sophie

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conto de sophie

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Page 1: Sophie
Page 2: Sophie

Dedicatória

A anos a mentira nos foi passada como verdade. Mas nunca se ocultou a verdade... ela sempre esteve aqui, e todas as crianças podem ver mais claramente do que os adultos.Por isso esse livro foi dedicado a todas as crianças do mundo.Que consigam permanecer com a mente aberta.

Page 3: Sophie

Introdução

Ela queria ser uma poderosa magista. Como nos filmes de feiticeiros. Assistia a todos, sabia os feitiços imaginários de cor, sonhava em um dia ser ela ali.Mal podia imaginar que toda a fantasia foi inventada para esconder uma verdade.

Page 4: Sophie

Capitulo I

“ Esta escuro e estou sentada em uma cadeira no que parece o centro de uma sala. Um facho de luz se move, o que me faz pensar que a porta do lugar foi aberta. Pessoas com uniformes brancos e alguns homens de terno preto entram e me olham. As luzes são acesas quando um senhor passa pela porta, também de uniforme branco parecendo um pijama de algodão felpudo. Todos abrem espaço e formam um circulo a minha volta. O lugar agora estava totalmente claro, paredes e chão brancos, que feriam meus olhos com o reflexo da luz.O senhor sorri e chega mais perto, examinando meus olhos com um sorriso triste.- Abra a boca minha jovem, me deixe ver sua língua.Ergui a cabeça em desafio. Tentei mover as mãos mas estavam amarradas no braço da cadeira onde eu me encontrava.- Se não abrir a boca Shopie, vou abrir por você. - Outro sorriso, dessa vez senti minha um frio no estomago. Mas me recuso a deixar que eles façam o que desejarem comigo. Ergui mais a cabeça e olhei para a parede.O senhor de cabelos brancos bizarro se afastou para a porta. Antes de abri-la se virou e anunciou para outra mulher que estava no circulo.- Marquem ela. Depois a devolvam. Não quero que ela se recorde de nada.”

Acordei sem lembrar onde estava. Como sempre, tive um pesadelo onde era perseguida por seres estranhos. Olhou em volta procurando algo que a trouxesse de volta a realidade. Não estava na escola semi- internato onde permanecia na semana. Estava em casa.A velha escrivaninha de carvalho estava no canto do quarto com sua pasta de desenhos em cima, o guarda-roupas permanecia fechado. Nenhuma mudança desde que fora dormir. Mas algo parece mesmo diferente. O sonho foi mais vivo que o normal, devia estar delirando.Acendi o abajur ao lado da cama e fui ate a pasta de desenhos. Sentou e começou a desenhar o rosto do senhor em seu sonho. O relógio despertou e fui imediatamente desliga-lo. Não devia acordar minha mãe que repousava no quarto ao lado. Ultimamente ela estava muito esquisita. Não se parecia em nada comigo, mas devia a falta de semelhança ao meu pai. Para começar, meu cabelo e´´ tão preto quanto poderia ser, com olhos azuis claros. Minha mãe tem azuis embaçados e o cabelo loiro quase branco. Seu biótipo também diferente, ela poderia ser modelo. Eu sou mais curvilínea sabe?!

Peguei minhas roupas e fui tomar uma ducha rápida antes da aula. Enquanto penteava os cabelos, notei algo no meu pulso, uma mancha roxa que não estava ali antes. Levantei o braço outra vez e notei que tinha nos dois braços manchas como pulseiras, como se eu... um FLASH se passou na minha mente. Algemas. Não poderia ser. Estou delirando. Me vesti muto rápido e peguei a mochila para sair, quando cheguei a porta vi minha mãe no corredor. Parecia desconfiada.- Sophie?! O que foi?- nada mãe. Apenas, ta na hora de sair. Aula lembra?!

Page 5: Sophie

Me virei com intenção de sair. Mas ela foi mais rápida. Assim que passei a porta ela segurou meu braço. O que me causou uma careta de dor pelo local dolorido.-O que? – ela parecia irritada com as sobrancelhas franzidas. – dói?Puxei a mão mas ela não soltou. Girou meus pulsos examinando a marca roxa e apertando a boca.- Como fez isso? – aqueles olhos nos meus...- Eu... não me lembro. Acordei assim. – ela parecia não acreditar então tentei brincar – vai ver me machuquei no sonho! Tentei rir, mas ela fez uma cara de espanto e me soltou.- Estou brincando. – ela pareceu sorrir fracamente.- Claro que sim, querida. Boa aula.Sai quase correndo para o carro da Gilian, minha melhor amiga. A Mãe dela nos levava a aula todos os dias. Entrei no banco de trás e tentei sorrir. Gilian era pequena e ruiva, cheia de sardas pelo rosto, com os cabelos bem cacheados e volumosos, diferente do meu que tinha cachos caídos e bem abertos.- Bom dia Sra. Peterson. Oi Gil. - Sophie, você não vai acreditar! Ontem o Brian me chamou para ser o par dele no baile de formatura!Tentei sorrir da empolgação dela, mas um carro passando em alta velocidade chamou minha atenção. Passou direto entrando na nossa frente. Me voltei a ruiva de sorriso brilhante na minha frente.- E o que você disse?Ela virou os olhos para mim.- claro, falei que pensaria sobre isso. E para ele usar gravata azul.Abri a roupa para responder quando a freiada do carro me interrompeu. Chacoalhamos no banco traseiro e me senti grata por estar de sinto.- Desculpe, o carro da frente parou e...As pessoas do carro desceram, e logo outro carro apareceu, parando atrás de nos na estrada que nos levaria ate o internato. Homens de terno preto, gravata preta... eu sentia que os conhecia, assim como sentia que estávamos em perigo. Tentei pensar rápido mas eles estavam se aproximando do carro...haviam quatro homens.A porta foi aberta, uma de cada lado, enquanto outro homem permanecia no celular olhando a cena. Eu gritei, quando o homem do meu lado me agarrou e me tirou do carro. Enquanto me arrastava para o carro dele, vi os outros aplicarem injeções na Gil e na mãe dela, que as fizeram dormir.Estava trancada no carro agora. Eles retiraram as doas adormecidas do carro delas enquanto eu gritava e batia no vidro. Podia sentir as lagrimas escorrendo, o desespero de não saber o que aconteceria.Um outro som me chamou a atenção, era um som de motor, de vários motores.Um dos homens de preto gritou (o que estava no celular) e um deles veio na minha direção. O que aconteceu a seguir foi muito rápido. Motos estavam vindo na estrada, o que explica o som que eu ouvi. Uma briga teve inicio, armas foram empunhadas, mas nenhum som foi ouvido. Apenas luz como raio podia ser vista e depois o estrondo do lugar que ela atingia. No meio da confusão um jovem bateu na janela, fazendo um gesto com as mãos para que eu me afastasse. Fui para trás e ele passou um aparelho como um laser na janela, derrubando o vidro no banco. Por trás dele veio uma garota loira de cabelos presos.- Jack, esta demorando, vai!- não enche Louise!Se virou para mim.

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- vamos, me de sua mão, não temos tempo!Algo nos olhos dele era real, porque pensei apenas por um segundo. Estiquei os braços e fui tirada pela janela. Em seguida ele me puxou para uma moto preta subiu nela me incentivando a fazer o mesmo. Olhei para trás e vi Gil no chão, a loira já estava em uma moto preta também. Gil. Me virei para ir ate ela e o garoto me segurou.- olha, elas vão ficar bem. Ainda estão adormecidas. Você não. Agora suba, ou vão matar você.Congelei. Morrer? E Gil? Não tive tempo de pensar, um dos garotos que estava perto me segurou pela cintura e me “jogou” em cima da moto. Me virei para o garoto moreno com uma careta de susto.Ele balançou a cabeça achando graça.- Melhor segurar, docinho.Correram todos para suas motos e um a um começaram a correr. Não tenho coragem de olhar para trás, não tenho coragem de me mover... simplesmente não consigo pensar. Cerca de 10 minutos depois paramos um um posto de gasolina onde descemos da moto.Jack se virou para mim.- explico tudo no caminho. Mas antes precisamos tirar isso de você. Foi me puxando pela mão ate um caminhão. Uma raiva subita me tomou. Puxei a mão que ele segurava e cruzei os braços.Ele se virou para mim, havia humor em seus olhos.- certo Sophie, tudo o que você acredita eh uma mentira. E agora tem um chip na sua cabeça que precisamos tirar porque esta entregando nossa localização.Ele arqueou as sobancelhas. Fiquei olhando para ele pasmada.A loira de antes se aproximou de mim.- oi, sou Louise, fui resgatada a cerca de 1 ano. Agora se quer sobreviver a isso, entra nessa droga de centro medico e tira isso daí, ou juro que te deixo ai parar eles pegarem!Antes que eu pudesse reagir a explosão da irritadinha Jack me segurou pelo cotovelo.- Não temos tanto tempo. Quer ficar ou vir conosco?Parei para pensar. Novamente não tinha muito o que fazer. Entrei na traseira do caminhão resignada.Me deparei com um interior branco por trás das cortinas pesadas. Havia uma maca e muitos aparatos. Uma mulher simpática me pediu para deitar, aplicou uma injeção no meu braço e eu dormi.