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Prevenção e Combate a Incêndios CEFET / RJ Administração Industrial / Segurança Industrial 2 Prof. Alexandre B. Marques V. 2006/1

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Page 1: SS Prevencao Combate Incendio

Prevenção e Combate

a Incêndios

CEFET / RJ

Administração Industrial / Segurança Industrial 2

Prof. Alexandre B. Marques

V. 2006/1

Page 2: SS Prevencao Combate Incendio

SUMÁRIO

1) Definição de Prevenção e Combate a Incêndios e a NR 23

2) Fogo

a) Definição

b) Condições necessárias (triângulo do fogo)

c) O comburente

d) Materiais combustíveis: classificação

e) Fontes de Calor: Mecanismos de Transmissão de Calor

f) Fases de um incêndio

g) Focos de ignição mais comuns

3) Classes de Incêndio

4) Agentes extintores

5) Classificação de riscos de incêndio

6) Resumo de Requisitos Específicos da NR-23.

Page 3: SS Prevencao Combate Incendio

Definição

“Prevenção de Incêndios é uma série de medidas utilizadas para eliminar

ou controlar os riscos de incêndios, suas causas, os meios de

propagação e os fatores necessários para que eles ocorram”.

Incêndios (e catástrofes naturais) são classificados como situação de

emergência. (Outros exemplos de emergência são explosões,

terrorismo e sabotagem, derrames de produtos químico perigosos).

A Norma Regulamentadora 23 (NR 23) trata especificamente do tema e

tem as seguintes disposições gerais:

“Todas as empresas deverão possuir:

a) Proteção contra incêndio;

b) Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em

caso de incêndio;

c) Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;

d) Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

Page 4: SS Prevencao Combate Incendio

FOGO

“É uma reação química que favorece a combustão de um material, produzindo emissão de calor acompanhada de fumaça ou chama, ou ambas”.

Para que haja Fogo, é necessário que se tenha, concomitantemente e em quantidade mínima, os seguintes elementos: COMBUSTÃO

COMBURENTE CALOR

A falta ou insuficiência de qualquer daqueles elementos fará com que o fogo se apague.

CAUSO: Como apagar os incêndios nos poços de petróleo na 1ª Guerra EUA – IRAQUE ? Com explosões que consumiram o oxigênio ao redor.

Page 5: SS Prevencao Combate Incendio

O Comburente

Para que haja combustão viva, a concentração de oxigênio é crítica:

• De 0 a 8% - s/ combustão.• De 8 a 13% - combustão lenta.• De 13 a 21% - combustão viva.

CAUSO: O Corpo de Bombeiros de La Paz.

LEMBRETE

Composição do ar:• 78% Nitrogênio;• 21% Oxigênio;• 1% outros gases.

DEFINIÇÕES:• Combustão viva: desprende luz e calor.• Combustão lenta: não desprende luz (oxidação do ferro).

CAUSO: Estocagem, ao ar livre, de carvão vegetal na ALCOA (corrente de ar consumiu o carvão).

Page 6: SS Prevencao Combate Incendio

Materiais Combustíveis

1. Combustíveis sólidos: o que entra em combustão não é o corpo em si, mas os vapores que ele libera a partir do Ponto de Fulgor. Fatores que afetam a combustão de sólidos:– Composição: os elementos Carbono, Enxofre e Hidrogênio

favorecem. Ex.: borracha e papel.– Dimensões: quanto mais fragmentado, maior a facilidade de

inflamar. Ex.: madeira e serragem de madeira.

2. Combustíveis líquidos: também não é a massa líquida que entra em combustão, mas sim os vapores que ela libera na sua superfície. Fatores que afetam a combustão de líquidos:– Quantidade de vapores, superfície exposta, volatilidade,

temperatura.

3. Combustão de gasosos: os gases podem ser encontrados armazenados liquefeitos, comprimidos e encanados. Exemplos de gases combustíveis: Acetileno, Hidrogênio, Propano etc.

Ponto de Fulgor: temperatura a partir da qual o material começa a liberar os primeiros vapores inflamáveis, embora o fogo não se sustente.

A maioria dos óleos combustíveis tem PF = 66°C.

Page 7: SS Prevencao Combate Incendio

Fontes de Calor: Mecanismos de Transmissão de Calor

Calor é uma modalidade de energia que entra em trânsito devido à diferença de temperatura entre os corpos / ambientes.

1. Condução: o calor se transmite de uma molécula para outra, no mesmo corpo ou entre corpos diferentes, sendo necessário contato! Ex.: uma barra de metal, trans. cal. através de uma parede etc.

2. Convecção: o calor se transmite pela movimentação de um gás ou liquido. Quanto maior a velocidade, maior a quantidade de calor transmitida. As partes mais quentes dessas massas sobem, as mais frias descem, num movimento contínuo. Ex. ventos, geladeira.

3. Radiação: todo corpo ou ambiente com temperatura acima do zero absoluto irradia calor, que não precisa de um meio material para se propagar. É o mecanismo de transmissão mais potente entre os três. Ex. sol.

Temperatura é diferente de Calor. Temperatura é uma medida do nível de agitação das moléculas de um corpo. [ 0 K = -273,15 °C ]

Page 8: SS Prevencao Combate Incendio

Fases de um Incêndio

IGNIÇÃO

Exemplos de focos de ignição:• Cabos elétricos• Instalações elétricas sem proteção• Derramamento de combustíveis• Armazenamento inadequado de solventes• Tabagismo em áreas proibidas• Motores e máquinas com manutenção deficiente• Incompatibilidade de Produtos Químicos• Eletricidade estática

PROPAGAÇÃO:

Vertical e Horizontal

CONSEQÜÊNCIAS:

Perdas humanas e materiais

Page 9: SS Prevencao Combate Incendio

Classes de IncêndioClasse

CaracterísticasAgentes

extintores

A Materiais que queimam em superfície e em profundidade. Ex.: madeira, papel, pano etc.

Água

B Materiais que queimam em superfície. Ex.: líquidos inflamáveis (gasolina e óleos).

Espuma, CO2, jato de

neblina.

C Aparelhos elétricos em funcionamento. Ex.: chuveiro, motores, geradores etc.

CO2

D Requerem técnicas especiais. Ex.: gases liquefeitos, metais etc.

Depende do caso.

K Incêndios em cozinhas (kitchen). Ex.: óleos vegetais.

Acetato de potássio.

A “Classe K” foi criada em 1998, devido aos riscos de incêndio em cozinhas pela co-presença de uma fonte de calor e de elementos combustíveis (gás, gorduras, óleos), que também se acumulam em coifas, dutos etc. É muito comum a retomada do incêndio nas cozinhas.

Page 10: SS Prevencao Combate Incendio

Agentes extintores

Para se extinguir o fogo, basta eliminar um dos três elementos do triângulo do fogo.

O calor pode ser eliminado pelo resfriamento, enquanto o Oxigênio pode ser eliminado por abafamento.

Geralmente, o combate a princípios de incêndios é feito com extintores portáteis, mas instalações fixas e automáticas também podem ser necessárias.

Outros agentes extintores:

1. Areia: atua como abafador e ajuda a conter o escoamento de líquidos.

2. Mantas: abafam incêndios em pessoas. Não podem ser fabricadas em material sintético.

3. Explosivos: utilizados em casos muito especiais, como incêndios em postos de petróleo.

Page 11: SS Prevencao Combate Incendio

Classificação de Riscos de Incêndios

Leva em consideração a existência dos seguintes fatores:

1. Vigilância permanente.

2. Instalações e equipamentos extintores.

3. Pessoal treinado.

4. Sistemas de detecção de calor e fumaça.

5. Alarmes.

6. Reservatórios de água.

7. Etc.

Pequeno: escolas, escritórios,

residências.

Médio: armazéns, depósitos,

pequenas oficinas.

Grande: refinarias, depósitos

de inflamáveis, fábricas de

vernizes e tintas.

Page 12: SS Prevencao Combate Incendio

Requisitos Específicos da NR-23 (resumo)

1- Saídas:

• Largura mín. 1,20m

• Abertura p/ fora

2- Portas:

• Devem ser de batentes ou corrediças

laterais

• Abertura p/ fora

• Ao abrirem não devem obstruir a

passagem nos corredores

3- Escadas, plataformas e

patamares:

• Devem ser de mat. não-combustível.

4- Portas corta-fogo:

• Devem proteger as caixas de

escadas, abrir pelos dois lados e

fechar automaticamente.

5- Combate ao Fogo:

1°) Acionar sistema de alarme

2°) Chamar Bombeiros

3°) Desligar máquinas e aparelhos elétricos (se isso não representar um risco)

4°) Iniciar combate direto ao foco de incêndio

Obs.:

•Algumas máquinas e equipamentos NUNCA deverão ser desligados. Para isso, deve haver indicação específica próximo às suas fontes de energia.

•É recomendada a realização planejada de Exercícios de Alerta, para acostumar o pessoal com a situação, demonstrar e testar o abandono dos locais, treinar pessoal com tarefas e responsabilidades específicas, testar sistemas de sinalização sonora.

Page 13: SS Prevencao Combate Incendio

Boas Práticas de Prevenção de Incêndios

1. Manter sob vigilância setores onde há risco

2. Disponibilizar extintores adequados, validados e em quantidade suficiente

3. Treinar funcionários no combate a incêndios

4. Implementar sinalizações adequadas, inclusive das rotas de fuga

5. Realizar manutenção adequada das instalações elétricas, mecânicas e prediais

6. Manter locais de trabalho em ordem e limpos

7. Ao final da jornada de trabalho, desligar máquinas e equipamentos

8. Evitar o uso de “benjamim’

9. Conhecer a localização dos extintores, lava-olhos, chuveiros de emergência, caixa de primeiros socorros etc.

10.Ter cuidado ao abrir portas e janelas, pois a entrada de ar pode aumentar o fogo

11.Manter à vista os números de telefones de emergências: Bombeiros, Hospitais, Polícia, Defesa Civil etc.