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1 SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COLINA AZUL SÉRIE/ANO: 9º ANO TURMA(S): A1,A2,A3,A4,A5,A6 DISCIPLINA: ARTE PARA 1º BIMESTRE PROFESSOR (A): LARISSE RODRIGUES ATIVIDADES DE SALA ALUNO (A): ARTES VISUAIS: CURSO E SUAS PROFISSÕES As artes visuais fazem parte de uma categoria da área artística que estabelece as várias formas de expressões visuais. As cores e as formas são principais elementos de apreciação das suas manifestações. A palavra visual é originária do latim visualis e significa exatamente ao que é relativo a visão. Por isso, as artes visuais se relacionam com a linguagem visual. O conceito de artes visuais surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) justamente para designar a percepção visual das formas de manifestações artísticas. Todos os trabalhos artísticos visuais possuem um valor estético e uma criatividade humana para serem consumidos através dos olhos. Por isso, as artes visuais ainda podem ser compreendidas como um conjunto de arte que pode representar o mundo real ou imaginário mediante a percepção da visão. Tipos de artes visuais As diversas formas de expressões visuais são os elementos chaves das artes visuais. Em cada expressão artística visual existe um significado em que o artista visa despertar a sensibilidade dos espectadores. São consideradas artes visuais os seguintes tipos de artes: •Desenho: toda produção e representação artística de obras formada por linhas, pontos e formas bidimensionais; •Pintura: técnica de aplicação de pigmentos em superfícies a fim de colorir, que pode ser profissional ou amadora; •Gravura: técnica artística que imprime várias cópias mediante uma matriz artesanal; •Fotografia: processo de reprodução de diversos tipos de imagens com variadas finalidades, como o fotojornalismo e a fotografia artística; •Cinema: é a técnica audiovisual de reprodução de imagens em movimento, como os filmes e documentários; •Escultura: representação de formas espaciais com a utilização de várias técnicas, como a fundição; •Arquitetura: refere-se às técnicas de organização de espaços para projetar edificações; •Novela: produção narrativa artística baseada na realidade ou na ficção, que pode ser reproduzida na TV, rádio ou na literatura;

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SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS

COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COLINA AZUL

SÉRIE/ANO: 9º ANO TURMA(S): A1,A2,A3,A4,A5,A6 DISCIPLINA: ARTE PARA 1º BIMESTRE

PROFESSOR (A): LARISSE RODRIGUES

A T I V I D A D E S D E S A L A

ALUNO (A): Nº

ARTES VISUAIS: CURSO E SUAS PROFISSÕES

As artes visuais fazem parte de uma categoria da área artística que estabelece as várias formas de expressões visuais. As cores e as formas são principais elementos de apreciação das suas manifestações.

A palavra visual é originária do latim visualis e significa exatamente ao que é relativo a visão. Por isso, as artes visuais se relacionam com a linguagem visual.

O conceito de artes visuais surgiu após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) justamente para designar a percepção visual das formas de manifestações artísticas.

Todos os trabalhos artísticos visuais possuem um valor estético e uma criatividade humana para serem consumidos através dos olhos. Por isso, as artes visuais ainda podem ser compreendidas como um conjunto de arte que pode representar o mundo real ou imaginário mediante a percepção da visão.

Tipos de artes visuais

As diversas formas de expressões visuais são os elementos chaves das artes visuais. Em cada expressão artística visual existe um significado em que o artista visa despertar a sensibilidade dos espectadores. São consideradas artes visuais os seguintes tipos de artes:

•Desenho: toda produção e representação artística de obras formada por linhas, pontos e formas bidimensionais;

•Pintura: técnica de aplicação de pigmentos em superfícies a fim de colorir, que pode ser profissional ou amadora;

•Gravura: técnica artística que imprime várias cópias mediante uma matriz artesanal;

•Fotografia: processo de reprodução de diversos tipos de imagens com variadas finalidades, como o fotojornalismo e a fotografia artística;

•Cinema: é a técnica audiovisual de reprodução de imagens em movimento, como os filmes e documentários;

•Escultura: representação de formas espaciais com a utilização de várias técnicas, como a fundição;

•Arquitetura: refere-se às técnicas de organização de espaços para projetar edificações;

•Novela: produção narrativa artística baseada na realidade ou na ficção, que pode ser reproduzida na TV, rádio ou na literatura;

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•Moda: a moda apresenta opiniões, tendências comportamentais e estilos de vestuários, que modifica-se em cada época histórica;

•Decoração: técnica utilizada na composição e decoração de diversos espaços sociais;

•Paisagismo: arte utilizada para harmonizar os espaços coletivos a fim de melhor aproveitamento e bem-estar do convívio social.

Atuação profissional em artes visuais

O profissional que atua na área de artes visuais tem a formação superior em licenciatura ou bacharelado na

área. O campo de atuação pode ocorrer em vários campos. Veja:

•Docência: profissional licenciado e apto para dar aulas em escolas públicas e privadas;

•Indústria têxtil: cria e renova estampas e linhas de produtos;

•Eventos culturais: seleciona as obras que irão compor exposições ou eventos culturais;

•Restauração: criação das características originárias dos objetos artísticos antigos;

•Multimídia: concentra-se no campo audiovisual, como na produção de vinhetas e desenhos animados.

Artes visuais e tecnologia O artista plástico utiliza-se de vários materiais para construir seu objeto de arte, dentre eles pode-se citar: tela para pintura, tintas, folhas de papel e lápis. Entretanto, o desenvolvimento tecnológico ocorrido nos últimos anos impulsionou a criação das artes visuais por meio de ferramentas tecnológicas. A utilização de programas de computadores (softwares) de criação gráfica, como Adobe Illustrator e Adobe InDesign, têm permitido a criação de artes visuais que se chamam de web art. Esta é uma categoria de obras artísticas do universo digital desenvolvidas em redes de computadores. A principal característica utilizada desse tipo tecnológico de arte é a interatividade, que proporciona aos internautas diversas experiências, como cômica e estética. A web art não tem um conceito definido. Entretanto, trata-se de uma linguagem eletrônica que parte dos conceitos existes de artes visuais, como a pintura e o desenho, projetado para o funcionamento na internet.

Artes visuais na Educação Infantil O profissional legalmente apto a trabalhar a disciplina de artes visuais na área da educação tem o grau de licenciatura. Ele pode desenvolver atividades pedagógicas nas séries dos ensinos infantil, fundamental, médio, além de cursos livres de artes. E também no ensino superior com a progressão dos estudas na pós-graduação stricto sensu. As artes visuais são importantes ferramentas pedagógicas na educação infantil. Isso porque o uso das diversas formas de linguagem visual contribuem para o despertar da sensibilidade estética e da criatividade das crianças durante processo de aprendizagem. De acordo com os Referencias Curriculares Nacionais da

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Educação Infantil (RCNEI), as artes visuais são formas de linguagens importantes para a expressão e comunicação humana. E isso já justifica sua presença nessa faixa de ensino escolar. Conceitos inovadores de teóricos de várias áreas do conhecimento, como psicologia e psicopedagogia, reconhecem a arte infantil como forma de auto expressão. Pedagogicamente as artes visuais se concebem com estrutura e características próprias. A aprendizagem das crianças, tanto prática quanto reflexiva, se articula no seguinte tripé: •Fazer artístico: as produções dos trabalhos de artes favorecem o desenvolvimento da criação pessoal; •Apreciação: percepção, fruição e análise são alguns dos sentidos estimulados através da linguagem visual. •Reflexão: as crianças são impulsionadas a pensar sobre o objeto artístico e a compartilhar suas indagações.

Linguagem visual é todo tipo de comunicação que se dá através de imagens e símbolos.

(Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, são a matéria-prima de toda informação visual).

Entretanto, esses elementos isolados não representam nada, não tem significados preestabelecidos, nada definem antes de entrarem num contexto formal. De acordo com o estudo de vários autores, podem-se identificar como principais elementos visuais: o ponto, a linha, a forma, o plano, a textura, e a cor.

1. PONTO DEFINIÇÕES O ponto é o elemento básico da geometria, através do qual se originam todas as outras formas geométricas.

Ponto é o lugar onde duas linhas se cruzam.

Ponto é um sinal sem dimensões, deixado na superfície.

Ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima (DONDIS, 1997).

Considera-se como ponto qualquer elemento que funcione como forte centro de atração visual dentro de um esquema estrutural, seja numa composição ou num objeto(FORTES, 2001).

FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO PONTO O ponto pode ser representado graficamente de duas maneiras: pela interseção de duas linhas ou por um simples toque na superfície com um instrumento apropriado. É identificado através de uma letra maiúscula do nosso alfabeto.

UTILIZAÇÃO DO PONTO NAS ARTES VISUAIS Qualquer ponto tem grande poder de atração visual, quando juntos eles são capazes de dirigir o olhar do espectador. Essa capacidade de conduzir o olhar é intensificada pela maior proximidade dos pontos, ou seja, quanto mais próximos uns dos outros estiverem os pontos, mais rápido será o movimento visual.

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Nas artes visuais um único ponto não é capaz de construir uma imagem. Porém com um conjunto de pontos podemos obter imagens visuais casuais ou organizadas.

Em grande número e justapostos os pontos criam a ilusão de tom ou de cor. Observe:

Georges Seurat.

2. LINHA DEFINIÇÕES Linha é a trajetória definida pelo movimento de um ponto no espaço;

Linha é um conjunto de pontos que se sucedem uns aos outros, numa sequência infinita;

Linha é o elemento visual que mostra direcionamentos, delimita e insinua formas, cria texturas, carrega em si a ideia de movimento.

CLASSIFICAÇÃO Alguns autores classificam as linhas simplesmente como físicas, geométricas e geométricas gráficas. Físicas – são aquelas que podem ser enxergadas pelo homem no meio ambiente. Ex.: fios de lã, barbantes, rachaduras de pisos, fios elétricos etc.

Geométricas – apresentam comprimento ilimitado não possuindo altura e espessura, sendo apresentadas através da imaginação de cada um de nós quando observamos a natureza.

Geométricas gráficas – são linhas desenhadas numa superfície, sendo concretizadas quando colocamos a ponta de qualquer material gráfico sobre uma superfície e o movemos seguindo uma direção.

Em artes Visuais, estudaremos as linhas geométricas gráficas que são classificadas quanto ao formato em SIMPLES e COMPLEXAS. As linhas simples podem ser retas ou curvas. Observe:

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UTILIZAÇÃO DAS LINHAS NAS ARTES VISUAIS As linhas nascem do poder de abstração da mente humana, uma vez que não há linhas corpóreas no espaço natural. Elas só se tornam fato físico quando são representadas pela mão humana. Independente de onde seja utilizada, a linha é o instrumento fundamental da pré-visualização, ou seja, ela é o meio de apresentar em forma palpável, concreta, aquilo que só existe na imaginação. Nas artes visuais, a linha é o elemento essencial do desenho, seja ele feito a mão livre ou por intermédio de instrumentos. Segundo ARNHEIM (1994) as linhas apresentam-se basicamente de 3 modos diferentes nas artes visuais:

Linhas objeto - visualizadas como objetos visuais independentes. A própria linha é uma imagem. Linhas de contorno - obtidas quando envolvem uma área qualquer criando um objeto visual.

Linhas hachuradas – são formadas por grupo composto de linhas muito próximas criando um padrão global simples, os quais se combinam para formar uma superfície coerente. Hachurar é usar um grupo de linhas para sombrear ou insinuar texturas. Quanto mais próximas as linhas, mais densa a hachura e mais escuras as sombras. Quanto mais distantes as linhas, menos densa a hachura e menos escuras as sombras. As linhas da hachura podem ter comprimentos e formas diferentes.

SIGNIFICADOS EXPRESSOS PELAS LINHAS A linha pode assumir formas muito diversas para expressar uma grande variedade de estados de espírito, uma vez que reflete a intenção do artista, seus sentimentos e emoções e principalmente sua visão de mundo. Quando predomina uma direção, a linha possui uma tensão que pode ser associada a determinado sentimento ou sensação. Exemplos:

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3. A FORMA Forma é o aspecto exterior dos objetos reais, imaginários ou representados. A linha descreve uma forma, ou seja, uma linha que se fecha dá origem a uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. FORMAS BÁSICAS Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características específicas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária, e outros, ainda, através de nossas próprias percepções psicológicas e fisiológicas. Ao quadrado se associam enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude,calidez,proteção. Todas as formas básicas são figuras planas e simples, fundamentais, que podem ser descritas e construídas verbalmente ou visualmente.

4. PLANO E SUPERFÍCIE O plano é uma superfície sem ondulações, de extensão infinita, ou seja, uma superfície plana que se estende infinitamente em todas as direções possíveis. Temos a noção de um plano quando imaginamos uma superfície plana ilimitada e sem espessura.

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Pense numa folha de papel prolongada infinitamente em todas as direções, desprezando a sua espessura. A representação do plano será feita através de uma figura que sugere a ideia de uma parte dele. Também nesse caso, fica por nossa conta imaginar que essa superfície se estende indefinidamente em todas as direções possíveis. Os planos são denominados por letras minúsculas do alfabeto grego: alfa (α), beta (β), gama (γ), delta (δ) etc.

Superfície é a extensão que delimita no espaço um corpo considerável, segundo a largura e a altura, sem levar em conta a profundidade. É o suporte onde o artista criará sua composição. 5. TEXTURA Textura, nas artes plásticas, é o elemento visual que expressa a qualidade tátil das superfícies dos objetos (DONDIS, 1997). A palavra textura tem origem no ato de tecer. Existem várias classificações para a textura, segundo diferentes autores que tratam do assunto. Para começar, ela pode ser classificada como natural – quando encontrada na natureza – ou artificial - quando produzida pelo ser humano (simula texturas naturais ou cria novas texturas). A textura natural de alguns animais, como o camaleão, pode ser modificada quando ele simula outra cor de pele. O homem também simula texturas naturais em suas vestimentas (como é o caso dos soldados camuflados). As texturas podem também ser divididas em visuais (óticas) e táteis. A textura visual ou ótica possui apenas qualidades óticas. Ela simula as texturas táteis. Ex.: Uma pintura que crie o efeito da maciez de uma pétala de rosa, ou o pêlo do cachorrinho. A textura tátil possui tanto qualidades visuais quanto táteis. Existe textura tátil em todas as superfícies e esta nós podemos realmente sentir através do toque ou do contato com nossa pele. Quanto à forma de apresentação a textura pode ser geométrica ou orgânica. Nas artes gráficas pode ser reproduzida através de desenhos, pinturas, impressões, fotografia, etc. Podemos representar as texturas em forma de trama de sinais, pontos, traços, manchas com os quais se realizam as mais variadas atividades gráficas e artísticas. Exemplos:

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A textura é tão importante quanto a forma, tamanho, cor, etc. Existem várias técnicas para se criar texturas nas artes plásticas. O pintor, por exemplo, utiliza uma infinidade de técnicas para reproduzir ou criar a ilusão de textura tátil da vida real em suas obras. Entre as técnicas mais conhecidas estão a tinta diluída e o empasto (uso livre de grossas camadas de tinta para dar efeito de relevo). Outra técnica conhecida é a frotagem. A palavra “Frottage” é de origem francesa - frotter, que significa “esfregar”. Consiste em colocar uma folha de papel sobre uma superfície áspera, que contém alguma textura, e esfregá-la, pressionando-a com um bastão de giz de cera, por exemplo, para que a textura apareça na folha. No campo da arte, essa técnica foi usada pela a primeira vez pelo o pintor, desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest (1891 – 1976), um dos fundadores do movimento “Dada” e posteriormente um dos grandes nomes do Surrealismo. Os abstracionistas utilizam uma grande variedade de técnicas como a colagem com pedaços de jornais e materiais “expressivos” como madeira, papelão, barbante, areia, pedaços de pano etc. Os artistas recorrem às texturas para: Traduzir visivelmente o sentido de volume e os efeitos de superfície;

Representar graficamente o claro e o escuro, a luz e a sombra.

Na escultura os artistas utilizam texturas diferentes conforme os padrões estéticos do período ou movimento artístico a que pertencem. No Renascimento observamos texturas lisas e suaves, enquanto que no Impressionismo percebemos superfícies inacabadas como nas obras de Rodin. Além das artes visuais a textura ocorre também em diferentes espaços da vida. No cotidiano nós a observamos nos utensílios domésticos, nas roupas, nos calçados, nos papéis, nos vidros, na decoração de interiores, etc. A tecnologia favoreceu a criação de uma variedade muito grande de texturas. A tinta de parede, por exemplo, é encontrada em diversos tipos e para as mais diversas aplicações. Essas por si só já permitem efeitos de texturização. 6. A COR DEFINIÇÃO A cor é o elemento visual caracterizado pela sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão, isto é, sobre nossos olhos. O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. Ao falarmos de cores, temos duas linhas de pensamento distintas: a Cor-Luz e a Cor-Pigmento. A Cor-Luz pode ser observada através dos raios luminosos. Cor-luz é a própria luz que pode se decompor em muitas cores. A luz branca contém todas as cores. No caso da Cor-Pigmento a luz é que, refletida pelo material, faz com que o olho humano perceba esse estímulo como cor. Os pigmentos podem ser divididos em dois grupos diferentes: os transparentes e os opacos. As cores pigmento transparentes são mais utilizadas nas artes gráficas, nas impressoras coloridas entre outros meios de produção. As cores pigmento opacas são geralmente utilizadas nas artes plásticas, são mais populares, portanto, são mais conhecidas pelos estudantes da escola básica. Os dois extremos da classificação das cores são: o branco, ausência total de cor, ou seja, luz pura; e o preto, ausência total de luz, o que faz com que não se reflita nenhuma cor. Essas duas "cores", portanto não são exatamente cores, mas características da luz, que convencionamos chamar de cor. NOMENCLATURA DAS CORES Tanto a cor-luz quanto a cor-pigmento, seja ela transparente ou opaca se divide em: Cores primárias - aquelas consideradas puras, que não se fragmentam.

Cores secundárias - obtidas através da mistura em partes iguais de duas cores primárias.

Cores terciárias - são obtidas pela mistura de uma primária com uma secundária ou a partir das primárias em proporções desiguais.

Cores neutras - o preto e o branco, embora sejam consideradas como ausência e totalidade das cores-luz respectivamente, no entendimento das cores-pigmento são também conhecidas, juntamente com o cinza, como cores neutras. Não aparecem no círculo cromático.

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Artes visuais: conheça as técnicas e os materiais artísticos que remetem essa expressão (A grande diferença entre os resultados das artes visuais se encontra na técnica envolvida). Nas artes visuais quase todo material e técnica podem ser utilizados para criar uma obra, mas existem aqueles que são mais conhecidos, considerados como tradicionais, modernos ou contemporâneos. Entre os meios artísticos tradicionais, três deles manifestam-se em duas dimensões (bidimensional — altura e comprimento): o desenho, a gravura e a pintura.

Embora o resultado formal de cada uma dessas artes visuais seja bastante diferente (embora o desenho e a gravura sejam similares), a grande diferença entre eles se encontra na técnica envolvida. Os outros meios tradicionais — a escultura e a arquitetura — manifestam-se nas três dimensões do espaço tridimensional — altura, comprimento e largura ou (profundidade).

Desenho É o processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se sobre ela a pressão de uma ferramenta (em geral, um lápis, carvão, nanquim, grafite, pastel, caneta, pincel etc.) e movendo-a, de forma a surgirem pontos, linhas e formas planas. O resultado deste processo (a imagem obtida) também pode ser chamado de desenho.

Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente como uma composição bidimensional. Quando esta composição possui certa intenção estética, o desenho passa a ser considerada uma expressão artística.

A escolha dos meios e materiais está intimamente relacionada à técnica escolhida para o desenho. Um mesmo objeto desenhado a bico de pena e a grafite produz resultados absolutamente diferentes.

Existem meios de desenho à base d’água (o “lápis-aquarela”, por exemplo), que podem ser desenhados como os lápis normais, e então umedecidos com um pincel molhado para produzir vários efeitos. Há também pastéis oleosos e lápis de cera.

Desde a invenção do papel, no século XIV, ele se torna o suporte dominante para a realização de desenhos. É possível classificar o desenho em função dos instrumentos utilizados para a sua execução, ou da ausência deles. Pode-se pensar ainda em modalidades distintas do registro de acordo com as finalidades almejadas.

Entre as várias modalidades de desenho, incluem-se:

Desenho técnico ou industrial: uma forma padronizada e normatizada de desenho, voltado à representação de peças, objetos e projetos inseridos em um processo de produção.

Desenho arquitetônico: desenho voltado especialmente ao projeto de arquitetura realizado, de modo geral, com o auxílio de réguas, compassos, esquadros e outros instrumentos.

Desenho científico: empregado na zoologia, na botânica e anatomia (fartamente empregados como ilustrações de manuais didáticos)

Ilustração: um tipo de desenho que pretende expressar alguma informação, normalmente acompanhado de outras mídias, como o texto.

Croqui ou esboço: um desenho rápido, normalmente feito à mão sem a ajuda de demais instrumentos que não propriamente os de traçado e o papel, feito com a intenção de discutir determinadas ideias gráficas ou de simplesmente registrá-las. Normalmente são os primeiros desenhos feitos dentro de um processo para se chegar a uma pintura ou ilustração mais detalhada.

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Desenho arquitetônico desenho-técnico Esboço Gravura Difere do desenho na medida em que ela é produzida pensando-se na sua impressão e reprodução. Uma gravura é produzida a partir de uma matriz que pode ser feita de metal (calcografia), pedra (litografia), madeira (xilogravura) ou seda (serigrafia).

Nessa arte visual o artista trabalha nesses suportes fazendo uma gravação da imagem de acordo com as ferramentas que utiliza com o propósito de imprimir uma tiragem de exemplares idênticos podendo ser feita pelo próprio artista ou orientando um impressor especializado.

Uma gravura é considerada original quando é assinada e numerada pelo artista dentro de conceitos estabelecidos internacionalmente. Após aprovar uma gravura o artista tira várias provas que são chamadas p. a. (prova do artista).

Ao chegar ao resultado desejado é feita uma cópia “bonne à tirer” (boa para imprimir – b.p.i.). A tiragem final deve ser aprovada pelo artista, que, então, assina a lápis, coloca a data, o título da obra e numera a série. Finda a edição, a matriz deve ser destruída ou inutilizada. Cada imagem impressa é um exemplar original de gravura e o conjunto destes exemplares é denominado tiragem ou edição. Em uma tiragem de 100 gravuras, as obras são numeradas em frações: 1/100, 2/100 etc.

Técnicas de gravura:

Litografia (matriz de pedra): a litografia (lithos = pedra e graphein = escrever) foi criada no ano de 1796 por Alois Senefelder.

Xilogravura (matriz de madeira): surgiu como conseqüência da demanda cada vez maior de consumo de imagens e livros sacros a partir da invenção da imprensa por Gutenberg, quando as iluminuras e códigos manuscritos passaram a ser um luxo de poucos. A gravura em madeira seria um meio econômico de substituir o desenho manual, imitando-o de forma ilusória e permitindo a reprodução mecânica de originais consagrados.

Calcografia (matriz de metal): surgiu nos ateliês de ourivesaria e de armaduras, no século XV, onde era usual imprimir-se os desenhos das jóias e brasões em papel para melhor visualização das imagens.

Serigrafia (matriz de seda ou náilon): também conhecida como silk-screen (tela de seda) é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.) espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).

Produção da tela matriz de serigrafia Pintura Refere-se genericamente à técnica de aplicar

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pigmento em forma líquida a uma superfície bidimensional, de modo a colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas. Em um sentido mais específico, é a arte visual onde se pinta em determinadas superfícies, tais como papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou de afrescos).

A pintura é considerada por muitos como uma das expressões artísticas tradicionais mais importantes no mundo das artes visuais; muitas das principais obras de arte da história, tais como a Mona Lisa, são pinturas. Diferencia-se do desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, enquanto aquele apropria-se principalmente de materiais secos. Enquanto técnica, a pintura envolve um determinado meio de manifestação (a superfície onde ela será produzida) e um material para lidar com os pigmentos (os vários tipos de pincéis e tintas).

A escolha dos materiais e técnicas adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizada.

O suporte mais comum é a tela (normalmente uma superfície de madeira coberta por algum tipo de tecido), embora durante a Idade Média e o Renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas). Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. Materiais comuns são: a tinta a óleo, acrílica, o guache e a aquarela.

Pintura da artista Helene Beland.

É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho. No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a ideia de que pintura não precisa se limitar à aplicação do “pigmento em forma líquida”. Atualmente o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das cores. Mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada O elemento fundamental da pintura é a cor. A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura fundamental, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros.

Conheça as principais técnicas e materiais da pintura:

Muralismo, pintura mural ou parietal: é executada sobre uma parede, quer diretamente na sua superfície, como num afresco, quer num painel montado numa exposição permanente. Ela difere de todas as outras formas de arte pictórica por estar profundamente vinculada à arquitetura, podendo explorar o caráter plano de uma parede ou criar o efeito de uma nova área de espaço. A técnica tradicional de uso mais generalizado é a do afresco, que consiste na aplicação de pigmentos de cores diferentes, diluídos em água, sobre argamassa ainda úmida.

Tinta a óleo: é uma mistura de pigmento pulverizado e óleo de linhaça ou papoula. É uma massa espessa, da consistência da manteiga, e já vem pronta para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas. Dissolve-se com óleo de linhaça ou terebintina para torná-la mais diluída e fácil de espalhar. O óleo acrescenta brilho à tinta; o solvente tende a torná-la opaca. A grande vantagem da pintura a óleo é a flexibilidade, pois, a secagem lenta da tinta permite ao pintor alterar e corrigir o seu trabalho.

Acrílico: é uma tinta sintética solúvel em água que pode ser usada em camadas espessas ou finas, permitindo ao artista combinar as técnicas da pintura a óleo e da aquarela. Se você quiser fazer tinta acrílica, você pode misturar tinta guache com cola.

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Aquarela: é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aquarela são muito variados, embora o mais comum seja o papel com elevada gramatura (espessura). São também utilizados como suporte o papiro, casca de árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela.

Guache: é um tipo de aquarela opaca. Seu grau de opacidade varia com a quantidade de pigmento branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para evitar que a textura do papel apareça através da pintura, fazendo com que não tenha a luminosidade das aquarelas transparentes.

Colagem Também é considerada uma técnica convencional de arte visual que utiliza vários materiais aplicados em diferentes suportes para criar um efeito diferente e interessante. Ao abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade — pedaços de jornal e papéis de todo tipo, tecidos, madeiras e objetos variados, a colagem passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que dificulta o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura.

Patrick Bremer

Escultura É uma arte visual que representa imagens em relevo total ou parcial usando a tridimensionalidade do espaço.

Os processos da arte em escultura datam da Antiguidade e sofreram poucas variações até o século XX. Estes processos podem ser classificados segundo o material empregado: pedra, metal, argila, gesso ou madeira. A técnica da modelagem consiste em elaborar esculturas inéditas através desta técnica. São utilizados materiais macios e flexíveis, facilmente modeláveis, como a cera, o gesso e a argila.

No caso da argila, a escultura será posteriormente cozida, tornando-se resistente. A modelagem é, também, o primeiro passo para a confecção de esculturas através de outras técnicas, como a fundição e a moldagem.

A técnica do entalhe é um processo que requer tempo e esforço, já que o artista trabalha minuciosamente numa escultura, cortando ou extraindo o material supérfluo (madeira, por exemplo) até obter a forma desejada.

O material é sempre rígido e, com frequência, pesado. A arte de esculpir em madeira utiliza poucas espécies de árvores, que são selecionadas em função da sua textura, da beleza do material proporcionado pelos veios e pela tonalidade da matéria-prima.

As madeiras comumente utilizadas são o cedro e o mogno, por serem fáceis de trabalhar e mais leves. O acabamento da obra é dado com tintas e vernizes preparados com resinas químicas ou naturais.

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Outra técnica utilizada para a escultura é fundição de metal (ferro, cobre, bronze etc) em que se faz um processo complexo que começa com um modelo em argila, passando por um molde que será preenchido com cera, obtendo-se outra peça idêntica neste material, que poderá ser retocada, para corrigir algumas imperfeições derivadas do molde. Depois de modelada em cera.

Em seguida, o metal líquido é vazado dentro de um molde, ocupando o lugar deixado pela cera. O gesso é dissolvido em uma lavagem a jato de água, revelando a peça com seus contornos. A escultura de metal passa, então, por um processo final de recorte e de acabamento.

Escultura em madeira. | Artista Philippe Faraut – Retrato em escultura de argila.

Arquitetura Entre muitas outras coisas, a Arquitetura é a organização do espaço tridimensional. É uma atividade humana existente desde que o homem passou a se abrigar das intempéries do clima. Uma definição mais precisa da área envolve todo o design do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário (desenho industrial) até o desenho da paisagem (paisagismo) e da cidade (urbanismo), passando pelo desenho dos edifícios e construções (considerada a atividade mais comum dos arquitetos). O trabalho do arquiteto envolve, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual até a urbana.

A arquitetura se manifesta de dois modos diferentes: a atividade (a arte, o campo de trabalho do arquiteto) e o resultado físico (o conjunto construído de um arquiteto, de um povo e da humanidade como um todo).

A Arquitetura depende ainda, necessariamente, da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis para a realização da obra, ou seja, do programa proposto.

Bem mais do que planejar uma construção ou dividir espaços para sua melhor ocupação, a Arquitetura fascina, intriga e, muitas vezes, revolta as pessoas envolvidas pelas paredes. Isso porque ela não é apenas uma habilidade prática para solucionar os espaços habitáveis, mas encarna valores. A Arquitetura desenha a realidade urbana que acomoda os seres humanos no presente. É o pensamento transformado em pedra, mas também a criação do pensamento.

Arquitetura moderna — Palácio do Planalto — Brasília. Arquitetura Colonial