sol da repÚblica

8
SOL SOL DA REPÚBLICA Presidente: Ovasco Roma Altimari Resende Editor: Lelé Arantes Órgão de Comunicação do Diretório Nacional do Partido Republicano Progressista Maio de 2010 - Ano 2 - N o 05 (Especial) PRP 32095101/0001-80 44 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Sob pena de desaprovação das contas, a arrecadação de recursos e a realização de gastos por candidatos, inclusive dos seus vices e dos seus suplentes comitês financeiros e partidos políticos, ainda que estimáveis em dinheiro, só poderão ocorrer após a observância dos seguintes requisitos: I - solicitação do registro do candidato ou do comitê financeiro, conforme o caso; II - inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); III- abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha; IV - emissão de recibos eleitorais. § 1º São considerados recursos, ainda que fornecidos pelo próprio candidato: I - cheque, transferência bancária, boleto de cobrança com registro, cartão de crédito ou cartão de débito; II - título de crédito; III - bens e serviços estimáveis em dinheiro; IV - depósitos em espécie devidamente identificados § 2º São considerados bens estimáveis em dinheiro fornecidos pelo próprio candidato apenas aqueles integrantes do seu patrimônio em período anterior ao pedido de registro da candidatura. § 3º Os bens e/ou serviços estimáveis doados por pessoas físicas e jurídicas devem constituir produto de seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens permanentes, deverão integrar o patrimônio do doador. § 4º Observado o disposto no § 8 o do art. 21 desta resolução, os gastos eleitorais efetivam-se na data da sua contratação, independentemente da realização do seu pagamento, momento em que a Justiça Eleitoral poderá exercer a fiscalização. DO LIMITE DE GASTOS Art. 2º Caberá à lei fixar, até 10 de junho de 2010, o limite máximo dos gastos de campanha para os cargos em disputa (Lei n° 9.504/97, art. 17-A). § 1º Na hipótese de não ter sido editada lei até a data estabelecida no caput deste artigo, os partidos políticos, por ocasião do registro de candidatura, fixarão, por candidato e respectivo cargo eletivo, os valores máximos de gastos na campanha. RESOLUÇÃO N° 23.217 DA ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS E PRESTAÇÃO DE CONTAS Atendendo pedido do presidente nacional do Partido Republicano Progressista (PRP) Ovasco Resende, o advogado Oswaldo Souza Oliveira, especialista em Direito Público e vice-presidente nacional do PRP, compilou e sistematizou a legislação eleitoral vigente para as eleições de 2010, no que tange à arrecadação e aplicação de recursos e a prestação de contas pelos candidatos, como determina a Resolução nº 23.217. Com ampla experiência em Direito Público e em Direito Eleitoral, Oswaldo Souza Oliveira apresenta aos filiados do PRP, sejam candidatos ou não nesta eleição, essa compilação que deve ser seguida por todos aqueles que almejam disputar um cargo eletivo. Ele comenta que a Justiça Eleitoral está prometendo agir com muito rigor com os candidatos “e muitos poderão ser eleitos e não tomarem posse por causa de uma prestação de contas mal feita”. Oswaldo Oliveira ressalta que todos os candidatos devem estar cientes de quais são seus direitos e seus deveres com relação à arrecadação de recursos, sua aplicação e depois a prestação de contas. “Ninguém deve correr o risco de perder o mandato por causa de uma coisa tão simples que é seguir a legislação e fazer a coisa certa, ao pé da letra, como querem os promotores e os juízes eleitorais”, afirma o Dr. Oswaldo. O presidente Ovasco Resende afirma que ao publicar essa compilação “o PRP está cumprindo sua obrigação de informar e formar os seus filiados, em especial os candidatos, para que ninguém seja prejudicado por falta de conhecimento” e salienta que “o ideal é que cada um leia e guarde um exemplar deste jornal com as informações do Dr. Oswaldo para amanhã não alegar ignorância em relação à legislação”. O jornal com a compilação será distribuído aos filiados, dirigentes e candidatos do PRP nos cinco “Cursos de Legislação Eleitoral, Arrecadação e Aplicação de Recursos, Motivação e Inclusão da Mulher na Política” que serão promovidos pela Fundação Dirceu Gonçalves Resende até setembro deste ano. Todo este material está disponível no site do PRP, bastando para isso acessar www .prp.or g.br O Dr. Oswaldo Souza Oliveira, presidente consultivo do PRP Como arrecadar, aplicar e prestar contas de recursos na campanha eleitoral em 2010

Upload: adolfo-menezes

Post on 04-Jul-2015

506 views

Category:

News & Politics


1 download

DESCRIPTION

Órgão de Comunicação do Diretório Nacionaldo Partido Republicano Progressista.

TRANSCRIPT

Page 1: SOL DA REPÚBLICA

SOLSOL DA

REPÚBLICAPresidente: Ovasco Roma Altimari Resende

Editor: Lelé Arantes

Órgão de Comunicaçãodo Diretório Nacionaldo Partido Republicano ProgressistaMaio de 2010 - Ano 2 - No 05 (Especial)

PRP 32095101/0001-80

44

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Sob pena de desaprovação dascontas, a arrecadação de recursos e arealização de gastos por candidatos, inclusivedos seus vices e dos seus suplentes comitêsfinanceiros e partidos políticos, ainda queestimáveis em dinheiro, só poderão ocorrerapós a observância dos seguintes requisitos:

I - solicitação do registro do candidatoou do comitê financeiro, conforme o caso;

II - inscrição no Cadastro Nacional daPessoa Jurídica (CNPJ);

III- abertura de conta bancária específicapara a movimentação financeira de campanha;

IV - emissão de recibos eleitorais.

§ 1º São considerados recursos, aindaque fornecidos pelo próprio candidato:

I - cheque, transferência bancária, boletode cobrança com registro, cartão de créditoou cartão de débito;

II - título de crédito;III - bens e serviços estimáveis em dinheiro;IV - depósitos em espécie devidamente

identificados

§ 2º São considerados bens estimáveisem dinheiro fornecidos pelo própriocandidato apenas aqueles integrantes do seupatrimônio em período anterior ao pedido deregistro da candidatura.

§ 3º Os bens e/ou serviços estimáveisdoados por pessoas físicas e jurídicasdevem constituir produto de seu próprioserviço, de suas atividades econômicas e,no caso dos bens permanentes, deverãointegrar o patrimônio do doador.

§ 4º Observado o disposto no § 8 o doart. 21 desta resolução, os gastos eleitoraisefetivam-se na data da sua contratação,independentemente da realização do seupagamento, momento em que a JustiçaEleitoral poderá exercer a fiscalização.

DO LIMITE DE GASTOS

Art. 2º Caberá à lei fixar, até 10 de junhode 2010, o limite máximo dos gastos decampanha para os cargos em disputa (Lei n°9.504/97, art. 17-A).

§ 1º Na hipótese de não ter sido editadalei até a data estabelecida no caput desteartigo, os partidos políticos, por ocasião doregistro de candidatura, fixarão, por candidatoe respectivo cargo eletivo, os valores máximosde gastos na campanha.

RESOLUÇÃO N° 23.217DA ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS

E PRESTAÇÃO DE CONTAS

Atendendo pedido do presidente

nacional do Partido Republicano Progressista

(PRP) Ovasco Resende, o advogado Oswaldo

Souza Oliveira, especialista em Direito Público

e vice-presidente nacional do PRP, compilou

e sistematizou a legislação eleitoral vigente para

as eleições de 2010, no que tange à

arrecadação e aplicação de recursos e a

prestação de contas pelos candidatos, como

determina a Resolução nº 23.217.

Com ampla experiência em Direito

Público e em Direito Eleitoral, Oswaldo Souza

Oliveira apresenta aos filiados do PRP, sejam

candidatos ou não nesta eleição, essa

compilação que deve ser seguida por todos

aqueles que almejam disputar um cargo eletivo.

Ele comenta que a Justiça Eleitoral está

prometendo agir com muito rigor com os

candidatos “e muitos poderão ser eleitos e não

tomarem posse por causa de uma prestação

de contas mal feita”.

Oswaldo Oliveira ressalta que todos os

candidatos devem estar cientes de quais são

seus direitos e seus deveres com relação à

arrecadação de recursos, sua aplicação e depois a

prestação de contas. “Ninguém deve correr o risco

de perder o mandato por causa de uma coisa tão

simples que é seguir a legislação e fazer a coisa certa,

ao pé da letra, como querem os promotores e os

juízes eleitorais”, afirma o Dr. Oswaldo.

O presidente Ovasco Resende afirma que ao

publicar essa compilação “o PRP está cumprindo sua

obrigação de informar e formar os seus filiados, em

especial os candidatos, para que ninguém seja

prejudicado por falta de conhecimento” e salienta que

“o ideal é que cada um leia e guarde um exemplar

deste jornal com as informações do Dr. Oswaldo para

amanhã não alegar ignorância em relação à legislação”.

O jornal com a compilação será distribuído

aos filiados, dirigentes e candidatos do PRP nos cinco

“Cursos de Legislação Eleitoral, Arrecadação e

Aplicação de Recursos, Motivação e Inclusão da

Mulher na Política” que serão promovidos pela

Fundação Dirceu Gonçalves Resende até setembro

deste ano. Todo este material está disponível no site

do PRP, bastando para isso acessar www.prp.org.brO Dr. Oswaldo Souza Oliveira, presidenteconsultivo do PRP

Como arrecadar, aplicar e prestar contas derecursos na campanha eleitoral em 2010

Page 2: SOL DA REPÚBLICA

Eleitoral aos diretórios nacionais, compostapor onze dígitos, sendo os dois primeiroscorrespondentes ao número do partido.

§ 2º Os diretórios nacionais dos partidospolíticos requisitarão na página do TribunalSuperior Eleitoral na internet a quantidade denúmeros de recibos eleitorais e, após reservara faixa numérica para uso próprio, deverãofornecer a numeração dos recibos eleitorais:

I - aos seus diretórios regionais;II - aos comitês financeiros, que, após

reservar a faixa para uso próprio, deverãofornecer aos candidatos a numeração dosrecibos a serem por eles utilizados.

Art. 4º Observados a numeração e omodelo fornecidos pela Justiça Eleitoral, osrecibos eleitorais poderão ser produzidos:

I - em formulário impresso, a critério dospartidos;

II - em formulário eletrônico, quando adoação for efetuada via internet;

§ Único. O partido, o comitê financeiro eo candidato poderão imprimir o recibo eleitoralutilizando o Sistema de Prestação de ContasEleitorais (SPCE).

DOS COMITÊS FINANCEIROS DOSPARTIDOS POLÍTICOS

Art. 5º Até 10 dias úteis após a escolhade seus candidatos em convenção, o partidoconstituirá comitês financeiros, com afinalidade de arrecadar recursos e aplicá-losnas campanhas eleitorais, podendo optar pelacriação de (Lei n° 9.504/97, art. 19, caput):

I - um único comitê que compreenda todasas eleições de determinada circunscrição;

II - um comitê para cada eleição em queo partido apresente candidato próprio, naforma descrita a seguir:

a) comitê financeiro nacional parapresidente da República;

b) comitê financeiro estadual ou distritalpara governador;

c) comitê financeiro estadual ou distritalpara senador;

d) comitê financeiro estadual ou distritalpara deputado federal;

e) comitê financeiro estadual ou distritalpara deputado estadual ou distrital.

§ 1º Na eleição presidencial éobrigatória a criação de comitê financeironacional e facultativa a de comitês estaduaisou distrital (Lei n° 9.504/97, art. 19, §2°).

§ 2º Os comitês financeiros serãoconstituídos por tantos membros quantosforem indicados pelo partido, sendoobrigatória a designação de, no mínimo, umpresidente e um tesoureiro.

§ 3º O partido coligado, nas eleiçõesmajoritárias, estará dispensado de constituir

comitê financeiro, desde que não apresentecandidato próprio.

§ 4º Não será admitida a constituição decomitê financeiro de coligação partidária.

§ 5º Na hipótese em que o partidolance apenas candidato a vice ou suplente,deve constituir comitê financeiro relativo àrespectiva eleição.

Art. 6º O comitê financeiro tem por atribuição(Lei n° 9.504/97, arte. 19, 28, §§ 1º e 2º , e 29):

I - arrecadar e aplicar recursos decampanha;

II - fornecer aos candidatos orientaçãosobre os procedimentos de arrecadação e deaplicação de recursos e sobre as respectivasprestações de contas;

III - encaminhar à Justiça Eleitoral asprestações de contas de candidatos àseleições majoritárias, inclusive a de vices ede suplentes;

IV - encaminhar à Justiça Eleitoral aprestação de contas dos candidatos àseleições proporcionais, caso estes não ofaçam diretamente.

Art. 7º Os comitês financeiros deverãoser registrados, até 5 dias após a suaconstituição, perante o Tribunal Eleitoralresponsável pelo registro dos candidatos (Lein° 9.504/97, art. 19, § 3º).

Art. 8º O requerimento de registro docomitê financeiro (Anexo II) será protocolado,autuado em classe própria, distribuído arelator e instruído com:

I - original ou cópia autenticada da ata dareunião lavrada pelo partido político na qual foideliberada a sua constituição, com data eespecificação do tipo de comitê criado, nostermos dos incisos I e II do art. 5º desta resolução;

II - relação nominal de seus membros,com suas funções, os números de inscriçãono Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) erespectivas assinaturas;

III - comprovante de regularidadecadastral do CPF do presidente do comitêfinanceiro, nos termos de Instrução NormativaConjunta do Tribunal Superior Eleitoral e daReceita Federal do Brasil;

IV- endereço e número de fac-símile pormeio dos quais receberá intimações ecomunicados da Justiça Eleitoral.

§ 1º A Justiça Eleitoral colocará àdisposição dos comitês financeiros sistemapróprio para registro das informações a quese referem os incisos II e IV deste artigo.

§ 2º O comitê financeiro deverá encaminharao respectivo Tribunal Eleitoral, no prazo de até 5dias após a sua constituição, os formuláriosdevidamente assinados pelos membrosindicados e acompanhados da respectiva mídia.

§ 3º Após autuação e análise dosdocumentos, o relator determinará, se for o

§ 2º Tratando-se de coligação, cadapartido político que a integra fixará para seuscandidatos, por cargo eletivo, o valor máximode gastos de que trata este artigo (Lei n°9.504/97, art. 18, § 1º).

§ 3º Os valores máximos de gastos relativosà candidatura de vice e suplente estarão incluídosnaqueles pertinentes à candidatura do titular eserão informados pelo partido político a que foremfiliados os candidatos.

§ 4º Os candidatos a vice e a suplentessão solidariamente responsáveis no caso deextrapolação do limite máximo de gastosfixados para os respectivos titulares.

§ 5º O gasto de recursos, além dosvalores declarados nos termos deste artigo,sujeita o responsável ao pagamento de multano valor de 5 a 10 vezes a quantia em excesso,a qual deverá ser recolhida no prazo de 5 diasúteis, contados da intimação da decisãojudicial, podendo o responsável responder,ainda, por abuso do poder econômico, nostermos do art. 22 da Lei Complementar n° 64/90 (Lei n° 9.504/97, art. 18, § 2º), sem prejuízode outras sanções.

§ 6º Após registrado na Justiça Eleitoral,o limite de gastos dos candidatos só poderáser alterado com a devida autorização dorelator do respectivo processo, mediantesolicitação justificada, na ocorrência de fatossupervenientes e imprevisíveis, cujo impactosobre o financiamento da campanha eleitoralinviabilize o limite de gastos fixadospreviamente, nos termos do § 1º deste artigo.

§ 7º O pedido de alteração de limite degastos a que se refere o parágrafo anterior,devidamente fundamentado, será:

I - encaminhado à Justiça Eleitoral pelopartido político a que está filiado o candidatocujo limite de gastos se pretende alterar;

II - protocolado e juntado aos autos doprocesso de registro de candidatura, paraapreciação e julgamento pelo relator.

§ 8º Deferida a alteração, serãoatualizadas as informações constantes doSistema de Registro de Candidaturas (CAND).

§ 9º Enquanto não autorizada a alteraçãodo limite de gastos prevista no § 6 o desteartigo, deverá ser observado o limite vigente

DOS RECIBOS ELEITORAIS

Art. 3º Os recibos eleitorais, contendo osdados do modelo do Anexo I, são documentosoficiais imprescindíveis que legitimam aarrecadação de recursos para a campanha,seja qual for a natureza do recurso, ainda quedo próprio candidato, não se eximindo destaobrigação aquele que, por qualquer motivo,não disponha dos recibos.

§ 1º Os recibos terão numeraçãoseriada, a ser fornecida pelo Tribunal Superior

Page 3: SOL DA REPÚBLICA

caso, o cumprimento de diligências,assinalando praz não superior a 72 horas, sobpena de indeferimento de pedido do registrodo comitê financeiro.

§ 4º Verificada a regularidade dadocumentação, o relator do respectivo processodeterminará o registro do comitê financeiro e aremessa dos autos à unidade técnica, parasubsidiar a análise da prestação de contas.

DA CONTA BANCÁRIA

Art. 9º É obrigatória para o candidato,para o comitê financeiro e para o partidopolítico que optar arrecadar recursos e realizargastos de campanha eleitoral, a abertura deconta bancária específica, na Caixa EconômicaFederal, no Banco do Brasil ou em outrainstituição financeira com cat leira comercialreconhecida pelo Banco Central do Brasil, pararegistrar todo o movimento financeiro dacampanha, inclusive dos recursos próprios doscandidatos e dos oriundos da comercializaçãode produtos e realização de eventos, vedado ouso de conta bancária preexistente (Lei n°9.504/97, art. 22, caput).

§ 1º A conta bancária será vinculada àinscrição no CNPJ e atribuída emconformidade com o disposto na instruçãonormativa conjunta da Receita Federal doBrasil e do Tribunal Superior Eleitoral.

§ 2º A obrigação prevista neste artigodeverá ser cumprida pelo candidato ou pelocomitê no prazo de 10 dias, a contar da data deconcessão da inscrição no CNPJ, mesmo quenão ocorra arrecadação de recursos financeiros.

§ 3º O diretório partidário nacional ouestadual/distrital que optar por arrecadarrecursos e aplicá-los nas campanhas eleitoraisdeve providenciar a abertura da conta de quetrata o caput deste artigo no prazo de 15 diasda publicação desta resolução, utilizando oCNPJ próprio já existente.

§ 4º Os bancos são obrigados a acatar,no prazo de até 3 dias, o pedido de aberturade conta de qualquer comitê financeiro,partido político ou candidato escolhido emconvenção, sendo-lhes vedado condicioná-laa depósito mínimo e a cobrança de taxas e/ou outras despesas de manutenção (Lei n°9.504/97, art. 22, § 1º).

§ 5º A conta bancária a que se refereeste artigo deverá ser do tipo que restringedepósitos não identificados por nome ou razãosocial completos e número de inscrição noCPF ou CNPJ.

Art. 10. O uso de recursos financeiros parapagamentos de gastos eleitorais que nãoprovenham da conta bancária específica de quetrata o artigo anterior implicará a desaprovaçãoda prestação de contas do partido político, docomitê financeiro ou do candidato.

§ Único. Comprovado abuso do podereconômico, será cancelado o registro da

candidatura ou cassado o diploma, se jáhouver sido outorgado (Lei n° 9.504/97, art.22, § 3º), sem prejuízo de outras sanções.

Art. 11. A conta bancária deverá ser abertamediante a apresentação dos seguintesdocumentos:

I - Requerimento de Abertura de ContaBancária Eleitoral (RACE), conforme Anexo III,disponível no sítio dos Tribunais Eleitorais;

II - comprovante de inscrição no CNPJpara as eleições, disponível na página daReceita Federal do Brasil, na internet.

§ 1º No caso de comitê financeiro, aconta bancária aberta para campanhaeleitoral deve ser identif icada com adenominação “ELEIÇÕES 2010 - COMITÊFINANCEIRO - cargo eletivo” ou a expressão“ÚNICO – sigla do partido”.

§ 2º No caso de candidato, a conta bancáriaaberta para campanha eleitoral deve seridentificada com a denominação “ELEIÇÕES2010 - nome do candidato - cargo eletivo”.

Art. 12. Aplicam-se, subsidiariamente àsdisposições contidas nesta resolução, asnormas editadas pelo Banco Central do Brasil,referentes à abertura, movimentação eencerramento das contas bancáriasespecíficas de campanhas eleitorais.

Art. 13. As instituições financeiras queprocederem à abertura de conta bancáriaespecífica para a campanha eleitoral de 2010fornecerão aos órgãos da Justiça Eleitoral osextratos eletrônicos de todo o movimentofinanceiro para fins de instrução dos processosde prestação de contas dos candidatos e doscomitês financeiros (Lei 9.504/97, art. 22).

§ Único. Os extratos eletrônicos serãopadronizados e disponibilizados conformenormas específicas do Banco Central do Brasile deverão compreender o registro damovimentação financeira entre a data daabertura e a do encerramento da conta bancária.

DA ARRECADAÇÃO:DAS ORIGENS DOS RECURSOS

Art. 14. Os recursos destinados àscampanhas eleitorais, respeitados os limitesprevistos nesta resolução, são os seguintes:

I - recursos próprios;II - doações de pessoas físicas;III - doações de pessoas jurídicas;IV - doações de outros candidatos,

comitês financeiros ou partidos políticos;V - repasse de recursos provenientes do

Fundo Partidário;VI - receita decorrente da comercialização

de bens ou da realização de eventos.

§ 1º Em ano eleitoral, os partidospolíticos poderão aplicar ou distribuir pelasdiversas eleições os recursos financeirosrecebidos de pessoas físicas e jurídicas,devendo, obrigatoriamente

I - discriminar a origem e a destinaçãodos recursos repassados a candidatos e acomitês financeiros;

II - observar as normas estatutárias e oscritérios definidos pelos respectivos órgãosde direção, os quais devem ser fixados eencaminhados à Justiça Eleitoral até 10 de junhode 2010 (art. 39, § 5 o da Lei n. 9.096/95).

§ 2º As doações recebidas em anosanteriores ao da eleição poderão ser aplicadasna campanha eleitoral de 2010, desde queobservados os seguintes requisitos:

I - ident i f icação e escr i turaçãocontábil individualizada das doações pelopartido político;

II - transferência para conta exclusiva decampanha do partido antes de sua destinaçãoou utilização, observando-se o limite legalimposto a tais doações, tendo por base o anoanterior ao da eleição;

III - identificação do comitê financeiro oudo candidato beneficiário, se a eles destinados.

§ 3º Os partidos deverão manter contabancária e contábil específicas, de forma apermitir o controle da origem e destinação dosrecursos pela Justiça Eleitoral (Lei n° 9.096,arts. 33, 34 e 39, § 5º).

§ 4º Os partidos políticos poderãoaplicar nas campanhas eleitorais os recursosde Fundo Partidário, inclusive de exercíciosanteriores, por meio de doações a candidatose a comitês financeiros, devendo manterescrituração contábil que identifique odestinatário dos recursos ou seu beneficiário.

§ 5º As doações a que se refere o § 1ºdeste artigo serão computadas para fins deverificação dos limites de que tratam osincisos I e II do § 1 o do art. 16 desta resolução.

Art. 15. É vedado a partido político,comitê financeiro e candidato receber, diretaou indiretamente, doação em dinheiro ouestimável em dinheiro, inclusive por meio depublicidade de qualquer espécie, procedentede (Lei n° 9.504/97, art. 24, I a XI):

I - entidade ou governo estrangeiro;II - órgão da administração pública direta

e indireta ou fundação mantida com recursosprovenientes do poder público;

III - concessionário ou permissionário deserviço público;

IV - entidade de direito privado quereceba, na condição de beneficiária,contribuição compulsória em virtude dedisposição legal;

V - entidade de utilidade pública;VI - entidade de classe ou sindical;VII - pessoa jurídica sem fins lucrativos

que receba recursos do exterior;VIII - entidades beneficentes e religiosas;IX - entidades esportivas;X - organizações não governamentais

que recebam recursos públicos;XI - organizações da sociedade civil de

interesse público;

Page 4: SOL DA REPÚBLICA

XII - sociedades cooperativas dequalquer grau ou natureza cujos cooperadossejam concessionários ou permissionários deserviços públicos e estejam sendobeneficiadas com recursos públicos (Lei n°9.504/97, art. 24, § Único);

XIII - cartórios de serviços notariais e deregistro.

§ 1º O uso de recursos recebidos de fontesvedadas constitui irregularidade insanável ecausa para desaprovação das contas.

§ 2º Os recursos de fontes vedadasdeverão ser transferidos ao Tesouro Nacional,por meio de Guia de Recolhimento da União(GRU), pelo partido político, pelo comitêfinanceiro ou pelo candidato até 5 dias apósa decisão definitiva que julgar a prestação decontas de campanha, com a apresentação dorespectivo comprovante de recolhimentodentro desse mesmo prazo.

§ 3º A transferência de recursos de fontesvedadas para outros candidatos e comitêsfinanceiros não isenta os donatários daspenalidades previstas no § 1º deste artigo.

§ 4º A eventual restituição dos recursosde fontes vedadas não afasta o cumprimentoda obrigação prevista no § 2 o deste artigo..

DAS DOAÇÕES

Art. 16. Observados os requisitosestabelecidos no art. 1º desta resolução,candidatos, partidos políticos e comitêsfinanceiros poderão receber doações depessoas físicas e jurídicas mediantedepósitos em espécie, devidamenteidentificados, cheques cruzados e nominais outransferências bancárias, ou ainda em bens eserviços estimáveis em dinheiro, paracampanhas eleitorais.

§ 1º As doações referidas no caput ficamlimitadas (Lei n° 9.504/97, arts. 23, § 1º , I e II, § 7o e 81, § 1º):

I - a 10% dos rendimentos brutosauferidos no ano anterior à eleição, no casode pessoa física, excetuando-se as doaçõesestimáveis em dinheiro relativas à utilizaçãode bens móveis ou imóveis de propriedadedo doador, desde que o valor da doação nãoultrapasse R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais),apurados conforme o valor de mercado;

II - a 2% do faturamento bruto do anoanterior à eleição, declarado à ReceitaFederal do Brasil, no caso de pessoa jurídica;

III - ao valor máximo do limite de gastosestabelecido na forma do art. 2 o desta resolução,caso o candidato utilize recursos próprios.

§ 2º São vedadas doações de pessoasjurídicas que tenham começado a existir, como respectivo registro, no ano de 2010.

§ 3º Toda doação a candidato, a comitêfinanceiro, ou a partido político, inclusiverecursos próprios aplicados na campanha,

deverá fazer-se mediante recibo eleitoral (Lein° 9.504/97, art. 23, § 2º).

§ 4º A doação de quantia acima doslimites fixados neste artigo sujeita o infrator aopagamento de multa no valor de 5 a 10 vezesa quantia em excesso, sem prejuízo deresponder o candidato por abuso do podereconômico, nos termos do art. 22 da LeiComplementar n° 64/90 (Lei n° 9.504/97, arts.23, § 3º , e 81, § 2º).

§ 5º Sem prejuízo do disposto no § 4º , apessoa jurídica que ultrapassar o limite dedoação, fixado no inciso II do §1° deste artigo,estará sujeita à proibição de participar delicitações públicas e de celebrar contratos como poder público pelo período de 5 anos, pordecisão da Justiça Eleitoral, em processo noqual seja assegurada a ampla defesa (Lei n°9.504/97, art. 81, §3°).

§ 6º A verificação da observância doslimites estabelecidos, após a consolidação peloTribunal Superior Eleitoral dos valores doados,será realizada mediante o encaminhamento dasinformações à Receita Federal do Brasil que,se apurar alguma infração, fará a devidacomunicação à Justiça Eleitoral.

Art. 17. As doações realizadas entrecandidatos, comitês financeiros e partidospolíticos deverão fazer-se mediante reciboeleitoral e não estão sujeitas aos limites fixadosnos incisos I, II e III do § 1º do artigo anterior.

§ 1º As doações previstas no caput desteartigo, caso oriundas de recursos próprios docandidato, deverão respeitar o limite legalestabelecido para pessoas físicas.

§ 2º Os empréstimos bancárioscontraídos pela pessoa física do candidatoserão considerados doação de recursospróprios se aplicados na campanha eleitoral.

Art. 18. As doações de recursos financeirossomente poderão ser efetuadas na contabancária mencionada no art. 9º desta resolução,por meio de (Lei n° 9.504/97, art. 23, § 4º):

I - cheques cruzados e nominais outransferência eletrônica de depósitos;

II - depósitos em espécie devidamenteidentificados com o número de inscrição no CPFou no CNPJ do doador até os limites fixadosnos incisos I e II do § 1º do art. 16 desta resolução;

III - mecanismo disponível na página dainternet do candidato, do partido ou dacoligação, permitindo inclusive o uso de cartãode crédito, e que deverá atender aosseguintes requisitos:

a) identificação do doador com CPF;b) emissão obrigatória de recibo

eleitoral para cada doação realizada;c) crédito na conta bancária de campanha

até a data limite para entrega da prestação decontas;

d) vencimento do boleto de cobrança atéo dia da eleição.

§ Único. O depósito de doações, emqualquer montante, realizado diretamente emconta bancária, não exime o candidato, opartido político ou o comitê financeiro de emitiro correspondente recibo eleitoral.

DA COMERCIALIZAÇÃO DE BENSE DA REALIZAÇÃO DE EVENTOS

Art. 19. Para a comercialização de bensou a promoção de eventos que se destinem aarrecadar recursos para campanha eleitoral,o comitê financeiro ou candidato deverá:

I - comunicar a sua realização,formalmente e com antecedência mínima de5 dias, ao Tribunal Eleitoral competente, quepoderá determinar a sua fiscalização;

II - comprovar a sua realização naprestação de contas, apresentando todos osdocumentos a ela pertinentes, inclusive os denatureza fiscal.

§ 1º Os valores arrecadados com avenda de bens ou com a realização de eventos,destinados a angariar recursos para acampanha eleitoral, constituem doação eestão sujeitos aos limites legais e à emissãode recibos eleitorais, não se aplicando a taisvalores o disposto no art. 23 desta resolução.

§ 2º O montante bruto dos recursosarrecadados deverá, antes de sua utilização,ser depositado na conta bancária específica.

§ 3º Nos trabalhos de fiscalização deeventos, previsto no inciso I deste artigo, a JustiçaEleitoral poderá nomear, dentre seus servidores,fiscais ad hoc para a execução do serviço,devidamente credenciados para sua atuação.

DA DATA LIMITE PARA AARRECADAÇÃO E DESPESAS

Art. 20. Os candidatos e comitêsfinanceiros poderão arrecadar recursos econtrair obrigações até o dia da eleição.

§ 1º Excepcionalmente, será permitidaa arrecadação de recursos após o prazofixado no caput, exclusivamente para quitaçãode despesas já contraídas e não pagas atéaquela data, as quais deverão estarintegralmente quitadas até a data da entregada prestação de contas à Justiça Eleitoral,sob pena de desaprovação das contas (Lein° 9.504/97, art. 29, § 3º).

§ 2º Eventuais débitos de campanha nãoquitados até a data de apresentação daprestação de contas poderão ser assumidospelo partido político, por decisão do seu órgãonacional de direção partidária comcronograma de pagamento e quitação (Lei n°9.504/97, art. 29, § 3º).

§ 3º No caso do disposto no parágrafoanterior, o órgão partidário da respectivacircunscrição eleitoral passará a responder portodas as dívidas solidariamente com ocandidato, hipótese em que a existência dodébito não poderá ser considerada como

Page 5: SOL DA REPÚBLICA

causa para a rejeição das contas (Lei n°9.504/97, art. 29, § 4º).

§ 4º Os valores arrecadados paraquitação dos débitos de campanha a que serefere o § 2 o deste artigo devem:

I - observar os requisitos da Lei n° 9.504/97 no que se refere aos limites legais deaplicação e às fontes lícitas de arrecadação;

II - transitar necessariamente pela contabancária específica de campanha, a qualsomente poderá ser encerrada após aquitação de todos os débitos.

§ 5º As despesas já contraídas e nãopagas até a data a que se refere o caputdeverão ser comprovadas por documentofiscal emitido na data de sua realização.

DOS GASTOS ELEITORAIS

Art. 21. São gastos eleitorais, sujeitos aregistro e aos limites fixados (Lei n° 9.504/97,art. 26):

I - confecção de material impresso dequalquer natureza e tamanho;

II - propaganda e publicidade direta ouindireta, por qualquer meio de divulgação,destinada a conquistar votos;

III - aluguel de locais para a promoçãode atos de campanha eleitoral;

IV - despesas com transporte oudeslocamento de candidato e de pessoal aserviço das candidaturas;

V – correspondências e despesas postais;VI - despesas de instalação, organização

e funcionamento de comitês e serviçosnecessários às eleições;

VII - remuneração ou gratificação dequalquer espécie paga a quem preste serviçosàs candidaturas ou aos comitês eleitorais;

VIII - montagem e operação de carros desom, de propaganda e de assemelhados;

IX - realização de comícios ou eventosdestinados à promoção de candidatura;

X - produção de programas de rádio,televisão ou vídeo, inclusive os destinados àpropaganda gratuita;

XI - realização de pesquisas ou testespré-eleitorais;

XII - custos com a criação e inclusão depáginas na internet;

XIII - multas aplicadas, até as eleições,aos partidos ou aos candidatos por infraçãodo disposto na legislação eleitoral;

XIV - doações para outros candidatos oucomitês financeiros;

XV - produção de jingles, vinhetas eslogans para propaganda eleitoral.

§ 1º Os gastos eleitorais de naturezafinanceira só poderão ser efetuados por meiode cheque nominal ou transferência bancária.

§ 2º Todo material impresso decampanha eleitoral deverá conter o número deinscrição no Cadastro Nacional da PessoaJurídica (CNPJ) ou o número de inscrição noCadastro de Pessoas Físicas (CPF) doresponsável pela confecção, bem como de

quem a contratou, e a respectiva tiragem (Lein° 9.504/97, art. 38, § 1º).

§ 3º Os gastos efetuados por candidato oucomitê financeiro, em benefício de outro candidatoou de outro comitê, constituem doações e serãocomputados no limite de gastos do doador.

§ 4º Na veiculação de material impressode propaganda conjunta de diversoscandidatos, os gastos relativos a cada umdeles poderão observar a regra constante doparágrafo anterior ou serem computadosunicamente na prestação de contas de quemhouver arcado com os custos (Lei n° 9.504/97, art. 38, § 2º).

§ 5º O beneficiário das doações referidasno parágrafo anterior deverá registrá-las comoreceita estimável em dinheiro, emitindo ocorrespondente recibo eleitoral.

§ 6º O pagamento dos gastos eleitoraiscontraídos pelos candidatos será de suaresponsabilidade, cabendo aos comitêsfinanceiros responder apenas pelos gastosque realizarem.

§ 7º Os gastos destinados à instalaçãofísica de comitês financeiros de candidatos ede partidos políticos poderão ser contratadosa partir de 10 de junho de 2010, desde quedevidamente formalizados e inexistentedesembolso financeiro.

§ 8º Poderão ser formalizados contratosque gerem despesas com a instalação decomitês financeiros de candidatos e departidos políticos a partir de 10 de junho de2010, desde que o desembolso financeiro sedê após cumpridos todos os requisitosexigidos no art. 1º desta resolução.

Art. 22. São vedadas na campanhaeleitoral:

I - a confecção, utilização, distribuiçãopor comitê, candidato, ou com a suaautorização, de camisetas, chaveiros,bonés, canetas, brindes, cestas básicas ouquaisquer outros bens ou materiais quepossam proporcionar vantagem ao eleitor(Lei n° 9.504/97, art. 39, § 6º).

II - quaisquer doações em dinheiro, bemcomo de troféus, prêmios, ajudas de qualquerespécie feitas por candidato, entre o registroe a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas (Lein° 9.504/97, art. 23, § 5º).

Art. 23. Com a finalidade de apoiarcandidato de sua preferência, qualquer eleitorpoderá realizar gastos totais até o valor deR$1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dezcentavos), não sujeitos à contabilização, desdeque não reembolsados (Lei n° 9.504/97, art. 27).

§ Único. Não representam gastos de quetrata o caput os bens e serviços entregues aocandidato, hipótese em que, por seremdoação, deverão observar o disposto no art.16 desta resolução.

DOS RECURSOS NÃO IDENTIFICADOS

Art. 24. Os recursos de origem nãoidentificada não poderão ser utilizados pelospartidos políticos, candidatos ou comitêsfinanceiros e deverão ser transferidos aoTesouro Nacional, por meio de Guia deRecolhimento da União (GRU), até 5 dias apósa decisão definitiva que julgar a prestação decontas de campanha, com a apresentação dorespectivo comprovante de recolhimentodentro desse mesmo prazo.

§ Único. A falta de identificação do doadore/ou da informação de números de inscriçãoinválidos no CPF ou no CNPJ caracteriza orecurso como de origem não identificada.

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS:DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS

Art. 25. Deverão prestar contas à JustiçaEleitoral:

I - todo e qualquer candidato, inclusive avice e a suplente;

II - os comitês financeiros;III - os partidos políticos.

§ 1º O candidato que renunciar àcandidatura, dela desistir, for substituído ou tivero seu registro indeferido pela Justiça Eleitoraldeverá prestar contas correspondentes aoperíodo em que participou do processo eleitoral,mesmo que não tenha realizado campanha.

§ 2º Se o candidato falecer, a obrigaçãode prestar contas, referente ao período em querealizou campanha, será de responsabilidadede seu administrador financeiro, ou, na suaausência, no que for possível, da respectivadireção partidária.

§ 3º Os candidatos às eleiçõesmajoritárias elaborarão a prestação de contas,encaminhando-a, por intermédio do comitêfinanceiro, ao Tribunal Eleitoral competente(Lei n° 9.504/97, art. 28, § 1º).

§ 4º Os candidatos às eleiçõesproporcionais elaborarão a prestação decontas, que será encaminhada ao respectivoTribunal Regional Eleitoral, diretamente poreles ou por intermédio do comitê financeiro.

§ 5º O candidato fará, diretamente ou porintermédio de pessoa por ele designada, aadministração financeira de sua campanha,usando recursos repassados pelo partidopolítico e pelo comitê financeiro, inclusive osrelativos à quota do Fundo Partidário, recursospróprios ou doações de pessoas físicas oujurídicas (Lei n° 9.504/97, art. 20 c/c o § 5º doart. 39 da Lei n° 9.096/95).

§ 6º O candidato é solidariamenteresponsável com a pessoa indicada noparágrafo anterior pela veracidade dasinformações financeiras e contábeis de suacampanha, devendo ambos assinar a respectivaprestação de contas (Lei n° 9.504/97, art. 21).

Page 6: SOL DA REPÚBLICA

§ 7º O candidato não se exime daresponsabilidade prevista no parágrafoanterior, alegando ignorância sobre aorigem e a destinação dos recursosrecebidos em campanha, a inexistência demovimentação f inanceira, ou, ainda,deixando de assinar as peças integrantesda prestação de contas.

§ 8º A ausência de movimentação derecursos de campanha, financeiros ou estimáveisem dinheiro, não isenta o candidato, o comitêfinanceiro ou o partido político do dever de prestarcontas na forma estabelecida nesta resolução,com a prova dessa ausência por extratosbancários, sem prejuízo de outras provas que aJustiça Eleitoral entenda necessárias.

§ 9º As contas dos candidatos a vice e asuplentes serão prestadas em conjunto ouseparadamente das prestações de contas deseus titulares.

§ 10. O diretório partidário nacional ouestadual/distrital deverá prestar contas dosrecursos arrecadados e aplicadosexclusivamente em campanha, sem prejuízo daprestação de contas prevista na Lei n° 9.096/95.

DO PRAZO PARA A PRESTAÇÃODE CONTAS

Art. 26. As contas de candidatos, inclusivea vice e a suplentes, de comitês financeiros ede partidos políticos deverão ser prestadas aoTribunal Eleitoral competente até 2 de novembrode 2010 (Lei n° 9.504/97, art. 29, III).

§ 1º O candidato e o respectivo vice quedisputarem o segundo turno deverãoapresentar as contas referentes aos doisturnos até 30 de novembro de 2010 (Lei n°9.504/97, art. 29, IV).

§ 2º A prestação de contas de comitêfinanceiro único e de partido político que tenhacandidato ao segundo turno, relativa àmovimentação financeira realizada até o primeiroturno, deverá ser apresentada no prazo referenteàs eleições proporcionais e às de senador.

§ 3º Encerrado o segundo turno, o comitêfinanceiro e o partido político de que trata oparágrafo anterior deverão encaminhar, noprazo fixado no § 1º deste artigo, a prestaçãode contas complementar, que abrange aarrecadação e a aplicação dos recursos detoda a campanha eleitoral.

§ 4º Findo o prazo a que se refere ocaput e o § 1º deste artigo, sem a prestaçãode contas, no prazo máximo de 10 dias, orelator notificará candidatos, comitêsfinanceiros e partidos políticos da obrigaçãode prestá-las, no prazo de 72 horas, sob penade aplicação do disposto no art. 347 doCódigo Eleitoral e de serem julgadas nãoprestadas as contas.

§ 5º A não apresentação de contas impedea obtenção de certidão de quitação eleitoral no

curso do mandato ao qual o interessadoconcorreu (Lei n° 9.504/97, art. 11, § 7º).

§ 6º Também consideram-se nãoapresentadas as contas quando a respectivaprestação estiver desacompanhada dedocumentos que possibilitem a análise dosrecursos arrecadados e dos gastos decampanha e cuja falta não seja suprida apóso prazo de 72 horas, contado da intimaçãodo responsável.

§ 7º O partido político, por si ou porintermédio de comitê financeiro, que descumpriras normas referentes à arrecadação e gastosde recursos fixadas na Lei n° 9.504/97, bemcomo nesta resolução, perderá o direito aorecebimento da quota do Fundo Partidário doano seguinte ao da decisão, sem prejuízo deos candidatos beneficiados responderem porabuso do poder econômico ou por outrassanções cabíveis (Lei n° 9.504/97, art. 25).

§ 8º A sanção a que se refere o parágrafoanterior será aplicada exclusivamente aoórgão partidário a que estiver vinculado ocomitê financeiro.

DAS SOBRAS DE CAMPANHA

Art. 27. Se, ao final da campanha, ocorrersobra de recursos financeiros, bens oumateriais permanentes, em qualquer montante,esta sobra deverá ser declarada na prestaçãode contas e comprovada, também nestemomento, a sua transferência à respectivadireção partidária ou à coligação, neste casopara divisão entre os partidos políticos que ácompõem (Lei n° 9.504/97, art. 31, caput c.c. oart. 34, inciso V, da Lei n° 9.096/95).

§ Único. As sobras de campanha serãoutilizadas pelos partidos políticos, devendo taisvalores ser declarados em suas prestaçõesde contas anuais perante a Justiça Eleitoral,com a identificação dos candidatos (Lei n°9.504/97 art. 31, § Único).

Art. 28. Constituem sobras de campanha:I - a diferença positiva entre os recursos

arrecadados e osII - os bens e materiais permanentes.

§ Único. O diretório estadual/distritalpoderá transferir as suas sobras de campanhaao diretório nacional e vice-versa.

DAS PEÇAS E DOCUMENTOSA SEREM APRESENTADOS

Art. 29. A prestação de contas deverá serinstruída com os seguintes documentos, aindaque não haja movimentação de recursosfinanceiros ou estimáveis em dinheiro:

I - Ficha de Qualificação do Candidato oudo Comitê

II - Demonstrativo dos Recibos Eleitorais;III - Demonstrativo dos Recursos

Arrecadados;IV - Descrição das Receitas Estimadas;

V - Demonstrativo das Despesas Pagasapós a Eleição;

VI - Demonstrativo de Receitas eDespesas;

VII - Demonstrativo do Resultado daComercialização de Bens

VIII - Conciliação Bancária;IX - Relatório de Despesas Efetuadas;X - Demonstrativo de Doações Efetuadas

a Candidatos ou a gastos realizados emcampanha

XI - extratos da conta bancária aberta emnome do candidato ou do comitê financeiroou do partido político, conforme o caso,demonstrando a movimentação ou a ausênciade movimentação financeira ocorrida noperíodo de campanha;

XII - canhotos dos recibos eleitoraisimpressos utilizados em campanha;

XIII - guia de depósito comprovando orecolhimento à respectiva direção partidária dassobras financeiras de campanha, quando houver;

XIV - declaração da direção partidáriacomprovando o recebimento das sobras decampanha constituídas por bens e/oumateriais permanentes, quando houver;

XV - documentos fiscais que comprovema regularidade dos gastos eleitorais realizadoscom recursos do Fundo Partidário, na forma doart. 31 desta resolução;

XVI - documentos fiscais que comprovema regularidade dos gastos eleitorais realizadospara a comercialização de bens e realizaçãode eventos, na forma do art. 19 desta resolução;

XVII - cópia do contrato firmado cominstituição financeira ou administradora decartão de crédito.

§ 1º O Demonstrativo dos RecursosArrecadados conterá todas as doaçõesrecebidas, devidamente identificadas, inclusiveos recursos próprios e estimáveis em dinheiro.

§ 2º A Descrição das Receitas Estimadasdeverá descrever o bem ou serviço doado,informando quantidade, valor unitário eavaliação pelos preços praticados no mercado,com indicação da fonte da avaliação, além dorespectivo recibo eleitoral, informando a origemde sua emissão.

§ 3º O Demonstrativo das DespesasPagas após a eleição deverá discriminar asobrigações assumidas até a data do pleito epagas após esta data.

§ 4º O Demonstrativo de Receitas eDespesas especificará as receitas, asdespesas, os saldos e as eventuais sobras decampanha.

§ 5º O Demonstrativo do Resultado daComercialização de Bens e da Realização deEventos discriminará:

I - o período da comercialização ourealização do evento;

II - o seu valor total;III - o valor da aquisição dos bens e

serviços ou de seus insumos, ainda querecebidos em doação;

Page 7: SOL DA REPÚBLICA

I V - a s especificações necessárias àidentificação da operação;

V - a identificação dos doadores.

§ 6º A Conciliação Bancária, contendo osdébitos e os créditos ainda não lançados pelainstituição bancária, deverá ser apresentadaquando houver diferença entre o saldofinanceiro do Demonstrativo de Receitas eDespesas e o saldo bancário registrado emextrato, de forma a justificá-la.

§ 7º Os extratos bancários referidos noinciso XI do caput deverão ser entregues emsua forma definitiva, sendo vedada aapresentação de extratos parciais ou queomitam qualquer movimentação ocorrida, semvalidade legal ou sujeitos à alteração.

§ 8º Os documentos integrantes daprestação de contas deverão serobrigatoriamente assinados:

I - pelo candidato e respectivo administradorfinanceiro de campanha, caso exista;

II - no caso de comitê financeiro ou departido político, pelo seu presidente e pelotesoureiro.

§ 9º As peças referidas nos incisos I a Xdo caput serão impressas exclusivamentepelo Sistema de Prestação de ContasEleitorais (SPCE), sem prejuízo de suaapresentação em mídia.

Art. 30. A comprovação das receitasarrecadadas será feita pelos recibos eleitoraisemitidos e extratos bancários.

§ Único. Na hipótese da arrecadação debens e serviços estimáveis em dinheiro, acomprovação das receitas se dará pelaapresentação, além dos canhotos de reciboseleitorais impressos, dos seguintes documentos:

I - nota fiscal de doação de bens ouserviços, quando o doador for pessoa jurídica;

II - documentos fiscais emitidos em nomedo doador ou termo de doação por elefirmado, quando se tratar de bens ou serviçosdoados por pessoa física;

III - termo de cessão, ou documentoequivalente, quando se tratar de benspertencentes ao doador, pessoa física oujurídica, cedidos temporariamente ao candidatoou ao comitê financeiro.

Art. 31. A documentação fiscalrelacionada aos gastos eleitorais realizadospelos partidos políticos, candidatos ou comitêsfinanceiros deverá ser emitida em nome destes,inclusive com a identificação do número deinscrição no CNPJ, observada a exigência deapresentação, em original ou cópia, dacorrespondente nota fiscal ou recibo, esteúltimo apenas nas hipóteses permitidas pelalegislação fiscal.

§ Único. Os documentos fiscais de quetrata o caput, à exceção daqueles previstosno art. 29, incisos XV e XVI, não integram a

prestação de contas, podendo ser requeridos,a qualquer tempo, pela Justiça Eleitoral parasubsidiar o exame das contas.

DO PROCESSAMENTODA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 32. A prestação de contas deverá serelaborada por meio do Sistema de Prestaçãode Contas Eleitorais (SPCE), instituído peloTribunal Superior Eleitoral.

Art. 33. Prestadas as contas, se o númerode controle gerado pelo sistema na mídia foridêntico ao existente nas peças por eleimpressas, o Tribunal emitirá o correspondentetermo de recebimento da prestação de contas.

§ 1º Não serão consideradas recebidasna base de dados da Justiça Eleitoral asprestações de contas que apresentarem:

I - divergência entre o número de controleconstante das peças impressas e o constanteda mídia;

II - inconsistência ou ausência de dados;III - falha na mídia;IV - ausência do número de controle nas

peças impressas;V - qualquer outra falha que impeça a

recepção eletrônica das contas na base dedados da Justiça Eleitoral.

§ 2º Ocorrendo quaisquer das hipótesesespecificadas no parágrafo anterior, serãodesconsiderados os documentos apresentadospara fins de análise, situação em que o SPCEemitirá notificação de aviso de impossibilidadetécnica de análise da prestação de contas, a qualdeverá ser reapresentada, sob pena de seremjulgadas não prestadas as contas eleitorais.

DA ANÁLISE E JULGAMENTODAS CONTAS

Art. 34. Para efetuar o exame das contas, aJustiça Eleitoral poderá requisitar técnicos doTribunal de Contas da União, dos Estados, doDistrito Federal, bem como de Tribunais eConselhos de Contas dos Municípios, pelo tempoque for necessário (Lei n° 9.504/97, art. 30, § 3º).

§ 1º Para a requisição de técnicos previstanesta resolução, devem ser observados osimpedimentos aplicáveis aos integrantes deMesas Receptoras de Votos, previstos nosincisos I a III do § 1º do art. 120 do Código Eleitoral.

§ 2º As razões de impedimentoapresentadas pelos técnicos requisitados serãosubmetidas à apreciação da Justiça Eleitoral esomente poderão ser alegadas até 5 dias a contarda designação, salvo na hipótese de motivossupervenientes (Código Eleitoral, art. 120, § 4º).

Art. 35. Havendo indício de irregularidadena prestação de contas, o relator ou, pordelegação, a unidade técnica responsável peloexame das contas, poderá requisitar diretamentedo candidato, do comitê financeiro ou do partidopolítico informações adicionais, bem como

determinar diligências para a complementaçãodos dados ou para o saneamento das falhas (Lein° 9.504/97, art. 30, § 4º).

§ 1º Sempre que o cumprimento dediligências implicar a alteração das peças,será obrigatória a apresentação da prestaçãode contas retificadora, impressa e em novamídia gerada pelo SPCE e acompanhada dosdocumentos que comprovem a alteraçãorealizada.

§ 2º As diligências mencionadas nocaput devem ser cumpridas no prazo de 72horas, a contar da intimação por fac-símile.

§ 3º Na fase de exame técnico, osagentes indicados no caput poderãopromover circularizações, fixando o prazomáximo de 72 horas para cumprimento.

§ 4º Determinada a diligência, decorridoo prazo fixado para o saneamento de falhassem manifestação, ou tendo sido prestadasinformações, ainda que insuficientes ao seusaneamento, será emitido o parecer conclusivo,salvo na hipótese em que se considerarnecessária a expedição de nova diligência.

Art. 36. Emitido parecer técnico peladesaprovação das contas ou pela aprovaçãocom ressalvas, o relator abrirá vista dos autosao candidato, ao comitê financeiro ou aopartido político, para manifestação em 72horas, a contar da intimação por fac-símile.

§ Único. Na hipótese do caput, havendoa emissão de novo parecer técnico queconclua pela existência de irregularidadessobre as quais não se tenha dadooportunidade de manifestação ao candidato,ao partido político ou ao comitê financeiro, orelator abrirá nova vista dos autos paramanifestação em igual prazo.

Art. 37. O Ministério Público Eleitoral terávista dos autos da prestação de contas,devendo emitir parecer no prazo de 48 horas.

Art. 38. Erros formais e materiaiscorrigidos ou irrelevantes no conjunto daprestação de contas, que não comprometamo seu resultado, não implicam a desaprovaçãodas contas e na aplicação de sanção acandidato ou partido político (Lei n° 9.504/97,art. 30, §§ 2 o e 2°-A).

Art. 39. O Tribunal Eleitoral verificará aregularidade das contas, decidindo (Lei n°9.504/97, art. 30, caput):

I - pela aprovação, quando estiveremregulares;

II - pela aprovação com ressalvas,quando verificadas falhas que não lhescomprometam a regularidade;

III - pela desaprovação, quandoverificadas falhas que lhes comprometam aregularidade;

IV - pela não prestação, quando nãoapresentadas as contas após a notificação ou

Page 8: SOL DA REPÚBLICA

não suprida a documentação a que se referem,respectivamente, o §§ 4 o e 6 o do art. 26 destaresolução.

§ Único. Julgadas não prestadas, masposteriormente apresentadas, nos termos dosarts. 29 e 33 desta resolução, as contas nãoserão objeto de novo julgamento, sendoconsiderada a sua apresentação apenas parafins de divulgação e de regularização noCadastro Eleitoral ao término da legislatura.

Art. 40. A decisão que julgar as contas doscandidatos eleitos será publicada até 8 dias antesda diplomação (Lei n° 9.504/97, art. 30, § 1º).

§ 1º Desaprovadas ou julgadas nãoprestadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterácópia de todo o processo ao Ministério PúblicoEleitoral para as medidas cabíveis.

§ 2º Na hipótese de gastos irregularesde recursos do Fundo Partidário ou daausência de sua comprovação, a decisão quejulgar as contas determinará a devolução aoTesouro Nacional no prazo de 5 dias após adecisão definitiva que julgou a prestação decontas de campanha.

Art. 41. A decisão que julgar as contaseleitorais como não prestadas acarretará:

I - ao candidato, o impedimento de obtera certidão de quitação eleitoral durante o cursodo mandato ao qual concorreu, persistindo osefeitos da restrição até a efetiva apresentaçãodas contas;

II - ao partido político, em relação às suaspróprias contas e às contas do comitêfinanceiro que a ele estiver vinculado, a perdado direito ao recebimento da quota do FundoPartidário no ano seguinte ao da decisão.

III - ao partido político, a perda do direitoao recebimento da quota do Fundo Partidáriono ano seguinte ao da decisão (Lei n° 9.054/97, art. 25).

§ Único. A penalidade prevista no inciso IIdeste artigo aplica-se exclusivamente à esferapartidária a que estiver vinculado o comitê.

Art. 42. Nenhum candidato poderá serdiplomado até que as suas contas tenham sidojulgadas.

Art. 43. A Justiça Eleitoral divulgará osnomes dos candidatos que não apresentaram ascontas referentes às campanhas e encaminharácópia dessa relação ao Ministério Público.

§ Único. Após o recebimento da prestaçãode contas pelo SPCE na base de dados daJustiça Eleitoral, será feito, no cadastro eleitoral,o registro relativo à apresentação, ou não, daprestação de contas, com base nas informaçõesinseridas no sistema.

DOS RECURSOS

Art. 44. Da decisão dos TribunaisRegionais Eleitorais que julgar as contas dos

candidatos, dos comitês financeiros e dospartidos políticos caberá recurso especial parao Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de 3dias, a contar da publicação no Diário daJustiça Eletrônico, nas hipóteses previstas nosincisos I e II do § 4 o do art. 121 da ConstituiçãoFederal (Lei n° 9.504/97, art. 30, § 6º).

DA FISCALIZAÇÃOArt. 45. Os candidatos, os comitês

financeiros e os partidos políticos deverãomanter à disposição da Justiça Eleitoral, peloprazo de 180 dias, contados da decisão finalque tiver julgado as contas, todos osdocumentos a elas concernentes, inclusive osrelativos à movimentação de recursos.

§ Único. Pendente de julgamentoprocesso judicial relativo às contas, adocumentação correspondente deverá serconservada até a sua decisão final (Lei n°9.504/97, art. 32, § Único).

Art. 46. O Ministério Público Eleitoral, ospartidos políticos e os candidatos participantesdas eleições poderão acompanhar o examedas prestações de contas.

§ Único. No caso de acompanhamentopor partidos políticos, será exigida indicaçãoexpressa e formal de seu representante,respeitado o limite de um por partido, em cadacircunscrição.

Art. 47. Os processos relativos àsprestações de contas são públicos e podemser consultados pelos interessados, desdeque não obstruam os trabalhos de exame dascontas e com prévia autorização do relator,podendo obter cópia de suas peças,respondendo pelos custos e pelo uso quefizerem dos documentos.

Art. 48. Os candidatos, os comitêsfinanceiros e os partidos políticos sãoobrigados a entregar, no período de 28 de julhoa 3 de agosto e 28 de agosto a 3 de setembro,os relatórios parciais discriminando osrecursos em dinheiro ou estimáveis emdinheiro que tenham recebido parafinanciamento da campanha eleitoral e osgastos que realizarem, em sítio criado pelaJustiça Eleitoral na internet para esse fim,exigindo-se a indicação dos nomes dosdoadores e os respectivos valores doadossomente na prestação de contas final de quetratam o caput e §§ 1º a 3 o do art. 26 destaresolução (Lei n° 9.504/97, art. 28, § 4º).

§ 1º Doadores e fornecedores poderão,no curso da campanha, prestar informações,diretamente à Justiça Eleitoral, sobre doaçõesaos candidatos, aos comitês financeiros e aospartidos políticos e, ainda, sobre gastos poreles efetuados.

§ 2º Para encaminhar as informações,será necessário cadastramento prévio nossítios dos Tribunais Eleitorais pararecebimento de mala-direta contendo link esenha para acesso, para divulgação.

§ 3º Durante o período da campanha, aunidade técnica responsável pelo exame dascontas poderá circularizar fornecedores edoadores e fiscalizar comitês de campanha,a fim de obter informações prévias ao examedas contas.

§ 4º As informações prestadas à JustiçaEleitoral poderão ser utilizadas para subsidiaro exame das prestações de contas decampanha eleitoral.

§ 5º A falsidade das informaçõesprestadas sujeitará o infrator às penas dos arts.348 e seguintes do Código Eleitoral.

Art. 49. Qualquer partido político oucoligação poderá representar à JustiçaEleitoral, no prazo de 15 dias da diplomação,relatando fatos e indicando provas, e pedir aabertura de investigação judicial para apurarcondutas em desacordo com as normas daLei n° 9.504/97 e desta resolução relativas àarrecadação e gastos de recursos (Lei n°9.504/97, art. 30-A, caput).

§ 1º Na apuração de que trata esteartigo, será aplicado o procedimento previstono art. 22 da Lei Complementar n° 64/90, noque couber (Lei n° 9.504/97, art. 30-A, § 1º).

§ 2º Comprovados captação ou gastosilícitos de recursos, para fins eleitorais, seránegado diploma ao candidato, ou cassado, sejá houver sido outorgado (Lei n° 9.504/97, art.30-A, § 2º).

§ 3º O prazo de recurso contra decisõesproferidas em representações propostas combase neste artigo será de 3 dias, a contar dadata da publicação do acórdão no Diário daJustiça Eletrônico (Lei n° 9.504/97, art. 30-A,§ 3º).

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 50. Os órgãos e entidades daadministração pública direta e indiretapoderão, quando solicitados, em casosespecíficos e de forma motivada, pelosTribunais Eleitorais, fornecer informações naárea de sua competência.

Art. 51. Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação, dela fazendo partetrês anexos: Anexo I - Modelo de ReciboEleitoral; Anexo II - Requerimento de Registrodo Comitê Financeiro; Anexo III -Requerimento de Abertura de Conta BancáriaEleitoral (RACE).

Brasília, 2 de março de 2010.

Legislação Compilada e Sistematizada,por Dr. Oswaldo Souza Oliveira, especialista

em Direito Público.Oswaldo Souza Oliveira & Pimenta - ConsultoriaJurídica de Direito Público, Eleitoral e Partidário.

Rua Álvaro Alvim, n.º 37 – Gr. 510/511/513 –Centro - Rio de Janeiro – RJ. Cep: 20.031-010 Tel/

Fax: (21) 25329009/ 22248963/78414410.