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GUIA PRÁTICODE CÁLCULOSTRABALHISTAS

IOB Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

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Além do Guia Prático, você também tem acesso a uma palestra exclusiva, via web, de até 2 horas com conteúdo complementar sobre os assuntos de destaque relativos ao tema.

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GUIA PRÁTICOde Cálculos Trabalhistas

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Presidente: Jorge Santos CarneiroDiretor de Operação: Elton José DonatoGerente de Produtos: Vlamir NevesEditorial: Equipe Técnica IOBCapa: Munir Abdo Baarini Junior Diagramação: Rita de Cássia de MoraesRevisão: Bruna Silvestrin, Carmen Ferraz Machado, Isis Rangel, Liane Kuamoto, Michelle Santos Jeffman e Sabrina Falcão Fauth

Edição concluída em Julho 2016

CIP – Dados Internacionais de Catalogação na Publicação _____________________________________________________________

______________________________________________________________ Catalogação: Bibliotecária Jucelei Rodrigues Domingues - CRB 10/1569

G943 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas / editorial Equipe Técnica IOB. – São Paulo : IOB Sage, 2016. 430 p. ; 28 cm.

Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-379-2785-4

1. Direito do trabalho - Legislação. 2. Justiça do trabalho. 3. Execuções (Direito). 4. Cálculos trabalhistas. I. Equipe Técnica IOB, coord. II. Título: IOB Guia Prático de Cálculos Trabalhistas.

CDU : 34:331

Telefones Úteis IOB

São Paulo Outras LocalidadesAtendimento ao Cliente: (11) 2188-7900 0800-724 7900Vendas: (11) 2188-7777 0800-724 7777

Consulte nosso site www.iob.com.br

Proibida a reprodução parcial ou total de qualquer matéria sem prévia autorização.

Registro na Vara dos Registros Públicos e no 1o Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo - Nome e Marca Registrados no INPI.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - SALÁRIO E REMUNERAÇÃO .................................................................................................................................. 15Espécies de remuneração mínima ..................................................................................................................................................... 16Salário-utilidade ...........................................................................................................................................................................................17

Alimentação ............................................................................................................................................................................................ 18Habitação ................................................................................................................................................................................................ 19Veículo.......................................................................................................................................................................................................20Educação ................................................................................................................................................................................................. 21Vestuário ..................................................................................................................................................................................................22Assistência médica .............................................................................................................................................................................22

Parcelas que integram a remuneração ............................................................................................................................................23Comissões ...............................................................................................................................................................................................24Gorjetas ....................................................................................................................................................................................................26Diárias para viagem ............................................................................................................................................................................27Ajuda de custo ......................................................................................................................................................................................28Reembolso de quilometragem ..................................................................................................................................................... 30Prêmios e gratificações ..................................................................................................................................................................... 31Quebra de caixa ....................................................................................................................................................................................33Sobreaviso ...............................................................................................................................................................................................34Abono salarial ........................................................................................................................................................................................35Abono de férias .....................................................................................................................................................................................36Adicional de insalubridade ..............................................................................................................................................................37Adicional de periculosidade .......................................................................................................................................................... 39Adicional extraordinário ....................................................................................................................................................................40Supressão de horas extra - Indenização ...................................................................................................................................43Adicional noturno ................................................................................................................................................................................45Adicional de transferência .............................................................................................................................................................. 46Adicional de função ............................................................................................................................................................................47Adicional por tempo de serviço ....................................................................................................................................................48

Verbas que não integram a remuneração ...................................................................................................................................... 49Verba de representação ....................................................................................................................................................................52Indenizações ..........................................................................................................................................................................................52Multa rescisória de 40% do FGTS ou indenização compensatória ..............................................................................52Indenização por tempo de serviço ..............................................................................................................................................53Indenização por despedida sem justo motivo nos contratos a prazo determinado ...........................................54Indenização adicional (dispensa antes da data-base) .......................................................................................................54Indenização por demissão voluntária ........................................................................................................................................55

Equiparação salarial...................................................................................................................................................................................55Salário substituição ........................................................................................................................................................................... 56Substituição eventual ........................................................................................................................................................................57Substituição provisória ou temporária ......................................................................................................................................57Substituição permanente ................................................................................................................................................................57

Acúmulo de funções .................................................................................................................................................................................58Descontos nos salários - Possibilidades - Danos causados pelo empregado ............................................................. 59Pagamento dos salários - Prazo, local e hora ............................................................................................................................... 60Proteção ao salário - Redução - Renúncia - Penhora - Falência ..........................................................................................62

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6 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Salário-maternidade ..................................................................................................................................................................................62Salário-família .............................................................................................................................................................................................. 65INSS, FGTS e IR/Fonte - Tabela prática de incidências ............................................................................................................. 74

CAPÍTULO II - JORNADA DE TRABALHO .......................................................................................................................................83Prorrogação da jornada ...........................................................................................................................................................................84

Banco de horas .....................................................................................................................................................................................84Jornada reduzida ........................................................................................................................................................................................85Intervalos na jornada ............................................................................................................................................................................... 86

Intervalo intrajornada (dentro da jornada) .............................................................................................................................. 86Períodos de descanso especiais ..................................................................................................................................................88Motorista profissional ........................................................................................................................................................................88Intervalos não previstos em lei ......................................................................................................................................................89Intervalos interjornadas (entre jornadas) .................................................................................................................................89

Turnos ininterruptos de revezamento ...............................................................................................................................................91Empregados não subordinados à jornada ......................................................................................................................................94Controle da jornada de trabalho .........................................................................................................................................................94

CAPÍTULO III - REPOUSO SEMANAL REMUNERADO .............................................................................................................97Proibição de trabalho nos dias de repouso ....................................................................................................................................97Valor do RSR ..................................................................................................................................................................................................98

Empregado semanalista, diarista e horista .............................................................................................................................98Empregados tarefeiro e pecista ....................................................................................................................................................98Empregado comissionista .............................................................................................................................................................. 99Empregado mensalista e quinzenalista ..................................................................................................................................100

Trabalho em domicílio (home office) ................................................................................................................................................100Empregado com jornada reduzida ................................................................................................................................................... 101Trabalhadores avulsos ............................................................................................................................................................................ 101Integração dos adicionais no cálculo do RSR ............................................................................................................................. 101

Adicional noturno .............................................................................................................................................................................. 101Horas extras ..........................................................................................................................................................................................102

Insalubridade e periculosidade ..........................................................................................................................................................103Gorjetas .........................................................................................................................................................................................................103Gratificações ...............................................................................................................................................................................................103Escala de revezamento de folga (RSR) ...........................................................................................................................................103RSR - Pagamento em dobro ............................................................................................................................................................... 106Feriados .........................................................................................................................................................................................................107

Feriados Estaduais ............................................................................................................................................................................107Feriados municipais ou religiosos............................................................................................................................................. 109Feriado que recai em dia de repouso ....................................................................................................................................... 110Feriado que recai em sábado compensado .......................................................................................................................... 110

Desconto do RSR ..................................................................................................................................................................................... 112Admissão no curso da semana .......................................................................................................................................................... 115

CAPÍTULO IV - FÉRIAS INDIVIDUAIS ...............................................................................................................................................117Faltas não consideradas para fins de apuração do número de dias de férias ..............................................................117Período aquisitivo de férias .................................................................................................................................................................. 119

Período concessivo ...........................................................................................................................................................................120Fracionamento ....................................................................................................................................................................................120Perda do direito .................................................................................................................................................................................. 121

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Guia Prático de Cálculos Trabalhistas 7

Licença remunerada ............................................................................................................................................................................... 121Licença não remunerada ......................................................................................................................................................................122Paralisação parcial ou total da empresa ........................................................................................................................................123

Prestações por doença ou acidente superiores a 6 meses, ainda que descontínuos, no mesmo período aquisitivo ..............................................................................................................................................................................123

Serviço militar obrigatório .................................................................................................................................................................... 124Abono pecuniário .....................................................................................................................................................................................125Férias fracionadas e o abono ..............................................................................................................................................................125Remuneração do abono pecuniário ................................................................................................................................................126Remuneração das férias ........................................................................................................................................................................ 127Cálculo das férias .....................................................................................................................................................................................130Adicionais .....................................................................................................................................................................................................133Trabalho intermitente .............................................................................................................................................................................134Salário-utilidade ........................................................................................................................................................................................134Pagamento em dobro .............................................................................................................................................................................135Férias parciais em dobro .......................................................................................................................................................................135Abono pecuniário .....................................................................................................................................................................................136Remuneração das férias em dobro com abono pecuniário .................................................................................................136Requisitos para concessão ..................................................................................................................................................................136Solicitação do adiantamento do 13º salário por ocasião das férias..................................................................................136Prazo de pagamento das férias.......................................................................................................................................................... 137Prescrição ..................................................................................................................................................................................................... 137Férias na cessação do contrato de trabalho ...............................................................................................................................138

Férias vencidas ...................................................................................................................................................................................138Férias proporcionais .........................................................................................................................................................................138

Dispensa com justa causa ...................................................................................................................................................................139Trabalho a tempo parcial .......................................................................................................................................................................142Abono pecuniário - Não aplicação ...................................................................................................................................................143Professores ..................................................................................................................................................................................................143Direito às férias na rescisão contratual ..........................................................................................................................................144Incidências sobre férias .........................................................................................................................................................................144

Férias gozadas na vigência do contrato de trabalho (simples e proporcionais) ..................................................144Férias em dobro pagas na vigência do contrato de trabalho .......................................................................................145Férias vencidas (simples ou em dobro) e proporcionais pagas na rescisão contratual ..................................146Abono pecuniário ..............................................................................................................................................................................146Terço constitucional - Férias.........................................................................................................................................................146Terço constitucional sobre o abono pecuniário - Comentários ..................................................................................146

Afastamentos do empregado das suas atividades na contagem do período concessivo de férias ................. 147Prestação de serviços durante as férias - Proibição ................................................................................................................148Empregado acometido de doença durante as férias ..............................................................................................................148Gestante - Superveniência de parto no gozo das férias ........................................................................................................148Férias coletivas ..........................................................................................................................................................................................148Menores de 18 anos e maiores de 50 anos de idade ...............................................................................................................148

Concessão - Requisitos ..................................................................................................................................................................149Empregados afastados da atividade no curso das férias coletivas ..................................................................................150Empregados com menos de 12 meses de serviço ....................................................................................................................150

Exemplos de férias coletivas ........................................................................................................................................................152Concessão em dois períodos .............................................................................................................................................................154Empregados com 12 ou mais meses de serviço ........................................................................................................................156Abono pecuniário .....................................................................................................................................................................................158

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8 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Exemplos de férias coletivas ...............................................................................................................................................................159Penalidades - Multas............................................................................................................................................................................... 161

CAPÍTULO V - DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO .............................................................................................................................1631ª Parcela .......................................................................................................................................................................................................165

Pagamento - Prazo ............................................................................................................................................................................165Valor ................................................................................................................................................................................................................165

Admissão até 17 de janeiro, inclusive........................................................................................................................................165Admissão após 17 de janeiro........................................................................................................................................................ 169

Encargos sociais .......................................................................................................................................................................................1702ª Parcela ...............................................................................................................................................................................................170Salário variável ..................................................................................................................................................................................... 172Empregados com menos de 1 ano de serviço - Exemplos ............................................................................................. 173

Salário variável - Diferença - Ajuste .................................................................................................................................................. 176Parcelas in natura - Integração .......................................................................................................................................................... 177Adicionais - Integração .......................................................................................................................................................................... 177Afastamentos no curso do ano e reflexo no cálculo do 13º salário ................................................................................... 178

Auxílio-doença não decorrente de acidente do trabalho ............................................................................................... 178Abono anual a cargo da Previdência Social .......................................................................................................................... 179Auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho ........................................................................................................ 179

Serviço militar ............................................................................................................................................................................................. 179Salário-maternidade ................................................................................................................................................................................18013º salário proporcional - Pagamento pela empresa ...............................................................................................................180Abono anual pago pelo INSS .............................................................................................................................................................. 181Morte do empregado .............................................................................................................................................................................. 181Dispensa por justa causa ...................................................................................................................................................................... 181Penalidades .................................................................................................................................................................................................182Prescrição .....................................................................................................................................................................................................182Encargos sociais sobre o 13º salário ................................................................................................................................................183

Contribuição previdenciária .........................................................................................................................................................183Recolhimento - Prazo .......................................................................................................................................................................183Base de cálculo ...................................................................................................................................................................................183Parte do empregado .........................................................................................................................................................................183Parte da empresa ...............................................................................................................................................................................183

Salário variável - Acerto da diferença - Contribuição previdenciária ..............................................................................18513º Salário/2015 - Recolhimento em GPS específica ...............................................................................................................186

GPS preenchida parcialmente .....................................................................................................................................................186Recolhimento em atraso ................................................................................................................................................................189

Rescisão contratual - Recolhimento da contribuição previdenciária - Normas .........................................................189Empresas que tiveram a base de cálculo da contribuição previdenciária patronal básica (20%) substituída receita bruta ............................................................................................................................................................... 190Contribuição previdenciária básica sobre a folha de 13º salário ................................................................................ 190

Empregado doméstico ........................................................................................................................................................................... 191Salário-maternidade - Contribuição previdenciária ................................................................................................................. 191FGTS - Depósito ........................................................................................................................................................................................192Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ...................................................................................................................................192

CAPÍTULO VI - AVISO-PRÉVIO ...........................................................................................................................................................193Início da contagem do prazo...............................................................................................................................................................193Aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço .........................................................................................................................193

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Guia Prático de Cálculos Trabalhistas 9

Contagem do prazo proporcional - Entendimentos doutrinários - Controvérsias ....................................................193Posição do Ministério do Trabalho (MTb) divulgada por meio de nota técnica ...................................................194Posição de renomados juristas acerca do tema ................................................................................................................ 196Jurisprudência.................................................................................................................................................................................... 199

Aviso-prévio - Formas de concessão ..............................................................................................................................................203Trabalhado ............................................................................................................................................................................................203Aviso-prévio indenizado .................................................................................................................................................................205Rescisão por iniciativa do empregador (dispensa sem justa causa)........................................................................205Rescisão por iniciativa do empregado (pedido de demissão) .....................................................................................206O aviso-prévio indenizado e a data da baixa na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) .......... 208Integração do valor relativo à alimentação (vale-alimentação, ticket restaurante, cesta básica, etc.) na remuneração do empregado para fins de cálculo do aviso-prévio indenizado ............................................. 211Aviso-prévio “cumprido em casa”................................................................................................................................................213

Pagamento das verbas rescisórias - Prazo ...................................................................................................................................213Aviso-prévio trabalhado ..................................................................................................................................................................214Aviso-prévio proporcional - Data de quitação das verbas rescisórias - Controvérsia .......................................214Aviso-prévio indenizado ou dispensa do seu cumprimento .........................................................................................214Aviso-prévio “cumprido em casa”................................................................................................................................................214Pedido de demissão com cumprimento parcial do aviso-prévio - Prazo para quitação das verbas rescisórias..............................................................................................................................................................................................215

Redução da jornada - Dispensa sem justa causa .....................................................................................................................216Diária (2 horas) ....................................................................................................................................................................................216Redução facultativa (em dias) ......................................................................................................................................................216Momento da redução ......................................................................................................................................................................218Descumprimento pelo empregador .........................................................................................................................................219Rescisão por iniciativa do empregado (pedido de demissão) ..................................................................................... 220

Integração ao tempo de serviço ....................................................................................................................................................... 220Reconsideração ........................................................................................................................................................................................ 220Compensações de horário de trabalho..........................................................................................................................................221Remuneração .............................................................................................................................................................................................221

Salário pago por comissão ........................................................................................................................................................... 222Aviso-prévio indenizado - Apuração ......................................................................................................................................... 222Comissões - Aviso-prévio trabalhado - Apuração .............................................................................................................. 224Salário por tarefa - Aviso-prévio indenizado - Apuração ................................................................................................. 224Aviso-prévio trabalhado - Tarefeiro ........................................................................................................................................... 225Inclusão de horas extras ................................................................................................................................................................ 226Aviso-prévio indenizado ................................................................................................................................................................. 226Aumentos salariais no curso do aviso .................................................................................................................................... 226

CAPÍTULO VII - VALE-TRANSPORTE .............................................................................................................................................. 229Formas de transporte ............................................................................................................................................................................ 229Fornecimento de transporte pelo empregador - Obrigatoriedade de concessão do vale-transporte - Exoneração ................................................................................................................................................................................................. 229Proibição ......................................................................................................................................................................................................230Incidências ..................................................................................................................................................................................................230Exercício do direito ao vale-transporte ..........................................................................................................................................230Utilização exclusiva para o trabalho ................................................................................................................................................230Acumulação de benefícios - Vedação .............................................................................................................................................231Fornecimento do vale-transporte no intervalo para alimentação dos empregados ................................................231Custeio ......................................................................................................................................................................................................... 232

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10 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Desconto ..................................................................................................................................................................................................... 232Base de cálculo do desconto do vale-transporte de empregado que aufere salário misto ................................ 234Afastamento do empregado no curso do mês - Procedimento ........................................................................................ 235

CAPÍTULO VIII - ESTABILIDADES ....................................................................................................................................................239Membro da Cipa ......................................................................................................................................................................................239Gestante ...................................................................................................................................................................................................... 240Estabilidade da empregada gestante no contrato a prazo determinado ..................................................................... 240Dirigente sindical ...................................................................................................................................................................................... 241Membros do Conselho Curador do FGTS .................................................................................................................................... 242Não optantes pelo FGTS (estabilidade decenal) ...................................................................................................................... 242Membros do Conselho Nacional de Previdência Social ....................................................................................................... 242Acidente do trabalho ............................................................................................................................................................................. 242Diretores de sociedades cooperativas .......................................................................................................................................... 243Representantes dos empregados na Comissão de Conciliação Prévia ........................................................................ 243Mulher em situação de violência doméstica e familiar ......................................................................................................... 243Documento coletivo de trabalho ..................................................................................................................................................... 244Decisões TST ............................................................................................................................................................................................. 244Discriminação ........................................................................................................................................................................................... 244Decisões TST e TRT 9ª Região ........................................................................................................................................................... 245Encerramento da empresa ou do estabelecimento ............................................................................................................... 245

CAPÍTULO IX- ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO - CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS, FGTS E IRRF .................................................................................................................................................... 253Contribuições previdenciárias .......................................................................................................................................................... 253

Contribuições patronais - Base de cálculo ........................................................................................................................... 253Desoneração da folha de pagamento - Alteração da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal básica para algumas empresas ...................................................................................................................................... 254

Substituição da base de cálculo da contribuição previdenciária .............................................................................. 254Contribuição sobre a receita bruta - Alíquotas .................................................................................................................. 255Alíquota de 4,5% ................................................................................................................................................................................ 255Construção civil - Regras especiais .........................................................................................................................................256Alíquota de 3% ....................................................................................................................................................................................257Alíquota de 2,5% .................................................................................................................................................................................257Alíquota de 2% .................................................................................................................................................................................... 258Alíquota de 1,5% .................................................................................................................................................................................259Alíquota de 1% ....................................................................................................................................................................................260Atividades com alíquotas diferenciadas sobre a receita bruta ....................................................................................261Empresas optantes pelo Simples Nacional - Desoneração ...........................................................................................261Cooperativas de produção - Desoneração ............................................................................................................................261Receita bruta - Apuração .............................................................................................................................................................. 262Informações e recolhimento ....................................................................................................................................................... 262Atividades desoneradas e não desoneradas simultâneas - Contribuição previdenciária - Cálculo .........263Situações em que a substituição da base de cálculo da contribuição previdenciária não será apli-cada .........................................................................................................................................................................................................265Recolhimento - Prazo ......................................................................................................................................................................265Contribuição previdenciária básica sobre a folha de 13º salário ................................................................................266Relação de atividades sujeitas à incidência da CPRB prevista nos Anexos I e II da Instrução Norma-tiva RFB nº 1.436/2013 .......................................................................................................................................................................273

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Guia Prático de Cálculos Trabalhistas 11

Contribuição para financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho(GIIL-RAT) e o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) .....................................................................................295

Atividades que ensejam a concessão de aposentadoria especial - Contribuição adicional .................296Cooperativas de produção - Trabalho em condições especiais - Contribuição adicional ...................... 297Empresa de cessão de mão de obra ................................................................................................................................. 297Base de cálculo da contribuição adicional .................................................................................................................... 297

Fator Acidentário de Prevenção (FAP) - Redução ou aumento da alíquota .......................................................... 297Geração de índices de frequência, gravidade e custo ............................................................................................. 298Índice de frequência ................................................................................................................................................................. 298

Índice de gravidade .......................................................................................................................................................................... 298Índice de custo ..................................................................................................................................................................................299

Cálculo do FAP para vigência em 2015 - Exemplo (dados hipotéticos) ............................................................299Aplicação do FAP no ano de 2015 .......................................................................................................................................302Aplicação do FAP no ano de 2016 ......................................................................................................................................303Declaração do FAP em GFIP .................................................................................................................................................303

Contribuições destinadas a outras entidades e fundos (terceiros) ................................................................................339Base de cálculo ..................................................................................................................................................................................339Entidades não sujeitas à contribuição para terceiros .....................................................................................................340Empresa brasileira de navegação ..............................................................................................................................................340Brasileiros contratado no Brasil para prestar serviços no exterior ............................................................................340Empresas sujeitas à contribuição para terceiros ...............................................................................................................340Atividades industriais ......................................................................................................................................................................343Cooperativas .......................................................................................................................................................................................346Atividades comerciais .....................................................................................................................................................................345Empresas com mais de um estabelecimento - Código FPAS......................................................................................346Atividades rurais ................................................................................................................................................................................346Contribuição adicional destinada ao Incra...........................................................................................................................346Salário-educação .............................................................................................................................................................................. 347Arrecadação ........................................................................................................................................................................................ 347Empresa prestadora de serviços mediante cessão de mão de obra ........................................................................ 347Trabalhador avulso não portuário ............................................................................................................................................. 347Atividades vinculadas à Confederação Nacional de Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos ................. 347Atividades vinculadas à Confederação Nacional de Transportes Terrestres ....................................................... 348Atividades vinculadas à Confederação Nacional de Comunicações e Publicações ........................................ 348Agroindústria de piscicultura, carcinicultura, suinocultura ou avicultura ............................................................. 348Agroindústria de florestamento e reflorestamento .......................................................................................................... 348Agroindústrias sujeitas à contribuição substitutiva .........................................................................................................349Produtor rural pessoa jurídica .....................................................................................................................................................349Produtor rural pessoa jurídica que explora simultaneamente outra atividade ...................................................350Cooperativas de produção ...........................................................................................................................................................350Transportador autônomo ..............................................................................................................................................................350Cooperativa de transportadores autônomos .......................................................................................................................351Associação desportiva e sociedade empresária que mantêm equipe de futebol profissional ....................351Empresa de trabalho temporário ................................................................................................................................................351Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) e o operador portuário ............................................................................... 352Cooperativa de transportadores autônomos .......................................................................................................................351Associação desportiva e sociedade empresária que mantêm equipe de futebol profissional ....................351Empresa de trabalho temporário ................................................................................................................................................351

Empresas optantes pelo Simples Nacional ................................................................................................................................358

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12 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Segurado contribuinte individual.....................................................................................................................................................358Prestação de serviços à entidade beneficente de assistência social isenta ........................................................361Prestação de serviços à empresa e exercício de atividade por conta própria - Simultaneidade ................361Exercício simultâneo das atividades de empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso e contribuinte individual ................................................................................................................................................................ 362Remuneração auferida inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição .....................................................364Contribuição previdenciária do empregado e do trabalhador avulso .....................................................................364Prazo para recolhimento das contribuições previdenciárias .......................................................................................368Dia 20 do mês seguinte ao da competência .......................................................................................................................368Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS’ .............................................................................................................368Prazo para depósito .........................................................................................................................................................................369Depósitos decorrentes de rescisão contratual ..................................................................................................................369

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) .................................................................................................................................. 370Tabela Progressiva válida a partir de abril do ano-calendário de 2015 .....................................................................371

Empregado doméstico - Simples doméstico ............................................................................................................................. 372INSS, FGTS e IR/FONTE - Tabela prática de incidências ....................................................................................................... 373

CAPÍTULO X - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO ...........................................................................................................................383Previdenciário ............................................................................................................................................................................................383

Benefícios - Ato de concessão ...................................................................................................................................................383Anulação de atos administrativos .............................................................................................................................................383Prestações vencidas - Prescrição .............................................................................................................................................383Menores absolutamente incapazes e relativamente incapazes ................................................................................383Acidente do trabalho ....................................................................................................................................................................... 384Créditos da Previdência Social - Decadência e prescrição .......................................................................................... 384

Trabalhista ................................................................................................................................................................................................... 384Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ....................................................................................................................................385

CAPÍTULO XI - COOPERATIVAS ....................................................................................................................................................... 387Cooperados ................................................................................................................................................................................................ 387Cooperativas - Características .......................................................................................................................................................... 387Cooperativas de trabalho .................................................................................................................................................................... 388

Tipos de cooperativas de trabalho ........................................................................................................................................... 388Intermediação de mão de obra - Proibição .......................................................................................................................... 388

Vínculo empregatício - Inexistência ............................................................................................................................................... 388Regras trabalhistas aplicáveis ...........................................................................................................................................................389Direitos dos sócios..................................................................................................................................................................................389

CAPÍTULO XII - TRABALHO TEMPORÁRIO CONCEITOS .....................................................................................................391Caracterização do trabalho temporário .........................................................................................................................................391Recrutamento e seleção - Exclusividade da empresa de trabalho temporário ..........................................................391Contrato - Duração ..................................................................................................................................................................................391

Prorrogação por mais de uma vez - Possibilidade ............................................................................................................ 392Contrato com o trabalhador ............................................................................................................................................................... 392

Direitos do trabalhador temporário (*) ...................................................................................................................................393Outros direitos ...................................................................................................................................................................................393Aviso-prévio (indevido) ...................................................................................................................................................................393

Rescisão por justa causa .....................................................................................................................................................................395Proibições à empresa de trabalho temporário ..........................................................................................................................396Falência ........................................................................................................................................................................................................396

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Guia Prático de Cálculos Trabalhistas 13

CAPÍTULO XIII - ESTAGIÁRIO ............................................................................................................................................................ 397Finalidade do estágio............................................................................................................................................................................. 397Estágio obrigatório e não obrigatório ............................................................................................................................................ 397Parte concedente do estágio ............................................................................................................................................................. 397

Número máximo de estagiários ................................................................................................................................................. 398Pessoas portadores de deficiência .......................................................................................................................................... 398

Agentes de integração .......................................................................................................................................................................... 398Responsabilidade civil dos agentes de integração ..........................................................................................................399

Inexistência de vínculo empregatício ............................................................................................................................................399Obrigações das instituições de ensino .........................................................................................................................................399

Plano de atividades do estagiário .............................................................................................................................................400Convênio de concessão de estágio .........................................................................................................................................400

Jornada de atividade .............................................................................................................................................................................400Duração do estágio.................................................................................................................................................................................400Bolsa em dinheiro .....................................................................................................................................................................................401Incidências ...................................................................................................................................................................................................401

Contribuição previdenciária .........................................................................................................................................................401FGTS .........................................................................................................................................................................................................401Imposto de Renda .............................................................................................................................................................................401

Concessão de benefícios......................................................................................................................................................................401Período de recesso ..................................................................................................................................................................................401Saúde e segurança do trabalho ........................................................................................................................................................402Isenção das obrigações trabalhistas ..............................................................................................................................................402Estudantes estrangeiros ......................................................................................................................................................................402Trainee ...........................................................................................................................................................................................................402

CAPÍTULO XIV - EMPREGADO DOMÉSTICO.............................................................................................................................405Conceito ......................................................................................................................................................................................................405Admissão .....................................................................................................................................................................................................405Contrato por prazo determinado - Possibilidade .....................................................................................................................406

Contrato de experiência ................................................................................................................................................................ 407Contrato a prazo - Rescisão ......................................................................................................................................................... 407

Direitos ......................................................................................................................................................................................................... 407Jornada de trabalho - Prorrogação e compensação de horas ....................................................................................409Horário de trabalho de 12 x 36 horas - Possibilidade........................................................................................................409Acompanhamento em viagem ...................................................................................................................................................409Registro de horário de trabalho - Obrigatoriedade ...........................................................................................................410Trabalho em regime de tempo parcial ......................................................................................................................................411Intervalo para repouso ou alimentação ....................................................................................................................................411Trabalho noturno ................................................................................................................................................................................412Intervalo entre jornadas de trabalho ........................................................................................................................................412Remuneração - Pagamento - Prazo - Descontos ................................................................................................................412FGTS .........................................................................................................................................................................................................413Contas vinculadas no FGTS ..........................................................................................................................................................413FGTS - Rescisão contratual ...........................................................................................................................................................413Indenização compensatória - Rescisão sem justa causa ou por culpa do empregador .................................41413º salário ...............................................................................................................................................................................................414Pagamento de 13º salário de empregado doméstico em 2016 ....................................................................................415

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14 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Desconto previdenciário - Procedimentos ............................................................................................................................415Licença-maternidade .......................................................................................................................................................................416Abono anual .........................................................................................................................................................................................416Licença-paternidade ........................................................................................................................................................................ 417Acidente do trabalho ........................................................................................................................................................................ 417Salário-família ...................................................................................................................................................................................... 417Repouso/Descanso semanal remunerado ............................................................................................................................ 417Férias .......................................................................................................................................................................................................418Recibo de férias ..................................................................................................................................................................................419Anotação na CTPS .............................................................................................................................................................................419Vale-transporte ...................................................................................................................................................................................419Aplicação das normas de segurança e saúde .....................................................................................................................420Aviso-prévio ..........................................................................................................................................................................................421Seguro-desemprego .........................................................................................................................................................................421Parcelas - Pagamento ..................................................................................................................................................................... 422

Regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do emprega-dor doméstico (Simples Doméstico) .............................................................................................................................................. 423Rescisão contratual por justa causa .............................................................................................................................................. 424Prescrição - Arquivamento de documentos - Prazo ............................................................................................................... 425Fiscalização trabalhista ......................................................................................................................................................................... 425Rescisão contratual - Necessidade ou não de assistência na rescisão contratual do empregado do-méstico ......................................................................................................................................................................................................... 425

CTPS - Baixa......................................................................................................................................................................................... 425Impossibilidade de rescisão do contrato de trabalho de empregado doméstico aposentado por inva-lidez ................................................................................................................................................................................................................426Prática de atos ilícitos - Agências - Responsabilidade civil ................................................................................................. 427

CAPÍTULO XV - LEGISLAÇÃO ...........................................................................................................................................................429

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CAPÍTULO I Salário e Remuneração

Salário é a contraprestação devida ao empregado, pela prestação dos serviços ou pelo tempo à disposição do empregador em decorrência do contrato de trabalho e é devido e pago diretamente pelo empregador.

A remuneração é a soma do salário com outras vantagens percebidas pelo empregado. Tais van-tagens decorrem da prestação de serviços, e, regra geral, são pagas diretamente pelo empregador. Con-tudo, situações há em que o pagamento não vem diretamente do empregador, como, por exemplo, a gorjeta, que é paga por terceiros.

Assim, a remuneração é o gênero do qual o salário é espécie.

Os salários poderão ser fixados por unidade de tempo ou por unidade de obra. O primeiro leva em conta o tempo que o empregado fica à disposição da empresa e toma por base, para pagamento, o nú-mero de horas, dias, etc. O segundo considera a produção dada pelo empregado (tarefa, peça, comissão, etc.).

Note-se que o critério a ser adotado para a fixação do salário nada tem a ver com os intervalos com que se paga o empregado. Assim, por exemplo, um empregado horista pode receber por mês. A base de cálculo de seu salário é a hora, mas a forma de pagamento é mensal.

Exemplosa) Contratação por unidade de tempo - Empregado mensalista contratado em janeiro/2016 com jornada de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Receberá como remuneração mínima R$ 880,00;

b) Contratação por unidade de obra (peças ou tarefa) - Empregado tarefeiro, contratado em janeiro/2016 com jornada mensal de 220 horas e com valor de tarefa fixado em R$ 10,00. Apuração da remuneração:

Considerando que o valor das peças se refere apenas ao trabalho efetivamente realizado e que o empregado tem direito ao repouso semanal remunerado é necessário obter o valor deste o qual corresponde à divisão do salário relativo às tarefas ou peças executadas durante a semana ou mês, no horário normal de trabalho, pelo número de dias de serviço (semanal ou mensal) efetivamente trabalhados.

Considerando que no mês 01/2016 produziu durante a sua jornada mensal 200 peças teremos:

EXEMPLO

Tarefeiro

- nº de tarefas executadas no mês: 200

- valor da tarefa: R$ 10,00

- salário relativo às tarefas (R$ 10,00 × 200): R$ 2.000,00

- valor do RSR e feriado: R$ 2.000,00 ÷ 25 (dias efetivamente trabalhados de segunda-feira a sábado): R$ 80,00

- valor dos RSR e feriados do mês (6) (R$ 80,00 × 6) R$ 480,00

- remuneração total do mês (R$ 2.000,00 + R$ 480,00) R$ 2.480,00

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16 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

ESPÉCIES DE REMUNERAÇÃO MÍNIMA

Salário-mínimo - é a contraprestação mínima devida a todo trabalhador (urbano e rural), sem dis-tinção, e capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimen-tação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social. Assim sendo, não se poderá contratar remuneração inferior ao salário-mínimo. Nos casos de salário fixado por unidade de obra, este mínimo deverá ser garantido ao empregado, ainda que sua produção não o tenha atingido.

Piso salarial estadual - A Lei Complementar nº 103/2000 autorizou os Estados e o Distrito Federal a instituir, mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, o piso salarial proporcional à extensão e à com-plexidade do trabalho para os empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, conven-ção ou acordo coletivo de trabalho. Desta forma, cada Estado da Federação pode instituir no âmbito do seu respectivo território os pisos salariais para os empregados, desde que superior ao salário-mínimo legalmente instituído e observadas as determinações da lei complementar em comento. Entretanto, os pisos salariais fixados na Lei nº 6.702/2014, não se aplicam: aos empregados que têm piso salarial defini-do em lei federal, convenção ou acordo coletivo e aos servidores públicos municipais.

Salário normativo - é o menor salário devido aos empregados que integram determinada catego-ria profissional, o qual é fixado pelo documento coletivo de trabalho (acordo ou convenção) da categoria respectiva.

Salário profissional - é o menor salário estabelecido por lei para trabalhadores que integram deter-minada profissão (médicos, engenheiros, jornalistas, etc.)

Normalmente a remuneração mínima é fixada para uma jornada normal de trabalho (8 horas diá-rias e 44 semanais. Entretanto, se a jornada for reduzida por força do contrato de trabalho, o salário--mínimo será observado em seu valor diário ou horário.

Exemplos

a) Considerando que um empregado mensalista tenha sido contratado para trabalhar apenas 4 horas por dia de segunda a sábado. Para apuração da remuneração mínima que lhe poderá ser paga temos:

Salário-mínimo mensal = R$ 880,00

Salário-mínimo/dia = R$ 29,33

Salário-mínimo/hora = R$ 4,00

Jornada mensal de trabalho contratada = 120 horas (4 × 30)

Remuneração mínima mensal = R$ 480,00 (120 × R$ 4,00)

O salário dos empregados mensalistas e quinzenalistas já engloba o descanso semanal.

b) Considerando que o empregado mensalista tenha sido contratado para trabalhar 3 dias por semana (segun-das-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras). Para apurar a remuneração mínima devida temos:

Salário-mínimo mensal = R$ 880,00

Salário-mínimo/dia = R$ 29,33

Salário-mínimo/hora = R$ 4,00

Considerando a apuração do menor valor devido ao empregado relativo ao mês 01/2016.

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CAPÍTULO II Jornada de Trabalho

Jornada de trabalho é a duração diária das atividades do empregado, ou seja, o lapso de tempo em que o empregado, por força do contrato de trabalho, fica à disposição do empregador, seja trabalhando efetivamente ou aguardando ordens. Durante esse período o trabalhador não pode dispor de seu tempo em proveito próprio.

A jornada máxima diária de trabalho, fixada pela Constituição Federal de 1988 (CF/1988), é de 8 horas, não podendo exceder a 44 horas semanais.

Assim, considerando o módulo semanal de 44 horas, a jornada normal diária corresponde a 7h20min, obtida mediante o seguinte cálculo:

a) dias de trabalho na semana = 6 (2ª feira a sábado, por exemplo);

b) limite máximo semanal = 44 horas;

c) divisão da duração semanal pelo número de dias de trabalho na semana:

44 = 7,3333 6

Observa-se que o cálculo da divisão resulta em dízima periódica simples, não representando 7 ho-ras e 33 minutos, mas 7 horas e 20 minutos, tendo em vista que a operação matemática é realizada em escala decimal, contrapondo-se, portanto, às frações de horário, cuja escala é sexagesimal (60 segundos e 60 minutos), ou seja:

(7,3333... - 7) × 60 = 20 minutos ou, ainda,

1 hora = 60 minutos

44 horas × 60 minutos = 2.640 minutos

2.640 = 440 minutos ou 7 horas + 20 minutos 6

Para se obter a jornada mensal:

30 dias × 7h20min = 220 horas mensais ou

30 × 440 minutos = 13.200 minutos mensais

13.200 = 220 horas 60

Podem as partes (empregado e empregador), no entanto, fixar limite inferior ao estabelecido le-galmente. Ressalte-se que algumas categorias, por força de lei, têm jornada inferior à prevista constitu-cionalmente.

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84 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

PRORROGAÇÃO DA JORNADA

A duração normal de trabalho pode ser prorrogada (horas extras em período diurno ou noturno, ou, ainda, sistema misto) em até 2 horas diárias, mediante acordo escrito, para empregados maiores de idade de ambos os sexos, com adicional de 50%, no mínimo, sobre o valor da hora normal, desde que não ultrapasse o limite de 10 horas.

Entretanto, será dispensado esse acréscimo salarial se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela respectiva diminuição em outro dia (acordo de compensação de horas), de maneira que não exceda, no período máximo de 1 ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias. Assim, por exemplo, pode-se adotar uma jornada diária de 8 horas e 48 minutos, de segunda a sexta--feira, perfazendo 44 horas semanais, de forma que o sábado fique livre.

ExemploTratando-se de acordo de compensação integral de horas do sábado, a jornada diária pode ser de 8 horas e 48 minutos de 2ª a 6ª feira, ou de 9 horas de 2ª a 5ª feira e de mais 8 horas na 6ª feira, ou, ainda, outra qualquer, sem-pre ajustando a duração para totalizar as 44 horas semanais.44 = 8,8 5(8,8 - 8) × 60 = 48 minutos8h48min (2ª a 6ª feira)

NotaAs mencionadas compensações de horas que recaírem no período noturno não eximem o empregador do pagamento do respectivo adicional noturno.

Tratando-se de acordo de prorrogação firmado simultaneamente ao de compensação de horas, a jornada diária não pode ultrapassar o limite global de 10 horas.

Nas atividades insalubres, qualquer acordo de prorrogação deve ser antecedido de licença prévia das autoridades competentes em matéria de medicina do trabalho, as quais, para esse efeito, procede-rão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamen-te, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.

Banco de horas

O chamado “banco de horas” nada mais é do que uma forma de acordo de compensação de jor-nada mais flexível, cuja implantação exige o atendimento de alguns requisitos além dos observados no acordo “clássico” de compensação de jornada.

Normalmente, a implantação do “banco de horas” visa tanto o interesse da empresa (por exemplo: aumento ou redução da produção) como o interesse do empregado (por exemplo: necessidade de se ausentar do trabalho).

Conforme determina a Súmula nº 85 do TST, a implantação do “banco de horas” deve ser feita mediante negociação coletiva, isto é, deve ser objeto de acordo ou convenção com entidade sindical. Nesse documento devem constar as cláusulas e as condições para o seu cumprimento.

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CAPÍTULO III Repouso Semanal Remunerado

Todo empregado rural, urbano, inclusive doméstico, tem direito ao Repouso Semanal Remunera-do (RSR) de 24 horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técni-cas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. Dessa forma, sendo semanal o direito ao repouso, o empregado terá direito a, pelo menos, 1 dia de folga, no máximo após 6 dias trabalhados.

A duração do repouso semanal é de 24 horas, as quais, acrescidas ao repouso entre jornadas (11 horas), totalizam um descanso de 35 horas. Portanto, entre duas semanas de trabalho os empregados farão jus a um descanso mínimo de 35 horas consecutivas (24 + 11).

No caso de motorista profissional no transporte rodoviário de cargas em longa distância, desde que a viagem tenha duração superior a 1 semana, o descanso semanal do motorista será de 35 horas por semana trabalhada, e seu gozo ocorrerá no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou em seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do referido descanso.

É permitido o fracionamento do mencionado descanso semanal do motorista em 30 horas mais 5 horas a serem cumpridas na mesma semana e em continuidade de um período de repouso diário.

Proibição de trabalho nos dias de repouso

Excetuados os casos em que a execução dos serviços seja imposta pelas exigências técnicas das empresas, é vedado o trabalho nos dias de repouso, garantida, entretanto, a remuneração respectiva.

Constituem exigências técnicas aquelas que, em razão do interesse público, ou pelas condições peculiares às atividades da empresa ou ao local onde estas se exercitarem, tornem indispensável a con-tinuidade do trabalho em todos ou alguns dos respectivos serviços.

Às empresas em que, em razão do interesse público ou pelas condições peculiares às próprias atividades ou ao local onde as atividades são exercidas, seja indispensável a continuidade do trabalho, é concedida em caráter permanente permissão para o trabalho em dias de repouso, as quais estão re-lacionadas no Quadro Anexo ao Decreto nº 27.048/1949. Nesse caso, a empresa concederá outro dia de folga ao empregado.

Exceto os elencos teatrais e congêneres, nos serviços que exijam trabalho aos domingos, será es-tabelecida escala de revezamento, previamente organizada e constante de quadro sujeito à fiscalização.

O modelo da escala de revezamento é de livre escolha da empresa, organizada de maneira que, a cada 6 dias de trabalho corresponda 1 folga e, em um período máximo de 7 semanas de trabalho, cada empregado usufrua ao menos um domingo de folga.

No de empresa de comércio varejista, o repouso semanal deverá coincidir com o domingo pelo menos 1 vez, no período máximo de 3 semanas.

O trabalho da mulher aos domingos exige a organização de escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical.

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98 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

VALOR DO RSR

Empregado semanalista, diarista e horista

Para os contratados por semana, dia ou hora, a remuneração do repouso corresponde a um dia normal de trabalho. Sendo a jornada normal diária de trabalho variável, a remuneração corresponderá a 1/6 do total de horas trabalhadas durante a semana.

Exemplosa) empregado diarista com remuneração de R$ 40,00 por dia

- valor do RSR = R$ 40,00

b) empregado contratado por semana com jornada de 44 horas semanais e com remuneração semanal de R$ 360,36

- jornada diária = 7h20m (44 ÷ 6 = 7,3333 que equivale a 7h20min)

- valor do salário/hora = R$ 8,19 (R$ 360,36 ÷ 44)

- valor do RSR = R$ 60,06 (R$ 8,19 × 7,3333)

c) empregado horista, com salário/hora de R$ 7,00 e com jornada variável realizou na semana as seguintes jor-nadas;

HORAS TRABALHADAS NA SEMANA

DIAS HORAS

segunda-feira 8

terça-feira 7

quarta-feira 8

quinta-feira 6

sexta-feira 8

Sábado 5

Total 42

RSR = 7h (42 ÷ 6)

- valor do salário/hora = R$ 7,00

- valor do RSR = R$ 49,00 (R$ 7,00 × 7)

Empregados tarefeiro e pecista

Aos empregados contratados por tarefa ou peça, a remuneração do repouso corresponde à divi-são do salário relativo às tarefas ou peças executadas durante a semana, no horário normal de trabalho, pelo número de dias de serviço efetivamente trabalhados.

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CAPÍTULO IV Férias Individuais

Todo empregado tem direito, anualmente, ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remu-neração. A finalidade básica das férias é a recuperação das forças gastas pelo trabalhador no decurso de cada ano de serviços prestados ao mesmo empregador.

Observados os casos específicos previstos em normas especiais, inclusive o contrato de trabalho na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado tem direito a férias na seguinte proporção.

Nº DE DIAS CORRIDOS DE FÉRIAS Nº DE FALTAS INJUSTIFICADAS AO SERVIÇO NO CURSO DO PERÍODO AQUISITIVO

30 Até 5

24 de 6 a 14

18 de 15 a 23

12 de 24 a 32

Conclui-se que mais de 32 faltas injustificadas no curso do período aquisitivo implicam, para o empregado, a perda do direito às férias correspondentes.

Cumpre observar, portanto, que, para fins do cálculo do período de férias a que o empregado terá direito, não poderá o empregador descontar diretamente as faltas do empregado ao serviço. Deve, para tanto, cumprir a escala proporcional de férias anteriormente mencionada.

FALTAS NÃO CONSIDERADAS PARA FINS DE APURAÇÃO DO NÚMERO DE DIAS DE FÉRIAS

Uma vez justificada pela lei ou abonada por mera liberalidade do empregador (ambas não sujeitas a desconto na remuneração), a falta não deve ser computada para efeito de reduzir o gozo das férias, sendo, pois, ilegal qualquer acordo entre empregado e empregador para desconto de falta nas férias, bem como o acordo firmado para que sejam “descontados” das férias os dias relativos a “pontes en-tre feriados” em que não tenha havido expediente na empresa, como por exemplo, compensação das sextas e das segundas-feiras que, respectivamente, sucedem e antecedem os feriados das quintas e terças-feiras.

Não se consideram faltas ao serviço para fins de apuração do direito às férias:

I - até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), viva sob sua depen-dência econômica;

II - até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por 5 dias, enquanto não for fixado outro prazo em lei, como licença-paternidade

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118 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

IV - por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamen-te comprovada;

V - até 2 dias consecutivos ou não, para fins de alistamento eleitoral, nos termos da lei respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na Lei nº 4.375/1964, art. 65, “c” (Lei do Serviço Militar);

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingres-so em estabelecimento de ensino superior;

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver de comparecer a juízo);

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sin-dical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro;

X - até 2 dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira;

XI - por 1 dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica;

XII - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso e de adoção ou guarda judicial de criança, para fins de adoção, observados os requisitos da legislação previdenciária para percepção do benefício de salário-maternidade;

XIII - justificadas pela empresa, assim entendidas as que não tiverem determinado o desconto do correspondente salário;

XIV - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão pre-ventiva, quando for impronunciado ou absolvido;

XV - comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou;

XVI - comparecimento como parte à Justiça do Trabalho;

XVII - para servir como jurado no Tribunal do Júri;

XVIII - afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela empresa mediante comprovação, observada a legislação previdenciária;

XIX - convocação para serviço;

XX - greve, desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho que disponha sobre a manutenção dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisação das atividades;

XXI - período de frequência em curso de aprendizagem;

XXII - para o(a) professor(a), por 9 dias, em consequência de casamento ou falecimento de cônju-ge, pai, mãe ou filho;

XXIII - dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atuações do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), as quais são computadas como jornada efetivamente trabalha-da para todos os fins e efeitos legais;

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CAPÍTULO V Décimo Terceiro Salário

A gratificação natalina, devida a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, é paga em duas parcelas; a primeira, entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda, até 20 de dezembro. Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho, no mês civil.

A base de cálculo da gratificação natalina é a remuneração integral ou o valor da aposentadoria.

Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Ao salário integram-se: importância fixa estipulada, comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem excedentes a 50% do salário percebido pelo empregado e abonos pagos pelo em-pregador. Os adicionais por trabalho insalubre e perigoso, bem como o salário-utilidade, também o in-tegram para esse efeito.

Para efeito de pagamento e cálculo do valor da gratificação de natal, é necessário apurar, mês a mês, as faltas não justificadas pelo empregado, a fim de verificar se houve pelo menos 15 dias de traba-lho.

Assim, para cada mês, restando um saldo de, no mínimo, 15 dias após o desconto das faltas injusti-ficadas nos respectivos meses, assegura-se ao empregado o recebimento de 1/12 de 13º salário por mês.

Ressalte-se que as faltas legais e justificadas ao serviço não são computadas a esse efeito.

Os dias de repouso (Repouso/Descanso Semanal Remunerado) que eventualmente não tiverem sido pagos ao empregado durante o ano, em decorrência de falta injustificada durante a semana ou pu-nição disciplinar, não poderão ser computados para efeito da contagem dos 15 dias trabalhados no mês para o empregado fazer jus a 1/12 de 13º salário proporcional por mês de serviço, ou seja, não diminuirá a contagem da proporcionalidade a que o empregado tiver direito. Esse critério é adotado para não haver a ocorrência de dupla penalidade ao empregado, ou seja, uma vez, por ocasião do desconto dos repou-sos durante o ano e outra vez, para fins de diminuir a contagem da proporcionalidade de 13º salário.

Não se consideram faltas ao serviço para fins de apuração do 13º salário as seguintes ausências:

I - até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), viva sob sua depen-dência econômica;

NotaDesde 29.04.1995, não é mais possível a designação de pessoa, na condição de dependente do segurado, caracterizada como menor de 21 anos ou maior de 60 anos ou inválida.

II - até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;

III - por 5 dias, enquanto não for fixado outro prazo em lei, como licença-paternidade;

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164 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

NotaSegundo entendimento predominante, a licença-paternidade tem duração de 5 dias corridos. Todavia, o Secretário de Relações de Trabalho, ao dispor que a referida licença deve ser entendida como ampliação da falta legal por motivo de nascimento de filho, de 1 para 5 dias (CLT, art. 473, III), está se referindo a dias úteis.Lembra-se que o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional deverá ser consultado para fins de certificação da existência ou não de cláusula específica sobre o assunto.

IV - por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamen-te comprovada;

V - até 2 dias consecutivos ou não, para fins de alistamento eleitoral, nos termos da lei respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do serviço militar referidas na Lei nº 4.375/1964, art. 65, “c” (Lei do Serviço Militar);

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingres-so em estabelecimento de ensino superior;

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver de comparecer a juízo;

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sin-dical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro;

X - até 2 dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira;

XI - por 1 dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta médica;

XII - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso e de adoção ou guarda judicial de criança, para fins de adoção, observados os requisitos da legislação previdenciária para a percepção do benefício de salário-maternidade;

XIII - justificadas pela empresa, assim entendidas as que não tiverem determinado o desconto do correspondente salário;

XIV - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão pre-ventiva, quando for impronunciado ou absolvido;

XV - o comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou convo-cado;

XVI - o comparecimento como parte à Justiça do Trabalho;

XVII - para servir como jurado no Tribunal do Júri;

XVIII - o afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela empre-sa mediante comprovação, observada a legislação previdenciária;

XIX - a convocação para serviço eleitoral;

XX - por greve, desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho que disponha sobre a manutenção dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisação das atividades;

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CAPÍTULO VI Aviso-Prévio

A Constituição Federal/1988, art. 7º, XXI, prevê que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da Lei.

O aviso-prévio é concedido nos contratos a prazo indeterminado e a prazo determinado, desde que, neste último, haja expressa cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão antecipada e tal direito seja exercido por qualquer das partes.

Concedido pelo empregador, possibilita ao empregado a procura de novo emprego. Por outro lado, se o empregado pede demissão, a finalidade é dar ao empregador a oportunidade de contratar outro empregado para o cargo.

Início da contagem do prazo

O prazo correspondente ao aviso-prévio conta-se a partir do dia seguinte ao da comunicação, que será formalizada por escrito.

Aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço

A Lei nº 12.506/2011 determinou que o aviso-prévio será concedido na proporção de 30 dias aos empregados que contem até 1 ano de serviço na mesma empresa. A este aviso serão acrescidos 3 dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias.

CONTAGEM DO PRAZO PROPORCIONAL - ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS - CONTROVÉRSIAS

O texto da Lei nº 12.506/2011 foi sucinto, lacônico, não trazendo os esclarecimentos necessários sobre as várias implicações legais decorrentes da aplicação do aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço. Daí o surgimento de várias correntes de entendimento acerca da contagem do prazo do aviso--prévio proporcional ao tempo de serviço:

a) a primeira corrente sustenta que em razão do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.506/2011 dispor que “ao aviso-prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de ser-viço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias”, conclui-se ser devido o acréscimo de 3 dias a cada ano trabalhado pelo empregado, ou seja, para efeito da contagem dos 3 dias de acréscimo deve ser considerado o ano completo de atividade, uma vez que a lei não fez menção a frações de ano. Entretanto, há divergência com relação à contagem:

a.1) alguns doutrinadores sustentam que o acréscimo de 3 dias a cada ano trabalhado pelo empregado, será devido após completar 1 ano seguinte àquele que lhe garantiu os 30 dias iniciais, ou seja, com 2 anos completos de serviço ao mesmo empregador, estarão garantidos 33 dias de aviso, equivalentes aos 30 dias do 1º ano e mais 3 dias do 2º ano, e assim sucessivamente, de modo que o período máximo de 90 dias de aviso-prévio só será garantido ao empregado com 21 anos ou mais de serviço prestado na mesma empresa;

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194 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

a.2) outros alegam que na aplicação da proporcionalidade o primeiro ano de trabalho deve ser considerado, pois não há previsão legal para sua exclusão. Desta forma, um empregado com exatos 12 meses de serviço teria direito a 33 dias de aviso-prévio, pois segundo esta corrente de entendimento, uma vez completado o primeiro ano, este lapso deve ser com-putado;

b) a 2ª corrente de entendimento sustenta que a fração de ano deve ser considerada na aplica-ção da norma. Dentre os que abraçam esta corrente há, também, divergência ainda quanto à fração de ano a ser considerada;

b.1) alguns defendem a posição de que a partir do primeiro dia de trabalho após os 12 primei-ros meses já seria assegurado ao empregado a contagem de mais 3 dias de aviso-prévio. Assim, o empregado com 12 meses e 1 dia de trabalho ao ser dispensado sem justa causa fará jus ao aviso-prévio de 33 dias;

b.2) outros alegam que o acréscimo de 3 dias seria devido quando o empregado tiver traba-lhado pelo menos 6 meses após o ano completo, por analogia ao disposto no art. 478 da CLT o qual determina que o cálculo da indenização decenal devida na rescisão do con-trato a prazo indeterminado deve ser calculada considerando o ano de serviço ou o ano e fração igual ou superior a 6 meses.

Posição do Ministério do Trabalho (MTb) divulgada por meio de nota técnica

No ano da publicação da lei (2011), a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), no intuito de orien-tar os servidores das seções de relações do trabalho, divulgou o Memo. Circular nº 10/2011 esclarecendo, entre outros, que:

5. O aviso prévio proporcional terá uma variação de 30 a 90 dias, dependendo do tempo de serviço na em-presa. Dessa forma, todos terão no mínimo 30 dias durante o primeiro ano de trabalho, somado a cada ano mais três dias, devendo ser considerada a projeção do aviso prévio para todos os efeitos. Assim, o acréscimo de que trata o parágrafo único da lei, somente será computado a partir do momento em que se configure uma relação contratual de dois anos ao mesmo empregador.

Observa-se, portanto, que até então, o MTb entendia que apenas após o 2º ano completo de pres-tação de serviço ao mesmo empregador o empregado teria direito ao acréscimo proporcional ao tempo de serviço.

Posteriormente (maio/2012) foi divulgada no site do MTb a Nota Técnica CGRT/SRT/MTE nº 184/2012, a qual, entre outros, esclarece:

2. Do lapso temporal do aviso em decorrência da aplicação da regra da proporcionalidade

O aviso prévio proporcional terá uma variação de 30 a 90 dias, conforme o tempo de serviço na empresa. Dessa forma, todos os empregados terão no mínimo 30 dias durante o primeiro ano de trabalho, somado a cada ano mais três dias, devendo ser considerada a projeção do aviso prévio para todos os efeitos. Assim, o acréscimo de que trata o parágrafo único da lei, somente será computado a partir do momento em que se configure uma relação contratual que supere um ano na mesma empresa. (grifo nosso)

Após a explicação divulgou a tabela reproduzida a seguir:

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CAPÍTULO VII Vale-Transporte

O vale-transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

Entende-se como deslocamento à soma dos segmentos componentes da viagem do beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.

São beneficiários do vale-transporte os trabalhadores em geral, tais como:

a) os empregados definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como pessoas físicas que prestam serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e me-diante salário;

b) os empregados domésticos;

c) os trabalhadores de empresas de trabalho temporário;

d) os empregados em domicílio, para os deslocamentos indispensáveis à prestação do trabalho, percepção de salários e os necessários ao desenvolvimento das relações com o empregador;

e) os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro principal;

f) os atletas profissionais.

FORMAS DE TRANSPORTE

O vale-transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público urbano ou, ainda, intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao urbano, operado diretamente pelo poder público ou mediante delegação, em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade com-petente.

Excluem-se dos transportes mencionados os serviços seletivos e os especiais.

NotaEntende-se por transporte coletivo público com características semelhantes ao urbano aquele cujos veículos utilizados possuem duas portas, facilitando a entrada e saída dos passageiros.

FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PELO EMPREGADOR - OBRIGATORIEDADE DE CONCESSÃO DO VALE-TRANSPORTE - EXONERAÇÃO

Está exonerado da obrigatoriedade do vale-transporte o empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento residência--trabalho e vice-versa de seus trabalhadores.

Na hipótese de o empregador fornecer ao beneficiário transporte próprio ou fretado que não cubra integralmente os deslocamentos deste, o vale-transporte deverá ser aplicado para os segmentos da viagem não abrangidos pelo referido transporte.

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230 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

PROIBIÇÃO

É vedado ao empregador substituir o vale-transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, ressalvado o caso de falta ou insuficiência de estoque de vale-transporte necessário ao atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema, quando o beneficiário será ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela correspondente, se tiver efe-tuado por conta própria a despesa para seu deslocamento.

NotaCom o desenvolvimento tecnológico, muitas cidades e Estados da Federação vêm substituindo os vales-transportes em meio papel pelo cartão eletrônico, o qual traz muitas vantagens tanto para o empregador como para o empregado, tais como: facilidade na aquisição, maior segurança, uma vez que em caso de perda ou roubo, o cartão pode ser bloqueado e o saldo devolvido ao trabalhador, menor custo, maior controle, etc. Quando o vale-transporte for emitido para utilização num sistema determinado de transporte ou para valer entre duas ou mais operadoras, sua aceitação será compulsória, conforme acordo a ser firmado previamente.

INCIDÊNCIAS

O benefício do vale-transporte:

a) não tem natureza salarial nem se incorpora à remuneração do beneficiário para quaisquer efei-tos;

b) não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);

c) não é considerado para efeito de pagamento da Gratificação de Natal (13º salário);

d) não configura rendimento tributável do beneficiário.

EXERCÍCIO DO DIREITO AO VALE-TRANSPORTE

Para o exercício do direito de receber o vale-transporte, o empregado informará ao empregador, por escrito:

a) seu endereço residencial;

b) os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

As referidas informações serão atualizadas anualmente ou sempre que ocorrer alteração das cir-cunstâncias mencionadas, sob pena de suspensão do benefício até o cumprimento das exigências.

UTILIZAÇÃO EXCLUSIVA PARA O TRABALHO

O beneficiário do vale-transporte firmará compromisso de utilizar o benefício exclusivamente para seu efetivo deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

A declaração falsa ou o uso indevido do vale-transporte constituem falta grave praticada pelo empregado.

Dessa forma, o trabalhador que, por exemplo, utiliza veículo próprio para seu deslocamento resi-dência-trabalho e vice-versa não terá direito ao vale-transporte. Caso venha a optar pelo recebimento do benefício e continuar utilizando o veículo próprio para o deslocamento em questão estará cometen-do falta grave, ficando configurado o uso indevido do vale-transporte.

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CAPÍTULO VIII Estabilidades

A estabilidade, qualquer que seja, representa uma das maiores conquistas dos trabalhadores ao longo do tempo e consiste no direito de permanecer no emprego, desde que haja a ocorrência das hipóteses reguladas em lei. É adquirida pelo empregado a partir do momento em que seja legalmente vedada sua dispensa sem justa causa.

A estabilidade no emprego pode ser determinada por lei, documento coletivo de trabalho ou re-gulamento interno da empresa.

A seguir, relacionamos algumas hipóteses de estabilidade no emprego, acompanhadas, quando for o caso, de decisões dos Tribunais Trabalhistas.

MEMBRO DA CIPA

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipa), desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

Desta forma, os titulares de representação dos empregados na Cipa não poderão sofrer despedi-da arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

A Justiça do Trabalho tem entendido que essa garantia se estende, também, ao suplente da Cipa.

Nesse sentido, os itens I e II da Súmula TST nº 339 do Tribunal Superior do Trabalho dispõe:

"SÚMULA Nº 244. CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988. (INCORPORADAS AS ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS NºS 25 E 329 DA SDI-1)

I - O suplente da Cipa goza da garantia de emprego prevista no art. 10, inciso II, alínea “a”, do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.

II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da Cipa, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário."

É, também, nesse sentido a posição do Supremo Tribunal Federal (STF):

"Garantia de emprego - Integrante de comissão interna de prevenção de acidente - Suplente. O preceito da alínea “a” do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Carta de 1988, encer-ra garantia de emprego considerado o cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidente, sem distinguir as figuras do titular e do suplente, mesmo porque este é comumente chamado a atuar em substituição ao titular, podendo, assim, arrostar interesses do empregador. (STF – AgRg-Ag 191.864-1/SP - 2ª T. - Rel. Min. Marco Aurelio - DJU 14.11.1997, p. 58772 – ac. un.)"

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240 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Essa estabilidade não se estende aos representantes dos empregadores, titulares e suplentes. Estes, designados pelos empregadores, como se sabe, não participam do processo eletivo.

ExemploEm 10.03.2015, a empresa convocou, mediante edital, os empregados para se candidatarem a cargo de repre-sentação dos empregados na Cipa, cuja eleição foi realizada em 20.04.2015, para o mandato relativo ao período de 03.06.2015 a 02.06.2016.

Considerando que o empregado tenha registrado a sua candidatura em 15.03.2015 e tenha sido eleito, estará estável no período de:

Data da candidatura: 15.03.2015

Mandato da Cipa = 03.06.2015 a 02.06.2016

Período de 1 ano após o mandato: 03.06.2016 a 02.06.2017

Portanto, este representante dos empregados na Cipa gozará de estabilidade no emprego no período de 15.03.2015 a 02.06.2017

GESTANTE

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

Essa garantia, nos mesmos termos, foi estendida:

a) à empregada doméstica;

b) a quem detiver a guarda da criança, no caso de morte da trabalhadora gestante.

ExemploConsiderando que a empregada tenha a gravidez confirmada em 1º.04.2015 e que a criança nasça em 20.11.2015.

Período de estabilidade no emprego: 1º.04.2015 a 19.04.2016

As empregadas dispensadas sem justo motivo que comprovarem a ocorrência da gravidez duran-te o prazo do aviso-prévio indenizado deverão ser reintegradas no emprego.

ESTABILIDADE DA EMPREGADA GESTANTE NO CONTRATO A PRAZO DETERMINADO

A jurisprudência trabalhista firmava-se no sentido de que o contrato por tempo determinado era incompatível com qualquer forma de estabilidade, inclusive a estabilidade provisória da gestante, visto que o término do contrato está predeterminado desde a sua celebração.

Entretanto, o TST, alterou a redação do item III da sua Súmula nº 244, para determinar:

"SÚMULA Nº 244. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012)

I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indeni-zação decorrente da estabilidade (art. 10, II, “b”, do ADCT).

II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabi-lidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.

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CAPÍTULO IX Encargos Sociais Incidentes Sobre a

remuneração - Contribuições Previdenciárias, FGTS e IRRF

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Todos aqueles que exercem atividade remunerada vinculada ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) estão sujeitos às contribuições previdenciárias. Dessa forma, ficam obrigados ao reco-lhimento correspondente: as empresas, públicas ou privadas, os equiparados às empresas (tais como profissionais liberais que contratem empregados), os empregados, os trabalhadores avulsos, os traba-lhadores domésticos e os contribuintes individuais.

As contribuições previdenciárias devidas pelas empresas e pelos equiparados são denominadas contribuições patronais; as devidas pela pessoa física, tais como empregados e contribuintes indivi-duais, são chamadas de contribuições individuais.

Contribuições patronais - Base de cálculo

Para as empresas e equiparados, em geral, a base de cálculo das contribuições previdenciárias é o total das remunerações (sem limite) pagas, devidas ou creditadas, durante o mês, aos trabalhadores que lhes prestam serviço.

Considera-se remuneração a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gor-jetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades, os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou do toma-dor dos serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de documento coletivo de trabalho (acordo, convenção ou sentença normativa), bem como a compensação pecuniária paga em decorrência do Programa de Proteção ao Emprego.

Alíquota patronal básica

a) 20% - empresas em geral - corresponde à aplicação do percentual de 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos empre-gados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais (autônomos e equiparados e empre-sários) que lhes prestem serviços;

b) 22,5% - tratando-se de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvi-mento, caixas econômicas, sociedades de crédito, de financiamento ou de investimento, so-ciedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos ou de valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, empresas de seguros privados ou de capi-talização, agentes autônomos de seguros privados ou de crédito e entidades de previdência privada abertas ou fechadas, além da contribuição anteriormente referida (20%), têm ainda a contribuição adicional de 2,5%, totalizando, portanto, 22,5% sobre a mesma base de cálculo.

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254 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - ALTERAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL BÁSICA PARA ALGUMAS EMPRESAS

O Governo federal, objetivando fortalecer a economia brasileira, melhorando a competitividade das nossas empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional, instituiu o Plano Brasil Maior, o qual abriga políticas industriais, tecnológicas, de serviços e comércio exterior.

As medidas tomadas visam a proteger a economia nacional, buscando estimular a inovação e a produção. Conforme amplamente divulgado, o lema do governo é inovar, competir e crescer. Neste con-texto, tomou medidas para, entre outros, desonerar investimentos e exportações, aumentar recursos, ampliar financiamentos, estimular pequenos negócios, desenvolver tecnologia nos setores produtivos, ampliar a defesa comercial e aumentar a qualificação profissional dos trabalhadores.

No âmbito previdenciário, a principal medida tomada consistiu na desoneração da folha de paga-mento, que, como é sabido, representa um significativo custo para as empresas, especialmente as que precisam de um volume maior de mão de obra, ou seja, contratação de mais trabalhadores.

A desoneração da folha de pagamento reduz o custo da produção, da exportação, do valor dos bens de consumo e dos índices de inflação, redundando no aumento da competitividade.

Substituição da base de cálculo da contribuição previdenciária

A desoneração da folha de pagamento das empresas beneficiadas pela medida consiste, exclu-sivamente, na substituição da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal básica de 20% sobre o total da folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, a qual passa a ser calculada sobre a receita bruta.

A adoção do sistema de desoneração da folha de pagamento é opcional, ou seja, a empresa, antes de optar, irá verificar se a contribuição previdenciária patronal básica (20%) sobre a folha de pagamento dos empregados trabalhadores avulsos e contribuintes individuais lhe acarretará aumento ou diminui-ção do encargo previdenciário se comparado com a contribuição calculada sobre a sua receita bruta.

A opção pela tributação substitutiva será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa a janeiro de cada ano ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada e será irretratável para todo o ano-calendário.

Assim, feita a opção no mês de janeiro, durante todo o ano, o cálculo da contribuição previdenciá-ria patronal básica será efetuado sobre o valor da receita bruta, somente podendo haver alteração no ano seguinte.

No caso de empresas que contribuam simultaneamente com base no exercício de atividade de-sonerada e fabricação de produtos desonerados, a opção valerá para ambas as contribuições, sendo vedada a opção por apenas uma delas. A empresa abrangida que não fizer a opção pela desoneração ficará sujeita à contribuição previdenciária patronal básica sobre a folha de pagamento durante todo o ano-calendário.

Para as empresas do setor da construção civil, enquadradas nos grupos 412 (construção de edifí-cios), 432 (instalações elétricas, hidráulicas e outras instalações em construções) 433 (obras de acaba-mento) e 439 (outros serviços especializados para construção) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), a opção será efetuada por obra de construção civil e será manifestada median-te o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa à competência de inscrição no Cadastro Específico do INSS (CEI) ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada para a obra e será irretratável até o seu encerramento.

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CAPÍTULO X Decadência e Prescrição

Prescrição é a perda do direito de buscar na justiça, mediante a impetração da competente ação, a reparação ou o ressarcimento do dano sofrido pelo trabalhador. Em outras palavras, é a extinção do direito de ação pelo seu não exercício no prazo legalmente fixado.

A decadência, por sua vez, é a perda do direito em si.

PREVIDENCIÁRIO

Benefícios - Ato de concessão

É de 10 anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou benefi-ciário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da 1ª prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

Anulação de atos administrativos

O direito da Previdência Social de rever os atos administrativos decai em 10 anos contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Prestações vencidas - Prescrição

Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveria ter sido paga, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social.

Menores absolutamente incapazes e relativamente incapazes

Não corre prazo de prescrição contra os absolutamente incapazes, na forma do inciso I do art. 198 do Código Civil, combinado com o art. 3º do mesmo diploma legal, dentre os quais:

a) os menores de 16 anos não emancipados;

b) os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; e

c) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Para os menores que completarem 16 anos de idade, a data do início da prescrição será o dia se-guinte àquele em que tenha completado esta idade.

Na restituição de valores pagos indevidamente em benefícios será observada a prescrição quin-quenal, salvo se comprovada má-fé.

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384 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

Acidente do trabalhoAs ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 anos contados da data:

a) do acidente, quando dele resultar a morte ou incapacidade temporária, verificada esta em pe-rícia médica a cargo da Previdência Social; ou

b) em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamen-to das sequelas do acidente.

Créditos da Previdência Social - Decadência e prescrição

Nos termos do art. 443 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, a extinção do direito de a Receita Federal do Brasil (RFB) apurar e constituir os créditos tributários, bem como o prazo de prescrição da ação para cobrança desses créditos obedecerão ao disposto no Código Tributário Nacional (CTN).

Assim, no que concerne ao prazo prescricional a ser adotado para fins de contribuições previden-ciárias, a RFB determinou que a extinção do seu direito de apurar e constituir os créditos tributários, bem como o prazo de prescrição da ação para cobrança desses créditos obedecerão ao disposto no art. 174 do CTN a seguir transcrito.

Art. 174 - A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

Parágrafo único - A prescrição se interrompe:

I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

TRABALHISTAPara reclamar na Justiça do Trabalho o pagamento de valores devidos e que não foram pagos na

vigência do contrato de trabalho, bem como o cumprimento de qualquer obrigação trabalhista que o empregador descumpriu, o trabalhador, seja ele urbano ou rural, tem o prazo prescricional de 5 anos, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato.

Dessa forma, o empregado pode pleitear judicialmente, o cumprimento das obrigações trabalhis-tas por parte do empregador no prazo de 5 anos no curso do contrato de trabalho. A partir da rescisão contratual o prazo para impetrar a ação visando ao cumprimento das comentadas obrigações é de 2 anos, retroagindo 5 anos a partir da data da reclamação.

Exemplosa) empregado contratado em 12/1988 e contrato ainda vigente em janeiro/2016, pode pleitear o cumprimento de obrigações trabalhistas retroagindo até janeiro 2011;

b) empregado contratado em 2000 foi dispensado em janeiro de 2016. Neste caso poderá ingressar com recla-mação trabalhista até 2018 (2 anos após a extinção do contrato).

Quanto ao período não abrangido pela prescrição, este retroagirá até 5 anos contados da data da entrada da reclamação.

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CAPÍTULO XI Cooperativas

A política nacional do cooperativismo e o regime jurídico que rege as sociedades cooperativas são definidos pela Lei nº 5.764/1971, observadas as alterações posteriores, as quais definem as cooperativas como sendo as sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, a qual será constituída por deli-beração da assembleia geral dos fundadores, podendo adotar como objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade. Na denominação da sociedade o uso da expressão “cooperativa” é obrigatório.

COOPERADOS

Os cooperados são pessoas físicas (embora possa haver cooperado pessoa jurídica) que exercem a mesma atividade e que se unem com o propósito de buscar, por meio da cooperação e da ajuda mú-tua, melhores condições de trabalho e de desenvolvimento da atividade.

COOPERATIVAS - CARACTERÍSTICAS

As cooperativas devem possuir as características a seguir relacionadas, as quais as distinguem das demais sociedades:

a) adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de pres-tação de serviços;

b) variabilidade do capital social representado por cotas-partes;

c) limitação do número de cotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o esta-belecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimen-to dos objetivos sociais;

d) inacessibilidade das cotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade;

e) singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de coo-perativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcio-nalidade;

f) quorum para o funcionamento e deliberação da assembleia geral baseado no número de asso-ciados e não no capital;

g) retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo as-sociado, salvo deliberação em contrário da assembleia geral;

h) indivisibilidade dos fundos de reserva e de assistência técnica educacional e social;

i) neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;

j) prestação de assistência aos associados e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa;

k) área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.

Cabe à cooperativa gerenciar as atividades executadas pelos cooperados, buscando atender aos interesses destes, embora o lucro não seja proibido.

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388 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

COOPERATIVAS DE TRABALHO

Considera-se cooperativa de trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para ob-terem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho.

A autonomia deve ser exercida de forma coletiva e coordenada, mediante a fixação, em assem-bleia geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de execução dos trabalhos.

Considera-se autogestão o processo democrático no qual a assembleia-geral define as diretrizes para o funcionamento e as operações da cooperativa, e os sócios decidem sobre a forma de execução dos trabalhos.

A cooperativa de trabalho rege-se pelos seguintes princípios e valores:

a) adesão voluntária e livre;

b) gestão democrática;

c) participação econômica dos membros;

d) autonomia e independência;

e) educação, formação e informação;

f) intercooperação;

g) interesse pela comunidade;

h) preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre iniciativa;

i) não precarização do trabalho;

j) respeito às decisões da assembleia, observado o disposto na lei;

k) participação na gestão em todos os níveis de decisão de acordo com o previsto em lei e no Estatuto Social.

Tipos de cooperativas de trabalho

A cooperativa de trabalho pode ser:

a) de produção, quando constituída por sócios que contribuem com trabalho para a produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção; e

b) de serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços especializados a tercei-ros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego.

Intermediação de mão de obra - Proibição

A cooperativa de trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada.

VÍNCULO EMPREGATÍCIO - INEXISTÊNCIA

Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.

Entretanto, no momento da contratação de cooperados por intermédio de uma cooperativa de trabalho (serviço), deve a empresa contratante verificar a regularidade da constituição da sociedade cooperativa.

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CAPÍTULO XII Trabalho Temporário Conceitos

Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa para atender à necessi-dade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, mediante contrato escrito, firmado com empresa de trabalho temporário, cujo prazo não pode exceder 3 meses, salvo autorização do órgão específico do Ministério do Trabalho (MTb).

Empresa de trabalho temporário é a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos, obrigando-se também a registrar na Carteira de Trabalho e Previdên-cia Social (CTPS) do trabalhador sua condição de temporário.

Empresa tomadora de serviços ou cliente é a pessoa física ou jurídica que, em virtude de neces-sidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou de acréscimo extraordinário de tarefas, contrata locação de mão de obra com empresa de trabalho temporário.

Trabalhador temporário é a pessoa que, por intermédio de empresa de trabalho temporário, presta serviço a uma empresa para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e per-manente ou a acréscimo extraordinário de tarefas.

CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO TEMPORÁRIO

O trabalho temporário só se caracteriza quando destinado a atender:

a) à necessidade transitória de substituição do pessoal regular e permanente da empresa toma-dora, decorrente de afastamento ou impedimento de empregado efetivo por motivo de férias, auxílio-doença, licença-maternidade, entre outros; ou

b) a acréscimo extraordinário de serviços da empresa tomadora (pico de produção, por exemplo).

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO - EXCLUSIVIDADE DA EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO

O recrutamento e a seleção de trabalhadores temporários são atividades exclusivas da empresa de trabalho temporário, ainda que em local em que não tenha filial, agência ou escritório.

CONTRATO - DURAÇÃO

O contrato celebrado entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder a 3 meses, salvo autorização concedida pelo órgão local do MTb.

Quando houver substituição transitória de pessoal regular e permanente, o contrato poderá ser pactuado por mais de 3 meses com relação a um mesmo empregado, nas seguintes situações:

a) quando ocorrerem circunstâncias, já conhecidas na data da sua celebração, que justifiquem a contratação de trabalhador temporário por período superior a 3 meses; ou

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392 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

b) quando houver motivo que justifique a prorrogação de contrato de trabalho temporário, que exceda o prazo total de 3 meses de duração.

Observadas as condições estabelecidas, a duração do contrato de trabalho temporário, incluídas as prorrogações, não pode ultrapassar um período total de 9 meses, e caberá à empresa de trabalho temporário, ao descrever o motivo justificador, identificar o trabalhador substituído e o motivo do seu afastamento.

Por outro lado, na hipótese legal de acréscimo extraordinário de serviços, será permitida prorro-gação do contrato de trabalho temporário por até 3 meses além do prazo previsto (3 meses), desde que perdure o motivo justificador da contratação.

Acréscimo extraordinário de serviços é o aumento excepcional da atividade da empresa ou de setor dela, pro-vocado por um fato determinado e identificável. Não se consideram extraordinários os acréscimos de serviço comuns do ramo de negócio do tomador e que façam parte do risco do empreendimento, bem como os de-correntes do crescimento da empresa, da expansão de seus negócios ou da abertura de filiais. Demandas sa-zonais, entendidas como aquelas que, embora previsíveis, representam um aumento expressivo e significativo na atividade da empresa para atender a um evento episódico no decorrer do ano, justificam a contratação por acréscimo extraordinário de serviços.

A empresa de trabalho temporário deverá solicitar a autorização por meio da página eletrônica do MTb, conforme instruções previstas no Sistema de Registro de Empresa de Trabalho Temporário (Sirett), disponível no site www.mte.gov.br.

As solicitações de autorização para contratação ou prorrogação deverão observar os seguintes prazos, sob pena de indeferimento do pedido:

a) até 5 dias antes de seu início, quando se tratar de celebração de contrato de trabalho tempo-rário com prazo superior a 3 meses,

b) até 5 dias antes do termo final inicialmente previsto, quando se tratar de prorrogação de con-trato de trabalho temporário.

Independe de autorização do órgão regional do MTb a prorrogação de contrato de trabalho tem-porário, quando, somada à duração inicial do contrato, este não exceder a 3 meses.

PRORROGAÇÃO POR MAIS DE UMA VEZ - POSSIBILIDADE

O contrato de trabalho temporário pode ser prorrogado mais de uma vez, desde que o motivo justificador da contratação perdure e seja suficiente para abranger todo o período permitido.

CONTRATO COM O TRABALHADOR

O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalaria-dos colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente deve ser obrigatoriamente escrito e dele devem constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores.

NotaNão é obrigatória a indicação do motivo justificador da contratação no contrato de trabalho firmado entre a empresa de trabalho temporário e o trabalhador.

É nula de pleno direito qualquer cláusula proibitiva da contratação do trabalhador pela empresa tomadora de serviço ou cliente.

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CAPÍTULO XIII Estagiário

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.

FINALIDADE DO ESTÁGIO

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextuali-zação curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO

O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das diretrizes curri-culares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

O estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

O estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga ho-rária regular e obrigatória.

NotaAs atividades de extensão, de monitorias e de iniciação científica na educação superior, desenvolvidas pelo estudante, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.

PARTE CONCEDENTE DO ESTÁGIO

As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como os profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações:

a) celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento;

NotaO termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração como representante de qualquer das partes.

b) ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de apren-dizagem social, profissional e cultural;

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398 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

c) indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 estagiários simultaneamente;

d) contratar, em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatí-vel com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso;

e) por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indi-cação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

f) manter, à disposição da fiscalização, documentos que comprovem a relação de estágio;

g) enviar, à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.

No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais previsto na letra “d” poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino.

Número máximo de estagiários

O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:

a) de 1 a 5 empregados: 1 estagiário;

b) de 6 a 10 empregados: até 2 estagiários;

c) de 11 a 25 empregados: até 5 estagiários;

d) acima de 25 empregados: até 20% de estagiários.

Para tanto, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio.

Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantitativos anteriormente mencionados serão aplicados a cada um deles.

Quando o cálculo do percentual disposto na letra “d” resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.

As limitações mencionadas nas letras “a” a “d” não se aplicam aos estágios de nível superior e de nível médio profissional.

Pessoas portadores de deficiência

Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

AGENTES DE INTEGRAÇÃO

As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.

Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto do estágio:

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CAPÍTULO XIV Empregado Doméstico

CONCEITO

Empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana.

São caracterizados como domésticos o motorista, a cozinheira, a copeira, a babá, o jardineiro, o vigia, o caseiro, a enfermeira, a secretária, o piloto de lancha ou avião, etc.

NotaLembra-se que a atividade desempenhada pelo doméstico no âmbito residencial de seu empregador (pessoa ou fa-mília que contrata), não possui para este (empregador) caráter econômico, ou seja, a prestação de serviços no âmbito residencial não pode e não deve se confundir com uma atividade lucrativa para o contratante. Se houver a finalidade lucrativa na execução dos serviços domésticos, a contratação se dará normalmente como empregado celetista e não como empregado doméstico.

ADMISSÃO

O empregado doméstico, ao ser admitido no emprego, deve apresentar:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);

b) exame médico admissional às custas do empregador.

Nota

É vedada a contratação de menor de 18 anos de idade para desempenho de trabalho doméstico.

A CTPS será obrigatoriamente apresentada, contrarrecibo, pelo empregado ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela anotar os itens a seguir mencionados e, quando for o caso, os contratos a prazo determinado:

a) empregador: nome completo;

b) CPF;

c) endereço: o da residência;

d) município em que se localiza a residência do empregador e Unidade da Federação;

e) espécie do estabelecimento: residencial;

f) cargo: empregado doméstico;

g) Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): 5121-05;

h) data de admissão;

i) registro nº ... fls./ficha...: não preencher;

j) remuneração especificada;

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406 Guia Prático de Cálculos Trabalhistas

k) assinatura do empregador: por ocasião do registro do contrato de trabalho e da desvinculação empregatícia, nos campos próprios;

l) data de início e término das férias;

m) data da dispensa.

Anotação na CTPS - Exemplo

Os salários e os aumentos correspondentes também devem ser anotados na CTPS.

Modelo de Alteração de Salário Preenchido

Alterações de SalárioAumentado em 1º.01.2015 para R$ 1.200,00Na função de: a mesmaCBO: 5121-05 por motivo de: espontâneo......................................................................... Assinatura do empregador

CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO - POSSIBILIDADE

O empregador poderá contratar seu empregado doméstico mediante contrato a prazo, nas se-guintes situações:

a) contrato de experiência;

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CAPÍTULO XV Legislação

Constituição Federal/1988Leis Complementares nº- 103/2000- 146/2014- 123/2016- 150/2016Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT)Leis nº- 605/1949- 662/1949- 4.090/1962- 4.266/1963- 4.749/1965- 5.889/1973- 6.019/1974- 6.321/1976- 7.418/1985- 7.998/1990- 8.036/1990- 8.212/1991- 8.213/1991- 8.706/1993- 8.949/1994- 9.093/1995- 9.601/1998- 10.101/2000

Leis nº- 10.710/2003- 11.340/2006- 11.788/2008- 12.010/2009- 12.506/2011- 12.546/2011- 12.690/2012- Convenção OIT nº 132Decretos nº- 27.048/1949- 53.153/1963- 57.155/1965- 73.841/1974- 95.247/1987- 99.684/1990- 2.490/1998- 3.048/1999- 3.914/2001- 4.840/2003- 5.598/2005- Instrução Normativa RFB nº971/2009Súmulas TST nº- 6- 27- 45

Súmulas TST nº- 60- 118- 159- 171- 191- 203- 225- 226- 253- 258- 261- 265- 291- 339- 340- 347- 354- 364- 371- 372- 428- Súmulas STF nº207209Súmulas Vinculante nº- 4

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