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Sumário

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5

2 DESENHO TÉCNICO................................................................................................................. 5

3 INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO .......................................................................... 5

4 O USO CORRETO DO EQUIPAMENTO ..................................................................................... 7 4.1 Usando a régua “T” ou régua paralela e os esquadros .......................................................... 7

5 NORMAS DE DESENHOS TÉCNICOS ........................................................................................ 8 5.1 Linhas ...................................................................................................................................... 8 5.2 Formatação do papel no desenho arquitetônico ................................................................... 9 5.3 Carimbo ................................................................................................................................ 10 5.4 Convenções .......................................................................................................................... 11 5.5 Régua de escala triangular ou escalímetro .......................................................................... 12 5.6 Escalas recomendadas.......................................................................................................... 12 5.7 Cotas e cálculo das áreas ...................................................................................................... 13

6 TERRENO, TOPOGRAFIA E ORIENTAÇÃO .............................................................................. 13 6.1 Formas do terreno e topografia ........................................................................................... 14

7 ORIENTAÇÃO ....................................................................................................................... 14

8 ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO................................................................................................ 15 8.1 Posicionamento dos ambientes ........................................................................................... 16 8.2 As frações que representam as relações entre ares possíveis. ............................................ 16

9 PROJETO ARQUITETÔNICO................................................................................................... 17 9.1 As etapas do projeto ............................................................................................................ 18

9.1.1 Escolha do lote ou terreno .............................................................................................. 18

9.1.2 Compra do lote ................................................................................................................ 18

9.1.3 Contratação do arquiteto ................................................................................................ 18

9.1.4 Negociação do projeto .................................................................................................... 18

9.1.5 Estudo preliminar ............................................................................................................ 18

9.1.6 Anteprojeto ..................................................................................................................... 18

9.1.7 Projeto legal..................................................................................................................... 18

9.1.8 Projeto executivo............................................................................................................. 19

9.2 Planta de Situação ................................................................................................................ 19

9.3 Planta de locação e coberta ................................................................................................. 21

9.4 Planta baixa .................................................................................................................... 22 9.5 Cortes longitudinais e transversais ...................................................................................... 22

9.6 Fachadas .......................................................................................................................... 23

9.7 Quadro de áreas .......................................................................................................... 24

9.8 Quadro de esquadrias ............................................................................................... 24

9.9 Telhados ........................................................................................................................... 24 9.10 Projetos complementares .................................................................................................... 26 9.11 Projetos de residência ....................................................................................................... 26

9.11.1 Classificação................................................................................................................... 26

9.12 Unidade multifamiliar térrea .................................................................................................. 28 9.13 Unidade multifamiliar térreo mais 03 pavimentos ..................................................................... 31

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10 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ...................................................................................... 38

11 QUALIDADE DOS MATERIAIS ............................................................................................... 38

12 CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUINDO .......................................................................... 38

13 LEGISLAÇÃO VIGENTE ............................................................................................................... 39

14 GLOSSÁRIO .......................................................................................................................... 39

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1 INTRODUÇÃO

O homem apareceu na Terra há talvez 500mil anos e, durante um longo período, viveu coletando o seu alimento e procurando um abrigo no ambiente natural que o protegesse do vento, do frio, da chuva e dos predadores.

Os homens eram essencialmente nômades, pois se deslocavam constantemente em busca de alimentos, permanecendo no local até que estes se esgotassem, partindo então, para um novo local. A temperatura era muito baixa, obrigando os homens a viverem em cavernas ou em espécies de choupanas feitas de galhos e coberta de folhas.

As alterações climáticas que aconteceram no planeta criaram condições favoráveis para que o homem desenvolvesse técnicas de cultivo agrícola. Neste momento, iniciou-se a domesticação dos animais, resultado da observação e aproximação dos animais no decorrer das caçadas.

As frequentes buscas por alimentos passaram a ser evitadas, pois o homem já sabia produzir os alimentos necessários a sua sobrevivência. Com a disponibilidade de alimentos, faz-se necessário o armazenamento de sementes para o cultivo, sendo este o passo decisivo para a fixação do homem que, a partir de então, deixa de ser nômade para ser agricultor.

O homem agora não utiliza apenas um abrigo na natureza, mas cria estabelecimentos estáveis surgindo as primeiras aldeias próximas dos grandes rios como o Nilo, Eufrates e Tigre.

A comunicação do homem nos primórdios da civilização era feita através de grafismos e desenhos realizados principalmente no interior das cavernas. Estas representações ficaram conhecidas como pinturas rupestres, onde era representado o mundo que os cercavam.

Com o passar dos anos, as técnicas de desenho foram evoluindo e formaram dois grupos: o desenho artístico, que exprime as ideias e sensações, estimulando a imaginação do espectador; e o desenho técnico, que tem por finalidade, representar os objetos através da forma e dimensões próximas da realidade.

Na arquitetura, a principal forma de expressão é o desenho e é através dele que o arquiteto e/ou projetista exterioriza as suas criações e soluções.

2 DESENHO TÉCNICO

O desenho arquitetônico é a principal forma de comunicação que o elaborador do projeto utiliza para representar um móvel, imóvel ou até mesmo uma cidade em escala menor e de forma proporcional a escala real. Um desenho técnico normatizado apresenta uma linguagem que estabelece um código entre EMISSOR (o desenhista, projetista ou o cadista, forma pelo qual os manipuladores dos softwares CAD são conhecidos) e o RECEPTOR (o leitor do projeto), que necessita de certo nível de treinamento para entendimento, seja por parte do emissor ou do receptor do projeto.

Atualmente o uso de ferramentas de CAD (Computed Aided Design – desenho auxiliado por computador) tornou obsoleto o uso de pranchetas e salas de desenhos. Um dos programas mais conhecidos é o AutoCAD, criado pela empresa Autodesk, que foi bastante difundido no mercado.

Ao ser elaborado um projeto arquitetônico, estará sendo criado um documento, um conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais da área, que contém informações técnicas referentes a uma obra arquitetônica, seguindo normas de linguagem representadas por círculos, retas, curvas e retângulos e outros diversos elementos que neles aparecem, podendo ser perfeitamente lidos por outros profissionais envolvidos na área da construção civil.

3 INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO

O desenho de arquitetura é a forma que o arquiteto encontra para representar uma edificação, antes de se tornar real. E é, entre outras coisas, um dos primeiros conhecimentos que o futuro arquiteto deve adquirir para transmitir adequadamente sua mensagem de arquitetura.

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Os instrumentos e materiais utilizados no desenho são equipamentos que auxiliam na precisão, pois sua representação deve ser proporcional ao tamanho real do objeto final, no caso, a edificação. Entre os instrumentos necessários tem-se:

01- Mesa de desenho com tampo de madeira regulável revestida com plástico e luz da esquerda para a direita (dimensões: 1.00 x 0.80m-mínimo; 1.20 x 1.00 -media).

02- Régua "T" com cabeçote fixo e móvel ou régua paralela. 03- Esquadros de acrílico, tamanho médio de 30°(42x24x 48cm) e 45°(26x26x39cm). 04- Régua de escala triangular.(escalímetro) 05- Lapiseiras e Lápis em diversas espessuras com grafites H-HB-F-B-2B. 06- Canetas de nanquim com pontas em diversas espessuras. 07- Borracha para grafite, caneta borracha e borracha de areia para naquim. 08- Gabaritos de: sanitários, móveis e telhas (escalas: 1:100; 1:50). 09- Normógrafo para letreiros-tipo Leroy. 10- Curva francesa, usado para curvas de raio variável. 11- Transferidor utilizado para medir um ângulo traçado em um papel. 12- Compasso. 13- Papel opaco- sulfite, canson, e outros. 14- Papel transparente - manteiga, vegetal e poliéster. 15- Fita adesiva. 16 - curvas de raio variável usa-se a “curva francesa”.

FIGURA 01

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4 O USO CORRETO DO EQUIPAMENTO

COLOCANDO O PAPEL NA PRANCHETA

4.1 Usando a régua “T” ou régua paralela e os esquadros

A régua “T” ou régua paralela é utilizada para realização de traços horizontais. Já o par de esquadros é composto por um esquadro com os ângulos de 45º-45º-90º e outro com os ângulos de 30º-60º-90º, sendo utilizados para traçados perpendiculares ao traço da régua “T”, traçados verticais e inclinados.

FIGURA 02

FIGURA 03

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5 NORMAS DE DESENHOS TÉCNICOS

As normas tem a finalidade de uniformizar os diversos elementos do desenho técnicos de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação do projeto. Aqui no Brasil, as normas que regem o desenho técnico são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NBR 5984 - Norma Geral de Desenho Técnico (antiga NB 8 R), que trata de assuntos como: Legendas, convenções de traços, sistema de representação, cotas, escalas. Cada país costuma apresentar as próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos.

Vale salientar que, é recomendado adequar o projeto as normas da ABNT ao apresentá-los para fins de execução de obras ou em situações oficiais (como quando os profissionais enviam seus projetos à aprovação em prefeituras); por outro lado, admite-se algum nível de liberdade em relação a elas em outros contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto, por exemplo, normalmente os arquitetos utilizam os métodos de desenho próprios apropriados às suas necessidades momentâneas, os quais eventualmente se afastam das determinações das normas. Esta liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos que exijam uma facilidade de leitura maior por parte de leigos ou para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo.

O desenho deve estar bem paginado, dentro de pranchas padronizadas com margens e carimbo/ legendas com as informações necessárias. Deve estar limpo e sem rasuras, conter traços homogêneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos desenhados, apresentar textos com caracteres claros que não gerem dúvidas ou dupla interpretação, bem como dimensões e demais indicações que permitam a boa leitura e perfeita execução da obra. Sempre que possível, deve seguir uma norma de desenho estabelecida (NBR 6492).

A base para a maior parte do desenho arquitetônico é a linha, cuja essência é a continuidade. Em um desenho constituído somente de linhas, a informação arquitetônica transmitida (espaço volumétrico, definição dos elementos planos, sólidos e vazios, profundidade) depende primordialmente das diferenças no peso visual dos tipos de linhas usados. Destacar linhas, traços, são detalhes que fazem a diferença em um projeto ou desenho.

5.1 Linhas

As linhas mais usuais e suas espessuras:

Fonte: NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura

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Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc.

Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista. Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram

imediatamente à frente da linha de corte. Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas

indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena anterior).

LINHAS DE COTAS: As dimensões dos

ambientes de uma edificação são representadas pelas linhas de cotas que servem para indicar a distância entre dois pontos. Na figura 05, seguem alguns exemplos de representação das linhas de cotas. As cotas devem ser indicadas em metro (m), para as dimensões iguais e superiores a 1 m e em milímetros (mm) devem ser indicados os projetos de ambientação.

5.2 Formatação do papel no desenho arquitetônico

Os formatos utilizados para desenho arquitetônico são os da série A, conforme NBR 10068, onde o formato A0 é o tamanho máximo e A4 o mínimo para evitar problemas de manuseio e arquivamento. Os formatos da série A seguem a dimensões em milímetros.

A NBR 10068 é complementada com a NBR 8402 - Execução de caracter para escrita em desenho

técnico e pela NBR 8403- Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas. É importante observar os seguintes itens da NBR: (Figura 06)

Área=1m²

x= 841

y=x√2 y=84

FIGURA 04

FIGURA 05

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Formato A1 com medidas

a) posição e dimensão da legenda; b) margem e quadro; c) marcas de centro; d) escala métrica de referência; e) sistema de referência por malhas; f) marcas de corte. As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menor espaço e sendo mais fácil

seu manejo. O formato final deve ser o A4, para arquivamento. As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto

na posição horizontal como na vertical e na menor forma possível, desde que não comprometa a sua interpretação. (Figura 07)

Folha vertical Folha horizontal

5.3 Carimbo

Usado para uniformizar as informações que acompanham os desenhos, a legenda ou identificação, chamados frequentemente de carimbo ou selo, tem o uso recomendado junto à margem, no canto inferior direito, para garantir a visibilidade dos dados do projeto quando os desenhos são arquivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados:

a) Nome do escritório, companhia, etc.; b) Título do projeto; c) Nome do arquiteto ou engenheiro; d) Nome do desenhista e data; e) Escalas; f) Número de folhas e número da folha; g) Assinatura do responsável técnico pelo h) projeto e execução da obra; i) Nome e assinatura do cliente; j) Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho; k) Conteúdo da prancha.

FIGURA 09: Dobragem das cópias

FIGURA 08

FIGURA 06

FIGURA 07

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FIGURA 10: Arquivamento

5.4 Convenções

O uso das representações convencionais utilizadas em diversos tipos de desenhos técnicos tem o intuito de simplificar a leitura do projeto.

O código P1 ou J1 será mais tarde

mostrado junto a todos os outros códigos em uma tabela. Esta pode apresentar todo tipo de característica referente à esquadria específica, como por exemplo: Largura, Altura, Bandeirola, Peitoril, Tipologia, Número de folhas, Material, Quantidade, Local, e ainda pode-se acrescentar alguma observação, caso necessário.

Para diferenciar as janelas segundo seu tipo, existirá junto a cada representação uma letra ou um

número e em seguida uma nota (denominado Quadro de Esquadria). Na Figura 15 a indicação da esquadria tem auxílio do Quadro de Esquadria (Figura 14); já na Figura 16 a esquadria apresenta suas dimensões na própria planta baixa.

FIGURA 12 FIGURA 13

FIGURA 11

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FIGURA 14: Modelo de quadro de esquadria

FIGURA 15 e 16: Exemplo de representação de corte de alvenaria e esquadria

5.5 Régua de escala triangular ou escalímetro

Essas réguas são de sessão triangular e possuem 06 escalas gráficas gravadas em cada face. As escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm e pode ser usada como uma régua comum (1:1). O uso de escalas será explicado mais adiante. São de extrema importância para o desenhista, pois é ela que ajudará a manter a escala do projeto, de acordo com a escala real do objeto projetado. Tenhamos como exemplo um projeto que apresenta uma escala de 1/50. Isto significa que o objeto desenhado está 50 vezes menor que o seu tamanho real.

5.6 Escalas recomendadas

Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10: Detalhamentos em geral; Escala 1:20 e 1:25: Ampliações de banheiros, cozinhas detalhes; Escala 1:50: É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e fachadas de

projetos arquitetônicos; Escala 1:25, 1:75, 1:175: Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de

apresentação que não necessitem ir para a obra. Escala 1:100: Opção para plantas, cortes e fachadas, quando é inviável o uso de 1:50. São

usadas para plantas de situação e paisagismo e também para desenhos que não necessitem de muitos detalhes;

ESCALA é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. A régua de escala triangular só é utilizada para medidas, nunca para traçados.

FIGURA 17

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Escala 1:200, 1:250, 1:500 e 1:1000: Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;

Escala 1:2000 e 1:5000: Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de urbanismo e zoneamento.

5.7 Cotas e cálculo das áreas

Os desenhos de Arquitetura devem apresentar todas as medidas corretas, sendo representadas sempre dimensões reais do objeto, independente da escala em que o desenho está executado. São os números que correspondem às medidas.

As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. No desenho arquitetônico, usualmente, utilizam-se as medidas em centímetro, para dar ênfase em algum detalhe específico do projeto, utiliza-se a escala em milímetro para manter a precisão. Na hora de cotar, ter cuidado para não apresentar no mesmo desenho duas unidades diferentes, como centímetros e metros, por exemplo. As áreas podem e devem ser dadas em metros.

Importante: As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas com base no desenho. Os ângulos serão medidos

em graus, exceto nas cobertas e rampas que se indicam em porcentagem. As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade.

Para calcular a área de um cômodo, utilizam-se as medidas internas, já para calcular a área

construída, por exemplo, utilizam-se as medidas do perímetro externo. Para imóveis que possuam parede para área de circulação, calcula-se a área pelo eixo.

6 TERRENO, TOPOGRAFIA E ORIENTAÇÃO

As dimensões corretas do terreno são de extrema importância para elaboração do projeto arquitetônico, pois é a partir destas dimensões que será realizado um estudo do volume edificado com relação ao terreno e edificações vizinhas, suas dimensões e desníveis.

Além das condições de ordem estética, devem-se levar em consideração alguns pontos importantes antes da elaboração do projeto:

1. Localização; 2. Orientação e insolação; 3. Dimensão e forma; 4. Topografia; 5. Valor do terreno; 6. Edificações vizinhas; 7. Afastamentos exigidos pela prefeitura (uso do solo); 8. Taxa de ocupação (uso do solo); 9. Índice de aproveitamento (uso do solo); 10. Resistência do solo (Projeto de fundação)

O levantamento topográfico é a parte responsável pela identificação do perímetro, área e desníveis

do terreno e é dividido em duas representações: planimétrico e altimétrico. ALTIMÉTRICO: abrange as curvas de nível e alturas do terreno, o relevo. PLANIMÉTRICO: abrange o levantamento do perímetro e área e marcando a localização de

elementos existentes como riacho, mata ou outros como postes, ponto de esgoto. CURVAS DE NÍVEL - São linhas curvas que indicam as alturas e a inclinação do terreno. As curvas de

níveis devem ser representadas metro a metro em um levantamento topográfico. Estas curvas são definidas de acordo com a sinuosidade do terreno: quanto mais próximas, indicam que o terreno possui inclinação, quando são mais espaçadas, indicam que o terreno é pouco inclinado ou até mesmo plano.

São os dados coletados no levantamento topográfico que informarão a forma e a topografia do terreno.

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6.1 Formas do terreno e topografia

Habitualmente, as formas mais comuns de terrenos são as retangulares, variando a topografia. Outras formas encontradas de terrenos, às vezes surpreendem bastante na disposição do projeto, tornando-os interessantes.

Por motivos de ordem econômica e pela praticidade na elaboração do projeto, os terrenos retangulares e planos são mais requisitados. Esta forma permite a solução horizontal de todos os compartimentos. Já os terrenos acidentados permitem utilizar diferenças de níveis de piso, cobertas irregulares, jogo de volumes na fachada, apresentando por consequência, um projeto arrojado, no entanto, alguns proprietários, às vezes, preferem nivelar o terreno, sem aproveitar os desníveis. (figura 18).

Quando o terreno apresenta aclive com relação ao logradouro, o aproveitamento do desnível do terreno é mais fácil, podendo aproveitar a fachada com comunicação direta com a rua para cômodos sociais. (figura 19); já no caso de terrenos que apresentam declive com relação ao logradouro, o aproveitamento do desnível do terreno é mais complicado devido o uso da bomba de água para escoamento das águas pluviais. (figura 20)

É de fundamental importância executar o levantamento topográfico antes do início do projeto arquitetônico.

FIGURA: 18 FIGURA: 19 FIGURA: 20

7 ORIENTAÇÃO

Orientação – Não é fácil qualificar se é boa ou má a localização do terreno com relação a rosa dos ventos. Em principio (salvo qualquer influência modificadora de micro-clima), os quadrantes para onde se devem evitar aberturas de iluminação e ventilação dos comprimentos nobres são o Norte e o Oeste, pela insolação excessiva. É bom também que se saiba que para a cidade de João Pessoa/PB, os ventos predominantes vêm do quadrante sudeste e, em alguns meses do verão, porém com pouca intensidade, vem do quadrante nordeste.

FIGURA 21 FIGURA 22 N: norte S: Sul NNE: Norte-Nordeste SSO: Sul-sudoeste NE: Nordeste SO: sudoeste

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ENE: Leste-Nordeste OSO: Oeste-Sudoeste L: Leste O: Oeste ESE: Leste-Sudeste ONO: Oeste-Noroeste SE: Sudeste NO: Noroeste SSE: Sul-Sudeste NNO: Norte-Noroeste

- Valor do Terreno: Casa e terreno devem manter um certo equilíbrio de valor. Um terreno de alto

preço não comporta uma residência de baixo custo e vice-versa. - O terreno como elemento da construção: Hoje em dia, são vários os recursos e sistemas de fundações

que quase não existem terrenos onde não possa ser levantada uma construção. Cabe a mecânica dos solos pronunciar-se sobre as possibilidades de cada tipo de terreno.

O exame de laboratório das diferentes camadas do subsolo e de suas cargas admissíveis orientará os construtores sobre a escolha do tipo e profundidade da fundação. O material utilizado para esses testes é obtido através de sondagens. Conforme o resultado dos exames, podemos classificar os terrenos, para o lançamento das fundações, em:

a) terrenos bons; b) terrenos regulares; c) terrenos maus. (após verificação por especialistas em subsolos).

8 ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

O eixo de rotação da terra (movimento da terra em torno dela mesma) possui uma posição fixa que está ligeiramente inclinada em 23,5 º em relação ao eixo de translação da terra (movimento da terra em torno do sol). Isto faz com que, em determinada época do ano, a luz solar incida com maior intensidade sobre o hemisfério norte e, na outra parte do ano, incida com maior intensidade sobre o hemisfério sul, caracterizando o chamado solstício. Da mesma forma, ocorre que, em determinada época, a luz solar incide de maneira igual sobre os dois hemisférios, caracterizando o equinócio.

Desta forma, diz-se que é solstício de verão no hemisfério sul quando a luz solar incide com maior

intensidade sobre este hemisfério e, ao mesmo tempo, que é solstício de inverno no hemisfério norte, por causa da menor incidência de luz solar neste hemisfério.

Podemos dizer que o equinócio é um estágio intermediário entre o solstício de verão e o de inverno em determinado hemisfério. Ou seja, o equinócio ocorre quando a incidência maior de luz solar se dá exatamente sobre a linha do Equador. Então, diz-se que é equinócio de outono para o hemisfério que está indo do verão para o inverno e equinócio de primavera para o hemisfério que está indo do inverno para o verão.

FIGURA 23

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8.1 Posicionamento dos ambientes

A orientação dos compartimentos depende da finalidade a que servem. Os dormitórios, que são compartimentos de permanência prolongada no período noturno, necessitam de boa orientação solar. O sol da manhã é sempre mais tolerado que o sol da tarde. Os dormitórios devem preferencialmente estar voltados para o nascente. Outros fatores podem influir na sua localização. Pode haver necessidade de situá-los na parte dos fundos da casa em rua com trânsito intenso ou de localizá-lo em função de um programa que merece ser desfrutado. O quadrante NE não é de todo desaconselhado para os dormitórios. Para a nossa latitude de clima, o ideal, no entanto, é o compartimento possuir suas aberturas de iluminação e ventilação abertas para o cardeal sul.

Ambientes em que se manuseia água (cozinhas e banheiros) tendem, por causa da umidade, a desenvolver musgos, fungos e outros micro-organismos indesejáveis. A incidência de raios solares, mesmo que seja por apenas algumas horas por dia, promoverá uma assepsia do local, eliminando as bactérias que servem de base para os musgos e fungos.

Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o exterior. Essas aberturas devem ser dotadas de venezianas ou dispositivos que permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios não é indicado o uso de material translúcido, pois é necessário assegurar nesse compartimento sombra e ventilação simultaneamente.

As áreas dessas aberturas serão proporcionais as áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar. Há variáveis conforme o destino dos mesmos cômodos.

8.2 As frações que representam as relações entre ares possíveis.

Dormitório (local de permanência prolongada, noturna): A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso.

Exemplos: um quarto de 3,00 x 4,00 possui 12m² de área, por conseguinte, não poderá ter janelas cuja área seja menor que 1/6 de 12m², ou seja, 2,00 m². Uma janela de 1,00m de largura por 1,50m de altura tem uma área de 1,50m² o que é insuficiente no nosso caso, pois o mínimo é de 2,00m². Duas janelas resolveriam o caso, pois teríamos a área das aberturas iguais a 3,00m2.

Salas de estar, refeitórios, copa, cozinha, banheiro, wc, etc. (locais de permanência diurna) - A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/8 da área do piso. Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem para áreas cobertas, alpendres, varandas, se não houver parede oposta a l,50m do limite da cobertura dessas áreas (fig. 24).

FIGURA 24

Essas relações só se aplicam as varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas excedem 1,00 e,

desde que não exista parede nas condições indicadas na figura 24. As janelas devem, se possível, ficar situadas no centro das paredes, por uma questão de equilíbrio

na composição do interior. Com as janelas altas é possível conseguir uma melhor iluminação para as partes mais afastadas da abertura, como mostra a figura 25.

FIGURA 25

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Varandas, árvores, brises-soleis podem melhorar ou mesmo resolver em casos uma insolação incômoda (Figura 26)

Os compartimentos de permanência transitória não necessitam de estudos apurados em sua

orientação, podendo o mesmo ser orientado até para o quadrante Norte e o Oeste, que são de fato os mais inconvenientes no que diz respeito à insolação das fachadas e interiores para nossa latitude.

Concluímos que o fato mais importante na orientação é a insolação. Mas a insolação depende da latitude do lugar, das estações do ano, etc.

Outros fatores, tais como clima e aeração, contribuem para a identificação de uma orientação adequada.

Uma casa localizada nas proximidades da

linha do Equador, como os estados da região Norte e Nordeste, vai observar uma trajetória do sol vertical como a seguinte:

Já uma casa localizada nas proximidades da linha do Trópico de Capricórnio, como os estados do sudeste e sul, vai observar uma trajetória do sol meio inclinada como a seguinte:

O sol do meio-dia (2) fica a pique e não projeta sombra da casa.

O sol do meio-dia (2) fica meio de lado e projeta

uma pequena sombra. FIGURA 27: FONTE: Roberto Massaru Watanabe <http://www.ebanataw.com.br/roberto/janelas/index.htm>

9 PROJETO ARQUITETÔNICO

O projeto arquitetônico de um edifício deve conter todas as informações necessárias para que possam ser completamente entendidos, compreendidos e executados. Consistem em desenhos representados geometricamente das diferentes projeções vistas ou seções de um edifício ou parte dele.

O projeto de arquitetura é composto por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de plantas, cortes, elevações e perspectivas e por informações escritas: memorial descritivo e especificações técnicas de materiais e sistemas construtivos. Neles, encontram-se as informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de um volume criado com suas compartimentações e aberturas.

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9.1 As etapas do projeto

É importante conhecer a linguagem do projeto arquitetônico, com seus símbolos e convenções. Veremos a seguir, as etapas de elaboração de um projeto, desde a escolha do lote até a aprovação nos órgãos competentes.

9.1.1 Escolha do lote ou terreno

É importante levar em consideração a localização, as edificações vizinhas, a posição em relação ao Norte, a situação topográfica do lote (feito pelo topógrafo), os afastamentos e o índice de ocupação exigidos pela prefeitura (Uso do Solo), a resistência do solo (Projeto de Fundação).

9.1.2 Compra do lote

Verificar se a documentação do lote está correta e passar imediatamente a escritura para o nome do comprador.

9.1.3 Contratação do arquiteto

É de fundamental importância a contratação de um arquiteto, até mesmo antes da negociação do lote, para auxiliar na escolha e adequação do terreno a intenção do cliente – se é a construção de um prédio, casa, comércio ou outros.

9.1.4 Negociação do projeto

Antes de dar início ao projeto de arquitetura, é necessária uma conversa detalhada entre o cliente e o arquiteto. Neste momento, arquiteto solicitará ao cliente o Uso do Solo, fornecido pela Prefeitura e o Levantamento Topográfico. Nesta etapa o profissional colherá dados do cliente, conhecerá suas necessidades e expectativas, para a elaboração do Programa de Necessidades, colhendo todas as informações necessárias para dar início à fase, chamada de Estudo Preliminar.

9.1.5 Estudo preliminar

Começa com uma entrevista com o cliente e futuros usuários da edificação, visando detectar suas necessidades espaciais e preferências. Compreende visitas ao local, para averiguações de medidas, inserção urbana, vizinhos, insolação, etc. Se necessário, visitas à Prefeitura Municipal para conhecimento da legislação local. Visa determinar a viabilidade do programa e do partido a ser adotado, através de estudos volumétricos e esquemáticos.

9.1.6 Anteprojeto

Solução geral do projeto com a definição clara dos ambientes e a implantação da edificação no terreno. É representado através de planta baixa mobiliada e cotada, cortes esquemáticos, fachada e volumetria, de acordo com o estudo preliminar elaborado.

9.1.7 Projeto legal

É o projeto apresentado para a Prefeitura, para que seja realizada ela análise do cumprimento das normas estabelecidas pelas Leis Municipais e o Código Sanitário. Nele deverão constar a situação, implantação, planta dos pavimentos e da cobertura, cortes elevações e um quadro de áreas. Para dar entrada neste projeto junto à Prefeitura, são necessários outros documentos como requerimento padrão, memorial descritivo, ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), cópia da escritura e do carnê de IPTU, além do pagamento de uma taxa (DARD – Documento de

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Arrecadação de Receitas Diversas). Estes documentos podem variar de cidade para cidade. Com o projeto aprovado, tem-se a liberação do Alvará de Construção, que permite que a obra seja iniciada.

9.1.8 Projeto executivo

O Projeto Executivo apresenta, definitivamente, a arquitetura da edificação, sem que haja incompatibilidades de medidas e formatos, resultantes de possíveis novos dados fornecidos pelos projetos complementares, como os projetos de Fundação, Estrutura, Elétrica, Hidráulica e Paisagismo. Somente com ele pronto, é que a obra deve ser iniciada.

O projeto arquitetônico é representado pelos seguintes desenhos: Planta de situação Planta de Locação e Coberta Plantas baixas dos diversos pavimentos Cortes longitudinais e transversais Fachadas Quadro de áreas Quadro de esquadrias Desenhos de detalhes Outros

9.2 Planta de Situação

É o desenho que representa os elementos necessários para situar o terreno na região que o cerca. Conforme NBR 6492/94 devem constar os seguintes dados, se disponíveis:

Curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de coordenadas referenciais;

Indicação do norte; Vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os

respectivos equipamentos urbanos; Indicações de áreas a serem edificadas; Denominação dos diversos edifícios ou blocos; Construções existentes demolições ou remoções futuras, áreas não edificáveis; Escala; Notas gerais, Desenhos de referencia e legenda.

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Além destes dados, devem ser apresentados todos os dados que sirvam para definir a

posição do lote com a maior precisão: Numero das casas ou dos lotes lindeiros; Outros dados que contribuam para a identificação da posição do lote.

FIGURA 28

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9.3 Planta de locação e coberta

Nesta planta devem ser representados todos os elementos necessários para localizar a edificação no terreno, definindo a situação do projeto em relação ao terreno, incluindo as medidas dos afastamentos.

FIGURA 29

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9.4 Planta baixa

É a seção que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma altura de 1,50m, que venha a cortar as portas, janelas, paredes, etc., ficando bem assinaladas todas as particularidades da construção. Observemos os desenhos seguinte, onde procuramos representar este plano de seção para obtermos a planta (fig. 30,31 e 3124).

FIGURA 30 FIGURA 31

CORTE/SECÇÃO VISTA DE CIMA DA CONSTRUÇÃO

FIGURA 32

9.5 Cortes longitudinais e transversais

São elevações verticais feitas no sentido transversal e longitudinal dentro da edificação, para medir as alturas dos elementos arquitetônicos, portas, telhados, escadas, rampas e outros, devendo ter sua posição determinada nas plantas baixas.

FIGURA 34

FIG

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Conforme a NBR 6492/94 os cortes devem conter: Eixos do projeto; Sistema estrutural; Indicação de cotas verticais; Indicação de cotas de nível acabado e em osso; Caracterização dos elementos de projeto: Fechamentos externos e internos; Circulações verticais e horizontais; Áreas de instalação técnica e de serviço; Cobertura/telhado e captação de águas pluviais; Forros e demais elementos significativos; Denominação dos diversos compartimentos seccionados; Marcação dos detalhes; Escala; Notas gerais, desenhos de referência e carimbo; Marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa.

9.6 Fachadas

São desenhos planificados que representam as elevações (vistas externas) verticais, frontal, lateral ou posterior, para emitir a noção da parte externa da edificação.

FIGURA 36 FIGURA 37

FIGURA 35

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9.7 Quadro de áreas

Legenda informando a área do terreno, área de construção, área da coberta, os índices de ocupação exigidos pela prefeitura (Uso do Solo), área permeável.

ÁREA DO TERRENO: COMPRIMENTO x LARGURA DA ÁREA TERRENO

ÁREA CONSTRUÍDA: COMPRIMENTO x LARGURA DA ÁREA CONSTRUÍDA

ÁREA DA COBERTA: COMPRIMENTO x LARGURA DA ÁREA COBERTA

TAXA DE OCUPAÇÃO: T.O.: COBERTA/TERRENO = %

ÍNDICE DE APROVEITAMENTO: I.A.: CONST/TERRENO = 0,0

FIGURA 38

9.8 Quadro de esquadrias

Legenda com as informações sobre as aberturas, portas e janelas, especificando o material, dimensão, tipo e a quantidade de cada tipo de esquadria. Quando a referencia é para janela, denominamos a sigla J e para porta P.

9.9 Telhados

A função do telhado é receber as águas da chuva, proteger à construção das intempéries (sol, chuva, vento...) e também proporcionar isolamento térmico à edificação aliado a função estética, sendo composta de telhas inclinadas colocadas de maneira a canalizar as águas para o solo.

Entre os tipos de telhas existentes no mercado temos: Cerâmica (feitas de argila): em vários formatos, existe no mercado a telha romana, portuguesa,

italiana, americana, francesa, plana, paulista e colonial. Fig. 40

FIGURA 39

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Fibrocimento (resultado da combinação de cimento com fibra de amianto): Muito usada pela facilidade no ajuste das peças e economia no madeiramento. Fig. 41

Alumínio e aço galvanizado: as telhas metálicas são as mais modernas do mercado, ao lado das de concreto e das de fibra vegetal. Fig. 42

Concreto: são bastante resistentes e pesadas, podendo ser encontradas em diversas cores e formatos. Fig. 43

Fibra vegetal: são leves e não quebram. Fig. 44 Transparentes: podem ser de fibra de vidro, polipropileno e policarbonato. São uma boa opção

para reduzir o uso de iluminação elétrica durante o dia. Fig. 45 Telhas de chapas compensadas e aluminizadas: feitas com lâminas de madeira compensada,

coladas a alta pressão. Fig. 46 Telhas de vidro: formatos similares às telhas cerâmicas. Fig. 47.

FIGURAS: 40 41 42

FIGURAS:43 44 45

FIGURAS: 46 47

Para elaborar um telhado, considera-se a planta baixa com relação à locação da edificação no

terreno, observando as divisas do terreno. Se a construção estiver localizada próxima à divisa, deve-se colocar calhas e condutores para as águas pluviais, devendo ser especificados na projeção da cobertura. Em seguida, consideram-se: a altura da caixa d’água e o tipo de telha escolhida para a cobertura, definindo-se então o “caimento”, inclinação que deve ser projetada para o telhado.

É indispensável à indicação da inclinação no projeto que são descritas em porcentagem (%). A inclinação ideal do telhado em geral é especificada pelo fabricante da telha a ser utilizada, e pode ter uma grande variação, chegando até 60%. Vale lembrar que acima dos 40% de inclinação, devem-se tomar maiores cuidados para garantir a estabilidade do telhado. Os telhados de maior inclinação são ideais para regiões onde nevam, por isso em nosso caso adotam-se telhados de menores inclinações.

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FIGURA 48

Cada caimento do telhado é conhecido como “água”. As setas existentes nas figuras abaixo indicam

para onde o telhado está inclinado. A quantidade de setas em cada figura remete a quantidade de águas existente no telhado:

9.10 Projetos complementares

Após a conclusão do projeto arquitetônico, é necessária a contratação dos projetos complementares:

Projeto de estrutura: Este projeto deverá ser elaborado pelo engenheiro civil. Uma construção segura depende do projeto da estrutura e fundações, elaborado segundo a resistência do solo.

Projeto hidro-sanitário: O objetivo deste projeto é dimensionar as tubulações necessárias para cada área molhada (banheiros, lavabos, área de serviço, cozinha e outros). O projeto hidrossanitário apresenta os pontos e as tubulações de água fria, quente, esgoto e pluvial.

Projeto elétrico: O engenheiro elétrico define o caminho das tubulações elétricas, desde a caixa de entrada de energia que vem da rua até a sua chegada aos equipamentos elétricos.

Projeto telefônico e lógica: O engenheiro elétrico define o caminho das tubulações dos cabos de telefone e lógica.

9.11 Projetos de residência

9.11.1 Classificação

É importante estabelecer certos critérios classificatórios porque, em caso de financiamentos, as normas disciplinadoras tratam de forma diferenciada cada tipo de habitação. As moradias podem ser classificadas quanto ao tipo e quanto à forma de edificação. Vejamos estas classificações.

Classificação quanto ao tipo – As moradias podem ser classificadas quanto ao tipo em habitação unifamiliar, habitação popular e habitação residencial.

Habitação unifamiliar é a constituída de, no mínimo, um quarto, uma sala, um banheiro, uma cozinha e área de serviço parcialmente coberta.

FIGURA 49

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Habitação popular é a que tem as mesmas características da habitação unifamiliar, podendo, contudo, ter até três dormitórios e a área total máxima não deve exceder aos 68m2, de acordo com o Código de Obras de Brasília. Esta área poderá sofrer pequenas variações, de acordo com o Código de Obras de outras regiões.

Habitação residencial é a que possui área com mais de 68m2 (Código de Obras de Brasília). Alguns códigos de edificações estabelecem um coeficiente para classificar as residências, são os chamados coeficientes de leito e referem-se à relação existente entre a área total da residência e o número de leitos que esta pode abrigar. Define-se que o coeficiente de leito para as casas populares é igual ou inferior a 10 (dez). Tomemos como exemplo uma casa com 58m² e três quartos (9 camas). O coeficiente de leito é igual a 58 : 9 = 6,44 que é inferior a 10, portanto, trata-se de uma casa popular; já outra casa, com os mesmos 58m2, porém com um único quarto, não poderá ser enquadrada como casa popular, pois seu coeficiente de leito é igual a 19,33 (58 : 3), quase o dobro de 10 (parâmetro para casa popular)

Classificação quanto à edificação - As residências classificam-se quanto à edificação em isoladas, geminadas, em série, conjuntos

residenciais e edifícios. Vejamos cada uma delas. 1. Residências isoladas são as que, como o nome indica, são separadas umas das outras. 2. Residências geminadas são as ligadas por uma parede comum. 3. Residências em série são as construídas em sequência. 4. Conjuntos residenciais são agrupamentos de moradia que têm no mínimo 20 unidades

residenciais. Os conjuntos residenciais podem ser compostos de unidades isoladas e/ou prédios de apartamentos, dependendo do programa habitacional. Qualquer núcleo habitacional deverá ser servido de todos os complementos necessários ao seu pleno funcionamento, tais como comércio, escola, lazer, serviços públicos, etc., naturalmente mantendo as devidas proporções em relação ao número de usuários e à legislação de cada município.

5. Edifícios são edificações de dois ou mais pavimentos destinados a residência, comércio ou às duas finalidades (mista). Cada projeto para edifício deverá seguir normas próprias em função de seu zoneamento, destinação, altura, número de unidades, além das legislações específicas do município. Contudo, em todo e qualquer edifício deverá sempre existir uma preocupação constante quanto aos acessos verticais (escadas e elevadores), definidos por normas próprias, proteção contra incêndio, estacionamentos, coleta de lixo, etc.

De acordo com as normas de financiamento, necessita-se frequentemente classificar as obras. As moradias são comumente classificadas quanto ao tipo e quanto à edificação.

Todo e qualquer núcleo habitacional deverá ser servido de uma certa infra-estrutura, como comércio, hospital, serviços públicos, escola, etc.

Seguem nas próximas páginas exemplos dos diversos desenhos técnicos que compõe o projeto arquitetônico.

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9.12 Unidade multifamiliar térrea

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9.13 Unidade multifamiliar térreo mais 03 pavimentos

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10 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

Para se avaliar uma edificação, construída ou em fase de projeto, é necessário que se esteja atento para algumas particularidades determinantes, que envolvem, não só características construtivas ou estado de conservação da edificação, mas sim um plano mais abrangente, onde deverão ser contempladas informações acerca da variável projetual conforto no ambiente construído, bem como, as características pré-estabelecidas pela legislação vigente no município (plano diretor) referente ao sítio onde se inserirá a edificação. Não se deve esquecer ainda, a necessidade de se conhecer o valor de mercado estimado para cada situação em particular.

Do ponto de vista geral e pela definição contida na NBR-14.653 - PARTE 1: PROCEDIMENTOS GERAIS, a avaliação de um bem consiste na “análise técnica, realizada por Engenheiro de Avaliações, para identificar o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores da viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data”.

Na busca pelo detalhamento de tais informações seguem alguns pontos importantes: Na avaliação qualitativa do imóvel é necessário um apurado conhecimento das características referentes

aos variados tipos de sistemas construtivos assim como das particularidades dos diversos tipos de materiais especificados no projeto.

Dentre os inúmeros sistemas construtivos existentes, são observados com maior frequência no Brasil, a construção em Taipa, normalmente encontrada no interior de alguns Estados, principalmente, no Nordeste. A construção em Alvenaria Estrutural é largamente utilizada em residência de todo país, erguendo, nos últimos anos, inúmeros prédios, geralmente com quatro pavimentos e algumas limitações referentes às modificações noespaço construído. O sistema construtivo Pré-fabricado, largamente utilizados em países da Europa, Estados Unidos e em algumas grandes cidades brasileiras, apresenta destaque para o trabalho de João Fiugueiras (Lelé), arquiteto da Bahia que desenvolveu o modelo pré-fabricado para o Centro de Apoio Integrado a Criança (CAIC). Tal sistema ainda é pouco utilizado em construções habitacionais no Nordeste, salvo alguns programas de governo para habitação de baixa renda. Outro sistema importante que concentra, tanto em João Pessoa, como em todo o Brasil, a maior parte das construções residenciais multifamiliares é o sistema estrutural em Concreto Armado, que apresenta como característica a estrutura da edificação independente das demais partes, transformando as paredes em simples vedações, podendo estas, serem removidas sem prejuízos à estrutura. Deve-se lembrar ainda a existência das estruturas especiais em aço, ferro e alumínio para construções de grande porte e em madeira para construção espaciais no que diz respeito a beleza ou características do lugar.

11 QUALIDADE DOS MATERIAIS

Os materiais representam parte importante na avaliação qualitativa de uma edificação, é importante que profissionais ligados, direta ou indiretamente, à construção civil conheça com detalhes as diferenças qualitativas entre os diversos tipos de materiais de construção existente no mercado, para que se torne possível a analise e o enquadramento do edifício em determinado padrão construtivo. A editora Pini, lança periodicamente um manual (TCPO) descrevendo padrões de materiais, porém é necessária a contextualização com a realidade de cada local onde se encontra a edificação.

12 CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUINDO

Esta é uma das variáveis indispensáveis ao ato de projetar. Todo arquiteto deve conhecê-la com extrema profundidade, para que as construções venham a garantir o bem estar dos seus usuários, bem como sua sustentabilidade no que diz respeito à economia de energia, necessária frente a realidade da crise energética enfrentada pelo país e, porque não dizer globalmente, quando se refere ao meio ambiente como um todo.

O corretor de imóvel tem papel importante nesta variável, uma vez que é responsável pela comercialização do imóvel. Entra em questão também, neste momento, a ética profissional no que respeito a transmissão de tais informações para o cliente e o futuro comprador. Orientar o consumidor para maiores exigências, neste sentido, fará com que os projetos que contemplam, com competência tal variável, obtenham maiores sucessos nas vendas. Fato que levará a um acréscimo de qualidade nos projetos subsequentes como forma de garantir a facilidade comercial e, consequentemente, maior qualidade de vida.

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Para garantir o anteriormente exposto é necessário o conhecimento de alguns aspectos: 1 – ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA: levará ao conhecimento da movimentação solar ao longo do dia e

do ano, possibilitando o mapeamento das areas edificadas frente à insolação. 2 - DIREÇÃO DOS VENTOS PREDOMINANTES: cada região possui suas particularidades no que

respeita o regime de ventos e, mesmo depois de conhecê-las, devem ser observadas características locais do entorno da edificação para verificar a presença de barreiras, e, ainda, verificar na edificação a presença de aberturas de entradas e saída de ar.

3 - ELEMENTOS DE PROJETO: deve-se conhecer os tipos e as disposições de cada material para se perceber as preocupações por parte do projetista no sentido de promover o conforto no ambiente construído. Um exemplo deste fato é a presença de elementos que protejam a edificação das horas mais frequentes de insolação, ou seja, a utilização de brises para o sombreamento.

13 LEGISLAÇÃO VIGENTE

Cada cidade apresenta como documento de base para o seu desenvolvimento urbano o chamado Plano Diretor, que detalha as especificações de cada microrregião, fortalecendo parâmetros legais para padrões de ocupação do solo, garantindo um melhor aproveitamento dos espaços e ares de preservação ambiental.

No caso de João Pessoa, a cidade foi dividida em varias zonas com características diferenciadas, tais como: zonas residenciais, comerciais, industriais e de preservação ambiental. Para cada uma destas zonas existem pré-definições de parâmetros como afastamentos frontais, laterais e posteriores, taxa de ocupação, índice de aproveitamento do terreno e gabarito escalonado de altura marítima, determinando a altura máxima de 1290m nas testadas frontais das edificações localizadas à beira mar. Estudos científicos comprovam que este escalonamento não ajuda no escoamento dos ventos predominantes. Tal fato tem sido bastante discutido entre órgãos e profissionais da área.

14 GLOSSÁRIO

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas fazem parte integrante deste Código quando com ele relacionadas.

ABÓBADA Cobertura de secção curva. ACRESCIMO OU AUMENTO - Ampliação de uma edificação feita durante a construção ou após a

conclusão da mesma. ACESSO – Caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento para alcançar a porta da caixa da

escada. ADEGA - Compartimento, geralmente subterrâneo que serve por suas condições de temperatura

para guardar bebidas. ADOBE Tijolo ou paralelepípedo feito com uma mistura de barro cru, areia em pequena

quantidade, estrume e fibra vegetal ou ainda crina de animais. Possui em geral grandes dimensões e é seco à sombra e, depois, ao sol, que difere do tijolo por não ser cozido ao forno.

AFASTAMENTO - Distância mínima que a construção deve observar relativamente ao alinhamento da via pública e/ou às divisas do lote.

ÁGUA - Termo genérico designativo do plano ou dos planos do telhado. ALICERCE - Elemento da construção que transmite a carga da edificação ao solo. ALINHALMENTO - Linha geral que serve de limite entre o terreno e o logradouro para o qual faz

frente. ALPENDRE - Área coberta, saliente da edificação cuja cobertura é sustentada por colunas, pilares

ou consolos. ALISAR Revestimentos das paredes, ombreiras e folhas de janelas. Guarnição de madeira da parte

interna das portas e janelas. Régua fixa na parede, para proteção, na altura do encosto das cadeiras. Ver Guarnição.

ALVARÁ - Documento que autoriza a execução de obras ou serviços, sujeitos a fiscalização municipal.

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ALVENARIA - Processo construtivo que utiliza blocos, tijolos ou pedras, rejuntados ou não com argamassa.

ANDAIME - Plataforma elevada destinada a suster os materiais e operários na execução de uma edificação ou reparo.

ANTECÂMARA – Recinto que antecede a caixa da escada a prova de fogo, com ventilação garantida por dutos ou janelas para o exterior.

APARTAMENTO - Unidade residencial, hoteleira ou assemelhada, autônoma ou não, servida por

espaços de uso comum em edificações de ocupação residencial de serviços de hospedagem ou de serviços de saúde e institucionais.

APROVAÇÃO DE PROJETO - Ato administrativo que precede o licenciamento da construção. ÁREA DE REFÚGIO – Parte da área de um pavimento separada da restante por parede corta-fogo e

porta corta-fogo. ÁREA ABERTA - Área cujo perímetro é aberto, ou em pelo menos 75% de um dos seus lados. ÁREA COBERTA REAL - Medida da superfície de quaisquer dependências cobertas, nela incluídas as

superfícies das projeções das paredes, de pilares e de demais elementos construtivos. ÁREA DESCOBERTA REAL - Medida da superfície de qualquer dependência descobertas que se

destinem a outros fins que não apenas o de simples cobertura (terraços, playground, sacadas, etc.), incluídas as superfícies das projeções de paredes, de pilares e

demais elementos construtivos. ÁREA EDIFICADA - Superfície do lote ocupada pela projeção horizontal do pavimento térreo da

edificação. ÁREA FECHADA - Área limitada em todo o seu perímetro por paredes ou linha de divisa do lote. ÁREA REAL GLOBAL - Soma das áreas reais de todos os pavimentos de uma edificação. ÁREA LIVRE - Área do lote excluída a área edificada. ÁREA REAL DO PAVIMENTO - Soma das áreas cobertas e descoberta de um determinado

pavimento. ÁREA REAL PRIVATIVA DA UNIDADE AUTÔNOMA - Soma das áreas cobertas e descobertas reais,

contidas nos limites de uso exclusivo da unidade autônoma considerada. ÁREA ÚTIL - Superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes e áreas comuns. ARQUIBANCADA - Escalonamento sucessivo de assentos ordenados em fila. ASSOALHO OU SOALHO - Piso de tábuas apoiadas sobre vigas ou guias. AUTO DE INFRAÇÃO - Termo inicialmente lavrado pela autoridade competente para evidência ou

comprovação material da infração. BALANÇO - Avanço da edificação sobre alinhamentos ou recuos regulamentares BEIRAL OU BEIRADO - Prolongamento de cobertura que sobressai das paredes externas. CALÇADAS - Pavimentação do terreno dentro do lote. CARTA DE HABITAÇÃO - Documento fornecido pela municipalidade, autorizando a ocupação do

imóvel. CASA - Edificação constituída de apenas uma economia. CENTRO COMERCIAL - Conjunto de lojas, individualizadas ou não, casa de espetáculos, locais para

refeições, etc. em um só conjunto arquitetônico. COBERTURA - Parte superior do pavimento sem acesso direto. COMEDOR - Compartimento destinado a refeitório auxiliar. CONJUNTO SANITÁRIO - Conjunto de um Gabinete Sanitário masculino e outro feminino. COPA - Compartimento auxiliar da cozinha. CORREDOR - Compartimento de circulação entre as dependências de uma edificação. CORRIMÃO – Barra, cano ou peça similar, de superfície lisa e arredondada, localizada junto às

paredes ou guardas de escadas. COTA - Indicação ou registro numérico de dimensões; medida. DEPENDÊNCIAS E INSTALAÇÕES DE USO PRIVATIVO - Conjunto de dependências e instalações de

uma unidade autônoma, cuja utilização é reservada aos respectivos titulares de direito. DEPENDÊNCIAS E INSTALAÇÕES DE USO COMUM - Conjunto de dependências e instalações da

edificação que poderão ser utilizados em comum por todos ou por parte dos titulares de direito da unidade autônoma.

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DEPÓSITO - Edificação ou parte de uma edificação destinada à guarda prolongada de materiais ou mercadorias.

DEPÓSITO DE USO DOMÉSTICO - Compartimento destinado à guarda de utensílios domésticos. DESCARGA – Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e a via

pública ou área externa em comunicação com a mesma. DESPENSA - Compartimento destinado à guarda de gêneros alimentícios. DUTO DE ENTRADA DE AR – Espaço no interior da edificação que conduz ar puro, coletado no nível

inferior da mesma, às escadas, antecâmaras ou acessos. DUTOS DE TIRAGEM – Espaço vertical, no interior da edificação, que recolhe ar viciado para lançá-

lo ao ar livre. ECONOMIA - Unidade autônoma de uma edificação passível de tributação. EDIFICAÇÃO MISTA - Edificação cujas paredes externas sejam constituídas de parte em madeira e

parte em alvenaria. EDIFICAÇÃO DE USO COLETIVO Edificação destinada à habitação de permanência prolongada, tais

como, internatos, asilos, hotéis, etc.. EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR - Edificação constituída de duas ou mais economias. EDIFICAÇÃO UNIFAMILIAR - Edificação constituída de apenas uma economia. EMBARGO - Ato administrativo que determina a paralisação de uma obra. EMPACHAMENTO - Utilização de espaços públicos para finalidades diversas. ENTREPISO – Conjunto de elementos de construção compreendido entre a parte inferior do teto de

um pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente superior. ESCADA – Elemento de composição arquitetônica cuja função é propiciar a possibilidade de

circulação vertical entre dois ou mais pisos de diferentes níveis. ESPECIFICAÇÕES OU MEMORIAL DESCRITIVO - Descrição dos materiais e serviços empregados na

edificação. GUARDA-CORPO – Barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces laterais de

escadas, terraços, balcões, rampas, etc. FACHADA - Elevação das paredes externas de uma edificação. FACHADA PRINCIPAL - Fachada voltada para o logradouro público. FORRO – Nome que se dá ao material de acabamento dos tetos dos compartimentos. FUNDAÇÕES - Conjunto de elementos da construção que transmitem ao solo as cargas das

edificações. GABARITO - Medida que limita ou determina largura de logradouros e altura de edificações. GABINETE SANITÁRIO FEMININO – Conjunto de vaso, lavatório. GABINETE SANITÁRIO MASCULINO - Conjunto de vaso, lavatório, mictório. GALPÃO - Edificação de madeira, fechada total ou parcialmente em pelo menos três de suas faces. GALERIA INTERNA - Pavimento intermediário entre o piso e o forro de um compartimento e de uso

exclusivo deste (o mesmo que mezanino e jirau). GALERIA PÚBLICA - Passeio coberto por uma edificação. GARAGEM – Ocupação ou uso de edificação onde são estacionados ou guardados veículos. GUARDA-CORPO – Barreira protetora vertical delimitando as faces laterais abertas de escadas,

rampas, patamares, terraços, sacadas. HABITAÇÃO COLETIVA – Edificação usada para moradia de grupos sociais equivalentes à família. HABITAÇAO MULTIFAMILIAR – Edificação usada para moradia em unidades residenciais

autônomas. HOTEL – Edificação usada para serviços de hospedagem. INCOMBUSTÍVEL – Material que atende os padrões de método de ensaio para determinação de

incombustibilidade. JIRAU - O mesmo que galeria interna ou mezanino. KITCHNETE (quitinete) – Parte de compartimento ou armário disposto como cozinha, integrado a

um compartimento principal. LANÇO DE ESCADA – Trecho compreendido entre dois patamares sucessivos. LICENCIAMENTO DE CONSTRUCÃO - Ato administrativo que concede licença e prazo para início e

término de uma edificação.

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LOCAL DE ACUMULAÇÃO – Espaço destinado à parada eventual de veículos, situado entre o alinhamento e o local de estacionamento.

LOJA – Tipo de edificação destinada, basicamente, à ocupação comercial varejista e à prestação de serviços.

MARQUISE - Balanço constituindo cobertura. MEIO-FIO - Conjunto de peças assentadas e alinhadas ao longo da pista de rolamento. MEZANINO – O mesmo que galeria interna ou jirau. NOTIFICAÇÃO - Aviso instrumentado em forma legal, levando a notícia ao interessado. PARAMENTO – Nome dado às superfícies verticais aparentes de uma parede. PARA-PEITO OU PEITORIL - Resguardo de pequena altura, de sacadas, terraços e galerias. PAREDE RESITENTE AO FOGO – Parede capaz de resistir estruturalmente aos efeitos de fogo. PASSEIO - Parte do logradouro público, destinada ao trânsito de pedestres. PATAMAR - Superfície intermediária entre dois lances de escada. PÁTIO – Espaço descoberto interno do lote. PAVIMENTO - Plano que divide a edificação no sentido da altura. Conjunto de dependências

situadas no mesmo nível, compreendido entre dois pisos consecutivos, ou entre o último piso e a cobertura.

PÉ DIREITO - Distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento. PEITORIL – Nome da superfície horizontal de fecho inferior de uma janela, ou paramento superior

de uma mureta, parapeito. PÉRGOLA OU CARAMANCHÃO - Construção de caráter decorativo para suporte de plantas, sem

constituir cobertura. PISO – Plano ou superfície de fechamento inferior de um pavimento. PLATIBANDA - Coroamento de uma edificação, formado pelo prolongamento das paredes externas. POÇO DE VENTILAÇÃO - Área livre, de pequena dimensão, destinada a ventilar compartimentos de

utilização especial. PORÃO - Parte não utilizável para habitação, abaixo do pavimento térreo. PORTA CORTA-FOGO – Conjunto de folha de porta, marco e acessórios, dotada de marca de

conformidade da ABNT, que impede ou resguarda a propagação de fogo, calor e gases de combustão de um ambiente para outro, e resistente ao fogo, sem sofrer colapso, por um tempo mínimo estabelecido.

RAMPA – Rampa é elemento de composição arquitetônica, cuja função é propiciar a possibilidade de circulação vertical entre desníveis, através de um plano inclinado.

RECONSTRUÇÃO - Restabelecimento parcial ou total de uma edificação. REFORMA - Alteração da edificação nas suas partes essenciais, visando melhorar suas condições de

uso. REPAROS - Serviços executados em uma edificação com a finalidade de melhorar aspectos e

duração, sem modificar sua forma interna ou externa ou seus elementos essenciais. SACADA OU BALCÃO - Prolongamento exterior do andar de um prédio, com comunicação com o

interior, apresentando um parapeito. SAÍDA DE EMERGÊNCIA – Caminho devidamente protegido a ser percorrido pelo usuário de uma

edificação, em caso de incêndio, até atingir a via pública ou espaço aberto com ela se comunicando. SALIÊNCIA - Elemento ornamental da edificação que avança além dos planos das fachadas;

moldura; friso. SOBRELOJA - Pavimento acima da loja e de uso exclusivo da mesma. SÓTÃO – Espaço situado entre o forro e a cobertura, aproveitável como dependência de uso

comum de uma edificação. SUBSOLO - Pavimento que tenha metade de seu pé direito ou mais abaixo do nível do passeio. TABIQUE - Parede leve que serve para subdividir compartimentos, sem atingir o forro. TAPUME - Vedação provisória usada durante a construção. TELHEIRO - Construção coberta, fechada no máximo em duas faces. TERRAÇO - Cobertura total ou parcial de uma edificação, constituindo piso acessível. TERRENO NATURAL – Superfície do terreno na situação que se apresenta ou se apresentava na

natureza ou n conformação dada por ocasião da execução do loteamento. TETO - Face superior, internamente considerada, de um aposento.

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TOLDO - Elemento de proteção, constituindo cobertura de material leve e facilmente removível tipo lona ou similar.

UNIDADE AUTÔNOMA - Parte da edificação vinculada a uma fração ideal do terreno, sujeita às limitações da Lei, constituída de dependência e instalações de uso privativo e de parcela das dependências e instalações de uso comum da edificação, destinadas a fins residenciais ou não.

UNIDADE DE PASSAGEM – Largura mínima necessária para passagem de fila de pessoa, fixada em 55 cm.

VARANDA – Parte da edificação não em balanço, limitada pela parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma das faces abertas para a via pública ou pátio.

VISTORIA - Diligência efetuada pelo poder público tendo por fim verificar as condições de uma edificação.

VAZIO - Vão ou abertura. VÃO - Abertura. Distância entre os apoios. ZENITAL - Refere-se ao tipo de iluminação: zenital; feita através de abertura no teto de uma

construção.

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