parcelas dessas somas são

elementos de uma progressão geométrica de dez termos, com razão igual a 1/ 1,05 e primeiro termo igual a x/ 1,05. Usando a fórmula da soma dos termos de uma PG temos:

1500 = (x/ 1,05) [(1/1,05)10 – 1] ou x = 1500 . 0,05 . (1/ 1,05) – 1 1 – (1/ 1,0510) Uma calculadora fornece o valor aproximado x = R$194,26,

valor de cada prestação. Não haverá dificuldade maior em fazer o mesmo raciocínio

literalmente, obtendo o valor da prestação igual a x = C0 .i / [1 – 1/ (1 + i)

t],

sendo C0 o valor da dívida no momento da contratação, i a taxa de juros e t o número de prestações.

4.6.2 Objetivos:

Propor a leitura e interpretação das informações para a execução da

atividade, podendo utilizar as fórmulas para calcular os juros e as taxas.

4.6.3 Conteúdos:

Porcentagem; Potência; Funções; Juros simples; Juros compostos; Progressão aritmética; Progressão geométrica;

4.6.4 Resultados:

Conscientizar das diferenças entre os preços praticados com as variadas

formas de pagamento. Reconhecer a importância do conhecimento científico

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como facilitador na compreensão e na resolução de situações-problemas

encontradas no seu cotidiano.

4.6.5 Sugestão de atividade:

Esta atividade será realizada em grupo de no máximo quatro

integrantes, ocorrerá uma troca de problemas elaborados por eles com os

seguintes encaminhamentos:

Solicitação para que os alunos elaborem alguns problemas envolvendo porcentagem e juros, considerando que os problemas serão trocados entre os grupos e resolvidos; Os alunos que elaboraram os problemas, também deverão resolvê-los; Considerando que os problemas serão similares ao exemplo dado, necessita que as respostas sejam justificadas.

Esse assunto interfere, portanto, no exercício da cidadania, e é relevante

por vários motivos, tais como a contribuição no desenvolvimento de um olhar

mais amplo e indagador, conduzindo ao raciocínio crítico em situações

cotidianas, como operações de crédito e investimento. Auxilia na formação do

cidadão consciente, pois na medida em que aumenta a capacidade de análise

em situações financeiras, como decidir entre comprar à vista ou a prazo,

identificar descontos em sistemas de financiamento, estimar o crescimento do

capital investido, comparar o valor do que é anunciado e o que de fato é

cobrado em compras a prazo, dentre outros, o consumidor tem condições mais

efetivas de exercer a sua cidadania, tendo mais clareza dos seus direitos por

saber a matemática envolvida nessas situações.

Como sugestão de atividade: Uma jovem precisa comprar um

computador. Depois de realizar uma pesquisa de preços, ela optou pela

compra de um computador no valor de R$3000,00 à vista ou em duas parcelas

fixas de R$1505,00. Para fazer essa compra, ela tem R$3000,00 aplicados na

poupança, rendendo 1% ao mês. Com essas informações, qual é o plano de

pagamento mais vantajoso? Analisando a situação apresentada e fazendo uso

de conceitos de Matemática Financeira, pode-se concluir que a segunda opção

de pagamento é mais vantajosa para a jovem. Pois, se ela comprar o

computador à vista, não restará nada na sua poupança. Entretanto, se comprar

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em duas parcelas iguais de R$1505,00 cada uma, após o pagamento da

primeira parcela sobrará R$1495,00 que produzirá R$14,95 de juros em um

mês. Ao pagar a segunda parcela, sobrará ainda R$4,95. Portanto, a segunda

opção é a melhor.

4.7 Atividade - Tabela de Planejamento Financeiro

4.7.1 Descrição:

Esta atividade deve estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade

dos alunos, de modo que possam aplicar os conceitos adquiridos numa

situação de planejamento financeiro. Deverão simular os rendimentos de uma

família, as despesas e as receitas. Com as informações obtidas, deverão

construir gráficos para facilitar a análise e a interpretação dos dados. Serão

realizados debates para que sejam identificadas as possíveis soluções para os

problemas encontrados.

4.7.2 Objetivos:

Elaborar e construir uma tabela de planejamento financeiro, delimitando

a importância de se fazer, para que serve e como deve ser utilizada.

4.7.3 Conteúdos:

Porcentagem; Funções; Tabelas; Gráficos; Estatística.

4.7.4 Resultados:

Ampliação dos conhecimentos adquiridos. Leitura e interpretação de

tabelas e gráficos. Utilização de recursos tecnológicos. Aplicação dos conceitos

adquiridos em situações do cotidiano.

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Tabela de Planejamento Financeiro

Gastos Abr/R$ Mai/R$ Jun/R$

Habitação (Aluguel/financ, energia, água, telefone)

Alimentação (Supermercado, padaria, açougue)

Transporte (passagens, combustível, manutenção)

Desp. Pessoal (revistas, bebida, cigarro, cinema)

Saúde (plano de saúde, medicamento)

Vestuário

Educação (cadernos, livros, Xerox, etc.)

Total de gastos

Salário líquido mensal

Resultado do mês

Investimento

Saldo acumulado

4.8 Atividade - Tabela de Controle do Orçamento Familiar

4.8.1 Descrição:

Esta atividade deve estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade

dos alunos, de modo que possam aplicar os conceitos matemáticos adquiridos

numa situação de Controle do Orçamento Familiar. Deverão simular os

rendimentos de uma família, as despesas e as receitas. Com as informações

obtidas, deverão construir gráficos para facilitar a análise e a interpretação dos

dados. Serão realizados debates para que sejam identificadas as possíveis

soluções para os problemas de planejamento no controle do orçamento

familiar.

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4.8.2 Objetivos:

Elaborar e construir uma tabela de controle do orçamento familiar,

delimitando a importância de se fazer, para que serve e como deve ser

utilizada.

4.8.3 Conteúdos:

Porcentagem; Funções; Tabelas; Gráficos; Estatística.

4.8.4 Resultados:

Ampliação dos conhecimentos adquiridos. Leitura e interpretação de

tabelas e gráficos. Utilização de recursos tecnológicos. Aplicação dos conceitos

adquiridos em situações do cotidiano.

Abr/R$ Mai/R$ Jun/R$

Receitas Prev. Rec. Prev. Rec. Prev. Rec.

Salários

Aluguel

Receitas Extraordinárias

Outros

Receita Total

Despesas Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Aluguel

Financiamento da moradia

Conta de luz

Conta de água

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Gás

Impostos

Telefone

Outros

Alimentação Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Supermercado

Açougue

Padaria

Feira

Outros

Transporte Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Prestação do carro

Seguro

Combustível

Impostos

Ônibus

Outros

Saúde Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Plano de saúde

Médicos/Dentista

Farmácia

Outros

Educação Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

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Mensalidades escolares

Cursos

extras/Idiomas/Computação

Vestuário Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Roupas / calçados

Lazer/Informação Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Academia

Jornais/Revistas

Internet

Programas culturais

Outros

Reservas para gastos

futuros

Prev. Gast. Prev. Gast. Prev. Gast.

Impostos

Escola

Viagem

Outros

Despesa total

Investimentos

Resultado do mês

Saldo do mês

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4.9 Atividades – Problemas interessantes

4.9.1 Objetivos:

Na resolução de problemas de Matemática Financeira, um problema

pode despertar o interesse pelo trabalho mental, sempre que for desafiador e

instigador, possibilitando aos alunos a satisfação pela descoberta da resolução.

4.9.2 Conteúdos:

Porcentagem; Regra de três; Potência; Funções; Juros simples; Juros compostos; Progressão aritmética; Progressão geométrica;

1. Um apartamento é alugado por R$450,00, mas se o pagamento for

com atraso, existe uma multa de R$50,00. O proprietário, para se garantir,

firmou no contrato o valor de R$500,00, e se o pagamento for pontual, terá um

desconto de R$50,00. Assim, a multa passou a ser desconto. Compare as

taxas de multa e de desconto. Qual é a maior taxa?

2. Uma senhora deseja comprar um aparelho de som à vista. Após fazer

uma pesquisa de preços, escolheu um aparelho, porém a quantia de dinheiro

que ela dispõe corresponde a 80% do valor do aparelho. O vendedor propôs

10% de desconto à vista, mas, mesmo assim, ainda faltam R$98,00. Determine

o valor do aparelho de som e a quantia de dinheiro que a senhora tinha.

3. Uma pessoa resolveu aplicar R$2000,00 num banco. Após conversar

com o gerente de contas, duas opções lhe despertou a curiosidade. A primeira

opção oferecia 3% ao mês com aplicação de 6 meses, a segunda opção era

2% ao mês com aplicação durante 9 meses. Com essas informações dadas,

descubra os montantes de cada aplicação.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo da Matemática Financeira nesta unidade pedagógica é

abordado de forma significativa, atualizada e instigadora. Proporcionando aos

alunos a contextualização dos temas abordados com situações da realidade.

De acordo com Skovsmose (2001, p.42)

[...] Nossa concepção de realidade tem de ser estruturada de forma que padrões específicos possam ser identificados: temos de selecionar elementos da realidade que serão concebidos como importantes, e temos de decidir quais relações entre esses elementos são importantes. Essas duas seleções fundamentais constituem uma interpretação da “realidade”.

Desta forma o professor sempre deve proporcionar atividades que

busquem aproximar os aprendentes com a realidade em que vivem,

proporcionando uma interação de forma crítica, com a finalidade aplicar os

conhecimentos teóricos matemáticos em situações financeiras de ordem

pessoal e social.

As reportagens e os materiais pesquisados pelos aprendentes têm como

finalidade a interação entre os conteúdos de Matemática Financeira com

situações encontradas no seu cotidiano. Utilizar-se de modelos de tabelas para

anotar despesas, desperta nos aprendentes, a necessidade de planejar suas

ações, de forma que possam aplicar os conhecimentos teóricos em situações

financeiras de ordem pessoal.

Este trabalho procura esclarecer algumas dúvidas que estão presentes

nas transações financeiras, para que nossos alunos não tomem decisões com

base em dados não muito claros, que podem estar “escondidos” e serem

difíceis de identificar. A abordagem deste tema busca informar, oferecendo

instrumentos e condições para ampliar a capacidade de analisar, conceituar,

sintetizar e julgar as situações vivenciadas.

Uma das riquezas da Matemática Financeira é a interatividade entre os

seus conteúdos, permitindo a diversidade de resoluções de um mesmo

problema, fornecendo elementos para que os aprendentes possam criar sua

própria técnica de resolução de problemas. Possibilitando o desenvolvimento

de condições de leitura crítica dos acontecimentos ocorridos na sociedade,

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apresentando condições para que possam realizar interpretações de tabelas e

gráficos, os quais são utilizados para representar ou descrever informações.

Entendemos que conhecer Matemática Financeira é possuir meios e

condições de compreender, interferir e interagir de forma significativa nas

situações encontradas e no mundo financeiro em que fazemos parte.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, J. C. A prática dos alunos no ambiente de Modelagem

Matemática: um esboço de um framework. In. BARBOSA, J.C.; CALDEIRA,

A.D. & ARAUJO, J.L. (orgs). Modelagem Matemática na Educação

Matemática Brasileira: pesquisas e práticas educacionais. Recife: SBEM, 2007.

CARVALHO, V. Educação Matemática: Matemática e Educação para o

consumo. Dissertação de Mestrado, UNICAMP-FE, Campinas, 1999.

DIRETRIZES CURRICULARES. Disponível no site:

http://www.seed.pr.gov.br/portals/portal/semana/t_matematica.pdf

GLOBO REPÓRTER. Disponível no site:

http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-20012-

2,00.html

GOUVEA, S. A. S. Novos caminhos para o ensino e aprendizagem de

Matemática financeira: construção e aplicação de WebQuest.Dissertação de

Mestrado, UNESP, Rio Claro – SP, 2006.

MEC. Orientações Curriculares para o Ensino Médio, volume 2, 2006.

Disponível no site http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume

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NASSER, Lillian e NOVAES, Rosa C. N. Projeto Fundão, Instituto de

Matemática, UFRJ. Matemática financeira: uma abordagem visual - 4º encontro

estadual de Educação matemática, 2006.

PCN. Parâmetros Curriculares Nacionais. In: EMR, Ensino Médio em Rede:

Programa de Formação Continuada para Professores do Ensino Médio, 2004.

PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira objetiva e aplicada. 6ªed.

São Paulo – SP. Editora Saraiva. 1999.

SKOVSMOSE, Ole. Educação Matemática Crítica: A questão da democracia.

Ed Papirus. Campinas, SP. 2001.

TORRES, Guillermo Z. Revista do Professor de Matemática. Nº 66, p.9

Sociedade Brasileira de Matemática – SBM. 2008.

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7. ANEXOS