sistemas hiperestaticos
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SISTEMAS HIPERESTTICOS II
VOLUME 1
LUIZ CARLOS MENDES
2009
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1
CAPITULO 3
O M T O D O D O S D E S L O C A M E N T O S
3.1 GENERALIDADES
No Mtodo dos Esforos escolhiam-se determinadas incgnitas do
sistema de equaes de compatibilidade esttica, que eram verdadeiramente
esforos sob a forma de momentos fletores ou cargas concentradas, onde
atravs da resoluo do sistema estes esforos eram determinados.
Agora, no Mtodo dos Deslocamentos, determinam-se os
deslocamentos angulares e lineares sofridos pelos ns das estruturas, para,
a partir dos valores dessas incgnitas, se obter os diagramas de momentos e
cortantes, objetivo final de ambos os mtodos
3.2 INCGNITAS DO MTODO
So certos deslocamentos que so conhecidas nos extremos das
hastes que permitem que sejam determinados os esforos seccionais.
Estes deslocamentos podem ser:
- Rotaes nos ns ( ). - Deslocamentos lineares ( ).
-
2
3.3 PRINCPIO DA CONTINUIDADE
Este princpio muito empregado no Mtodo dos Deslocamentos. Ele
mostra que "as rotaes nos extremos das hastes que concorrem num
mesmo n so iguais e definem, portanto, a rotao do n. "
Figura 3.1 - Rotao de um n.
3.4 GRAU DE HIPERGEOMETRIA
definido pelo nmero de incgnitas do problema. Tambm
chamado de grau de indeterminao cinemtica da estrutura. o nmero
de deslocamentos a se anular de modo a se obter subestruturas de
clculo conhecido que s podem ser:
- Hastes biengastadas
- Hastes engastada-apoiadas
-
3
Os deslocamentos ficam anulados quando se introduzem vnculos
rgidos que procuram impedir as rotaes nos ns e os seus deslocamentos
lineares.
As chapas impedem as rotaes nos ns e os apoios do primeiro ou
segundo gnero impedem os seus deslocamentos lineares.
Figura 3.2 -Impedimento de rotaes e deslocamentos.
A estrutura hiperesttica fica transformada (chamada de estrutura
isogeomtrica) e, dessa forma, fica configurado o sistema principal.
3.5 DETERMINAO DOS GRAUS DE HIPERGEOMETRIA
Sejam as estruturas de prticos e quadros contraventados:
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4
a)
h=2
b)
h=3
c)
h=6
-
5
d)
h=7
e)
h=12
f)
h=3
Figura 3.3 Estruturas de prticos.
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6
Quando a estrutura apresentar rtulas intermedirias, no se deve
colocar nelas chapas, a fim de anular as rotaes. Deve ser
respeitada a condio natural da estrutura naquele ponto. Assim, as
Figuras 3.4 a, b e c, ilustram alguns casos de estruturas rotuladas.
a)
h=5
b)
h=1
c)
h=5
Figura 3.4 - Estruturas rotuladas.
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7
Quando a estrutura possuir balanos carregados, estes no devem ser
includos na analise estrutural isogeomtrica. O balano pode ser retirado e
sua ao substituda sobre o resto da estrutura por um momento fletor e
fora equivalentes aplicados pela parte exterior da mesma. Assim, de
acordo com as Figuras 3.5 a e b, tm-se:
a)
h = 2
b)
h = 2
Figura 3.5 Estruturas dotadas de balano
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8
No caso de grelhas, cada n rgido possui duas componentes de
rotao e uma de deslocamento linear vertical. Assim, de acordo com as
Figuras 3.6 a, b e c, tm-se:
a)
h = 6
b)
h = 8
c)
h = 18
Figura 3.6 Graus de hipergeometria em grelhas.
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3.6 GRANDEZAS FUNDAMENTAIS
3.6.1 Fatores de forma de segunda espcie
So os momentos de reao a e b que surgem nos extremos de
uma haste biengastada quando se d uma rotao unitria numa de suas
extremidades.
Os momentos de reao so definidos por:
a = L
JE4
(3.1)
b = L
JE2
(3.2)
e expressam as rigidezes nos ns da barra biengastada.
a b
= 1
Figura 3.7 - Fatores de forma da haste biengastada.
-
10
3.6.2 Fator de forma derivado de segunda espcie
E o momento de reao a que surge no extremo da haste
engastada-apoiada quando se d uma rotao unitria no seu extremo
engastado.
definido por:
LJE3a =
(3.3)
onde L o comprimento da haste.
a
Figura 3.8 - Fator de forma da haste engastada-apoiada.
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11
3.6.3 Fator de forma devido a deslocamentos ortogonais ao eixo da
haste biengastada
So os momentos de reao que surgem nos extremos de uma haste
biengastada quando se d um deslocamento linear unitrio num de seus
extremos, ficando os engastes sem sofrer rotaes.
definido por:
c = 2LJE6
(3.4)
onde L o comprimento da haste.
= 1
c
c
Figura 3.9 Fator de forma devido a deslocamentos ortogonais.
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12
A rotao definida por:
= L
(3.5)
Como = 1 , ento = L1
O momento de reao nada mais do que a soma dos fatores de
forma da haste biengastada multiplicados pela rotao, ou seja:
M = (a + b) (3.6)
M = 2LJE6
L1
LJE2
LJE4 =
+
(3.7)
Dessa forma:
c = 2LJE6
(3.8)
-
13
3.6.4 Fator de forma devido a deslocamento ortogonal ao eixo da
haste engastada-apoiada
o momento de reao que surge no engaste de uma haste engastada-
apoiada quando se d um deslocamento unitrio no bordo apoiado ortogonal
ao eixo ficando o engaste sem sofrer rotao.
definido por:
c = 2LJE3
(3.9)
= 1
c
Figura 3.10 - Fator de forma c .
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14
A rotao definida por:
= L1
(3.10)
e o momento de reao por:
M = a (3.11)
M = 2LJE3
L1
LJE3 =
(3.12)
3.6.5 Fatores de carga de segunda espcie
So os momentos de reao que surgem nos extremos da haste
biengastada devido ao de um carregamento qualquer. So alguns
exemplos:
a)
P
M = - 8LP M = +
8LP
L
R = 2P R =
2P
-
15
b)
M = - 22
LbaP P M = + 2
2
LbaP
a b
R = 32
La)2L(bP + R = 3
2
Lb)2L(aP +
c)
q
M = - 12Lq 2 M = +
12Lq 2
R = 2Lq R =
2Lq
-
16
d)
M = - 20Lq 2 M = +
30Lq 2
R = Lq207 R = Lq
203
L
Figura 3.11 - Fatores de carga
3.6.6 Fatores de carga derivados de segunda espcie
o momento de reao que surge no extremo da haste engastada-
apoiada devido ao de um carregamento qualquer.
-
17
a)
P
M = - LP163
R = P1611 R = P
165
b)
M = - ( )bLL2
baP2 + P
a b
R = ( )3 22L2 bL3bP R = ( )32 L2 bL2aP +
L
-
18
c)
q
M = - 15Lq 2
R = 5
Lq2 R = 10
Lq
d)
q
M = - 120
Lq7 2
R = 40
Lq9 R = 40
Lq11
-
19
e)
q
M = - 8Lq 2
R = 8
Lq5 R = 8
Lq3
Figura 3.12 - Fatores de carga derivados.
Em alguns problemas de estruturas sujeitas s deslocabilidades
lineares, so de muita utilidade as reaes de apoio.
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20
3.7 EXERCCIOS
3.7.1 A viga continua VC1
Seja a viga continua submetida a um carregamento uniformemente
distribudo conforme o apresentado na Figura 3.13.
2 kN/m
3 10 20 10 3 (m)
Figura 3.13 - Viga continua com carga uniforme. a) Formao do sistema principal. h = 2
Figura 3.14 - Grau de hipergeometria da viga.
-
21
b) Determinao dos fatores de forma. Haste AB a = 3/L = 3/10 = 0,30
Haste BC a = 4/L = 4/20 = 0,20
b = 2/L = 2/20 = 0,10
A B B C
Figura 3.15 - Subestruturas de clculo conhecido.
c) Determinao dos fatores de carga. 2 kN/m -66,66 +66,66 B C B C
Figura 3.16 - Fatores de carga da haste BC
MB = - q L2/12 = 2 (20)2/12 = - 66,66 kN m
MC = + q L2/12 = 2 (20)2/12 = + 66,66 kN m
-
22
2 kN/m -4,5 A B A B
Figura 3.17 - Fator de carga
MA = 2 (3) (1,5) = 9 kN m
Este momento deve ser transmitido para o n B, mediante o
fator de transmisso 0,5.
MB = 9 ab = (9) (0,10/0,20) = - 4,5 kN m
2 kN/m + 25 A B A B
Figura 3.18 - Fator de carga
MB = q L2/8 = (2) (10)2/8 = + 25 kN m
Assim, superpondo-se os momentos do n B, obtm-se os
fatores de carga finais.
-
23
+20,5 -66,66 +66,66 -20,5
Figura 3.19 - Resumo dos fatores de carga
d) Ao do hiperesttico 1 = 1 no sistema principal. 1 = 1 0,30 0,20 0,10
Figura 3.20 - Ao da rotao unitria em B. e) Ao do hiperesttico 2 = 1 no sistema principal. 2 = 1 0,10 0,20 0,30
Figura 3.21 - Ao da rotao unitria em C.
-
24
f) Equaes de coerncia
(20,5 - 66,66) + (0,30 + 0,20) 1 + 0,10 2 = 0 (66,66 - 20,5) + 0,10 1 + (0,20 + 0,30) 2 = 0
Na soluo deste sistema so fornecidos:
1 = + 115,25 2 = - 115,25
g) Clculo dos momentos fletores.
MBesq = 20,5 + 0,30 1 = 20,5 + 0,30 (115,25) = 55,07 kNm MBdir = - 66,66 + 0,20 1 + 0,10 2 =
= - 66,66 + 0,20 (115,25) + 0,10 (-115,25) = - 55,07 kNm
h) Diagrama dos momentos fletores em kN.m 55,07 55,07 9 9
Figura 3.22 - Momentos fletores finais em kN.m.
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i) Clculo dos momentos fletores em formas programveis. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Figura 3.23 - Diviso da viga contnua em sees.
i1) Momentos pela carga uniforme.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Figura 3.24 - Parbolas simtricas em cada tramo
Primeiro vo - M = q L2 / 2 wr = (2) (10)2 / 2 wr
Segundo vo - M = q L2 / 2 wr = (2) (20)2 / 2 wr
i2) Suspenso dos momentos fletores.
A reta que une os momentos fletores determinados nas sees
0 e 5 apresenta uma inclinao. necessrio que seja calculada a
distncia d.
-
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Primeiro vo
46,07 d 9 1 2 3 4 5 0
Figura 3.25 - Suspenso dos momentos no primeiro vo.
Pela regra de trs, tem-se:
(55,07 - 9) _________________________ 10
d _____________________________ x
onde x assume os valores 0, 2, 4, 6, 8 e 10.
O valor d fica expresso por:
d = 10
07,46 x
ou ento:
d = 4,607 x
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Segundo vo
A reta que une os momentos fletores determinados nas sees e 0
e 5 horizontal, portanto, os momentos existentes entre as sees
intermedirias so constantes.
Na Tabela 3.1 so calculadas todas as parcelas dos momentos
fletores separadamente para todas as sees transversais.
Tabela 3.1 - Momentos fletores parciais e finais
wr (qL2 / 2) wr Linha de chamada Momento total (kNm) 0 0 0 9 -9 1 0,16 16 -9,214 - 9 -18,214 -2,214 2 0,24 24 -18,428 - 9 -27,428 -3,428 3 0,24 24 -27,642 - 9 -36,642 -12,6 4 0,16 16 -36,856 - 9 -45,856 -29,8 5 0 0 - 55,07 -55,07 6 0,09 36 - 55,07 -19,07 7 0,16 64 -55,07 8,93 8 0,21 84 -55,07 28,93 9 0,24 96 -55,07 40,93 10 0,25 100 -55,07 44,93 11 0,24 96 -55,07 40,93 12 0,21 84 -55,07 28,93 13 0,16 64 -55,07 8,93 14 0,09 36 -55,07 -19,07 15 0 0 -55,07 -55,07
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i3) Momentos fletores finais em cada seo ao longo da viga
contnua.
Figura 3.26 - Diagrama de momentos fletores finais.
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j) Clculo dos cortantes em formas programveis.
So extradas de cada segmento biapoiado as reaes provenientes
do carregamento externo aplicado e do par de momentos em cada
extremidade, obtidos pelo mtodo das deformaes. Estas reaes so
analisadas esquerda e direita de cada seo de apoio e correspondem
aos esforos cortantes nestas sees.
q = 2 kN/m 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
9 9 55,07 55,07 55,07 55,07 9 9
6 10 10 20 20 10 10 6 4,6 4,6 4,6 4,6
6 5,4 14,6 20 20 14,6 5,4 6
Figura 3.27 - Reaes de apoio em kN.
Para o primeiro vo obtm-se:
R = q L / 2 = 2 (10) / 2 = 10 kN ( carga uniforme )
R = M / L = (55 - 9) / 10 = 4,6 kN ( momentos fletores )
Para o segundo vo obtm-se:
R = q L / 2 = 2 (20) / 2 = 20 kN (carga uniforme)
-
30
j1) Cortantes finais em cada seo ao longo da viga contnua.
Figura 3.28 - Cortantes finais.
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31
3.7.2 Viga continua VC2
Seja a viga contnua submetida a um carregamento irregular conforme
o apresentado na Figura 3.29.
4 kN 2 kN/m 6 kN 1 kN/m
2 m 12 m 16 m 8 m 2 m 8 m 3 m
Figura 3.29 - Viga contnua de carregamento diverso.
a) Formao do sistema principal
A B C D E
h = 3
Figura 3.30 - Grau de hipergeometria da viga.
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32
b) Determinao dos fatores de forma.
Haste AB a = 3/L = 3/12 = 0,25
Haste BC a = 4/L = 4/16 = 0,25
b = 2/L = 2/16 = 0,125
Haste CD a = 4/L = 4/10 = 0,40
b = 2/L = 2/10 = 0,20
Haste DE a = 3/L = 3/8 = 0,375
c) Determinao dos fatores de carga
Haste AB MB = q L2 / 15 = (2) (12)2 / 15 = 19,2 kN m
MB = - 4 (2) (0,5) = - 4 kN m
2 kN/m 4 kN
A +19,2 B A -4 B
Figura 3.31 Fatores de carga na haste AB.
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33
Haste BC MB = - q L2 / 12 = - (2) (16)2 / 12 = - 42,67 kN m
MC = + q L2 / 12 = + (2) (16)2 / 12 = + 42,67 kN m
2 kN/m
-42,67 +42,67
Figura 3.32 - Fatores de carga na haste BC.
Haste CD MC = - ( )( )( ) 92,1
10286
LbaP
2
2
2
2==
MD = + ( )( ) ( ) 68,7
10286
LbaP
2
2
2
2+==
6 kN
-1,92 +7,68
C D
Figura 3.33 - Fatores de carga na haste CD.
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34
Haste DE
MD = - q L2 /8 = - (1) (8)2 /8 = - 8 (da carga concentrada)
MD = + (1) (3) (1) (0,5) / 2 = + 0,75 (da carga triangular do balano)
1 kN/m
1 kN/m
D -8 E D +0,75 E
Figura 3.34 - Fatores de carga da haste DE.
d) Resumo dos fatores de carga.
+15,2 -42,67 +42,67 -1,92 +7,68 -7,25
A B C D E
Figura 3.35 - Fatores de carga totais.
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35
e) Resumo dos fatores de forma e ao dos hiperestticos no
sistema principal.
+15,2 -42,67 +42,67 -1,92 +7,68 -7,25
A B C D E
Ao de 1 = 1 1 0,25 0,25 0,125
A B C D
Ao de 2 = 1 2 0,125 0,25 0,4 0,2
A B C D E
Ao de 3 = 1 3 0,2 0,4 0,375
A B C D E
Figura 3.36 - Fatores de carga, de forma e rotaes.
-
36
f) Equaes de coerncia
(15,2 - 42,67) + 0,5 1 + 0,125 2 = 0 (42,67 - 1,92) + 0,125 l + 0,65 2 + 0,2 3 = 0 (7,62 - 7,25) + 0,2 2 + 0,775 3 = 0
Na soluo deste sistema so encontrados:
l = 75,88 2 = - 83,76 3 = 21,04
g) Clculo dos momentos fletores. (kN m)
MB esq = 15,2 + 0,25 (75,88) = 34,17
MB dir = - 42,67 + 0,25 (75,88) + 0,125 (-83,76) = - 34,17
MC esq = 42,67 + 0,125 (75,88) + 0,25 (-83,76) = 31,22
MC dir = - 1,92 + 0,4 (-83,76) + 0,2 (21,04) = - 31,22
MD esq = 7,68 + 0,2 (-83,76) + 0,4 (21,04) = - 0,64
MD dir = - 7,25 + 0,375 (21,04) = 0,64
+ +
A B C D E
Figura 3.37 - Momentos fletores finais (kN m).
-
37
3.7.3 Prtico com deslocabilidade linear PDL1
Seja o prtico sujeito a deslocabilidade linear, composto dos
carregamentos indicados na Figura 3.38.
10 kN C 20 kN 2 kN/m
3 m
A B E F H
4 m 1 kN/m
D
2 m
G
3 m 20 m 20 m 3 m
Figura 3.38 - Prtico submetido a carregamentos uniformes e
concentrados.
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38
a) Formao do sistema principal
C
B F
A H
D G h = 3
Figura 3.39 - Grau de hipergeometria.
b) Determinao dos fatores de forma
Haste AB a = 3/L = 3/3 = 1
Haste CB a = 3/L = 3/3 = 1
c = 3/L2 = 3 / 32 = 0,333
Haste BD a = 4/L = 4/4 = 1
b = 2/L = 2/4 = 0,5
c = 6/L2 = 6/42 = 0,375
-
39
Haste FG a = 4/L = 4/6 = 0,67
b = 2/L = 2/6 = 0,33
c = 6/L2 = 6/62 = 0,167
Haste BF a = 4/L = 4/20 = 0,20
b = 2/L = 2/20 = 0,10
Haste FH a = 3/L = 3/20 = 0,15
c) Determinao dos fatores de carga
Haste AB MB = + q L2 / 8 = (2) (3)2 /8 = + 2,25
Haste BF MB = - q L2 / 12 = (2) (20)2 / 12 = - 66,67
MB = - P L / 8 = (20) (20) / 8 = - 50
Haste FG MF = MG = q L2 / 12 = (1) (6)2 / 12 = 3
MF = - 3
MG = + 3
-
40
Haste FH MF = - q L2 /8 = - (2) (20)2 / 8 = - 100
MF = (2) (3) (1,5) (0,5) = + 4,5
a) 2 kN/m
+ 2,25
A B
b)
2 kN/m 20 kN
-66,67
B -50 +50 +66,67 F
-
41
c) F d)
2 kN/m
-3
-100
F H
1 kN/m
+3
G
Figura 3.40 - Fatores de carga.
d) Resumo dos fatores de carga e de forma e ao dos hiperestticos
no sistema principal.
-
42
d1) Fatores de carga
+ 2,25 - 116,67 +116,67 -95,5
3 3
3 3
d2) Ao de 1 = 1
0,333
0,333 1 0,20 0,10
1
0,375 1
0,5
0,375
-
43
d3) Ao de 2 = 1
0,167
0,10 0,20 0,15
0,67
0,33
0,167
d4) Ao de 3 = 1
0,111
0,111 0,333
0,188 0,056
0,375 0,167
0,375
0,188
0,167 0,056
Figura 3.41 - Fatores de carga, rotaes e deslocamentos.
-
44
e) Equao de coerncia
( 2,25 - 116,67 ) + ( 1 + 1 + 1 + 0,2 ) 1 + 0,1 2 + ( -0,375 + 0,333 ) 3 = 0 ( 116,67 - 3 - 95,5 ) + 0,10 1 + ( 0,20 + 0,67 + 0,15 ) 2 - 0,167 3 = 0 ( 3 ) + ( 0,333 - 0,375 ) 1 - 0,167 2 + ( 0,11 + 0,188 + 0,056 ) 3 = 0
3,2 1 + 0,1 2 - 0,045 3 = 114,42 0,1 1 + 1,02 2 - 0,167 3 = - 13,17 - 0,045 1 - 0,167 2 + 0,356 3 = - 3,0
1 = 36,29 2 = - 23,83 3 = - 15,02
f) Clculo dos momentos fletores
MB esq = 2,25 + 1,0 (36,29) = 38,54
MB dir = - 116,67 + 0,2 (36,29) + 0,1 (-23,83) = - 111,79
MB sup = 1,0 (36,29) + 0,33 (-15,02) = - 31,33
MB inf = 1,0 (36,29) - 0,375 (-15,02) = 41,92
MF esq = 116,67 + 0,1 (36,29) + 0,2 (-23,83) = 115,53
MF inf = - 3,0 + 0,67 ( -23,83) - 0,167 (-15,02) = - 16,45
MF dir = - 95,5 + 0,15 (-23,83) = - 99,07
MD = 0,5 (36,29) - 0,375 (-15,02) = 23,77
MG = 3 + 0,33 (-23,83) - 0,167 (-15,02) = - 2,35
-
45
31,3 111,8 115,5 99,1 9 9
38,5
A B F
41,9 16,4 H
23,8
D 2,4
G h = 3
Figura 3.42 - Sentido de aplicao dos momentos.
111,8 115,5
38,5 99,1 9
41,9 31,3 + 16,4
23,8
2,4
Figura 3.43 - Momentos fletores finais.
-
46
3.7.4 Prtico com deslocabilidade linear PDL2
Seja o prtico sujeito a deslocabilidade linear composto dos
carregamentos indicados na Figura 3.44.
E
2 kN/m
2 m
G
A B
1 kN I 4 m
1 kN 1 kN
L H M
C 1 kN J D
1 3 3 1 (m) 2 m
F
Figura 3.44 - Prtico com carregamentos.
-
47
a) Formao do sistema principal
E
A G B
C H D
F h = 3
Figura 3.45 - Grau de hipergeometria.
b) Determinao dos fatores de forma
Hate AG = Haste GB = Haste CH = Haste HD
a = 3/L = 3 / 4 = 0,75
Haste GH a = 4 / L = 4/4 = 1
b = 2 / L = 2/4 = 0,5
c = 6 / L2 = 6/42 = 0,375
-
48
Haste EG = Haste HF a = 4 / L = 4/2 = 2
b = 2 / L = 2/2 = 1
c = 6 / L2 = 6 / 22 = 1,5
c) Determinao dos fatores de carga
Haste AG MG = + q L2 / 15 = (2) (4)2 /15 = 2,13
Haste GH MG = MH = P L / 8 = (1) (4) / 8 = 0,5
Haste HF MH = MF = P L / 8 = (1) (2) / 8 = 0,25
Haste CH MH = ( ) ( )( )( )( )( ) ( )1442132bL
L2baP
22 +=+ = 0,9375
onde a = 3 e b = 1
-
49
d) Resumo dos fatores de carga e ao dos hiperestticos no sistema
principal
Fatores de carga
E
2,13 2,13
A G B
0,5 0,5
0,5
C 0,9375 H 0,9375 0,5 D
0,25 0,5
0,25
F 0,5
Ao de 1 = 1
1,5 E
2
A 1,5 0,75 G 0,75 0,375
B
1
C 0,5 H 0,375 D
F h = 3
-
50
Ao de 2 = 1
E
A G 0,375 B
0,5
1 0,375
C 0,75 0,75 D
2 1,5
1 1,5
F
Ao de 3 = 1
E
A G B
0,375 0,1875
C 0,1875 H 0,375 D
1,5 1,5
1,5
F 1,5
Figura 3.46 - Fatores de carga, rotaes e deslocamentos.
-
51
e) Equaes de coerncia
0,5 + (0,75 + 0,75 + 1 + 2) l + 0,5 2 - 0,375 3 = 0 (0,25 - 0,5) + 0,5 l + (1 + 0,75 + 2 + 0,75) 2 + + (0,375 - 1,5) 3 = 0 (-0,5 - 0,5) + 0,375 1 + (0,375 - 1,5) 2 + + (0,1875 + 1,5) 3 = 0
4,5 l + 0,5 2 + 0,375 3 = - 0,5 0,5 1 + 4,5 2 - 1,125 3 = 0,25 0,375 1 - 1,125 2 + 1,69 3 = 1
l = - 0,21 2 = 0,29 3 = 0,83
f) Clculo dos momentos fletores
MG sup = 2 (-0,21) = - 0,42
MG esq = 2,13 + 0,75 (-0,21) = 1,97
MG dir . = - 2,13 + 0,75 (-0,21) = - 2,28
MG inf = 0, 5 + 1 (-0,21) + 0,5 (0,29) + 0,375 (0,83) = 0,75
ME = 1 (-0,21) = - 0,21
MH sup = - 0,5 + 0,5 (-0,21) + (1) (0,29) + 0,375 (0,83) = - 0,004
MH esq = 0,94 + 0,75 (0,29) = 1,16
MH dir = - 0,94 + 0,75 (0,29) = - 0,72
MH inf = 0,25 + 2 (0,29) - 1,5 (0,83) = - 0,42
MF = - 0,25 + 1 (0,29) -1,5 (0,83) = - 1,21
-
52
Observa-se que a conveno de sinais empregada no Mtodo dos
Deslocamentos nada tem a ver com a utilizada nos diagramas de momentos
fletores, tais como ilustrados na Figura 3.47.
No Mtodo dos Deslocamentos, quando o momento gira no sentido
horrio em torno do n, ele assume um sinal positivo. No diagrama final dos
momentos, o sinal positivo nas hastes horizontais se verifica quando as
tenses de trao ocorrerem nas fibras inferiores. Nas hastes verticais
indiferente a escolha do sinal positivo, seja para a tenso de trao
nas fibras da esquerda ou nas fibras da direita.
0,2
1,97 2,3
0,42
+
+ 0,75
1,0
1,16 + 0,72
+ 0,004 0,42 +
1,5 1,32
-
1,21
Figura 3.47 - Momentos fletores finais.
-
53
3.7.5 Prtico com deslocabilidade linear PDL3
Seja o prtico com o carregamento indicado na Figura 3.48.
C 1 m F 3 kN 1 kN/m 1 m D B 1 m 2 kN/m G 3 kN 1 m A E 2 m
Figura 3.48 - Prtico sujeito aos carregamentos.
a) Formao do sistema principal
C B D A E
Figura 3.49 - Grau de hipergeometria.
-
54
b) Determinao dos fatores de forma
Haste AB = Haste ED = Haste CD = Haste BD
a = 4/L = 4/2 = 2
b = 2/L = 2/2 = 1
c = 6 / L2 = 6 / 22 = 1,5
c)Determinao dos fatores de carga
Haste AB MB = MA = q L2 / 12 = (2) (2)2 / 12 = 0,67
Haste BD MD = MB = q L2 / 12 = (2) (2)2 /12 = 0,67
Haste BD MD = MB = q L2 /12 = (1) (2)2 / 12 = 0,33
Haste CD MC = MD = P L / 8 = (3) (2) / 8 = 0,75
Haste DE MD = ME = P L / 8 = (3) (2) / 8 = 0,75
-
55
2 kN/m B 2 1,5 C 0,67 0,75 3 kN 0,67 0,75 2 1,5 A D 1 kN/m B D 0,33 0,33
Figura 3.50 - Fatores de carga nas hastes.
-
56
d) Resumo dos fatores de carga, de forma e a ao dos hiperestticos
no sistema principal
Fatores de carga 1,5 0,75 0,33 0,75 1,5 0,33 0,67 2 1,5 0,75 0,67 0,75 2 1,5 Ao da rotao 1 = 1 = 1 1,5 2 1 2 1,5 1
-
57
Ao da rotao 2 = 1
1 1,5 1 2 2 1,5 1,5 2 1 1,5 Ao do deslocamento linear unitrio 3 = 1 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
Figura 3.51 - Fatores de carga, rotaes e deslocamentos.
-
58
e) Equaes de coerncia
(0,67 - 0,33) + ( 2 + 2 ) l + (1) 2 - 1,5 3 = 0 (0,33 + 0,75 - 0,75) + (1) 1 + ( 2 + 2 + 2 ) 2 + + (1,5 - 1,5) 3 = 0 (-2 + 1,5 + 1,5) - 1,5 1 + (1,5 - 1,5) 2 + + (1,5 + 1,5 + 1,5) 3 = 0
A soluo :
1 = - 0,183 2 = - 0,025 3 = - 0,283
f) Clculo dos momentos fletores
MA = -0,67 + 1 (-0,183) - 1,5 (-0,383) = - 0,43
MB inf = 0,67 + 2 (-0,183) - 1,5 (-0,283) = + 0,72
MB dir = - 0,33 + 2 (-0,183) + 1 (-0, 025) = - 0,72
MD esq = 0,33 + 1 (-0,183) + 2 (-0,025) = + 0,10
MC = - 0,75 + 1 (-0,025) + 1,5 (-0,283) = -1, 2
MD sup = 0,75 + 2 (-0,183) + 1,5 (-0,283) = + 0,28
MD inf = - 0,75 + 2 (-0,183) - 1,5 (-0,283) = - 0,38
ME = 0, 75 + 1 (-0, 025) - 1,5 (-0,283) + 1,15
-
59
C 1,2 - 0,76 + 0,72 0,72 0,10 0,28 B + D 0,38 + 0,74 + 0,43 1,15 A B
Figura 3.52 - Momentos fletores finais.
3.7.6 Prtico com deslocabilidade linear PDL4
Seja o prtico rotulado sujeito a deslocabilidade linear com os
carregamentos indicados conforme a Figura 3.53.
-
60
3 kN/m D E 1 m A 5 kN 2 m C
3 m 4 kN/m 6 m 5 m
Figura 3.53 - Prtico rotulado.
a) Formao do sistema principal.
D E A h = 2 C B
Figura 3.54 - Grau de hipergeometria.
-
61
b) Determinao dos fatores de forma
Haste AD a = 3 E J / L = 3/6 = 0,5
Haste DE a = 3 E J / L = 3/5 = 0,6
Haste DB a = 4 E J / L = 4/6 = 2/3
b = 2 E J / L = 2/6 = 1/3
c = 6 E J / L2 = 6 / 62 = 1/6
Haste EC a = 3 E J / L = 3/3 = 1
c = 3 E J / L2 = 3 / 32 = 1/3
=1 =1 a = 0,6 a = 0,5 A D D E = 1 = 1 = 1 D D E a = 0,667 c = 0,167 b = 0,333 c = 0,167 c = 0,333 B B C
Figura 3.55 - Fatores de forma das hastes.
-
62
c) Determinao dos fatores de carga
Haste AD MD = + q L2 / 8 = (3) (6)2 / 8 = 13,5
Haste DE MD = - q L2 / 8 = - (3) (5)2 / 8 = - 9,375
Haste DB MD = + q L2 / 30 = + (4) (6)2 / 30 = 4,8
MB = - q L2 /20 = - (4) (6)2 / 20 = - 7,2
RD = q L / 6 = (4) (6) / 6 = 4
RB = q L / 3 = (4) (6) / 3 = 8
RD = - ( 7,2 - 4,8 ) / 6 = - 0,4
RB = + ( 7,2 - 4,8 ) / 6 = + 0,4
Repare que as reaes nos pontos D e B podem ser calculadas de uma
s vez, utilizando-se o formulrio do carregamento triangular para haste
biengastada, ou seja:
RD = 3 / 20 q L = 3,6
RB = 7 /20 q L = 8,4
Haste CE MC = + ( ) ( )( )( )( )( ) 22,23213125bL
L2baP
22 =+=+
RE = ( ) ( )( ) ( )[ ]
( ) =+=+ 3
2
3
2
3213225
L2bL2aP 2,59
RC = ( ) ( )( ) ( ) ( )[ ]
( ) == 3
22
3
22
3213315
L2bL3bP 2,41
-
63
3 kN/m 3 kN/m 13,5 - 9,375 D D E
A Figura 3.56 - Fatores de carga nas hastes.
Para estas hastes horizontais no so necessrias as reaes
concentradas nos apoios, uma vez que nenhuma deslocabilidade vertical
ocorre.
D 4,0 0,4 3,6 4,8 7,2 8,0 0,4 8,4 4 kN/m E 2,59 5 kN C 2,41
Figura 3.57 - Fatores de carga nas hastes.
-
64
d) Resumo dos fatores de carga, forma e ao dos hiperestticos no
sistema principal.
Fatores de carga
13,5 9,375 3,6 4,8 2,59 2,41 2,22 7,2 8,4 Ao da rotao 1 = 1 0,5 0,6 0,167 0,67 0,33 0,167
-
65
Ao do deslocamento linear 2 = 1 = 1 = 1 0,111 0,0556 0,167 0,333 0,111 0,167 0,0556
Figura 3.58 -(a) - Fatores de carga
(b) - Ao da rotao 1 = 1 (c) - Ao do deslocamento 2 = 1 Reaes na haste DB
RD = RB = [ 1/6 + 1/6 ] / 6 = 1/18 = 0,0556
RC = RE = [1/3]/3 = 1/9 = 0,111
e) Equaes de coerncia
(4,8 + 13,5 - 9,375) + (0,5 + 0,6 + 0,667) 1 - 0,167 2 = 0 (2,59 - 3,6) - 0,167 1 + (0,0556 + 0,111) 2 = 0
8,925 + 1,767 l - 0,167 2 = 0 - 1,0 - 0,167 1 + 0;167 2 = 0
-
66
A soluo :
1 = - 4,95 2 = + 1,10
f) Clculo dos momentos fletores em kN m
MD esq = 13,5 + 0,5 (-4,95) = 11,03
MD dir = - 9,375 + 0,6 (-4,95) = - 12,34
MD inf = 4,8 + 0,667 (-4,95) - 0,167 (1,10) = 1,32
MB = - 7,2 + 0,333 (-4,95) - 0,167 (1,10) = - 9,03
MC = 2,22 - 0,333 (1,10) = 1,86
11,03 12,34 6,17 5,51 1,32 + + 3,21 2,72 7,99 + 1,86 21,49 12,59 9,03
Figura 3.59 - Momentos fletores finais.
-
67
3.8 ESTRUTURAS SIMTRICAS E ANTIMTRICAS
comum o tirar o partido da simetria em algumas estruturas
hiperestticas. Basta fazer uma reordenao das cargas e colocar alguns
vnculos fictcios que representem a condio anterior da estrutura antes de
ser desmembrada.
3.8.1 Caso em que o eixo de simetria intercepta um n da estrutura
Seja o prtico da Figura 3.60.
P
C
B D
A E
Figura 3.60 - Prtico com carga.
A carga pode ser transformada em simtrica e antimtrica.
-
68
P P/2 C
C
B D B D
P/2
A E A E
Carga simtrica. Carga antimtrica.
Figura 3.61 - Desmembramento do carregamento.
a) Estudo do carregamento simtrico
A estrutura simtrica com o carregamento simtrico fica representada
por:
P/2
Figura 3.62 - Estrutura com carga simtrica.
-
69
Foi escolhido o vnculo fictcio na extremidade C, em virtude de o n C
no sofrer rotao; s deslocamentos verticais.
Na resoluo hiperesttica o sistema principal fica constitudo por:
C
B
A h = 2
Figura 3.63 - Sistema principal.
So necessrios dois vnculos para transformarem esta estrutura em
totalmente indeslocvel.
b) Estudo do carregamento antimtrico
A estrutura simtrica com o carregamento antimtrico fica
representada por:
-
70
P/2
C
B
A
Figura 3.64 - Estrutura com carregamento antimtrico.
Observa-se que o n C no apresenta deslocamento vertical em
virtude da disposio das cargas, mas um deslocamento horizontal a ser
considerado.
Na resoluo hiperesttica, o sistema principal fica constitudo por:
A
B
h = 2
A
Figura 3.65 - Sistema principal.
-
71
So necessrios dois vnculos para transformarem esta estrutura em
totalmente indeslocvel.
3.8.2 Caso em que o eixo de simetria intercepta completamente uma barra da estrutura
Seja o quadro da Figura 3.66.
P
C
B D
A E
Figura 3.66 - Quadro com a carga total.
A carga pode ser transformada em:
-
72
P/2 P/2
C
B D
A E
Figura 3.67 a Carga simtrica.
P/2
C
B D
P/2
A E
Figura 3.67 b - Carga antimtrica.
-
73
a) Estudo do carregamento simtrico
A estrutura simtrica com o carregamento simtrico fica
representada pela aquela da Figura 3.68.
P/2 C
B
A
Figura 3.68 - Estrutura com carga simtrica.
No ocorrem rotaes nem deslocamentos verticais no n C.
-
74
Na resoluo hiperesttica, a o sistema principal fica constitudo por:
C
B
A
Figura 3.69 - Sistema principal.
Uma chapa no n B necessria para transformar esta estrutura em
totalmente indeslocvel.
-
75
b) Estudo do carregamento antimtrico
A estrutura com o carregamento antimtrico pode ser representada
pela aquela da Figura 3.70.
P/2 C
B
A
Figura 3.70 - Estrutura com carga antimtrica.
O n C sofre rotaes, mas no pode sofrer deslocamentos verticais.
A nica maneira de representar esta situao manter a barra vertical que
passa pelo n C.
-
76
Na resoluo hiperesttica, o sistema principal fica constitudo por:
C
B
h = 3
A
Figura 3.71 - Sistema principal.
3.8.3 Caso de viga contnua em que o eixo de simetria coincide com o apoio e o carregamento simtrico
Seja a viga contnua da Figura 3.72.
P P (kN)
p p (kN/m)
A B C D E
Figura 3.72 - Viga com carga simtrica.
-
77
Ela pode ser tratada simplesmente como:
P
p
A B C
Figura 3.73a Viga carregada at a metade.
O apoio central, que no sofre rotaes nem deslocamentos verticais,
pode ser assimilado perfeitamente a um engaste, mantendo-se o
carregamento na metade do comprimento total da viga.
Figura 3.73b Viga carregada at a metade.
-
78
3.8.4 Caso de viga continua em que o eixo de simetria coincide com o apoio e o carregamento totalmente antimtrico
Seja a viga contnua da Figura 3.74.
p P
A B C D E
p
P
Figura 3.74 Viga contnua com carga antimtrica.
Ela pode ser tratada simplesmente como a apresentada na Figura
3.75.
p P
A B C
Figura 3.75 Viga carregada at a metade.
Havendo rotaes, mas sem deslocamentos verticais, o apoio central
permanece como uma rtula e os momentos fletores se apresentam
antimtricos de sinais contrrios.
-
79
3.8.5 Caso de viga continua em que o eixo de simetria corta um vo e o carregamento simtrico
Seja a viga contnua da Figura 3.76.
p P P p
Figura 3.76 - Viga com carregamento simtrico.
A soluo feita por inteiro, sem tirar nenhum partido de simetria.
No h como idealizar um apoio fictcio no meio do vo que
represente a ausncia de rotaes e a presena de deslocamento vertical.
Os hiperestticos encontrados nos pontos simtricos so iguais,
porm, de sinais contrrios.
Isto significa dizer que:
1 = - 2
-
80
Os momentos fletores nos pontos simtricos so iguais e de mesmo
sinal.
A B C D
Figura 3.77 - Momentos fletores finais.
3.8.6 Caso de viga continua em que o eixo de simetria corta um vo e o carregamento totalmente antimtrico
Seja a viga contnua da Figura 3.78.
p P
P p
Figura 3.78 - Viga com carregamento antimtrico.
-
81
A soluo feita por inteiro, sem tirar partidos de simetria. No h
como idealizar um apoio fictcio no meio do vo que represente a presena
de rotaes e a ausncia de deslocamentos verticais. Os hiperestticos
encontrados nos pontos simtricos so iguais e de mesmo sinal, ou seja:
1 = 2
Os momentos fletores nos pontos simtricos so iguais, mas tm sinais
contrrios.
A B C D
Figura 3.79 - Momentos fletores finais.
3.8.7 Exemplo de um quadro com hastes de inrcias variveis
Seja o quadro de carregamento assimtrico da Figura 3.80, onde
ocorrem variaes do momento de inrcia em cada haste em dm4.
Uma das hastes ser considerada como sendo a de momento de
inrcia bsico. Os momentos de inrcia das demais sero determinados
em funo deste momento de inrcia bsico onde expresso o
comprimento de haste equivalente l.
-
82
5 kN/m J = 200 J = 200 G J = 200 H J=200 E A 3 m 8 kN/m 3 kN/m J = 100 J = 100 J = 100 B C D 4 m 8 m 8 m 4 m
Figura 3.80 - Quadro de inrcia varivel ( J EM dm4).
a) Comprimento elstico das hastes.
Ser escolhida como inrcia bsica Jb = 200 m4.
Haste AF = Haste HE L = LJJab =
100200 4,0 = 4,0 m
Haste BF = Haste CG = Haste DH L = 100200 3,0 = 6,0 m
Haste FG = Haste GH L = 200200 8,0 = 8,0 m
Ja = inrcia da haste em anlise
-
83
b)Clculo dos fatores de forma das hastes
Haste AF = Haste HE a = 3 / L = 3 / 4 = 0,75
Haste BF = Haste CG = Haste DH a = 4 / L = 4 / 6 = 0,667
b = 2 / L = 2 / 6 = 0,333
Haste FG = Haste GH a = 4 / L = 4 / 8 = 0,50
b = 2 / L = 2 / 8 = 0,25
O problema ser dividido em duas grandes partes:
Estudo do carregamento simtrico Estudo do carregamento antimtrico
c) Estudo do carregamento simtrico
5 kN/m F G H E
A
4 kN/m 4 kN/m B C D
Figura 3.81 - Quadro com carregamento simtrico.
-
84
c1) Formao do sistema principal
O n se comporta como se fosse perfeitamente engastado. Basta
que se analise o quadro simplesmente como o mostrado na Figura
3.82.
F G A B h = 1
Figura 3.82 - Sistema principal
c2) Clculo dos fatores de carga
Haste AF MF = q L2 / 8 = (5) (4)2 / 8 = 10
Haste FG MF = - q L2 / 12 = - (5) (8)2 / 12 = - 26,67
MG = + q L2 / 12 = + (5) (8)2 / 12 = + 26,67
Haste FB MB = - q L2 / 12 = - (4) (3)2 / 12 = - 3
MF = + q L2 / 12 = + (4) (3)2 / 12 = 3
c3) Resumo dos fatores de carga e de forma
10 -26,67 +26,67
F G A +3 a) f. carga B - 3
-
85
0,75 0,50 0,25 F G A b) f. forma B 0,333
Figura 3.83 - (a) Fatores de carga e (b) Fatores de forma.
c4) Equao de coerncia
(0,50 + 0,667 + 0,75) 1 + (10 + 3 - 26,67) = 0 1 = + 7,131
Para o quadro inteiro, tm-se para os resultados dos hiperestticos:
1 = + 7,131 2 = 0 3 = - 7,131
c5) Clculo dos momentos ( kN m)
MB = - 3 + 0,333 (7,131) = - 0,63
MF esq = 10 + 0,75 (7,131) = 15,35
MF inf = 3 + 0,667 (7,131) = 7,75
MF dir = - 26,67 + 0,50 (7,131) = 23,10
MG esq = 26,67 + 0,25 (7,131) = 28,45
-
86
28,45 23,10 23,10 15,35 15,35 A F + G + H 7,75 7,75 + + 0,63 0,63 B C D
Figura 3.84 - Momentos fletores.
d) Estudo do carregamento antimtrico F G H
A E 4 kN/m 3 kN/m 4 kN/m B C D
Figura 3.85 - Quadro com carregamento antimtrico.
-
87
d1) Formao do sistema principal
F G H A E h = 3 B C D
Figura 3.86 Sistema principal.
d2) Resumo dos fatores de carga e de forma Fatores de carga + 3 + 2,25 + 3 - 3 - 2,25 - 3
-
88
Rotao 1 = 1 0,75 0,50 0,25 0,667 Rotao 2 = 1 0,25 0,50 0,50 0,25 0,667 0,333
-
89
Rotao 3 = 1
0,25 0,50 0,75 0,667 0,333
Figura 3.87 - Fatores de carga e de forma.
d3) Equao de coerncia
3 + (0,75 + 0,50 + 0,667) 1 + 0,25 2 = 0 2,25 + (0,25) 1 + (0,50 + 0,50 + 0,667) 2 + (0,25) 3 = 0 3 + (0,25) 2 + (0,50 + 0,75 + 0,667) 3 = 0
Resulta em:
1 = 3 = - 1,445 2 = - 0,916
-
90
d4) Diagrama dos momentos (kN m)
0,95 0,82 1,08
- - - 2,03 1,64 2,03 + + + 1,08 0,82 0,95 + + -
3,48 B 2,55 C 3,48 D
Figura 3.88 - Momentos fletores do carregamento assimtrico
d5) Momentos fletores finais
Os momentos fletores finais resultam do somat6rio dos momentos
fletores do carregamento simtrico junto dos momentos fletores do
carregamento antimtrico.
Quanto aos sinais dos diagramas, observa-se que so
considerados segundo uma nova conveno.
-
91
No dependem mais do sentido da rotao e nem para que bordo
que esto apontando na seo.
24,05 29,27 22,15 14,27 27,63 16,43 + F + G + H + 9,78 1,64 5,72 + + + 4,11 2,55 2,85 B C D
Figura 3.89 - Momentos fletores finais em kN m.
-
92
CAPTULO 4
MTODO DE CROSS 4.1 GENERALIDADES
O Mtodo de Cross constitui-se de um algortmo iterativo pertencente ao Mtodo
das Deformaes de muita simplicidade e rapidez para a resoluo de vigas contnuas e
quadros.
Nas vigas contnuas o processo conduz determinao dos momentos fletores
nos apoios e, nos quadros, aos momentos fletores em torno dos ns.
4.2 O COEFICIENTE DE DISTRIBUIO
Quando se aplicado um momento fletor no n de uma estrutura totalmente
indeslocvel, ele se distribui entre as diversas barras que chegam neste n, segundo
parcelas que so proporcionais rigidez de cada barra que tambm chega neste n.
M
k1 k2
Figura 4.1 Distribuio do momento fletor.
A frao do momento que se distribui expressa por:
= i
ik
k (4.1)
e denominada coeficiente de distribuio.
-
93
No caso de vigas contnuas, ki tomado pelos fatores de forma a ou a que
representam a rigidez da barra dependendo da sua condio de extremidade.
Assim, de acordo com o exemplo de viga contnua de dois vos indicada na figura
abaixo, tm-se os seguintes coeficientes de distribuio:
aAB aBC
A B C
Figura 4.2 - As rigidezes das hastes que chegam ao n.
BA = BCAB
ABaa
a+
(4.2)
BC = BCAB
BCaa
a+
(4.3)
4.3 O FATOR DE TRANSMISSO
Quando surge um momento fletor no apoio de uma viga contnua, este se propaga
aos outros apoio atravs do fator de transmisso definido por:
= ba
(4.4)
onde a e b so os fatores de forma de uma haste biengastada ou seja:
a = L
JE4 (4.5)
b = L
JE2 (4.6)
No caso de vigas contnuas de inrcia constante, este valor de assume sempre o valor 0,5.
-
94
4.4 O MTODO DE CROSS APLICADO A VIGAS CONTNUAS
Inicialmente so determinados os fatores de forma e os de carga, como no
Mtodo das Deformaes. Os coeficientes de distribuio so colocados em cada
tramo que converge para o n, os fatores de carga so colocados na primeira linha do
algoritmo, respeitando-se a conveno de sinais prescrita no Mtodo das Deformaes.
Escolhe-se qualquer um dos ns para se iniciar o algorltmo iterativo e o processo
termina quando os momentos atingem valores da ordem de 0,01 kN m, onde fechado
pela ltima vez o equilbrio do n.
Os momentos finais so determinados atravs do somat6rio de todos os momentos
encontrados ao longo do algortmo respeitando-se, todavia, os seus sinais.
4.5 EXEMPLOS
4.5.1 Viga Continua VC 1
Seja a viga continua indicada na Figura 4.3 submetida aos seguintes
carregamentos:
1 kN 1 kN
2 kN/m
A C
B D E F
1 m 2 m 4 m 2 m 1 m
Figura 4.3 - Viga contnua com carregamentos.
-
95
a) Determinao do sistema principal
h = 2
Figura 4.4 - Grau de hipergeometria.
b) Determinao dos fatores de forma
Haste BD a = 3/L = 3/2 = 1,5
Haste DE a = 4/L = 4/4 = 1
b = 2/L = 2/2 = 0,5
c) Determinao dos fatores de carga
Haste BD MD = - (1) (1) (0,5) = - 0,5
MD = 3 / 16 P L = 3/16 (1) (2) = + 0,375
Haste DE MD = - q L2 / 12 = - (2) (4)2 / 12 = - 2,667
ME = + 2,667
Haste EF ME = - q L2 / 15 = - (2) (2)2 / 15 = - 0,533
c) Determinao dos fatores de carga
2 kN / m 2 kN / m
-2,667 +2,667 -0,533
D E E F
Figura 4.5 - Fatores de carga nas hastes DE e EF
-
96
d) Clculo dos coeficientes de distribuio
DB = 6,015,15,1
aaa
DEDBDB =+=+
DE = 4,015,11
aaa
DEDBDE =+=+
e) Resumo dos fatores de carga
-0,125 -2,667 +2,667 -0,533
Figura 4.6 - Fatores de carga.
f) Algoritmo de Cross
0,6 0,4 0,4 0,6 ______________________________________________________________ -0,125 -2,667 +2,667 -0,533 +1,677 +1,118 +0,559 -0,535 -1,078 -1,617 +0,321 +0,214 +0,107 -0,02 -0,04 -0,06 +0,0012 +0,008 +1,86 -1,86 +2,21 -2,21 g) Momentos fletores finais 1,86 2,21 1,0 - - + 1,97 B D E F
Figura 4.7 - Diagrama de momentos fletores.
-
97
4.5.2 Viga contnua VC 2
Seja a viga contnua indicada na Figura 4.8.
1 kN 1 kN 3 kN
A E B C D F 1 m 4 m 6 m 3 m
Figura 4.8 - Viga contnua com carregamentos.
a) Grau de hipergeometria h = 2
b) Determinao dos fatores de forma
Haste BC a = 3/L = 3 / 4 = 0,75
Haste CD a = 4/L = 4 / 6 = 0,67
b = 2/L = 2 / 6 = 0,333
Haste DF a = 3/L = 3 / 3 = 1
c) Determinao dos fatores de carga.
Haste BC MC = - (1) (1) (0,5) = - 0,5
MC = q L2 / 8 = (3) (4)2 /8 = 6
Haste CD MC = - q L2 / 20 = - (3) (6)2 / 20 = - 5,4
MD = + q L2 /30 = + (3) (6)2 / 30 = + 3,6
Haste DF MD = - 3 P L / 16 = - (3) (1) (3) / 16 = - 0,5625
-
98
d) Clculo dos coeficientes de distribuio
CB = 53,067,075,075,0
aaa
CDCBCB =+=+
CD = 47,067,075,067,0
aaa
CDCBCD =+=+
DC = 40,0167,067,0
aaa
DFDCDC =+=+
DF = 60,0167,01
aaa
DCDFDF =+=+
e) O algoritmo de Cross
0,53 0,47 0,40 0,60 +5,5 - 5,4 + 3,6 - 0,5625 -0,053 - 0,047 ------> - 0,024 - 0,603 < ----- -1,205 -1,808 +0,319 + 0,283 ----- > +0,142 - 0,028 < ------ -0,057 -0,085 +0,015 + 0,013 -------> +0,007 +5,78 - 5,78 -0,003 -0,004 +2,46 -2,46
f) Momentos fletores finais 5,78 1,0 2,46 - - + +
A B C D E F
Figura 4.9 - Momentos fletores finais.
-
99
4.5.3 Viga contnua VC 3
Seja a viga contnua ilustrada na Figura 4.10. 5 kN 5 kN 2 kN / m A C F B D E 2 m 8 m 10 m 10 m
Figura 4.10 - Viga contnua com carregamentos.
a) Grau de hipergeometria h = 2
b) Formao do sistema principal
A F D E B
Figura 4.11 - Sistema principal.
c) Determinao dos fatores de forma
Haste BD a = 3/L =