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Relatório Anual 2000
O Brasil é muito mais do que um país. É, de longe,
o maior país da América Latina, e o quinto maior
do mundo. São vários e enormes mercados,
espalhados por 8,5 milhões de quilômetros
quadrados, que guardam inúmeras oportunidades.
Mais do que um lugar exótico, rico em belezas
naturais, o Brasil é a décima economia do mundo
e uma das grandes áreas de influência política e
econômica na América Latina.
O Brasil tem o que se chama de “natureza amiga”:
nada de terremotos, vulcões ou grandes catástrofes
naturais. Dentro dessa enorme extensão territorial
existem vários países, tantas são as diferenças de
origens e influências raciais e culturais. Apesar disso,
todos falam a mesma língua, sem dialetos. São quase
170 milhões de habitantes, concentrados na faixa
litorânea, especialmente na Região Sul–Sudeste.
O Brasil tem um PIB em torno de R$ 1 trilhão
(US$ 500 bilhões) e indicadores de crescimento
confiáveis na indústria, no comércio, na agropecuária
e no setor de serviços, além de um processo
consolidado de estabilização econômica que
prepara o terreno para um futuro ainda mais
promissor em oportunidades de negócios.
Do ponto de vista humano, o Brasil é um país único.
A facilidade com que se faz amigos por aqui talvez
não seja igualada a nenhum outro lugar do mundo.
Aqui, você não precisa ser apresentado formalmente
a alguém para começar uma conversa. E, de repente,
até tomar um cafezinho. Já que se mencionou o
cafezinho, vale a pena lembrar outra bebida que,
neste País, é símbolo de simpatia, de amizade,
de bate-papo: a cerveja. Quando amigos se
encontram ou novas amizades são construídas,
é quase inevitável o “Que tal uma ‘cervejinha’?”.
Nós, da AmBev, adoramos isso, porque cada vez
que se fala em “cervejinha”, há 79% de chances
de que a tal “cervejinha” seja uma das nossas.
SÓ UM PAÍS COMO O BRASIL
RELATÓRIO ANUAL
Destaques Econômico-Financeiros 4
Mensagem aos Acionistas 5
Só Crenças e Valores como Esses 6
Só Pessoas como Essas 9
Só um Mercado como Esse 13
Só uma Distribuição como Essa 15
Só um Potencial de Crescimento como Esse 16
Oper Só Operações Internacionais como Essas 20
Demonstrações Financeiras e Balanço Social 23
Informações para o Investidor 79
www.ambev.com.br 79
Informaçõespara oInvestidor
Relações com InvestidoresCompanhia de Bebidas das Américas - AmBevAv. Maria Coelho Aguiar, 215 - Bloco F - 7O andarCEP 05804-900 - São Paulo - SP - BrasilTel. (11) 3741-7560/7553/3315Fax (11) [email protected]
Negociação das AçõesA AmBev tem dois tipos de ações: ações preferenciais (PN) e ações ordinárias (ON) que são negociadas nas Bolsasde Valores de São Paulo e de Nova York. Os símbolos correspondentes para essas ações são: AMBV4 para PNe AMBV3 para ações ON na BOVESPA e, respectivamente, ABV e ABV.c para ADRs na NYSE.
As ações preferenciais têm preferência com relação aos resultados da Companhia, sem, entretanto, possuir direito avoto na Assembléia Geral de Acionistas da Companhia. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas Brasileiras,as ações preferenciais têm direito ao pagamento de dividendos 10% superiores aos das ações ordinárias.
Remuneração ao AcionistaDurante o ano de 2000, a Companhia aprovou pagamentos, aos acionistas, de distribuição de juros sobre capitalpróprio brutos de R$ 4,40 por lote de mil ações ordinárias e de R$ 4,84 por lote de mil ações preferenciaisimputadas ao dividendo obrigatório, pagos em 20 de fevereiro de 2001, que representa uma distribuição de 34,2%do lucro líquido ajustado de exercício, excluindo-se a destinação obrigatória para reserva legal.
Instituição Depositária de AçõesBanco ItaúDepartamento de Atendimento UnificadoTel. (11) 237-5151
Instituição Depositária de ADRsThe Bank of New YorkChurch Street Station, P.O. Box 11258 New York, NY 10286 USATel. 1 (212) 815-5800
Bolsa de Valores de São Paulo — AMBV4, AMBV3Informações de encerramento do períodoR$ por lote de 1.000 ações
2000Período Máximo Mínimo Fechamento4O Trimestre ON* 1.940,00 1.510,00 1.800,00
ON* ex-direitos 425,00 325,00 422,00PN* 2.200,00 2.000,01 2.161,01PN* ex-direitos 478,00 374,02 470,01
3O Trimestre ON 1.530,00 1.150,00 1.510,00PN 2.030,00 1.455,00 1.940,01
2O Trimestre ON 1.150,00 890,00 1.150,00PN 1.460,00 1.178,00 1.455,00
1O Trimestre ON 930,00 710,00 920,00PN 1.360,00 1.000,00 1.350,00
(*) Em 20 de outubro de 2000 foi aprovado o desdobramento das ações da Companhia, de forma que o acionista detentor de uma ação possuacinco ações da mesma espécie, passando o capital a ser representado por 15.976.336 mil ações ordinárias e 22.669.774 mil ações preferenciais.
Bolsa de Valores de Nova York — ABV, ABV.cInformações de encerramento do períodoDólar americano por ADR (1 ADR = 100 ações)
2000Período Máximo Mínimo Fechamento4O Trimestre Ordinária 23,06 14,06 22,25
Preferencial 26,38 19,44 25,75
A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev, foi criada em junho de 1999, resultado da fusão de CompanhiaCervejaria Brahma e Companhia Antarctica Paulista. Em setembro de 1999, 100% dos acionistas minoritários daAntarctica migraram para a AmBev. Após aprovação do CADE, a fusão foi legalmente completada com a troca datotalidade das ações dos minoritários de Brahma por ações da AmBev em 15 de setembro de 2000.
projeto de co-geração de energia ampliou de 12 MW
para 18 MW a capacidade da usina termelétrica de
Campo Grande (RJ), que abastece sua maior unidade
industrial. Até 2002 serão investidos mais US$ 71 milhões
na construção de nove usinas termelétricas, com
capacidade total de 83 MW, assegurando mais uma
vantagem competitiva para a Companhia.
A AmBev é uma Companhia sólida que nasceu para
vencer barreiras e superar expectativas, capaz de
concorrer em pé de igualdade com os demais
grandes produtores mundiais do setor. Prova disso
é ser hoje considerada a terceira maior cervejaria e a
quinta maior empresa de bebidas do mundo, com um
volume em vendas de 64,8 milhões de hectolitros
de cerveja e 17,2 milhões de hectolitros de
refrigerantes, totalizando vendas físicas de 82 milhões
de hectolitros em 2000. No Brasil, a Companhia
detém 70% de todo o mercado de cerveja e 17,4%
do mercado de refrigerantes.
A AmBev é uma companhia aberta com ações
negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo
e de Nova York, com mais de 40 mil investidores
brasileiros e estrangeiros de todos os portes.
Tem atuação em outros países da América Latina,
com unidades de negócios na Argentina, no Uruguai
e na Venezuela. É uma multinacional brasileira,
oferecendo produtos da mais alta qualidade, marcas
líderes e distribuição ampla, criando empregos
e melhorando a qualidade de vida de milhares
de brasileiros. E aí nós começamos a responder
o porquê de Brasil. E o porquê de AmBev.
Criada a partir da fusão de Companhia Antarctica
Paulista e Companhia Cervejaria Brahma, as duas
maiores e mais tradicionais empresas do setor
de bebidas no Brasil, a Companhia de Bebidas
das Américas - AmBev é a maior empresa privada
brasileira em termos de receita bruta.
Uma união que deu certo, especialmente no esforço
de integrar, no curto prazo, processos e culturas
diferentes, o que se constitui no fator crítico em
operações como essas. É por isso que a AmBev
nasceu com práticas de gestão avançadas:
• Cultura marcada pela informalidade e busca
incansável pela superação de resultados;
• Gestão baseada no EVA (Valor Econômico
Adicionado), por unidade de negócio fabril
ou comercial; e
• Gente altamente treinada e motivada, com um
agressivo sistema de remuneração variável,
baseado na “meritocracia”, complementado
por um plano de aquisição de ações.
O sistema de gestão, associado ao comprometimento
das pessoas, fez com que a fusão Antarctica–Brahma
acontecesse de forma rápida, sem conflitos internos.
Alguns funcionários de ambas as companhias foram
chamados para desenhar, planejar e executar a
integração. Em 2000, a diretoria da AmBev visitou
todas as unidades de negócios para ter a certeza
de que a cultura e as crenças da Companhia seriam
integralmente assimiladas por todos.
É essa cultura que garante, mesmo em meio
a tantas mudanças, que ainda seja possível
implementar projetos como o Custo Base Zero
(CBZ). Um programa cujo objetivo final é garantir a
redução dos custos variáveis por meio da divisão
do processo produtivo em células, fazendo com que
cada operador fique responsável pelo seu próprio
orçamento.
A AmBev foi a primeira empresa brasileira a ingressar
no programa prioritário de termelétricas anunciado
pelo Ministério de Minas e Energia, em 2000. Esse
SÓ UMA EMPRESA COMO A AMBEV
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FINANCIAL HIGHLIGHTS
Os dados pro forma consideram que a fusão Antarctica e Brahma aconteceu em 1O de janeiro de 1999.
(*) Refletem somente a parcela do capital dos acionistas da Companhia Antarctica Paulista e dos acionistas controladores daBrahma. Os acionistas não-controladores da Brahma converteram as suas ações em ações da AmBev em 15 de setembro de 2000.
Demostração do Resultado Pro Forma 2000/1999R$ milhões 2000 1999 Variação %
Receita líquida 5.250,3 4.610,2 13,9Lucro Bruto 2.406,6 1.850,4 30,1EBIT 915,8 438,9 108,6EBITDA 1.505,0 974,0 54,5Lucro líquido 470,2 8,9 5.201,4
BalançoR$ milhões
Ativo total 8.639,6 9.348,6 -7,6Dívida total 2.192,9 3.590,7 -38,9Dívida líquida 1.164,6 1.839,3 -33,5Patrimônio Líquido 3.076,9 1.406,7 118,7
Outras Informações Financeiras
EVA (Valor Econômico Adicionado) 283,6 —Nopat (Lucro operacional líquido após impostos) 797,7 —Retorno sobre o Patrimônio Líquido (%) 15% 1%
Informações por AçãoR$/mil ações
Patrimônio por Ação 79,89 669,76*Lucro por Ação 12,17 4,22*EBITDA por Ação 38,94 463,70*
Número de Ações — milhões 38.646,1 2.100,4*Número de ADRs — milhões 3.864,6 —
Valor de Mercado — milhões 18.283,8 1.681,4*Valor de Mercado — milhões 9.405,3 864,9*
Dados OperacionaisMilhões de Hectolitros
Cerveja 64,8 60,6 6,9Refrigerantes 17,2 16,0 7,0Total 82,0 76,7 6,9
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MENSAGEM AOS ACIONISTAS
O ano 2000 é o primeiro exercício operacional daCompanhia de Bebidas das Américas - AmBev. A integração de Antarctica e Brahma foi iniciadaimediatamente após o Conselho Administrativo de DefesaEconômica - CADE aprovar, em 30 de março de 2000,a fusão das empresas, que superaram rivalidadescentenárias e se uniram na criação de uma grande e competitiva indústria brasileira de bebidas, a terceiramaior cervejaria mundial e a quinta maior indústria debebidas do mundo, capaz de atuar no mercadointernacional e de assumir posição de liderança naAmérica Latina. A fusão permitirá aproveitar todas asoportunidades de crescimento de cada linha de produtos,com ganhos de sinergias de mais de R$ 500 milhões,tendo sido constituída uma empresa com 38% domercado brasileiro de bebidas. Em 2000, a AmBevregistrou EVA (Valor Econômico Adicionado) deR$ 284 milhões, EBITDA (lucro antes do resultadofinanceiro, impostos, depreciações e amortizações)de R$ 1,5 bilhão, 17.500 empregados, 46 unidadesprodutoras — com capacidade total instalada de131 milhões de hectolitros/ano —, 700 distribuidores,24 Centros de Distribuição Direta, 1 milhão depontos-de-venda e operações também na Argentina,no Uruguai e na Venezuela. Para que a integração plena e a conquista de sinergiasse materializassem em menos de um ano, foramestabelecidas três regras básicas: a) toda decisão deveria criar o maior valor possível paraos investidores; b) seriam selecionados os melhores processos em cadaárea de cada Companhia; ec) os melhores profissionais assumiriam a direção dosnegócios.Durante o processo de aprovação pelo CADE,aproximadamente 100 funcionários, guiados por essesprincípios, desenharam o futuro da AmBev. O resultadofoi a definição de pessoas, processos e objetivos quepermitiram equacionar com sucesso essaintegração, no prazo desejado. Apesarde a AmBev ter sido criada há poucomais de um ano, hoje nossa sensação é a de estar vivendo a realidade de umanova companhia há muito mais tempo.Identificamos um futuro promissor desdeo primeiro momento em que a fusão foiplanejada. Essa convicção decorre dovalor das nossas marcas, das vantagenscompetitivas proporcionadas pelosprocessos proprietários e de dois fatoresque diferenciam a Companhia de suas
concorrentes: pessoas e cultura. Temos uma sólida euniforme cultura interna, focada em resultados, dominadapor um clima de urgência, simplicidade e transparência.Nossos talentos são cuidadosamente recrutados etreinados, com esforços e competências plenamentereconhecidos e compensados por meio de um agressivosistema de remuneração variável e pela possibilidadede se tornarem sócios da Companhia.Como gestores de uma empresa que tem seu patrimôniocompartilhado por mais de 40 mil investidores, entendemosser nossa responsabilidade criar oportunidades paraque nossa gente atue permanentemente num esforçoconjunto para ampliar resultados, tanto para si mesmoscomo para os acionistas. Isso não deve soar comoalheamento às responsabilidades que qualquerempresa — as líderes, em especial — tem para com a comunidade em que atua, bem como aos aspectoshumanos envolvidos no ambiente de trabalho. De nossagente esperamos sempre o melhor, inclusive a capacidadede equilibrar prioridades.Este primeiro exercício de atividades consolidadas mostrouos enormes desafios e as oportunidades que temos pelafrente, como:a) elevar os níveis de consumo per capita de bebidasno País, que são ainda bem inferiores aos de outroscentros consumidores que podem ser tomados comoreferência;b) aprimorar ainda mais o processo de distribuição,buscando alcançar o equilíbrio adequado entredistribuição direta e revenda;c) ampliar os ganhos de sinergias derivados da fusãode Antarctica e Brahma, dos R$ 192 milhões, alcançadosde abril a dezembro de 2000, para mais de R$ 500milhões em 2001;d) expandir a fatia de mercado e o potencial delucratividade no segmento de refrigerantes; ee) desenvolver, com segurança e retorno, as basesjá implantadas de uma participação significativa no
mercado mundial.A retomada do crescimento econômicobrasileiro em 2000 e as expectativas de continuidade nos próximos anosreforçam nossa convicção em resultadosainda melhores. Nesse cenário,estaremos prontos para aproveitar todasas oportunidades que se apresentarem,buscando atender aos anseios e àsnecessidades de nossos clientes,proporcionando alternativas de crescimentoà nossa gente e agregando valor aosnossos acionistas.
Marcel Herrmann Telles e Victório Carlos De Marchi
Co-Pres identes do Conse lho de Admin is t ração
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Clientes• São o elo entre a AmBev e os nossos consumidores.• O sucesso da venda dos nossos produtos depende da presença, da exposição e das condições de consumonos pontos-de-venda, atendidos em parceria com nossosrevendedores.• Demonstramos a consideração e o sentido de parceriaque temos por eles para atender rapidamente às suas solicitações.
Consumidores• Os consumidores são nossos verdadeiros patrões. Tudoo que nós fazemos por aqui leva em conta o consumidor,seus desejos, suas necessidades e suas expectativas. • Nosso objetivo é a crescente preferência pelas nossasmarcas e nossos produtos, buscando, com isso, a satisfaçãototal dos consumidores.
Gente• Investimos o tempo todo em gente porque é umpatrimônio que não pode ser depreciado pelo tempo e muito menos copiado pela concorrência. • Treinamos nossa gente constantemente, partindo da premissa de que “sentir-se” desafiado geraautodesenvolvimento. Remuneramos nossos profissionaisde acordo com o seu desempenho, dando chances a quem age como “dono” de ganhar como “dono”. • Criamos condições para que cada funcionário tenhaorgulho da AmBev e sinta emoção pelo seu trabalho.Preservamos a integridade física de todos com práticasseguras de trabalho.• Senso de urgência — se temos de fazer, façamos logo!Isso vale para todas as nossas ações.
Meio Ambiente e Comunidade• Na AmBev respeitamos e preservamos o meio ambienteno desenvolvimento de nossas atividades, produtos eserviços, além de contribuirmos ativamente para ocrescimento da consciência ambiental.
A AmBev trabalha duro para ser reconhecida como
a empresa de bebidas mais competitiva do mundo,
em termos de EBITDA/Receita Líquida, com um
crescimento anual de 15% no EVA. Para chegar lá,
a AmBev está sempre recrutando, treinando e
mantendo os melhores profissionais, e investindo em
produção, distribuição e marketing, antecipando-se
aos desejos do consumidor, com produtos de
qualidade ao menor custo mundial. Essas são as
crenças da AmBev:
SÓ CRENÇAS E VALORES COMO ESSES
Comunicação• O sucesso da AmBev depende, entre outros fatores,da capacidade de nossos funcionários trabalharemintegrados na busca de objetivos claramente definidos. • Estimulamos a participação, a integração e a comunicaçãoágil entre todos, mantendo estruturas simples, com poucosníveis hierárquicos e quadros enxutos.
Ética• A ética e a integridade estão em todas as ações eatividades desenvolvidas pela AmBev.• Acreditamos em relações de parceria franca, aberta,sempre na busca de objetivos comuns que contribuampara o desenvolvimento econômico e social do País.
Lucro• O lucro é a garantia do contínuo crescimento da AmBeve do sistema de meritocracia, que valoriza e reconhece oempenho de nossos funcionários. Quanto mais lucramos,mais remuneramos nossos investidores e acionistas.
Marcas• São o nosso maior patrimônio. Preservamos semprenossas marcas, batalhando por seu crescimento, semnunca considerá-las estáticas e finalizadas. Na AmBev, nós não nos acomodamos com o sucesso.Protegê-las é responsabilidade de cada um de nós.• Usamos toda a capacidade da Companhia para aconsolidação de nossas marcas, buscando a satisfação do consumidor. Sempre.
Qualidade• Desenvolvemos e implantamos tecnologia para quenossos produtos, processos e serviços sejam executadoscom qualidade, sempre com a adoção das melhorespráticas desenvolvidas na AmBev.
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OPERAÇÕES E UNIDADES FABRIS
VenezuelaA subsidiária da AmBev na Venezuela, Cervecera Nacional, foi adquirida
em 1994 e detém uma participação do mercado de cerveja de 8,2%.
A fábrica tem capacidade instalada de 2,2 milhões de hectolitros/ano.
BrasilA AmBev é a maior empresa
de bebidas do País, com 33
unidades produtoras, incluindo
14 fábricas de cerveja, sete
fábricas de refrigerantes e 12
unidades mistas, além de uma
maltaria e de uma unidade de
concentrado. A capacidade
anual de produção é de 89,8
milhões de hectolitros de
cerveja e 36,6 milhões de
hectolitros de refrigerantes.
Com três redes de distribuição
— Brahma, Skol e Antarctica —
a AmBev detém 70% do
mercado de cerveja e 17,4%
do mercado de refrigerantes.
ArgentinaA AmBev inaugurou a sua fábrica em 1994,
com capacidade instalada de 2,3 milhões
de hectolitros/ano, e comercializa a
Brahma Chopp e a Miller Genuine Draft,
com uma participação de 14,7% do
mercado de cerveja. Também possui uma
maltaria no país, a maior da América Latina.
UruguaiA Companhia possui participação acionária em duas empresas no Uruguai — Salus
e Cympay — que, juntas, controlam 39,7% do mercado de cerveja e 50% do
mercado de águas. A AmBev tem ainda duas unidades produtoras de malte no país.
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O Brasil é a décima economia do mundoe o segundo mercado de helicópteros,jatos executivos e telefones celulares.
Das 500 maiores empresas multinacionais do mundo, cerca de 400 estão presentesno Brasil.
SÓ UM PAÍS COMO O BRASIL
A AmBev tem cerca de 17.500 empregados,
envolvidos com a produção, comercialização e
distribuição de seus produtos. É um grupo jovem,
altamente treinado e motivado. O Programa de
Trainees desenvolve e forma jovens de potencial
para assumir cargos estratégicos em curto e médio
prazos, e mais de 400 pessoas já passaram por ele.
Uma dessas pessoas hoje é diretor, 60% são gerentes,
36% ocupam cargos seniores e 4%, cargos plenos.
Em 2000 foram contratados mais 22 “trainees”.
Além das exigências para contratação, as pessoas
da AmBev são permanentemente estimuladas a
crescer em qualificação profissional. Para isso
recebem uma diversificada oferta de programas de
treinamento, organizados internamente ou por meio
de bolsas de estudo e cursos de aperfeiçoamento
no Brasil e no Exterior. Em 2000, cerca de 80%
dos funcionários participaram desses cursos, muitos
dos quais na própria Universidade AmBev (UA).
O investimento em treinamento, sob todas as
modalidades, atingiu R$ 13 milhões.
A Universidade AmBev é um sistema que tem por
objetivo integrar todos os esforços de aprendizagem
da Companhia, sempre com o foco em captar
e desenvolver os melhores talentos.
O programa interno de MBA é um dos destaques
sob a responsabilidade da Universidade AmBev.
A proposta do curso é desenvolver, com os mais
capacitados professores e palestrantes, seus
profissionais e alguns de seus revendedores,
aumentando a excelência em todas as áreas
de sua atuação.
Os Programas “Black Belts” e “Green Belts” têm como
objetivo aprimorar a capacidade da Companhia e de
seus profissionais na solução de problemas e na
superação de metas com o aumento da capacidade
de análise, execução e verificação dos planos
de ação, e de melhora dos resultados obtidos,
utilizando métodos e ferramentas de qualidade
e estatística. Mais de 100 funcionários já passaram
por esses programas.
SÓ PESSOAS COMO ESSAS
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REMUNERAÇÃO VARIÁVEL POR DESEMPENHO
É uma poderosa alavanca para motivar e recompensar
os destaques em desempenho na AmBev. Só em
2000 foram distribuídos R$ 68,3 milhões em bônus,
o que, para muitos, representou acréscimos de até
100% sobre sua remuneração anual. Além disso,
258 colaboradores que fazem parte de um seleto
grupo já são acionistas da AmBev, por meio de um
plano de aquisição de ações aos que alcançam e,
consistentemente, superam determinadas metas de
desempenho.
PROGRAMAS DE QUALIDADE
A AmBev desenvolve programas de excelência que
têm como objetivo garantir um sistema de gestão
eficiente e orientar todas as áreas da Companhia
quanto à condução dos seus negócios, maximizando
os recursos disponíveis.
O Programa de Excelência Fabril (PEF) foi desenvolvido
com o objetivo de medir, orientar e motivar todos
os empregados, por meio de regras claras no que
se refere à excelência do sistema de gestão,
considerando-se tanto os resultados como os
meios para alcançá-los. O PEF estabelece uma
classificação das melhores unidades, que são
reconhecidas e recompensadas por seus esforços.
O Sistema Integrado de Certificações consiste em
implantar nas unidades de negócios as normas
das séries ISO 9000 (gestão para a
qualidade), ISO 14000 (gestão
ambiental) e BS 8800
(segurança e saúde
ocupacional). Graças a isso
tudo, a AmBev tem, hoje, 17
fábricas e quatro unidades de
negócios certificadas com as
Normas ISO 9001/2, oito fábricas têm
a ISO 14000 e duas fábricas receberam
a BS 8800.
O Programa de Excelência em
Vendas (PEV) foi criado para
orientar, medir, reconhecer e
motivar os funcionários das áreas
comerciais, dos Centros de
Distribuição Direta e dos núcleos
regionais de marketing também
no que se refere à excelência
gerencial, considerando-se tanto os
resultados quanto os meios para
alcançá-la. O PEV estabelece
uma base padrão para operação
nas unidades de negócios da
AmBev. Com a operação
padronizada, o foco se volta para
melhorias e novos processos, com o desenvolvimento
contínuo de melhores práticas.
O Programa de Excelência em Revendas é um
instrumento de capacitação e profissionalização
da rede de distribuição da AmBev. É sua aplicação
que permite avaliar, orientar e motivar os revendedores,
buscando sempre melhores resultados, crescimento
na participação de mercado e maior lucratividade.
Ano a ano ele é modificado, para a absorção de
inovações tecnológicas e adequação às práticas em
vigor no mercado. Em 2001, esse programa estará
em sua décima edição.
SÓ UMA INTERNETCOMO A DA AMBEV
Com a evolução e disseminação da Internet e de
novas tecnologias, a AmBev tem criado novas
oportunidades e modelos alternativos de geração
de valor para seus acionistas.
A Companhia tem iniciativas ao longo de toda
a cadeia de suprimentos que agregam valor e
criam vantagens competitivas para sua operação
ou em negócios adjacentes. Elas aproveitam os
ativos — tangíveis e intangíveis — com os quais
a operação da Companhia pode agregar valor.
O primeiro fruto dessa entrada na nova economia
é o portal Agrega, focado em compras compartilhadas
de materiais indiretos e serviços — Manutenção,
Reparos e Operações (MRO). Resultado de uma
“joint venture” entre a AmBev e a Souza Cruz,
o Agrega foi anunciado ao público no final de 2000,
e deve movimentar algo próximo de R$ 1 bilhão já
no primeiro semestre de 2001.
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O Brasil possui uma população predominantementejovem entre um total de 170 milhões de habitantes.
São 26 estados, sendo que 11 das capitaistêm mais de 1 milhão de habitantes, formandomercados amplos e diversificados.
SÓ UM PAÍS COMO O BRASIL
SÓ UM MERCADO COMO ESSE
Com certeza, o Brasil é o “país da cerveja”. Além do
clima quente favorável em quase todas as estações,
outras características naturais incentivam o consumo
de líquidos refrescantes, como cerveja e refrigerantes.
O Brasil tem uma população jovem, com um terço
dos habitantes com menos de 30 anos de idade.
Enquanto a maior categoria de bebidas é a de
refrigerantes, a segunda é a de cerveja. Bebidas
como vinho e uísque têm relativamente pouco
consumo.
No entanto, o consumo per capita de cerveja
e refrigerantes ainda é baixo, decorrência de uma
série de obstáculos como distribuição de renda
muito desigual e impostos elevados — que fazem
com que os preços na fábrica estejam entre os
menores do mundo e os preços ao consumidor,
entre os maiores. O desafio contínuo é reverter
esse quadro.
Devido ao tamanho do País, às dificuldades de
transporte, às diferenças culturais e aos fatores
históricos, econômicos e estruturais, o mercado
de bebidas é singular no mundo. O Brasil é um
conjunto de vários mercados, com fortes preferências
regionais, fazendo com que um produto ou marca
seja um sucesso absoluto numa parte do País
e apenas mais um produto em outra. É preciso ter
um leque completo de produtos, que atenda vários
tipos de consumidores. Existem ainda outros fatores
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específicos que contribuem para tornar o mercado
brasileiro diferente, como o número extremamente
elevado de pontos-de-venda. São mais de 1 milhão
em todo o País. Os menores, como padarias, bares
de esquina, lanchonetes, mercearias, restaurantes,
etc., respondem por quase dois terços do volume
de vendas de cerveja e por quase a metade das
vendas de refrigerantes.
Na comercialização de bebidas, particularmente
cerveja e refrigerantes, é interessante registrar alguns
traços de diferenciação entre o Brasil e outros países,
como os Estados Unidos. Lá, o forte das vendas
concentra-se nos supermercados e “liquor stores”,
enquanto aqui 60% delas acontecem nos pontos
de “consumo imediato”, onde a grande maioria dos
consumidores decide, na hora, o que vai beber.
Sob outro aspecto, as latas representam 25% do
total de embalagens em uso no Brasil, ante cerca
de 70% de garrafas retornáveis de 600 mililitros.
É importante lembrar que o mercado brasileiro tem
outra característica particular. Não existe distribuição
separada para cerveja, refrigerantes, águas e
sucos. As redes de distribuição são integradas
para todas as bebidas. Para atuar como um
fornecedor importante para o ponto-de-venda,
é fundamental ser uma “total beverage
company”, oferecendo um amplo portfolio
de produtos.
Hábitos de Consumo de Bebidas – 2000(“Share of Stomach”)
Participação de Vendas de Cervejapor Canal – 2000
Aguardente2%
Água Mineral11%
Cerveja27%
Distribuição de Cervejapor Tipo de Embalagem – 2000
Leite21%
Latas (350 ml)25%
Bares e Restaurantes52%
Refrigerantes37%
Garrafas Retornáveis(600 ml) – 70%
Supermercado27%
Pequeno Varejo21%
Outros1%
Long Neck (355 ml)4%
www.ambev.com.br14
Sucos/Isotônicos/Chás ProntosOutros — 2%
fonte: AmBev
fonte: Nielsen
fonte: Nielsen
SÓ UMA DISTRIBUIÇÃO COMO ESSA
José Eduardo LangAeroporto – São Paulo (SP)
Reinaldo SoleraNova Era – Goiânia (GO)
No ramo de bebidas, a distribuição é um dos aspectos
mais críticos na estratégia de qualquer fabricante.
Por isso, grandes esforços são concentrados no
desenvolvimento contínuo do sistema de distribuição
direta e, ao mesmo tempo, no aprimoramento do
profissionalismo das revendas da Companhia.
A AmBev desenvolve sua distribuição direta e a rede
de revendas com o objetivo de manter o sistema de
distribuição mais eficiente do País, otimizando o
custo de atendimento a cada ponto-de-venda nesse
contexto. O processo de qualificação dos distribuidores
é uma das missões prioritárias da Universidade AmBev
(UA), que reúne revendedores, gerentes e até mesmo
diretores em torno desse objetivo comum.
Versões recentes desse programa de desenvolvimento
dão ênfase ao capítulo da “execução no ponto-de-
venda”, buscando a melhoria da prestação de
serviços para o cliente e a padronização das melhores
práticas adequadas a cada canal de vendas.
A ordem é vender mais e melhor. Esses esforços
mostraram-se tão eficazes que, semanalmente, a
TVAmBev transmite, através de um canal fechado
via satélite, treinamento simultâneo e padronizado
aos 12 mil vendedores do seu sistema. Outra
ferramenta muito útil para impulsionar as vendas
surgiu em 1998, com o lançamento de um “freezer”,
desenvolvido especialmente para gelar garrafas de
600 mililitros na temperatura que o brasileiro prefere,
ou melhor, exige: “estupidamente gelada”. No final
de 2000, a AmBev totalizou 48 mil unidades
instaladas nos principais mercados.
Com esses recursos, a rede de distribuição
abrange 700 distribuidores e 24 Centros de
Distribuição Direta.
Basílio Fernades de BarrosNova Radar – Osasco (SP)
Armando Antônio RizattiRizatti – Franca (SP)
Vilmondes de SouzaCerbel – Goiânia (GO)
Carlos Alberto da FonsecaBeer Garden – Caieiras (SP)
Francisco de Assis PintoCervale – Ceres (GO)
Mauro Carvalho Jr.Colorado – Vargem Grande (MT)
www.ambev.com.br 15
A segunda razão é uma população de 170 milhões
em contínua expansão e com uma característica
bem própria: enquanto a taxa geral de crescimento
demográfico para os próximos cinco anos é de
1,5% ao ano, o subconjunto dos consumidores
maiores de 18 anos (42% da população) deverá
aumentar mais de 4% ao ano, nesse mesmo
período. Isso é bastante promissor, já que esse
grupo define o crescimento vegetativo do mercado
consumidor. Como conseqüência, mais de 2,5
milhões de potenciais consumidores chegam ao
mercado a cada ano.
A terceira razão é o consumo per capita de 49,3 litros/
ano, colocando o Brasil num distante 14O lugar no
A AmBev detém 70% do mercado doméstico de
cerveja, com as linhas Skol, Brahma e Antarctica,
e 17,4% do mercado de refrigerantes, sendo o
Guaraná Antarctica o líder absoluto de vendas de
guaranás no País.
Com a fusão, a AmBev passou a integrar um grupo
de gigantes, em que as chances de sucesso são
ampliadas por vantagens competitivas, como:
• Elevada capacidade de geração operacional de
caixa (EBITDA) que, em 2000, alcançou R$ 1,5 bilhão;
• Grande preferência das marcas Skol, Brahma Chopp,
e Antarctica Pilsen, estando todas as três entre as
15 marcas de cerveja mais consumidas no mundo;
• Um estilo ágil e informal de administração — a
exemplo do mesmo que respondeu pelo excelente
desempenho da Companhia Cervejaria Brahma, no
período de 1989 a 1999, e que elege o foco no
cliente como primeiríssima prioridade;
• 17.500 empregados, cuidadosamente selecionados,
treinados e motivados, com um sistema agressivo
de remuneração por desempenho e um plano de
aquisição de ações;
• Capacidade instalada de 131 milhões de
hectolitros/ano, em 46 unidades produtoras,
no País e no Exterior;
• Um dos menores custos de produção do mundo,
com a obstinação de melhorar a cada ano;
• Uma vasta rede de distribuição, envolvendo 700
distribuidores e 24 Centros de Distribuição Direta
capazes de atender a mais de 1 milhão de pontos-
de-venda; e
• Metodologias modernas e seguras de mensuração
de resultados econômicos (EVA) e de controle de
custos e de qualidade.
O Brasil é hoje o quarto mercado mundial de cerveja,
atrás de Estados Unidos, China e Alemanha, e ainda
há boas razões para acreditar que possa alcançar
posição ainda mais destacada. A primeira razão
é que o Brasil está ingressando em um período
de crescimento econômico sustentado, com taxas
anuais estimadas em 4%. A experiência da última
década demonstrou uma correlação em torno de
1,5 vez entre o crescimento do consumo de bebidas
e o do Produto Interno Bruto.
SÓ UM POTENCIAL DE CRESCIMENTO COMO ESSE
Participação por Segmento de MercadoCerveja – 2000
Super Premium3%
Preço20%
Premium77%
Composição de Preço ao Consumidor AmBevCerveja – 2000
Fabricante26%
Distribuidor11%
Impostos29%
Varejo34%
Composição de Preço ao Consumidor AmBevRefrigerantes – 2000
Impostos21%
Distribuidor11%
Fabricante30%
Varejo38%
www.ambev.com.br16
fonte: Nielsen
fonte: Nielsen/AmBev
fonte: Nielsen/AmBevfonte: Nielsen/AmBev
“ranking” mundial. Como em alguns países registram-
se níveis de consumo de 90, 120 ou até mesmo
160 litros/ano, existe aí uma enorme oportunidade
de crescimento. Quando se fala em refrigerantes,
as diferenças são ainda maiores: os 64,7 litros/ano
da média brasileira são menos da metade da média
mexicana e menos ainda se a base de comparação
for um país mais desenvolvido.
Diante desse quadro, as ações da AmBev orientam-se
em duas direções:
I. Fortalecer suas marcas, para consolidar
a preferência do consumidor.
II. Estimular o aumento do consumo per capita
no País, principalmente das seguintes maneiras:
1. ampliando o alcance e a eficiência da distribuição,
para incorporar novos consumidores nas regiões
em que o potencial de captura é maior, como
no Nordeste e no Interior;
2. investindo fortemente em marketing, para ampliar
as vendas da linha “Super Premium”, que hoje
responde por apenas 3% das vendas do setor;
3. procurando entender melhor os hábitos dos
consumidores e explorando melhor as
oportunidades especiais de aumento de vendas.
O que se expôs até aqui são os aspectos positivos
do mercado brasileiro, mas os desafios não devem
ser esquecidos. O elevadíssimo número de pontos-de-
venda faz da distribuição uma atividade muito complexa
e custosa. Muitos donos de bar não têm telefone
nem sabem controlar seus estoques. Por isso, os
representantes de vendas da AmBev estão equipados
com computadores de mão para acompanhar
estoques e preços durante as visitas aos pontos-de-
venda. Além disso, a formação do preço de venda
no Brasil é uma completa distorção do que se
pratica, por exemplo, no México. Lá, 52% do preço
pago pelo consumidor vai para o fabricante e os
distribuidores, 26% corresponde aos impostos
Evolução de Consumo Per CapitaCerveja (litros)
48
1996 1997 1998 1999 2000
51
50
49 49
Evolução de Consumo Per CapitaRefrigerantes (litros)
63
1996 1997 1998 1999 2000
66 65
68
67
www.ambev.com.br 17
font
e: S
ind
cerv
font
e: P
epsi
e 22% fica com os varejistas. No Brasil, em contraste,
apenas 37% fica com o fabricante e os distribuidores,
enquanto 29% vai para o governo e 34% corresponde
à fatia do varejo.
EXCELÊNCIA NA EXECUÇÃO NO PONTO-DE-VENDA
As temperaturas médias mais altas do Brasil fazem
com que a tarefa de manter as bebidas geladas seja
um grande desafio. Em geral, os pontos-de-venda
do País não possuem os recursos necessários para
deixar a cerveja na temperatura em que os brasileiros
gostam, ou seja, “estupidamente gelada”. Foi para
satisfazer as características específicas do mercado
brasileiro que a AmBev desenvolveu os “freezers”
especiais “Saara”, com grande capacidade de
resfriamento. Eles mantêm a cerveja a -5ºC, não
elevam o consumo de eletricidade do ponto-de-venda
e não emitem CFC/poluentes que prejudicam o
meio ambiente. Além, é claro, de mudar o perfil
de consumo no PDV, gerando mais ocasiões de
compra. O resultado disso é que a instalação desses
“freezers” aumentou significativamente as vendas,
por atender à preferência do consumidor brasileiro.
Até o final de 2000, a AmBev havia instalado 48 mil
“freezers” nos principais mercados em todo o Brasil.
Adicionalmente, a AmBev continua investindo nesses
equipamentos especiais, instalados em pontos-de-
venda estratégicos.
GUARANÁ ANTARCTICA:LEVANDO O SABOR DO BRASILPARA O MUNDO
A AmBev também quer tornar o Guaraná Antarctica
uma marca global, já que acredita que esse produto
tem potencial muito promissor no mercado mundial
de refrigerantes. O guaraná é um refrigerante
tipicamente brasileiro, da Amazônia, e já se tornou um
hábito de consumo totalmente assimilado no Brasil,
rivalizando com os refrigerantes mais conhecidos
do mundo. Mais do que isso, já faz parte da cultura
do País. No Brasil, tomar guaraná é uma coisa
normal do dia-a-dia. Para que essa expansão
aconteça de uma forma bem-sucedida e duradoura
em mercados internacionais, está sendo feito um
planejamento cuidadoso. A Pepsi é parceira da
AmBev nesse empreendimento, e tem investido
numa equipe conjunta que vem estudando, testando
e programando os investimentos que devem ser feitos
para levar o sabor do Brasil para o mundo todo.
www.ambev.com.br18
O Brasil é o quarto maior mercado de cerveja domundo, com consumo anual de 82,6 milhõesde hectolitros e consumo per capita de 49,3 litros.
E o terceiro maior consumidor mundial derefrigerantes, com consumo anual de 110milhões de hectolitros, o que equivale a 64,7 litros per capita.
SÓ UM PAÍS COMO O BRASIL
A estratégia de atravessar fronteiras está baseada
na capacidade de penetração em mercados nos
quais exista um potencial muito promissor para os
seus produtos, possibilitando o incremento do EVA
da Companhia. Por isso, a AmBev está ampliando
seu raio de ação, com prudência e segurança,
para onde estão as oportunidades de expansão.
Na América Latina, particularmente em mercados
caracterizados por forte concentração de
participantes, a AmBev acredita que existam
situações em que as vantagens competitivas serão
um fator de conquista de espaços importantes.
A AmBev tem fábricas na Argentina, na Venezuela
e, mais recentemente, no Uruguai.
Na Argentina, a estratégia é investir na sua principal
marca naquele país – Brahma Chopp. A distribuição
direta está focada nos principais canais de venda
de cerveja, concentrados em pontos menores, como
bares e quiosques. A iniciativa nasceu em 1998,
em Buenos Aires, atendendo somente a 30% dos
pontos-de-venda naquela cidade, e hoje abastece 80%
dos estabelecimentos. Os resultados comprovam
que as estratégias estão no caminho certo, atingindo
14,7% de participação de mercado em 2000. Mais
importante ainda que o crescimento de volume,
a operação argentina expandiu sua rentabilidade
em 2000, apesar da recessão, e atingiu um recorde
de EBITDA, totalizando R$ 23 milhões, com um
crescimento superior a 20% quando comparado
a 1999.
No corrente ano, a Companhia estará expandindo
o sistema de distribuição direta para algumas das
maiores cidades da Argentina, como Córdoba.
A AmBev pretende continuar a explorar e a desenvolver
novos canais de distribuição, como o de consumo
em casa, em que as suas marcas têm um bom
potencial de crescimento.
Na Venezuela, a Cervecera Nacional, adquirida
em 1994, fez importantes avanços em três frentes:
produtividade fabril, vendas e distribuição. O programa
de produtividade fabril conquistou um aumento de
mais de 20% na produtividade, com fortes impactos
no custo de produção.
Na área de vendas e distribuição, a cobertura de
mercado evoluiu com base em estudos que definiram
o seu potencial para ampliar a penetração. Além disso,
a força de vendas ganhou uma forte ferramenta
competitiva, ao lançar o “freezer” especial para
cerveja em pontos-de-venda com alto potencial de
crescimento. Esse investimento é mais um programa
SÓ OPERAÇÕES INTERNACIONAIS COMO ESSAS
www.ambev.com.br20
inovador no país, que apresenta um dos maiores
índices de consumo per capita no continente. Para
aumentar a atual participação de mercado, de 8,2%,
a Companhia estará reforçando o investimento na
marca Brahma Chopp e expandindo a distribuição
direta para o maior mercado de cerveja no país —
a capital, Caracas.
No Uruguai, a AmBev estabeleceu sua presença
em 2000 com a aquisição de duas empresas,
passando a deter 39,7% do mercado uruguaio de
cerveja. Além disso, ampliou em quase um terço
a sua capacidade de produção de malte.
Em outubro de 2000, a AmBev e o Groupe Danone
adquiriram 57,3% das ações da companhia Salus,
por meio de uma “joint venture” da qual a AmBev
tem 26,3%. A Salus é a segunda maior cervejaria
uruguaia, com participação de mercado de 20%,
e líder do mercado local de águas minerais, com
participação de 42%. A compra englobou duas
unidades fabris, uma de água e outra de cerveja
e refrigerantes.
Em fevereiro de 2001, a AmBev adquiriu 95,4%
da Cympay. Essa empresa possui as marcas de
cerveja Norteña e Prinz, detendo uma participação
de 19,7% do mercado uruguaio. A Cympay
também detém 8% de participação do mercado
água mineral, por meio de sua controlada Fuente
Matutina S.A., além de uma fábrica de malte.
Evolução de Participação doMercado Argentino — Cerveja (%)
9,8
1996 1997 1998 1999 2000
11,1
11,4
13,8
14,7
font
e: N
iels
en
Evolução de Participação doMercado Venezuelano — Cerveja (%)
5,1
1996 1997 1998 1999 2000
7,2
11,7
9,8
8,2
font
e: D
atos
www.ambev.com.br 21
É o segundo maior receptor de investimentosexternos produtivos entre os países emdesenvolvimento.
Em 2000, as companhias estrangeiras investiram US$ 33 bilhões no Brasil.
SÓ UM PAÍS COMO O BRASIL
Demonstrações Financeirase Balanço Social
Índice
24 Análise dos Resultados 200034 Governança Corporativa35 Conselho de Administração e Diretoria36 Balanço Social e Ambiental39 Parecer dos Auditores Independentes40 Balanço Patrimonial42 Demonstração do Resultado44 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido46 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos48 Notas Explicativas79 Informações para o Investidor
www.ambev.com.br24
Destaques Financeiros Consolidados Pro FormaR$ Milhões 2000 1999 Variação (%)
Receita líquida 5.250,3 4.610,2 13,9Custo dos produtos vendidos (2.843,7) (2.759,8) 3,0Lucro bruto 2.406,6 1.850,4 30,1Despesas com vendas, gerais e administrativas (1.490,8) (1.411,5) 5,6EBIT (Lucro antes de juros e Imposto de Renda) 915,8 438,9 108,6Margem EBIT (%) 17,4% 9,5%Depreciações e amortizações 589,2 535,0 10,1EBITDA 1.505,0 974,0 54,5Margem EBITDA (%) 28,7% 21,1%Lucro líquido 470,2 8,9 5.201,4LPA — R$/mil ações 12,17 4,22 188,1
Volume de vendas — mil hectolitros (*) 82.000 76.586 7,1Receita líquida por hectolitro — R$/hl (*) 64,0 60,1 6,4
(*) Não considera o volume de vendas relativo a “outros produtos”.Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
Receita Líquida
A receita líquida em 2000 atingiu R$ 5.250,3 milhões, um aumento de 13,9% sobre o período anterior, de R$ 4.610,2milhões. Esse resultado é decorrente do maior volume de vendas e do crescimento da receita líquida por hectolitronos principais segmentos de cerveja e refrigerantes no mercado brasileiro, os quais encontram-se analisados nasrespectivas seções abaixo.
O aumento de receita líquida reflete, principalmente, o sucesso na implementação de estratégias para aperfeiçoamentocontínuo da execução no ponto-de-venda e de aumento na eficiência da rede de distribuição AmBev, bem comono foco dado ao portfolio único de refrigerantes a partir de agosto de 2000. Adicionalmente, a ampliação na infra-estrutura de distribuição na Argentina e na Venezuela propiciou um significativo crescimento de volume nasoperações de cerveja, com crescimento de vendas de aproximadamente 11,5% no ano 2000. Dentre os fatores quecontribuíram para o crescimento da receita líquida por hectolitro, destaca-se o ligeiro aumento de latas no “mix” devendas da Companhia, que passou de 23,7% para 24,7%.
Análise dos Resultados 2000
Esta Análise dos Resultados foi elaborada considerando-se os resultados de 1999, pro forma, ou seja, apuradoscomo se a associação entre Antarctica e Brahma tivesse ocorrido em 1O de janeiro de 1999, de forma a facilitar a comparabilidade.
www.ambev.com.br 25
Sinergias
Durante o ano 2000, a Companhia conseguiu obter economias de R$ 192,1 milhões, que representam 38,1% dototal de ganhos previstos de sinergias da integração de Antarctica e Brahma. Esse resultado excedeu o objetivoanunciado de ganhos entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para o ano 2000.
Ganhos de Sinergias Ganhos ConquistaR$ Milhões Real 2000 Projetados (*) (%)
Produção/Industrial 91,3 273,7 33,4Distribuição 31,8 105,8 30,1Administrativo 34,9 49,5 70,6Insumos — alinhamento de preços 14,5 15,0 96,7Redução dos custos de financiamentos 19,6 60,3 32,5Total 192,1 504,3 38,1
(*) Valores para 12 meses de integração.Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
Os ganhos com sinergias começaram a ser alcançados a partir da aprovação do CADE para a consolidação deAntarctica e Brahma, que ocorreu em 7 de abril de 2000, com a assinatura do compromisso de desempenho em19 de abril de 2000. A Companhia acredita que possa atingir o total de R$ 504 milhões em sinergias em uma baseanualizada em 2001.
Custo dos Produtos Vendidos
Sinergias da fusão foram responsáveis por fortes reduções em custos fixos de produção (mão-de-obra e outros),assim como por maior eficiência no uso de matérias-primas e menores custos variáveis, como PET e CO2.
Em 2000, o maior peso da embalagem no CPV é decorrente de um aumento da participação de latas no “mix” deembalagens da Companhia, quando esse item passou a representar 24,7% do volume total, comparativamente a 23,7% em 1999, impactado tanto pelo segmento de cerveja quanto pelo de refrigerantes.
Custo de Produtos Vendidos R$ Milhões R$/hl (*) Variação2000 1999 2000 1999 (%)
Matéria-prima 762,6 723,2 9,3 9,4 -1,2Embalagem 1.272,0 1.094,6 15,5 14,3 8,9Mão-de-obra 167,2 174,4 2,0 2,3 -10,2Depreciação 386,9 389,2 4,7 5,1 -6,9Outros 255,0 378,3 3,1 4,9 -36,8CPV total 2.843,7 2.759,8 34,8 36,0 -3,5CPV excluindo depreciação 2.456,9 2.370,5 30,0 30,9 -2,9
(*) Não considera o volume de vendas relativo a “outros produtos”.Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
O custo total de produção por hectolitro, excluindo-se a depreciação, reduziu-se em 2,9%, comparativamente ao anoanterior.
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Análise dos Resultados 2000
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1.490,8 milhões em 2000, um aumento de 5,6%quando comparado a 1999, de R$ 1.411,5 milhões. Expressas como percentual das vendas líquidas, essas despesasrepresentaram 28,4% e 30,6%, respectivamente, para os anos 2000 e 1999.
Enquanto as despesas com vendas caíram de R$ 631,9 milhões para R$ 578,5 milhões, devido aos menores custosfixos das estruturas comerciais, as despesas gerais e administrativas permaneceram praticamente constantes,principalmente devido à natureza não-recorrente de despesas no total de R$ 66,2 milhões incorridas durante oprocesso de integração entre Antarctica e Brahma.
As depreciações e amortizações aumentaram de R$ 145,8 milhões para R$ 202,3 milhões, ou 38,7%, em funçãodos investimentos em distribuição direta e aquisição de “freezers” especiais para cerveja, desenvolvidos com altatecnologia, alocados em 48 mil pontos-de-venda estratégicos durante o ano.
As despesas com distribuição direta foram de R$ 337,0 milhões no período, 28,7% acima das do ano anterior, deR$ 261,9 milhões, principalmente decorrentes do aumento no volume de vendas diretas, que foram responsáveispor 22,8% do total de volume de vendas em 2000, comparativamente a 16,5% durante 1999. O custo de vendas diretaspor hectolitro, no entanto, caiu de R$ 20,7/hl em 1999 para R$ 18,1/hl em 2000. Essa redução, de 12,7%, reflete umaumento de eficiência nas operações de distribuição direta da Companhia em 24 dos principais mercados brasileiros.
Resultado Operacional(Excluindo-se provisões e outras receitas operacionais)
O resultado operacional da AmBev (“EBIT”) foi de R$ 915,8 milhões em 2000, um aumento de 108,6% comparativamenteao ano anterior, de R$ 438,9 milhões. Essa performance deve ser atribuída não apenas ao sucesso na velocidadede integração das duas companhias, viabilizando a superação na captura de sinergias, mas também à qualidadede execução no ponto-de-venda, garantido o crescimento dos volumes e da receita por hectolitro.
Resultado Financeiro Líquido
As despesas financeiras líquidas em 2000 (excluindo-se os juros sobre o capital próprio) totalizaram R$ 324,0milhões, uma redução de 27,9% em relação a 1999, de R$ 449,1 milhões, devido ao menor endividamento líquidoda Companhia aliado a uma melhoria substancial na sua qualificação (juros e prazo médio). Menores custos dedívida e menor alavancagem contribuíram para a queda das despesas financeiras líquidas.
FinanciamentosR$ Milhões Moeda Local Moeda Estrangeira Total
Curto prazo 316,8 948,5 1.265,3Longo prazo 701,8 225,8 927,6Total 1.018,6 1.174,3 2.192,9
Disponibilidades 1.028,3Dívida líquida 1.164,6Dívida líquida sobre patrimônio (%) 37,8%
Os somatórios podem não conferir devido aos arredondamentos.
A exposição da dívida da AmBev denominada em moeda estrangeira encontra-se totalmente protegida por transaçõesde “hedge”, as quais envolvem investimentos em ativos atrelados ao dólar, bem como pelo uso de “swaps” ederivativos.
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Resultado Não-Operacional
A Companhia registrou uma receita não-operacional de R$ 57,8 milhões em 2000. Tal receita decorre, principalmente, doganho de R$ 42,8 milhões pela venda da marca Bavária e seus ativos. Essa transação, realizada em função da decisãodo CADE, foi cumprida dentro do cronograma previsto. Também foram registrados R$ 18,7 milhões decorrentes dacontabilização de crédito extemporâneo de ICMS e IPI nas aquisições de ativo imobilizado anteriores a outubro de 1996,além de outros créditos associados ao recolhimento de PIS e COFINS. Essas receitas foram parcialmente reduzidaspor despesas não-operacionais de R$ 3,7 milhões referentes à provisão para perdas de incentivos fiscais.
Provisões Contingenciais
Em 2000, as provisões contingenciais líquidas totalizaram R$ 269,2 milhões. Desse total foram provisionados R$ 103,4milhões relacionados ao principal mais multa de IPI e ICMS sobre créditos extemporâneos. Ainda, R$ 55,5 milhões foramconstituídos para fazer frente a prováveis prejuízos com estoques e vasilhames obsoletos. Também foi provisionadoo montante de R$ 43,6 milhões relativo ao questionamento da mudança na base de cálculo e majoração da alíquotado PIS/COFINS. Adicionalmente foram constituídas provisões para passivos trabalhistas no valor de R$ 29,2 milhões,além de outras provisões relacionadas com questões legais.
Imposto de Renda e Contribuição Social
No ano 2000 houve um benefício de Imposto de Renda e Contribuição Social da ordem de R$ 405,4 milhões. Coma conclusão de estudos para a reorganização societária envolvendo algumas empresas do grupo e os prazos quepossibilitariam a utilização de Prejuízos Fiscais acumulados de anos anteriores por controladas, foi lançada umareceita de R$ 162,7 milhões de IR/CS, por conta do reconhecimento do crédito tributário relativo a futura utilizaçãodestes Prejuízos Fiscais. Adicionalmente foi registrada uma reversão de Impostos Diferidos de R$ 267,6 milhões,decorrentes da extinção da exigibilidade de IR/CS sobre lucros anteriormente obtidos por controladas no Exterior.A dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas gerou uma economia de R$ 61,2 milhõesem 2000. Os outros benefícios totalizaram R$ 26,3 milhões em 2000.
Participações e Contribuições Estatutárias
De acordo com o estatuto social da Companhia, o percentual máximo do lucro líquido a ser distribuído é de 10% paraempregados e de 5% para administradores. A distribuição de lucros é atrelada ao atingimento de metas corporativas,inclusive relacionadas ao EVA (Valor Econômico Adicionado), à rentabilidade e ao crescimento. Com o cumprimentodessas metas em 2000, foram provisionados R$ 53,7 milhões a título de distribuição de lucros.
Lucro Líquido
O lucro líquido do exercício de 2000 totalizou R$ 470,2 milhões. A porcentagem dos lucros pertencentes a minoritáriosfoi de R$ 265,9 milhões em 2000. Em termos de ganhos por ação, o lucro líquido foi de R$ 12,17/mil ações.
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Análise dos Resultados 2000
Resultado por Segmento
Informações Financeiras Segmentadas Pro FormaR$ Milhões 2000 1999 Variação (%)
Cerveja BrasilVolume de vendas — mil hectolitros 61.952 58.050 6,7Receita líquida 4.044,2 3.508,1 15,3EBIT (*) 868,0 501,4 73,1EBITDA (**) 1.330,3 917,9 44,9
RefrigerantesVolume de vendas — mil hectolitros 17.177 15.962 7,1Receita líquida 848,8 726,3 16,9EBIT 59,9 (53,2) n.s.EBITDA 147,8 22,3 562,8
Cerveja InternacionalVolume de vendas — mil hectolitros 2.871 2.574 11,5Receita líquida 243,8 221,6 10,0EBIT 9,8 12,0 -17,9EBITDA 36,9 28,9 27,7
Outros ProdutosReceita líquida 113,5 154,1 -26,3EBIT (22,0) (1,3) 1.571,5EBITDA (10,0) 4,9 -304,1
TotalVolume de vendas — mil hectolitros 82.000 76.586 6,9Receita líquida 5.250,3 4.610,2 13,9EBIT 915,7 438,9 108,6EBITDA 1.504,9 974,0 54,5
(*) Lucro antes de resultado financeiro e Imposto de Renda.(**) Lucro antes de resultado financeiro, Imposto de Renda, e depreciações e amortizações.
Cerveja Brasil. O EBITDA desse segmento cresceu 44,9% em 2000, em relação ao mesmo período do anoanterior, atingindo R$ 1,3 bilhão. Essa evolução foi influenciada por um ambiente macroeconômico favorável e,principalmente, pelo aprimoramento nos sistemas de vendas e de distribuição da Companhia. Por meio deprogramas de treinamento para a força de vendas e da utilização das melhores práticas, a AmBev aperfeiçoou aexecução no ponto-de-venda e obteve grande crescimento de vendas, tanto em volume quanto em valor.Adicionalmente, a Companhia vem investindo em “freezers” especiais para instalar em pontos-de-venda estratégicos.Esses equipamentos foram desenvolvidos para satisfazer às características específicas do mercado brasileiro, comgrande capacidade de resfriamento e consumo otimizado de energia. A instalação desses “freezers” implicouaumento significativo de vendas em função da preferência do consumidor brasileiro por cerveja “estupidamentegelada”. Até o final de 2000, a Companhia alocou 48 mil “freezers” nos principais mercados em todo o Brasil.
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Refrigerantes. A fim de incrementar os negócios no mercado de refrigerantes e outras bebidas não-alcoólicas, aAmBev criou uma Divisão de Refrigerantes e demais bebidas não-alcoólicas durante o ano 2000, segregandointegralmente as operações de refrigerantes das operações de cerveja e reforçando seu foco no mercado nacionalde bebidas. Esta divisão traça políticas e estratégias próprias, utilizando a estrutura de produção e logística propiciadapela AmBev.
A estratégia implementada em 2000 concentrou-se na determinação de objetivos específicos para toda a organizaçãoem relação ao segmento de refrigerantes, focando em produtos “premium”, nos quais a AmBev pretende investire aumentar o valor de suas marcas.
Nesse primeiro ano de atuação de AmBev, o negócio de refrigerantes mostrou um aumento significativo na suarentabilidade, com o EBITDA aumentando de R$ 22,3 milhões em 1999 para R$ 147,8 milhões em 2000. O volumede vendas, a receita líquida e os custos foram beneficiados pela fusão: registrou-se maior sinergia do portfolioe significativas reduções de custos.
Cerveja Internacional. Para fazer frente à crescente complexidade das operações no Exterior, e preparandoa Companhia para os próximos passos de internacionalização, a AmBev criou uma Diretoria de OperaçõesInternacionais, que ficará responsável pelas atividades de exportações, além das operações de bebidas e malteno Exterior, como já ocorre na Argentina, no Uruguai e na Venezuela.
Geração de Caixa
Liquidez
A principal fonte de recursos da Companhia tem sido o fluxo de caixa de atividades operacionais. O EBITDA totalizouR$ 1.505,0 milhões em 2000. Esses recursos foram utilizados principalmente para:
(1) amortização de juros e principal das dívidas contraídas para financiamento de investimentos. Apenas com a reduçãodo endividamento consolidado líquido da AmBev foram empregados R$ 674,7 milhões;
(2) investimentos em ativo imobilizado de R$ 268,8 milhões;
(3) investimentos em empresas controladas de R$ 22,3 milhões;
(4) restituição de capital sem alteração no número de ações, com devolução aos acionistas de R$ 111,8 milhões;
(5) programa de recompra de ações, R$ 10,5 milhões.
Capital Circulante
O capital circulante líquido melhorou consideravelmente, evoluindo de um déficit de R$ 520,9 milhões ao final de 1999para um déficit de apenas R$ 12,0 milhões em 31 de dezembro de 2000. Esse fato ocorreu devido à forte reduçãodo endividamento consolidado de curto prazo, basicamente por pagamento do mesmo com a forte geraçãooperacional de caixa.
Investimentos
Em 2000 foram realizados R$ 268,8 milhões em investimentos no imobilizado. A Companhia investiu R$ 75,0 milhõespara compra de “freezers” especiais desenvolvidos especificamente para o mercado brasileiro, destinados ao canalde bares e restaurantes, assim como em distribuição direta. Aproximadamente R$ 121,8 milhões foram investidosnas unidades fabris, em distribuição direta e em informática. A Companhia também destinou R$ 72,0 milhões parareposição de engradados e garrafas.
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Análise dos Resultados 2000
Aquisições e Novos Negócios
Salus
Em 6 de outubro de 2000, a AmBev e o Groupe Danone adquiriram 57,3% das ações da companhia Salus,aquisição esta feita por meio de uma “joint company”, da qual o Groupe Danone participa com 73,7% e a AmBevcom os restantes 26,3%. A Salus, segunda maior cervejaria Uruguaia e líder do mercado local de água mineral,produz a marca Patrícia e detém 20% das vendas de cerveja no Uruguai. No mercado de água mineral, a Salus tem42% de participação.
A compra engloba duas unidades industriais, uma de água mineral e outra de cerveja e refrigerantes. Em 1999,a Salus produziu 190 mil hectolitros de cerveja e 850 mil hectolitros de água mineral.
Cympay
Em 14 de fevereiro de 2001, a AmBev adquiriu 95,4% da Cympay, uma companhia com sede no Uruguai. A Cympaycontrola uma fábrica de malte, bem como as marcas de cerveja Norteña e Prinz, que possuem uma participação demercado naquele país de 19,7%. A Cympay também possui 8% de participação de mercado no segmento de águaspor meio de sua subsidiária Fuente Matutina S.A., da qual a Cympay controla 78,4%.
O objetivo dessa aquisição é aumentar a presença internacional da AmBev, que agora possui uma participação demercado de 39,7% no Uruguai, incluindo-se a marca Patrícia, adquirida com a compra da Salus. Adicionalmente,a Cympay aumenta a integração vertical da AmBev em relação ao malte, uma das mais importantes matérias-primaspara a produção de cerveja. Essa aquisição será consolidada nos resultados da AmBev a partir de 1O de fevereirode 2001.
Agrega
A AmBev e a Souza Cruz celebraram Memorando de Entendimento visando à formação de uma “joint venture” paraadministrar o processo de aquisição de serviços e materiais indiretos, ou seja, não-estratégicos ao processo produtivo.
As partes acreditam que a criação de um novo negócio na Internet (portal “B2B - Business to Business”) agregará valornão só para as duas empresas, mas também para os fornecedores.
A AmBev e a Souza Cruz encaram a iniciativa como a sua inserção nos negócios via Internet e pretendem levar aoambiente da Web o reconhecido êxito de suas gestões empresariais.
Os documentos pertinentes à formação da Agrega foram apresentados para apreciação do CADE, permanecendoa Companhia no aguardo dessa decisão.
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Ações
Listagem ADR
Em 29 de agosto de 2000, a Companhia recebeu registro (nível II) da SEC - Securities and Exchange Commission,passando, a partir de 15 de setembro de 2000, a ser listada na Bolsa de Valores de Nova York - NYSE e a negociarADRs, sendo que cada ADR representa 100 ações preferenciais ou ordinárias.
Desdobramento
Em 20 de outubro de 2000 foi aprovado o desdobramento das ações da Companhia, de forma que o acionista detentorde uma ação passasse a possuir cinco ações da mesma espécie. Com essa operação, o capital passou a ser representadopor 15.976.336 mil ações ordinárias e 22.669.744 mil ações preferenciais.
Programa de Recompra de Ações
Em 13 de dezembro de 2000, a AmBev anunciou sua intenção de recomprar R$ 400 milhões em ações de suaemissão na BOVESPA. Até 5 de março de 2001, a Companhia havia recomprado R$ 68,5 milhões em ações, dos quaisR$ 10,5 milhões ocorreram durante dezembro de 2000.
Oferta Pública — Polar e Nordeste
Em maio de 2000, o Conselho de Administração da Companhia autorizou que a mesma fizesse uma oferta pública,sujeita à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, para aquisição das ações dos acionistas minoritários daIndústria de Bebidas Antarctica Polar S.A., ao preço de R$ 2,65 por ação, e das ações dos acionistas minoritáriosda Indústria de Bebidas Antarctica Norte-Nordeste S.A., ao preço de R$ 214,51 por lote de mil ações ordinárias eR$ 242,13 por lote de mil ações preferenciais.
A oferta para a aquisição das ações da Polar foi aprovada pela CVM, e o Edital de Oferta Pública foi publicado em5 de março de 2001.
Fatores de Risco
A AmBev adota medidas para gerenciar os riscos inerentes ao seu negócio.
Os resultados da Companhia estão sujeitos a flutuações em função de fatores não-controláveis. A Companhiaacredita que os seus principais riscos incluem:
• O nível da atividade econômica e seus reflexos na indústria de bebidas;
• O nível da carga tributária, especificamente o IPI, o imposto federal sobre produtos industrializados, os impostosestaduais ICMS e ICMS substituto, assim como o PIS e a COFINS;
• Flutuações cambiais, uma vez que os custos da Companhia com certas matérias-primas e com embalagens,principalmente as descartáveis, são atrelados a variações cambiais. A Companhia também possui endividamentodenominado em moeda estrangeira, entretanto, a exposição cambial financeira está totalmente coberta porinstrumentos de “hedge”.
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Demonstrações Pro Forma
Para facilitar a comparação com o ano 2000, as Demonstrações de Resultado e de Fluxo de Caixa foram elaboradasde acordo com a legislação societária e considerando-se os resultados pro forma de 1999, ou seja, apurados comose a associação entre Antarctica e Brahma tivesse ocorrido em 1O de janeiro de 1999. Adicionalmente, os resultadosda Bavaria foram consolidados apenas até 1O de dezembro de 2000, tendo em vista a sua alienação.
Demonstração de Resultado — Consolidado
Legislação Societária Pro FormaR$ Milhares 2000 1999 %
Receita líquida 5.250.345 4.610.193 13,9Custo dos Produtos Vendidos (2.843.749) (2.759.766) 3,0Lucro Bruto 2.406.596 1.850.427 30,1Margem bruta (%) 45,8% 40,1%
Despesas com vendas (578.469) (631.901) -8,5Despesas com distribuição direta (337.002) (261.881) 28,7Despesas, gerais e administrativas (373.023) (371.905) 0,3Depreciações e amortizações (202.288) (145.798) 38,7Subtotal (1.490.782) (1.411.485) 5,6% sobre a receita líquida 28,4% 30,6%
EBIT 915.814 438.942 108,6% sobre a receita líquida 17,4% 9,5%
Provisões, líquidas (269.154) (47.440)Outras receitas (despesas) operacionais 3.917 170.170Despesas financeiras (697.970) (1.189.667)Receitas financeiras 373.981 740.560Resultado financeiro líquido (323.989) (449.107) -27,9Receitas (despesas) não-operacionais 57.786 (27.751)Lucro Antes de Impostos 384.374 84.814 353,2Provisão IR/Contribuição Social 405.413 (8.359)Participação de empregados e administradores (53.718) (40.230)Participação de minoritários (265.887) (27.356)
Lucro Líquido 470.182 8.869 5.201,4% sobre a receita líquida 9,0% 0,2%NO de ações — 000 38.646.080 2.100.422LPA — R$/mil ações 12,17 4,22 188,1LPADR — R$/ADR 1,22 0,08 1.340,7
Depreciações e amortizações 589.182 535.031 10,1EBITDA 1.504.996 973.973 54,5% sobre a receita líquida 28,7% 21,1%
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Demonstração de Fluxo de Caixa — Consolidado Pro FormaR$ Milhares 2000 1999
Atividades OperacionaisLucro líquido do exercício 470.182 8.869Ajuste para reconciliar o lucro líquido do exercício
Despesas (receitas) que não afetam o caixaDepreciação e amortização 589.182 535.031Contingências e passivos associados a questionamentos fiscais, acrescidos de juros 288.606 69.891
(Ganho) perda na alienação de bens do imobilizado e investimentos, líquido (40.050) 31.393
Encargos financeiros sobre financiamentos de longo prazo 65.790 219.729Provisão para perdas em ativos 15.362 13.854Benefício com Imposto de Renda e contribuição ciferidos (613.301) (96.933)Ágio e deságio realizados, líquido 91.050 43.553Participação dos acionistas minoritários 265.887 27.356
Redução (aumento) ocorrido nas contas de ativoContas a receber de clientes (337.889) 53.047Impostos a recuperar 44.555 (112.295)Estoques (11.339) 5.298Despesas antecipadas 7.816 12.876Demais contas a receber e outros 24.118 8.869
(Redução) aumento ocorrido nas contas do passivoFornecedores 158.700 66.409Salários, participações, encargos sociais 1.060 37.032Imposto de Renda, Contribuição Social, demais tributos e contribuições a recolher 60.661 79.596
Demais contas a pagar (96.636) (100.268)Caixa gerado pelas atividades operacionais 983.754 903.307Atividade de investimento
Caixa recebido na alienação de bens do ativo permanente e investimentos 245.368 89.490Resgate de aplicações financeiras, líquido 696.037 (529.351)Depósitos judiciais (25.507) 3.677Caixa pago na aquisição de investimentos (22.310) (11.473)Aquisição de bens do imobilizado (268.790) (409.971)Caixa pago na formação de diferido (28.796) (48.117)
Caixa gerado nas atividades de investimentos 596.002 (905.745)Atividade de financiamento
Contas a receber de sociedades ligadas 33.421 (58.110)Desembolsos vinculados a contingências e questionamentos fiscais (54.292) (36.491)Dividendos, juros sobre capital e restituição de capital investido (111.838) (216.267)Recompra de ações em tesouraria (10.527) (7.065)Captação (pagamentos) de financiamentos (1.463.601) 334.231
Caixa usado nas atividades de financiamentos (1.606.837) 16.298Total dos efeitos em caixa (27.081) 13.860Saldo inicial de caixa 71.787 57.927Saldo final de caixa 44.706 71.787Redução do saldo de caixa (27.081) 13.860
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GovernançaCorporativa
A AmBev apóia, com entusiasmo, a adoção das boas práticas de governança corporativa que, a cada dia, têm merecidomaior atenção por parte de autoridades, organizações não-governamentais e empresários brasileiros — inspiradosna importância que o tema vem ganhando nos mercados mais desenvolvidos.
Conselho de Administração
Nosso Conselho é formado por dez membros (oito efetivos e dois suplentes), eleitos em 1999, com mandato até aAssembléia Geral Ordinária de 2002, e tem como atribuições básicas a orientação geral dos negócios da Companhia,a definição de diretrizes estratégicas e a escolha da Diretoria Executiva, entre as várias competências que a lei e oEstatuto Social lhe delegam.
Diretoria Executiva
Esse órgão é eleito pelo Conselho de Administração, tem nove membros com mandatos até 2001 e 2002, cabendo-lheas funções de representação da sociedade e de gerenciamento de suas operações.
Apesar da permissão legal, nenhum dos Conselheiros participa da Diretoria Executiva e, assim, os cargos de Presidentedo Conselho e de Diretor Geral são exercidos por diferentes profissionais — o que é um princípio de crescenteaceitação no âmbito da boa governança.
Transparência
A prática de divulgação de informações para investidores também se insere, com destaque, nesse conjunto deprincípios. Sob este particular aspecto, a AmBev tem mantido uma abertura total tanto no País como no Exterior.Além do site que mantém — www.ambev.com.br —, realizou, em 2000, cerca de 300 reuniões internas e externascom analistas e investidores.
Trimestralmente, quando da divulgação dos seus resultados financeiros (ITRs), promove conferências telefônicastransmitidas simultaneamente pela Internet, para discutir os números do período e esclarecer quaisquer dúvidas dosinvestidores.
Criação de Valor
A transparência é apenas um dos recursos da política de criação de valor para os acionistas da AmBev. Outros têmse mostrado igualmente eficazes, merecendo citação:
• A política de distribuição de resultados que, em 2000, significou a distribuição de R$ 180,0 milhões em juros sobreo capital próprio e R$ 111,8 milhões em restituição de capital investido;
• A recompra de R$ 10,5 milhões em ações para posterior cancelamento, com vistas a valorizar o estoque remanescente. Essa recompra foi feita dentro do programa anunciado em dezembro de 2000, no valor de até R$ 400 milhões;
• A gestão ativa da estrutura de capital, buscando otimizar a alavancagem para minimizar o custo de capital; e
• O aumento do valor de mercado da Companhia — atingindo R$ 18,3 bilhões em dezembro — pelo seu desempenhoeconômico-financeiro, aferido por indicadores confiáveis como crescimento do EVA, que totalizou R$ 283,6 milhõesem 2000, e do EBITDA, que aumentou 54,5%, comparativamente ao resultado pro forma em 1999.
Conselho deAdministraçãoe Diretoria
Conselho de Administração
Efetivos
Marcel Herrmann Telles – Co-Presidente
Victório Carlos De Marchi – Co-Presidente
Carlos Alberto da Veiga Sicupira
Danilo Palmer
Jorge Paulo Lemann
José Heitor Attilio Gracioso
José de Maio Pereira da Silva
Roberto Herbster Gusmão
Suplentes
Roberto Moses Thompson Motta
Vicente Falconi Campos
Diretoria
Magim Rodriguez Junior – Diretor Geral
Carlos Alves de Brito – Diretor de Vendas
Claudio Braz Ferro – Diretor Industrial
Guilherme Rodolfo Laager – Diretor de Logística e Informação
José Adilson Miguel – Diretor de Revendas
Juan Manuel Vergara Galvis – Diretor Geral de Refrigerantes
Luis Felipe Dutra Leite – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Maurício Luis Luchetti – Diretor de Gente e Qualidade
Miguel Nuno da Mata Patrício – Diretor de Marketing
Conselho Fiscal
Efetivos
Antônio Carlos Monteiro
Hilário Franco
Ricardo Scalzo
Suplentes
Luiz Fernando Mussolini
Miguel Ramos de Carvalho
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Balanço Sociale Ambiental
Projetos Sociais
Em caráter absolutamente voluntário e em parceria com instituições de primeira grandeza no campo da açãocomunitária, a AmBev vem contribuindo para o desenvolvimento de várias atividades culturais, educativas ebeneficentes, para as quais destinou, em 2000, uma verba global de R$ 3 milhões.
Uma visão abrangente dessas iniciativas é dada pelos programas detalhados abaixo:
Capacitação Solidária
Hoje, no âmbito empresarial, não vale apenas estar interessado no próprio progresso ou no sucesso de seus negócios.Responsabilidade social é um dos temas com que as empresas brasileiras têm de se preocupar.
Contribuir para resolver os grandes problemas sociais do País passa a ser uma meta para muitas empresas. Esse éo caso da AmBev ao participar do Programa Capacitação Solidária - PCS, que seleciona, financia e acompanhacursos propostos por organizações da sociedade civil, destinados a preparar jovens de 16 a 21 anos para o exercíciode uma atividade de geração de renda.
Atuando desde 1996 nas principais regiões metropolitanas do País, o PCS apresenta excelentes resultados:em apenas quatro anos, em parceria com cerca de mil organizações capacitadoras, viabilizou a preparação de51 mil jovens para o mundo do trabalho.
Recicloteca
A AmBev e a ONG - Associação Ecológica Ecomarapendi, juntas desde 1993, colocam à disposição do públicoa Recicloteca, um Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente. O objetivo é conscientizar a populaçãosobre a importância da reciclagem no combate ao desperdício e na melhoria da qualidade de vida, além de incentivaro desenvolvimento da cidadania e das pesquisas nas áreas ambiental e de processamento de resíduos e de promovera consciência ecológica.
Coleta Seletiva de Lixo no Bairro São Francisco em Niterói (RJ)
Uma enorme quantidade de lixo é produzida por mês nas comunidades em que a AmBev atua e, na maioria das vezes,é desperdiçado muito material que poderia ser reaproveitado e reciclado para reduzir gastos e ajudar a preservaro meio ambiente.
Por isso, a AmBev patrocina, há dez anos, o projeto pioneiro de Coleta Seletiva de Lixo do Bairro de São Francisco,em Niterói, uma experiência que é considerada o primeiro trabalho sistemático do gênero no Brasil. Esse projeto éum campo de observação permanente para os alunos da Universidade Federal Fluminense e serve como base parao desenvolvimento da Coleta Seletiva em diversas cidades do País.
Programa “voluntarios.com.br”
Resolver parte dos problemas sociais do Brasil, sentir-se útil e valorizado, fazer algo diferente no seu dia-a-dia.Essas são as principais razões que levam as pessoas a querer ser voluntárias. Entretanto, apesar de 54% dosjovens brasileiros desejarem ser voluntários, eles não sabem como começar.
Preocupada com essa realidade, a AmBev patrocinou a criação do Web Nacional de Apoio a Voluntários — WNAV—, um site na Internet que permite a voluntários e doadores identificarem entidades beneficentes que combinemcom seus interesses, objetivos ou afinidades, além de permitir que as entidades tenham um espaço para mostrarseus trabalhos. Já existem mais de 2 mil entidades cadastradas e há espaço aberto para que outras se cadastrem.O endereço do site é www.voluntarios.com.br.
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Comprometimento com o Meio Ambiente
A preocupação com a qualidade passou a abranger não apenas os produtos e a satisfação dos clientes, mastambém a natureza e a comunidade. O respeito ao meio ambiente é um princípio incorporado à cultura da AmBev,que se esforça para torná-lo presente em suas rotinas produtivas, buscando permanentemente um destino útil paraos resíduos e subprodutos de seus processos industriais.
A própria AmBev é associada a iniciativas pioneiras nessa área, como, por exemplo, a reciclagem de materiais parauso como ração animal, adubo e até mesmo como matéria-prima para confecção de embalagens. Por isso, aAmBev vem investindo na implantação de uma política de gestão ambiental focada na produção sem agressão aoecossistema e na valorização da consciência ambiental entre seus funcionários, consumidores e fornecedores.A política e os projetos em meio ambiente organizados pela AmBev visam ao desenvolvimento sustentável, quepreserve os recursos naturais e contribua para que se possa viver melhor, num mundo mais limpo e saudável.
As Diretrizes da Política Ambiental da AmBev
A AmBev tem como política respeitar o meio ambiente no desenvolvimento de suas atividades, produtose serviços, exercendo uma postura pró-ativa e contribuindo para o crescimento da consciência ambiental.
Para que esta política se torne realidade, foram estabelecidos como compromissos permanentes:
• Garantir o cumprimento dos requisitos e regulamentações legais;
• Buscar e aplicar tecnologias, processos e insumos que minimizem impactos ao meio ambiente, mantendoa competitividade e visando à prevenção da poluição;
• Manter a equipe conscientizada, treinada e qualificada para promover a melhoria contínua de seu desempenho ambiental;
• Desenvolver, promover e apoiar programas de difusão de consciência e educação ambiental entre os clientes, os fornecedores e a comunidade; e
• Monitorar de forma contínua e avaliar periodicamente seu desempenho ambiental.
A AmBev optou pela utilização de maquinário que gera menos resíduos na produção industrial; pesquisa de novastecnologias, processos e insumos que reduzam ao mínimo os impactos na natureza; padronização de procedimentosoperacionais, para melhor controle interno; parceria com fornecedores e prestadores de serviços que compartilhamde seu comprometimento ambiental; e treinamento interno e de educação ambiental na comunidade.
Em cada fábrica há um supervisor de meio ambiente. São químicos, engenheiros químicos, agrônomos e biólogosque avaliam os riscos ambientais, acompanhando e supervisionando todas as unidades. Anualmente, a Companhiapromove treinamentos para atualização desses profissionais visando à aplicação das técnicas mais modernas deproteção ambiental.
Nos últimos cinco anos, os investimentos ambientais nas unidades de negócios da AmBev alcançaram a casa dosUS$ 36 milhões, em Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) e em melhorias e adequaçõesambientais e projetos, como, por exemplo, o reaproveitamento de subprodutos.
As 41 ETEIs da Companhia têm, juntas, capacidade para tratar 230 mil metros quadrados de efluentes por dia, oequivalente ao saneamento básico de uma população de 5 milhões de habitantes. Para a deposição de resíduossólidos são destinados mais R$ 5,2 milhões por ano. Durante o processo de fabricação da cerveja não existedescarte de substâncias tóxicas nem de produtos químicos ou metais pesados. Até as soluções desinfetantesusadas na limpeza são separadas e descartadas para as ETEIs de forma controlada.
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A AmBev mantém diversas parcerias para aproveitamento de seus resíduos sólidos. Subprodutos, como o bagaçode malte, são utilizados na dieta de gado leiteiro e na piscicultura. O bagaço gerado é suficiente para alimentar 720 milcabeças de gado, que produzem cerca de 7 milhões de litros de leite por dia.
Aromatizantes usados em sopas e caldos, suplementos da alimentação humana e proteínas da alimentação animaltêm em sua composição fermento residual da fabricação de cerveja. A polpa do rótulo das garrafas também é usadana produção de papelão e até as embalagens danificadas durante o processo de produção são transferidas aosseus fabricantes para ser recicladas.
Indicadores Ações
Efluentes líquidos As fábricas da AmBev são dotadas de Estações de Tratamento de Efluentesdas fábricas modernas que, juntas, têm capacidade de tratamento equivalente ao saneamento
básico de uma cidade de aproximadamente 5 milhões de habitantes.
Resíduos sólidos São reaproveitados como ração animal, adubo ou até mesmo matéria-primadas fábricas para fabricação de novas embalagens (vidro, papelão, alumínio, etc.), atingindo
atualmente um índice de reaproveitamento da ordem de 94%.
Adoção de tecnologias Com novas tecnologias e programas de redução de consumo de energia elétrica,limpas nas fábricas água e óleo combustível, entre outros.
Peso de embalagens Por meio de parcerias com fornecedores de embalagens foi viabilizada a reduçãodo peso de embalagens, reduzindo-se sensivelmente o volume de resíduos gerados.
Sistema de Gestão Existe em todas as fábricas um sistema de Gestão Ambiental implantado Ambiental a partir de uma Política de Meio Ambiente Corporativa. Oito fábricas já estão
certificadas pela Norma ISO 14000 e outras estão em processo de implantação, devendo estar certificadas em um futuro próximo.
Balanço Sociale Ambiental
A AmBev iniciou, em 1996, a Co-Geração da Fábrica de Nova Rio, em Campo Grande (RJ), com capacidade de 12 MW.Em 1999 realizou a venda da usina para o parceiro Energy-Works, que passou a operá-la e a mantê-la, vendendo energiae vapor para a Brahma.No ano 2000, a Companhia assinou, com o Ministério das Minas e Energia, o Protocolo do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT), que assegura, por um período de 20 anos e com uma tarifa diferenciada, um volume de gáspara usinas de co-geração. Nesse Protocolo, a AmBev formalizou o Programa AmBev de Co-Geração - PACO, que contempla a co-geraçãoem 10 de suas fábricas, num total de 83 MW, que teve início com a ampliação da capacidade da Fábrica de Nova Rio,de 12 MW para 18 MW, e seguirá com a implantação das demais unidades até o final de 2002.A AmBev deverá investir no PACO, até 2002, aproximadamente US$ 83 milhões, sendo que deste total já foram investidosUS$ 12 milhões na Fábrica de Nova Rio, e os valores restantes se distribuem anualmente, em princípio, da seguinte forma:
• 2001 – US$ 23 milhões – Ampliação da Fábrica de Nova Rio e Implantação de Jacareí e Jundiaí;• 2002 – US$ 48 milhões – Implantação das demais unidades.
Obs.: Estes são os dados que constam oficialmente do Protocolo e estão sujeitos à disponibilidade do fornecimento de gás em cada uma das fábricas pela Petrobrás (Gaspetro), o que pode alterar o programa de investimentos em 2001 e em 2002.
Programa AmBevde Co-Geração - PACO
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Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 e Parecer dos Auditores Independentes
Parecer dos Auditores Independentes29 de janeiro de 2001, exceto quanto à Nota 1(e), que data de 15 de fevereiro de 2001
Aos Administradores e AcionistasCompanhia de Bebidas das Américas - AmBev
1. Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (controladora)em 31 de dezembro de 2000 e de 1999, e as correspondentes demonstrações financeiras consolidadas da Companhiade Bebidas das Américas - AmBev e de suas controladas nessas mesmas datas. Estas demonstrações financeirasforam elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de emitirparecer sobre estas demonstrações financeiras. O exame das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 1999da sociedade controlada Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos (Antarctica)foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores e o nosso parecer, no que se refere a essa controlada,está baseado exclusivamente no relatório desses outros auditores. O investimento da controladora em 31 de dezembrode 1999 na Antarctica, avaliado pelo método de equivalência patrimonial, corresponde a R$ 1.136.898 mil, enquantoo resultado negativo da equivalência patrimonial foi de R$ 208.162 mil no exercício; o total de ativos e os exigíveisda Antarctica correspondem, por sua vez, respectivamente a 30% e 36% dos totais equivalentes consolidados.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem queos exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeirasem todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos:(a) o planejamento dos trabalhos, considerando-se a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemascontábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registrosque suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeismais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstraçõesfinanceiras tomadas em conjunto.
3. Com base em nossos exames e no parecer de responsabilidade de outros auditores, somos de parecer que asreferidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posiçãopatrimonial e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev, controladora e consolidado, em 31 dedezembro de 2000 e de 1999, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens eaplicações de recursos da controladora e consolidado dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2000 e de 1999,de acordo com os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira.
4. O parecer dos outros auditores sobre o exame das demonstrações financeiras da Antarctica em 31 de dezembrode 1999, emitido com data de 24 de março de 2000, contém ressalva sobre o diferimento da variação cambial quenão tem reflexos nas demonstrações financeiras da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev em virtudede terem sido efetuados os ajustes de uniformização e adequação das práticas contábeis relacionados na Nota 5(a).
PricewaterhouseCoopers Francisco Henrique Passos FernandesAuditores Independentes SócioCRC 2SP000160/O-5 Contador CRC 1SP089013/O-2
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Controladora ConsolidadoAtivo 2000 1999 2000 1999Circulante
Caixa e bancos 28 44.706 71.787Aplicações financeiras 983.626 1.679.663Contas a receber de clientes 684.448 358.520Dividendos a receber 19.729Demais contas a receber 643 110.614 202.770Impostos a recuperar 26.603 3.460 246.972 291.527Estoques 591.122 579.783Despesas antecipadas 1.875 26.152 33.968
Total do circulante 29.149 23.189 2.687.640 3.218.018
Realizável a longo prazo
Depósitos compulsórios 24.179 22.084Depósitos para aplicações em incentivos fiscais 65.454 64.148Depósitos judiciais 102.671 77.164Venda financiada de ações 165.151 89.038Imposto de renda e contribuição social diferidos 38.710 3.651 996.088 522.950Outros impostos e taxas a recuperar 287.980 328.781Contas a receber de sociedades ligadas 47.984 81.405Imóveis destinados à venda e outros 97.544 157.311
Total do realizável a longo prazo 38.710 3.651 1.787.051 1.342.881
Permanente
InvestimentosParticipação em sociedades controladas 2.791.592 702.002Ágio e deságio na aquisição de sociedades controladas 573.196 774.817 614.754 798.772
Imóveis fora de uso e outros investimentos 44.810 48.545
Total dos investimentos 3.364.788 1.476.819 659.564 847.317
Imobilizado 3.204.259 3.574.450Diferido 301.138 366.001
Total do permanente 3.364.788 1.476.819 4.164.961 4.787.768
Total do ativo 3.432.647 1.503.659 8.639.652 9.348.667
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999Em Milhares de Reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora ConsolidadoPassivo e Patrimônio Líquido 2000 1999 2000 1999Circulante
Fornecedores 2.562 579.200 420.500Financiamentos 1.265.334 2.474.748Salários, participações e encargos sociais 3.744 115.769 114.709Dividendos sob a forma de juros sobre o capital próprio a pagar 156.538 159.350 122.013
Imposto de renda e contribuição social 26.436 42.581Demais tributos e contribuições a recolher 40 456.215 385.749Demais contas a pagar 8.087 5.550 97.318 178.620Contas a pagar a sociedades ligadas 54.726 17.451
Total do circulante 225.657 23.041 2.699.622 3.738.920
Exigível a longo prazoFinanciamentos 927.574 1.115.971Diferimento de impostos sobre vendas 470.010 463.670Provisão para perdas sobre passivo adescoberto em sociedades ligadas 119.518 73.828
Demais contas a pagar 21.853 37.187Imposto de renda e contribuição social diferidos 53.202 193.365Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais 877.969 643.655
Total do exigível a longo prazo 119.518 73.828 2.350.608 2.453.848
Participação dos acionistas minoritários 512.477 1.749.109
Patrimônio líquidoCapital social subscrito e integralizado 2.565.249 1.717.471 2.565.249 1.717.471Reserva de capital 1 1 1 1Reservas de lucro 522.222 522.222Ações em tesouraria (10.527)Prejuízos acumulados (310.682) (310.682)
Total do patrimônio líquido 3.087.472 1.406.790 3.076.945 1.406.790
Total do passivo e patrimônio líquido 3.432.647 1.503.659 8.639.652 9.348.667
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Controladora Consolidado
2000 1999 2000 1999Receita bruta
Vendas de produtos 11.282.452 5.255.610
Deduções de vendasImposto sobre Produtos Industrializados - IPI, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, outros tributos, descontos e devoluções (6.032.107) (2.772.558)
Receita líquida 5.250.345 2.483.052
Custos dos produtos vendidos (2.843.749) (1.478.998)
Lucro bruto 2.406.596 1.004.054
Despesas (receitas) operacionaisCom vendas 578.469 319.301Com distribuição direta de vendas 337.002 156.327Administrativas 55.562 22.633 363.960 195.119Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais 269.154 53.458
Honorários da diretoria 3.334 9.063 8.120Depreciação, amortização do diferido 202.288 66.946Despesas financeiras 5.911 405 697.970 434.483Receitas financeiras (741) (373.981) (149.586)Equivalência patrimonial (645.524) 176.689Outras despesas (receitas) operacionais, líquidas 90.761 40.753 (3.917) 40.190
(490.697) 240.480 2.080.008 1.124.358
Lucro (prejuízo) operacional (a transportar) 490.697 (240.480) 326.588 (120.304)
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Demonstração do ResultadoExercícios Findos em 31 de Dezembro de 2000 e Período de 1O de Julho de 1999 (Início das Atividades Operacionais) até 31 de Dezembro de 1999Em Milhares de Reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora Consolidado
2000 1999 2000 1999Lucro (prejuízo) operacional (transporte) 490.697 (240.480) 326.588 (120.304)
(Despesas) receitas não-operacionais, líquidas (53.310) (73.828) 57.786 (27.178)
Lucro (prejuízo) antes da contribuição social sobre o lucro líquido e do Imposto de Renda 437.387 (314.308) 384.374 (147.482)
Benefício (despesa) com contribuição social sobre o lucro líquido e Imposto de Renda
Corrente 26 (25) (207.888) (443.888)Diferido 35.059 3.651 613.301 400.313
35.085 3.626 405.413 (43.575)
Lucro (prejuízo) antes das participações estatutárias 472.472 (310.682) 789.787 (191.057)
Participações estatutáriasAos empregados (47.018) (9.605)Aos administradores (2.290) (6.700) (5.074)
Lucro (prejuízo) antes da participação dos acionistas minoritários 470.182 (310.682) 736.069 (205.736)
Participação dos acionistas minoritários (265.887) (104.946)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício/período 470.182 (310.682) 470.182 (310.682)
Quantidade de ações do capital social no fimdo exercício/período (em milhares) 38.646.080 2.100.422
Lucro líquido (prejuízo) por lote de mil ações do capital social no fim do exercício/período, em reais — R$ 12,17 (147,91)
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Capital SocialSubscrito e Reserva de
Integralizado Capital
Em 31 de dezembro de 1998 10
Aumento de capital
Por subscrição em dinheiro 1
Com conferência de ações 1.717.460
Aporte de recursos destinados à reserva de capital 9Resgate de ações preferenciais (8)
Prejuízo do período de 1O de julho de 1999 (início das atividades operacionais) até 31 de dezembro de 1999
Em 31 de dezembro de 1999 1.717.471 1
Redução do capital para compensação
Prejuízos acumulados (310.682)
Prejuízo do período findo em 31 de agosto de 2000 (232.058)
Restituição de capital investido (111.838)
Aumento de capital com conferência de ações 1.502.356
Lucro líquido do exercício
Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício
Reserva legal
Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre capital próprio
Reservas estatutárias
Em 31 de dezembro de 2000 2.565.249 1
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Demonstração das Mutações do PatrimônioLíquido da ControladoraEm Milhares de Reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Reservas de Lucro
Futuro LucrosAumento de (Prejuízos)
Legal Investimentos Capital Acumulados Total
10
1
1.717.460
9(8)
(310.682) (310.682)
(310.682) 1.406.790
310.682
232.058
(111.838)
1.502.356
470.182 470.182
23.509 (23.509)
(180.018) (180.018)
13.333 485.380 (498.713)
23.509 13.333 485.380 3.087.472
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Controladora Consolidado
2000 1999 2000 1999Origens dos recursos
Das operações sociaisLucro líquido (prejuízo) do exercício/período 470.182 (310.682) 470.182 (310.682)Despesas (receitas) que não afetam ocapital circulante
Equivalência patrimonial (645.524) 176.689Imposto de Renda e contribuição social diferidos (35.059) (3.651) (613.301) (400.313)
Provisão para perdas sobre passivo a descoberto em sociedades ligadas 45.690 73.828
Ágio e deságio realizados, líquidos 83.457 40.740 91.050 42.148Depreciação e amortização 23 589.185 260.240Provisão para contingências e passivosassociados a questionamentos fiscais 269.154 53.458
Encargos financeiros sobre financiamentosde longo prazo 65.790 69.069
Participação dos acionistas minoritários 265.887 104.946Despesas financeiras sobre provisão paracontingências, líquidas 19.452
Dividendos de controlada 176.454 23.209Valor residual do imobilizado e investimentos alienados 145.551 48.861
95.200 156 1.302.950 (132.273)
Dos acionistasSubscrição de capital e aporte de recursosdestinados a reserva de capital 1.502.356 1.717.470 1.717.470
Participação dos acionistas minoritários 1.644.163De terceiros
Variações no realizável a longo prazoContas a receber de sociedades ligadas 33.421Outros impostos e taxas a recuperar 40.801Imóveis destinados à venda e outros 59.766
Variações no exigível a longo prazoFinanciamentos 1.046.902Diferimento de impostos sobre vendas 6.177 463.670Demais contas a pagar 37.187Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais 362.144
No ativo permanenteInvestimentos, inclusive ágios e deságios 94.607
Total das origens 1.597.556 1.717.626 1.537.722 5.139.263
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Demonstração das Origens e Aplicações de RecursosExercícios Findos em 31 de DezembroEm Milhares de Reais
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Controladora Consolidado
2000 1999 2000 1999Aplicação de recursos
Variações no realizável a longo prazoDepósitos judiciais, compulsórios e paraaplicações em incentivos fiscais 28.908 163.396
Venda financiada de ações 76.113 89.038Contas a receber de sociedades ligadas 81.405Outros impostos e taxas a recuperar 17.040Imóveis destinados à venda e outros 140.271
No ativo permanenteInvestimentos, inclusive ágios e deságios 1.502.356 1.717.470 869.975Imobilizado 268.790 3.933.031Diferido 5 28.796 366.001
Dos acionistasRestituição de capital investido 111.838 111.838Resgate de ações preferenciais 8 8Programa de recompra de ações 10.527Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre o capital próprio 180.018 180.018
De terceirosFinanciamentos 254.186Demais contas a pagar 15.334Provisão para contingências e passivos associados a questionamentos fiscais 54.292
Total das aplicações 1.794.212 1.717.483 1.028.802 5.660.165
Aumento (redução) no capital circulante (196.656) 143 508.920 (520.902)
Variações no capital circulante
Ativo circulanteNo fim do exercício/período 29.149 23.189 2.687.640 3.218.018No início do exercício/período 23.189 5 3.218.018
5.960 23.184 (530.378) 3.218.018Passivo circulante
No fim do exercício/período 225.657 23.041 2.699.622 3.738.920No início do exercício/período 23.041 3.738.920
202.616 23.041 (1.039.298) 3.738.920
Aumento (redução) no capital circulante (196.656) 143 508.920 (520.902)
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Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999Em Milhares de Reais
1 Contexto Operacional
(a) Atividade Preponderante
A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia” ou “AmBev”), com sede em São Paulo, iniciousuas operações em 1O de julho de 1999 e tem por objetivo, diretamente ou por meio da participação em outrassociedades, comerciais ou civis, no Brasil e no Exterior, a produção e venda de cerveja, chope, refrigerantes, outrasbebidas não-alcoólicas e malte. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2000 e de 1999, as vendasde produtos no Exterior representaram, aproximadamente, 4% do total das vendas de produtos no consolidado.
A AmBev tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo e, a partir de 15 de setembro de2000, também na Bolsa de Valores de Nova York - NYSE na forma de Recibos de Depósitos Americanos(American Depositary Receipts - ADRs).
(b) Associação para a Criação da AmBev
A Companhia detém os investimentos resultantes da associação realizada pelos acionistas controladores daCompanhia Cervejaria Brahma (“Brahma”) e da Companhia Antarctica Paulista - Indústria Brasileira de Bebidase Conexos (“Antarctica”), aprovada em Assembléia Geral Extraordinária - AGE de 1O de julho de 1999, eposteriormente submetida à análise e aprovação das agências de defesa da livre concorrência no País, tendoo Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE aprovado a integração entre Brahma e Antarctica em7 de abril de 2000.
A aprovação foi acompanhada da imposição de obrigatoriedade da venda da marca Bavaria, além das seguintesrestrições, formalizadas pela AmBev em termo de compromisso de desempenho (“Termo”) assinado em 19 deabril de 2000:
• Obrigatoriedade de ofertar publicamente quaisquer unidades produtoras de cerveja que pretenda desativarno prazo de quatro anos, a partir da data de publicação do Termo.
• Obrigatoriedade de oferecer, de forma remunerada, o uso da sua rede de distribuição para um produtor decerveja em cada relevante mercado geográfico do País, condicionado a que o produtor não possua participaçãosuperior a 5% no mercado nacional de cerveja, devendo esse compromisso estar implementado em um prazode oito meses, a partir da data de publicação do Termo.
• Compromisso de manutenção do nível de emprego. As dispensas associadas à reestruturação empresarialdevem ser acompanhadas por programas de retreinamento e recolocação.
• Proibição da prática de exclusividade em pontos-de-venda no período de seis meses a partir da data de publicação do Termo, exceto quando os investimentos e benfeitorias da AmBev nos pontos-de-venda foremequivalentes a uma participação acionária.
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A Companhia vem desenvolvendo a implementação do processo de compartilhamento das suas redes dedistribuição conforme determinado pelo CADE. Durante o ano de 2000, a Companhia desenvolveu propostade compartilhamento da sua rede de distribuição e no momento aguarda a aprovação do CADE sobre asoperações pretendidas.
(c) Venda da Marca Bavaria e de Cinco Unidades Fabris de Cerveja em Atendimento à Imposição do CADE
Em 1O de outubro de 2000 foi constituída a controlada Bavaria S.A., com capital de R$ 127.341, por meio deaporte, pelo valor líquido contábil, de ativos correspondentes às operações de cinco unidades fabris de cervejade propriedade de controladas da AmBev. A totalidade das ações da Bavaria S.A. foi alienada à MolsonIncorporated (“Molson”) em 20 de dezembro de 2000, em transação aprovada pelo CADE, em cumprimento adeterminação daquele órgão estabelecida como condição para aprovação da associação entre Brahma e Antarctica.O valor da transação foi de R$ 191.443 (equivalentes a US$ 98 milhões), sujeito a ajustes a ser determinadosem 31 de dezembro de cada ano, entre 2000 e 2005, pelos quais o preço poderá ser complementado em atéR$ 224.652 em função da participação de mercado a ser atingida pela cerveja Bavaria. O lucro registrado navenda das ações foi de R$ 39.973, líquido do ajuste de preço aplicável a 31 de dezembro de 2000, registradocomo resultado não-operacional. O contrato de venda das ações incorpora ainda cláusula — condicionadapelo CADE — pela qual a AmBev compartilhará de forma remunerada sua rede de distribuição com a Molsondurante o prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro.
(d) “Joint Venture”, Acordos de Licenciamento e Distribuição
No dia 20 de outubro de 1999, a Companhia firmou, com a PepsiCo Inc., um acordo de distribuição do “GuaranáAntarctica” nos países onde já existe a distribuição dos refrigerantes da marca Pepsi.
A Companhia possui ainda, por meio de sua controlada Brahma, “joint venture” e acordos de licenciamentopara produção e distribuição das cervejas Miller e Carlsberg, dos refrigerantes da marca Pepsi e do chá damarca Lipton Ice Tea. Todos esses acordos foram aprovados pelo CADE.
(e) Expansão das Atividades Operacionais no Exterior
Em 6 de outubro de 2000, a Companhia adquiriu, por meio de uma controlada, em conjunto com o GroupeDanone, o controle majoritário da empresa uruguaia Salus Sociedad Anónima. Em 31 de dezembro de 2000,a participação indireta de 26,25% do capital votante está registrada ao custo de R$ 22.310, incluindo-seágio de R$ 21.117, fundamentado em expectativa de rentabilidade futura, a ser amortizado em dez anos.
Adicionalmente, em 24 de novembro de 2000, a Companhia firmou um contrato de opção com acionistasrepresentando 95,4% do capital total e votante da empresa uruguaia Cerveceria y Malteria Paysandu S.A.(Cympay), para a compra de ações dessa empresa. Em 14 de fevereiro de 2001, a Companhia concluiu oprocesso de diligência legal exercendo a opção de aquisição da Cympay, e pagará o equivalente a US$ 27,7milhões por essa aquisição.
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(f) Reestruturação Societária
No decorrer do segundo semestre de 2000, a Companhia iniciou um processo de reestruturação societária quebusca, por meio da simplificação e reorganização de seus investimentos em controladas e coligadas no Brasile no Exterior, a captura de ganhos proporcionados por uma estrutura menos complexa. Em virtude desseprocesso, a Brahma adquiriu as unidades produtivas de suas controladas CRBS S.A., Cervejarias Reunidas SkolCaracu S.A. e Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda., que, a partir de novembro de 2000, passaram a ser filiais daBrahma. Adicionalmente, 100% das ações da Jalua S.A. passaram a pertencer à controlada Eagle Distribuidorade Bebidas S.A.
(g) Comércio Eletrônico (Portal “B2B - Business to Business”)
Em 30 de novembro de 2000, a AmBev e a Souza Cruz S.A. comunicaram a formação de uma “joint venture”para administrar o processo de aquisição de materiais indiretos, ou seja, não-estratégicos ao processo produtivo,e de serviços por meio de um portal “B2B - Business to Business” na Internet.
Essa iniciativa pretende criar benefícios para toda a cadeia de suprimentos, selecionando as melhores práticas,otimizando processos, racionalizando custos e democratizando o acesso de todo e qualquer fornecedor àscompanhias compradoras, obtendo-se assim melhores condições de concorrência e garantia de transparêncianas negociações.
Vinculado a essa iniciativa, em 26 de dezembro de 2000, a Companhia investiu R$ 25 na constituição daempresa Agrega Inteligência em Compras Ltda. (“Agrega”), da qual participa com 50% do total de quotas.
Os documentos pertinentes à formação da Agrega foram apresentados ao CADE para apreciação e posterioraprovação, permanecendo a Companhia no aguardo dessa decisão.
Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999Em Milhares de Reais
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2 Principais Práticas Contábeis
(a) Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com osprincípios contábeis previstos na legislação societária brasileira, de forma condizente com as normas expedidaspela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
Para fins de consolidação e registro de equivalência patrimonial, as demonstrações financeiras da controladaAntarctica incorporaram, em 31 de dezembro de 1999, certos ajustes mencionados na Nota 5, destinados auniformizar e adequar as suas políticas e práticas contábeis àquelas adotadas pela Companhia.
Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos,passivos e outras transações. Assim, as demonstrações financeiras incluem várias estimativas referentes àseleção de vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinaçõesde provisão para Imposto de Renda e outras similares que, não obstante, refletirem a melhor precisão possível,podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais.
(b) Apuração do Resultado
Receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. As receitas de vendas e oscorrespondentes custos são registrados na entrega dos produtos.
(c) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo
A provisão para créditos de liquidação duvidosa, de R$ 109.040 em 31 de dezembro de 2000 (1999 — R$ 97.079),é constituída em montante considerado suficiente pela administração para cobrir as perdas prováveis narealização dos créditos.
Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou produção, ajustado, quando necessário, porprovisão para redução aos valores de realização. Em 31 de dezembro de 2000, a provisão para redução dosestoques aos seus valores de realização monta a R$ 18.005 (1999 — R$ 17.768).
Caixa e bancos, representados por valores de imediata liquidez; aplicações financeiras substancialmenterepresentadas por certificados de depósito bancário e fundos com prazo de vencimento acima de 90 dias edemais ativos circulantes e do realizável a longo prazo são apresentados ao valor de custo, incluindo-se,quando aplicável, os rendimentos auferidos; quando necessária, é constituída provisão para redução aosvalores de realização.
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(d) Permanente
Os investimentos em sociedades controladas e em controladas em conjunto são avaliados, na controladora,pelo método da equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras das controladas sediadas no Exteriorsão convertidas em reais pela taxa de câmbio vigente nas datas das demonstrações financeiras. O ágio eminvestimentos fundamentado na mais-valia do imobilizado é amortizado com base na depreciação ou realizaçãodo imobilizado da controlada, enquanto o ágio atribuído a expectativa de rentabilidade futura é amortizado noprazo de dez anos; a amortização do ágio é registrada na rubrica “Outras despesas operacionais”. O deságioem investimento, atribuído a razões econômicas diversas, será amortizado na eventual alienação do investimento,segundo as normas estabelecidas pela CVM.
O imobilizado é demonstrado ao custo e inclui garrafas e garrafeiras, bem como os juros incorridos nofinanciamento da construção das principais instalações. Os gastos com manutenção e reparos são registradosem contas de despesas quando incorridos. As perdas com a quebra de garrafas e garrafeiras durante a produçãosão incluídas nos Custos dos Produtos Vendidos. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando-sea vida útil econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas na Nota 9.
A amortização do diferido, relativo, principalmente, a despesas pré-operacionais incorridas na implantaçãoe ampliação de unidades industriais e comerciais, é registrada pelo método linear, no prazo de até dez anos,a partir da entrada em operação dessas unidades. Em 31 de dezembro de 2000, o diferido é demonstradolíquido de amortização acumulada de R$ 490.940 (1999 — R$ 413.762).
Os valores de custo do ativo permanente foram corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995.
(e) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentesencargos e variações monetárias incorridos. Contingências são registradas quando sua realização for provávele seu valor for passível de estimativa com razoável precisão.
(f) Operações de “Forward” e “Swap” de Moedas e Juros
Os valores nominais das operações de “forward” de moedas e juros não são registrados no balanço patrimonial.Os resultados líquidos não-realizados dessas operações, bem como os resultados das operações de “swap”de moedas e juros, são registrados em regime de competência de exercícios.
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(g) Ativos de Natureza Contingente
Deduções de impostos obtidos com base em decisões judiciais provisórias são eliminadas nas demonstraçõesfinanceiras por meio da constituição de passivos associados a questionamentos fiscais. Os direitos quepoderão decorrer de questões judiciais, principalmente de natureza tributária, somente são registradosquando assegurados por decisão final irrecorrível em favor das controladas da Companhia.
(h) Subvenção para Investimentos
As controladas da Companhia possuem programas de incentivos fiscais estaduais na forma de pagamento deimpostos diferíveis com abatimentos parciais ou totais desses impostos. Para alguns Estados não foramestipuladas carência e restrições em relação à obtenção de perdão da parcela desses impostos. Todavia, quandoexistentes, essas referem-se a fatos sob controle da Companhia. O benefício relativo ao perdão no pagamentodesses impostos é tratado como reserva para subvenção de investimentos e registrado no patrimônio líquidodas controladas, observado o regime de competência de registro desses impostos, ou no momento em queas controladas cumprem com as principais obrigações fixadas nos programas estaduais de forma a ter comoprovável o benefício concedido. Nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia, esse benefícioé registrado como outras receitas operacionais (2000 — R$ 18.723; 1999 — R$ 6.213).
(i) Impostos Sobre a Renda
O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidasna legislação aplicável. O encargo referente ao Imposto de Renda e à contribuição social é registrado emregime de competência de exercícios, incluindo-se o imposto diferido calculado sobre as diferenças entre asbases contábeis e tributáveis de ativos e passivos. É também registrado Imposto de Renda diferido ativocorrespondente ao benefício tributário futuro de prejuízos fiscais e bases negativas de cálculo para as controladasem que haja expectativa de realização provável desses benefícios, baseada em projeções de resultados futuros.
( j) Conversão das Demonstrações Financeiras de Controladas no Exterior
Para fins de equivalência patrimonial e consolidação, as demonstrações financeiras de controladas no Exteriorsão convertidas para reais pela taxa de câmbio oficial determinada pelo Banco Central do Brasil na data basede elaboração das demonstrações financeiras da Companhia.
Tendo em vista as taxas de inflação vigentes na Venezuela, as demonstrações financeiras das controladasnesse país são preparadas de acordo com princípios contábeis que consideram os efeitos inflacionários sobreseus ativos e passivos, assim como na mensuração do resultado do exercício.
(l) Reclassificações
Certas reclassificações foram efetuadas nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 1999, como objetivo de melhorar sua comparabilidade com o exercício corrente, sendo preponderante a reclassificaçãodo saldo de R$ 258.053 a título de passivo associado a questionamentos fiscais sobre créditos presumidosdo IPI à alíquota zero, que era classificado como redutor do ativo realizável a longo prazo e passou a serdemonstrado como passivo exigível a longo prazo (vide Nota 15(a)).
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3 Demonstrações Financeiras Consolidadas
Para as empresas controladas pela Companhia foi consolidada a totalidade de seus ativos, passivos eresultados sendo destacadas as participações dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultadodos exercícios das controladas.
Na consolidação foram eliminados os investimentos nas controladas e a parcela correspondente dos seuspatrimônios líquidos, assim como os saldos ativos e passivos, bem como as receitas e despesas, decorrentesde transações realizadas entre as empresas consolidadas.
As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações financeiras, em datas coincidentes,das sociedades controladas pela Companhia, direta ou indiretamente, relacionadas nas Notas 5 e 6, respectivamente.
Para as empresas controladas em conjunto, mediante acordo de acionistas, a consolidação incorpora as contasde ativo, passivo e resultado proporcionalmente à participação total detida pela Companhia no seu capital social.Estas empresas são as seguintes:
Percentual de Participação no Capital Social31 de Dezembro de 2000 31 de Dezembro de 1999
Denominação da Empresa Total Votante Total Votante
Cervejaria Miranda Corrêa S.A. 60,8 49,6 12,6 10,3Miller Brewing do Brasil Ltda. 50,0 50,0 10,4 10,4Pilcomayo Participações S.A. 50,0 50,0 10,4 10,4Cervejaria Astra S.A. 43,2 50,0 9,0 11,1
Os ativos consolidados proporcionalmente montam a R$ 161.397 em 31 de dezembro de 2000 (R$ 125.260 em1999), com um capital circulante líquido negativo de R$ 5.017 na mesma data (capital circulante líquidopositivo de R$ 16.020 em 1999).
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4 Estoques — Consolidado
31 de Dezembro2000 1999
Produtos acabados 122.817 106.479Produtos em elaboração 44.022 39.837Matérias-primas 254.139 252.518Materiais de produção 68.873 57.756Vasilhames e garrafeiras 13.600 42.798Almoxarifado e outros 87.671 80.395
591.122 579.783
5 Participação em Sociedades Controladas
(a) Uniformização e Adequação das Práticas Contábeis
Os investimentos nas sociedades controladas, recebidos em conferência para aumento de capital social daCompanhia, foram avaliados pelo método da equivalência patrimonial, em conformidade com a instruçãoCVM nO 247/96, incluindo-se, na sua primeira avaliação, o desdobramento dos custos de aquisição em valorpatrimonial e ágio.
A avaliação inicial dos investimentos em sociedades controladas levou em consideração ajustes decorrentes,sobretudo, da uniformização e adequação das políticas e práticas contábeis utilizadas pela controlada Antarcticaàs práticas adotadas pela Companhia e pela Brahma. Esses ajustes reduziram o patrimônio líquido contábil dacontrolada em R$ 815.557 e foram refletidos em 1O de julho de 1999, apenas nas demonstrações financeirasda AmBev, sem correspondência contábil nas demonstrações financeiras da Antarctica e suas controladas,em virtude do impedimento ao processo de integração das controladas imposto pelo CADE até a aprovaçãofinal da associação.
Com a aprovação do CADE em 7 de abril de 2000, e em decorrência do início do processo de integração dasoperações, os ajustes de uniformização e adequação das políticas contábeis foram registrados pela Antarcticae suas controladas ao longo do ano. Em consonância com o disposto no Artigo 186 da Lei nO 6.404/76,e de forma coerente com o tratamento contábil anteriormente adotado pela AmBev, as controladas registraramtais ajustes, substancialmente, a débito ou crédito de lucros acumulados.
Até 31 de dezembro de 2000, parte significativa desses ajustes foi registrada contabilmente pela Antarctica esuas controladas, para atender à disposição da CVM, sendo esses valores eliminados para fins de consolidaçãoe equivalência patrimonial. Por outro lado, ajustes adicionais de uniformização e adequação das práticascontábeis foram identificados e registrados no semestre findo em 30 de junho de 2000, no valor líquido deR$ 31.782, após os efeitos tributários e participação de minoritários, valor esse considerado na Companhiae na consolidação como ajuste complementar ao ágio no investimento na Antarctica.
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(b) Informações Sobre Participações em Sociedades Controladas
Descrição Brahma
2000 1999
Quantidade de ações possuídas - em milhares
Ações ordinárias 2.628.452 1.451.916Ações preferenciais 4.465.839 13.581
Total de ações 7.094.291 1.465.497
Percentual de participação no capital social
Em relação às ações ordinárias 100,0 55,0Em relação às ações preferenciais 100,0 0,3Em relação ao total de ações 100,0 21,2
Informações sobre as demonstrações financeiras em 31 de dezembro
Patrimônio líquido ajustado 2.545.624 1.606.375
Lucro líquido (prejuízo) ajustado 967.243 322.295
(*) Sediada no Exterior.
As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2000 das controladas Brahma, Antarctica e Hohneckforam submetidas a revisões de auditoria em extensão suficiente para suportar o parecer de auditoria sobre asdemonstrações financeiras da Companhia.
As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 1999 das controladas Brahma e Antarctica foramauditadas, sendo o parecer correspondente à Brahma emitido sem ressalvas. O parecer de auditoria daAntarctica foi emitido com ressalva relativa ao diferimento da variação cambial, registrada no ativo diferido.Essa ressalva não se reflete na controladora em virtude de seu efeito ter sido objeto de ajuste pela AmBevpara fins de consolidação e registro da equivalência patrimonial.
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Antarctica Hohneck (*)
2000 1999 2000 1999
10.726 10.726 10.000 10.0001.274 1.274
12.000 12.000 10.000 10.000
100,0 100,0 100,0 100,0100,0 100,0100,0 100,0 100,0 100,0
245.969 362.084 (119.518) (73.828)
(93.847) (187.102) (45.690) (73.828)
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(c) Movimentação da Participação em Sociedades Controladas e Ágio na Aquisição de Sociedades Controladas
Descrição
Investimentos realizados por conferência de bens para aumento de capital da Companhia em 1O de julho de 1999
Valor patrimonialÁgio
Equivalência patrimonialAmortização do ágioDividendos a receber
Saldo em 31 de dezembro de 1999
Ações recebidas em aumento de capitalDeságio apurado na incorporação de açõesDividendos recebidosEquivalência patrimonial Amortização do ágio
Saldo em 31 de dezembro de 2000
Em 31 de dezembro de 2000, a Companhia mantém contabilizada provisão para perdas no valor deR$ 119.518 (1999 — R$ 73.828), correspondentes ao passivo a descoberto na controlada Hohneck S.A. A despesa correspondente é registrada em “Despesas não-operacionais”.
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Brahma Antarctica Total
331.657 570.246 901.903815.557 815.557
331.657 1.385.803 1.717.460
31.473 (208.162) (176.689)(40.743) (40.743)
(23.209) (23.209)
339.921 1.136.898 1.476.819
1.652.302 1.652.302(149.946) (149.946)(176.454) (176.454)729.856 (84.332) 645.524
(83.457) (83.457)
2.395.679 969.109 3.364.788
6 Participações Indiretas Relevantes em Sociedades Controladas e em Controladas em Conjunto em 31 de Dezembro
Percentual de
Participação Indireta
Denominação da Empresa 2000 1999
Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda. 100,0 21,2Malteria Pampa S.A. (i) 100,0 21,2Jalua S.A. (i) 100,0 21,2Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. 100,0 21,2Distribuidora de Bebidas Antarctica de Manaus Ltda. 100,0 100,0Dahlen S.A. (i) 100,0 21,2CCBP S.A. (i) 100,0 21,2Arosuco Aromas e Sucos S.A. 100,0 21,2ANEP - Antarctica Empreendimentos e Participações Ltda. 100,0 100,0Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A. 99,7 21,2Indústria de Bebidas Antarctica do Sudeste S.A. 98,8 98,7CRBS S.A. 99,8 21,2Cervejaria Águas Claras S.A. 93,3 19,8Indústria de Bebidas Antarctica do Norte-Nordeste S.A. 61,8 64,3Cervejaria Miranda Corrêa S.A. 60,8 12,5Indústria de Bebidas Antarctica Polar S.A. 59,0 59,3Pilcomayo Participações S.A. 50,0 10,3Miller Brewing do Brasil Ltda. 50,0 10,4Cervejaria Astra S.A. 43,2 8,9CCBA S.A. (i) 70,0 14,8C.A. Cervecera Nacional (i) 50,2 10,6Antarctica U.S.A. - Inc. (i) (ii) 100,0
(i) Sediadas no Exterior.(ii) Extinta em 2000.
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As demonstrações financeiras das controladas em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 foram submetidas arevisões/exames de auditoria em extensão suficiente para suportar o parecer de auditoria sobre as demonstraçõesfinanceiras da Companhia.
Em 31 de dezembro de 2000, a controlada Brahma mantém contabilizada provisão para perdas no valor deR$ 34.485 (1999 — R$ 40.801), correspondente ao passivo a descoberto nas suas controladas PilcomayoParticipações S.A., Miller Brewing do Brasil Ltda. e Cervejaria Miranda Corrêa S.A. A despesa correspondentenas demonstrações financeiras da Brahma é registrada em “Despesas não-operacionais”.
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Informações sobre Controladas e Controladas em Conjunto Relevantes
Patrimônio Líquido Ajustado Lucro Líquido (Prejuízo)
(Passivo a Descoberto) do Exercício
2000 1999 2000 1999
182.053 97.769 83.336 (101.010)70.732 54.770 11.289 (15.916)
2.024.346 1.681.266 343.080 545.724502.172 206.163 294.505 (6.695)
4.747 5.959 (738) (303)47.299 43.985 3.313 (1.068)
2.733 1.107 1.538 631133.618 47.465 95.849 22.076769.921 966.882 (104.697) (147.555)159.017 139.292 21.780 (16.256)368.637 546.875 (145.749) (91.199)645.212 562.928 99.351 67.435181.127 137.692 14.961 (2.746)887.569 926.250 16.374 (10.541)(11.534) (9.322) (1.344) (9.339)
317.573 312.611 7.960 31.425(39.014) (57.003) 8.994 (20.545)(15.940) (13.272) (1.334) (4.525)117.257 82.786 20.822 7.320106.888 91.354 (4.608) (10.355)
66.494 35.403 (11.306) (15.728)246 (117)
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7 Ágio e Deságio na Aquisição de Sociedades Controladas
Saldos em 31 de Dezembro TaxasControladora Consolidado Anuais de
2000 1999 2000 1999 Amortização (%)
ÁgioAntarctica
Fundamento na mais-valia do imobilizado 144.579 144.579 144.579 144.579
Expectativa de rentabilidade futura 702.760 670.978 702.760 670.978 10
847.339 815.557 847.339 815.557
Salus Sociedad Anónima 21.117 10Malteria Pampa S.A. 28.101 28.101 10
DeságioBrahma (149.946) (149.946)
Amortização acumulada (124.197) (40.740) (131.857) (44.886)
573.196 774.817 614.754 798.772
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8 Transações com Partes Relacionadas
As transações com partes relacionadas foram eliminadas nas demonstrações financeiras da Companhia,com exceção da parcela não-consolidada das vendas e contratos de mútuo das empresas controladas emconjunto (contabilização por meio da consolidação proporcional).
Os contratos de mútuo têm prazo de vencimento indeterminado e são sujeitos a encargos financeirosequivalentes aos obtidos nas captações de recursos financeiros da Companhia e controladas no mercado.
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9 Imobilizado
Consolidado Taxas Anuais31 de Dezembro 31 de Dezembro de Depreciação
de 2000 de 1999 (%)
Custo
Prédios e construções 1.686.501 1.727.476 4Máquinas e equipamentos 3.618.066 3.728.061 10 a 20Veículos 55.984 76.422 20Bens móveis de uso externo 530.492 376.148 10Terrenos 189.278 196.794Sistemas de computação 76.051 64.358 20Outros intangíveis 51.188 45.075 10 a 20Imobilizado em andamento 117.042 118.286Florestamento e reflorestamento 2.231 3.082 4
6.326.833 6.335.702
Depreciação acumulada (3.122.574) (2.761.252)
3.204.259 3.574.450
As controladas da Companhia possuem 21 unidades desativadas em 31 de dezembro de 2000, cujos ativos,líquidos de depreciação acumulada e provisão para desvalorização, montam a R$ 145.157.
Os bens imóveis destinados à venda referentes a essas unidades, no valor líquido de R$ 37.592, estãoclassificados no realizável a longo prazo, pelo valor de custo, inferior ao valor de realização.
Os bens imóveis, máquinas e equipamentos fora de uso referentes a essas unidades, no valor de R$ 107.565,estão classificados no ativo permanente pelo valor estimado de realização, após deduzida provisão para cobrirpotenciais perdas na realização no valor de R$ 41.243, considerada suficiente pela administração.
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10 Empréstimos e Financiamentos em 31 de Dezembro — Consolidado
Modalidade/Finalidade Encargos Financeiros Incidentes
Moeda nacional
Capital de giro Juros prefixados de 9,8% ao anoIncentivos fiscais de ICMS Juros de 0,5% ao mês Aquisição de equipamentos Juros de 3,1% até 3,8% ao ano acima
da variação da TJLPConstrução, ampliação e modernização Juros de 2,7% até 3,2% ao ano acima do parque fabril da variação da TJLP
Matéria-prima Juros prefixados de 8,7% ao anoCapital de giro — debêntures Juros de 105% do CDICapital de giro — notas promissórias Juros prefixados de 15% ao ano
Total de moeda nacional
Moeda estrangeiraCapital de giro Juros de 9,2% até 9,9% ao anoImportação de matéria-prima Juros de 7,6% até 8,3% ao anoAquisição de equipamentos Juros de 8,7% até 8,8% ao ano
Total de moeda estrangeira
Total dos financiamentos
Abreviaturas utilizadas:
• CDI – Certificado de Depósito Interbancário
• TJLP – Taxa de Juros a Longo Prazo
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Circulante Longo PrazoVencimento Final 2000 1999 2000 1999
Março de 2002 10.284 221.657 9.594 23.747Janeiro de 2007 45.004 2.164 135.567 103.809
Agosto de 2002 58.064 116.528 119.248 191.123
Julho de 2007 203.466 190.143 437.399 573.68635.25263.045
252.493
316.818 881.282 701.808 892.365
Março de 2002 246.596 930.349 143.901Setembro de 2002 632.989 508.473 1.617 65.377Junho de 2003 68.931 154.644 80.248 158.229
948.516 1.593.466 225.766 223.606
1.265.334 2.474.748 927.574 1.115.971
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(a) Garantias
Os empréstimos e financiamentos tomados pelas empresas controladas para ampliação, construção de fábricase aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos imóveis das fábricas e alienação fiduciáriade equipamentos. Os empréstimos para compra de matéria-prima, substancialmente malte, estão garantidospor avais das empresas do grupo e por notas promissórias.
(b) Vencimentos
Em 31 de dezembro de 2000, os financiamentos a longo prazo têm a seguinte composição, por ano devencimento:
2002 348.4902003 274.9482004 173.8892005 108.538Anos subseqüentes 21.709
Total 927.574
(c) Cláusulas Contratuais com a IFC
A Brahma e suas controladas obtiveram, em 1996, recursos da IFC no montante de US$ 241 milhões. Taisfinanciamentos incluem um valor equivalente a US$ 5 milhões que poderá ser convertido em ações preferenciaisda AmBev (anteriormente conversíveis em ações preferenciais da Brahma), à opção da IFC.
Em decorrência desse financiamento, a controlada Brahma e algumas de suas controladas assumiram certasobrigações com a IFC, destacando-se as seguintes:
• Respeitar limites específicos para determinados índices de balanço.
• Cumprir as normas da política de impacto ambiental do Banco Mundial.
• Manter política de contratação de apólices de seguro adequada.
• Manter, substancialmente, suas unidades fabris.
A Companhia está em entendimento com a IFC para adequar-se às cláusulas contratuais vinculadas a determinadosíndices de balanço.
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(d) Incentivos Fiscais de ICMS — Consolidado
Os incentivos fiscais de ICMS oriundos de programas estaduais são demonstrados a seguir:
31 de Dezembro2000 1999
Financiamentos 180.571 105.973Diferimento de impostos sobre vendas 470.010 463.670
650.581 569.643
Os financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamentode uma porcentagem do ICMS devido é financiado pelo agente financeiro do Estado, geralmente por cincoanos a partir da data do vencimento. Além dos financiamentos, as controladas da Companhia possuemdiferimento do ICMS devido, por prazos de até dez anos, em virtude de programas de incentivo à indústria.
As porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar progressivamente, desde 75% noprimeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de umíndice geral de preços.
11 Patrimônio Líquido
(a) Capital Social Subscrito e Integralizado
Em 31 de dezembro de 2000, o capital social da Companhia, no montante de R$ 2.565.249, é representado por38.646.080 mil ações (1999 — 2.100.422 mil), sendo 15.976.336 mil ações ordinárias (1999 — 2.018.731 mil)e 22.669.744 mil ações preferenciais (1999 — 81.691 mil), todas nominativas e sem valor nominal.
Da associação entre os acionistas controladores da Brahma e da Antarctica resultaram as seguintes alteraçõesno capital social da Companhia:
Conforme deliberação dos acionistas em 1O de julho de 1999, as 270 mil ações ordinárias representativas docapital de R$ 11 foram agrupadas em três ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Na mesma dataocorreu aumento de capital, no valor de R$ 1.549.783, mediante a conferência, pelos acionistas controladoresda Antarctica e da Brahma, de 9.448 mil ações ordinárias e 1.101 mil ações preferenciais de emissão da Antarcticae 1.451.916 mil ações ordinárias e 13.581 mil ações preferenciais de emissão da Brahma. Conseqüentemente,a Companhia emitiu 1.911.437 mil ações ordinárias e 67.149 mil ações preferenciais.
No dia 15 de setembro de 1999 ocorreu novo aumento de capital, no valor de R$ 167.677, mediante aconferência, pelos acionistas minoritários da Antarctica, das ações restantes representativas do capital daquelaempresa (1.277 mil ações ordinárias e 173 mil ações preferenciais), com a emissão de 107.294 mil açõesordinárias e 14.541 mil ações preferenciais da Companhia.
A relação de troca das ações nesses aumentos de capital, respeitando-se as respectivas classes das ações,foi de uma ação da AmBev para cada ação da Brahma, de 48,63 ações da AmBev para cada ação daAntarctica pertencente aos controladores e de 84 ações da AmBev para cada ação da Antarctica pertencenteaos minoritários.
A Assembléia Geral Extraordinária - AGE, realizada em 17 de janeiro de 2000, aprovou a redução deR$ 193.900 no capital social, que passou de R$ 1.717.471 para R$ 1.523.571, sem redução na quantidadede ações representativas do capital social. Do valor total da redução do capital social, R$ 174.171 foramdestinados a eliminar o prejuízo contábil apurado no balanço extraordinário de 30 de setembro de 1999, eR$ 19.729, equivalentes aos juros sobre o capital próprio recebidos pela Companhia em razão de suaparticipação na Brahma, foram distribuídos aos acionistas nas proporções das respectivas participaçõesacionárias, a título de devolução do capital investido.
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Adicionalmente, a AGE realizada em 28 de abril de 2000 aprovou nova redução de R$ 136.511 no capitalsocial, que passou de R$ 1.523.571 para R$ 1.387.060, sem redução na quantidade de ações representativasdo capital social, destinada a eliminar o prejuízo contábil apurado no quarto trimestre de 1999.
Em AGEs da Brahma e da AmBev, realizadas em 14 de setembro de 2000, foi aprovado um aumento de capitalno valor de R$ 1.502.356 mediante a incorporação, pela AmBev, da totalidade das ações representativas do capitalsocial da Brahma possuídas pelos acionistas minoritários, perfazendo um total de 1.176.536 mil ações ordináriase 4.452.258 mil ações preferenciais, com valor de R$ 266,9054 por lote de mil ações, independentementeda espécie, convertendo-se a Brahma em subsidiária integral da Companhia. Em decorrência desse fato, osacionistas da Brahma receberam uma ação emitida pela Companhia para cada ação de emissão da Brahma,respeitadas as espécies de ações detidas pelos acionistas.
Em 22 de setembro de 2000, conforme aprovado pela AGE, foi efetuada nova redução no capital social daCompanhia, no valor de R$ 324.167, sendo R$ 232.058 para eliminação do prejuízo do período findo em 31 deagosto de 2000 e R$ 92.109 mil para restituição de capital investido, em ambos os casos sem a ocorrênciade redução do número de ações.
Em 20 de outubro de 2000, foi aprovado pela AGE o desdobramento das ações da Companhia, de forma que oacionista detentor de uma ação possua cinco ações da mesma espécie, passando o capital a ser representadopor 15.976.336 mil ações ordinárias e 22.669.744 mil ações preferenciais.
(b) Bônus de Subscrição de Ações
Em 1996, a controlada Brahma colocou junto a seus acionistas, por meio de emissão privada, ao preço deR$ 50,00 por lote de mil, 404.930.519 bônus de subscrição de ações (1 bônus para cada 17 ações então detidas),sendo 35% para subscrição de ações ordinárias e o restante para ações preferenciais.
Com a incorporação das ações da Brahma pela Companhia, e em conformidade com decisão da AGE de 14 desetembro de 2000 e as regras estabelecidas anteriormente pelo Conselho de Administração da Brahma, taisbônus darão direito à subscrição de ações da AmBev, na proporção de cinco ações para cada bônus,respeitadas as espécies de ações. O exercício do direito à subscrição ocorrerá no mês de abril de 2003. O preçode subscrição será de R$ 0,20 por ação (considerando-se o efeito do desdobramento das ações da AmBev,aprovado em 20 de outubro de 2000, de uma ação por cinco) a ser ajustado na forma estabelecida na suaemissão.
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(c) Destinações do Lucro do Exercício
O estatuto social da Companhia prevê as seguintes destinações do lucro líquido do exercício, após deduzidasas destinações previstas em lei:
(i) 27,5% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Para o exercício findo em31 de dezembro de 2000, um percentual de 34,2% foi destinado para pagamento de dividendos aosacionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais fazem jus a um dividendo 10% superiorao das ações ordinárias.
(ii) Importância não inferior a 5% e não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reservade investimentos, com a finalidade de financiar a expansão das atividades da Companhia e de suas empresascontroladas, inclusive pela subscrição de aumentos de capital ou criação de novos empreendimentos.Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000, a Companhia apropriou, a título de reserva deinvestimentos, o montante de R$ 13.333.
(iii) Constituição de reserva para futuro aumento de capital com o saldo remanescente do lucro líquido doexercício após a constituição de reserva legal, reserva para investimentos e da proposta de distribuiçãode dividendos. Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2000, a Companhia apropriou R$ 485.380como reserva para futuro aumento de capital.
(d) Juros sobre o Capital Próprio
A partir de 1996, as companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLPsobre o patrimônio líquido que, dedutíveis para fins tributários, podem ser imputados aos dividendos obrigatóriosquando distribuídos.
Embora registrados em conta de resultado para fins tributários, esses juros foram reclassificados para o patrimôniolíquido nas demonstrações financeiras.
(e) Dividendos Propostos e Aprovados
Cálculo do percentual dos dividendos propostos e aprovados em reunião do Conselho de Administração de13 de dezembro de 2000 sobre o lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2000:
Lucro líquido do exercício 470.182Constituição da reserva legal (5%) (23.509)
Base de cálculo dos dividendos 446.673
Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre o capital próprio 180.018Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF à alíquota de 15% (27.003)
Total, líquido de IRRF 153.015
Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo 34,26
Dividendos propostos e aprovados sob a forma de juros sobre o capital próprio por lote de mil ações em circulação no fim do exercício — R$
Ordinárias 4,40Preferenciais 4,84
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12 Programa de Recompra de Ações
Em 13 de dezembro de 2000, o Conselho de Administração da Brahma aprovou, nos termos do Parágrafo 1O
do Artigo 244 da Lei nO 6.404/76 e da Instrução CVM nO 10/80, a aplicação de recursos na aquisição de açõesde emissão da AmBev, ficando a Brahma autorizada, durante o prazo prorrogável de 90 dias, a adquirir açõesordinárias e preferenciais de emissão da AmBev, até o limite de 396.368.752 ações ordinárias e de 2.107.031.690ações preferenciais, que correspondem, respectivamente, a 10% e 9,75% das ações em circulação em cada classe.
A aquisição dar-se-á a débito da conta de reservas de lucros constantes do balanço de 31 de dezembro de 1999da controlada, até o montante de R$ 400.000. No exercício findo em 31 de dezembro de 2000, a Brahmaadquiriu 26.289 mil ações ordinárias pelo montante de R$ 10.527, reconhecido nas demonstrações financeirasconsolidadas da Companhia como conta redutora do grupo de patrimônio líquido, o que explica a diferença entreo patrimônio líquido da controladora e do consolidado em 31 de dezembro de 2000.
13 Participação nos Lucros e Plano de Opção de Compra de Ações
(a) Participação nos Lucros
O estatuto da Companhia estabelece a distribuição aos empregados de até 10% do lucro líquido do exercício,com base em critérios predeterminados. Aos diretores é atribuída uma participação nos lucros em montanteque não ultrapasse a sua remuneração anual ou o equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, prevalecendoo menor desses valores. Os valores atribuídos aos diretores são determinados com base no desempenhoindividual, e sua eficiência, conforme aprovado pelo Conselho de Administração.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2000 foram destinados, conforme limites estatutários estabelecidos,R$ 53.718 e R$ 2.290 no consolidado e na controladora, respectivamente, para pagamento de participaçãonos lucros de empregados e administradores. No exercício de 1999 não houve o pagamento de participação noslucros em razão do não-atingimento de metas pela Companhia e suas controladas, com exceção da Brahma,que destinou o montante de R$ 39.866, pago em 2000.
(b) Plano de Opção de Compra de Ações
O plano de opção de compra de ações da Companhia (o “Plano”) sucedeu o plano de opção existente nacontrolada Brahma. Na migração dos acionistas minoritários da Brahma para a Companhia, em 14 de setembrode 2000, os detentores de opções de compra de ações da Brahma, mantidas as regras do plano anterior emvigência na Brahma, passaram a ter o direito de subscrever ações da AmBev.
Conforme definido no estatuto, o Plano é administrado por um comitê composto de membros não-executivosda Companhia. Esse comitê cria, periodicamente, programas de opção de compra de ações, ordinárias oupreferenciais, definindo os termos e as categorias dos funcionários a ser beneficiados, e estabelece o preço peloqual as opções serão exercidas. Esse preço não poderá ser menor do que 90% do preço médio das açõesnegociadas na Bolsa de Valores de São Paulo nos três dias úteis anteriores à data da concessão das opções,indexado pela inflação até o exercício destas. O número de opções concedidas em cada exercício não podeexceder 5% do número total de ações de cada espécie naquela data.
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Quando do exercício das opções, a Companhia tem a faculdade de emitir novas ações, ou utilizar eventuaissaldos de ações existentes em tesouraria. As opções de ações concedidas não possuem uma data final paraexercício. Na hipótese de término da relação de emprego, as opções se extinguem; quanto às ações adquiridaspelo empregado, a Companhia tem o direito de recomprá-las por preço calculado segundo regras estabelecidas,que levam em conta o preço pago pelo empregado, a inflação desde a data da subscrição e o preço de mercadoatual da ação.
A partir de 2001, a Companhia financiará as compras de ações de acordo com as normas estabelecidas noPlano. Os financiamentos normalmente não ultrapassam quatro anos e consideram juros anuais de 8% acimade um índice geral de preços designado. Os financiamentos são garantidos pela ação emitida por ocasiãodo exercício da opção. Em 31 de dezembro de 2000, o saldo em aberto desses financiamentos vinculadosexclusivamente a controlada Brahma e suas subsidiárias montava a R$ 165.151 (1999 — R$ 89.038).
O resumo da movimentação das opções de compra de ações para os exercícios findos em 31 de dezembrode 2000 e 1999 é o seguinte:
Opções de Compra de Ações(Em Milhares)
2000 1999
Saldo de opções de compra de ações exercíveis no início doexercício/período 433.731 372.350
Movimentação ocorrida durante o exercício/períodoExercidas (175.934) (39.327)Canceladas (22.826) (30.892)Desdobramento (1 por 5) 939.884Concedidas 66.500 131.600
Saldo de opções de compra de ações exercíveis ao final doexercício/período 1.241.355 433.731
Em 20 de outubro de 2000 foi aprovado pela AGE o desdobramento das ações da Companhia; conseqüentemente,o detentor de uma opção de compra de ações passou a possuir cinco opções de compra de ações da mesmaespécie.
14 Programas Sociais
(a) Benefícios de Previdência Privada Complementar
A Brahma e suas controladas possuem dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuiçãodefinida (aberto a nova adesões) e outro no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões).A migração do plano de benefício definido para o plano de contribuição definida será permitida por determinaçãodo conselho de administração do Instituto AmBev de Previdência Privada (“Instituto AmBev”). Esses planos sãoadministrados pelo Instituto AmBev e objetivam, principalmente, complementar os benefícios de aposentadoriade seus empregados e administradores.
Adicionalmente, a Antarctica e suas controladas possuem dois planos de benefícios previdenciários decontribuição definida, contratados na Bradesco Previdência e Seguros S.A. e que visam aos mesmos objetivosdo Instituto AmBev.
Conforme aprovado pela Portaria da Secretaria de Previdência Complementar nO 806, de 8 de dezembro de 2000,o Instituto AmBev sucedeu o Instituto Brahma de Seguridade Social - IBSS e futuramente absorverá os planosde benefícios mantidos pela Antarctica na Bradesco Previdência e Seguros S.A.
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Todos os planos são custeados pelos participantes e patrocinadoras. O Instituto AmBev possui 5.332participantes (5.951 em 1999), dos quais 2.389 receberam benefícios em 2000 (2.549 em 1999). As contribuiçõesdas patrocinadoras ao Instituto AmBev correspondem, no mínimo, à diferença entre o percentual de contribuiçãodos participantes ativos e a taxa total determinada pela avaliação atuarial. O custo do plano de benefícios édeterminado atuarialmente e prevê a capitalização do crédito unitário projetado para os benefícios deaposentadoria e pensão por morte do beneficiário e a repartição de capitais de cobertura para os benefíciosde pensão por morte. Com base no resultado desse cálculo atuarial, a Companhia vem contribuindo com 3,1%da folha de pagamento dos participantes do plano de benefícios definido e com 5,4% da folha de pagamentodos participantes do plano de contribuição definida. No exercício findo em 31 de dezembro de 2000, a Brahmae suas controladas fizeram uma contribuição de R$ 2.816 (1999 — R$ 3.101) ao Instituto AmBev para que estepudesse executar seu programa. Em 31 de dezembro de 2000, não há déficit no Instituto AmBev que possaacarretar obrigações às empresas patrocinadoras.
Os planos de benefícios mantidos pela Antarctica possuem atualmente 577 participantes, dos quais 146receberam benefícios em 2000, sendo que as contribuições efetuadas pelos patrocinadores baseiam-se emvalores fixos determinados individualmente para cada participante.
(b) Benefícios de Assistência Médico-Hospitalar e Outros
Em 27 de outubro de 2000 ocorreu a lavratura da escritura pública de incorporação da Fundação AssistencialBrahma (“Fundação Brahma”), pela Fundação Antônio e Helena Zerrener Instituição Nacional de Beneficência(“Fundação”). Com isso, os beneficiários da Fundação Brahma passaram a ser assistidos pela Fundação, queassumiu todas as suas obrigações.
A Fundação congrega, em 31 de dezembro de 2000, 27.547 participantes (23.413 em 1999) e, conformeprevisto em seu estatuto, tem como principais fins proporcionar a funcionários e administradores daspatrocinadoras assistência médico-hospitalar e dentária, oferecer cursos de alfabetização, auxiliar em cursosprofissionalizantes ou superiores, concedendo bolsas de estudo a estudantes ou profissionais de mérito, manterestabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou medianteconvênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.
As companhias patrocinadoras podem contribuir, de acordo com seus estatutos, com até 10% de seu lucrolíquido para apoiar a Fundação. No exercício findo em 31 de dezembro de 2000, não houve contribuiçõesefetuadas pelas patrocinadoras à Fundação.
15 Provisão para Contigências e Passivos Associados a Questionamentos Fiscais — Consolidado
31 de Dezembro2000 1999
ICMS e IPI 478.211 344.542PIS e COFINS 184.032 124.222Imposto de Renda e Contribuição Social 36.110 31.750Processos trabalhistas 100.087 79.044Processos de distribuidores 31.382 30.908Outros 48.147 33.189
877.969 643.655
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A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados, para questões trabalhistas, tributárias,cíveis e comerciais em discussão nas instâncias administrativa e judicial, com base nas opiniões dos consultoresjurídicos da Companhia e suas controladas, para os casos em que a perda é considerada provável.
A Companhia e suas controladas possuem ainda em andamento outros processos da mesma naturezacuja materialização, na avaliação dos consultores jurídicos, é possível, mas não provável, no valor aproximadode R$ 437.000 (R$ 380.000 em 1999).
Natureza das principais contingências e passivos associados a questionamentos ficais:
(a) ICMS e IPI
Em 31 de dezembro de 2000 e de 1999, a Companhia mantém provisionado um valor de R$ 258.053 a títulode passivo associado a questionamentos fiscais sobre créditos presumidos do IPI à alíquota zero.
Adicionalmente, a Companhia mantém provisionados passivos associados à tomada de créditos extemporâneosde ICMS e IPI sobre aquisições de bens para o imobilizado realizadas em períodos anteriores a 1996. No exercíciofindo em 31 de dezembro de 2000, a Companhia constituiu provisão no montante de R$ 50.785 (R$ 38.586em 1999) no consolidado, referente a encargos sobre os montantes potencialmente exigíveis.
(b) Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS
A Companhia possui liminar, obtida no primeiro trimestre de 1999, que lhe garante o direito de recolher oPIS e a COFINS sobre o faturamento, desonerando-a do recolhimento desses tributos sobre outras receitas.Os valores não-pagos estão sendo mensalmente reconhecidos nessa rubrica até que a Companhia obtenhadecisão final favorável. Os valores contabilizados no exercício de 2000 montaram a R$ 43.570 no consolidado(R$ 26.676 em 1999).
(c) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
Decorrem substancialmente do reconhecimento da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio na base dacontribuição social sobre o lucro líquido para o ano de 1996.
(d) Processos Trabalhistas
Estão relacionados a reclamações efetuadas por ex-funcionários. Em 31 de dezembro de 2000, os depósitosjudiciais vinculados aos processos trabalhistas efetuados pela Companhia, atualizados conforme índices oficiais,totalizam R$ 39.021 (31 de dezembro de 1999 — R$ 30.851).
(e) Processos de Distribuidores
São decorrentes, principalmente, de rescisões de contratos entre controladas da Companhia e certos distribuidores,em virtude do não-cumprimento, por parte destes, das diretrizes da Companhia, além da reestruturaçãoefetuada em sua rede de distribuição.
(f) Outros Passivos
Decorrem de processos relacionados, substancialmente, a questões ligadas ao Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS, a produtos e a fornecedores.
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16 Instrumentos Financeiros
(a) Considerações Gerais
A Companhia e suas controladas realizam operações de “forward” e “swap” de moedas e juros com o objetivode proteger-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio sobre a exposição consolidada em moedasestrangeiras e de flutuações em taxas de juros. Adicionalmente, excessos de caixa temporários são aplicadosem linha com políticas de tesouraria reavaliadas periodicamente.
(b) Valor de Mercado
O valor de mercado da participação no capital da Brahma e da Antarctica não é prontamente determinável,tendo em vista que suas ações não mais são cotadas em bolsa.
Em relação à participação no capital da Brahma, o valor de mercado, apurado pela última cotação da ação,em 14 de setembro de 2000, na Bovespa, era de R$ 12.409.585 (R$ 1.244.796 — 31 de dezembro de 1999).Pela última cotação disponível, em 15 de setembro de 1999, o valor de mercado da Antarctica era de R$ 756.216.
Os valores de mercado dos demais instrumentos financeiros da Companhia aproximam-se dos seus valorescontábeis. Os valores de mercado desses instrumentos financeiros foram obtidos mediante cálculo do seuvalor presente, considerando-se taxas de juros praticadas atualmente no mercado para operações de prazoe risco similares.
(c) Concentração de Risco de Crédito
Parte substancial das vendas da Brahma, Antarctica e suas controladas é feita a distribuidores dentro de umaampla rede de distribuição. As vendas diretas são bastante pulverizadas a um grande número de clientes.O risco de crédito é reduzido, em virtude da grande carteira de clientes e dos procedimentos de controle quemonitoram esse risco. Historicamente, as controladas não registram perdas significativas nas contas a receberde clientes.
A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixae/ou investimentos, levando em consideração limites e avaliações de crédito de instituições financeiras, nãopermitindo concentração.
(d) Exposição em Moeda Estrangeira
A Companhia mantém operações na Argentina, no Uruguai e na Venezuela, que representam aproximadamente23% de seus ativos totais em 31 de dezembro de 2000. Adicionalmente, certos financiamentos da Companhiatomados no Brasil são denominados em moeda estrangeira, assim como dívidas com fornecedores.
(e) “Swaps” e “Forwards” de Juros e Moedas
Em 31 de dezembro de 2000, o valor nominal total no consolidado dos contratos de “swaps” monta a R$ 221.179(1999 — R$ 2.071.727) e “forwards” a R$ 849.621 (1999 — R$ 286.240).
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17 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
(a) Reconciliação do Benefício (Despesa) do Imposto de Renda e da CSLL Consolidado
É a seguinte a reconciliação entre o benefício (despesa) de contribuição social e Imposto de Renda dosexercícios findos em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 e seus valores nominais:
31 de 31 deDezembro Dezembro
de 2000 de 1999
Lucro líquido (prejuízo) consolidado, antes da ContribuiçãoSocial e do Imposto de Renda e da participação dosacionistas minoritários 330.656 (162.161)
(Despesa) benefício de Imposto de Renda e Contribuição Social, a alíquotas nominais (112.423) 60.000
Ajustes para obtenção da alíquota efetivaResultado de controladas no Exterior não-sujeitas a tributação 267.611 2.240Prejuízo fiscal, base negativa de CSLL e diferenças temporárias de anos anteriores, contabilizadas 162.673 (35.324)
Ganho fiscal decorrente dos juros sobre capital próprio 61.206 38.468Prejuízos fiscais não aproveitados em controladas sem histórico de lucros (75.991)
Ganhos patrimoniais sobre reserva de subvenção para incentivos fiscais em sociedades controladas 31.569
Redução da alíquota de CSLL de 12% para 9% (5.654)Adições e exclusões permanentes e outros (5.223) (27.314)
Benefício (despesa) de Contribuição Social e Imposto de Renda de acordo com a demonstração consolidada do resultado 405.413 (43.575)
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(b) Composição dos Impostos Diferidos
Os principais componentes dos impostos diferidos em 31 de dezembro são os seguintes:
Controladora Consolidado2000 1999 2000 1999
No realizável a longo prazoPrejuízos fiscais a compensar 38.710 3.651 607.439 303.454Diferenças temporárias
Provisão para contingências e obrigações associadas a questionamentos fiscais 334.514 173.795
Participações de empregados nos lucros 18.199 11.819Outros 35.936 33.882
38.710 3.651 996.088 522.950
No exigível a longo prazoDiferenças temporárias
Depreciação acelerada 27.802 30.370Equivalência patrimonial de empresas no Exterior 2.075 103.519Variações cambiais líquidas sobre financiamentosem abertos 23.325 59.476
53.202 193.365
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Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999Em Milhares de Reais
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(c) Prejuízos Fiscais a Compensar
(i) No Brasil
O Imposto de Renda diferido ativo inclui o efeito dos prejuízos fiscais de controladas brasileiras, que sãoimprescritíveis, compensáveis com lucros tributáveis futuros, com exceção dos prejuízos da Pepsi-ColaEngarrafadora Ltda., que foram reconhecidos apenas parcialmente pela Companhia.
A compensação dos prejuízos fiscais é limitada a 30% do lucro do exercício antes do Imposto de Renda,determinado de acordo com a legislação fiscal brasileira. O ativo registrado limita-se aos valores cuja compensaçãoé suportada por projeções de lucros tributáveis realizadas pela Companhia.
(ii) No Exterior
O benefício fiscal correspondente aos prejuízos operacionais de sociedades no Exterior não foi contabilizadocomo ativo, uma vez que a administração não tem segurança de que sua realização seja provável. A movimentação dos prejuízos fiscais a compensar das sociedades localizadas no Exterior é a seguinte:
2000 1999
No início do exercício 151.428 130.142Prejuízo fiscal do exercício 24.132 21.286
Em 31 de dezembro 175.560 151.428
Os prejuízos de controladas no Exterior expiram nas seguintes datas:
2001 58.9532002 33.3242003 58.8952004 7.7932005 16.595
175.560
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Companhia de Bebidas das Américas - AmBev
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999Em Milhares de Reais
18 Seguros
Em 31 de dezembro de 2000, os principais ativos da Companhia e de suas controladas, como bens do imobilizadoe do estoque, estão segurados contra riscos de incêndio e diversos, com base nos respectivos valores demercado. O valor de cobertura das apólices em vigor até 31 de dezembro de 2001 totaliza R$ 5.525.420.
19 (Despesas) Receitas Não-Operacionais, Líquidas
O resultado não operacional dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2000 e de 1999 é analisado comosegue:
Controladora Consolidado
2000 1999 2000 1999
Receitas não-operacionaisGanho na alienação de bens do imobilizado e
investimentos 42.800Outras receitas não-operacionais 21.209 4.925
64.009 4.925
Despesas não-operacionaisPerda na alienação de bens do imobilizado (7.615) (2.750) (31.393)
Provisão para perda sobre passivos a
descoberto em sociedades ligadas (45.690) (73.828)
Outras despesas não-operacionais (5) (3.473) (710)
(53.310) (73.828) (6.223) (32.103)
(Despesas) receitas não-operacionais, líquidas (53.310) (73.828) 57.786 (27.178)
* * *
O Brasil é muito mais do que um país. É, de longe,
o maior país da América Latina, e o quinto maior
do mundo. São vários e enormes mercados,
espalhados por 8,5 milhões de quilômetros
quadrados, que guardam inúmeras oportunidades.
Mais do que um lugar exótico, rico em belezas
naturais, o Brasil é a décima economia do mundo
e uma das grandes áreas de influência política e
econômica na América Latina.
O Brasil tem o que se chama de “natureza amiga”:
nada de terremotos, vulcões ou grandes catástrofes
naturais. Dentro dessa enorme extensão territorial
existem vários países, tantas são as diferenças de
origens e influências raciais e culturais. Apesar disso,
todos falam a mesma língua, sem dialetos. São quase
170 milhões de habitantes, concentrados na faixa
litorânea, especialmente na Região Sul–Sudeste.
O Brasil tem um PIB em torno de R$ 1 trilhão
(US$ 500 bilhões) e indicadores de crescimento
confiáveis na indústria, no comércio, na agropecuária
e no setor de serviços, além de um processo
consolidado de estabilização econômica que
prepara o terreno para um futuro ainda mais
promissor em oportunidades de negócios.
Do ponto de vista humano, o Brasil é um país único.
A facilidade com que se faz amigos por aqui talvez
não seja igualada a nenhum outro lugar do mundo.
Aqui, você não precisa ser apresentado formalmente
a alguém para começar uma conversa. E, de repente,
até tomar um cafezinho. Já que se mencionou o
cafezinho, vale a pena lembrar outra bebida que,
neste País, é símbolo de simpatia, de amizade,
de bate-papo: a cerveja. Quando amigos se
encontram ou novas amizades são construídas,
é quase inevitável o “Que tal uma ‘cervejinha’?”.
Nós, da AmBev, adoramos isso, porque cada vez
que se fala em “cervejinha”, há 79% de chances
de que a tal “cervejinha” seja uma das nossas.
SÓ UM PAÍS COMO O BRASIL
RELATÓRIO ANUAL
Destaques Econômico-Financeiros 4
Mensagem aos Acionistas 5
Só Crenças e Valores como Esses 6
Só Pessoas como Essas 9
Só um Mercado como Esse 13
Só uma Distribuição como Essa 15
Só um Potencial de Crescimento como Esse 16
Oper Só Operações Internacionais como Essas 20
Demonstrações Financeiras e Balanço Social 23
Informações para o Investidor 79
www.ambev.com.br 79
Informaçõespara oInvestidor
Relações com InvestidoresCompanhia de Bebidas das Américas - AmBevAv. Maria Coelho Aguiar, 215 - Bloco F - 7O andarCEP 05804-900 - São Paulo - SP - BrasilTel. (11) 3741-7560/7553/3315Fax (11) [email protected]
Negociação das AçõesA AmBev tem dois tipos de ações: ações preferenciais (PN) e ações ordinárias (ON) que são negociadas nas Bolsasde Valores de São Paulo e de Nova York. Os símbolos correspondentes para essas ações são: AMBV4 para PNe AMBV3 para ações ON na BOVESPA e, respectivamente, ABV e ABV.c para ADRs na NYSE.
As ações preferenciais têm preferência com relação aos resultados da Companhia, sem, entretanto, possuir direito avoto na Assembléia Geral de Acionistas da Companhia. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas Brasileiras,as ações preferenciais têm direito ao pagamento de dividendos 10% superiores aos das ações ordinárias.
Remuneração ao AcionistaDurante o ano de 2000, a Companhia aprovou pagamentos, aos acionistas, de distribuição de juros sobre capitalpróprio brutos de R$ 4,40 por lote de mil ações ordinárias e de R$ 4,84 por lote de mil ações preferenciaisimputadas ao dividendo obrigatório, pagos em 20 de fevereiro de 2001, que representa uma distribuição de 34,2%do lucro líquido ajustado de exercício, excluindo-se a destinação obrigatória para reserva legal.
Instituição Depositária de AçõesBanco ItaúDepartamento de Atendimento UnificadoTel. (11) 237-5151
Instituição Depositária de ADRsThe Bank of New YorkChurch Street Station, P.O. Box 11258 New York, NY 10286 USATel. 1 (212) 815-5800
Bolsa de Valores de São Paulo — AMBV4, AMBV3Informações de encerramento do períodoR$ por lote de 1.000 ações
2000Período Máximo Mínimo Fechamento4O Trimestre ON* 1.940,00 1.510,00 1.800,00
ON* ex-direitos 425,00 325,00 422,00PN* 2.200,00 2.000,01 2.161,01PN* ex-direitos 478,00 374,02 470,01
3O Trimestre ON 1.530,00 1.150,00 1.510,00PN 2.030,00 1.455,00 1.940,01
2O Trimestre ON 1.150,00 890,00 1.150,00PN 1.460,00 1.178,00 1.455,00
1O Trimestre ON 930,00 710,00 920,00PN 1.360,00 1.000,00 1.350,00
(*) Em 20 de outubro de 2000 foi aprovado o desdobramento das ações da Companhia, de forma que o acionista detentor de uma ação possuacinco ações da mesma espécie, passando o capital a ser representado por 15.976.336 mil ações ordinárias e 22.669.774 mil ações preferenciais.
Bolsa de Valores de Nova York — ABV, ABV.cInformações de encerramento do períodoDólar americano por ADR (1 ADR = 100 ações)
2000Período Máximo Mínimo Fechamento4O Trimestre Ordinária 23,06 14,06 22,25
Preferencial 26,38 19,44 25,75
A Companhia de Bebidas das Américas - AmBev, foi criada em junho de 1999, resultado da fusão de CompanhiaCervejaria Brahma e Companhia Antarctica Paulista. Em setembro de 1999, 100% dos acionistas minoritários daAntarctica migraram para a AmBev. Após aprovação do CADE, a fusão foi legalmente completada com a troca datotalidade das ações dos minoritários de Brahma por ações da AmBev em 15 de setembro de 2000.
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Relatório Anual 2000