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IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT ANO 27 EDIÇÃO 155 ISSN 0102-9401 Leia também: CASO DE SUCESSO AACD automatiza gestão de oficinas GESTÃO ISO 55000: uma nova era para a Gestão de Ativos INOVAÇÃO USP ajuda a difundir Engenharia da Confiabilidade

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Gestão de Ativos

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Engenharia da Confiabilidade

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Palavra do Presidente

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

João RicaRdo BaRusso LafRaia, presidente da ABRAMAN

A REVOLUÇÃO DO SISTEMA

ELÉTRICOcertos. Um estudo da Cisco, fabricante de soluções de tec-nologia da informação e comunicação, mostra que com a internet ligando todas as coisas (telefones celulares, carros, geladeiras, máquinas e outros dispositivos), glo-balmente, há um potencial econômico de gerar US$ 14 trilhões em receita, sendo as Smart Grids e os sistemas de automação em geral responsáveis por 66% desse total.

É bom saber que há projetos andando em várias ci-dades do país, como Sete Lagoas (MG) – atendida pela Cemig; Aparecida (SP), área de atuação da portuguesa EDP; e Barueri (SP), projeto que deve ser concluído até 2015 pela AES Eletropaulo. E melhor ainda é saber que a adoção das Smart Grids também será um fator de es-tímulo econômico: a consultoria Global Data estima que o mercado brasileiro de Smart Grids deverá apresentar uma taxa de crescimento composta de 43%, com recei-tas crescendo de US$ 36 milhões em 2013 para US$ 432 milhões até 2020.

Também nesta edição, apresentamos a “Comissão de Gestão de Ativos de Mineração, Siderurgia e Metalurgia”, integrada por gerentes corporativos, pesquisadores, en-genheiros, técnicos, administradores e outros profissio-nais oriundos de empresas de grande e médio porte, de fundações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, de entidades de classe e de prestadoras de serviços. O propósito do grupo é contribuir para que os três seg-mentos consigam melhorar e inovar seus processos de gestão e serem mais competitivos, gerando mais valor para as empresas e seus stakeholders. É assim que se-guimos, inovando e contribuindo para os avanços da gestão de ativos no Brasil e contando sempre com a sua participação e colaboração.

Boa leitura!

Qualquer receita do crescimento econômico de um país exige, inegavelmente, investimentos al-tos e constantes na geração e fornecimento de

energia elétrica. Algo que no Brasil mostra-se urgente, tendo em vista o longo período de expansão da ativida-de econômica já assistido, a ascensão da sociedade e a intensificação e automatização da atividade industrial.

A primeira saída para acompanhar esse aquecimento econômico seria a construção de novas usinas de gera-ção de energia, o que no Brasil significa pensar em im-pacto ambiental, tendo em vista a nossa tradição no uso de energia gerada em hidrelétricas. Uma segunda alter-nativa seria tornar a distribuição e, porque não dizer, o consumo mais racional e inteligente.

A tecnologia capaz de provocar essa virada chama-se Smart Grid e já vem sendo discutida e implementada pelo setor elétrico brasileiro, com o fomento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério das Minas e Energia. São redes com níveis elevados de auto-mação na distribuição e fornecimento de energia, culmi-nando com maior interferência dos consumidores que, com os medidores inteligentes, podem controlar melhor o consumo e os gastos, permitindo inclusive a revenda de excedentes empresariais.

As Smart Grids podem ser implantadas em toda a rede elétrica – desde a geração até a entrega na “casa” do con-sumidor – e tendem a minimizar as perdas grandiosas do setor que, somente em 2012, chegaram a R$ 32 bilhões. Por isso, tanto o setor elétrico quanto o de telecomunicações têm atuado em conjunto para captar as oportunidades em torno deste conceito, como você verá na nossa reportagem de capa “Smart Grid dá primeiros passos no Brasil”.

Os resultados positivos dessa virada são tidos como

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notas

A s usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 fecharam o ano de 2013 geran-do, juntas, 14.615.116,6 megawatts-hora (MWh) – a terceira melhor

marca da história da Eletrobras Eletronuclear –, energia suficiente para su-prir o consumo residencial anual das cidades de Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre.

A energia nuclear gerou o equivalente a um terço do consumo total de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro. O resultado só não foi melhor porque, no ano passado, Angra 1 ficou desligada por quase dois meses para a realização dos serviços de substituição da tampa do reator da usina – fator essencial para extensão da sua vida útil.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a produção das usinas nucleares representou 2,78% da geração de ener-gia elétrica brasileira em 2013. Considerando as fontes de geração tér-mica, a nuclear ocupou a 2a colocação (15,94%), seguida pelo carvão (15,46%), óleo (13,81%), biomassa (8,20%) e diesel (2,44%). O gás ocupa o primeiro lugar (60,09%).

Filiais 8 Setorial 9 Inovação 12 Artigo - Alan Kardec 14 Capa 16

é uma publicação bimestral da abraman associação Brasileira de Manutenção e Gestão de ativosAv. Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20 020-080Tel: (21) 3231-7000 / Fax: (21) 3231-7002 / www.abraman.org.brCríticas, dúvidas e sugestões: [email protected]

MEMBRO FUNDADORDO GLOBAL FORUM

ANO 27 - EDiçãO 155

ÍnDICE / ExpEDIEntE

Opinião - Ventix 22 Gestão 24 Caso de Sucesso 26 Artigo - João Ricardo Barusso Lafraia 28 Trabalho Técnico 30

ConsElho EDItorIal: Alexandre Fróes (NSK); Antonio Carlos Vaz Morais (PETROBRAS); Arlete Paes (SKF); Bruno Ferreira (CEGELEC); Carlos Alberto Barros Gutiérrez (NM ENGENHARiA); Eduardo de Santana Seixas (RELiASOFT); Fabiana Gimenez (SKANSKA); Fabio Gomes (ABRAMAN); Joazir Nunes Fonseca (ELETROBRÁS - UNiSE); Renata Gonçalves Ramos (COMAU); Wagner Gorza (ARCELORMiTTAL); proDução: Comunicação interativa Editora - Tel: (11) 3032.0262 - JORNALiSTA RESPONSÁVEL: Jackeline Carvalho (MTB 12456); CONSULTOR EDiTORiAL: Antonio Alberto Prado (AAPrado & Associados); REPORTAGEM: Murilo Tomaz, Jackeline Carvalho, Luciana Robles e Mayra Feitosa; DiREçãO COMERCiAL: Marcelo Leite Augusto; DiREçãO DE ARTE: Ricardo Alves de Souza.

REViSTA

USINAS NUCLEARES GERARAM MAIS DE 14 MILHÕES DE MWH EM 2013

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notas

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

PRÊMIO TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO METROFERROVIÁRIOS A Comissão Organizadora da 20a Semana de Tecno-

logia Metroferroviária concluiu a seleção de 44 trabalhos técnicos que concorrerão ao “Prêmio Tecno-logia e Desenvolvimento Metroferroviários”. Os melho-res trabalhos serão apresentados no evento que será realizado de 09 a 12 de setembro de 2014, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

O prêmio é fruto de uma parceria entre a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a As-sociação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

Em sua 1a edição, ele visa estimular o desenvolvi-mento tecnológico na área de transporte de passagei-

ros sobre trilhos, reconhecendo os trabalhos segundo sua qualidade técnica, ineditismo e aplicabilidade no setor metroferroviário.

Serão oferecidos três prêmios em espécie, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) cada um, concedidos ao autor do melhor artigo técnico em três categorias:

Categoria 1: políticas públicas, planejamento urbano, mobilidade sustentável, planejamento e concepção de sistemas de transporte.

Categoria 2: financiamento (funding) e gestão de em-preendimentos de transporte.

Categoria 3: tecnologias de implantação, operação e manutenção de sistemas de transporte.

IBAMA CONCEDE LICENÇA DE OPERAÇÃO UNIFICADA PARA A CENTRAL NUCLEARI nstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-

sos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu Licença de Operação Unificada para todas as instalações da Central Nuclear.

O pleito da empresa foi apresentado em 2011 e a licen-ça foi concedida após um longo processo de avaliação, com validade de 10 anos.

A licença abrange as usinas Angra 1 e Angra 2, o Centro de Gerenciamento de Rejeitos (incluindo seus depósitos, entre eles os de Geradores de Vapor) e demais instala-ções de apoio da empresa. Outras instalações que ainda não estão em operação – como Angra 3, por exemplo – mantêm seus processos de licenciamento em separado. Porém, na medida em que forem entrando em operação, serão agregadas à Licença Unificada.

Segundo Ronaldo Oliveira, superintendente de Licen-ciamento e Meio Ambiente da Eletronuclear, a Licença Unificada traz vantagens para a empresa, para o próprio licenciador e para a sociedade. “O fato de reunir diversas ações, antes pulverizadas, num único processo confere maior eficácia ao próprio licenciamento”, defende ele.

Segundo o superintendente, para a Eletronuclear, o novo processo permitiu a unificação dos diversos pro-gramas ambientais existentes, eliminando redundâncias e tornando mais efetivo o atendimento de condicionan-tes. O novo modelo vale também para as futuras centrais nucleares que vierem a ser construídas no país. “A unifi-cação tornou mais efetivo o licenciamento, sem perder a qualidade que dele é esperada pela sociedade”, conclui o superintendente.

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REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

PETROS INVESTE EM PLATAFORMA TECNOLÓGICA PARA GESTÃO DE ATIVOSA Petros será o primeiro fundo de pensão brasileiro a investir em uma

plataforma tecnológica para gerenciamento de ativos. Desenvolvida pela SunGard, empresa especializada em soluções de software e serviços para o mercado financeiro, a solução tem sua implementação completa prevista para o primeiro semestre de 2015.

O objetivo do novo recurso é oferecer maior flexibilidade na análise de performances e simulações, ampliar o controle sobre os ativos e mitigar os riscos de investimentos. A Plataforma de Investimentos Petros (PIPE), nome eleito para batizar a solução, possibilitará consolidar a gestão de toda a carteira de investimentos da Fundação, incluindo títulos públicos e privados, ações, derivativos, crédito privado, private equity e investimen-tos imobiliários.

O conjunto de soluções oferecidas pela plataforma permitirá que os gestores da Petros tenham uma visão horizontal da carteira de investi-mentos, fornecendo ferramentas adequadas para análise de desempe-nho, exposição ao risco e simulação de cenários.

USP TERÁ NOVO PRÉDIO DEDICADO À BACIA DE SANTOSA Escola Politécnica da USP (Poli) vai começar a construir neste ano

um novo prédio na cidade de Santos, litoral de São Paulo, para abri-gar as instalações do curso de Engenharia de Petróleo. O edifício, que deverá ficar pronto em 2016, é resultado de um termo de cooperação entre a Universidade e a prefeitura do município.

O novo prédio deverá receber 250 estudantes de graduação, com pre-visão de expansão nos próximos anos, quando incorporar os cursos de pós-graduação. O curso de engenharia de petróleo ficava na cidade de São Paulo. Com o desenvolvimento do pré-sal na Bacia de Santos, em 2012, a USP decidiu transferir o curso para Santos, para ficar próximo à Petrobrás e atender à demanda por mão de obra na região. Atualmente, o curso funciona em prédio histórico situado no campus da USP, no cen-tro da cidade, em terreno vizinho ao do novo edifício.

Segundo o professor Marcio Yamamoto, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, o objetivo almejado é o de que o curso seja uma referência em pesquisa, tecnologia e formação de recursos humanos, tanto em explora-ção quanto em produção de petróleo. Para ele, a aliança entre a Escola Poli-técnica da USP e as grandes empresas petrolíferas é um caminho para buscar soluções que auxiliem a suprir as necessidades dessa indústria.

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8 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

FILIAIS

Apresentação na M&T Peças e Serviços Congresso abordou ainda a importância da capacitação profissional no setor

FiliAl V FAz SeMinário Sobre geSTão eFiCienTe de ATiVoS

FiliAl V (SP/MS)

O engenheiro Milton Augusto galvão zen, diretor da Filial

V (SP/MS) da Abraman, conduziu seminário com o tema “o papel do executivo de manutenção para uma boa gestão de ativos”, durante a M&T Peças e Serviços Congresso.

na sua apresentação, zen salientou a importância dos responsáveis pela manutenção de equipamentos. “o profissional (de manutenção) ocupa um papel importante para a aplica-ção correta dos princípios de gestão de ativos. ele serve como um elo de ligação entre as diversas partes da empresa. Sua visão deve ser sistêmica e abrangente, visto que o preconiza-

do na nova norma iSo nbr 55000 nos leva a uma necessária atuação con-junta entre os vários departamentos organizacionais”, explicou.

Além disso, o palestrante afirmou que, com uma gestão eficiente, mui-tos benefícios são colhidos futura-mente, como: diminuição de riscos; transparência e rastreabilidade de in-vestimentos; redução de imprevistos, de acidentes e, sobretudo, de proble-mas enfrentados pelos responsáveis. “nenhum executivo responsável per-de obedecendo às normas e agindo corretamente”, ratificou zen.

Por fim, o engenheiro discorreu so-bre os deveres de cada responsável

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pela gestão de ativos. de acordo com ele, o gestor de manutenção deve conhecer, no mínimo, toda a missão, visão e valores da empresa. Ademais, deve saber gerir seus subordinados e tomar decisões corretas. “A responsa-bilidade desse gestor é de suma im-portância para todo o processo de ma-nutenção de equipamentos”, concluiu.

Com coordenação da Sobratema, a M&T Peças e Serviços Congresso ocor-reu entre os dias 4 e 5 de junho, no Centro de exposições imigrantes, em São Paulo, simultaneamente à M&T Pe-ças e Serviços – 2a Feira e Congresso de Tecnologia e gestão de equipamentos para Construção e Mineração. l

Milton Zen, diretor da Filial V da abraman:

“nenhum executivo responsável perde

obedecendo às normas e agindo corretamente”.

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Setorial

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

Nova Comissão de Gestão de Ativos tem o objetivo de contribuir para que os três segmentos consigam melhorar e inovar seus processos, gerando mais valor para as empresas e seus stakeholders

MiNerAção, SiderurGiA e MetAlurGiA eM deStAque

De olho num cenário competiti-vo global e cada vez mais acir-

rado, a Abraman criou a “Comissão de Gestão de Ativos de Mineração, Siderurgia e Metalurgia”. integrado por gerentes corporativos, admi-nistradores, engenheiros, técnicos, pesquisadores e outros profissionais oriundos de empresas de grande e médio porte, de prestadoras de ser-viços, de fundações de pesquisa e desenvolvimento e de entidades de classe, o propósito do grupo é con-tribuir para melhorar e inovar os pro-

cessos de gestão de ativos dos três segmentos.

João esmeraldo da Silva, pesqui-sador da Fundação Gorceix, ligada à escola de Minas da universidade Fe-deral de ouro Preto, diz que, no cur-to prazo, a Comissão deve buscar o apoio das federações das indústrias e das demais entidades que repre-sentam o empresariado para realizar reuniões com empresários e altos executivos das empresas dos três setores. “queremos apresentar e dis-cutir casos de sucesso nacionais e in-

ternacionais e divulgar os benefícios da implantação da Gestão de Ativos, bem como os desafios da mudança de cultura que ela envolve”, explica o pesquisador.

o grupo vem colaborando na cria-ção de um MBA em Gestão de Ativos e na elaboração de cursos de capaci-tação de curta duração, em parceria com a Abraman. “No médio prazo, queremos formar uma massa crítica de profissionais com sólidos conhe-cimentos da Norma NBr iSo 55000”, revela esmeraldo.

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Setorial

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

teleCoM CAreCe de GeStão de AtiVoSoperadoras do setor desconhecem custos e detalhes operacionais antes do lançamento de novos produtos, aponta estudo

E studo divulgado pela Amdocs, em parceria com a telespe-rience, analisou as estratégias

de gestão de ciclo de vida de ativos praticadas pelas operadoras de tele-com. As companhias ouviram 32 exe-cutivos de 22 países da europa, Ásia, oceania e Américas – inclusive países da América latina como Argentina, Brasil, Colômbia, Costa rica e México.

Segundo o estudo, as companhias investem, em média, apenas 10% dos seus orçamentos em soluções de gestão de produtos. “A maioria das operadoras ainda utiliza processos manuais e semi-manuais para o con-trole das informações de diferentes produtos”, pontua rebecca Prudhom-me, vice-presidente de Marketing de Soluções e Serviços da Amdocs.

Por isso, muito do que poderia ser viabilizado se perde por falta de um

26% das operadoras de

telecom não sabem ao certo os valores

envolvidos no lançamento de

um produto

área de estratégia da telesperience, ressalta a importância de investir em ferramentas que garantam a gestão do ciclo de vida dos ativos. “As empre-sas precisam investir em ferramentas adequadas à complexidade de seus modelos de negócio. Caso contrá-rio, a ausência de uma metodologia pode se tornar um gargalo”, adverte.

Apesar desse cenário, 47% dos profissionais disseram que suas companhias estão trabalhando para substituir ferramentas e centralizar as informações dos produtos. ou-tros 44% afirmaram que pretendem investir em soluções com foco na gestão do ciclo de vida dos produ-tos nos próximos 24 meses e 16% acreditam que suas organizações irão desenvolver soluções internas com esse foco, ao invés de optar por softwares existentes no mercado. l

melhor gerenciamento. de acordo com a pesquisa, 59% das operadoras pretendem lançar novos produtos ou serviços até 2015, mas apenas 48% das ideias realmente chegarão ao mercado. um dos motivos é que 26% das operadoras não sabem ao certo os valores envolvidos no lança-mento de um produto.

teresa Cottam, responsável pela

ANÚNCIO

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Inovação

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

USP ajUda a difUndir EngEnharia da ConfiabilidadE

adoção do conceito requer investimentos na formação de recursos humanos e ainda não está difundido entre as pequenas e médias empresas

S etores importantes da economia brasileira como mineração, petróleo e gás natural, geração de energia elétrica e automotivo, já utilizam a engenharia da confiabilidade em seus processos. Mas a aplicação desse conceito ainda é pouco presente em pequenas e médias empresas. de acordo com o professor da USP Gilberto francisco Martha de

Souza, a utilização da engenharia da confiabilidade exige investimento na capacitação de recursos humanos e é por isso que essas empresas, em sua maioria, ainda não adotaram esse conceito para gerir seus ativos.

durante o 12o Simpósio internacional de Confiabilidade (SiC), promovido e organizado pela reliaSoft ,entre os dias 7 e 9 de maio, Souza proferiu palestra que teve por tema: “integração entre Sistemas Especialistas e análise de Confiabilida-de: ferramenta automatizada para diagnose de falhas”. “a ideia do estudo foi mostrar o impacto que têm o monitoramen-to do desempenho de componentes e suas eventuais falhas no sistema do qual fazem parte”, explica.

na entrevista a seguir, o professor Souza fala sobre a difusão do conceito de engenharia da confiabilidade e sobre os resultados de seus estudos no campo da automação da diagnose de falhas.

rEliaSoft – de que forma a en-genharia da confiabilidade tem sido aplicada nas atividades aca-dêmicas?gilbErto franCiSCo Martha dE Souza – as grandes universi-dades têm difundido o emprego e os benefícios da aplicação da en-genharia da confiabilidade e da gestão de risco através do desen-volvimento de trabalhos acadê-micos, com formação de recursos humanos (trabalhos de formatura, iniciação científica, dissertações de mestrado, teses de doutorado e desenvolvimento de cursos de especialização), e da realização de projetos de pesquisa com empresas privadas e governamentais.

rEliaSoft – Em sua opinião, a indústria brasileira tem utilizado corretamente as ferramentas da engenharia da confiabilidade na gestão dos custos de manutenção e operação?

Souza – alguns setores industriais, como mineração, petróleo e gás natu-ral, geração de energia elétrica e auto-motivo, já têm utilizado os conceitos da confiabilidade na gestão da operação de seus ativos, reduzindo custos de operação e manutenção. Entretanto, a utilização da engenharia da confiabili-dade exige investimento na capacita-ção de recursos humanos, por isso mui-tas médias e pequenas empresas ainda não aplicam seus conceitos.

rEliaSoft – Como esse conheci-mento é difundido pela uSP para a equipe de professores, alunos e colaboradores?Souza – na universidade, os docen-tes divulgam seus conhecimentos

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Alguns setores industriais já têm utilizado

os conceitos da confiabilidade na

gestão da operação de seus ativos,

reduzindo custos de operação e manutenção.”

gilbErto franCiSCo Martha dE Souza ,

professor da USP

através de publicação de resultados das pesquisas em congressos e pe-riódicos, nacionais e internacionais, e através da formação de recursos humanos. adicionalmente, a relação com empresas, por meio da execução de projetos de pesquisa, fortalece o processo de divulgação dos benefí-cios da engenharia da confiabilidade.

rEliaSoft – o que se pretende com o estudo aplicado ao projeto “integração entre Sistemas Espe-cialistas e análise de Confiabilida-de: ferramenta automatizada para diagnose de falhas”?Souza – Pretendemos utilizar dados de monitoração do desempenho de componentes para análise de degra-dação. Esses dados de análise de de-gradação podem ser utilizados para subsidiar o diagnóstico automatizado

dos modos de falhas dos sistemas dos quais os componentes são parte. O sistema realiza a diagnose e informa ao operador quais são os possíveis componentes que estão causando o desempenho inadequado do sistema. Esses sistemas utilizam de forma mais eficiente as informações existentes em bancos de dados de monitoração.

rEliaSoft – Que resultados foram obtidos? Souza – Conseguiu-se identificar a degradação de componentes de sis-temas hidráulicos de hidrogeradores, indicando ao operador o motivo da queda de desempenho do sistema, reduzindo as horas de trabalho de equipes de manutenção em tarefas de diagnose de falhas. l

Texto fornecido pela Assessoria de Imprensa da ReliaSoft

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REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS14

artigo

HIDRELÉTRICAS A FIO D’ÁGUA E A QUESTÃO AMBIENTAL – UM TIRO NO PÉ!

N a geração hidrelétrica, a energia precisa ser armazenada sob a for-ma de água nos reservatórios e

isso o Brasil fez muito bem no passado: a água acumulada em grandes reservatórios possibilitava um firme fornecimento de energia por cerca de cinco anos. Esse tem-po foi reduzido à medida que o Brasil cons-truía hidrelétricas a fio d´água, ou melhor dizendo, sem grandes reservatórios, e o tempo de fornecimento firme de energia, obviamente, foi sendo reduzido chegan-do, hoje, a cerca de apenas cinco meses.

O Brasil, por pressão das organiza-ções ambientais, decidiu, em passado recente, construir apenas novas usinas hidrelétricas a fio d´água, no lugar dos grandes reservatórios. A razão funda-mental para tal decisão foi buscar uma menor agressão ao meio ambiente pela não inundação de grandes áreas e pela redução do desmatamento de grandes áreas florestais, colocando também em risco a fauna local.

Fica a pergunta: foi uma estratégia correta?

Para responder a essa pergunta, é ne-cessário abordar alguns aspectos.

O que é uma hidrelétrica a fio d´águaAo contrário de grandes reservatórios, o volume de água à montante da barragem que vai ser utilizado para girar os turbo--geradores é constituído somente do pró-prio leito do rio, mais uma pequena área inundada. Evidentemente, a energia arma-zenada em forma de água é bem menor, reduzindo muito a capacidade de geração durante todo o ano e tornando o processo de geração de energia mais limitado.

Vantagens e desvantagens das hidrelétricas de grandes reservatóriosNão se faz omelete sem quebrar os ovos. A alegada desvantagem de agressão ao meio ambiente pela formação de maiores áreas inundadas é largamente compensada pela geração de energia limpa. Além disso, os grandes lagos formados não servem apenas para o armazenamento de energia limpa em forma de água, eles também proporcionam

*AlAn KArdec PintO, engenheiro e consultor

empresarial e de manutenção. Diretor de Gestão da TCA – Tecnologia em Controle Ambiental.

Foi presidente da Petrobras Biocombustível e da Associação

Brasileira de Manutenção.

Não vamos esperar por um milagre – é preciso mudar a nossa estratégia e voltar a construir hidrelétricas com grandes reservatórios

Por AlAn KArdec PintO*

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grandes áreas irrigáveis, no seu entorno, para plantio de ali-mentos. Ainda servem para regular a vazão dos rios à jusante da barragem, reduzindo a possibilidade de inundações que causam tantos problemas às populações ribeirinhas. Tam-bém oferecem opções para a diversão e para o turismo da população que vive e visita esses grandes lagos. Uma outra vantagem é que esses extensos espelhos de água proporcio-nam uma maior evaporação, o que leva a uma maior forma-ção de nuvens, o que, conseqüentemente, ajuda na estabili-zação e na melhor distribuição do regime de chuvas, já que o Brasil é um país desprovido de grandes lagos naturais.

Vantagens e desvantagens das hidrelétricas a fio d´águaA vantagem desse tipo de hidrelétrica está na redução de áreas alagadas o que diminui o desmatamento e protege a fauna, com o intuito de preservar o meio ambiente. A desvantagem é a menor geração de energia ao longo do ano, fora da estação de chuvas, já que o armazenamento de energia em forma de água é muito menor do que nas grandes barragens. O Brasil tem um percentual de 87% de energia elétrica oriunda de suas hidrelétricas – energia limpa. Entretanto, esse percentual tem caído considera-velmente por falta de um maior armazenamento dessa energia limpa em forma de água pelo uso de usinas a fio d´água – é um absurdo!

conseqüências dessa estratégia de hidrelétricas a FiO d´ÁGUA.O propósito de proteger o meio ambiente construindo somente hidrelétricas a Fio D´Água no lugar de grandes reservatórios tem se mostrado um verdadeiro “Tiro no Pé”. A menor geração de energia elétrica oriunda das hidrelé-tricas tem obrigado o Brasil a colocar em operação suas termoelétricas movidas a gás, a óleo diesel e até a óleo combustível, com dupla desvantagem: são mais caras e muito mais agressivas ao meio ambiente, principalmente pela grande emissão de CO2 (dióxido de carbono) – res-ponsável direto pelo temido efeito estufa que tanto dese-quilíbrio vem causando ao nosso planeta, afetando, prin-cipalmente, o meio ambiente que se pretendia proteger.

conclusãoPor tudo isso, podemos afirmar que a estratégia de cons-truir somente hidrelétricas a Fio D´Água está equivocada e, por conseqüência, está afetando e afetará muito ne-gativamente as nossas vidas. É preciso rediscutir essa es-tratégia com urgência antes que seja tarde demais. Não podemos continuar a ouvir justificativas de que estamos tendo, hoje, problemas relacionados a uma menor gera-ção de energia hidrelétrica somente por razões de pouca chuva. Essa afirmativa agride o bom senso! l

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17REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

S mart Grid ou rede inteligente é a aplicação da tecnologia da informação, integrada a

sistemas de telecomunicação e de infraestrutura de rede, para gerir sis-temas elétricos. Concessionárias de energia já estão implantando proje-tos de Smart Grid em cidades como Sete Lagoas (MG), atendida pela Ce-mig; Aparecida (SP), área de atuação da portuguesa EDP e Barueri (SP), projeto que deve ser concluído até 2015 pela AES Eletropaulo.

Essa tecnologia envolve a instalação de sensores nas linhas da rede elétrica e o estabelecimento de um sistema de comunicação com os diversos dispo-sitivos de automação dos ativos que a compõem. Esses sensores possuem chips que detectam informações so-bre a operação e desempenho da rede e os enviam para um sistema central que irá analisar os dados, detectar a existência de anomalias e indicar o que deve ser feito para melhorar o seu desempenho.

Ela proporciona, basicamente, três benefícios. O primeiro é o in-cremento da eficiência da rede, o que diminui o consumo de energia da concessionária, mantendo o ní-vel de fornecimento aos clientes. O segundo é o aumento da con-fiabilidade da rede: a rede inteli-gente identifica ativos que estão começando a falhar ou estão com desempenho em declínio, possibi-litando seu reparo ou substituição antes que aconteça um problema que leve à interrupção do forneci-mento. A terceira é a integração re-mota com os dispositivos da ponta da rede, que permitem a localiza-ção exata da origem de uma falha de energia, facilitando a interven-ção das equipes de reparo, e a inte-gração com quaisquer outras fon-

tes de energia ou equipamentos, como, por exemplo, os medidores de energia que apuram o consumo para geração da conta.

CenárioTanto o setor elétrico quanto o de te-lecomunicações têm atuado em con-junto para captar as oportunidades derivadas desse conceito. As redes inteligentes permitem, entre outras facilidades, a instalação de sistemas de medição digital e inteligente, ca-pazes de reduzir despesas. O concei-to exige, no entanto, a intensificação dos investimentos em modernização das malhas de distribuição.

Segundo a Cisco, fabricante de soluções de tecnologia da informa-ção e comunicação, com a internet ligando todas as coisas, globalmen-te, há um potencial de gerar US$ 14 trilhões em receitas, sendo as Smart Grids e os sistemas de automação em geral responsáveis por 66% des-se total, US$ 9,3 trilhões.

O CPqD, instituição dedicada à inovação baseada no uso dos recur-sos de tecnologia da informação e comunicação (TIC), defende que as

redes inteligentes tendem a trans-formar o sistema elétrico em uma rede que permitirá às concessioná-rias de energia e aos consumidores mudar a forma como disponibilizam e consomem energia. Atualmente, a parte mais visível dessa evolução está no uso, em larga escala, dos me-didores eletrônicos de energia, que permitirão, em curto prazo, exercitar novas modalidades tarifárias e no-vos comportamentos de consumo.

Estudo elaborado pela Global Data, consultoria norte-americana especializada no setor de energia, aponta que o mercado brasileiro de Smart Grid deverá apresentar uma taxa anual de crescimento de 43% até o final da década, com receitas crescendo de US$ 36 milhões em 2013 para US$ 432 milhões até 2020. O Brasil deverá liderar o mercado sul-americano tanto em investimen-tos quanto em desenvolvimento dessa tecnologia.

O relatório analisa os continentes da América do Sul e do Norte quan-to a mercados, aspectos regulató-rios e cadeia produtiva. Aponta que o crescimento será impulsionado

Maria Teresa Vellano, diretora Regional AES Eletropaulo

O objetivo com o projeto de Barueri é testar todas as suas

funcionalidades para, ao final,

criar um plano de implementação

nas outras áreas de atuação da AES

Eletropaulo

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pelo desenvolvimento da infraes-trutura, principalmente, por con-ta da necessidade de aumentar a confiabilidade do sistema elétrico, aliada à melhora da integração da energia renovável com o Sistema Interligado Nacional (SIN), reduzin-do o consumo per capita.

O estudo também assinala que, com as perdas de energia ultrapas-sando 20% em algumas regiões, as distribuidoras brasileiras terão que fazer investimentos em medi-dores inteligentes para melhorar a sua eficiência. “Esperava-se que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elaborasse as nor-mas regulatórias para medidores inteligentes, que ajudariam o país a atingir sua meta de melhorar a eficiência energética. No entanto, a Agência apenas definiu algumas

BarueriA AES Eletropaulo está implantando um projeto de medição inteligente em Barueri, na Grande São Paulo. Com 250 mil habitantes e um con-sumo de energia elétrica que saltou de 1.092 GWh, em 2008, para 1.316 GWh, em 2012, ele será o primeiro município pertencente a uma região metropolitana a receber um proje-to de Smart Grid da concessionária. A cidade possui clientes com dife-rentes perfis: residências, comércio, indústrias e prédios públicos. Essas características compõem uma amos-tra consistente da área atendida pela AES Eletropaulo.

Barueri está funcionando como projeto piloto para que a empresa consolide seu domínio sobre a tecno-logia Smart Grid e possa, a partir des-sa experiência, expandir seu uso para

MEDIDOr INTELIGENTE é BASE PArA SMArT GrIDS

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, no final de 2013, o uso de medidores eletrônicos para consu-midores da classe de baixa tensão, que inclui residências e estabelecimentos comerciais. A agência prevê uma fase

de transição com início do uso compulsório do equipamento somente após o prazo de 18 meses. O equipamento é con-siderado fundamental para a introdução das redes inteligentes de energia (Smart Grids) que, dentre os ganhos para os consumidores, permitem a cobrança diferenciada da tarifa de energia de acordo com o horário de consumo.

Ao longo do período de transição, a Aneel vai realizar audiências públicas para discutir detalhes que ainda faltam ser definidos, como, por exemplo, quem arcará com o custo dos medidores eletrônicos. No caso do equipamento destinado ao uso da “tarifa branca”, esse valor poderá ser cobrado diretamente do consumidor ou rateado com os demais envolvi-dos, embutindo o custo na base de remuneração das distribuidoras.

O custo de medidores especiais – capazes de prestar informações sobre a qualidade e nível de tensão – será repas-sado aos clientes que fizerem o pedido à distribuidora. Outra facilidade para os consumidores é o uso da modalida-de de pré-pagamento, semelhante ao que acontece no serviço de telefonia celular. Tanto a “tarifa branca” quanto o serviço de pré-pagamento dos consumidores de energia já são discutidos pela Agência para serem aprovados em regulamentos específicos.

As distribuidoras têm interesse em instalar esses equipamentos como forma de realizar leitura remota, monitorar o desempenho da rede e combater fraudes de consumidores com ligações clandestinas. Os equipamentos eletrônicos tam-bém poderão permitir a venda da energia excedente gerada por consumidores em sistemas de microgeração de fonte eólica e solar.

Por enquanto, a Aneel não tem previsão de quando todos os consumidores brasileiros poderão contar com o novo sistema de medição do consumo.

regras e normas, que indiretamen-te requerem a implantação dessa tecnologia pelas distribuidoras”, disse Sowmyavadhana Srinivasan, analista sênior da Global Data.

Apesar disso, o especialista des-taca como positiva a exigência re-gulatória feita às distribuidoras, que devem informar precisamente a lo-calização de cabos, transformadores e pontos de medições de clientes. “Existe um plano de implementação de um sistema de medição de rede que permitirá a integração dos sis-temas de microgeração ao sistema elétrico com facilidade”, observa.

Como gargalos para o desenvol-vimento do mercado, a consulto-ria aponta a burocracia e a falta de transparência, que podem prejudi-car o interesse de investidores e a execução de contratos.

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outras regiões, conforme revela Maria Teresa Vellano, diretora regional da AES Eletropaulo: “Estamos priorizan-do Barueri porque ela tem uma gran-de representatividade na nossa ação. Nosso objetivo é testar todas as fun-cionalidades do sistema para, ao final, criarmos um plano de implementação em outras áreas da nossa concessão, inclusive a cidade de São Paulo.”

A companhia investiu 220 milhões no projeto entre 2010 e 2012 e inves-tirá mais R$ 72 milhões até 2015. Em junho de 2013, ela instalou medido-res inteligentes nas residências de 2,1 mil famílias que tinham ligações irregulares. Cerca de 512 subesta-ções foram digitalizadas, três mil re-ligadores automáticos implantados na rede e 1,3 mil câmeras subterrâ-neas automatizadas.

A AES Eletropaulo também está modernizando e integrando os seus Centros de Operação e Medição e implantando novos sistemas. “Va-mos expandir nosso Centro de Me-dição. Hoje, ele lê remotamente 100 mil clientes e está sendo preparado para chegar a um universo de 6,4 mi-lhões”, continua Vellano.

Segundo a concessionária, a in-trodução de inteligência na gestão da rede, além de trazer uma série de benefícios para a gestão de energia, se reflete na qualidade do serviço entregue ao consumidor. Atualmen-te, para ler o consumo do cliente é preciso ir à residência, em alguns casos até duas vezes. Quando há um problema na rede elétrica, o pró-prio cliente é quem deve reportar o ocorrido e esperar reparos. Ao usar a rede de telecom, a companhia pode implantar dispositivos inteligentes ao longo da rede elétrica e atuar re-motamente para identificar ocorrên-cias e saber a localização exata de

defeitos para isolar os trechos que apresentam falhas.

P&D e qualificaçãoPara a realização do projeto, a Pesqui-sa & Desenvolvimento foi fundamen-tal, pois permitiu à companhia testar

LigHT iNVESTE R$ 35 MiLHõES EM SMART gRiD

O Programa Smart Grid Light compreende um conjunto de projetos de re-des inteligentes com novas tecnologias de automação e medição que

serão aplicadas desde as redes de distribuição até a residência dos clientes, preparando a empresa para melhor atender às necessidades e aos desafios da sociedade do século 21. Os investimentos da Light são provenientes do programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) tecnológico do setor de energia elétrica e seguem os regulamentos estabelecidos pela ANEEL.

Ao longo do programa estão previstas solicitações de dezenas de pedidos de patente, sendo que várias delas já foram formalizadas junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Dentre outros produtos, a Light já desenvolveu medidores inteligentes com certificação digital assim como mais serviços e canais de interação com o consumidor.

O programa de P&D também amplia o número de canais de comunicação da concessionária com o consumidor (TV, celulares, web, mídias sociais), que oferecerão ao cliente a possibilidade de acompanhar seu consumo.

diversos tipos de soluções. No caso de Barueri, os recursos vieram da des-tinação em P&D da própria empresa, uma vez que um percentual da recei-ta é legalmente reservado para essa área, e outra veio do seu orçamento. “Cerca de 45% do nosso projeto é oriundo de P&D que é autorizado pela Aneel. Outra parte é investimen-to”, explica a diretora. Ainda segundo ela, a companhia tem recebido apoio do órgão regulador. “Esses projetos de P&D nos deram oportunidade de testar várias formas de fazer a parte de telecom”, diz.

O projeto conta com a parceria da USP/Enerq, que coordena o Núcleo de Apoio à Pesquisa de Redes inteli-gentes da USP; Sinapsis inovação em Energia, empresa de base tecnológi-ca especializada em redes inteligen-tes e a Fundação de inovações Tec-nológicas, FiTec, voltada para proje-tos de telecomunicações e energia.

Com as redes inteligentes, é ne-cessário definir um novo escopo de trabalho para os profissionais do se-

Barueri em números• 2,1 mil famílias

tinham ligações irregulares

• 512 subestações foram digitalizadas

• 3 mil religadores automáticos implantados na rede

• 1,3 mil câmeras subterrâneas automatizadas

Fonte: AES Eletropaulo

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O Plano de Ação Conjunta Inova Energia é uma iniciativa destinada à coor-denação de ações de fomento à inovação e desenvolvimento tecnológico

apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pelo Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Do total de recursos inicialmente estimados, R$ 1,2 bilhão viriam da Finep, R$ 1,2 bilhão do BNDES e R$ 600 milhões da Aneel. O Comitê de Avaliação do Inova Ener-gia informou que dos R$ 7,12 bilhões aprovados, R$ 3,47 bilhões são decorrentes dos 61 Planos de Negócio de 58 empresas líderes – aquelas que possuem receita operacional bruta igual ou superior a R$ 16 milhões ou patrimônio líquido igual ou superior a R$ 4 milhões.

Outros R$ 3,65 bilhões foram aprovados na chamada Etapa de Fluxo Direto, cria-da com procedimentos simplificados para tornar mais rápida a concessão de cré-dito para projetos que estejam em estágios mais adiantados de desenvolvimento e que necessitam de recursos imediatos para não se verem paralisados.

O Plano tem como objetivo fomentar pesquisa e desenvolvimento; engenharia e absorção tecnológica; produção e comercialização de produtos e inovação de pro-cessos e serviços. São três as suas linhas temáticas: (1) Redes Elétricas Inteligentes (Smart Grids) e Transmissão em Ultra-Alta Tensão (UAT); (2) Geração de Energia por Meio de Fontes Alternativas e (3) Veículos Híbridos e Eficiência Energética Veicular.

tor elétrico. Em parceria com a USP, a AES Eletropaulo está elaborando um plano de capacitação para esse novo perfil do colaborador. “Tornar real a aplicação da rede inteligente passa pelos esforços da concessionária em qualificar, capacitar e desenvolver

sencial, pois sem informação remo-ta, não há suporte para ação inteli-gente. “Para o setor elétrico crescer, as operadoras de telecom precisam crescer na mesma proporção”, afirma a executiva. Os dois setores vêm es-treitando seu relacionamento para trabalhar em conjunto desde o lan-çamento do 4G no Brasil, com a re-visão da Lei Geral das Antenas, que incentiva a instalação de torres para transmitir o sinal de celular.

No projeto de Barueri, a AES Ele-tropaulo usa sistemas 3G e GPrS (redes de dados por celular), mas para os medidores digitais, tem es-tudado a comunicação redundante, que deve envolver radiofrequência com PLC (Power Light Communica-tion) e usa a mesma infraestrutura de transmissão, com cabos correndo em paralelo. “No futuro haverá ne-cessidade de termos uma gestão de telecomunicação de grandes dimen-sões. Ainda não sabemos quem vai operar essa gestão. Vamos estudar se faremos isso pela própria empre-sa ou se contrataremos um terceiro”, diz Vellano.

A AES Eletropaulo conta com um backbone de fibra óptica que faz toda a comunicação, desde a central de operação até as estações. Nas re-ligadoras automáticas, responsáveis por detectar defeitos não transitó-rios, a companhia está instalando equipamentos de rede com sistema de rádio WiMax. “Desenvolvemos um plano estratégico para os próxi-mos anos voltado para Smart Grid, que possibilitou o projeto de Barue-ri. O investimento em inteligência de rede é inevitável e as empresas precisam se preparar. Na sociedade digital em que vivemos, não faz sen-tido ter tecnologia disponível e não usá-la.”, finaliza a diretora. l

INOVA ENErGIA FINANCIArá r$ 7,12 BILHõES EM PrOjETOS

colaboradores para os novos desa-fios tecnológicos”, avalia Vellano

reDes ParalelasQuando o assunto é medição inte-ligente, o relacionamento entre os setores elétrico e de telecom é es-

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REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS22

opinião

Smart GridS: Setor elétrico avança no uSo de tecnoloGia e extrai benefícioS de redução de cuStoS e oferta de novoS e inteliGenteS ServiçoS

U m ativo é um recurso físico de capital com um ciclo de vida definido que, du-rante esse ciclo, apresenta, inevitavelmente, custos. as estratégias tradicionais e eficientes de gestão de ativos, baseadas em ações reativas ou no tempo de uso,

não são mais suficientes para garantir a eficácia de um ativo, principalmente diante das preocupações atuais como idade da infraestrutura e da força de trabalho e pressão para controlar e reduzir as despesas com manutenção e operação.

as decisões com relação a esses ativos normalmente afetam vários processos do negócio e, portanto, há que se considerar múltiplos cenários de planejamento e priorizar correta-mente uma série de objetivos em detrimento de outros. uma boa análise de ativos, com in-formações abrangentes, pode caracterizar o efeito de várias alternativas para tomada de de-cisão e os impactos em indicadores de desempenho realmente importantes para o negócio.

Para reunir o conhecimento e as informações sobre os ativos, que normalmente estão es-palhados por toda a empresa e, eventualmente, com seus prestadores de serviço, gasta-se tempo e mão de obra especializada. Habitualmente, eles ficam guardados nas mesas de en-genheiros, em discos rígidos individuais, documentos, planilhas, fluxogramas, etc. Sem men-cionar que a análise de ativos deve combinar os registros estáticos tradicionais com dados dinâmicos de desempenho operacional, sensores, testes e inspeções. Quanto mais abran-gente, maior a complexidade: o volume de dados se torna enorme. os dados para análise ainda correm o risco de ficarem restritos, inutilizados em registros em papel ou até perdidos, quando se tratar de equipamentos inteligentes sem armazenamento em tempo apropriado. normalmente, esses dados são armazenados em banco de dados de diferentes fornecedores e em sistemas que podem utilizar diferentes formas de identificar o mesmo ativo. Juntar esse conhecimento e torná-lo útil para análise corporativa de ativos é um grande desafio e requer instrumentação, integração de dados, inovação e um cuidadoso raciocínio.

em algumas regiões do mundo, empresas de energia e concessionárias decidiram direcio-nar fortemente seus investimentos para a modernização de equipamentos e sensores visando aumentar a visibilidade dos seus ativos, gerando mais e mais informação, cada vez mais distri-buída. dessa forma, é possível conseguir uma visibilidade mais rápida apenas processando os dados atuais e existentes em uma análise estruturada – por exemplo, unificando e combinan-do os dados de inspeções e histórico de testes de seus ativos em indicadores de desempenho.

mas de que adianta coletar e integrar todo esse conhecimento sem saber quais ações

uma PerSPectiva inteGrada da GeStão da Saúde de ativoS

*Luiz PauLo RibeiRo, Industry Solutions Executive, com grande experiência em

desenvolvimento e integração de sistemas e soluções para automação de processos de

vários setores. Atualmente, está focado em soluções de análise

e utilização de informações para alavancar estratégias de gestão

de ativos no setor de utilities.

Por Luiz PauLo RibeiRo*

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devem ser tomadas e, principalmente, em que momento tomá-las? Para isso, uma boa análise de ativos deve incorporar a experiência de especialistas nesses ativos em todo o seu ciclo, desde o seu desenho, passando pela sua fabricação e serviços de manuten-ção, até o seu descomissionamento. deve também permitir a melhor distribuição de recursos, inclusive os financeiros, através de uma estratégia de manutenção preditiva e baseada na condição de saúde do ativo.

a eficácia de resultados é alcançada com uma visibilidade das decisões no planeja-mento da operação e manutenção de ativos e do seu impacto contínuo nos objetivos do negócio. o asset Health center é projetado para superar esses desafios proporcio-nando essa visibilidade tão crítica.

o principal objetivo do asset Health center é coletar e agregar dados, desenhar vi-sões e prover suporte para decisões, de tal maneira que se alcance a melhor relação de benefícios econômicos e operacionais dos ativos. a sua plataforma de inteligência tem capacidade de integrar dados e informações de múltiplos e diferentes sistemas, proporcionando uma visão abrangente de cada ativo. em particular, agrupando dados estáticos de sistemas transacionais tradicionais com dados dinâmicos de sistemas es-pecializados de operação de rede e sensores como Scada e, ainda, analisando esses dados de uma maneira holística, é possível enxergar novas possibilidades de avaliação de riscos e tomar decisões para manutenção ou substituição de ativos. o asset Health center habilita de forma comprovada a convergência de it/ot (tecnologia de informa-ção e tecnologia de operação).

a nossa visão é que o futuro do gerenciamento de ativos está baseado na análise integrada de gestão da saúde de ativos utilizando informações transacionais e ope-racionais, estáticas e dinâmicas, cada vez mais complexas e disponibilizadas a partir da evolução dos equipamentos de sensoriamento e inteligência das redes de energia elétrica. Podemos, com esse propósito, integrar diagnósticos e análises desenvolvidos por especialistas com um poderoso portfólio de soluções comprovadas para suportar o gerenciamento de ativos de uso intensivo, possibilitando uma visibilidade total das informações e ações de processos e equipes de manutenção e operação. l

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Gestão

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E m fevereiro deste ano, o setor de Manutenção e Gestão de Ativos atingiu uma nova etapa

em seu desenvolvimento: a Asso-ciação Brasileira de Normas Técni-cas (ABNT) publicou as normas de gestão de ativos do país, as NBR ISO 55000, 55001 e 55002.

De acordo com a engenheira Ma-risa Zampolli, secretária-executiva da Comissão Especial de Estudo so-bre Gestão de Ativos e consultora da International Copper Association (ICA), muitas empresas já buscam

Antes de buscar a certificação, elas estão sendo levadas a rever aspectos da sua cultura interna, pois a norma envolve toda a organização no pro-cesso de sua implantação.

Para Zampolli, a procura pela cer-tificação deve aumentar: “A partir do momento em que as empresas conheceram os benefícios que a adoção da norma traz para as orga-nizações, em termos de obter o me-lhor valor de seus ativos, com risco e custo gerenciados, muitas já ini-ciaram o trabalho de interpretação

Após o lançamento das normas de gestão de ativos do país, as NBR ISO 55000, 55001 e 55002, empresas buscam adequar seus processos estratégicos

para aderir às novas práticas de gestão

UMA NOvA ERA PARA A Gestão de Ativos

adequar seus processos estratégicos para aderir às práticas preconizadas pelas novas normas. “Sem dúvida, a NBR ISO 55000 é um marco na nossa história empresarial porque englo-ba, em seus fundamentos, a lide-rança e a cultura da empresa como fatores determinantes na obtenção de valor dos ativos”, observa.

Algumas empresas que pratica-vam as diretrizes da PAS 55, em rela-ção aos ativos físicos, foram surpre-endidas com o salto qualitativo dos requisitos da ABNT NBR ISO 55000.

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dos requisitos para a revisão de seus processos, especialmente aquelas ‘ativo-intensivas’, cujo negócio é sus-tentado pela boa ou má gestão de seus ativos”. Dentre essas empresas, destacam-se as de energia, que são totalmente dependentes de seus ativos e exercem seu negócio em um ambiente altamente regulado. Como exemplo daquelas que lideram esse movimento estão: AES Eletropaulo, AES Tietê, CEMAR, CEMIG GT, CTEEP, EDP Bandeirante e Elektro.

impActos dA disseminAçãoAs empresas devem se preparar para o impacto da disseminação da nor-ma junto aos órgãos reguladores e seguradoras. Apesar de voluntária, a adesão ao cumprimento de nor-mas demonstra que a organização tem compromisso com qualidade, desempenho e segurança, com ris-cos e custos equilibrados. Além de ajudar a mitigar riscos legais, sociais e ambientais, associados a aciden-tes evitáveis, a simples necessidade de se obter cobertura de seguro já é um motivo para se olhar com mais cuidado as estratégias de gestão de ativos das organizações.

A capacidade de uma empresa de demonstrar a confiabilidade de suas plantas e que adota boas prá-ticas de gestão de risco, redução de perdas e prevenção de interrupções não planejadas sempre impactou os custos de seguro. “Quando não existiam as normas como diretrizes, as avaliações eram mais arbitrárias. Agora, com elas, a tendência é que isso mude”, diz Zampolli. Para a es-pecialista, é possível que em futuro próximo as companhias de segu-ros exijam a certificação ISO 55000 como condição para a prestação de serviços de seguros, principalmen-

mArisA ZAmpolli, secretária-executiva da Comissão Especial de Estudo sobre Gestão de Ativos e consultora da International Copper Association (ICA)

A NBR ISO 55000 é um marco na nossa história empresarial porque engloba, em seus fundamentos, a liderança e a cultura da empresa como fatores determinantes na obtenção de valor dos ativos

te em empresas cujo negócio exige alta performance dos ativos.

plAno de trAbAlhoAtualmente, o plano de trabalho da Abraman e da ICA, na Comissão Especial de Estudos de Gestão de Ativos da ABNT, prioriza a forma-ção de auditores e a acreditação de organismos certificadores junto ao INMETRO para que a sociedade possa adotar as normas de ges-tão de ativos com credibilidade e eficácia. “Uma ação que julgamos fundamental é a divulgação do co-nhecimento das normas e práticas de gestão de ativos. Nessa área, atuaremos em treinamentos como o MBA de Gestão de Ativos e o cur-so da ABNT sobre os requisitos das normas”, diz Zampolli.

É importante que as organizações se empenhem na interpretação dos requisitos das normas, considerando o mercado em que estão inseridas e o seu ambiente de negócios, par-

ticularmente, a legislação e as regu-lamentações do seu setor. As nor-mas apresentam os conceitos e os requisitos mínimos para a gestão de ativos. Todavia, não fornecem orien-tação específica sobre como uma organização deve proceder para im-plantá-las e cumprir esses requisitos. “Por isso, as ações da comissão esta-rão voltadas às demandas dos diver-sos setores empresariais, a exemplo da Austrália que recentemente lan-çou um suplemento que orienta as empresas apresentando ‘o que é’ e ‘como fazer’”, revela a consultora.

Segundo ela, futuramente, a Co-missão trabalhará para que as em-presas sejam capazes de alcançar os benefícios da gestão de ativos não só quanto à melhoria de de-sempenho financeiro e de gestão de riscos, mas também quanto à capacidade de tomar decisões de investimentos que possam gerar novas oportunidades e aumentar a rentabilidade. l

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case de sucesso

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

A Associação de Assistência à Criança Deficiente, AACD, possui seis oficinas onde são

produzidos produtos ortopédicos. A entidade tinha como metas: definir a modernização desse parque fabril, implantar uma gestão da estrutura das unidades produtivas e integrar a produção com as demais áreas de controle administrativo e financeiro.

Dentre os requisitos desse projeto de modernização, estava o desenvol-vimento de um conjunto de aplica-ções de tecnologia da informação (TI) para gerenciar o ciclo de atendimen-to ao paciente, desde a sua recepção na oficina ortopédica até a expedi-ção e entrega do produto fabricado, abrangendo módulos para adminis-trar orçamentos, pedidos, agenda-mento de procedimentos técnicos e produção dos produtos.

AACD AUTOMATIZA GESTÃO DE OFICINASEntidade padroniza processos de produção e reduz o tempo de atendimento a pacientes

A instituição possui seis oficinas nos estados de São Paulo (Unidades Ibirapuera e Osasco),

Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que, anual-mente, produzem mais de 85 mil itens entre próteses, órteses, adequações posturais, sapataria e adaptações para cadeira de rodas, dentre outros. Só em São Paulo, sede da instituição, são confeccionados 60 mil itens. “A rede de oficinas compõe uma operação altamente complexa de atendimento aos pacientes da AACD. Por isso, re-corremos à automação. A tecnologia é uma grande aliada da reabilitação”, diz o CEO, João Octaviano Machado Neto.

Objetivos do Projeto• Modernização do

parque fabril.

• Implantação de uma gestão da estrutura das unidades produtivas.

• Integração da produção com as demais áreas de controle administrativo e financeiro.

Fonte: AACD

Depois de uma seleção no merca-do, a AACD decidiu adotar a solução IBM Maximo, uma suíte de sistemas de tecnologia da informação (TI) que oferece funcionalidades integradas para a gestão de ativos, serviços, flu-xo de trabalho, materiais e compras.

Além dos ganhos operacionais, a implantação contribuiu para que os usuários passassem a ter um front-end amigável e de fácil inter-pretação. A facilidade de interagir com a aplicação, graças a ferramen-tas de workflow e de escalonamen-tos, tornou mais claras e objetivas a visualização de ações e a apuração de resultados.

Desde a implantação do sistema, em agosto de 2013, foi registrada uma melhora de 20% no tempo de atendimento ao paciente, o que per-mitiu intensificar os agendamentos para a execução dos equipamentos prescritos, reduzir prazos de entrega e aumentar a sua pontualidade.

Como próximos passos estão pre-vistos o desenvolvimento e integra-ção do cadastro de itens de produ-tos manufaturados e de revenda, a implantação da árvore de produção e a integração das demais cinco ofi-cinas da AACD ao sistema. Com isso, esperam-se reduções de 7% nos cus-tos de produção, 20% nas horas ex-tras e retrabalhadas e 30% na perda de materiais. l

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artigo

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

G estão de Ativos é um novo paradigma que surge neste início do século 21. Mas para que esse conceito seja trans-formado em cultura organizacional, as lideranças, em to-

dos os níveis, precisam entender os fundamentos que regem essa nova forma de pensar e agir. E é sobre esses fundamentos que vamos nos debruçar neste artigo, publicado em duas etapas (nes-ta edição e na próxima) para que possamos explorar o tema em profundidade.

De acordo com a Norma ABNT NBR ISO 55000, os fundamentos sobre os quais a gestão de ativos se baseia são: valor, garantia, alinhamento e liderança. Vamos discutir cada um deles nos parágrafos seguintes.

ValorAtivos existem para fornecer valor às organizações e suas partes interessadas. As normas 5500x não trazem uma definição explícita de valor. Assim, sua constituição dependerá dos objetivos, da natureza e finalidade da organização e das necessidades e expectativas das partes interessadas.

A Norma ABNT NBR ISO 55000 define objetivo como um resultado a ser alcançado; capabilidade como a medida da capacidade e habilidade de uma entidade (sistema, pessoas ou organização) de atingir os seus objetivos e desempenho como um resultado mensurável.

A gestão de ativos apoia a obtenção de valor, enquanto equilibra custos, riscos e desempenho. Por isso, vamos apresentar a definição de valor como sendo a razão entre capabilidade dividida pelos custos e pelos riscos.

Função é toda e qualquer atividade que um ativo, conjunto de ativos ou sistema de ativos executa para atingir um objetivo (Lafraia, 2002). É o que o ativo faz por nós em um dado

FuNDAMENTOS DA GESTãO DE ATIVOS - PARTE IPara que esse conceito seja transformado em cultura organizacional, as lideranças, em todos os níveis, precisam entender os fundamentos que regem essa nova forma de pensar e agir

João ricardo Barusso lafraia, autor dos livros “Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e Disponibilidade”, “Liderança para SMS” e co-autor dos livros “Gestão Estratégica e Confiabilidade”, “Criando o Hábito da Excelência” e “Liderança baseada em Valores”. Também é autor de vários artigos e palestras em Gestão da Excelência em Confiabilidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente. Atualmente, é gerente geral de Eficiência Operacional do Refino na Petrobras. É Presidente da Abraman e faz parte do Comitê Executivo do Global Fórum para Manutenção e Gestão de Ativos (GFMAM).

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29REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

contexto. Tomemos o exemplo simples de uma caneta. Quantas funções ela tem? Pode ser usada como peso para papel, como um dardo, como um apontador ou como um marcador de papel. Cuidado: a função da caneta não é escrever, pois quem escreve é o seu usuário. Escrever é o que fazemos com a caneta, mas o que a caneta faz por nós é, por exemplo, permitir marcar papel.

Portanto, capabilidade é a medida da capacidade e habilidade das entidades de cumprirem com as suas funções. Combinando as definições, chegamos a que capabilidade é a medida da capacidade das entidades de cumprirem com as suas funções com determinado desempenho.

Então, quantas funções um ativo possui? A resposta simples é: muitas. Mas aquela que focaremos na gestão de ativos depende do contexto no qual o ativo está inserido. Podemos acompanhar qualquer ativo em termos da sua capabilidade e do seu desempenho. A gestão de ativos foca no desempenho do ativo associado à sua capabilidade. Não foca nele próprio, mas no valor que ele pode proporcionar à organização. Valor que pode ser tangível ou intangível, financeiro ou não financeiro, e é definido de acordo com os objetivos organizacionais.

Vamos analisar uma estorinha para ilustrar melhor essa definição de função (AMC, 2013): “Posso não ser o engenheiro mais brilhante do mundo, mas escolhi um motor diesel novo para servir como âncora para o meu barco. De tempos em tempos vou jogar esse motor na água pela frente do barco e amarrá-lo no deck. Você acha que ele funcionará bem como âncora?” Com certeza, meu barco de 17 pés não será arrastado pela correnteza. Mas essa escolha é uma boa solução de engenharia? Não, certamente é muito cara. Imagine ter que ligar para o marinheiro que cuida do meu barco e pedir para ele fazer uma manutenção nesse motor diesel! Que tal trocar o óleo do motor? Faz sentido, nesse contexto? Não.

Aplicando a definição de valor que apresentamos, vemos que, embora o motor usado como âncora cumpra com a função necessária no contexto, seus custos de investimento e manutenção são muito elevados – a atividade de manutenção também depende do contexto. Portanto, o valor desse ativo ficará reduzido.

GarantiaA gestão de ativos garante que os ativos cumprirão com seus propósitos (funções) requeridos. Essa necessidade de garantia surge do objetivo de gestão eficaz de uma organização. A garantia se aplica aos ativos, à gestão de ativos e ao sistema de gestão de ativos.

A variável associada à garantia é o risco, uma medida do efeito da incerteza dos objetivos. Não viajaríamos de avião se a probabilidade de queda (risco) fosse elevada ou, colocando de outro modo, se a incerteza sobre a segurança do voo fosse alta. O risco é caracterizado pela combinação das consequências de um evento e a probabilidade de sua ocorrência.

A gestão de ativos fornece a garantia de que o ativo alcançará seus objetivos com um desempenho especificado. Para esclarecer esse conceito de risco ou garantia vamos analisar a próxima estória: “Se a alguém fosse dada a missão de dirigir um carro de passeio novo entre o Rio e São Paulo levando 12 horas para fazer o trajeto num dia qualquer, qual seria o nível de garantia de cumprimento da missão? Talvez uma probabilidade de 99% fosse adequada. Agora, qual seria o nível de garantia de cumprir a mesma missão em 4h, durante um dia de semana? Talvez, então, a probabilidade de cumprimento devesse baixar para menos de 50%, quem sabe? Para um nível de garantia de 99%, o ideal seria usarmos um avião ao invés de um carro de passeio.” Analisando essa estória, observamos que o nível de recursos e de garantia necessários para cumprir o objetivo seria diferente. Para um nível de garantia de 99% de que a função fosse cumprida, talvez fosse necessário mudar os recursos requeridos. l

Bibliografia:NBR-ISO-55000, 2014. Gestão de Ativos – Visão geral, princípios e terminologia.Asset Management Council, AMC, 2013. Asset Management Fundamentals, Participant’s Workbook. Melbourne, AMC.Lafraia, J. et al., 2002. Gestão Estratégica e Confiabilidade. Rio de Janeiro, Qualitymark.Lafraia, J. et al., 2006. Criando o Hábito da Excelência. Rio de Janeiro, Qualitymark.Lafraia, J., 2011. Liderança para SMS. Rio de Janeiro, Qualitymark.Lafraia, J., et al.. 2010. Liderança Baseada em Valores. Rio de Janeiro, Campus.Lafraia, J. e Hardwick, J., 2013. Living Asset Management. Sidney Engineers Australia.

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MCI - MANUTENÇÃO, CIÊNCIA E INFORMAÇÃO

REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS

V álvula de Segurança (PSV) é um dispositivo au-tomático de alívio de pressão caracterizado por

uma abertura instantânea (“pop”) uma vez atingida a pressão de abertura especificada. Como ela só atua quando solicitada, não é possível identificar o momen-to exato em que ocorre uma falha. Por isso, é de ex-trema importância que esse dispositivo opere com um nível de confiança elevado. O levantamento de dados realizado em 274 certificados de manutenção mostra que pode ser significativo o percentual de válvulas que abrem com pressão diferente da pressão de ajus-te, que se apresentam obstruídas, que vazam antes ou após abertura, que apresentam falhas em componen-

tes ou que não abrem durante o teste de recepção. O objetivo deste trabalho é tratar as Válvulas de Segu-rança por sistema operacional (fluido) – demonstran-do o método de análise dos dados – e adequar sua po-lítica e seu programa de manutenção (todo o processo de manutenção, desde sua retirada de operação até sua reinstalação). Para analisar os dados coletados foi utilizado o software Weibull do MERIDIUM, que forne-ceu os valores dos parâmetros de forma (β), dos parâmetros de vida característica (η) e do nível de confiabilidade de 80%, adequado para válvulas de segurança, demonstrando a ocorrência de uma falha até um tempo aproximado de 33 meses. l

ANÁLISE DA CONFIABILIDADE DAS VÁLVULAS DE SEGURANÇA DA

BRASKEM CS2-BA

TRABALHO TÉCNICO PREMIADO EM 3o LUGAR NO 28o CBMGA

Conheça o trabalho técnico completo no site da Abraman: http://www.abraman.org.br/28-cbm

Márcio Ney de Matos Rodrigues - Braskem Alberto Luis Borges Rodrigues - Braskem

RESUMO

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