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Thiago Aécio de Sousa SÍNCOPE

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Thiago Aécio de Sousa

SÍNCOPE

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SUMÁRIO POESIAS

EM BUSCA DA FELICIDADE ….........................................11 O ANJO DA MADRUGADA...................................................12 ALEGORIA DA CAVERNA …..............................................13 A DOENÇA AMOR.................................................................14 ILUSÕES MUNDANAS.........................................................15 NÃO HÁ DISTÂNCIA PARA O AMOR.................................16 POR AMOR...............................................................................17 TEU OLHAR PURO …..........................................................18 ANJO, PARA SEMPRE AMAR- TE- EI …...........................19 “LOGIAS” ….........................................................................20 CONSELHO DE AMIGO........... ............................................21 CANTO I..................................................................................22 O TREM..................................................................................23 O DESEJO...............................................................................24 ALQUIMISTAS DA POESIA.................................................25 ISSO É PURO AMOR............................................................26 ETERNA AMIZADE...............................................................27 CATÁSTASE............................................................................28 MENINOS DE RUA...............................................................29 MENINA MULHER...............................................................30 AMO-TE MEU ANJO PROTETOR.......................................31 MÃE É QUEM AMA E CUIDA.............................................32 PACIÊNCIA............................................................................33 A SEDUÇÃO NO DISCURSO...............................................34 A FOME...................................................................................35 PREGUIÇA DE PENSAR......................................................36 UMA VÍTIMA DO SISTEMA...............................................37 A BELEZA DA MORTE........................................................38 “LIBERDADE”.......................................................................39 ÉTICA......................................................................................40

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PREFÁCIO As minhas obras são obras singelas e até mesmo amadoras, pois não sou poeta profissional e nem mesmo escritor, sou apenas um mero amante das artes. Não espero fama e nem riqueza, com está obra, mas espero que uma pessoa, pelo menos uma pessoa, goste de verdade de ler o que eu escrevo, isso para mim será uma realização de um grande sonho. Obrigado a todos vocês, que resolveram gastar um pouco do seu tempo, para ler está obra, espero que ela possa proporcionar-te algo de bom, desculpe-me se são obras simples, mas prometo, tentar melhorar continuamente, para poder fazer sempre o meu melhor, que Deus te abençoe.

Thiago Aécio de Sousa, João Pessoa, 2011.

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Capítulo I: Poesias

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EM BUSCA DA FELICIDADE

Nos tortuosos caminhos desta vida, Andei procurando a felicidade,

Disseram-me que “está sendo vendida”, Mas descobri que não era verdade,

Andei e vasculhei cada cidade,

Porém, também, lá não a vi contida, Procurei até na alta sociedade,

Mas nela também, não estava escondida,

Parei de procurá-la, pois cansei, “Será que essa procura foi em vão?”

“Acho que sim, pois não a encontrei,”

Porém, durante minha reflexão, Vi um lugar que não a procurei,

E estava na palma de minha mão!

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O ANJO DA MADRUGADA

Era um anjo tão cheio de alegria, Sobre um jardim de flores debruçada, Trazia paz e candura à madrugada, Enquanto desfrutava a nostalgia.

Porém, logo chegava a noite fria, Surgia o sono e via-se cansada,

E na espera da próxima alvorada, Seus olhos fecham, logo já dormia,

E de luar, aí já se banhava,

E na noite passada se esquecia, No sono profundo, co’amor sonhava,

Enquanto, já raiava o novo dia, E a noite tão fria já se passava, Mas o lindo anjo, já não existia.

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ALEGORIA DA CAVERNA

Posso ver, pois saí da escuridão, Que me deixava preso e sem visão, Mostro a verdade com sinceridade, Porque para ela não existe idade,

A beleza confunde sua razão,

Onde atraídos culpam o coração, Tolos! Não querem ver está verdade, Isto não é amor, é apenas vaidade.

Eu compreendi porque tive coragem, De escapar da ilusão dessa caverna,

Que me enganava com belas imagens,

Não precisa sequer de uma lanterna, Apenas atravesse essa miragem...

“Eis aí! Seu verdadeiro ‘ser’ que hiberna!”

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A DOENÇA AMOR

Como um alexitímico maníaco, Sem saber, se o que sinto é só demência, Que foi causada por crise de ausência,

Ao fitar esse olhar paradisíaco,

Tentei explicação no meu zodíaco, Também com Freud e na neurociência,

Contudo, não tiveram competência, De explicar o seu cheiro afrodisíaco,

Mesmo com inteligência emocional,

A verificação desse axioma, Deixou-me nesse meu coma mental,

Mesmo com um amplo espectro de aptidões,

E com conhecimento e meu diploma, Não consigo entender as emoções.

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ILUSÕES MUNDANAS

Vim para destruir as ilusões, Para chocar a todas com a verdade, Não importa qual seja a sua idade,

Mostrar-te-ei os segredos das visões,

Nunca mais temerás a escuridão, Verás como é a pura realidade, E não se iludirá pela vaidade,

Escancare sua mente e coração.

Pra anular o poder que têm os poucos, Mudar a sociedade tão suicida,

Demonstrar a verdade de nós loucos

E mudar o destino de sua vida, Para trazer o som até os moucos,

Farei coisas, que só Deus não duvida.

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NÃO HÁ DISTÂNCIA PARA O AMOR

Como pode ser mesmo tão distante, Eu sentir tua presença do meu lado,

Seu calor quando abraça-me apertado, E ouvir teu coração sempre pulsante?

Como pode ser mesmo nesse instante,

Sentir sabor do teu beijo molhado, Sentir que inteiramente eu sou amado, Por ti meu anjo doce e tão prestante?

Como pode ser mesmo tão ausente, Eu sentir que seguras minha mão

Tão firmemente e sempre está presente?

É tão real, que choro de emoção! Como posso sentir sempre tão quente,

Este teu beijo no meu coração?

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POR AMOR

Por amor: entreguei meu coração; Eu gastei a fortuna que não tinha; Escalei o Everest com uma linha;

Enfrentei lampião com uma só mão;

Desbravei só no pé todo sertão; Mastiguei toda planta que espinha;

Invadi a favela da rocinha E matei só no grito até leão.

Por amor: Enfrentei o medo e a fome; Eu lutei contra todos, contra tudo; Peito aberto eu lutei só com o nome,

Não usei sequer arma ou um escudo. Porém, por minha culpa você some,

Sem você não sou nada, nem sortudo.

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TEU OLHAR PURO

Teu olhar é uma flecha flamejante, Brilhante e pura feito a alvorada,

Que me atingiu apenas um instante, Foi impossível a fuga, a escapada...

É como pirilampos cintilantes

Qu' iluminam à noite enluarada, Duas lindas pedras de diamantes,

Que por Deus pai foram lapidadas.

Fui gatuno, voraz e intransigente E furtei-as durante à madrugada,

Ao evadir-me fui pego por um agente

chamado amor e cai na sua cilada. Pena: cuidar e amar eternamente

Da dona dessas pedras tão sagradas...

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ANJO, PARA SEMPRE AMAR- TE- EI

Amo-te tanto, que não sei o quanto Do tamanho do amor que estou sentindo,

Amo-te e amo ver-te sempre sorrindo, Não importa que custe até meu pranto.

Amo-te tanto, que provoco espanto,

Ao ver o imenso amor em mim contido, Amo-te meu amor, meu anjo lindo...

Tanto, que me arrepio co’este teu canto.

Queria poder ir ao céu te buscar! Mesmo que pela torre de Babel,

Escalá-la-ei só pra poder olhar-te,

Queria ter asas pra contigo estar, Deitados entre as nuvens lá do céu, Iria beijar-te e pra sempre te amar!

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“LOGIAS”

O homem essa interioridade, que Sempre tenta entender a realidade, Com base no que julga ser verdade,

Achando ser o dono do saber.

Não sabe dizer como e nem porque, A vida é uma pura dualidade,

Em que tudo parece ser vontade De um ser tão mor, que tudo pode ver.

O homem nunca parou de interrogar-se, Sempre tentando entender às “logias”, E assim depois de tanto embriagar-se,

Inventou uma tal logosofia,

Mas se perdeu em meio à analogia E por isso só pensa em suicidar-se.

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CONSELHO DE AMIGO

Amiga se sentir que estás perdida, Sem saber qual caminho vais trilhar Não prostre-se na cama a soluçar,

Há jeito para tudo nessa vida.

Deus mostrar-te-á qual é a sua saída, Para o amor verdadeiro te encontrar,

O primeiro dos passos é se amar, E agora, não mais fique arrependida.

E seja qual for esta decisão,

Não olhe para trás, mas para frente E Deus mostrar-te-á a direção,

Sorria e viva a vida assim contente, Para os problemas essa é a solução,

Não viva mais passado, e sim presente!

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CANTO I

Ergue-se montes, ergue-se impérios, E o seu declínio sempre é soberano,

Foram-se os gregos no marco funéreo, Mas ficou a bravura do espartano,

Que unges a face. Ô semblante etéreo! De um o povo guerreiro a todo ano,

Cavaleiro celeste do divino, És forte, és valente é nordestino!

Eis que Apolo atroz sobre a pura face,

Fastidioso em glória fumegante, Põem-se a castigá-la, mas tenace,

-- Queda-se! (Clama o deus sol gigante), Prostre-se sob mim toda a sua subclasse!

--Não tememos furor e não nos cante, O que mata essa carne, a alma não fere, Bravo guerreiro sol. Seu tom pondere!

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O TREM

Lá vem imponente, maquina de aço, Sempre a percorrer os trilhos da vida, Tão tranquilo e seguro. Tu duvidas?

Então nunca viajou no seu compasso!

Na estação eu aprecio seus longos passos E fico triste ao ver sua partida,

Mas me alegro, pois, vinda é após a ida, E sei que Deus trá-lo-á nos seus braços.

Embarque nesse ser tão enigmático,

E descubras as vantagens que ele tem, Que supera veículo automático,

E parece que foi feito no além,

Que agrada do doutor ao matemático, És o seguro e tão tranquilo trem.

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O DESEJO

És mero pensamento translocado, Libidinoso, trágico e intransigente,

Que a epífise atrofia na sua tangente E qu'expurga-lhe o seu desabrochado,

Esse aos tenros ainda sigilados,

Inevitável é o seu acedente, E nada parará à sua crescente

Mudança. Será tudo transformado...

Purifique-o com doce sentimento, Não alexitimize mais a mente,

Busque-os além dos pícaros do vento,

Onde jazes seu mais puro afluente, Deleite-se d'amor não refringente,

E viva com quem amas eternamente.

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ALQUIMISTAS DA POESIA

Admiro o popular poeta artista, Que o seu palco é em toda redondeza,

Seja na rua ou até na natureza, Com as palavras é grande ilusionista,

Também vejo que os grandes repentistas,

Usam métrica e rima com destreza, Mas prefiro o solfejo da beleza,

De poetas, que são como alquimistas,

Que transformam palavras em pepitas, Que reluzem com o brilho do El Dourado

Um tesouro, antes nunca calculado,

Incrustado nas mentes mais benditas, Que Camões e outros tinham nas suas mãos,

Em que Deus foi sua própria inspiração.

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ISSO É PURO AMOR

Tu és o meu lindo oásis no deserto, És meu alento quando eu mais preciso,

Sempre me alegra com o seu sorriso, Quando tudo parece ser incerto.

Tu és meu viver, o meu futuro certo, És paciente quando sou indeciso, Tu és quem me faz perder o juízo,

Quando de mim estás assim tão perto.

És um anjo de luz puro e celebrante, Que estás a cuidar de mim sempre,

A toda hora, segundo e a cada instante,

Vês meu peito pulsa forte de contente! Pois tu és para mim, mais do que importante,

Pois te amo, te amo, te amo eternamente...

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ETERNA AMIZADE

Amigo meu, alegrasse, não temas... Comigo sabes que pode contar.

Posso te ajudar como amigo. Lembras? Os seus problemas a mim pode falar.

Não importa qual sejam seus problemas

Eu estou aqui para isto mudar Mesmo que sejam simples dilemas

Farei de tudo para te ajudar.

Amigo trago-o no meu coração, E sempre poderás contar comigo

Tu és mais do que amigo, é irmão.

Então tu vês? Estou aqui meu amigo Para te ajudar e lhe dar a mão, Aqui tu tens amigo, um abrigo.

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O DESEJO

És mero pensamento translocado, Libidinoso, trágico e intransigente,

Que a epífise atrofia na sua tangente E qu'expurga-lhe o seu desabrochado,

Esse aos tenros ainda sigilados,

Inevitável é o seu acedente, E nada parará à sua crescente

Mudança. Será tudo transformado...

Purifique-o com doce sentimento, Não alexitimize mais a mente,

Busque-os além dos pícaros do vento,

Onde jazes seu mais puro afluente, Deleite-se d'amor não refringente,

E viva com quem amas eternamente.

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MENINOS DE RUA

Como um alexitímico maníaco, Sem saber, se o que sinto é só demência, Que foi causada por crise de ausência,

Ao fitar esse olhar paradisíaco,

Tentei explicação no meu zodíaco, Também com Freud e na neurociência,

Contudo, não tiveram competência, De explicar o seu cheiro afrodisíaco,

Mesmo com inteligência emocional,

A verificação desse axioma, Deixou-me nesse meu coma mental,

Mesmo com um amplo espectro de aptidões,

E com conhecimento e meu diploma, Não consigo entender as emoções.

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MENINA MULHER

Menina cheia de tanta pureza, Charmosa mulher que a todos conquistam,

Linda menina que a todos cativam, Com seu lindo sorriso e sua leveza.

Encantadora como uma princesa,

Linda flor rara que poucos cultivam, Pois seu perfume os desejos atiçam,

Menina Mulher de rara beleza.

Mulher madura, menina dengosa, Que a todos conquista com teu encanto,

Menina Mulher meiga e atenciosa.

Menina tão pura como um anjo Sempre carinhosa e muito amorosa,

Mulher sedutora que nem sei o quanto

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AMO-TE MEU ANJO PROTETOR

Meu doce anjo, tu és um sopro divino, Meus olhos não são dignos de te ver Perto de ti apenas sou um menino, Contemplando a brisa do anoitecer.

Tu és o brilho cintilante da aurora,

Que estes meus tristes sonhos ilumina, Anjo meu, sua voz é tão doce e pura,

Melodia tão rara que me fascina.

Palavras não servem para descrever O lindo amor, que sinto por você,

Mesmo que eu te fale até ficar rouco, Isso ainda vai ser pouco, muito pouco,

Como pode eu amar tanto sem te ver?

Eu só sei que não vivo sem você!

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MÃE É QUEM AMA E CUIDA

Anjo dotado de plena candura,

Comigo estás em todos os momentos, Com amor ensina-me que a vida é dura, E na distância cuida em pensamento,

E mesmo nestas noites mais escuras, Protegia-me do frio e até do vento,

E sempre gentil, com palavras puras, Dizia-me: “Dorme meu contentamento”.

Suas canções de ninar, eu nunca esqueço, Testemunhadas pela linda lua,

Vejo-te ainda a cantar no meu berço...

O X no cromossomo é herança sua, E mesmo que não fosse, nem um terço,

Ainda amar-te-ia Mãe com muito apreço.

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PACIÊNCIA

A paciência é um dom divino, Que nos ajuda a ter mais esperança, E ao ver o sorriso de uma criança,

Entender esse gesto pequenino.

A paciência é como um menino, Que quer sempre fugir, se a gente cansa,

Porém, se formos de fala mansa, Educaremos esse tal malino.

Sem paciência não haveria gênios, E o mundo seria sempre constante, Estático e atrasado por milênios,

E haveria sempre guerras por transplantes

Casamentos não durariam um decênio, E a vida extinguir-se-ia em um instante.

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A SEDUÇÃO NO DISCURSO

E o supremo martelo é batido,

E o juiz dita: “que adentre o acusado, Que por seus crimes será julgado,

Para que o bem geral, seja mantido”.

E o promotor diz: “este é bandido, E por seus crimes dever ser condenado,

Pois verdadeiramente ele é culpado, E para o bem comum dever detido”.

E os olhos sobre o réu a condená-lo, Porém, seu defensor com sedução, Encanta todo o júri com emoção,

E o sábio advogado a ornamentá-lo, Com sua Hermenêutica e persuasão, Consegue para o réu a absolvição.

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A FOME

Ela deteriora o corpo e a mente,

Faz o homem sucumbir até o nada, E tortura-o durante a madrugada,

Ao arrebatar seus sonhos lentamente,

O transforma num ser tão impotente, Sem esperança da próxima alvorada,

Rasga-o por dentro, assim, como uma espada, Enquanto animaliza, o que era gente...

Ela é o grito das células clamando, Sempre aparece atroz e depois some,

Quando não some, aos poucos vai matando

O ser vivo que há dias não come, E os seus olhos cansados vão fechando,

Agora ele não sente mais à FOME...

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PREGUIÇA DE PENSAR

As dúvidas nos levam ao conhecimento, Mas este nos conduz a mais dúvidas ter, Sempre foi assim, desde a criação do ser,

A parti da epigênese do pensamento,

E parado aqui neste vã momento, Reflito nos mistérios do saber

E em Deus, este que tudo pode ver, Criou o tudo, o nada e o firmamento.

Sempre tão incansável, fui “robô”,

Às áreas das ciências estudei, Fui chamado de “gênio” e até “doutor”,

Porque a todas elas dominei,

Mas quando perguntaram-me: [" O que é o amor?!"] Foi quando descobri que nada sei.

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UMA VÍTIMA DO SISTEMA

E cercaram-me por todos os lados, Não tenho forças, sou um fraco humano

Pecador, iludido e tão mundano, E que será por feras maltratado,

Meu coração será despedaçado, E o meu grito ecoará por anos,

Rasgarão minha pele como pano, Para cobrir meu corpo desnudado.

Nas lágrimas de sangue me afogando, Enquanto, estraçalham o meu rosto, Os corvos os meus olhos vão bicando,

Em volta do meu corpo decomposto, E quando me sobrar apenas ossos,

Jogarão para os cães com muito gosto!

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A BELEZA DA MORTE

A sua pupila não responde à luz, E do coração, cessam-se as batidas, Da derme não se fecham as feridas,

E o nervo vago os sinais não conduz,

Nenhum neurônio o estímulo traduz, Das dores viscerais referidas, Fruto da coronária enrijecida,

E nem a hipófise, hormônios produz,

E suas hemácias presas à fibrina, Nunca mais o tecido nutrirá,

Íon cálcio contraindo à miosina

e actina, e o rigor mortis surgirá, E assim, segue-se a nossa eterna sina,

Que todo o ser humano passará.

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“LIBERDADE!”

Sinônimo de risco é liberdade, Pois encontramos na prisão social,

A segurança contra o casual, E tudo está nas mãos da autoridade,

Ser livre é ter responsabilidade, Dos seus próprios atos como tal, E isso é aterrador e tão banal,

Porque fere a “moral “da sociedade,

E a razão diz : “não é a realidade, Mas que conversa sem nexo é essa

Somos livres sim! Essa é a verdade,

Assim somos o que nos interessa, Pois possuímos nossa liberdade, Até onde a do outro já começa!”

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ÉTICA

Ela diz o que é certo e o que é errado, E com influência no comportamento,

Normatizando-o em todos os momentos, Embasada nos erros do passado.

Seja agricultor ou mesmo advogado, Não fugirá dos olhos como o vento, Empírico ou formal é sempre atento, E está a te observar por todo lado.

Agregando o que chamam de moral,

É uma filha da filosofia, E inda da consciência social,

No mundo está por toda a geografia,

Tão mutável e sempre temporal. Seja ético! Então por favor sorria!

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