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TEORIA LITERÁRIA II POEMA JUCA PIRAMA DOCENTE: Carlos Magno DISCENTE: Sandra da Silva

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TEORIA LITERÁRIA II

POEMA JUCA PIRAMA

DOCENTE: CarlosMagno

DISCENTE: Sandra da Silva

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“Juca Pirama”, é narrada a história do último descendente da tribo Tupi, feito prisioneiro pelos Timbiras. Porém, deve antes relatar suas façanhas, para provar que é digno de ser sacrificado. O prisioneiro será morto e, depois devorado em um ritual antropofágico. Certo que será morto por seus captores e temendo pela vida de seu velho pai que está cego e sozinho nas matas, o jovem tupi pede clemência, isto é visto como um gesto de nobreza e desprendimento por parte do filho, é interpretado como sinal de covardia entre os índios.

Resumo do poema Juca Pirama

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O chefe dos Timbiras o liberta porque não quer “Com carne vil enfraquecer os fortes”.Quando o tupi reencontra o pai, é renegado por ele que, envergonhado pela covardia do filho, o amaldiçoa.

Significado do nome Juca Pirama:Na língua Tupi significa “aquele que vai ser morto”

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Poema: Juca – Pirama

No meio das tabas de amenos verdores.Cercadas de troncos - cobertos de flores. Alteiam-se os tetos d’altiva nação;São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,Temíveis na guerra, que em densa coortesAssombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,Já prélios incitam, já cantam vitória,Já meigos atendem á voz do cantor:São todos Timbiras, guerreiros valentes!Seu nome lá voa na boca das gentes,Condão de prodígios, de glória e terror!

As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,As armas quebrando, lançando-as ao rio,O incenso aspiraram dos seus maracás:Medroso das guerras que os fortes acendem,Custosos tributos ignavos lá rendem,Aos duros guerreiros sujeitos na paz.

No centro da taba se estende um terreiro,Onde ora se aduna o concílio guerreiro Da tribo senhora, das tribos servis:Os velhos sentados praticam d’outrora,E os moços inquietos, que a festa enamora,Derramam-se em torno d’um índio infeliz.

Quem é? - ninguém sabe: seu nome é ignoto,Sua tribo não diz: - de um povo remotoDescende por certo - d’um povo gentil;Assim lá na Grécia ao escravo insulanoTornavam distintos do vil muçulmanoAs linhas corretas do nobre perfil.

Por causa de guerra caiu prisioneiroNas mãos dos Timbiras – no extenso terreiroAssola-se o teto, que o teve em prisão;Convidam-se as tribos dos seus arredores,Cuidosos se incumbem do vaso das cores,Dos vários aprestos da honrosa função.

Acerva-se a lenha da vasta fogueira,Entesa-se a corda de embira ligeira,Adorna-se a maça com penas gentis:A custo, entre as vagas do povo da aldeiaCaminha o Timbira, que a turba rodeia,Garboso nas plumas de vário matriz.

Enquanto as mulheres com leda trigança,Afeitas ao rito da bárbara usança,O índio já querem cativo acabar:A coma lhe cortam, os membros lhe cingem,Brilhante enduápe no corpo lhe cingem,Sombreia-lhe a fronte gentil canitar.

Gonçalves Dias

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No meio das tabas de amenos verdores.Cercadas de troncos - cobertos de flores. Alteiam-se os tetos d’altiva nação;São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,Temíveis na guerra, que em densa coortesAssombram das matas a imensa extensão.

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São rudes, severos, sedentos de glória,Já prélios incitam, já cantam vitória,Já meigos atendem á voz do cantor:São todos Timbiras, guerreiros valentes!Seu nome lá voa na boca das gentes,Condão de prodígios, de glória e terror!

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As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,As armas quebrando, lançando-as ao rio,O incenso aspiraram dos seus maracás:Medroso das guerras que os fortes acendem,Custosos tributos ignavos lá rendem,Aos duros guerreiros sujeitos na paz.

Page 8: Slider juca pirama

No centro da taba se estende um terreiro,Onde ora se aduna o concílio guerreiro Da tribo senhora, das tribos servis:Os velhos sentados praticam d’outrora,E os moços inquietos, que a festa enamora,Derramam-se em torno d’um índio infeliz.

Page 9: Slider juca pirama

Quem é? - ninguém sabe: seu nome é ignoto,Sua tribo não diz: - de um povo remotoDescende por certo - d’um povo gentil;Assim lá na Grécia ao escravo insulanoTornavam distintos do vil muçulmanoAs linhas corretas do nobre perfil.

Page 10: Slider juca pirama

Por causa de guerra caiu prisioneiroNas mãos dos Timbiras – no extenso terreiroAssola-se o teto, que o teve em prisão;Convidam-se as tribos dos seus arredores,Cuidosos se incumbem do vaso das cores,Dos vários aprestos da honrosa função.

Page 11: Slider juca pirama

Acerva-se a lenha da vasta fogueira,Entesa-se a corda de embira ligeira,Adorna-se a maça com penas gentis:A custo, entre as vagas do povo da aldeiaCaminha o Timbira, que a turba rodeia,Garboso nas plumas de vário matriz

Page 12: Slider juca pirama

Enquanto as mulheres com leda trigança,Afeitas ao rito da bárbara usança,O índio já querem cativo acabar:A coma lhe cortam, os membros lhe cingem,Brilhante enduápe no corpo lhe cingem,Sombreia-lhe a fronte gentil canitar.

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Gonçalves Dias publicou o livro Últimos cantos e deve ter sido escrito entre 1848 e 1851, e na obra se encontra o poema I – Juca Pirama...além de outras obras, vejam:

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Cito nessa pesquisa as reações causadas pelo suposto medo da morte do índio tupi. O autor, através do narrador timbira, não diz o lugar em que decorre a ação; sabe-se, que os Timbiras viviam no interior do Brasil, ao contrário dos Tupis, que se localizavam no litoral. Não há uma indicação certa, mas percebe-se que é a época da colonização portuguesa, quando os índios já estavam sendo dizimados pelo branco. A análise do índio refere-se a um forte sentimento de honra, simboliza a própria força natural, sua alta cultura acerca de seu povo representado no modo como este acata o rígido código de ética de seu povo. Sandra da silva