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CBH-BPG Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande Situação dos Recursos Hídricos do Baixo Pardo/Grande UGRHI 12 Minuta Preliminar do Relatório Técnico Final CETEC Centro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação

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CBH-BPGComitê da Bacia Hidrográficado Baixo Pardo/Grande

Situação dos Recursos Hídricosdo Baixo Pardo/Grande

UGRHI 12

Minuta Preliminar do Relatório Técnico Final

CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação

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ÍNDICE

1.- APRESENTAÇÃO 3

2.- LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES 5

2.1.- CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UGRHI 6

2.2.- CARACTERIZAÇÃO FÍSICA 12

2.2.1.- Geologia 122.2.2.- Recursos Minerais 162.2.3.- Geomorfologia 172.2.4.- Pedologia 202.2.5.- Potencialidade Agrícola 232.2.6.- Hidrometeorologia 25

2.3.- CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA 26

2.3.1.- Histórico do Desenvolvimento da Região 262.3.2.- Dados Demográficos 292.3.3.- Economia 382.3.4.- Uso e Ocupação do Solo 592.3.5.- Política Urbana 63

2.4.- SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - ÁGUAS SUPERFICIAIS ESUBTERRÂNEAS 65

2.4.1.- Enquadramento dos Corpos d’Água da Bacia 652.4.2.- Disponibilidade Hídrica 682.4.3.- Uso dos Recursos Hídricos e Demanda de Água 1152.4.4.- Balanço Demanda X Disponibilidade 1252.4.5.- Fontes de Poluição 1292.4.6.- Qualidade das Águas Superficiais Interiores 1532.4.7.- Qualidade das Águas Subterrâneas 161

2.5.- SANEAMENTO E SAÚDE PÚBLICA 163

2.5.1.- Água e Esgoto 1632.5.2.- Resíduos Sólidos 1672.5.3.- Saúde Pública 168

2.6.- ÁREAS PROTEGIDAS POR LEI 171

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2.7.- ÁREAS DEGRADADAS 172

2.7.1.- Áreas Degradadas por Processos Erosivos e deAssoreamento 1722.7.2.- Áreas Suscetíveis a Inundações 1782.7.5.- Áreas Degradadas por Mineração 178

3.- ANÁLISE DE DADOS: SITUAÇÃO ATUAL DA BACIA 179

3.1.- DIAGRAMAS UNIFILARES E MAPA SÍNTESE 180

3.2.- PERFIL SANITÁRIO 181

3.3.- VAZÕES AO LONGO DOS RIOS 184

3.4.- ANÁLISE DAS ÁREAS DEGRADADAS 185

3.4.1.- Quanto à Utilização dos Recursos Hídricos 1853.4.2.- Quanto às Inundações 1853.4.3.- Quanto às Erosões e Assoreamento 1863.4.4.- Quanto à Qualidade das Águas 1883.4.5.- Quanto à Degradação Ambiental 192

3.5.- ACOMPANHAMENTO DOS PDCs 196

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1.- APRESENTAÇÃO

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Este documento corresponde a uma minuta preliminar do Relatório Final deSituação dos Recursos Hídricos na UGRHI.

Nele estão contidas as informações e análises elaboradas a partir dos dadosdisponibilizados até o momento pelas diversas fontes, e dos levantamentos decampo efetuados junto às Prefeituras.

Deve-se ressaltar que a presente minuta é produto de um esforço sugeridopelo CORHI, de vez que há necessidade do mesmo iniciar a elaboração doRelatório de Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, eposterior Plano Estadual, para apreciação e aprovação por parte daAssembléia Legislativa até o final deste ano.

Por essa razão este documento é uma minuta preliminar, ainda passível deeventuais correções e complementações até chegar-se ao Relatório Final.

O documento também não incorpora as relações de quadros, figuras e gráficos,bem como de alguns anexos e das fontes de informações.

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2.- LEVANTAMENTO DE DADOS E INFORMAÇÕES

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2.1.- CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UGRHI

A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos no.12 - UGRHI 12,correspondente à Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande, localiza-se aonorte do Estado de São Paulo, desde a foz do Rio Mogi-Guaçu até o RioGrande, na divisa com o Estado de Minas Gerais, numa extensão aproximadade 100 km. A Figura 2.1.1 mostra a localização da UGRHI 12 no Estado de SãoPaulo.

Sua área de drenagem é de 7.177,5 km2, sendo seus cursos d’água principais:Rios Pardo e Grande, Ribeirões do Agudo, do Rosário, das Palmeiras, doBanharão e Córregos das Pedras, Pitangueiras e do Jaborandi.

As principais cidades localizadas na UGRHI são: Barretos, Bebedouro eOrlândia.

A UGRHI 12 limita-se ao norte com o Estado de Minas Gerais, cuja divisa é oRio Grande, a leste com a UGRHI 8, da Bacia Hidrográfica do Sapucaí-Mirim/Grande, a sudeste com a UGRHI 4, da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo,ao sul com a UGRHI 9, da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu e a oestecom a UGRHI 15, da Bacia Hidrográfica do Turvo/Grande. A Figura 2.1.2mostra a UGRHI 12 com seus rios principais, os municípios e suas sedes, alémdas UGRHIs limítrofes.

A subdivisão da UGRHI em sub-bacias obedeceu ao método desenvolvido peloEngenheiro Otto Pfafstetter1, hoje adotado internacionalmente. Entre suasvantagens, o método permite que, conhecendo-se apenas o código de umabacia (ou interbacia), pode-se imediatamente inferir quais as que estão a

1 Ao subdividir uma bacia hidrográfica, qualquer que seja seu tamanho, determinam-se osquatro maiores afluentes do rio principal, em termos de área de suas bacias hidrográficas, querecebem os algarismos pares (2, 4, 6 e 8), de jusante para montante. Os demais tributários dorio principal são agrupados nas áreas restantes, denominadas interbacias, que recebem, nomesmo sentido, os algarismos ímpares (1, 3, 5, 7 e 9).Cada uma dessas bacias e interbacias pode ser subdividida da mesma maneira, de modo quea subdivisão da bacia 2 gera as bacias 22, 24, 26 e 28 e as interbacias 21, 23, 25, 27 e 29. Omesmo processo se aplica às interbacias, de modo que a interbacia 3, por exemplo, sesubdivide nas bacias 32, 34, 36 e 38.O processo de subdivisão pode se repetir desde que o detalhamento da informação básica, abase cartográfica, assim o permita.

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montante e a jusante, independentemente do nível de detalhamento (grau desubdivisão) em que estejam.

O Quadro 2.1.1 identifica as sub-bacias, indica as correspondentes áreas dedrenagem e relaciona os municípios que as integram. As sub-baciasidentificadas com letras maiúsculas referem-se a afluentes do Rio Grande.

O Mapa Básico M1, anexo, na escala 1:250.000, apresenta a localização dassub-bacias com seus correspondentes divisores de água.

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13 - TIETÊ / JACARÉ13 - TIETÊ / JACARÉ

6 - ALTO TIETÊ6 - ALTO TIETÊ

2 - PARAÍBA DO SUL2 - PARAÍBA DO SUL

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60 80km40200

20º

45º

BASE DE DADOS GEOAMBIENTAISDO ESTADO DE SÃO PAULO

MINAS GERAIS

RIO DE JANEIRO

1998

48º

21º

45º

24º

23º

47º

22º

48º

25º

47º

46º

46º

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR

40km

OCEANO ATLÂNTICO

CETEC

Lins - SPCentro Tecnológico

52º

53º

49º

52º

21º

51º 50º

PARANÁ

MATO GROSSODO SUL

22º

23º

49º

25º

24º

51º

50º

53º

20º

Fonte:IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas

24º

12º

30º

28º

16º

20º

24º

42º

42º 30º36º

36º48º

48º

54º

20º

32º

SÃO PAULO NO BRASILLOCALIZAÇÃO DO ESTADO DE

60º

66º

72º

78º 72º 60º

54º66º84º 78º

24º

12º

16º

28º

7 - BAIXADA SANTISTA

2 - PARAÍBA DO SUL

1 - MANTIQUEIRA

3 - LITORAL NORTE

11 - RIBEIRA DE IGUAPE / LITORAL SUL

9 - MOGI-GUAÇU

4 - PARDO

5 - PIRACICABA, CAPIVARI e JUNDIAÍ

10 - TIETÊ /SOROCABA

6 - ALTO TIETÊ

8 - SAPUCAÍ / GRANDE

13 - TIETÊ / JACARÉ

17 - MÉDIO PARANAPANEMA

14 - ALTO PARANAPANEMA

12 - BAIXO PARDO / GRANDE18 - SÃO JOSÉ DOS DOURADOS

19 - BAIXO TIETÊ

16 - TIETÊ / BATALHA20 - AGUAPEÍ

21 - PEIXE

22 - PONTAL DO PARANAPANEMA

15 - TURVO / GRANDE

Figura 2.1.1 - Localização da UGRHI 12 no Estado de São Paulo

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Figura 2.1.2 – Mapa da UGRHI 12

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BURITIZAL

JERIQUAR

RIBEIRAO CORREN

RSAO JOSE DA BELA VIST

BRODOSQUIJARDINOPOLIS

BATATAIS

NUPORANGA

ARAMINA

IGARAPAVA

ITUVERAVA

GUARA

SAO JOAQUIM DA BARRA

ORLANDIA

SALES OLIVEIRA

MORRO AGUDO

PONTAL

GUAIRA

MIGUELOPOLIS

IPUA

PITANGUEIRAS

VIRADOURO

TERRA ROXA

TAQUARAL

COLOMBIA

JABORANDICOLINA

MONTE AZUL PAULISTA

BEBEDOURO

PIRANGIPALMARES PAULISTA

SEVERINIA

CAJOBI

EMBAUBA

PARAISO

OLIMPIA

NOVAIS

GUARACI

ELISÁRIO

TABAPUA

IBIRA

UCHOA

CATIGUA

ONDA VERDE

GUAPIACU

ALTAIR

ORINDIUVA

PAULO DE FARIA

ICEM

NOVA GRANADA

IPIGUA

CEDRAL

RASSOLANDIA

POTIRENDABA

BADY BASSITT

VA ALIANCA

LSAMO

MIRASSOL

PALESTINA

BARRETOS

SAO JOSE DO RIO PRETO

8

49

12

15

MINAS GERAIS

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Quadro 2.1.1 - Subdivisão da UGRHI 12

Código Sub-baciaÁrea de

drenagem( Km 2 )

Municípios

A Rib. Santana 887,80 Altair / Icém / Guaraci

B Rib. Anhumas 714,67 Barretos / Colômbia / Guaraci

10 Rio Grande 467,86 Colômbia

20 Rio Velho 447,40 Barretos / Colômbia

31 Córr. Água Limpa 299,77 Barretos

32 Córr. das Pedras 256,32 Barretos

33 Córr. do Jacaré 472,08 Barretos

34 Rib. das Pitangueiras 223,07 Barretos

40 Rib. do Rosário 695,22 Morro Agudo / Orlândia

50 Rib. do Turvo 465,48 Colina / Jaborandi

60 Rib. das Palmeiras 747,43 Bebedouro/ Colina /Jaborandi / Terra Roxa

71 Rib. do Banharão 211,26 Bebedouro / Terra Roxa /Viradouro

73 Rib. Indaiá 415,39 Morro Agudo

80 Rib. do Agudo 356,36 Morro Agudo / Orlândia

90 Córr. da Sucuri 517,39 Bebedouro / Viradouro

ÁREA TOTAL 7.177,50

O Quadro seguinte, 2.1.2, relaciona os municípios que pertencem à UGRHI 12e especifica se possuem território em outras UGRHIs.

O Quadro 2.1.3 relaciona os municípios que possuem território na UGRHI 12mas têm sede em outras UGRHIs.

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Quadro 2.1.2 - Municípios pertencentes à UGRHI 12

MunicípioUGRHI com

localização parcialdo território

Altair UGRHI 15Barretos UGRHI 15Bebedouro UGRHI 15Colina UGRHI 15ColombiaGuaíra UGRHI 8GuaraciIcem UGRHI 15JaborandiMorro Agudo UGRHI 4Orlândia UGRHI 4Terra RoxaViradouro

O Quadro 2.1.3 relaciona os municípios que possuem território na UGRHI 12mas têm sede em outras UGRHIs.

Quadro 2.1.3 - Municípios com território na UGRHI 12 e sede em outraUGRHI

Município Localização da sede

Guaíra URGHI 8Ipuã URGHI 8Monte Azul Paulista URGHI 15Nuporanga URGHI 8Pitangueira URGHI 9Sales de Oliveira URGHI 4São Joaquim da Barra URGHI 8

O Quadro 2.1.4 identifica interfaces ou conflitos existentes entre a UGRHI 12 eas UGRHIs limítrofes.

Quadro 2.1.4 - Interfaces e/ou conflitos com UGRHIs limítrofes

UGRHI limítrofe Interfaces e/ou conflitos identificados

Estado de MinasGerais

O Rio Grande, que define o limite entre a UGRHI 12 e o Estado deMinas Gerais, drena parte da região sul daquele Estado, recebendo oprincipal contribuinte Rio Uberaba.

UGRHI 15 A Usina Hidroelétrica de Marimbondo gera energia e regulariza asvazões do Rio Grande na divisa com a UGRHI 15, do Turvo/Grande.

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2.2.- CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

A caracterização do meio físico tem como principal objetivo fornecer elementospara uma avaliação das potencialidades dos recursos naturais, bem como dasfragilidades dos sistemas naturais e a presença de áreas degradadas, comosubsídio para a elaboração do Plano de Bacia do Baixo Pardo/Grande. Comeste enfoque o diagnóstico do meio físico procurou apresentar elementos paraa elaboração de diretrizes gerais e específicas voltadas para umdesenvolvimento econômico e social compatível com as particularidades domeio ambiente, contemplando a preservação e recuperação ambiental dabacia.

2.2.1.- Geologia

O Mapa Geológico da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/ Grande (Mapa M3-Anexo...), apresentado em escala 1: 250 000, foi elaborado mediantecompilação do Mapa Geológico do Estado de São Paulo do IPT de 1981(escala 1:500.000).

O substrato geológico da região é composto por rochas sedimentares evulcânicas de idade mesozóica, pertencentes a Bacia do Paraná, juntamentecom formações cenozóicas, representadas por depósitos aluvionares antigos erecentes, juntamente com Depósitos Continentais Indiferenciados compostospor sedimentos elúvio –coluvionares.

As características geológicas da região refletem fundamentalmente a evoluçãohistórica da bacia sedimentar do Paraná. As rochas basálticas formaram-sedevido a um intenso vulcanismo que ocorreu no início do período Cretáceo,quando ainda prevaleciam condições desérticas na Bacia do Paraná,acompanhado de perturbações tectônicas que geraram arqueamentos esoerguimento nas suas das bordas, associados a grande número defalhamentos, responsáveis pela estrutura atual da bacia.

Posteriormente, durante o Cretáceo Superior, já em clima semi-árido,depositaram-se sobre a seqüência dos derrames basálticos, em ambienteflúvio-lacustre, as seqüências areníticas do Grupo Bauru, na regiãorepresentadas pela Formação Adamantina.

O Quadro 2.2.1.1.contém uma síntese das unidades geológicas presentes naUGRHI-12.

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Quadro 2.2.1.1. – Unidades geológicas da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê

PERÍODO (IDADE) SÍMBOLO / FORMAÇÃOGEOLÓGICA LITOLOGIAS

Qa - (Depósitos Aluviais ) Areias e argilas comconglomerados na base.

CENOZÓICO Qi – Depósitos ContinentaisIndiferenciados

Depósitos continentaisincluindo sedimentos elúvio-coluvionares de naturezaareno-argilosa e depósitosde caráter variadoassociados a encostas.

Ka –FORMAÇÃOADAMANTINA – UNIDADEAQUÍFERA BAURU

Arenitos finos a muito finos,com teor de matriz variável,lamitos e siltitos, corescreme e vermelho.

MESOZÓICO Jksg- FORMAÇÃO SERRAGERAL- UNIDADEAQUÍFERA BASALTO

Basaltos toleíticos emderrames tabularessuperpostos e arenitosintertrapianos

Fonte: Mapa Geológico do Estado de São Paulo, escala 1:250 000,Convênio DAEE/UNESP/ 1984.

Formação Serra Geral

A Formação Serra Geral (Jksg) é composta por um conjunto de rochasbasálticas toleíticas, dispostas em camadas sub-horizontais, contendointercalações de arenitos eólicos, entre os derrames (arenitos intertrapianos).Também podem ocorrer intrusões, associadas a mesma atividades vulcânica,principalmente na forma de diques verticais de composição diabásica, cortandoportanto os próprios derrames.

Os basaltos são rochas predominantemente duras e compactas, com texturade granulação muito fina, enquanto que os diabásios muito semelhantes, sãodiferenciados além da composição mineralógica pela granulometria maior eambas possuem coloração que varia de cinza escura a preta.

Na área da Bacia do Baixo Pardo/Grande a Formação Serra Geral afloraextensivamente ao longo do Rio Pardo e Rio Grande e principalmente, deforma contínua e dominante em toda a porção norte-oriental da UGRHI. Nestasáreas relativamente planas os basaltos podem ser identificados pela presençade solos diretamente relacionados a rocha (Solos de alteração e residuais)vermelho-escuros e argilosos.

Os derrames sucessivos de basaltos tendem a aumentar de espessura paraoeste, atingindo maiores valores na região do rio Grande. Perfuraçõesprofundas realizadas em Presidente Epitácio e Lins, fora da área estudada,registraram valores de 1.532m e 375m, respectivamente. Cada derrame, podepor sua vez, ter espessura variável, podendo alcançar espessuras de váriasdezenas de metros.

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Formação Adamantina

O pacote de sedimentos da Formação Adamantina, compreendegenericamente, sedimentos fluviais com predominância de arenitos finos amuito finos, que podem apresentar cimentação e nódulos cabonáticos e comlentes de siltitos arenosos e argilitos dispostos em forma de bancos maciços.Seus sedimentos são identificados ainda pela presença de estratificação plano-paralela e cruzada de pequeno e médio porte.

Esta formação é encontrada em todo o setor ocidental da UGRHI, a partir damargem esquerda do Rio Pardo, onde faz contato com as rochas basálticas daFormação Serra Geral. Ocupa predominantemente as superfícies maiselevadas da região, incluindo os terrenos drenados pelos afluentes do margemesquerda do Rio Grande, a jusante do Rio Pardo.

Geologicamente o pacote sedimentar encontra-se sopreposto à FormaçãoSanto Anastácio (não aflorante no âmbito da Bacia do Baixo Pardo/Grande)mantendo uma relação de contato transicional e interdigitado, localmentebrusco. Mantém ainda relação com a Formação Serra Geral na forma decontato basal erosivo.

Suas rochas, constituídas predominantemente por arenitos são em geralbrandas, apresentando baixas resistências mecânicas porém, quandocimentadas esta condição é alterada, passando a ter maiores coerências eresistências.

A existência de variações regionais significativas fizeram com que muitosestudiosos dividissem a formação Adamantina em subunidades demapeamento, baseadas em diferenças petrográficas e estruturais. Apesardestas variações, suas rochas são em geral pouco alteradas, destacando-sepela coloração bege ou creme, às vezes amarronzada clara, sendo por isto defácil distinção das demais unidades sedimentares que integram o PlanaltoOcidental.

As maiores espessuras são encontradas nos espigões onde chegam aalcançar dezenas de metros, adelgaçando-se nas porções mais erodidas, paraleste es nordeste.

Depósitos Cenozóicos

Compreendem essencialmente os depósitos aluvionares e coluvionares comdistribuição governada pelos grandes cursos d’água e, os materiais decobertura “in situ” (solos residuais), resultantes da desintegração das rochasencontradas na região.

Depósitos Continentais Indiferenciados

Coberturas de materiais coluvionares associadas a relevo colinoso suave -exceto em porções isoladas de encostas escarpadas – possuem diferenciações

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relacionadas as diferenças morfométricas entre topos de inteflúvios e encostasde vales. Solos residuais, eluviais e arenosos, presentes em feições de toposem inteflúvios, diferenciam-se dos típicos coluviões areno-silto-argilososavermelhados, com linhas de seixos na base, encontrados nas encostas devales. No seu conjunto todos estes depósitos atuais e subatuais são agrupadosnuma única unidade geológica conhecida como Depósitos ContinentaisIndiferenciados (Qi).

Correspondem aos extensos depósitos de materiais de coberturainconsolidados, encontrados nas vertentes de rochas tanto sedimentares(Formação Adamantina) como basálticas (Formação Serra Geral). Podem serencontrados também, no sopé das vertentes cobrindo porções de terraçosaluvionares. Sua granulometria e composição mineralógica reflete aconstituição mineralógica dos solos de alteração das respectivas rochassotopostas. Quando dispostos sobre os arenitos da Formação Adamantina,normalmente os depósitos coluvionares tendem a ser francamente arenosos(areias finas e médias) e sob litologias basálticas predominantementeargilosos. Suas espessuras médias oscilam em torno de 8 metros, alcançandomaiores valores no sopé das vertentes, onde podem alcançar mais de umadezena metros, além de possuírem uma linha de seixos, às vezeslimonitizadas e/ou constituídas por fragmento de canga que separam taisdepósitos dos solos subjacentes.

De um modo geral os solos residuais são encontrados nos topos mais elevadose nas formas de relevo mais arrasadas, enquanto que os colúvios predominamsobre as encostas e rampas vizinhas às principais linhas de drenagem.

Depósitos em Varzeas e Terraços (Aluvionares)

Os depósitos aluvionares constituem os aluviões antigos e recentesencontrados na forma de faixas estreitas e alongadas com altitudes baixas(planícies aluviais e terraços aluviais), presentes ao longo das calhas dosprincipais rios. Trata-se de depósitos formados essencialmente por cascalhos edispõem-se em terraços, por vezes bastante afastados das calhas dos rios,nem sempre mapeáveis na escala do presente mapa geológico.

Pode-se distinguir 3 níveis de terraços , especialmente no rio Grande e suasproximidades:

- Baixos Terraços, dispostos em média de 2 a 8 metros acima do nívelnormal dos rios, são formados predominantemente por areia fina comcascalhos, apresentando espessuras pequenas;

- Terraços em Meio Encosta;- Altos Terraços dispostos com mais de 10 m acima do nível normal

dos rios, sendo frequentemente entremeados e mascarados pordepósitos coluviais.

Os tipos de terraços correspondem a sedimentos aluvionares de idadesdiferentes: Baixos Terraços (Aluviões Recentes) são compostospredominantemente por argilas com ou sem matéria orgância, siltes, areias ecascalhos, enquanto que os Altos Terraços (Aluviões Antigos) são formados

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essencialmente por cascalheiras, com seixos maiores, pouca areia, e presençade arenitos silicificados.

Todos estes sedimentos constituem materiais inconsolidados , classificadoscomo de primeira de categoria quanto à escavação.

Atualmente a maior parte dessas planícies encontram-se submersas pelosreservatórios das barragens Morimbondo e Porto Colômbia, no rio Grande.

2.2.2.- Recursos Minerais

Os recursos minerais da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grandecompreendem basicamente matérias primas voltadas para a construção civil,tais como argila, areia, cascalho e brita..

Os sedimentos da Formação adamantina tem sido fonte de argilas e areias,enquanto que os basaltos da Formação Serra Geral ( e eventualmente osdiques de diabásio) fornecem grande quantidade de brita, podendo serencontradas pedreiras em operação na região.

Areias, cascalhos e argilas são encontrados principalmente, nas planíciesaluviais dos principais cursos d’água, principalmente nos rios Grande e Pardo,,dos quais o rio Grande encontra-se, atualmente, em grande parte cobertopelos reservatórios das barragens..As áreas potenciais para a obtenção da pedra - proveniente de rochas durasde basaltos e diabásios – são encontradas nas áreas de distribuição daFormação Serra Geral, principalmente na porção oriental da UGRHI.

O Quadro 2.2.2.1. contém a relação dos totais de lavras efetivas/lavrasprováveis por Município na UGRHI-12 em 1995. A extração mineral com maiornúmero de empreendimentos (total de 111) é de areia, localizadas emprincipalmente nos municípios Icém e Colômbia. Segue-se em ordemdecrescente, as jazidas de cascalho e saibro com 42 e 18,5 empreendimentos,respectivamente (o valor fraccionado significa localização em limites demunicípios).

Quadro 2.2.2.1.- Lavras efetivas/prováveis por Município Mineral

Município

Arei

a

Argi

la

Argi

laRe

frat

ária

Arei

aIn

dust

rial

Basa

lto

Bent

onita

Casc

alho

Gra

nito

Qua

rtzo

Saib

ro

Altair ----- ----- ----- ----- ----- ------ ----- ----- ----- -----

Barretos 7.5 2.0 ----- 1.0 ----- ----- ----- ----- ----- -----

Bebedouro ----- 1.0 ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- -----

Colina ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- -----

Colômbia 39.5 ----- ----- ----- ----- ----- 37.0 ----- 1.0 18.5

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Quadro 2.2.2.1.- Lavras efetivas/prováveis por Município (continuação) Mineral

Município

Arei

a

Argi

la

Argi

laRe

frat

ária

Arei

aIn

dust

rial

Basa

lto

Bent

onita

Casc

alho

Gra

nito

Qua

rtzo

Saib

ro

Guaraci 4.0 ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- -----

Icém 40.0 ----- 3.0 1.0 3.0 5.0 ----- ----- ----- -----

Jaborandi 2.0 ----- ----- ----- ----- ----- 1.0 ----- ----- -----

MorroAgudo

13.0 ----- ----- ----- ----- ----- 3.0 ----- ----- -----

Orlândia ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- -----

Terra roxa 1.0 ----- ----- ----- 1.0 ----- ----- 1.0 ----- -----

Viradouro 4.0 ----- ----- ----- 1.0 ----- 1.0 ----- ----- -----

TOTAL 111.0 3.0 3.0 2.0 5.0 5.0 42.0 1.0 1.0 18.5

Obs.: Os valores fracionados referem-se a extrações realizadas em limite de municípios, sem definição da margemexplorada.O bem mineral granito na realidade deve-se se referir a basalto.Fonte: Macrozoneamento das Bacias dos rios Mogi-Guaçu, Pardo e Médio Grande,SMA/DPRN/1995.

2.2.3.- Geomorfologia

Os principais tipos de relevo da região constam do Mapa Geomorfológico,apresentado em escala 1 : 250 000 (Mapa M4 - Anexo...), elaborado a partir doMapa Geomorfológico do Estado de São Paulo do IPT de 1981 (escala 1:1.000.000).

A caracterização do relevo permite fornecer elementos para planejamentoregional, avaliação de facilidades/dificuldades de urbanização,reconhecimento pedológico, tipo de manejo agrícola, bem como a distribuiçãoe a intensidade dos processos erosivos atuantes nos diferentes padrõesmorfológicos.

O mapa contém as principais formas de relevo da região individualizadas emunidades homogêneas, definidas principalmente, em função da amplitudetopográfica, declividade das encostas e densidade das linhas de drenagem.A bacia está inserida na Província Geomorfológica denominada de PlanaltoOcidental.

Características Gerais do Relevo

A Província do Planalto Ocidental é caracterizada pela presença de formas derelevo levemente onduladas com longas encostas, representadasfundamentalmente, por Colinas Amplas e Colinas Médias. Os dois tipos derelevos estão sujeitos ao controle estrutural das camadas sub-horizontais dosarenitos do Grupo Bauru e das rochas efusivas básicas da Formação SerraGeral.

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As altitudes oscilam predominantemente entre 500 e 700m, possuem padrõesde distribuição condicionadas pelo substrato geológico. No âmbito da Bacia doBaixo Pardo/Grande, na área de distribuição da Formação Serra Geral as cotasapresentam variações mais acentuadas, oscilando entre 550maproximadamente, até mais de 800m nos limites da bacia, enquanto queporções da Formação Adamantina, os valores são mais homogêneos, variandoentre 650 e 550 m, em média. No conjunto as cotas topográficas registram umcaimento para o Norte, alcançando nos vales do rio Pardo e na calha do RioGrande, altitudes próximas a 500m.

A região apresenta, relação entre número de rios ou cursos d’água e a áreaocupada pela bacia hidrográfica ou densidade de drenagem baixa, emborapossam ser encontradas variações locais, de acordo com os tipos de sistemasde relevo presentes na região ou mesmo, dentro de cada um dos sistemas derelevo. É o caso das áreas de cabeceiras de drenagem que tendem aapresentar densidade de drenagem maiores, podendo atingir padrões médiose altos, assim como as Colinas Amplas em áreas sedimentares registramdensidades de drenagem maiores do que as desenvolvidas sobre as rochasbasálticas.

Caracterizam a Província na UGRHI também, a presença de formas de relevodenudacionais cujos entalhamentos médios dos vales são pequenos e asdeclividades médias predominantes estão entre 2% e 10%. Em geralapresentam uma relativa intensidade maior de dissecação ou denudação dasformas de relevo, pelo efeito dos processos erosivos - e a presença de valesrelativamente mais entalhados - comparados com outras regiões do PlanaltoOcidental no Estado de São Paulo. Mesmo assim, no geral, não escapam dasformas de dissecação e densidade de drenagem baixas, caracterizando umaregião com nível de fragilidade potencial baixo, nos setores aplanados dostopos das colinas. Porém face as características texturais dos seus solos(abordado no item Pedologia) e a presença de setores de vertentes commaiores declividades, a região extremamente suscetível aos processoserosivos, especialmente quando sujeita a escoamento de fluxos concentrados.

Formas de Relevo

As 4 unidades de sistemas relevo e as suas principais característicasregistradas no Mapa Geomorfológico (Mapa M4), constam do Quadro 2.2.3.1.

Quadro 2.2.3.1. Formas de Relevo e suas principais característicasFormas de Relevo Unidades Homogêneas Principais características

1. SuperfíciesAplainadas porAgradação

111 – Planícies Aluviais Terrenos baixos e mais ou menosplanos, junto às margens dos rios,sujeitos a inundações periódicas..

2 – Relevo deDegradação ou dedesgaste por erosão emPlanaltos Dissecados.

2.1.- Relevo colinoso com predomínio de baixas declividades, até15% e amplitudes locais inferiores a 100 m

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Quadro 2.2.3.1. Formas de Relevo e suas principais características (continuação)Formas de Relevo Unidades Homogêneas Principais características

212 – Colinas AmplasPredominam interflúvios com áreasuperior a 4 Km2, topos extensose aplainados, vertentes com perfisretilíneos a convexos. Drenagemde baixas densidades, padrãosubdendrítico, vales abertos,planícies aluviais interioresrestritas, presença eventual delagoas perenes ou intermitentes.

213- Colinas Médias

Predominam interflúvios comáreas de 1 a 4 Km2, toposaplainados, vertentes com perfisconvexos a retilíneos . Drenagemde média a baixa densidade,padrão sub-retangular, valesabertos a fechados, planíciesaluviais inferiores restritas,presença eventual de lagoasperenes ou intermitentes.

214- Colinas Pequenas comEspigões Locais

Predominam interflúvios semorientação, com área inferior a1Km2 , topos aplainados aarredondados, vertentesravinadas com perfis convexos aretilíneos. Drenagem de média abaixa densidade, vales fechados,planícies aluviais interioresrestritas.

2.2.-Relevos de Morros com Encostas Suavizadas: Predominambaixas declividades , até 15% e amplitudes locais de 100 a 300m.221.- Morros amplos Constituem interflúvios

arredondados com área superiora 15Km2,topos arredondados aachatados, vertentes com perfisretlilíneos a convexos. Drenagemde baixa densidade, valesabertos, planícies aluviaisinteriores restritas .Em várioslocais há presença de boçorocas.

5.- Encostas Não Escarpadas : Predominam declividades médiasentre 15 e 30% e amplitudes maiores que 100m.

5.-Relevos de Transição

511.- Encostas Sulcadas porVales Subparalelos.

Desfeitas em interflúvios linearesde topos angulosos aarredondados, vertentes deperfis retilíneos . Drenagem demédia densidade, valesfechados.

Fonte: Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo, IPT/ 1981.

O Mapa Geomorfológico mostra que as formas de relevo predominantes daBacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande são representadas pelos PlanaltosDissecados compostos por Colinas Amplas (212) e Colinas Médias (213) esecundariamente por Colinas Pequenas com Espigões Locais (214) eEncostas Sulcadas por Vales Subparalelos (511), limitada nos topos por

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transição não escarpada. Integram ainda as formas de agradação constituídaspor Planícies Aluviais(111).

As Colinas Amplas constituem formas de relevo subniveladas de grandesdimensões (predominam inteflúvios com áreas acima de 4 Km2), perfil devertente retilíneo a convexo e topos aplainados. Destacam-se ainda pelapresença de drenagem com padrão subdendrítico, densidade muito baixa,vales erosivos abertos e planícies aluviais interiores estreitas.

As Colinas Médias constituem formas de relevo também subniveladas, comtopos aplainados e perfil de vertente retilíneo a convexo, porém, cominterflúvios menores (áreas entre 1 a 4 Km2) e densidade de drenagemrelativamente maior (média a baixa).

As Colinas Pequenas com Espigões Locais possuem predominantementeinterflúvios sem orientação, com área inferior a 1Km2, além de toposaplainados a arredondados, vertentes ravinadas com perfis convexos aretilíneos e drenagem de média a baixa densidade.

As Colinas Amplas são francamente dominantes em toda a UGRHI,principalmente no setor oriental, enquanto que as Colinas Médias sãoencontradas preferencialmente nos divisores d’água das bacias menores quedeságuam diretamente para o rio Grande.

As Colinas Pequenas com Espigões Locais e as Encostas Sulcadas por ValesSubparalelos tem presença isolada e pouco expressiva.

As Planícies Aluviais constituem os terrenos baixos sujeitos periodicamente àinundações com maior importância junto aos principais cursos d’água.

2.2.4.- PEDOLOGIA

O Mapa Pedológico da Bacia do Baixo Pardo/Grande em escala 1: 250.000(Mapa M5, Anexo...), foi elaborado mediante compilação da Carta de Solos doEstado de São Paulo (escala 1: 500.000) do Ministério da Agricultura de l.960.O levantamento de reconhecimento é aquele em que parte do limite dasunidades foi percorrido, fazendo-se a menção dos Grandes Grupos e Séries desolos levantados mediante trabalhos sistemáticos de campo.

Na área desta Bacia foram encontrados os seguintes tipos de solos:

Solos com Horizonte B Latossólico

Os solos latossolos, quando completos, apresentam perfil A, B e C e atransição entre os horizontes A e B é normalmente difusa ou gradual. Exibemevidência de um estágio avançado de intemperização, apresentando umhorizonte B fruto de uma mistura de óxidos hidratados de ferro e alumínio, comvariável proporção de argila 1:1 e minerais acessórios altamente resistentes

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(principalmente quartzo). O mapa pedológico contém as unidades LVa, LR eLEa.

∙ LVa Latossolo Vermelho Amarelo – fase arenosa

Unidade é constituída por solos profundos, de textura leve, bem drenados, decoloração vermelho amarelo, formados a partir de sedimentos areníticos. Sãosolos ácidos de baixa fertilidade. Ocorrem em terrenos com altitudes quevariam de 500 a 1.000 metros, a maior parte entre 600 e 900 m.

A cobertura vegetal se distribui em função das duas unidades de solo,correspondendo a uma vegetação das partes altas, baixas e de transição paraa Terra Roxa Legítima.

LR – Latossolo Roxo

Também conhecido como Terra Roxa Legítima constituem os típicos solosempregados no cultivo do café no Estado de São Paulo, caracterizados pelacor arroxeada e pela alta friabilidade ao longo de todo o seu perfil. Formammanchas contínuas cortadas por outras unidades de solos e atualmente sãoempregados nas grandes culturas de cana-de-açúcar.

Sua ocorrência é condicionada à feições topográficas caracterizadas pelapresença de topos chatos e vertentes fortemente inclinadas, conhecidas como“morros de sinos”.

Nas áreas de ocorrência da Terra Roxa Legítima pouco restou de vegetaçãoprimária, sendo utilizadas para explorações agrícolas e pastoris, restandoapenas pequenos resquícios de florestas nativas.

A cobertura vegetal original constitui a floresta latifoliada tropical - evidenciadapelos testemunhos acompanhando os cursos d’água e em forma de capõesesparsos – além da vegetação do tipo cerrado e cerradão, encontradaprincipalmente nas áreas de solos com baixa fertilidade.

Lea – Latossolo Vermelho Escuro-Orto

Os solos desta unidade, apresentam perfis profundos com mais de três metrosde espessura, coloração vermelho-escuro, bem drenados, formadosprincipalmente a partir de argilitos. A pequena variação das característicasmorfológicas, faz com que seus perfis apresentem subhorizontes poucoindividualizados e transições graduais ou difusas.

A altitude onde ocorre o Latossol Vermelho Escuro-Orto varia entre 540 a 700metros e a encontrada em seus domínios é geralmente campo, campo cerradoe floresta latifoliada tropical.

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Solos Hidromórficos (HI)

Unidade de mapeamento constituída por solos de várzea, identificados porrelevos baixos e planos e lençol freático pouco profundo. A influência do lençolfreático reflete-se no perfil do solo, caracterizado pela matéria orgânicaacumulada no horizonte superficial ou pela presença de cores cinzentasindicadoras de ambiente redutor (gleização). No seu domínio é encontradavegetação de porte herbáceo e arbustivo.

Solos Aluviais (A)

Solos formados por material não consolidado, de deposição recente,normalmente profundos, com perfil composto por diversas camadas que podemvariar bastante, em função da natureza do seu material sedimentar. Seus perfispodem apresentar camadas sobrepostas de textura similar ou com camadasargilosas sobrepostas a camadas arenosas (ou vice-versa). Característicasimportantes na formação da drenagem variável.

Esta unidade está localizada em áreas de relevo plano ou quase plano comdeclives bem suaves. De um modo geral seus solos sempre ocupam as cotasmais baixas da região, situando-se nos fundos de vales, junto aos terraços. Avegetação que ocupa estes solos é do tipo herbáceo arbustivo e do tipoflorestal constituído por matas em galerias, bem como por campos úmidos devegetação graminóide.

São solos de grande potencialidade agrícola, devido a sua fertilidade natural epor serem encontrados em terrenos relativamente planos, permitindo o seuuso intensivo, sem estarem sujeitos a maiores erosões. As restrições destessolos estão relacionadas ao encharcamento freqüente e a acidez –normalmente, ácidos ou fracamente ácidos.

Solos com Horizonte B Textural

Unidade formada por solos pouco profundos, moderadamente drenados, comespessura em torno de 1,50m. Seu perfil contém cascalhos e horizontesfacilmente separáveis, tanto pela cor como pela textura. Quando completospossuem seqüência A B e C. e transição entre o horizonte A e B, normalmenteclara ou abrupta, podendo ser eventualmente gradual.

Ocorrem em áreas de relevo variável, desde forte ondulado a montanhoso. Ostipos de solos encontrados na região são: Podzolizados de Lins e Marília –variedade Lins (Pln) e os Podzolizados de Lins e Marília – variedade Marília(Pml).

Pln – Solos Podzolizados de Lins e Marília – Variedade Lins

Formam solos com profundidades variáveis entre 2 e 3m, bem drenados,arenosos com transições graduais e claras, entre o horizonte A e B. Sãoencontrados em relevos, em geral, ondulados a suavemente ondulados, comaltitudes que oscilam entre 300 e 600 m, maior freqüência próximo a 400m.

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São cobertos predominantemente pela floresta latifoliada tropical semidecíduae a floresta latifoliada tropical.

A maior parte da área dos Solos Podzolizados da variação Lins é utilizadaintensamente pela agricultura.

Pml - Solos Podzolizados de Lins e Marília – Variedade MaríliaSolos um pouco mais rasos do que a variedade Lins e, de um modo geral, coma mesma seqüência de horizontes. A transição do A para o B é clara ouabrupta, ou seja, a passagem entre os horizontes (A e B) é mais acentuada doque o tipo Lins. Apresentam ainda forte tendência de formação de horizontescom partículas mais finas do solo.

São encontrados em terrenos de relevo ondulado a forte ondulado, ocupandogeralmente os topos das “cuestas” ou espigões.

A vegetação natural que se desenvolve nas áreas de sua distribuição é afloresta latifoliada tropical. Nas áreas de transição para a variedade Lins sãotambém observadas florestas latifoliadas tropicais semidecíduas.

2.2.5.- POTENCIALIDADE AGRÍCOLA

Os solos na Bacia do Baixo Pardo/Grande constituem um recurso natural deimportância estratégia, tanto do ponto de vista econômico como social eambiental, além de ser responsável como suporte básico para o processo deocupação da região. A UGRHI, assim como praticamente toda a região oestedo Estado constituiu uma das últimas fronteiras de expansão agropecuária doEstado de São Paulo, tendo atualmente como atividades mais significativas acana-de-açúcar, a soja, a pecuária e a cultura da laranja , uma vez que acafeicultura e o algodão perderam importância nos últimos anos. Estas duasúltimas culturas exerceram grande influência nos processos de degradaçãodos solos em vastas áreas da região. Mesmo a pecuária quando realizada commanejo inadequado de pastagens e dos animais contribuiu para a formação deprocessos erosivos e assoreamento dos cursos d’água, embora a pecuária decorte, relativamente importante na região, passou a ser considerada como umaalternativa para recuperação progressiva dos solos.

Em termos de potencialidade agrícola, os Latossolos Roxo que se originam delitologias básicas da Formação Serra Geral (basaltos e diabásicos),encontrados de forma extensiva em toda a poção oriental da URGRHI e nas“calhas” de córregos e rios na áreas de ocorrência da Formação Adamantina -são os solos com as melhores condições para uso agrícola da região, além defraca propensão aos processos erosivos

Ocupando a área dos arenitos os Latossolos Vermelho-Escuro tem baixafertilidade natural, , tendo como limitações básicas a baixa capacidade deretenção de umidade, principalmente os de textura média, fato responsávelpelo seu relativo menor aproveitamento com lavouras.

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Os Podozóllicos Vermelho – Amarelo (Solos Podzolizados de Lins e Marfília)relacionados aos arenitos da Formação Adamantina e a sedimentos coluvio-aluvionares, nas duas situações verificam-se solos de baixa e alta fertilidadenatural, embora a variedade Lins sejam muito empregados em atividadesagrícolas. Na realidade constituem-se em solos de maior potencialidadeagropastorial, embora apresentem como limitações a elevada suscetibilidade àerosão, conseqüência de características intrínsecas dos mesmos e de umrelevo um pouco mais movimentado que os Latossolos. Por esta razão asterras que foram de cultivos intensivos, incluindo o café, tem sofrendoesgotamento e hoje o seu uso vem se direcionando para pastagens. Mesmoconsideram-se a baixa fertilidade de algumas unidades dos solos PodózlicosVermelho-Amarelo, os mesmos reúnem características favoráveis aoaproveitamento agrícola, principalmente nas áreas de terraços.

Os solos Hidromórficos de natureza essencialmente orgânica tem pequenaocorrência e o seu uso requer práticas de manejo da água, em geral de difícilexecução, em razão da natureza dos mesmos.

Os solos aluviais de ocorrência restrita são encontrados ao longo das faixasmarginais, principalmente dos rios de maior porte são encontrados em locaiscom boa disponibilidade hídrica, o que favorece a sua utilização em lavouras.

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2.2.6.- Hidrometeorologia

Pela sua posição geográfica, a UGRHI do Baixo Pardo/Grande encontra-se soba influência das massas de ar Tropical Continental e Polar Atlântica.

A massa de ar Tropical Continental participa da circulação regional,principalmente no verão. É seca e quente, originária das planícies interiores docontinente.

A massa de ar Polar Atlântica, proveniente das altas latitudes, é fria e úmida.Embora ativa durante todo o ano, é no inverno que predomina, causandograndes quedas de temperatura.

O regime pluviométrico é tropical típico, com um período chuvoso, iniciando emoutubro e findando em abril, e um período de estiagem, de maio a setembro,cujos totais anuais variam entre 1.200 e 1.600 mm.

O regime térmico apresenta características tropicais. O inverno, quando aatividade da massa de ar Polar é mais intensa, é geralmente úmido, comquedas de temperatura. Julho é o mês mais frio na UGRHI com temperaturasentre 14 e 22 oC nos períodos em que a atuação da massa Tropical Atlântica émais intensa, o inverno é ameno com chuvas raras.

O verão, geralmente sob influência da massa Tropical Atlântica, é quente eúmido, com chuvas fortes. Os valores de temperatura média oscilam entre 24 e30 ºC, observando-se que nas áreas mais elevadas os valores são menores.

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2.3 - CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA

2.3.1. Histórico do Desenvolvimento da Região

O desbravamento e ocupação do espaço regional da Unidade deGerenciamento Baixo Pardo/Grande deve ser entendido no contexto comoparte integrante da evolução histórico-econômica do Estado de São Paulo e,especificamente, como se deu na expansão da região de Ribeirão Preto.Portanto, é também como este processo se deu na região de Barretos.

Embora conhecida desde meados do século XVIII, e mesmo tendo absorvidoum movimento de ocupação no século XIX com criadores de gado vindos deMinas Gerais, a grande região de Ribeirão Preto iria de fato estruturar-seeconomicamente a partir do segundo grande rush cafeeiro no final do séculopassado, entre 1886-l897. A qualidade das terras e a topografia suave daregião impulsionaram seu rápido crescimento, transformando-a na principalregião produtora do Estado, da década de 1890 até a de 1920. Em 1920, aregião respondia por 28,8% do total de área cultivada, 24,7% da produção, emquantidade, e 31,2% do valor da produção (Semeghini,1992:158;Seade,1998:26).

A cafeicultura foi responsável não só pela ocupação do território e crescimentoda produção agrícola regional, mas também pelo surgimento de um grandenúmero de cidades em toda a região. Isso se deu na época devido ao sistemade produção e comercialização de café, que necessitava avançar sobre terrasnovas e carecia de entrepostos, para onde seguia a produção e a partir deonde as fazendas eram abastecidas. Nesses pontos também se localizavamgrande parte das atividades comerciais, principalmente armazenagem ecomercialização do café, e outras atividades de apoio à produção.

Além do café, outro fator de grande importância para o desenvolvimentoregional foi a implantação das ferrovias, a partir do final do século passado. Oscaminhos de terra foram substituídos pelas estradas de ferro, que permitiram oavanço do cultivo em áreas mais distantes e contribuíram para o crescimentoda região e para a consolidação das cidades existentes.

Após este ciclo expansivo dos anos 20, com a queda nos preços do café, em1929, a região passou por um período de crise, que, posteriormente, resultouem substituição de cultura na região. Muitas grandes fazendas foramfracionadas, dando lugar a propriedades de pequeno e médio portes, alterandoa economia urbana das cidades que também sofreu diretamente o impacto dacrise cafeeira. A população total da região iria diminuir até os anos 50,conseqüência principal do deslocamento da população rural.

A agricultura regional, em parte, voltou-se para a cultura de alimentos, comuma pequena queda de participação na produção agrícola estadual. O início dadécada de 50 marcou o fim desta participação. A região era então responsável

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por 16,4% da área cultivada, 29,3% da produção e 15% do valor da produçãoagrícola do Estado (Seade, 1998:26).

A partir de 1950, um novo quadro de circunstâncias deu dinamismo à economiabrasileira, com uma nova fase de recuperação econômica da região, erenovado dinamismo no setor agropecuário. A expansão da cultura canavieira,as mudanças nas diretrizes para importação, permitindo intensificar a entradade fertilizantes, tratores e outros itens, favorecendo a modernização, aspolíticas do IAA para a cana e o álcool, o aumento no preço externo do cafédepois de 1954 e os incentivos às atividades de exportação, beneficiando alaranja, a soja e a pecuária de corte (e por extensão a leiteira), certamentecompuseram este quadro de circunstâncias que dinamizaram a economianacional e regional (Semeghini, 1992:161).

A trajetória de crescimento do setor primário regional produziu impactosignificativo sobre a indústria e sobre a rede urbana do conjunto das cidades.Os setores produtores de matérias-primas agrícolas, bem como osfornecedores de insumos e máquinas à agricultura, receberam grandeestímulo, que se estenderia também a segmentos importantes da produção debens não duráveis, visando a atender ao mercado regional. Assim, entre 1950e 1970, o total de operários na indústria da região passaria de 20.163 para41.803. Nas décadas de 50 e 60, a tendência de esvaziamento populacionalseria revertida e ocorreria, na região de Ribeirão Preto, crescimento de 22,2%e de 16,9% na população total, respectivamente. A população regional dascidades, de 384.373 pessoas em 1950, chegaria a 1.007.483 em 1970,atestando os fortes impactos no processo de urbanização e na base produtivaagroindustrial. Com isso, o setor terciário vai ampliar-se e diferenciar-se paraatender e impulsionar os requisitos da expansão produtiva e do crescimentopopulacional. Em 1970, o terciário já absorvia mais de 40% da populaçãoeconomicamente ativa regional, quando já fora apenas 24,6% 20 anos antes(Semeghini, 1992:161-2). No início dos anos 70, a região respondia por 20,3%da área cultivada, 31,2% da produção e 21,7% do valor da produção agrícolado Estado (Seade, 1998:26).

Os anos 70 caracterizam-se por elevado dinamismo de crescimento econômicoe de maior impulso à desconcentração industrial de São Paulo para o interiordo Estado e para outras regiões do país, devido a novas estratégias territoriaisdos setores produtivos, combinadas agora às políticas federais e estaduais dedesenvolvimento regional. Assim, se no processo de industrialização pesadade São Paulo os principais setores industriais localizavam-se na capital e nascidades vizinhas, ao se buscarem novas alternativas de localização foramescolhidos centros regionais fora da região metropolitana, porém privilegiandosuas cercanias e alguns poucos pólos regionais.

Na grande região de Ribeirão Preto, em vez de se beneficiar dadesconcentração das indústrias da Grande São Paulo, a implantação daagroindústria da cana-de-açucar na década de 70, apesar de a cultura da canater sido iniciada ainda na década de 30, e do Programa Nacional do Álcool -Proálcool provocaram mudanças na economia regional. Com isto inicia-se umnovo ciclo de crescimento econômico da região.

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A performance econômica dos anos 80, em contraste, caracterizou-se pelatendência à estagnação econômica, com fortes flutuações cíclicas e comdiferenças espaciais no desempenho das distintas regiões do Estado. Isto querdizer que o processo de interiorização da indústria, no que diz respeito àlocalização, não foi homogêneo, pois privilegiou apenas algumas regiões.

Tanto a desconcentração quanto a interiorização da indústria no Estado, noque diz respeito à localização pôr Regiões de Governo, foram mais intensas naprimeira metade da década de 80 e privilegiaram as regiões de Campinas,Jundiaí, São José dos Campos, Limeira e outras em um raio de 200 km dacapital. Embora este raio tenha se ampliado a partir de 1985, a Região deGoverno de Barretos, onde está localizada grande parte da UGRHI BaixoPardo/Grande, perdeu participação relativa na composição do valor adicionadoda indústria de transformação do Estado, de 0,68% em 1985 para 0,48% em1995.

Enquanto as maiores concentrações industriais, em particular na regiãometropolitana, tenderam a acusar fortes impactos recessivos, no interior doEstado as regiões de agricultura mais moderna, mais fortemente encadeadascom o esforço exportador e com maior ponderação agroindustrial em sua baseprodutiva, preservaram trajetórias de crescimento, como foi o caso de algumassub-regiões da grande Região de Ribeirão Preto.

Nos anos 90 tem sido aprofundado o processo de modernização da agriculturae da indústria, inaugurando-se uma outra etapa na continuidade do processode interiorização do crescimento econômico para o interior do Estado e para aregião, cuja evolução urbana, agrícola e industrial nas duas últimas décadasresumimos a seguir, enfocando a Unidade de Gerenciamento de RecursosHídricos Baixo Pardo/Grande.

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2.3.2. Dados Demográficos

Dinâmica demográfica e processo de urbanização

Entre 1991 e 1996, a população total na UGRHI Baixo Pardo/Grande passoude 280.154 para 300.263 habitantes, acumulando uma taxa de crescimentoanual no período em torno de 1,42%, inferior ao desempenho da médiaestadual (1,58%). Em função deste movimento populacional, a participaçãorelativa da população local da unidade no total do Estado sofreu uma pequenaqueda de 0,887%, em 1991, para 0,881%, em 1996. No âmbito interno àunidade, as maiores taxas de crescimento anual da população ficaram pôrconta dos pequenos municípios de Terra Roxa (3,38%), de Guaraçí (2,19%) eColômbia (2,7%), que pela pequena quantidade de pessoas que neles habitam,pouco aumentaram as suas participações na população total da unidade,conforme pode ser visto no quadro 2.3.2.1

Quadro 2.3.2.1 - População Censitária, Taxa Anual de Crescimento, SaldoVegetativo e Saldo Migratório 1991 - 1996

POPULAÇÃO CENSITÁRIAMUNICÍPIOS 01/09/91

(1)01/08/96

(2)

TAXA ANUALDE

CRESCIMENTO

SALDOVEGETATIVO

91/96 (A)

SALDOMIGRATÓRIO

91/96 (B)

TOTALGERAL(A)+(B)

Total 311.158 333.700 1,68 18.987 3.527 22.514Barretos 95.414 100.646 1,09 4.459 773 5.232Bebedouro 67.763 72.633 1,42 4,236 634 4.870Orlândia 31.319 34.162 1,78 2.245 598 2.843Guaíra 31.004 33.078 1.30 2.005 38 2.043Morro Agudo 21.253 23.276 1,87 1.678 345 2.023Viradouro 13.091 14.419 1,98 944 384 1.328Terra Roxa 6.635 7.814 3,38 479 700 1.179Guarací 7.813 8.692 2,19 530 349 879Colômbia 5.282 6.038 2,76 428 328 756Icém 6.100 6.638 1,73 313 225 538Colina 15.909 16.390 0,61 1.025 -544 481Altair 3.239 3.509 1,64 226 44 270Jaborandí 6.336 6.408 0,23 419 -347 72Fonte: Fundação Seade/ Fundação IBGE(1) Para efeito de cálculos, os municípios instalados em 1993 tiveram suas populações correspondentes a 1991

relacionadas aos distritos ou áreas de origem. Contagem da população 1996, Fundação IBGE, divulgada em 5 de agosto de 1997

Entre os maiores municípios da unidade, Barretos, que teve a menor taxa decrescimento anual, registrou o maior crescimento na quantidade de habitantes(5.232 hab.), apresentando o maior saldo migratório da unidade (773 hab.) Opequeno município de Terra Roxa, pôr outro lado, apresentou a maior taxa decrescimento anual da Unidade, e o segundo maior saldo migratório (703 hab.).Desta forma, pode-se deduzir a partir do quadro 2.3.2.1 que a participação dosaldo migratório teve um impacto bem maior em Terra Roxa e em outrosmunicípios pequenos, como Colômbia e Guaraci diferente da baixaparticipação em Bebedouro, que apresenta o segundo maior crescimentoabsoluto de habitantes.

Durante os anos 80, o município de Bebedouro destacou-se no crescimentopopulacional, sobretudo pôr seu papel emergente de centro regionalagroindustrial nos anos 80. Com isso aumentou sua participação na população

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total da unidade, reduzindo a participação da concentração populacional nomunicípio vizinho de Barretos, o maior em concentração populacional nointerior da unidade Baixo Pardo/Grande. Nos anos 80, a posição intra-regionalda população de Bebedouro passou de 21,68% em 1980 para 24,19% em1991, estagnando-se neste patamar até 1996. Barretos, o município de maiorconcentração populacional da região, vem mantendo há 16 anos uma posiçãolocal relativamente estagnada no total da população da UGRHI, em torno de34% e 33%, conforme quadro 2.3.2.2.

Os pequenos municípios de Colômbia e Altair, últimos colocados na hierarquiapopulacional intra-unidade, além de Bebedouro, ampliaram suas participaçõesinternamente nos anos 80. Quanto aos demais municípios, cinco mantiveramparticipação constante intra-unidade como Orlândia (11%), Colina (5%),Viradouro (4%), Terra Roxa e Icém (2%). Apenas três municípios perderamparticipação nos anos 80, estabilizando-se nos anos 90, como MorroAgudo (de 8% em 1980 para 7% em 1991), Guaraçí (de 3% para 2,8%, e para2,8% em 1996) e Guaira (de 6% em 1991 para 5,8% em 1996).

Quadro 2.3.2.2 - Distribuição da População Total, Urbana e Rural1980–1996Em porcentagem

POPULAÇÃO TOTAL POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURALMUNICÍPIOS 1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996Barretos 34,34 34,08 33,49 37,16 35,84 35,14 20,13 19,83 17,58Bebedouro 21,68 24,19 24,16 22,48 24,86 24,91 17,66 18,72 16,91Orlândia 11,97 11,17 11,36 12,98 11,04 10,21 6,86 12,25 22,43Morro Agudo 8,24 7,58 7,74 6,55 6,88 7,52 16,75 13,23 9,86Guaíra 6,50 6,00 5,80 5,90 5,80 5,70 9,70 7,90 6,10Colina 5,47 5,69 5,46 4,45 5,29 5,32 10,64 8,91 6,74Viradouro 4,82 4,67 4,79 4,88 4,72 4,88 4,54 4,27 3,95Guarací 3,05 2,79 2,89 2,73 2,39 2,52 4,71 6,00 6,48Terra Roxa 2,72 2,36 2,60 2,30 2,29 2,64 4,88 2,90 2,17Icém 2,45 2,18 2,21 2,52 2,14 2,21 2,09 2,43 2,19Jaborandí 2,58 2,27 2,13 2,44 2,18 2,10 3,28 2,94 2,42Colômbia 1,57 1,88 2,01 0,98 1,49 1,59 4,58 5,04 6,02Altair 1,09 1,16 1,17 0,54 0,87 0,95 3,87 3,48 3,25Fonte: Fundação IBGE/Censos de 1980, 1991 e 1996; Fundação Seade

Pode-se dizer que um traço característico da dinâmica demográfica da unidadede Baixo Pardo/Grande nos últimos 20 anos tem sido o de apresentar umcrescimento concentrado da população em um município de médio porte(Bebedouro), e em poucos de pequeno porte, relativamente maior que a médiado crescimento da UGRHI e do Estado.

Dinâmica do incremento populacional

Tomando pôr base a composição do incremento populacional total de 22.514habitantes, de acordo com o quadro 2.3.2.1, a maior contribuição foi ocrescimento vegetativo com 18.987 pessoas contra 3.527 do crescimentomigratório - respectivamente uma participação de 92,79% e 17,18% acima, damédia estadual de 88% e 12%, respectivamente. Porém, o município de TerraRoxa é exceção à regra geral da unidade, já que seu crescimento populacionaldeveu-se, principalmente, ao saldo migratório (60%) em detrimento do saldovegetativo (40%). O saldo migratório foi importante para o crescimento das

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populações de Guarací. Colômbia e Icém, onde atingiu 40%, quando a médiada unidade foi de 17% e a estadual de 12%.

Convém destacar que das 3.527 pessoas acrescidas ao total populacional daunidade em função do saldo migratório, cerca de 90% delas estavamdistribuídas em cinco municípios: Barretos (773 pessoas), Terra Roxa (700pessoas), Bebedouro (773 pessoas), Orlândia (598 pessoas) e Morro Agudo(345 pessoas). Na verdade, o triângulo imaginário formado pêlos municípios deBebedouro - Terra Roxa - Barretos, ligados pôr atividades comerciais eindustriais que constituem as diferentes bases econômicas municipais, pareceter contribuído na distribuição relativamente desconcentrada do crescimentopopulacional.

Por outro lado, dois municípios apresentaram saldo migratório negativo, comoColina (-544 pessoas) e Jaborandí (-347 pessoas).

Nesse contexto, sendo o saldo vegetativo positivo e regular para todos osmunicípios da Unidade, nota-se que os acréscimos populacionais maissignificativos são determinados pelos fluxo migratório, que flutuam conforme osmovimentos impulsionados pelo crescimento econômico locais.

População Urbana e Rural

A população urbana aumentou em todos os municípios da unidade, porém comdestaque para as cidades pequenas como Colômbia e Altair, que tiveramdobradas suas populações. Quatro municípios apresentaram índices deevolução da população local acima da média regional de 155 habitantes (55%):Colina (185 hab.), Terra Roxa (178 hab.), Morro Agudo (177 hab.) e Bebedouro(171 hab.).

Entre Os municípios com maior população urbana, o de Bebedouro obteve omaior crescimento, elevando sua participação de 22,5% em 1980 para 24,9%em 1991, mantendo-se estabilizado nesta faixa até 1996.

Os municípios de pequeno porte, pela baixa participação intra-regional, mesmodobrando suas populações urbanas (Altair e Colômbia), mantiveram estáveis aparticipação de suas populações urbanas em 1996, praticamente com asmesmas proporções de 1980.

Em relação ao desempenho da população rural, esta apresenta uma taxa dequeda de -19%, próxima da média estadual de -17%. Em termos absolutos,observa-se na unidade um pequeno decréscimo da população rural, que cai de34.902 hab. Em 1980 para 30.724 hab. Em 1991, e daí para 28.175 hab. Em1996. Os municípios de Terra Roxa (-36%) e Morro Agudo (-48%) perderammenos da metade de suas populações rurais.

Todavia, nem todos os municípios apresentaram uma redução de suaspopulações rurais, como é o caso de Orlândia, que dobrou sua população em2,6 vezes, e de Guarací e Colômbia, que simplesmente aumentaram suaspopulações. Em função destes acréscimos, estes municípios aumentaram suas

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participações no total da população rural da Unidade, com Orlândia passando àfrente de todos, concentrando 22,4% d população rural em 1996, contra 12,4%da população rural em 1996, contra 12,2% em 1991, e 6,8% em 1980.

A partir destes fatos, pode-se afirmar que para todos os municípios da UGRHIBaixo Pardo/Grande, exceto Orlândia, o processo de urbanização dapopulação é mais intenso que a média do Estado. Nesse processo, o municípiode Bebedouro se destaca em todas as informações observadas à frente dacidade mais populosa de Barretos, que perdeu participação na populaçãourbana da Unidade nos anos 80, mantendo-se na mesma proporção em 1996.Este fato é importante na disputa entre as duas cidades, que é real, na medidaem que a população é um indicador da maior complexidade das relaçõessociais locais, de atração ou expulsão das atividades econômicas, do espaçoconstruído e vivido, e do dinamismo urbano e rural.

Taxa de urbanização e densidade demográfica

Entre 1980 e 1996, a urbanização da Unidade Baixo Pardo/Grande passou de83,46% para 90,62%, com maior dinamismo apresentado nos anos 80,conforme quadro 2.3.2.3.

Desde 1980, é notório na Unidade o predomínio da população urbana emquase todos os 13 municípios, exceção apenas ao pequeno município de Altair,que, de predominância rural em 1980, acaba por igualar-se à situação urbanados demais já em 1991. Em menor proporção, este processo de urbanizaçãoacelerada também se repete para os municípios de Terra Roxa, Morro Agudo,Colina e Colômbia, municípios que apresentam maior variação no processo deurbanização em estudo.

Quadro 2.3.2.3 - Distribuição de Urbanização e Densidade Demográfica1980 – 1996

TAXA DE URBANIZAÇÃO (%)MUNICÍPIOS

1980 1991 1996

DensidadeDemograf.(Hab./Km2)

1996Orlândia 90,51 87,90 81,47 112,90Bebedouro 86,52 91,49 93,43 107,60Viradouro 84,41 89,95 92,26 64,84Barretos 90,30 93,61 95,07 64,05Colina 67,87 82,77 88,40 40,55Terra Roxa 70,35 86,51 92,17 34,33Guaíra 74,04 86,68 91,50 26,65Jaborandí 78,94 85,75 89,35 25,83Icém 85,93 87,70 90,69 18,11Morro Agudo 66,36 80,82 88,04 16,94Guarací 74,47 76,33 78,94 13,49Altair 41,46 66,55 73,88 10,37Colômbia 51,79 70,51 71,84 8,31MÉDIA TOTAL 74,07 83,58 86,69 41,84

Fonte: Fundação IBGE/Censos de 1980, 1991 e 1996; Fundação Seade

Em um contexto de evolução urbana como este, em 1996 cinco municípiostinham uma taxa de urbanização maior que a média da UGRHI, com o

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município de Barretos apresentando uma taxa de urbanização de 95,07%, logoseguido por Bebedouro (93,43%), Viradouro (92,26%), Terra Roxa (92,17%),Guaíra (91,5%) e Icém (90,69%).

Apesar desta crescente urbanização, a média da densidade demográfica naUnidade é baixa, com 41,84 hab./km2 . O município de Orlândia apresenta amaior densidade demográfica (112,9 hab./km2) e junto com Bebedouro (107,6hab./km2), Viradouro (64,84 hab./km2), Barretos (64,05 hab./km2) e Colina(40,55 hab./km2) são os únicos que ultrapassam a média regional. Portanto, emgeral, os dados revelam uma região pouco povoada, com metade dosmunicípios ainda apresentando entre 8 e 18 hab./km2).

Projeção da População

Tomando como base o ano de 1996, o índice de evolução da projeção feitapela Fundação IBGE para a UGRHI Baixo Pardo/Grande, até o ano de 2010,aponta um crescimento futuro da população em 18%, portanto inferior aocálculo da média estadual projetada (21%). O mesmo acontece com a projeçãoda população urbana (23% contra 25% da média estadual). Contudo, aprojeção de queda da população rural continua sendo mais intensa na UGRHI(-29%), sendo superior à projetada para o Estado (-24%).

No âmbito interno à unidade, segundo o quadro 2.3.2.4, merecem destaque asprojeções de maior crescimento populacional para os municípios de Terra Roxa(54%), Colômbia (43%) e Guarací (35%). Já para o município de Jaborandí,que apresentou redução do crescimento populacional nas décadas de 80 e 90,as projeções apontam uma queda absoluta da população a partir de 2005,dando continuidade a uma dinâmica populacional negativa de décadas. Osmesmos municípios com maiores projeções da população da população totaltambém vão se repetir no tocante às projeções da população urbana.

Quadro 2.3.2.4 - Índice de Evolução da Projeção da População Total,Urbana e Rural - 2.000 – 2010

POPULAÇÃO TOTAL POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURALMUNICÍPIO 2000 2005 2010 2000 2005 2010 2000 2005 2010Barretos 104.362 109.136 113.500 100.202 105.806 110.855 4.160 3.330 2.645Bebedouro 76.081 80.432 84.563 72.037 77.159 81.938 4.044 3.273 2.625Orlândia 36.176 38.525 40.560 29.473 31.386 33.044 6.703 7.139 7.516Guaíra 34.855 36.981 38.871 32.819 35.645 38.011 2.036 1.336 860Morro Agudo 24.969 26.969 28.739 22.974 25.693 27.946 1.995 1.276 793Colina 16.742 17.134 17.385 15.349 16.206 16.779 1.393 928 606Viradouro 15.532 17.001 18.470 14.561 16.191 17.802 971 810 668Guarací 9.480 10.560 11.691 7.666 8.774 9.948 1.814 1.786 1.743Terra Roxa 8.835 10.303 11.992 8.396 10.018 11.809 439 285 183Icém 7.077 7.604 8.097 6.553 7.183 7.764 524 421 333Colômbia 6.687 7.594 8.591 4.873 5.630 6.474 1.814 1.964 2.117Jaborandí 6.399 6.343 6.243 5.864 5.954 5.964 535 389 279Altair 3.704 3.979 4.250 2.916 3.334 3.733 788 645 517

Fonte: Fundação IBGE, Fundação SEADE

Quanto às projeções da população rural, ela é crescente apenas para osmunicípios de Colômbia e Orlândia, que apresentam uma continuidade àdinâmica populacional rural observada nas últimas décadas. Para oito dos 13

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municípios da unidade, a média local de redução projetada da população émaior que a média estadual (-29%), assinalando um intenso processo deredução em suas populações rurais, como Morro Agudo e Terra Roxa.

Saúde e Educação

Para traçar um breve perfil educacional e da saúde das populações da UGRHIBaixo Pardo/Grande, tomou-se como indicador as informações de taxas deanalfabetismo e de mortalidade infantil, contidas no Censo Demográfico doIBGE de 1991 e 1996, além de dados levantados pela Fundação Seade.

Educação

Salvo algumas situações específicas locais, a característica do perfileducacional da Unidade é possuir uma taxa média de analfabetismo maior quea do Estado em todas as faixas de idade observadas.

Conforme pode ser analisado a partir do quadro 2.3.4.5, em 1996 a taxa deanalfabetismo da população de 15 anos e mais da UGRHI foi de 15,58%, bemsuperior a taxa média estadual de 10,16%. Nenhum município na Unidadeconseguiu um resultado menor que a média estadual. Apenas nos municípiosde Orlândia e Barretos a taxa de analfabetismo atingiu a média estadual,apresentando taxas em torno de 10%.

Quadro 2.3.2.5 - Taxa de Analfabetismo da População 1991MUNICÍPIOS DE 15 ANOS

E MAISDE 10 A 14

ANOSDE 15 A 19

ANOSDE 20 A 29

ANOSDE 30 A 49

ANOSDE 50 ANOS

E MAIS Média do Estado 10.16 3.25 3.03 4.58 8.43 24.86 Média da UGRHI 15.58 4.89 5.03 6.03 12.31 38.74 Bebedouro 11.83 3.48 3.3 3.93 8.85 30.78Colômbia 19.75 5.37 6.22 9.28 19.52 47.41 Terra Roxa 14.67 3.16 3.65 3.31 9.62 39.79Jaborandí 19.59 6.39 8.55 7.10 14.55 46.92 Colina 13.56 4.52 5.04 5.82 9.81 33.52 Viradouro 13.56 3.39 3.97 4.27 9.05 34.39 Icém 15.52 2.96 4.23 6.51 11.65 38.41 Barretos 10.46 3.49 3.33 3.69 7.10 26.03 Morro Agudo 18.38 6.85 8.27 9.13 15.43 45.87 Guarací 17.38 5.65 3.57 7.39 15.01 38.09Guaíra 14.39 4.71 4.03 4.59 12.73 37.33Altair 22.23 11.45 7.74 8.81 19.95 54.77 Orlândia 10.01 1.97 2.48 3.12 7.14 29.90Fonte: Fundação SEADE/Fundação IBGE.

De maneira geral, pode-se afirmar que as taxas altas de analfabetismo estãomais concentradas nos municípios pequenos com menor participação nageração do valor adicionado da Unidade, como Altair, Colômbia, Jaborandí eGuarací. A exceção a essa situação é o município de Morro Agudo, que,apesar de ostentar o segundo lugar na hierarquia do valor adicionado intra-

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unidade (17,7%), ocupa a nona posição de menor taxa de analfabetismo,inclusive ficando abaixo de Guarací, que ocupa o penúltimo lugar no valoradicionado (1,9%).

A maior taxa de analfabetismo se encontra na faixa de idade de 50 anos e mais(38,7%) e é a que mais se distancia da média geral estadual (24,86%). Nestafaixa de idade, é significativo o fato de que nenhum município atingiu a taxamédia estadual, quando muito se aproximando a dela, como é o caso deBarretos (26,03%) e Bebedouro (28,9%).

A parcela da população quer apresenta a segunda maior taxa de analfabetismoé a população de 30 a 49 anos, onde se encontra uma fração considerável daforça de trabalho economicamente ativa e na maior parte das vezes com maisexperiência e com mais capital humano acumulado. A taxa de analfabetismoregional aí apresentada de 12,31% superou a média estadual de 8,43%, porémmanteve distância menor que a observada entre os mais idosos da região.Nessa faixa de idade, apenas os municípios de Orlândia (7,1%) e de Barretos(7,1%) obtiveram taxas de analfabetismo inferior à média do Estado.

Nas faixas de 20 a 29 anos de idade, a média das taxas de analfabetismo daUnidade também se aproximam mais do Estado, respectivamente com 6,03% e4,58%. Nessa faixa etária, quatro municípios obtiveram taxas de analfabetismoinferior à média variando em torno de 3% e 4% : Orlândia, Barretos, Bebedouroe Terra Roxa.

Nas faixas de 10 a 19 anos, onde estão as pessoas com a menor taxa deanalfabetismo, a média atingida por esta parcela da população da Unidade de9,92% é a maior que a média estadual de 6,28%. Apenas em Orlândia a taxade analfabetismo é menor (4,64%) a média do Estado. Quatro outrosmunicípios atingiram taxas próximas da média estadual, Barretos, Bebedouro,Terra Roxa e Viradouro.

Frente a esta exposição, pode-se concluir que há uma incidência de taxas deanalfabetismo na UGRHI Baixo Pardo/Grande maior que a média estadual,com exceção em alguns casos como Orlândia e Barretos, e eventualmenteBebedouro. Por outro lado, há uma certa evidência socioespacial que corroboracom as taxas de analfabetismo mais elevadas em alguns municípios, sobretudoonde o desenvolvimento econômico local é bastante incipiente. Baixaparticipação no valor adicionado regional quase sempre se traduz na UGRHIem altos índices de analfabetismo. No entanto, essa regra econômica pareceser violada pelo município de Morro Agudo, que possui uma boa posição noranking adicionado ao mesmo tempo em que ocupa posição destacada entreos municípios com mais analfabetos.

Para concluir, as baixas taxas de analfabetismo entres os jovens, e ainda entreos adolescentes em muitos municípios, é um sinal positivo para o futuro daregião, mais ainda um desafio no que diz respeito à demanda por melhorespostos no mercado de trabalho, cada vez mais exigente na instrução básica ena qualificação do trabalhador, para exercer tarefas mais complexas e menosmanuais.

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Saúde

Em 1996, levantamento realizado pela Fundação Seade anunciava umasituação bastante heterogênea entre as taxas de mortalidade infantilapresentadas entre os 13 municípios da UGRHI Baixo Pardo/Grande. Osresultados desse levantamento não permitem estabelecer ligação imediataentre o índice de mortalidade infantil e o desempenho dos municípios nageração do valor adicionado regional.

Conforme pode ser visto no quadro 2.3.2.6, o município de Guarací apresentaa menor taxa de mortalidade infantil (5,26%),seguido de Orlândia (10,42%),Viradouro (13,93%) e Morro Agudo (15,9%). Por outro lado, destaca-se naliderança das taxas de mortalidade infantil o município de Barretos (40,29%),inclusive atingindo taxas de mortalidade superiores a municípios como Altair(29,4%), Icém (25,86%), Colômbia (25,0%) e Terra Roxa (24,84%)

Quadro 2.3.2.6 - Taxas de Mortalidade Infantil e Esperança de Vida aoNascer 1991 – 1996

MUNICÍPIOS

TAXA DEMORTALIDADE

INFANTIL(1) 1995

TAXA DEMORTALIDADE

INFANTIL1996

TAXA DEMORTALIDADE

INFANTIL(2) 1996

ESPERANÇADE

VIDA AONASCER 1991

Média da UGRHI 5.68 21 3.77 70.26Jaborandí 0 0 0 68.78Guarací 0 5.26 0 70.46Orlândia 7.14 10.43 0 71.09Viradouro 0 13.93 0 70.09Morro Agudo 5.88 15.9 0 69.67Colina 11.11 18.29 0 70.51Bebedouro 2.78 21.79 6.21 70.46Terra Roxa 0 24.84 0 71.99Colômbia 0 25 0 71.99Icém 0 25.86 0 70.36Altair 0 29.41 0 69.46Barretos 1.49 40.29 1.32 68.31Guaíra 0 17.1 0 69.57

Fonte: Fundação Seade (1) Maiores de 5 anos por causas de Veiculação Hídrica (2) Por causas de Veiculação Hídrica

No contexto analisado, embora tenha-se que aprofundar as razões e causaseconômicas e sociais das taxas de mortalidade infantil e de suas diferençassocioespaciais na UGRHI, não se pode na análise socioambiental, descartar osindicadores das causas de mortalidade infantil decorrentes do risco de umacriança vir a morrer por doenças provocadas por veiculação hídrica antes decompletar um ano de idade. Portanto, causas de veiculação hídrica, tais comoas enterites, a hepatite infecciosa e esquistossomose, são as que estão maisdiretamente associadas às condições sanitárias do local de residência dacriança. Nestes casos, destacam-se na UGRHI as taxas de mortalidade infantilem menores de 5 nos por causas de veiculação hídrica nos municípios deColina (11,11%), Orlândia (7,14%), Morro Agudo (5,88%),Bebedouro (2,78%) eBarretos(1,49%).

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Em se tratando de uma região com predominância da agroindústria, como já foiabordado, as relações entre questões como o crescimento econômico, odesenvolvimento social e a utilização dos recursos naturais para a produçãopodem ainda estar mais deterioradas na unidade. O município de Colina, queapresenta a maior taxa de mortalidade por veiculação hídrica, localiza-se nocentro da área plantada para a produção de bebidas; Orlândia e Morro Agudolocalizam-se na área plantada de cana-de-açúcar.

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2.3.3 - Economia

Faixa de rendimento e renda média dos chefes de domicílio

Em 1991, com base no quadro 2.3.3.1, 63,1% dos chefes de domicíliorecebiam até 3 salários mínimos na Unidade Baixo Pardo/Grande, umaproporção bem superior à apresentada pela média estadual, abaixo de 50%(46,13%). Entre os 13 municípios da unidade, oito deles mostram umaconcentração ainda maior, com municípios de pequeno porte apresentando atémais de 70% dos chefes de domicílio recebendo até 3 salários mínimos. É ocaso de Altair,Colômbia, Jaborandí, Terra Roxa, Guarací e mesmo Colina. Entre os quatromaiores municípios em população (Barretos, Bebedouro, Orlândia e Guaíra), aproporção de chefes de domicílio com rendimentos nesta faixa é relativamentemenor, abaixo da média, porém sempre acima de 50%.

Quadro - 2.3.3.1 Distribuição dos Chefes de Domicílio, Segundo Nível deRendimentos 1991Em porcentagem

MunicípiosAté 3Sal.

Mínimos

De 3 a 5Sal.

Mínimos

De 5 a 10Sal.

Mínimos

Acima de 10Sal.

MínimosSem

Rendimento Total RendaMédia (1)

Orlândia 56,14 20,77 12,19 9,21 1,69 100,00 4,35Viradouro 58,37 22,18 10,62 7,01 1,83 100,00 3,86

Bebedouro 59,12 15,33 15,53 8,53 1,49 100,00 4,10Barretos 62,86 15,01 11,29 7,60 3,23 100,00 3,76Guaíra 65,22 16,70 9,46 6,63 1,99 100,00 3,61MorroAgudo 67,46 15,43 6,67 8,12 2,32 100,00 3,71

Icém 67,75 10,26 9,47 6,78 5,74 100,00 3,44Jaborandí 70,51 9,79 8,49 6,01 5,20 100,00 2,77Guarací 72,34 9,72 7,29 4,33 6,32 100,00 2,82

Altair 72,34 11,64 8,26 4,26 3,50 100,00 2,91Colina 72,67 9,66 7,98 6,23 3,46 100,00 3,18

Colômbia 75,87 6,07 9,98 3,74 4,33 100,00 2,77TerraRoxa 77,11 9,31 5,50 5,15 2,93 100,00 2,88

Fonte: Fundação IBGE/Censo de 1991; Fundação Seade. A renda média foi obtida multiplicando-se o ponto médio das classes pela freqüência na classe e, em seguida,dividindo-se a soma desses produtos pela freqüência total

Com acentuada concentração dos chefes de domicílio nos rendimentos de até3 salários mínimos, caracteriza-se na unidade um padrão distributivo distinto damédia estadual. A partir de faixas mais elevadas que 3 salários mínimos, aposição da Unidade vai situar-se sempre abaixo da média estadual,distanciando-se desta média quanto maior a faixa salarial. Esta constatação étambém válida para quase todos os municípios, em todas as faixas salariais.Todavia, fogem a esta regra os municípios de Orlândia e Viradouro, nasclasses de rendimentos de 3 a 5 salários mínimos, e, novamente Orlândia,Bebedouro e Morro Agudo nas faixas acima de 10 salários mínimos. Exceto

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Morro Agudo, esses municípios apresentam uma distribuição dos rendimentosmenos concentrada que a vigente na UGRHI.

A visão crítica do contexto apresentado levanta uma questão mais ampla paraanálise, e um problema para os poderes públicos e para a sociedade, aodemonstrar com os dados que em geral a distribuição dos rendimentos entre oschefes de domicílio é relativamente concentrada na UGRHI BaixoPardo/Grande. Isto que dizer que os municípios da região possuem estruturasmais concentradoras dos rendimentos entre as pessoas, bastante diferentesdos padrões mais desconcentrados que vigoram em outras regiões do Estado.

Logística Regional

A UGRHI Baixo Pardo/Grande é possuidora de uma logística regional calcada,principalmente, na malha rodoviária. Existem também possibilidades detransporte ferroviário e de transporte aéreo, o primeiro para passageiros ecargas e o segundo, principalmente, para pequenas cargas.

A presença desses serviços, embora atenda todos os municípios da UGRHI,eles fazem parte, principalmente, dos municípios de Barretos e Bebedouro.

No caso de Barretos, o município possui como vias de acesso, permitindoescoamento da produção, a rodovia SP-326 (a sul-sudeste para região deAraraquara, Campinas e São Paulo e a norte para Mina Gerais) e a SP425 (aleste e a oeste do Estado de São Paulo). O município possui diversas estradasvicinais, além da possibilidade de transportes ferroviário e aéreo.

No caso Bebedouro, o município possui acesso pela SP-310 (a sul-sudestepara a região de Araraquara, Campinas e São Paulo), pela SP-326 (a nortepara Minas Gerais), e pela SP-322 (a leste e a oeste do Estado de São Paulo),além de algumas estradas vicinais em suas cercanias. Há também apossibilidade de transporte ferroviário e transporte aéreo para pequenascargas.

Para outros municípios importantes da UGRHI, como Orlândia e Morro Agudo,o acesso e escoamento da produção é garantido pela SP-330 (a sul-sudestepara região de Ribeirão Preto, Campinas e São Paulo e a norte para MinasGerais), pela SP_351 (a leste do Estado de São Paulo) e pela SP-425 (a oestedo Estado de São Paulo). Os municípios possuem algumas estradas vicinais,além da possibilidade de transporte ferroviário, como em Orlândia.

Frente ao exposto, não há grandes impedimentos para a tração de novosinvestimentos na UGRHI Baixo Pardo/Grande, quando o problema é o acessoà logística dos transportes.

Localização Econômica e Dinâmica Regional

Conforme pode ser visto no quadro 2.3.3.2, em 1996, a UGRHI BaixoPardo/Grande apresentava uma participação relativa no total do valor

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adicionado do Estado da ordem de 0,807%, a maior desde 1990, quandoatingia 0,739%.

Em 1996 cerca de 70% da distribuição intra-regional do valor adicionado totalestavam concentrados em quatro municípios, com Bebedouro encabeçando alista (22,1%). Junto com os municípios de Morro Agudo (17,7%) e Barretos

Quadro 2.3.3.2 - Distribuição interna do número de contribuintes e dovalor adicionado por grandes setores 1996

AGRICULTURA COMÉRCIO INDÚSTRIA TOTAL

MUNICÍPIOS

cont

ri-bu

inte

s

valo

rad

icio

nado

va/m

un./

va e

st.

cont

ri-bu

inte

s

valo

rad

icio

nado

va m

un./

va

est.

cont

ri-bu

inte

s

valo

rad

icio

nado

va m

un./

va e

st.

cont

ri-bu

inte

s

valo

rad

icio

nado

va m

un./

va e

st.

Bebedouro 9.4 9.6 0.008 23.1 34.3 0.054 24.8 23.5 0.098 20.5 22.1 0.178M. Agudo 5.9 23.5 0.020 6.8 15.7 0.025 5.7 22.3 0.093 6.4 17.7 0.143Barretos 36.5 20.5 0.017 35.5 31.8 0.051 42.6 9.7 0.040 35.9 16.40 0.132Colina 4.1 9.3 0.008 3.9 1.9 0.003 3.9 22.1 0.092 3.9 13.1 0.106Orlândia 1.8 4.1 0.003 14.3 9.1 0.015 11.7 11.7 0.049 12.2 9.4 0.076Icém 4.3 3.1 0.003 2.4 0.09 0.002 2.8 1.0 0.004 2.8 8.1 0.065Jaborandí 3.7 2.2 0.002 2.0 0.8 0.001 1.3 5.4 0.022 2.2 3.3 0.027Terra Roxa 2.0 3.7 0.003 2.9 0.4 0.001 0.6 sigilo sigilo 2.8 2.6 0.021Viradouro 6.4 4.2 0.004 4.8 1.4 0.002 3.9 2.8 0.012 5.2 2.4 0.019Colômbia 9.2 7.7 0.006 1.6 1.7 0.003 0.7 sigilo sigilo 2.9 1.9 0.016Guarací 12.1 7.7 0.006 1.9 1.0 0.002 2.0 1.6 0.007 3.8 1.9 0.015Altair 4.6 4.4 0.004 0.7 0.9 0.001 0.0 sigilo sigilo 1.3 1.2 0.009Guaíra 13.6 8.3 0.004 4.9 9.1 0.029 1.4 15.5 0.091 4.9 12.2 0.150

(16,4%), e de certa forma também Colina (13,1%), compunha o grupo dosquatro maiores pólos de concentração da riqueza regional e com maiorparticipação relativa no valor adicionado do Estado. Este pequeno grupo demunicípios, mais Orlândia (9,4%) e Icém (8,l%), concentrava 87,5% do valoradicionado intra-regional e participava no total do Estado 0,700%, de um totalregional de 0,807%.

Esta distribuição intra-regional relativamente concentrada do valor adicionadoapresenta uma característica da UGRHI Baixo Pardo/Grande que a diferenciade sua vizinha Sapucaí/Grande, que se caracteriza pela grande liderançaisolada de Franca como cidade-pólo. Ao contrário, a UGRHI BaixoPardo/Grande apresenta uma hierarquia econômico-espacial menosconcentrada, que determina a ausência do papel desempenhado pela cidade-pólo regional. Nesse sentido, ocorre uma disputa cerrada pela posição dequem deve ser o pólo dos municípios da região, como é comum nasdiscussões entre Bebedouro e Barretos.

Em parte, a distribuição espacial da riqueza entre os municípios citadoscorresponde também a uma distribuição intra-setorial, que é mais ou menosconcentrada entre os principais municípios componentes da região conformeos setores da atividade econômica. Enquanto Bebedouro, Morro Agudo eColina dividem em partes quase iguais a concentração de 67,9% do valoradicionado da indústria regional, Bebedouro e Barretos respondem por 66,1%no comércio e Morro Agudo e Barretos por 44% na agricultura.

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Depois da crise dos anos 80, quando quase todos os municípios da UGRHIBaixo Pardo/Grande (exceto Icém) perderam posição relativa no valoradicionado total do Estado, os anos 90 vão apresentar como destaque apresença econômica na região dos municípios de Barretos, Morro Agudo eColina, também garantida pela queda constante da posição de Bebedouro nocenário econômico da região e do Estado.

Segundo levantamento realizado a partir de janeiro de 1995 pela FundaçãoSeade, o município de Bebedouro tem sido o único contemplado pelosinteresses empresariais, que apresentam investimentos com valores queatingem US$ 109 milhões, correspondendo a 0,207 do total em investimentosno Estado. Estes investimentos vêm fortalecer o crescimento econômico localna direção do serviço e comércio, com a implantação de parques de diversão einstalações para a prática de rodeio, com investimentos que ultrapassam US$100 milhões.Frente a este novo cenário de recuperação econômica, é possível uma apostaregional na direção de uma maior integração entre industria e serviços,conjugada à agroindústria regional. Com isto podem surgir novaspossibilidades de a região e/ou as cidades atraírem novos investimentos.

Agropecuária Regional

De acordo com dados do Censo Agropecuário 1995/1996 do IBGE, a UGRHIBaixo Pardo/Grande apresentou valor da produção agropecuária de R$473.543mil, que correspondeu a uma participação de 5,63% do total do Estado de SãoPaulo. Deste total, R$33.275 mil referiram-se ao valor da produção animal, oque representou 1,38% do total do Estado, enquanto R$440.268 milcorresponderam ao segmento da produção vegetal (7,33% do total estadual).No que se refere ao valor da produção animal, o município que mais contribuiupar o resultado da região foi Bebedouro, com participação de 13,17% no totalregional, enquanto para o valor da produção vegetal o destaque foi MorroAgudo, que respondeu por 21,69% do valor obtido.

A descrição apresentada a seguir teve como fonte o Levantamento Censitáriode Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo - Lupa,1995/1996, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Ocupação do Solo

A região analisada apresentou 5.005 unidades de produção agropecuária(UPAs) correspondentes a 1,81% do total do Estado de São Paulo, distribuídasnuma área total de 666.833,20 hectares (há), isto é, 3,34% da área agrícolatotal do Estado. A área média das UPAs é de 133,2 hectares, valor este muitosuperior á média estadual de 72,2 hectares.

Com relação ao uso do solo destaca-se a participação das culturassemiperenes que ocupavam 32,7% da área total da região, seguida pelasáreas com pastagem e com culturas perenes, que responderam por 27,3% e18,5%, respectivamente. As culturas anuais totalizaram 10,3% enquanto avegetação natural apresentou participação de 4,9%. O levantamento mostrou

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também a existência de 18.907,30 há (2,8%) com terras inaproveitadas, ouseja, aptas para a produção, 11.744,50 ha (1,7%) de áreas inaproveitáveis e10.259,60 ha (1,5%) de terras complementares. O resflorestamentorepresentou apenas 0,3% do total da área da região.

Principais culturas de pastagens

Em termos de áreas com culturas, o principal cultivo foi o da cana-de-açúcarcom um total de 220.086,70 há (7,6% da área total do Estado), concentrado,principalmente, no município de Morro Agudo, que respondeu por 44,6% daárea total cultivada com este produto na região. Em segundo lugar, apareceu alaranja, ocupando uma área de 116.637,00 há, com destaque para Bebedouro(28,47%) e Barretos (22,87%). Em seguida, destacou-se o cultivo da soja com68.550,20 há, concentrados, principalmente, nos municípios de Morro Agudo(39,58%) e Barretos (24,06%). Destaque, ainda, para o milho, cultivado em28.817,20 há concentrados nos municípios de Morro Agudo e Barretos, quejuntos responderam por aproximadamente 53% da área total desta cultura naregião. O município de Barretos concentrou os cultivos de algodão (39,9%) eseringueira (43,3%), que apresentaram uma área total plantada na região de8.284,50 há e 4.012,50 há, respectivamente.

No que se refere às pastagens, ocuparam 181.927,30 há da área total daregião, dos quais 160.208,20 há corresponderam ao cultivo de pastagensartificiais, principalmente braquiária. O cultivo de pastagens artificiais éconcentrado no município de Barretos com uma participação de 36,5% da áreatotal regional. Esses números demonstram que os produtores da região estãofamiliarizados com o manejo adequado da pecuária extensiva, considerando-sea qualidade nutritiva superior das pastagens artificiais em relação às pastagensnaturais.

Exploração animal

Com relação à exploração animal, constatou-se que o rebanho bovino tem umpapel importante na economia regional. Os bovinos, que representam 1,9% dorebanho total do Estado, totalizaram 236.575 cabeças, sendo 93.352 (39,5%)destinadas ao corte., 128.127 (54,5%) de uso misto e 14.296 (6,0%) parapecuária leiteira. É importante destacar a participação do município de Barretosque, com 78.196 cabeças, representa 33,05% do efetivo total da região.

No que se refere ao gado de corte, o município de Guarací destaca-se commaior representatividade (26,54%). Com relação ao rebanho leiteiro,destacaram-se Colina (19,58%) e Icém (16,54%). Convém ressaltar aconcentração do rebanho bovino de uso misto em Barretos, com efetivo de67.258 cabeças, representando 52,17% do total regional. As pastagens daregião em geral apresentaram uma ocupação de 1,30 cabeça por hectare,praticamente o mesmo índice apurado para o total do Estado.

A suinocultura é outra atividade econômica importante na região, com um totalde 15.010 cabeças, o que corresponde a 1,16% do rebanho total do Estado.

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Bebedouro e Viradouro responderam por, aproximadamente, 56% do efetivo daregião.

Estrutura fundiária

Os dados do Lupa mostraram que a estrutura fundiária, na região de Barretos,caracteriza-se pela predominância de pequenas e médias propriedades rurais.Nesse sentido, o estrato que compreende estabelecimentos rurais comtamanho de até 50 hectares concentra 60,2% das UPAs, com área média de19,90 há, embora represente apenas 9,0% da área agrícola regional. Osegmento que contempla as propriedades entre 50,01 e 500 hectaresrepresenta 33,6% do número de estabelecimentos e 38,5% da área agrícolaregional, apresentando área média de 152,54 há.Por outro lado, o estrato com propriedades com mais de 500 hectares éresponsável por uma participação de 6,2% do número total de UPAs e de52,5% da área total, com área média de 1.134,02 há.

Comparando-se a estrutura fundiária da região de Barretos com do Estado deSão Paulo, constata-se que estas não se diferem muito com relação ao númerode propriedades com até 500 hectares, já que o Estado possui cerca de 98%dos imóveis rurais concentrados nesse estrato de áre. Contudo, quando setrata da área total, nota-se que, enquanto o Estado de São Paulo te,aproximadamente, 63% de sua área total ocupada por propriedades com até500 hectares, a região em estudo apresenta 47%, o que evidencia uma maiorconcentração da posse de terra. As áreas médias das UPAs da região para osestratos de áreas considerados estão muito próximas aos valores observadospara o Estado de São Paulo (17,16 há, 140,62 há e 1.296,39 há,respectivamente).

Mão-de-obra

Com relação à utilização de mão-de-obra, os dados do Lupa permitiramconstatar a existência de 16.l48 trabalhadores permanentes (mão-de-obrafamiliar e trabalhador assalariado) na região de Barretos, equivalentes a 2,0%do total de mão-de-obra permanente do Estado. Quanto ao número médio detrabalhadores permanentes por unidade produtiva, foram observados osseguintes resultados: 3.174 UPAs utilizaram 4.887 membros da família notrabalho da propriedade, o que resultou numa média de 1,5 trabalhador porunidade produtiva, índice muito próximo ao obtido para o Estado, que foi de1,4; e 11.261 trabalhadores permanentes assalariados, distribuídos em 2.392estabelecimentos, com uma média regional de 4,7 empregados/UPA,nitidamente superior à média estadual de 2,3.

Como outro indicador relevante sobre o emprego da região, tem-se que 63,4%do total de UPAs utilizavam mão-de-obra familiar, 47,8% empregavamtrabalhador assalariado permanente e 75,7% contrataram mão-de-obra volantecontra a média do Estado de São Paulo de 42,6%. Sobre os trabalhadorestemporários, cabe ressaltar eu, enquanto em Barretos seu uso foi deaproximadamente 35%, nos municípios de Terra Roxa, Morro Agudo,Viradouro, Guarací e Jaborandí mais de 90% das unidades empregaram esta

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categoria de trabalhadores. Esses resultados evidenciam a maior utilização damão de obra “volante” nos municípios, explorada principalmente nas culturasanuais e semiperenes.

Caracterização do produtor

A grande maioria dos produtores rurais da região de Barretos(83,02%) nãoreside na propriedade, índice superior ao observado para o total do Estado(70,17%). Com relação ao nível de escolaridade, nota-se que 10,97% dosproprietários têm o primeiro grau completo, 15,56 concluíram o segundo grau,enquanto os que possuem nível superior representam 26,31% do universototal. Cabe ressaltar o resultado do município de Orlândia que atingiu oexpressivo índice de 44,09%.

A prática do associativismo em cooperativas de produtores foi constatada em64,88% dos produtores, número bem superior à média do Estado de São Paulo(37,27%), enquanto a participação em sindicatos só foi observada em 31,51%dos produtores. Índices significativamente diferentes da média foramencontrados nos municípios de Morro Agudo (58,18%) e Terra Roxa (6,09%).

É bastante alto o contingente de produtores que utilizam assistência técnica,tanto governamental como privada, destacando-se o município de Terra Roxa,onde esse número atingiu 91,69 do total. O financiamento da atividadeagropecuária, através do crédito rural, é utilizado por apenas 24,24% dosprodutores, mas esse número é superior à média estadual que é de 14,76%.

Indústria Regional

Em 1996, a AGRHUI Baixo Pardo/Grande era responsável por 0,383% dopessoal empregado e por 0,417% do valor adicionado da produção na indústriade transformação do Estado. Como pode ser visto no quadro 2.3.3.3, osmunicípios de Bebedouro, Morro Agudo e Colina concentravam igualmente68% do valor adicionado total da unidade. Por outro lado, os municípios deBebedouro, Orlândia e Barretos concentravam 72% do emprego industrial totalda unidade. Embora em Barretos não se apresente uma participaçãosignificativa do valor adicionado da indústria regional, onde ocupa um quintolugar na hierarquia industrial da unidade, o município é o maior concentradorde emprego industrial da UGRHI (25%) concentra quase a metade do total doscontribuintes (42,6%), com Bebedouro, segundo colocado, bem atrás (24,8%).

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Quadro 2.3.3.3 - Valor Adicionado, Contribuintes e Emprego na Indústria1996Em porcentagem

MUNICÍPIOSVA MUN./

VA EST. (%)VALOR

ADICIONADOCONTRI-BUINTES EMPREGO

EMP.MUN./

EMP.ESTADO

Bebedouro 0,0979 23,46 24,81 23,81 0,912 Morro Agudo 0,0929 22,27 5,74 14,37 0,0422 Colina 0,0921 22,08 3,89 11,02 0,0422 Orlândia 0,0490 11,75 11,67 22,40 0,0858 Barretos 0,0405 9,71 42,59 22,54 0,0978 Jaborandí 0,0224 5,36 1,30 0,00 0,0000 Viradouro 0,0118 2,82 3,89 0,72 0,0028 Guaíra 0,0911 15,51 1,39 4,25 0,0619 Guarací 0,0067 1,61 2,04 0,06 0,0002 Icém 0,0040 0,96 2,78 0,16 0,0006 Terra Roxa sigilo sigilo 0,56 0,51 0,0020 Colômbia sigilo sigilo 0,74 1,39 0,0053 Altair sigilo sigilo 0,00 0,00 0,0000

Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo – Dipam

Esses diferenciais das proporções entre valor adicionado, contribuinte eemprego entre os municípios, denotam uma diferenciada estrutura produtiva ede porte variado das plantas industriais. Em Colina, 3,9% dos contribuintes daUGRHI empregam 11% do emprego regional e se apropriam de 22,1% do valoradicionado. Nesta mesma posição encontra-se o município de Morro Agudo(respectivamente 5,7%, 14,4% e 22,3%) Diferentemente é a posição dosmunicípios de Barretos, e Orlândia, que apresentam uma proporção deempregados bastante superior à participação do valor adicionado, isto é,apresentam baixa produtividade industrial. Portanto os cinco municípios que sediferenciam pela alta e baixa produtividade local praticamente sustentam todaprodutividade da UGRHI.Desde a metade dos anos 80, a participação regional da indústria apresentaqueda, passando de 0,715% em 1985 para 0,490% em1990, e umaparticipação ainda menor de 0,399% em 1995. Uma considerável recuperaçãoparece ter se iniciado a partir de 1996, quando a participação da UGHRIaumenta 0,778%. Conforme pode ser visto no quadro 2.3.3.4, a indústria nosmunicípios de Bebedouro, Colina e Orlândia foi fortemente atingida. Em MorroAgudo, a indústria local toma impulso nos anos 90, alcançando em 1996 amaior participação no valor adicionado da produção no Estado (0,163%),ultrapassando Colina (0,161%) e por isso chegando próximo da participaçãode Bebedouro (0,171%).

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Quadro 2.3.3.4 - Participação na Composição do Valor AdicionadoIndustrial do Estado1985 – 1995 Em porcentagem

MUNICÍPIOS 1985 1990 1995 1996Bebedouro 0,241 0,256 0,112 0,171Morro Agudo 0,090 0,042 0,056 0,163Colina 0,222 0,084 0,131 0,161Guaíra 0,075 0,025 0,082 0,160Orlândia 0,103 0,071 0,052 0,086Barretos 0,051 0,028 0,042 0,071Jaborandí 0,000 0,000 0,000 0,039Terra Roxa 0,007 0,003 0,002 0,027Viradouro 0,000 0,001 0,001 0,020Guarací 0,000 0,000 0,000 0,011Colômbia 0,000 0,001 0,000 0,009Icém x 0,004 0,002 0,007Altair x x 0,000 0,007Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo.Nota : Em obediência ao artigo 198 do Código Tributário Nacional, nos municípios onde houver até cinco contribuintes cadastrados no ICMS esta informação estará protegida por sigilo (x).

Características e Dinâmica da Indústria Local e Regional

Como pode ser visto no quadro 2.3.3.5, o principal ramo industrial localizado naUGRHI é o da indústria de alimentos, incluindo bebidas. Na indústria dealimentos duas cidades dividem o total de atividades, com 80% do valoradicionado sendo produzido em Bebedouro e 20% em Barretos. Essesmunicípios se destacaram fundamentalmente na produção de suco de laranja ede produtos alimentícios diversificados, com algum destaque para o abate dereses e preparação de produtos de carne.

A produção de suco de laranja apresenta-se como um plano de produto deelevado grau de interação com a indústria, como ocorre também com a soja, omilho, o pinus, o eucalipto e o algodão. Os estímulos e incentivos oficiaisinstituídos por vários governos propiciou a consolidação da agroindústria demáquinas e implementos agrícolas, de fertilizantes e defensivos e até daindústria de bens de capital, sob encomenda.

A indústria brasileira de suco de laranja consolidou-se, desde fins da década de70 como a principal processadora em nível mundial (sua participação naprodução mundial superou 50%) e, o Brasil, como o principal país exportador(entre 70 e 80% das exportações mundiais).

Estima-se que as quatro principais empresas responsáveis por quase 70% dasexportações e possuem mais de 80% da capacidade industrial do setor,demonstrando o grau de concentração da produção. O Estado de São Paulolidera com 90% da capacidade de esmagamento na produção.

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Quadro 2.3.3.5 - Composição do Valor Adicionado Segundo RamosIndustriais1996 Em porcentagem

RAMOS

Tot.U

GR

HI

Beb

edou

ro

M. A

gudo

Col

ina

Orlâ

ndia

Bar

reto

s

Jabo

rand

í

Vira

dour

o

Gua

rací

Icém

Gua

íra

Total da Indústria 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0Produtos Alimentícios 24.48 83.50 sigilo sigilo sigilo 50.41 sigilo sigilo sigilo sigilo sigiloMetalúrgica 5.77 1.73 sigilo sigilo 45.04 0.78 0 sigilo sigilo sigilo 0.46Prod. Do Reino Vegetal-In Natura 0.66 sigilo sigilo sigilo sigilo 6.81 sigilo sigilo sigilo sigilo 4.35Prod. Do Reino Animal-In Natura Frigo. 0.38 1.61 sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigiloVestuário, Calçados e Tecidos 0.22 0.13 0.05 sigilo 0.12 1.67 001 sigilo sigilo sigilo 0Material Plástico 0.18 0 0 0 sigilo 1.87 0 0 0 0 sigiloProd. Minerais Não Metálic. e Cimento 0.08 0.08 sigilo sigilo sigilo 0.66 sigilo sigilo 0 sigilo sigiloEditorial e Gráfica 0.07 0.14 sigilo sigilo 0.19 0.14 0 sigilo 0 sigilo sigiloImobiliários 0.06 0.04 sigilo sigilo 0.36 0.11 0 sigilo sigilo 0 sigiloProdutos Mecânicos 0.06 sigilo sigilo 0 sigilo 0.57 0 sigilo 0 0 sigiloProdutos Químicos 0.03 sigilo sigilo sigilo 0 0.32 sigilo sigilo 0 0 sigiloDiversos(I e II) 0.02 sigilo sigilo 0 sigilo 0.23 0 0 0 0 0Couros, Peles e Prod. Similares 0.02 0 0 sigilo 0 0.22 0 0 0 0 0Material Elétrico e de Comunicações 0.01 sigilo 0 sigilo sigilo 0.13 0 0 sigilo 0 0Material de Transporte 0.01 0.06 0 0 sigilo sigilo 0 sigilo 0 0 0Indústria Extrativa 0.01 0 sigilo 0 0 0.09 0 sigilo sigilo Sigilo sigiloProdutos Têxteis sigilo sigilo 0 sigilo sigilo sigilo 0 sigilo sigilo 0 sigiloProd .Farmac., Médicos e Perfumarias sigilo sigilo 0 Sigilo sigilo sigilo 0 sigilo sigilo 0 sigiloPapel e Papelão sigilo sigilo 0 sigilo sigilo 0 0 0 0 0 0Produtos de Borracha sigilo sigilo 0 sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo 0 0Bebidas, Líquidos Alcoólicos e Vinagre sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigiloDiversos (II) sigilo 0 0 sigilo sigilo 0 0 0 0 0 0Artigos e Artefatos de Madeira sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo sigilo 0 0 0Fumo e Produtos Derivados sigilo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Pedra e Outros Mat. de Construção sigilo 0 sigilo sigilo sigilo 0 0 0 0 0 0Outras Indústrias sigilo sigilo 0 0 sigilo sigilo 0 0 0 0 sigilo

Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo

Estima-se que as quatro principais empresas responsáveis por quase 70% dasexportações e possuem mais de 80% da capacidade industrial do setor,demonstrando o grau de concentração da produção. O Estado de São Paulolidera com 90% da capacidade de esmagamento na produção.

Dentre os fatores de competitividade da indústria brasileira de suco de laranja,o mais importante é o custo de produção, fundamentalmente os custosagrícolas, que representam aproximadamente 60% do custo de produção deuma tonelada de suco. No plano internacional, as principais tendênciasapontadas para a década de 90 no mercado mundial de suco laranja são aredução das necessidades de importação por parte dos EUA, a queda nospreços internacionais e o surgimento do México como novo país produtor. Noentanto, a indústria teria novas fronteiras de expansão no mercado japonês,uma vez que este país diminuiu as restrições à importação de cítricos(Rapkiewicz & Lifschitz, 1995:79, vol. 2)

Em termos de localização de novos investimentos industriais na UGHRI,levantamento realizado pela Fundação Seade constata apenas uma iniciativa.Trata-se de uma nova planta da empresa têxtil Planig, com investimento deUS$ 8 milhões, que representa 0,015% do total dos investimentos no Estado.

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Comércio Regional

O dinamismo do setor industrial e a acelerada urbanização da UGRHI BaixoPardo/Grande impulsionaram a expansão e diversificação do comércio regionale local. Paralelamente, os estímulos provenientes do comércio internacionaltambém se refletem na atividade comercial da Unidade, como atestam osmovimentos de expansão e retração da agroindústria no setor produtor de sucoe de alimentos.

Em 1996, a Unidade era responsável por 0,093% do pessoal empregado(7.114 empregados) e por 0,159% do valor adicionado (R$ 257,59 milhões) dastransações do comércio de todo o Estado. Como pode ser visto no quadro2.3.3.6, os municípios de Barretos e Bebedouro concentravam na Unidadecerca de 72% dos empregados, 65% do valor adicionado e 69% do número decontribuintes. As duas cidades competem e se complementam no comercio daregião especializando-se em determinadas atividades, embora Barretos possuamaior tradição e a maior proporção de pessoal empregado no setor: 42,8% detoda a Unidade.

Além desses municípios, o comércio também se expande nas cidades maisindustrializadas, com destaque para Morro Agudo e Orlândia, que apresentamrealidades comerciais bastante distintas. Embora em Morro Agudo seconcentre apenas 2,7% dos empregados no setor, o valor adicionado geradorepresenta 15,7% do total gerado na unidade. Por outro lado, Orlândia gera9,1% do valor adicionado e emprega 16,6% da unidade.

Existe na UGRHI Baixo Pardo/Grande uma grande concentração dosestabelecimentos nos principais municípios , que revelam uma variedade deestabelecimentos do comércio varejista, além de uma presença marcante docomércio atacadista.

Quadro 2.3.3.6 - Valor Adicionado, Contribuintes e Emprego no Comércio1996 Em porcentagem

MUNICÍPIOS VA MUN./VAEST. (%)

VALORADICIONADO

CONTRIBU-INTES EMPREGO EMP.MUN.

EMP.ESTADOBebedouro 0.0544 34.32 23.06 32.29 0.0300Barretos 0.0505 31.85 35.54 39.26 0.0365M. Agudo 0.0249 15.71 6.84 2.71 0.0025Orlândia 0.0145 9.15 14.29 16.57 0.0154Colina 0.0030 1.91 3.89 3.49 0.0032Guaíra 0.0029 9.14 4.89 5.53 0.0644Colômbia 0.0027 1.69 1.64 0.21 0.0002Viradouro 0.0022 1.40 4.82 2.67 0.0025Guarací 0.0016 0.98 1.87 0.56 0.0005Icém 0.0015 0.95 2.44 0.69 0.0006Altair 0.0014 0.89 0.69 0.13 0.0001Jaborandí 0.0012 0.77 1.96 0.51 0.0005Terra Roxa 0.0006 0.39 2.95 0.91 0.0008Fonte: Secretaria dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo. Dipam.

No comércio varejista, conforme mostra o quadro 2.3.3.7, a maior concentraçãode estabelecimento registra-se no município de Barretos (42,8%), sendoseguido pelos municípios de Bebedouro (27,7%) e Orlândia (16,0%). Juntos

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representam 81% dos estabelecimentos varejistas de toda a Unidade. Nessascidades há uma relativa diversificação do comércio varejista de produtosindustrializados de todos tipos, destacando-se não apenas o comércio demercadorias em geral, mas de veículos e autopeças - incluindo manutenção ereparação de veículos - de produtos do setor farmacêutico e de artigosmédicos, de móveis e artigos de iluminação, de equipamentos e materiais paraescritório, de livros, jornais e revistas, entre outros.

Também o surgimento dos supermercados e das lojas de departamentosligadas às grandes redes do comércio regional e nacional, como em Barretos eBebedouro, vem criando novos hábitos de consumo e tendo impactoconsiderável na estrutura diversificada do varejo local e regional.

Nesta relativa divesificação de atividades comerciais do setor varejista, apesarda concentração espacial identificada, também se constata uma relativadistribuição espacial dos estabelecimentos de algumas atividades tradicionaispor setor na maioria dos principais municípios da Unidade. Ela é significativa nocomércio varejista de produtos farmacêuticos, de material de construção e demercadorias em geral.

Quadro 2.3.3.7 - Distribuição dos Estabelecimentos do ComércioVarejista, segundo Ramos de Atividade1996 Em porcentagem

ATIVIDADES

Tota

l 100

%

Bar

reto

s

Beb

edou

ro

Orlâ

ndia

Vira

dour

o

M. A

gudo

Col

ina

Terr

a R

oxa

Gua

rací

Icém

Jabo

rand

í

Col

ômbi

a

Alta

ir

Gua

íra

Total do Comércio Varejista 1.386 42.8 23.7 16.0 4.3 4.2 3.0 1.8 1.4 1.1 0.8 0.6 0.4 5.5

Total do Comércio 1.610 41.1 26.0 16.0 4.4 4.0 3.1 1.6 1.2 1.0 0.7 0.6 0.4 1.8

Var. de Outros Produtos não Especificados 225 47.1 28.9 11.6 3.6 1.8 2.2 2.2 0.9 0.9 0.4 0.4 0.0 7.7

Var. de Artigos do Vestuário eComplementos 195 41.0 28.2 19.0 3.1 5.1 2.1 0.5 1.0 0.0 0.0 0.0 0.0 3.3

Var. de Prod. Farmacêuticos, Artig.Médicos e Ortopédicos 132 39.4 22.7 12.9 4.5 5.3 3.8 2.3 2.3 3.0 1.5 0.8 1.5 5.0

Var. de Material de Constru/cão,Ferramentas e Ferragens 113 37.2 23.0 15.0 7.1 5.3 4.4 3.5 1.8 1.8 0.9 0.0 0.0 4.4

Var. de Mercadorias em Geral, comPredominância de Produto 83 36.1 28.9 12.0 3.6 4.8 2.4 2.4 1.2 1.2 0.0 3.6 3.6 3.9

Var. e Atac. De Peças e Acessórios paraVeículos Autom. 71 40.8 18.3 19.7 4.2 11.3 1.4 0.0 1.4 2.8 0.0 0.0 0.0 11.2

Varejista de Combustíveis 62 35.5 24.2 14.5 6.5 4.8 0.0 0.0 3.2 4.8 4.8 0.0 1.6 4.1

Var. de Produtos de Padaria, de Laticínios,Frios e Conservas 57 36.8 15.8 22.8 3.5 5.3 5.3 3.5 1.8 0.0 3.5 1.8 0.0 5.3

Var. de Móveis, Artigos de Iluminação eOutros Artigos 53 47.2 30.2 7.5 5.7 3.8 1.9 3.8 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 10.0

Var. de Calçados, Artigos de Couro eViagem 47 53.2 21.3 19.1 2.1 2.1 0.0 0.0 0.0 2.1 0.0 0.0 0.0 3.9

Var. de Mercadorias em Geral, comPredominância de Produto 43 18.6 14.0 18.6 16.3 11.6 7.0 4.7 7.0 0.0 2.3 0.0 0.0 9.3

Var. de Tecidos e artigos de Armarinho 41 41.5 12.2 19.5 4.9 0.0 14.6 2.4 4.9 0.0 0.0 0.0 0.0 7.0

Var. de Carnes – Açougues 39 33.3 25.6 23.1 5.1 2.6 5.1 5.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 3.0

Var. de Atac. de Veículos Automotores 37 43.2 24.3 27.0 0.0 0.0 5.4 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 9.5

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Quadro 2.3.3.7 - Distribuição dos Estabelecimentos do ComércioVarejista, segundo Ramos de Atividade (continuação)1996 Em porcentagem

ATIVIDADES

Tota

l 100

%

Bar

reto

s

Beb

edou

ro

Orlâ

ndia

Vira

dour

o

M. A

gudo

Col

ina

Terr

a R

oxa

Gua

rací

Icém

Jabo

rand

í

Col

ômbi

a

Alta

ir

Gua

íra

Var. de Equipamentos e Materiais paraEscritório 33 42.4 30.3 24.2 0.0 0.0 3.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 3.2

Var. de Máquinas e Aparelhos de UsoDoméstico e Pessoal 29 62.1 6.9 31.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 5.2

Var. de Livros, Jornais, Revistas ePapelaria 28 42.9 28.6 17.9 0.0 7.1 0.0 0.0 0.0 0.0 3.6 0.0 0.0 1.7

Var. não Especializado, semPredominância de Prod. Aliment. 23 56.5 21.7 4.3 4.3 0.0 4.3 4.3 0.0 0.0 0.0 4.3 0.0 6.1

Var. de Outros Produtos Alimentícios nãoEspecializados 22 81.8 4.5 4.5 4.5 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 4.5 0.0 7.6

Varejista de Bebidas 15 40.0 13.3 26.7 6.7 13.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 3.7

Varejista de Gás Liqüefeito de Petróleo 12 58.3 25.0 8.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 8.3 0.0 0.0

Var. de Doces, Balas, Bombons eConfeitos 9 88.9 11.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Var. de Artigos Usados em Lojas 9 88.9 0.0 0.0 11.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 00. 0.0 4.5

Var. de Atac. de Motocicletas, Partes,Peças e Acessórios 5 40.0 20.0 40.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Var. de Mercadorias em Geral, ComPredominância de Poduto 3 33.3 66.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Fonte: Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Ministério do Trabalho.

No comércio atacadista, como pode ser visto no quadro 2.3.3.8, há umaconcentração ainda maior dos estabelecimentos nas principais cidades e,portanto, uma grande simbiose entre este setor do comércio e a indústria locale regional. Nesse caso, se destacam os atacadistas em mercadorias nãoespecificadas em Morro Agudo, no ramo de bebidas nas cidades de Viradouroe Morro Agudo, de produtos químicos em Viradouro e de produtosfarmacêuticos em Viradouro e Colina.

Esta distribuição relativamente concentrada das atividades comerciais,sobretudo varejistas, entre os principais municípios, constrói na UGRHI umadivisão intra-regional do ramo das cidades, revelando-se uma rede delocalidades com funções comerciais distintas, mas de cooperação inter-setorial,entre indústria e comércio, e sócio-espacial entre os lugares.

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Quadro - 2.3.3.8 - Distribuição dos Estabelecimentos do ComércioIntermediário e Atacadista/Segundo Ramo de Atividade1996 Em porcentagem

RAMOS DE ATIVIDADES Tota

l10

0%B

arre

tos

Beb

edou

ro

Orlâ

ndia

Vira

dour

o

M. A

gudo

Col

ina

Icém

Gua

íra

Intermediários do Comércio 17 70.6 23.5 0.0 0.0 5.9 0.0 0.0 0.0Intermed. do Comércio de Mercadorias em Geral 6 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Intermed. do Comércio Especializado em Produtos 4 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Intermed. do Comércio de Prod. Aliment. Bebidas e Fumos 4 0.0 75.0 0.0 0.0 25.0 0.0 0.0 0.0Intermed. do Comércio de Mat. Primas Agríc., Animais Vivos 3 66.7 33.3 0.0 0.0 00.0 0.0 0.0 0.0Comércio Atacadista 101 35.6 38.6 9.9 8.9 2.0 4.0 1.0 10.0Atac. Especializado em Mercadorias não-Especificadas 14 35.7 42.9 14.3 0.0 7.1 0.0 0.0 2.0Atac. de Hortifrutigrangeiros 14 7.1 57.1 0.0 35.7 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Bebidas 12 41.7 33.3 8.3 8.3 0.0 0.0 8.3 2.0Atac. de Produtos Agrícolas “In Natura” 8 37.5 37.5 0.0 12.5 12.5 0.0 0.0 2.0Atac. de Outros Produtos Alimentícios não-Especificados 6 50.0 50.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Leite e Produtos do Leite 6 66.7 16.7 16.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Combustíveis 5 40.0 40.0 0.0 0.0 0.0 20.0 0.0 1.0Atac. de Resíduos e Sucatas 4 0.0 50.0 50.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Produtos Químicos 4 25.0 50.00 0.0 25.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Prod. Farmac., Médicos, Ortopéd. e Odontológicos 4 50.0 0.0 0.0 25.0 0.0 25.0 0.0 0.0Atac. de Mercadorias em Geral (não-Especializado) 3 33.3 0.0 0.0 0.0 0.0 66.7 0.0 0.0Atac. de Máquinas, Aparelhos e Equip. para Uso Agropec. 3 33.3 66.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 1.0Atac. de Calçados 3 33.3 66.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Madeiras, Material de Construção e Ferragens 2 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Fios Têxteis, Tecidos, Artefatos de Tecidos 2 0.0 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Carnes e Produtos da Carne 2 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Artigos do Vestuário e Complementos 2 0.0 50.0 50.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Produtos do Fumo 1 0.0 0.0 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Pescados 1 0.0 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Produtos Intermediários não-Agropecuários 1 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico 1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Cosméticos e Produtos de Perfumaria 1 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Atac. de Cereais Beneficiados, Farinha, Amidos e Féculas 1 0.0 0.0 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 1.0Atac. de Animais Vivos 1 100.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Total do Comércio 1.610 41.1 26.0 16.0 4.4 4.0 3.1 1.0 1.0

Fonte: Rais – Relação anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho

Serviços

Em 1996, como pode ser visto no quadro2.3.3.9, a UGRHI Baixo Pardo/Grandeera responsável por 0,638% do total dos estabelecimentos do setor deserviços, participação superior a de 0,409% dos empregados da Unidade emtodo o Estado. Isto representava um total de 1.304 estabelecimentos em todaUGRHI, que absorvia cerca de 15.400 empregados.

Interno à Unidade, pouco mais de um quinto dos estabelecimentos faziam partedos serviços sociais e de saúde (21%), que empregavam cerca de 14 % daspessoas no total do setor, o segundo maior empregador da Unidade. Logoapós aparece um conjunto heterogêneo de estabelecimentos de outrosserviços coletivos (18,3%) seguido dos serviços auxiliares prestados àsempresas (16,9%) e dos serviços de transportes e comunicações (14,6%). Doponto de vista do emprego, os serviços da administração pública, emborativessem a menor proporção de estabelecimentos (2,8%), se destacavamempregando cerca de 42,1% das pessoas de todo o setor, indiscutivelmente omaior empregador do mercado de trabalho formal da Unidade. Os serviços desaúde, apareciam em segundo lugar como maior empregador, com 14,2%

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seguido dos serviços de educação e pesquisa, dos serviços de transporte ecomunicações, entre outros.

Quadro 2.3.3.9 - Distribuição dos Estabelecimentos e Emprego NosServiços, Segundo Tipos de Atividade1996

ESTABELECIMENTOS EMPREGOS

ATIVIDADESAbs. %UGRHI %Estado Abs. %UGRHI %Estad

oServiços Sociais e de Saúde 274 21.0 0.134 2.184 14.2 0.058

Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 239 18.3 0.117 1.301 8.4 0.035Serviços Auxiliares Prestados a Empresas 220 16.9 0.108 1.183 7.7 0.031

Serviços de Transporte e Comunicação 190 14.6 0.093 1.239 8.0 0.033Serviços pessoais de Alojamento e Aliment. 145 11.1 0.071 505 3.3 0.013Serviços Auxi. de Intermediação Financeira 73 5.6 0.036 913 5.9 0.024Serviços de Educação, Ensino e Pesquisa 70 5.4 0.034 1.373 8.9 0.037

Serviços Auxiliares Imobiliários e de Aluguéis 50 3.8 0.024 207 1.3 0.006Serviços da Administração Pública 36 2.8 0.018 6.482 42.1 0.172Serviços Auxiliares de Informática 7 0.5 0.003 13 0.1 0.000

TOTAL 1.304 100.0 0.638 15.400 100.0 0.409TOTAL ESTADO 204.446 - 100.0 3.761.495 - 100.00

Fonte:Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Ministério do Trabalho.

Frente a este quadro dos serviços na UGRHI, pode-se afirmar que seudesempenho decorre, além do processo de urbanização, da interação técnica eeconômica entre a agricultura e a indústria locais, como a agroindustrializaçãoe a mecanização dessa agricultura, e do impacto que criam sobre a oferta deserviços comerciais, distributivos, financeiros e técnicos por ela demandados.Nesse sentido, a relativa diversificação do setor de serviços na região não serestringe apenas à criação dessas novas atividades, mas da separação destasde um conjunto anterior de trabalhos simples, permitindo prever a criação emaior complexidade de novas relações de produção e de classes sociais naregião.

No caso dos serviços auxiliares prestados às empresas, a maior parte deleseram de apoio a produção e serviços tecnoprofissionais, como as atividades deserviços de contabilidade e auditoria, de outras atividades de prestação deserviços às empresas e as atividades jurídicas. Juntas constituíam 13,8% dosestabelecimentos, mas empregavam apenas 3% dos empregados do setor naunidade. Também se destacou neste item o emprego nas sedes de empresas eunidades administrativas locais, com 3,1% para 0,5% dos estabelecimentos.

Nos estabelecimentos auxiliares de intermediação financeira, destacam-se osbancos múltiplos (com carteira comercial), com 2,8 dos estabelecimentos e 4%dos empregados, seguidos das Caixas Econômicas, com 0,9% dosestabelecimentos e 1,4% do emprego. Nesse caso, embora haja bancos empraticamente todos os municípios da Unidade, o núcleo financeiro regionalmais amplo se localiza no município de Ribeirão Preto, que constitui-se naterceira praça do país, inclusive com presença marcante de agências debancos estrangeiros.

No caso dos serviços de transportes e comunicações, dominam na Unidade otransporte rodoviário de cargas, com 9,4% dos estabelecimentos e 2,9% dos

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empregados, e o transporte de passageiros regular não urbano, com 0,9% dosestabelecimentos e 2,3% do emprego. Trata-se de atividades cujo dinamismoderivou diretamente do alargamento da base produtiva regional e do avanço desua urbanização, em que as transformações modernizantes de infra-estruturaainda continuam de forma intensa.

Quanto aos serviços pessoais de alojamento e alimentação, presente emquase todos os municípios, destacam-se as lanchonetes e restaurantes comserviço completo, com 7,8% dos estabelecimentos mas apenas 1,7% dosempregados. Este é um setor de composição bastante heterogêneo, queatende às necessidades do consumo individual e coletivo dos indivíduos e dasfamílias, incluindo atividades organizadas empresarialmente e que passam porsignificativa ampliação e diversificação. Neste sentido também se destacam osserviços nas atividades associativas e de lazer, com 7,6% dosestabelecimentos e 4,7% do emprego. Em geral, em todos estes serviçosgraças a uma grande informalidade das atividades e do emprego, cujoscontornos mais precisos no caso da UGRHI Baixio Pardo/Grande infelizmentenão podem ser esboçados em função da ausência de dados, mas peladinâmica nacional e estadual, ao que tudo indica, tiveram seu peso no conjuntodo emprego significativamente aumentado nos anos 90, fruto da recessãoeconômica, da reestruturação produtiva e do desemprego na indústria local, emesmo nos serviços em geral.

Finalmente, nos serviços sociais em educação, destacam-se osestabelecimentos nos serviços de educação média de formação técnica eprofissional, de educação superior e de educação média geral, com 1,4% dosestabelecimentos e 6,4% do emprego. Nos serviços de saúde destaca-se osestabelecimentos nas atividades de profissionais da área com 16,3, para umabaixa participação do emprego formal, em torno de 2,4%. Do ponto de vista doemprego, o maior destaque fica para as atividades de atendimento hospitalar,com 1,4 dos estabelecimentos mas empregando 10% do total dos empregadosnos serviços. Incluem-se nesses serviços, de um lado, setores como o ensino esaúde privados, notoriamente estimulados pela pela postura privatista com quea área social vem sendo encarada há anos, e, de outro, o setor público(estadual e municipal) que se viu obrigado a ampliar a cobertura de seusserviços por causa da ampliação das solicitações e das pressões políticaslocais. Merece registro o fato de que a dimensão do atendimento de algunsserviços sociais, como o Hospital do Câncer Fundação Pio XII, em Barretos,atinge não só toda a região, mas também o Estado.

Com relação a distribuição dos estabelecimentos do setor de serviços, comopode ser visto no quadro 2.3.3.10 os municípios de Barretos e Bebedourojuntos concentravam 67% dos estabelecimentos da Unidade. Orlândia apareciabem atrás com 14,6% dos estabelecimentos e os demais municípios daUnidade dividiam os estabelecimentos restantes, sobretudo entre os serviçosbásicos como transporte e comunicações e da administração pública, presenteem todos eles.

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Quadro 2.3.3.10- Distribuição dos Estabelecimentos nos Serviços porTipos de Atividade1996 Em porcentagem

ATIVIDADES

Tota

l

Bar

reto

s

Beb

edou

ro

Orlâ

ndia

M. A

gudo

Vira

dour

o

Col

ina

Icém

Terr

a R

oxa

Gua

rací

Col

ômbi

a

Jabo

rand

í

Alta

ir

Gua

íra

Total Geral 100.00 38.4 25.6 11.0 6.6 4.7 4.7 2.0 2.1 3.0 2.6 1.5 1.4 -Total dos Serviços 100.00 37.0 29.9 14.6 4.3 4.2 3.5 2.1 1.5 1.1 0.8 0.6 0.4 -Serviços Sociais e de Saúde 100.00 40.1 29.9 18.2 2.9 1.8 4.0 1.8 1.1 0.0 0.0 0.0 0.0 6.0Outros Serv. Colet., Sociais e Pess. 100.00 40.2 30.1 7.1 7.9 2.9 4.6 2.5 0.4 2.5 0.4 1.3 0.0 9.0Serv. Aux. Prestado a Empresas 100.00 37.7 34.1 15.0 1.8 5.5 3.2 0.5 1.8 0.0 0.0 0.0 0.5 4.0Serv. De Transporte e Comunicaç. 100.00 30.0 22.1 17.4 6.3 11.1 2.6 2.6 3.7 1.1 1.6 1.1 0.5 1.0Serv. Pessoais de Aloj. e Aliment. 100.00 42.8 31.7 16.6 0.0 0.7 2.1 2.8 0.7 1.4 1.4 0.0 0.0 2.0Serv. Aux. De Interm. Financeira 100.00 23.3 27.4 15.1 9.6 5.5 5.5 4.1 2.7 2.7 1.4 1.4 1.4 4.0Serv. de Educ. Ensino e Pesquisa 100.00 38.6 31.4 17.1 4.3 2.9 2.9 2.9 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 3.0Serv. Aux. Imobiliários e Aluguéis 100.00 42.0 38.0 14.0 2.0 2.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 2.0 2.0Serviços da Administração Pública 100.00 22.2 22.2 5.6 5.6 5.6 5.6 5.6 5.6 5.6 8.3 5.6 2.8 3.0Serviços Auxiliares de Informática 100.00 28.6 57.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0Fonte: Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Ministério do Trabalho.

O município de Barretos destacava-se concentrando cerca de37% da médiados estabelecimentos do setor em toda a Unidade e, acima desta média, omunicípio ainda concentrava grande parte dos serviços sociais e de saúde(40%), dos serviços pessoais de alojamento e alimentação(42,8%), dosserviços de educação e ensino (38,6%) e dos serviços auxiliares e dealugueres (42%).

Quanto ao município de Bebedouro, este aparecia concentrando 29,9% do totaldos estabelecimentos e, acima desta média, logo atrás de Barretos,concentrava 38% dos estabelecimentos nos serviços auxiliares imobiliários ede alugueres, e 34,1% nos serviços auxiliares prestados às empresas.Bebedouro também se destacava concentrando maior parte dosestabelecimentos dos serviços auxiliares de intermediação financeira (27,4%) ese igualava com Barretos na distribuição dos estabelecimentos daadministração pública (22%), atividades estas que apresentavam a maiordispersão local entre os municípios da Unidade.

Como se pode depreender da estrutura dos serviços da UGRHI, sobretudo deBarretos e Bebedouro, as dimensões da base produtiva conferem a estes umarelativa diversificação dos serviços, oferecendo aos demais municípios quecompõem a rede urbana regional condições potenciais no atendimento às suaspopulações.

Estrutura Ocupacional

Na distribuição interna à UGRHI Baixo Pardo/Grande, de acordo com asinformações da RAIS em 1998, apresentadas no quadro 2.3.3.11, o setoragropecuário é o principal empregador no mercado formal de trabalho daregião, sendo responsável por 25,1% dos postos de trabalho, proporção bemsuperior à média estadual que é inversamente baixa (40%). Junto com setoresde serviços (20,2%) e da indústria (18,4%), que apresentam média regional

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abaixo da estadual, empregam 63,8% do total dos empregados de toda aUnidade. Depois desses setores, o comércio regional (16,3%) e aadministração pública (14,9%) são, respectivamente, quarto e quinto colocadosentre aqueles que mais empregam formalmente os trabalhadores na Unidade.

Quadro 2.3.3.11 - Distribuição de Empregos por Setores de AtividadeEconômica1996 Em porcentagem

MUN

ICÍP

IOS

Agro

pecu

ária

Serv

iços

Ind.

Tra

nsf.

Com

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o

Adm

Púb

lica

Con

s. C

ivil

Ser.

Ind.

Up.

Extr

. Min

eral

Out

ras

Igno

r.

TOTA

L

TOTAL (UGRHI) 25.8 20.25 18.43 16.32 14.87 3.73 0.72 0.50 0.11 100.00ESTADO 4.03 32.89 25.97 14.87 16.22 4.56 1.24 0.2 0.17 100.00Altair 86.04 1.44 0.00 1.08 11.19 0.00 0.24 0.00 0.00 100.00Barretos 17.98 28.42 14.33 19.50 12.79 6.21 0.64 0.01 0.13 100.00Bebedouro 21.08 24.18 17.05 20.46 14.48 2.27 0.26 0.20 0.01 100.00Colina 29.26 9.75 32.73 9.16 15.74 1.66 1.26 0.00 0.44 100.00Colômbia 67.99 1.30 10.36 1.39 17.21 0.00 0.56 1.02 0.19 100.00Guaíra 22.24 15.03 29.72 16.61 15.88 0.27 0.25 0.00 0.00 100.00Guarací 62.77 4.43 0.57 4.54 26.11 0.23 0.68 0.68 0.00 100.00Icém 21.31 12.41 1.90 7.15 24.96 9.05 1.75 20.88 0.58 100.00Jaborandí 51.64 4.73 0.00 6.55 34.73 0.00 1.82 0.36 0.18 100.00M. Agudo 37.62 6.77 32.05 5.36 16.56 0.03 1.33 0.00 0.28 100.00Orlândia 16.15 18.05 29.98 19.63 9.81 5.33 1.05 0.00 0.00 100.00Terra Roxa 34.74 11.23 7.19 11.40 31.23 1.05 1.23 1.93 0.00 100.00Viradouro 21.22 18.57 5.13 16.80 32.10 3.98 0.44 1.77 0.00 100.00Fonte: Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Ministério do Trabalho

Entre os municípios da Unidade, a participação dos empregados do setor emBarretos (17,9%) e Bebedouro (21,1%), esses municípios, juntos com Orlândia(16,1%) concentram mais da metade dos empregados da agricultura naUnidade. Nesse sentido, a estrutura do mercado de trabalho formal da UGRHIBaixo Pardo/Grande apresenta uma característica peculiar, que distingue, porexemplo, da UGRHI vizinha de Sapucaí/Grande, onde está localizado omunicípio de Franca, no qual predomina o emprego na indústria.

No setor de serviços, segundo maior empregador, a participação dosempregados supera a média da Unidade apenas nos municípios de Barretos(28,4%) e Bebedouro (24,2%). Como será analisado no item seguinte, aestrutura de participação do emprego nos serviços da região na década de 90vem sendo profundamente alterada, com redução em massa dos empregadosno mercado formal de trabalho desse setor na Unidade.

Na indústria regional, terceiro maior empregador, que apresenta umadistribuição do emprego regional menor que a média estadual (25,9%),destaca-se a participação dos empregados do setor nos municípios de MorroAgudo (32,1%), Colina (32,7%) e Orlândia (29,9%), contra uma baixaparticipação em Barretos (14,3%) e Bebedouro (17,1%).

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Nas atividades do comércio, quarto empregador na média regional, apresenta-se uma segunda peculiaridade da UGRHI, que é a média da participação daproporção do emprego comercial regional (16,3%) acima da média estadual(14,7%). Na Unidade, três municípios apresentam participação acima destamédia no setor; Bebedouro (20,5%) , Barretos (19,5%) e Orlândia (19,6%)

A administração pública, que ocupa o quinto lugar na hierarquia dos maioresempregadores da Unidade (14,7%), apresenta uma participação que, na médiaregional, embora menor, se aproxima da média total do Estado (16,2%). Noentanto, algumas administrações pública de alguns municípios ultrapassam naparticipação local a média estadual, atingindo quase um terço dos empregadosneste setor, como é o caso dos pequenos municípios de Viradouro (32,1%),Terra Roxa (31,2%) e Jaborandí (34,7%).

Dinâmica do Emprego Regional

Embora a Unidade tenha aumentado, na média, a participação no total do valoradicionado ao Estado, como observado anteriormente, no período entre 1990 e1996, os dados da RAIS mostram que o mercado de trabalho formal daUnidade Baixo Pardo /Grande foi duramente atingido. Na média regional houveuma redução significativa de -25% do emprego formal, o que representa 14.469postos de trabalho formais que deixaram de existir na Unidade na primeirametade desta década. Com isto, a participação relativa dos empregados daUnidade no Estado de São Paulo caiu de 0,761% para 0,569%.

Pode-se concluir, a partir da quadro 2.3.3.12, que a redução de 14.469 postosde trabalho na Unidade ocorreu em circuito integrado que atingiu,fundamentalmente, o mercado de trabalho urbano (-21.003), o setor deserviços (-13.744) e a indústria de transformação (-6.589), além dos municípiosde Bebedouro(-15.049) e Barretos (-2.364). Portanto, a queda quase em cadeia do empregonos serviços e na industria está também ligada a cooperação obtida naUnidade entre os dois setores, evidenciando uma crise no complexoagroindustrial nos anos 90.

Entre os setores mais atingidos, além do setor de serviços, que foi o principalresponsável pelas demissões, também houve redução dos postos de trabalhona indústria (-6.589 postos) e no comércio (-670 postos). Quanto aagropecuária, que isoladamente apresentou maior absorção do emprego formalna Unidade, incorporando 7.637 postos de trabalho a mais no período, aindaassim não superou a baixa do emprego formal que ficou em torno de 21 mildemitidos nas cidades. Esta população expulsa do mercado formal de trabalho,aliada ao crescimento migratório das populações locais, certamente teve queincorporar-se ao mercado de trabalho informal na Unidade, obedecendo àmesma dinâmica estadual e nacional do emprego, mas resguardando-se asespecificidades locais.

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Quadro 2.3.3.12 - Crescimento Acumulado do Emprego por Setores deAtividade Econômica (1990 – 1996)

MUN

ICÍP

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Agro

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r.

TOTA

L

Total 7.637 -13.744 -6.589 -670 107 546 101 126 -1.983 -14.469Barretos 1.522 -3.220 -449 -128 199 234 -11 1 -512 -2.364Bebedouro 1.972 -9.692 -6.068 -223 -268 55 -7 23 -841 -15.049Orlândia 684 -662 515 -225 -269 192 52 0 -237 50M. Agudo 1.200 -101 -196 28 -64 -37 41 -9 -98 764Colina 675 32 -319 -46 -123 10 29 0 -18 240Viradouro 66 -24 23 -4 150 30 0 0 -88 153Colômbia 126 -30 109 -39 83 -4 -2 -11 -5 227Guarací 289 0 -61 -44 75 -2 1 1 -18 241Altair 526 4 0 8 35 0 1 0 0 574Icém 143 -23 -111 12 59 62 -1 129 0 270Terra Roxa 189 -8 -31 27 40 6 -4 -3 0 216Jaborandí 245 -20 -1 -36 190 0 2 -5 -166 209Guaíra 749 -62 163 -158 151 4 -18 0 -109 720Fonte: Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Ministério do Trabalho

Diferente desta queda generalizada do emprego urbano, o emprego cresceu naagropecuária em todos os municípios da Unidade, totalizando 7.637 novospostos de trabalho no setor. Neste contexto, os novos postos foram maissignificativos nos municípios de bebedouro (1.972), Barretos (1.522) e MorroAgudo (1.200). Esse aumento do emprego formal na agricultura ocorre devidoa expansão das relações de trabalho assalariado regulamentado no setor, emque chama a atenção o crescimento relativamente maior no município de MorroAgudo, dadas as proporções do município com relação aos dois maiores.

Quanto aos postos de trabalho perdidos, a partir do quadro 2.3.3.13, umaanálise precisa por ramos econômicos nos municípios mais atingidos daUGRHI aponta os serviços do comércio de administração de imóveis e técnicoscomo o mais atingido (-14.373), seguido da indústria de produtos alimentícios ebebidas (-6.571), principalmente no município de Bebedouro. Este efeitonegativo do emprego nesses ramos que foram criados com a industrializaçãoda Unidade termina atingindo outros ramos industriais e de serviços que fazemparte da cadeia produtiva, provocando impacto negativo no comércio e noconsumo regional. Nesse sentido, destaca-se a perda de postos de trabalhonos serviços ignorados (-1.706), nos serviços de alimentação e alojamento(-805), na indústria de borracha e couros (-612), nas instituições de crédito eseguros (-471), na indústria mecânica (-209), entre outros.

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Quadro 2.3.3.13 - Evolução do (Des) Emprego Formal, Segundo Ramos deAtividade Econômica – (1990)

ATIVIDADES

Bar

reto

s

Beb

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ro

Orlâ

ndia

M. A

gudo

Col

ina

Tota

l (Ab

s.)

TOTA

L (%

)

Total -2364 -15.049 50 764 240 -16.359 -30.2Com. Adm. Imov.,Val., Serv. Tec. Profi. etc. -3.819 -9.868 -550 -132 -4 -14.373 -91.6Ind. de Prod. Alim., Bebida e Alcool Etílico -155 -5.965 8 -103 -356 -6.571 -57.6Outros Ignorado -512 -841 -237 -98 -18 -1.706 -97.7Serv. Aloj. Alim.,Rep. Manu Red., Radio, Tv -318 -169 -252 -21 -45 -805 -29.9Ind.Borra,Fumo,Couros,Peles, Sim., Ind. Div -67 10 -544 -1 -10 -612 -83.3Adm. Pública e Autárquica 199 -268 -269 -64 -123 -525 -9.4Comércio Atacadista -192 -330 -22 17 10 -517 -36.1Inst. De Crédito, Seguros e Capitalização -197 -132 -89 -25 -28 -471 -37.2Indústria Mecânica -27 -154 -16 -12 0 -209 -74.1Transportes e Comunicações 70 -191 -76 -7 1 -203 -14.6Indústria da Madeira e do Mobiliário -78 -26 -43 -17 6 -158 -56.2Comércio Varejista 64 107 -203 11 -56 -77 -1.3Ind. Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecid. -150 119 -4 4 -15 -46 -13.9Ind. De Produtos Miner. Não Metálicos -6 16 -20 -1 -24 -35 -43.2Ind. Do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica 2 -9 -23 -4 -1 -35 -23.3Extrativa Mineral 1 -9 0 -9 0 -17 -40.5Ind. Quim. De Prod.Farm.,Veter. Perf. sabão 21 -30 21 1 -4 9 5.5Indústria de Calçados -18 -34 9 -4 69 22 22.7Ind. De Material Elétrico e de Comunicações -7 2 51 0 0 46 15.0Industria do Material de Transporte 56 -3 -6 5 0 52 200.00Serviços Industriais de Utilidade Pública -11 -7 52 41 29 104 64.6Construção Civil 234 55 192 -37 10 454 43.0Serv. Médicos Odontológicos e Veterinários 303 319 222 84 69 997 121.1Indústria Metalúrgica -20 38 1.082 -64 16 1.052 248.1Ensino 741 349 83 0 39 1.212 797.4Agric.,Silv.,CriaçãoAnim., Extra. Veg., Pesca 1.522 1.972 684 1.200 675 6.053 301.4

Fonte: Rais – Relação Anual de Informações Sociais. Ministério do Trabalho

Frente ao exposto pode-se concluir que o desempenho negativo da baseeconômica, que garantiu o desenvolvimento regional nos anos 80, revela umanova etapa da crise econômica dos anos 90. O cenário regional acompanha osmovimentos da economia estadual e nacional de desemprego formal einformalização das ocupações no mercado de trabalho. No mercado de bens eserviços, com a acelerada abertura comercial e pela posição que ocupam napauta das exportações, os setores industriais hegemônicos estão cada vezmais vulneráveis à dinâmica internacional desses setores nos concorrentes.

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2.3.4 – Uso e ocupação do solo

A porção Nordeste do Estado de São Paulo conta com uma enorme carênciade dados sócio-econômicos cartografados, razão pela qual não foi possívelrealizar uma planta contendo as áreas de distribuição espacial das categoriasde atividades econômicas mais importantes da região. Considerando estaslimitações, o Mapa de Uso e Ocupação do Solo elaborado em escala 1: 250000 ( Mapa M 6- Anexo....), constitui, na realidade, muito mais de uma plantade cobertura vegetal da UGRHI – 12. Na sua elaboração foram utilizadas asseguintes fontes de consulta:

! Macrozoneamento das Bacias dos Rios Mogi-Guaçu, Pardo e Médio-Grande-Questões Sócio-Ambientais Regionais. GOVERNO DO ESTADO DE SÃOPAULO / SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE / SECRETARIA DAAGRICULTURA E ABASTECIMENTO / SECRETARIA DE ECONOMIA E -PLANEJAMENTO – SÃO PAULO (1995);

!Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agrícola do Estado deSão Paulo - Lupa. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / SECRETARIADE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO / INSTITUTO DE ECONOMIAAGRÍCOLA – IEA / COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICAINTEGRAL – CATI. (1997);

!Inventário Florestal do Estado de São Paulo – escala 1:250.000 - IF/SMA(1993);

! Levantamento dos Remanescentes da Cobertura Vegetal Natural do Estadode São Paulo – Tabelas de quantificação da vegetação por Município. ProjetoOlho Verde – DPRN/SMA(1988/89);

!Projeto RADAMBRASIL – MAPA DE VEGETAÇÃO, escala 1:1.000.000Folhas SF. 23/24 Rio de Janeiro/Vitória – MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA(1983).

O Mapa contém as seguintes categorias:

∙ Mata∙ Capoeira∙ Cerradão∙ Cerrado∙ Vegetação Natural de Várzea∙ Reflorestamento

As categorias seguem os critérios definidos pelo DEPRN, para tipos e estágiosde remanescentes da cobertura vegetal da região :

Mata: formação florestal considerada como vegetação primária, apresentandogrande riqueza de espécies, em que a fisionomia, a composição florística e ascondições ecológicas são as do estado virgem. No Estado de São Paulo, a

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conceituação é divergente, dependendo da região ecológica que encontra-setal formação (ombrófila ou estacional). Os componentes arbóreos da formaçãoMata com relação a sua idade, altura em metros, número de espécies,composição florística e distribuição natural, possuem características própriasque estão integradas numa formação e região ecológica específica.

Capoeira: denominação genérica de vegetação em estágio deregeneração(vegetação secundária). Resulta de recuperação de florestaprimária, após derrubada ou queima, podendo apresentar variados estágiospopularmente conhecidos como capoeirinha, capoeira ou capoeirão, conformea estatura e diversidade vegetal, de acordo com classificação estabelecida pelaResolução CONAMA 01/94 (estágios pioneiro, inicial, médio e avançado).Portanto, a capoeira não é considerada como uma classe de vegetaçãopropriamente dita, uma vez que consiste em manchas de vegetaçãosecundária, que se sucedem à derrubada das florestas.

Cerradão: formação vegetal constituída por três estratos: superior, comárvores esparsas, de altura entre 6 e 12 metros; intermediário, com árvores earbustos de troncos e galhos retorcidos, e; inferior, arbustiva. Formaçãoflorestal que ocorre no Centro Oeste do Estado, onde o relevo é plano, comsolos de baixa fertilidade e as estações climáticas bem definidas. São típicosdo cerradão: lixeira, pequi pau-terra, pau-santo, copaíba, angico, capotão,faveiro e aroeira.

Cerrado: formação vegetal constituída por dois estratos: superior, comarbustos e árvores que raramente ultrapassam 6 metros de altura, recobertosde espessas cascas, com folhas coriáceas e apresentando caules tortuosos; einferior, com vegetação rasteira (herbácea arbustiva). Constitui, portanto, deuma forma de vegetação que apresenta amplas características fisionômicas,onde o fator ecológico principal para sua formação é a estação secaprolongada.

Vegetação de várzea: Formação característica de planícies e vales próximos ainundações periódicas. Basicamente formada por arbustos e arboretos, podeem certas situações apresentar vegetação arbórea, neste caso denominadascomo Floresta de Várzea.

Áreas de Reflorestamento: Constituem as formações florestais artificiais,disciplinadas e homogêneas com predomínio das espécies do tipo Pinus eEucaliptos. Os reflorestamentos registrados na bacia são pequenos edispersos por toda a região,

Os percentuais de distribuição das áreas dos tipos de cobertura vegetal Baciado Baixo Pardo/Grande , constam do Quadro 2.3.4.1.

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Quadro 2.3.4.1- Áreas de categorias de cobertura vegetal por sub-bacias.

Sub-bacias Mata Capoeira Cerradão CerradoVegetaçãoNatural de

VárzeaRefloresta

mento

A- Rib.SantanaB- Rib. Anhumas10 – Rio Grande20 – Rio Velho31 – Córr. ÁguasLimpa32 – Córr. DasPedras33 – Córr. doJacaré34 – Rib. DasPirangueiras40 – Rib. doRosário50 – Rib. doTurvo60 – Rib. DasPalmeiras71 – Rib. DoBanharão73 – Rib. Indaiá80 – Rib. DoAgudo90 – Córr. DaSucuri

Atividade Agropecuária

A agropecuária na Bacia do Baixo Pardo/Grande mantém-se bastantediversificada e próxima do perfil característico do Estado de São Paulo. Em1985, a predominância no uso do solo rural era de pastagens (39%), seguidade lavouras temporárias (35%) e permanentes (16%). O reflorestamento vemmantendo sua posição constante (5%), dada a crescente participação deseringais. A citricultura marca a expressão da lavoura permanente. Mas apecuária, principalmente, vem cedendo espaço para a lavoura temporária dadaa agressiva expansão dos canaviais, que vem deslocando também as culturastradicionais de soja, feijão e amendoim.

O Quadro 2.3.4.2 contém as principais culturas agrícolas por Município,segundo as estatísticas agrícolas de 1995/1996 do Levantamento Censitário deUnidades de Produção Agrícola do Estado de São Paulo. Os dados emboranão expressem todas as atividades agropecuárias da UGRHI permitemdemonstrar que entre as culturas mais expressivas, em ordem decrescente, acultura semi-perene representada pela cana-de-açúcar, seguida pelas culturasanuais (soja, milho e sorgo), pastagens cultivadas (braquiária e capim colonião)e cultura perene de laranja, possuem as maiores áreas cultivada da UGRHI. Oquadro confirma, portanto, a tendência de redução das áreas de pastagenspara as de cana-de-açúcar, no período analisado.

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Quadro 2.3.4.2.- Área das principais culturas agrícolas dos Municípios da BaciaHidrográfica do Baixo Pardo/Grande em Hectares.

Município

Pastagem e/ouCampo Antrópico""""Braquiária=Ba

""""CapimColonião=Ca.

Cultura Perene(Laranja)

Cultura semi-perene (Cana-

de- açúcar)

Culturas Anuais""""Milho=Mi""""Soja =So""""Sorgo=Sor

Altair * 7.930,70(Ba) 6.143,70

Barretos 47.087,10(Ba) 26.680,00(La) 16.492,70(So)

Bebedouro 33.211,50(La) 15.452,40

Colina 4.644,50(Ba) 12.927,90(La) 12.826,40

Colômbia 23.100,00(Ba) 14.162,10(La) 12.011,10(So)

Guaíra* 30.779,20 99.909,10(So)53.779,20(Mi)

Guaraci 19.078,20( Ba)6.927,30(Ca.) 10.156,00(La)

Icém* 13.740,10(Ba) 2.491,00(La) 5.340,40

Ipuã* 19.440,30 36.503,40(So)17.124,40(Mi)

Jaborandi 14.116,90 3.250,40(So)2.303,70(Sor)

Morro Agudo 98.223,90 27.131,60(So)7.577,30(Mi)

Nuporanga* 18.174,70 17.679,60(So)6.906,60(Mi)

Orlândia* 3.023,30(Ba) 16.950,70 2.950,20(So)

Pitangueiras* 31.813,40 4.415,70(So)

São JoaquimBarra*

3.017,30(Ba) 26.814,90 5.516,50So)

Sales deOliveira* 3.252,40(Ba) 19.094,90 3.705,80(So)

Terra Roxa 336,30(Ba) 2.384,80(La) 14.883,70

Viradouro 3.652,00(La) 1.482,50(So)* Municípios inseridos parcialmente na UGRHI-12

Atividade Industrial

O setor industrial na UGRHI é pouco diversificado, concentrando-se naagroindústria de suco-cítrico, seguida da sucro-alcooleira, com maior presençano Município de Bebedouro. Orlândia destaca-se pela sua indústria metalúrgicade porte regional.

Toda a bacia hidrográfica contou com 12% do licenciamento de áreasindustriais concedidas pela CETESB para o Estado de São Paulo, no período1989/1992 - a maioria referente as indústrias alimentícias e álcool. Asindústrias metal-mecânicas comparecem como estabelecimentos de pequenoporte.

Embora ainda incipiente, registra-se um aumento recente de indústrias deprocessamento de borracha, reflexo da expansão de seringais.

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2.3.5.- Política Urbana

Atendendo à metodologia sugerida pelo CORHI, este item reúne informaçõessobre aspectos jurídico-institucionais relativos às questões de política urbanados diversos municípios. O levantamento efetuado junto às prefeituras eentidades locais permitiu o registro da existência dos seguintes documentos:

• Lei Orgânica do Município• Plano Diretor• Código de Obras• Atos legais de Uso e Ocupação do Solo• Atos legais de Proteção ou Controle Ambiental

Simultaneamente, foi pesquisada a existência de cadastros de redes de água eesgotos, bem como de outros equipamentos urbanos como rede de energiaelétrica.

Todas as informações levantadas acham-se no Anexo “Pesquisa de Campo”.Dada a finalidade deste trabalho, em cada caso foi anotada a eventualexistência de diretrizes de preservação ambiental, em particular, dos recursoshídricos.

O quadro abaixo resume as informações pesquisadas.

Quadro 2.3.5.1 – Documentos existentes

Município Lei

Org

ânic

a

Plan

oD

ireto

r

Cód

igo

deO

bras

Uso

eO

cupa

ção

do S

olo

Prot

eção

Con

trol

eA

mbi

enta

l

Cad

astr

os

AltairBarretosBebedouroColinaColômbiaGuairaGuaraçaíIcémJaborandiMorro AgudoOrlândiaTerra RoxaViradouro

Não possui odocumento

Possui odocumento

Documento trata doMeio Ambiente

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O quadro acima mostra que, embora os municípios tenham elaborado as suasLeis Orgânicas contemplando aspectos ambientais, é absoluta a carência dedocumentos legais que disciplinem o desenvolvimento urbano e rural, e queestabeleçam diretrizes para a preservação dos recursos naturais, em especial,a água. Apenas Barretos dispõem de legislação mais completa.

Resta evidente a urgência de um esforço, de forma a dotar todos os municípiosda UGRHI, de legislação que lhes garanta um desenvolvimento jurídico-institucional compatível com as políticas contidas nas legislações nacional eestadual, referentes à gestão dos recursos naturais, razão da existência dopróprio Comitê de

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2.4.- SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - ÁGUAS SUPERFICIAIS ESUBTERRÂNEAS

2.4.1.- Enquadramento dos Corpos d’Água da Bacia

Os quadros seguintes apresentam o enquadramento dos corpos d’águapertencentes à UGRHI 12, de acordo com o Decreto no 10.755, de 22/11/77que obedeceu aos padrões fixados pelo Decreto no 8.468, de 8/9/76.

No âmbito federal, o estabelecimento dos padrões foi feito pela Resolução no

20/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.

A correlação entre as classes consideradas foi feita conforme o quadroseguinte:

Quadro 2.4.1.1 - Correlação entre Classes de rios

Decreto 8.468/76 CONAMA 20/86

1 Especial(*) e 12 23 34 4

(*) são considerados os limites estabelecidos para a Classe 1,já que a Classe Especial do CONAMA 20/86 só estabelece

a condição de ausência de coliformes fecais

Nesta bacia, os corpos d’água foram enquadrados apenas nas Classes 2, 3 e4, conforme quadros abaixo.

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Quadro 2.4.1.2 - Enquadramento na Classe 2

Classe 2

Águas destinadas:

a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;b) à proteção das comunidades aquáticas;c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho)d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à

alimentação humana.

Corpos d’água enquadrados:

Todos, exceto os alhures classificados.

Quadro 2.4.1.3 - Enquadramento na Classe 3

Classe 3

Águas destinadas:

a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;c) à dessedentação de animais.

Corpos d’água enquadrados:(excluídos os respectivos afluentes e fornecedores, salvo quandoexpressamente indicados)

a) Córrego das Pedras desde a confluência com o Córrego Jaborandi até aconfluência com o Rio Pardo, no Município de Jaborandi;

b) Ribeirão das Palmeiras desde a confluência com o Córrego Cachoeira até aconfluência com o Rio Pardo, na divisa dos Municípios de Jaborandi e TerraRoxa.

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Quadro 2.4.1.4 - Enquadramento na Classe 4

Classe 4

Águas destinadas:

a) à navegação;b) à harmonia paisagística;c) aos usos menos exigentes.

Corpos d’água enquadrados:

a) Córrego da Cachoeira até a confluência com o Ribeirão das Palmeiras, nadivisa dos Municípios de Terra Roxa e Bebedouro;

b) Córrego do Jaborandi até a confluência com o Córrego das Pedras, noMunicípio de Jaborandi;

c) Córrego do Palmito a jusante da captação de água de abastecimento paraOrlândia até a confluência com o Ribeirão do Agudo, no Município deOrlândia;

d) Córrego das Pitangueiras desde a confluência com o Córrego do Aleixo atéa confluência com o Rio Pardo, no Município de Barretos;

e) Córrego do Viradouro até a confluência com o Rio Pardo, na divisa dosMunicípios de Terra Roxa e Viradouro;

f) Ribeirão do Agudo até a confluência com o Rio Pardo, no Município deMorro Agudo;

g) Ribeirão do Banharão desde a confluência com o Córrego do Jardim até aconfluência com o Rio Pardo, no Município de Terra Roxa;

h) Ribeirão do Retirinho até a confluência com o Ribeirão das Palmeiras, noMunicípio de Jaborandi.

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2.4.2.- Disponibilidade Hídrica

Como linha geral, os trabalhos de hidrologia superficial para a elaboração doDiagnóstico de Situação dos Recursos Hídricos, devem conduzir aolevantamento das disponibilidades e demandas hídricas superficiais da UGRHIem estudo.

Este estudo, para ser cientificamente conduzido e apresentar validade emtermos de utilização pelo Comitê da Bacia Hidrográfica, deverá incluir aquantificação numérica destas mesmas disponibilidades e demandas. Dadasas peculiaridades dos recursos hídricos, cujas disponibilidades variam notempo e espaço de forma relativamente complexa, e as demandas tambémvariam obedecendo ao crescimento e desenvolvimento sócio-econômico, foiimposta a quantificação destas variabilidades estabelecendo valores básicosde comparação.

Por outro lado, os recursos hídricos distinguem-se dos demais recursosnaturais pelas formas de ocorrência e distribuição e, principalmente, por seconstituirem simultaneamente em um bem apropriável e em uma ameaçapotencial. Assim, a água poderá ser um fator limitante ao desenvolvimentoregional, seja em virtude de sua escassez, seja em virtude de ocorrênciasexcessivamente concentradas.

Em vista disso, estes estudos contemplam não apenas a caracterização dasdisponibilidades médias com suas variações sazonais, mas também aquantificação das demandas, descrevendo numéricamente as suasocorrências.

A UGRHI em estudo tem, como rio principal, um trecho do rio Pardo desde oencontro com o rio Mogi-Guaçu até a confluência com o rio Grande. Suaextensão é de aproximadamente 80 km, e seus principais afluentes da margemdireita são: ribeirão das Areias, ribeirão do Agudo, ribeirão da Marmelada,ribeirão do Indaiá, ribeirão do Rosário, córrego Santo Inácio, córrego BomSucesso e córrego da Balsâmina; e os de margem esquerda são: córrego BoaVista, córrego da Sucuri, ribeirão do Banheirão, ribeirão das Palmeiras, ribeirãodo Turvo, ribeirão das Pitangueiras, córrego do Barro Preto, ribeirão daFigueira, córrego das Pedras ou Mandi e rio Velho.

No Quadro 2.4.2.1, apresentado a seguir, estão relacionados alguns índicesfisiográficos e hidrológicos da UGRHI em estudo.

Quadro 2.4.2.1 - Parâmetros fisiográficos e hidrológicos

UGRHIÁrea(km2)

Extensão rioprincipal (km)

Perím.(km)

Índice deforma

Coef. decompa-cidade

BaixoPardo/Grande

7.180 80 360 1,12 1,18

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Para a elaboração do Diagnóstico de Situação dos Recursos Hídricos, aUGRHI em questão foi subdividida em 15 sub-bacias, que podem ser vistas noQuadro 2.4.2.2, abaixo:

Quadro 2.4.2.2 - Sub-bacias do Baixo Pardo/GrandeCódigo Sub-bacia AD (km2)

A Ribeirão Santana 887,80B Ribeirão Anhumas 714,6710 Rio Grande 467,8620 Rio Velho 447,4031 Córrego Água Limpa 299,7032 Córrego das Pedras 256,3233 Córrego do Jacaré 472,0834 Ribeirão das Pitangueiras 223,0740 Ribeirão do Rosário 695,2250 Ribeirão do Turvo 465,4860 Ribeirão das Palmeiras 747,4371 Ribeirão do Banharão 211,2673 Ribeirão Indaiá 415,3980 Ribeirão do Agudo 356,3690 Córrego da Sucuri 517,39

Total UGRHI Baixo Pardo/Grande 7.177,50

O levantamento dos dados hidrométricos foi efetuado, basicamente, através doInventário das Estações Pluviométricas e Fluviométricas, atualizado até 1996, edo Banco de Dados Pluviométricos e Fluviométricos, atualizado até 1997,publicados pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica doMinistério de Minas e Energia/DNAEE/MME e do Departamento de Água eEnergia Elétrica da Secretaria de Recursos Hídricos Saneamento e Obras doEstado de São Paulo - DAEE/SRHSO/ESP, respectivamente.

Estações Pluviométricas

As estações pluviométricas em operação, constituintes da rede existente naUGRHI do Baixo Pardo/Grande, estão relacionadas no Quadro 2.4.2.1. Emtermos globais, a UGRHI apresenta uma densidade média da redepluviométrica de 266 km2 por estação, porém a distribuição não é homogêneanotando-se uma maior concentração no trecho superior, com densidade maisbaixa no trecho inferior da região.

O estudo da precipitação regional teve seu desenvolvimento baseado nosdados de estações previamente selecionadas, levando-se em conta osseguintes critérios:

• Levantamento das estações em operação que apresentassem sériesextensas;

• Análise da distribuição espacial na UGRHI;• Análise qualitativa dos dados disponíveis.

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Para a definição das isoietas médias anuais, procurou-se definir períodoscomuns da observação tendo em vista a distribuição espacial na região.Eventualmente, algumas das estações tiveram suas séries estendidas e falhasesporádicas foram preenchidas, quando a análise de consistência dos dadosassim permitiu.

Quadro 2.4.2.3 - Postos pluviométricos

Código do Posto Município Período deDados Entidade

02047025 Orlândia 1937 - 1997 DAEE02048002 Colômbia 1958 - 1997 DNAEE02048013 Guaraci 1958 - 1997 DNAEE02048015 Barretos 1936 - 1997 DAEE02048016 Barretos 1946 - 1997 DAEE02048019 Jaborandi 1941 - 1997 DAEE02048020 Terra Roxa 1958 - 1997 DNAEE02048021 Colina 1938 - 1997 DAEE02048023 Morro Agudo 1940 - 1997 DAEE02048027 Bebedouro 1940 - 1997 DAEE02048034 Bebedouro 1943 - 1997 DAEE02048036 Barretos 1943 - 1997 INEMET02048075 Colômbia 1970 - 1997 DAEE02048077 Colômbia 1972 - 1997 DAEE02048078 Guaraci 1973 - 1997 DAEE02048080 Colômbia 1974 - 1997 DAEE02048081 Morro Agudo 1975 - 1997 DAEE02048087 Jaborandi 1943 - 1997 DAEE02048089 Morro Agudo 1967 - 1997 DAEE02048090 Jaborandi 1981 - 1997 DNAEE02048091 Colômbia 1981 - 1997 DNAEE02048092 Barretos 1981 - 1997 DNAEE02048093 Colina 1981 - 1997 DNAEE02048097 Colina 1990 - 1997 DAEE02048099 Bebedouro 1990- 1997 DAEE02049012 Altair 1943 - 1997 DAEE02049033 Icém 1936 - 1997 DAEE

Fonte: Inventário das Estações Pluviométricas. DNAEE/MME/1996.Banco de Dados Pluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizado até 1997). DAEE/SRHSO/ESP.

Escolhidas as estações a serem utilizadas, com disponibilidade de dados paraum período comum, foram preenchidas as lacunas mensais nas observações,substituindo-se também, quando possível, os dados com valores consideradosincorretos. Para a avaliação da coerência dos dados, preenchimento de falhase substituição, foi aplicado o método das curvas de dupla acumulação.

Para se ter uma avaliação da distribuição da precipitação média anual, naUGRHI em estudo, foi traçada uma carta com isoietas anuais de 1000 mm em1000 mm.

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A distribuição média das chuvas durante o ano pode ser avaliada peloshietogramas mensais apresentados, a seguir, para as principais estações daregião, com período comum superior a 20 anos, com dados consistidos e emoperação que podem ser identificados no Diagrama de Barras.

Algumas das estações da região em estudo possuem séries curtas e váriascom dados não consistidos e soluções de continuidade, compreendem asFiguras 2.4.2.1 a 2.4.2.28, respectivamente.

Figura 2.4.2.1 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02047025

Período: 1937 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

283,4 226,7 186,5 87,5 54,8 29,5 18,5 16,4 61,2 142,8 202,7 264,7

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

432,8 132,0 140,1 18,4 91,3 118,2 0,0 0,0 59,8 96,4 224,8 203,9

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Figura 2.4.2.2 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048002

Período: 1958 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

262,8 194,0 172,0 86,7 46,2 25,2 17,4 19,6 52,0 130,4 162,8 246,0

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

210,4 32,0 26,4 4,2 17,0 38,2 0,0 0,0 66,4 46,2 154,6 132,6

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Figura 2.4.2.3 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048013

Período: 1958 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

284,6 201,2 147,0 92,6 58,3 30,6 21,8 26,2 61,7 130,4 158,2 277,6

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

386,2 72,8 138,6 41,6 98,9 126,3 3,1 0,0 76,9 81,3 186,2 286,4

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Figura 2.4.2.4 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048015

Período: 1936 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

233,5 198,4 142,6 58,7 46,4 20,8 15,2 15,3 44,5 98,1 158,3 210,5

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

298,3 117,4 29,0 - 76,7 - 0,0 0,0 30,2 0,0 - -

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Figura 2.4.2.5 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048016

Período: 1946 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

268,2 194,5 166,7 72,7 53,8 27,3 22,8 21,2 48,7 121,1 159,4 246,8

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

378,7 79,5 140,4 51,6 58,5 140,9 3,6 0,0 40,2 45,4 212,1 223,4

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Figura 2.4.2.6 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048019

Período: 1941 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

239,8 199,2 162,8 63,4 46,2 21,8 19,0 17,5 45,2 103,6 162,8 215,4

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

267,5 63,3 106,9 31,4 99,6 144,0 0,0 0,0 36,9 78,5 243,8 183,2

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Figura 2.4.2.7 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048020

Período: 1958 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

294,1 176,0 154,2 91,0 50,7 21,2 17,3 16,0 67,2 146,7 181,0 263,2

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

302,6 151,0 133,7 36,0 46,7 38,6 0,0 0,0 71,3 138,3 198,2 256,6

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Figura 2.4.2.8 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048021

Período: 1938 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

244,6 199,2 164,3 76,1 51,2 25,6 17,6 19,3 51,2 117,4 162,1 240,2

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

296,5 110,2 - 48,6 75,7 123,9 3,2 0,0 55,0 51,5 220,1 261,6

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Figura 2.4.2.9 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048023

Período: 1940 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

254,3 108,7 171,4 81,2 51,2 27,3 19,8 15,0 57,8 132,8 177,1 250,3

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

334,8 142,3 167,0 41,3 132,5 123,0 6,0 0,0 40,5 122,9 315,9 203,1

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Figura 2.4.2.10 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048027

Período: 1940 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

248,2 201,8 168,2 74,3 50,5 26,8 21,1 25,2 50,2 107,8 154,8 234,6

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

376,9 106,3 116,1 57,8 61,1 134,4 3,9 0,0 27,9 78,0 214,2 249,1

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Figura 2.4.2.11 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048034

Período: 1943 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

254,8 231,5 179,2 70,2 44,6 31,2 20,2 23,8 51,2 116,4 160,2 234,8

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

354,4 88,4 92,6 45,7 34,5 146,0 9,9 0,0 32,2 109,6 328,9 183,4

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CBH-BPG Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/GrandeMinuta Preliminar do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da UGRHI 12

CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 82

Figura 2.4.2.12 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048036

Período: 1943 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

242,3 201,2 138,6 59,2 45,7 19,1 16,0 15,4 46,1 101,2 157,3 218,3

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

299,0 120,6 31,4 46,3 78,3 36,4 0,2 0,0 29,6 86,7 145,6 204,3

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CBH-BPG Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/GrandeMinuta Preliminar do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da UGRHI 12

CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 83

Figura 2.4.2.13 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048075

Período: 1970 a 1997

0

50

100

150

200

250

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

244,2 199,0 178,4 92,1 41,8 26,6 18,3 21,7 55,4 125,1 156,8 236,7

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

188,1 14,1 12,5 3,5 37,9 60,9 0,0 0,0 70,4 30,1 174,5 80,3

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 84

Figura 2.4.2.14 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048077

Período: 1972 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

284,2 202,8 173,4 99,8 51,2 25,2 24,8 27,2 55,8 144,3 189,2 255,8

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

- - - 37,8 - - 0,0 0,0 - - - -

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 85

Figura 2.4.2.15 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048078

Período: 1973 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

292,5 199,4 157,8 84,2 59,2 30,2 22,8 25,6 56,8 121,2 155,7 264,2

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

395,3 66,9 129,5 38,4 110,9 173,5 2,5 0,0 80,7 68,0 199,7 272,6

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 86

Figura 2.4.2.16 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048080

Período: 1974 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

249,8 205,1 151,9 83,8 51,2 27,2 20,1 24,5 54,8 119,5 179,1 248,5

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

308,0 63,0 82,0 16,0 66,0 99,0 0,0 0,0 70,0 55,0 247,0 127,0

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 87

Figura 2.4.2.17 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048081

Período: 1975 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

259,2 174,2 185,8 81,4 58,2 27,3 22,1 25,8 60,8 119,7 178,2 244,8

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

256,1 105,7 109,9 58,5 89,7 132,8 0,0 0,0 29,9 93,2 205,0 135,1

Page 89: Situação dos Recursos Hídricos do Baixo Pardo/Grande UGRHI 12 · IPIGUA CEDRAL RASSOLANDIA POTIRENDABA BADY BASSITT V A ALIANCA L SAMO M IRASSOL PALESTINA BARRETOS SAO JOSE DO

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 88

Figura 2.4.2.18 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048087

Período: 1943 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

252,4 206,3 162,8 72,2 47,4 23,8 15,7 14,8 46,2 118,2 164,1 247,3

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

221,7 206,7 80,0 17,8 102,7 118,3 0,0 0,0 36,9 86,7 274,4 238,7

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 89

Figura 2.4.2.19 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048089

Período: 1967 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

264,2 184,7 178,3 98,3 55,0 28,8 21,2 25,6 69,2 149,3 206,8 254,6

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

328,3 149,2 123,9 33,7 63,1 111,6 0,0 0,0 54,4 96,0 378,5 187,2

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 90

Figura 2.4.2.20 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048090

Período: 1981 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

246,4 186,7 154,3 71,0 44,3 20,2 17,6 17,4 51,8 110,6 158,4 226,4

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

272,1 84,8 119,6 32,6 76,8 128,4 0,0 0,0 38,4 76,2 221,4 199,8

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 91

Figura 2.4.2.21 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048091

Período: 1981 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

274,2 199,2 186,7 81,2 45,7 24,9 18,1 19,8 61,2 136,8 171,8 251,0

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

220,7 46,7 74,4 10,6 18,6 31,8 0,0 0,0 58,2 71,8 146,1 176,0

Page 93: Situação dos Recursos Hídricos do Baixo Pardo/Grande UGRHI 12 · IPIGUA CEDRAL RASSOLANDIA POTIRENDABA BADY BASSITT V A ALIANCA L SAMO M IRASSOL PALESTINA BARRETOS SAO JOSE DO

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 92

Figura 2.4.2.22 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048092

Período: 1981 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

246,1 199,4 146,7 60,6 45,8 19,2 15,5 15,7 47,3 97,2 157,4 214,9

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

299,8 120,6 78,6 47,4 36,7 86,4 1,2 0,0 38,7 51,4 176,2 219,2

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 93

Figura 2.4.2.23 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048093

Período: 1981 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

238,6 201,7 165,4 77,3 50,7 24,9 16,9 18,7 54,0 120,4 163,4 242,2

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

298,3 112,6 126,4 59,2 61,3 138,0 3,8 0,0 57,8 49,2 294,6 294,3

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 94

Figura 2.4.2.24 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048097

Período: 1990 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

266,5 208,5 162,3 104,8 55,7 39,2 12,8 12,6 61,2 112,8 162,4 252,8

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

366,6 75,4 105,3 69,4 66,2 142,7 4,7 0,0 55,6 43,4 306,0 -

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CBH-BPG Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/GrandeMinuta Preliminar do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da UGRHI 12

CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 95

Figura 2.4.2.25 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02048099

Período: 1990 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

298,3 335,8 144,8 104,2 43,1 37,2 19,8 29,2 58,1 103,8 142,4 209,2

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

- - 103,9 30,0 65,5 172,6 0,0 0,0 48,0 89,0 - 167,6

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CETECCentro Tecnológico da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação 96

Figura 2.4.2.26 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02049012

Período: 1936 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

248,4 204,8 158,2 61,3 44,8 22,1 19,4 17,2 54,2 118,7 161,2 231,8

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

384,3 90,2 163,7 41,7 94,3 144,8 2,1 0,0 46,8 72,7 261,4 233,8

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Figura 2.4.2.27 - Precipitações médias mensais - CÓD. 02049033

Período: 1936 a 1997

0

50

100

150

200

250

300

350

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Prec

ipita

ção

(mm

)

Média histórica 1997

Média HistóricaJan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

232,4 193,8 151,2 68,5 44,2 24,2 19,8 17,2 46,5 115,2 159,2 216,2

Ano 1997Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

311,7 76,5 95,8 37,1 55,9 - 0,0 0,0 47,2 47,4 195,6 246,3

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Figura 2.4.2.28 - Diagrama de Barras das estações pluviométricas em operação com dados consistidosEstação 1930

01234567891940

01234567891950

01234567891960

01234567891970

01234567891980

01234567891990

0123456789020470250204801502048016020480190204802102048023020480270204803402048075020480770204807802048080020480810204808702048089020480970204901202049033

Fonte: Inventário das Estações Pluviométricas. DNAEE / MME / 1996.Banco de Dados Pluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) DAEE / SRHSO / ESP.

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Estações Fluviométricas

A UGRHI do Baixo Pardo/Grande, com seus 7.180 km2, apresenta um total de8 estações fluviométricas, sendo uma extinta e as demais em operação. Adensidade média é de 1.025 km2/estação, satisfazendo a determinadoscritérios.

O Quadro 2.4.2.4 relaciona a rede fluviométrica existente na região.

Quadro 2.4.2.4 - Estações fluviométricas da UGRHI Baixo Pardo/GrandeCódigo do

Posto Manancial Município A.D.(km2)

Períodode Dados Entidade

61916000 Cór. Sucuri Viradouro 143 1980-1996 DAEE

61917000 Rib. do Agudo MorroAgudo 263 1980-1997 DAEE

61921000 Rib. Palmeiras Jaborandi 687 1980-1996 DAEE61923000 Rib. Turvo Jaborandi 182 1980-1996 DAEE61925000 Rio Pardo Guaíra 33.740 1958-1997 DAEE61930000 Rio Pardo - 34.242 1937-1980 DNAEE

Fonte: Inventário das Estações Fluviométricas. DNAEE/MME/1996.Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizado até 1997). DAEE/SRHSO/ESP.

De posse dos dados fluviométricos foi feito o Diagrama de Barras, levando-seem conta o tipo de informação disponível nos bancos de dados das entidadesoperadoras, conforme pode ser visto na Figura 2.4.2.29.

De acordo com os inventários supracitados, a UGRHI do Baixo Pardo/Grandeapresenta uma densidade média da rede fluviométrica de 897,50 km2 porestação, constatando que a distribuição espacial das mesmas satisfaz aoscritérios mais exigentes.

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Figura 2.4.2.29 Diagrama de Barras - Estações Fluviométricas da UGRHI 12 - Baixo Pardo/GrandeOrdem Código

(DNAEE)1930

01234567891940

01234567891950

01234567891960

01234567891970

01234567891980

01234567891990

012345678901 61916000

02 61917000

03 61921000

04 61923000

05 61925000

06 61930000

Fonte: Inventário das Estações Fluviométricas. DNAEE / MME / 1996.Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) DAEE / SRHSO / ESP.

Cotas Médias Diárias

Vazões Médias Diárias

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Vazões Características Mínimas, Médias e Máximas

Com as séries históricas dos dados de vazões médias diárias disponíveis,foram determinados os indicadores característicos de cada posto fluviométrico,visando retratar as disponibilidades hídricas nestes postos de controle.

O Quadro 2.4.2.5, a seguir, apresenta os valores das vazões específicas, dasdescargas médias de longo período e das vazões extremas.

Quadro 2.4.2.5 - Vazões características dos postos fluviométricos

Código A. D.(km2)

Vazãoespecífica(l/s/km2)

Qmín Q Qmáx

Vazãomédia (m3/s)

Vazãomínima

históricamedida(m3/s)

Vazãomáximahistóricamedida(m3/s)

61916000 143 3,07 9,93 148,8 1,42 21,28 0,4461917000 263 2,70 12,4 70,4 3,26 18,51 0,7161921000 687 3,87 10,7 121,6 7,34 83,55 2,6661923000 182 4,78 11,6 111,6 2,12 20,32 0,8761925000 33.740 2,95 13,6 63,9 459 2.157 99,861930000 34.242 2,73 13,3 63,6 457 2.180 93,8

Fonte: Inventário da Estações Fluviométricas DNAEE / MME / 1996.Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) DAEE / SRHSO / ESP.

Regime de Vazão

Com a finalidade de caracterizar o regime anual dos rios que compõem aUGRHI em estudo, foram elaborados os fluviogramas de vazões mensais, emque cada mês é definido, pela média das vazões observadas naquele mês, aolongo do período observado. A finalidade dos fluviogramas médios é defornecer uma indicação sobre a distribuição dos períodos de águas altas e deestiagem do rio. Entretanto, sua análise deve ser conduzida com a devidaprecaução, tendo-se em vista a própria natureza estatística dos valores médiosutilizados. Nas figuras abaixo, apresentamos a caracterização do regime fluvialpara àquelas estação fluviométricas que foram selecionadas, através dadisponibilidades de dados.

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Figura 2.4.2.30 - Descargas médias, máximas e mínimas mensais - Cód. 61916000

Período: 1980 / 1996

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Vazã

o (m

3 /s)

Média Máxima Mínima 1996

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMédia 2,39 2,92 2,34 2,04 1,78 1,52 1,32 1,17 1,14 1,35 1,31 1,70

Máxima 5,95 8,44 5,14 3,77 3,41 2,22 1,64 1,44 1,67 2,93 2,65 3,36Mínima 1,23 1,71 1,71 1,62 1,49 1,34 1,17 1,03 0,92 0,86 0,85 0,95

1996 1,80 1,16 1,54 - - - - - - - - -Fonte: Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) / DAEE / SRHSO / ESP.

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Figura 2.4.2.31 - Descargas médias, máximas e mínimas mensais - Cód. 61917000

Período: 1980 / 1997

0

2

4

6

8

10

12

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Vazã

o (m

3 /s)

Média Máxima Mínima 1997

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMédia 5,66 6,32 6,03 4,78 4,06 3,71 2,99 2,59 2,51 2,84 3,13 4,48

Máxima 10,69 10,63 8,38 6,48 5,82 4,87 3,72 3,43 4,21 5,54 6,27 9,34Mínima 3,53 4,39 4,67 4,10 3,54 3,35 2,69 2,21 1,97 1,90 2,11 2,59

1997 - 4,93 - 4,33 - - 2,77 1,99 - - - 3,87Fonte: Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) / DAEE / SRHSO / ESP.

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Figura 2.4.2.32 - Descargas médias, máximas e mínimas mensais - Cód. 61921000

Período: 1980 / 1996

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Vazã

o (m

3 /s)

Média Máxima Mínima 1996

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMédia 13,5 14,4 12,0 9,24 8,04 7,30 6,50 6,09 5,94 6,79 7,01 9,31

Máxima 30,8 35,2 24,1 15,9 11,8 10,1 8,19 8,62 9,20 12,7 13,3 19,3Mínima 6,65 8,09 7,92 7,18 6,72 6,44 5,77 5,20 4,68 4,56 4,43 5,28

1996 - - - 5,83 5,89 5,07 4,64 - - - - -Fonte: Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) / DAEE / SRHSO / ESP.

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Figura 2.4.2.33 - Descargas médias, máximas e mínimas mensais - Cód. 61923000

Período: 1980 / 1996

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Vazã

o (m

3 /s)

Média Máxima Mínima 1996

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMédia 3,97 3,73 3,51 2,83 2,36 2,03 1,78 1,64 1,64 2,02 2,11 2,68

Máxima 8,55 7,15 5,53 4,42 3,17 2,53 2,10 2,06 2,33 3,73 4,37 5,93Mínima 2,14 2,44 2,46 2,27 2,01 1,82 1,63 1,44 1,37 1,39 1,39 1,57

1996 - - - 2,05 1,70 1,40 1,27 1,03 - - 2,28 1,87Fonte: Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) / DAEE / SRHSO / ESP.

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Figura 2.4.2.34 - Descargas médias, máximas e mínimas mensais - Cód. 61925000

Período: 1958 / 1997

0

200

400

600

800

1000

1200

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Vazã

o (m

3 /s)

Média Máxima Mínima 1997

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMédia 775 833 815 551 413 332 313 265 247 297 369 538

Máxima 1039 1082 1128 738 514 427 392 316 312 434 576 876Mínima 547 608 594 387 342 299 263 229 209 219 248 303

1997 1164 1095 733 500 409 636 395 293 259 270 421 607Fonte: Banco de Dados Fluviométricos do Estado de São Paulo (Atualizados até 1997) / DAEE / SRHSO / ESP.

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Figura 2.4.2.35 - Descargas médias, máximas e mínimas mensais - Cód. 61930000

Período: 1937 / 1979

0

200

400

600

800

1000

1200

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Vazã

o (m

3 /s)

Média Máxima Mínima

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezMédia 758 762 699 531 401 355 307 266 266 299 380 547

Máxima 1020 1054 981 685 513 437 389 321 347 455 578 839Mínima 545 556 516 423 337 301 261 228 215 217 246 342

Fonte: Inventário da Estações Fluviométricas DNAEE / MME / 1996.

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Estudo de Vazões Médias e Q7,10

O estudo das vazões médias de longo período e Q7,10, baseou-se na área dedrenagem e na precipitação pluviométrica, através de método proposto peloDAEE, para a Regionalização Hidrológica no Estado de São Paulo, em queestabelece uma relação linear entre a descarga específica e a precipitaçãomédia em uma bacia hidrográfica, expressa pela seguinte equação:

Qesp.= a + b. Ponde: Qesp.= descarga específica média (l/s/km2) a e b = parâmetros regionais, e P= precipitação média anual (mm/ano)

e a vazão média de longo período, calculada através da seguinte relação:

QLP= Qesp. ADem que: QLP = descarga média de longo período (l/s) Qesp.= vazão específica média plurianual (l/s/km2), e AD = área de drenagem ( km2)Para o cálculo da vazão mínima de 7 dias para o tempo de retorno de 10 dias,através da seguinte expressão:

Q7,10= C. X10.( A+B). QLPonde:Q7,10= vazão mínima de 7dias para 10anos de retorno(l/s)C, A e B= parâmetros regionaisX10= valor relativo à probabilidade de sucesso para 10 anosQLP= vazão média de longo período (l/s)

O Quadro 2.4.2.6, apresenta a relação das Sub-bacias, com as respectivasvazões médias de longo período e as respectivas vazões mínimas de 7 diaspara 10 anos de retorno.

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Quadro 2.4.2.6 - Vazões médias de longo período e Q7,10

Código Sub-bacia A.D. PTOTAL QLP Q7,10(km2) (mm) l/s m3/s l/s m3/s

A Ribeirão Santana 887,80 1.300 8.798,09 8,79 2.006,78 2,00B Ribeirão Anhumas 714,67 1.300 7.082,37 7,08 1.615,48 1,6110 Rio Grande 467,86 1.300 4.636,49 4,63 1.057,58 1,0520 Rio Velho 447,40 1.300 4.433,73 4,43 1.011,33 1,0131 Córrego Água Limpa 299,70 1.400 3.803,19 3,80 867,50 0,86732 Córrego das Pedras 256,32 1.500 3.965,27 3,96 904,47 0,90433 Córrego do Jacaré 472,08 1.500 7.303,07 7,30 1.665,83 1,6634 Ribeirão das Pitangueiras 223,07 1.400 2.803,75 2,80 639,53 0,63940 Ribeirão do Rosário 695,22 1.500 10.755,05 10,7 2.453,22 2,4550 Ribeirão do Turvo 465,48 1.500 7.200,97 7,20 1.642,54 1,6460 Ribeirão das Palmeiras 747,43 1.400 9.484,88 9,48 2.163,50 2,1671 Ribeirão do Banharão 211,26 1.400 2.680,88 2,68 611,50 0,61173 Ribeirão Indaiá 415,39 1.500 6.426,08 6,42 1.465,78 1,4680 Ribeirão do Agudo 356,36 1.600 6.503,57 6,50 1.483,46 1,4890 Córrego da Sucuri 517,39 1.500 8.004,02 8,00 1.825,71 1,82

Total - 7.177,50 - 93.881,41 93,77 21.417,21 21,36

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Águas Subterrâneas

Características dos Sistemas Aqüíferos

De acordo com o principal levantamento desenvolvido na região, “Estudo deÁguas Subterrâneas das Regiões Administrativa 6 (Ribeirão Preto)”, realizadopelo DAEE em 1974, as unidades lito-estratigráficas que ocorrem na área daBacia do Baixo Pardo-Grande são classificadas em três grandes sistemasaqüíferos :

- Aqüífero Bauru;- Aqüífero Serra Geral e- Aqüífero Botucatu.

O Aqüífero Bauru é representado pela Formação Adamantina. Nos 3 sistemasaqüíferos, além da marcante diferenciação litológica e estratigráfica (descritasno item 2.2.1.-Geologia, exceto a Formação Botucatu que não aflora na áreada bacia), esses aqüíferos são caracterizados pelas condições dearmazenamento e circulação das águas em seus arcabouços. De acordo comesses estudos, os aqüíferos Bauru e Botucatu são classificados comoaqüíferos “permeáveis por porosidade granular” e o aqüífero Serra Geral éclassificado como “permeável por porosidade de fissuras”. O Quadro 2.4.2.7.contém uma síntese das características hidrogeológicas gerais das trêsunidades aqüíferas.

Quadro 2.4.2.7.- Síntese das características hidrogeológicas dos aqüíferos

Aqüífero UnidadeGeológica Características Hidrogeológica dos Aqüíferos Litologia

Tipos eocorrências

PermeabilidadeAparente (m/dia)

TransmissividadeAparente (m2/dia)

Bauru FormaçãoAdamantina

Livre alocalmenteconfinado;porosidadegranular;

contínuo enão uniforme

0,1 a 0,3 30 a 50

Arenitosgrosseirosimaturos,

com matrizcarbonática,intercaladospor lamitos e

siltitos.

SerraGeral

FormaçãoSerra Geral

Livre a semi-confinado,poros. defissuras,

descontínuoelevada

anisotropia;

Valoresvariáveis,

associados asdescontinuidad

es e falhas.

Valores variáveis,associados as

descontinuidadese falhas.

Basaltostoleíticos em

derramestabulares

superpostos

Botucatu(*)

Form.Botucatu e

Form.Pirambóia

Regional,Confinado,Contínuo eUniforme,Granular,

Isotrópico eHomogêneo

1 a 4 300 a 800

Arenitoseólicos,

finos, bemselecionados; níveis delamitos na

parte inferior(*) Não aflora em superfície na bacia, ocorrendo confinado sob o basalto.

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Aqüífero Bauru

O aqüífero Bauru ocorre numa porção a oeste do rio Pardo, equivalente à cercade 50% da área total da Bacia do Baixo Pardo-Grande. De acordo comCampos (1987), o pacote de sedimentos do Cretáceo que constitui o sistemaaquífero Bauru comporta-se como um sistema aqüífero livre, ou freático, emtoda a sua extensão regional e está assentado sobre um substrato im-permeável formado pelo topo dos derrames basálticos da Formação SerraGeral.

Desta forma, a superfície de contato entre os sedimentos e o basaltosotoposto, que constitui o limite basal do aqüífero Bauru, mostra-se de formairregular, com uma descontinuidade resultante tanto de falhamentos como dopaleo-relevo esculpido pelo ciclo erosivo anterior à deposição do Bauru. Atendência geral do mergulho do contato entre os dois aqüíferos é de umcaimento suave de leste para oeste, em direção a calha do Rio Paraná.

A espessura saturada dos arenitos do Grupo Bauru, na maior parte de sua áreade ocorrência, varia desde poucos metros à leste e nos fundos de vales dasdrenagens principais da bacia, próximo ao contato com o basalto sotoposto, atépouco mais de 50 metros nas áreas mais elevadas à oeste da bacia.

As condições de circulação de água subterrânea e o comportamento hidráulicodo aqüífero Bauru indicam uma situação de recarga natural se dandodiretamente a partir das precipitações pluviais que ocorrem na própria bacia e asuperfície potenciométrica apresenta uma configuração nitidamente associadaa morfologia dos terrenos, com os divisores da superfície potenciométrica daágua subterrânea seguindo um posicionamento muito próximo, emsubsuperfície, aos divisores do escoamento superficial de água das sub-bacias hidrográficas.

Desta forma, as isopiezas (linhas de mesma cota do nível freático da água)apresentam-se alongadas, acompanhando a topografia dos espigões eplanaltos. As linhas de fluxo do escoamento subterrâneo convergemnaturalmente em direção as calhas dos rios que tem caráter efluente, ou seja,recebem contribuição direta das águas subterrâneas.

Os gradientes hidráulicos da superfície potenciométrica do aqüífero Bauru sãoelevados, variando de 8 a 10 metros / km nas áreas. A velocidade média daágua subterrânea nas direções predominantes de fluxo, estimada com baseno gradiente hidráulico, na permeabilidade e na porosidade eficaz dos arenitos,apresenta uma variação, em escala regional, da ordem de 4 cm/dia

Do ponto de vista da produtividade do aqüífero Bauru é utilizado o conceito decapacidade especifica com valores obtidos a partir de testes de bombeamentorealizados nos poços tubulares da região quando do desenvolvimento doestudo do DAEE em 1974. Cabe relembrar a capacidade específica comoparâmetro definido pelo quociente resultante da divisão da vazão (Q) do poço,em m³/h, pelo rebaixamento (∆s) do nível de água, em metros, verificado nopoço em questão. Segundo Rocha et al. (1982), os valores médios da

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capacidade específica variam, geralmente, de 0,5 a 1,0 m³/h/m nas áreas dedomínio da Formação Adamantina, unidade predominante na Bacia do BaixoPardo Grande.

Aqüífero Serra Geral

O aqüífero Serra Geral aflora na porção leste da Bacia do Baixo Pardo-Grande,numa extensão equivalente à área do aqüífero Bauru. Seus tipos litológicos sãoos basaltos, rocha cristalina ígnea de caráter vulcânico, dispostos em forma dederrames sucessivos de lava, apresentando características físicas variáveisque influem no seu comportamento hidrogeológico. Além de horizontes derocha alterada que podem ocorrer próximo a superfície nas áreas deafloramento, os níveis de rocha apresentando o basalto vesicular ouamigdaloidal, a ocorrência localizada de horizontes delgados de sedimentosentre os derrames (sedimentos “intertrapeanos”) e, principalmente, aocorrência de descontinuidades de origem diversa como falhamentos regionaise secundários, fraturas e sistemas de diaclasamento, condicionam o fluxo daágua subterrânea no aqüífero, afetando o regime hidrológico local e suaspotencialidades como manancial para exploração.

Apesar de mostrar muita heterogeneidade no seu comportamentohidrogeológico, o aqüífero Serra Geral pode ser considerado como um aqüíferocontínuo no sentido regional da bacia devido à sua grande extensão eespessura em toda a região transcendente aos limites da bacia. Trata-se,portanto, de um aqüífero heterogêneo, com porosidade de fissuras, localmentedescontínuo e fortemente anisotrópico.

O aqüífero apresenta uma transmissividade baixa e complexa no sentidovertical, possibilitando a ocorrência de lençóis suspensos de água subterrâneanos horizontes aqüíferos constituídos pela zona de contato entre os sucessivosderrames. Desta forma, é comum encontrar-se uma variação significativaquanto ao nível potenciométrico regional do aqüífero Serra Geral notando osníveis de água em poços que exploram esse aqüífero em uma mesma região.Esse comportamento resulta de diferentes pressões associadas a zonas derecarga e a conexões hidráulicas subordinadas a diferentes estruturascondicionantes das descontinuidades verticais a sub-verticais que afetam aseqüência de derrames. É através dessas descontinuidades, caracterizadaspor falhamentos, fraturas e zonas de diaclasamento mais intenso, que seprocessa o fluxo de água subterrânea para zonas mais profundas no basalto,possibilitando a interligação entre os diferentes horizontes aqüíferos.

Apesar de sua potencialidade variável e até mesmo de seu caráter local deaqüífero eventual, a exemplo dos aqüíferos “Cristalinos”, não há dúvidas sobrea conveniência de sua exploração para aproveitamentos diversos de águasubterrânea. Tal aspecto é válido nas áreas onde aflora o aqüífero Serra Gerale nas regiões onde o aqüífero Bauru é pouco expressivo em espessura oumenos produtivo, viabilizando a exploração conjunta dos dois aqüíferos visandoincrementar os resultados dos poços.

O estudo do DAEE 1974 mostra que os poços explorando o aqüífero Serra

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Geral em áreas de ocorrência de descontinuidades no basalto apresentamresultados bastante positivos em termos de vazão de explotação, indicando aimportância da localização do poço associada a estruturas geológicas comoreferência importante e decisiva sobre seu desempenho.

Aqüífero Botucatu

O aquífero Botucatu ocorre sob toda a extensão da Bacia do Baixo Pardo-Grande sotoposto a seqüência de derrames de basalto da Formação SerraGeral, em contato com esta por descontinuidade angular, em profundidadesque variam de 100 a cerca de 800 metros. A seqüência de derrames debasalto impõe ao aqüífero Botucatu um grau de confinamento na região e asisóbatas do seu topo sob a bacia se encontram entre as cotas (+) 400 e (-) 350metros.

O aqüífero Botucatu, mais recentemente denominado também como aqüíferoGuarani, é constituído pelos arenitos eólicos da Formação Botucatu,característicos pela sua gênese em ambiente desértico. O arenito “Botucatu”apresenta uma granulação fina, com um diâmetro médio dos grãos da ordemde 0,18 mm, grãos quartzosos bem arredondados, boa esfericidade e teor dematriz argilosa inferior a 10%. As sucessivas camadas de dunas sãoestratificadas de forma assimétrica e formam um formidável pacote da ordemde 150 metros de espessura média.

Sob os arenitos eólicos ocorrem, de forma concordante, os arenitos de origemfluvio-lacustre da Formação Pirambóia. São arenitos de granulação muito fina,com um diâmetro médio dos grãos da ordem de 0,12 mm, que apresentam, dotopo para a base, teores de argila acima de 20% e contem intercalações dehorizontes lamíticos. Geralmente, em regiões diversas, o terço superior dessaformação, com espessura da ordem de 100 m, tem características hidráulicassemelhantes a Formação Botucatu e o conjunto desse pacote sedimentarconstitui a estrutura litológica do Aqüífero Botucatu ou Guarani, que podealcançar uma espessura da ordem de até 350 metros na região da Bacia doBaixo Pardo-Grande.

A importância do aqüífero Botucatu se deve tanto pela sua distribuição sobtoda a extensão da bacia como pela disponibilidade de água de boa qualidadearmazenada nos interstícios dos arenitos que constituem o arcabouçogeológico desse aqüífero. Esse extraordinário manancial que se estende pelaBacia Geológica do Paraná ocupando partes dos territórios do Brasil, Paraguai,Uruguai e Argentina, dispõe de um volume total disponível de água subterrâneada ordem de 40 km³, correspondente a 1.260 m³/s, cerca de 30 vezes superiorà demanda de água proporcionada por toda a população existente sobre suaárea de ocorrência na região Centro-Sul da América do Sul, cerca de 15milhões de habitantes.

De modo geral, a água proveniente do Aqüífero Botucatu é de boa a excelentequalidade e se presta para os diversos usos em quase toda sua área deocorrência, respondendo pelo abastecimento público de água de centenas decidades de pequeno a grande porte, que exploram o aqüífero por meio de

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poços tubulares com profundidade variada. Como exemplos de explotação doaqüífero Botucatu confinado na Bacia do Baixo Pardo-Grande temos os poçosde Barretos, Orlândia e Bebedouro.

Com suas características de aqüífero regional, com porosidade granular,homogêneo e contínuo, o Botucatu sob a região da Bacia do Baixo Pardo-Grande se encontra próximo a um de seus depocentros identificado na porçãoNoroeste do Estado de São Paulo. O aqüífero mergulha suave na direçãoOeste e sua espessura total sob a bacia é estimada entre 150 e 350 metros.

A cota piezométrica do aqüífero Botucatu na Bacia do Baixo Pardo-Grandeencontra-se entre (+) 460 e (+) 520 metros com um gradiente apresentandoleve mergulho na medida que se dirige para o Noroeste da bacia.

A porosidade média do aquífero é da ordem de 17% e a condutividadehidráulica deve variar de 0,02 m/dia, na porção constituída pela formaçãoPirambóia mais lamítica, até 4,6 m/dia nos horizontes eólicos do arenitoBotucatu propriamente dito.

Conforme o “Estudo de Águas Subterrâneas das Regiões Administrativas deRibeirão Preto ”, realizado pelo DAEE - Departamento de Águas e EnergiaElétrica em 1.974, o aqüífero Botucatu deve apresentar valores deTransmissividade (T) entre 300 e 700 m²/dia e de Coeficiente deArmazenamento (S) entre 10-4 e 10-6 para o aqüífero confinado na região daBacia do Baixo Pardo-Grande. No entanto, medidas mais recentes daTransmissividade do aqüífero Botucatu efetuadas em novos poços de váriasoutras regiões tem apresentado índices significativamente mais elevados,atingindo valores acima de 1.000 m²/dia.

Em termos regionais a capacidade específica do aqüífero Botucatu varia de 4 a20 m³/h/m, podendo mesmo chegar além de 20 m³/h/m onde for possível aliarfatores hidrogeológicos favoráveis e as técnicas mais eficientes de construçãode poços.

A temperatura da água subterrânea proveniente do aquífero Botucatu naregião da Bacia do Baixo Pardo-Grande pode alcançar valores da ordem de40°C.

A recarga natural do aqüífero Botucatu ocorre tanto pela parcela significativa daágua pluvial que se infiltra no aqüífero a partir das precipitações nas áreasdistantes de afloramento superficial dos arenitos, como também pelapercolação vertical de água subterrânea que ocorre ao longo dedescontinuidades, por meio dos interfluxos hidráulicos entre os arenitos e osbasaltos do aqüífero Serra Geral sobreposto, mormente onde a cargapiezométrica favorece a ocorrência de fluxos descendentes.

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2.4.3.- Uso dos Recursos Hídricos e Demanda de Água

Uso doméstico

Na UGRHI do Baixo Pardo/Grande observou-se um panorama heterogêneo emtermos de abastecimento público, cujos sistemas de água e esgoto sãoadministrados através das Prefeituras Municipais e da empresa concessionáriaestadual - SABESP.O Quadro 2.4.3.1 resume a situação atual.

Quadro 2.4.3.1 - Uso domésticoEstaca( km ) Município Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

19,1 Barretos CA 0,2222 Cór. Pitangueira5 Barretos CA 0,0231 Cór. Aleixo *

0,13 Sales Oliveira CA 0,0139 Cór. Agudo10,5 Barretos LA 0,0173 Cór. Barro Pretp25,8 Barretos LA 0,0174 Cór. Pedras16,4 Barretos LA 0,0786 Cór. Pitangueiras53 Orlândia LA 0,0889 Cór. Agudo

60,8 Sales Oliveira LA 0,0139 Cór. Agudo0,5 Colômbia LA 0,0175 Cór. Bernarda *

377,45 Colômbia CA 0,0183 Rio Grande0 Colina PO 0,0037 -0 Colômbia PO 0,0012 Cór. Teteq *0 Colômbia PO 0,0025 Cór. Ferraz *0 Colômbia PO 0,0028 Cór. Cachoeira *0 Colômbia PO 0,0005 Cór. Cajarama *0 Colômbia PO 0,0059 -0 Icém PO 0,0014 -0 Colina PO 0,0002 -0 Barretos PO 0,0003 -0 Barretos PO 0,0046 -0 Barretos PO 0,0069 -0 Barretos PO 0,1042 -0 Orlândia PO 0,0678 -

2,12 Morro Agudo CA 0,0229 Cór. Chapéu *2,33 Morro Agudo CA 0,0000 Cór. Chapéu *0,78 Morro Agudo LA 0,0106 Cór. Chapéu *2,32 Morro Agudo LA 0,0404 Cór. Chapéu *

0 Morro Agudo PO 0,0248 -31,6 Morro Agudo LA 0,0558 Cór. Agudo0,5 Morro Agudo CA 0,0404 Cór. Chapéu *8 Viradouro CA 0,0139 Cór. Sucuri

1,9 Colina LA 0,0231 Cór. Jorge Venâncio*1,4 Viradouro LA 0,0128 Água Limpa *8 Viradouro LA 0,0139 Cór. Sucuri

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Quadro 2.4.3.1 - Uso doméstico (continuação)Estaca( km ) Município Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

0 Colina PO 0,0122 -0 Viradouro PO 0,0114 -0 Colina CA 0,0231 -

1,9 Bebedouro CA 0,0750 Cór. Retiro2,7 Bebedouro CA 0,0525 Cór. Consulta1 Orlândia CA 0,0602 Cór. Palmitos *

4,35 Jaborandi LA 0,0086 Cór. Jaborandi18,5 Bebedouro LA 0,1111 Cór. Bebedouro14,5 Bebedouro LA 0,0122 Cór. Mantembo0,8 Orlândia LA - Cór. Palmitos *0 Bebedouro PO 0,0269 -0 Botafogo PO 0,0029 -0 Terra Roxa CA 0,0072 -

9,6 Terra Roxa LA 0,0069 Cór. Banharão0 Jaborandi PO 0,0185 -0 Terra Roxa PO 0,0030 -

8,5 Guaraci CA 0,0148 Cór. Bocaina3,6 Guaraci LA 0,0097 Cór. Creciúma33 Altair PO 0,0028 Cór. Santana4,5 Icém CA 0,0097 Água Rasa *

2,20 Icém LA 0,0008 Água Rasa *0 Altair PO 0,0028 Cór. Santana

Obs.: Os mananciais em asterisco não foram encontrados em cartas de 1:250.000

Uso industrial

A Unidade Hidrográfica da Bacia Pardo/Grande abriga boa parte da produçãode álcool do estado de São Paulo, contribuindo significativamente na pauta deexportação de produtos combustíveis.De qualquer forma, o uso industrial da água é muito significativo, e acomparação em termos de demandas mostra que o mesmoultrapassa o usopara fins domésticos. O Quadro 2.4.3.2 resume a situação atual.

Quadro 2.4.3.2 - Uso industrialEstaca( km )

Nome daindústria Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

4,13 Viralcool A CA 0,1667 Eurico Rosa *4,0 Viralcool A LA 0,0111 Eurico Rosa *

69,7 Ceval Alime LA 0,0069 Cór. Agudo53,8 Produtos A LA 0,0025 Cór. Agudo

22,08 Destilaria A CA 0,2500 Cór. Turvo4,8 Destilaria A LA 0,0556 Cór. Turvo0 Produtos A PO 0,0076 -0 Produtos A PO 0,0120 -0 Comfrio AR PO 0,0030 -

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Quadro 2.4.3.2 - Uso industrial (continuação)Estaca( km )

Nome daindústria Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

0 Comfrio AR PO 0,0030 -0 Matadouro CA - -

2,5 Frigorífico CA 0,0025 Cór. Aleixo0 Matadouro LA - -0 Matadouro LA 0,0002 -0 Matadouro LA 0,0001 -

0,7 Frigorífico LA 0,0050 Cór. Aleixo *67,5 Cia Açucare CA 0,5083 Cór. Rosário65,5 Cia Açucare LA 0,1922 Cór. Rosário

0 Cia Açucare PO 0,0012 -20,1 Frutesp S.A. CA 0,0556 Cór. Mandembo *0,95 Frutesp S.A. CA 0,5556 Cór. Limas *0,1 Frutesp S.A. LA 0,2222 Cór. Limas *0 Irmãos Cer. PO 0,0009 -0 Frigorífico PO 0,0023 -0 Laticínios C PO 0,0051 -0 Usinas Reunidas PO 0,0004 -0 Matadouro CA - -0 S.A. Frigorífico CA - -0 Matadouro LA - -0 S.A. Frigorífico LA - -9 Usina de Álcool CA 0,5833 Cór. Agudo

19 Cargill Cit 0,0972 Rib. Bebedouro2,9 Cia Mogiana 0,0208 Rib. Palmitos *

1,35 Cia Mogiana 0,0111 Rib. Palmitos *3 Dama Destilaria 0,0389 Cór. São Jerônimo *0 Cargill Cit 0,0333 -0 Frigorífico 0,0017 -0 Algodoeira - -0 Algodoeira - Cór. Agudo

30,15 Nestlé Industrial 0,0006 -Obs.: Os mananciais em asterisco não foram encontrados em cartas de 1:250.000

Uso na irrigação

Através da demanda observada no Quadro 2.4.3.3, a irrigação não é práticacomum na bacia, o que não tem grande representatividade, talvez os solos dabacia são classificados como inapropriados para irrigação ou apresentamlimitações de drenagem.

Quadro 2.4.3.3 - Uso na irrigaçãoEstaca( km ) Cultura Q captada

( m3/s ) Manancial

37,0 - 0,062 Cór. Velho36,0 - 0,064 Cór. Rosário

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Quadro 2.4.3.3 - Uso na irrigação (continuação)Estaca( km ) Cultura Q captada

( m3/s ) Manancial

25,5 - 0,004 Cór. Agudo3,1 - 0,041 Cór. Chapéu *5,4 - 0,060 Cór. São Jerônimo *

2,02 - 0,005 Cór. Sertãozinho *4,9 - 0,055 Cór. Chapéu

Obs.: Os mananciais em asterisco não foram encontrados em cartas de 1:250.000

Uso na aquicultura

É uma atividade muito comum na bacia, conforme pode ser visto no Quadro2.4.3.4.

Quadro 2.4.3.3 - Uso na aquiculturaEstaca( km )

Nome doagricultor Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

1,06 Edmilson M CA 0,0028 Cór. Barro Preto4,75 Olga Tessit CA 0,0147 Cór. Grande0,55 Alcindo Jur CA 0,0075 Cór. Grande0,75 Olga Tessit CA 0,0039 Cór. Grande5,5 Francisco J CA 0,0019 Cór. Cachoeirinha *

0,25 Jonson Xus CA 0,0006 Cór. Manquebo *0,95 Edmilson M LA 0,0028 Cór. Barro Preto4,2 Olga Tessit LA 0,0147 Cór. Grande0,5 Alcindo Jun LA 0,0075 Cór. Grande0,6 Olga Tessit LA 0,0039 Cór. Grande

5,25 Francisco J LA 0,0042 Cór. Cachoeirinha *0,20 Jonson Xus LA 0,0006 Cór. Manquebo *6,02 Francisco J CA 0,0019 Cór. Cachoeirinha *1,06 Djair da Silva CA 0,0056 Cór. Água Limpa0,55 Djair da Silva LA 0,0056 Cór. Água Limpa5,15 Otávio Brig CA 0,0556 Cór. Água Limpa0,60 Wanderley CA 0,0036 Cór. Aleixo *

18,14 Sypriano R CA 0,0167 Cór. Indaiá2,10 Humberto D CA 0,0219 Cór. Pedras1,80 Isleia Pache CA 0,0036 Cór. Figueiras5,30 Antonio Ro CA 0,0125 Cór. Criciúma0,40 Maurício Ho CA 0,0008 Cór. Sobradinho *4,80 Otávio Brig LA 0,0556 Cór. Água Limpa0,07 Wanderlei LA 0,0008 Cór. Aleixo *0,12 Wanderlei LA 0,0008 Cór. Aleixo *0,16 Wanderlei LA 0,0008 Cór. Aleixo *0,20 Wanderlei LA 0,0008 Cór. Aleixo *0,53 Leões empreend LA 0,0031 Cór. Aleixo *2,00 Transporta LA 0,0017 Cór. Pitangueiras

18,86 Sypriano R LA 0,0167 Cór. Indaiá

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Quadro 2.4.3.3 - Uso na aquicultura (continuação)Estaca( km )

Nome doagricultor Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

1,2 Humberto D LA 0,0219 Cór. Pedras1,5 Isleia Pache LA 0,0036 Cór. Figueira5,0 Antonio Ro LA 0,0125 Cór. Criciúma3,0 Maurício Ho LA 0,0008 Cór. Sobradinho *

2,07 Transporta CA 0,0017 Cór. Pitangueiras0,67 Leões empreend CA 0,0031 Cór. Aleixo *

0 Américo Pa PO 0,0012 Cór. Aleixo *4,5 Dilter Piov CA 0,0183 Cór. Velho1,5 Dilter Piov LA 0,0183 Cór. Velho

Obs.: Os mananciais em asterisco não foram encontrados em cartas de 1:250.000

Uso na pecuária

Sem muita representatividade na demanda de água da bacia. O Quadro 2.4.3.5indica a situação atual.

Quadro 2.4.3.5 - Uso na pecuáriaEstaca( km )

Nome dopecuarista Tipo Vazão

( m3/s ) Manancial

34,7 Enio Melo R CA 0,0014 Cór. das Pedras34,5 Enio Melo R LA 0,0011 Cór. das Pedras

Demanda global por uso

Tendo como base o Cadastro de Usuários do Departamento de Águas eEnergia Elétrica da Secretaria de Recursos Hídricos Saneamento e Obras -DAEE / SRHSO, apresentamos abaixo a demanda solicitada por uso,disponibilidade hídrica na forma de Q7,10, para a UGRHI do Baixo Pardo/Grande, conforme pode ser visto no Quadro 2.4.3.6.

Quadro 2.4.3.6 - Demanda de água na bacia

Usos Demanda( m3/s )

DisponibilidadeQ7,10 (m3/s)

Relaçãodem./disp.

Urbano 0,653Industrial 2,122Irrigação 0,235

Aquicultura 0,354Pecuária 0,002Outros 0,003TOTAL 3,369 21,36 15,77

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Gráfico 2.4.3.1 - Demanda de água na bacia

2,122

0,235

0

0,653

0,354

0,002 0,003 00,001

0,3540,4960,539

0

1

2

Urbano Industrial Irrigação Aquicultura Pecuária Outros

Captação Lançamento

Informamos ainda, que o consumo hídrico representa 15,77 % dadisponibilidade hídrica existente para toda a bacia.Porém, em relação às sub-bacias existentes, as relações entre demandas edisponibilidades variam entre 0,00 a 50 %, permitindo a identificação de áreascríticas, tais como as sub-bacias dos rios Agudo e das Pitangueiras, conformepode ser visto no Quadro 2.4.3.7.

Quadro 2.4.3.7 - Demanda de água nas sub-baciasSub-bacia Ribeirão Santana

Usos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.Urbano 0,028

Industrial -Irrigação -TOTAL 0,028 2,00 1,40

Sub-bacia Ribeirão AnhumasUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano -Industrial -Irrigação -TOTAL - 1,61 -

Sub-bacia Ribeirão GrandeUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,018Industrial -Irrigação -TOTAL 0,018 1,05 1,71

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Quadro 2.4.3.7 - Demanda de água nas sub-bacias (continuação)Sub-bacia Rio Velho

Usos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.Urbano -

Industrial -Irrigação 0,58TOTAL 0,58 1,01 5,74

Sub-bacia Córrego Água LimpaUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,012Industrial -Irrigação -TOTAL 0,012 0,867 1,38

Sub-bacia Córrego das PedrasUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,017Industrial -Irrigação -TOTAL 0,017 0,904 1,88

Sub-bacia Córrego JacaréUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,017Industrial -Irrigação -TOTAL 0,017 1,66 1,02

Sub-bacia Ribeirão das PitangueirasUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,300Industrial -Irrigação -TOTAL 0,300 0,639 46,95

Sub-bacia Ribeirão do RosárioUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,111Industrial 0,097Irrigação 0,064TOTAL 0,272 2,45 11,10

Sub-bacia Ribeirão do TurvoUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,008Industrial 0,305Irrigação -TOTAL 0,313 1,64 19,90

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Quadro 2.4.3.7 - Demanda de água nas sub-bacias (continuação)Sub-bacia Ribeirão das Palmeiras

Usos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.Urbano 0,139

Industrial -Irrigação -TOTAL 0,139 2,16 6,43

Sub-bacia Ribeirão do BanharãoUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,001Industrial -Irrigação -TOTAL 0,001 0,611 0,163

Sub-bacia Ribeirão IndaiáUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano -Industrial -Irrigação -TOTAL - 1,46 -

Sub-bacia Ribeirão do AgudoUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,172Industrial 0,592Irrigação 0,004TOTAL 0,768 1,48 51,89

Sub-bacia Córrego da SucuriUsos Dem. (m3/s) Disp. Q7,10 (m3/s) dem./disp.

Urbano 0,027Industrial -Irrigação -TOTAL 0,027 1,82 1,48

Explotação de água subterrânea na bacia

A partir das informações fornecidas pelo DAEE sobre os poucos poçosregularizados ou em vias de regularização administrativa de usuários públicosou privados das águas subterrâneas (Quadros 2.4.3.8. e 2.4.3.9.), cadastradosem atendimento às determinações da legislação estadual vigente, verifica-se acarência de um cadastramento sistemático dos poços tubulares profundos naBacia do Baixo Pardo-Grande a exemplo das demais UGRHI’s. Este fatomarcante impossibilita uma caracterização mais precisa da quantidade atual deágua subterrânea explotada a partir dos três aqüíferos que ocorrem na bacia.

Nos “Estudos de Águas Subterrâneas das Regiões Administrativas 6 – RibeirãoPreto, 1974 e 7 - Bauru, 1976 ” realizado pelo DAEE, abrangendoexclusivamente a região da Bacia do Baixo Pardo-Grande foram cadastradoscerca de 130 poços que, atualmente, não se conhece suas condições de uso e

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funcionamento, podendo parte deles encontrar-se desativados.

A partir de dados mais recentes de poços, proporcionados por relatóriosinternos da Cetesb (1997) e da Sabesp (1997-98), procurou-se estabeleceruma estimativa da extração atual de água subterrânea (Quadro 2.4.3.10).Assim, a partir destes relatórios obteve-se um número de 58 poços tubularesutilizados exclusivamente para o abastecimento público, que explotam cerca de9,5 milhões de m³/ano, equivalentes a uma vazão de 0,3 m³/s de águassubterrâneas. Considerando que, com base nos estudos do DAEE de 1974, oabastecimento público corresponde a cerca de 75% do total de águasubterrânea explotada na Bacia do Baixo Pardo-Grande, inferiu-se em cercade 12.600 x 10³ m³/ano de águas subterrâneas, equivalente a 0,4 m³/s, sãoutilizados para as diversas finalidades na bacia.

Em termos da quantidade total de poços é possível inferir a existência de cercade 180 poços ativos em operação na Bacia do Baixo Pardo-Grande até 1997.

A partir das taxas verificadas no estudo do DAEE de 1974, inferiu-se que dototal de 0,4 m³/s de água subterrânea explotada na Bacia do Baixo Pardo-Grande, a utilização dos aqüíferos apresenta a seguinte distribuição: cerca de35% da água, equivalente a 0,14 m³/s, seria proveniente do aqüífero Bauru,cerca de 40%, equivalente a 0,16 m³/s, seria proveniente do aqüífero SerraGeral e cerca de 13%, equivalente a 0,05 m³/s, seria proveniente da explotaçãoconjunta dos aqüíferos Bauru e Serra Geral. Com isto, teríamos somente cercade 10%, equivalente a 0,04 m³/s, de água subterrânea proveniente doaqüífero Botucatu, vazão esta que, na realidade atual, deve estar sub-dimensionada.

Quadro 2.4.3.8 – Poços públicos regularizados ou em processo de regularizaçãoN.º MUNICIPIO VAZÃO

(m3/h)PERÍODO

(h) AQUIF SOLIC SITUAÇÃO

1 ALTAIR 32 20 ND LO OUT2 ALTAIR 12 20 GB LO OUT3 BARRETOS 15 20 GB LE OUT4 BARRETOS 20 20 GB LE OUT5 BARRETOS 30 20 GB LE OUT6 BARRETOS 450 20 BO LE OUT7 BEBEDOURO 129 18 ND N/C OUT8 BOTAFOGO 14 18 ND N/C OUT9 COLINA 16 20 GB LO OUT10 COLINA 15 0 GB LE OUT11 COLINA 117 9 ND N/C CAD12 COLOMBIA 5 20 SG LO OUT13 COLOMBIA 11 20 SG LO OUT14 COLOMBIA 12 20 SG LO OUT15 COLOMBIA 2 20 SG LO OUT16 COLOMBIA 26 20 SG LO OUT17 ICEM 33 20 SG LO OUT18 ICEM 6 20 SG LO OUT

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Quadro 2.4.3.8 – Poços públicos regularizados ou em processo de regularização(continuação)

N.º MUNICIPIO VAZÃO(m3/h)

PERÍODO(h) AQUIF SOLIC SITUAÇÃO

19 JABORANDI 40 20 SG LO OUT20 JABORANDI 80 20 SG LO OUT21 MORRO AGUDO 134 16 ND N/C CAD22 ORLANDIA 244 24 BO LE OUT23 TERRA ROXA 13 20 ND LO OUT24 VIRADOURO 76 13 ND N/C CAD

Fonte: DAEE

Quadro 2.4.3.9 - Poços privados regularizados ou em processo de regularização

N.º MUNICIPIO VAZÃO(m3/h) AQUIF USO SOLICIT SITUA

ÇÃO25 COLINA 5 BS OT LE OUT26 ORLANDIA 5 SG AQ LO OUT27 BARRETOS 10 GB OT LO OUT28 BEBEDOURO 13 GB IND OU OUT29 BEBEDOURO 13 GB IND OU OUT30 ORLANDIA 33 SG IND N/C OUT31 ORLANDIA 52 BO IND N/C OUT32 MORRO AGUDO 10 ND IND OU OUT33 MORRO AGUDO 13 ND IND OU OUT34 BARRETOS 10 ND IND N/C CAD35 BARRETOS 14 ND IND N/C CAD36 BEBEDOURO 22 ND IND N/C CAD37 BARRETOS 4 ND IND N/C CAD38 BEBEDOURO 120 ND IND N/C OUT

AQUIFEROS: GB - Bauru; SG – Serra Geral; BS – Bauru/Serra Geral; BO – Botucatu.LE - Licença de Execução ; LO – Licença de Operação; IP – implantação de Empreendimento;IND – industria; AQ – aquicultura; OT – outros; OU – Outorga de Uso; CAD – Cadastrado; OUT – Outorgado; ND – nãodefinido; N/C – nada consta.Observação: Os dados e valores mostrados nos Quadros 2.4.3.8 e 2.4.3.9 estão conforme constam nocadastro do DAEE (informações atualizadas até Maio / 99)

Quadro2.4.3.10 - Estimativa da explotação dos Recursos Hídricos Subterrâneosna Bacia do Baixo Pardo-Grande.

Nº totalde poços(1)

Ab PúblicoNº total( 2)

Ab. Público(2)(Aproximado)

Totalgeral

Poços(3)Uso Geral

(3)

Nº poços 130 58 180TOTAL (1.000 m³/ano) 9.500 12.600

TOTAL (m³/s) 0,3 0,4(1) - fonte : DAEE(74)(2) - fonte : CETESB (97) e Sabesp (97)(3) – Estimativa inferida.

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2.4.4 Balanço Demanda x Disponibilidade

Um levantamento sobre a utilização dos recursos hídricos superficiais deUGRHI foi efetuado, no decorrer dos estudos hidrológicos, com o objetivo deapresentar uma estimativa preliminar da quantidade de água destinada aosusos principais na região a fim de fornecer subsídios básicos ao planejamentodestes recursos.

Neste levantamento, procurou-se cobrir todos os municípios integrantes daUGRHI em estudo, utilizando o Cadastro de Usuários dos Recursos Hídricosdo DAEE/SP, de modo que a estimativa do volume total explorado seaproximasse o máximo possível da realidade, através das captaçõesoutorgadas destinadas a uso urbano, industrial e para irrigação.

A quantidade total de água superficial utilizada na UGRHI é difícil de estimar,tendo em vista o grande número de rios e córregos que atendem aoabastecimento das populações e rebanhos nas vilas, povoados e fazendas nazona rural. Todavia, com o conhecimento da estrutura do uso da água naregião, uma estimativa geral pode ser apresentada.

Nestas condições pode-se apresentar, tendo como fulcro o Cadastro deUsuários dos Recursos Hídricos do DAEE/SP, a quantidade de água superficialutilizada, considerando os sistemas de captação existentes.

Na elaboração do balanço disponibilidades/demandas não foram consideradosos usos não consuntivos existentes na região, quais sejam geração de energiae navegação.

O consumo para fins industriais é de 2,122 m3/s, e é proveniente, em suamaioria, dos afluentes do rio Pardo.

O consumo atual de água superficial para abastecimento urbano é de 0,653m3/s e é proveniente, em sua maioria, também dos afluentes.

Além destas fontes de captação principais, a água superficial é utilizadatambém para irrigação, porém em pequena escala, totalizando 0,235 m3s.

O balanço disponibilidades/demandas, conforme apresentado a seguir,confronta os diferentes consumos atuais com as disponibilidades potenciais,independentemente de suas características de qualidade, e será a diferençaentre a vazão final Q7,10, e a demanda para os diversos usos, considerando osseguintes percentuais para as perdas consuntivas:

• Uso urbano : 10%• Uso industrial : 20%• Irrigação : 75%

Portanto o balanço disponibilidades/demandas para a UGRHI do Baixo Pardo /Grande, será:

BDD = Q7,10 - (0,10 Durb + 0,20 Dind + 0,75 Dirrig)

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BDD = 21,36 - (0,10 x 0,653 + 0,20 x 2,122 + 0,75 x 0,235)

BDD = 21,36 - 0,286

BDD = 21,07 m3/s

onde:BDD = balanço disponibilidades/demandas, em m3/s;Q7,10 = vazão de 7 dias para 10 anos de retorno, em m3/s;Durb = demanda para abastecimento urbana, em m3/s;Dind = demanda para abastecimento industrial, em m3/s; eDirrig = demanda para irrigação, em m3/s

O Gráfico 2.4.4.1, mostra a comparação entre as disponibilidades em suasvárias formas, e as demandas superficiais das águas para os usos eabastecimento urbano, industrial e irrigação.

Gráfico 2.4.4.1 - Comparação disponibilidades x demandas - BaixoPardo/Grande

21,36

0,6532,122

0,235

3,010

0

5

10

15

20

25

Q7,10 Durb. Dind. Dirrig. Dtotal

Vazã

o ( m

3 /s )

Disponibilidade de Água Subterrânea na Bacia

Seguindo o conceito fundamental de que a água subterrânea é umacomponente indissociável do ciclo hidrológico, sua disponibilidade no aquíferorelaciona-se diretamente com o escoamento básico da bacia de drenageminstalada sobre sua área de ocorrência. O potencial de água subterrânea dabacia constitui então uma parcela desse escoamento que, por sua vez,

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corresponde a recarga transitória do aquífero. Assim, para uma estimativa dadisponibilidade hídrica do aquífero, torna-se fundamental a determinação doescoamento básico da bacia que se pretende avaliar.

Para as estimativas estabelecidas neste diagnóstico, os volumes de recargatransitória média multianual dos aquíferos que correspondem ao escoamentobásico, foram utilizados dados obtidos a partir do relatório “Caracterização dosRecursos Hídricos do Estado de São Paulo” elaborado pelo DAEE em 1984,conforme mostrado na Quadro 2.4.4.1.

Quadro 2.4.4.1.– Resumo do Balanço Hídrico na Bacia do Baixo Pardo/GrandeÁrea da bacia

(km2)PrecipitaçãoMédia (mm) Esc. Médio Esc. Básico Esc. Básico

(mm/ano) (m3/s) (mm/ano) (m3/s)7.091 1.400 93 200 45

A quantidade de água subterrânea possível de ser retirada de um aquífero é dedifícil precisão, tratando-se de uma questão subjetiva e, portanto, polêmica,dentro de limites a serem estabelecidos e com um limite máximo determinadopela geometria do aquífero, suas propriedades físicas intrínsecas e suascaracterísticas hidrodinâmicas.

O limite estabelecido relaciona-se com a reserva reguladora de água noaquífero que é mantida pelo volume de água infiltrado para o aquífero a partirda precipitação que ocorre na bacia, atuando diretamente no escoamentobásico dos corpos de água superficial da região. Em outro termos, esse volumeequivale a recarga média multianual do aquífero ou ainda ao potencialrenovável de água subterrânea de uma bacia, correspondendo ao volume deágua que é drenado pelos rios na forma de seu escoamento básico, desde quenão ocorram retiradas artificiais significativas de água dos aquíferos, através daexplotação por poços, ou que não ocorra a recarga profunda, característica emaquíferos confinados como pode ser o caso do Botucatu na região.

Diante desses fatos ficam claras as várias limitações que se impõem aosvolumes ou reservas explotáveis de água subterrânea a partir dos aquíferosque ocorrem na bacia. A questão é técnica e também econômica quando sedeve decidir o quanto desejamos influenciar no escoamento básico e, porconseguinte, nas vazões mínimas dos rios da bacia. Os limites estabelecidosneste diagnóstico levam em conta esses aspectos, de forma que as parcelasde água retiradas ao escoamento dos rios e ribeirões não signifiquem reduçõestão críticas nas vazões atuais, considerando o retorno da água através dosesgotos urbanos e efluentes industriais, da ordem de 80% da água consumida.

Assim, para estabelecermos a disponibilidade potencial ou reservas explotáveisde água subterrânea a partir dos aquíferos Bauru e Serra Geral na Bacia doBaixo Pardo/Grande foi fixado o índice de 25% do volume da recarga transitóriamédia multianual dos dois aquíferos na bacia, ou seja 11 m³/s.

Salientamos que esse valor assim determinado e utilizado como a

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disponibilidade potencial de água subterrânea na Bacia do Baixo Pardo/Grandenão deve ser tomado como absoluto ou definitivo, mas reconhecido como umvalor inferido dentro do escopo de um diagnóstico estimativo do potencial deágua subterrânea, permitindo o desenvolvimento do planejamento racional deseu aproveitamento. A qualquer tempo é possível a revisão desse limite,associando-o a outros fatores de ordem econômica, tecnológica ou,simplesmente, de demanda.

Desta forma, é possível notar o grau atual de comprometimento dadisponibilidade de água subterrânea na Bacia do Baixo Pardo/Grandeefetuando-se a comparação entre a sua disponibilidade potencial na bacia,estabelecida em 11 m³/s, e a vazão total explotada pelos poços em 1997,inferida da ordem de 0,4 m³/s, que representa um índice de utilização menorque 4% do recurso hídrico subterrâneo disponível, segundo os critériosadotados nesta avaliação.

Quadro 2.4.4.2.- Disponibilidade de Águas Subterrâneas na Bacia do BaixoPardo/Grande

Esc. Básico(m3/s)

Indice (%)deaproveitamento

Disponibilidade(m3/s)

Consumo(m3/s)

Índice (%) deComprometimento

45 25 11 0,4 <4

Não foi estabelecido um valor para a disponibilidade de água subterrânea parao aquífero Botucatu na Bacia do Baixo Pardo/Grande em razão de suascondições de ocorrência na região que dificultam sobremaneira a inferência deparâmetros que permitam estabelecer os limites para sua explotação. Dequalquer modo, em razão de suas características hidrogeológicas bastanteprivilegiadas e do aproveitamento ainda pouco significativo do aquífero naregião, é possível considerar sua disponibilidade potencial como apta aoatendimento de quaisquer demandas de água para usos diversos que venhama ser impostas na área da Bacia do Baixo Pardo/Grande ao longo das próximasdécadas.

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2.4.5.- Fontes de Poluição

Esgoto doméstico

O Quadro 2.4.5.1, cujas informações foram obtidas em levantamento decampo, junto à SABESP, CETESB e prefeituras, dá idéia da situação precáriaem que se encontra a UGRHI, relativamente aos sistemas de esgoto sanitáriodoméstico.

A maioria dos municípios lança seus efluentes diretamente nos corpos d’águasem qualquer tipo de tratamento. Apenas Barretos e Viradouro dispõem delagoas de estabilização. Mesmo assim, segundo informação da CETESB,Barretos lança uma carga poluidora de 3.858 kgDBO5/dia no Córrego dasPedras, pertencente à sub-bacia 34 do Ribeirão das Pitangueiras.

A cidade de Colômbia, dispondo de fossa-filtro, ainda despeja 201 kgDBO5/diano Rio Pardo, dentro da sub-bacia 10 do Rio Grande.

Estima-se em, aproximadamente, 10 tDBO5/dia a carga poluidora lançada naUGRHI, proveniente de esgotos domésticos.

Esta situação sugere atenção para as sub-bacias

- Ribeirão das Pitangueiras (34)- Ribeirão das Palmeiras (60)- Ribeirão do Turvo (50)

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Quadro 2.4.5.1 - Situação dos sistemas de esgotos sanitários domésticosPOPULAÇÃO CARGA CORPO RECEPTOR

MUNICÍPIO(por sub-bacias) Urbana Atendida

(%)Potencial

(KgDBO5/dia)Remanescente(KgDBO5/dia)

SISTEMA DETRATAM.

(Tipo)

VAZÃOLANÇADA

(L/s)

EFIC.DO

TRATAMENTO

(%)Nome Classe Estaca

CAPTAÇÃOJUSANTE(distância)

SUB-BACIA RIBEIRÃO SANTANA (A)

Altair 3.504 52,92 117 117 Córrego SantanaGuaraci 6.862 67,02 285 285 Córrego CriciúmaIcém 6.020 82,77 289 58 Córrego Água Limpa

Total Sub-bacia 16.386 691 460

SUB-BACIA RIO GRANDE (10)

Colômbia 4.338 59 201 201 Fossa-filtro 10 Rio Pardo

Total Sub-bacia 4.338 201 201

SUB-BACIA RIBEIRÃO DAS PITANGUEIRAS (34)

Barretos (1) 95.698 100 4.822 3.858 Lagoa estibil. 54,44 95 Córrego das PedrasBarretos (2) Lagoa estibil. 48,88 Córrego Barro Preto

Total Sub-bacia 95.698 4.822 3.353

SUB-BACIA RIBEIRÃO DO TURVO (50)

Colina 14.489 78 711 711 Córrego José VenâncioJaborandi 6.723 81,33 305 61 Lagoa estibil. 100 Córrego Jaborandi

Total Sub-bacia 21.212 1.016 772

SUB-BACIA RIBEIRÃO DAS PALMEIRAS (60)

Bebedouro 67.864 3.348 3.348 Córrego Bebedouro

Total Sub-bacia 67.864 3.348 3.348

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Quadro 2.4.5.1 - Situação dos sistemas de esgotos sanitários domésticos (continuação)POPULAÇÃO CARGA CORPO RECEPTOR

MUNICÍPIO(por sub-bacias) Urbana Atendida

(%)Potencial

(KgDBO5/dia)Remanescente(KgDBO5/dia)

SISTEMA DETRATAM.

(Tipo)

VAZÃOLANÇADA

(L/s)

EFIC.DO

TRATAMENTO

(%)Nome Classe Estaca

CAPTAÇÃOJUSANTE(distância)

SUB-BACIA RIBEIRÃO DO BANHARÃO (71)

Terra Roxa 7.202 86,18 310 310 Córrego Banharão

Total Sub-bacia 7.202 310 310

SUB-BACIA RIBEIRÃO DO AGUDO (80)

Morro Agudo 20.494 78,5Orlândia 27.833 90,59 Córrego do Agudo

Total Sub-bacia 48.327

SUB-BACIA CÓRREGO SUCURI (90)

Viradouro 13.303 88,7 632 382 Lagoa estabil. 100 Córrego Bebedouro

Total Sub-bacia 13.303 632 382TOTAL GERAL 274.330

(1) – Sede do município(2) – Condomínios e bairros

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Esgoto industrial

As indústrias mais importantes do Baixo Pardo/Grande são monitoradas pelaCETESB, que disponibilizou o relatório abaixo, datado de 18 de dezembro de1998. Nele encontram-se registrados o nome da empresa, seu endereço eatividade desenvolvida, e as cargas remanescentes, orgânica e inorgânica,lançadas nos cursos d’água da região.

Quadro 2.4.5.2 - Indústrias monitoradas pela CETESB na UGRHI 12

Empresa, endereço e atividadeCarga

Orgânicaremanesc.

(t/ano)

Cargainorgânicaremanesc.

(t/ano)

Município de Barretos

Anglo Alimentos S.A.Av. Central s/n - 14780-000Fáb. de conserva de carne e sabão

78 -

Industria e Comércio de Carnes Minerva Ltda.Prolong. Av. Ant. Manco Bernardes s/n Zona RuralAbate de bovinos

233 -

Irmãos Cervi Ltda.Estr. Mat. Munic. s/n Bairro: Curtume - 14780-000Curtimento

30 3,24

Leilac Produtos Lácteos Ltda.R. 48 320, Bairro: Jardim Alvorada - 14780-000Produção de leite

1,5 -

Metalúrgica Palmerio Ltda.Av. 11 315, Bairro: Centro - 14780-000Fabricação de facas

92,4 -

Município de Bebedouro

Cargill Citrus Ltda.Rod. Armando de Salles Oliveira Km 393 14700-000Produção de concentrados e sucos de frutas

461 -

Coinbra Frutesp S/A.Rodovia Armando Salles Oliveira Km 396Fábrica de suco de laranja

0 -

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Município de Colina

Fricol Frigorífico Colina Ltda.Av. Dr. Manoel Palomino Fernandes, 750, Bairro: Centro- 14770-000Abatedouro e produção de embutidos

18 -

Sucocitrico Cutrale Ltda.Rod. Brig. F. Lima Km 409, Zona Rural – 14770-000Fábrica de suco de laranja e óleo essencial

0 -

Município de Icém

Destilaria Porto Velho S/A.Faz. Sta. Gertrudes Zona Rural, s/n, - 15460-000Destilação de álcool

0,8 -

Município de Morro Agudo

Companhia Açucareira Vale do Rosário.Fazenda Invernada, s/n, Zona Rural – 14640-000Produção de açúcar e álcool

11,23 -

Usina de Açúcar e Álcool MB Ltda.Fazenda Sucuri, s/n, Zona Rural - 14640-000Destilação de álcool

3,60 -

Município de Orlândia

Comércio e Industrias Brasileiras Coinbra S.A.Av. sete 2300, Bairro: Centro 14620-000Fábrica de óleo de soja e sabão

259,39 -

Comércio e Industrias Brasileiras Coinbra S/A.Av. do Café 129, Bairro: Centro, - 14620-000Fábrica de óleo e farelo de soja

207,47 -

Intelli Industria de Terminais Elétricos Ltda.Av. Marginal 680, Bairro; JD. Paraíso, - 14620-000Industr. de terminais e conectores elétricos

3,72 0,29

Morlan S/A.Rua 14 1126, Bairro: Industrial, - 14620-000Fábrica de arames de aço

9,09 116,16

As descargas mais importantes localizam-se nos municípios de Barretos,Bebedouro e Orlândia.

O Quadro 2.4.5.4, com dados de campo, complementa as informações acima.

As indústrias do ramo sucro-alcooleiro, embora dispondo de forte potencialpoluidor, despejam pequena carga em virtude dos seus sistemas detratamento, exceção feita à Distilaria Mandu, no Município de Guaira.

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Quadro 2.4.5.3 - Cargas poluidoras das indústrias do ramo sucro-alcooleiro em Kg DBO5/dia - 1994

Fonte de poluição MunicípioCarga

poluidorapotencial

Usina de Açúcar e Álcool M.B. Ltda. Morro Agudo 118.773Destilaria Mandu Ltda. Guaíra 75.710TOTAL 194.483Fonte: Cetesb Inventário de Fontes de Poluição e Levantamentos executados pelas Regionais.

Resumo da carga poluidora na UGRHI 12

Tomando por base as informações levantadas em campo e aquelasdisponibilizadas pelo DAEE, e constantes do documento “Caracterização daUnidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos”, publicado em 1997 pelaSecretaria do Meio Ambiente e Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamentoe Obras, do Estado de São Paulo, chega-se ao seguinte resumo para a cargapoluidora lançada nos corpos d’água da UGRHI.

! Esgoto doméstico remanescente: 10 tDBO5/dia

! Esgoto industrial remanescente: 1,6 tDBO5/dia

! Total: 11,6 tDBO5/dia

Pelas informações colhidas, os lançamentos poluidores mais importanteslocalizam-se nas sub-bacias

- Córrego das Pedras (32)- Córrego do Jacaré (33)- Ribeirão das Pitangueiras (34)- Ribeirão do Agudo (80)

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Quadro 2.4.5.4 - Carga orgânica industrialCarga Orgânica (kg DBO5/dia)

Potencial Remanescente % de RemoçãoFonte Poluidora MunicípioTeórica Medida Teórica Medida Fonte Acumulada

VazãoEfluente(m3/dia)

Lançamento Final Atividade

Sub-Bacia: RIBEIRÃO DAS PITANGUEIRAS (34)Ind. Carnes Mineiros Barretos 1.414 233 Abate de BovinosAnglos Alimentos S.A Barretos 1.253 78 Córrego Pitangueiras Abate de BovinosFrigor. Touro do Vale Barretos 200 Abate de BovinosIrmãos Cervi Ltda Barretos 998 Curtume

Total Sub-bacia 3.865 311Sub-Bacia: RIBEIRÃO DO TURVO (50)Suco Cutrale S.A Colina 10.944 Cítrica

Total Sub-bacia 10.944Sub-Bacia: RIBEIRÃO DAS PALMEIRAS (60)Coimbra Frutes Bebedouro 16.200 CítricaCargil Citrus Bebedouro 5.500 461 Córrego Bebedouro CítricaLaticínios Catupiry Bededouro 19 0,42 Cítrica

Total Sub-bacia 21.719 461,42Sub-Bacia: *Usina A. Guaira GuaÍra 60.490A. A. O. Rib. Mendonça GuaÍra 136.210Destilaria Mandu S/A GuaÍra 51.846 6.600 Córrego da Onça Destilaria

Total Sub-Bacia 196.700 51.846 6.600TOTAL GERAL

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Resíduos sólidos domiciliares

Especificamente com relação à disposição final dos resíduos sólidosdomiciliares, a CETESB preparou em 1998, um levantamento detalhado dasituação em todos os municípios paulistas.

As formas de disposição dos resíduos sólidos foram classificadas como segue:

Lixão: local onde o lixo urbano ou industrial é acumulado de forma rústica, acéu aberto, sem qualquer tratamento; em sua maioria clandestinos.

Aterro sanitário: processo utilizado para a disposição de resíduos no soloimpermeabilizado, na forma de camadas cobertas periodicamente com terra ououtro material inerte e com sistema de drenagem para o chorume.

Aterro sanitário em vala: consiste no preenchimento de valas escavadas comdimensões apropriadas, onde os resíduos são depositados sem compactação esua cobertura com terra é realizada manualmente.

Incineração: é a queima controlada do lixo inerte, através do processo decombustão que transforma os resíduos sólidos em água, dióxido de carbono eoutros gases.

Usina de compostagem: local onde o lixo doméstico é separado em materialorgânico (restos de comida) e material inorgânico (papel, vidro, lata, plástico). Acompostagem é um processo biológico de decomposição do material orgânicopresente em restos de origem animal ou vegetal.

A metodologia de classificação de áreas de disposição final e de usinas decompostagem, utilizada pelo Inventário Estadual de Resíduos SólidosDomiciliares, baseia-se no Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR) eno Índice de Qualidade de Compostagem (IQC). Estes índices foram definidosnuma pontuação que vai de .0 a10, obtida da consideração de 41 variáveis queabarcam três aspectos básicos: localização, infra-estrutura e condiçõesoperacionais, permitindo o enquadramento dos sistemas analisados em trêscondições:

Inadequada: de 0 a 6 pontos. O sistema não atende às exigências técnicasmínimas de localização, infra-estrutura e operação, implicando em riscopotencial e imediato ao meio ambiente e à saúde pública.

Controlada: mais de 6 a 8 pontos. O sistema atende parte significativa dasexigências mínimas locacionais, mas que, pela deficiência da infra-estrutura eda operação, implica em significativo potencial de poluição ambiental.

Adequada: mais de 8 a 10 pontos. O sistema apresenta garantias suficientesde proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

O quadro abaixo mostra o enquadramento dos sistemas analisados em funçãoda pontuação correspondente.

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Quadro 2.4.5.5 - Valores de IQR/IQC

IQR/IQC ENQUADRAMENTO

0 ≤ ÍNDICE ≤ 6,0 Condições inadequadas6,0 < ÍNDICE < 8,0 Condições controladas8,0 ≤ ÍNDICE ≤ 10,0 Condições adequadas

O quadro adiante reúne as informações relativas aos municípios da UGRHI 12.Nele estão inseridos a população, a produção diária de lixo, a destinação final,os índices IQR e IQC, adiante justificados, a proximidade de habitações ecorpos d’água ao local de destinação final, a profundidade do lençol freático e apermeabilidade do solo.

A análise desse quadro mostra uma situação ainda insatisfatória em que seencontra a região quanto à destinação final do lixo domiciliar, segundolevantamento efetuado pela CETESB.

Alguns municípios, como Altair, Barretos, Colina, Jaborandi e Morro Agudo têmmelhorado de forma significativa a destinação final de seus resíduos sólidos,operando de forma controlada.. Entretanto, apenas Barretos e Jaborandidispõem de aterro sanitário. Todos os demais municípios lançam os seusresíduos em lixões, em condições inadequadas.

De uma forma geral, o lixo é lançado a mais de 500 metros de distância dehabitações. Apenas Colômbia e Terra Roxa lançam seus resíduos a menos de500 metros de habitações.

Note-se que Terra Roxa é o município que se apresenta em condições piores.Além de possuir um dos mais baixos IQR e lançar o lixo a menos de 500metros de habitações, também escolheu um local a menos de 200 metros decorpo d’água, onde o lençol freático encontra-se a menos de três metros deprofundidade.

Os municípios de Guaraci e Viradouro também dispõem seus resíduos próximode corpo d’água. Em Viradouro o lençol freático acha-se a menos de trêsmetros de profundidade.

A permeabilidade do solo na maioria dos municípios é média ou baixa.

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Quadro 2.4.5.6 - Resíduos sólidos domiciliares da UGRHI 12

INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES (Fonte: CETESB - 1998)UGRHI 12

Proximid.habitações

Prox. corpod’água

Profundid.lençol

Permeabil.do soloMunicípio População Lixo

(t/dia)Destinação

finalIQR IQC

>500m

<500m

>200m

<200m

>3m

1a3m

0a1m

B M A

Altair 2.593 1,04 Lixão 7,8 0,0 " " " "Barretos 95.689 47,84 Aterro 7,1 0,0 " " " "Bebedouro 67.864 27,15 Lixão 4,1 0,0 " " " "Colina 14.489 5,80 Lixão 7,1 0,0 " " " "Colombia 4.338 1,74 Lixão 5,8 0,0 " " " "Guaira 30.301 12,12 Lixão 2,8 0,0 " " " "Guaraci 6.862 2,74 Lixão 1,8 0,0 " " " "Icém 6.020 2,41 Lixão 2,8 0,0 " " " "Jaborandi 5.723 2,29 Aterro 7,9 0,0 " " " "Morro Agudo 20.494 8,20 Lixão 6,3 0,0 " " " "Orlândia 27.833 11,13 Lixão 3,6 0,0 " " " "Terra Roxa 7.202 2,88 Lixão 2,8 0,0 " " " "Viradouro 13.303 5,32 Lixão 3,1 0,0 " " " "

Obs.: Os dados apresentados na destinação final fazem parte do Relatório anterior.

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As informações constantes do quadro abaixo foram obtidas diretamente nas prefeituras da UGRHI.

Quadro 2.4.5.7 - Informações básicas sobre os sistemas de resíduos sólidos domiciliares e de serviços de saúdeResíduos Sólidos Domésticos

População DESTINOMunicípio

urbana %atend.

Produçãoper capita

(Kg/hab/dia)

Quantidadetotal produzida

(t/dia)

Resíduosde Serviços

de Saúde(Kg/semana) Tipo Local

Risco de Contaminaçãode Manancial de Abastecimento

SUB-BACIA: RIBEIRÃO SANTANA (A)Altair 3.504 100 0,294 1,03 500 2 Estr. vicinal para o Sítio Sto.Antônio Não háGuaraci 6.862 100 0,399 2,74 20 2 Fazenda Glória Não háIcém 6.020 100 0,399 2,40 375 3 Fazenda Panorama Não há

Total Sub-Bacia 16.386 1,092 6,17 895SUB-BACIA: RIO GRANDE (10)Colômbia 4.338 95 0,401 1,74 37,5 3 Estr. municipal Colômbia/Laranjeiras Não há

Total Sub-Bacia 4.338 0,401 1,74 37,5SUB-BACIA: RIBEIRÃO DAS PITANGUEIRAS (34)Barretos 95.698 100 0,5 47,84 600 2 Rod. vicinal Uadir Renan Não há

Total Sub-Bacia 95.698 0,5 47,84 600SUB-BACIA: RIBEIRÃO DO TURVO (50)Colina 14.489 100 0,4 5,79 7,5 3 Estr. vicinal CLN 070 Não háJaborandi 6.723 100 0,431 2,29 30 4 Sítio Terra Verde Não há

Total Sub-Bacia 21212 0,831 7,48 37,5SUB-BACIA: RIBEIRÃO DAS PALMEIRAS (60)Bebedouro 67.864 0,04 27,15 1 e 2 Rod. Brigadeiro Faria Lima Não há

Total Sub-Bacia 67.864 0,04 27,15

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Quadro 2.4.5.7 - Informações básicas sobre os sistemas de resíduos sólidos domiciliares e de serviços de saúde(continuação)

Resíduos Sólidos DomésticosPopulação DESTINO

Município

urbana %atend.

Produçãoper capita

(Kg/hab/dia)

Quantidadetotal produzida

(t/dia)

Resíduosde Serviços

de Saúde(Kg/semana) Tipo Local

Risco de Contaminaçãode Manancial de Abastecimento

SUB-BACIA: RIBEIRÃO DO BANHARÃO (71)Terra Roxa 7.202 100 0,4 2,88 20 1 Rodovia Terra Roxa/Viradouro Não há

Total Sub-Bacia 7.202 0,4 2,88 20SUB-BACIA: RIBEIRÃO DO AGUDO (80)Morro Agudo 20.494 100 0,4 8,2 1,75 1 Não háOrlândia 27.833 2 0,406 11,13 1

Total Sub-Bacia 48.327 0,806 19,33 1,75SUB-BACIA: CÓRREGO DO SUCURI (90)Viradouro 13.303 100 0,4 5,32 12,05 1 Rod. Viradouro/Terra Roxa Não há

Total Sub-Bacia 13.303 0,4 5,32 12,05

TOTAL GERAL

SUB-BACIA: *Guaíra 100 3 e 5 Não há

Total Sub-Bacia

Tipo:1 – Lixão2 – Aterro controlado3 – Aterro em valas4 – Aterro sanitário5 – Usina de compostagem6 – Incineração7 - Reciclagem

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Uso de agrotóxicos na agricultura

Segundo estatísticas elaboradas pelo Instituto de Economia Agrícola, em1995/96, a UGRHI 12 apresentava como principais culturas: cana de açúcar,pastagem, milho, laranja e soja. O quadro abaixo especifica as áreas ocupadaspor essas culturas nos diversos municípios.

Quadro 2.4.5.8 - Áreas ocupadas pelas principais culturas (1995/96)

MunicípioÁrea

cultivadacom milho(ha) (F1)

Áreacultivadacom soja(ha) (F1)

Áreacultivada

com capim-colonião (ha)

(F1)

Áreacultivada

com cana-de-açúcar(ha) (F1)

Áreacultivada

com laranja(ha) (F1)

Altair 1086 726 1009,6 6143,7 9158,3Barretos 7530,7 16492,7 9898,8 16480,6 26680Bebedouro 1733,3 795,3 241,8 15452,4 33211,5Colina 1609,7 2070,8 878,2 12826,4 12927,9Colômbia 1819,6 12011,1 2476 14,5 14162,1Guaíra 53779,2 99909,1 8 30138,4 -Guaraci 3464,4 1549,5 6927,3 5933,9 10156Icém 1887,9 - 1351,7 5340,4 2491Jaborandi 697,8 3259,4 761 14116,9 1813,4Morro Agudo 7577,3 27131,6 798,6 98223,9 -Orlândia 616,4 2950,2 1040,4 16950,7 14,5Terra Roxa 138,5 81 1,8 14883,7 2384,8Viradouro 655,6 1482,5 143,1 13719,6 3652UGRHI Baixo Pardo/Grande 82596,4 168459,2 25529,1 250225,1 116651,5

Fontes:(F1) - SAA/Instituto de Economia Agrícola - IEA/Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - Seade

As culturas de milho, cana e pastagem demandam algumas poucas aplicaçõesanuais de inseticidas, herbicidas e defensivos biológicos, enquanto que acultura da laranja exige aplicações bem mais intensas de inseticidas (4aplicações), fungicidas (3 aplicações), herbicidas (3 aplicações) e acaricidas (4aplicações). A cultura da soja, também importante na UGRHI, recebeanualmente em média, 2 aplicações de inseticidas, 1 de fungicidas, 2 deherbicidas e 1 de defensivo biológico.

Esta situação sugere a necessidade de atenção especial para o controle douso de agrotóxicos nas seguintes sub-bacias:

- Rio Grande (10)- Rio Velho (20)- Córrego Água Limpa (31)- Córrego das Pedras (32)- Córrego do Jacaré (33)- Ribeirão das Pitangueiras (34)- Ribeirão do Turvo (50)- Ribeirão das Palmeiras (60)- Ribeirão do Banharão (71)- Ribeirão do Agudo (80)

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Vulnerabilidade e Risco de Poluição das Águas Subterrâneas

De acordo com o relatório do “Mapeamento da Vulnerabilidade e Risco dePoluição das Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo”, elaborado pelo IG/ CETESB / DAEE em 1997, a vulnerabilidade de um aqüífero significa suamaior ou menor suscetibilidade de ser afetado por uma carga poluidora. Trata-se de um conceito inverso ao da capacidade de assimilação de um corpo deágua receptor, com a diferença de o aqüífero possuir uma cobertura não-saturada que proporciona uma proteção adicional ao manancial subterrâneo.

Por sua vez, o risco de poluição das águas subterrâneas consiste naassociação e interação da vulnerabilidade natural do aquífero com a cargapoluidora aplicada no solo ou em subsuperfície. Assim, a caracterização davulnerabilidade do aqüífero pode ser melhor expressa por meio de dois fatores:

1) acessibilidade da zona saturada à penetração de poluentes;2) capacidade de atenuação, resultante da retenção físico-química ou dareação dos poluentes.

Estes dois fatores naturais são passíveis de interação com os elementoscaracterísticos da carga poluidora, como o modo de disposição no solo ou emsubsuperfície e a mobilidade físico-química e a persistência do poluente.

A interação destes fatores permite avaliar o grau de risco de contaminação aque um aqüífero está sujeito, podendo configurar-se uma situação de altavulnerabilidade, porém sem risco de contaminação se não existir cargapoluidora significativa, ou vice-versa. A carga poluidora pode ser controlada oumodificada mas o mesmo não ocorre com a vulnerabilidade natural que é umapropriedade intrínseca do aqüífero.

No Quadro 2.4.5.9 verifica-se a classificação da vulnerabilidade dos aquíferosna Bacia do Baixo Pardo-Grande.

Quadro 2.4.5.9.- Classificação da vulnerabilidade natural das unidades aqüíferas.

Unidade aquífera Classificação-índice Observações

Adamantina -Médio-baixo-Médio-alto

-maior parte dabacia

-raras ocorrênciasBasalto -não definido

Botucatu -não definido

O aqüífero Serra Geral não teve sua classificação definida no estudo referido,entretanto, é necessária a atenção diante de zonas de fissuramento no basaltoque podem permitir o carreamento de agentes poluentes para o aqüífero.

O aqüífero Botucatu na Baixo Pardo-Grande, devido a sua condição deconfinamento pelo basalto de média a grande profundidade, não oferecemaiores riscos de comprometimento qualitativo.

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O aqüífero Cenozóico constituído pelas formações aluvionares Quaternárias,pouco expressivo e não abordado no escopo deste diagnóstico apresenta umíndice de vulnerabilidade Alto-alto.

As cargas potenciais poluidoras são aquelas geradas por atividades industriaise agropecuárias, por lançamentos de esgotos sanitários e pela disposição deresíduos domésticos. As áreas de depósitos de resíduos sólidos domiciliares,entre outras, são consideradas fontes potenciais de poluição, enquanto que olançamento de esgotos “in natura” em sistemas de tratamento no próprio local,como as fossas, são consideradas fontes difusas de poluição.

Os Quadro 2.4.5.10 e 2.4.5.11 mostram o cadastro de fontes poluidoraspotenciais situadas na Bacia do Baixo Pardo/Grande e o Quadro 2.4.5.12mostra a rede de monitoramento da qualidade das águas subterrâneasoperada pela Cetesb na bacia.

Quadro 2.4.5.10 - Cadastro da carga potencial poluidora da atividade industrialMunicípio Fonte Atividade Observações

Barretos S/A Frig. Anglo Frigorífico

Barretos Curtume JoudattLtda Curtume

Bebedouro Cargill Citrus Suco Cítrico

Bebedouro Copercitrus –Frutesp Suco Cítrico

Bebedouro Olma Bebedoura Oleos Vegetais

Colina Sucocitrus Cutrale Suco Cítrico Vale de oxidação. Lagoa de secag.Lodo

Morro Agudo Cia Açuc. Vale doRosário

Fertirrigação. Vazão de restilo:12.000m3/d: ág. Lav.: 114.400m3/d.

Morro Agudo Dest. Alcool MBLtda Açúcar e Alcool

Fertirrigação. São disps. No solotorta de filtro e lav. Vazão do restilo:

5.280m3/dMorro Agudo Dest. Morro Agudo Aguardente Fertirrigação.

Orlândia Intelli - Ind.Terminais El. Elétrica Efluentes ind.: tanque de

neutralização e valas de infiltração

Orlândia Comove Oleos VegetaisEfl. da extração de óleo passa porresfriamento, decantação e lagoa

aerada.Icém Dest.Porto Velho Alcool Fertirrigação (retilo + ág. de lavagem)

Fonte: IG/CETESB/DAEE (1997)

Quadro 2.4.5.11 – Carga potencial poluidora por lançamento de esgotos públicosno solo

MUNICÍPIO população Área(Km2)

População semsaneamento

carga N-NO3(Kg/ano)

classificação

Altair 2.220 338 412 1.646 reduzidaBarretos 78.770 1.570 788 3.151 reduzidaBebedouro 53.693 674 1.074 4.295 reduzidaColina 9.330 404 0 0 reduzidaColômbia 2.791 725 466 1.865 reduzida

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Quadro 2.4.5.11 – Carga potencial poluidora por lançamento de esgotos públicosno solo (continuação)

MUNICÍPIO população Área(Km2)

População semsaneamento

carga N-NO3(Kg/ano)

classificação

Icém 4.805 366 155 622 reduzidaJaborandi 5.125 248 202 806 reduzidaMorro Agudo 17.645 1.372 559 2.234 reduzidaOrlândia 31.666 302 0 0 reduzidaTerra Roxa 5.735 277 573 2.294 reduzidaViradouro 11.093 222 111 444 reduzida

Fonte: IG, CETESB, DAEE (1997)

Quadro 2.4.5.12 – Rede de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas.COORDENADASMUNICÍPIO PROP N/S L/O LOCAL AQUÍF. PROF.

(m)Colombia SAB 7754,10 738,50 Ponte Córr.Laranjeiras SG 150Morro Agudo PM 7703,70 806,30 Bairro Santo Inácio SG 224Orlândia PM 7706,45 200,00 Rua 10, s/n BO 450

Siglas:PM = Prefeitura MunicipalSAB = SabespSG = Serra GeralBO = BotucatuFonte – Cetesb (1997)

O Mapa de Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas, elaborado em escala1:250.000 ( Mapa M7- Anexo...) contém as áreas mais suscetíveis àdegradação por atividades antrópicas de poluição na UGRHI. O mesmo foicompilado do Mapa de Vulnerabilidade das Águas Subterrâneas do Estado deSão Paulo, em escala 1: 1.000.000, apresentado no encarte do estudoMapeamento da Vulnerabilidade e Risco de Poluição das Águas Subterrâneasno Estado de São Paulo, desenvolvido pelo IG/CETESB/DAEE, que faz partede um dos programas de duração continuada do Plano Estadual de RecursosHídricos, versão 90, concluído em 1.997.

Resíduos sólidos industriais

O inventário de resíduos sólidos industriais aqui apresentado foi disponibilizadopela CETESB, por intermédio do CORHI. O quadro abaixo especifica eesclarece os diversos tipos de destinação final dados aos resíduos.

Quadro 2.4.5.13 – Destino final de resíduos sólidos

Destino final de resíduos sólidos

Destino Descrição Tipo

B01 INFILTRAÇÃO NO SOLO DisposiçãoB02 ATERRO MUNICIPAL DisposiçãoB03 ATERRO INDUSTRIAL Disposição

B04 ATERRO INDUSTRIAL TERCEIROS Disposição

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Quadro 2.4.5.13 – Destino final de resíduos sólidos (continuação)

Destino final de resíduos sólidos

Destino Descrição Tipo

B05 LIXÃO MUNICIPAL DisposiçãoB06 LIXÃO PARTICULAR Disposição

B07 ALIMENTAÇÃO DE ANIMAIS DisposiçãoB20 LANÇAMENTO EM ESGOTOS DisposiçãoB30 OUTROS DisposiçãoM01 RECICLA NA PRÓPRIA INDÚSTRIA Minimização

M02 RECICLA FORA DA INDÚSTRIA MinimizaçãoM03 MODIFICAÇÃO EQUIP/TECNOLOGIA MinimizaçãoM04 MODIFICAÇÃO PROCEDI/ PROCESSO MinimizaçãoM05 REFORMULAÇÃO /ALTERAÇ PRODUTO Minimização

M06 SUBSTITUIÇÃO DE MATÉRIA PRIMA MinimizaçãoM07 MELHOR TREINAM/MANUT/CONTROLE MinimizaçãoM08 SEGREGAÇÃO MinimizaçãoM09 ENCERRAMENTO PROCESSO GERADOR Minimização

M10 COMERCIALIZAÇÃO MinimizaçãoM99 OUTRAS TÉCNICAS DE MINIMIZAÇÃO MinimizaçãoR09 REUTILIZAÇÃO COMO COMBUSTÍVEL ReciclagemR19 REUTILIZAÇÃO COMO MAT PRIMA Reciclagem

R29 RECUPERAÇÃO DE SOLVENTES ReciclagemR39 RECUPERAÇÃO DE ÓLEOS LUBRIFIC ReciclagemR49 RECUPERAÇÃO DE METAIS ReciclagemR99 OUTRAS RECUP E REUTILIZAÇÕES Reciclagem

S01 EM TAMBORES EstocagemS02 A GRANEL EstocagemS03 CAÇAMBAS EstocagemS04 TANQUES Estocagem

S08 OUTROS SISTEMAS EstocagemS09 LAGOAS EstocagemT01 INCINERADOR TratamentoT02 INCINERADOR DE CAMARA Tratamento

T03 FORNOS INDUSTRIAIS TratamentoT04 CALDEIRA TratamentoT05 QUEIMA A CEU ABERTO TratamentoT06 DETONAÇÃO Tratamento

T07 OXIDAÇÃO DE CIANETOS TratamentoT08 SOLIDIFICAÇÃO TratamentoT09 OXIDAÇÃO QUIMICA TratamentoT10 PRECIPITAÇÃO Tratamento

T11 DETOXIFICAÇÃO TratamentoT12 NEUTRALIZAÇÃO TratamentoT13 ADSORÇÃO TratamentoT14 REPROC.OU RECICLAGEM EXTERNOS Tratamento

T15 TRATAMENTO BIOLÓGICO TratamentoT16 COMPOSTAGEM Tratamento

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Quadro 2.4.5.13 – Destino final de resíduos sólidos (continuação)

Destino final de resíduos sólidos

Destino Descrição Tipo

T17 SECAGEM TratamentoT18 FERTIRRIGAÇÃO/"LANDFARMING" Tratamento

T19 FERTIRRIGAÇÃO TratamentoT34 OUTROS TRATAMENTOS TratamentoT99 INTERMEDIÁRIOS TratamentoZ01 EM TAMBORES Estocado não gerado

Z02 A GRANEL Estocado não geradoZ03 CAÇAMBAS Estocado não geradoZ04 TANQUES Estocado não geradoZ08 OUTROS SISTEMAS Estocado não gerado

Z09 LAGOAS Estocado não gerado

Com base nas informações da CETESB elaborou-se o Quadro 2.4.5.10 quefornece os municípios onde estão localizadas as indústrias, bem como ascaracterísticas de produção e dos resíduos resultantes.

É importante notar a presença de diversas indústrias que dispõem seusresíduos, sem tratamento, no solo, em lixões ou aterros municipais, o que podeprovocar eventual poluição de aqüíferos subterrâneos.

Particularmente, a indústria do ramo sucroalcooleiro, localizada no Municípiode Morro Agudo, dispõe anualmente, de diversas formas, sem tratamento, 124mil toneladas de torta de filtro, 10 mil toneladas de cinza de caldeira e 20,8 miltoneladas de lodo do decantador de lavagem de cana. As 970 mil toneladas debagaço são tratadas em caldeira.

Em Guaíra, embora conste tratamento para 159 mil toneladas por ano de tortade filtro e 10,2 mil toneladas de cinzas de caldeira, produzidas por três usinasdo ramo sucroalcooleiro, 95.000 toneladas são empregadas na ferti-irrigação.

Pelas informações sugere-se atenção especial com as sub-bacias:

• Córr. Água Limpa (31)• Córr. do Jacaré (33)• Rib. do Rosário (40)• Rib. Indaiá (73)• Rib. do Agudo (80)

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Quadro 2.4.5.10 – Resíduos sólidos industriais da UGRHI 12

MUNICIPIO NOME RESIDUO CLAS. QUANT. DESTINO UNID. ATIVIDADE

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA BORRA GORDURA 2 20 S04 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA SEBO 2 126 T14 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA RASPAS 2 237 T14 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA SERRAGEM REBAIXADEIRA 2 26 S02 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA APARAS 2 650 T14 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA PÓ DA LIXADEIRA 2 0,2 S02 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS IRMAOS CERVI LTDA CINZAS DE CALDEIRA 2 6 B01 t/ano CURTIMENTO DE PELES

BARRETOS ANGLO ALIMENTOS S.A. LIXO DO RESTAURANTE EESCRITÓRIO 2 64 B05 t/ano FAB DE CONSERVA DE CARNE E SABAO

BARRETOS ANGLO ALIMENTOS S.A. CINZA DA INCINERACAO DERESID. SOL. DOMESTICOS 2 270 B30 t/ano FAB DE CONSERVA DE CARNE E SABAO

BARRETOS ANGLO ALIMENTOS S.A. OLEOS LUBRIFICANTES 1 11,5 T14 t/ano FAB DE CONSERVA DE CARNE E SABAO

BARRETOS ANGLO ALIMENTOS S.A. RETALHOS DE FOLHAS DEFLANDRES E LATAS VAZIAS 2 654 T14 t/ano FAB DE CONSERVA DE CARNE E SABAO

BARRETOS ANGLO ALIMENTOS S.A. CAIXAS DE PAPELAO 2 123 T14 t/ano FAB DE CONSERVA DE CARNE E SABAO

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA

COURO - PROVENIENTE DASALA DE ABATE 2 3320 T14 t/ano ABATE DE BOVINOS

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA

PELOS DE CALDAS EORELHAS 2 12 S02 t/ano ABATE DE BOVINOS

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA

ESTRUME – LAVAGEM DECURRAIS 2 415 B01 t/ano ABATE DE BOVINOS

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA LIXO DOMÉSTICO 2 51 B02 t/ano ABATE DE BOVINOS

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Quadro 2.4.5.10 – Resíduos sólidos industriais da UGRHI 12 (continuação)

MUNICIPIO NOME RESIDUO CLAS. QUANT. DESTINO UNID. ATIVIDADE

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA

CAIXAS DE PAPELÃO EPLÁSTICOS 2 26 T34 t/ano ABATE DE BOVINOS

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA

LODO ATIVO - PROV. LEITODE SECAGEM E ETE 2 180 T17 t/ano ABATE DE BOVINOS

BARRETOS INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNESMINERVA LTDA

CASCO E CHIFRE – PROVEN.DA SALA DE ABATE CORTES 2 41,5 T14 t/ano ABATE DE BOVINOS

BEBEDOURO COINBRA - FRUTESP S/A LIXO DE RESTAURANTE 2 1350 B05 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA

BEBEDOURO COINBRA - FRUTESP S/A SUCATA DE METAISFERROSOS 2 20 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA

BEBEDOURO COINBRA - FRUTESP S/A PLASTICOS REFUGO DEEMBALAGENS 2 6 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA

BEBEDOURO COINBRA - FRUTESP S/A CINZAS – PROVENIENTE DAQUEIMA DE DE CANA 2 1300 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA

BEBEDOURO COINBRA - FRUTESP S/A OLEO LUBRIFICANTE 1 7 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA SUCATA DE METAISFERROSOS 2 100 T14 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DE

FRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA SACOS PLASTICOS USADOS 2 4 T14 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DEFRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA LIXO DE RESTAURANTE 2 5000 B07 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DEFRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA LODO PROVENIENTE DOSTAR 2 1440 B01 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DE

FRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA TAMBORES USADOS 2 85 T14 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DEFRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA CINZA PROVENIENTE DEQUEIMA DE DE CANA 2 2900 B30 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DE

FRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA ASCAREL RESIDUOS DECAPACITORES EM DESUSO 1 0,1 S01 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DE

FRUTAS

BEBEDOURO CARGILL CITRUS LTDA OLEO LUBRIFICANTE USADO 1 8 T14 t/ano PRODUCAO DE CONCENTRADOS E SUCOS DEFRUTAS

COLINA FRICOL FRIGORIFICO COLINA LTDA CINZA DE CALDEIRA A LENHA 2 1 B02 t/ano ABATEDOURO E PROD DE EMBUTIDOS

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Quadro 2.4.5.10 – Resíduos sólidos industriais da UGRHI 12 (continuação)

MUNICIPIO NOME RESIDUO CLAS. QUANT. DESTINO UNID. ATIVIDADE

COLINA FRICOL FRIGORIFICO COLINA LTDA LIXO DE ESCRITORIO 2 0,8 B02 t/ano ABATEDOURO E PROD DE EMBUTIDOS

COLINA FRICOL FRIGORIFICO COLINA LTDA TRIPA BUCHARIA RESTOS DECARNE 2 12 B02 t/ano ABATEDOURO E PROD DE EMBUTIDOS

COLINA FRICOL FRIGORIFICO COLINA LTDA FEZES ANIMAL 2 7 T18 t/ano ABATEDOURO E PROD DE EMBUTIDOS

COLINA SUCOCITRICO CUTRALE LTDA CINZA DA QUEIMA DEBAGACO DE CANA EM 2 350 B30 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA E OLEO ESSENCIAL

COLINA SUCOCITRICO CUTRALE LTDA SUCATA PLASTICA (SACOSPLASTICOS USADOS) 2 1,6 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA E OLEO ESSENCIAL

COLINA SUCOCITRICO CUTRALE LTDA LIXO DOMÉSTICO 2 1400 B05 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA E OLEO ESSENCIAL

COLINA SUCOCITRICO CUTRALE LTDA SUCATA DE MATERIAISFERROSOS 2 89 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA E OLEO ESSENCIAL

COLINA SUCOCITRICO CUTRALE LTDA SUCATA PLASTICA (CAIXAS) 2 32 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA E OLEO ESSENCIAL

COLINA SUCOCITRICO CUTRALE LTDA ÓLEO LUBRIFICANTE 1 6 T14 t/ano FAB DE SUCO DE LARANJA E OLEO ESSENCIAL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO OLEO LUBRIFICANTE 1 16 T99 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO TORTA DE FILTRO 2 124000 B30 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO

EMBALAGENS DEDEFENSIVOS 1 8 T99 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO CINZA DE CALDEIRA 2 10000 B30 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO

LODO DO DECANTADORAGUA LAVAGEM DE CANA 2 20800 B30 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO SACARIAS DE ADUBO 2 30 T99 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO BAGACO 2 970000 T04 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

MORRO AGUDO COMPANHIA ACUCAREIRA VALE DOROSARIO SUCATA FERROSA 2 150 T99 t/ano PROD DE ACUCAR E ALCOOL

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Quadro 2.4.5.10 – Resíduos sólidos industriais da UGRHI 12 (continuação)

MUNICIPIO NOME RESIDUO CLAS. QUANT. DESTINO UNID. ATIVIDADE

ORLANDIA COMERCIO E INDUSTRIASBRASILEIRAS COINBRA S/A

TERRA CLARIFICANTE(CLARIFICACAO DE OLEO) 2 120 B05 t/ano FAB DE OLEO E FARELO DE SOJA

ORLANDIA COMERCIO E INDUSTRIASBRASILEIRAS COINBRA S/A

CINZA DE CALDEIRA(RESIDUOS FORNALHAS) 2 240 B05 t/ano FAB DE OLEO E FARELO DE SOJA

ORLANDIA COMERCIO E INDUSTRIASBRASILEIRAS COINBRA S/A

NEGRO DE FUMO (SISTEMADE LAVAGEM DE GASES) 2 600 B05 t/ano FAB DE OLEO E FARELO DE SOJA

ORLANDIA COMERCIO E INDUSTRIASBRASILEIRAS COINBRA S/A

LODO (DECANTACAO DESTAR) 2 60 B05 t/ano FAB DE OLEO E FARELO DE SOJA

ORLANDIA COMERCIO E INDUSTRIASBRASILEIRAS COINBRA S/A

VARREDURA DE FABRICA(LIMPEZA) 2 36 B05 t/ano FAB DE OLEO E FARELO DE SOJA

ORLANDIA COMERCIO E INDUSTRIASBRASILEIRAS COINBRA S/A LIXO 2 18 B05 t/ano FAB DE OLEO E FARELO DE SOJA

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA

LIXO (VARREDURA ELIMPEZA) 2 1,2 B05 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA PAPEL / PAPELAO 2 1 S02 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA

SUCATA EM GERAL(ESTAMPARIA E USINAGEM) 2 132 T99 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA ESTOPA (LIEZA DAS HASTES) 2 6 B05 t/ano INDUSTRIA DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA SUCATA EM GERAL 2 156 T99 t/ano INDUSTRIA DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA LAMA DE GALVANOPLASTIA 2 4,5 Z01 t/ano INDUSTRIA DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA LAMA DE GALVANOPLASTIA 2 11 S01 t/ano INDUSTRIA DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA

LIXO (VARREDURA ELIMPEZA) 2 12 B05 t/ano INDUSTRIA DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA

AREIA COM RESINASFENOLICAS 2 742 B05 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA

CAVACOS (SUCATAS DEUSINAGEM ) E BORRA 2 30 T99 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA

VARREDURA DE PISOSLIMPEZA LIXO 2 24 B05 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

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Quadro 2.4.5.10 – Resíduos sólidos industriais da UGRHI 12 (continuação)

MUNICIPIO NOME RESIDUO CLAS. QUANT. DESTINO UNID. ATIVIDADE

ORLANDIA INTELLI INDUSTRIA DE TERMINAISELETRICOS LTDA RESTOS DE TIJOLOS 2 1 B05 t/ano INDUSTRIALIZACAO DE TERMINAIS E CONECTORES

ELETRICOS

ORLANDIA MORLAN S/A VARREDURA DE PISOSPAREDES E MAQUINAS 2 360 B05 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

ORLANDIA MORLAN S/A SACOS DE PAPEL PAPELAO 2 10 S02 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

ORLANDIA MORLAN S/A SUCATA DE METAISFERROSOS 2 1236 T99 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

ORLANDIA MORLAN S/A ESTOPA (PREPARACAO /FLUXAGEM DOS ARAMES) 2 4 B05 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

ORLANDIA MORLAN S/A LAMA SECA ETAR 2 600 Z02 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

ORLANDIA MORLAN S/A LAMA SECA ETAR 2 900 S02 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

ORLANDIA MORLAN S/A SERRAGEM 2 14 B05 t/ano FAB DE ARAMES DE ACO

GUAIRA ACUCAR E ALCOOL OSVALDORIBEIRO DE MENDONCA LTDA SUCATA DA MANUTENCAO 2 50 T14 t/ano PRODUCAO DE ALCOOL

GUAIRA ACUCAR E ALCOOL OSVALDORIBEIRO DE MENDONCA LTDA LIXO DOMÉSTICO 2 1,7 T01 t/ano PRODUCAO DE ALCOOL

GUAIRA ACUCAR E ALCOOL OSVALDORIBEIRO DE MENDONCA LTDA TORTA DE FILTRO 2 95000 T18 t/ano PRODUCAO DE ALCOOL

GUAIRA ACUCAR E ALCOOL OSVALDORIBEIRO DE MENDONCA LTDA CINZAS - CALDEIRA 2 5000 T18 t/ano PRODUCAO DE ALCOOL

GUAIRA USINA ACUCAREIRA GUAIRA LTDA LIXO DOMÉSTICO 2 1 T01 t/ano DESTILACAO DE ALCOOL

GUAIRA USINA ACUCAREIRA GUAIRA LTDA SUCATA DE MANUTENÇÃO 2 30 T14 t/ano DESTILACAO DE ALCOOL

GUAIRA USINA ACUCAREIRA GUAIRA LTDA TORTA DE FILTRO -PROVENIENTE DA 2 36000 T34 t/ano DESTILACAO DE ALCOOL

GUAIRA USINA ACUCAREIRA GUAIRA LTDA CINZAS DE CALDEIRA -PROVENIENTE DA QUEIMA 2 2200 T34 t/ano DESTILACAO DE ALCOOL

GUAIRA DESTILARIA MANDU S/A TORTA DE FILTRO ROTATIVO 2 28000 T34 t/ano PROD DE ALCOOL

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Quadro 2.4.5.10 – Resíduos sólidos industriais da UGRHI 12 (continuação)

MUNICIPIO NOME RESIDUO CLAS. QUANT. DESTINO UNID. ATIVIDADE

GUAIRA DESTILARIA MANDU S/A RESIDUOS DE ESCRITORIO 2 1,3 T01 t/ano PROD DE ALCOOL

GUAIRA DESTILARIA MANDU S/A CINZA DAS CALDEIRAS 2 3000 T34 t/ano PROD DE ALCOOL

GUAIRA DESTILARIA MANDU S/A SUCATA METALICA 2 30 T99 t/ano PROD DE ALCOOL

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2.4.6.- Qualidade das Águas Superficiais Interiores

O registro da qualidade das águas superficiais é feito pela CETESB por meiode dados colhidos em apenas dois pontos de amostragem, identificados noquadro abaixo:

Quadro 2.4.6.1 - Pontos de amostragem

UGRHI 12 - BAIXO PARDO/GRANDE

Corpo d’água Ponto de amostragem Localização

Rio Pardo PARD02700 Ponte na rodovia que ligaViradouro a Morro Agudo

Rio Pardo PARD02800Ponte na variante da rodoviaque liga Guaíra a Barretos(SP-425)

Os quadros seguintes reúnem dados coletados nos pontos de amostragem,nos anos de 1995/96/97, relativos aos parâmetros que permitirão definir osníveis de criticidade, de acordo com a metodologia estabelecida pelo CORHI.

As tabelas identificam o corpo d’água, a classe de enquadramento, o ponto deamostragem e os valores coletados para os diversos parâmetros. Em cadacaso é especificado o padrão estabelecido pelo CONAMA para a classe docorpo d’água. Os valores grafados em vermelho indicam desacordo com opadrão.

Pelas informações constantes desses quadros, observa-se que o Rio Pardo,neste trecho, apresenta mau estado sanitário pois, nos dois Pontos deAmostragem, os índices de Coliformes Fecais e Fosfato Total desviaram-sefreqüentemente do padrão CONAMA, nos três anos de observação. Também oOxigênio Dissolvido, na região de montante do trecho considerado, apresentou-se com valores inferiores àqueles da Classe do rio.

Estes resultados evidenciam o forte lançamento de esgotos não tratados no rio.

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Quadro 2.4.6.2 - Valores dos parâmetros em PARD02700

CORPO D’ÁGUARIO PARDO (Ponte na Rodoviaque liga Viradouro–Morro Agudo)

CLASSE

2

PONTO DE AMOSTRAGEM

PARD02700

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Parâmetro: Oxigênio dissolvido - Padrão CONAMA: 5,0 mg/L

1995 4,3 ______ 4,6 ______ 5,7 ______ 7,0 ______ 6,4 ______ 5,2 ______

1996 5,4 ______ 4,9 ______ 7,1 ______ 6,3 ______ 4,9 ______ 4,6 ______

1997 4,4 ______ 5,4 ______ 6,4 ______ 6,6 ______ 5,0 ______ 4,1 ______

Parâmetro: DBO - Padrão CONAMA: 5 mg/L

1995 4 ______ 1 ______ 2 ______ 3 ______ 2 ______ 4 ______

1996 1 ______ 2 ______ 1 ______ 1 ______ 2 ______ 2 ______

1997 2 ______ 1 ______ 2 ______ 1 ______ 1 ______ 4 ______

Parâmetro: Coli-Fecal - Padrão CONAMA: 1000 NMP/100mL

1995 1,3E+4 ______ 3,0E+4 ______ 1,6E+5 ______ 2,8E+3 ______ 3,0E+3 ______ 1,7E+4 ______

1996 5,0E+4 ______ 1,1E+3 ______ 2,3E+3 ______ 1,7E+4 ______ 7,0E+3 ______ 1,1E+4 ______

1997 5,0E+3 ______ 5,0E+4 ______ 1,1E+4 ______ 1,7E+3 ______ 1,1E+3 ______ 2,2E+3 ______

Parâmetro: Nitrogênio Amoniacal - Padrão CONAMA: 0.50# mg/L

1995 0,03 ______ 0,05 ______ 0,08 ______ 0,06 ______ 0,05 ______ 0,10 ______

1996 0,06 ______ 0,06 ______ 0,07 ______ 0,13 ______ 0,10 ______ 0,13 ______

1997 0,05 ______ 0,27 ______ 0,08 ______ 0,07 ______ 0,12 ______ 0,05 ______

Parâmetro: Fosfato Total - Padrão CONAMA: 0,025 mg/L

1995 0,017 ______ 0,122 ______ 0,108 ______ 0,075 ______ 0,125 ______ 0,034 ______

1996 0,148 ______ 0,142 ______ 0,028 ______ 0,077 ______ 0,161 ______ 0,091 ______

1997 0,07 ______ 0,020 ______ 0,041 ______ 0,084 ______ 0,021 ______ 0,023 ______

Parâmetro: Zinco - Padrão CONAMA: 0,18 mg/L

1995 0,32 ______ 0,01 ______ 0,04 ______ 0,04 ______ <0.01 ______ 0,01 ______

1996 <0.01 ______ 0,07 ______ 0,09 ______ <0.01 ______ 0,02 ______ 0,03 ______

1997 0,01 ______ 0,03 ______ 0,03 ______ <0.01 ______ 0,02 ______ 0,01 ______

Parâmetro: Cromo Total - Padrão CONAMA: 0,05# mg/L

1995 <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______

1996 <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ i <0.06 ______

1997 <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______

Parâmetro: Chumbo - Padrão CONAMA: 0,03 mg/L

1995 i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______

1996 i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______

1997 i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______

Parâmetro: Cobre - Padrão CONAMA: 0,02 mg/L

1995 0,16 ______ 0,002 ______ <0.002 ______ <0.003 ______ <0.004 ______ <0.004 ______

1996 <0.004 ______ 0,02 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ 0,01 ______

1997 <0.004 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ <0.005 ______ <0.004 ______

(i) Conformidade indefinida quanto ao limite da classe, devido o limite de detecção do método analítico não atender ao padrãoestabelecido pela resolução CONAMA 20/86.

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Quadro 2.4.6.3 - Valores dos parâmetros em PARD02800

CORPO D’ÁGUARIO PARDO ( Ponte na Varianteda Rodovia Guaíra – Barretos)

CLASSE

2

PONTO DE AMOSTRAGEM

PARD02800

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Parâmetro: Oxigênio dissolvido - Padrão CONAMA: 5,0 mg/L

1995 5,0 ______ 4,9 ______ 6,4 ______ 7,2 ______ 7,5 ______ 5,7 ______

1996 5,4 ______ 5,6 ______ 7,2 ______ 7,8 ______ 5,7 ______ 5,8 ______

1997 5,1 ______ 5,9 ______ 7,3 ______ 7,2 ______ 7,2 ______ 5,4 ______

Parâmetro: DBO - Padrão CONAMA: 5 mg/L

1995 3 ______ 1 ______ 2 ______ 3 ______ 2 ______ 4 ______

1996 1 ______ 1 ______ 1 ______ 1 ______ 1 ______ 1 ______

1997 1 ______ 1 ______ 1 ______ 1 ______ 1 ______ 1 ______

Parâmetro: Coli-Fecal - Padrão CONAMA: 1000 NMP/100mL

1995 3,0E+3 ______ 8,0E+2 ______ 1,6E+5 ______ 3,0E+3 ______ 3,0E+3 ______ 7,0E+2 ______

1996 2,3E+3 ______ 3,0E+3 ______ 5,0E+4 ______ 5,0E+4 ______ 7,0E+3 ______ 1,7E+3 ______

1997 3,0E+3 ______ 5,0E+3 ______ 500 ______ 8,0E+3 ______ 1,3E+4 ______ 1,1E+4 ______

Parâmetro: Nitrogênio Amoniacal - Padrão CONAMA: 0.50# mg/L

1995 0,03 ______ 0,02 ______ 0,03 ______ 0,05 ______ 0,03 ______ 0,07 ______

1996 0,05 ______ 0,05 ______ 0,03 ______ 0,07 ______ 0,05 ______ 0,08 ______

1997 0,03 ______ 0,17 ______ 0,02 ______ 0,08 ______ 0,08 ______ 0,03 ______

Parâmetro: Fosfato Total - Padrão CONAMA: 0,025 mg/L

1995 0,061 ______ 0,101 ______ 0,113 ______ 0,089 ______ 0,108 ______ 0,031 ______

1996 0,161 ______ 0,034 ______ 0,016 ______ 0,028 ______ 0,125 ______ 0,082 ______

1997 0,087 ______ <0.002 ______ 0,020 ______ 0,050 ______ 0,043 ______ <0.003 ______

Parâmetro: Zinco – Padrão CONAMA: 0,18 mg/L

1995 0,61 ______ 0,01 ______ 0,04 ______ <0.01 ______ <0.01 ______ <0.01 ______

1996 <0.01 ______ 0,08 ______ 0,05 ______ 0,02 ______ 0,02 ______ 0,02 ______

1997 0,02 ______ 0,04 ______ 0,02 ______ <0.01 ______ 0,22 ______ 0,02 ______

Parâmetro: Cromo Total - Padrão CONAMA: 0,05# mg/L

1995 <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______

1996 <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ i <0.06 ______

1997 <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______ <0.05 ______

Parâmetro: Chumbo - Padrão CONAMA: 0,03 mg/L

1995 i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______

1996 i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______

1997 i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______ i <0.05 ______

Parâmetro: Cobre - Padrão CONAMA: 0,02 mg/L

1995 <0.002 ______ 0,002 ______ <0.002 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ <0.004 ______

1996 <0.004 ______ 0,02 ______ i <0.04 ______ 0,011 ______ 0,008 ______ <0.004 ______

1997 <0.004 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ <0.004 ______ 0,01 ______ <0.004 ______

(i) Conformidade indefinida quanto ao limite da classe, devido o limite de detecção do método analítico não atender ao padrãoestabelecido pela resolução CONAMA 20/86.

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A CETESB monitora a qualidade da água em todo o Estado de São Paulo ecalcula o IQA - Índice de Qualidade das Águas, a partir do conhecimento dosparâmetros: Temperatura, pH, Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímicade Oxigênio (DBO), Coliformes Fecais, Nitrogênio Total, Fósforo Total, ResíduoTotal e Turbidez.

A partir desse cálculo, determina-se a qualidade das águas brutas em funçãode uma escala de 0 a 100 segundo a tabela:

Quadro 2.4.6.4 - Qualificação das águas

Valor do IQA Qualidade

0 a 19 Péssima20 a 36 Ruim37 a 51 Aceitável52 a 79 Boa

80 a 100 Ótima

Os quadros a seguir apresentam os valores do IQA, obtidos nos anos de1994/95/96/97, para os dois pontos de amostragem. Após cada quadro insere-se o correspondente gráfico de variação1.

O IQA indicou a ocorrência de lançamentos de esgotos domésticos semtratamento adequado, nas águas do Baixo Pardo, embora os valores do IQAclassifiquem a qualidade como Boa.

A falta de pontos de amostragem no Rio Grande não permitiu a análise daqualidade de suas águas.

1 Os gráficos são pontuais, sem continuidade, porque as medidas não foram feitascontinuamente, todos os meses.

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Quadro 2.4.6.5 - Valores do IQA para PARD02700

ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

PONTO: PARD02700 LOCAL: Rio Pardo CLASSE: 2PARÂM ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezI.Q.A. 1994 58 ___ 62 ___ 61 ___ 66 ___ 68 ___ 56 ___

I.Q.A. 1995 50 ___ 51 ___ 49 ___ 65 ___ 63 ___ 54 ___

I.Q.A. 1996 56 ___ 60 ___ 68 ___ 59 ___ 54 ___ 53 ___

I.Q.A. 1997 56 ___ 53 ___ 60 ___ 59 ___ 80 ___ 57 ___

Figura 2.4.6.1 - Variação do IQA em PARD02700

0

20

40

60

80

100

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

94 95 96 97

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Quadro 2.4.6.6 - Valores do IQA em PARD02800

ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

PONTO: PARD02800 LOCAL: Rio Pardo CLASSE: 2PARÂM ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezI.Q.A. 1994 61 ___ 64 ___ 64 ___ 71 ___ 71 ___ 60 ___

I.Q.A. 1995 58 ___ 64 ___ 48 ___ 62 ___ 65 ___ 65 ___

I.Q.A. 1996 57 ___ 62 ___ 57 ___ 58 ___ 59 ___ 64 ___

I.Q.A. 1997 57 ___ 61 ___ 73 ___ 62 ___ 62 ___ 60 ___

I.Q.A. 1998 62 ___ 62 ___ 69 ___ 69 ___ 73 ___ 69 ___

Figura 2.4.6.2 - Variação do IQA em PARD02800

O IQA, adotado pela CETESB desde 1975, tem sido contestado por nãocontemplar a presença de substâncias tóxicas, protozoários patogênicos, bemcomo de substâncias que interferem nas propriedades organolépticas.

0

20

40

60

80

100

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

94 95 96 97 98

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Visando superar essa questão, a Resolução SMA/65 de 13 de agosto de 1998,criou, dentre outros, o IVA, Índice de Preservação de Vida Aquática, compostoinicialmente pelo IPMCA (Índice de Parâmetros Mínimos para Preservação daVida Aquática).

O IVA tem o objetivo de avaliar a qualidade das águas para fins de proteção dafauna e flora em geral, diferenciado, portanto, de um índice para avaliação daágua para o consumo humano e recreação de contato primário. A proteção dascomunidades aquáticas está prevista para corpos d’água enquadrados nasclasses 1, 2 e 3 do regulamento da Lei 997/76, aprovado pelo Decreto Estadual8468/76, e nas classes especial, 1 e 2 da Resolução Federal CONAMA 20/86,sendo portanto pertinente sua aplicação somente para esses ambientes.

Tendo em vista que o IVA proposto na Resolução leva em consideração apresença e concentração de contaminantes químicos tóxicos, seu efeito sobreos organismos aquáticos (toxicidade) e dois dos parâmetros consideradosessenciais para a biota (pH e Oxigênio Dissolvido), decidiu-se incorporar aoIVA um novo componente, capaz de identificar a qualidade da água quanto aoenriquecimento do meio aquático por nutrientes, notadamente Nitrogênio eFósforo (eutrofização). Nesse sentido, propôs-se a utilização do IET - Índice doEstado Trófico, de Carlson, modificado por Toledo (1983). Desta forma, o IVA,integrado pelo IPMCA e o IET, torna-se mais abrangente, pois forneceinformações não só sobre a qualidade da água em termos ecotoxicológicos,como também sobre o seu grau de trofia.

O IVA assim proposto, é uma medida instantânea da contaminação e do graude trofia das águas.

O índice IPMCA é composto por dois grupos de parâmetros:

! grupo de substâncias tóxicas (cobre, zinco, chumbo, cromo, mercúrio,níquel, cádmio, surfactantes e fenóis). Neste grupo foram incluídos osparâmetros que são atualmente analisados pela atual Rede deMonitoramento de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo,e que identificam o nível de contaminação por substâncias potencialmentedanosas para as comunidades aquáticas. Poderão ser incluídos novosparâmetros que venham a ser considerados importantes para acaracterização da qualidade das águas, mesmo regionalmente.

! grupo de parâmetros essenciais (oxigênio dissolvido, pH e toxicidade).

O IET tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus detrofia, ou seja avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento pornutrientes.

O IVA passa a ser calculado a partir do IPMCA e do IET, e a sua apresentaçãoconsidera uma média dos resultados de cada ponto, sendo atribuídos valorespara cada classe de cores (ótima =1, boa =2, regular =3, ruim =4, péssima =5)conforme o quadro a seguir. A média será arredondada, sendo considerada a

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classe de melhor qualidade até a metade de cada intervalo. Exemplo: classes:ótima ≤ 1,5 , boa ≤ 2,5, regular ≤ 3,5, ruim ≤ 4,5, péssima >4,5.

Quadro 2.4.6.7 - Classes em função do IVA

Na UGRHI em estudo foram calculados os valores do IVA, para o ano de 1998,nos seguintes Pontos de Amostragem:

! PARD02800

Obtiveram-se os resultados abaixo:

Quadro 2.4.6.8 - Valores do IVA para a UGRHI 12Código

do Ponto jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez mé-dia

PARD 02 800 3 3 2 3 4 2 3

Pelo quadro observa-se que, no único ponto monitorado, registrou-se qualidadeda água para vida aquática apenas Regular. Destaque-se que, em setembro, aqualidade foi Ruim.

A mesma Resolução SMA/65 determinou a criação do IAP, Índice de Qualidadede Águas Brutas para Fins de Abastecimento Público. A princípio, este índiceprovém do produto da ponderação dos resultados atuais do IQA (Índice deQualidade de Águas) e dos resultados de bioensaios de mutagenicidade queavalia a presença de compostos mutagênicos na água.

Até o momento, entretanto, a CETESB não efetuou o cálculo do IAP paranenhum dos dois Pontos de Amostragem da UGRHI.

ÓTIMABOAREGULARRUIMPÉSSIMA

IPMCA

1 2 3 4 >6

1 1 3 4 4 5

IET 2 2 3 4 4 5

3 3 4 4 5 5

4 4 4 5 5 5

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2.4.7.- Qualidade das Águas Subterrâneas

Características químicas naturais dos aqüíferos e sua classificação:

AQÜÍFERO BAURU

De acordo com Campos(1987 e 1993), as águas subterrâneas provenientes doaqüífero Bauru, representado pela unidade aquífera Adamantina na BaciaBaixo Pardo-Grande, exibe as seguintes famílias ou tipos hidroquímicos :

- águas predominantemente bicarbonatadas, com resíduo seco variando entre150 e 250 mg/l;

Quanto a qualidade para os diversos usos, a água subterrânea proveniente doaqüífero Bauru na Bacia do Baixo Pardo-Grande, mostra-se, em geral, boapara o abastecimento público, fins industriais e irrigação, podendo ser utilizadapara a maioria das culturas.

AQÜÍFERO SERRA GERAL

As águas subterrâneas do basalto são bicarbonatadas cálcicas e,secundariamente, bicarbonatadas sódicas ou magnesianas, com um resíduoseco variando de 35 mg/l até valores anômalos da ordem de 900 mg/l. Outrascaracterísticas físico-químicas das águas do basalto são as mesmasobservadas em outras áreas do Estado de São Paulo, com valores de pHvariando entre 6,0 e 7,0 e temperatura variando de 23ºC a 24ºC.

AQÜÍFERO BOTUCATU

O aqüífero Botucatu contem águas bicarbonatadas cálcicas e bicarbonatadassódicas pouco salinizadas. A temperatura da água varia de 22°C a 40ºC, o pHvaria de 6 a 9 e os teores salinos estão na faixa de 50 a 250mg/l.

Normalmente, a salinidade com tendência a alcalinização aumenta no sentidodo fluxo subterrâneo, a partir das áreas de afloramento em direção as áreas demaior grau de confinamento do aqüífero. Essa evolução hidroquímica regional,acompanhada pelo incremento do pH e da temperatura da água, é comandadatambém pela velocidade de circulação e o tempo de residência da água noaqüífero.

Do ponto de vista qualitativo, as águas provenientes do aqüífero Botucatu naregião não apresentam restrições naturais de qualidade química, atendendoaos padrões de potabilidade para água destinada ao abastecimento público euso geral.

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Aspectos a Destacar com Relação aos Recursos Hídricos Subterrâneos

A exemplo das demais bacias, a elaboração de diagnósticos ou prognósticossobre o aproveitamento de água subterrânea na Bacia do Baixo Pardo-Grandeencontra sérias dificuldades no seu desenvolvimento devido a falta de dadoshidrogeológicos atualizados. Essa situação é justificada pela falta deinvestimentos notada nesses últimos anos para o levantamento, aconcentração e o tratamento desse tipo de informação.

Mais recentemente, através de instrumentos legais apropriados e decisõespolíticas direcionadas para tanto, o Estado e a comunidade de usuários,através do DAEE e dos CBHs, vem se empenhando na consecução e nodesenvolvimento da sistematização dessas informações básicas, de caráterfundamental para a implementação de qualquer programa de gestão derecursos hídricos na região.

Dos cerca de 180 poços estimados em operação atualmente na Bacia do BaixoPardo-Grande, cerca de 75% dos poços são utilizados para o abastecimentopúblico de água na bacia.

A reserva explotável de água subterrânea na região da Bacia do Baixo Pardo-Grande, considerando somente os aqüíferos Bauru e Serra Geral, foi estimadaem cerca de 11 m³/s. A possível integração da parcela da reserva inferidapara o aqüífero Botucatu sotoposto na Bacia do Baixo Pardo-Grande poderiaduplicar a disponibilidade de água subterrânea considerada.

De qualquer modo, cabe ressaltar que esses valores assumidos devem sertomados como ordem de grandeza e um limite preliminar estabelecido para seplanejar o desenvolvimento racional do aproveitamento de água subterrânea naBacia do Baixo Pardo-Grande, ainda pouco significativo quando comparadocom a vazão da ordem de 0,4 m³/s explotada pelos poços na região

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2.5.- SANEAMENTO E SAÚDE PÚBLICA

2.5.1.- Água e Esgoto

O Quadro 2.5.1.1, obtido com informações prestadas pelas prefeituras e órgãosestatais concessionários de saneamento apresenta, ainda, insuficiência einconsistência de dados. Aguarda-se nova remessa de dados mais completos econsistentes.

É possível notar, entretanto, que o atendimento da população com sistema deágua potável supera 90%. Embora os mananciais superficiais sejampredominantes (Barretos, Bebedouro, Orlândia e outros), os aqüíferossubterrâneos também são usados com freqüência em diversas cidades..

As perdas informadas variam de 6,62%, em Morro Agudo, valor a ser usadocom cautela, a 56,94% em Terra Roxa. Barretos, maior cidade da UGRHI,apresenta perda de 30% e Bebedouro, 21,64%.

A análise da qualidade da água distribuída é feita pela Secretaria da Saúde,por meio do programa PROÁGUA. Os estudos laboratoriais incluem a pesquisade parâmetros bacteriológicos, físico-químicos e cloro residual livre, além doflúor.

O Quadro 2.5.1.2 mostra os resultados obtidos durante o ano de 1998 naUGRHI 12.

Foram utilizadas as seguintes indicações:

• N1 – Todas as amostras analisadas atenderam aos padrões de potabilidadeda Portaria Federal 36GM/90 e da Resolução Estadual SS293/96;

• N2 – Até 30% das amostras não atenderam aos padrões; e• N3 – Mais de 30% das amostras não atenderam aos padrões.

Em alguns casos, assinalados com (*), o número de amostras analisadas foiinferior a seis, sugerindo que o resultado deve ser considerado com reservas.

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Quadro 2.5.1.1 - Informações básicas sobre os sistemas de abastecimento de água - 1999

População Captação Sistema de TratamentoSistema

deDistribuição

Município

Urbana % Atend. Manancial Classe Tipo

Vazão(m3/dia)

Tipo (L/dia) Perdas % Mediç. %Sub-Bacia: RIBEIRÃO SANTANA (A)Altair 2.589 65,37 P1 subterrâneo desinfec./fluoretação 17,65Guaraci 6.849 77,46 P1 superficial desinfecçãoIcém 6.011 86.56 P1 superficial desinfec./fluoretação 34,09

P2 subterrâneo desinfec./fluoretação

Total Sub-Bacia 15.449Sub-Bacia: RIO GRANDE (10)Colômbia 4.328 76,2 P1 superficial desinfec./fluoreção 28,95

Total Sub-Bacia 4.328Sub-Bacia: RIBEIRÃO DAS PITANGUEIRAS (34)Barretos 95.602 100 P1 superficial 19.200 desinfec./fluoretação 23.520.000 30 100

P2 superficial desinfec./fluoretaçãoP3 subterrâneo desinfec./fluoretação 10.800.000P4 subterrâneo desinfec./fluoretação 12.000.000

Total Sub-Bacia 95.602 19.200 46.320.00Sub-Bacia: RIBEIRÃO DO TURVO (50)Colina 14.482 100 P1 superficial desinfecção 13,58Jaborandi 5.725 85,18 P1 subterrâneo desinfec./fluoretação 29,73

Total Sub-Bacia 20.207Sub-Bacia: RIBEIRÃO DAS PALMEIRAS (60)Bebedouro 67.785 92,13 P1 superficial desinfec./fluoretação 21,64

P2 subterrâneo desinfec./fluoretação

Total Sub-Bacia 67.785Sub-Bacia: RIBEIRÃO DO BANHARÃO (71)Terra Roxa 7.182 85,88 56,94

Total Sub-Bacia 7.182

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Quadro 2.5.1.1 - Informações básicas sobre os sistemas de abastecimento de água – 1999 (continuação)

População Captação Sistema de TratamentoSistema

deDistribuição

Município

Urbana % Atend. Manancial Classe Tipo

Vazão(m3/dia)

Tipo (L/dia) Perdas % Mediç. %Sub-Bacia: RIBEIRÃO DO AGUDO (80)Morro Agudo 20.462 85,22 P1 superficial desinfec./fluoretação 6,62

P2 subterrâneo desinfecçãoOrlândia 27.792 91,94 P1 superficial desinfec./fluoretação 50,07

Córrego dos Palmitos

Total Sub-Bacia 48.254Sub-Bacia: *Viradouro 13.261 89,44 P1 superficial decantação

Total Sub-Bacia 13.281TOTAL GERAL

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Quadro 2.5.1.2 – Níveis de qualidade da água distribuída na UGRHI 12

ParâmetrosMunicípio

Bacterio-lógicos

Físico-Químicos

Cloro Res.Livre Flúor

Altair NR NR NR NRBarretos N1 N1* N1 N1*Bebedouro N2 N3* N2 N1*Colina N2 N1 N2 N3*Colômbia N1 N1* N1 N1*Guaira N1 N1* N1 N3*Guaraçaí N2 N1 N3 N3Icém NR NR NR NRJaborandi N1 N1* N1 N1*Morro Agudo N2 N1 N2 N3Orlândia N2 N1 N2 N3Terra Roxa N1 N1* N1 N1*Viradouro N1 N1 N1 N3*Fonte:Proágua,98NR:Análise não realizada pela DIRDIR:Direção Regional de saúde a qual pertence o município

Com base nos indicadores, algumas cidades como Barretos, Colômbia,Jaborandi e Terra Roxa mantiveram-se sistematicamente dentro dos padrõesde potabilidade.

Os Municípios de Bebedouro, Colina, Guaraçaí e Orlândia apresentam-se emsituação mais crítica.

O quadro relativo aos sistemas de esgotos domiciliares, apresentado no item2.4.5 deste Relatório, mostra que o atendimento com rede coletora supera 50%em todos os municípios. Altair tem o menor índice de atendimento, com52,92%, enquanto que Barretos atende a 100% da população.

.

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2.5.2.- Resíduos Sólidos

No ano de 1995 a Fundação SEADE, por meio da Pesquisa MunicipalUnificada, e a CETESB nos anos de 1995/97, levantaram a situação da coletados resíduos sólidos nos municípios paulistas.

O quadro abaixo fornece os percentuais de áreas urbanas da UGRHI 12atendidas por serviço de coleta de lixo. Em 1997 a situação da coleta era muitoboa em toda a bacia. Os municípios atendiam a 100% de suas áreas urbanas.Estranhamente, talvez por erro no lançamento do dado, Orlândia compareciaem 1995 com atendimento de apenas 2%!

Quadro 2.5.2.1 - Coleta de Lixo na UGRHI 12

Percentual da área urbanaatendida pelo serviço de coleta de

lixo

Quantidade delixo domiciliar-

comercialcoletado(ton/mês)

Quantidade delixo hospitalar

coletado(kg/mês)

1995 1997 1995 1995Altair 100 100 60 2000Barretos 100 100 1900 2400Bebedouro NR 100 NR ...Colina 100 100 60 30Colômbia 95 100 110 150Guaraci 100 100 240 80Icém 100 100 90 1500Jaborandi 100 100 50 120Morro Agudo 100 100 376 7000Orlândia 2 100 ... ...Terra Roxa 100 100 100 80Viradouro 100 100 300 50UGRHI 12 3286 13410NR - não respondeu

Segundo as informações do SEADE, recolhiam-se 3.286 toneladas de lixo aomês, faltando a informação de Orlândia. Barretos respondia por 58% dessetotal.

Entretanto, as informações sobre coleta de lixo hospitalar colocam o Municípiode Morro Agudo em destaque, com produção de 7 toneladas ao mês, o quecorresponde a quase três vezes o lixo hospitalar coletado em Barretos!

As informações relativas à disposição final de resíduos sólidos encontram-seno item 2.4.5.

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2.5.3.- Saúde Pública

Do ponto de vista de análise dos impactos da qualidade dos recursos hídricos,em especial das águas de abastecimento domiciliar, na saúde da população, éimportante conhecer o que tem ocorrido com a taxa de mortalidade infantil e astaxas de mortalidade relativas às doenças de veiculação hídrica.

O quadro a seguir mostra a situação da mortalidade infantil na UGRHI, anos1995/96/97, conforme dados divulgados pela Fundação SEADE. A Taxa deMortalidade Infantil mede o número de óbitos ocorridos entre menores de umano em um determinado ano, por 1000 nascidos vivos nesse mesmo ano

Pelas informações contidas no quadro nota-se que a UGRHI 12 temapresentado taxas superiores àquelas do Estado de São Paulo, nos três anosavaliados.

Caba ressaltar que Barretos, o município mais populoso da região detém umaelevada taxa de 42,34 em 1997, piorando progressivamente a cada ano.Outros municípios, como Colômbia (56,82) e Jaborandi (81,08), não apenasapresentam altas taxas de mortalidade, como demonstram situação a cada anomais grave.

A seguir, o Quadro 2.5.3.2, fornece a situação da mortalidade infantil pordoenças de veiculação hídrica. A Fundação SEADE considerou as enterites,hepatite infecciosa e esquistossomose.

A Taxa de Mortalidade Infantil por Doenças de Veiculação Hídrica mede o riscode uma criança vir a morrer por causa de veiculação hídrica antes de completarum ano de idade. Causas de veiculação hídrica, tais como as referidas acima,são as que estão mais associadas às condições sanitárias do local deresidência da criança. Esta taxa é definida como: T.M.I. (C.V.H.), que é igualaos óbitos infantis por causas de veiculação hídrica ocorridos em umdeterminado período multiplicados por 1000, e este resultado, dividido pelosnascidos vivos do período.

A taxa média da UGRHI, que se mantinha inferior à do Estado, em 97 chegou aultrapassa-la ligeiramente (Estado - 0,61 e UGRHI 12 - 0,62).

Apenas os municípios de Guaraci, Morro Agudo e Orlândia registraram óbitosdessa natureza no ano de 97.

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Quadro 2.5.3.1 - Taxa de Mortalidade Infantil

Taxa de mortalidade infantil(por mil nascidos vivos)

1995 1996 1997 Altair 33,33 29,41 19,61 Barretos 35,05 40,29 42,34 Bebedouro 26,75 21,79 23,22 Colina 29,5 18,29 18,05 Colômbia 30,3 25 56,82 Guaraci 11,62 5,26 22,56 Icém 30,3 25,86 29,13 Jaborandi 22,22 0 81,08 Morro Agudo 32,06 15,9 23,16 Orlândia 19,57 10,43 18,25 Terra Roxa 15,62 24,84 7,52 Viradouro 10,2 13,93 16,26 UGRHI Baixo Pardo/Grande 27,56 23,78 29,43 Estado de São Paulo 24,58 22,74 21,60

Quadro 2.5.3.2 - Taxa de Mortalidade Infantil por causas de veiculaçãohídrica

Taxa de mortalidade infantil por causas de veiculação hídrica(por mil nascidos vivos)

1995 1996 1997 Altair 0 0 0 Barretos 0 1,32 0 Bebedouro 0,84 0 0 Colina 3,28 0 0 Colômbia 0 0 0 Guaraci 0 0 7,52 Icém 0 0 0 Jaborandi 0 0 0 Morro Agudo 2 0 2,11 Orlândia 1,51 0 1,82 Terra Roxa 0 6,21 0 Viradouro 0 0 0 UGRHI Baixo Pardo/Grande 0,75 0,57 0,62 Estado de São Paulo 1,18 0,81 0,61

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No quadro seguinte são apresentadas as informações disponibilizadas peloSEADE, relativas à mortalidade de menores de cinco anos, por causas deveiculação hídrica, calculadas por lotes de 100 mil pessoas.

Esta taxa mede o risco de uma criança vir a morrer por causa de veiculaçãohídrica antes de completar cinco anos de idade. É definida como: Taxa deMortalidade 0 - 4 (C.V.H.), que é igual aos óbitos de crianças de 0 a 4 anos(C.V.H.) multiplicada por 100.000 e este resultado dividido pela população de 0a 4 anos estimada para o meio do período.

Embora a taxa média da bacia tenha se mantido abaixo da média do Estado,apenas os mesmos três municípios, Guaraci, Morro Agudo e Orlândia,apresentaram óbitos dessa natureza e com valores elevados.

Barretos, que chegou a atingir a cifra de 25,26 óbitos por 100 mil habitantes em96, registrou taxa nula em 97. Terra Roxa foi outro município que reduziu suaelevada taxa de 145,99 em 96, para zero em 97.

Quadro 2.5.3.3 - Mortalidade de menores de cinco anos

Taxa de mortalidade de menores de cinco anospor causas de veiculação hídrica

(por 100 mil pessoas)

1995 1996 1997 Altair 0 0 0 Barretos 1,49 25,26 0 Bebedouro 2,78 0 0 Colina 11,11 0 0 Colômbia 0 0 0 Guaraci 0 0 117,51 Icém 0 0 0 Jaborandi 0 0 0 Morro Agudo 5,88 0 40,77 Orlândia 7,14 0 32,25 Terra Roxa 0 145,99 0 Viradouro 0 0 0 UGRHI Baixo Pardo/Grande 11,51 11,18 Estado de São Paulo 22,35 15,65

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2.6.- ÁREAS PROTEGIDAS POR LEI

A UGRHI –12 não possui unidades de Conservação estaduais ou federais.

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2.7.- ÁREAS DEGRADADAS

2.7.1.- Áreas Degradadas por Processos Erosivos e deAssoreamento

A bacia hidrográfica é uma unidade ecossistêmica e morfológica que integra osimpactos das interferências antrópicas sobre os recursos hídricos (Jenkins etal., 1994). Constitui um sistema aberto que recebe energia fornecida pelaatuação do clima e dos agentes geológico-geomorfológicos locais e eliminafluxos energéticos pela saída de água, sedimentos e materiais solúveis. Emfunção das mudanças de entrada e saída de energia ocorrem ajustes internosnos elementos das formas e nos processos associados.

Mudanças significativas no comportamento das condições naturais de umabacia, causadas por processos naturais ou atividades antrópicas, podem geraralterações, efeitos e/ou impactos nos seus fluxos energéticos, desencadeandodesequilíbrios ambientais e, portanto, a degradação da paisagem. Dentre osprocessos causadores dessa degradação destaca-se a erosão.

A erosão é um processo geológico que atua continuamente na superfície doplaneta e caracteriza-se pela remoção e pelo transporte de partículas de soloou de rochas, sendo que a água é o principal agente erosivo. É um importantefenômeno na modelagem da paisagem terrestre e na redistribuição de energiano interior da bacia hidrográfica, podendo ocorrer naturalmente, oudesencadeado por fatores antrópicos.

Da mesma forma que a erosão, o assoreamento também é um fenômenogeológico natural e contínuo, estando associado à atuação dos processoserosivos. Ambos, erosão e assoreamento podem ser acelerados porintervenções antrópicas que resultam quase sempre no desequilíbrio dosprocessos naturais e na sua aceleração.

Este relatório tem por objetivo caracterizar as áreas degradadas por processoserosivos e por assoreamento e a criticidade das sub-bacias quanto aosimpactos desses processos nos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica doBaixo Pardo-Grande.

Processos Erosivos e de Assoreamento: Principais Conceitos

Segundo a literatura geomorfológica (Cooke & Doornkamp, 1990; Selby, 1993,entre outros), os processos erosivos continentais que atuam nas encostas derelevos acidentados (degradacionais) envolvem: erosão laminar, erosão lineare movimentos de massa. Nos terrenos de baixa declividade (agradacionais)esses processos são mais raros, podendo ocorrer localmente na forma deerosão linear. Outro tipo de erosão continental muito comum, atuante emrelevos acidentados e planos, é a erosão fluvial, que envolve a erosão lateral ea erosão de fundo (entalhamento do leito).

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Os processos erosivos nas encostas dependem de: fatores climáticos;características geológico-geomorfológicas (topografia, litologia, estruturasgeológicas, grau de intemperismo e tipo de solo); tipo e nível de degradação dacobertura vegetal; e fatores antrópicos (tipos de uso, de ocupação e de manejodo solo). A erosão fluvial depende, dos condicionantes citados e também doregime hidráulico dos canais que compõem a bacia de drenagem.

A erosão laminar ocorre através do escoamento superficial difuso da água dachuva no solo, ocasionando uma perda progressiva dos horizontes superficiais.A erosão linear ocorre quando o escoamento se concentra através de linhas defluxo superficial bem definidas, podendo desenvolver três tipos de feições:sulcos, ravinas e voçorocas. De acordo com a classificação de DAEE-IPT(1990) os sulcos constituem feições alongadas e rasas (inferiores a 50 cm); asravinas são feições de maior porte, de profundidade variável, de formaalongada e não atingem o lençol de água subterrânea; as voçorocas têmdimensões superiores às das ravinas e atingem o lençol de água subterrânea,podendo haver, portanto, processos de erosão subterrânea (piping).

Os movimentos de massa compreendem um conjunto de instabilizaçõesgravitacionais ou de movimentações de encosta abaixo, promovendo ocarreamento de solos, rochas e/ou detritos de vários tamanhosgranulométricos. Essas instabilizações são desencadeadas principalmente pelaação de chuvas intensas que resultam no encharcamento dos terrenos. Osprincipais tipos de movimentos de massa, classificados em função davelocidade do movimento, da viscosidade do fluxo, do tipo de materialtransportado e da geometria da erosão e do depósito formado, são: rastejo(solo); escorregamentos (solo e rocha); desplacamentos, quedas e rolamentos(rocha); e corridas (detritos e lama).

Os processos de assoreamento estão intimamente associados aos erosivosque atuam nas encostas e nos vales, constituindo um dos principais impactosdecorrentes da erosão acentuada de uma bacia hidrográfica. Correspondem afenômenos de deposição acentuada de sedimentos em meio aquoso ou aéreo,ocorrendo quando a energia do agente transportador é suplantada pela energiado agente gravitacional, ou quando há condições favoráveis à deposição departículas sólidas (Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998). São poucos os estudossobre o assoreamento nos reservatórios de usinas hidrelétricas brasileiras, poisos dados obtidos em grandes barragens revelaram taxas de sedimentaçãoinferiores a 1% ao ano, o que garante uma vida útil dos reservatórios superior a100 anos (Almeida & Carvalho, 1993). A escassez desses estudos, no entanto,contrasta com a importância da conservação dos recursos hídricos, pois osefeitos do assoreamento em uma bacia de drenagem podem gerar uma sériede problemas, tais como: perda de volume total de água dos reservatórios;diminuição das zonas de recarga dos aqüíferos; problemas operacionais nasusinas; aumento das taxas de erosão e dos locais atingidos por enchentes nasáreas marginais; comprometimento da navegabilidade dos canais; perda dequalidade das águas por turbidez e por veiculação de poluentes pelossedimentos em suspensão; comprometimento da piscicultura e dos habitatsaquáticos etc.

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Na Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo-Grande predominam os processoserosivos de encosta dos tipos laminar e linear, bem como os processos deerosão fluvial, sendo bastante raros os movimentos de massa.

Abordagem Metodológica e Apresentação dos Resultados Obtidos

O método empregado no diagnóstico das áreas degradadas por processoserosivos para a identificação das sub-bacias críticas em outras baciashidrográficas, como as do Baixo Tietê, do Tietê-Batalha, da Baixada Santista edo Ribeira de Iguape e Litoral Sul, foi baseado na análise integrada eponderada entre as potencialidades dos atributos do meio físico emdesenvolver processos erosivos (condicionantes naturais) e os prováveisimpactos erosivos causados pelo uso e a ocupação do). Para tanto, o métodoprevê a elaboração dos seguintes produtos: solo (condicionantes antrópicosCarta de Potencialidade Natural, Carta de Potencialidade Antrópica, Carta dePotencialidade Total e Carta de Criticidade. As duas primeiras resultam daanálise da potencialidade que os atributos, respectivamente, do meio físico edas categorias de uso e ocupação do solo, apresentam em desencadear e/ouacelerar o desenvolvimento de processos erosivos. O cruzamento matricialdessas duas cartas, como demonstrado ilustrativamente no Quadro 2.7.1.1,resulta na Carta de Potencialidade Total ao Desenvolvimento de ProcessosErosivos. Nesse produto os terrenos são geralmente classificados e/ouagrupados em três classes de potencialidade total, a saber: Alta, Média eBaixa. Nessa carta são identificados os terrenos classificados como de Altapotencialidade total em cada sub-bacia, para o cálculo percentual de suasáreas em relação à área total da sub-bacia. Os resultados obtidos sãocomparados aos critérios de enquadramento de classes de criticidade, comoilustrado no Quadro 2.7.1.2, obtendo-se assim as seguintes possibilidades declassificação das sub-bacias: Muito Crítica, Crítica, Pouco Crítica ou NãoCrítica.

O número de trabalhos disponíveis na literatura sobre os processos erosivosque atuam na Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo-Grande é escasso. Em nívelregional pode-se citar apenas IPT (1990). Note-se bem que nesse trabalho, odiagnóstico sobre os processos erosivos que atuam na região foi feito apenasem relação às feições lineares urbanas. As erosões rurais e em especial as dotipo laminar, que certamente atuam na região e são mais importantes do queas urbanas, não foram avaliadas.

Para a Bacia do Baixo Pardo-Grande são disponíveis apenas informaçõessobre o meio físico, que permitiram a elaboração da Carta de PotencialidadeNatural (Carta C1 –Anexo...) As informações sobre o uso e a ocupação do solo,no entanto, são limitadas e incompletas. Desta forma, não foi possível elaboraras cartas de Potencialidade Antrópica, de Potencialidade Total e de Criticidade.Todavia, considerando os dados disponíveis e visando a identificação das sub-bacias degradadas por processos erosivos, optou-se por adotar duasabordagens metodológicas diferentes em relação à análise estatística dosdados do meio físico, como descrito a seguir.

Análise da criticidade das sub-bacias a partir da Carta de Potencialidade

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Natural ao Desenvolvimento de Processos Erosivos.

Análise da criticidade das sub-bacias a partir de interpretações sobre osprováveis impactos erosivos que as categorias de uso do solo existentes naregião geram no meio físico.

Para a elaboração da Carta de Potencialidade Natural foram integradas asinformações contidas nos seguintes produtos: Mapa de Áreas de Risco (IPT,1990), Mapa de Erosão do Estado de São Paulo (IPT, 1995) e mapasGeológico, Geomorfológico e Pedológico elaborados para este Relatório. NaCarta de Potencialidade Natural os terrenos foram classificados de acordo comcinco graus de potencialidade: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa(Quadro 2.7.1.3). A partir dessa carta, as classes de potencialidades Muito Altae Alta foram contabilizadas, sendo calculadas as percentagens em área queocupam em cada sub-bacia, para o posterior enquadramento das sub-baciasem classes de criticidade de acordo com os critérios apresentados no Quadro2.7.1.2.

Para a segunda abordagem metodológica, além da Carta de PotencialidadeNatural, foram analisadas também as informações sobre as principaiscategorias regionais de uso do solo na Bacia do Baixo Pardo-Grandeencontradas em SMA (1997) e no Mapa de Uso e Ocupação elaborado paraeste Relatório. No Mapa de Uso do Solo de SMA (1997), em escalaaproximada de 1:770.000, são apresentadas as seguintes categorias regionaisde uso do solo: cana de açúcar e culturas mistas ocupando todo o setor SE daBacia; cítricos, culturas mistas e café no setor centro-sul; café (principalmente)e usos não identificados no restante da Bacia. De acordo com os conceitos ecritérios extraídos de vários trabalhos que relacionam os tipos de uso do solo eo nível de degradação/recuperação dos ecossistemas com os impactoserosivos gerados por esses usos (Marques, 1950; Marques et al., 1961;Bellinazzi Jr. et al., 1981 apud Galeti, 1984; Bertoni & Lombardi Neto, 1990;Casseti, 1991; Cunha, 1995; Ross, 1994; IPT, 1992, 1995), todas as categoriasde uso do solo assinaladas acima seriam enquadradas na classe de Altapotencialidade antrópica ao desenvolvimento de processos erosivos.

Examinando a matriz ilustrada no Quadro 2.7.1.1 e testando as possibilidadesde cruzamento matricial entre as classes de Alta e Média potencialidadesnaturais e a classe de Alta potencialidade antrópica, verifica-se que as classesresultantes seriam de Alta potencialidade total.

Analisando a Carta de Potencialidade Natural, os dados sobre as prováveispotencialidades antrópicas e totais e os critérios de classificação da criticidadedas sub-bacias (Quadro 2.7.1.2), verifica-se que as classes de Médiapotencialidade natural também teriam papel importante na análise dacriticidade.

Assim, para a identificação das sub-bacias críticas adotou-se que, além doterrenos de Alta potencialidade natural, também deveriam ser incluídos osterrenos de Média potencialidade natural, através da somatória dos percentuaisem área de terrenos de Alta e Média potencialidades naturais, como

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demonstrado no Quadro 2.7.1.4.

Quadro 2.7.1.1 - Cruzamento matricial e ponderado entre as classes depotencialidade natural e antrópica para obtenção das classes de potencialidadetotal ao desenvolvimento de processos erosivos continentais (matriz ilustrativa)

POTENCIALIDADE ANTRÓPICA

POTENCIALIDADE NATURAL Alta Média Baixa

Alta(Muito Alta + Alta)

ALTA ALTA MÉDIA

Média ALTA MÉDIA BAIXA

Baixa(Baixa + Muito Baixa)

MÉDIA BAIXA BAIXA

POTENCIALIDADE TOTAL

Quadro 2.7.1.2 - Critérios de enquadramento dos graus de criticidade aodesenvolvimento de processos erosivos

GRAU DECRITICIDADE

PORCENTAGEM (EM ÁREA) DE TERRENOS COM ALTAPOTENCIALIDADE TOTAL AO DESENVOLVIMENTO DE

PROCESSOS EROSIVOSMUITO CRÍTICA > 50% em relação à área total da sub-baciaCRÍTICA 25 a 50% em relação à área total da sub-baciaPOUCO CRÍTICA < 25% em relação à área total da sub-baciaNÃO CRÍTICA Ausência de terrenos com Alta potencialidade total

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Quadro 2.7.1.3 - Classes de potencialidade natural e características do meiofísico

CLASSES DEPOTENCIALIDADE

NATURALRELEVO SOLOS PROCESSOS

MUITO ALTA

Colinas Médias;Morrotesalongados eRelevos deTransição

Podzólico (texturaarenosa/média;alta gradiênciatextural entre oshorizontessuperiores)

Voçorocas de drenagem e deencosta, ravinas e sulcos muitofreqüentes; erosão laminar muitointensa. Assoreamento intensonos cursos d’água e pequenosreservatórios

ALTA

Colinas Amplas eMédias, ColinasMédias eRelevos deTransição

Podzólico (texturamédia; baixagradiênciatextural),Latossolos (texturamédia)

Voçorocas de encosta, ravinas esulcos muito freqüentes; erosãolaminar muito intensa; voçorocasde drenagem não muitofreqüentes. Assoreamentointenso nos cursos d’água epequenos reservatórios

MÉDIA Colinas Amplas Latossolos (texturamédia)

Ravinas e voçorocas de encostae sulcos freqüentes e de grandesdimensões; erosão laminarmoderada a intensa

BAIXA

Colinas Amplas,Colinas Médias,Morrotesalongados

Latossolos, TerraRoxa estruturada(textura argilosa amuito argilosa)

Erosões laminar e linearmoderadas

MUITO BAIXAPlanícies fluviaise flúvio-coluviais;Escarpas

Hidromórficos,Planossolos;Litólicos,Cambissolos

Erosões laminar e linear muitofracas; solapamentos nasmargens de rios. Assoreamentointenso nos cursos d’água epequenos reservatórios

Observação: Na metade ocidental da Bacia afloram os arenitos da Formação Adamantina do GrupoBauru, enquanto que na metade oriental ocorrem rochas basálticas da Formação Serra Geral.

Quadro 2.7.1.4 - Critérios de enquadramento dos graus de criticidade aodesenvolvimento de processos erosivos

GRAU DE CRITICIDADEPORCENTAGEM (EM ÁREA) DE TERRENOS COM ALTA (A) E

MÉDIA (M) POTENCIALIDADES NATURAIS AODESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS EROSIVOS

MUITO CRÍTICAA > 50% em relação à área total da sub-baciaOuA + M > 50% em relação à área total da sub-bacia

CRÍTICAA = 25 a 50% em relação à área total da sub-baciaOuA + M = 25 a 50% em relação à área total da sub-bacia

POUCO CRÍTICAA < 25% em relação à área total da sub-baciaOuA + M < 25% em relação à área total da sub-bacia

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2.7.2.- Áreas Suscetíveis a Inundações

Na UGRHI do Baixo Pardo/Grande, os efeitos danosos das cheiaspraticamente inexistem, já que grande parte das áreas drenadas sãocontroladas pelos reservatórios existentes, a montante da UGRHI.

As inundações existentes resumem-se, praticamente, em áreas urbanas,devido, principalmente, à incidência de chuvas convectivas, e a problemas dedrenagem urbana.

2.7.3.- Áreas Degradadas por Mineração

Como já descrito no item 2.2.2.- Recursos minerais e no Quadro 2.2.1.- Lavrasefetivas/prováveis por Município, a Bacia do Baixo Pardo/Grande possuibasicamente, atividade mineraria voltada para a construção civil, tais comoargila, areia, cascalho e brita. A extração mineral com maior número deempreendimentos é de areia, localizadada em principalmente nos municípiosde Icém e Colômbia. Parte das jazidas situadas nas várzeas próximo asconfluências com o rio Tietê, encontram-se atualmente cobertas peloreservatório de Promissão.

Além da falta de um levantamento atualizado dos empreendimentos minerariosem atividade, não existem dados sobre as jazidas desativadas e o estágio dedegradação ou recuperação das áreas degradadas por essa atividade.

Os tipos de bens minerais explorados na região envolvem diferentesprocessos, tais como dragagem, escavação e o emprego de explosivos,responsáveis por diferentes alterações ambientais. As atividades de exploraçãode areia e de alguns tipos de argila em leito de rios e em planícies aluviais, emcava tendem a produzir os seguintes impactos ambientais: supressão dacobertura vegetal, interferências na fauna e flora aquática , perda do solovegetal, escorregamentos nas margens dos corpos d’água, modificações noregime hidráulico, com incorporação das cavas, aumento da turbidez noscorpos d’água, poluição das águas por óleos e graxas, abandono das cavasapós o térmico da exploração.

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3.- ANÁLISE DE DADOS: SITUAÇÃO ATUAL DA BACIA

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3.1.- DIAGRAMAS UNIFILARES E MAPA SÍNTESE

Rio Pardo

Rio Grande

UHE PortoColômbia

UHEMarimbondoA.D. 118.000

Cór. das Pedras

Rib. Banharão

Rib. Indaiá

Rib. das Areias

Cór. Boa Vista

Cór. Sucuri

Rib. do Agudo

Cór.Mandembo Cór. Bebedouro

Cór. daConsulta

Cór. doRetiro

Rib. dasPalmeiras

Rib. das Pitangueiras

Cór. Sta. Cruz

Cór. dasPedras Rib. do Rosário

Rib. do Turvo

Cór. do Barro Preto

Rib. da Figueira

Cór. das Pedras ou Mandi

Cór. da BalsâminaRio Velho

Cór.Bocaina

Cór

.C

riciú

ma

Cór.Santana

Cór.Grande

0 km

80 km

Cór. ÁguaLimpa

Cór.Jaborandi

Legenda:

Uso doméstico

Uso Industrial

Uso na irrigação

Uso na aquicultura

Uso na pecuária

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3.2.- PERFIL SANITÁRIO

Os perfis sanitários abaixo, relativos aos dois Pontos de Amostragem do BaixoRio Pardo, foram elaborados para Oxigênio Dissolvido, DBO5, ColiformesFecais e Fosfato Total, parâmetros que permitem uma adequada avaliação doestado sanitário do corpo d’água, no ano de 1997.

Figura 3.2.1 - Perfil sanitário relativo a Oxigênio Dissolvido (mg/L) –período de cheia

12

10

8

6

4

2

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

Figura 3.2.2 - Perfil sanitário relativo a Oxigênio Dissolvido (mg/L) –período de estiagem

12

10

8

6

4

2

0PARDD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

No Ponto de Amostragem PARD02800, localizado mais a jusante, distante 30km da foz do Rio Pardo, o perfil mostra situação média para as concentraçõesde OD superior ao mínimo estabelecido para a Classe do rio. No Ponto 02700,a montante, o padrão CONAMA foi, em média atendido, embora tenha sidoregistrada concentração inferior ao mínimo.

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Figura 3.2.3 – Perfil sanitário relativo a DBO5 (mg/L) – período de cheia12

10

8

6

4

2

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

Figura 3.2.4 - Perfil sanitário relativo a DBO5 (mg/L) – período de estiagem12

10

8

6

4

2

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

Com relação à DBO5 as concentrações observadas atendem ao padrão daClasse do rio.

Figura 3.2.5 - Perfil sanitário relativo a Coli-fecal (NMP/100mL) – períodode cheia

10.000.000

1.000.000

100.000

10.000

1.000

100

10

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

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Figura 3.2.6 - Perfil sanitário relativo a Coli-fecal (NMP/100mL) – períodode estiagem

10.000.000

1.000.000

100.000

10.000

1.000

100

10

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

Neste caso, percebe-se que o rio, em média, não obedece ao padrãoCONAMA, sendo pior a situação no trecho de montante da UGRHI.

Figura 3.2.7 - Perfil sanitário relativo a Fosfato Total (mg/L) – período decheia

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

Figura 3.2.8 - Perfil sanitário relativo a Fosfato Total (mg/L) – período deestiagem

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0PARD02700 PARD02800

Padrão Média Máximo Mínimo

Também as concentrações de Fosfato Total apresentam-se, em média,superiores aos limites estabelecidos para a Classe do rio.

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3.3.- VAZÕES AO LONGO DOS RIOS

Em itens anteriores apresentamos os hidrogramas relativos aos pontos ondesão realizadas as observações fluviométricas, que servem de caracterizaçãopara o regime de vazões dos cursos d’água.

As vazões ao longo dos rios não foram realizadas devido à UGRHI apresentarsomente uma estação fluviométrica por curso d’água.

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3.4.- ANÁLISE DAS ÁREAS DEGRADADAS

3.4.1.- Quanto à Utilização dos Recursos Hídricos

3.4.2.- Quanto às Inundações

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3.4.3.- Quanto às Erosões e Assoreamento

Processos Erosivos

A análise da Carta de Potencialidade Natural ao Desenvolvimento deProcessos Erosivos da Bacia do Baixo Pardo-Grande indica que: 14% da áreada Bacia é representada por terrenos com Muito Alta (10%) e Alta (4%)potencialidades; 40% da área é ocupada por terrenos com Médiapotencialidade; e 46% por terrenos são de Baixa potencialidade. Os terrenoscom Muito Alta e Alta potencialidades naturais concentram-se na bordaocidental da bacia, estando relacionados às pequenas variações topográficasde morrotes alongados e relevos de transição embutidas nos arenitos do GrupoBauru. Os terrenos com Média potencialidade natural estão amplamentedistribuídos em toda a metade ocidental da Bacia, associados às monotoniaslitológica e geomorfológica que ocupa toda essa área da Bacia. Os terrenoscom Baixa potencialidade natural ocupam toda a metade oriental da Bacia e oscom Muito Baixa potencialidade natural estão distribuídos ao longo da planíciealuvial do Rio Pardo. Os terrenos de Baixa potencialidade estão associados àsrochas basálticas da Formação Serra Geral; os terrenos de Muito Baixapotencialidade correspondem aos aluviões do Rio Pardo.

O Quadro 3.4.3.1 mostra a distribuição dos terrenos classificados como de Alta,Média e Baixa potencialidades naturais em cada sub-bacia.

Aplicando a primeira abordagem metodológica para a avaliação da criticidadedas sub-bacias, que considerou apenas as classes de Alta potencialidadenatural conforme os critérios apresentados no Quadro 2.7.1.2, obteve-se que:nenhuma das sub-bacias seriam consideradas Muito Críticas; 13,3% seriamCríticas (sub-bacias: Rib. Santana e Rib. Anhumas); 13,3% seriam PoucoCríticas (sub-bacias: Rib. das Palmeiras e Córr. da Sucuri); e 73,4% seriamNão Críticas (sub-bacias: Rio Grande, Rio Velho, Córr. Água Limpa, Córr. dasPedras, Córr. do Jacaré, Rib. das Pitangueiras, Rib. do Rosário, Rib. do Turvo,Rib. do Banharão, Rib. Indaiá e Rib. do Agudo).

Como resultado da segunda abordagem metodológica para a avaliação dacriticidade das sub-bacias, que considerou as classes de Alta e Médiapotencialidades naturais conforme os critérios apresentados no Quadro 2.7.1.4,obteve-se que: 46,6% das sub-bacias seriam consideradas Muito Críticas (sub-bacias: Rib. Santana, Rib. Anhumas, Rio Grande, Rio Velho, Córr. das Pedras,Rib. das Pitangueiras, Rib. das Palmeiras); 26,7% seriam Críticas (sub-bacias:Córr. Água Limpa, Córr. do Jacaré, Rib. do Banharão, Córr. da Sucuri); e26,7% seriam Pouco Críticas (sub-bacias: Rib. do Rosário, Rib. do Turvo, Rib.Indaiá, Rib. do Agudo). Nenhuma sub-bacia foi classificada como Não Crítica.

Comparando os resultados obtidos por ambas as abordagens metodológicasverifica-se grande diferença entre a análise da criticidade das sub-baciasquando se considera apenas a potencialidade natural, e a análise estatísticadiferenciada incluindo, indiretamente, a influência das características de uso dosolo da região. Na primeira abordagem nenhuma sub-bacia foi classificada

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como Muito Críticas, apenas 13,3% foram classificadas como Críticas e 73,4%foram enquadradas como Não Críticas. Na segunda avaliação, entretanto, assub-bacias Muito Críticas e Críticas passaram a predominar, com 73,3% dototal, sendo que nenhuma sub-bacia foi enquadrada como Não Críticas.

Portanto, recomenda-se que os resultados obtidos com a segunda abordagemsejam aqueles utilizados como indicadores na identificação do grau dedegradação da Bacia do Baixo Pardo-Grande por processos erosivos, uma vezque na análise estatística aplicada foram embutidos, indiretamente, osprováveis impactos erosivos que as intervenções antrópicas (usos do solo)causam na região (Carta C1- Carta de Potencialidade Natural aoDesenvolvimento de Processos Erosivos).

Quadro 3.4.3.1 – Porcentagem em área de terrenos classificados como de Alta,Média e Baixa potencialidades naturais ao desenvolvimento de processoserosivos em cada sub-bacia da Bacia do Baixo Pardo-Grande

SUB-BACIAS ALTA(Muito Alta + Alta)

MÉDIA BAIXA(Baixa + Muito Baixa)

(A) Rib. Santana 40% 60% -(B) Rib. Anhumas 48% 48% 4%(10) Rio Grande - 65% 35%(20) Rio Velho - 100% -

(31) Córr. Água Limpa - 30% 70%(32) Córr. das Pedras - 98% 2%(33) Córr. do Jacaré - 30% 70%

(34) Rib. Das Pitangueiras - 70% 30%(40) Rib. Do Rosário - 15% 85%(50) Rib. Do Turvo - 20% 80%

(60) Rib. Das Palmeiras 10% 80% 10%(71) Rib. Do Banharão - 30% 70%

(73) Rib. Indaiá - 5% 95%(80) Rib. Do Agudo - 20% 80%(90) Córr. da Sucuri 2% 30% 68%

Processos de Assoreamento

Na Bacia do Baixo Pardo-Grande são raros os trabalhos sobre os processos deassoreamento nos canais fluviais e/ou nos reservatórios. No Estado de SãoPaulo, tem-se conhecimento de dois estudos regionais que tratamprincipalmente dos processos erosivos nas encostas marginais dosreservatórios ao longo do Rio Tietê e Paranapanema (IPT, 1986, 1989), ondeos autores concluíram que as voçorocas que afetam as áreas marginais dosreservatórios são as principais responsáveis pela produção de sedimentos queassoreiam aos mesmos.

Embora não existam estudos conclusivos sobre os processos de assoreamentonos reservatórios de Porto Colômbia e Marimbondo, pode-se prever, em funçãodos resultados obtidos, que hajam problemas com intenso assoreamento nosmesmos, uma vez que são margeados por sub-bacias potencialmente MuitoCríticas ao desenvolvimento de processos erosivos (sub-bacias: Rib. Santana,Rib. Anhumas e Rio Grande).

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3.4.4.- Quanto à Qualidade das Águas

No Estado de São Paulo, os rios são enquadrados pelo Decreto Estadual10755/77 e classificados de acordo com o Decreto 8468/76, que estabelece asClasses 1, 2, 3 e 4, para os diversos corpos d’água.

A Resolução Federal CONAMA 20/86 estabelece a seguinte classificação paraos corpos d’água: Classe especial, 2, 3, 4 e outras.

Para efeito de controle, permanece a classificação dos corpos d’água definidano Decreto Estadual 10755 com respeito aos rios de classe 2 a 4. Quanto aosrios enquadrados na classe 1 (estadual) estes deverão receber tratamento“classe especial” da resolução CONAMA.

Entretanto, para um mesmo rio, observa-se que através de seus usos, omesmo poderá ter trechos em condições melhores ou piores que as condiçõesem que ele recebeu a seu enquadramento.

Como instrumento de planejamento, há necessidade de se estabelecer emprimeira instância, um critério que demonstre o nível de criticidade dos rios, emconseqüência das bacias, permitindo assim, de acordo com os resultadosobtidos, o direcionamento de ações dentro de uma bacia ou para o Estado.

Considerando-se que, ao nível de Relatório de Situação, não há comopromover nesta etapa uma coleta e análise de amostras em vários pontos, poisisto demandaria um serviço demorado, houve por bem o CORHI sugerir autilização dos dados já existentes nos seguintes relatórios:

-Relatório anual de qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo(CETESB).

-Plano Estadual de Recursos Hídricos 1990, e alteração posteriores (Governodo Estado de São Paulo).

Os dados contidos nesses dois relatórios permitem estabelecer dois diferentescritérios de criticidade:

• Quanto aos pontos de amostragem da rede de monitoramento daCETESB;

• Quanto à sub-bacia (ou bacia).

Desta forma, para aplicação do critério quanto aos pontos de amostragem daCETESB foram escolhidos nove parâmetros indicadores de criticidade doscursos d’água. Cinco correspondem à matéria orgânica, que são: OxigênioDissolvido – OD, Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, Coliformes Fecais,Nitrogênio Amoniacal – NH3 e Fosfato Total. Os outros quatro correspondem àmatéria inorgânica: Zinco – Zn, Cromo Total – Cr, Chumbo – Pb e Cobre – Cu.

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Em cada Ponto de Amostragem a CETESB coleta de seis a doze amostras porano. Foram anotadas as amostras que se revelaram fora dos padrões dequalidade estabelecidos.

Cotejando o número de amostras não conformes com o número de amostrascoletadas, no total, obtém-se um percentual que permitirá estabelecer o nívelde criticidade. Adotaram-se, para tanto, os seguintes valores:

Quadro 3.4.4.1 - Níveis de criticidade quanto às desconformidades

Percentagem deamostras não conformes

p≤30% 30%<p≤60% p>60%

Nível de criticidade N1 N2 N3

Com esse critério foram elaboradas tabelas onde, nas colunas dos parâmetros,aparecem frações cujo numerador corresponde ao número de amostras nãoconformes, e cujo denominador corresponde ao número de amostrascoletadas.

Nas mesmas colunas, a indicação n.m. corresponde a parâmetro não medido.

Para uma melhor percepção de eventual melhora ou piora das condições doscorpos d’água, optou-se por trabalhar com os dados levantados em 1994,1995,1996 e 1997, disponíveis na CETESB.

Quadro 3.4.4.2 - Níveis de criticidade em PARD02700

Rio: PardoClasse (Resolução CONAMA 20/86): 2

Ponto de amostragem: PARD02700

Ano OD DBO Coli-Fecal

NH3 Fosf.total

Zn Cr Pb Cu % Nivelcritic.

94 1/6 0/6 6/6 0/6 5/6 0/6 0/6 0/6(*) 0/6 22,2 N1

95 2/6 0/6 6/6 0/6 5/6 1/6 0/6 0/6(*) 1/6 27,7 N1

96 3/6 0/6 6/6 0/6 6/6 0/6 0/6(*) 0/6(*) 0/6 27,7 N1

97 2/6 0/6 6/6 0/6 3/6 0/6 0/6 0/6(*) 0/6 20,3 N1

(*) Houve medida sem resultado definido.

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Quadro 3.4.4.3 - Níveis de criticidade em PARD02800

Rio: PardoClasse (Resolução CONAMA 20/86): 2

Ponto de amostragem: PARD02800

Ano OD DBO Coli-Fecal

NH3 Fosf.total

Zn Cr Pb Cu % Nivelcritic.

94 0/6 1/6 5/6 0/6 3/6 0/6 0/6 0/6(*) 0/6 16,6 N1

95 1/6 0/6 4/6 0/6 6/6 1/6 0/6 0/6(*) 0/6 22,2 N1

96 0/6 0/6 6/6 0/6 5/6 0/6 0/6(*) 0/6(*) 1/6(*) 22,2 N1

97 0/6 0/6 5/6 0/6 3/6 1/6 0/6 0/6(*) 0/6 16,6 N1

(*) Houve medida sem resultado definido.

A aplicação do critério sugerido pelo CORHI nos leva a classificar este trechodo Rio Pardo no nível de criticidade N1, em todos os anos de observação,embora seja evidente o mau estado sanitário do rio, face às desconformidadesobservadas nas concentrações de Coli-Fecal e Fosfato Total.

Para aplicação do critério quanto à sub-bacia (ou bacia) o CORHI sugere aadoção da Taxa de Diluição Média (TDM), obtida através da divisão da cargade DBO remanescente (Industrial + Urbana - contida no Relatório de Qualidadedas Águas Interiores - CETESB) pela Vazão Mínima (Q7,10 - contida no PlanoEstadual de Recursos Hídricos 1990 - Governo. do Estado de São Paulo).

Neste trabalho optamos por adotar as informações contidas na recentepublicação Caracterização das Unidades de Gerenciamento de RecursosHídricos, de responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente, CETESB,Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, além do DAEE.

Conforme o resultado, seriam estabelecidos os seguintes níveis de criticidade:

Quadro 3.4.4.4 - Níveis de criticidade para diluição

Taxa de Diluição Média(mg/L)

TDM<26 26≤TDM≤42 TDM>42

Nível de criticidade N1 N2 N3

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Desta forma, chega-se ao seguinte resultado para toda a Bacia Hidrográfica doBaixo Pardo/Grande:

Quadro 3.4.4.5 – TDM para a UGRHI 12Carga de DBOremanescente

(tDBO/dia)

Vazão mínimaQ7,10

(m3/s)

TDM(mg/L)

Nívelde criticidade

13,2 20 7,64 N1

Este resultado, aparentemente satisfatório, caracterizando a TDM em toda abacia hidrográfica, pode mascarar a efetiva criticidade que ocorre em sub-bacias sujeitas a relevantes lançamentos de poluentes.

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3.4.5.- Quanto à Degradação Ambiental

A UGRHI 12, sofreu intenso e descontrolado desmatamento, tornando-se umadas regiões do Estado que apresentam menores índices de cobertura vegetalnativa, conforme levantamento efetuado em 1988 pelo DEPRN.

O quadro 3.4.5.1. fornece uma visão da distribuição da cobertura vegetal dasdiversas UGRHIs do Estado de São Paulo. Comparando-se os índices devegetação nativa da UGRHI- 12 com as demais (Quadro 3.4.5.1.), constata-seque a Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande apresenta um percentual de4,53%, bem inferior aos valores de todo o Estado de São Paulo (13,7%).Apenas as Bacias do Rio São José dos Dourados com 2,92%, do Rio do Peixecom 4,23% e do Baixo Tietê com 4,48%, é que se encontram em situação maiscrítica em termos de preservação da cobertura vegetal nativa.

Quadro 3.4.7.1 - Vegetação nativa no Estado de São Paulo

Área(em km2)(F1)

Área ocupadapor vegetaçãonativa (ha)(F2)

% de áreaocupada porvegetaçãonativa(F2)

1998 1988 Estado de São Paulo 248600 3405959 13,7 UGRHI Aguapeí 9657 55662 5,67 UGRHI Alto Paranapanema 20643 304969 15,56 UGRHI Alto Tietê 6648 205610 30,39 UGRHI Baixada Santista 2373 163011 68,82 UGRHI Baixo Pardo/Grande 7091 42255 4,53 UGRHI Baixo Tietê 18621 85701 4,48 UGRHI Litoral Norte 1977 158230 79,44 UGRHI Mantiqueira 686 19299 28,1 UGRHI Médio Paranapanema 17522 127580 7,44 UGRHI Mogi Guaçu 13061 77273 5,45 UGRHI Paraíba do Sul 14228 222754 15,75 UGRHI Pardo 9609 81886 8,2 UGRHI Peixe 8453 31823 4,23 UGRHI Piracicaba/Capivari/Jundiaí 13895 116407 8,35 UGRHI Pontal do Paranapanema 13365 77512 5,72 UGRHI Ribeira de Iguape/Litoral Sul 17264 1093948 63,98 UGRHI São José dos Dourados 6142 15735 2,92 UGRHI Sapucaí/Grande 9937 73108 7,5 UGRHI Sorocaba/Médio Tietê 12108 162011 13,64 UGRHI Tiete/Batalha 12384 76015 6,24 UGRHI Tiete/Jacaré 15808 132914 7,96 UGRHI Turvo/Grande 17128 82256 4,84FONTES(F1) – Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC(F2) – SMA/Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais - DPRN

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O quadro 3.4.5.2. contém a distribuição da cobertura vegetal natural e dasdiferentes classes de vegetação nativa em 1.988, segundo os conceitosadotados pelo DPRN, justificando portanto, os baixos percentuais encontradospara toda a UGRHI – 12. Os dados mostram o estágio de devastação dosecossisitemas da Bacia do Baixo/Pardo Grande, por Município( embora algunsmunicípios estão parcialmente inseridos na UGRHI).

Os critérios das categorias de cobertura vegetal adotados estão descritos noitem 2.3.4.- Uso e Ocupação do Solo.

Os Municípios mais críticos, ou seja, aqueles que possuem menor percentualde cobertura vegetal nativa remanescente (percentual de vegetação total) são:Jaborandi (0,53%), Pitangueiras (1,54%), Viradouro (3,26%), Orlândia (4,17%),Guaira (4,25%) e os municípios que estão em situação melhor, mesmo assimcom valores baixos, são Icém (8,70%), Colômbia (7,83%), Olímpia (7,72%).Vale destacar os percentuais extremamente baixos da Mata Nativa (FlorestaOmbrófila Densa), especialmente nos municípios de Pitangueiras (0,04%),Jaborandi (0,08%),Guaraci (0,12%),Altair (0,13%), Orlândia (0,30%) e TerraRoxa (0,68%).

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Quadro 3.4.5.2. Distribuição da vegetação por Município da Bacia Hidrográfica do Baixo Pardo/Grande (1988).

MunicípiosÁrea

Terrestredo

MunicípioMata % Capoeira % Cerradão % Cerrado % Vegetação

de Várzea % Área nãoclassif. % Total de

Veg. %

Altair* 37.800 50 0.13 849 2.25 1.221 3.23 154 0.41 92 0.24 82 0.22 2.448 6.48

Barretos 152.700 1.402 0.92 4.568 2.99 1.933 1.27 947 0.62 1.247 0.82 102 0.07 10.199 6.68

Bebedouro 72.300 1087 1.50 2.257 3.12 533 0.74 ----- ----- 382 0.53 11 0.02 4.270 5.91

Colina 41.800 686 1.64 1.624 3.89 214 0.51 ----- ----- ----- ----- 28 0.07 2.552 6.11

Colômbia 70.200 324 0.46 1.414 2.01 1.954 2.78 316 0.45 1.444 2.06 48 0.07 5.500 7.83

Guaíra* 120.100 870 0.72 375 0.31 1.030 0.86 265 0.22 2.356 1.96 209 0.17 5.105 4.25

Guarací 60.500 73 0.12 1.646 2.72 1.216 2.01 14 0.02 219 0.36 123 0.20 3.291 5.44

Icém* 38.000 485 1.28 1.046 2.75 1.091 2.87 166 0.44 459 1.21 60 0.16 3.307 8.70

Ipuã* 45.700 1.192 2.61 233 0.51 232 0.51 ----- ----- 494 1.08 135 0.30 2.286 5.00

Jaborandi 254.001 199 0.08 611 0.24 86 0.03 ----- ----- 443 0.17 9 0 1.348 0.53

Morro Agudo 135.100 844 0.62 1.463 1.08 336 0.25 599 0.44 2.883 2.13 86 0.06 6.211 4.60

Nuporanga* 34.100 155 0.45 814 2.39 ----- ----- 363 1.06 272 0.80 16 0.05 1.620 4.75

Olímpia* 78.500 373 0.48 2.286 2.91 2.188 2.79 79 0.10 1.023 1.30 110 0.14 6.059 7.72

Orlândia* 30.500 93 0.30 532 1.74 ----- ----- 467 1.53 176 0.58 4 0.01 1.272 4.17

Pitangueiras* 52.800 20 0.04 219 0.41 ----- ----- ----- ----- 571 1.08 3 0.01 813 1.54

S.JoaquimDa Barra* 39.700 692 1.74 778 1.96 104 0.26 245 0.62 142 0.36 28 0.07 1989 5.01

Sales deOliveira* 29.300 378 1.29 883 3.01 ----- ----- 87 0.30 6 0.02 16 0.05 1.370 4.68

Terra roxa 22.300 152 0.68 265 1.19 231 1.04 ----- ----- 572 2.57 1 0 1.221 5.48

Viradouro 19.500 157 0.81 402 2.06 15 0.08 ----- ----- 58 0.30 4 0.02 636 3.26

* Municípios inseridos parcialmente na Bacia.Fonte: Projeto Olho Verde/DEPRN/ 1988.

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As autuações do DPRN devido a supressão da vegetação por área, de 1990até 1997, fora de área de preservação permanente ou em área de preservaçãopermanente, constam dos Quadros 3.4.5.3.

Quadro 3.4.5.3

SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NA UGRHI 12

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Total das áreas objeto dos autos de infração por supressão de vegetaçãofora de área de preservação permanente (maciço florestal) (ha)

Icém 1,27 0 0,33 0 0 0 0,15 0 Altair 1,5 0 2 0 0 6,13 0,05 0 Barretos 6,48 0 37,02 0 3,53 0,35 0 0 Bebedouro 0 0 0 0 0 0 0 0 Colina 0 0 0 0 0 0 0 0 Colômbia 0,4 3 0 120 0 0,48 1,2 0 Guaraci 0 0 2,06 0 0 0 0 0 Jaborandi 16 0 0 0 0 0 0 0 Terra Roxa 0 0 0 0 0 0 0 0 Viradouro 0 0 0 0 0 0 0 0 Morro Agudo 1,5 5,4 0 5 8,3 1,5 0 0 Orlândia 0 0 0 8 2 0 0 0

Total das áreas objeto dos autos de infração por supressão de vegetaçãoem área de preservação permanente (maciço florestal) (ha)

Icém 2 1,2 0 0 0 0 0 0 Altair 0,07 0,25 0 0 0 0 0 0 Barretos 10 0 0,02 1,5 0,64 0 0,12 0 Bebedouro 0 0 0 0,5 0,33 0 0 0 Colina 0 0 0 0 0 0 0 0 Colômbia 0,5 0 0 0 0 0 0 0 Guaraci 17,5 0,03 0,3 0,01 0 0,28 0 0 Jaborandi 0 0 0 0 0,03 0 0,5 0 Terra Roxa 0 0 0 0 0 0 0 0 Viradouro 0 0 0 0 0 0 0 0 Morro Agudo 0 0,5 1,5 0 0 0 0 0 Orlândia 0 0 0 0 0,03 0 0 0

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3.5.- ACOMPANHAMENTO DOS PDCs

A Lei Estadual 9.034, de 27 de dezembro de 1.994, que dispõe sobre o PlanoEstadual de Recursos Hídricos – PERH referente ao período 94/95, especificae caracteriza os Programas de Duração Continuada – PDCs, em seu CapítuloV.

Do Anexo IV da referida Lei consta a listagem dos PDCs, conforme segue:

Quadro 3.5.1 – Programas de Duração Continuada

No Programa Itens

01 Planejamento e gerenciamento derecursos hídricos - PGRH

Planejamento Gerenciamento Sistema de informações sobre

recursos hídricos Renovação da rede hidrológica Tecnologia e treinamento em

recursos hídricos02 Aproveitamento múltiplo e controle

dos recursos hídricos - PAMR Empreendimentos de

aproveitamento múltiplo econtrole dos recursos hídricos

Desenvolvimento do transportehidroviário

Aproveitamento do potencialhidrelétrico remanescente

03 Serviços e obras de conservação,proteção e recuperação daqualidade dos recursos hídricos -PQRH

Tratamento de esgotosurbanos

Tratamento de efluentesindustriais

Fiscalização e monitoramentode fontes industriais depoluição das águas

Controle das fontes difusas depoluição das águas

04 Desenvolvimento e proteção daságuas subterrâneas - PDAS

Controle da perfuração depoços profundos e daexploração de águassubterrâneas

Cartografia Hidrogeológica Proteção da qualidade das

águas subterrâneas Cooperação com os

municípios para a explotação,conservação e proteção daságuas subterrâneas

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Quadro 3.5.1 – Programas de Duração Continuada (continuação)05 Conservação e proteção dos

mananciais superficiais deabastecimento urbano - PRMS

Identificação e proteção dosmananciais de águassuperficiais paraabastecimento urbano

Racionalização do uso dorecurso hídrico paraabastecimento urbano

Cooperação com osmunicípios para odesenvolvimento e proteção demananciais de águassuperficiais paraabastecimento urbano

06 Desenvolvimento racional dairrigação PDRI

Disciplinamento da utilizaçãoda água para irrigação

Racionalização do uso daágua para irrigação

Monitoramento de áreasirrigadas

Obras e serviços de sistemascoletivos de irrigação edrenagem

07 Conservação de recursos hídricosna indústria - PCRI

Orientação à localizaçãoindustrial

Racionalização do uso dorecurso hídrico na indústria

Disciplinamento do uso daágua para fins industriais

08 Prevenção e defesa contrainundações - PPDI

Implantação de medidasestruturais de prevenção edefesa contra inundações

Implantação de medidas nãoestruturais de prevenção edefesa contra inundações

Cooperação com osmunicípios para serviços eobras de prevenção e defesacontra inundações

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Quadro 3.5.1 – Programas de Duração Continuada (continuação)09 Prevenção e defesa contra a

erosão do solo e o assoreamentodos corpos d'água - PPDE

Desenvolvimento dediagnóstico, diretrizes etecnologia para a prevençãoda erosão do solo

Reflorestamento erecomposição da vegetaçãociliar

Desenvolvimento dediagnóstico, diretrizes etecnologia para a extração deareias e outros materiais deconstrução

Cooperação com osmunicípios em serviços eobras de prevenção e defesacontra a erosão do solo

10 Desenvolvimento dos municípiosafetados por reservatórios e leisde proteção de mananciais -PDMA

Desenvolvimento da utilizaçãomúltipla dos reservatórios

Desenvolvimento de projetos,serviços e obras desaneamento básico

Programas complementaresde proteção e recuperaçãoambiental

Infraestrutura urbana edesenvolvimento rural

11 Articulação interestadual e com aunião - PAIU

12 Participação do setor privado -PPSP

Com base em informações fornecidas pela Secretaria Executiva do CBH-BPGfoi elaborado o quadro abaixo, onde consta a relação dos PDCs, emimplantação na UGRHI, utilizando recursos financeiros disponibilizados peloFEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos.

O quadro reúne os projetos por PDC, identificando o seu número, a entidadetomadora, a natureza do projeto, o seu valor, o tipo de financiamento e asprovidências por parte do Estado e dos tomadores.

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Quadro 3.5.2 – Situação dos PDCs na UGRHI 12

ProvidênciasNúmerodo

ProjetoEntidade tomadora Natureza do projeto

Valorfinanciado

(R$)

Tipode

financ.Estado Tomador

PDC 01

03/98 CETEC - Lins Elaboração Relatório “0” 108.000,00(80%) FP Contratado Em execução

BPG06/98 IBT Educação ambiental 48.395,00

(47,02%) FP Contratado Em execução

PDC 03

32/96 SAAEC - Colina Estação Elevatória de Esgoto 35.600,00(44,5%) FP Aprovado Falta documentação

financeiraBPG01/98 PM Barretos Estação Tratamento Esgoto 941.736,37

(80%) FP Contratado encam.à SMA e CETESB

Obra licitadaaguarda aprovação

BPG04/98 SABESP - Terra Roxa Estação Tratamento Esgoto 200.000,00

(40,2%) FI Aprovado Providencia outorga

BPG05/98 PM Morro Agudo Estação Tratamento Esgoto 591.815,53

(80%) FP Encaminhado àCETESB Adequando projeto

PDC 05

04/97 SABESP - Icem Estação Tratamento Esgoto 140.514,00(44,29%) FI Contratado Obra concluída

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PDC 10

BPG02/98 PM Icem Limpeza Córrego Cabeceirinha 20.000,00

(67%) FP Contratado Obra concluída

BPG07/98 PM Guaíra Desassoreamento Rib. do Jardim e

Córrego das Antas120.000,00

(80%) FP Contratado Em execução

FP - Fundo perdidoFI - Financiamento

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Lins, agosto de 1999

Wiltevar VeratiDiretor – CETEC

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4.- SÍNTESE E RECOMENDAÇÕES

4.1.- SÍNTESE

4.2.- RECOMENDAÇÕES

5.- FONTES DE CONSULTA