sssssss

27
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE TOMAR O Azeite

Upload: susana-martins

Post on 10-Jul-2015

134 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: sssssss

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE TOMAR

O Azeite

Page 2: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Maria Narcisa Isaura Batista Martins Julho 2009

Índice

Maria Martins 2

Page 3: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Introdução

O azeite é um produto alimentar, usado como tempero, produzido a partir da

azeitona, fruto advindo das oliveiras. Trata-se, pois, de um alimento antigo,

clássico da culinária contemporânea, regular na dieta mediterrânea e nos dias

actuais presente em grande parte das cozinhas.

Além dos benefícios para a saúde o azeite adiciona à comida um sabor e

aroma peculiares.

A região mediterrânea, actualmente, é responsável por 95% da produção

mundial de azeite, favorecida pelas suas condições climáticas, propícias ao

cultivo das oliveiras, com bastante sol e clima seco.

Maria Martins 3

Page 4: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

História do azeite

A origem da oliveira, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária, anterior

portanto ao aparecimento do homem, e se situa na Ásia Menor, provavelmente

na Síria ou na Palestina, regiões onde foram descobertos vestígios de

instalações de produção de azeite e fragmentos de vasos datados do começo

da Idade do Bronze. Contudo, em toda a bacia do Mediterrâneo foram

encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do

Neolítico, sendo também pesquisada a sua origem ao sul do Cáucaso, nos

altos planos do Irã.

O uso do azeite na Antiguidade

Por volta de 3000 anos antes de Cristo, a oliveira já seria cultivada por todo o

Crescente Fértil. Sabe-se, no entanto, que, há mais de 6 mil anos, o azeite era

usado pelos povos da Mesopotâmia como um protetor do frio e para o

enfrentamento das batalhas, ocasiões em que as pessoas se untavam dele.

De acordo com a Bíblia, havia comércio de azeite entre os negociantes da

cidade de Tiro, que, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as

oliveiras, na maior parte, não oferecem um produto de boa qualidade. Há

também informações extraídas do Antigo Testamento bíblico de que teria sido

na quantidade de 20.000 batos (2 Crônicas 2:10), ou 20 coros (1 Reis 5:11), o

azeite fornecido por Salomão a Hirão, sendo que o comércio direto desta

produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Reis 5:11; 2

Crônicas 2:10-15; Isaías 30:6 e 57.9; Ezequiel 27:17; Oséias 12:1).

A propagação da cultura do azeite pelas demais regiões mediterrânea

provavelmente deve ter ocorrido por meio dos fenícios e dos gregos. Assim, já

na Grécia antiga se cultivava a oliveira, bem como a vinha. E, desde o século

VII a.C., o óleo de oliva começou a ser investigado pelos filósofos, médicos e

Maria Martins 4

Page 5: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

historiadores da época em razão de suas propriedades benéficas ao ser

humano.

Os gregos e os romanos sem dúvida descobriram várias aplicações do azeite,

com suas múltiplas utilizações na culinária, como medicamento, ungüento ou

bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e

impermeabilizante de tecidos.

Além disso, o azeite é mencionado em quase todas as religiões da

Antiguidade, havendo inúmeras lendas e mitos a respeito. Muitas das vezes a

oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória para

os povos.

Azeite nas religiões antigas

Para os egípcios, o cultivo da oliveira teria sido ensinado por Ísis; os gregos e

romanos também acreditavam que a origem de tal cultura teria sido uma dádiva

dos seus respectivos deuses.

De acordo com a mitologia grega, ao disputar as terras do que é hoje a cidade

de Atenas, o deus Posídon, com um golpe de seu tridente, teria feito brotar um

belo e forte cavalo e que a deusa Atenas trouxe uma oliveira capaz de produzir

óleo para iluminar a noite, suavizar a dor dos feridos e de servir como um

alimento precioso, rico em sabor e energia.

Na Eneida, Virgílio faz uma menção ao azeite e à oliveira: "E com um ramo de

oliveira o homem se purifica totalmente".

Rômulo e Remo, considerados descendentes dos deuses e fundadores da

cidade de Roma, teriam visto a luz do dia pela primeira vez debaixo dos galhos

da oliveira.

Todavia, entre os judeus o azeite teve uma grande importância nos cultos

quanto ao oferecimento de sacrifícios a Deus, simbolizando a sua presença

entre os homens.

Maria Martins 5

Page 6: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

A simbologia do azeite na Bíblia

Na Bíblia, o azeite é utilizado como o símbolo da presença de Deus do Espírito

Santo.

Em Gênesis, quando as chuvas do dilúvio tinham cessado e a arca ainda

navegava sobre as águas, o patriarca Noé teria soltado uma pomba que

retornou trazendo um ramo de oliveira.

Jacó, ao ter duas experiências sobrenaturais com Deus, em Betel, em ambas

as vezes colocou no local uma coluna de pedra sobre a qual derramou azeite.

(Gênesis 28:18 e 35:14)

Os judeus utilizavam o azeite nos seus sacrifícios e também como uma divina

unção que era misturada com perfumes raros. Usava-se, portanto, o azeite na

consagração dos sacerdotes (Êxodo 29:2-23; Levítico 6:15-21), no sacrifício

diário (Êxodo 29:40), na purificação dos leprosos (Levítico 14:10-18 e 21:24-

28), e no complemento do voto dos nazireus (Números 6:15).

Quando alguém apresentar ao Senhor uma oblação como oferta, a sua

oblação será de flor de farinha; derramará sobre ela azeite, ajuntando também

incenso. (Levítico 2:1)

Pode-se afirmar que a Torah previa três tipos de ofertas de manjares que

deveriam ser acompanhadas com azeite e sem fermento, as quais eram: 1) flor

de farinha com azeite e incenso; 2) bolos cozidos ou obreias (bolos muito finos)

untadas com azeite; 3) grãos de cereais tostados com azeite e incenso. E,

enquanto a ausência de fermento simbolizava a abstinência do pecado, o

azeite representaria a presença de Deus. Parte das ofertas era então queimada

no altar como sacrifício a Deus. Certas ofertas, contudo, deviam efectuar-se

sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do

pecado (Levítico 5:11) e por causa de ciúmes (Números 5:15).

Os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do

banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto, ou de alguma

calamidade, abstinham-se de usá-lo.

Maria Martins 6

Page 7: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

O azeite também era reconhecido como um medicamento entre os judeus

(Isaías 1:6; Marcos 6:13; Lucas 10:34 e Tiago 5:14).

Pode-se dizer que na cultura judaica o azeite indicava o sentimento de alegria,

ao passo que a sua falta denunciava tristeza, ou humilhação.

Antes de sua prisão, Jesus passou momentos agonizando no Getsêmani, ou

Jardim das Oliveiras, situado nos arredores da Jerusalém antiga. O nome

Getsêmani significa lagar do azeite. A escolha do local trazia com exactidão o

que estava acontecendo com Jesus momentos antes de ser crucificado,

quando iria ser sacrificado e esmagado como uma azeitona, a fim de que a

humanidade pudesse receber o Espírito Santo em seus corações.

Maria Martins 7

Page 8: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

O AZEITE EM PORTUGAL

O azeite foi um dos primeiros produtos exportados por Portugal.

Em Portugal, a referência à oliveira é muito antiga. O Código Visigótico, nas

leis de protecção à agricultura, prescrevia a multa de cinco soldos para quem

arrancasse oliveira alheia, pagando por outra árvore apenas três soldos.

Alguns autores afirmam que o maior desenvolvimento desta cultura se verifica

nas províncias onde a reconquista chegou mais tardiamente. Os forais dos

mouros forros de Lisboa, Almada, Palmela e Alcácer do Sal, dados por D.

Afonso Henriques em 1170, e mais tarde o dos mouros do Algarve (1269), e no

de Évora (1273), se referem expressamente a essa cultura de oliveira.

No que diz respeito à Beira Baixa só há uma menção à «plantação recente de

oliveira num chão tapado, dentro da vila de Covilhã em 1359». Das tabelas

medievais de portagem (direitos), podemos concluir quais os principais géneros

do comércio local: sal, azeite, pão, vinho, animais vivos e peixe salgado ou

fresco. Do séc. XIV há noticia de dois concelhos em que se cultivava a oliveira:

Évora e Coimbra. Neste último o rei concede os mesmos privilégios que a

Lisboa, isto é, «podiam carregar o azeite no rio e foz do Mondego. assim para

fora do Reino como para o interior».

Na época dos Descobrimentos nos séc. XV e XVI, o azeite e o vinho continuam

a fazer parte da lista dos produtos exportados. Como no séc. XIV, Coimbra,

Évora e seus termos eram as regiões de maior produção no séc. XV. Em 1555

Maria Martins 8

Page 9: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

o consumo do azeite sofreu grande aumento, pois começou a ser utilizado com

frequência na iluminação. Neste século vendia-se o produto dentro do reino e

exportava-se com destino aos mercados do Norte da Europa e para o ultramar,

em especial para a Índia. No tempo do domínio filipino o «mercado negro», o

açambarcamento e especulação oneraram o produto; compreende-se assim a

baixa na exportação, apesar de Manuel de Sousa Faria ter elogiado a sua

qualidade e abundância, afirmando que a exportação continuava para a

Flandres, Alemanha, Castela-a-Velha, Província de Leão, Galiza, Índia e Brasil.

No séc. XVIII Coimbra deixou de ser o principal centro produtor e o azeite de

melhor qualidade foi o de Santarém. O monopólio de lagares, na posse dos

donatários e dos mestrados das Ordens, foi causa de queixas várias na baixa

de produção. Contudo, ainda no séc. XIX e, não obstante os processos de

fabrico continuarem rudimentares, o azeite português foi premiado na

Exposição de Paris de 1889.

Maria Martins 9

Page 10: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

O Azeite e a sua utilização na Alimentação Portuguesa

O azeite é um alimento produzido a partir da azeitona o fruto das oliveira.

Trata-se de alimento antigo, é um óleo alimentar utilizado como tempero

amplamente usado na culinária contemporânea frequente na dieta

mediterrânea é, habitual nas cozinhas de muitos locais do mundo. Além de ser

uma gordura saudável, o azeite adiciona a comida um sabor e aroma

peculiares. O azeite é o alimento indicado para a dieta dos portugueses,

principalmente utilizado como condimento nas sopas de legumes, nas migas á

moda da beira em que se misturam feijões, couve e pão de milho) no bacalhau

assado, onde é acompanhado com bastante alho, etc Mesmo na doçaria

azeite também se faz presente, como em alguns bolos, principalmente

alentejanos, mas também em diversas” broas de azeite” As batatas cozidas,

servidas juntamente com diversos pratos. Como peixe grelhados, são

geralmente regadas com azeite um golpe de vinagre, salsa e cebola picada.

Maria Martins 10

Page 11: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

A Produção de Azeite

Para se produzir um litro de azeite são precisos 6 quilos de azeitonas. As

azeitonas chegam ao lagar onde são limpas e lavadas, e recolhida uma

amostra para o laboratório e faz-se a pesagem. O ideal é que a moenda seja

feita nas 24 horas seguintes à chegada ao lagar. O azeite não era usado

somente como alimento pelos povos antigos, mas também para iluminar. O

azeite sempre esteve presente nos recantos da vida diária dos portugueses na

candeia do pobre e no candeilabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos

solenes templos de velhos cultos. O azeite é um produto usado como tempero

produzido a partir da azeitona , fruto advindo das oliveiras. Trata-se pois, de um

alimento antigo, clássico presente em grande parte das cozinhas…Alem dos

benefícios para a saúde o azeite adiciona á comida um sabor e aroma

peculiares

Na actualidade, os métodos tradicionais de processamento da azeitona deram

lugar a processos modernos de extracção, utilizando variação de pressão e

temperatura. Com isso, o método tradicional de prensagem a frio quase não

existe mais e classifica-se o azeite segundo seu processo de produção da

seguinte forma:

• Azeite de oliva refinado , produzido pela refinação do azeite virgem, que

apresenta alta acidez e incidência de defeitos a serem eliminados na

refinação. Pode ser misturado com o azeite virgem.

• Azeite de oliveira virgem , obtido por processos mecânicos. Dependendo

da acidez do produto obtido, este azeite pode ser classificado como

Maria Martins 11

Page 12: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

sendo do tipo extra, virgem ou comum. O azeite virgem apresenta

acidez máxima de 2%.

• Azeite extra-virgem . O azeite não pode passar de 0,8% de acidez (em

ácido oléico) e nem apresentar defeitos. O orgão que os regulamenta e

define quais defeitos são catalogados é o Conselho Oleícola

Internacional.

• Azeite de oliva comum é obtido da mistura do azeite lampante,

inadequado ao consumo, reciclado por meio de processos físico-

químicos e sua mistura com azeite virgem e extra-virgem. O azeite de

oliva comum não possui regulamentação

Ao consumir o produto, é aconselhável que se verifique sua acidez e data de

validade. Normalmente o azeite deve ser consumido em 12 meses.

Antigamente era possível encontrar no comércio azeites de primeira e de

segunda prensagem mas atualmente o processo é único e o azeite é prensado

uma única vez a frio ou pela variação de pressão e temperatura. É muito mais

comum encontrar os azeites extra-virgens engarrafados sendo aconselhável

que se procure azeites engarrafados em embalagens mais escuras, já que a

incidência de luz cataliza a oxidação do produto. Já aos óleos de oliva é muito

mais comum que sejam comercializados em lata. Para estes, o ponto de solda

da lata pode em algumas vezes oxidar o produto. Ao estocá-lo, leve em conta

que a luz, o calor e o ar são altamente prejudiciais ao produto, que deve ser

armazenado em locais frescos, com pouca ou nenhuma incidência de luz.

Pode-se evitar a ação da luz ao se embrulhar o azeite com pano ou

guardanapo. Apesar de comumente usados os bicos dosadores também

podem facilitar a oxidação e devem ser evitados. É aconselhável que se

consuma o azeite o mais rápido possível após sua abertura, e portanto é

melhor que se armazene-o em embalagens menores, que sejam consumidas

tão logo sejam abertas. A cor do azeite algumas vezes pode indicar nuances

em seu sabor. Normalmente os azeites mais verdes tem aromas e sabores

mais frutados. Quando degustado, normalmente são utilizados frascos

pequenos e de tamanho específico, de cor azul cobalto que evitam que o

Maria Martins 12

Page 13: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

profissional seja influenciado pela cor do líquido. Antes de degustado o copinho

é aquecido por alguns segundos na palma da mão, de modo a provocar a

libertação do aroma do sumo. O degustador em seguida absorve um pouco do

líquido da mesma forma que faz uma degustador de vinho, puxando-o através

do ar e espalhando-o com a língua por toda a boca para que se possa sentir o

sabor. O aroma do azeite não deve indicar a presença de defeitos como ranço

ou mofo. O seu gosto deve ser frutado e pode conter outros aromas como o de

ervas, plantas ou pasta de azeitona, pode ainda conter alguns traços

importantes, tais como gosto amargo ou levemente picante, indicando a

presença de polifenóis. Elementos como sabor metálico, avinagrados ou acidez

perceptível são fatores negativos ao paladar e indicam um azeite de baixa

qualidade. Normalmente, os azeites mais leves e doces são mais próprios a

serem usados em saladas, legumes e carnes brancas. Os mais acentuados

são melhor aproveitados se usados em carnes vermelhas e cozidos.

Maria Martins 13

Uso culinário do azeite por acidez

Tipo Acidez Utilização

Extra Virgem < 0,8% Saladas e molhos

Virgem fino 1,5% Saladas e molhos

Semifino 3,0% Saladas e frituras

Refinado >3,0% Frituras de imersão

Puro >2,0% Frituras, assados e marinados

Page 14: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Maria Martins 14

Page 15: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Benefícios do azeite para a saúde

Na dietéctica e gastroenterologia: azeite, o rei, único entre todas as gorduras, é

um sumo puro de fruta de pleno sol, rico portanto, em vitaminas. É a mais

digestivél das gorduras. Absorvido ante uma boa refeição protege as mucosas

do estômago e protege-o contra as úlceras. Tomado como laxante(1 ou 2

colheres de sopa em jejum, com ou sem limão ou café) não irrita o intestino,

não contrai demasiado profundamente a vesícula, não cria hábito. Actua nas

doenças das vias biliares e da vesícula.

Mercê do seu ácido oleico(que se metaboliza facilmente) é uma excelente fonte

de energia, inclusivé para um coração doente.

Graças ao seu ácido linoleico, cuja escassa percentagem é correspondente às

pouco elevadas necessidades do organismo humano, é benéfico no maioria

dos casos.

Em pediatria: Parecido ao leite da mulher pela sua percentagem de ácido

linoleico, pode humanizar o leite da vaca desnatado e atende às necessidades

de um organismo em crescimento. A sua acção emulsiva sobre as mucosas,

faz dele uma indicação excelente na gastroenterite infantil. Limita as

deficiências em ácidos essenciais no cérebro da criança.

Em gerontologia: Atrasa o processo de envelhecimento, em especial pela sua

acção nas células nervosas e do cérebro e pelo valor da sua vitamina E,

alfacoterol especialmente activo uma vez que os tocoferois têm actividade

precisamente sob a forma alta.

Em cardiologia e sector cerebro-vascular: É eficaz como medida preventiva

e curativa. Contrariamente às gorduras animais saturadas, reduz o excesso de

colesterol sanguíneo: directamente pela sua associação lípidica parecida ao

fruto, e directamente pela sua acção estimulante sobre a secreção da bílis, cuja

função é precisamente destruir as gorduras saponificando-as e tornar solúveis

Maria Martins 15

Page 16: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

os elementos que podem obtruir os filtros capilares. É o azeite tipo(no qual

prevalecem os ácidos gordos monoinsaturados) necessário na dieta preventiva

de doenças cardiovasculares chamada " de distribuição por terços".

O azeite e a beleza:

Nutre a pele, protege-a, suaviza-a, conserva a juventude do corpo e da cara.

Desde a antiguidade continua a usar-se em ungentos, banhos, massagens,

máscaras de beleza ou champus.

O azeite velho recomenda-se para aquecer o corpo, provocar a transpiração,

disolver os humores e dissipar a letargia. Posto na boca, conserva a brancura

dos dentes e fortifica as gengivas.

A oleoterapia, demasiado esquecida, merece ser defendida, ensinada e

praticada. Acelera a corrente sanguínea, dá dinamismo ao organismo, arma-o

contra a toxemia

Maria Martins 16

Page 17: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

MITOS E LENDAS

Desde sempre, a oliveira tem estado associada a práticas religiosas, a mitos e

tradições, a manifestações artísticas e culturais, a usos medicinais e

gastronómicos. Na antiga Grécia, as mulheres, quando queriam engravidar

passavam longos períodos de tempo à sombra das oliveiras. Da madeira das

oliveiras faziam-se ceptros reais e com o Azeite ungiam-se monarcas,

sacerdotes e atletas. Com as folhas faziam-se grinaldas e coroas para os

vencedores.

A oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória.

Os egípcios, há seis mil anos, atribuíam a Ísis, mulher de Osíris, Deus supremo

da sua mitologia, o mérito de ensinar a cultivar a oliveira. Na lenda grega Palas

Atenea, Deusa da paz e sabedoria, filha de Zeus, era para os Gregos a mãe da

árvore sob a qual teriam nascido Remo e Rómulo, descendentes dos Deuses e

fundadores de Roma, tendo feito brotar a oliveira de um golpe e, na sua grande

bondade, ensinado o seu cultivo e o seu uso.

Por sua vez Minerva oferece aos romanos este presente divino, asilo também

da divindade.

Maria Martins 17

Page 18: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Cantaram a oliveira Homero, Esquilo, Sófocles, Virgílio, Ovído e Plínio:

“E com um ramo de oliveira o homem se purifica totalmente.”

Virgílio, Eneida

“Uma gloriosa árvore floresce na nossa terra dórica: Nossa doce, prateada

ama de leite, a oliveira. Nascida sozinha e imortal, sem temer inimigos, a sua

força eterna desafia velhacos jovens e idosos, pois Zeus e Atena a protegem

com olhos insones”

Sófocles, Édipo

Em quase todas as religiões se fala da oliveira, árvore de civilizações

longínquas, que tem lugar nos textos mais antigos:

- no "Génesis" a pomba de Noé traz no bico um ramo de oliveira para lhe

mostrar que o mundo revive.

- No "Êxodo", Yaveh prescreve a Moisés a "Santa Unção" na qual o Azeite se

mistura com perfumes raros.

- No horto de Getsemani vivem ainda oito grandes oliveiras que viram rezar,

chorar e morrer Cristo.

- Também o Corão canta a árvore que nasce no monte Sinai e refere-se ao

óleo que dela se extrai para ser transformado em luz de candeia “que parece

um astro rutilante”.

Foi sempre património dos países mediterrâneos, mas hoje em dia encontra-se

disseminada um pouco por toda a parte, desde a Argentina, Austrália, Chile,

Estados Unidos da América, até ao Japão, México, China e República da África

do Sul, entre outros.

Maria Martins 18

Page 19: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Embalagens disponiveis:

Maria Martins 19

Page 20: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Maria Martins 20

Tipo de Embalagem Peso Bruto(kg)

Peso Liq.(kg)

Altura(cm)

Comp.(cm)

Largura(cm)

Quant. p/cont. 20"

Acidez (%)

0,5 0,7 1 1,5

Lata 20x200ml 4,720 3,664 20,0 23,0 13,0 4.860 Cxs

Lata 40x200ml 9,560 7,328 20,0 33,5 19,0 2.000 Cxs

Lata 48x200ml 11,472 8,793 20,0 37,0 20,5 1.870 Cxs

Lata 80x200ml 19,000 14,656 20,0 36,5 34,0 1.100 Cxs

Lata 20x500ml 11,180 9,160 28,0 29,5 19,0 2.000 Cxs

Lata 24x500ml 13,360 10,992 26,5 35,0 18,5 1.700 Cxs

Lata 40x500ml 22,000 18,320 26,5 36,0 30,0 1.000 Cxs

Lata 20x1 L 21,500 18,320 29,5 40,0 22,5 1.000 Cxs

Lata 6x3 L 18,670 16,488 22,5 34,0 32,0 1.170 Cxs

Lata 4x5 L 20,180 18,320 26,0 37,5 26,0 1.000 Cxs

Lata 20x32 O.Z. 20,630 17,444 29,5 40,0 22,5 1.000 Cxs

Lata 4x1 Galão 15,820 13,956 26,0 37,5 26,0 1.000 Cxs

Garrafa de Vidro Especial 6x1/2L 5,520 2,748 30,0 25,5 17,0 ----

Garrafa de Vidro Especial 12x1/2L 10,670 5,496 26,0 35,0 26,0 1.150 Cxs

Garrafa de Vidro Especial 12x1/2L c/cx11,240 5,496 26,5 35,5 26,5 1.150 Cxs

Garrafa de Vidro STD 24x1/2 L 16,900 10,992 20,5 45,0 30,0 1.050 Cxs

Garrafa de Vidro STD 12x1 L 16,340 10,992 26,0 37,0 28,0 1.150 Cxs

Garrafa de Vidro Azeol 12x1 L 16,560 10,992 30,0 34,0 26,0 1.071 Cxs

Garrafa PET redonda 12x1 L (baixa) 11,780 10,992 25,0 34,0 26,0 1.422 Cxs

Garrafa PET quadrada 12x1 L 11,780 10,992 27,5 29,4 22,1 1.608 Cxs

Garrafa PET redonda Azeol 12x1 L 11,650 10,992 29,0 32,0 24,0 1.304 Cxs

Boion de Plástico 4x5 L 19,470 18,320 34,0 33,0 33,0 ----

Boion de Plástico PVC 4x5 L 19,550 18,320 39,0 32,0 32,0 ----

Boion RD 208 L 206,000 190,500 88,0 -- 59,0 80 Unid.

Jarrikan plástico 4x5 L 18,960 18,320 28,5 37,0 27,0 1.000 Cxs

Unicube de 1000 L 984,000 916,000 116,0 120,0 100,0 20 Unid.

Flexitanques ± 23.000 L ±20.120,00 ±20.000,00 -- -- -- 1 Unid.

Galheteiro 4x1 L 10,356 3,680 27,0 37,5 26,5 1.000 Cxs

Page 21: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

.Á Historia do azeite Em Moura

Situado numa zona de incontestável valor oliricola, o azeite de moura desde

sempre figurou entre os melhores do mundo, conforme atestam os Anais de

Moura. Desde muito tempo, que a qualidade do azeite de Moura o põe a par

dos melhores de Portugal, porque vemos que Flandres, Alemanha, Castela,

Leão, Galiza, se própria de azeite de Santarém, Lisboa, Abrantes, Moura, Elvas

e Coimbra. È tão afamada a qualidade do azeite de Moura que faz parte do

imaginário colectivo a célebre expressão.

A produção de azeite atingiu uma dimensão tamanha que na década do 30

existiam 26 lagares em funcionamento em Moura e até uma rua dos lagares.

Assim se uma actividade Oleícola tinha um importante papel económico no

seio da comunidade Mourense, constituído um importante meio de

subsistência, enquanto o fabrico do azeite conheceu uma forma mais artesanal

de produção e necessitava de muitos braços para que um lagar estivesse apto

para funcionar mais tarde com a vulgarização dos motores a vapor nos lagares

portugueses, o sistema de produção mecanizou-se e decresceu a possibilidade

de emprego num lagar.

Detendo a classificação de imóvel de interesse Publico o lagar de Varas do

Fojo, como é denominado exactamente um século 1841-1941 Este lagar é o

testemunho fiel do fabrico do azeite sem recurso a máquina mantendo toda a

tradicionalidade, em que força motriz era força animal.

Trata-se de um lagar de tipo comunitário, que trabalhava a máquina, o que

significa que, qualquer pessoa que tivesse azeitona poderia traze-la a este

lagar e transformá-la, deixando em compensação uma parcela do azeite

produzido ao dono do lagar. Neste lagar podem identificar-se três espaços

distintos. A zona das tulhas onde a azeitona era depositada. A sala de moagem

onde a azeitona era transformada numa pasta, a zona das varas onde a massa

da azeitona era prensada depois de escorridas as seiras, a vara subia

novamente para que se pudesse proceder á caldeação.

Maria Martins 21

Page 22: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Nesta operação era utilizar a caldeira do lagar, onde era aquecida a água

necessária a esta operação. Depois de “quebrada” e remexida a massa do

interior das seiras eram abertas, e era-lhes colocado uns paus ao alto que as

mantinham abertas. E de seguida era-lhes deitado água bem quente. Esta

água quente fluidificava a massa de azeitona que já havia sido prensada, e ao

mesmo tempo iria permitir o desprender de azeite que esta massa ainda

continha. Esta operação permitia que a vara fosse novamente accionada, por

forma a realizar novo “aperto”. Juntamente com a água quente iria correr pelo

boeiro até à tarefa, mais algum azeite a mistura. Para a separação do azeite da

água russa e necessário proceder à decantação destes líquidos, por forma a

purificar o azeite o mais possível.

Era a zona da tarefa que se procedia a esta operação que, como a trás foi

referido era da responsabilidade do mestre do lagar era determinante para a

qualidade do azeite e para a própria reputação do lagar. O azeite corre das

seiras pelo boleiro até às tarefas, de mistura com água russa. Sendo mais leve

que a água, o azeite sobrenada na tarefa, enquanto que a água russa

permanece por baixo. O azeite desta tarefa passa para uma outra tarefa, a que

está ligada por um pequeno canal a “goleira”. A água russa é libertada para

fora da primeira tarefa, desta pando um buraco que possui próximo da base e

que levara a água russa para um tanque subterrâneo conhecido como “inferno”

ou “ladrões”. Com o auxilio de uma candeia e uma vara de marmeleiro o

mestre de lagar mede a água russa, para conhecer o momento ideal de a

escoar, destapado o “espicho.

A tarefa para onde vai o azeite dá-se o nome de “tesoiro” ou pilão, e o azeite

era retirado dai para outros recipientes, pelo lagareiro, com o auxilio de uma

concha. Um buraco na parede facilita o acesso do lagareiro ao fundo da tarefa,

de onde retira também manualmente os assentos ou “borras” do azeite. Estas

borras eram levadas para umas tarefas serviam estas finalidades.

Maria Martins 22

Page 23: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Maria Martins 23

Page 24: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

BIBLIOGRAFIA

http://pt.wikipedia.org/wiki/Azeite#O_uso_do_azeite_na_Antig.C3.BCidade

http://www.casadoazeite.pt/

http://nascimento.home.sapo.pt/HISTORIA%20DO%20AZEITE.pdf

http://www.casadoazeite.pt/apreciadores/HISTÓRIADOAZEITE/mitoselendas/tabid/92/Default.aspx

Maria Martins 24

Page 25: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

Ficha de Leitura sobre o Trabalho

Autor do Trabalho: Maria Narcisa Isaura Baptista Martins

Titulo: O Azeite

Está a gostar do trabalho?, Porquê? Está a sentir dificuldades na realização do

trabalho? Está a gostar ou a detestar alguma parte do trabalho? Qual e

Porquê?

Estou a gostar de efectuar o trabalho embora sentindo dificuldades uma vez

que nunca tinha trabalhado com internet e os meus conhecimentos de

informática resumia-se a 30h quando efectuei o 9ºano.

O trabalho está permitir-me ter acesso a uma informação que desconhecia

existir.

A maior dificuldade existe na selecção da escolha da informação, e na

organização.

Copie um excerto (uma parte) de que tenha gostado e que gostaria de ver

debatido na formação:

“Benefícios do azeite para a saúde

Na dietéctica e gastroenterologia: azeite, o rei, único entre todas as gorduras, é

um sumo puro de fruta de pleno sol, rico portanto, em vitaminas. É a mais

digestivél das gorduras. Absorvido ante uma boa refeição protege as mucosas

do estômago e protege-o contra as úlceras. Tomado como laxante(1 ou 2

colheres de sopa em jejum, com ou sem limão ou café) não irrita o intestino,

Maria Martins 25

Page 26: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

não contrai demasiado profundamente a vesícula, não cria hábito. Actua nas

doenças das vias biliares e da vesícula.

Mercê do seu ácido oleico(que se metaboliza facilmente) é uma excelente fonte

de energia, inclusivé para um coração doente.

Graças ao seu ácido linoleico, cuja escassa percentagem é correspondente às

pouco elevadas necessidades do organismo humano, é benéfico no maioria

dos casos.

Em pediatria: Parecido ao leite da mulher pela sua percentagem de ácido

linoleico, pode humanizar o leite da vaca desnatado e atende às necessidades

de um organismo em crescimento. A sua acção emulsiva sobre as mucosas,

faz dele uma indicação excelente na gastroenterite infantil. Limita as

deficiências em ácidos essenciais no cérebro da criança.

Em gerontologia: Atrasa o processo de envelhecimento, em especial pela sua

acção nas células nervosas e do cérebro e pelo valor da sua vitamina E,

alfacoterol especialmente activo uma vez que os tocoferois têm actividade

precisamente sob a forma alta.

Em cardiologia e sector cerebro-vascular: É eficaz como medida preventiva

e curativa. Contrariamente às gorduras animais saturadas, reduz o excesso de

colesterol sanguíneo: directamente pela sua associação lípidica parecida ao

fruto, e directamente pela sua acção estimulante sobre a secreção da bílis, cuja

função é precisamente destruir as gorduras saponificando-as e tornar solúveis

os elementos que podem obtruir os filtros capilares. É o azeite tipo(no qual

prevalecem os ácidos gordos monoinsaturados) necessário na dieta preventiva

de doenças cardiovasculares chamada " de distribuição por terços".

O azeite e a beleza:

Nutre a pele, protege-a, suaviza-a, conserva a juventude do corpo e da cara.

Desde a antiguidade continua a usar-se em ungentos, banhos, massagens,

máscaras de beleza ou champus.

Maria Martins 26

Page 27: sssssss

Equipamentos – Impactos Culturais e Comunicações

O azeite velho recomenda-se para aquecer o corpo, provocar a transpiração,

disolver os humores e dissipar a letargia. Posto na boca, conserva a brancura

dos dentes e fortifica as gengivas.

A oleoterapia, demasiado esquecida, merece ser defendida, ensinada e

praticada. Acelera a corrente sanguínea, dá dinamismo ao organismo, arma-o

contra a toxemia”

Indica três boas razões para aconselhares uma colega a ler ou a fazer um

trabalho como este tema:

• Conhecer a Internet;

• Conhecer o Azeite;

• Trabalhar com computador.

Depois de terminar o trabalho teria escolhido outro tema? Neste caso indique

um novo tema que teria escolhido e porquê?

Não este tema tem a ver com a minha infância e juventude pois nessa época

apanhava azeitona e transportava-a para um lagar tradicional e mais tarde ia

buscar o azeite.

Maria Martins 27