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1 Introdução aos Sistemas Especialistas Professor Celso A A Kaestner, Dr. Eng.

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  • 1Introduo aos

    Sistemas Especialistas

    Professor Celso A A Kaestner, Dr. Eng.

  • 2Inteligncia Artificial

    O campo da Inteligncia Artificial (IA) tenta

    compreender as entidades inteligentes para

    construir entidades inteligentes.

    Construir mquinas (computadores) com um nvel

    de inteligncia igual ou superior aos humanos!

    As abordagens de IA podem organizar-se em 4

    categorias:

  • 3Inteligncia Artificial

    Raciocnio/

    Pensamento

    Comportamento

    Modelao do Ser

    Humano

    Outros Modelos

    Sistemas que

    pensam como os

    Humanos

    Foco de Interesse

    Sistemas que

    pensam

    Racionalmente

    Sistemas que

    agem como os

    Humanos

    Sistemas que

    agem

    Racionalmente

  • 4IA Simblica

    Fundamenta-se em:

    Representao do conhecimento; e

    Mtodos de Busca.

  • 5IA Simblica

    Representao do conhecimento:

    1. Lgica proposicional e predicativa;

    2. Regras de produo;

    3. Redes semnticas;

    4. Frames e scripts;

    5. ...

  • 6IA Simblica

    Mtodos de Busca:

    1. Espao de estados;

    2. Busca em profundidade;

    3. Busca em largura;

    4. Busca heurstica (A*);

    5. Busca em feixe;

    6. Tmpera simulada;

    7. ...

  • 7Exemplo: um pequeno jogo...

    Estado inicial:

    Estado objetivo:

    Aes (operaes):

    1. X_ => _X e _Y => Y_

    2. XX_ => _XX e _YY => YY_

    3. XY_ => _YX e _XY => YX_

  • 8Exemplo: uma soluo

    1. (estado inicial)

    2. (ao 1a)

    3. (ao 2b)

    4. (ao 1b)

    5. (ao 3a)

    6. (ao 3a)

    7. (ao 1b)

    8. (ao 3b)

    9. (ao 1a)

  • 9Exemplo: uma falha

    1. (estado inicial)

    2. (ao 1a)

    3. (ao 2b)

    4. (ao 1b)

    5. (ao 3a)

    6. (ao 1b) Falha !!!!

  • 10

    Exemplo: rvore de busca

    1. (estado inicial)

    2. (ao 1a) OU

    3. (ao 1b) OU

    4. (ao 2a) OU

    5. (ao 2b)

    Qual escolher ? (heurstica ?)

  • 11

    Sistemas Especialistas

    Os especialistas humanos so capazes de atingir

    um alto desempenho na medida em conhecem

    muito bem as suas reas de especializao;

    Um Sistema Especialista (SE) um programa de

    computador que utiliza conhecimento especfico

    do domnio de um problema e emula a

    metodologia e desempenho de um especialista

    para obter solues de problemas neste domnio.

  • 12

    Sistemas Especialistas

    O conhecimento inerente a um Sistema

    Especialista um ponto chave na sua construo,

    e normalmente definido por engenheiros do

    conhecimento;

    Para tal so consultados especialistas no domnio

    do problema e tenta-se codificar numa

    linguagem formal todo o conhecimento que estes

    adquiriam ao longo da sua experincia,

    nomeadamente heursticas e truques.

  • 13

    Sistemas Especialistas

    Os Sistemas Especialistas no imitam

    necessariamente a estrutura da mente humana,

    nem os mecanismos da inteligncia;

    So programas prticos que usam estratgias

    heursticas desenvolvidas por humanos na

    resoluo de classes especficas de problemas;

    So uma classe de programas na rea da

    Inteligncia Artificial, e tm contribudo para o

    sucesso desta rea atravs de vrios produtos

    comerciais desenvolvidos e aplicaes.

  • 14

    Sistemas Especialistas

    Programa Sistema Especialista Representao do

    Conhecimento

    Implcita Explicita

    Realidade expressa

    em termos de

    Modelos Matemticos Modelos Cognitivos

    Conhecimento

    traduzido em

    Algoritmos Estruturas hierrquicas

    Redes Semnticas

    Regras

    rvores de deciso

    Tabelas de deciso

    Redes de Inferncia

    O computador

    executa

    Processamento

    numrico (clculos)

    Processamento

    simblico (inferncias)

    Tipo de Resultados Numricos Conhecimento

  • 15

    Categorias dos Problemas Interpretao: formar concluses a partir de dados;

    Predio: projetar consequncias de situaes;

    Diagnstico e reparo : determinar a causa de mausfuncionamentos, e prescrever e implementar solues;

    Projeto: configurar componentes de forma a atingir umobjetivo;

    Planejamento: obter a sequncia de passos para atingirum objetivo;

    Monitorao: comparar o comportamento de umsistema com aquilo que seria de esperar;

    Tutoriais: detectar e corrigir deficincias, e auxiliarprocessos de aprendizagem;

    Controle: governar o comportamento de um sistema.

  • 16

    Tecnologia dos Sistemas Especialistas

    Arquitetura

    BASE DE

    CONHECIMENTO

    DADOS ESPECFICOS

    DO CASO

    MOTOR DE

    INFERNCIA

    INTERFACE COM USURIO:

    PERGUNTA/RESPOSTA

    ORIENTADO POR MENUS

    LINGUAGEM NATURAL

    GRFICO

    APRENDIZAGEM

    EXPLANAO

    ESPECIALISTA/

    ENG. CONHECIMENTO/

    PROGRAMADOR SHELL

    USURIO

  • 17

    Quando desenvolver um SE

    O problema justifica o custo e esforo de construo do SE;

    No existem especialistas disponveis (no local) para

    resolver diretamente o problema;

    Existem especialistas para cooperarem na construo do SE;

    O problema pode ser solucionado atravs de raciocnio

    simblico (prximo dos humanos);

    O problema no requer senso comum;

    O problema no pode ser resolvido atravs de mtodos

    computacionais tradicionais;

    O problema no demasiado grande nem demasiado

    genrico.

  • 18

    Desenvolvimento de SE

    Envolve o Engenheiro de Conhecimento, o Especialista do

    domnio do problema e o Usurio final;

    Criao Rpida de Prottipos:

    Metodologia Centrada no Cliente;

    Sucessivas iteraes nas quais as possibilidades so postas

    prova pelos futuros usurios.

    Correo

    Programao

    Modelagem

    do Sistema

    Aquisio do Conhecimento

  • 19

    Criao de SE

    Linguagens de Programao: C++, LISP, PROLOG

    Shells:

    Acadmicos: MYCIN - EMYCIN, CLIPS, GUIDON, TEIRESIAS,

    VM, CENTAUR...

    Comerciais: Deciding Factor, Exsys, M-1, Savoir, Expert-

    Ease, Guru, Crystal...

    Ambientes de Programao (de IA):

    ILOG...

    Aplicaes:

    Business Insight...

  • 20

    Raciocnio Baseado em Regras

    Representao do conhecimento para a

    resoluo do problema atravs de regras do tipo

    se...ento... (regras de produo)

    Exemplo:

    Se (Qualifica = SIM) e

    (Mdia < 3,5) e

    (Experincia >= 2)

    Ento

    (Posio = engenheiro de servio)

  • 21

    Arquitetura Clssica de um SE

    Base de

    Conhecimento

    Regras

    Fatos

    Memria

    de Trabalho

    Motor de

    Inferncia:

    Controle e

    Inferncia

    Subsistema de

    aquisio de

    conhecimento

    Subsistema de

    explanao

    Interface

    com o usurio

    Especialista / Eng. Conhecimento Usurio

  • 22

    Motor de Inferncia

    Regras (MR) Fatos (MF)

    Motor de

    Inferncia:

    Controle e

    Inferncia

    Conjunto de conflitos (CC)

    Pattern Matching

    Resoluo de conflitos

    Regra (s) escolhida(s)

    Disparo da(s) regra(s)

    Alteraes em MF (MR)

  • 23

    Exemplo: um pequeno SE

    Problema:

    Oferta de emprego a um candidato em uma

    empresa.

    Variveis de entrada: Descoberta (Sim / No),

    Diploma (Sim / No), Experincia (em anos),

    Mdia (nota mdia do histrico);

    Variveis de sada: Posio (Nenhuma /

    Pesquisa / Eng. De Servio / Eng. De

    Produto), Qualifica (Sim / No).

  • 24

    Exemplo: um pequeno SE

    Variveis:

    Descoberta: o candidato fez alguma descoberta?

    Diploma: o candidato tem curso superior ?

    Experincia: quantos anos de experincia tem o

    candidato ?

    Mdia: qual a nota mdia do candidato em seu curso

    superior ?

    Posio:que posio deve ser oferecida ao candidato ?

    Qualifica: o candidato se qualifica para uma posio ?

  • 25

    Exemplo: um pequeno SE

    Regras:

    R1: SE (Diploma = No)

    ENTO (Posio =Nenhuma);

    R2: SE (Diploma = Sim)

    ENTO (Qualifica = Sim);

    R3: SE (Diploma = Sim) E

    (Descoberta = Sim)

    ENTO (Posio = Pesquisa);

  • 26

    Exemplo: um pequeno SE

    R4: SE (Qualifica = Sim) E

    (Mdia = 2)

    ENTO (Posio = Eng. De Servio);

    R5: SE (Qualifica = Sim) E

    (Mdia < 7,0) E

    (Experincia < 2)

    ENTO (Posio = No);

  • 27

    Exemplo: um pequeno SE

    R6: SE (Qualifica = Sim) E

    (Mdia > 7,0)

    ENTO (Posio = Eng. de Produto);

  • 28

    Encadeamento para frente

    Procedimento bsico:

    At que a soluo pertena a MF faa:

    Compare a MF e MR e obtenha o CC;

    Escolha uma (vrias) regra(s) no CC

    (resoluo de conflitos);

    Dispare a(s) regra(s) escolhida(s)

    (acrescenta / retira fatos da MT).

  • 29

    Encadeamento para frente

    Fatos iniciais (M0):

    F0: (Diploma = Sim);

    F1: (Experincia = 1,5);

    F2: (Mdia = 8,0);

    F3: (Descoberta = No).

    Inferncia 1: Dispara R2;

    F4: (Qualifica = Sim);

  • 30

    Encadeamento para frente

    Fatos atuais (M1):

    F0: (Diploma = Sim);

    F1: (Experincia = 1,5);

    F2: (Mdia = 8,0);

    F3: (Descoberta = No).

    F4: (Qualifica = Sim);

    Inferncia 2: Dispara R6;

    F5: (Posio = Eng. De Produto).

  • 31

    Encadeamento para frente

    Fatos atuais (M2):

    F0: (Diploma = Sim);

    F1: (Experincia = 1,5);

    F3: (Mdia = 8,0);

    F4: (Descoberta = No).

    F5: (Qualifica = Sim);

    F6: (Posio = Eng. De Produto).

    No h mais regra a disparar.

  • 32

    Encadeamento para trs

    Procedimento bsico:

    Escolha uma hiptese H da Pilha de Hipteses;

    At que a hiptese seja comprovada (pertena a

    MF):

    Escolha uma regra R cuja concluso seja H;

    Tente provar as premissas de R

    (recursivamente);

    Se no for possvel , escolha outra hiptese.

  • 33

    Encadeamento para trs

    Fatos iniciais (M0):

    F0: (Diploma = Sim);

    F1: (Experincia = 1,5);

    F2: (Mdia = 8,0);

    F3: (Descoberta = No).

  • 34

    Encadeamento para trs

    Possui Pilha de Hipteses a serem provadas /

    negadas.

    Hiptese:

    H0: (Posio = Nenhuma);

    Pela regra R1, substituda por:

    H1: (Diploma = No), negada por M0;

    A hiptese descartada.

  • 35

    Encadeamento para trs

    Nova hiptese:

    H2: (Posio = Pesquisa);

    Pela regra R3, substituda por (H3) e (H4):

    H3: (Diploma = Sim), e

    H4: (Descoberta = Sim).

    H3 confirmada por M0, H4 no;

    No h regra cuja concluso seja H4, logo H4 e

    H2 so descartadas.

  • 36

    Encadeamento para trs

    Nova hiptese:

    H5: (Posio = Eng. De Servio);

    Pela regra R4, substituda por (H6), (H7) e (H8):

    H6: (Qualifica = Sim);

    H7: (Mdia < 7,0);

    H8: (Experincia >= 2).

    H7 negada por M0, (como tambm H8), H5

    descartada.

  • 37

    Encadeamento para trs

    Nova hiptese:

    H9: (Posio = Eng. De Produto);

    Pela regra R6, substituda por (H10) e (H11):

    H10: (Qualifica = Sim);

    H11: (Mdia > 7,0).

    H10 e H11 confirmadas por M0, H9 confirmada.

  • 38

    Encadeamento para trs

    Outra possibilidade: inquisio do

    usurio a cada passo:

    Caso no haja regra cuja concluso

    confirme a hiptese, uma pergunta feita

    ao usurio para se obter o valor da

    varivel.

  • 39

    Raciocnio Baseado em Modelos

    Em vez de se utilizarem heursticas na resoluo

    de um problema;

    A anlise fundamentada diretamente na

    especificao e funcionalidade do sistema fsico

    (um modelo do sistema);

    Normalmente aplica-se no diagnstico;

    O sistema simulado assim como a estrutura e

    funcionamento das suas componentes;

    Exemplo de um circuito de somadores e

    multiplicadores.

  • 40

    Raciocnio Baseado em Casos

    Regras heursticas e modelos tericos so dois

    tipos de informao que os especialistas

    humanos utilizam para resolver problemas;

    Outra estratgia utilizada o raciocnio

    baseado em casos (Case-Based Reasoning -

    CBR);

    Utiliza uma base de dados com solues de

    problemas para resolver novas situaes;

    Exemplos: medicina, justia, programao de

    computadores, arquitetura, histria...

  • 41

    Algoritmo de inferncia

    1. Procurar casos similares na memria,

    aqueles cuja soluo pode ser aplicada

    nova situao (caractersticas comuns)

    2. Modificar um desses casos para aplicar

    situao nova (alterar sequncia dos passos

    que levam de um estado inicial a um estado

    final)

    3. Aplicar o caso transformado ao novo problema

    4. Guardar a soluo com uma medida do sucessoou insucesso para uso futuro.

  • 42

    Raciocnio Baseado em Regras

    vantagens: modo direto

    modular

    desempenho

    facilidades de explanao

    as regras encaixam-se naturalmente na procura num espao de estados

    o processo de inferncia fcil de seguir e depurar

    os passos para a soluo do problema so facilmente inspecionveis

    separao do controle e do conhecimento

  • 43

    Raciocnio Baseado em Regras

    desvantagens:

    regras altamente heursticas, falta de

    profundidade

    no manuseiam falta de informao ou

    valores inesperados

    a explicao baseia-se na prova e no nas

    bases tericas

    muito especfico na aplicao

  • 44

    Raciocnio Baseado em Casos

    vantagens:

    codificao direta de conhecimento histrico

    (e.g. reparaes)

    permite obter a soluo a partir de um caso

    apropriado no necessitando de todo o

    processo de resoluo do problema

    evita erros do passado e explora os sucessos

    (aprendizagem)

  • 45

    Raciocnio Baseado em Casos

    vantagens:

    no necessria uma anlise extensiva do

    domnio do conhecimento

    aquisio de conhecimento e sua codificao

    relativamente fceis

  • 46

    Raciocnio Baseado em Casos

    desvantagens:

    explanao difcil

    desempenho computacional (bases de dados extensas)

    difcil definir critrios de similaridade

  • 47

    Raciocnio Baseado em Modelos

    vantagens:

    uso de conhecimento funcional/estrutural

    robustez (ao contrrio do baseado em regras)

    algum conhecimento transfervel entre

    tarefas (teorias genricas...)

    explicao causal

  • 48

    Raciocnio Baseado em Modelos

    desvantagens:

    falta de conhecimento heurstico

    requer um modelo explcito do domnio (nem sempre possvel (e.g. finanas)

    complexidade

    situaes excepcionais (um componente avariado)

  • 49

    Outras possibilidades

    Raciocnio Baseado em Representaes

    Hbridas

    regras+casos

    regras+modelos

    modelos+casos

    Raciocnio com Incerteza ou Informao

    Incompleta:

    Probabilidades

    Fatores de certeza

    Sistemas difusos

  • 50

    Referncias

    Sobre IA em geral:

    S.J. Russel; P. Norvig. Artificial Intelligence.

    Prentice Hall, 1995, http://aima.cs.berkeley.edu/.

    E. Rich; K. Knight. Inteligncia Artificial.

    Makron Books, 1994,

    http://www.cs.utexas.edu/users/ear/ e

    http://www.isi.edu/natural-

    language/people/knight.html .

  • 51

    Referncias

    Sobre SE:

    M. Stefik. Introduction to Knowledge

    Systems, Morgan Kaufmann, 1995.

    P. Harmon, D. King. Expert Systems: AI in

    Business, John Wiley & Sons, 1985.

    K. Parsaye, M. Chignell. Expert Systems for

    Experts, John Wiley & Sons, 1988.