spolin, viola. improvisação para o teatro

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  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    1/22

    oleo Estudos

    Di

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    J Guinsburg

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    Viol Spolin

    IMPROVIS O P R

    O TE TRO

    ~ \ 1

    PERSPECTIV

    ~ , , , ~

  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    2/22

    um

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    2 Procedim entosn as Oficin as

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  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    3/22

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    - -

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    da

    experi ncia, e ningum ensina nada

    1

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    . Isto

    v lido

    tanto

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    ente,

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    r-se tota

    l e.

    lltnn icam ent e com ele. Istosign ifi ca en v olvim ento em todosos

    lltvtis:

    l e c t u a

    fsi

    co e Jn

    tuitiv .o.

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    r

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    itivo,

  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    4/22

    4 IMPROVISAO

    PARA

    O TEATRO

    quando a pessoa trabalha alm de um plano intelectual constrito,

    ela est realmente aberta

    para

    aprender.

    O intuitivo s pode responder g n e d i t o -

    no

    aq

    ui

    e agora.

    Ele

    gera

    suas ddivas no mom e

    nto de

    espontaneidade,

    no

    mo-

    mento quando estamos livres para atuar e inter-relacionar, en-

    volvendo-nos com o mundo nossa volta que est em constante

    transformao.

    Atravs da espontaneidade somos re-formamos em ns

    me

    s

    mos. A espontaneidade

    cria uma

    exploso

    que por um momento

    nos liberta de quadros de referncia estticos, da memria sufo

    cada

    por

    velhos fatos e informaes, de teorias no digeridas e

    tcnicas que so na realidade descobertas de outros. A esponta

    neidade

    um

    momento de liberdade pessoal quando estamos

    frente a frente com a realidade e a vemos, a exploramos e agimos

    em conformidade com ela. Nessa realidade, as nossas mnimas

    partes funcionam como

    um todo

    orgnico. o momento de

    descoberta,

    de

    experincia, de expresso criativa.

    Tanto

    a pessoa mdia quanto a talentosa podem ser

    ensinadas a atuar

    no

    palco quando o processo

    de

    ensino

    ori

    en

    tado no sentido de tornar as tcnicas teatrais to intuitivas que

    sejam apropriadas pelo aluno.

    necessrio um caminho para

    adquirir o conhecimento intuitivo. Ele requer um ambiente no

    qual a experincia se realize,

    uma

    pessoa livre

    para

    experienciar

    e

    uma

    atividade que faa a espontaneidade acontecer.

    Este

    texto

    um curso planejado para tais atividades. O

    presente captulo tenta auxiliar tanto o professor como o aluno

    a encontrar a liberdade pessoal no que concerne ao teatro. O

    Cap. 2 tenciona mostrar

    ao

    professor como estabelecer um am-

    biente

    no

    qual o intuitivo possa emergir e a experincia se realizar:

    para que ento o professor e o aluno possam iniciar juntos uma

    e).perincia criativa e inspiradora.

    SETE ASPECTOS

    DA

    ESPONTANEIDADE

    JOGOS

    O jogo urna forma natural de grupo que propicia o en

    volvimento e a liberdade pessoal necessrios

    para

    a experincia.

    Os jogos desenvolvem as tcnicas e habilidades pessoais

    nec

    ess

    rias para o jogo em si , atravs do prprio ato de jogar. As

    habilidades so desenvolvidas no prprio momento em que a

    pess

    oa est jogando, divertindo-se ao mximo e recebendo

    toda

    a estimulao que o

    jogo tem para

    oferecer -

    este o exato

    momento em que ela est verdadeiramente aberta para receb-las.

    A ingenuidade e a inventividade aparecem para solucionar

    quaisquer crises

    que

    o jogo apresente, pois es

    t

    sube

    nt

    e

    ndido

    que durante o

    jogo

    o

    jogador

    livre para alcan

    a

    r seu objetivo

    da maneira que escolher. Desde que obedea s rcgrns do jogo,

    ele pode balana r, ficar de ponla-cahca, ou at

    vo1

    Ik

    falo,

    A

    EXPE

    R II :N

    CIA CR

    IATIVA 5

    toda maneira nova ou extraordinria de jogar aceita e aplau

    dida por seus companheiros de jogo.

    l sto torna a forma

    t

    il no s pa ra o teatro formal, como

    ,.\ JK.cialmente para os atores int eressados em aprender impro

    visao, e igualmente til para expor o i

    ni

    cia

    nt

    e experincia

    t ~ a t r a seja ele adulto ou criana . Todas as t cnicas, convenes

    l

    lc

    ., que os a

    lun

    os-atores vier

    am

    desco

    brir

    lhes so dadas

    ,,, ra vs de sua participao nos jogos teatr ais

    (exe

    rccios de

    tl

    ua

    o)

    :

    O jogo psicologicamente diferente em grau, mas

    n

    o em ca tegoria, da

    .1111.

    1o

    dram

    tica. A capacidade de criar uma situao imaginativamente e

    ' fazer

    um

    papel uma experincia maravilhosa, como

    uma

    espcie de

    ''

    :anso do cotidiano que

    da

    mos ao no

    ss

    o eu,

    ou

    as frias da rotina de

    Indo o dia. Observamos que essa liberdade psicolgica

    cria

    u ma condio

    ,,,, qua l tenso e onfl i

    to

    so dissolvidos, e as

    po

    tencia lidades so libe

    ra

    das

    1111

    esforo espontneo d e satisfazer

    as

    demandas da

    si

    tuao

    I .

    Qual

    qu

    er jogo dig

    no

    de ser joga

    do

    altamente social e prope

    11111

    insecamente um problema a ser solucion ado - um ponto

    111ljctivo com o qual cada indivduo deve se envolver, seja para

    111111gir

    o gol ou para acertar u

    ma

    moeda num c

    opo.

    Deve haver

    mo r

    do de grupo sob

    re

    as regras do jogo e interao que se

    d111gc em direo

    ao

    objetivo para que o jogo possa acontecer.

    Os

    jogadores

    tornam

    -se geis, alerta, pro

    nt

    os e desejosos

    dt novos lances ao responderem aos diversos acontecime

    nt

    os aci

    dlnta is simu

    lt

    aneamente. A capacidade pessoal para se envolver

    111111

    os problemas do jogo e o esforo dispendi

    do

    para lidar com

    mltiplos estmulos que ele o provoca, deter

    mina

    m a extenso

    d1ssc crescimento.

    O crescim

    ent

    o ocorrer sem

    dif

    iculdade no aluno-

    au

    tor

    por-

    qm o prprio jog o ajudar. O objetivo no qu al o jogador

    d1vc constantemente concentrar e para o qual toda ao deve

    ~ t r

    dirigida provoca espontaneidade . Nessa

    esponta

    neidade, a

    llhl-tdade pessoal liberada, e a pessoa como um t

    odo

    fsica,

    utlclcctual e intuitivamente despertada. Isto causa estimulao

    Mficicnte

    pa r

    a que o aluno transcenda a ::.i mesmo - ele

    ltln:rtado

    para

    penetrar

    no

    ambiente, explorar, aventurar e en

    ltt

    ntar

    sem

    medo

    todos os perigos .

    A energia liberada para resolver o problema, sendo restrin

    J ~ d n

    pelas regras do jogo e estabelecida pela deciso grupal, cria

    1111111 exploso - ou espontaneidade - e, como comum

    ~ a s

    nploses, tudo destrudo, rearranjado, desbloqueado. O ouv1do

    nkrla os ps, e o olho atira a bola.

    Todas as partes

    do

    indivduo funcionam jun tas como uma

    11nidnde de

    traba

    lho,

    como

    um pequeno todo orgnico dentro

    til- um

    todo

    orgnico maior que a estrutura do jogo. ~ e s s a

    I

    XJW

    I cnci:t integrada, surge o indivduo total dentro do ambiente

    tntul, l' npat

    t:(.'c

    o apoio r u W11fiana que permite ao indivduo

    I , NI..VA l o 1111'

    11

    , l

    'h>JI,

    lllllotlln

    I I I I J o l l , ~

  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    5/22

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    6/22

    8

    lMPR

    OVlS I\.Q

    .I\

    0 P AR.A O TEII.TitO

    aprovao. Isto

    lhe d

    autoconhecimento, pois

    um

    a aprova

    o do professor indica que foi feito algum progresso, mas um

    progresso

    em

    termos

    do

    professor, no em termos do aluno. Por

    tanto, ao desejar evitar a aprovao, devemos nos precaver para

    no nos distanciarmos a tal ponto que o aluno se sinta perdido,

    ou que ele julgue

    que

    no est aprendendo nada.

    A verdadeira liberdade pessoal e a auto-expresso s podem

    florescer numa atmosfera

    onde

    as atitudes permitam igualdade

    entre o aluno e o professor, e as dependncias do aluno pelo pro

    fessor e d.o professor pelo aluno sejam eliminadas. Os problemas

    propostos no livro ensinaro ambas as coisas.

    Aceitar simultaneamente o direito do aluno igualdade na

    abordagem de

    um problema

    e sua falta de experincia

    co

    l

    oca uma

    carga sobre o professor. Esta maneira

    de

    ensinar parece a princpio

    mais difcil, pois o professor deve sempre se colocar fora das des

    cobertas dos alunos sem interpretar ou forar concluses. Contudo

    isto pode ser mais recornpensador para o professor, porque

    uma

    v e ~

    que

    os

    alunos-atores tenham realmente aprendido atravs da atua

    o, a qualidade da performance ser de fato muito alta.

    Os jogos e exerccios

    para

    soluo de problemas contidos

    neste manual ajudaro a diminuir o autoritarismo e, na medida

    em que

    o treinamento continua, ele desaparecer. Com o des

    pertar do

    sentido

    do

    eu, o autoritarismo eliminado. No h

    necessidade

    do

    status

    dado

    pela aprovao/desaprovao na medida

    em

    que todos (professor e aluno) lutam pelo insight pessoal

    -

    com

    a conscincia intuitiva vem

    um

    sentimento

    de

    certeza.

    A mudana do professor corno autoridade absoluta

    no

    ocorre

    irneditamente. Levam-se anos para construir atitudes, e todos temos

    medo de

    abandon-las,

    uma

    vez incorporadas. O professor e

    n

    contrar seu caminho se

    nunca

    pe

    rd

    er de vista o fato de que

    as

    necessidades o teatro so o verdadeiro mestre pois o professf

    tambm deve aceitar as regras o jogo. Ento ele

    encontrar sua funo de guia, pois afinal o profess

    or

    -diretor

    conhece o teatro tcnico e artisticamente, e suas experincias so

    necessrias

    para

    liderar o grupo.

    EX

    PRESSO

    DE G

    RUPO

    . . yrn relacionamento de grupo saudvel exige um nmero de

    md

    i.VIduos

    trabalhando int

    erdependenteme

    nt

    e

    pa

    ra

    complet

    ar

    um

    projeto, com total participao individual e

    co

    ntribuio pessoal.

    Se

    uma

    pess_oa domina,_os outros membros tm

    po

    uco crescimento

    ou prazer na atividade, no existe um verdadeiro relacionamento

    de g

    rup

    o.

    O teatro uma atividade ar tstica

    qu

    e exige o talento e a

    energia de muitas pessoas - desde a primeira idia de uma pea

    ou cena at o ltimo eco de aplauso. Sem esta Interao no

    h

    lu

    gar para o ator individualmente, pois sem o funcionamento

    do grupo, para quem iria ele representar, que materiais usaria

    e que efe itos poderia produzir? O aluno-ator deve aprender_que

    A EX PEI' JtNO

    lA

    l A n V ~

    9

    "1omo atuar" , assim como no jogo, est intrinsecamente ligado a

    1

    s as o utras pess

    oa

    s na complexidade da forma de arte. O teatro

    tttt provisacional requer relacionamento de grupo muito intenso, pois

    11 part ir do acor

    do

    e

    da

    atuao em

    grupo

    que emerge o material

    p11ru

    as cenas e peas.

    Para o atuno que est iniciando a experincia teatral, trabalhar

    tn rn um grupo d segurana, por um lado e, por

    ou

    tro lado, repre

    'l 'ttla uma ameaa. Uma vez que a

    part

    icipa

    o numa atividad e

    lt lltral confundida por muifus com exibicionismo (e por tanto

    ,.

    ,,

    m

    o medo de se

    expor),

    o indivduo se julga isolado contra

    ntuitos . Ele luta contra um grande nmero de "pess

    oa

    s de o lhos

    tu :

    tl

    cvolentes", sentadas, julgando seu trabalho. O aluno se sente

    m nstanternente observado, julgando a si mesmo e no progride.

    No entanto, quando atua com o grupo , experienciando coisas

    jll lii O,

    o aluno-ator se integra e se descobre dentro da atividade.

    l'an to as diferenas como as similari

    da d

    es dentro do grupo so

    ttcc itas. Um grupo nunca deveri a ser usado para induzir confor

    lll idade, mas, como num jogo, deveria s

    er

    o elemento propulsor

    da ao.

    O procedimento para o professor-diretor c a m e ? t e sill

    plcs: ele deve certificar-se

    de que todo

    aluno esta partlcipando

    livremente a todo momento. O desafio para o professor ou lder

    ativar cada aluno no grupo respeitando a capacidade imediata de

    part icipao

    de cada

    um.

    Embora

    o aluno

    bem

    ~ a t a d o p ~ r ~ a ter

    sem

    pre

    mais

    para dar

    , mesmo se

    um aluno

    estiver participando

    do limite de

    sua

    fora e usando o

    m

    ximo

    de

    suas habilidades, ele

    deve ser respeitado , ainda que sua contribuio seja mnima. N e ~

    sempre o aluno pode fazer o que o professor acha que ele devena

    fazer, mas

    na

    medida em

    que

    ele progride, suas capacidades

    aumen

    taro

    . Trabalhe

    com

    o alu

    no onde

    ele es

    t

    ,

    no

    onde voc

    pensa que ele deveria estar.

    A participao e o acordo

    de

    grupo eliminam todas as t e n s ~ s

    e exaustes da competio e abrem caminho para a harrnoma.

    Urna atmosfe

    ra

    altamente competitiva cria ten so artificial, e

    quando a competio substitui a participao, o resultado a

    a

    o co

    mpulsiva. Mesmo para os mais jovens, a competio acirra

    da cono ta a idia de que ele deve ser melhor

    do

    que qualquer

    outro. Q

    uando um

    j

    ogad

    or sente isso, sua energ

    ia

    dispendida

    somente para isto , ele se torna ansioso e impelido, e seus c o ~ -

    panheiros de jogo tornam-se uma ameaa p

    ara

    ele. Se a c o r n

    o for to

    mada

    erroneamente corno um mstrurne

    nto

    de

    todo o significado

    do

    jogo ser distorcido. A atuao permite que

    uma pessoa responda com seu "organismo to tal dentro _um

    ambiente t

    ot

    al" . A competio imposta to

    rn

    a essa ha rrnoma Im

    possvel, po is ela destri a

    natur

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    no palco

    ocultando a auto-identida

    de

    e se

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    ndo um

    JOgador do outro.

    Quando a competio e as comparaes aparecem dentro de

    uma atividade, h um efeito imediato sobre o aluno que

    patente

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    lMPROVISAAO PARA

    O

    TEATRO

    como o msico de jazz cria uma disciplina pessoal permanecendo

    com o ritmo enquanto toca com outros msicos, assim tambm

    o controle no foco propicia o tema e desbloqueia o aluno para

    trabalhar com cada crise, na medida em que elas aparecem.

    Como o aluno trabalha somente com o seu POC_

    E e

    dirige todo

    Seii equiQamento sensorial para um nico problema e no se senTh

    confuso com mais de uma coisa por vez, quando na v e r d a d e ~

    fazendo m u i t Ocupado com o POC, o aluno-ator enfrenta,

    sem hesitar, aquilo que se lhe apresenta. Ele pego desprevenido,

    por assim dizer e trabalha sem medo ou resistncia. Pelo fato

    de cada problema ser solucionvel e constituir um foco exterior

    ao aluno, que ele pode ver e agarrar, cada POC sucessivo age

    como uma fora estabilizadora e logo liberta todos para confiar

    no esquema , entregando-se

    para

    a forma artstica.

    / (3) Ao mesmo tempo em que cada jogador est traba

    lhando individualmente com o POC, todos devem agrupar-se em

    torno do objeto (bola)

    h i l i > s

    sol cionar o p r o b l e m ~ traba

    lhando com o POC e inter-relacionando-se.

    isto

    estabelece

    uma linha direta do jogador com o problema (similar quela

    do professor e aluno com o problema). Esse total envolvi

    mento individual com o objeto torna o rela.cionamento cGm-es

    outros possivel. ~ e m esse envolvimento com o objeto, seria ne

    cessrio envolver-se com seu prprio eu ou com outros indivduos.

    H um grave perigo em manipular a si mesmo ou a outro

    jogador como objeto (bola), pois pode ocorrer reflexo e absor

    o. Corremos o risco de empurrar uns aos outros pelo campo (o

    palco) e nos exibir, ao invs de jogar bola. O relacionamento

    mantm a individualidade intacta, permite que haja um areja

    mento (espao para o jogo) entre todos, e evita que utilizemos

    a ns prprios e aos outros para nossas necessidades subjetivas.

    O envolvimento com o POC absorve as necessidades subjetivas

    e liberta para o relacionamento. Isto torna possvel a ao

    e elimina do palco dramaturgia, emoo e psicodrama. Em

    tempo, quando o desprendimento artstico for um fato, pode

    mos fazer de ns prprios ou de outros o objeto, sem correr o

    risco de uso indevido.

    (4) O Ponto de Concentrao o foco mgico que preo

    cupa e clareia a mente

    (o

    conhecido), limpa o quadro, e age

    como um propulsor

    em

    direo aos nossos prprios cen

    tros (o intuitivo), quebrando as paredes que nos separam do

    desconhecido, de ns mesmos e dos outros.

    Com

    a singularidade

    de foco, todos observam a soluo do problema, e no h

    diviso de personalidade. Tanto para os jogadores como para

    a platia, a diferena entre observar e participar diminui na me

    dida em que a subjetividade d passagem para a comunicao e

    torna-se objetividade. A espontaneidade no pode vir a partir da

    dualidade, do ser observado , quer seja o jogador observando

    a si prprio ou temeroso de um observador de fora.

    Esta combinao de indivduos focalizando-se mutuamente e

    envolvidos mutuamente cria o relacionamento verdadei_o, o com-

    PR

    OOED M&NTOS NAS O C

    INA

    S l) E TnAJl ALHO

    23

    partilhar de uma nova experincia. Aqui, os velhos quadros de

    referncia caem por terra

    na

    medida em que a nova estrutura

    (crescimento) emerge permitindo liberdade de resposta e contri

    buio individual. A energia individual liberada, a confiana

    gerada, a inspirao e a criatividade aparecem quando todos

    jogam e solucionam o problema juntos. Surgem

    "fa

    .scas entre

    as pessoas quando isso acontece.

    Infelizmente, a compreenso do Ponto de Concentrao como

    uma idia no o mesmo que permitir que ele trabalhe para

    ns (aceit-lo totalmente).

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    necessrio tempo

    para

    que o prin

    cpio

    do

    POC se torne parte

    da

    integrao

    de

    ns mesmos e de

    nosso trabalho. Embora muitas pessoas reconheam o valor da

    utilizao do POC,

    no

    fcil se reestruturar e desistir

    do

    que

    familiar. Alguns resistem de todas as maneiras possveis. Qual

    quer qu_e r seja a r az-psicolgica Qara. isso, ela. p r ~ c e r na

    recusa em aceitar responsabilidades grupms, nas bnncadeuas, nas

    tentatJ.vas de- criar estrias, piadas, -avaliao imatura, falta .de

    espontaneidade, interpretao do trabalho de outros de mane1ra

    a atender ao quadro de referncia pessoal etc. Uma pessoa com

    forte resistncia tentar manipular os que esto sua volta para

    que trabalhem para si e suas idias, ao

    _invs

    de .entrar no_acord?

    grupal. Ela sempre se mostra ressentida daqmlo que e consl

    derado uma limitao imposta pelo professor ou refere-se aos

    exerccios como coisa de criana . O exibicionismo e o egocen

    trismo persistem enquanto o aluno-ator fizer coisas fora

    de

    hora,

    representar , assumir

    "pe

    rsonagens , e emocionar-se ao invs

    de envolver-se com o problema imediato.

    f axiomtico que o aluno que resiste em trabalhar com o

    POC nunca ser capaz de improvisar e ser um eterno problema

    disciplnar. Isto acontece porque improvisao abertura para

    entrar em contato com o ambiente e o outro, e vontade de jogar.

    Improvisar atuar sobre o ambiente e permitir

    q u ~

    os outros atuem

    sobre a realidade presente, como num jogo.

    s vezes, a resistncia escondida e se mostra atravs de

    verbalizao excessiva, erudio, discusso e questionamento do

    como fazer dentw das oficinas de trabalho. Com jogadores

    habilidosos e inteligentes muitas vezes difcil apontar e revelar

    isso.

    Falta

    de disciplina e resistncia ao

    POC

    caminham junta

    s,

    pois a disciplina s pode crescer a partir do envolvimento total

    com o evento, objeto, ou projeto

    Entretanto, em tempo algum o aluno-ator dever fazer uso

    indevido do palco, no importando qual seja sua r e s i s ~ n c

    subjetiva. Pulso firme deve ser usado, no para atacar ou unpor

    uma vontade, mas para manter a integridade da forma artstica.

    Se os alunos treinarem o suf

    ici

    ente, eles reconhecero que este

    modo de trabalho

    no

    uma

    ameaa

    para

    eles, que no des

    truir sua individualidade ; assim que o poder do Ponto de

    Concentrao for sentido por todos e resultar em maiores habili-

    4. Veja Disciplina Envolvimento, pp . 257 e s .

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    29

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    28

    IMPROVISAQAO PARA

    O

    TE

    A

    TRO

    qentemente contudo, pois pode se tornar uma maneira de mostrar

    o como e evitar a autodescoberta dos alunos. No fique dema

    siado preocupado se nem todos parecem pegar imediatamente.

    Trabalhar com o problema em si e a preparao do grupo

    (com o professor-diretor orientando quando necessrio), antes de

    fazer o exerccio, trar esclarecimento para muitos alunos. Se

    ainda

    houver confuso, a Avaliao

    tornar

    inteiramente claro

    para aqueles

    que

    so mais lentos

    para

    compreender.

    Do mesmo modo,

    no

    diga aos alunos

    C U . . . ~ l e s ~ c e b e m _

    um

    determinado problema. fsto particu armente importante

    com

    jogadores jovens e amadores.

    Tais

    predeterminaes verbalizadas

    colocam o aluno numa posio de defensa. Podero adotar

    como Ponto de Concentrao dar ao professor o que ele (pro-

    fessor) quer, ao invs de trabalhar com o problema.

    De

    fato,

    no

    deve haver verbalizao sobre

    o que

    estamos tentando fazer

    para o aluno.

    Toda

    linguagem deve

    ser

    dirigida para clarificar

    o problema somente. Deixe o aluno-ator ficar com o que parece

    ser o simples aspecto superficial do problema.

    Com

    o tempo ele

    saber

    por

    si mesmo o

    que

    Neva L. Boyd chamou

    de

    a esti

    mulao e liberao que acontece em seu ser .

    A COMPOSIO F1SICA DAS OFICINAS

    E

    TR B LHO

    O

    AMBIENTE NO TREINAMENTO

    O termo ambiente durante o treinamento refere-se tanto

    composio fsica como atmosfera existente dentro desta com.

    posio. Fisicamente, sempre que possvel, as oficinas de tra

    balho deveriam ser realizadas num teatro bem equipado. Bem

    equipado

    no

    significa um palco sofisticado, mas a rea de tra

    balho deveria ter pelo menos uma resistncia para refletor e um

    sistema de som simples (amplificador, alto-falante e talvez um

    microfone). Se tal composio fsica propiciada, os alunos

    -atores tm oportunidade para desenvolver habilidades que so

    mam a experincia total do teatro: atuar, desenvolver material

    de cena e criar efeitos tcnicos.

    Os exerccios neste manual permitem adaptar objetos, vesti

    mentas, efeitos sonoros e iluminao

    para

    serem utilizados espon

    taneamente durante a soluo de um problema. Os elementos

    necessrios para realizar esses efeitos deveriam estar prontamente

    disponveis para os alunos-atores

    quando

    eles preparam suas

    situaes. Grandes blocos

    de mad

    eira so extremamente teis, uma

    vez que podem ser rapidamente transformados em balces, tronos,

    altares, sofs, ou o que quer que se ja. Um guarda-roupa

    com peas especialmente selecionadas deveria estar mo com

    todos os tipos de chapus (cozinheiro, pol icial, medieval, palhao

    etc.) , mantos capas, lenos de pescoo, e uma ou duas barbas.

    A rea para o som deveria estar equipada com algumas engenhocas

    para cr

    iar

    manualmente efeitos sonoros (sinos

    de

    boi, pedaos de

    PROCEDIMENTO

    S NAS

    OF I

    C

    INAS

    DE TRJ\OALHO

    mudeira compridos e quadrados, latas, correntes, baldes etc.) e

    1ambm algumas gravaes de efeitos sonoros, como partidas de

    automveis, trens, sirenes, vento, tempestade etc. Cada time deve

    'ia escolher um membro para atuar como tcnico e produzir

    qua

    isquer efeitos sonoros e

    de

    luz necessrios durante a impro

    visao (veja Cap.

    8).

    Se,

    por um

    lado, verdade

    que

    o t

    ea

    tro improvisacional,

    na

    sua maior parte, utiliza pouco ou quase nenhum objeto real ou

    lllcmentos de cenrio, por outro lado o jogador que estiver sendo

    1 einado especificamente para esta forma deve manipular objetos

    reais como sugerido

    por

    alguns exerccios

    no

    texto. Aprender

    a us

    ar

    cenrios, roupas, luzes etc., sem maior tempo

    pr

    -a p lane

    jamento, exceto aquele necessrio para est

    ruturar

    suas cenas

    simplesme

    nte

    um

    modo de

    transferir a ao para

    uma outra

    rea

    do teatro - um outro

    cam

    inho para o intuitivo.

    A atmosfera durante as oficinas de trabalho deve sempre ser

    de prazer e relaxamento. Espera-se que os alunos-atores absor

    vam no somente as tcnicas obtidas na experincia de trabalho,

    mas tambm os climas que as acompanham.

    PREPARAO PARA O PROBLEMA

    DE

    ATUAO

    Os

    alunos-atores devem tomar suas prprias decises e com

    por

    seu prprio mundo fsico sobre o probl

    ema que

    lhes dado.

    Es

    ta

    uma da

    s chaves

    para

    este trabalho.

    Os

    jogadores

    cr

    iani

    sua prpria realidade teatral e tornam-se donos de seus destinos ,

    por assim dizer (pelo menos por cinco minutos).

    Uma vez que o professor-diretor ou lder do grupo tenha

    apresentado o problema de atuao, ele se retira e torna-se parte

    do grupo. Ele deve

    ir

    de grupo em grupo durante as primeiras

    sesses, esclarece

    ndo

    o problema e o

    pro

    cedimento sempre que

    necessrio, ajudando cada membro individua

    lm

    ente a at

    in

    gir o

    acordo grupal.

    Na

    Orientao,

    por

    exemplo, mesmo as decises grupais mais

    simples como ouvir em grupo (p. 50) so difceis para serem

    tomadas. Os indi'.4iduos no time lanaro idias uns para os

    outros. Alguns tentaro dizer a todos como fazer . In do de um

    time para outro o professor-diretor ser capaz de auxili-los a

    chegar ao acordo grupal.

    Esse momento pode tambm ser

    usado

    para esclarecer quais

    quer

    incompreenses acerca do

    prob

    lema.

    Na

    primeira sesso, por

    exempl

    o,

    mu itos pergu

    ntar

    o : Co mo eu mostro estar ouvindo?

    O professor

    no

    deve permitir que ningum lhes mostre, e ele

    prprio permanece neutro, pois cada um fisicaliza o ouvir

    atravs de sua prpria estrutura individual , e no deve haver

    chance para imitao. Encoraje-os a simplesmente ouvir . Eles

    logo descobriro que j sabem como ouvir (ou ver ou

    se

    ntir

    o gosto ) .

    O simples acordo gn1pal do primeiro exerccio abrir o

    ca

    minho para situaes mais complicadas nos exerccios mais

    30 IMPROVISAQAO PARA O

    TEATRO

    tOOlL> IM. :N I

    OH NA

    H 0 1 10

    LNA

    8 Oti : T l tAll l \1 ,110 3 1

  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    17/22

    adiantados. Se a base for cuidadosamente colocada, o acordo

    sobre problemas posteriores - tais como lugar (Onde), perso

    nagem (Quem) e atividade (O Qu) - vir mais facilmente com

    cada exerccio.

    Para

    aqueles interessados no desenvolvimento de im

    provisao de cena, este o nico modo de trabalhar. Devido

    natureza dessa forma de arte, a descoberta e o uso do material

    para

    cenas deve emergir a partir do prprio grupo, durante o

    processo de soluo de um problema, junto com todas as tcnicas

    que os alunos-atores estiverem desenvolvendo.

    SENTIDO DE TEMPO

    O problema de atuao deve ser interrompido quando no

    houver mais ao e os jogadores estiverem simplesmente falando

    desnecessariamente, fazendo piada etc. Is to resultado

    de

    no

    estarem mais trabalhando com o problema e no estarem traba

    lhando juntos. A instruo "Um minuto " deixar claro

    para

    os alunos que eles devem terminar

    sua

    cena

    ou

    seu problema.

    Isto, s vezes, acelera a ao, e a

    cena

    pode continuar por mais

    alguns instantes. Quando isto no acontece, necessrio

    ento

    chamar, "Meio minuto ", e algumas vezes ainda pode ser necessrio

    interromper a improvisao imediatamente.

    Nos primeiros trabalhos informe aos alunos que quando se

    diz "Um minuto ", eles devem tentar solucionar o problema

    com

    o qual esto trabalhando dentro daquele tempo. Isto reaviva o

    POC para eles e geralmente acelera a cena simultaneamente, o

    que constitui um excelente ponto a ser levantado

    na

    Avaliao.

    Quando os atores esto trabalhando com o

    POC,

    "Um minuto "

    raramente necessita ser dito. O interesse sobre o que est aconte

    cendo no palco permanece intenso, como num jogo.

    Ch

    amar

    "Um minuto " desenvolve um sentido intuitivo de

    ritmo e tempo nos jogadores. Por esta razo, algumas vezes

    til permitir que o aluno da platia controle o tempo. Quando

    isto feito, deve ser rea lizada uma avaliao grupal sobre

    esse ponto. Na medida em que o grupo desenvolve esse

    se

    ntido

    de

    tempo,

    "Um

    minuto " raramente precisa ser chamado, pois

    os

    jogadores conduzem as cenas aos seus finais necessrios.

    Sentido de tempo

    percepo (sensao) ; uma resposta

    orgnica

    que

    n

    o

    pode ser ensinada

    por

    palestras.

    a habilidade

    de manipular os mltiplos estmulos que ocorrem na cena. o

    anfitrio em harmonia com as necessidades individuais

    de seus

    vrios convidados.

    o cozinheiro colocando um pouquinho disto

    e uma pitada daquilo no guisado. a criana durante o jogo,

    alerta uma para a outra e para o ambiente

    sua volta. conhecer

    a realidade objetiva e estar livre para responder a ela.

    RTULOS

    A oficina de atuao visa o desenvolvimento de relaciona

    mentos, no de informaes.

    De

    forma

    qu

    e o professor-diretor

    dlvc evitar utilizar r

    t

    ulos durante as primeiras sesses. Ma n

    ll nha-sc longe de termos tcnicos como "marcao",. "prpjeo"

    r '. Ao

    invs disto, substitua por frases como "deixe

    -n

    os ver o

    q l ' est acontece

    ndo"

    , "deixe

    -no

    s ouvir

    sua voz"

    etc. Longe

    de

    ' luninar o

    pensa

    mento analtico, evitar rtulos

    os

    libertar, pois

    I

    H mitc ao ator "compartilhar" de seu

    modo

    original;

    impor

    rtulo antes que seu significado orgnico esteja completa

    llll

    ntc compreendido evita a experimentao direta e no h dados

    pura analisar. Por exemplo, s quando "deixe-nos ouvir sua

    vo

    z" o

    r compreendido pelo ator orgnica e dinamicamente, aps

    n

    cscs de uso,

    como

    sendo sua responsabilidade

    para

    com aplutia

    que

    o termo " projeo" deve ser apresentado a ele.

    C) rtulo esttico e impede o processo.

    Em alguns casos, o trabalho contar com alunos-atores com

    l X

    perincia teatral anterior que inicialmente utilizaro a termino

    lo

    gia teatral convencional. Contudo, esses termos desaparecero

    1:radualmente na medida em que o professor-diretor estabelecer

    o vocabulrio comum a ser usado durante o treinamento . Pelo

    fato de

    todo

    o sistema de trabalho estar

    baseado na

    autodesco

    hcrta, deve estar muito claro

    na

    mente do professor-diretor desde

    o incio que a utilizao de rtulos indesejvel.

    EVITAR O COMO

    Desde

    a primeira oficina

    de

    trabalho deve estar claro

    para

    lodos

    que Como

    um problema solucionado deve surgir das

    relaes no palco, como num jogo. Deve acontecer no palco. (Aqui

    c agora ) e

    no

    atravs de qualquer planejamento anterior. _f lanejar

    anteriormente como fazer alguma coisa lana o ator na "representa

    o" e/ou

    dramaturgia, tornando o desenvolvimento daqueles que

    improvisam impossvel e impedindo

    um

    comportamento de p a

    ko

    espontneo. - -

    Quase sempre, um aluno novo

    na

    oficina de trabalho de

    teatro pensa que se espera dele que "desempenhe" . s vezes,

    o prprio lder do grupo est confuso sobre esse ponto e toma

    erroneamente "desempenho" por crescimento (embora em alguns

    casos isto possa ser ver

    dadeiro). Com

    alunos novos, planejar

    anteriormente resulta em falta de jeito e te

    mo

    r; com os talen

    tosos, resulta

    na

    co

    ntinua

    o

    de

    seus

    ve

    lhos

    padres

    de

    t

    rabalh

    o.

    Em ambos os casos, muito pouco aprendido, pois no melhor

    dos casos o aluno con tinua debatendo-se contra velhos quadros

    de referncia e atitudes preestabelecidas.

    Desempenho confundido com aprendizagem, e resultado

    final com processo. Mesmo que a necessidade de espontaneidade

    e o tabu do Corno planejado sejam enfat izados, este ponto

    difcil de ser incorporado e ir requerer constante esclarecimento

    para todo

    s.

    Entretanto,

    quando

    todos entenderem que o

    Como

    mata

    a espontaneidade e impede experincias n

    ovas

    e

    no

    -expe

    riment adas, eles ev

    ita

    ro a repetio consciente de velhas aes,

    32

    lMPROVISAAO PARA O TEATRO

    l'l .OOI:J)lMJ:N"I'OO NAI:I 0

    l 1NA O.

    Jo

    ' I HAIIAJ ,JI ()

    33

  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

    18/22

    dilogos e lugares-comuns, seja de

    programas

    de televiso ou

    de peas em que eles tenham trabalhado anteriormente.

    A comunicao direta evita o Como. Eis por

    que

    na

    Avaliao

    cada

    membro da platia, individualmente, convidado

    a se abrir para essa comunica o. O jogador estabelece a comu

    nicao

    ou no

    estabelece, a platia v ou no v. Ist o esclarece

    o problema do Como, pois o membro da platia no pode

    decidir nos seus termos (interpretao) Como o ator deveria

    ter

    estabelecido. a comunicao.

    Pr-planejar constitui uso

    de

    material velho, mesmo que

    esse material

    tenha

    sido

    criado

    h

    cinco minutos atrs.

    Trabalho

    de ~ a l c o pr-plaJ?-ej.ado resultado de ensaio, mesmo que esse

    ensaio tenha consistido

    de

    alguns segundos de visualizao mental .

    Qualquer grupo

    de

    alunos-atores desiste

    de

    se apegar

    ao Como

    q u a n ~ o reconhece que se quiserem ensaiar e representar, eles

    devenam estar com um grupo fazendo um show e

    no

    um

    treinamento deste tipo. Os no-talentosos, cujo "ensaio" poderia,

    no. m e l ~ o r dos casos,

    causar

    somente um "desempenho" ansioso,

    ev1denc1am um grande sentido

    de

    alvio quando reconhecem

    que

    tudo o que tm a fazer jogar o jogo.

    . O verdadeiro desempenho, abre os jogadores

    para

    experincias

    mais profundas. Quando chega esse momento, aparente para

    todos.

    o momento em que o organismo total trabalha

    com

    sua capacidade mxima aqui e agora Como um raio, o verdadeiro

    desempenho consome

    tudo,

    queimando todas as necessidades

    subjetivas do

    ator

    e criando um momento de grande estimulao

    todo o teatro.

    Quando

    isto ocorre, o aplauso espontneo

    vrra de todos os membros

    do

    grupo.

    O pr-planejamento necessrio at o ponto em que os

    problemas devem ter uma estrutura. A estrutura o

    Onde Quem

    e O Qu, mais o POC. o campo sobre o qual o jogo se 'realiza.

    Coi?o o jogo s e ~ encaminhado s

    pode

    ser conhecido depois que

    os JOgadores esttverem em campo.

    SUGESTES E LEM RETES

    A seguinte lista de sugestes e lembretes tanto para o

    pro

    fessor (ou 'lder do grupo) como para o aluno, deve ser correta

    mente considerada depois

    que

    os exerccios

    tenham

    sido realizados.

    Uma

    rpida

    olhada

    agora alertar a todos, e a lista deve ser

    revista enquanto um grupo est trabalhando com os exerccios.

    J . No apresse os alunos-atores. Alguns alunos necessi

    tam sentir-se

    vontade, sem pressa.

    D

    as instrues calma

    mente, quando necessrio. "No se apresse."

    "Ns

    temos muito

    tempo

    ."

    "Estamos com voc."

    2 . A interpretao e a suposio impedem o

    aluno

    de

    manter uma comunica

    o

    direta. Esta a razo pela qual dizemos

    mostre n

    o

    conte. Contar verbal e uma forma ndireta

    de

    indicar o que est sendo feito. Isto coloc a o trabalho acima

    do pblico ou do companheiro de palco, e o aluno no aprende

    ndn Mostrar significa contato e comunicao direta.

    No

    signi

    apo

    ntar

    passivamente para alguma coisa.

    3. Note que vrios exerccios tm

    var

    iaes sutis. Isto

    1

    1111portante e elas devem ser compreendidas, pois cada variao

    No

    lu

    ciona um problema muito diferente

    para

    o aluno. Cada

    pro

    lr .. sor-diretor ir fazer muitas complementaes prprias

    na

    me

    tl da em que ele prossegue

    com

    seu trabalho.

    4. Repita os problemas em diferentes momentos

    do

    tra

    ha

    lh

    o,

    para

    ver como os alunos-atores trataram o trabalho inicial

    tll

    l

    crcntemente. Isso tambm importante quando as relaes

    1

    om

    o ambiente tornam-se confusas e se perdem os detalhes.

    5 . Como fazemos alguma coisa o processo de fazer

    (aqui

    o agora ). Planejar o Como torna o processo i mpossveL e

    tonstitui uma resistncia

    ao

    Ponto

    de

    Concentrao, e nenhuma

    "exploso" ou espontaneidade pode acontecer, tornando imposs

    vel qualquer mudana ou alterao no aluno-ator. A verdadeira

    improvisao re-forma e altera o aluno-ator pelo prprio ato de

    nprovisar. A penetrao no POC, o

    contato

    direto e o relacio

    namento com outros atores resuJtam numa mudana, alterao

    ou nova compreenso para um, para o outro ou para ambos.

    Durante a soluo

    de

    um problema

    de

    atuao, o aluno se coos

    cientiza de que ele atua e esto atuando sobre ele, criando desse

    modo processo e mudana em sua vida de palco. Essa com

    preenso adquirida permanece com ele no seu dia-a-dia, pois

    qua

    ndo

    um circuito aberto,

    por

    assim dizer, pode ser utilizado

    a qualquer momento.

    6. Sem exceo, todos os exerccios esto terminados no

    momento em que o problema est solucionado. Isto pode acon

    tecer em um minuto ou em vinte, dependendo

    do

    desenvolvimento

    das

    habilidades dos alunos

    que

    estiverem atuando. A soluo

    do problema a fora vital da cena. Continuar

    uma

    cena depois

    que o problema

    tenha

    sido solucionado torna-se

    estria

    ao invs

    de processo.

    7.

    Procure manter sempre um ambiente de trabalho onde

    cada

    um

    possa enontrar sua prpria natureza (incluindo o pro

    fessor ou o lder do grupo) sem imposio. O crescime nto

    natural

    para cada

    um. Certifique-se

    de que

    ningum esteja blo

    queado por um mtodo de tratamento inflexvel.

    8.

    Um

    grupo

    de

    indivduos

    que

    atua,

    entra

    em

    acordo e

    compartilha, cria uma fora e liberao

    de

    conhecimento que

    ultrapassa a contribuio de um nico membro. Isto inclui o

    professor e lder do grupo.

    9 . a energia liberada na soluo do problema que forma

    a cena.

    1O. Se durante as oficinas de trabalho os alunos se

    tornar

    em

    impacientes e estticos, isto sinal

    de

    perigo. So

    ne

    cessrios

    descanso e um novo foco.

    Term

    ine o

    prob

    lema imediatamente

    e utilize algum exerccio simples de aquecimento (com objeto)

    ou

    jogo. Esquea o manual e use qualquer coisa que mantenha

  • 7/23/2019 SPOLIN, Viola. Improvisao para o teatro

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    40

    IMPROVISAQAO

    PARA O

    TEATRO

    l

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    I :OJMI -N'I OII NA.l:l O I

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    O

    41

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    81 . necessrio coragem para penetrar no novo, no

    desconhecido.

    82.

    Os jogos e exerccios so cumulativos. Se os alunos

    no mostram alguma integrao

    de

    exerccios anteriores quando

    trabalham em novos exerccios, as sesses podem estar empurrando

    o trabalho demasiadamente rpido.

    83.

    Quando os jogadores esto sempre alerta e desejosos

    de auxiliar o outro, um sentido de segurana dado a cada

    elemento do elenco. Esse apoio mtuo traz um sentimento de

    bem-estar platia.

    84.

    Qualquer ator que "rouba"

    uma

    cena um ladro.

    85. Um

    grupo que trabalha unido

    no

    teatro improvisaciona

    l,

    sempre comunica num nvel no verbal com inexplicvel habili

    dade e rapidez.

    86.

    Improvisao no troca de informao entre os joga

    dores, comunho.

    87.

    Qualquer jogador que se sente pressionado acerca do

    jogo e participa sozinho, no confia

    em

    seus companheiros.

    88. Muitos s querem reafirmar seu prprio quadro de

    referncia e resistiro

    nova experincia.

    89.

    Os jogadores devem aprender a usar todos os inter

    valos feitos durante a soluo dos problemas para a prpria cena.

    Os intervalos,

    na

    sua maioria, so retiradas momentneas do

    palco e das relaes. Se isto acontecer atravs

    de

    risos, por

    exemplo, o professor-diretor simplesmente orienta, "Use seu riso".

    Isso facilmente entendido pelo ator e ele utiliza a energia e

    o "legaliza" dentro

    da

    cena. Um aluno-ator logo aprende que

    no h intervalos no palco, pois qualquer coisa que acontea

    energia que pode ser canalizada

    para

    a cena.

    90. No palco, o ato de tom r

    por

    parte de um, o ato

    de d r por parte do outro.

    91.

    Todos, incluindo o professor-diretor, so fortalecidos

    e se movem para a ao e liderana quando as "razes" para

    no se fazer alguma coisa

    (ou

    para se fazer) no so aceitveis.

    A simples declarao, "Sempre h

    uma

    razo", evita que os

    alunos verbalizem outras "razes". importante saber que toda

    razo vlida, seja ela socialmente aceitvel

    ou

    no, seja ela,

    na

    verdade "uma av doente"

    ou

    simples perda de tempo, pois

    em todos os casos a "razo" criou o problema atual; seja ele

    um atraso para o ensaio

    ou

    uma discusso entre atores. Quand o

    o ator mais jovem sabe que a nica coisa que importa

    manter

    o jogo andando, e que uma "razo" no seno um estgio

    anterior que impede o jogo de prosseguir, ele est livre da necessi

    dade de ser submisso. As razes tm valor

    para

    ns somente

    quando so uma parte integral de uma situao presente e aju

    dam-nos a compreend-la. Qualquer outra razo imposta.

    um assunto particular e, portanto, intil, exceto por possveis

    razes subjetivas. .

    92. Um objeto s pode ser colocado em movimento atra

    vs

    da

    sua prpria natureza e no responde

    manipulao. Trans-

    I ou nwr ou alterar um objeto requer absoro total sem interfe

    " 11rin. Deixe acontecer Fique de fora

    93. A questo sempre levantada : "A criana mais

    '''

    '"l'.innliva do que o adulto?"

    Na

    verdade, quando o adulto

    llht

    Lndo para

    a experincia, sua contribuio

    para

    a improvisao

    o o

    l 'CIHIS muito maior porque sua experincia de vida

    maior

    1 n1nis variada.

    94

    Ningum conhece o resultado de

    um

    jogo at que

    1

    jogue.

    < 5.

    Sem o outro jogador no

    h

    jogo.

    No

    poderemos

    lu

    lur

    de pegador se no houver ningum

    para

    pegar.

    96.

    A improvisao de cena nunca crescer a

    partir

    da

    1 pnrao artificial de atores pelo sistema de "estrelas". Atores

    11 1111

    habilidades incomuns sero reconhecidos e aplaudidos sem

    c

    Jl

    ll1

    separados de seus companheiros. A harmonia grupal agrada

    platia e traz uma nova dimenso

    para

    o teatro.

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