standards em arquitectura
DESCRIPTION
Standards em arquitectura. Bases para as maquetes.TRANSCRIPT
Ilka Carrilho Meggy ISCTEM | ARQUITECTURA E URBANISMO | PAC 05 | JUNHO, 2015
Standards em Arquitectura
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 1
Índice Introdução ..................................................................................................................................................... 2
Definição ....................................................................................................................................................... 3
Folhas ............................................................................................................................................................ 3
Legendas ....................................................................................................................................................... 5
Tipos de Linhas .............................................................................................................................................. 5
Espessura de Linhas ...................................................................................................................................... 5
Tipos de Traços ............................................................................................................................................. 6
Tramas........................................................................................................................................................... 6
O corpo humano como unidade de medida ................................................................................................. 7
Fases do Projecto .......................................................................................................................................... 9
Representação de Cores no Projecto ............................................................................................................ 9
Bibliografia .................................................................................................................................................. 10
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 2
Introdução O desenho é uma forma de expressão gráfica que tem como finalidade a representação de formas,
posições e objectos, procurando satisfazer as necessidades solicitadas pelas várias modalidades de
engenharia e também de arquitectura. Os símbolos, números, linhas e escritas normalizadas
internacionalmente e utilizados pelo desenho arquitectónico definem o mesmo como uma linguagem
gráfica Universal da Engenharia e da arquitectura. A execução e a interpretação gráfica exige, assim como
a linguagem verbal escrita, uma alfabetização ou treinamento específico para a sua melhor compreensão.
Em uma perspectiva mais ampla, a representação arquitectónica poderia ser definida como todo o
conjunto de registos gráficos produzidos por arquitectos ou por outros profissionais durante ou não o
processo de um projecto de arquitectura. A representação arquitectónica manifesta-se como um código
para uma linguagem gráfica estabelecida entre o projectista e o leitor do projecto, envolvendo assim, um
certo nível de treinamento entre ambos.
Deve-se realçar que estas normas são recomendadas quando há uma apresentação de desenhos para fins
de execução de obras ou em situações oficiais (quando os arquitectos ou profissionais enviam os seus
projectos para a aprovação em Prefeituras/Município), caso contrário, admitir-se-á algum nível de
liberdade em relação as normas em outros contextos.
Quando se está a elaborar um projecto, os arquitectos utilizam métodos de desenho apropriados às suas
necessidades, e muitas vezes afastam-se das exigências das normas. Esta liberdade surge devido à
necessidade de elaborar desenhos que sejam de fácil leitura e compreensão por parte dos que
desconhecem as técnicas de desenho ou para que os desenhos se enquadrem em diferentes publicações.
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 3
Definição A palavra standard significa padrão que, por sua vez, a normalização ou repetição de um determinado
elemento em termos de formatos e dimensões, onde seu principal objectivo é uniformizar alguns
parâmeros da arquitectura.
Na arquitectura existem diversos standards a ser seguidos, por exemplo: dimensões mínimas para
mobiliário, dimensões mínimas para portas e janelas, dimensões mínimas para circulação consoante o
número de pessoas, distâncias mínimas aceitáveis, entre outros. Estas dimensões podem variar
minimamente de acordo com o país, pois existem alguns países onde a estatura média da população é de
um determinado valor, assim sendo, as normas se adaptam à realidade do país em questão.
Folhas Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à
popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em papel manteiga ou vegetal de
esquiço (desenhados a grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados a tinta da
China).
Quando se fala em normas, um dos principais formatos que se tem em conta é a folha de papel. Através
do formato e das dimensões da folha é possível dimensionar outros objectos e mobiliários. As dimensões
das folhas de papel estão divididas em séries, onde cada formato tem uma função. Pode-se observar as
diferentes dimensões no quadro abaixo:
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 4
A mais usada e, consequentemente, a mais conhecida é a Série A pois é a série principal onde as medidas
obtêm-se dividindo ao meio o rectângulo base, que é a A0, obtendo-se os outros tamanhos. As séries
secundárias B e C destinam-se aos acessórios das folhas de papel (série A), que são envelopes, pastas de
arquivos, capas, entre outros.
Como forma de facilitar o ordenamento das folhas de desenho, existem normas de margens, paginação e
legenda, para que a organização seja eficiente. No caso das folhas maiores, existem normas para dobrá-
las no formato A3 ou A4, para que seja de fácil manuseio e armazenamento.
As imagens acima ilustram, de forma fácil e prática, como dobrar as folhas de tamanhos maiores, para
que a arrumação e consulta das mesmas seja mais fácil. É importante citar que a legenda fica do lado
direito, facilitando a leitra após as folhas terem sido dobradas e a fixação do lado esquerdo.
No que toca à leitura dos desenhos, existem também normas a seguir. É necessário que os desenhos
estejam devidamente legendados, enumerados, seguindo as regras de representação arquitectónica.
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 5
Legendas A legenda consiste de: 1 - Título do desenho 2 – Número do desenho 3 - Escala 4 - Empresa 5 – Data e Nome do Projectista 6 – Descrição dos componentes:
Quantidade; Denominação; Peças;
Materiais, normas e dimensões.
Tipos de Linhas Normalmente ocorre uma organização das linhas que é feita a partir do diâmetro das minas da lapiseira ou do grafite, utilizados para executar as linhas. Tradicionalmente usam-se quatros espessuras:
Linhas complementares (Espessura 0,1) - Usada basicamente para registrar elementos
complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projecção,
etc.
Linha fina (Espessura 0,2 ou 0,3) - Usada para representar os elementos em vista.
Linha média (Espessura 0,4 ou 0,5) - Usada para representar os elementos que se encontram
imediatamente a frente da linha de corte.
Linha grossa – (Espessura 0,6 ou 0,7) - Usada para representar elementos especiais, como as
linhas indicativas de corte (poderá eventualmente ser usada para representar também elementos
em corte, como a pena anterior).
Espessura de Linhas
Linha Auxiliar (Espessura 0.1) Linha Fina (Espessura 0.2)
Linha Média (Espessura 0.4)
Linha Grossa (Espessura 0.6)
Linha de Eixo (Traço-Ponto) Linha de Corte (Traço-Ponto) Linha de Projecção (Traço-Traço)
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 6
Tipos de Traços
Traço contínuo- São as linhas comuns.
Traço interrompido- Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja, que esteja além
do plano de corte).
Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.
Tramas Os elementos cortados em um projecto aparecem delimitados por um traço com uma espessura maior
no desenho. Além de terem o traço mais grosso, esses elementos podem ser preenchidos por uma trama.
Cada material é representado por uma trama diferente, como podemos observar na tabela abaixo:
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 7
O corpo humano como unidade de medida Não se pode falar sobre as medidas humanas sem falar sobre ergonomia, que é a ciência que estuda o
entendimento das interacções entre os seres humanos e outros elementos do sistema, e a plica a teoria
para projectar, promovendo o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema.
Durante muito tempo o corpo humano foi usado como unidade de medida, este factor deve-se à relação
que o corpo humano tem com tudo que cria. Ao fabricar-se qualquer tipo de mobiliário é importante
saber as medidas padrão, para que o mobiliário seja confortável e se adapte à qualquer pessoa. Mais
tarde adoptou-se o metro, que é até hoje usado e serve como unidade internacional.
Ao projectar qualquer espaço é importante que se represente a figura humana, deste modo é possível
compreender a dimensão do espaço e a escala.
Quando se fala em corpo humano como unidade de medida, remete-se directamente ao Modulor. O
Modulor foi um sistema de proporção elaborado por Le Corbusier (arquitecto francês), que surgiu do
desejo de não converte o sistema métrico decimal as unidades como pés e polegadas. Le Corbusier
referenciava as medidas modulares baseadas nas proporções de um individuo imaginário, inicialmente
com 1,75m e posteriormente com 1,83m de altura (sendo que o primeiro é chamado de versão azul e o
segundo, versão vermelha).
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 8
1/2 h = altura da cabeça e do tronco (até a púbis);
1/4 h = comprimento da perna, do joelho ao tornozelo e distância do queixo ao umbigo;
1/6 h = comprimento do pé;
1/8 h = altura da cabeça, do topo ao bordo inferior do queixo e distância entre mamilos;
1/10 h = altura e largura (incluindo orelhas) a face, comprimento da mão até ao punho;
1/12 h = largura da cara ao nível do bordo inferior do nariz.
Estas medidas são de extrema importância pois ajudam a dimensionar os espaços, visto que qualquer
espaço e mobiliários são feitos para o uso do ser humano.
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 9
Fases do Projecto Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de acordo com a
etapa do projecto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projecto, as apresentadas a seguir
normalmente são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projectos.
Estudo preliminar - O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do
projeto, normalmente materializa-se em uma série de esquiços e esboços que não precisam
necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetónico. É um desenho mais livre,
constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores. Este estudo
poderá definir a ideia e o conceito do projecto.
Anteprojecto - Nesta etapa, com as várias características do projecto já definidas, (implantação,
estrutura, elementos construtivos, organização funcional, partido, etc.), o desenho já abrange um
nível maior de rigor e detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma
quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto
residencial, por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200. Nesta etapa ainda são
anexadas perspectivas feitas à mão ou produzidas em ambiente gráfico-computacional para
permitir melhor compreensão do projecto.
Projecto legal ou Projecto de licenciamento - Corresponde ao conjunto de desenhos que é
encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este motivo, possui algumas
regras próprias de apresentação, variando de cidade em cidade.
Projecto executivo ou Projecto de execução- Esta etapa corresponde à “’confecção” dos
desenhos que são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser
desenhados todos os detalhes do edifício, com um nível de complexidade adequado à realização
da construção. O projecto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim
como seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1,
consoante a importância e a necessidade de uma melhor percepção.
Representação de Cores no Projecto Em projectos de remodelação, reabilitação, restauração e ampliação, são usadas linhas com cores para
que se possa definir o que se vai fazer. As cores normalmente usadas são as abaixo mencionadas:
Ilka Carrilho Meggy | 2010151 10
Bibliografia Tabelas Tecnicas - J.S. Brazao Farinha & A. Correia Dos Reis;
ABNT – Associa,cão Brasileira de Normas Técnicas MAR 1984-NBR 8403;
NEUFERT, Ernst. NEUFERT – Arte de Projectar em Arquitectura; 13ª Edição; Editorial Gustavo
Gili, S.A.; 1998
New Metric Handbook;
http://www.neermanfernand.com/corbu.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Modulor
https://pt.wikipedia.org/?title=Ergonomia
http://www.fag.edu.br/professores/marta/engenharia%20%20segundo%20periodo/desenho%2
0tecnico.doc