sociedade residencial athenas cnpj: 10.638.645/0001-08 · de valinhos, por intermédio do...
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LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL – 2010
SOCIEDADE RESIDENCIAL ATHENAS CNPJ: 10.638.645/0001-08
Marcos Mori Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180
LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL 2010
SOCIEDADE RESIDENCIAL ATHENAS 2
Índice
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ......................................................... 3
2. ACOMPANHAMENTO MENSAL ................................................................ 3
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ...................................................................... 3
3.1. Identificação .......................................................................................... 3
3.2. Ocupação do solo ................................................................................. 4
3.3. Caracterização ...................................................................................... 4
3.3.1. Área Particular ................................................................................ 4
3.3.1.1. Terrenos Residenciais ............................................................. 4
3.3.2. Área Comum................................................................................... 5
3.3.2.1. Ruas e Passeios ...................................................................... 5
3.3.3. Arborização .................................................................................... 6
3.3.4. Áreas Verdes .................................................................................. 6
3.3.5. Fauna ............................................................................................. 8
3.3.6. Abastecimento de Água .................................................................. 8
3.3.7. Rede de Captação de Águas Pluviais ............................................ 8
3.3.8. Rede de Esgoto .............................................................................. 9
3.3.9. Flora ............................................................................................... 9
3.3.10. Recursos Naturais ..................................................................... 12
3.3.11. Obras e terraplenagens ............................................................. 12
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 13
5. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES .......................................................... 13
6. ENCERRAMENTO .................................................................................... 14
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1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Em atenção à Notificação nº 09/2011, expedida pela Prefeitura do Município
de Valinhos, por intermédio do Departamento de Meio Ambiente/SPMA, em 28
de fevereiro de 2011 para o RESIDENCIAL ATHENAS, situado à Rua
Paiquerê, nº 465 – Jardim Paiquerê, elaborou-se o presente documento que
visa atender as exigências da Lei Municipal nº 4.123, de 04 de maio de 2007,
que dispõe sobre a necessidade de caracterização e monitoramento ambiental
dos recursos naturais incidentes em loteamentos fechados e condomínios
horizontais residenciais do Município de Valinhos.
Todas as informações constantes desse relatório foram obtidas em visitas
ao referido loteamento e descrevem a atual situação do empreendimento.
Laudo Técnico referente ao ano 2010.
2. ACOMPANHAMENTO MENSAL
Atendendo ao disposto nos artigos 4º e 5º da Lei Municipal nº 4.123/2007,
elaborou-se este laudo técnico ambiental com base nos relatórios mensais de
monitoramento do ano de 2010.
Durante visitas técnicas ao local, objeto do presente documento, foram
coletadas informações sobre as alterações na estrutura imobiliária (início e
término de obras de edificação) e observados os procedimentos adotados para
preservação e recuperação dos recursos naturais.
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O Diagnóstico Ambiental descreve a ocupação e uso do solo e trata da
identificação, caracterização e avaliação dos recursos naturais existentes no
empreendimento, conforme segue.
3.1. Identificação
O Residencial Athenas está situado à Rua Paiquerê, nº 465 e foi instalado
em um terreno de 56.115,04 m², geograficamente posicionado sob as
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coordenadas S 22°58'58.45" e O 47°00'50.10" tendo como marco a portaria
principal.
3.2. Ocupação do solo
O loteamento está dividido em Área Particular e Área Comum, distribuídas
da seguinte forma:
• Área Particular:
i. Terrenos Residenciais: ................................26.947,70 m²;
• Área Comum:
i. Ruas e Passeios: .......................................... 7.686,08 m²;
ii. Área Verde: ................................................. 18.674,16 m²;
iii. Área Institucional:............................................2.807,10 m².
3.3. Caracterização
3.3.1. Área Particular
3.3.1.1. Terrenos Residenciais
O loteamento é formado por 47 lotes, sendo que atualmente 12 possuem
construções de alvenaria já finalizadas, 5 estão em fase de construção e 30
lotes permanecem vazios.
Comparativo da ocupação do solo entre os anos de 2009 e 2010
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Grande parte dos terrenos vazios está recoberta com vegetação rasteira
que é controlada periodicamente por meio de roçadas e o material resultante é
espalhado por sua superfície. Para evitar acidentes e prejuízos ao meio
ambiente, e atendendo à legislação ambiental de Valinhos, Lei Municipal
nº 2.953, de 24 de maio de 1996, artigo 56 do Código de Posturas, é
expressamente proibido o método de queimadas para limpeza dos terrenos.
Os terrenos vazios têm sua vegetação constantemente roçada
Cada condômino é responsável pela manutenção e conservação da
estrutura imobiliária existente ou em construção no lote de sua propriedade,
assim como o controle periódico da vegetação dos terrenos sem edificações.
São de responsabilidade do loteamento as estruturas da Área Comum.
3.3.2. Área Comum
3.3.2.1. Ruas e Passeios
A rede viária do loteamento é formada por quatro ruas pavimentadas com
asfalto e delimitadas com guias de concreto. Os reparos, quando necessários
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são realizados por empresas especializadas que se responsabilizam pelo
descarte correto das sobras dos materiais utilizados.
Nos lotes edificados os passeios são recobertos geralmente por grama
esmeralda (Zoysia japonica), que permitem a infiltração da água da chuva.
Para facilitar o trânsito de pedestres, alguns são cortados longitudinalmente em
sua porção central por caminhos construídos de alvenaria ou pedra, em
conformidade com a lei municipal nº 3.320/99, a qual determina que todos os
terrenos que tenham guias e sarjetas devem ter passeio público. Nas áreas
localizadas em frente às residências é permitida a impermeabilização do
acesso de veículos às garagens. Os proprietários de imóveis em fase de
construção estão atendendo às normas para adequação e construção de
calçadas. Nos terrenos particulares vazios, grande parte dos passeios
apresenta-se recoberto por capim e são roçados sempre que necessário.
3.3.3. Arborização
A arborização viária é composta por exemplares de ipês variados
(Tabebuia sp.), aroeira salsa (Schinus molle) e quaresmeira (Tibouchina
granulosa), espécies arbóreas de pequeno a médio porte. Todas as plantas
apresentam bom estado fitossanitário e grande parte ainda é tutorada, com
alturas variando entre 1,00 e 1,50 metros.
Grande parte da arborização viária está tutorada e em fase de crescimento
3.3.4. Áreas Verdes
No loteamento existem duas áreas verdes:
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• Área Verde 1:
Área verde de 17.768,88 m² que contém Área de Preservação Permanente
(APP), com faixa de proteção a recursos naturais respeitada e protegida. Em
seu interior existe uma represa alimentada por córrego vindo de propriedade
vizinha. A vegetação arbórea é diversificada e a área é isolada do loteamento
através de muro de blocos de cimento.
A área verde é isolada do loteamento através de muro de blocos de concreto
Nas margens da represa existe uma área de reflorestamento
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Às margens da represa implantou-se uma área de reflorestamento
heterogêneo com várias espécies nativas e algumas exóticas, destacando-se
as árvores frutíferas para alimentação da fauna existente. O manejo e os tratos
culturais (condução por meio de tutoramento, poda de formação das copas,
controle de formigas cortadeiras e roçada das plantas rasteiras) vêm sendo
feitos regularmente de modo a garantir o pleno desenvolvimento da vegetação.
• Área Verde 2:
Área de 905,28 m², composta por um talude recoberto por grama
esmeralda (Zoysia japonica), grama batatais (Paspalum notatum) e capim-
braquiária (Brachiaria decumbens).
3.3.5. Fauna
No perímetro do loteamento existe fauna permanente. Observa-se com
freqüência a presença de bem-te-vis, sanhaços, beija-flores, maritacas,
corruíras, gaviões e pardais. Entre os mamíferos encontram-se pequenos
roedores e gambás. Os répteis, raramente observados, estão representados
por calangos e outras espécies de lagartos de menor porte. Não há registro da
ocorrência de cobras. Nenhuma das espécies citadas consta no Decreto
Estadual 42.838 de 04 de fevereiro de 1998 que “declara as espécies da fauna
silvestre ameaçadas de extinção e as provavelmente ameaçadas de extinção
no Estado de São Paulo e dá providências correlatas” e na Instrução Normativa
nº 3, de 27 de maio de 2.003, do Ministério do Meio Ambiente, que em seu
anexo fornece as listas das espécies da fauna brasileira ameaçadas de
extinção.
3.3.6. Abastecimento de Água
As necessidades hídricas são supridas por ligação direta das residências à
rede municipal de abastecimento.
3.3.7. Rede de Captação de Águas Pluviais
A captação de águas pluviais é feita através de bueiros localizados ao
longo das vias de circulação do loteamento e que se interligam a galerias
subterrâneas construídas com tubos de concreto, exclusivas para este fim. A
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estrutura foi devidamente calculada em função da área de drenagem e da
declividade do terreno. Toda a água captada é direcionada para a rede
municipal de águas pluviais, localizada na Avenida doutor Eraldo Aurélio
Franzese.
3.3.8. Rede de Esgoto
Todo o esgoto gerado pelas residências é coletado através de sistema
canalizado exclusivo para este fim e direcionado para a rede publica de coleta
de esgotos.
3.3.9. Flora
A flora existente no Loteamento Residencial Athenas está distribuída nos
terrenos residenciais, nos passeios e áreas verdes e encontra-se descrita no
item “Caracterização”.
São encontradas diversas espécies arbóreas na área verde 1, identificadas
nos Quadros A e B. Não se trata de um inventário florestal com quantificação
de indivíduos, mas um estudo qualitativo das espécies que compõem a mata
existente no perímetro do empreendimento.
Quadro A: Espécies arbóreas presentes na Área Verde 1
Nome popular / comum Nome cientifico Açoita-cavalo Luehea grandiflora
Amora-de-árvore Morus nigra
Angico Anadenanthera spp
Aroeira-branca Lithraea molleoides
Aroeira-mansa Schinus terebinthifolius
Aroeira-salsa Schinus molle
Bambu comum Bambusa vulgaris
Bananeira Musa paradisiaca
Bico-de-papagaio Euphorbia pulcherrima
Cambará Gochnatia polymorpha
Camboatã Cupania vernalis
Canela-fedorenta Nectandra rigida
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Canelinha Nectandra megapotamica
Canjarana Cabralea canjerana
Capixingui Croton floribundus
Cedro Cedrela fissilis
Cipreste Cupressus sp
Embaúba Cecropia glaziovi
Eucalipto Eucalyptus sp
Goiabeira Psidium guajava
Jacarandá-de-espinho Machaerium nyctitans
Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosifolia
Jacarandá-paulista Machaerium villosum
Leucena Leucaena leucocephala
Paineira Chorisia speciosa
Palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana
Pata-de-vaca Bauhinia forticata
Pau-d'óleo Copaifera langsdorffii
Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha
Pau-pólvora Trema micrantha
Pinheiro Pinus sp
Pinheiro-do-Paraná Araucária angustifolia
Pitangueira Eugenia uniflora
Quaresmeira Tibouchina granulosa
Nas dependências do loteamento existem árvores que necessitam de
autorização do Departamento de Meio Ambiente para a realização de podas
rasas ou supressão.
A área verde 1 apresenta vegetação secundária em estágios pioneiro,
inicial e médio de regeneração (RESOLUÇÃO CONAMA nº 001, de 31 de
janeiro de 1994), com fisionomia florestal, apresentando árvores de variados
tamanhos.
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Quadro B: Espécies arbóreas presentes no reflorestamento
Nome popular / comum Nome cientifico Amora-de-árvore Morus nigra
Aroeira-mansa Schinus terebinthifolius
Cabreúva Myroxylon peruiferum
Canela-fedorenta Nectandra rigida
Castanha-do-maranhão Pachira aquatica
Cinamomo Melia azedarach
Goiabeira Psidium guajava
Guapuruvu Schizolobium parahyba
Ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha
Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosifolia
Jambolão Syzygium cumini
Jatobá Hymenaea courbaril
Paineira Chorisia speciosa
Palmeira jerivá Syagrus romanzoffiana
Pata-de-vaca Bauhinia forticata
Pitangueira Eugenia uniflora
Uvaieira Eugenia pyriformis
A área de reflorestamento é constantemente roçada
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3.3.10. Recursos Naturais
Existe uma Área de Preservação Permanente - APP com limites
respeitados, sem construções, com trechos reflorestados e enriquecidos com
plantas nativas e algumas exóticas, principalmente frutíferas. A ação antrópica
é praticamente nula, devido o isolamento da mata por muro de alvenaria e
portão de ferro trancado com cadeado, com acesso controlado para garantir
que não hajam intervenções não planejadas ou não autorizadas pelos órgãos
competentes. O loteamento é servido por um córrego que abastece um lago e
um brejo à jusante. É
respeitado o estabelecido
na Lei Federal nº 4771/65,
que prevê faixa ciliar de 30
metros de largura ao longo
de curso d’água com menos
de 10 metros de largura e
faixa de 30 metros às
margens das represas como
Áreas de Preservação
Permanente.
3.3.11. Obras e terraplenagens
Apesar da reduzida dimensão do loteamento encontramos duas situações
muito distintas no que diz respeito à terraplenagem. Tendo como referência a
portaria principal, na porção inicial do empreendimento a declividade é
pequena, o que diminui a movimentação de terra. Já na porção abaixo, a
declividade dos terrenos é maior e as obras que envolvam terraplenagem
devem ser bem avaliadas e executadas com precisão, afim de que a terra
resultante das atividades de corte e aterro não seja carreada pela água das
chuvas para a rede de captação pluvial, causando assoreamento em córregos
e represas à jusante do loteamento. A retirada das sobras de terra é de
responsabilidade do proprietário do lote. Em 2010, um terreno teve suas obras
iniciadas.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por apresentar 75% dos terrenos sem edificações ou em obras, o
Loteamento Residencial Athenas é passível de geração de resíduos
impactantes, tais como restos de concreto e de materiais de construção e
sobras de terra provenientes de terraplenagem. Para que não haja prejuízos ao
meio ambiente, os responsáveis pelo empreendimento estabeleceram que os
resíduos são de responsabilidade dos proprietários dos lotes e devem ser
coletados e retirados da obra por empresas especializadas que garantam o
destino correto desses materiais.
As árvores do sistema viário estão em desenvolvimento e são necessárias
podas periódicas para que haja uma boa conformação das copas. Haverá
reposição de algumas mudas durante o ano de 2011. Os procedimentos são
executados por profissionais treinados para tal fim.
O acesso restrito à mata que forma a APP garante que não haja intervenção
em seu desenvolvimento.
Durante as visitas de acompanhamento mensal não foram registrados
vazamentos nas redes de água e esgoto.
Existem pontos de erosão laminar no interior do loteamento, ocorrendo com
maior freqüência em lotes sem edificações e com maior declividade do terreno.
5. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES
Os aspectos legais pertinentes ao cumprimento da Lei do Município de
Valinhos nº 4.123, de 04 de maio de 2007 e que nortearam a elaboração deste
estudo, estão inseridos nas seguintes normas ambientais:
• Lei Federal nº 4.771/65 e suas alterações;
• Decreto Estadual nº 42.838 de 04 de fevereiro de 1998 – Declara
as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as
provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e
dá providências correlatas;
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• Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de 2003 / Ministério do
Meio Ambiente – Listas das espécies da fauna brasileira
ameaçadas de extinção;
• Resolução CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994;
• Lei Municipal nº 3.320, de 10 de junho de 1999, que dispõe sobre a
execução de muro de alinhamento e passeio-público;
• Lei Municipal nº 2.953, de 24 de maio de 1996, Artigo 56 do Código
de Posturas.
6. ENCERRAMENTO
Nada mais havendo a esclarecer, encerro o presente laudo que consta de
14 (quatorze) folhas impressas eletronicamente de um só lado, datado e
assinado. Acompanha um anexo com imagem de satélite detalhando o
perímetro do loteamento e uma cópia da Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) do engenheiro agrônomo responsável pelo laudo técnico.
Valinhos, 23 de abril de 2011.
__________________________
Marcos Mori
Engenheiro Agrônomo CREA 5061317180
ART nº 92221220110465736
__________________________
Raquel Cristina Garavello Urso
Presidente Sociedade Residencial Athenas