sublimação teoria na prática (1)

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1 SUBLIMAÇÃO DIGITAL TEORIA NA PRÁTICA Andrei Targino de Araujo [email protected] outubro 2012

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Page 1: Sublimação Teoria na Prática (1)

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SUBLIMAÇÃO DIGITAL

TEORIA NA PRÁTICA

Andrei Targino de Araujo

[email protected] outubro 2012

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Sublimação Digital

A sublimação ocorre quando uma matéria muda de um estado sólido passa do estado sólido

para o gasoso sem passar pelo estado líquido. No processo de termo transferência não ocorre

propriamente uma sublimação (mudança de estado) e sim uma transferência do corante da

estampa para o material sintético (poliéster, PET ou poliamida)

Isto ocorre porque ao ser aquecido as fibras se abrem, criando espaços intermoleculares que

permitem que os corantes da estampa, que também estão aquecidos se transfiram para

estes espaços abertos com a dilatação e o material ao resfriar as fibras se contraem fechando

os espaços e assim encapsulando o corante no seu interior.

Os Corantes dispersos têm esta propriedade quando aquecidos a temperaturas acima de 160°

graus Celsius, em função do tamanho de sua molécula, quanto maior a molécula maior a

temperatura de Sublimação.

Uma “tinta” que pode ser a base de água ou solvente com corantes dispersos é impressa no

papel transfer para sublimação. Então a estampa impressa através de calor e pressão é

transferida para o material.

De forma geral todos os tecidos com um mínimo de 60% de conteúdo de fibras sintéticas

(poliéster, tecido PET ou poliamida).

Tecidos de algodão ou seda não aceitam a termo transferência a menos que sejam

previamente tratados com uma resina especial para aceitar as tintas sublimáticas.

Muitos materiais como couro, madeira, alumínio e cerâmica entre outros podem ser

revestidos com uma de resina a base poliéster para serem impressos. Estes materiais precisam

resistir as altas temperaturas usadas no processo de termo transferência (180 a 210° C).

Existem três principais componentes de um sistema de sublimação: uma impressora inkjet,

tintas sublimáticas e uma prensa térmica. Há uma série de impressoras inkjet disponíveis no

mercado desde modelos desktop (20 cm a 61 cm de largura) e de Grandes Formatos Modelos

de 1.00 metro ou maiores). Dependendo da impressora, os bureaus podem escolher entre

uma variedade de cores e configurações de quatro a oito cores para sublimação a um sistema

híbrido que inclui tanto tinta de sublimação e tintas para o algodão. Finalmente, a prensa

térmica ou calandra rotativa são indiscutivelmente o mais importantes componentes

sublimação. Existem diversos modelos no mercado. Com tantas variáveis como é que você

pode decidir qual solução será mais adequada para seu negocio. Deve ter em conta,

orçamento e espaço físico. Existem duas questões críticas que você terá que decidir ao

escolher o tipo e tamanho da impressora inkjet , prensa térmica e ou calandra rotativa.

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Qual produto pretende fazer?

Têxtil, brindes, comunicação visual. Para cada tipo existe uma configuração específica de

equipamento.

Qual volume de impressões?

Se você puder responder a esta pergunta as suas chances para adquirir um sistema ideal para

os produtos que você pretende produzir e o volume você pretende produzir serão bem

maiores como podemos ver abaixo.

Impressora

Modelos disponíveis no mercado, velocidade de impressão, tamanho dos produtos que você

pode fazer quantidade de imagens que você pode imprimir em uma hora. Por exemplo, se

você estiver interessado em produzir peças de 50 cm x 50 cm o ideal é adquirir um impressora

maior para poder otimizar a produção . Se você está pensando em produzir um grande

número de produtos de uma só vez (volume de produção), seria interessante estudar a

possibilidade de adquirir equipamentos mais rápidos ou 2 impressoras de velocidade média.

Abaixo algumas marcas que possuem equipamentos que permitem colocar tintas sublimáticas.

Verifique com os fabricantes dos equipamentos se recomendam ou não certos modelos para

sublimação. Antes de adquirir verifique se o equipamento é o ideal se tem garantia do

fabricante, o custo das peças de reposição (cabeça, dumper, estação de limpeza, mão de obra

para troca das peças), e facilidade de manuseio e possibilidade de colocar mídias de grandes

comprimentos (ex. bobinas de 200 ou 300 metros) principalmente se tem interesse em fazer

tecido corrido ou fitas. Abaixo algumas marcas de renome que possuem equipamentos que

podem ser instaladas tintas de sublimação.

Epson

Mutoh

Mimaki

Roland

Prensa e calandra para transferência

Da mesma forma que você irá escolher a sua impressora baseada no tamanho, a prensa

também. A qualidade do produto deve ser observada e levada em conta na hora da compra.

Vai-se ser produzir itens em larga escala ou vários itens de uma vez, deve possuir tamanho

suficiente para acomodar estas demandas. Por exemplo, se você fabricará vestuário considere

que existem grandes variações de tamanho desde infantil até tamanho GG . A prensa deve

ser capaz de acomodar o seu produto em uma única prensagem (por lado). Procure sempre

adquirir equipamento de excelente qualidade, que possua uma excelente distribuição de

temperatura na placa, termostato preciso e tamanho para acomodar seus produtos. Ao

adquirir uma prensa, atente-se que equipamentos baratos não terão durabilidade compatível

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sendo necessário adquirir um novo produto em pouco tempo. A principal escolha de uma

prensa é a capacidade de manter a temperatura constante e possuir uma placa que resista ao

empenamento, pois estará sempre sujeita a pressão do fechamento. Quanto a calandra tem

que verificar a velocidade de transferência, diâmetro do cilindro, se possui aquecimento a

banho de óleo, numero de suportes para colocar tecido, papel de proteção, bem como

rebobinar todos eles. Um dos fatores principais é qualidade do tapete, pois a transferência

entre o tapete e o cilindro Com estas variáveis podemos saber a real velocidade de

transferência, assim determinando a produtividade do equipamento.

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Tinta Sublimática

A tinta sublimática deve ser elaborada com matéria prima de altíssima qualidade para

propiciar cores vivas e intensas, além de facilitar o processo de transferência. Deverão ser

especialmente elaboradas com tecnologia para atender às especificações dos fabricantes de

impressoras em relação as propriedades físico químicas , tamanho da partícula, velocidade da

impressora, garantindo fluidez em todas velocidades, com isto evita-se problemas de

entupimento da mesma, os quais muitas vezes são confundidos com outros problemas

relacionados com as propriedades físico químicas das tintas. É relativamente fácil descobrir se

o problema ocorre por entupimento da cabeça ou se é erro de ajuste das propriedades da

tinta ou ainda falha no equipamento. O preço da tinta sempre será proporcional a qualidade

que a mesma oferece. Quanto maior a qualidade dos componentes o preço sempre será mais

alto e a durabilidade da cabeça de impressão será proporcional a qualidade da mesma. A tinta

sublimática em si não é patenteada, mas o processo de sublimação digital é patenteado pela

Sawgrass inclusive no Brasil. Portanto tintas licenciadas tendem ser mais caras pois pagam

royalties para proteger o cliente de possíveis problemas futuros.

Papel sublimático x papel convencional

A partir de 2005 houve um crescimento muito intenso da sublimação digital fazendo com o

que surgisse no mercado, papel tratado para sublimação entre eles o papel transfer Havir R90

Sublijet, permitindo a obtenção de um produto final de alta qualidade. Diferente do papel

convencional, o papel sublimático libera a tinta ao invés de absorvê-la, proporcionando uma

termo-transferência de superior qualidade com cores intensas nível de detalhamento da

imagem impressa bem como uma economia de tinta na casa de 20 a 30 % em relação a outros

papéis absorvem a tinta deixando tons e cores mais baixas e um gasto bem maior de tinta,

tempo de secagem e consequentemente aumento de custos.

A utilização de papel não tratado, é uma opção do proprietário da empresa que muitas vezes

baseia-se em custos de comparação entre 2 produtos totalmente diferentes para mesma

aplicação, e não no processo inteiro com isto obtendo resultados muito inferiores quando

comparados aos papeis sublimáticos. Esta grande diferença é resultante da absorção

inadequada da tinta sublimática pelo papel não tratado. A principal diferença é que papel

sublimático impede a absorção da tinta através de uma resina na superfície do papel, que

ajuda a liberação total no momento da prensagem. A economia de tinta chega a te 35% em

relação ao papel não tratado. Muitas empresas vendem papeis comuns como fossem

sublimáticos.

Algumas dicas importantes para manter a qualidade e estabilidade do papel, garantindo uma

boa secagem e preservar o cabeçote de possíveis crashs no papel:

Não direcionar a saída do ar condicionado diretamente cima da impressora.

Temperatura 20ºC a 25ºC

Umidade 50% a 60%

Manter as bobinas na posição vertical

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Proteger da umidade do chão e paredes colocando sobre palete de madeira e afastado da

parede

Termo higrômetro para medir a umidade e temperatura.

Alinhamento: Dos guias de e saída “mídia clamp” para evitar encanoamento nas laterais do

papel.

Secagem: Recomenda-se aguardar no mínimo 1 hora antes de transferir a bobina impressa.

Após o termino do trabalho acondicionar a sobra da bobina nas condições mencionadas para

estocagem

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A importância do perfil de cores para o mercado de sublimação

A vários anos ouço de clientes que inventam paletas de cores nos softwares de vetoração para

conseguirem o “vermelho”, “azul”, “verde”, pois com as paletas padrão do softwares não

conseguem as cores corretas e tem que fazer misturas de cores para conseguir um vermelho

adicionando cyan ou preto por exemplo.

Este é um procedimento muito comum no mercado desktop de sublimação (impressoras de

mesa A4 e A3) e muitos que usam impressoras de grandes formatos também.

Isto ocorre muitas vezes por falta de informação do revendedor de tintas que não tem

conhecimento suficiente para orientar ou mesmo equipamento necessário para criar perfil

para cliente. Estas empresas estão interessadas somente em vender tintas sem nenhum

comprometimento com a qualidade do produto final que o cliente necessita, bem como o

gasto excessivo de tintas aumentando consideravelmente o custo final dos produtos que o

cliente confecciona.

Diante deste quadro resolvi incluir este tutorial no intuito de auxiliar milhares de pequenas

empresas que no dia a dia passam pelo problema de ajustar cores.

O primeiro problema que deparamos é em relação as cores pois as pessoas normalmente

enxergam cores de forma diferente, para uns o vermelho coca cola é vermelho e o vermelho

Ferrari tende para o laranja. A única forma correta de comprovar qual vermelho é o correto,

consulte a tabela Pantone CMYK , procurando a cor vermelha que possua em sua composição

100% de magenta e 100% de amarelo, assim pode-se afirmar qual vermelho é o mais próximo

do correto. Para ter certeza qual cor vermelha é a correta somente tendo um sistema de

prova contratual que custa alguns milhares de reais.

Neste mercado a cor é um grande problema porque as impressoras utilizam a curva de cor

RGB e ao imprimir utilizam 4 cores sendo elas Cyan, Magenta,Yellow e Black e alguns modelos

lite magenta e lite cyan, o que ajuda para complicar a situação.

Os diferentes modos de cor: RGB e CMYK

Modo de Cores RGB

O modo de Cores RGB é utilizado de forma que se atribua um valor de intensidade a cada pixel

em uma escala de 0 (preto) a 255 (branco) para cada um dos componentes RGB (vermelho,

verde e azul) em uma imagem colorida. Por exemplo, um vermelho-claro pode ter um valor de

vermelho (R) de 246, um valor de verde (G) de 20 e um valor de azul (B) de 50. Quando os

valores dos três componentes são iguais, o resultado é um tom de cinza neutro. Quando o

valor de todos os componentes é 255, o resultado é branco puro e, quando o valor é 0, o

resultado é preto puro.

As imagens RGB utilizam três cores, ou canais, para reproduzir cores na tela. Os três canais são

convertidos em 24 (8 bits x 3 canais) bits de informações de cores por pixel. Com imagens de

24 bits, é possível reproduzir até 16,7 milhões de cores. Com imagens de 48 bits (16 bits por

canal), uma quantidade ainda maior de cores pode ser reproduzida.

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Modo de Cores CMYK

No modo CMYK atribui um valor de porcentagem a cada pixel para cada uma das tintas de

processamento. Pequenas porcentagens de cores de tintas de processamento são atribuídas

às cores mais claras (realce), enquanto porcentagens mais altas são atribuídas às cores mais

escuras (sombra). Por exemplo, um vermelho-claro pode conter 2% de ciano, 93% de magenta,

90% de amarelo e 0% de preto. Em imagens CMYK, o branco puro é gerado quando todos os

quatro componentes possuem valores de 0%.

Espaço, espectro ou gamut de cores CMYK e RGB

O espaço de cores que um determinado dispositivo consegue reproduzir , capturar ou

apresentar é chamado de gamut . O gamut de cores que a maioria dos dispositivos, como por

exemplo impressoras, conseguem mostrar é apenas uma pequena fração do espectro de cores

possíveis. Podemos ver isso na imagem abaixo.

As cores normalmente diferem de um dispositivo para outro, seja ele uma impressora ou, um

monitor. Isto acontece por vários motivos, sendo que o principal é o simples fato de estarmos

trabalhando em contextos diferentes. Claro que, se calibrarmos ao máximo dispositivo

semelhante, conseguimos cores próximas, porém, nunca será possível visualizar algo no

monitor e reproduzir isso mesmo numa impressora, pois o monitor trabalha na gama de cores

RGB e a impressora, normalmente, na gama CMYK. Para minimizar esta situação relativa aos

diferentes modos de cor, usamos regularmente perfis de cor. Estes perfis, habitualmente

embebidos nos próprios arquivos, conseguem assegurar que a cor se mantenha a mais fiel

possível ao longo de todo o processo, sejam eles diferentes monitores, diferentes impressoras,

ou mesmo outros dispositivos. Assim, é muito importante que logo que iniciemos um trabalho,

se defina o perfil de cor a utilizar. Esta decisão deve depois ser acompanhada desde a

digitalização, passando pelo design, artes finais e terminando na impressão do trabalho. Só

assim, conseguiremos manter e prever as cores finais do caso contrário… imprimir será sempre

uma aventura!

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Perifl ICC de cores

Um perfil ICC é um arquivo que descreve as capacidades e limitações dos dispositivos que

geram cor. Ele pode ser usado em conjunto com a tecnologia ColorSync da Apple e aplicações

como por exemplo o Adobe Photoshop para corrigir imagens de cores e igualar cores o

próximo possível desde o scanner o monitor e à impressora.

Os perfis de cor ICC é um padrão informativo da gestão de cores desenvolvido pela

International Color Consortium. Estes componentes que já estão na Versão 4 servem para

otimizar a compatibilidade da cores em diferentes suportes. Estes perfis podem ser embebidos

nas próprias imagens e usados para processar quando digitaliza, visualiza ou imprime um

determinado trabalho. Os perfis de cor descrevem o comportamento de uma determinada cor

em diferentes suportes e ou equipamentos de forma a que, durante o fluxo de trabalho, se

consiga obter sempre uma cor consistente, confiável e realista em todos e qualquer estágio de

trabalho de impressão.

Quando trabalhamos com aplicações gráficas como Adobe Photoshop, Corel Draw, Adobe

Illustrator, Macromedia Freehand, entre muitas outras, devemos logo à partida, ao criar a

página, definir qual o espaço de cor com que desejamos trabalhar e perfil de cor a utilizar.

Depois, mesmo que coloquemos imagens em RGB, CMYK, ou outro espaço de cor, as mesmas

são automaticamente convertidas à saída para o espaço de cor que anteriormente definimos

sem a necessidade de converter imagem a imagem.

Dispositivos diferentes criam cores diferentes. Mesmo duas impressoras do mesmo modelo e

marca irão requerer ajustes ligeiramente diferentes para produzir a mesma cor (e irão produzir

cores ligeiramente diferentes com os mesmos ajustes).

Perfis personalizados tomam muitos fatores em conta incluindo cor do papel, textura, ajustes

de impressora além de outros. A única forma de assegurar que você está recebendo a mais

exata e fiel imagem possível é usar um perfil que foi criado especialmente para seu

equipamento, papel, tintas e ajustes.

Um perfil ICC de impressora contém uma grande quantidade de informações.

Abaixo apresentamos uma lista de alguns itens incluídos no perfil da impressora.

É importante notar que se houverem mudanças em um dos itens da lista, o perfil pode tornar-

se inválido e deverá ser recalibrado ou um novo perfil deve ser criado.

Algumas das informações contidas no perfil ICC: Ganho de ponto, Registro, Tintas, Substrato,

Temperatura, UCR ou GCR, Reticulação, Resolução, Ajustes do Driver e de Aplicações,

Calibração, Ajustes de arquivos de imagens e outros.

Não se deve esperar uma equivalência entre o monitor (o qual precisa, naturalmente, ser de

boa qualidade, não muito antigo, e apropriadamente calibrado) e o perfil impresso. Isto é

devido a diferenças físicas entre o monitor e a saída de impressão. Entretanto, quando o

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impresso é visto sob condição de iluminação padrão de 5000º K (D50) a aproximação pode

ficar bem maior.

Tenha em mente quando utilizam às mesmas tintas e o mesmo papel, você apenas necessita

de um único perfil. Mas cada vez que você usar tintas ou papel de outro fabricante , você

deverá refazer o perfil para ter a mesma qualidade anterior. Lembre-se que perfis são feitos

para caracterizar o processo de impressão. Se você mudar qualquer parte refletirá

diretamente nas cores impressas. Portanto será necessário criar um novo perfil.

Assim, o ideal é a compra de um calibrador de monitor e impressora (Ex: Eye One Pro Xrite)

que já vem com o software para perfis ICC em monitores e impressoras. Todos os perfis ICC,

se construídos apropriadamente, podem ser usados em computadores Mac ou Windows. Sua

capacidade para usá-los depende mais das suas aplicações do que do sistema operacional.

A imagem da esquerda foi corrigida pelo perfil ICC da impressora

Vantagens de utilizar perfil de cores e necessidade de elaborar novo perfil

Um perfil de cores bem elaborado, o consumo de tinta será menor, a qualidade da impressão

será superior com excelente fidelidade de cores. A economia de tinta chega ser 30% menor em

relação ao mesma imagem impressa sem perfil de cores (utilizando papel sublimático).

Outra grande vantagem é que ao reimprimir o mesmo trabalho não haverá alterações nas

cores, e como disse anteriormente acaba a necessidade de construir paleta de cores especiais.

Vale lembrar que os tecidos de poliéster possuem características diferentes como ótico do

tingimento que é violetado, ocorrendo uma variação de cor entre os tecidos de poliéster. Isto

também é valido para peças tratadas com poliéster como azulejos, canecas, madeira, vidro,

pois existem diversos fabricantes com suas formulações específicas sendo assim é necessário

efetuar teste e definir um novo perfil para manter uma qualidade das cores.

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A importância da qualidade da imagem a ser impressa

Resolução da imagem e qualidade de cores

Todo trabalho depende da qualidade da imagem atente-se sobre isto.

Uma imagem que se encontra disponibilizada na internet é em 90% dos casos uma imagem

com apenas 72 dpi de forma a que a mesma seja mais leve e como tal surja mais rapidamente

no seu monitor. Independentemente de a imagem ter um centímetro quadrado, ou um metro

quadrado, ela é normalmente composta numa resolução de apenas 72 dpi.

A questão é a resolução da imagem, ou para simplificar, pode-se dizer por outras palavras que

o importante é o nível de detalhe. Ora como pode a minha escolha de imagens afetarem o

nível de detalhes? Simples, nos tradicionais métodos de impressão as imagens coloridas são

compostas por diferentes séries de pontos sobrepostos, a que se deu o nome de meios

tons. Significa isto que através de pontos, da forma dos mesmos e do seu tamanho, podemos

criar uma imagem, mesmo com as limitações técnicas existentes no processo de impressão.

Dá-se o nome de DPI ao número de pontos usados por polegada para criar uma determinada

imagem. A título de curiosidade importa ressalvar que cada 1 polegada corresponde a 2,54

centímetros. A polegada é, no entanto a unidade de medida padrão para se definir a resolução

de uma imagem em design gráfico.

A regra básica, da imagem em relação a qualidade é a seguinte: quanto mais pontos existirem

por polegada em uma imagem, mais nítida e detalhada será a mesma imagem. A maioria das

imagens existentes na internet é composta por 72 pontos por cada polegada (72 DPI) no seu

tamanho real (100%), ao passo que as imagens para impressão devem conter no mínimo 300

pontos por cada polegada (300 DPI) no seu tamanho real (100%), de forma a assegurar que as

mesmas são legíveis e com detalhe suficiente para fazer passar a informação desejada.

A melhor forma de demonstrá-lo á a seguinte: imaginemos que baixamos uma imagem da

internet e a mesma possui 72 DPI e 318 mm (12,5 polegadas). Quando esta imagem for

impressa, será impressa com uns notáveis 1800 pontos. (72 DPI x 12,5 = 900 x 2 (lados) =

1800) Se a mesma imagem tivesse 300 DPI seriam necessários algo como 11250 pontos. Ou

seja, se eu colocasse a tal imagem de 72 DPI impressa no tamanho real, eu veria uma imagem

sem detalhe composta por imensos pontos. Se eu quisesse usar essa imagem que foi baixada

na internet, mas com os devidos 300 DPI teria de ser reduzida até encontrar um ponto de

equilíbrio, ou seja, os 300 pontos por cada polegada (72 / 300 x 12,5 (comprimento ou

largura). Ou seja, a imagem iria passar de um razoáveis 318 mm para uns meros 76 mm, ou

seja, para se entender melhor, uma imagem com 31,8 cm a 72 DPI, teria de passar a ter apenas

7,6 cm se a quiséssemos imprimir com alguma qualidade e detalhe.

Como você pode ver na imagem acima, ao imprimir uma imagem numa resolução baixa vai

permitir que veja os diferentes pontos de cor que compõem a imagem, perdendo assim todo o

detalhe pretendido. Se a mesma estiver em 300 DPI o ponto continua lá, mas de forma muito

mais suave e difusa dando à imagem todo o detalhe necessário.

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Software RIP (Raster Image Process)

O mais importante elo entre a criação do trabalho e a impressora, pois agrega todas

informações referentes a impressora, velocidade, quantidade de passadas, respeitabilidade

(numero de copias), reimpressão no futuro e fidelidade de cores quando agregado o perfil de

cor especifico para seu ambiente de trabalho.

Existem vários RIP´s no mercado, sendo os seguintes mais comuns do mercado (excluindo os

agregados pelos fabricantes de impressoras): SAI Flexsign e Photoprint, Ergosoft, Wasatch

SoftRip, Caldera, CadLink entre outros.

A escolha do RIP muitas vezes é feita pelo integrador do sistema de sublimação e não pelo

cliente.

Tecidos e produtos para sublimar

Tecidos sintéticos (poliéster, poliamida, pet) brancos com no mínimo 60% de poliéster.

Foto produtos como canecas, chinelos, mouse pad, chapas de alumínio, vidros, pratos, tags,

couro e muito outros devem ser revestidos com um primer ou um verniz a base de resina de

poliéster para serem impressos. Estes materiais precisam resistir as altas temperaturas usadas

no processo de sublimação (180 a 210° Centígrados).

Tecidos orgânicos como algodão não podem ser sublimados. Hoje já existe um processo que

permite usar tinta sublimática para transferir no algodão. Chama-se Cotton Coat aplica-se na

camiseta e após a secagem transfere normalmente como no processo sublimático.

Atualmente existe um novo processo de sublimação 3D onde a transferência da imagem atinge

as laterais do produto. Vários produtos são produzidos com este processo como capas para

Iphone 4 e 5 , Ipad, pratos e outros materiais. Necessita de uma prensa especial.

Transferência das imagens impressas

O processo sublimático inicia-se aqui.

Observar nivelamento da prensa e da calandra, pois essas desalinhadas ou fora do nível

poderão apresentar falhas de transferência no substrato, provocando manchas e falta de

nitidez. Vale o mesmo para a placa térmica da prensa se estiver empenada a termo

transferência sairá falhada. A temperatura de transferência deve ser respeitada seguindo as

orientações do fabricante da tinta, para têxteis em torno de 30 a 35 segundos a 200 graus

Celsius, pressão media entre 30 e 40 psi no caso de prensas pneumáticas.

O ideal é adquirir uma prensa térmica acionada por ar comprimido para conseguir uma melhor

pressão durante a transferência e diminuir a carga de trabalho do operador.

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Abaixo uma tabela de tempos para sublimar alguns produtos em prensa plana e cilíndrica:

MATERIAL TEMPO TEMP. PRESSAO

Tshirts / Tecidos 30-40 sec 205°C 40 PSI (media)

Mouse Pad 30 sec 205°C 40 PSI (media) (1)

Chapa metal 60 sec 205°C 40 PSI (media)

PRFV 60-75 sec 205°C 40 PSI (media) (2)

Caneca 150-210 sec 180-205°C 40 PSI (media) (3)

Azulejos 300-720 sec 205°C 40 PSI (media) (4)

(1) Prensar por 3-5 segundos antes de estampar para eliminar as rugas. Se possível

aplique a cola de pega para não movimentar o papel transfer.

(2) Chapa de fibra de vidro (plástico reforçado com fibra de vidro)

(3) Fixar o papel transfer com fita adesiva de poliéster. Remover o transfer com a

caneca fria

(4) O tempo de prensagem depende da espessura do azulejo . No caso de azulejos que

não sejam bem planos o ideal é apenas encostar a chapa sem com mínima pressão

e deixar 50 segundos a mais. O transfer tem que ter 5 mm maior que a peça e

fixar com fita adesiva de poliéster na parte de trás.

Gosht (fantasma ou sombra na peça transferida)

Sublimação requer um casamento perfeito entre o papel transfer e produto a ser sublimado.

Se o papel transfer mover-se durante o processo de sublimação, isso poderá resultar em uma

imagem borrada ou "fantasmas", que se assemelha a um efeito de sombra. Para evitar isso,

leia as sugestões abaixo:

Recomenda-se fixar o papel transfer com fita adesiva (poliéster) no caso de materiais rígidos.

Como é difícil colocar fita adesiva em substratos flexiveis como camisetas, tecidos e

mousepads, você pode usar um spray adesivo reposicionável para fixar o papel de

transferência no produto. Aplique uma pequena quantidade no lado imagem do papel

transfer e cerca de 30 cm de de distância, não aplique em todo papel . Se você posicionar

incorretamente, você pode remover e reposicioná-lo. Após isto transfira produto

normalmente.

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Sugestões de produtos para sublimar:

Vestuário: Avental, Avental com Bolso, Body Baby, Body Baby Mangas Curtas, Bolsa,Bolsa

Sarja, Bandana, Camiseta, Camiseta Regata, Encharpe, Gravata, Lenço, Sacola Ecológica

Ecobag, Toalha, Uniforme Futebol.

Para Casa: Abajur, Almofada, Almofada Baby, Almofada Coração, Balança digital, Caixa de

Presente, Calendário de mesa, Capa de Almofada, Capa de Garrafa, Capa de Net Book, Capa

de travesseiro, Caneca com Bola de Futebol, Caneca Cônica, Caneca Coração, Caneca de Vidro,

Caneca Plástica, Caneco de Chopp, Capa de travesseiro, Jogo Americano FCP, Kit Caipirinha, Kit

Xícara, Luva de Cozinha.

Brindes: Chapa de Alumínio, Chapéu de Festas, Chaveiros, Cubo de EVA, Embalagem de

Presente, Foto Magnéticos, Guirlanda de Boas Vindas, Kit Caipirinha, Kit Xícara, Meia de

Celular, Meia de Natal, Mini Caneca, Mouse Pad, Porta Chá, Porta Chaves, Porta Copo, Porta

Escova e Saboneteira, Porta Garrafas, Porta Latas Personalizável, Porta retrato de alumínio,

Porta retrato de Cerâmica, Porta Retrato de Vidro, Porta retrato Melaminia, Prato, Quadro,

Régua, Relógio, Relógio Coração, Relógio Multi Fotos, Sacola Ecológica Ecobag, Tábua de

Carne, Tábua de Frios.