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Page 1: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's
Page 2: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Sobre o projeto de Manutenção

O projeto de Manutenção do Grupo CoMteMpu’s, ao todo, promove doze

meses de atividades continuadas do Grupo CoMteMpu’s, realizadas nas cidades de

Salvador, Aracaju e Recife. Grupo fundado em 2005 em Salvador-Ba, o CoMteMpu’s

sempre se caracterizou pela busca do entre pensar-fazer, dança-outro, arte-política-

cotidiano. Ao longo de sua história seus integrantes passaram autonomear-se Zezas

que produzem uma Dança Frouxa: uma dança movediça e por vir, disseminada em

obras, projetos, intervenções, ações e afetos.

Foi pensando no aprofundamento e na consolidação dos resultados em

processo que surgiu a idealização desse projeto. Ao todo serão nove ações

subdivididas em atividades de pesquisa, intercâmbios, eventos, ações urbanas,

temporadas de espetáculos, publicações e residências artísticas que se entrecruzarão

de setembro de 2011 a setembro de 2012.

As ações são:

ACÃO 1| Encontros e Grupo de Estudos: encontros regulares para realização de

ensaios, estudos bibliográficos, discussões, experimentações corporais e aprofundamento da

pesquisa em curso. Essa atividade é interna, porém interessados poderão participar dos

encontros mediante a solicitação prévia.

Zeza coordenador: Sérgio Andrade

AÇÃO 2| Organização de acervo e produtos culturais: catalogação de acervo e

elaboração de identidade visual para os produtos culturais do grupo. Atividade interna.

Zezas coordenadores: Mariana Gottschalk e Eros Ferreira.

AÇÃO 3| ZeZOU – Zonas de Ocupação Urbana: quatro zonas de ocupação em quatro

bairros de Salvador. A cada edição será convidado um artista (ou grupos/coletivos) que

junto ao Grupo CoMteMpu’s coordenará ações artísticas no local na buscando de tensões

entre dança, corpo e espaço urbano. Outros artistas, estudantes e pesquisadores

interessados em participar da elaboração das intervenções poderão se inscrever por

convocatórias lançadas no blog Zezolândia. Todas as ZeZOU são gratuitas e abertas ao

público geral.

Zeza coordenador: Sérgio Andrade e Iara Sales

AÇÃO 4| Painéis: apresentações públicas de resultados alcançados pela pesquisa em

andamento na Ação 1. Serão realizados quatro Painéis ao longo do projeto, podendo ser em

formatos diversos: performances, exposição, debates, intercâmbios, colagens, publicações,

aulas públicas etc. Atividade gratuita e aberta ao público geral.

Zezas coordenadores: Iara Sales e Victor Hugo

Page 3: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

AÇÃO 5| Recepção de estudantes bolsistas: recepção de dois bolsistas nas atividades

de pesquisa, criação e produção no grupo. Os bolsistas permanecerão por seis meses no

projeto alimentando, mutuamente, seus processos individuais de pesquisa e formação

artística e as atividades em curso do Grupo CoMteMpu’s. A seleção dos bolsistas se dará por

convocatória lançada no blog Zezolândia em Setembro de 2011.

Zeza coordenador: Victor Hugo

AÇÃO 6| Mostra de repertório local: temporada do espetáculo Safo (2009) em

Salvador. RELEASE EM ANEXO.

Zezas coordenadoras: Mariana Gottschalk e Natália Matos

AÇÃO 7| Mostra de repertório regional: circulação pelas cidades de Aracaju – SE e

Recife – PE dos trabalhos: (Semi)novissíssimos, ainda sem nome (2007); Safo (2009); Out-

doors 1 (2008). Serão realizados também dois encontros, um em cada cidade, com

estudantes dos cursos de graduação em Dança e Artes Cênicas locais para discutir a

temática de “Continuidade de Pesquisa em Dança em Processos Colaborativos de Grupo”.

Zezas coordenadoras: Iara Sales e Natália Matos

AÇÃO 8| Manutenção do blog Zezolândia: continuidade da programação ativa do blog

Zezolândia. Nesse espaço virtual são divulgadas as ações e convocatórias do projeto de

manutenção, além de postagens de registros e novos desdobramentos da pesquisa em

curso.

Zeza coordenador: Eros Ferreira

AÇÃO 9| Publicação de um compêndio: publicação impressa de um compêndio

ilustrado sobre os sete anos de pesquisa e atividades continuadas do Grupo CoMteMpu’s. A

publicação será composta por textos produzidos pelos integrantes do grupo em pesquisas

acadêmicas e postagens no blog Zezolândia, além de artigos de pesquisadores locais

convidados a desenvolverem temáticas afins.

Zeza Coordenador: Sérgio Andrade

Ficha Técnica|

Manutenção do Grupo CoMteMpu’s – Linguagens do Corpo*

Zezas: Aristina (la moñeca), Eros Ferreira, Iara Sales, Mariana Gottschalk, Natália

Mattos, Sérgio Andrade e Victor Hugo

Artistas Colaboradores: Aldren Lincoln, Carol Diniz, Milianie Mattos e Tonlin Cheng

Bolsistas: Aline Niere e Gathà

Equipe Técnica: Rivaldo Rio, Milianie Matos, Luís Parras e Paula Damasceno

Programação Visual: Tiago Ribeiro (fulaninho, fuleirinho, fuleiro)

Assessoria de Imprensa: Tati Rabello

Argumento e Direção Geral: Sérgio Andrade

Produção Executiva: Raema Nascimento e Sérgio Andrade

Page 4: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Realização|

sRg e Vergara Produções Artísticas & Grupo CoMteMpu’s

Apoios|

Apoio Financeiro: Funceb, Fundo de Cultura – Bahia, Governo da Bahia.

Apoio: Centro Cultural Ensaio

Contatos|

Salvador – Telefax: (71) 3431-4073 / Celular: (71) 8804-7249

Recife – (81) 9677-7380 / 8608-2627 (Iara Sales)

Blog CoMteMpu’s: http://www.zezolandia.blogspot.com

E-mail: [email protected]

Page 5: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

-- Releases

Page 6: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's
Page 7: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

SAFO

Mera coincidência com a poetisa de mesmo nome, mas aqui, “SAFO” vem de se safar: escapar, resistir, desviar, escorrer entre linhas e sobreviver em um ambiente onde já não se resolve ser contra ou favor, marginal ou centro, academia ou botequim. Pulverizam-se os heróis, os contra-heróis e os anti-heróis. Posturacorpodiscursos se [des]fazem a cada situação apresentada: vestir, desnudar, agir, gritar, mover – tanto faz. Imagens se colam num discurso hiper-dadá onde tudo cabe. Nesse ambiente a coerência não busca aproximar-se da realidade, ou se opor a ela. Tudo é um grande acordo onde nada mais importa além da sustentação e mobilidade da imagem-corpo. Assim dizemos em coro: Tanto faz – pelo não-fazer, pela não-defesa, pelo silêncio, pela amoralidade, pela tensão que não se concretiza, pela promiscuidade, pelo deboche, pela indolência, pelo não se importar, pelo ruído, pelo desnecessário e pela simples provocação – porque é isso que se espera de nós. Para que ser um homem bomba se posso ser um “homem-chabú”: que cria alarde, fede a pólvora queimada, incomoda, mas não despedaça o próprio corpo? Imagemcorpodiscursoprovocadorobjetoritualdançacoisamultilingueideosabotagemverycrazypeople.

Enfim, fizemos “mó” safadeza!

Page 8: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Concepção

A escolha de Safo para realizar

essa temporada se deu não somente

por ser o último espetáculo criado

pelo grupo, mas, também, por ele ter

sido produzido num momento de

grande maturidade da pesquisa do

Grupo CoMteMpu’s, intitulada de

Dança Frouxa e Zeza. A Dança Frouxa

é um ambiente de co-criação que

entende a Dança como um ambiente de conflito revisor de paradigmas e padrões rígidos no

nosso pensar-fazer artístico-político-cotidiano. O Zeza, por sua vez, é um codinome dado

pelo CoMteMpu’s ao estado de despretensão, e certa indolência, necessário ao corpo que

dança uma Dança Frouxa. Desde a fundação do grupo em 2005, os integrantes do

CoMteMpu’s passaram a autonomear-se Zezas, transgredindo assim limites entre arte e

vida.

A pesquisa do Zeza e da Dança Frouxa já se desdobrou em vários projetos dentro

grupo de diferentes naturezas, tais como: espetáculos, vídeos, performances, intervenções,

textos, intercâmbio e pesquisa acadêmicas (PIBIC, Mestrado e Graduação). Em Safo, o

CoMteMpu’s partiu inicialmente do cruzamento entre os contextos de subversão,

marginalidade e sabotagem, os quais sempre acompanharam as produções independentes

do grupo.

Iniciamos o processo de criação com observação de movimentos ditos ideológicos e

contra-ideológicos, suas contradições e intersecções. Ao longo de nossa história ocidental,

ao passo que encontraremos movimentos que formaram mentalidades e instituições,

encontraremos também tantos outros contra-movimentos, que por uma espécie de política

de inversão e sabotagem constituíram outras mentalidades e instituições, criando um jogo

de diferenciação e complementaridade: a Igreja Católica e o Feudo X Protestantes; a

Colonização e a Catequese X Iluminismo; o Estado e a Ditadura Militar X UNE, PT, entre

outros; o Racismo e a Branquitude X Movimento Negro; o Capitalismo e a Guerra X Hippies;

etc. Nesse jogo, ainda, poderíamos destacar também alguns possíveis símbolos, que a

Page 9: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

depender de que lado estejam e a quais interesses atendam, ganham o título de “heróis” e

passam a soar como orgulhos nacionais ou mundiais, como: o Papa e Lutero; Colombo e a

Revolução Francesa; Vargas e Lula; Ku Klux Klan e Martin Luther King; Adolf Hitler e John

Lennon; entre outros.

Hoje, com o que chamamos de “sistema dominante” – que com desgaste do próprio

consumo do termo, quase, se torna um entidade a qual chamamos de “o tal Sistema” –

esses nomes e ícones passam a conviver como uma espécie de salada fastfood de símbolos

de movimentos revertidos pelo fenômeno do “descartável”. Na lógica do consumo, tudo vira

ideologia descartável, até mesmo a contra-ideologia. O reverso passa a se comportar como

mais uma marca, criando cenas absurdas (?) como tomar Coca-Cola trajando uma camiseta

de Che Guevara. Nessa mesma construção podemos tecer outras relações (absurdas?): Rede

Globo e as Novelas X MTV e João Gordo; Coca Cola e American Way of Life X Guaraná

Antártica e Chapolin Colorado; entre outras. Aos heróis: a decadência; e a todo e qualquer

esforço de sabotagem: um sentimento de construção autodestrutiva.

Nessa rede de associações onde simplesmente ser contra ou favor já não dá mais

conta, o CoMteMpu’s parte então para se perguntar como essas questões constroem a

imagem do corpo contemporâneo: vivemos hoje um suposto dadaísmo (a)politizado? Como

conviver com jogos ideológicos: sabotar ou não sabotar? Se sim, como, sem possivelmente

Da esquerda para direita: Eros Ferreira, Mariana Gottschalk e o buquê de alface, Sérgio

Andrade com o rosto enfaixado com fita crepe, Iara Sales carregando Aristina, e Natália Matos

guiando seu cachorro de pelúcia. Foto Aldren Lincoln, 2009.

Page 10: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Papai me dá um dólar!

Papai me dá um dólar!

Papai me dá um dólar, que eu faço dois

reaaaaal...

Papai me dá um dólar!

Papai me dá um dólar!

Papai me dá um dólar, isso sim que é

capital.

“Papai me dá um dólar”, letra e música de Eros Ferreira (2008) cantada

numa cena do espetáculo Safo.

tornar uma proposta de sabotagem mais um slogan corporal? E por que não? Por que não

usar o choque de slogans como uma dessacralização? Para que ser um homem-bomba se

posso ser um homem-chabú, que faz alarde, fede a pólvora queimada mas não despedaça o

próprio corpo?

Daí surge a idéia de “safo” – do popular “se safar”. Aquele que se safa, anda na

marginalidade sem sair do centro, ou até mesmo prefere se manter marginal para que o

centro se incomode. Como o "Tráfico" (enquanto instituição), do qual se tirarmos todo olhar

moralista veremos um sistema paralelo que se mantêm pelas fragilidades do sistema central.

“Para quê legalidade se assim ganha-se mais?” O Tráfico lida com o ganho sob a própria

lógica do consumo, que antes repartiu e emancipou estados e sociedades, e, agora corrói

esses mesmos sistemas.

Assim, safar-se é como sobreviver em pleno estado de provocação. Provocação dos

ideais, das verdades que sustentam “o tal Sistema”, provocação de si mesmo: incomodar!

Essa idéia traz ao CoMteMpu’s um reforço a sua proposta de comportamento Zeza: que

provoca por sua aparente ação indolente, relaxada e que por muitas vezes soa como mais

um dos comportamentos que se espera: adere a tudo, e se mostra, sim, como um complexo

dadaísta, ou mesmo um subjétil. O Zeza pode

ser apático, antipático, agradável, bobalhão,

esperto e ágil. Cria simulacros para sobreviver

(se safar) e manter seu continuado estado de

provocação.

No espetáculo Safo, imagens, ações,

movimentos, objetos e sons se hiper-colam

construindo um ambiente que não se

preocupa em aproximar-se ou distanciar-se da

realidade. Os Zezas parecem querer a todo

custo provocar o público, fazê-lo reagir. Para

isso, lançam mão de uma postura cada vez

mais irônica e subversiva, invadindo espaços,

misturando referências e tornando a recepção

do público um ato participativo.

Page 11: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Assim, Safo não é um espetáculo somente para se ver, mas sim para se fruir por

diversas vias de percepção: jogo com imaginário, deformAção de referências e des-

apropriação de elementos da cultura local e global; pelo cumprimento de tarefas; pelo

deboche; por sabotagens de acordos entre público e obra; escutar um rock progressivo non

sense; e sentir na pele o medo da agressão que não se concretiza pelo prazer da ludicidade.

Seja qual for a estratégia de percepção, Safo parece clamar ao público: “Reaja! Faça a sua

parte! Criemos um ato, juntos!”.

A trilha sonora se utiliza de ruídos captados em tempo real pelo movimento dos

Zezas no palco, mixado a outras músicas e sons pré-gravados, além de em momentos contar

com uma banda de rock no palco e outras cantorias despretensiosas. O figurino se utiliza de

objetos, rótulos, modeladores corporais, tatuagens e acessórios que dão ao corpo zeza um

aspecto hora camuflado, hora extravagantemente sóbrio.

Em alguns momentos, os zezas usam camisas com estampas “Terrorista”, “Narco”,

“Che Guevera”, num troca-troca de rótulos e estilos [“clássicos ou básicos, tanto faz!”] que

multiplicam a concepção/leitura do espetáculo. Enquanto isso, o turbilhão não pára:

chuva/banho de pipocas num ritual irônico, pé de alface pendurado, chuva de balões no

público, guerra de sapatos – tudo parece despencar sobre as cabeças tanto de quem está

dentro quanto de quem está fora dos limites do palco, sugerindo a pergunta: há limite para

a festa?

Apoteose para um grande final e ritual de agradecimentos. Aplausos...

– Não acabou?

– Não! Alarde falso. Voltem todos às suas cadeiras, faltam ainda mais outros 20min.

Cena em que Sérgio Andrade (a esquerda) e Natália Matos (a direita) orientam o público a colocarem os baldes na cabeça.

Fotos de Aldren Licoln, 2009.

Page 12: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Durante toda a temporada de estréia de Safo em 2009, realizada durante os meses

de Julho e Agosto, em Salvador, o público reagiu das formas mais variadas ao tom de

deboche que os Zezas o tratavam. Ao fim do espetáculo, alguns ficavam por alguns minutos

parados diante do palco esperando se algo mais aconteceria com certa perplexidade com

tudo que tinha acontecido. Alguns registros em vídeo mostram pessoas saindo e

gesticulando obscenidades, outros dando gargalhadas altas, batendo nos baldes (objetos

cênicos dado ao público para se proteger da guerra de sapatos), estourando os poucos

balões que tinham caído em uma das cenas sobre suas cabeças.

Toda a profusão de ações e envolvimentos entre público e obra em Safo ilustra

claramente os mecanismos de ironia e subversão a qual a Dança Frouxa do CoMteMpu’s

lida. Nesse espaço, o corpo socialmente polido, colonizado, se desloca para o lugar de

transgressão. Isso não está somente deflagrado na indolência do Zeza de invadir o espaço do

outro, mas está também na indignação do público que gesticula obscenidades e revida a

provocação, participa e reivindica seu espaço de enunciação na obra.

Assim, Safo faz um convite ao público a contratar um “negócio arriscado” que salta

do palco para cima dele. É nesse risco que os Zezas do Grupo CoMteMpu’s mantêm o

caráter de imprevisibilidade, expectativa e vivacidade, de sua Dança Frouxa.

Page 13: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Ficha Técnica |

Grupo CoMteMpu’s

Zezas: Eros Ferreira, Iara Sales, Mariana

Gottschalk, Natália Matos e Sérgio Andrade

Estrelando: Aristina (la moñeca)

Cenografia: Miniusina de Criação

Execução Cenotécnica: Luís Parras e Paulo

Batistela (Nietzsche)

Pesquisa de Figurino: Carol Diniz

Iluminação: Rivaldo Rio

Ass. de Iluminação: Emillie Lapa

Operação de Luz: Milianie Matos

Concepção de Trilha Sonora: Tonlin Cheng

Palpietagem na Trilha Sonora: Pauliño Nunes

Sonoplastia: Tonlin Cheng e Aldren Lincoln

Música “Papai me dá um dólar”: Eros Ferreira

Músicos Convidados: Aline Santana (bateria) e

Leno (baixo)

Assessoria de Imprensa: Tati Rabello

Design Gráfico: Iara Sales e Tiago Ribeiro

Fotos: Aldren Lincoln

Direção Geral e Argumento: Sérgio Andrade

LINKS PARA INTERNET:

Video divulgação 1:

http://zezolandia.blogspot.com/2009/07/blog-

post.html

Vídeo Divulgação 2:

http://zezolandia.blogspot.com/2008/04/videoteca_

19.html

Page 14: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

(semi) novissíssimos, ainda sem nome

Page 15: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

(semi)novissíssimos, ainda sem nome.

O corpo como um fenômeno plástico, o corpo como um objeto, o corpo como uma coisa: O que é legítimo do corpo? O que permanece corpo? O que é (anti)providencial ou desnecessário

para essa imagem-corpo? Os Zezas trazem para cena o corpo-plástico-objeto-coisa.

Um corpo assimétrico e ágil que seduz e se exibe e distorce e manipula e se permite à manipulação, por trinta segundos de propaganda.

Em soluções pílulas de cena, os zezas em suas ações desajeitadas e aparentemente displicentes, subvertem os referenciais do corpo fantástico,

ditando ordem e significados [ir]reais para as formas distorcidas do corpo. Se acabaram com a festa, dêem a eles a TV e os programas de auditório.

E viva a decadência dos reis do pop, os (falsos) heróis sem poderes, os coronéis mancos, o descartável, o desnecessário,

num mundo de plástico, com coisas-seres-objetos-plásticos!

Foto Wallace Nogueira (2007)

Page 16: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Release

“(semi)novissíssimos, ainda sem” é um espetáculo do Grupo CoMteMpu’s – Salvador/Ba,

estreado em julho de 2007 no Teatro Vila Velha. A concepção da obra traz a discussão da utilização da

imagem do corpo na construção das relações movediças de poder na sociedade midiática, pesquisa

que o CoMteMpu’s vem chamando de “Corpo-Plástico-Objeto-Coisa (CPOC)”. Nos despertamos para

essa questão ao perceber que o agente negociador dessas relações é o corpo e que o objeto final de

manipulação é o próprio corpo, o que cria um paradoxo. Uma tentativa de construção de uma imagem

partida do seu próprio objeto – “do corpo para o próprio corpo” – como se os papéis (imagem e objeto,

possuidor e possuído) pudessem ser invertidos ou simplesmente afrouxados.

Foram nove meses de

desdobramento da pesquisa (Etapa

01 do projeto) até a primeira

apresentação de resultados de uma

“dança frouxa” intitulada de

“(semi)novissíssimos, ainda sem

nome”, organizada em treze cenas

que montam e se desmontam em

instantes, como as “pílulas” (ícones)

criadas pela cultura de massa. A

propaganda, a moda, a TV e todo esse ambiente regido por aparências/imagens deram mote para a

criação das metáforas do “Corpo-Plástico-Objeto-Coisa”: um corpo assimétrico que se exibe, manipula

e se permite a manipulação, que perde a forma e aparenta um orgulho decadente num jogo de

manipulações que compõem sua dança frouxa.

Em cena, os Zezas”1 apresentam uma partitura coreográfica esgarçada: transfiguram a forma e

retorcem e caem no chão e não quebram. Em falas displicentes, ditam expressões de ordem, ou

comando, sugerindo sentidos [ir]reais para as formas retorcidas do corpo, e ou simplesmente ação para

cena. Ditar regras, ações e conceitos por meio da palavra, configuradas em imagens, é mais uma

estratégia para discutir a relações de poder. Sua aparência displicente se abre para o exagero, o

descontrole, o desajeitado e comportamento variável.

A irreverência do Zeza provoca um estado de desorganização harmônica, onde as partes da

coreografia se embaralham e por muitas vezes “sobram”, criando arestas (excessos? desperdícios?)

que constroem significados positivamente ruidosos.

1 Integrantes co-criadores do CoMteMpu’s.

Page 17: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Os processos autobiográficos vivenciados durante a criação de (semi)novissíssimos, ainda

sem nome trouxeram para obra citações de objetos-imagem que recorrem ao cenário da década de

oitenta, época em que os Zezas co-criadores da obra viveram parte sua infância. Outras épocas

também vêm à cena. Épocas vividas, ou contadas por alguém, em algum jornal, ou programa de tv.

Referências misturam temporalidades permitindo à obra circular em analogias e ou transgressões a

ícones referenciais que constituíram a formação desses corpos.

A pesquisa cenográfica tomou como referência os antigos programas de auditório,

onde duas platéias se frontalizam e participam e assistem e gargalham e se exibem e se manipulam

junto aos apresentadores da tv para a câmera (ponto de fuga). No estúdio: a câmera. No espetáculo:

um aquário de peixes, que hipnotizam e referenciam o foco do olhar e exibição do CPOC. A análise dos

programas de auditório sugeriu ainda um recorte no espaço, dois quadrados (um dentro do outro)

demarcados com fita crepe, que ampliam o olhar para a desordem do jogo de manipulações, numa

coreografia disforme e imprevisível da Dança Frouxa.

O figurino entra como mais uma parte comunicante da obra, reforçando a discussão da

exploração do corpo como um produto para o mercado. As peças funcionam como acessórios (ou

embalagens) para os corpos, com texturas análogas à moda da década de oitenta (ombreiras, cores

vibrantes, listras e brilho), contribuindo para a imagem fantástica e decadente do CPOC.

A Trilha Sonora entra na obra como citação incidental, hora reforçando as quebras e

distorções do corpo, hora deslocando as imagens cênicas para antigas lembranças de quem se formou

ouvindo as vinhetas da SBT, da Universal Studios, dos joguinhos de videogame, etc.

Nessa Dança Frouxa e performativa, o CoMteMpu’s se elastece entre frágil e resistente, clean

e excesso, passado e presente, abrindo à “(semi)novissíssimos, ainda sem nome” para o

questionamento e trânsito de referências, recriando e transfigurando conceitos pela imagem e pela

forma do corpo.

(Semi)novissíssimos, ainda sem nome já foi apresentado em Salvador (BA), Itabuna (BA) e

Jequié (BA), e atualmente está com viagem marcada para sua primeira circulação na Colômbia, nas

cidades de Bogotá e Cal. Nessa viagem o Grupo CoMteMpu’s participará da Zona D.C – Vitrina

Permanente de Danza Contemporanea, da Fundação Espacio Cero (Bogotá), e participará da

programação do Teatro La Máscara (Cali), ambos em agosto de 2009. Ainda no mesmo período, o

grupo participará do VII Encontro Hemisférico de Performance e Política, evento organizado pela

Universidade de Nova York que este ano será sediado em Bogotá, para realização da intervenção

“OUT-DOORS 1” e fará uma mini-residência artística na Fundacción Lugar a Dudas.

Page 18: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Ficha Técnica Co-criadores em cena (zezas) Eros Ferreira Iara Sales Mariana Gottschalk Natália Mattos Sérgio Andrade Participação Especial (palpietagem) Verônica de Moraes Pesquisa de Cenografia Miniusina de Criação Assistente de Cenografia Iara Sales Pesquisa de Figurino Carol Diniz Iluminação Rivaldo Rios Técnica de Luz Milianie Matos Sonoplastia Aldren Lincoln Argumento e Direção Geral Sérgio Andrade

DURAÇÃO DA APRESENTAÇÃO 45 min (apx.)

LINK PARA VIDEO NA INTERNET: (Semi) Novissíssimos, ainda sem nome no evento

Dança em Debate - Escola de Dança da UFBA em 2008 http://zezolandia.blogspot.com/2000/04/semi-novississimos-ainda-sem-nome-danca.html

Page 19: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Out-doors 1 Grupo CoMteMpu’s – Linguagens do Corpo

Out-doors é um conjunto de ações intervencionistas em Dança do Grupo

CoMteMpu's - Linguagens do Corpo, que se desdobrou da pesquisa Corpo-

Plástico-Objeto-Coisa (CPOC) e apresenta três possíveis versões de realização:

Out-doors 1, 2 e 3. Para o projeto de Manutenção do Grupo CoMteMpu’s – Recife e

Aracajú, o será realizada a ação Out-doors 1.

A ação Out-doors 1 propõe um contato direto e imediato entre o ambiente

urbano e o CPOC: assimétrico, ágil, excessivo, distorcido e decadente. A

intervenção se organiza num roteiro itinerante, onde os Zezas2 constroem um micro

sistema de comportamento ruidoso meio ao macro sistema urbano. As ações dos

Zezas destoam do comportamento habitual das pessoas na rua, ao mesmo tempo

em que parecem se comunicar afetivamente com o ambiente. O corpo se apresenta

como uma placa de outdoor humana, exibindo, seduzindo, distorcendo e

manipulando sua própria imagem e a do outro meio a cidade, seus objetos e

produtos. Uma dança frouxa entre carros, avenidas, prédios e transeuntes que

reorganiza o ambiente e se confunde com o dito cotidiano dele.

Em Recife, a ação será realizada pelo centro da cidade. Para cada local de

realização o grupo monta uma estratégia diferente de ação, buscando estabelecer

relações com ambiente rotineiro, seus transeuntes e comércio.

2 Integrantes do Grupo CoMteMpu’s

Page 20: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Out-doors 1 já foi realizado em duas cidades do interior baiano, Jequié e

Itabuna, em janeiro de 2008, na capital Salvador, em setembro de 2008, durante o

Projeto Quarta que Dança – FUNCEB. Em 2008, participou também do 7º Festival

Performance de Cali (Santiago de Cali – Colômbia), e, em 2009, retornou a

Colômbia, dessa vez em Bogotá, para compor a programação de performances

urbanas do 7º Encontro do Instituto Hemisférico de Performance e Política,

organizado pelo Hesmispheric Institute of Performance and Política, New York

University.

Ficha Técnica Zezas cocriadores

Aldren Lincoln Eros Ferreira Iara Sales Miliane Matos Mariana Gottschalk Natália Mattos Sérgio Andrade Victor Hugo Argumento e Direção Geral

Sérgio Andrade Duração mínima 40 min. Blog

http://zezolandia.blogspot.com

LINK PARA VIDEO

http://zezolandia.blogspot.com/2009/01/out-doors-1.html

Page 21: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

-- Currículos

Page 22: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

O Grupo CoMteMpu's é um grupo de pesquisa e co-criação em dança e linguagens

do corpo, fundado em 2005 em Salvador-Ba e desde 2009 é produzido pela sRg e Vergara Produções Artísticas. O grupo trabalha em sistema de co-criação, onde seus integrantes se autonomeiam de Zezas. São eles: Eros Ferreira, Iara Sales, Mariana Gottschalk, Natália Matos, Victor Hugo e Sérgio Andrade – este último, também, diretor do grupo.

Atualmente o grupo é mantido através do Edital de Apoio a Grupos Artísticos do Estado da Bahia – FUNCEB/Secult-Ba, projeto Manutenção do Grupo CoMteMpu’s – Linguagens do Corpo.

Principais trabalhos:

TRECHO (2005)

OBRAS DE UMA CARTA ANÔNIMA (2006)

SE ELA DANÇA, EU DANÇO (2006)

AMOSTRA GRÁTIS (2007)

(SEMI)NOVISSÍSSIMOS, AINDA SEM NOME (2007)

IN PLASTIQUEÈ (Vídeo-instalação-interativa) (2007)

OUT-DOORS 1, 2 e 3 (2008)

BOTA-FORA (2008)

SAFO (2009)

ZeZOU – Zonas de Ocupação Urbana (2011)

Obras produzidas na Colômbia durante Residência Artística na Fundacción Lugar a Dudas – Projeto

“Corpo-Plástico-Objeto-Coisa em Cali”:

AGLOMERADO (2008) Intervenção Urbana – também realizada em Salvador-Ba em 2010.

ILESOS, NOS VEMOS (O NOS VEMOS ILESOS) (2008) Videodanza, 15min. Espanhol.

Page 23: Sobre o projeto de manutenção do Grupo CoMteMpu's

Prêmios / Editais já recebidos

PIAC 2005 - Programa de Incentivo às Artes Cênicas. UNE/MinC.

Quarta que Dança 2007 – Categoria Espetáculo. FUNCEB.

Prêmio Ninho Reis 2007 – Edital de Apoio à Circulação de Dança pelo Estado da Bahia.

FUNCEB.

Edital de Residência Artística no Exterior 2007. SeCult/Ba.

Quarta que Dança 2008 – Categoria Intervenção Urbana. FUNCEB.

Prêmio Yanka Rudzka 2008 – Edital de Apoio à Montagem de Espetáculos de Dança do

Estado da Bahia. FUNCEB

Programa de Difusão e Intercâmbio Cultural 2009. Secult/Ba

Quarta que Dança 2009 – Categoria Intervenção Urbana. FUNCEB

Quarta que Dança 2009 – Categoria Espetáculo. FUNCEB

Edital de Apoio a Grupo Artísticos do Estado da Bahia – Categoria D – 2010

Principais eventos e projetos:

Participação no projeto Quarta que Dança (FUNCEB) nos anos 2007, 2008 e 2009/2010

Residência Artística na Fundação Lugar a Dudas 2008 – projeto Corpo-Plástico-Objeto-Coisa

em Cali

7º Festival de Performance de Cali 2008 (Cali - Colômbia)

Proyecto Gira CoMteMpu’s en Colombia 2009: participação no VII Encontro do Instituto

Hemisférico de Performance e Política 2009 (Bogotá – Colômbia); Zona DC – Vitrina

Permanente de Danza Contemporanea; Residência Artística na Fundação Lugar Dudas 2009

(Cali – Colômbia)

I Plataforma Internacional de Dança da Bahia 2009

Projeto de Manutenção do Grupo CoMteMpu’s – Linguagens do Corpo 2011-2012 (em curso)

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SRG E VERGARA Produções Artísticas Com. Ltda é uma empresa soteropolitana

especializada em produção em Artes Cênicas, sobretudo, em Dança, co-dirigida por Sérgio Andrade e Raema Nascimento. Desde 2009, assumiu a coordenação de projetos do Grupo CoMteMpu’s – Linguagens do Corpo, tendo já realizado:

- Produção da temporada de estréia do espetáculo Safo – contemplado pelo Prêmio Yanka Rudzka 2008 (FUNCEB). Realizado nos meses de julho e agosto de 2009.

- Produção do projeto Gira CoMteMpu’s en Colômbia. Circulação do Grupo CoMteMpu’s na Colômbia, que oportunizou a participação do grupo no 7º Encontro do Instituto Hemisférico de Performance e Política (2009), organizado pelo Hesmispheric Institute of Performance and Política, New York University, participação na Zona D.C – Vitrina Permanente de Danza Contemporanea, organizada pela Fundacción Espacio Cero; e Mini-residência Artística na Fundaccion Lugar a Dudas (Cali). Apoio Secult/Ba. 21 de agosto a 03 de setembro de 2009 – Bogotá e Santiago de Cali;

- Produção da remontagem do espetáculo Obras de uma carta anônima e da intervenção Aglomerado que participou do projeto Quarta que Dança 2009/2010 (FUNCEB). Apresentações em 19 de Maio e 14 de Julho de 2010;

- Produção do Projeto Cinco anos do Grupo CoMteMpu’s – apresentação do espetáculo Obras de uma Carta Anônima no Teatro Vila Velha, dias 01 e 02 de Setembro.

- Atualmente coordena e é o proponente responsável pelo Projeto de

Manutenção do Grupo CoMteMpu’s, projeto patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/ Fundo de Cultura, através do Edital de Apoio a Grupos Artísticos do Estado da Bahia 2010. Este projeto prevê um ano (2011-2012) de atividades continuadas do CoMteMpu’s, envolvendo: manutenção de repertório, organização de acervo, circulação regional, projeto de pesquisa, manutenção de blog e lançamento de livro.

Além das atividades com o Grupo CoMteMpu’s, SRG E VERGARA PRODUÇÕES também presta serviços de elaboração e administração de projetos culturais, consultoria, promoção de eventos artísticos, captação de recursos para projetos e demais serviços de execução de projetos culturais.

Produções Artísticas e Comércio Ltda

Rua Silveira Martins nº 27 – Shopping Conexão Comercial, 1º andar, sala 19 (Térreo) – Cabula – Salvador-Ba.

CEP: 41.150-000 / CNPJ: 13.057.286/0001-93 Telefax: (71) 3431-4073

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Sérgio Andrade é Mestre em Artes-cênicas, pelo Programa de Pós-Graduação em

Artes Cênicas da UFBA (2010), Licenciado em Dança pela Escola de Dança da UFBA (2008) e, atualmente, doutorando do Programa de Pós Graduação em Filosofia da PUC-Rio. Tem experiência como artista, produtor, professor e pesquisador na área das Artes Cênicas, sobretudo em Dança. É sócio-diretor da empresa SRG e Vergara Produções Artísticas e Comércio LTDA (Salvador), prestando consultoria e serviço em elaboração e gestão de projetos culturais, sobretudo, projetos para Dança. É Diretor Geral e Co-Criador do Grupo CoMteMpu's – Linguagens do Corpo (Salvador-Ba), tendo sido um de seus co-fundadores em 2005, onde desde então realiza trabalhos de pesquisa e criação artística em Dança, Performance, Intervenção e Vídeo. Elaborou e realizou todos os projetos desenvolvidos pelo Grupo CoMteMpu’s, além de já ter desenvolvido projetos em parceria com a Mazurca Produções (Salvador-Ba), destacando-se a Coordenação do Projeto “Dois Gumes”, aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Programa VIVACULTURA, em 2006. Atualmente vive no trânsito entre Salvador e Rio de Janeiro. --

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Contatos|

Salvador – Telefax: (71) 3431-4073 / Celular: (71) 8804-7249

Recife – (81) 96777380 / 8608-2627 (Iara Sales)

Blog CoMteMpu’s: http://www.zezolandia.blogspot.com

E-mail: [email protected]