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Ala.:-.tt. l.l.t PARI~ : CAMILLE: L IPMAN, 26, 1u.:& \ '1G1"0 S

l'm ttrto Anlonio jA lem qultt-Y-O. arm~. mas ainda <9" manhã t M'1t1pre • mie que: o ''<le la,.·ar e '-C.ttlr. e ll uoite: 6 <:lia tambtm que, já de POIS de o dt-!>IJlr, na ll:U:\ caml\ lav1tdll, tllo qucntinh,;i. e c:onçhcscada o d<:I••· li11do, a dormir. ,

Ma!ll hontcm-4 n ite, quancto a mie ji acomp<rnhll1.A O Aotoninho • deitar d1~e o p:u~. qua,,.i nlband•J, -wlsto. assim. tem de .t<•Nr• • .. q1u11uio eu· tinha quiaun •111-•Ant•.nio. ja m-t- julO'ª • t'" ja c-n • . 1 •• bnmentinho •Ji me '-C"Stfa e b"ª'ª ~ me de-s;pia Winho~.--• -<.••"• •••OJr ~•damo11 Aat.oa1nho <Cal 1.1\C'I:& C"-agna.Ado 1 J.Orpttll que õl<: dito lhe ªº"°'•··· Ho!>Dlt'll'I á oo<tc. portm, foi 2.inda a do« mlle que" p.ara a cama o IC'H>IJ: e o pcquc!'lino a bcijll.\-•, q1Ja~ ah~ aGormeoccr, como quem mai,. se •1~iõª'ª ao KOSO Que ia ~tdcr, ..

A fluer 1011~:1. vi .. ita a 1ma a,·ó, que <•• :1.i111<>s hoje o A11to1lio "'ª" Ja11vt.;1 Calçou p'fa primeira \ez um:1 f:,tp e rifa hota ddxou a c:urta qh~ por fato de- mar111helro. de c:a1~ ahi' •~ pt... e elle ahi '~" pr;uen1e1r.>. .•

Portm • :nó '""ndo entTar o wu ntt•.), traa ... líocm.ado n'am maruio pro.pio e lht(>.. \ c-11o.-edor de• 111a.- irado. cxc-b- •'vm lareo 11;~0

--Ora'''ª' cc>ino \ac Cl"lt- bo~m leito á pTC'io&a ,,.,

F. ,-a~ •apcuide o AotoriillhO "'°m ironioo rish1bo. ;1omb:.udo 11'Ul~,. it'Jl!t•~ -· 1-·ci10 i í'T~CA it'Tl'I o n'"" J•At-• .. que~ vedi~ f;Ó'.<.inho ..quando linha quatro at1ncwl "

CANt>lOA A\ltt:~ lll'. MAt.ALtl\1,'-

llJ.\

J ' ~

A casa de Lo­pez Robcrts, dis­scra·me alguem que conhecía de perto o talentoso e insinuante se­

cretario da legação de Hespanha, é um verda­deiro santuario onde se presta fervoroso cul­to ~o am8r lamilial e A Arte nas suas mais bri­lhantes mamfestaçõc!:. Uma hora que v. pas­se no palacio da rua Formosa junto de D. t.1auricio, da sua inteJ .. 1 igente e bondosa es­posa e dos seus adora· veis filhos, bastará para que lhe tique uma en· ternecida e duradoura impressão d'essa visita;

t rq

não em outr a impress~o por egual conso­ladora, a que lhe deixará o exame das dezenas de preciosidades artisticas que terá occasillo de admirar nos salões do brilhante novelista que a diplomacia conduziu, em boa hora para nós, a terras de Portugal.•

Tive ensejo de verifi­car que n:to era exage­rado o aviso. D. Mauri­cio Lopez Roberts pode orgulhar-se da triplice aristocracia queaccusam, o seu nascimento, o seu talento e o seu coração. Entrar na sua casa é, como bem disse o meu

~ ~ ~§:..,~~~~~ informador, entrar n ' um santuario,

ç cujo aspecto de deliciosa calma de

longe em longe um movi­mento de fosca perturba .. por algumas horas, sem que possa todavia destruir o 4ue e.4S.r aspecto tem de fidalgamente acolhedor.

Estive pela primeira vez na linda vivenda da rua Formosa para uma per­muta de impressões sobre assumptos litterarios com o auctor da Esfinge Son· ric. Subindo a larga es­cadaria do palacio Pom .. bal, cujo brazão de armas se vê ainda nos vitraes artisticos do guarda ven­to, logo percebi o escru­pulosocuidado, poste pelo actual habitante d'essa

esplendida moradia,

1

n~ conservação de to­dos os detalhes deco-

• rativos que recordam a fidalga tradi­çao da casa na 1ua austera e

~t:-=~~

1-A llt~ita no p11t~m.:i.r: 11;0 (u11do o escudo do rnuq1.1~:i

de ron)b;l.I 2-Es~•da principal

dominadora gran­deza. Nenhuma exuberancia de or­namentaçào ; uma larga passadeira verme· lha listracdo o granito dos degraus, orlada de algu­mas plantas de interior. No alto do primeiro pa· ta mar, sob as esguias ja­ne!las onde a luz é coa­da por grandes transpa· rentes brancos, vê-se ape­nas a figura em granito d'uma divindade mytho· logica. Ao centro do se­gundo patamar, está uma linda cadeirinha do se­culo xv1u, de fundo ne­gro, orlado o revestimen­to de rendilhados metal­licos. Uma estatua de Hercules ladeado por dois leõe,s sustentando o escudo de armas do

marque• de Pomba 1 1 fórma um contraste, singularmente suggesti-

vo de força nobre e altiva, com a nota garrida e

delicada que d~ ao local a linda cadei­rinha, pare· cendo aguar­

dar ali a saída de algumas d'es­sas preciosas fi .. gurinhas de mu­lher que anima· :am os salr.~s no tompo de Sebas­tião José de Car­valho e l\lello. A minha phan­t asia irrequieta visionava até um cpisodio galante, quando alguem ergueu o pesado reposteiro de vel-1 udo. Dissipou­se a illusllo rapi­damente; o crea­do convidava-me a entrar e a meio do primeifO sal~o. que é o gabinete de trabalho de Lopez Roberts. avis­tava o diplomata e escriptor, risonho, ~ten­dendo-me aftectuosamente as suas mãos ami­gas como se eu fôra um velho conhecimento. E foi n'esse mc~mo salão. sentados n'um pe­quenino sophâ junto da sua se~retaria-onde algumas rosas irrompiam victoriosamcnte d'um va.so de faiança antiga, que a nossa palestra

percorri a curioso esse gabinete onde o brilhante littera· to terá pensado e cscripto algu · mas das admiia· veis raginas das suas novelas; e avisto um magni· fico retrato a oleo de Lopez Roberts assignado por So­rõla, o notavcl pintor hcspanhol a e t ualmcnte na A me rica a fazer o retr:to do pre· sidentc Ta ft ; adeante um qua· dro de Battoni, sobre as meza,

nos contadores marchetados, -circumdando 01 bronzes artisticos, as velhas f4ianças hes· panholas de Talavera e outras antigas fabri­cas, retratos com atlcctuosas dcdicatorias, de el-rei D. Manuel - presente do •oberano a L'>pcz Roberts o anno !"'assadc cm Cintra,-da infanta D. Isabel, da duqueza de Saxe, de Moret, da condes.a de Pardo Bazan, de Juan V.ilera, da eminente Cucrrero e de actor-aris-

i-Outi-o UJlC\:tO do patamar oom a Utcli-A -'-~ala de tie1:t-pç-Ao

tocrata Diaz de Mendoza, - uma verda­deira asseo:bléa geral, pela photographia, de vultos tm evidencia na alta sociedade, nas artes, na litteratura, na politica de Hespnnha. Mais além, junto d'um gla~ia­d\.lr cm bronzt, vejo a photographia, cum dedicatoria, d'um quadro-Santa Thcre­u - da sr.• Duqueza de Palmclla; até

que o meu olhar encontra o alto e elegante (o. gão que se ergue ao fundo d~ gabinete. Lopo. R6berts notando a auençao com que examino a linda peça raz a sua historia em breves pala· vras; a íace admiravelmente cinzt1ada cm co· bre e ferro bem como o remate do fogao,

tre, alternando na decoraçào das paredes, com t)utros objectos preciosos de respeita· vel edade e co11espondente valia.

Mas é um vorcladeiro museu! ... Lopez Roberts sorri a e:sta exclamação,

contemplando satisfeito as suas bellas col-1~c~4)es , e guia-me então amavelmente pe­los salôc.s onde a cada passo a minha attcn­ção é solicttada pelas obras d'arte.

A seguir ao ~abinete de trabalho ha • sala de pa­le-stra onde habitualmente demora a íamilia Lopez Roberts. E· um pequeno cC'mpanimtnto a cujas paredts st: encostam sophás divenos, convictando

a.o despreoccupado repouso cm deliciosa

1 ~ t; !

ffi~'--.. .._., ~

Ot> .. d<l1fdcS111.-l-<"p'<" R·lw-.lf \ ...

intimid•de. Nas pare~~1[{(» gumas aguarellas de li!.~ Lo· ((J!\~J pez Robc:rts - que é pintora distinctissi-~ "f

~'b;\ ~->;).."'"

V~f por D . Maurido n'uma d:is ~ual) írequen­'J, tcs pesqui•as de •n•igu1d•d~s. A obra de

talha, as pequenas figurr1s dcto1<itivas que formam o c.:onjuncto, de outros pontos vier~m. E assim se con11tguiu a1mar e~sa formosa peça ar1iMie:a.

Antes de passa1mos a outra s salas, des­cubro ainda um velho ltsnternao de Sevi­lha que devia ter figurado n'algum d'es­ses longos e magni6cen1<s c"rtejo> religio· àOS que percorrem na Semana Santa as ruas pittorcscas da risonha cidade anda­luza. F. noto ainda uma graciosa cabeça de anjo, esculptura do secul o X\'JI, at­tribuid'l a Salcilo, um grupo de 6gu1as tm faiança incitando a nossa attenç?l.o no fun· do d 1uma vitrine e pt:qucnas telas de mcs-

n1a,-gravuras antiga~, ietratos de SC\1$ fi.- \:;w, lhos e uma linda marinha assignada pelo J sr. Pinto Da) to, ajudante d'ordens d'el- \ rti. Passámos á &ala de recepç'ào, onde a sobritdade decorativa n:to txclue de (~) modo :..lgum o bom gosto. N'cs.se mo- '1· mcnto Lopt z. Robe• ts. dando-me conta ~ das !.UIS OrtdiltCÇôeS Jittcrarias, {alla-me l\_~ rom tnth.u1iumo na obra de Eça de Qutiroz que figura na sua bibliotheca en· tre os livros mais estimados. E como quer que me tivesse demorado um momento em Crente d•uma grande tela, attrahido pelas 6guritas gtntis de duas creanças que o pintor t ra tava com o amoroso enlevo do artit ta empenhado em não prejudicar a

,

~~J~:~=· =~;~;j~~~~~~f;;E.;aq~u1'~est~ouPii'áa~~~ r~ natural graça sim· '/J \ p ies dos modelos, variar de impressões

D. Mauricio inter- na contemplaçao de e.: rom}.>eu a sua dis- alguns Saxes artisti-

sertaç:to litteraria para cos, delicadas figuriohas me dizer com certo des- de idyllio bucolico, jar-vanecimento: rõts que pequeninos amo·

-E' o retrato dos meus res vào engrinaldando de filhos feito em 1907 por rosas festivamente; e Sotto Mayor, director da ma is além, destacando J!:scola de Bellas Artes do claro das paredes, ai-do Peru, artista de gran- gumas obras primas de de valia. pintores italianos, fazem

Na mesma sala, em lo- por eg-ual negaças á nos-gar de honra, noto os re- sa curiosidade .. . tratos com dedicatorias Agora, é o lindo salào de l:>ua Magestade a Rai- Luii XV que recebe a nha Senhora D. Amelia, nossa visita. E' d'uma da Rainha Senhora D. grande elegancia o mo· Izabel de Bourbon, das biliario, que um fino te-Infamas D . lzabel e D. cido verde claro forra-Eulalia; e logo a minha dando assim maior des--attenção é solicitada por taque ao delicado traba-um esboceto de Goya,- lho de marcenaria artis·

o retrato de Carlos IV tica. Logo de entra-

i de manto azul e corôa da, noto um retrato real com toda a ma- a oleo da sr.• con-gnificenc1a de aspecto ~·D , dessa de Muguiro, que era vulgar )-! assignado po r nos monarchas, ~~ Sorõla. A sr,•

~em ti:e"m"'p,fo-:s~idf'o<::s,. )1 condessa é mlle 1-0 g•bluctc de trab:alho

2-0 logilo

~~~~~~~·~

~;;., de M ."'• Lopez Roberts, da duqueza de ~ nand.o risonhamente a parede, um grande • (i)A) Marchena, da marque.a dei Salar, e da quadro a oleo assignado por La Pezuela, ~Q ~ condessa de Casal,-que esteve ba pouco (lf\ retrato do filho de Lopez Roberts, vestin· ~

• em Lisboa de visita a sua uma. Fid1lg-a 1~ do galhardamente a couraça e o saio de /

J de raça, M."'" Lopez Roberta p6de orgu· ~ malha dos velhos guerreiros. lhar-se, como o seu marido, de o ser, Í<.> Atravess!tmos ainda uma pequena sala lm-

?S por egual, nos primores do espirito e do periQ para chegar ao sal:to de jantar. A vi-coraç~o. D'ahi, a viva sympathia que cm • sita está finda. Tem.os feito, positivamente,

Lisboa aureolou o seu nome, desde a sua appa.. < a travessia d'um grande museu! Mas a at-riçl!O na sociedade elegante da capital portu· !\. tenção n~o se fatiga, tal a sabia disposição de cada gueza. Do seu 1alcnto .,rtistico, ''ejo provas in- ~)movei, a collocaçao apropriada de cada objecto. contesta veis no salfto Luiz X V rm que nos en- Assim, sem o menor cansaço, ainda admiro uma contramos; ~o os quadro~ a oleo tm que o ?; arta de preciosa talha que serve de aparador, as pincel de M.o.e J .. opez Robcrts tratou com 8 bollas salvas de prata de artístico cinze1a-

m ~":0-..r alguns interes· ~ii santes assumptos.

V De passagem para o iH:tNdoir~ a 1egui1

ao salao, ainda de relance avistei um re· trato a oleo de Fernando VI d'um gran­de vigor de colorido; e, cm frente, uma curiosa téla attribuida a Joao Ranc,-um ntgro tocador de cfadnetc, vestido â orien­

S 8

tal, tocado d'uma expressão de risonha vi­vacidade, que denuncia o pincel do grande artista.

No 6oudoir de lt(.moc Lopez Roberts, uma nova collecçào de obras d 'arte attrahe os nossos olhares. E' o lindo mobiliario,­cada peça accusando primorcs de concepçllo e de factura, são O.$ preciosos l>il>elol.s, os serviços de toiklle em prata cinzelada e louças indianas de grande valor, os meda­lhões de familia, télas com formosos aspe· ctos de paizagens; e no logar principal, or-

meato que ornam as pare~ as faian~as antigas, um tapete mural onde a cor3a dos M uguiro avulta como heraldico remate ao elegante en­grinaldado da composiçào; e, por ultimo, uma grande salva de prata que a colonia hc~panhola de \Vashingtun ofiercceu ao pae de 1.ope• Roberts, quando ali esteve çomo minjstro do seu pai:r..

No peito de Lopez Robcrls resplande· cem nos grandes ac-tos officiaes divcnas ve· neras: as de cavalleiro da Legião de Honra; commcndador das ordens de Francisco Jo­sé, de Austria; de Isabel a Catholica; de Wasa,daSuecia; e de Christo, de Portugal; mas estamos e m crêr que ellc nào estima menos, entre todas essas distincções, as suas palmas de official da Academia Fran- _ ,o::iJ ocza, justo galardno dos seus triumphos ~~ litterarios. Lurz TtUGCEJRO~.

I<)<)

D . A1.rçF. n·Ai1w100 E' curioso ,·ê1 como as arte .. e,t.'.lo d1amando para o .._eu campo t•m Purtu,..al <t" .. enhora .. e é tambcm intcrc,,mh.: notar a vocação

brilhante que .. e re\"ela n'0tl~1ma~ d'elta .... \ ~r. V. Alice d 0 .\l'«'\"Nlo é uma disd· pula do mu~tre l'"IC-Ulplrtr ,r. Teixeira Lor~s. que jú i,c ~1flirmou ('tn varios tn•· lialho' d'um certo runho arli'.'ltico e que bem demon·ttra1n nl\o ~(; fo1·uldade>t d::l sua auctora ma':I ta111bcn1 o cuidado que o di"· tincto arlbta. :;cu mt.•i;trc. wm po~to na sua educaçào. Fa1. bt,_•tn "'"'i~n"lar o pr()gr«.:S...;• 1

dtt.15 artes cm Portu~al e .. obrctudo da e~· culptura. tarefa um tanto in~~ua por em· <1uan10 no no"'º paiT. ªllC'•"itr de todos e· .. impulsos que se lht· u·1n 1)retendi<lo dar. m;L., que ccrtao1cntc dentro cm pouco ha de 'er compen,adora para aquelles que como asr. D . .-\lic.·c d'.\1.(•vcdo ~e lhe de· dicam com toda a "'ºª <1hna e com a sua prcdispo.;.içào arti-ilic·a, como o affirmam Oji; seus trabalhos que publicamos.

Dois tr•l,;1lh()11 tcceor1teo1, <1ue deruoustrant o d~CU\'oh·lmtnto pro~tet$h·o do ta1f!uto ela non•I f'11culptora, oonfirm•••do u C'10~r11nça11

do h•nriatclro futuro ;utJsli<:O quf! H tuas lmlf!lf&vtill db;l)O\oiÇ6a (axem ptit\'C'r

f("llcbh da "llOT. CUF.Ol!S)

t'Omo esse sangue cat<llt\on'um repen· te cst'~mdcsce e logo

st·n·n.a. íazt'ndo succed("r ªº" prantos o riso e ai., tiw~ o vozcar alc~rc das cantigas.

l 'm jornalista francf'i: que penetrou na , ldadc das ramblns famo"-". que ficaram mui10 clamnificadas com a."I barricada:;, e

1 cl,h c•i:rc·j;.L"' artisticas, que o'l incendios de·

l Yor;1r111n, notou que ainda dcarue dos \'t''ili:,:-io'\ das luctas,

t•m rrc.:ntc da.;; ar-

).'"""' '.'rrancadas, ~~

1

dl'' \'Jdros que· . ~ - ,:.·•I·.-. nas janel· ·~~ , ... m.1i' bt"llas mo· Qdiai, H•l meio d·aqucl­Ll d("!Wmkm de c-atacl)'S· mo1, j.'1 se• ouviam as vo· z1·.. do" gramophones cm trcdw~ patuscos de 1111cn·u;1 (' que a~ ven­JN.klr;l'I de flôres das ra111Um jta c,ta,·am no ;.c:-J 110,tn, de rbo no:-. 1 IO'i, tdm<mdo em fto. nr a~ botocir~.

.\ dtl.ule com as ::iuas an~nitla'l ;1i;ora entu1ha­da'i, cl'o1Hk 8-C atrancou a bdl,·za, onde se tor­n·r.im ª"' ('aoalisaçõcs do ::iz. e '" tiraram as pe· dra .. d.L... t:.1lçadas para erguer .i.• barricadas da te\·olta. t•ra wn canto akg-n·. tomo uma paiz.a· \ .:1.:m ,1w1.1 de sol e de 1

;t l.n.1 lah·ntc d'um \'Ul· .:. • i(1 ha muho palpitante 1 n.i' '"ª' entranhas, \11k·~o qul· umas vc- \ ' i t

n'um mo\•irncn· to rapitlo come· ça a exl'ltir cm toda.~ a.'I cabeças. lJ ma" vcz.es é o ... e . parati .. mo. outras o republicani ... mo. n'mur;:l11 a. menor cou!;a, tudo bso geraclc> na propria raç~L que a habita. f 1 diffcrenw das Oll· tra"= provlnchts hcs· panhokL\ por todas a~ •ma• tr.1di,ues. ori· 1 Jtens e couc.hçõc.:;. Xos COl\\cntu .. rezava-se. to(";l\".1m o<; orgàos. faziam.,,. prece ... os fra. des de longo!J habttos ench1<ml º" daustr05. ru, frc11,1.5 no3 seus conv<-nto .. JUlgol\~am-~e li vrc:-. de.~ todos o~ perigo ... "º' pi•s dos a~­t(1rc~: nm• ruas pa.ssca.va·:-.f'., havi~t n"IO\·i·

mcnto na.• ram/Jlas. 1 ==-~.__,.~ ~.\\ nn~ ;~~~ .. ::;",;~~~~ rrrr1

i~l dos, crca\·~m~·:se ~ ,.. amor<·" no .. Jaf· - din., puhlicos com·

.... flha... a de-.abr?Char • o~ thf'atrOS abrJ3ffi ÔI'.'\

1 '.')\l;t.fC porta."'~ era acth:a como ~l·mprc a \'ida do pnrto t~o cheio ele bcl1c1.a o onde os na· vio!ll t•st•n-am á de!\· carga: cm \'Olta da c..­talu.a do dramaturg-o t ... ..tt.il~o Frederico So· ler havia gente á:; t:,1,r· de<. na j>/a;a da Ca· talunha e na da P~1z hnvi•l o ruído caracte· riiotko d'aquella ci<la de :1i;:ltada: de~cança· \":t.·'l.l· no pirque da Ciuc\adcll~t. e os ~·cu .. mu"("u~. ª' ~uas :·illns

b<llet.1" "''endida ~obJ,

z.,.., "e m.mifesta e ~ J -..

~e~~~~~ i e 2-T)!)Oll f;tlt•ll('• de Lcrlda onde 1nn1bl!1n

l1t11.1\~ t11nu1ltos 3-Egr-cja da• ~loi1111, uma du t nnta e ~11 e~u:jM,

que ((Uan• 9-!iMltadu e quchnada•

da..,: n~ulhcrcs extranhas, tran<1h~'\tradt.-. de role ra . ar­ranravam os habitos ás fre i-

r;.1~. que fugiam cspa·

.(" .... vorlda'õ, razfa-~c a pi­~_}),~ lh;.1~cm 1\o:; \'3SOS s.a-8 n• .... atc."<t\'a•se o fogo

- ao.. quatro canto:-. do~ connnto ... ,\, trinta e seis _-rcf1-. da dd~1clc- ... otlnam o ..;.aque

"'~ .. chamm•1 .. i;1m dc-.1ruir os obje· tJ1, d'arlt• por um <ldirio de todas aqu,·lla"' t•s.alt.1\'ôt·,., \'iam-se a.~ li11~tl!> ele lf•J.:o p•tlpitantcs para o 1·-paço. sob o 1.·co l'ormoso de ve­r!l.o. n'un1a Lmlhagcm tetrira c1ue 1•nchfa de tt·rror a c·icladç, em­qu;:intn Oi p;1rtido,, me .. mo º' rcvoludo­nariO" ... f: dc<-l•mwam ('xtranho .. a e;: .. ~ mo­nmento clt· Tc:"hdclfa: üolav.un-.. u '-Cpultu· ra_ ... arr.L,l.il\'tllll·'l' os c<11lavn1·o; cl;i.. mon· ja' pda-i nrn;, tirados do-.c·t·mitt·1io)',1 e ç11l­lot:;,wam·sc11oaltoda.'1 k1rrk.11l;i~. cm frente 1la g'lt.;.trtl~t dvil impo-

tente IMr<t fazer • 1 face a toda l aquclla rt·bcl ·

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t'~ m1>rro. ~ Montjukh

sini~tro. ap1wrc-cendo t·or de chu1nh'> na a1vo-tt.td~t. já n!\o au.·rrmi­sa.va nin~"Ucm: nus. de re1>e11t.-. a trop."l re<cmcl1cgad;1 l11\-a· dia a. .. rm11h/11s m( io de .. t"'4hfa_.,, atireiva ~obre º' rt·vohmo ... , qu<" lhC' íai:i:tm face, prc ~uraYa dt•reocter ~ o cc.~ntro da ddadt.!, 'I j!t que n:.o tinha l conscj.tuldo io>ah·ar o~ 1 conventns. ;t.., egre· jat, algun,r t"it<.tbele· 1 cimento~. 1

As barricada.. atulha· \'aDl as- ruas <" impcdi:-.m a marcha da raYa11aria e 1 da capitania grra1 partia o a\"ii;;o de qut· .. 1· hte .... e fogo sobre todo'! ~1quc\1( .. que transtorn<i .... cm o

' tran:;ito. Nrlo funeC'io· nava m o-. H.·lcp.rapho ... nào ha\·iacommunit·ac;c')c_,

telephonkas. n:iu ... ruam nnn- ~ boios: a gréve ala..-;tr;.&\'~1-'u 1• n un !..; ella a terrh"el rebelli:tin :, hu do~ -.."""

~làr.eot4'~i:l'~r:f in<·t·ndio"' que .. e 3.\'i"'t.a\alO tl~) .. (~!] U·lfaÇO!> da casaria. Band•)!. clt· ~ ~ írcird.S corriam. pt,~1;un u_ .. ylo na"I c::1.~a.. e os ...oldado"I p·t"ht'·

~'\liam a tiro os ren1ludn11ario~. • que i•1.m incendiar mHi!ol lt lll~W t.m M' rc:fogb:t.Yal'n nas ca'ª" pM;t ll1c"1 responderem ou'iadanwntc.

203

A.,. rua\ c'tª"ª'" jun­c:tda\ de cadavercs, hnn<lo8 t•rain leva· dos para os quartci~ e d';ili par•' a forta· leza tle Montjufrh. que <lornin.a a cida· de l.'1 no alto d'um monte d1eio de 1.-.. gendoL' cxtranh~-.

J!a tlnli;Jm p•LS.-..ado quatro <li<L" e ainda a rcvu1ta n:'lo -.e ex· tinguira, e aquclla linda ddacle. t!\o or·

j::Ulhota das. .. u.,,, ra111lt/as. \"i.hl"- qua"'i.

d<''truid;:1 .... ~rvin· do de• ai· tunpamento ás trop<t~. que ~ar· cla,·am a viela elo~ nulr:uJon·~ pacifi· c.~o~. Falt•w~ml a., provi"'4'\t•..,: 1'1ngucm se atn•\' ia a :-.air á.~ nm"' que crctm ói:·nrs patrulhado~ dia e noite }'>elas tTopoL' qm· tinham cheg<'do. lh rcn•l· 'º'º' tinham-~e apoclc· r ;1 d u

t . O kic"•r d.u primdru colli­~ ftn >1 de julho: o pas­M"to cl• Cólon. Kºum ~ -.cnto Ioda .. aq11e1Ja.> an~ '"''' rou.• arrancadas. w it•ndl~lrc. paro~ e dos can-o• l'ueram•'e ti.rricadas. juntancbH-lb~ ~ pedra. ..

daa ruu. l· -O J>t")rlo a dois l)a5$01 do

q1,1111I licA o bt.ino 1naritilno cmd~ apt1u1.t itbtJCaram os c-thtnl da tt:\·olta, !lt:m Que h•lll\'t..,e a oumor mlllniCtl

t•\-10. 3-Ramhla du fllhrts. a A\"ithi•

da mal• l('lehrt: dt: B.ar«10-1U11, 0tMle ha ~IMPTt" muitJI 11n1ma~IO •tnr• turbada pe--

~·o•J:--:"!~:U ~= &.. O. Nraico. .oftricb. '<"

unia t M ri ao sol

do convt•nto dos Concc· JX'lont-;t•" e das suas rui­nas fa,d;_un sempre foi;;o

~v.,,,,,,

r~~ par;•º"º'º \."'dado' nao

'til lhe .. dando l(I),) tl'<~~m ..... S:to logo

1 veneiclo!4 11.s das 1'llm·

hku. pr(·,os. e o 1"

.L~ mr.o .. '\l'as de pol·

! ,·ora. o .. 'olhos c .. -Jkmt'.Mto .. 1wla fadiga

1

da rebclli~o. pa...,ma· d.-.s a~ra. na t-ua ("!tcit3c.;:'\ô de raça

1

tio que t!\o impuli..i-

1

vamC'ntc.· 1inham pra.· \h_·ado. Começa a ,·ir '!t'nh" á rua ,\ medo ,,.u;.t. compr.:tr provisôe!l, mas lo;,to

11 recolhe Cii>pa_vori~la. porqu t_• ns llrOtCIÔ"'l :ontinuam e nào ha f,",rma al~ma dt" o-; aplacar. O ataqm é sempre aos con\'emos. agora j{t fóra do c<.·nrro da cidatlc, onde ~w troptL" per:;cf.,ru.Cm os ª"""'ª' Ulnte!. Conwça.m a atra,.~ .. ar as ramhlas. ainda <"mbarac;a· das. º" pc-.. ados c_·o.arro:. que v!'to le,·ar a carn~ ;.10P domicilio~ na manhn, depois d;t lucm da noite. qua.qi sem ouL-ra lu7. que a d;l"' cstrell~l .... porque c_,t;.lvam cor-

tact;t. .. a."" canali .. .a(\~ do srJJ. eaelectri· cid~1dc feita mal <"Onseguia trabalhar.

L;'1 em cima, na velha rortaleza nwdicva, cm Montjuich. j{1 csta.\'am pn·1fw mai" dt· setecento... homen~: did.1·se que cineo mil morto-.. fiz.era c ...... ,l re\'olta que apesar de tudo con· tinuava a querc:r prosegulr do incs· mo modo.

\ c1uillo ffiM como uma erupç:to d'aquelles tt·mperamento~ cata· l:lco;, levado~ Ít t·olera motb bra,·a

1-0 .->nume:ato cS« Prlm o libo..ral ~ tio qaerido ...,. caitalln ;.o-Patrulha rt 111rautaria J-0 p:u:~Hl ilto C<>lon p

n'um momtnlo e lo~o ar-almad1h como 11ie tivenem ótJ)l'endido a ser a\ ... im com o-. li mares que: cH seus ;:1me1>a::tsado~ transpu· zer;_i.m P"'ra se in~tal1nrein Ha rcgiào for· mosa.

X a uhima noite de julho j!1 n!\o !e ouvia tirot\·io. mas pt-la manh!\ um ~I novo bmulo surge ~l querer ,, ..... ahar um <:on,1cnto e cnt:.o rcconwç;un os , grítos. ;_1~ correria4', eh tir~. ª" pri-sões. n 'um clamor que foi n ruído dominante: t<m Ban clona no ... dn1 \) dia.... l. r<·· volta. Mttis gente para os quarteis. algemada. entre fila .. <t de soldados. mai~ c·:ula.verC>-.. que

se lev;.1m a entNTar, mai...: noticia ... trni· veh que.· .,e prop•tg<un ácer1 .l da ~·1rH \lo~ que C!tt!l.o cm :\torujuich.

Er~L j,to êl Baf\"'c.·lnn~t das ramhltr.s for nu 1:-a ... agora dt• .. ·ast d;,t.... do~ ... c.·~ej .......... 1·rulare ... hi· t'!"'· dia.das. do trabalho pa• rado. dns momAmt.·n­to:, m•bws in:-.ullo11los. das n·liquia.s C"lpalh:t· d~ p-·f.,, ruas e. 11 • o braço do princiJll' :-.eu defensor e dtts joüh historic·as desap1larct·í· da;,. como as quu º' reis d' .\r~~ linham dado :, ~ua cathc clral.

~Ia-. de rcpcnu•, ain· da P"T sobre os escombro... ain· da diante d'a· quell•:& ck~o­lada tcrta,

1-A l'11h·C't~i<l.adeo 2"- 5:mta :'-l"dtana. (lllC" íoi (l\lt'I

m"d.A ~ T()t1h.ada pelo• 1c:n1lu• (:lnn•no•·

J-Rambla do Çc:n1to 1-.ndie •ca1n­param 1111 tropa .. na tlc:INA da

c;idadc:

em focc do" mercados dcs· providos. deantc <l:.11\ rui· nas, surge de novo a mui· tid~o <tlegre 1\0 primeiro de agosto. ª·" carruai:(·n~. C"hcia~ de .. cnhor;L' formo· sas. começam a drnth1r, OU\'C·'ie j;'t retinidamc11tc ª" carnp:tinh~L.., <lo... rcnimato· graplw... carro" de ttlda a c .. pecic fazt·m o"I trom"'i">r· te!I n3.!i rua."' dt· .... empctlr;_td•t': os soldf.ld(h U.'t'lll um ar mai-. calmo e mai .. alinho no ... wlili)mw .. e jú .. e t-nlr~l na ramh/a da CaL.1lunha e

~~::i~'o .... :::: b~.1~~!!:~: ] paredes <! 'l'O\ ~~ ruina.r d;,1.. c::rrja."

1 tcr--.e-hia a 11n1lrt·"l-~lo dt· que &1rcc- ~ lona j:1mai-.. ...;Úra da sua norm;;di<ladt~. parecem d1zcl-o O"i olh°' ~ato-. da. ... cato:11!\-.. que querem na ramh/a 11om 3., botocir.:1 .. ,, t'.Omo 1 .. ar1 fazer e..qucrcr e falcr dc .. vi~tr º"'olhos de )lont­juich - onde a tras,:t·dia \"(lC findar - para se hxa· rem de prcfortncia n.l ..

sua..i.t bocca~ ras~.td~l'I t· no~ seu.; olhos n<"~os. nn-. '1·u~ ro ... to!, ~ads e na."I t1i1n:~ perfumada..; que nm. otkn·· cem a. rir.

E as pequenas tccm n 'aquellc ;;l'!>lO como um arranco de ;.11ot1r pMrio nn cu tecuar orgulhosv t1u1•

lhe;, diz bem t·om o !'inrri­~o, com a 1naneira porqu" ~e act.•rnun do tr:u\'i('tmh', sobretudo do forash·ir11. cntpunh~mdo os seu rami· lhete., perfumado,_ E' como se lhe dis· ~-f :,es-.c1n : ~)

-Yê que cm \'--'J Barcelona ntlo dei· '-"" xa tle ha\"er füJrt.· ... nem n\t" ... mn no-. dias M:"guinu,:.. {1., revolt~:

l • 9

f--1 O Thl~SO~RO

ro se cscan­cara para nos ser mO$trado o thcsouro da Casa Real, a\lul· tam as peças s .. cras entre as scintilla. ções d'e:;sa 1naravilha que é a pai· xella Gcr · 1nain com smlS delica· dezru., com suas linhas i;racis. d'uma

clegauda grc~ e entre,· as figura-. de Godin que representam as provindas de França. s:io va· sos sagrados. Ctc;todias. cruzes procissionaes, calices e pyxides. mdo d·uma tào singular bel· le:m. d'um t~i \'alor artistico que no 1müor re· colhim!"ntc:- ::b fixamos. como ha t1.:rnpo nos cur­váramoo; e11.cantadO;-,, ante as peça. ... preciosas da Sé de Lisboa.

r\ as ~mas vidraças altaf resplandecem as }0ias como u"um mu.;;eu. as cousas cn' que os artie­

2t0

ta.-t pu;-.c-ram mais do que a ar· te, a f~. c:re:ttd~1..;. hwor a l;wor,

pos que ti­nham atr(l· ve~sado, as cousas fabu · losas a que tinhas-n a..o;!i.3· tido . sob os teclos a i tos das ca the· drac t . que nos imprcs ­s i ona,·arn, era toda a sua historia, todo o seu passado des­de a hora em que t inham saído das Offi· clnas dos ou· rives e l a -vnmtcs para a sagraç3o do~ prelados que nos recordavam essas Jinda.s cousas que ali e~tavam tranquillas, rormo:,a.~. cheias ele brilho e de lenda.

A custodia de Belem, um dos mais celebres objectos de culto co1,hccidos. de que ha tantas dcscripçôes. de que tanto se fala. estava nimbada n\un raio de luz que vinha da janclla lateral e parecia çrcsccr, avolmtl(lr-sc, com as :tuas figu· r itas de apostolos. com o seu ouro. com a sua rnagn ificcncia. \'em do tempo opule1uo da dC$· coberta, da cpOC(a s.iogular do poderio, quando o ouro alhüa a

qucnint.... é d"wn col11rido qu• - :""<"· ).};

.. htiu ;_ti> tc·o1po. e a exprc .. ~'\o dt1" ~~1 \ su~ J>h~- .. iunomia.-. cnr-.,(uua pon.iue tem muito J) de f''"I com os detalhes dos "cu .. corpo,, iL\ ~ préi:ç.,, d<t't 'Ilia"' n•ste. .... coll!linh<.t' t.!\11 ]k·rfcita.-.. , maravilhas t~o <.·omplcta.~ que :-;C fü:n, st~m que·

rer, a 1w 1har t'omo t~'l obra :;e poudc fa1.cr, t(UC arte foi necc,!'1<1rit1 pan1 c .. -.a vida qu~ l'll4t tem dc'\de se· culo~ e crnnn ~u1ucllcs 3f)O~tolos 11ramlu tt•t•m diverso .. os ro..,to .. , n:\o '!lo do mesmo molde, c·omo 'r p<irn (.{ida un\ d'ellc ... lmuvt·•·"·•t' cuidados c:,pt·1·i;.w .. JlOUa .. e n:i.o pare· cerc:m, p;m1 n!\o "('Tem a me..;;ma ti~ra rcp('tida.

De1>0i" toda a 'ºª rompo~iç~o. to)(l1>-- O!ll ...cu" arren dado-.. d<" .. cfo o pê até 3 cupula ... ~o d'uma l>eríeiç:io artbtica rcalnwnte e:uraordinaria. e> illu .. trc t'.'<tCTiptor ~r. Ramalho Orti:.tào, falandü da Cu,todi~t de Belem. di7. <1ue oit dui<~ pilares do corpo central .. ~n manifesta· mente uma l'lUpcq.>ctaç-ão interpo\;:ula na uhra primiti· va cér1~a d·om scculo <lepob, observa\'!\º <1ue jú itn·a fcit~' pelo t.listlncto çritico sr. Joaquim d<• Va ... i;concel·

los. O illu~trc bibliothecario d'Ajuda amr1ua ain.da qm~ c:ot~C!l pilar~ s.;,'\o de p rata, o <JUC çompro\•a n3o 'crcm da primith'a factura da obra prima. Ao~ olho~ r•rofano-t. porém. na.o :-.e aprc~t·nta o fo·

cto: ~' ,·ista lixa-se de~lumbr~d~.n·aqu.cl·

ZJ J

lcsrcndilhadoscsc'1 depois d'urn a\'i· so. d'uma ob .. L"r­

,. •H: !'lo auenti.i;.,ima l· qut-- "C jul~d vêr d< r.t· mente a razão. Xlo dc· .. mc1T·t.·e. ~>Orém. cm õtrtC. ~L C\1-ttoc.lia fam\o· "'ª· é <lo mcsmn mrnlo br.lla, n!\o. decerto, n1-mo " começo. quando o ourivc:s a entregou. filha dn seu J">en-.;:unc:J\· to. "'ª'ndo da.... ...uao;; rn!\os oomo a pcr1'- 'ir.1, ma-. devera... enc-ant..i· dor.1 pela-; 6gurinh ..... 1wlu .. hl\·rados. pel.t "''"' extraonlinaria fübrit';t. D. Manuel gt1ardftr<t nu sc•u thc,.,ouro a maravi· lha. que era um ... nn· bolu rom tocla. .. as m11r· c;t' do -.cu tl"mpo. Írit.a nun o primeiro <iuro de Quili"'1a. ma.-. pre"h ' a morrer lc!Z'OU-a 1111

:'tCH tc .. tmncnto ao me,..,. l<'i ro de Bclcm no-; -;e··

~uintt·~ termos: l tem mando que '.'\('

dt- ao mosteito de No-.. '·' g<'nhora de Be1cm .t C\l..,toclia que íe2 < iil \'ic. ente s>ara a dit.t ca"' e a CTUZ Ar-•ntle qu<" e t{1 no mt·u thr· souro. que fez o dito CH Vicente.

() r("i que fü:eta t•r­guc.•t o templo crnno um padr.30 dai; dt•,c-. •• bt·rta..-.. com o seu pur­tiro d"o.ll~oria. com "'' "ua.' columna.,. com º' "'<'\L' s,, mbolo ... acha· ''ª que'! ·ali ficaria b~:m gt1<lr<lmla a CU.->todi<1,ttu1 em outto padr:to. l•.n· trt•gou-a aos frade· ... n'uma dadiva gct\cro .... 1

r c:lla lá fkou rtcc ir· d.1ndo a... de~bcrt.. ... no tc:mp1o e~idu ri 1

hY~ar d"onde \"a.,co d.a (,,una partira para se ab;1l-.uu;<.1r á empr<'Z·

O nome do ourivh da custodia de Bclem dc·u Jogar a dbput:L .. : ~tqtwlla.e syHaba..., r1.· .. o·

n4mt"' d"wna gloria dt• (-.s< riptor nao parc:cionu drixar duvida! otn·n. de' auc.: tor da obr.1 preciosa.

... ~ ~ ~ GH Vicente! N!'lo U

ha,·ia duvida: <'ta o J me .. m.o: aquclle que· cr<"ára o theatro por1 j:tc.·ez. que fôra na < o querido autl.t« 1

do.. autos de;.U\k < quac:; o:;palacian"-'""1'1 com o rei e com tt r. nha. Nào lhe hô\~l;o Cl'l'4.a arte que o toru.'1r. immortal, c-..sa am.· cl dizct as verd;1ck~ ! zcndo rir os alv.-j.ul(l8. de dar conselho..; 1.a cendo brincai. t•ra a1 da um arti ... ta t.'\o gul.ar que creava t joia que o cmwc·nhl 11 Bclcm abrigaria dur,11 • te: seculos?! 1\1 as, u:'t. •. J 1 ~1rece dcmon .. tr e! por averiguaçõ«"' nealo~icas do i11u 1

c.·..criptor rec:·entem falleddo. !tt, vi-.. on de Sa.ncht--; dt· B .. que o auctor cl.L m r . vilha era um outro c,1 \~iccnte, ti o do tlr;uu,, turgo e ourivt•o;; de· c;m. mar:'les. S<"j::t como f1 na familia du functcc do novo th<.'atro 11 mah c:s.s,(I; gloria ela e x cuç~o da C\bto~li.1 ravilho~a. sem c.hl\ 1

uma das mai ... pt'Ct io~ joia~ sacra.... de Pi 1rtu· i:al.

Tambem no thc•,n11M da Casa Real est.1l Ull1.

c:nlz que perwnet u . mo .. tc:iro de S<mtJ. < ele Coimbra. fo.' cl"our mf"ru..;tada de pcd.1 preciosas. conh~ · 1•

geralmente por nu1. ti V. Sancho l. Hrilh111 no'4 seus eng:-1-.tt·"I ·• • 1>hirns e rubis u'um cc.·rcadura de 1wrc1l.1 .. aljofares. :\o .. cineo bh maiore~ ha carad · t("'... arabe--- gr.1\ :« ha"·<'odo dut"" h;."lir :\ animaes. t\nt<:..; ck I)(' .. ar que um arti .. ta ,,r . be trabalhru..;;e e:-.:-it.· em b lcma do culto d 1r1 ... t.."lo é nece~ .. ario C\ •

t.·ar uma tomadia. m rcírcga na.~ terr,i.11 1nourama, com e;.,

lciro:; cour. i.;

~.; Íç, de.~baratandO inimh;o~ C lO· ~ ~ mando-lhe~ o~ the:K>uros, entre '-h quacs o

~. rei C'it·olheria as pedras mais íormoi,m1 para en·

gõht;lr na t•ru1. que desejava offercccr ao mos· ~ t<•im dt~ Coimbra e que foi legado por seu tcs-, tamtmto. A sua authcnticidade C-ltft mnrrada na inscripç:lo onde ~e lê : «Dlis Sn11rh..1.1r f'l'.l' juuil jieri lu'Jr+mio iJ1rar1111/iuris AfCCXlllh. O Hy1ubolo dos qu;jlro C\';m:;rcllsta~. anjo. aguia e touro, ahulo. esta.o n~ t•xm·midarle!t d'cssa cruz curiosa e d'aho valor pela "!l.J •mtiguidadc. Xo emtanto jâ um cti,tin<'tO e-.criptor d.i~ .... ~ qui· a cru7. ta.nlQ pelos engastc'I de omamentaçao ~ 1~ran~ula, cortto pelo seu sy5tcma dccorati\'o, dc,·e ser trabalho d'arti,ta arabc christinisado, m3rcomdo·se bem ;ii ""ª ori~cm nos caracteres das pt~dra." preciosa:;. Díz tunhf·m que e~~ S\'Stema decorativo ficou tradicio­nal na ourivt•o;.aria u~\cional e que ainda hoje ~e encon­tra n;L-. arrct~;ida<.t das mulheres do i\l inho a ~ua nota dominante. Tinha essa enlz um Santo Lenho que foi tirado l" <k <1uc a C/1Yo11ica dos Com.·1:os Rt,l(rantes dá nntida. T;il é a ('tu~ de D . Sancho, qu<' cvora os ",.~.~ • . ,. ,, :u1o., da lurta no solo do que é hoje a ''ac;!\o, a J~. ro11,1ui,ta íelta aos mounl'i, como a custo­'~- dia dt· Helc.-m relembra e .. ymboli"'a a

.\ ~G\\) r-

~umfF~ «====ve~0

:cm n·~'"" «"rllll<.. ~ ~ 7 de tm\\;_'"' )l4lmpa.~, onde niol~. recorda ah,'Ulllil' t·po. <'"'"· ~L ... sistiu ao ah•on·(·cr do:ts exi· ~t·1wias d'al~n:-. e.lo.. prindpC'.;, •tut• tccm n:inad•) t·111 J 1• •rtu~al. de ... 1•u, i.Jmàos 1• irm!'t·•.. '<'ndo t·urno commum rcdpirnh~ que 11,ntl·m a aqua a1l <: .... orr1•r d'<"'· -..1.. cabeças infanti.. n.i... qu~u-.. , • ..,,;, ;',"' \'e1.e-; to•lu o dt·..,tinn de um povo. a a~ta hbtral qu<" as t·hri..,:tia11isacomo mai .. t•1rdt•o111uc1-ht t·orôa d'oiro e ;H1u1·1l1· ... r.t·ptro h1111, C'Olll a .. ua e .. p)u•ra .mnillar e que c't.."to a doi-. p.1 .. 'i<'''" clen· iro cl"uma ~audc• \"ldraça. a .. C'ntbroni .... t. a-. ti>ma !'ub<"rau"'· E ó i''º que ali ..,t• m<1 .. 1r~1. tn· d.h ;1" coli.-.as que -.e li1ot•1m ;, exi-... tt·nt üt publica do .. rt j .. e· 1 •ara ª' c1mws se olha de 1wrtn com o pacimo de serem t..1\o .. implt•s. a eorôa, o sceptro. o '"lc·irn e a bada do-. bapti..acl11-;, t)Uél'llii tão pobre' quanto -.:.o ... uMimr-.. na '"ª c'.'\prc-.... s.:io d\trll· eh llhjenc· ... elo culto -.a;rado como a cu-.to· cll;:t. como a cruz. t·om1• t•1t1o .. c·"l~t·"i calices cm qlw IM allc·~ori'·.s. Ue11cztl, cm que a alma do ;_ttti .. ta vibrou intCl');samcntt.•. 1 la pyxicle .. do prata cinxclada c:rnvt•Jt1d<L'l ele pedra ... quas.i t••<la' cio .. c•n1lo \. \'111. c:alices guthko-; ele~ prata dourada. um com .. cll!' ~ otix• ,.., re· I<"\·· ~... anjo.... apu't' •I•)"· o prf .. ('­pio, '' :1doraç~ d·h rc1' c·om a ..,ua k~t·ncla tatin•t. quci n:m do seculo \. \' [ r pertenceu "º conn·nto

de Tt1.~mar. c1utr•,, comº'" t1u;1\1'11 t~\'•Ul· gelista .... a \'irJ,:('Ul l' Santo .\nto·

t)' nio. todos a n•lc·mbrarem as gran· .~ ~~'\111__ tios cerin".>nlas a <1ue assbtiram '? ... '­

V'..:;;)) o ... rc·1,., 1· n;1' quac.. ... , (• .. ln .. - "'Cí

::-0.v_...~ po .. ª'' cr~h·rcm aquclla .. Jc•i;.1.., ...... j~ gratl:i. .. St-11uam que a,. mal .. l"'-M.tt""ru· ~ ...;i.. c .. tht''\ª' .. ~, cun·a,·am. r: & .... im tu­

do por 11u(•ll<L~ .. alas e .. paçn..,.L.,,. onde fu1~ra o oiro e as pcdrari;i..., nudc ha record;u_,•c"1cs d~'

fosll:un na.'j !:-U:ts pcdrarft1, a.~ ('01ulcc..·orac;ôt"• dos rei1. d:t· da.f( <.'omn l>c1\! da coréla t• qt11

J

teem fi~ur<tdo na.~ maiurt.'' lemnid<tck-. du-ia.s de lc::c..·1ula, clt• rh1m·z~i ~· ele· pre:oli!?i<•.

E' r1•.tlmcntc t-urio.;t c .... 1 "'3· la 01Hlc· o-t mctac.., n· ... pt1111l1 • cem, u1ulc• ~b pedraria. .. rdul· gc•m, cmd(~ ~Ls peças da b;iba·ll,\ Gcnu• ln -idntillarn. o~ :o.;unn· ,·are~ c·xotko~;. ª" caíetcira ... 1·'!· t~·li .adat, ª" pratas prc:do .. a .... ª"' hi.,'lirit~'"' stal<Ultes que Gucl;1in tàu ht·m t·xecutvu. H;1 I"'\ª"' no d1c~uro que -.e ju11.{"J. trrc rn pt·rtcnddn ú i·a_ .. a ducal d'.\,·rl· ro. n•n·hid.a .. pelo confi ... coapc.'lll'õ a trng1•tlia do patibulo d1• Bt .. h.·m, e ao notar todai <.·~·m ... l>t·I· 1eza., cvoC'a· :o:W oa re:-.idcnd;1 d11 c·mhpirador a festa em que ""' pn·paruu ôl tentatb:a de.• n·t::i« I· dio e• 1od;.1."' ª' peças pa .... ;L11tl1l

lt luz <ln .. hrand;oes. rica ... '~ in· tillantt·,, c·m<1uanto o "!CU dono ia pam a cmbu..;e:ada p;lr ,l o acto qtw lhe deviani:-.tar a ,·i1t1.

Dt.·ntrn da C'asa forte. n'a· quclh.• l'>ÍICl\dO, que mal ó pC'í· turbado porque todos vin·m c..·xtatico'l na analyse dos ohj1·· cto .... moti' rico~ e mai ... arti..,ti· co ... t·,t;t ... c: como n'um -.ouhi•. X!\o faz falta ali a luz do .... A.

qtw no t·mtanto de quandu c.·m c1uando chega 3: 111· c1dir 'lohre º' objecto .... pon1uc cllcs parecem uroa· diar um hrilho prop1 io. '• brilho da sua

l<·nda. ma!; snbn•tmlo dominan· o.; ~ doc)folgor dt\IJll()d;,artCill.C'OJ\l• f2rJ

~ ~ ~"" para\C•l com qut· lor.un trabalha· ~~(~ $.,,,.__ d.l.'. da in'ipir,1~·~0 dc:i oura' t.·~1ft--"

,.J; <f\W fn ,.,.,,. c11>t<>dt.\ d« Brkm. ~~~:~ arti-.t.l"' dt· Rctm.... qut· tudo e rea· raro n. t :tthcdr~ll com o l"-'º'~~mcn· · IJ'J to '-'"' './ Dt'U"·

vidot dl· tan· 'º' ... t~culo ... e

.t «tUt• deu alma comu º"' .. m~fltl.trt..., ~~~

A".'I" __ _

1

'~ ~D

r-C••1od1;1 d4 prata douracb J- Moldura fiara a a3ua s- S:u::n

\, ,([<1

~

~~t!~:J. ª.s.~:º,~:m~'7 J~Õ:~~ L>aenbardt C;N•I cl.a All.-ma

a lx>rdoe k, SI'. Ouarlt- l lolbedii

ACOm~nh~11 i.ea~ >~~~:~:!~'(}";~·. ~~~' mer no 1.1erc;ur114 da corrJd" ~

(" s - •h.1l«lM d°' tlo n" o<:c1111IA0 da •~J111ta

(Cf/f/111 dr •t!NOl.ll<l.)

nio"'. E da c ... u•chnia ,.a!>ta. da hirt<t 'ºh mui· dadt: c.?o-. -.cus l;-nço~. cae o 'ilc 111 io con ) um rorpti nu •rto .

.A i1 m; nd;!dC da' columna .. a<lornwn u. na friçza da "•-.lidào que n!lu "'"' .... 1lw cl'c,n\1 \'ttn. M' clc- ;tr, qu~ :-e n:'ln nl(wc·. 'l' e. l.., p~trt·d\· ... 4ue nào abrtm o ..,llrti'.'oo d;·, J;1·

nclh'" c.·t·no.·c.!.,,. Nas penumlm.t .... <Jll<" <·ntr<tm M.lll rui do, º' faunO:-t e OS gi~i.il\h'" do'.'> írun­t:u.'" mm d:l.u pelo c:;curo m;tls ch-rhttdo. A rvorc:o1 do jardim, nào lhrs lmh~ o \'t·ntu, de ~1<10 1 medeias, dobradas pt1ra a ... rnnbrn : C'

culclo t1u1· noh f11)rc,:s parou " dan~·a c.ht' '-l'i· vas. n1m mtclo do :-ilendo ...

V1> \·t·lho Patt:ô dc..:;crto fu~iu um '1 •pro de \'ida; ;1, (·oi"b parecem mumi.1 ... mti:.:;:l ...

(1uc nini:uem acorda. -.\ Pnn.;1. Ferrca. lf'iloT. . .\qui tton ..

"' Purt;t Fc.·rr(·a. e~...;t d3 lc. m1o.t. da-~ tw· Ç~''• ela_, JnOOtaritb. G~\c)U·lhl• CI lt'mpo o t ;U\("ladu dts column;.t-.: t· ttqiwllt• r1..·i dt• 1wclrn, que ha s1..·culo ... c·uutc mpla óff

A(·r:u;c"ws <jll\.' pas-.;:n.1 , lá c .. t;:'1 iuuuo\'d, c·c11Ul> um fakir cm exta-.i~. ua pnrcda

contcm.pl:u;hu cl;i vitl<t. Toda a<1uc·lla ~ollclc•1,. tt·m • um ar de fumo, <l'u111;t rui· l : '''' t(UC amc~1ça o tt-mpo. u \ ,j

s.cn1lt• ... <-• inhnit••· \ Crt·i•• c1ue J.'1 ,1 ou·

vi .. tc• nun<>ro,,a. H ..

anno ... dí ... t.: nk .. do1 pn1-.l"t" l~ do rtf11t•//to.

F.nti10 ;tiud;1 01 1 • .. r· ta-1•\:rrt·~t t'l'it um

t';_htc·llo fru· <h1l, u11dt• ... c'1

OL"l ~l':t\'fl~ d11

... t·11hnr ·cltl· \'i.llU t·U(tr,1•

S~üon ª' tmu-101~ en~ui.r.axl l ..

claalclc.·1;.t.ac•on· du.r.ir·t\·, 111n1i· "'' e mn(o, piara a lidl· dQ"' c ... m.

do.,., J c .. th, leitor ! Tu ia.'i para o fim elo mundo: - e ás vezes nti.o tinhas nnnis \IUO ll'C<i leguas de <:ami· nhadn ... Partias : e cres· ~"'-'~~--?

cntr.ira.

da o ó1r•• da ... la:,?rimas. dos pa-nt• '• U'-'"' nmi~:>- Era a Porta­

l· crrc·,;1 o papao. Tn trt-mia ... mal a~dtout1J na mula : e dur.mte um anno inteiro. e~--e rumur d;1' pr11xa ú Porta-Ferrea pe:-· ,t·~uia·tt~ .. cmpre. no me.,mo

.. u .. to que já teu pae te h.·:.tttra.

~\ Porta-Ferrca t.'T:\ a lenda de Coimbra, c.·ra Coimbra ioteira,­tndo um vocal de cpi­!oiodio~.que inda !SC gn:-i-

- tam th .. ou\'ir contar. e.~ a prn­.t't' aleit1tra t 1 ('..­

tudomte Ít>• liào ~ tra-

Revê-a ;q ... r,t, leitor. A noite c-ih dt• t•lti•>. m<"~ulh., t•>tla na .... ~mbra c~..;a aho­b~ufa .. ilem·i ...... , que a inunda por C~l~&l l'om o !jC\l .. ilendo de pedt~l- Ha em ti. lcito.>r qur t:c·ra .. tt· a lt"nda. qualquer cnb.;.1. th• cru1 i;mtc• r ,·.u:,o. que te falta e a qut· , .... t.w;, .. t:•• .. tuma1lo ! .\qu .. lla-; columna"i tkcrc.·pit.t' tt·1·111 n ar <lt• 4ue1!l e·a;, mo1 ttl e: t•,pt•r;l d~Ltl.uncnte alguem que 1H111ca mai" \'olta.

\t dt· ti, h•itor: nt·m ó a illu-;ào da noiw, fü•m HlC'>Ulll a mu ... ào da pedra! A Porta· Fnr.-a já n:io é mai .. do que um pnrt!'lo li;m;tl. tod11 pinl3do de \'erde ...

- .,\1~·111. a torre ... Lá no alto a C'a-ora ...

~f ;.L4 m·m a c.,bra cs<'apou. . . E~ ... a que m;ü, <tho hc.e\'a, quf' doinina,-a a cidade com o 1m tr.ti:ico que adi\'inha wn ~mno mau, õl fü;!\.o rn:1 no outro dia,-j;l nin­'.,,"'Uem n tn1na ;1 'ério. D'antcs .. im. que ª'' tl.1r da ..... ~1... quando a -.ua voz re­f•t·n-utl.l cfa~ quebrada.,., fromeir~. era a cidadr. tt><l.1 que re~t"''ª"ª â Alia, cnm o ar l>t· ... ulo e contrafeito que ella eípa­lhava. a lcmbr.tr o terror do mestre, l)

~u olhar t\ roumo, o tsknt4.~rde. Por cst(~ tem1>0 ahu~la o jantar era ás tres hora'l, e n Sl'benln lytngr;.lphav~t-a o ~[anucl d;\s llarb;l~. :\OM poucos. como bebia os copi­nhn., de aguardente. Depois tudo pa.-;'l.O\l;

a imprensa dá-nos li(bt'S, -e o lente já joga o bi -

lhar com o~ c:;tudan-tc.• ......

.\iud.t hontcm wn 1t"ntc meu cuni~ me dizlot. .•

.\ torre j!L nao serve para nacfa. O .\n· tonin i\nhrc prc,~.

vlu·lhc a ckcadcn­f'ia, nos ~cu"' solu· ÇWl dO 1)1'0•

plww lutl· tano: e pn· r;i ll"'ICIHO·

rla(lo~vln· dou ros, qui~l:1dci­xar t•m ai· n>ol, cn­fra .. cado. o Pt·clro, e .... '1C que. tllMIH-locr· ~i"obr,l­\·una aula. f.vla dv· brar o ru­ra<:!\o,,,, dus <aloi· ros.

l\b." a socic-dmlt~

trJ.di\:SO. te,·ou C">-.(" m<momtnto para um cemiterio ntlg-.ir •.•

Agora ;;e,; a uti1Íl .. 1m º"' ION· rist~s in~l(•ze"l, dr: Roit·,lc.·clcr.

bero qut• tinl cl;J outra han·

a quem o dt·erunc rccom­meuc.I~' º pan••rama .• \ ... ~im, parada e dircit.t. <'"''-'que

fez tn•mcr cern~~e­raçc"lcs, JM~r<lt.u o aprumo ratlwdrali· i da .. .

R .... 1c,.1wl· la ... Unt nn· nw 'l'W ,~voca

co da lenda: pa- '1 n·rc atú qm· inin- \ gmm o l't' ficou

c.~\·rimn11ia.1o1 dou­torat· ... o auxilio da

a dar are-l d'um Cii.ÍXuh., t•sbura­

Yir~t'IU dn.ct·ntlo so· hn~ u (·~tucl~mtc na fi. s:ura illtic.la dn E"ipirho ~;ullo. ~c·gui._t a proci .... ..:.o dos IC"ntc-i. de capdh:> ,·er­mclho, ou ""'''trdlo-ou ,-er­dc. ourar. n 'cnhor Reitor e o d•>Utur•uulo. a."i aL"\barda.c do rnr­chdrc.>i tinindo. e o on;ao a rc­rolhcr ª" ont(t'k. .....

\ 1·har mclla ainda toca. os lentes hul.l busc:am o mC':>ttnO aprumo,-mas O'\ concurrcntc:s, aquí p'ra nós. }!• pi~­ram o olho aos rapazes, a rir·se d'aq· uillo tudo.

A !onda que desaba ... l•:u ainda i'OU do te1npo-vê lá tu,

c:u.lo aundc

ldtor t•m que hcr Lente era quasi ser ~""~""° __ 1 n•l. A minha aldeia affinnava que até

minU'tros lhe...;; iam ao hcija­m!M>. . . E talvez tu n:·u)""ai-rc­dites ~e te jurar que âlnda hontem encontrei no F':n·a.~

1>enhorista. como um dc""po{o __ _,..,...._ ~~chd~!~~~~~ um ca1>el o

amôr dºt·llt-- qtu· <.linda re\·i-vi.un ado~ grande.-\ cm que un., t• outro~ rcpre· .. ·nt<.l\·an1 n.1~ ~n·n;L~ da r ~l1·ia-Eclatle .... \ c•.11hc­dra rnatOlVit o rarun.rho.

j, riwr;und'clla um

Ah! meu ;_uni:;:n; 31) ..

hombros dos h.·ntt·~ gra­cm plena \' iarLati ·

na, ardwi· rosa abri1·

evoc:aç!\o medic,·al da Bi)lu· nha cio~ ~/01nda·

r~s. Por «llc "º' lembravam D. Di· niz e jo:'lu do .... Re· gru.i, a 1·atlu.'<lra an· tiga e a.., thc.,c., ll·· gcndaria ... em que Yirgilio \'i· nha a J).tr

de ]u"i·

\'nadas que nunca YOl­tam:-e. sabes. leitor? --entrou o gax. nas dou· tor;1e ... !

Xem um munnurio J1<'11) e .. paço: o "elho abandonado pare-ce que s.nltou a vi· da e adormeceu n \un pesado so­m no de que a vida j(l nno çonscgue ocord<.1l-o.

Se cm \' <~i d ª" •1 lgazarra.• d'ou­t fO'\

tt~m-

cnchC°',-t:mó-. C"'il;"

parede~ .. ilendo · ~a.;; com um ruid11

no,·o de vida arde11-le? Se quebra:;-.c.·mfh C"i• tas columna..-:;, hirta" co­

mo a lillha recta. ~ n'um furot ieh·age1n, a-,pcro e <.~e. go. dern1bassenws este corpo

motto, ccmiterio de lenda cs-phin.gica.mentc empallindo?

Entào !;4;tia wdo um campo egual onde a fuli,gen1 do sol tremcs~c con­linfü1nle11te, em accesa.o;; a1lucinaçôc."<l

ele \'ida. Mal as primeira-; côrc~ entr~1 ... M""m a boiar no crepusculo indeci .. o da m;mhà. acordal-a·hiam rancho:, d~· mo­Çt" nas suas canções de prat.1. .\~ora, n'e:,tc tetl'IJ>O· a ,·ista ha,·eria de pt·r~c.·r­se. entontecida e coalhada. na ... (Mpo11,," e...col.flate-.. a erguerem-se para o ar t·m grito ..... .ang~olent~- . • ~ tcKlo~ nos. os que sennmn ... \tlenci"

e morte e10 tomo. aqui viriamo•-. cm c:ada a1rno. lembrar a vida re1l<1\';ul;1., n'uma ÍC!:tta ruidosa, da côr do :-it 11, junto da fc:,ta das scivas e dos t)·tl11110 ...

scusuae" da natureza. I•: cm vc1. da confu~a penumbra àu·

dcllnida onde as co~as p~n·arnm, tov..lu o ai' seria cheio do mesmo grito, n•wm ddlrio ~;_1turual e pa~o, onde a vJnla hninorta1 'º presenth-sc :

- Kvohé! Evohé! Coimbra, junho. 909·

\" J!IGA :su.iõK~.

Nota da rodaopiio

Com etfcito a lenda vae·se perden<lo, n~o s:, na Coimbra da.~ tradiçõe!<l, mia" por toda a parte. A lenda •. como rnt-:>'1-tra o no$!0 collaborador, dtluc-rc, ª\º"º g~\·'iC, deixa-se cair aos pedaço~. a<ôl gcraçõos teem passado sobr~ clla <"Ornlf'1 um ruído trocista. e a rruaceiro. AÍ'! wc· lh:ll' cousas do passado tie~un Yivendo apenas e:::~>Y""'=--:-7

·~ !

n ·aigun,, espirito ... n'wn r<"lle=co pallido e trb1e; para uutr"'· parn a maioria. avida in ... tincti\'amc:ntc de pr~es. .. o. ha

a anda icunoel;'"'ª de ;' demolir. Outr'ont dcante dos grande~ .:ortcjo~ imponentes cm que l)C iam sagmr os rd'."t o povo ;:ijoelhava, agow olha tudo isso M,:m c:'uriosidade; <Ili

prod .. ,,.Ues relig;u~.as arras1av;ml atrnz ele .. i

\'a: ag ra lia uma c:raurle indil· f.·rn1•;a pelo:; P'tUio .. ri1 11.... i>dn-. pcndt•t· .. altt•f.&<ln!), p(.•lo:-. ~ym· holn~. O tempo pa-.. .. ;.idi • stJhrc todo~ t•lll·-i \'t'"ltiu-o do mu·\~º c:1u1· o~ vae de:!>ÍOrmandu t• m· 11º''º"' olham-nos 110 UH: .. 11'1~• dc .. dt.•m tido p<tra º' '"dlios restos de outra' d,·i]i,açt>t:.., top.;1t.I<•" no-.. c'c<.1mbro:;. por· 1uc tu<lo tem o .. eu )(l~,tr e o 'ru momemo. t"

p.i ..... ado elle ... ur~c por um õl')k."Clo t.'Tol<:.s.co. F..• 1, .. im que nw. rimo-. do .. idol(h pa~àos que fo.

ram º" deu..-..~' d"outra' ro1._-;1,, que Ü\'Cram alta· rc·-,. c:ente curvada d<·~te d·cncs. toda uma ~upc~liçào a fazer dubr;1r o~ joelho.:;, todo um terror a obtigar á:; oJlt.·rta!'t, todo um preconceito 'l fa:wl-a~ defender pela íorça dos soldados e

pelo amp:tro da~ leis. O passa· do nno rc'u~cita ~t'm que ~e

tt-nh" pitr..t elle um encolht"r clt· laom· bro... porque vem turbar o-; "º" .. º" hf.t· bitn"t, ferir as nos"& idéa~. ma~wr OL'S nu, .. ;t"j t·rcnç<.t:!i. alterar O'i no''º' pcn .. <Un<'n· tui. l)';lrJUillo que ail\cla \'imo~. 11ue Olinda nos Í(•t. j)t'll'>al', podemô-t guardar a s:md•.clc. E' o qu1• "4.' guarda d'uma mullwr que ;:tma· 11\oi, c.iuc achamos formos<\, e <llll' cm·on·

mula dt•poi"I no declinai, nno •wndo j!1 vista Utnl 01110~ ~IHOIO:o.0$, ºº' rt•kmhra \Ul'I bello tt JllJJO. m;.ts que comc<;amo" tl t•tW<trar como mn:t ruina. E aS';im tudo o (1u1· pa .... ...a. mdo o tjUI" n m f,·,ra de tempu. tudo o c1m· n:to pode t:ntro.tr no no .. w e:;pirito como uma rcli~i~o. O ~1· .. to do t· .. p;1dagào de Cario .. '.\lai;r1n {t frente do... "'\:ll' pares de França faria h• IJC rir ':<>mo º' rt·l .. l•iros barbaçudos ca1nando lô._l') por cs.. .. as al<lri;L .. , porque se.ria aos no .. ,uil o lho"I pouco prestigioso como essas torres altas da U nh•cr ~id:1dc. a cabra que tanto fez trcnw1 o rnloiro. o senhor l('nte ~""'~~--7

1:

que era terrh·eJ t'otno um se\•cro juiz e lnc1i-;c..~utivcl cnmo um gran· de d•-.,..'lna.

:\o.. Rás dt> Hxilio. de Dau· det. ç--.. ... ._,, \'dha~ cou._,,,. da 1e-nda. º' rei)), ])•~"•1111 aos nosso" olho~ dc:--pi· e los d_?s manto~ que os v<·~tiam na:. cortt.·ot <' e:omeçamo~ a n·l ·o:-.

c,;nmo "'imples snnrl~k.;

Como o caloiro da lend.a ef!tran\ C'tn C'1in1bra '·"NXI' 'l.'l'ttil d~ Nf•fll(I' NO'l'(,JIUS jaH /.'t,núlfd"S "'"'·. ( ·1 "'"" iç1t/-tlu• ·; m•N""" td ,,.;,,. r~uJ1 d'" Do J>.111/o 1111/n~o

.;ar \'Clhos cocllC't reaes de bra1.õe·-. mci" apa~.td•h 1w.s portinhola .... d1eios de do:n1s eníarinh:u1 ... na J>ista do Fr.meonio. E' •t lc-11da que morre.·. c.1ue ~ dt.~pc. 1wrdida a ~arnlc.•1.a, ft.lra do prc· c·on(';<.'ito que.• (azia oulr'ora morrer queimado ;111uclle rei euja camisa se hwcrlcliára e que ~<·, um íunccionarlo pa· btin•l C!;lle(. ial podia tl'-·"pir.

~las a nut~• mais n1rios.a da rnnrtc da lenda, do st'U <l(•sa· h;ir por entre o rui· ,,., das ~..tr'1.:alh;ula.,,

'' líCuu-~c ha tc-mpo n 't""'l' J apào f,uno~o tia\ 11111s111<t'S <los itlulos. das nmdci· rns florida". F(•z ... (', p.1ra cxalr<.tr n hrio n don<:il. um t•ortcjo f'tn que entra,·;un t ( t;i, af cnu ... 1, do p o1 .. -;.ado. em t·;irros formicltweis e u11c­~orico~ com º' dra­i;-of·-;, o..; \'elho, nc)·

l:>r t''· o~ tnimios de tunica.~ d'aço. tfo_,. p4•<lindo os "'t'lL.; Aol· pci contr~1 murô\lha..-.

ra<la o JX>,·olcu "'Olt••U urna gar'f._tlhada. repetida por uma multida•l. ª'' me,mo tt·mpo que ela· ma\' a: Fúra '. Fóra ! i...,o é o pa,·adu:

R ª''im no mein ela risada cstridula e tro· Ci-:Ha dn J)0\'0 japunez ellc affirmou o S<'U desejo de aoardnr para o futuro.

A !"Ort.a-F~rr~a ((•n~a./-.U fl,, L\'I( l'ILlttK)

romanc., ·. ~~"im o affinmun º' restos cncontra<los nas exca· v;:u;c"lcs íclta~ junto aos mon\t'!'! da Ch•idade e do Crn•lo. que pare· cem tc.·r sido íortifka· do~. Por lá apparecem n·,\o<t dC'I muros e tam­b<·m J)('-c.lr;t-, lana~ e tijolo.. <{\IC'T o indicam. O po,·o coloribador fi. xa\"a·'~ por todo esse :\t inho formo!>o e pare­cia e~colhcr de prefe· renda º' mal.:; lindo~ los:arc,, 1wrque Afife é realnwnh' bella com o ..,eu rihcito que corre 'ºb uma ponte íorte. \"indo do Ch!lo de Co· \'{"l)o..,, fül '<'na.nia tlc C.abana.". Saltita t: t-..Ulta ix-las abas do mont<- e \·ae a Pª·''ªr'obo_, '"lOnti,l htie,

1- Nos ct.1r1pn1 de Afife 2-Caban.u: O &0ta,. do•'· eontotlbclro

Adol:>ho Plm«>nttl

t-m Loureiro. Seu· r;:,, Porto do Rio F<"al. Nos camp ... · ..

ft·rtc·I" trabalham ai ra· padga.~ com seus trajo .. gnrri<los. na sombra da .. ~r:mc-lt.•-i arvores, por· que º"' homens qua. .. i todo!f emigr;1m á 4'4tt.I.

de íorlw\a, para J.i •. boa e: Porlo, ou para CJ

Brar.il. onde vão e:te-9'· ccr o .. -.eus offieios. ..., pt"<h e iro e estucad<Jr cumn a obedecer a umJ lei at~LVka que o lt·v, p•tra ª' artes e o faz dc·"'<lcnhar os t rabalho ... runws. lia boeados. !i bc·inl de Cabana.::, que \!\u verdadeiros jardin .. , terr.;L~ de que uàO :-v·

pC.'rde uma nes·:!'~ muradd.3. com a ... su.as ar\'or~ alw dc~ta.c.ando em íao:e

do escaln.·

};. dod<>m:·

ll' Yizinho, t• na"I qu;ws a mulher com a sua 'SI.ia curta e dí'bruad;1, o c<l.fibc<lue branco, o lt'O\'O <k rÔrt'i vi"ª·~ amarrado a cabeça, vac m ~"endn a enxacl~' de cabo comprido, cantando *mpn· alc•grf"nWnh". porque. como bem obser· \OU Eça dr Queiror.. n·~ta tCrl"d laboriosa toda a tarefa .;e faz Cõllllando. como se rasse um rito, uma ~ande ct"rhnonia. um alcõ dt·,·c.·r. Pinheiro ... írundo . ..o.:;, ahea· do..;, rompendo ~uê nu.· .. mo de junto d· •i penedos, ahrig;un ª' C'achopas nas hor;.i_, clt• clc·-«'•m('o <" ;;i ... ueancinha~ ~;:rª~ :~:~~:1~1\t\:~ ª!~i~lHt'õ no toeu

rl"m a<; espadcl;ula~ dn li · ~ c{:..-...(11/ll""'= nho <\h>O <1uc ~

:t.~ sua.' màos vào docemente pemca1\Clo e de qut· ~e foz.c1n as roupinha~ que se cmhal ... an'l;.1m no cheiro do tre,·o após a lavagem no riht·iro. N ;\o ... :io se) e.~s trabalhos doce~ que.· as mulhr· rc"' Íaz<:m na terra d'Afifo como na da Arro ... t: ê vêl-a.-.. e alguma.o;> bem galanu·.;;. movend<• e>

ma<'hado. alteando·o com fon;~t. a r.,. char a lenha. ~ toro .. que .. e "ªº tm· pilhando emquanto O.> '\t'\h dor'º"' ..,. cun·am e das gargantas ~arm .... )n .. ele caneeira. togo, d'ahi a pouco. <· ... qu,·•·i 4

dos, transformados na.e cantii;r-1 .. mi· nholas.

Tambem ao; clomhu:u .. ~ lavradeira~ s;entiv que

f<)ubcran'

~ulhar t• .. 1•u .. on·go d'mn ilia. apparcn·m d';1\'1·nt.th11li1 > .. hnnh1· eh>,,., dü1wll.t pt""'l"-'ll• tall<t. ~r~1ntk .. 11·11ço .. d(.• ramai.wns \" i '"~'' l'Ollrc o~ -.de 1-. i:al;m­h"!", as c;1lwc.;;1"' kvan­do c.·omn tounul;1, a rcciud:m·m u' mu­U1t•rc:-. da c;,,1i1zi;i. no vivo d""' \'t''h'' t• na fonn .. ,ur;.L Chrrr­~am·,t• d'ouni, ~Í· lh•"1c .. .._. ~trrrc.1,la .. qm-­dla-. cc:•mpr.lln com o .... .e-u tr<d>.;1llio ru1l( m;L .. na .. fto ... ta ... ':\ºa .. mah ~1rrid;, ... cla ... 1nu­lherc·, do '.\I inho, ;111 danç.m·m junt•> {,.., Í<ll\h""i uu (lf'l•h adro-.. ,·ctu ... t1>' da"' '"ª' cgreja ... "lecularc"'·

( l Olo.,.teiro tle S. j o!'lo da:-1 Cah:tna!t. onde t·llit' v!\o, l'hi albcr~ue dt• S. Mar-1inho de Dunw. qlu' o fu11duu n'um ll"ml")º bt·m n·moto. t·m 5; .l• quando c.h mure i .. de que 'C ('ll· ~ ··ontrmn \T..;ti~ich t ... lavam al­te.adc·~ e o~ traçn ... romóillo" af. tin.:a\'-:tm d<1minh1... l.á e-... ti\-eram o~ lr.u1t· .. ~llh>'J e ti foram d"-""i" !eculo~ dcpoi ... th ;1rab(-... a uma ra::ia. De-;.­truiram todo; tlt•1)(1\ .. reedifirou·.;.e em 13:S2 r h<,jc• l.i o;u mn .. tra no :>eu gra· ni[o rijo \irado da '<.'rra d' . .\fiíe. Ít1ne nnfül o m<mnurc e al\·n como cHe. Ch<.'-

gou a h;1\·t·r atC ;~ rdi~itN1 ... •1m· lc\' \'tUH lH"Ha a \'ida. n•uma 1.-r~a prn-;,per d;ulc·,1 1lh11nd1 11•< >11· • nc1 I' 'ª (ºXll 'll"!:\ll l'Ut1f• 1nc• d a" c·tnnpinai. c1u1• º"' muro-. dt• 1wdr<i :-iolt.i. t~o pittort•l\.1 , .. rodc.•a\';un nm\q ;lin· da hojt•. l',,...,c I• ·~,tJ elo :\linho é "itio dr t;lnt<t h1·1lt·1ac._!c!t- t.111• t<t lalmh1, c.1uc· no .. d1 · kmo ... ôt llo("H"üf que ... Ueu.. clc.·u a ridMt 1\atuu·1..1 ~'° J>O"aado. ,._.. mulherc... qur ab trabalham lhe ... -.ube· ram :1;.:radt·cC"r c..'tthi· \ ';llHlo-o .\ lh.".HO· ... t~ <1s la '~h bra11ca cum o ... eu t~· po ll(·m minhoto, a .. 'i vinh,1~ cnlrcti~·am·sc• t> ver· dcj:un u~ n m1pol'>, ,·nr· t;:ido~ (~$ \ 'C1.CS pda tmuwura d 'uma t•rtra· da ,c1m qul• haj:1 lllu torr~c, (lc·~;1prtl\'t• it. ·

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"oado as "Uas canç-Ô4:.· .. ~l<"zrc .. cm que fala d'amore"'· do ... Íru"h.> .. ..,,.1boro ... o- . da natureza. o'unn1 gr.\n<le t·n><·a\·'º ela, 1 th·re, d& tlt~r\'. .. e do mar a.1.ul ciur lh • lc" a para lon~e o .. marido ... e· ,.., hlhn ... , rm ... ao qual a inda eO\·iam Ir'""'" cl'nl<·tmt•>.

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