sobrecarga térmica dentro do contexto da nr-15 e da acgih · 2014-02-14 · tabela 1 *...

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Sobrecarga Térmica Revisão do Anexo 3 Consulta Pública MTE Rudolf M. Nielsen Eng. Industrial e de Seg. Trabalho Mestre Eng. Produção Ergonomia AIHA ACGIH - ABHO Fev 2014

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Sobrecarga Térmica Revisão do Anexo 3

Consulta Pública MTE

Rudolf M. Nielsen Eng. Industrial e de Seg. Trabalho

Mestre Eng. Produção – Ergonomia AIHA – ACGIH - ABHO

Fev 2014

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo

Quadros 1 e 2: colocar oC nos níveis indicados de IBUTG

Apêndice 1

1.4 a) o índice foi concebido somente para as situações em que a vestimenta de trabalho é constituída de calça e camisa de manga comprida, não podendo ser utilizado para roupas sobrepostas ou trajes encapsulados. Não é mencionada a correção do IBUTG em função do tipo de roupa utilizada (exemplos na tabela 1 do texto ESTRESSE POR CALOR, do livreto da ACGIH). CONSIDERO IMPORTANTE INDICAR ESSA CORREÇÃO.

Sobrecarga Térmica

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo

Apêndice 1

1.4 b) o índice somente pode ser utilizado para situações de trabalho com VRO inferior a 33,7 para pessoas aclimatadas e 31,7 para pessoas não aclimadadas. Qual a fonte desta afirmação? Isto significaria que é proibido realizar trabalhos (durante poucos minutos) em locais com IBUTG de 35 oC (por exemplo)? Recomendo retirar esta afirmação.

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo

Apêndice 1

Tabela 1 * transformação de kcal/h (por favor, kcal com k minúsculo!) em Watt dividir o valor em kcal/h por 0,87 (ou seja, 1 kcal/h = 1,15 W; a equivalência deveria ser apresentada inversamente: 1 kcal/h – 1,16 W). Ou indicar 0,86 (1 kcal/h = 1,1628 W ou 1 W = 0,8604 kcal/h) Pesado: 415 W e não 410. Descanso: recomendo manter conforme tabela da ACGIH: Repouso sentado 115 W, sem separação entre sentado e em pé, pois na prática, a pessoa sempre anda um pouco, alterna posições (em pé e sentado)... mas não objeciono esta separação.

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

A análise inicial deve ser semiqualitativa. Por exemplo, se o trabalho for estimado como moderado, pela tabela 1 o metabolismo é de 300 W, e pelo quadro 2, o Limite de Exposição é de 28,2 oC (se fosse leve, com 180 W, seria de 30,8 oC).

O que deverá ser feito, se o IBUTG determinado foi de 30,0oC? O Limite de Tolerância foi ultrapassado?

Nesse caso pode-se fazer uma avaliação quantitativa, mais detalhada, com análise das tarefas, estimativa dos metabolismos, determinação dos IBUTG e Metabolismos nos diversos locais (trabalho e descanso) e ajustes pelas roupas.

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

O Anexo poderia apresentar tabelas de metabolismo mais detalhadas, bem como indicar as etapas de uma análise quantitativa (cf. ISO 8996):

• Base (B)

• Postura (P)

• Tipo de Trabalho (W)

• Andando (D)

• Subindo (C)

Taxa Metabólica Total: B + P + W + D + C

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Metabolismo Basal + Postura Base

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Componente Nível Valor (W)

Basal 70

Postura Sentado 20

Em pé 45

Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Tipo de Trabalho (W)

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Tipo Nível Valor (W)

Variação

Mãos Leve 25 15 – 85

Pesado 70

Um braço Leve 65 50 – 75

Pesado 135

Ambos Braços Leve 115 70 – 245

Pesado 190

Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Tipo de Trabalho (W) continuação

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Tipo Nível Valor (W) Variação

Todo o Corpo Leve 225 175 a 1050

Moderado 340

Pesado 500

Muito Pesado

700

Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Andando: D = 3,3 x Vhor (Watt)

Vhor = Velocidade horizontal do andar (m/min)

• Incluir apenas distâncias horizontais

• Média em relação ao tempo total da tarefa

Subindo: C = 56 x Vvert (Watt)

Vvert = Velocidade da subida vertical (m/min)

• Incluir apenas distâncias verticais

• Média em relação ao tempo total da tarefa

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais Determinação do Metabolismo através da frequência cardíaca – a tabela 2 estima o metabolismo em função da frequência cardíaca, peso, idade e sexo do trabalhador avaliado, em Watt.

Sempre que for apresentada tabelas ou dados importantes (principalmente de normas como a ISO), as fontes devem ser indicadas. No caso, a norma ISO 8996:2004 (mesmo que esteja relacionada nos preâmbulos).

Esta norma indica o metabolismo em W/m2 (área externa da pessoa - homem padrão: 1,8 m2, mulher padrão: 1,6 m2). A tabela 2 apresenta o metabolismo em W (para homens e mulheres). Ou seja, os valores da tabela original foram multiplicados por 1,8 (homens) e 1,6 (mulheres). Mas com erros:

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais Determinação do Metabolismo através da frequência cardíaca – a tabela 2 estima o metabolismo em função da frequência cardíaca, peso, idade e sexo

do trabalhador avaliado, em Watts (continuação)

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(2,9 x HR – 150) x 1,6 = 4,64 x

HR – 240

(2,9 x HR – 150) x 1,8 =

5,22 x HR – 270

(3,7 x HR – 201) x 1,8 = 6,66 x

HR – 361,8

A tabela faz uma conversão com

erros (usa o mesmo fator para

homens e mulheres

Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Considero importante o controle da temperatura corpórea e dos batimentos cardíacos em casos específicos onde pode ocorrer condições que possam levar a uma sobrecarga térmica. Alguns exemplos:

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Outros exemplos: Oper. de Forno

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O monitoramento das

pulsações cardíacas

e temp. corpórea

indicaram bpm de até

158 com média móvel

de 151, acima de

85% do valor máximo

estipulado para 51

anos (171 bpm).

Temp. corpórea

máxima de 37,4 oC.

Este tipo de monitoramento é indicado quando não se pode

determinar o IBUTG no local de trabalho

Correções pela roupa

A ACGIH indica algumas correções devido às vestimentas, as quais reduzem as trocas de calor entre o indivíduo e o ambiente.

A determinação da resistência térmica de uma roupa é determinada em laboratório, com acompanhamento das variações de temperatura corporal, conforme esquema ao lado.

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Uma análise da Proposta de Texto Normativo Considerações Gerais

Estimativa do Fator de Correção pelas roupas O que tornam as roupas quentes? Isolamento: afeta a taxa de calor transferido pela convecção e radiação. Permeabilidade: afeta a taxa de resfriamento pela evaporação do suor

através da difusão. Ventilação: afeta a taxa de resfriamento pela evaporação do suor através da

convenção, conforme o ar se movimente ao redor e através da roupa. A norma ISO 9920-2007 fornece estimativas do isolamento das roupas, a partir de tabelas, tanto de conjunto de roupas como de peças individuais. De modo simplificado podemos considerar que o isolamento Icl = ∑ Icl u

(onde Icl ué o isolamento térmico efetivo das peças individuais). De preferência devem ser utilizados os isolamentos dos uniformes ou roupas com eventuais correções em relação à alguma peça.

Estimativa do Fator de Correção pelas roupas

A tabela ao lado representa a determinação de uma média das correções, em função de um estudo bibliográfico em relação às correções recomendadas do IBTUG em função do clo das roupas.

Observamos que esta tabela é resultado de um trabalho pessoal deste palestrante. Recomendamos cuidado na aplicação das correções com clo acima de 1,7

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Muito Obrigado! [email protected]

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