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 Subsídio e desregulamentação de direitos trabalhistas no serviço Público. Estabelecido pela emenda constitucional de n 19, reconhecida no meio  j ur ídico como emenda da reforma Administrati va, a remuneração por subsídio es consignada na Constituição Federal em seu art.39 § 4º, dirigida aos membros de poder, Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais bem como detentores de mandato eletivo, já no § 8º se estende a possibilidade de remuneração por subsídio também para os servidores públicos organizados em Carreira. Importante frisar que esta mesma emenda veio à luz em um panorama de modernização das relações entre a Administração e os seus servidores, incluída dentro do contexto da globalização, visava racionalizar os gastos públicos com pessoal e por fim a obrigatoriedade da adoção do Regime estatutário para o serviço público, nesta trilha franqueou a possibilidade de contratação pelo regime Celetista. Este, pelo menos, foi o discurso criado pelos defensores do novo formato de Serviço Público trazido a baila pela alteração constitucional implementada. Na esteira do discurso da modernização e moralização o que pudemos ver foi a pr ecariz ão das relações de trabalho no serv o Público e o crescimento de conflitos sociais com o aparelhamento dos serviços públicos com mão de obra terceirizada, buscando-se a maior efetividade da máquina pública e a não res ponsabilização pelo s custos dos direitos sociais dos trabalhadores.  Travestido pelo discurso de moralidade, efetividade e zelo com a coisa pública foi engendrado um projeto de desmonte do serviço público visando à instalação do Estado mínimo, passando-se inclusive por cima da vontade do poder constituinte originário e desregulamentando direitos sociais. Assim como diversos leitores deste texto eu me fiei à extensão dos princípios administrativos trazidos pela Emenda 19, e acreditei que a gri ta ger al articu lada pelo movimen to sindical dos servid ores públicos era meramente a defesa dos privilégios de uma classe, afinal a emenda 19 instituía os pr incí pi os da moralidade e efetividade, limitava os ga stos com o funcionalismo e acabava com o crescimento indisciplinado da máquina pública. Poderia algum defensor do Estado Democrático de Direito e das ga rantias fundamentais ser contrário a esta necessária Reforma Administra tiva ? Ao final do presente excerto eu espero que os colegas leitores despertem não só para a possibilidade, mas sim para a necessidade de resistir ao nefasto projeto de desmonte do serviço público e retirada de direitos fundamentais do servidor público. A remunera ção na fo rma de subsídio tem como característica a contraprestação em parcela única da força de trabalho dos ser vidores, nivelando todos os membros de uma carreira que passarão a receber um

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Texto que demonstra que subsídio é salário complessivo e defende a não implantação do mesmo no Judiciário Federal

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Subsídio e desregulamentação de direitos trabalhistas no serviço

Público.

Estabelecido pela emenda constitucional de n 19, reconhecida no meio  jurídico como emenda da reforma Administrativa, a remuneração porsubsídio está consignada na Constituição Federal em seu art.39 § 4º,dirigida aos membros de poder, Ministros de Estado, Secretários Estaduais eMunicipais bem como detentores de mandato eletivo, já no § 8º se estendea possibilidade de remuneração por subsídio também para os servidorespúblicos organizados em Carreira.

Importante frisar que esta mesma emenda veio à luz em um panorama demodernização das relações entre a Administração e os seus servidores,incluída dentro do contexto da globalização, visava racionalizar os gastos

públicos com pessoal e por fim a obrigatoriedade da adoção do Regimeestatutário para o serviço público, nesta trilha franqueou a possibilidade decontratação pelo regime Celetista. Este, pelo menos, foi o discurso criadopelos defensores do novo formato de Serviço Público trazido a baila pelaalteração constitucional implementada.

Na esteira do discurso da modernização e moralização o que pudemos verfoi a precarização das relações de trabalho no serviço Público e ocrescimento de conflitos sociais com o aparelhamento dos serviços públicoscom mão de obra terceirizada, buscando-se a maior efetividade da máquina

pública e a não responsabilização pelos custos dos direitos sociais dostrabalhadores.

  Travestido pelo discurso de moralidade, efetividade e zelo com a coisapública foi engendrado um projeto de desmonte do serviço público visandoà instalação do Estado mínimo, passando-se inclusive por cima da vontadedo poder constituinte originário e desregulamentando direitos sociais. Assimcomo diversos leitores deste texto eu me fiei à extensão dos princípiosadministrativos trazidos pela Emenda 19, e acreditei que a grita geralarticulada pelo movimento sindical dos servidores públicos era meramentea defesa dos privilégios de uma classe, afinal a emenda 19 instituía os

princípios da moralidade e efetividade, limitava os gastos com ofuncionalismo e acabava com o crescimento indisciplinado da máquinapública. Poderia algum defensor do Estado Democrático de Direito e dasgarantias fundamentais ser contrário a esta necessária ReformaAdministrativa? Ao final do presente excerto eu espero que os colegasleitores despertem não só para a possibilidade, mas sim para a necessidadede resistir ao nefasto projeto de desmonte do serviço público e retirada dedireitos fundamentais do servidor público.

A remuneração na forma de subsídio tem como característica a

contraprestação em parcela única da força de trabalho dos servidores,nivelando todos os membros de uma carreira que passarão a receber um

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mesmo valor independente de quaisquer condições diferenciadas detrabalho. Nesta perspectiva o Subsídio afasta o cabimento de adicionais deinsalubridade, trabalho extraordinário, periculosidade, insalubridade etempo de serviço. Disfarçado em uma idéia de transparência eracionalização do gasto público o objetivo é tão somente gastar o menos

possível com o funcionalismo público. E que mal há nisso? Não haverianenhum desde que a busca fosse por um melhor resultado para asociedade, porém o que se busca é tão somente a desoneração do Estadode suas responsabilidades para que os recursos possam ser transferidospara setores mais rentáveis dentro da ótica do mercado.

Muito embora o panorama político e econômico esteja no cerne da questãoeste trabalho busca levantar um argumento jurídico contra a implantaçãodo subsídio qual seja a desregulamentação de direitos trabalhistasfundamentais no seio do serviço público com a implementação do

vencimento em parcela única.O Subsídio como padrão remuneratório como já adiantamos é aplicado demodo a suprimir contraprestações remuneratórias que tem por finalidaderecompor a força de trabalho prestada em situações especiais, em outraspalavras com a implementação do subsídio ainda que o trabalhador laboreem horário extraordinário ou mesmo noturno não fará jus ao recebimentode quaisquer verbas específicas.

É importante lembrar que a Constituição Federal consigna no seu art. 7º odireito dos trabalhadores em geral incluídos os servidores públicos a

limitação da jornada com pagamento de horas extraordinárias comacréscimo de no mínimo 50%, adicional para o trabalho prestado em horárionoturno bem como em condições insalubres, perigosas ou penosas. Estesdireitos consagrados historicamente pela luta dos trabalhadores sãosuprimidos pela instituição do subsídio.

A estratégia do Governo de pagar por subsídio é conhecida e vedada noseio da iniciativa privada onde recebe a denominação de SALÁRIOCOMPLESSIVO, como bem sabemos é proibido o pagamento do trabalhadorda iniciativa privada sem a indicação das parcelas atinentes a cada um de

seus direitos sociais. A proibição consignada expressamente no §2º da CLTque diz “O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que sejaou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza decada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida aquitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas” é tambémcristalizada pela pacífica jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalhoque em sua Súmula 91 consigna” Nula é a cláusula contratual que fixadeterminada importância ou percentagem para atender englobadamentevários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”

Observem que a “novel” modalidade remuneratória foi trazida numa

perspectiva que contraria ao poder constituinte originário, o elenco dedireitos fundamentais do trabalhador só admitem as restrições

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estabelecidas no próprio bojo da Constituição Federal, entre nós vige oprincípio da proibição do retrocesso, o constituinte buscou garantir ummínimo legal para que o trabalhador pudesse vender a sua força de trabalhoauferindo em tal processo uma vida digna e não abrindo espaço para que aosabor do mercado o trabalhador fosse tolhido da necessidade de negociar

seus direitos fundamentais para garantir uma maior contraprestação.

A implantação do subsídio em quaisquer das carreiras públicas representaefetivamente um processo de desregulamentação dos direitos trabalhistasdos servidores e o abrir de porta para que o mesmo se dê no setor privado,o conceito de subsídio é idêntico ao de salário complessivo vedado ecombatido por toda nossa tradição legal e jurisprudencial na searatrabalhista, e este embate não se faz de modo irresponsável com o meroobjetivo de garantir maior vantagem para a classe dos trabalhadorespúblicos, os direitos do trabalhador são garantias que beneficiam toda a

sociedade, o empregador seja ele privado ou público tem o dever de arcarcom a responsabilidade inerente a um sistema que preserve os direitos e adignidade do trabalhador.

PCS e Subsídio

Estabelecida a argumentação jurídica acredito que ficou demonstrada aposição deste articulista ao entender que subsídio nada mais é que saláriocomplessivo, de modo que para além da vedação legal e entendimento

 jurisprudencial no que diz respeito ao setor privado a própria CF em meuentender não permite o retrocesso perpetrado pela supressão objetiva dedireitos sociais do trabalhador tais como Adicionais de hora extraordinária,trabalho noturno entre outros.

Contudo muitos dos meus colegas que estão envolvidos na discussão destereajuste podem estar neste momento se perguntando “Sim subsídio ésalário complessivo mesmo, mas neste momento ele representa pra mimuma possibilidade de ganho bem maior que o PL original, vamos aprovar oSub e depois brigamos contra as possíveis inconstitucionalidades dele assimcomo os juízes”

Bem, então gostaria de compartilhar com os colegas algumas ponderaçõese dados para que possamos juntos refletir e chegar a um consenso, respeitoverdadeiramente às posições que ficam no embate de idéias, já fuipartidário do subsídio e hoje me convenci que o melhor para toda acategoria é o PL original, espero que vocês continuem lendo pra entenderum pouco do por que. Gostaria também de deixar claro que como a maioriados colegas minha luta é pelo reajuste, a diferença é que não só acreditoque o PL original seja melhor para toda a categoria, mas também que ele épossível de ser aprovado sem rebaixamentos garantindo a equiparação com

carreiras análogas, objetivo consensual.

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Primeiramente concordo que existe uma distorção legal que levou a estadiscussão fratricida dentro do serviço público do Judiciário, a despeito doverdadeiro combate que se instalou acredito que os colegas que nãopossuem incorporações deixaram claro que o nosso plano de carreiradeverá elaborar meios para que os reajustes possam contemplar

percentuais maiores para os colegas que não possuem grandesincorporações. A distorção não é necessariamente entre novos e antigos ébom que se deixe isso claro, nem todo colega mais antigo no Judiciáriopossui incorporação, nós temos número desproporcional de Fc´s entre osramos e outras especificidades que não nos permitem generalizar a questãocom os chavões embrutecidos de “Antigoes” e” fraldinhas”.

Este é o meu primeiro ponto, a despeito de sermos uma categoria formadapor diversos ramos do Judiciário, dentro deste ramo termos uma infinidadetão grande de atribuições e especificidades é necessário que possamos

construir uma proposta que beneficie o conjunto dos servidores. Aaprovação deste plano assim como os demais exige o esforço unificado dacategoria sendo assim não vejo como chamar a todos para lutar por umaproposta que consigna zero de aumento para uma parcela dos servidores. Jáouvi vários colegas dizerem que uma pessoa que já ganha o teto do serviçopúblico não precisa de aumento e acreditem eu posso até concordar comisso, mas, se seguir por aí vou acabar concordando também com otrabalhador que ganha um salário mínimo e que acha que nós queganhamos R$ 6.000 também não merecemos aumento. Enfim acredito quetodos os servidores independente do seu contracheque se imaginam

merecedores de sua remuneração e não acho legítimo que uma parcela dacategoria estabeleça o contrário impondo reajuste zero para aquele colega,reafirmo que parto do princípio que devemos unir TODA a categoria, paramim não existem indesejáveis e a proposta de nosso plano deve seguir esteprincípio de atender aos anseios de todos de modo que dentro desse perfil oque temos hoje é o PL original que garante um bom aumento para todos.

Outro ponto para mim é o fato do subsídio incluir condições de trabalhoespecial e normal tudo em uma mesma contraprestação remuneratória,verifico que muito embora eu ache excelente ter um ganho que englobepercentuais de até 40% sobre o vencimento referentes à prestação do

serviço em atividade insalubre mesmo que eu não preste serviço ematividade insalubre, acho que isso contraria o anseio de outra parcela dacategoria que labora em situação especial que no caso tem comocaracterística a oneração de sua saúde, e que com o subsídio irão continuarnesta condição recebendo o mesmo que nós que laboramos em condiçõesnormais. Alguns colegas, já ouvi falar, consideram um subsídio diferenciadopara esta parcela, contudo a proposta atual não tem nada a este respeito enão existe qualquer compromisso objetivo com estes colegas na atualproposta de subsídio.

A proposta do subsídio se diz alternativa ao PL original, contudo é naverdade proposta de uma parcela da categoria, e não constrói uma

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alternativa, pois parte do pressuposto que o PL original não será aprovadopor questão orçamentária. Os colegas realmente acreditam que a questãode nosso reajuste é orçamentária? Em nenhum momento o MPOG ou oGoverno, neste PCS e nos que o antecederam sentou para negociar com osservidores informando que dispunha de um valor “x” para nos apresentar, a

proposta governamental é zero, não por falta de divisas, mas, sim porquefomos escolhidos para da um exemplo a todas as carreiras do serviçopúblico conforme diversos parlamentares já declararam. Sendo a questãopolítica, e acredito que é e sempre foi, o que vai garantir nosso reajuste é amobilização da categoria. Os colegas vão lembrar que durante a discussãode nosso PL o projeto já foi rebaixado e já antecipamos a discussãoorçamentária justamente com o objetivo de acelerar sua aprovação, seráque precisamos fazer o trabalho do Governo buscando uma alternativa paradiminuir o impacto? OS colegas acreditam que sete bilhões para garantir aqualidade do serviço público no Judiciário é dinheiro demais? Ainda que a

sua resposta seja sim colega, o STF discorda de você e incluiu em suaproposta orçamentária o valor do PL original conforme amplamentenoticiado nos sites de nossas entidades sindicais, o PL original não estámorto, ele é a proposta oficial da categoria e da Cúpula do Judiciário,representa a possibilidade de um bom reajuste para toda a categoria edepende da mobilização de todos.

Acho importante lembrar porque que quando discutimos carreira nós nãodiscutimos tabelas. As tabelas representam o interesse inicial de todos osservidores, independentemente do modelo existe uma propensão a se

defender o plano em que a tabela traga maior benefício. Quando iniciamosa discussão de carreira deixamos a tabela para o final de modo a não nosdeixarmos levar pelo poder ilusional das tabelas. E qual a diferença dastabelas do PL e do subsídio? Bem a tabela do PL já sofreu rebaixamento,milita em seu favor a discussão prévia que tivemos para chegar aos valoresali consignados e ainda o fato de que ela garante para TODOS um aumentorelativamente bom, a tabela do subsídio foi apresentada pelo deputadoReginaldo Lopes com base na tabela dos subsídios da Receita Federal e nãopassou por qualquer discussão no seio da categoria. Como as tabelas jáestão em nosso meio trago aqui pra vocês uma tabela comparativa colhida

no site do Sinagencias que mostra as propostas de subsídio de diversascategorias e a proposta do Governo:

Tabela comparativa entre as propostas (Categoria/Governo) – Remuneração por Subsídio:

  Nível Intermediário Nível Superior

  Proposta Inicial Final Inicial Final

Receita Federal

Dacategoria

R$ 8.682,72 R$ 11.879,00 R$ 17.098,18 R$ 21.372,72

Do GovernoR$ 7.996,07 R$ 11.405,00 R$ 13.600,00 R$ 19.451,00

Finanças eControle

Dacategoria

R$ 7.108,62 R$ 11.405,32 R$ 12.501,00 R$ 19.251,00

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Do GovernoR$ 4.748,56 R$ 7.940,00 R$ 12.208,57 R$ 18.280,00

Ciclo de Gestão

Dacategoria

R$ 6.662,68 R$ 10.270,41 R$ 12.113,97 R$ 18.673,47

Do GovernoR$ 4.917,28 R$ 8.310,35 R$ 12.960,55 R$ 18.284,60

Banco CentralDacategoria

R$ 7.108,62 R$ 11.405,32 R$ 12.501,00 R$ 19.251,00

Do GovernoR$ 4.918,07 R$ 8.310,35 R$ 12.960,77 R$ 18.478,45

Agências

Reguladoras

Dacategoria

R$ 9.454,67 R$ 13.494,38 R$ 13.802,43 R$ 19.699,82

Do GovernoAinda nãoapresentou

Ainda nãoapresentou

Ainda nãoapresentou

Ainda nãoapresentou

ATUAL* Remuneração dosservidores das Agências

Reguladoras

R$ 2.970,78-TR R$ 2.122,09-TA

R$ 4.531,65-TR R$ 3.509,53-TA

R$ 6.044,26-ER R$ 4.320,51-AA

R$ 9.074,12-ER R$ 7.013,72-AA

*Como exemplos, são os valores da remuneração do Técnico em Regulação (TR), Técnico Administrativo (TA),Especialista em Regulação (ER) e Analista Administrativo (AA).

*retirada do informativo do Sinagencias link :

http://www.sinagencias.org.br/pub/index.cfm?CODE=01&COD=6&X=1105

Nesta tabela os colegas podem notar que nas carreiras com efetivo bem

inferior ao quadro de servidores do Judiciário o Governo, a exceção daReceita Federal, rebaixou a proposta de subsídio em um valor aproximadode R$ 1.500,00 no que diz respeito aos técnicos judiciários deixando valoresquase inalterados dos cargos de nível superior, é ou não é um fato aconsiderar? Será que aderindo à proposta de subsídio poderemos garantiros valores consignados na Emenda? Se o Governo apontar para orebaixamento da tabela de técnicos nós analistas recusaremos emsolidariedade? Para mim a proposta de subsídio é claramente duvidosa paraos técnicos judiciários que em eventual rebaixamento (rebaixamento esteque como demonstra a tabela anterior é praxe na negociação com oGoverno) engrossariam as já citadas parcelas da categoria a quem aproposta do subsídio não corresponde.

 Trago ainda outra noticia veiculada no site do Sinagencias com destaquemeu:

 

“O Secretário novamente enfatizou que o debate sobre Subsídio para asAgências está necessariamente condicionado aos debates sobre Carreira, poiso governo entende que a remuneração por Subsídio é devida somenteàqueles servidores que tem atribuições com interface direta com asociedade, como agente do Estado. Nessa concepção, a atuação doservidor deve representar a externalização direta da ação do Estado.Assim, para ele, a área em que isto fica mais evidente é nas atividades defiscalização.

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Nessa linha, Duvanier entende que nem mesmo todos aqueles quetrabalham na dita área fim executam função de fiscalização e, a princípio,não deveriam ser remunerados por Subsídio, pois não estão na linha defrente, expostos ao assédio, risco e perigos, apesar de ressalvar casosrelacionados à fiscalização exercida pela Anvisa, Anatel, ANTT e ANP. Com

isso, para ele, não seria devido o subsídio a todos. Dessa forma, o governoainda não entende que a atividade exercida pelos servidores das Agênciasdeva ser remunerada por Subsídio e que isso somente poderá ser superadoa partir de debates aprofundados sobre as Carreiras, inclusive sobre temascomo transversalidade das carreiras entre as Agências, dentre outros assuntosrelacionados.”

• Retirada do link http://www.sinagencias.org.br/pub/index.cfm?CODE=01&COD=6&X=2277

O Duvanier é o secretário do MPOG que negocia com as agencias reguladoras que buscam a aprovação do subsídio. Quantos dos servidores do Judiciário ficariam de forade uma proposta de subsídio caso o Governo mantenha o posicionamento apresentadoem Julho desse ano em Reunião com o Sinagencias? Analistas administrativos estariamde fora da proposta de subsídio? Que atividades exercidas pelos nossos técnicos

 poderiam ser englobadas? Tecnologia da Informação? Se o Governo acha que devehaver um debate aprofundado sobre carreira será que ao abraçarmos a proposta dosubsídio não estaríamos nos propondo a realizar esta discussão antes? Será que não seriaesta mais uma desculpa para a postergação de nosso reajuste?

O PL original foi construído pela categoria em suas instâncias deliberativas sendo frutode vigoroso debate, ele não é perfeito como nenhum projeto de nossa categoria será,

 porém ele garante o anseio de TODA a categoria, possibilita um reajuste considerável para todos e não cria novas distorções muito embora ele não enfrente as existentes, umlegado deste PCS é a urgência da construção de nosso plano de Carreira, porém omomento é de consecução do desejo de todos, todos nós queremos o reajuste o maisrápido possível e sem rebaixamentos, optando pelo PL original optamos por uma

  proposta que muito embora não seja perfeita vai ao encontro do anseio de toda

categoria, acredito que vale a pena abrir Mao do anseio de reajuste de aproximadamente100% por isso. O nosso reajuste só virá com muita luta e precisaremos de todos nessaluta, o momento não é mais de debate e sim de embate, vamos lutar para arrancar doGoverno o nosso reajuste, só unidos conseguiremos isso e repito, não é hora de

 buscarmos o anseio de uma parcela ou outra, é necessário fecharmos com uma propostaque garanta reajuste para TODOS para que TODOS possam estar na luta.

Fabrício Cruz (TRT-BA)