sØren kierkegaard e viktor frankl 97-2003

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Prof. Dr. Deyve Redyson (Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões) Universidade Federal da Paraíba SØREN KIERKEGAARD E VIKTOR FRANKL DE UMA FILOSOFIA DA EXISTÊNCIA AO SENTIDO DA VIDA

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Page 1: SØREN KIERKEGAARD E VIKTOR FRANKL 97-2003

Prof. Dr. Deyve Redyson

(Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões)

Universidade Federal da Paraíba

SØREN KIERKEGAARD E VIKTOR FRANKLDE UMA FILOSOFIA DA EXISTÊNCIA AO

SENTIDO DA VIDA

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SOREN KIERKEGAARD (1813-1855)

• (...) o que me falta é, no fundo, ver claramente em mim mesmo o que devo fazer e não o que devo conhecer, salvo na medida em que o conhecimento sempre precede a ação. Trata-se de compreender o meu destino, de ver o que Deus quer propriamente que eu faça, isto é, de encontrar uma verdade que seja verdade para mim, de encontrar a ideia pela qual quero viver e morrer. (Kierkegaard. Diários I A 75)

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KIERKEGAARD: UMA FILOSOFIA DA EXISTÊNCIA?

• Kierkegaard não é o filósofo do existencialismo

• A contraposição ao Idealismo Alemão (Hegel)

• Deus não existe

• A fé cristã em sua autenticidade

• A influência de Kierkegaard (Heidegger, Tillich, Adorno, Buber)

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VIKTOR FRANKL (1905-1997)

• “Como podemos ajudar as pessoas que estão desesperadas pela aparente falta de sentido da vida? Eu disse no início que os valores vão desaparecendo porque são transmitidos pelas tradições e nós presenciamos hoje o declínio das tradições. Mesmo assim acredito que seja ainda possível descobrir significados”

• (Viktor Frankl – Um Sentido para a vida)

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KIERKEGAARD E FRANKLNOTAS DE UMA MESMA SINFONIA

• A Subjetividade é a verdade (análise existencial?)

• O vazio existencial (O Instante?)

• Será a religião (religiosidade/espiritualidade) a resposta para a subjetividade e para o vazio existencial?

• A vida sem sentido desemboca no absurdo para nossos dois autores

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• Frankl enfatiza que o interesse supremo do ser humano é encontrar sentido para a existência, mas entende que muitas pessoas se encontram frustradas diante desta busca de significado para viver. Frankl em Psicoterapia na Prática denomina vácuo existencial uma espécie de neurose de não ter encontrado o sentido da vida.

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• Para Frankl o mundo se torna possível de realização se há algum sentido que de alguma forma justifique o homem. O sentido existencial é a única resposta para o vazio existencial

• Para Frankl a logoterapia auxilia o homem que precisa recuperar valores reais perdidos (ou trocados) por falsos valores e ilusões no mundo

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• A ausência de sentido produz o vazio existencial que por sua vez leva o homem a uma espécie de neurotização, pois ao mesmo tempo que não sabe mais o que tem de fazer também não sabe mais o que deve fazer. Cai-se no vazio por que não se sabe o que se quer. Não sabendo o que se quer, ou o que fazer, o homem joga-se no vazio de não poder mais fazer o que quer ou o que deseja

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• Para Kierkegaard a condição de não conseguir fazer o que se quer é a condição do instante, isto é, o momento de ser ou de não ser, o de encontrar-se existindo ou deixar-se não mais existir.

• Para Kierkegaard este instante pode ser traduzido como a morte perfigurada do ser, isto é, buscar a vida e só encontrar a morte.

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• “Assim, estar mortalmente doente é não poder morrer... o desespero é a doença para a morte, um suplicio contraditório, uma doença do eu: eternamente morrer, morrer sem todavia morrer, morrer a morte. Porque morrer significa que tudo esta acabado, mas morrer a morte significa viver a morte e viver a morte significa vivê-la eternamente” (Doença para a Morte)