sujeitos do contrato de trabalho … prestado por pessoa fÍsica com pessoalidade onerosidade =...
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DIREITO MATERIAL DO TRABALHO
SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO
EMPREGADO
Professora Bianca Bastos
CONCEITO
PRESSUPOSTOS
ALTOS EMPREGADOS
APRENDIZ
TIPOS ESPECIAIS
CONCEITO Maurício Godinho Delgado
Sujeitos do contrato de
trabalho: empregado
Empregado é toda pessoa NATURAL que contrate, tácita ou
expressamente, a prestação de seus serviços a um tomador, a
este efetuados com PESSOALIDADE, ONEROSIDADE, NÃO-
EVENTUALIDADE e SUBORDINAÇÃO
Alice Monteiro de Barros
Pessoa física que presta serviço de natureza não-eventual a
empregador, mediante salário e subordinação jurídica
Trabalho prestado por
PESSOA FÍSICA
com PESSOALIDADE
ONEROSIDADE =
salário,
NÃO-EVENTUALIDADE
Sob SUBORDINAÇÃO
O EMPREGADO não
distingue pelo conteúdo do
trabalho (tipo de trabalho), mas
sim pelo modo de concretização
dessa obrigação de fazer
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de
emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho
intelectual, técnico e manual.V
C A R A C T E R Í S T I C A S
O pressuposto da pessoalidade exige que o empregado
execute suas atividades pessoalmente, sem se fazer substituit, a
não ser em caráter esporádico, com aquiescência do
empregador;
Esse pressuposto é visto com menos rigor quando se trata de
trabalho à domicílio, já que o auxílio de familiares é normal, e
vem sendo permitido sem descaracterizar a relação de emprego
Pessoalidade
Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do
empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde
que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. (Parágrafo incluído
pela Lei nº 12551/11 - DOU 16/12/2011)
Portanto, o caráter da pessoalidade pode variar, em situações
concretas;
Ao contrário do contrato à domicílio, no contrato do ARTISTA e
do ATLETA , o caráter intuitu personae assume maior relevo;
Aqui o trabalho se realiza por valores intrínsecos, como a
interpretação, o talento e a criação
Contrato intuitu personae
Trabalho pessoal e
subordinado
CONTRATO DE
TRABALHO PLÚRIMO –
DE EQUIPE
Quando comparece
mais de um trabalhador
no pólo ativo – Ex.:
orquestra/conjunto
Paga para um e eles se
dividem
Lei 11.196/2005, art. 129
O contrato de equipe “se resolve num feixe de contratos
especiais. As individualidades aglutinam-se em defesa do
“espírito de corpo”
Contrato de equipe
No contrato de equipe o poder diretivo do empregador é
atenuado;
Se o líder do grupo organiza a orquestra e oferece seus
serviços a terceiros, mas trabalha com os demais músicos,
mediante subordinação jurídica, sem assumir os riscos, o
vínculo se configura entre o grupo e a empresa que os
dirige;
Se não, o vínculo se configura com o líder ou chefe da
equipe;
Se o diretor da orquestra é quem organiza, dirige e
remunera a prestação de serviços, ele estabelece relações
individuais de emprego com cada um de seus membros
*
Para que se preservasse a inexistência de vínculo de
emprego e diante do fato de a pessoalidade o caracterizar,
adotou-se a PEJOTIZAÇÃO;
PEJOTIZAÇÃO não é TERCEIRIZAÇÃO;
Nela se contrata a prestação de serviços de uma
determinada pessoa, mas através de PESSOA JURÍDICA ;
Portanto, quem presta serviços não é pessoa física, mas
jurídica
Condições do caso concreto, especialmente a
SUBORDINAÇÃO vão determinar a existência de vínculo
empregatício;
Ex.: serviços de informática/manutenção/ contador
Pessoalidade x PEJOTIZAÇÃO
Para que se preservasse a inexistência de vínculo de
emprego e diante do fato de a pessoalidade o caracterizar,
adotou-se a PEJOTIZAÇÃO;
PEJOTIZAÇÃO não é TERCEIRIZAÇÃO;
Nela se contrata a prestação de serviços de uma
determinada pessoa, mas através de PESSOA JURÍDICA ;
Portanto, quem presta serviços não é pessoa física, mas
jurídica
Condições do caso concreto, especialmente a
SUBORDINAÇÃO vão determinar a existência de vínculo
empregatício;
Ex.: serviços de informática/manutenção
Pessoalidade x PEJOTIZAÇÃO
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
Figura criada pelo §1º art. 18-A da Lei Complementar
128
Art. 18 -§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se MEI o empresário
individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de
2002 – Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário
anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples
Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste
artigo. (...)
FORMAS de
PEJOTIZAÇÃO
LEI DO BEM : Lei 11.196/2005
Tratou de isenção fiscal em serviços de tecnologia,
mas no art. 129:
Art. 129. Para fins fiscais e previdenciários, a prestação de serviços
intelectuais, inclusive os de natureza científica, artística ou cultural, em
caráter personalíssimo ou não, com ou sem a designação de quaisquer
obrigações a sócios ou empregados da sociedade prestadora de
serviços, quando por esta realizada, se sujeita tão-somente à legislação
aplicável às pessoas jurídicas, sem prejuízo da observância do disposto
no art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
FORMAS de
PEJOTIZAÇÃO
Então, nos casos de natureza científica (cientista contratado por empresa);
artística (música por bar), não se aplicaria a CLT.
Não-eventualidade
Serviços não-eventuais são aqueles necessários à
atividade normal do empregador. Não de confunde com
continuidade;
Mesmo intermitente, o serviços executado pelo empregado
poderá ser de natureza não-eventual = Ex: professores que
comparecem para dar aula 2 ou 3 vezes na semana;
Não-eventualidade e critério de incerteza da continuidade
do trabalho. Ex.: chapa/ buffet infantil
Não-eventualidade não significa exclusividade. Não se
exige exclusividade no contrato de trabalho
*
Salário
É pressuposto do conceito de empregado o trabalho
mediante salário, que é contraprestação devida e paga
diretamente pelo empregador ao empregado em virtude do
contrato de trabalho;
Poderá ser pago em dinheiro ou in natura (alimentação,
habitação, etc);
Sem salário, não há empregado
Exemplo: trabalho voluntário, estagiário, serviço religioso,
trabalho de preso
*
Subordinação jurídica
Paul Colin define subordinação jurídica “como um estado de
dependência real criado pelo direito de o empregador
comandar, dar ordens”, donde nasce a obrigação
correspondente para o empregado de se submeter a essas
ordens”
É uma possibilidade que assiste ao empregador de intervir
na atividade do empregado, que nasce com o contrato de
trabalho;
Não precisa existir uma vigilância constante sobre os
trabalhos executados (Ex.: trabalho intelectual) e por isto nem
sempre a subordinação jurídica se manifesta pela
submissão a horário e controle direto do cumprimento de
ordens
*
Subordinação jurídica
A subordinação jurídica “deve gravitar em torno da
atividade e exercitar-se pela integração do empregado na
organização empresarial” (Arion Sayão Romita);
Consiste, objetivamente, na integração da atividade do
trabalhador na organização da empresa, mediante um vínculo
contratualmente estabelecido, em virtuede do qual o
empregado aceita a determinação, pelo empregador, das
modalidades da prestação de trabalho;
No trabalho parassubordinado não há acentuada direção
no desenvolvimento do trabalho
Altos empregados
A doutrina conceitua como altos empregados, os
empregados de confiança;
Há subordinação jurídica, que é reduzida, mas presente;
O alto empregado está sujeito aos critérios gerais ditados
pelo empregador, e o desrespeito a esses critérios poderá
gerar a despedida por justa causa;
Os alto empregados têm uma posição privilegiada e a
doutrina os coloca numa categoria especial e, em muitos
países, eles possuem estatuto próprio, como na Itália
Diz-se que são sujeitos de um contrato misto de trabalho
e mandato, sem que desconfigure a condição de
empregado
Empregado ocupante
de cargo de confiança
Não descaracteriza o contrato de trabalho o fato de o
empregado ocupar cargo de confiança
C O N F I A N Ç A
GENÉRICA = presente em todos os
contratos de trabalho (Ex. 482 CLT);
ESPECÍFICA = pertinente aos
bancários (art. 224 da cLT);
ESTRITA = a que alude o art. 499
da CLT
EXCEPCIONAL = aquela do art. 62
da CLT
Altos empregados
Diretor empregado
Hoje há uma profissionalização das direções empresariais:
a figura da direção se afasta da noção de propriedade/
sócio;
Diretor contratado externamente x empregado que é alçado
à condição de diretor;
Empregado eleito DIRETOR tem seu contrato suspenso:
Súmula 269 do TST
Diretor eleito. Cômputo do período como tempo de serviço (Res. 2/1988, DJ
01.03.1988) O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo
contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse
período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de
emprego.
• Trabalhadores intelectuais: atividade pressupõe uma cultura científica ou artística. Podem ser empregados ou não!
Há um direito residual de controle (Direito Inglês) do empregador, traduzido pela faculdade de impor sanções
disciplinares ao trabalhador, inclusive dispensa, associada ao poder empresarial de contratar e fixar-lhe salário;
• Jogador de futebol – jogador que pratica o futebol, em caráter profissional é empregado da associação
desportiva que se utilizar de seus serviços, mediante salário e subordinação jurídica.
Deporto realizado de modo não profissional não gera contrato de trabalho, mesmo que haja incentivos materiais e
patrocínio (art. 3º da Lei 9.981/2000)
Casos particulares
Árbitro de futebol – houve polêmica, mas hoje é considerado autônomo, excluindo-se o fato de estar sujeito a ordens,
instruções e fiscalização da Federação, como hipótese de subordinação jurídica
Treinador de futebol – empregado da associação desportiva ou do clube de futebol, quando contratado para treinar atletas
profissionais ou amadores;
Mãe social – Mãe crecheira – Pai social – (Lei 7.644/87) gera vínculo empregatício com a entidade para a qual trabalha
(instituição assistencial). Ela é colocada numa casa-lar para ali cuidar de determinado número de menores abandonados.
Há a mãe social da FEBEM e já houve julgamento de que não é empregada – atividade voluntária porque projetos com
características de lares substitutos não podem ser onerados por encargos trabalhistas (TST, 4ª Turma – RR-419415/98). A
mãe social recebe as crianças em sua própria casa.
Casos particulares
Funcionário público: servidor público strictu sensu.
Ocupa cargo público (criado por lei) na administração direta
sendo submetido a vínculo jurídico de Direito
Administrativo;
Diferencia-se do empregado público, que também se
submete a concurso, mas está vinculado pelo regime da
CLT
O sistema de serviço público de entes da administração
direta e indireta com personalidade jurídica de direito
público tem princípios constitucionais (art. 37 da CF);
A Justiça do Trabalho é incompetente para decidir questões
trabalhistas de funcionários públicos.
Casos particulares
Aprendiz
Aprendiz é diferente de estagiário porque tem vínculo de emprego;
A OIT tem uma recomentação (n. 87) que dispõe sobre a orientação profissional, levando-se em conta as características do interessado e a relação com as
possibilidades do mercado de trabalho;
A formação profissional abre espaço para a preparação pré-profissional, a qual deve incluir instrução geral e prática
apropriada à idade dos jovens, para continuar a completar a educação recebida anteriormente;
Idade : 14 a 24 anos, salvo se for portador de deficiência
Casos particulares
Art. 428 da CLT
Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro)
anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as
tarefas necessárias a essa formação.
• § 1º. A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do
aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação
de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. (Parágrafo alterado pela Lei 11.788, de 25-09-08, DOU 26-09-2008)
• § 2º - Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.097, de 19-
12-00, DOU 20-12-00)
Contrato à prazo: aprendiz
Art. 428 da CLT
§ 3º. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.
§ 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente
organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.097, de 19-12-00,
DOU 20-12-00)
§ 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. (Parágrafo alterado pela Lei nº
11.180, de 23/09/2005 - DOU 26/09/2005)
• § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as
habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.(Parágrafo alterado pela Lei nº 13.146, de 06/07/2015 -
DOU 07/07/2015)
Casos particulares: aprendiz
Art. 428 da CLT
§ 7º. Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1º deste artigo, a
contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino
fundamental.(Parágrafo incluído pela Lei 11.788, de 25-09-08, DOU 26-09-2008)
§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do contrato de aprendizagem
pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional
metódica. (Parágrafo incluído pela Lei nº 13.146, de 06/07/2015 - DOU 07/07/2015)
Casos particulares: aprendiz
Aprendiz
Há cota de contratação = 5% de aprendizes no Serviço Nacional de Aprendizagem;
15% dos trabalhadores de cada estabelecimento cuja função exija profissionalização; na fração= + 1 aprendiz;
O aprendiz que concluir o curso com aproveitamento terá certificado de avaliação profissional;
Jornada de 6 horas e contrato a prazo por até 2 anos; pode ser 8 horas se o aprendiz já tiver completado o ensino fundamental e a
aprendizagem incluir parte teórica.
Proibida a prorrogação e compensação de horários
Extinção: termo/24 anos; antecipada: I – desempenho insuficiente ou inaptação do aprendiz; II – falta disciplinar grave; III – ausência
injustificada à escola que implique perda do ano letivo; IV – a pedido do aprendiz
Não se aplica as disposições dos arts. 479 e 480 ao aprendiz
Casos particulares: aprendiz
Transportador autônomo de
cargas – Lei 11.442/2007,
alterada em 03.03.2015
O transporte rodoviário de cargas pode ser feito por uma
pessoa física (TAC) ou por pessoa jurídica (Empresa de
Transporte de Cargas)
O Transportador Autônomo de Cargas Agregado (TAC –
agregado) é um autônomo = corre os riscos do
empreendimento e tem uma subordinação tênue ou uma
relação de cooperação com o contratante;
Tem parassubordinação com o contratante = Lei
11.442/2007, art. 5º diz que não há vínculo de emprego;
Necessária prévia inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga, da Agência Nacional
de Transportes Terrestres (art. 2º da Lei 11.442/2007);
Transportador autônomo de
cargas
O TAC deve comprovar
Ser proprietário, co-
proprietário ou arrendatário de,
pelo menos 1 (um) veículo
automotor de carga, registrado
em seu nome no órgão de
trânsito, como veículo de
aluguel;
Comprovar experiência de,
pelo menos 3 anos na
atividade, ou ter sido aprovado
em curso específico
TAC -
independente
TAC - agregado
Pode ser
Transportador autônomo de
cargas
TAC – agregado
Coloca veículo de sua
propriedade ou de sua
posse , a ser dirigido por
ele próprio ou por
preposto seu, a serviço do
contratante, com
exclusividade, mediante
remuneração certa!
TAC – independente
Presta serviços de
transporte de carga de
que trata esta Lei em
caráter eventual e sem
exclusividade, mediante
frete ajustado em cada
viagem
Quando há cessão do veículo,
aquele que a recebe é o TAC -
auxiliar
Transportador autônomo de
cargas
As relações decorrentes de contrato de transporte serão
sempre comerciais (art. 5º);
Há um problema com o TAC-agregado, porque ele trabalha
com exclusividade e mediante remuneração previamente
ajustada: confunde-se essas situações com a do
caminhoneiro empregado;
Se ele tiver mais de um caminhão e TAC-auxiliar, está
resolvido: não pode ser considerado empregado!
O TAC-agregado corre os riscos do empreendimento;
Distinção entre TAC-
agregado e caminhoneiro
empregado
Preencher requisitos: (a) registro; (b)
proprietário pelo menos 1 caminhão; (c)
experiência de 3 anos;
verificar se presta serviços em
atividade acidental para o tomador;
Auto-organização da atividade
comercial : ajuste do preço e roteiro de
entrega são elementos que podem
caracterizar subordinação;
Definição caso a caso
Lei 6.019/1974
É contrato de EMPREGO??
GODINHO trata deste tipo de relação no capítulo “ TERCEIRIZAÇÃO” –
Curso, 14ª ed., 2015, p. 499. E diz:
“A Lei 6019, de 1974, ao gerar a figura do trabalho temporário pareceu querer
firmar tipicidade específica, inteiramente afastada da clássica relação de
emprego. Não apenas sufragava a terceirização (o que já inseria um contraponto
à CLT), mas também fixava rol modesto de direitos para a respectiva categoria,
além de regras menos favoráveis do que aquelas aplicáveis a empregados
clássicos também submetidos a contratos a termo.
A jurisprudência trabalhista, entretanto, ao longo das década desde 1974,
buscou construir um controle civilizatório sobre essa figura jurídica excepcional,
trazendo-a, ao máximo, para dentro das fronteiras juslaborativas. Nesse quadro
evolutivo, hoje prepondera o entendimento de que o contrato temporário, embora
regulado por lei especial, é um contrato de emprego, do tipo pacto a termo,
apenas submetido às regras especiais da Lei 6.019/74 de formar tipo legal
inconfundível com o regido pelos arts. 2º e 3º, caput, da CLT
Fornecimento de mão-
de-obra temporária –
Não é terceirização
porque na terceirização
não há intermediação de
mão-de-obra;
Na terceirização há
contrato de prestação de
serviços, e o empregado
terceirizado se subordina
ao seu empregador, que
é o prestador de
serviços
Fornecimento de mão-
de-obra temporária –
No fornecimento de mão-de-
obra temporária, o trabalhador
se subordina ao contratante da
mão-de-obra, e mesmo assim
não há vínculo de emprego;
O contrato entabulado é de
fornecimento de mão de obra;
O que é temporária é a
necessidade de substituição
do pessoal ou acréscimo
extraordinário de serviços
Lei 6.019/1974
Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma
empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de
seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de
serviços.
Art. 9º O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa
tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e
dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de
trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da
prestação de serviço.
Art. 10 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa
tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá
exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local
do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a
serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra.
Fornecimento de mão-
de-obra temporária –
Súmula 331 do TST
Contrato de prestação de serviços. Legalidade (Revisão da Súmula nº256 - Res. 23/1993, DJ 21.12.1993. Inciso IV alterado pela Res. 96/2000, DJ18.09.2000. Nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI - Res.174/2011 - DeJT 27/05/2011)
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso detrabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, nãogera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta,indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviçosde vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bemcomo a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador,desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
Terceirização: Súmula
331 do TST
331 - Contrato de prestação de serviços. (...).
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. (Nova Redação -
Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011)
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei nº 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. (Inserido - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011)
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação
laboral. (Inserido - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011)
Terceirização: Súmula
331 do TST
Gestante em contrato temporário tem estabilidade provisória afastada
(Seg, 20 Mar 2017 10:52:00)
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou decisão que concedeu estabilidade
provisória a uma ajudante de serviços gerais admitida em contrato temporário (Lei 6.019/74)
quando estava grávida. A Employer Organização de Recursos Humanos Ltda. chegou a ser
condenada a indenizá-la pelo período da estabilidade gestacional, mas, segundo a Turma, o
contrato temporário não se assemelha aos contratos por prazo determinado, regulado pelos
artigos 479 e 481 da CLT.
A auxiliar assinou contrato de três meses em julho de 2014 e, conforme o previsto, teve o vínculo
encerrado em outubro do mesmo ano. Ela então ajuizou reclamação trabalhista requerendo a
reintegração ao emprego, com base na estabilidade garantida à gestante.
O juízo da Vara do Trabalho de Assis Chateaubriand (PR) julgou improcedente o pedido,
ressaltando que o contrato de trabalho temporário possui características específicas, “devendo
perdurar tão somente pelo prazo estipulado pela lei e pelas partes”. A sentença observou que,
apesar de o exame ter confirmado que ela já estava grávida de 23 semanas ao ser admitida, a
ajudante já tinha ciência de que trabalharia por apenas três meses.
TST – dia 20/03/2017
Gestante em contrato temporário tem estabilidade provisória afastada
(Seg, 20 Mar 2017 10:52:00)
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), ao julgar recurso, entendeu que a gestante,
mesmo sob a regência de contrato temporário, tem direito à estabilidade prevista no artigo 10,
inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. No entanto, converteu a
reintegração em indenização, uma vez que o período de estabilidade já tinha terminado.
No Recurso ao TST, a Employer sustentou que o contrato temporário possui legislação
específica, e está fora da incidência da Súmula 244 do TST, que trata do contrato por prazo
determinado. O ministro Walmir Oliveira da Costa, relator, explicou que a estabilidade das
gestantes prevista no item III da Súmula 244 não alcança as hipóteses de admissões regidas
pela Lei 6.019/74. “A disciplina própria instituída pela lei não permite incluir o contrato temporário
entre os contratos por prazo determinado”, afirmou.
O ministro ressalvou porém que, apesar da ausência de estabilidade, a trabalhadora gestante
nessa modalidade contratual está amparada pela legislação previdenciária, nos termos do artigo
30, inciso II, do Decreto 3048/99, e do artigo 11, inciso I, alínea “b”, da Lei 8.213/91.
A decisão foi por maioria, vencido o desembargador convocado Marcelo Lamego Pertence.
(Alessandro Jacó/CF)
Processo: RR-1163-28c.2014.5.09.0655
TST – dia 20/03/2017
As cooperativas hoje estão reguladas pela Lei
12.690/2012;
As cooperativas de trabalho podem ser por (a)
produção de bens (art. 4º, inciso I) ou de serviço;
Prestação de serviços por
COOPERATIVAS de
TRABALHO
Art. 2º. Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda,
situação socioeconômica e condições gerais de trabalho.§ 1o A autonomia de que trata o caput deste artigo deve ser exercida de forma
coletiva e coordenada, mediante a fixação, em Assembleia Geral, das das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de
execução dos trabalhos, nos termos desta Lei.§ 2o Considera-se autogestão o processo democrático no qual a Assembleia Geral
define as diretrizespara o funcionamento e as operações da cooperativa, e os sócios decidem sobre a forma de execução dos
trabalhos, nos termos da lei.
As cooperativas de trabalho não podem ser utilizadas
para intermediação de mão-de-obra subordinada (art. 5º
);
Os cooperados possuem DIREITOS assegurados na
Lei 12.690/2012, que podem ser postulados na Justiça do
Trabalho em ação em que não se postule vínculo de
emprego, mas diante da relação de trabalho com a
COOPERATIVA;
Prestação de serviços por
COOPERATIVAS de
TRABALHO
Retiradas não inferiores ao piso/salário
mínimo;
Duração trabalho não superior a 8hs
diárias e 44 semanais;
DSR/ADN/Adicional
insalubridade/periculosidade
Art. 7º Lei 12.690/2012
- Como estabelece o PISO? Ata
de assembleia quando for
contratada estabelecendo o
valor do piso da cliente -
Lei 12.690/2012
Art. 7º. A Cooperativa de Trabalho Trabalho deve garantir aos sócios os seguintes direitos, além de outros que a
Assembleia Geral venha a instituir:I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na
ausênciaAssembleia Geral venha a instituir:I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na ausência
deste, não inferiores aosalário mínimo, calculadas de forma proporcional às horas trabalhadas ou às
atividades desenvolvidas;II - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 44
(quarenta e quatro) horassemanais, exceto quando a atividade, por sua natureza, demandar a
prestação de trabalho por meio deplantões ou escalas, facultada a compensação de horários;
III - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;IV - repouso anual remunerado;
V - retirada para o trabalho noturno superior à do diurno;VI - adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou perigosas;
VII - seguro de acidente de trabalho.
Base legal de proteção
social dos
COOPERADOS
Conteúdo grade
• DM-AULA 4 (Sujeitos 1/2)Empregado Típico. CLT. Análise dos Requisitos do art. 3º consolidado1.1.Pessoa física1.2.Não eventual.
Conceito de habitualidade.1.3.Dependência. Conceito de Subordinação jurídica1.4.Salário. Conceito de
onerosidade1.5.Pessoalidade.Empregados atípicos. Características e legislação aplicável.2.1.Empregado doméstico.2.2.Empregado
Rural.2.3.Empregado temporário
• DM-AULA 5 (Sujeitos 2/2)Trabalhadores não empregados. Principais características1.1.Trabalhador autônomo1.2.Trabalhador
Eventual1.3.Trabalhador Avulso. Garantia Constitucional de equivalência de direitos.1.4.Trabalhador cooperado. Principais
características da cooperativa de serviços1.5.Estagiário1.6.Funcionário Público. Diferença com
empregado público.
Bibliografia
• BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direto do Trabalho. São Paulo: LTr, 2009, 5ª ed.
• CASSAR, Vólia. Direito do Trabalho. Niterói-RJ: Impetus, 2011, 5ª ed.
• GOMES, Orlando. GOTTSCHALK Elson. Curso de Direito do Trabalho. Vols. I e II. RJ: Forense, 1990, 11ª ed., 1ª tiragem.
• DELGADO. Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalhio. São Paulo: LTr.