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CONCEITO(S) SOCIOLÓGICOSCONCEITO(S) SOCIOLÓGICOSCONCEITO(S) SOCIOLÓGICOSCONCEITO(S) SOCIOLÓGICOS
DESNATURALIZAÇÃO:
Marcel Mauss, de acordo com a perspectiva teórica da escola
antropológica francesa de desnaturalização de conceitos, em a
“Expressão Obrigatória dos Sentimentos” teoriza que as reações
emocionais dos indivíduos não são intrínsecas a uma suposta
natureza humana. Para ele os sentimentos são uma construção,
estes não são somente fenômenos fisiológicos ou psicológicos,
eles têm também o seu peso social, porque são internalizados
nos indivíduos, criando uma obrigatoriedade de expressão na
coletividade. A expressão destes sentimentos é uma espécie de
código, uma linguagem que o grupo entenderá que é feita para epelo grupo.
ESTRANHAMENTO:
Segundo Roberto da Matta, em “O ofício de antropólogo ou como
ter anthropological blues”, o estranhamento é o movimento de
transformar o “exótico em familiar” e o “familiar em exótico”. Ao
contrário do viajante, do turista, que faz, segundo o autor, um
deslocamento horizontal, o movimento do antropólogo é similar
ao do xamã: um deslocamento vertical.
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DIFERENTESDIFERENTESDIFERENTESDIFERENTES
PERSPECTIVAS TEÓRICASPERSPECTIVAS TEÓRICASPERSPECTIVAS TEÓRICASPERSPECTIVAS TEÓRICAS
Nosso objeto não nos permite trabalhar com diversas
perspectivas. Pensamos, pois, que será mais fecundo se
mostrarmos que o estranhamento e a desnaturalização são o
principal ponto de partida para o trabalho antropológico. Com
isso é possível apresentar aos alunos como se deu o surgimento
da antropologia, e dar uma idéia de seu desenvolvimento.
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RESPONDER A PERGUNTARESPONDER A PERGUNTARESPONDER A PERGUNTARESPONDER A PERGUNTA
É importante ressaltar um elemento da pergunta: “estranho...
para quem?”. A aula mostra como a noção de “estranho” está
intimamente ligada à de “familiar”, e à construção social de
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familiaridades. Assim, a resposta está condicionada ao ponto de
vista do observador - às influências culturais que ele foi/é
condicionado - e à construção de um “outro”, que não participa
das mesmas influências. É a esse “outro” que nos referimos
quando utilizamos a palavra “estranho”. FERRAMENTA DE AVALIAÇÃOFERRAMENTA DE AVALIAÇÃOFERRAMENTA DE AVALIAÇÃOFERRAMENTA DE AVALIAÇÃO
A avaliação será uma atividade na qual o aluno deve expor um
fenômeno familiar a partir da perspectiva de um “outro”, de
maneira que possa ser visto como “exótico”, como fez Horace
Miner com os Sonacirema.
É um exercício de criatividade, que estimula o movimento de
desnaturalização. Faz com que os alunos observem o seucotidiano, se voltando para as práticas e crenças mais presentes
em suas vidas.
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* Selecionamos previamente alguns trechos do texto Sonacirema. Buscamos levar em conta
aqueles trechos com maior apelo imagético, para que sua posterior identificação com as
imagens seja facilitada. Para que não fique cansativo, os trechos são curtos. Portanto, antes de
serem lidos coletivamente, cada trecho precisa de uma introdução. São eles:- “O ponto focal do santuário é uma caixa ou cofre embutido na parede. Neste cofre são
guardados os inúmeros encantamentos e poções mágicas sem os quais nenhum nativo
acredita que poderia viver...”. Refere-se ao ritual do cuidado com o corpo, realizado no
santuário que chamamos de banheiro.
- “Foi a estas tendências que o Prof. Linton (1936) se referiu na discussão de uma parte
específica dos ritos corporal que é desempenhada apenas por homens. Esta parte do rito
envolve raspar e lacerar a superfície da face com um instrumento afiado.”
- “A insatisfação geral com o tamanho do seio é simbolizada no fato de a forma idealestar virtualmente além da escala de variação humana. Umas poucas mulheres, dotadas de um
desenvolvimento hipermamário quase inumano, são tão idolatradas que podem levar uma boa
vida simplesmente indo de cidade em cidade e permitindo aos embasbacados nativos, em
troca de uma taxa, contemplarem-nos.”
Obs.: os três trechos falam de corpo!
Referência: Horace Miner In: A.K. Rooney e P.L. de Vore (orgs). YOU AND THE OTHERS -Readings in Introductory Anthropology (Cambridge, Erlich) 1976
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Complemento:
- Texto Sahllins: O pensamento burgues. Trecho sobre cachorro.
- Poema Mário Quintana, Caderno H. Poema sobre uma galinha de estimação que vira sopa.
- Aprofundar o desenvolvimento conceitual e discutir o conceito de cultura.