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    23/11/2014 - Copyleft

    Socialismo e comunismo, modo de uso:manual didáticoSegundo matéria recente publicada no Globo, o capitalismo deu muito certo. Pelomenos para as 85 pessoas mais ricas do mundo ou cerca de 1% da população.

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    Ainda mesurpreendo comgente que afirmarepudiar os ideaiscomunistas ousocialistas porqueeles “não deramcerto” em partealguma. Emresposta a essaafirmação o que me

    vem em mente éuma pergunta:Então o capitalismodeu certo?

    Bom, parece que segundo matéria recente publicada no Globo, o capitalismo deu muitocerto. Pelo menos para as 85 pessoas mais ricas do mundo ou cerca de 1% da população.Segundo a pesquisa citada, essa elite de 85 pessoas acumula a mesma riqueza que os 3,5bilhões mais pobres do planeta. A matéria afirma ainda que cerca de 1% da população detéma metade da riqueza mundial. Sendo assim, minha pergunta também pode ser feita de outromodo: Se é que o capitalismo deu certo, deu certo pra quem?

    Suspeito que, quando se supõe que o capitalismo tenha “dado certo”, se queira dizer que ocapitalismo trinfou. Infelizmente, disso eu não tenho dúvidas. Se é eticamente permitido queao dividirmos uma pizza gigante ao meio, metade dela seja fatiada para 85 pessoas e a outrametade seja fatiada para 3,5 bilhões de pessoas, então só podemos confirmar que ocapitalismo triunfou. Ou seja, os melhores e maiores pedaços de pizza serão sempre paraquem pode pagar por eles. E o mais cruel é que se você quiser um pedaço melhor de pizza,terá que disputa-lo competindo com os que, como você, têm acesso à segunda metade dapizza. Ou você acredita mesmo que poderá alcançar uma migalha que seja da primeirametade? Esqueceu? Estamos falando de capitalismo. Os tais 1% que desfrutam da primeirametade da pizza têm dinheiro suficiente para não deixar que você nem mesmo sinta o cheiodela.

    E melhor, eles têm poder suficiente para fazer você acreditar que essa história de comunismo

    ou socialismo são ideias retrógradas de gente do mal que não sabe respeitar o pedaço depizza alheio. Ou seja, para protegerem seus pedaços de pizza eles precisam nos fazeracreditar que é ultrapassada a ideia de compartilharmos de maneira mais igualitária essapizza gigante. Cada um tem o pedaço de pizza que lhe cabe e ponto. Se alguns têm umpedaço de pizza bem maior que do outro, e outros não têm nenhum pedaço de pizza,paciência! Ao invés de ficarmos fomentando essa coisa de socialismo ou comunismo, lendoMarx ou citando Badiou, tratemos de trabalhar com dedicação e persistência paraconseguirmos nosso próprio pedação da pizza, fazendo assim que o capitalismo também dêcerto para nós.

    Sintetizando: Se o capitalismo não deu certo pra você é apenas por culpa sua. Porque se eledeu certo para alguns pode dar certo para você também, basta que você tenha fé e trabalhe.

    No entanto, existe um grande problema com essa teoria do capitalismo, chamada demeritocracia, que é um problema matemático. Vamos supor que essa teoria funcione e que99% da população mundial resolva, com fé e trabalho, conquistar o mesmo pedaço de pizzaque o seleto grupos dos 1%. Matematicamente, para que isso seja possível, teríamos queaumentar essa pizza (inteira) pelo menos 99 vezes, só assim todos teriam a possibilidade deter pedaços de pizza parecidos com as dos 1%, não é mesmo?

    Entretanto, tal estratégia tem dois problemas graves. Primeiro: a pizza, por uma limitaçãoecológica, jamais poderá ser ampliada 99 vezes sem que entremos em colapso. Para se teruma ideia, se todos os habitantes da terra consumissem como um americano médio (eudisse médio), nos seriam necessários quatro planetas Terra. Segundo: na medida em que apizza cresce e as mesmas regras capitalistas são mantidas, o mais provável é que os pedaços

    extras de pizza fiquem para os que já têm pizza suficiente, afinal, eles são os mesmos quetêm recursos de sobra para adquiri-los. Não é obvio?

    Se você ainda não desistiu do texto e acompanhou meu raciocínio até aqui, já começou aentender o que move os ideais comunistas ou socialistas. Eles pensam em estratégias paraque nossa pizza gigante seja dividida de forma mais equânime, para que não tenhamosdistorções tão injustas como as que vemos.

    Mas aí vem outra questão importante para socialistas e comunistas. Como faremos para quea riqueza que está acumulada nas mãos dos 1% mais ricos ou dos 85 (os mais ricos dentreos mais ricos), seja melhor distribuída, chegando especialmente, aos mais pobres emiseráveis? Antes de tentar responder esta pergunta, preciso abrir outro parágrafo.

    Suspeito que o que chamei antes de triunfo do capitalismo, se deu por um motivo bastantesimples. O capitalismo é um modelo econômico que repete o nosso modo mais primitivo deexistência que é a chamada Lei da Selva, onde os mais fortes e mais aptos sobrevivem. Umavez regidos pela Lei da Selva (daí o termo “capitalismo selvagem”) os mais frágeis, incapazesde vencer a luta pela sobrevivência, simplesmente não merecem viver, essa é a ordemnatural das coisas. Isso faz com que a sustentação ideológica mais forte do capitalismo sejasua naturalização. Digamos, então, que o socialismo e o comunismo vieram para subverter aordem natural das coisas. Vieram para desnaturalizar a Lei da Selva e inventar uma novaordem, a de que todos merecem ter uma chance de sobreviver, mesmo os mais frágeis.Pensando na nossa pizza gigante, a utopia socialista-comunista é que todos deveriam teracesso a pedaços dignos de pizza, de forma mais igualitária possível e ninguém deveriapoder esbanjar pizza, enquanto outros não recebem uma migalha sequer.

    Voltando à nossa última pergunta: Quais as maneiras que socialistas e comunistas imaginamque sejam eficazes para redistribuir melhor essa pizza riqueza?

    Socialismo e comunismo - modo de usar

    Existem inúmeros teóricos e teorias que pensaram e pensam sobre o modo de uso dosocialismo e do comunismo. Algumas teorias acreditam que um governo comprometido comos mais frágeis só surgirá por meio da chamada Revolução, onde os mais pobres (a maioria)se unem e tomam para si o poder e a responsabilidade de repartir a pizza-riqueza. Em nome

    Rita Almeida

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    do bem comum, estatizarão a pizza, assim ela deixará de ser um bem privado, que beneficiauma minoria, para ser socializada em benefício da coletividade. Outras teorias defendem apresença do chamado Estado Forte, ou seja, um Estado que seja responsável por regular aeconomia, para que ela proteja os mais frágeis e redistribua de forma mais igualitária ariqueza circulante. Algumas correntes acreditam que seja possível implantar os ideaiscomunistas e socialistas por meios de leis mais justas, serviços públicos de qualidade,programas sociais e de redistribuição de renda. E há ainda os que, em nome do comunismoou socialismo, cometem equívocos e abusos, alguns deles absurdos e contraditórios. Mas,vale lembrar, que isso não é uma particularidade do comunismo ou do socialismo. Todo tipode atrocidade já foi cometida em nome das mais nobres causas. Guerras estúpidas sãotravadas em nome da democracia. Assistimos recentemente a violação da privacidade depessoas e Nações, tudo feito em nome da paz. Ao longo da história, povos inteiros já foramescorraçados e dizimados em nome de Jeová, Jesus Cristo, de Alá... A lista de absurdos évasta.

    Apesar das várias correntes e nuances comunistas e socialistas, o que elas têm em comum éque todas buscam evitar que a Lei da Selva do capitalismo prevaleça sem intervenções, talcomo desejaria o capitalismo liberal (liberado de qualquer intervenção do governo), ou suaforma mais moderna, o neoliberal. Por isso, a concepção de Estado Mínimo – um Estado que

    tenha o mínimo de influência na sociedade, especialmente na economia – é a que maisfavorece que o capitalismo floresça em toda a sua plenitude, alcançando toda a crueldade eselvageria que lhe seja permitido.

    Mas você pode agora estar se perguntando se poderíamos ter um capitalismo maishumanizado, menos competitivo e cruel. Citando Marx, o capitalismo se fundamenta namais-valia e no exercito de reserva. Simplificando, é necessário que sempre haja pobres (omaior número possível a fim de baratear o preço da mão de obra) dispostos a trabalhar parasobreviver (exercito de reserva), para que a riqueza possa, então, ser deles extraída (mais-valia) e se acumule nas mãos de alguns poucos. Sendo assim, não há humanismo nocapitalismo, é o homem sendo o lobo do homem.

    Para quem perdeu as aulas de história, vale lembrar que socialismo e comunismo são irmãosgêmeos do capitalismo, nasceram juntos. De fato, o socialismo e o comunismo nascerampara questionar e problematizar as contradições impostas pelo capitalismo. Em últimaanálise, vieram para injetar humanismo no capitalismo. Por exemplo, sabemos que nasprimeiras fábricas capitalistas os trabalhadores (homens, mulheres e até crianças)mantinham jornadas de até 16 horas diárias e sem direito a descanso semanal, férias equalquer outra garantia trabalhista ou proteção social. Sendo assim, todas as conquistas dostrabalhadores desde o início do capitalismo, foram alcançadas pelo jogo de forças queimpediam – não sem muita luta – que a ordem natural do capitalismo seguisse seu fluxo.Foram os ideais comunistas e socialistas que sempre fizeram, e sempre farão, contraponto aodesejo capitalista de acumular mais e mais à custa da exploração de outro ser humano e damiséria de muitos outros.

    Socialismo e Comunismo fracassaram?

    Lanço agora uma outra pergunta: Se acreditamos que o capitalismo triunfou em certamedida, isso quer dizer que socialismo e comunismo fracassaram ou sucumbiram? Na minhaopinião, não, e vou explicar. Marx concebia o comunismo como movimento que reage aosantagonismos do capitalismo e não como um modelo de sociedade ideal. Sendo assim,enquanto o capitalismo existir, com suas contradições e desigualdades, a “hipótesecomunista”, como diz Alain Badiou, permanecerá viva. Badiou afirma ainda: “se essahipótese tiver de ser abandonada, então não vale mais a pena fazer nada na ordem da açãocoletiva. (...) Cada indivíduo pode cuidar de sua vida e não se fala mais nisso”.

    Um dado curioso é que os defensores do Estado Mínimo, em geral adeptos do capitalismo,criticam os governos socialistas e comunistas por nutrirem um Estado Forte que intervémconstantemente na economia, na política e nas corporações. Todavia, quando em 2009 aeconomia americana entra em colapso (mais uma vez), é nas portas desse mesmo Estadoque os banqueiros americanos vêm bater pedindo socorro. O que quer dizer mais ou menos oseguinte: “Nós, que fazemos parte da elite dos 1% que detém a metade pizza estamos tendoproblemas em administrar nossa metade e estamos temerosos em perde-la por completo,sendo assim, precisamos da ajuda do governo para que possam usar da sua parte da pizza, aque serve para socorrer os que tem pouca pizza ou pizza alguma, para nos reerguermos". Équando os ideais comunistas e socialistas servem, desta vez, para socializar o prejuízo, jáque o lucro é sempre privatizado.

    Socialismo e comunismo abrigam uma sociedade ideal?

    Já ficou claro que capitalismo, comunismo ou socialismo são modos de organizaçãoeconômica, são maneiras diferentes de pensar a divisão da pizza, sendo que, todos elespodem florescer em diferentes formas de governos, mais ou menos democráticos, mais oumenos corruptos, mais ou menos agressivos, mais ou menos estúpidos, mais ou menossanguinários e mais ou menos paranoicos. Não existe um ideal de sociedade. Capitalismo,socialismo e comunismo podem abrigar virtudes e mazelas.

    Por outro lado, sempre haverá uma tensão intransponível entre o individual e o coletivo,entre o privado e o público, entre o singular e o universal. Freud afirmava que a civilização sófoi possível porque o ser humano foi capaz de abrir mão da satisfação de suas pulsõesegoístas em nome da coletividade. Todavia, sabemos que essa renuncia não se dá semangústias e tensões. Digamos então que os ideais socialistas e comunistas nos auxiliam apensar o mundo para além do nosso próprio umbigo. Investem na constante construção deum mundo onde os interesses individuais precisam ser considerados, entretanto jamaispoderão ser maiores ou mais importantes que os interesses da coletividade.

    Eu não acredito numa sociedade ideal, num sistema de governo ideal, num sistemaeconômico ideal. No entanto, eu não posso viver num mundo onde 85 pessoas tenham maisimportância do que 3, 5 bilhões, sobretudo se eu sei que esses últimos não vivem, apenassobrevivem, quando sobrevivem. E é por isso, que eu me recuso terminantemente aabandonar os ideais socialistas e comunistas, pois são essas bandeiras que me permitem teresperança. Se eu não puder ao menos me envergonhar e me indignar por tanta injustiça edesigualdade e acreditar que temos rotas de fuga possíveis em direção a um outro mundo,duvido que conseguisse levantar da cama todos os dias pela manhã.

    Créditos da foto: ArquivoVoltar para o Índice

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    Tarcisio Zimmermann - 27/11/2014

    Imagino que o Sr. Fernando Cavalcanti seja um grande leitor do Marx... e da Veja... Mas com certeza, mais daúltima do que da primeira. Ou, então, talvez tenha lido Marx na Veja! Vamos lá: Quem é mesmo o dono dasverdades neste nosso tempo? Quem é mesmo tem a fórmula para todas as respostas? É ou não verdade queo mundo vive uma grave crise? É ou não verdade que temos riquezas suficientes para não deixar as centenasde milhões de humanos na mais extrema miséria? Inclusive os dos EUA e da rica Europa? É claro que o PT nãotem todas as respostas. Mas daí a desconhecer o inédito esforço dos governos do PT para levar milhões de jovens para as universidades, inclusive os filhos daqueles que, na sugestão do texto do Fernando nãoestudaram por "falta de esforço ou por burros e vagabundos" e por isso são hoje operários e operárias malpagos. Ou desconhecer o enorme esforço para o acesso à pré-escola, aos cursos de qualificação profissional etantos outros. Quem, então, vive de "mentiras e simplificações grosseiras", Sr. Fernando? Os que dizem queos outros são "preguiçosos e burros" ou os imbecis estudados de que pareces ser um exemplo? Mais umdetalhe: um instrumento democrático como a Carta Maior, até "faz o favor de complementar o seu comentárioanterior", mesmo que eivado de preconceitos típicos de uma visão estreita dos problemas que a humanidadeprecisa enfrentar. Já a tua Veja...

    Orlando F. Filho - 27/11/2014

    Opa! Temos mais um "sabe tudo" na área. O sr. Fernando Cavalcanti pensa que somos um bando de idiotas.Como dizia dylan; "vc não precisa de um meteorologista para saber de que lado o vento está soprando". Umcachorro, animal de estimação de muitas famílias pelo mundo, consome nos eua mais calorias do que umacriança africana e isto, segundo o sr. fernando, deve ser incompetência dos governantes e não um resultadode séculos de pilhagem dos grandes países capitalistas/imperialistas. Me parece que o carlão não achava ocapitalismo uma maravilha né. Mais um da turma do roberto danunzio. Dizer que a melhora de vida do povo é"uma bolha". Vá insultar a inteligência dos seus cumpinchas, fernando.

    Orlando F. Filho - 27/11/2014

    Como diz aquele velho ditado: "na hora da caganeira, todo mundo procura o banheiro".

    Gonzalo Deiró - 27/11/2014

    Tenho que parabenizar não somente a autora do artigo, mas também a Carta Maior. Esta é uma reflexão dasesquerdas que não perderam sua identidade por detrás do "progressismo". Tem muita luta pela frente nocampo social e econômico neste nosso Brasil sofrido. Tenho esperanças que se poderá construir uma

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    sociedade diferente onde a pizza seja melhor dividida. Depende de nos, e como dizem os Zapatistas: desdeabajo y hacia la izquierda"

    Carlos Kr emer - 27/11/2014

    Como.deixar de comentar um texto tão feliz... . Depois de lê-lo, junto aos comentários, lembrei-me dealgumas coisas que podem ajudar. O problema do limite de nosso planeta só tem uma solução: tentar reduziro crescimento populacional descontrolado. Como? Tentando ocupar(capitalismo(C) aqui ajuda) e fazersobreviver minimamente as pessoas(C atrapalha) ao mesmo tempo que educamos(C ajuda e atrapalha) aspessoas inclusive a ter menos filhos (ver países desenvolvidos). Para isso temos que terparcimônia(economia), paz(relativa), justiça(principalmente nas coisas vitais) e a busca constante daverdade(sem excesso de sobrenaturalidades) que nos possibilite nossa sustentabilidade maior possível nesteplaneta Gaia.

     Alchi mist da Sil va - 26/11/2014

    Excelente conteúdo. Didático, equilibrado e muito oportuno.

    Fernando Cavalcanti - 26/11/2014

    Por favor, complementem meu comentário anterior. É um texto sob medida para insuflar os ânimos dasmultidões. Aliás, o socialismo, desde o início, vive mesmo disso. De mentiras e simplificações grosseiras darealidade econômica. E de slogans com base nessas mentiras. Então todos se sentem muito nobres pordefender causas tão magnânimas, acham que realmente são injustiçados, embora sejam na maioriapreguiçosos e/ou burros, e que só não são milionários porque o capitalismo não deixa, é "excludente", blá,

    blá, blá. É como o PT. Aproveitou-se da bolha de bens acessíveis gerada pela entrada da China noCAPITALISMO e saiu vendendo que o breve enriquecimento da população se deveu a suas políticas populistas.Ledo engando, pelo qual estamos pagando caro. Não há como sustentar um modelo desses por muito tempo.Ou se investe em educação, em produtividade, ou se estagna. É o que estamos começando a experienciar,com esse governo Dilma II.

    John Cowperthwaite - 26/11/2014

    Olá, Rita. Eu sei como você pode ajudar essas 3,5 bilhões de pessoas, sem se ater a sociedades ideais e semprecisar roubar ninguém. Obtenha uma graduação em algum curso de engeharia de base (civil, elétrica,mecânica), ou torne-se auto-didata em administração, finanças e econometria. Entre em contato comempreendedores sociais e aprenda com a experiência deles. Empreenda ou patenteie algo, ou seja, faça a suapizza, seja onde você mora ou seja onde as 3,5 bilhões de pessoas moram. O lucro que você obtiver, sua fatiada pizza, você poderá doar para 1 ou todas as 3,5 bilhões de pessoas. Convença mais pessoas de bomcoração como você. Esse é um projeto muito mais viável e inspirador e que pode sim trazer um mundomelhor, sem violência. Você é uma pessoa de bom coração, mas seu texto possui muitos erros matemáticos epode induzir outras pessoas com deficiência na matéria a pensar como você, ainda que você ainda não estejatotalmente formada. Abraços e boa sorte.

    Fernando Cavalcanti - 26/11/2014

    Parei na metáfora da pizza. Vai estudar economia, mocinha, você não faz a menor ideia do que está falando. Émuita, muita burrice. Aliás, todo o ideal socialista sustenta-se em burrices várias, de gente que não entendenada de economia, nada de capitalismo e, desconfio, também nunca leu Marx. Se todo o dinheiro do mundofosse distribuído amanhã entre todos os habitantes do planeta, em uma semana todos teriam retornado a suacondição anterior. Fato. Estude. Aprenda. Pare de falar besteira. Existe riqueza que existem apenas comopotencial de investimento, e fariam o bolo inteiro murchar se entrassem no sistema produtivo de uma horapara a outra. Quer fazer o bem aos pobres? Dê-lhes educação (coisa com que o PT nunca se preocupou),aumente o valor de seu trabalho pela via da qualificação e da produtividade. Este é o único caminho, nunca hánem nunca houve outro, como aprenderam na marra os países que embarcaram na aventura socialista.

    Juca Ramos - 26/11/2014

    Artigo muito didático e claramente explicativo, mas que, ao apresentar os tais "ideais comunistas e socialistas"na mesma embrulhagem, turva um pouco as águas. Se Socialismo é aquilo pelo qual os líderes comunistaschamam os seus respectivos regimes, então não há o que discutir. Só que também se atribuem qualidadessocialistas à Social Democracia à la Escandinava , tal como praticada na época do virtuoso Olof Palme, daSuécia. Em outra paragem, já no final do artigo, a articulista conclue dizendo: "E é por isso, que eu me recusoterminantemente a abandonar os ideais socialistas e comunistas, pois são essas bandeiras que me permitemter esperança". Claro, cada um esposa a ideologia que quiser, mas se a sociedade for depositar suaesperanças na realização dos ideais comunistas, adeus Democracia! Perdão pelo excesso de franqueza, masnão dá para ver como a sociedade possa se beneficiar da realização de ideais que querem tomar o poder pelaforça e pela força tem feito das tripas coração para mantê-lo. Como já foi visto, o Comunismo não resolve osproblemas criados pelos vícios do Capitalismo, mas com suas práticas cria outros, tais como a repressãototalitária e irrespirável, a falta de liberdade política para a formação de lideranças autênticas, um climaopressivo que impede a criatividade e a inovação, e que a sociedade levará anos, até mesmo décadas, tendoque aturar ou tolerar. Definitivamente, não é disso que a sociedade precisa para a cura de seus males.

    Glauber Araujo - 26/11/2014

    Eu nao consigo acreditar que tem gente que ainda pensa que o capitalismo " deu certo". Peço para essaspessoas dar um passeio, pela Somália ou Haiti. Creio que a todos faltam um pouco de sensibilidade com acausa humana. Marx no capitulo XXIV do " O Capital" fala do acúmulo da riqueza. Se hoje existe um terceiromundo, existe porque fomos saqueados. As grandes riquezas estão empapadas com sangue dos povosoriginários. Outro mundo é possível. Capitalismo nao dá mais.

    Rodrigo Ricoy Dias - 25/11/2014

    Escrito com uma linguagem clara e até didática, o artigo resume muito bem as contradições, visíveis a olhonu, de um sistema que padece dos mesmos problemas já criticados há mais de 150 anos, mas que se adaptouo suficiente para desarticular o proletariado como classe, trazendo como resultado a existência de umamaioria de defensores até mesmo entre aqueles que jamais participarão efetivamente da divisão da riqueza.Parabéns à autora pela exposição singela.

    Nilson Caetano - 25/11/2014Era o que eu queria dizer e não sabia! Parabéns e obrigado pelo texto!

    Zenio Silva - 25/11/2014

    De tão simples é brilhante! Com a palavra os tais dos 1%!

    Roberto Locatelli - 25/11/2014

    Rosa Luxemburgo sintetizou a situação humana atual quando disse: "Socialismo ou barbárie". Essa é aencruzilhada em que estamos. O capitalismo continua produzindo crises, bolhas e desastres econômicos paraa maioria, enquanto os bilionários ficam mais bilionários.

    Mário SF Alves - 25/11/2014

    Muito bem. É preciso mesmo descascar essa jaca. É preciso mesmo trazer seu cerne à luz. E já passa da horade tomarmos essa decisão. Já passa da hora de desmascararmos todos os sistemas. É preciso mostrar arealidade, as virtudes, mas, também, as distorções éticas, morais e sujeições a falhas a que todos estãopropensos e/ou condicionados. Ressalte-se: de todos. De mais a mais, e o que pode ser o mais importante:todos eles passam. Tudo é transitório. É um dado na Natureza. A única coisa que não é transitória é a sede devida e de vida em plenitude comum a todos os seres vivos. Portanto, o que não se pode permitir em hipótesealguma é que quaisquer destes sistemas em nome de interesses de minorias ponham em risco asobrevivência, a dignidade, os direitos e os deveres fundamentais da maioria; e que é, neste caso, sobretudo,constituída pelo único ser vivo dotado de consciência na face deste singular e tão maravilhoso Planeta; o únicoque sabe de sua finitude; o único que sabe que vai morrer um dia; que tem consciência do infinito e doeterno, do inalcansável. O único que conscientemente dimensionar sua força, limites e fragilidades decorrentesda dor, da doença e da injustiça; o único que tem consciência de que é capaz de amar e de sentir compaixão.E o único que, paradoxalmente, está sujeito à autodestruição e à desumanização.

    Marcia Eloy - 25/11/2014

    O capitalismo deu certo para quem se beneficiou dele, pois é o regime mais egoísta do mundo.

    MIGUEL ANGELO GOMES DE ARA UJO - 25/11/2014Texto de linguagem simples e direta, de um extremo didatismo e precisão cirúrgica. Realmente temos de dizerBRAVO!!!

     Altamir Gonçalves Filg ueiras et Silv a - 25/11/2014

    Eu acho que as pessoas devem lutar pelo seu povo independentemente do Sistema. A gente deve se mobilizarpara aperfeiçoar o Capitalismo, para que não seja tanto hipocrisia como o é. Tem-se que assimilar as regrasdo jogo e interagir nele para que a filosofia se faça valer na justiça... Esta é uma luta menos impossível do queparece...

    Thiago dos Santos Paulo - 25/11/2014

    Inspirador esse último parágrafo!

    Jorge Luiz Faria Couto - 24/11/2014

    BRAVO!!!

    Mardones da Sil va - 24/11/2014

    Muito bom.

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