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SOS TOCCOMO
CONTROLAR O TOC
Prefácio
O Sostoc é um guia de auto-ajuda para as pessoas que sofrem do transtorno obsessivo compulsivo. Inicialmente foi criado um blog e publicado artigos maravilhosos para o controle do toc. Porém, o blog saiu do ar e com ele todos os artigos publicados.Para manter o conteúdo disponível às pessoas que sofrem do toc, foi criado esse e-book: uma coletânea com os 3 artigos publicados no blog.
Por ser um e-book gratuito, é proibida a comercialização desse produto. Compartilhe-o com amigos e familiares. Salve-o no seu celular/tablet/pc ou imprima-o e o mantenha sempre ao seu lado, pois os artigos contidos aqui são de suma importância para um tratamento eficiente do transtorno.
4 ÓTIMAS DICAS PARA VOCÊ SE LIVRAR DOS PENSAMENTOS OBSESSIVOS SOZINHO
IntroduçãoVocê já deve estar cansado e sem alternativas para abafar esses
pensamentos intrusivos que ecoam em sua cabeça o dia todo.
A sua concentração já se encontra comprometida, pois a sua atenção
é dividida entre os pensamentos do TOC e a sua vida.
Ler um texto sem fazer interrupções é bem difícil, já que você
precisa aliviar a tensão gerada por aquela imagem ruim que veio
involuntariamente na sua cabeça.
Sabemos o quão é difícil lidar com esses problemas e quanto é
ineficiente tentar freá-los. Quando tentamos encontrar uma solução
que não seja o medicamento, não obtemos nenhum retorno. Isso
porque não encontramos nenhum conteúdo relevante que nos guie
para o controle efetivo do TOC.
E falando em medicamentos…
Embora tenham demonstrado resultados positivos, submeter-se a
eles só nos torna dependentes dessa solução efêmera.
Os medicamentos não trazem um resultado definitivo, mas
temporário. Por isso a necessidade de um outro tratamento além
dos remédios.
Se você pensou na terapia cognitivo-comportamental, você não está
errado. Porém, convivemos com o transtorno praticamente o dia
todo, e, apesar de sairmos confiante depois de uma consulta, não
levará muito tempo para estarmos presos a um novo loop
angustiante de rituais compulsivos.
Pensando nisso, eu resolvi criar este e-book. Ele é feito por alguém
que possuí o transtorno e que funcionará como um guia prático para
o controle do Transtorno Obsessivo Compulsivo. Em outras palavras,
uma verdadeira Lei Áurea para as pessoas que sofrem do transtorno.
Portando, saiba que você não está sozinho.
Nesse primeiro artigo, irei compartilhar com vocês 4 ótimas dicas
para se livrar dos pensamentos obsessivos do TOC que me ajudam
muito.
Preparado? Então pegue sua agenda e caneta para anotar os tópicos
que serão apresentados e vem comigo!
Continue lendo e aprenda sobre:
Como parar de oferecer os “meios”Como perder a identificação com a menteComo controlar a ansiedade com 2 dicas simplesComo fazer uma meditação que traga resultados imediatos
Ao final do artigo, você já estará lidando com o TOC de um modo diferente, com uma nova forma de pensar e agir.
DICA #1: COMO PARAR DE OFERECER OS “MEIOS”Em média, 150.000 brasileiros são diagnosticados com Transtorno
obsessivo compulsivo por ano. Dentre esses casos, o TOC se
manifesta de diversas formas.
Uma das formas mais cruéis do transtorno e difíceis de tratar são os
pensamentos intrusivos. Isso porque é impossível impedir um
pensamento indesejado, quando só em não querer pensar nele, você
já pensou.
Quer um exemplo?
Faça esse exercício: Não pense em um elefante laranja com bolinhas
azuis.
E aí? Conseguiu não pensar?
Esse tipo de compulsão gera o mesmo problema dos outros casos:
medo e ansiedade.
A nossa mente possui um mecanismo que busca meios para
amenizar este desconforto. Mas para funcionar, esse mecanismo
precisa de energia. E é aqui que encontramos o ponto-chave para
controlar a obsessão compulsiva e os pensamentos invasivos. Se
pararmos de energizar esse instrumento usado pela ansiedade, ele
não funcionará, interrompendo assim o ciclo vicioso dos rituais.
O CICLO PMAR
PENSAMENTO -> MEDO -> ANSIEDADE -> RITUAL (Cíclo reinicia)
Você acabou de pensar em algo horrível e está com medo de que
aquilo aconteça.
Você não vê alternativa a não ser recorrer ao seu amuleto de
proteção. Esse amuleto é o seu único escudo para prevenir que algo
de ruim aconteça com você ou sua família.
Depois de usá-lo você sente uma sensação de alívio e de que se
livrou daquela ideia negativa que veio a sua cabeça. Se não tivesse
usado o seu amuleto, uma hora ou outra, aquele vislumbre horrível
que veio na sua mente poderia acontecer. Certo?
Por que pensamentos aquilo? Por que insistimos em pensar aquilo
mesmo quando não queremos?
Em um dia, salvo as horas que estamos dormindo, passa pela nossa
cabeça milhares de pensamentos. Alguns bons e outros ruins.
Em indivíduos que não têm TOC, o pensamento ruim é catalisado e
não recebe muita atenção.
Já no indivíduo que sofre com o TOC, o catalisador parece que foi
desligado e o pensamento ruim recebe TODA A ATENÇÃO DO
MUNDO.
Por quê?
A resposta é simples. Nós temos medo daquele pensamento e
queremos nos livrar dele O QUANTO ANTES.
Vale sinalizar que os pensamentos negativos e compulsivos também
são rituais acionados pela mente para minimizar a ansiedade.
(Paradoxo)
Em uma das cenas do filme “Depois da Terra” o protagonista
principal interpretado pelo Will Smith passa a seguinte ideia:
ERRADO!
Isso só poderia ser possível em algum filme de ficção científica. Mas,
felizmente, não estamos em um filme, e esse tipo de coisa não
acontece no mundo real.
Os rituais são apenas paliativos usados pela nossa mente. Portanto,
recorrer a eles não irá preveni-lo de nada.
Irei explicar melhor…
Você reparou na ordem lógica e como ocorreu o exemplo que citei
logo acima?
Ele segue o ciclo do PMAR.
Vejamos a seguir.
PENSAMENTO E MEDO
“Você acabou de pensar em algo horrível e está com medo de que
aquilo aconteça.”
Nesse momento já é possível identificarmos as duas primeiras etapas
do ciclo PMAR: Pensamento e Medo.
nem sempre você é o que você pensa e nada acontece devido ao
que pensamos. Não temos esse poder.
ANSIEDADE
Continuando o próximo trecho do exemplo:
“Você não vê alternativa a não ser recorrer ao seu amuleto de
proteção. Esse amuleto é o seu único escudo para prevenir que algo
de ruim aconteça com você ou sua família.”
Nesse momento nós já estamos ansiosos, pois é a ansiedade que nos
força a buscar essas saídas para reduzir a tensão.
Percebemos que estamos ansiosos quando a nossa respiração está
irregular, ou quando recorremos a rituais simples para amenizar a
aflição, como:
• Roer as unhas
• Morder os lábios
• Mexer na cabelo
“O medo não é real. É um produto de ideias que você cria. Entenda
bem, perigo é real. Mas o medo é uma escolha.”
As coisas que imaginamos para o amanhã não existem. Aliás, muitas
das coisas que imaginamos não existem. A única coisa que existe
neste exato momento é o AGORA.
Examine seus pensamentos involuntários. Há alguma prova que
garanta que eles são verdadeiros?
Você perceberá que não, pois você já passou por isso muitas vezes e
nada acontece.
É errado pensar que podemos controlar tudo em nossa volta.
Estamos a mercê de qualquer coisa, e você precisa ACEITAR isso.
Quando lutamos e resistimos aos pensamentos estamos
prolongando o sofrimento e intensificando o desconforto. Se
aceitarmos aquele estado e ignorarmos as obsessões, passamos a
fluir junto aos pensamentos e regressamos ao equilíbrio do corpo e
da mente.
Entenda que esses pensamentos que surgem em sua cabeça são
frutos do transtorno obsessivo compulsivo e não de você. Portanto,
Lembra do mecanismo que eu citei no início dessa dica? É nesse
momento que ele aparece.
Eu sei que é fácil falar e na prática é muito mais difícil interromper os
rituais. Mas saiba que a intensidade do seu desejo em aliviar a
tensão é o que dificulta o processo de controle.
Se não interrompermos logo o ritual, ele fixará em nossa cabeça e se
tornará uma “mania”, assim como aquelas músicas que grudam em
nossa mente como chiclete. Quando você menos espera, você está
cantando.
Se você estiver com este tipo de problema, seu desafio será grande,
pois ele exige um nível de tolerância maior.
Uma boa dica que eu dou para evitar os rituais é parar por um
instante e tentar entender como aquela ação pode evitar que algo
aconteça. Você verá que na verdade ela não faz sentido e que todo
este esforço de energia está sendo usado à toa.
SIM! Você está gastando energia física e mental à toa.
Portanto, você deve parar de buscar esses alívios momentâneos, e
aceitar a incerteza, porque esses amuletos não estão te ajudando,
pelo contrário, estão te prejudicando.
No caso do TOC, o medo gera a ansiedade que por sua vez cria um
sentido de urgência, exigindo uma resposta imediata da mente. Por
algum motivo não sabemos lidar com isso e acabamos sobre a
esteira do ciclo compulsivo.
Eis então o nosso primeiro gargalo: Nossa incapacidade de tolerar
altos níveis de ansiedade.
Portanto, quando tiver o pensamento ruim e sentir a necessidade de
recorrer a alguma ação, simplesmente tolere a ansiedade e não faça
nada. Desse modo o ciclo PMAR é interrompido e com o tempo os
pensamentos desaparecem gradativamente.
Existem algumas técnicas que você pode usar para isso.
Continue lendo para descobrir.
RITUAL
Vamos para a última etapa do ciclo PMAR:
“Depois de usá-lo você sente uma sensação de alívio e de que se
livrou daquela ideia negativa que veio a sua cabeça. Se não tivesse
usado o seu amuleto, uma hora ou outra, aquele vislumbre horrível
que veio a sua mente poderia acontecer.”
DICA #2: COMO PERDER A IDENTIFICAÇÃO COM A MENTE
Estamos tão identificados com a mente que nem percebemos que
somos seus escravos.
Sim, somos escravos da nossa própria mente. Escravos dos nossos
próprios pensamentos.
A nossa mente fala, julga, especula e imagina sempre as coisas indo
mal e com resultados desfavoráveis. Esse último caso é o que de
chamamos de preocupação.
Você deve estar imaginando: “Mas a mente é o que somos, faz parte
de nós. Sempre estaremos identificados com ela.”
Pois é, em partes você tem razão.
De fato somos a nossa mente, mas o que quero lhe dizer aqui é que
perdemos a nossa verdadeira identidade quando, ao invés de usar a
nossa mente, deixamos ela nos usar.
Quando percebemos que não somos o autor dos pensamentos
negativos, descobrimos que existe um ser profundo, o nosso
verdadeiro EU, que está coberto pelo manto da mente.
O ruído mental incessante nos bloqueia de sentir esta serenidade
interior. Isso faz com que a mente crie uma falsa identidade que
projeta uma sombra de medo e sofrimento sobre nós.
Mas como perder essa “identificação” com a mente?
Simples! Seguindo essas 2 dicas:
• Aceitar o incerto;
• Observar o “pensador”.
Vamos nos debruçar um pouco sobre elas.
ACEITAR O INCERTO
“A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta”
Buddha
Uma mente dominada pelo TOC não consegue aceitar o incerto.
Estamos a todo momento tentando escrever o nosso destino e
testemunha.
Você logo perceberá que não está mais identificado com a mente.
Agora você está no controle.
Quando você ouve um pensamento, você está mais consciente de
você mesmo. Eckhart Tolle, famoso conselheiro e mestre espiritual,
chama esse processo de “Observar o pensador” e explica que
quando fazemos isso ativamos uma nova dimensão da consciência.
Ele ainda afirma:
“O pensamento, então, perde o poder que exerce sobre você e se
afasta rapidamente, porque a mente não está mais recebendo a
energia gerada pela sua identificação com ela. Esse é o começo do
fim do pensamento involuntário e compulsivo.”
fugindo do imprevisível. Um exemplo é quando realizamos algum
ritual compulsivo com medo de sofrer alguma catástrofe.
Não suportamos a ideia de que algo de ruim possa nos acontecer e
tentamos forjar previsões apoiadas em ações deliberadas
Aliás, estamos o tempo todo “prevendo” acontecimentos e situações
e isso só serve para nos sufocar e causar ansiedade.
É preciso permitir as coisas serem como são. Quando fazemos isso
somos transportados para além da mente, com seus padrões de
resistência, medo e tensão. Isso é um aspecto fundamental do
perdão.
Aceitar aquilo que acontece nos liberta na mesma hora do domínio
da mente e restabelece a nossa conexão com o nosso SER profundo.
OBSERVAR O “PENSADOR”
Vamos fazer um exercício neste exato momento.
Dê um passo para trás de seus pensamentos e observe os padrões
repetitivos de palavras, frases, e a trilha sonora obsessiva do TOC.
Não julgue ou condene os pensamentos, pois se fazer isso, você
voltará ao padrão do transtorno. Esteja apenas presente, como uma
DICA#3: COMO CONTROLAR A ANSIEDADE COM 2 DICAS SIMPLES
Chegamos a uma parte bem prática do nosso artigo.
Esta seção é tão importante para o tratamento do TOC que em breve
irei publicar um artigo somente sobre como controlar a ansiedade.
Por enquanto, nos detenhamos nestas 2 dicas simples, porém
poderosas e que trarão ótimos resultados para você.
COMO CONTROLAR A RESPIRAÇÃO
O processo de controle começa pela respiração, pois esse é um dos
fatores chaves relacionados à ansiedade.
Quando estamos ansiosos nossa respiração tende a ficar irregular.
Este fluxo desequilibrado de inspiração-expiração pode atrapalhar a
correta oxigenação do cérebro, prejudicando até nossa capacidade
de decisão.
Existe várias dicas de como podemos controlar nossa respiração e
e quase todas se mostram eficientes. Porém, existe uma dica simples
que você pode usar sempre que estiver com um alto nível de
ansiedade, veja:
Comece fechando seus olhos. Respire lentamente, inspirando pouco
ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Sinta a
expansão abdominal de forma lenta e suave. Não force o movimento
expandir-contrair do diafragma, apenas observe o movimento
enquanto respira.
Em questão de segundos sua respiração já estará normal e o
sentimento de aflição gerado pela ansiedade começará a
desaparecer.
Durante esse processo os pensamentos ainda irão surgir em sua
mente, e é importante manter o foco na respiração. Aos poucos você
dará menos importância a eles e mais importância ao controle.
SUPORTE A ANSIEDADE
Chegamos a um dos maiores obstáculos no processo de controle do
TOC.
Talvez a ansiedade seja o grande maestro dos seus pensamentos
pensamentos obsessivos. Ela reativa o seu ciclo PMAR através de um
paradoxo: Ela quer que você se livre dela. Mas ao tentar fazer isso,
você reforça a sua presença.
É tentador recorrer a algum ritual para amenizar o sentimento de
culpa gerado pelos pensamentos ruins, mas se você quiser controlar
o transtorno, tem que aprender a lidar com esse sentimento. A
suportá-lo.
Suportar a ansiedade é a porta de saída deste estado de agonia,
medo e preocupação.
Mas não pense que suportar a ansiedade significa evitar com todas
as suas forças um pensamento ou um ritual. Você não deve gastar
energia nesse processo. Ele tem que fluir naturalmente.
DICA #4: COMO FAZER UMA MEDITAÇÃO QUE TRAGA RESULTADOS IMEDIATOS
A meditação é uma técnica milenar usada por diversos povos e
culturas. Porém, é muito comum ouvirmos esse termo na religião
budista, inclusive ao depararmos com essa palavra sempre nos vem
à cabeça a figura de um monge sentado, de pernas cruzadas, em
uma profunda concentração.
Quem conhece um pouco sobre a meditação já deve imaginar como
essa prática pode ajudar no tratamento do TOC.
São inúmeros os benefícios da meditação, entre os quais:
• Abaixa a pressão sanguínea;
• Diminui qualquer tensão relacionada com a dor, como dores de
cabeça, úlcera, insônia, dores musculares e problemas nas
articulações;
• Acalma a mente;
• Equilibra as emoções
• Diminui a ansiedade, o estresse e a depressão;
• Aumentar a criatividade;
• Aumentar a alegria;
• Aumenta a concentração e o foco;
• Dorme melhor.
A meditação é o melhor remédio para abafar o barulho incessante
dos pensamentos obsessivos.
Portanto, se você quer de uma vez por todas controlar o TOC e fazer
ruir o domínio que esse transtorno tem sobre a sua vida, inclua a
meditação em sua rotina diária e siga esses 5 passos para fazer uma
meditação que traga resultados imediatos:
• Encontre um local adequado
• Mantenha a coluna reta
• Foque em sua respiração
• Observe sem julgar
ENCONTRE UM LOCAL ADEQUADO
Feche seus olhos e comece a respirar calmamente. Coloque sua
consciência em sua respiração. Sinta o ar entrando e perceba o
caminho por ele percorrido desde sua narina até a barriga. Imagine
que ao expirar, você está eliminando todas as toxinas da mente,
inclusive os pensamentos ruins e o campo negativo gerado pelo TOC.
OBSERVE SEM JULGAR
Para meditar é preciso esvaziar a mente, e talvez esta seja a etapa
que você encontre mais dificuldade.
É comum deixarmos a mente vagando enquanto meditamos. Os
nossos pensamentos são como macaquinhos que pulam de galho em
galho. Sempre estamos pensando em alguma coisa.
Por isso é muito importante você interromper os pensamentos que
surgirem em sua cabeça enquanto você medita.
No budismo e hinduísmo usa-se muito um mantra para manter o
estado de meditação. Normalmente é uma vibração sonora ou uma
música (existe músicas próprias para meditação e você pode
encontrá-las no Youtube).
Um exemplo de mantra é o “Aaummmmm…” emitido com a boca.
Meditar requer foco e disciplina.
Logo, encontre um local livre de distrações que você sabe que
ninguém irá interrompê-lo. Pode ser no seu quarto, quintal ou até
numa praça. O importante é encontrar um local tranquilo e
agradável.
MANTENHA A COLUNA RETA
Antes de iniciar a meditação, é importante você ajustar a sua coluna
para que ela fique reta e confortável. Assim você evita dores nas
costas e outros desconfortos.
Contudo, não precisa necessariamente sentar no chão e cruzar as
pernas. Você pode meditar sentado numa cadeira ou até mesmo no
sofá, desde que a sua coluna esteja perfeitamente alinhada. Isso
pode ser possível com a ajuda de algumas almofadas.
FOQUE EM SUA RESPIRAÇÃO
Depois de ter escolhido o melhor local e já com a postura adequada,
vamos iniciar a meditação.
retorne ao artigo e releia todas as dicas.
Lembre-se: O Toc é um transtorno que exige um tratamento
contínuo.
Portanto, recomendo muito você usar essa técnica, assim, quando os
pensamentos surgirem enquanto você medita, você pode
interrompê-lo usando o seu mantra.
AGORA TUDO DEPENDE DE VOCÊ!Vamos nos lembrar das dicas citadas neste artigo?
Precisamos:
• Parar de oferecer os “meios”
• Perder a identificação com a mente
• Controlar a ansiedade
• Fazer meditação
Se você seguir a risca todas as dicas citadas neste artigo com certeza
você será capaz de se livrar dos pensamentos obsessivos que tanto
te incomodam.
Anote esses tópicos em sua agenda ou celular e sempre que precisar
GATILHOS MENTAIS: COMO DOMINÁ-LOS
INTRODUÇÃO
Você já passou por esta situação?
Deixar de fazer algo importante com receio do que poderia
acontecer logo em seguida? Ou fugir de certos lugares simplesmente
por medo de algo que você imaginou?
Você até tem vontade de enfrentar os seus medos e se provar
corajoso de uma vez por todas. Aliás, o seu maior anseio é se livrar
dessa barreira psicológica que te impede de ter uma vida normal e
feliz.
Mas você tem medo de sofrer.
Tem medo de sofrer ao adentrar aquele local. Tem medo de sofrer
porque nada é garantido e mesmo que todos dizem o contrário, há
algo em você que não se convence. Tem medo de sofrer por ser
incapaz de manter a confiança em enfrentar o seu maior vilão.
E acima de tudo
Ninguém entende o que você sente. Ninguém entende o que você
está passando. E nada do que dizem ou mostrem é capaz de te
ajudar.
Então, o medo parece não desistir de você
Tudo que você tenta é ineficaz. Parece que o TOC lhe dominou de tal
forma que você tem a impressão de que aquilo é algo que você terá
de carregar por toda a sua vida: o medo crônico e a incapacidade de
se tornar uma pessoa totalmente livre e em paz consigo mesmo.
Há uma luz no fim do túnel?
Em nosso primeiro artigo compartilhamos 4 maravilhosas dicas para
você se livrar dos pensamentos obsessivos, introduzindo com
maestria uma nova maneira de pensar acerca do TOC.
O transtorno obsessivo compulsivo nos leva a ver as coisas de uma
perspectiva diferente, impura e corrompida. Por isso a necessidade
de interpretarmos o problema através de um novo ângulo.
Dessa vez iremos discorrer sobre os gatilhos mentais que alimentam
o ciclo PMAR – discutimos esse ciclo em nosso primeiro artigo, clique
aqui para saber mais.
Algumas pessoas até os percebem, mas a maioria é influenciada
inconscientemente por esses gatilhos.
Não é uma tarefa fácil, mas neste artigo você aprenderá a conter
esses gatilhos mentais e não ser mais influenciado por eles.
Continue lendo para saber mais sobre:
• O que são os gatilhos mentais
• Como surgem
• Como funcionam
• Por que são os nossos grandes inimigos
• 3 dicas para dominar os gatilhos mentais
Ao final deste artigo, você já será capaz de identificar os gatilhos
mentais que provocam ansiedade e terá as informações necessárias
para lidar com eles.
O QUE SÃO OS GATILHOS MENTAIS
Todo ato compulsivo é iniciado através de uma imagem, som ou
pensamento.
Lembra do ciclo PMAR? Ele precisa ser estimulado em algum
momento para que possa funcionar.
É lamentável, mas qualquer fase do ciclo (Pensamento, medo,
ansiedade ou Ritual) se for estimulado pode acioná-lo. E eu já citei
no primeiro artigo um dos estímulos que despertam o ciclo.
Por exemplo, uma pessoa que tem o TOC relacionado à
contaminação precisa ser instigada por um contato físico com
alguém para recorrer aos atos compulsivos. Ou uma pessoa que tem
obsessão em lavar as mãos precisa tocar em algo “suspeito” como
uma maçaneta para iniciar o seu ciclo PMAR. Até eventos ou
decisões que você considera importantes podem se tornar gatilhos
mentais.
São esses gatilhos os combustíveis que dão força as compulsões. E
por se originarem em seu subconsciente é difícil fazer uma
racionalização do gatilho no momento em que ele surge.
Isso acontece porque normalmente tomamos decisões automáticas
quando nos habituamos a elas. Um exemplo é o nosso caminhar:
quando estamos andando o nosso cérebro assume o controle e
coordena todo um fluxo de movimentos que vão desde as
articulações dos ossos até os músculos da perna.
Isso é o subconsciente fazendo o seu trabalho.
Sabe por que às vezes você se pega refazendo um mesmo ritual que
já tinha conseguido parar por ter aceitado o medo e suportado a
ansiedade? É porque aquilo foi feito tantas vezes que acabou se
tornando um mau hábito que se fixou no seu subconsciente.
Mas fique tranquilo, se você continuar aceitando o medo e
suportando a ansiedade, essas situações serão temporárias.
COMO SURGEM
Os gatilhos mentais podem surgir de repente ou minuciosamente
durante o ciclo PMAR. No segundo caso, eles vão explorando
espaços em seu subconsciente até se encontrar com o medo.
Inclusive, o medo e os gatilhos mentais andam de mãos dadas.
Mas espera ai, você não disse que são os gatilhos mentais que
alimentam o ciclo PMAR?
Sim. Mas o ciclo PMAR também ajuda a criar novos gatilhos mentais.
Entenda bem, os gatilhos mentais ALIMENTAM o ciclo, mas não são
eles que o CRIAM. Assim, os gatilhos mentais só aparecem quando o
ciclo já foi criado.
Já os ciclos PMARs são formados lentamente por uma série de
fatores que envolvem comportamentos repetidos.
Sim, quando você está fazendo um novo ato compulsivo está
lapidando uma nova forma de ciclo PMAR. Logo, quanto antes você
evitar um novo ato compulsivo, mais fácil será se livrar dele.
Você já começou a identificar os seus gatilhos mentais?
Ótimo! Continue lendo o artigo para saber identificar os gatilhos de
todos os seus transtornos.
COMO FUNCIONAM
Vamos nos comparar a um isqueiro (eu sei, é bem estranho, mas
vamos fazer esta analogia para fins didáticos).
Para criar a chama, é preciso rodar a engrenagem de aço do
isqueiro, que ao entrar em atrito com uma liga metálica composta
por ferro e cério, produzirá faíscas. Essas faíscas encontram-se então
com o gás que sai pela válvula, criando uma chama.
O que acontece conosco é muito semelhante.
A engrenagem de aço é o gatilho mental, a faísca é o medo e o gás
liberado pela válvula é a ansiedade. E pronto! Você está em chamas,
ansioso e totalmente desesperado.
Saiba que um dos motivos que fazem muitas pessoas viverem neste
estado intenso de aflição é a falta de consciência dos seus gatilhos.
OS GRANDES INIMIGOS DO CONTROLE DO TOC
No primeiro artigo do SOS Toc falamos sobre como controlar o
transtorno obsessivo compulsivo. São dicas realmente fantásticas
que ajudam muito no tratamento do transtorno
Porém, se os seus gatilhos mentais não forem identificados e
dominados, o seu controle do Toc estará comprometido.
Isso porque os gatilhos:
• Provocam ansiedade e medo
• Alimentam o ciclo PMAR
• Influencia na criação de “manias”
• Instalam um mau hábito em sua mente, favorecendo o
aparecimento de outros gatilhos
Portanto, é impossível fazer um tratamento efetivo do problema
enquanto a engrenagem estiver produzindo faíscas.
3 DICAS PARA DOMINAR OS GATILHOS MENTAIS
“Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete
comido com ansiedade.” – Esopo
Como eu já disse, é difícil avaliar um gatilho mental antes que você
sinta os efeitos da ansiedade gerada por ele.
Porém, com prática é possível identificá-lo e dominá-lo antes que
eles ativem o ciclo PMAR.
Para tanto, conheça esses 3 ótimos passos para você dominar os
seus gatilhos mentais:
• Reconhecimento
• Racionalização
• Resistência
• Vamos nos debruçar um pouco sobre eles.
RECONHECIMENTO
Você já identificou algum dos seus gatilhos mentais?
Alguns gatilhos são bem nítidos quando aparecem, outros precisam
de uma interpretação mais profunda.
Para reconhecer os seus gatilhos mentais é preciso que você:
• Reflita sobre o seu transtorno
• Identifique o tipo de medo envolvido
• Descubra a causa desse medo
• Associe a causa ao momento que o ciclo PMAR é acionado
REFLITA SOBRE O SEU TRANSTORNO
Interrompa neste momento o seu fluxo de pensamentos e examine o
seu transtorno obsessivo compulsivo. Use o ciclo PMAR como
referência e discorra sobre cada etapa, seguindo esta ordem:
Após a análise introspectiva você já terá a noção da faísca que lhe
provoca sofrimento.
Observe este medo. Compreenda-o em sua totalidade e faça as
seguintes perguntas:
Por que ele existe?
Por que eu o sinto?
Ele é real?
Qual a probabilidade dele se tornar real?
Como ele está me impedindo de ser feliz?
Lembre-se: O medo não é real, é uma escolha
DESCUBRA A CAUSA DO MEDO
O que te levou a sentir medo?
Vasculhe em sua memória o fator gerador dessa sensação de receio
e impotência.
• Ritual
• Ansiedade
• Medo
• Pensamentos
Fazer essa análise introspectiva já proporciona um novo nível de
consciência e uma sensível diluição do ciclo.
Isso porque a reflexão gera insights sobre o seu comportamento
obsessivo, despertando-lhe do sofrimento provocado pelo
transtorno e lhe ajudando a perceber a insignificância daqueles atos
compulsivos.
Esta lucidez, ainda, é capaz de fazê-lo perceber que estava
encarcerado na sua própria mente, uma espécie de prisão com uma
janela que lhe permite ver apenas o futuro, e assim, viver somente
em função dele.
IDENTIFIQUE O TIPO DE MEDO ENVOLVIDO
É preciso estar em um estado de serenidade, onde não há
sentimentos de aflição, agonia ou medo. Esse estado é alcançado
quando você realiza meditação, ou segue as dicas citadas em nosso
primeiro artigo.
Outra dica muito interessante é ir para um local onde não tenha
muita interferência urbana. De preferência um local em que você
tenha contato com a natureza.
Quando você avaliar os gatilhos mentais perceberá o quão é
dominado por eles. Além de perceber o desperdício de energia
usada recorrendo a ações compulsivas que não irão ajudar você em
nada, somente causar dor e sofrimento.
Isole os gatilhos do seu medo e verá que eles não têm nenhum
significado, haja vista que são apenas eventos comuns que acontece
com todas as pessoas do mundo. O problema é a importância que a
sua mente dá para esses gestos triviais, condicionando-lhe a seguir
um roteiro rígido de repetições e rituais.
Portanto, é preciso adotar uma postura diferente que lhe permita
fazer uma nova interpretação de todo o ciclo do Toc. Inclusive parar
de responder aos gatilhos.
Continue lendo e descubra como parar de respondê-los.
ASSOCIE A CAUSA DO MEDO AO MOMENTO QUE O CICLO
PMAR SE INICIA
Tente relacionar o início do seu ciclo PMAR com a causa do seu
medo.
Como eles se conectam?
Assim que você obter essas respostas, você identificará quais são os
seus gatilhos mentais latentes. Tendo consciência disso, você estará
apto a dominá-los definitivamente.
Está curtindo o artigo? Então inscreva seu email em nossa newsletter
para receber mais dicas e informações para o controle o toc!
RACIONALIZAÇÃO
Quando você já estiver consciente dos seus gatilhos mentais será a
hora de refletir sobre eles.
É importante sinalizar que essa racionalização dos gatilhos só será
poderosa se você não estiver ansioso ou sob o ciclo PMAR.
Comece regulando a sua respiração, ajustando o equilíbrio da
inspiração-aspiração. Sinta o ar entrando em suas narinas e o seu
diafragma inflando.
Você precisará ignorar os pensamentos intrusivos que surgirão em
sua cabeça. Para tanto, por mais horríveis que eles sejam, não dê
importância a eles. Tenha consciência que é o transtorno que está te
induzindo a isso, e que esses pensamentos não fazem parte de você.
Você não pode recorrer aos rituais, do contrário você só estará
alimentando a presença da aflição.
Com a respiração regulada e ansiedade controlada, vamos ao
segundo passo.
#2 – RELAXE. ADOTE UMA POSTURA DE SERENIDADE
“Não procure caminhos. Se torne o caminho” – Buddha
Quando conseguir se acalmar, fique feliz. Você conseguiu se livrar do
domínio da mente e do ciclo PMAR.
Olhe ao seu redor e observe os objetos que estão neste espaço sem
RESISTÊNCIA
Quando o gatilho é acionado, automaticamente você fica ansioso.
Isso é evidente, pois você se condicionou a responder dessa forma.
Sendo assim, para criar resistência a todos os seus gatilhos e parar
de responder-lhes através do ciclo PMAR, é preciso seguir estas
etapas:
• Acalme-se. Comece pelo controle da ansiedade
• Adote uma postura de serenidade
• Não responda aos gatilhos.
#1- ACALME-SE. COMECE PELO CONTROLE DA ANSIEDADE
Após o gatilho ser acionado, você será impulsionado a percorrer as 4
etapas do ciclo PMAR, começando pelo pensamento, depois o medo,
ansiedade e ritual.
O ciclo acontece em tamanha velocidade que antes que perceba
você já estará quase na última fase.
Então antes de tomar qualquer ação, acalme-se!
eles.
No meio desse processo você sentirá o desejo de recorrer ao ciclo
compulsivo para se livrar do desconforto que eventualmente
aparecerá. Entretanto, lembre-se sempre de respirar regularmente e
evitar ficar ansioso, pois o seu controle depende disso.
CONCLUSÃO
Que maravilha…
Praticando estas dicas todos os dias, você educará a sua mente para
funcionar corretamente, sem transtornos, sofrimento e medo.
Vamos relembrar as dicas:
• Reconheça seus gatilhos mentais
• Racionalize sobre eles
• Crie resistência
Com o tempo você terá vencido o transtorno e será uma pessoa mais
fazer julgamentos. Somente sinta a sua presença e a deles.
Perceba o AGORA, tendo consciência de que o futuro e o passado
não existem. Assim, você verá que a única coisa que realmente
importa é o presente, pois é nele que você está vivendo neste
momento, ou seja, ele é a sua realidade, e não o amanhã.
Sinta a paz…
Esqueça a ideia de que a paz depende das circunstâncias que o
rodeia, pelo contrário, todas as pessoas carregaram paz dentro de si
e são capazes de senti-la.
Porém, para acessá-la é preciso primeiro deixar de se identificar com
a mente.
Quando você deixa de ser refém de seus pensamentos,
gradualmente sentirá a existência de paz.
#3 – NÃO RESPONDA AOS GATILHOS
Quando você aprender a alcançar o estado de serenidade, pode o
fazer sempre que surgir um gatilho.
Dessa forma, você será capaz de ignorá-los e não responder mais a
forte intelectualmente, emocionalmente e espiritualmente.
Portanto sorria…
Coloque sua atenção nas coisas simples da vida, como observar os
pássaros voando no céu, o silêncio entre os barulhos urbanos, e
durante a noite olhe para as estrelas e imagine a imensidão do
universo. Sinta a sua presença no espaço e reflita sobre o seu
propósito de vida.
COMO A ANSIEDADE PODE SER VENCIDA ATRAVÉS DO AGORA
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 33% da população
mundial sofre de ansiedade, o que equivale a cerca de 2,31 bilhões
de pessoas. De fato, é um número bem assustador.
E se você está lendo este artigo e não sofre de TOC, é porque
provavelmente você enfrenta algum outro problema relacionado à
ansiedade ou conhece alguém ansioso. Correto?!
A ansiedade tem sido bastante estudada nestas últimas décadas.
Aliás, nunca houve tantos estudos científicos acerca desse tema
como há hoje.
Entretanto, apesar dela provocar sérios transtornos e problemas em
nossa vida, ela também tem o seu lado positivo e benéfico.
Por exemplo: A ansiedade gerada pelo medo de ser assaltado
convece uma pessoa a evitar certos lugares ou horários quando
estiver caminhando na rua.
Este estado de ansiedade provoca um sentido de urgência e estimula
estimula a ação imediata como forma de resposta a este
desconforto.
Contanto, a ansiedade passa a ser um problema quando ultrapassa a
dosagem essencial para um indivíduo. Esse desequilíbrio, então,
provoca muitos transtornos que assolam as pessoas ansiosas.
Com o intuito de buscar soluções para esse problema, as pesquisas
científicas têm produzido resultados promissores, fazendo surgir
remédios que lidam com transtornos cada vez mais específicos. Sem
falar dos recentes tratamentos desenvolvidos por especialistas que
estudam sobre o tema.
Porém, longe do campo científico, e somente utilizando conceitos
espirituais baseados em religiões como o cristianismo, budismo e
taoismo, o mestre espiritual Eckart Tolle vem ensinado muitas
pessoas a solucionarem seus transtornos psicológicos com simples
ideias que são capazes de transformar sentimentos negativos em
sentimentos positivos.
E, a fim de compartilhar as principais ideias desse guru espiritual,
trago neste artigo os principais pensamentos de Eckart Tolle sobre
como o poder do AGORA pode nos ajudar a lidar com a ansiedade e
a ter uma vida mais amena, positiva e espiritualmente próspera.
Neste artigo você verá as seguintes ideias:
#1 – O MOMENTO PRESENTE É A ÚNICA COISA QUE EXISTE
#2 – NÃO CRIE MAIS SOFRIMENTO NO PRESENTE
#3 – O SILÊNCIO SE ENCONTRA NO AGORA
Portanto, continue lendo para entender e aplicar esses pensamentos
em sua vida e, assim, ter um bom arsenal para lidar com a
ansiedade.
#1 – O MOMENTO PRESENTE É A ÚNICA COISA QUE EXISTE – VENCENDO A ANSIEDADE
“As pessoas não percebem que Agora é tudo o que é, não existe
passado ou futuro exceto como uma memória ou antecipação em
nossas mentes” (Eckhart Tolle).
Esse pensamento já foi bem discutido nos dois últimos artigos
publicados aqui no SOS Toc – os quais você pode acessar aqui e aqui.
De fato, é umas das ideias principais que Eckhart prega em seu livro
“O Poder do Agora” e foi a que mais me marcou.
Existir no AGORA é contemplar os objetos ao seu redor sem fazer
julgamentos. É apreciar as cores da parede da sua casa, sentir a
textura da mesa de jantar e observar o silêncio em meio aos ruídos.
Quando dedicamos total atenção ao AGORA, desenvolvemos um
novo nível de consciência que vai além da mente. Isso nos desassocia
dos padrões de pensamentos criados por ela e automaticamente nos
desconecta da dimensão do tempo – como o “ontem” e o “amanhã”,
ideias que só existem em nossa memória e imaginação,
respectivamente.
O AGORA é atemporal, isto é, ele não é algo que aconteceu ou irá
acontecer, não tem duração, nem início ou fim. O AGORA sempre
será o momento presente. Pode até parecer um absurdo, mas
dificilmente as pessoas estão presentes no AGORA. E isso tem sido
uma das causas de tantos conflitos na humanidade.
“Você alguma vez vivenciou, realizou, pensou ou sentiu alguma
coisa fora do Agora? Acha que conseguirá algum dia? É possível
alguma coisa acontecer ou ser fora do Agora? A resposta é óbvia,
não é mesmo?” (Eckart Tolle)
Há momentos em que estamos tão mergulhados em nossa mente
que parece que estamos tomando decisões lá no futuro.
Tal fato acontece porque a nossa mente é como uma espécie de
espiral, quanto mais energia você deposita nela, mais adentro você
entra, de forma que as suas decisões passam a ignorar o lado de
fora.
lembrança é apenas um traço de memória, armazenado na mente,
de um AGORA que já aconteceu. Logo, o passado é um AGORA
anterior, cuja veracidade é comprovada pelo registro que ficou em
sua mente.
“Quando nos lembramos do passado, reativamos um traço da
memória, e fazemos isso Agora.” (Eckart Tolle)
Já o futuro é um AGORA projetado, com base em ideias formuladas
pela própria mente, sempre temperado com fortes emoções. A
ansiedade é o tempero mais picante e o que mais influência no sabor
final desta ilusão.
As pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade incorporam no
AGORA esse futuro inventado e antecipam emoções como medo,
angústia e pavor. Elas deixam que esses sentimentos manipulem
seus pensamentos, inibindo a autoestima, o otimismo e até a razão.
“Quando o futuro acontece, acontece como sendo o Agora. Quando
pensamos sobre o futuro, fazemos isso no Agora.” (Eckart Tolle)
Repare nestas palavras que usei:
“Lá no futuro”.
Isso é um típico pensamento que exemplifica o que eu quero dizer
com estar identificado com a mente. A partir do momento que
usamos o advérbio “Lá”, estamos assumindo que o futuro é algo
existente, que o conhecemos e sabemos onde ele está. Isso é um
pensamento turvo e errado. E arrisco a dizer que você nem notou
este fato.
A mente e o tempo estão “anatomicamente” unidos, por esse
motivo, sem o tempo a mente não funciona. Porém, quando você
vive o AGORA, sem antecipar ou prever o futuro, você deixa de se
identificar com a mente e com os pensamentos por ela gerados.
NADA JAMAIS ACONTECEU NO PASSADO, ACONTECEU NO
AGORA
Lembre-se de quando você andou de bicicleta pela primeira vez. Essa
A mente constantemente luta contra o momento presente. Ela sabe
que sem o tempo ela não se manterá no controle. Isso quer dizer
que a mente precisa do passado e do futuro para continuar
funcionando.
O transtorno obsessivo compulsivo, assim como outros transtornos
relacionados à ansiedade, segue a mesma lógica. Enquanto a sua
mente e o tempo estiverem assumindo o controle da sua vida será
muito difícil vencê-los.
Os remédios são muito eficientes porque eles fazem com que você
ignore o tempo, isto é, o futuro e o passado. Eles te trazem para a
realidade, para a vida, para o presente.
Logo, se você se dedicar ao AGORA, será muito mais fácil lidar com o
transtorno. A partir do momento que você assume que o futuro
existe somente em sua mente e que a verdade é o Agora e isso é
tudo o que existe, você se importará menos com as ideias obsessivas
Obviamente o passado e o futuro não têm realidade própria.
E Eckhart exemplifica isso quando diz: “Do mesmo modo como a lua
não tem luz própria e apenas reflete a luz do sol, o passado e o futuro
são apenas um reflexo pálido da luz, do poder e da realidade do
eterno presente. A realidade deles é ‘emprestada’ do Agora.”
Além de tudo, as pessoas usam o AGORA apenas como um meio
para alcançar o futuro. Vivem, portanto, inteiramente no amanhã e
ignoram o HOJE, o que significa ignorar a sua realidade e a sua
presença.
Enquanto eu afirmo isso, você se sente totalmente presente?
Essa pergunta é muito poderosa e você pode se questionar sempre
que estiver angustiado ou sufocado pela ansiedade.
Portanto, entenda os pensamentos obsessivos como um alerta para
você voltar ao AGORA.
#2 – NÃO CRIE MAIS SOFRIMENTO NO PRESENTE
As pessoas sempre pensam que a felicidade está no futuro. Que a
solução dos seus problemas está no amanhã. De modo que
condicionam o seu bem-estar a suas futuras conquistas. Acham que
só tornar-se-ão completamente felizes se alcançarem os seus
objetivos.
Essa busca obsessiva por algo, e em se tornar algo, é um dos maiores
motivos de tanta infelicidade na humanidade. Tal fato reflete a
insatisfação das pessoas com o presente… Com o que elas são.
Através de um processo osmótico, o capitalismo tem deixado as
pessoas cada vez mais materialistas e egoístas. Está transformando
as pessoas em animais consumistas que só agem em benefício do
próprio ego.
Porém, não entrarei nesse mérito. Deixarei que filósofos discutam o
assunto.
em sua cabeça.
De maneira análoga, os remédios que combatem a ansiedade são
muito eficientes porque eles fazem com que você ignore o tempo,
isto é, o futuro e o passado. Eles te trazem para a realidade, para a
vida, para o presente.
“Em outras palavras, quanto mais no identificamos com nossas
mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e
aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da
mente.” (Eckhart Tolle)
ESTAR PRESENTE NÃO SE RESUME APENAS A IGNORAR AS
COMPULSÕES E OBSESSÕES
Experimente se perguntar se existem alegria e vontade no que está
fazendo agora. Se a resposta for negativa, é porque o tempo está
ofuscando o momento presente e a vida está sendo percebida como
um fardo.
Em outras palavras, você está dando toda a sua atenção ao resultado
desejado através do fazer, e não ao fazer em si.
#3 – O SILÊNCIO SE ENCONTRA NO AGORA
“Imagine a Terra sem a vida humana, habitada apenas por plantas
e animais. Será que ainda haveria passado e futuro? Será que as
perguntas ‘que horas são’ ou ‘que dia é hoje?’ teriam algum
sentido para um carvalho ou uma águia? Acho que eles ficariam
intrigados e responderiam: “Claro que é agora. A hora é agora. O
que mais existe?” (O poder do Agora)
Algumas coisas só podem ser compreendidas com sentimentos.
Porém, temos uma inclinação para trazer tudo para o campo da
mente e esperamos compreender tudo através dela.
Quando Eckhart fala sobre o AGORA, sobre estar presente e
contemplar as coisas ao seu redor, não são coisas que podem ser
feitas com a mente. São coisas que devem ser sentidas e
experimentas emocionalmente.
Da mesma forma que não saberíamos o que é o silêncio se não
existisse ruído, e nem o espaço se ele fosse vazio, é preciso estar
com a mente completamente quieta para ter contato com o AGORA.
Embora pareça algo impossível, uma das barreiras para estar
completamente presente no AGORA é a resistência.
Por exemplo, quando você está sofrendo com os pensamentos
obsessivos, de modo que você não consegue se livrar deles, a culpa
está na sua resistência. Você resiste em tentar ignorá-los e deixá-los
lá. Resiste em tentar não recorrer ao ritual. Resiste em não tentar
interromper o ciclo PMAR.
Tudo se resume em resistência. E a solução para isso é a entrega.
A entrega não significa uma derrota, incapacidade ou desistência.
Também não significa tolerar pacificamente uma situação qualquer e
não fazer nada a respeito.
A entrega que Eckhart menciona é “a sabedoria simples e mais
profunda de nos submetermos e não de nos opormos ao fluxo da
vida.”. Isso significa, segundo ele, aceitar o AGORA sem nenhuma
restrição. É abandonar a resistência anterior àquilo que é.
Portanto, ao reduzir sua atenção ao momento presente, você se
torna capaz de tomar decisões mais racionais e positivas.
“A aceitação daquilo que é nos liberta imediatamente da
identificação com a mente e nos religa com o Ser. A resistência é a
mente.” (Eckhart Tolle)
CONCLUSÃO
Estas são somente algumas das várias ideias de Eckhart Tolle
apresentadas em seu livro “O Poder do Agora”.
São ensinamentos poderosos que são capazes de transformar a
nossa visão sobre o mundo e as nossas vidas.
Portanto, pare de criar resistência e aceite o AGORA neste exato
momento. Livre-se da dimensão do tempo. Viva HOJE e construa
HOJE o seu “amanhã”.
Se você ficou interessado pelo livro, você pode encontrá-lo em
livrarias como a Fnac e até mesmo na internet, em sites como
Submarino e Saraiva.
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