Uma linha do tempo com os principais marcos da história dos negros no Brasil

1559Primeiros escravosA Coroa portuguesa permite o ingresso de escravos no Brasil. Cada senhor de engenho poderia importar até 120 negros

Porão de um navio negreiro, retratado por Johann Rugendas

1694Revolta em PalmaresO quilombo de Palmares (PE) é invadido e destruído. Seu líder, Zumbi, foge, mas é capturado e decapitado no ano seguinte, em 20 de novembro.

Retrato de Zumbi dos Palmares

1810

Pressão sobre o BrasilA Inglaterra declara ilegal o tráfico negreiro. O príncipe regente Dom João VI se compromete a estabelecer a abolição gradual.

José Bonifácio, retratado por Benedito Calixto

1823Abolição gradualJosé Bonifácio apresenta uma representação à Assembleia Legislativa e Constituinte do Império propondo a extinção gradual da escravidão.

1831

Uma lei para inglês verApós pressão da Inglaterra, a Lei Feijó, que proíbe o tráfico negreiro, é aprovada, mas descumprida. Em 1850, a Lei Eusébio de Queiroz reforça a proibição.

Quadro de Jean Baptiste Debret

1871Livres a partir dos 8 anosÉ aprovada a Lei do Ventre Livre, que estabelece que filhos de escravas nascidos a partir daquela data seriam considerados livres a partir dos 8 anos.

Retrato de Joaquim Nabuco

1880O abolicionista do ImpérioDeputado por Pernambuco, Joaquim Nabuco apresenta projeto de lei propondo a abolição da escravidão. No mesmo ano, é criado no Rio o jornal `O Abolicionista´.

1885

Lei dos sexagenáriosÉ aprovada a lei que liberta escravos de mais de 65 anos, mediante indenização. Proprietários de escravos alteram os registros para burlar a idade.

Capa da Lei Áurea

1888Enfim, a liberdadePouco antes da abolição da escravatura, estouram revoltas de negros por todo o país, e suas fugas são intensificadas, principalmente no Vale do Paraíba e em Campos dos Goytacazes, no Rio, e em áreas canavieiras de Pernambuco. Finalmente, em 1888, após aprovação pelo Parlamento, a princesa Isabel assina a Lei Áurea.

Carlota Pereira de Queiroz, a primeira mulher a fazer parte de uma Assembleia Constituinte, em 1934

1934Conquista do direito ao votoMesmo após a Abolição, o direito dos negros ao voto só é garantido em 1934. A Constituinte daquele ano também teve, pela primeira vez, uma mulher.

Antonieta de Barros, em foto sem data

1935Mulher, negra e deputadaA educadora e jornalista Antonieta de Barros se torna a primeira mulher negra eleita para uma Assembleia Legislativa e ocupa vaga em Santa Catarina.

Abdias do Nascimento

1944Valorização da culturaAbdias Nascimento cria o Teatro Experimental do Negro. O projeto revela Ruth de Souza, Jacyra Sampaio, Léa Garcia e Aguinaldo Camargo.

1951

Punição contra o racismoA Lei Afonso Arinos estabelece um ano de prisão ou multa por racismo. Em 1989, a prática passa a ser considerada crime inafiançável pela Lei Caó.

O ator Zózimo Bulbul

1969Pioneiro em telenovelasO ator Zózimo Bulbul é o primeiro negro a protagonizar uma telenovela. Também é o primeiro negro a ser modelo de uma grife de alta-costura no Brasil.

Ulysses Guimarães, em primeiro plano, exibe a Constituição de 1988

1988Direitos para quilombolasA Constituição Federal é promulgada e garante às comunidades remanescentes de quilombos a propriedade das terras ocupadas por elas.

Estudantes fazem protesto na Uerj contra suspensão da lei de cotas, em 2009

2002Ações afirmativasA Uerj é a primeira universidade a ter cotas raciais. Dez anos depois, o STF julga a política constitucional, e elas viram lei em instituições federais.

O ministro Joaquim Barbosa, no dia de sua posse como presidente do STF

2012No topo do JudiciárioO ministro Joaquim Barbosa toma posse na presidência do Supremo Tribunal Federal. É o primeiro negro a ocupar o posto.