sistemas de detecção automatico de incêndio

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Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Joac ¸aba Sidnei de Pelegrin AN ´ ALISE DA EXECUC ¸ ˜ AO DE SISTEMAS DE DETECC ¸ ˜ AO AUTOM ´ ATICOS DE INC ˆ ENDIO Joac ¸aba, 17 de Outubro de 2012

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Os sistemas de detecção de incêndio são equipamentos que estabelecemsignificativa importância no conjunto de ferramentas ao combate a incêndio.Tendo em vista a necessidade de detectar o incêndio em sua fase inicial, o presente trabalho fará uma explanação visando sugerir a formas adequadaspara se implantar dispositivos de detecção de incêndio. Dentro do desenvolvimentodo texto será apresentado ao leitor conceitos de operação, instalação emanutenção, como também a apresentação de layout da aplicabilidade destesdispositivos.Palavras-chave: Prevenção, Detecção, Segurança e Incêndio.

TRANSCRIPT

  • Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Joacaba

    Sidnei de Pelegrin

    ANALISE DA EXECUC ~AO DE SISTEMAS DE

    DETECC ~AO AUTOMATICOS DE INCE^NDIO

    Joacaba, 17 de Outubro de 2012

  • Sidnei de Pelegrin

    ANALISE DA EXECUC ~AO DE SISTEMAS DE

    DETECC ~AO AUTOMATICOS DE INCE^NDIO

    Monograa apresentada ao Curso de Pos- Graduac~ao

    Latu Sensu em Engenharia de Seguranca do Trabalho da

    Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

    Orientador: Prof. Sadi Zago

    Joacaba, 17 de Outubro de 2012

  • Dedicatoria

    Dedico este trabalho a minha esposa Soleni keli por ter me acompanhado

    durante estes anos, a minha lha Pa^mela por entender que nem sempre se-

    ria possvel dar-lhe a devida atenc~ao que mereceria, aos meus pais Pedro e

    Cleide, pois, sem seus esforcos n~ao teria alcancado este objetivo, aos meus

    avos Avelino e Odila por sua orac~oes e incentivos.

    Enm a todos, que nos momentos de minha ause^ncia dedicados ao estudo

    superior, sempre zeram entender que o futuro, e feito a partir da constante

    dedicac~ao no presente.

  • Agradecimentos

    Agradeco a Deus por estar presente em todos o momentos, me guiando.

    Tambem agradeco ao meu orientador Sady Zago, por sua pacie^ncia, de-

    dicac~ao, disponibilidade e apoio.

    Gostaria tambem de agradecer aos meus colegas de turma que proporcio-

    naram momentos agradaveis durante o periodo de especializac~ao.

  • E melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. E melhor

    tentar, ainda que em v~ao que sentar-se, fazendo nada ate o nal. Eu prero

    na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder. Prero ser feliz

    embora louco, que em conformidade viver.

    Martin Luther King

  • Resumo

    Os sistemas de detecc~ao de ince^ndio s~ao equipamentos que estabelecem

    signicativa importa^ncia no conjunto de ferramentas ao combate a ince^ndio.

    Tendo em vista a necessidade de detectar o ince^ndio em sua fase inicial, o

    presente trabalho fara uma explanac~ao visando sugerir a formas adequadas

    para se implantar dispositivos de detecc~ao de ince^ndio. Dentro do desenvolvi-

    mento do texto sera apresentado ao leitor conceitos de operac~ao, instalac~ao e

    manutenc~ao, como tambem a apresentac~ao de layouts da aplicabilidade destes

    dispositivos.

    Palavras-chave: Prevenc~ao, Detecc~ao, Seguranca e Ince^ndio.

  • Lista de Siglas e Abreviaturas

    NR Norma Regulamentadora

    NFPA National Fire Protection Associatioin

    IBGE Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica

    SPDA Sistema Preventivo contra Descargas Atmosfericas

    IN Instruc~ao Normativa

    CTPNSE-SP Comiss~ao Tripartite Permanente De Negociac~ao do Setor Eletrico No

    estado de S~ao Paulo

    SCI Seguranca Contra Ince^ndio

    ABNT Associac~ao Brasileira de Normas Tecnicas

    WWW World Wide Web - Rede de Alcance Mundial

    IBGE Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica

  • Lista de Tabelas

    4.1 Normas Tecnicas de Seguranca Contra Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . 47

    4.2 Instruc~oes Normativas Corpo de Bombeiro de Santa Catarina . . . . . . . 52

    4.3 NFPA - National Fire Protection Association . . . . . . . . . . . . . . . . 57

    5.1 Areas com Alta Velocidade de ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

    5.2 Sensibilidade de Sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

    5.3 Freque^ncia de Inspec~ao Visual em Elementos - Visual Inspection Frequencies 85

    8

  • Lista de Figuras

    2.1 Triangulo do Fogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    2.2 Classe de Fogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    2.3 Numero de Ince^ndios - USA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    2.4 Numero de Mortes - USA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    2.5 Prejusos devido a Ince^ndidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    2.6 Total e Ince^ndios - Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    2.7 Total de Mortes - Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    2.8 Total e Ince^ndios - Inglatera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    2.9 Total de Mortes - Inglatera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

    2.10 Evoluc~ao no crecimento da Populac~ao Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . 24

    2.11 Teste em escala usando um predio de madeira de tre^s andares . . . . . . . 27

    2.12 Simulac~ao de ince^ncdio utilizandoWildland-Urban Interface Fire Dynamics

    Simulator (WFDS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    3.1 Detector pontual de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    3.2 Detector Linear de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    3.3 Acionador Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    3.4 Circuito Classe A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    3.5 Circuito Classe B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    3.6 Chuveiros Automaticos - Sprinklers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

    3.7 Sistema Fixo de CO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

    3.8 Sistema de hidrantes e Mangotinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    5.1 Distribuic~ao de Sensores em Planta Baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

    5.2 Area maxima de cobertura do detector pontual de fumaca . . . . . . . . . 64

    5.3 Instalac~ao Padr~ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

    5.4 Distribuic~ao dos Sensores em Espaco Morto . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

    5.5 Instalac~ao de Sensor em duto de ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

    5.6 Instalac~ao em duto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

    9

  • 5.7 Distribuic~ao dos Sensores em Teto Liso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

    5.8 Distribuic~ao dos Sensores em Tetos Inclinados . . . . . . . . . . . . . . . . 71

    5.9 Forma aplicavel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

    5.10 Distribuic~ao de Detectores Segundo NBR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

    5.11 Distribuic~ao dos Sensores em Teto Alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

    5.12 Instalac~ao de Detector Linear de Fumaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

    5.13 Instalac~ao de Detector Linear de Fumaca em Tipo 1 . . . . . . . . . . . . . 77

    5.14 Instalac~ao de Detector Linear de Fumaca em Tipo 2 . . . . . . . . . . . . . 78

    5.15 Diversos dispositivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

    5.16 Instalac~ao de Detector Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

    5.17 Detectores Pontuais de Chama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

    5.18 Sensibilidade do detector de Chama em Func~ao do A^ngulo de vis~ao . . . . 83

  • Conteudo

    1 Introduc~ao 14

    1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    1.2 Objetivos Especcos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    2 Protec~ao Contra Ince^ndio 16

    2.1 Os elementos do Fogo e o Conceito de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . 16

    2.2 A Prevenc~ao e os dados Estatsticos em uma Vis~ao Global . . . . . . . . . 20

    2.3 O Desenvolvimento dos Sistemas Preventivos no Brasil . . . . . . . . . . . 21

    2.4 Instituic~ao de Pesquisa e Laboratorios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    2.4.1 BRI - Building Research Institute - Department of re engineering . 27

    2.4.2 Laboratorio de Construc~ao e Pesquisa de Fogo Divis~ao de Pesquisa

    de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    2.4.3 NIST - National Institute of Standards and Technology - BFRL -

    Building Fire Research Laboratory . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    2.4.4 Laboratorio de Seguranca Contra Ince^ndio - FRS - Fire Researdh

    Station . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    2.4.5 BRE - Building Research Establishment - FRS - Fire Research Sta-

    tion - Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    2.4.6 Laboratorio de SCI - Seguranca Contra Ince^ndio . . . . . . . . . . . 31

    2.4.7 CSTB - Centre Scientique et Technique du Ba^timent - Franca . . 31

    3 Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 33

    3.1 Denic~ao de Prevenc~ao de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

    3.2 Detecc~ao e Alarme de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    3.2.1 Sistema de Detecc~ao e alarme de Ince^ndio (SDAI) . . . . . . . . . . 36

    3.2.2 Central de Detecc~ao de Alarme de Ince^ndio . . . . . . . . . . . . . 36

    3.2.3 Central Supervisora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    3.2.4 Subcentral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    11

  • 3.2.5 Detectores e Indicadores Automaticos . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    3.2.6 Circuito de detecc~ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    3.2.7 Detectores de Fumaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    3.2.8 Detectores Termicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

    3.2.9 Detectores Termovelocimetricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

    3.2.10 Detectores Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

    3.2.11 Detector de Chama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    3.2.12 Detector por Aspirac~ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    3.2.13 Acionadores Manuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    3.3 Agentes Extintores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

    3.3.1 Dispositivos Fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

    3.3.2 Dispositivos Moveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

    4 Associac~oes e Normativas 46

    4.1 NBR's . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    4.1.1 NBR 15219 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    4.1.2 NBR 5410 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    4.2 A NR 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

    4.3 A NR 23 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    4.4 Instruc~oes Normativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    4.4.1 Legislac~ao Prossional - Sistema CONFEA/CREA . . . . . . . . . 51

    4.5 Documentac~ao do Sistema Eletrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

    4.6 Associac~oes internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

    4.6.1 IAFSS - The International Association for re Safety Science . . . 55

    4.6.2 NFPA - National Fire Protection Association . . . . . . . . . . . . 56

    4.6.3 SFPE - Society of Fire Protection Engineers . . . . . . . . . . . . . 56

    4.6.4 FPA - Fire Protection Association . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

    4.6.5 OSHA - Occupational Safety and Health Administration . . . . . . 58

    5 Execuc~ao de Projeto de detec~ao de Ince^ndio 59

    5.1 Selecionando os dispositivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

    5.2 Selec~ao dos dispositivos segundo NBR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

    5.3 Disposic~ao de detectores pontuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

    5.4 Disposic~ao de detectores pontuais em consorcio com Detectores Lineares . 74

    5.4.1 Detectores de chama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

    5.4.2 Tempo de resposta por pessoal treinado . . . . . . . . . . . . . . . . 84

    5.4.3 Da manutenc~ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

  • 6 Considerac~oes Finais 87

  • 1 Introduc~ao

    De maneira global a Seguranca Contra Ince^ndio (SCI) e denida com uma cie^ncia,

    assim tornado-se uma area de pesquisa em pleno desenvolvimento (SEITO, 2008). Atraves

    de artigos e de fontes diversas pode observar-se grandes movimentac~oes relacionadas a

    pesquisas na area de SCI, estas pesquisas permitem cada vez mais que os sistemas de

    detecc~ao sejam aprimorados apresentando assim maior conabilidade, palavra chave para

    dispositivos que n~ao podem falhar de forma alguma quando solicitados.

    Os sistemas de SCI s~ao muitas vezes subestimados e como conseque^ncia trazem uma

    falsa impress~ao de seguranca, pois s~ao projetados e executados sem conceitos basicos de

    seguranca. A grande maioria dos sistemas so s~ao executados com o intuito de cumprir

    exige^ncias de org~aos scalizadores, sendo que o verdadeiro intuito deveria ser a protec~ao de

    vidas e do patrimo^nio. Alguns sistemas devido a exige^ncia de seguradoras acabam sendo

    mais aprimorados, pois as sedes das instituic~oes de seguranca patrimonial geralmente

    est~ao situadas em pases em que o sistema de prevenc~ao segue conceitos de aplicac~ao mais

    arrojados, como conseque^ncia para reduzir consideravelmente os custos com seguro os

    proprietarios acabam acatando as exige^ncias das instituic~oes de seguro patrimonial.

    A evoluc~ao das tecnologias que ve^m se desenvolvendo, como eletro^nica, robotica, in-

    formatica, automac~ao, etc. est~ao cada vez mais presentes em todas as areas de conheci-

    mento da SCI, mas estas tecnologias precis~ao ser corretamente implantadas caso contrario

    n~ao e possvel aproveitar toda a funcionalidades que est~ao disponveis nestas dispositivos.

    Tendo isto em mente o presente trabalho apresentara em seus captulos uma aborda-

    gem basica do comportamento de um ince^ndio, passando por diversos equipamentos de

    combate, protec~ao e detecc~ao.

    Seguindo criterios objetivos deniu-se por focar em uma analise mais aprofundada nos

    sistemas de detecc~ao automatica de ince^ndio, ja que estes s~ao a base de um adequado

    projeto de protec~ao contra ince^ndio.

    De nada adianta um circuito estar distribudo corretamente e a central ser de ultima

    gerac~ao se o principio de ince^ndio n~ao for detectado, sendo que varias instituic~oes de

    pesquisa enfatizam que um sistema preventivo de ince^ndio bem executado consegue mi-

    nimizar as percas de vidas e custos patrimoniais a valores muitos proximos de zero, isso

    so vai ocorrer se os elementos de detecc~ao estiverem instalados de forma correta.

  • 1. Introduc~ao 15

    Com base nestas informac~oes e sabendo da diculdade que projetistas encontram cada

    vez mais devido a grande parcela de edicac~oes que s~ao erguidas com as mais diversas ca-

    ractersticas, o presente trabalho fara uma analise com base em normas da ABNT e NFPA

    com o intuito de apresentar congurac~oes de instalac~ao, aumentando signicativamente a

    ecie^ncia dos sistemas de detecc~ao de ince^ndio.

    1.1 Objetivo Geral

    Realizar uma analise no que diz respeito a correta execuc~ao de projetos de detecc~ao

    automatica de ince^ndio, atraves de uma apresentac~ao de conceitos demonstrados em bi-

    bliograas normativas voltadas a area de seguranca contra ince^ndio.

    1.2 Objetivos Especcos

    Realizar analises comparativas de instalac~ao de determinados dispositivos dis-ponveis no mercado;

    Demonstrar formas de instalac~ao baseadas em normas vigentes e alternativas asmesmas;

    Demonstrar que um projeto bem elaborado implica diretamente na reduc~ao dotempo de incio do combate automatizado e manual;

  • 2 Protec~ao Contra Ince^ndio

    A Protec~ao Contra Ince^ndio e um assunto mais complexo do que possa parecer. A

    primeira vista, imagina-se que ela e composta pelos equipamentos de combate a ince^ndio

    xados nas edicac~oes, porem esta e apenas uma parte de um sistema, e necessario o

    conhecimento e o treinamento dos ocupantes do ambiente. Estes dever~ao identicar e

    operar corretamente os equipamentos de combate a ince^ndio, bem como agir com calma

    e racionalidade sempre que houver incio de um sinistro. Por esse motivo, o Sistema

    de Protec~ao contra ince^ndio deve ser considerado um item de extrema importa^ncia em

    qualquer empreendimento.

    Para que um sistema preventivo seja realmente ecaz algumas provide^ncias precisam

    ser tomadas, segundo (PAULO, 2009):

    O principio de ince^ndio deve ser rapidamente detectado e reportado;

    As provide^ncias adequadas sejam tomadas de forma ecaz e precisa;

    O ince^ndio seja controlado e extinto causando o menor dano possvel as pessoas,propriedades e bens para assim garantir a continuidade das atividades;

    2.1 Os elementos do Fogo e o Conceito de Ince^ndio

    Fogo

    O fogo e resultado de um processo termoqumico exotermico de oxidac~ao de um mate-

    rial combustvel liberando calor, luz e produtos de reac~ao, tais como o dioxido de carbono

    e a agua (SEITO, 2008). O fogo e uma mistura de gases que a altas temperaturas, forma

    uma reac~ao exotermica de oxidac~ao, que emite radiac~ao eletromagnetica nas faixas do

    infravermelho e visvel. Dependendo das substa^ncias presentes e de quaisquer impurezas,

    a cor da chama e a intensidade do fogo podem variar. O fogo em sua forma mais comum

    pode resultar em ince^ndio, que tem o potencial de causar dano fsico atraves da queima

    (GLOSARY, 2011).

    Geralmente, um composto qumico orga^nico como o papel, a madeira, os plasticos, os

    gases de hidrocarbonetos, gasolina e outros, susceptveis a oxidac~ao, em contato com uma

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 17

    substa^ncia reduc~ao oxidante (oxige^nio da atmosfera , por ex.) e a energia de ativac~ao,

    tambem conhecida como temperatura de ignic~ao (energia para inamar o combustvel),

    iniciada a reac~ao de oxidac~ao, tambem denominada de combust~ao ou queima, o calor

    desprendido pela reac~ao mantem o processo em marcha.

    Segundo (BRIGADAS, 2010) Os elementos que comp~oem o fogo s~ao:

    Combustvel - E toda substa^ncia capaz de queimar e alimentar a combust~ao. Eleserve de campo de propagac~ao ao fogo. Os combustveis podem ser solidos, lquidos

    ou gasosos. Ex.: madeira, papel, tinta, algod~ao, alcool, gasolina, etc.

    Comburente (oxige^nio) - E o elemento que da vida as chamas, e intensica a com-bust~ao. O mais comum e que o oxige^nio desempenhe este papel, porem n~ao e o

    unico, existindo outros gases;

    Calor - Forma de energia que eleva a temperatura. Gerada da transformac~ao de ou-tra energia, atraves de processo fsico ou qumico. E a condic~ao favoravel causadora

    da combust~ao;

    Reac~ao em cadeia - E a queima auto-sustentavel. E a uni~ao dos tre^s items acimadescritos, gerando uma reac~ao qumica. Quando o calor irradiado das chamas atinge

    o combustvel e este e decomposto em partculas menores, que se combinam com

    o comburente e queimam, irradiando outra vez calor para o combustvel, formando

    um ciclo constante;

    Figura 2.1: Triangulo do Fogo

    Combustvel

    Calo

    rC

    om

    bure

    nte

    Reaoem

    Cadeia

    Fonte - A Seguranca Contra Ince^ndio no Brasil - 2008

    Ince^ndio

    As denic~oes abaixo traduzem exatamente o que e o ince^ndio:

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 18

    1. Brasil NBR 13860:1997 O ince^ndio e o fogo fora de controle.

    2. Internacional ISO 8421.1: Ince^ndio e a combust~ao rapida disseminando-se de forma

    descontrolada no tempo e no espaco.

    Essas conceituac~oes deixam claro que o ince^ndio n~ao e medido pelo tamanho do fogo.

    No Brasil quando o estrago causado pelo fogo e pequeno, diz se que houve um princpio

    de ince^ndio e n~ao um ince^ndio. Segundo (SEITO, 2008) n~ao existem dois ince^ndios iguais,

    pois s~ao varios os fatores que concorrem para seu incio e desenvolvimento, podendo-se

    citar:

    a) forma geometrica e dimens~oes da sala ou local.

    b) superfcie especca dos materiais combustveis envolvidos.

    c) distribuic~ao dos materiais combustveis no local.

    d) quantidade de material combustvel incorporado ou temporario.

    e) caractersticas de queima dos materiais envolvidos.

    f) local do incio do ince^ndio no ambiente.

    g) condic~oes climaticas (temperatura e umidade relativa).

    h) aberturas de ventilac~ao do ambiente.

    i) aberturas entre ambientes para a propagac~ao do ince^ndio.

    j) projeto arquiteto^nico do ambiente e ou edifcio.

    k) medidas de prevenc~ao de ince^ndio existentes.

    l) medidas de protec~ao contra ince^ndio instaladas.

    O ince^ndio inicia-se, na sua maioria, bem pequeno o seu crescimento dependera: do

    primeiro item ignizado, das caractersticas do comportamento ao fogo dos materiais na

    proximidade do item ignizado e sua distribuic~ao no ambiente.

    Os ince^ndios s~ao classicados de acordo com as caractersticas dos seus combustveis,

    somente com o conhecimento da natureza do material que esta se queimando, pode-se

    descobrir metodo para uma extinc~ao rapida e segura. Segundo a classicac~ao denida

    pela NFPA os ince^ndios s~ao separados por classes.

    Ince^ndios de classe A: S~ao os ince^ndios em materiais solidos de facil combust~ao, com

    a propriedade de queimarem em superfcie e profundidade, deixando resduos (cinzas,

    brasas, etc.). Exemplos: tecido, madeira, papel, bras, etc.

    Nestes ince^ndios deve-se usar um agente extintor que tenha poder de penetrac~ao,

    eliminando o calor existente. Portanto e recomendavel a agua, ou outro agente que a

    contenha em quantidade.

    Ince^ndios de classe B: s~ao os ince^ndios que acontecem em materiais gasosos e lquidos

    inamaveis, produtos que se queimam somente na superfcie e n~ao deixam cinzas. Exem-

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 19

    Figura 2.2: Classe de FogoCOMBUSTVEIS

    ASLIDOS

    LIQUIDOS

    BINFLAMVEIS

    EQUIPAMENTOS

    CELTRICOS

    METAIS

    DCOMBUSTVEIS

    LEO E GORDURA

    KINFLAMVEIS

    Fonte - NFPA 72 - 2010

    plos: oleos, graxas, vernizes, gasolina, tintas, thinner, etc. O metodo de extinc~ao do da

    classe B e por abafamento e os extintores mais indicados s~ao os de espuma, po qumico

    seco (PQS) e gas carbo^nico (CO2).

    Ince^ndios de classe C: s~ao ince^ndios que ocorrem em materiais energizados, por onde

    passa corrente eletrica, como motores, geradores, transformadores, paineis, etc. O metodo

    de extinc~ao adequado para o da classe C deve ser por meio de um extintor que n~ao conduza

    corrente eletrica como e o caso do po qumico seco (PQS) e do gas carbo^nico (CO2). E

    importante que n~ao se utilizem qualquer extintor a base de agua, pois a agua e condutora

    de eletricidade, o que p~oe em risco de vida do operador do equipamento.

    Classe D: S~ao ince^ndios que envolvem alguns metais e com certa forma de apresentac~ao.

    Esta classe de ince^ndio exige para sua extinc~ao agentes especiais. Dentre os metais com-

    bustveis ha os piroforicos tais como: sodio, potassio, ltio, cesio, e algumas ligas n~ao

    auto-inamaveis tais como: magnesio, tita^nio, zirco^nio, etc.

    Classe K: Fogos envolvendo materiais lquidos e solidos como oleos e gorduras de

    substa^ncias comestveis tendo como exemplo de ambiente as cozinhas industriais. Esta

    norma passou a vigorar em 1999 pela NFPA e ainda n~ao e muito conhecida.

    Na Europa e Oceania ha o acrescimo de mais uma classe de ince^ndio:

    Classe E: S~ao ince^ndios que envolvem materiais radioativos e qumicos, cujos riscos

    acrescem aos do proprio ince^ndio exigindo do brigadista um maior conhecimento e um

    fator maior de protec~ao.

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 20

    2.2 A Prevenc~ao e os dados Estatsticos em uma

    Vis~ao Global

    Internacionalmente, a Prevenc~ao de Ince^ndio e encarada como uma cie^ncia, portanto

    uma area de pesquisa, desenvolvimento e ensino (SEITO, 2008). Ainda segundo (SEITO,

    2008) e uma tende^ncia internacional exigir que todos os materiais, componentes, sistemas

    construtivos, equipamentos e utenslios usados nas edicac~oes sejam analisados e testados

    do ponto de vista da prevenc~ao contra ince^ndio. Para alcancar um desempenho cada vez

    maior, a sociedade desenvolve novas soluc~oes em todas essas areas.

    Nos Estados Unidos em 2007, segundo a (USFA, 2011) os bombeiros responderam a

    cerca de 1,6 milh~oes de chamadas de ince^ndio, milhares de pessoas morrem a cada ano,

    dezenas de milhares cam feridos, e as perdas de propriedades atingem bilh~oes de dolares,

    ainda segunda a (USFA, 2011) existem enormes custos indiretos como negocios perdidos,

    despesas medicas entre outros. Estes custos indiretos podem estar entre 8 a 10 vezes mais

    elevados que o custo direto com o fogo.

    Figura 2.3: Numero de Ince^ndios - USA

    Year Value

    1998 1755,5

    1999 1823

    2000 1708

    2001 1734,5

    2002 1687,5

    2003 1584,5

    2004 1550,5

    2005 1602

    2006 1642,5

    2007 1557,5

    -13.0%

    FIRES (THOUSANDS)

    10-Year Trend (%)

    1400

    1450

    1500

    1550

    1600

    1650

    1700

    1750

    1800

    1850

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Fires (in thousands)

    Fonte - U.S. Fire Administration - 2010

    No Reino Unido o numero de ince^ndios registrados tem variac~ao constante como pode

    ser visualizado no Figura 2.6. Segundo a (GOVERNMENT, 2011) esta variac~ao de deve aos

    ince^ndios orestais que nos anos de 2001 a 2003 ocorreram de forma mais acentuada.

    No Reino Unido segundo (GOVERNMENT, 2011) o numero de mortes vem caindo sig-

    nicativamente, em 1997, 723 pessoas perderam a vida em ince^ndios, ja no ano de 2006

    este numero caiu para 491 pessoas. Este valor representa uma reduc~ao de 32% no numero

    de vitimas devido a ince^ndios ate 2006, esta evoluc~ao ao longo dos anos pode ser vista na

    Figura 2.7.

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 21

    Figura 2.4: Numero de Mortes - USA

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    3,5

    4

    4,5

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Death

    Year Value

    1998 4,035

    1999 3,57

    2000 4,045

    2001 3,745

    2002 3,38

    2003 3,925

    2004 3,9

    2005 3,675

    2006 3,245

    2007 3,43

    -11,90%10-Year Trend (%)

    DEATHS

    Fonte - U.S. Fire Administration - 2010

    Figura 2.5: Prejusos devido a Ince^ndidos

    YearActual

    Value

    Adjusted to

    2007 Dollars

    Value

    1998 8,6 11

    1999 10 12,5

    2000 11,2 13,5

    2001 10,6 12,4

    2002 10,3 11,9

    2003 12,3 13,9

    2004 9,8 10,8

    2005 10,7 11,3

    2006 11,3 11,6

    2007 14,6 14,6

    10-Year Trend (%) 35.1% 6.0%

    DOLLAR LOSS ($ B)

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Dollar Loss (in $ billions)

    Fonte - U.S. Fire Administration - 2010

    Na Inglaterra, 593 mortes em ince^ndios foram registrados no ano de 1997, este numero

    vem reduzindo e no ano de 2006 foi de 398 mortes, conforme percebe-se na Figura 2.9.

    Maiores informac~oes podem ser encontradas em um sistema de estatstica que o Reino

    Unido e Inglaterra mantem atualizado, o endereco eletro^nico esta disponvel na bibliograa

    deste trabalho.

    2.3 O Desenvolvimento dos Sistemas Preventivos no

    Brasil

    O Brasil passou de um pas rural para uma sociedade urbana, industrial e de servicos

    em um curto espaco de tempo; toda essa mudanca ocasionou um aumento dos riscos de

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 22

    Figura 2.6: Total e Ince^ndios - Reino Unido

    0

    100.000

    200.000

    300.000

    400.000

    500.000

    600.000

    700.000

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Total Fires YearTotal

    Fires

    1997 468.983

    1998 409.697

    1999 468.835

    2000 476.520

    2001 546.803

    2002 519.373

    2003 620.988

    2004 443.001

    2005 429.003

    2006 436.677

    9 - year

    Fonte - Fire Statistics Monitor - 2010

    Figura 2.7: Total de Mortes - Reino Unido

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Total Deaths Year

    Total

    Detaths

    1997 723

    1998 656

    1999 623

    2000 613

    2001 606

    2002 562

    2003 592

    2004 507

    2005 485

    2006 491

    9 - Year

    Fonte - Fire Statistics Monitor - 2010

    ince^ndio entre tantos outros que enfrentamos. Para se ter uma ideia, o Brasil em 1872,

    no primeiro censo ocial, tinha uma populac~ao de oito milh~oes e quatrocentas mil pessoas

    livres e de um milh~ao e meio de escravos, num total de nove milh~oes e novecentos mil

    habitantes, sendo que o Estado de S~ao Paulo tinha seiscentos e oitenta mil pessoas livres

    e cento e cinquenta e seis mil escravos, e nessa data a cidade de S~ao Paulo tinha apenas

    trinta mil habitantes, era a decima cidade brasileira (IBGE, 2011).

    Portanto o Brasil em aproximadamente cento e quarenta anos passou de dez milh~oes

    para cento e noventa milh~oes de habitantes, com mais de cento e quarenta milh~oes morando

    nas cidades. Na Figura 2.10 tem-se uma demonstrac~ao do crescimento vertiginoso da

    populac~ao brasileira de 1872 a 2010. Em func~ao desta explos~ao na populac~ao os esforcos

    para construir a infra-estrutura e as edicac~oes necessarias tem mostrado decie^ncias em

    todos os setores da sociedade: seguranca, saude, educac~ao, manutenc~ao e conservac~ao

    ambiental, etc.

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 23

    Figura 2.8: Total e Ince^ndios - Inglatera

    0

    100.000

    200.000

    300.000

    400.000

    500.000

    600.000

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Total Fires

    YearTotal

    Fires

    1997 366.623

    1998 320.468

    1999 368.322

    2000 368.701

    2001 427.184

    2002 415.542

    2003 492.344

    2004 349.371

    2005 340.703

    2006 340.329

    9 - year

    Fonte - Fire Statistics Monitor - 2010

    Figura 2.9: Total de Mortes - Inglatera

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Total Deaths YearTotal

    Deaths

    1997 563

    1998 493

    1999 459

    2000 487

    2001 458

    2002 436

    2003 468

    2004 368

    2005 379

    2006 398

    9 - year

    Fonte - Fire Statistics Monitor - 2010

    Com a seguranca contra ince^ndio no Brasil esta situac~ao n~ao e diferente, dentro desse

    modelo de crescimento no qual temos muito o que fazer:

    Melhorar a regulamentac~ao;

    Atender todos os municpios.

    Melhorar os equipamentos.

    Melhorar a formac~ao dos Arquitetos, Engenheiros, Bombeiros, Tecnicos, Populac~ao,etc.

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 24

    Figura 2.10: Evoluc~ao no crecimento da Populac~ao Brasileira

    Datas Populao

    1872 9930478

    1890 14333915

    1900 17438434

    1920 30635605

    1940 41165289

    1950 51941767

    1960 70070467

    1970 93139037

    1980 119002706

    1991 146825475

    2000 169799170

    2010 190755799

    0

    50000000

    100000000

    150000000

    200000000

    250000000

    1872 1890 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

    PopulaoBrasileira

    Fonte - IBGE - 2010

    Talvez a SCI tenha sido colocada em segundo plano dentro desse desenvolvimento

    desenfreado, por ser uma area complexa do conhecimento humano, envolvendo todas as

    atividades do homem, todos os feno^menos naturais, toda a produc~ao industrial, ou seja,

    deve estar presente sempre e em todos os lugares (SEITO, 2008) .

    Os currculos das faculdades de arquitetura e engenharia te^m um conteudo extenso e

    apertado, n~ao permitindo absorver outros conhecimentos, sendo necessaria uma profunda

    reformulac~ao para que a SCI seja absorvida. Nesse cenario, vericamos que a formac~ao

    de arquitetos e de engenheiros tem dado pouca e^nfase para a SCI nas edicac~oes, isso nos

    te^m levado a praticas com baixa exige^ncia em relac~ao ao controle do risco de ince^ndio.

    Caso se tomasse a decis~ao de implantar cursos de SCI em todos os cursos de arquitetura e

    engenharia, seria um desastre, pois n~ao se tem quadros de professores para ministrar tais

    cursos (SEITO, 2008) .

    Com a construc~ao de novas edicac~oes e a implantac~ao de materiais com novas tec-

    nologias, tem-se a necessidade de se conhecer seu comportamento em uma situac~ao de

    ince^ndio. Os riscos podem variar muito com o uso de novos materiais sem controle de

    sua reac~ao e resiste^ncia ao fogo; Os sistemas pre-fabricados e os componentes moldados

    in loco levam ao aumento da produtividade no canteiro, mas nos colocam diante da difcil

    tarefa de conhecer seu comportamento em situac~ao de ince^ndio. Como quanto maior a

    complexidade maior o risco, devemos ter em mente que quanto mais sosticado, maiores

    os cuidados com a inspec~ao, com o projeto, com a construc~ao, com o funcionamento e

    com mudancas de uso.

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 25

    Os grandes ince^ndios apesar das muitas vitimas, s~ao um alerta para a mobilizac~ao da

    sociedade e do poder publico para a necessidade de ajustes e alterac~oes nos sistemas de

    controle e combate a ince^ndio. Pode-se citar algumas situac~oes que ocorrer~ao na decada

    de 70 principalmente na cidade de S~ao Paulo, talvez por ter tido como ja citado um

    crescimento descontrolado acabou pagando um preco maior.

    Dentre os grandes ince^ndios pode-se citar o ince^ndio no Gran Circo Norte-Americano,

    Industria Volkswagen do Brasil, Edifcio Andraus, Edifcio Joelma, pois tiveram maior

    repercuss~ao e causaram mudancas nos codigos de seguranca contra ince^ndio.

    Gran Circo Norte-Americano, Niteroi, Rio de Janeiro o maior ince^ndio em perda de

    vidas, em nosso Pas, e de maior perda de vidas ocorridas em um circo ate nossos dias,

    aconteceu em 17 de dezembro de 1961, em Niteroi (RJ) no Gran Circo Norte-Americano,

    tendo como resultado 250 mortos e 400 feridos. Vinte minutos antes de terminar o es-

    petaculo, um ince^ndio tomou conta da lona. Em tre^s minutos, o toldo, em chamas, caiu

    sobre os dois mil e quinhentos espectadores. A ause^ncia dos requisitos de escape para os

    espectadores, como o dimensionamento e posicionamento de sadas, a inexiste^ncia de pes-

    soas treinadas para conter o pa^nico e orientar o escape, etc., foram as causas da tragedia.

    Ince^ndio na Industria Volkswagen do Brasil ate dezembro de 1970, nenhum grande

    ince^ndio em edicac~oes havia impactado a abordagem que o Poder Publico e especial-

    mente faziam do problema no Brasil. O ince^ndio na Ala 13 da montadora de automoveis

    Volkswagen, em S~ao Bernardo do Campo, ocorrido em 18 de dezembro de 1970, con-

    sumindo um dos predios da produc~ao, com uma vtima fatal e com perda total dessa

    edicac~ao, alem de ser um grande exemplo de um novo tipo de conagrac~ao ocorrido

    em uma so edicac~ao, apontou que a apregoada ause^ncia de risco n~ao passava de crenca

    inge^nua.

    Ince^ndio no edifcio Andraus o primeiro grande ince^ndio em predios elevados ocorreu

    em 24 de fevereiro de 1972, no edifcio Andraus, na cidade de S~ao Paulo. Tratava-se

    de um edifcio comercial e de servicos , situado na Avenida S~ao Jo~ao esquina com Rua

    Pedro Americo, com 31 andares, estrutura em concreto armado. Do ince^ndio resultaram

    352 vtimas, sendo 16 mortos e 336 feridos. Apesar de o edifcio n~ao possuir escada de

    seguranca, mais pessoas n~ao pereceram pela existe^ncia de instalac~oes de um heliporto

    na cobertura, o que permitiu que as pessoas que para la se deslocaram, permanecessem

    protegidas pela laje e pelos beirais desse equipamento.

    Ince^ndio no edifcio Joelma esse edifcio, tambem construdo em concreto armado,

    com fachada tradicional, situa-se na Avenida Nove de Julho, 22 (Praca da Bandeira),

    possuindo 23 andares de estacionamentos e escritorios. Ocorrido em 1o de fevereiro de

    1974, gerou cento e setenta e nove mortos e trezentos e vinte feridos. O edifcio, assim

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 26

    como o Andraus, n~ao possua escada de seguranca. Nesse ince^ndio pessoas se projetaram

    pela fachada do predio, gerando imagens fortes e de grande comoc~ao (a maior parte das

    pessoas que se projetou do telhado caiu em patio interno, longe das vistas da populac~ao).

    Estes grandes desastres geraram manifestac~oes e a mudanca na regulamentac~ao, a Pre-

    feitura Municipal de S~ao Paulo, uma semana depois do ince^ndio no Edifcio Joelma, edita

    o Decreto Municipal no 10.878 que institui normas especiais para a seguranca dos edifcios

    a serem observadas na elaborac~ao do projeto, na execuc~ao, bem como no equipamento e

    disp~oe ainda sobre sua aplicac~ao em carater prioritario. E a primeira conseque^ncia.

    A primeira manifestac~ao tecnica ocorreu de 18 a 21 de marco de 1974, quando o Clube

    de Engenharia do Rio de Janeiro realizou-se Simposio de Seguranca Contra Ince^ndio,

    buscando o desenvolvimento de tre^s linhas mestras de raciocnio:

    1. Como evitar ince^ndios;

    2. Como combate^-los;

    3. Como minimizar os efeitos;

    Tambem em 1975 (dezembro) ocorreu a reestruturac~ao do Corpo de Bombeiros de

    S~ao Paulo, quando se criou o Comando Estadual, enfatizando que sua principal miss~ao e

    evitar ince^ndios, como recomenda a NFPA.

    O Ministerio do Trabalho editou a Norma Regulamentadora 23 - NR23 - Protec~ao

    Contra Ince^ndios, em 1978, dispondo regras de protec~ao contra ince^ndio na relac~ao em-

    pregador/empregado - embora isso n~ao fosse conseque^ncia unica desses ince^ndios, mas,

    sim, parte de uma reestruturac~ao na seguranca do trabalho.

    Os fatos acima narrados permitem observar que as movimentac~oes abrangem o meio

    tecnico, com a realizac~ao de simposios e elaborac~ao de relatorio, e o meio poltico, com

    ac~oes nos Poderes Legislativo e Executivo, o que ao longo do tempo fez com que o Brasil

    visualiza-se de forma mais tecnica a quest~ao relacionada a prevenc~ao de ince^ndio.

    2.4 Instituic~ao de Pesquisa e Laboratorios

    Os laboratorios possuem instalac~oes para testes de resiste^ncia e reac~ao ao fogo de mate-

    riais, componentes e sistemas construtivos o que permite o desenvolvimento e certicac~ao

    de novos produtos, dando apoio ao desenvolvimento, gerando emprego e competitividade

    para os pases.

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 27

    2.4.1 BRI - Building Research Institute - Department of re

    engineering

    O departamento de estuda metodos de engenharia de ince^ndio para garantir a se-

    guranca das pessoas em caso de ince^ndio em um edifcio ou na cidade, e metodos para

    minimizar a perda econo^mica causada por ince^ndios (ENGINEERING, 2011) . O departa-

    mento realiza pesquisas referentes a:

    Comportamento das pessoas durante a evacuac~ao das edicac~oes;

    Pesquisa;

    Desenvolve metodos para avaliac~ao de seguranca contra ince^ndio;

    Comportamento fsico dos materiais;

    Componentes;

    Estruturas em temperaturas elevadas durante os ince^ndios;

    Figura 2.11: Teste em escala usando um predio de madeira de tre^s andares

    Fonte Building Research Institute - Department of Fire Engineering - 2011

    2.4.2 Laboratorio de Construc~ao e Pesquisa de Fogo Divis~ao de

    Pesquisa de Ince^ndio

    A divis~ao de pesquisa de ince^ndio: desenvolve, verica e utiliza medidas e metodos

    preditivos para quanticar o comportamento ao fogo e os meios para reduzir o impacto

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 28

    do fogo nas pessoas, propriedade e meio ambiente. Este trabalho envolve integrac~ao

    dos laboratorios de medidas, metodos aprovados de predic~ao e experimentos de fogo em

    grande escala para demonstrar o uso e o valor dos produtos de pesquisa. Atividade de

    pesquisa focada desenvolve compreens~ao cie^ncia e de engenharia dos feno^menos de fogo e

    metrologia, identica princpios e produz dados, e metodos preditivos para a formac~ao e

    evoluc~ao de componentes de fumaca, componentes na chama e para a queima de materiais

    polimericos e desenvolver metodos preditivos para o desempenho de detectores de alto

    desempenho e sistemas de supress~ao (SEITO, 2008) .

    A divis~ao fornece lideranca para teoria e praticas avancadas em engenharia de protec~ao

    a ince^ndio, combate ao fogo, investigac~ao de ince^ndio, testes de fogo, administrac~ao de

    dados de ince^ndio e ince^ndio intencional. Publicac~oes em larga escala, e esforco de trans-

    fere^ncia tecnologica. Intensa participac~ao em codigos e normas como laboratorio de re-

    fere^ncia.

    2.4.3 NIST - National Institute of Standards and Technology

    - BFRL - Building Fire Research Laboratory

    BFRL esta envolvido em uma ampla gama de informac~oes cientcas, engenharia e tra-

    balho de investigac~ao para a construc~ao e seguranca de comunidades contra ince^ndio, com

    foco particular na cie^ncia da medic~ao. A cie^ncia de medic~ao refere-se ao desenvolvimento

    de metricas de desempenho, metodos de medic~ao, ferramentas de previs~ao e protocolos,

    bem como materiais de refere^ncia, dados e artefatos. Medic~ao cie^ncia tambem inclui a re-

    alizac~ao de estudos de intercomparac~ao e calibrac~oes, a avaliac~ao de tecnologias, sistemas

    e praticas e o desenvolvimento ou difus~ao de orientac~oes tecnicas e as bases tecnicas para

    as normas, codigos e praticas, em muitos casos atraves de bancos de ensaio, consorcios e

    outras parcerias com o setor privado (NIST, 2011) .

    Fundado em 1901, te^m por miss~ao promover a inovac~ao e competitividade industrial

    americana por meio de medidas cienticas avancadas, normas e tecnologia de maneira a

    ressaltar a seguranca econo^mica e melhorar nossa qualidade de vida. O BFRL tem mais

    de oitenta funcionarios e pesquisadores.

    Dentre os trabalhos o instituto realiza experimentos de queima a m de avaliar a

    seque^ncia do uxo de calor e a liberac~ao de calor, usando a interface Wildland-Urban Fire

    Dynamics Simulator (WFDS). WFDS e uma abordagem fsica de modelagem numerica,

    que inclui todos os modos de transfere^ncia de calor (convecc~ao, conduc~ao, radiac~ao).

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 29

    Figura 2.12: Simulac~ao de ince^ncdio utilizando Wildland-Urban Interface Fire Dynamics

    Simulator (WFDS)

    Fonte - National Institute of Standards and Technology -2011

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 30

    2.4.4 Laboratorio de Seguranca Contra Ince^ndio - FRS - Fire

    Researdh Station

    Os laboratorios contam com instalac~oes para:

    Teste de cabos.

    Qumica do fogo.

    Testes de extintores.

    Resiste^ncia ao fogo.

    Testes para a industria naval.

    Avaliac~ao de toxicidade.

    Reac~ao ao fogo.

    Paineis-sanduche.

    Testes de sistemas estruturais.

    Protec~ao passiva ao fogo.

    O FRS teve participac~ao signicativa na nova legislac~ao do codigo de ince^ndio para

    o Sistema Nacional de Saude NHS do Reino Unido (SEITO, 2008). Sem duvida o FRS

    tem impressionantes instalac~oes laboratoriais que permitem ate ensaios em escala real de

    edifcios complexos.

    2.4.5 BRE - Building Research Establishment - FRS - Fire Re-

    search Station - Reino Unido

    O BRE se dene como uma organizac~ao lder mundial em pesquisa, consultoria, trei-

    namento, testes e organizac~ao de certicac~ao, levando sustentabilidade e inovac~ao ao

    ambiente construdo. Os servicos do BRE s~ao:

    Servicos de consultoria;

    Testes de produtos;

    Certicac~ao;

    Pesquisas comissionadas;

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 31

    Publicac~oes, treinamento e educac~ao;

    Na area de SCI, possui diversos laboratorios na Gr~a-Bretanha.

    2.4.6 Laboratorio de SCI - Seguranca Contra Ince^ndio

    O laboratorio faz parte da divis~ao de estruturas e seguranca ao fogo. O laboratorio

    esta dividido em tre^s secc~oes:

    Ensaios do fogo

    Reac~ao ao fogo dos materiais.

    Resiste^ncia ao fogo dos elementos de construc~ao e equipamentos eletromeca^nicos.

    Aptid~ao do emprego de sistemas de seguranca a ince^ndio.

    A seguranca contra ince^ndio no Brasil

    Modelagem Fsica do desenvolvimento do fogo e da fumaca.

    Comportamento das estruturas e elementos de construc~ao em caso de ince^ndio.

    Estudos especcos e especializados/relatorios de campo.

    Analises avancadas de SCI.

    Engenharia de Seguranca Contra Ince^ndio

    Pesquisa e estudos das regulamentac~oes.

    Ensaios alternativos para reac~ao ao fogo.

    Comportamento das partes combustveis da construc~ao.

    2.4.7 CSTB - Centre Scientique et Technique du Ba^timent -

    Franca

    Este centro tem seu desenvolvimento ligado a reconstruc~ao da Franca, apos segunda

    guerra mundial. As construc~oes feitas para a reconstruc~ao com tecnicas tradicionais

    mostraram-se inadequadas a nova realidade tecnologica e as exige^ncias da sociedade. As-

    sim, o CSTB na decada de sessenta, dirigido por Gerard Blachere, prop~oe uma estrutura

    laboratorial de desempenho com quatorze itens onde a seguranca contra ince^ndio aparece

  • 2. Protec~ao Contra Ince^ndio 32

    como segundo item apos estabilidade das construc~oes. Esse modelo de desempenho apli-

    cado na Franca torna-se recomendac~ao ISO 6241 Desempenho das Construc~oes (SEITO,

    2008) .

    Atualmente exerce a lideranca da CE Comunidade Europeia na pesquisa de desempe-

    nho e, portanto, de SCI nas construc~oes.

    Te^m por nalidade, a melhora do bem estar e da seguranca dentro das construc~oes

    e no seu entorno, o CSTB exerce quatro areas complementares: pesquisa, engenharia

    inovadora, avaliac~ao da qualidade e difus~ao do conhecimento. Associada a estes domnios

    das especialidades permite um enfoque global das edicac~oes amplicada para seu meio

    urbano, aos servicos e as novas tecnologias de informac~ao e comunicac~ao.

  • 3 Sistemas de Prevenc~ao

    Conabilidade

    Para prosseguir e necessario que se crie uma linguagem que facilite a comunicac~ao

    quando da apresentac~ao de exemplos, cabe esclarecer que elege-se a Seguranca Contra

    Ince^ndio como dividida entre os seguintes grupos de Medidas de Protec~ao Contra Ince^ndio

    (MPCI):

    Prevenc~ao de ince^ndio;

    Protec~ao contra ince^ndio;

    Combate a ince^ndio;

    Meios de escape;

    Segundo (SEITO, 2008)os conceitos de sistemas de prevenc~ao podem ser assim descritos:

    Prevenc~ao: Abrange as medidas de seguranca contra ince^ndio que objetivam evitar ince^ndios

    (uni~ao do calor com combustveis), as quais ser~ao mais importantes quanto maior

    a quantidade e mais fracionado o combustvel (gases, vapores, poeira). Em sntese:

    s~ao as medidas que trabalha-se no controle dos materiais combustveis (armazena-

    mento/quantidade) das fontes de calor (solda/eletricidade/cigarro) e do treinamento

    (educac~ao) das pessoas para habitos e atitudes preventivas.

    Protec~ao: S~ao as medidas que objetivam dicultar a propagac~ao do ince^ndio e manter a esta-

    bilidade da edicac~ao. Normalmente s~ao divididas em protec~oes ativas e passivas,

    reagindo ou n~ao em caso de ince^ndio.

    Exemplos de medidas de protec~ao passiva: paredes e portas corta-fogo; diques de

    contenc~ao; armarios e contentores para combustveis; afastamentos; protec~ao estru-

    tural, controle dos materiais de acabamento.

    Exemplos de medidas de protec~ao ativas: sistema de exaust~ao de fumaca; sistema

    de chuveiros automaticos (sprinkler).

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 34

    Combate: Compreende tudo o que e usado para se extinguir ince^ndios, tais como: equipamen-

    tos manuais (hidrantes e extintores) complementados por equipes treinadas; sistemas

    de detecc~ao e alarmes; sistemas automaticos de extinc~ao; Planos de Auxilio Mutuo

    - PAM's; corpo de bombeiros publicos e privados, condic~oes de acesso a edicac~ao

    pelo socorro publico; reserva de agua (e hidrantes publicos), etc..

    Escape: Normalmente constitudo por medidas de protec~ao passiva, tais como escadas se-

    guras, paredes, portas (corta-fogo), podem incluir protec~ao ativa, como sistemas

    de pressurizac~ao de escadas e outros. Dependem ainda dos sistemas de detecc~ao,

    alarme e iluminac~ao de emerge^ncia e, em alguns casos, de uma intervenc~ao comple-

    mentar de equipes treinadas para viabilizar o abandono, especialmente nos locais

    de reuni~ao de publico. Destacamos essa medida de protec~ao contra ince^ndio das

    demais devido a sua importa^ncia fundamental para a vida humana e por sua ac~ao

    basica nos trabalhos de resposta a emerge^ncias, visto que as equipes de resposta

    normalmente acessam a edicac~ao e as vtimas por meios de escape.

    Inclu-se nessa medida de protec~ao contra ince^ndio todas as medidas administra-

    tivas e de dia-a-dia, como o treinamento e reciclagem das equipes de resposta a

    emerge^ncias, a existe^ncia de um plano e um procedimento de emerge^ncia, a manu-

    tenc~ao dos equipamentos instalados, a adequac~ao dos meios instalados com o risco

    existente (o qual muitas vezes se altera sem que se efetue a necessaria adequac~ao

    dos meios), etc. Em sntese, abrange a manutenc~ao dos sistemas e a administrac~ao

    da resposta as emerge^ncias, nelas inclusos o treinamento do pessoal e sua ac~ao fun-

    damental em locais de reuni~ao de publico (ja citado acima). A Seguranca Contra

    Ince^ndio, se faz com a presenca de todas essas medidas, devidamente balanceadas.

    3.1 Denic~ao de Prevenc~ao de Ince^ndio

    A implantac~ao da prevenc~ao de ince^ndio se faz por meio de atividades que visam a

    evitar o surgimento do sinistro, possibilitar sua extinc~ao e reduzir seus efeitos antes da

    chegada do Corpo de Bombeiros (UNESP, 2011).

    As atividades relacionadas com a educac~ao consistem no preparo da populac~ao, por

    meio da difus~ao de ideias que divulgam as medidas de seguranca, para prevenir o sur-

    gimento de ince^ndios. Buscam, ainda, ensinar os procedimentos a serem adotados pelas

    pessoas diante de um ince^ndio, os cuidados a serem observados com a manipulac~ao de pro-

    dutos perigosos e tambem os perigos das praticas que geram riscos de ince^ndio (UNESP,

    2011).

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 35

    As atividades que visam a prevenc~ao contra ince^ndio podem ser agrupadas da seguinte

    forma segundo (UNESP, 2011):

    1) atividades relacionadas com as exige^ncias de medidas de protec~ao contra ince^ndio

    nas diversas ocupac~oes;

    2) atividades relacionadas com a extinc~ao, percia e coleta de dados dos ince^ndios

    pelos org~aos publicos, que visam aprimorar tecnicas de combate e melhorar a protec~ao

    contra ince^ndio por meio da investigac~ao, estudo dos casos reais e estudo quantitativo dos

    ince^ndios.

    A protec~ao contra ince^ndio e denida como medidas tomadas para a detecc~ao e controle

    do crescimento do ince^ndio e sua consequente contenc~ao ou extinc~ao (UNESP, 2011). Essas

    medidas dividem-se em:

    1) medidas ativas de protec~ao que abrangem a detecc~ao, alarme e extinc~ao do fogo

    (automatica e/ou manual); e

    2) medidas passivas que abrangem o controle dos materiais, meios de escape, compar-

    timentos e protec~ao da estrutura de um ambiente.

    3.2 Detecc~ao e Alarme de Ince^ndio

    A proposta conceitual do sistema de detecc~ao e alarme de ince^ndio (SDAI) e detectar o

    fogo em seu estagio inicial, a m de possibilitar o abandono rapido e seguro dos ocupantes

    do ambiente e iniciar as ac~oes de combate ao fogo, evitando assim a perda de vidas, do

    patrimo^nio e tambem evitar contaminac~ao do meio ambiente (SEITO, 2008).

    As ac~oes de combate ao fogo devem ser iniciadas automaticamente pelo sistema de

    detecc~ao e alarme de ince^ndio (SDAI). O SDAI e constitudo basicamente por detecto-

    res automaticos de ince^ndio, acionadores manuais, painel de controle (processamento),

    meios de aviso (sinalizac~ao), fonte de alimentac~ao eletrica e infra-estrutura (eletrodutos e

    circuitos eletricos).

    O ajuste da sensibilidade dos detectores e fundamental para se evitar a ocorre^ncia

    de alarmes falsos. Os feno^menos secundarios como fumaca e fuligem s~ao mais faceis de

    serem detectados, pois tais efeitos n~ao se confundem com as condic~oes de um ambiente

    em situac~ao normal, o que permite denir uma sensibilidade maior de atuac~ao do sensor;

    ja o ajuste de um sensor para detectar a variac~ao de temperatura do ambiente em raz~ao

    de uma combust~ao traz maior diculdade, pois variac~oes de temperatura ocorrem em um

    ambiente em situac~ao de normalidade (NBR9441, 1998).

    Devido ao efeito fsico da subida do ar quente, normalmente os detectores de tempe-

    ratura e fumaca s~ao instalados no teto de um ambiente, porem ha necessidade de se levar

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 36

    em considerac~ao a temperatura junto ao teto que pode sofrer aquecimento devido prin-

    cipalmente a radiac~ao solar, iluminac~ao ou sistemas de condicionamento de ar, formando

    um colch~ao de ar quente que n~ao permite o contato da fumaca ou do calor gerado no

    princpio de um ince^ndio com o detector no teto, impedindo ou retardando a detecc~ao.

    Esse feno^meno e chamado de estraticac~ao (NBR9441, 1998).

    3.2.1 Sistema de Detecc~ao e alarme de Ince^ndio (SDAI)

    Conjunto de equipamentos destinados a gerar um alarme ou uma ac~ao automatica

    de extinc~ao quando um de seus componentes atuar em func~ao da presenca de uma das

    caractersticas fsico-qumicas de um ince^ndio (SEITO, 2008) .

    3.2.2 Central de Detecc~ao de Alarme de Ince^ndio

    Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecc~ao e

    alarme, convertendo-os em indicac~oes (informac~oes) adequadas, bem como a comandar

    e controlar os demais componentes do sistema (sirenes, sinalizac~ao visual, subcentrais,

    dispositivos de combate etc.)(SEITO, 2008).

    3.2.3 Central Supervisora

    Central que supervisiona uma ou varias subcentrais por uma ac~ao propria. O con-

    trole dessa rede de ac~ao propria contra curto-circuito e interrupc~ao e feito pela central

    supervisora, que pode atuar sobre as subcentrais, mas em caso de perda dessa interligac~ao

    a subcentral deve funcionar de acordo com programac~ao propria (NBR9441, 1998).

    3.2.4 Subcentral

    Central de detecc~ao, alarme e controle auto^nomo com todos os componentes de super-

    vis~ao dos circuitos de detecc~ao e de comando com logica de interac~ao e fonte com bateria

    propria. Essa central e supervisionada por outra central a dista^ncia, mas, em caso de

    alarme, a subcentral n~ao depende do controle da central supervisora para ativar alarmes,

    sinalizac~ao e controles de acordo com uma logica previamente nela programada (ABNT,

    2011). A supervis~ao dos circuitos para controle da subcentral e feita pela central supervi-

    sora ou por uma central remota (auto^noma) com quadro sinotico e controles a dista^ncia.

    A subcentral pode ter controles manuais externos, mas, como muitas vezes o lugar da

    instalac~ao n~ao e permanentemente vigiado, os controles manuais devem estar cobertos

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 37

    por uma barreira fsica que somente pode ser aberta por um dispositivo adequado e por

    pessoal autorizado.

    3.2.5 Detectores e Indicadores Automaticos

    Detectores pontuais: Dispositivo destinado a operar quando inuenciado por deter-

    minados feno^menos fsicos ou qumicos que precedem ou acompanham um princpio de

    ince^ndio na area (local) de sua instalac~ao. Dentre os detectores pode-se citar o detector

    automatico de temperatura e o de fumaca (NBR9441, 1998).

    Figura 3.1: Detector pontual de Ince^ndio

    Fonte - Equipel - 2011

    Detector Linear: Detector destinado a atuar quando ocorre a presenca de partculas

    e/ou gases, visveis ou n~ao, e de produtos de combust~ao, ou a variac~ao anormal de tempera-

    tura ao longo da linha imaginaria de detecc~ao, no caso de sistemas opticos com transmissor

    e receptor, ou ao longo de uma linha fsica de sensoriamento, que deve ser instalada de

    maneira que supervisione os pontos de maior periculosidade na menor dista^ncia possvel

    (NBR9441, 1998).

    Figura 3.2: Detector Linear de Ince^ndio

    Fonte - Equipel - 2012

    Detector automatico de chama: Dispositivo destinado a atuar em resposta a uma

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 38

    radiac~ao de energia, dentro ou fora do espectro visvel, resultante de um princpio de

    ince^ndio dentro da sua area de captac~ao (vis~ao) (NBR9441, 1998).

    Acionador manual: Dispositivo destinado a transmitir a informac~ao de um princpio

    de ince^ndio, quando acionado manualmente por um usuario (NBR9441, 1998).

    Figura 3.3: Acionador Manual

    Fonte - Equipel - 2011

    Avisador: Dispositivo previsto para chamar a atenc~ao de todas as pessoas dentro de

    uma area em perigo, controlado pela central (NBR9441, 1998).

    Indicador sonoro: Dispositivo destinado a emitir sinais acusticos (NBR9441, 1998).

    Indicador visual: Dispositivo destinado a emitir sinais visuais (NBR9441, 1998).

    Avisador sonoro e visual de alerta: Dispositivo que emite sinais de alerta audio-visuais,

    combinados (NBR9441, 1998).

    3.2.6 Circuito de detecc~ao

    Circuito no qual est~ao instalados os detectores automaticos, acionadores manuais ou

    quaisquer outros tipos de sensores pertencentes ao sistema. Os circuito podem ser sepa-

    radas de duas formas distintas segundo (ABNT, 2011):

    Circuito de detecc~ao classe A: Todo circuito no qual existe a ac~ao de retorno a central

    (laco de ida e volta - circuito redundante), de forma que uma eventual interrupc~ao em

    qualquer ponto desse circuito n~ao implique paralisac~ao parcial ou total de seu funciona-

    mento (NBR9441, 1998).

    Circuito de detecc~ao classe B: Todo circuito no qual n~ao existe a ac~ao de retorno a

    central, de forma que uma eventual interrupc~ao em qualquer ponto deste circuito implique

    paralisac~ao parcial ou total de seu funcionamento (NBR9441, 1998).

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 39

    Figura 3.4: Circuito Classe A

    CIRCUITO

    ENTRADA 2

    CIRCUITO

    ENTRADA 1

    Fonte - NBR 9441 - 1998

    Figura 3.5: Circuito Classe B

    CIRCUITO

    ENTRADA

    Fonte - NBR 9441 - 1998

    3.2.7 Detectores de Fumaca

    No mercado existem dois tipos de detectores de fumaca o io^nico e o optico como segue:

    Tipo optico: baseado em uma ca^mara escura complementada com um emissor e um

    receptor que detectam a presenca de partculas de fumaca em seu interior, seja por reex~ao

    da luz ou por obscurecimento. Utilizados em ambientes no qual, num princpio de ince^ndio,

    haja expectativa de formac~ao de fumaca antes da deagrac~ao do ince^ndio propriamente

    dito. Recomendado em fogo de desenvolvimento lento. Exemplo: locais com presenca de

    madeira, papel, tecidos e outros (EXPRES, 2009).

    Tipo io^nico: atua mediante a presenca de produtos de combust~ao visveis ou invisveis.

    Os detectores io^nicos possuem duas ca^meras ionizadas por uma fonte com baixo poder

    radioativo, sendo uma ca^mara de refere^ncia e outra de analise. Utilizados em ambientes em

    que, num princpio de ince^ndio, haja formac~ao de combust~ao, mesmo invisvel, ou fumaca,

    antes da deagrac~ao do ince^ndio propriamente dito, locais com possvel desenvolvimento

    rapido do fogo e alta liberac~ao de energia. Exemplo: locais com presenca de inamaveis

    (EXPRES, 2009).

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 40

    3.2.8 Detectores Termicos

    Os detectores termicos s~ao instalados em ambientes nos quais a ultrapassagem de

    determinada temperatura indique seguramente um princpio de ince^ndio. Indicados para

    fogo com elevac~ao de temperatura (quando a temperatura alcanca um nvel xo) (EXPRES,

    2009).

    S~ao detectores projetados para atuarem a uma temperatura pre-xada. S~ao cons-

    titudos por um circuito eletro^nico, controlado por um termistor, que permite uma medic~ao

    precisa da temperatura na vizinhanca do detector e por um dispositivo compensador

    da variac~ao da temperatura. Estes detectores s~ao utilizados em locais susceptveis de

    um desenvolvimento rapido da chama e calor, indicados para sala de geradores, casa de

    maquinas, transformadores entre outros (EXPRES, 2009).

    3.2.9 Detectores Termovelocimetricos

    A func~ao termovelocimetrica detecta a velocidade em que a temperatura aumenta. O

    elemento pneumatico reage diante de uma mudanca rapida na temperatura de aproxima-

    damente 8C(15F) por minuto.

    Quando isto ocorre, o ar contido no diafragma se expande rapidamente dentro da

    ca^mara selada e escapa atraves de uma abertura calibrada. O aumento da press~ao com-

    prime o diafragma, fazendo com que os contatos eletricos se toquem para fechar o cir-

    cuito. Os detectores termovelocimetricos podem ser instalados considerando um dia^metro

    de detecc~ao de 15 metros em ambientes como cozinha, lavanderias, garagem entre outros

    (EXPRES, 2009)

    3.2.10 Detectores Lineares

    Os detectores lineares s~ao destinados a atuar quando ocorre a presenca de partculas

    e/ou gases, visveis ou n~ao, e de produtos de combust~ao, ou a variac~ao anormal de tem-

    peratura ao largo da linha imaginaria de detecc~ao. O detector se comp~oe de duas pecas

    basicas, transmissor e receptor. O transmissor projeta luz infravermelha ate um receptor,

    que, por sua vez, converte o feixe de luz em um sinal eletrico. Estes detectores s~ao indica-

    dos para locais onde n~ao e possvel realizar detecc~ao pontual (locais com grandes alturas

    e locais abertos) (EXPRES, 2009).

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 41

    3.2.11 Detector de Chama

    Os detectores de chama possuem dispositivo que indica a presenca de partculas solidas,

    vapores e/ou gases que comp~oem a fumaca de chamas. S~ao utilizados em ambientes nos

    quais a chama e o primeiro indcio de fogo. O sensor de chama e sensvel aos raios

    ultravioletas presentes na chama do fogo.

    S~ao instalados em ambientes onde o surgimento de uma chama pode provocar uma

    rapida propagac~ao do ince^ndio. Sua instalac~ao deve ser executada de forma que seu campo

    de vis~ao n~ao seja impedido por obstaculos, para assegurar a detecc~ao do fogo de ince^ndio

    na area por ele protegida. Os detectores devem cobrir a area protegida de forma que n~ao

    haja pontos encobertos onde uma possvel chama possa ser gerada (NBR9441, 1998).

    Por suas caractersticas de projeto, esse detector discrimina outras formas de raios,

    sendo, portanto, imune a luz natural. Recomenda-se que o detector de chama tenha

    dispositivo que indique sujeira na lente, necessitando limpeza. Indicados para areas nas

    quais uma chama possa ocorrer rapidamente, tais como hangares, areas de produc~ao

    petroqumica, areas de armazenagem e transfere^ncia, instalac~oes de gas natural, cabines

    de pintura, solventes entre outros (SEITO, 2008).

    3.2.12 Detector por Aspirac~ao

    Detectores que agem colhendo amostras do ar por meio de tubulac~ao (com furos pro-

    gramados) distribuda no ambiente a ser protegido e conduzindo as amostras do ar cons-

    tantemente ate uma ca^mara para ser analisadas. Um ltro na entrada da ca^mara n~ao

    permite que partculas de poeira em suspens~ao possam causar alarmes falsos. A tu-

    bulac~ao abrange uma area como se fosse um laco com detectores convencionais (EXPRES,

    2009). Indicados para salas com equipamentos eletricos, salas de telecomunicac~ao, CPD,

    museus, catedrais, salas frigorcas entre outros.

    3.2.13 Acionadores Manuais

    S~ao dispositivos usados para iniciar o alarme de forma manual. Devem ser insta-

    lados em locais de tra^nsito de pessoas (halls, corredores, junto as sadas de ambientes,

    circulac~oes em geral), de forma a facilitar sua localizac~ao e acionamento (EXPRES, 2009).

    Os acionadores manuais devem conter instruc~oes de operac~ao impressas em portugue^s no

    proprio corpo, de forma clara e em lugar facilmente visvel. Devem conter dispositivo

    que diculte o acionamento acidental, porem facilmente destrutvel no caso de operac~ao

    intencional (NBR9441, 1998). Os acionadores mais usados s~ao:

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 42

    a) tipo "quebre o vidro", em que ao se pressionar o vidro ou outro material exvel

    transparente de protec~ao fecha-se o circuito, informando o evento a central.

    b) acionador de "dupla ac~ao", no qual se retira (ou quebra-se) primeiramente uma

    protec~ao externa transparente em forma de tampa e ent~ao aciona-se a alavanca do alarme

    pressionando-a para baixo

    3.3 Agentes Extintores

    Partindo do princpio de que, para haver fogo, s~ao necessarios o combustvel, combu-

    rente e o calor, formando o tria^ngulo do fogo, para se extinguir o fogo basta retirar um

    desses elementos.

    Com a retirada de um dos elementos do fogo quebra-se a cadeia e o fogo tende a se

    extinguir. Atualmente aplicam-se os seguintes metodos de extinc~ao: extinc~ao por retirada

    do material, por abafamento, por resfriamento (NBR12693, 1993).

    Os agentes extintores s~ao produtos qumicos usados na prevenc~ao e extinc~ao de

    ince^ndios e na prevenc~ao ou supress~ao de explos~oes. Habitualmente s~ao utilizados atraves

    de equipamentos especializados moveis ou xos, com a nalidade de projetar o produto

    contra o fogo ou no ambiente a m de prevenir combater ou suprimir ince^ndios ou ex-

    plos~oes.

    3.3.1 Dispositivos Fixos

    SPRINKLER - O sistema de chuveiro automatico e composto por um suprimento

    d'agua em uma rede hidraulica sob press~ao, onde s~ao instalados em diversos pontos es-

    trategicos, dispositivos de aspers~ao d'agua (chuveiros automaticos), que contem um ele-

    mento termo-sensvel, que se rompe por ac~ao do calor proveniente do foco de ince^ndio,

    permitindo a descarga d'agua sobre os materiais em chamas. O sistema de chuveiros

    automaticos para extinc~ao a ince^ndios possui grande conabilidade (SEITO, 2008). S~ao

    dois os tipos de chuveiros, o Automatico e o Aberto. A diferenca de um para o outro, e

    que o primeiro (automatico) e provido de um mecanismo comandando por um elemento

    termossensvel, como por exemplo a (ampola de vidro), enquanto o segundo n~ao possui

    mecanismo de comando, e acionado conjugadamente com o sistema de detecc~ao e alarme,

    sem a necessidade da ac~ao do calor no chuveiro. O que dene a abertura do sprinklers e

    a temperatura, para melhor identicac~ao os sprinklers s~ao divididos por corres:

    - Laranja 57oC

    - Vermelho 68oC

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 43

    - Amarelo 79oC

    - Verde 93oC

    - Azul 141oC

    - Roxo 182oC

    - Preto 204oC a 260oC

    Figura 3.6: Chuveiros Automaticos - Sprinklers

    Fonte - Equipel - 2012

    O dimensionamento do sistema e feito de acordo com a severidade do ince^ndio que se

    espera, de forma a garantir em toda a rede nveis de press~ao e vaz~ao em todos os chuveiros

    automaticos, para que a distribuic~ao de agua seja sucientemente homoge^nea, dentro de

    uma area de inue^ncia predeterminada (SEITO, 2008).

    SISTEMA FIXO DE CO2 - O sistema xo de baterias de cilindros de CO2, consiste de

    tubulac~oes, valvulas, difusores, rede de detecc~ao, sinalizac~ao, alarme, painel de comando

    e acessorios, destinado a extinguir ince^ndio por abafamento, por meio da descarga do

    agente extintor.

    Seu emprego visa a protec~ao de locais onde o emprego de agua e desaconselhavel, ou

    locais cujo valor agregado dos objetos e equipamentos e elevado nos quais a extinc~ao por

    outro agente causara a depreciac~ao do bem pela deposic~ao de resduos.

    E recomendado normalmente nos locais onde se buscam economia e limpeza, e na-

    queles que o custo agente instalac~ao e muito mais inferior do que outro agente extintor

    empregado.

    Os tipos de sistema s~ao:

    Inundac~ao total, onde a descarga de CO2, e projetada para uma concentrac~ao emtodo o volume do risco;

    Aplicac~ao local, onde o CO2 e projetado sobre elementos n~ao connados;

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 44

    Figura 3.7: Sistema Fixo de CO2

    Fonte - A Seguranca Contra Ince^ndio no Brasil - 2008

    Modulares, que consiste em um pequeno sistema de inundac~ao total instalado nointerior dos compartimentos dos equipamentos;

    O sistema e composto por cilindros (SEITO, 2008), que contem o agente extintor pres-

    surizado, onde a propria press~ao do cilindro sera utilizada para pressurizac~ao do sistema,

    sendo responsaveis pela descarga nos difusores. Sua localizac~ao deve ser proxima a area

    do equipamento a proteger, a m de evitar perdas de carga e diminuir a possibilidade de

    danos a instalac~ao e baratear o custo do sistema. O sistema n~ao deve ser instalada dentro

    da area de risco, devendo car em local protegido (exceto para os sistemas modulares). Os

    cilindros devem ser protegidos contra danos meca^nicos ou danos causados pelo ambiente

    agressivo. No conjunto de cilindros, ha um destinado a ser "cilindro-piloto", cuja func~ao

    e, mediante acionamento de um dispositivo de comando, estabelecer um uxo inicial do

    agente, a m de abrir por press~ao as demais cabecas de descarga dos demais cilindros da

    bateria. A Cabeca de descarga, que consiste de um dispositivo xo adaptado a valvula

    do cilindro, a m de possibilitar sua abertura e consequente descarga ininterrupta do gas.

    Durante o projeto deste sistema deve ser observado detalhes que s~ao importantes para

    o bom e seguro funcionamento do mesmo. As tubulac~ao e suas conex~oes, responsaveis

    pela conduc~ao do agente extintor devem ser resistentes a press~ao, a baixa temperatura

    e a corros~ao, tanto internamente como externamente. Devem resistir a uma press~ao de

    ruptura 5,5 vezes maior que a press~ao nominal do cilindro (NBR12693, 1993)

    Difusores, que consistem de um dispositivo xo de funcionamento automatico, equi-

  • 3. Sistemas de Prevenc~ao Conabilidade 45

    pado que tem a func~ao de espalhador o gas sem congelamento atraves de orifcios calibra-

    dos.

    SISTEMA DE HIDRANTES E DE MANGOTINHOS - O sistema de hidrantes e de

    mangotinhos funciona sob comando e libera agua sobre o foco de ince^ndio em vaz~ao

    compatvel ao risco do local que visa proteger, de forma a extingui-lo ou controla-lo em

    seu estagio inicial (NBR13714, 2000).

    Figura 3.8: Sistema de hidrantes e Mangotinhos

    Fonte - Equipel - 2011

    Dessa forma, esse sistema possibilita o incio do combate ao ince^ndio pelos usuarios

    antes da chegada do corpo de bombeiros, alem de facilitar os servicos dele quanto ao

    recalque de agua e, em especial, em edicac~oes altas. O sistema de hidrantes e de man-

    gotinhos para combate a ince^ndio em edicac~oes e areas de risco diferem dos sistemas de

    hidrantes urbanos em relac~ao a forma de abastecimento. Os sistemas urbanos apresentam

    pontos de tomada de agua providos de dispositivos de manobra (registros) e uni~oes de

    engate rapido, ligado a rede publica de abastecimento de agua, podendo ser emergente

    (de coluna) ou subterra^neo (de piso) enquanto que os sistemas prediais de hidrantes e de

    mangotinhos apresentam pontos de tomada (PEREIRA, 2004) .

    3.3.2 Dispositivos Moveis

    Um extintor portatil de ince^ndio e concebido para ser transportado e utilizado manu-

    almente e que, em condic~oes de operac~ao, tem um peso inferior ou igual a 20 kg. Regra

    geral, os extintores portateis te^m pesos da ordem dos 6 kg a 9 kg em utilizac~oes mais

    comuns. Quando se trata de extintores de agua a capacidade dos mesmos e medida em

    termos de litros (NBR12693, 1993).

  • 4 Associac~oes e Normativas

    4.1 NBR's

    Tem-se que avancar na legislac~ao que deve ser continuamente revisada e atualizada

    em func~ao das necessidades da sociedade e da evoluc~ao tecnologica. Dizem que a le-

    gislac~ao esta sempre atrasada em relac~ao a necessidade da sociedade, isso nem sempre e

    verdade, pois em muitos casos ela e capaz de atuar de maneira a provocar mudancas nos

    procedimentos errados na sociedade (SEITO, 2008).

    O Brasil hoje existem 74 normas tecnicas da ABNT - Associac~ao Brasileira de Normas

    Tecnicas e CB24-Comite^ Brasileiro de Seguranca Contra Ince^ndio (ABNT, 2011), a Tabela

    4.1 apresenta os ttulos relacionados a detecc~ao automatica de ince^ndio.

    4.1.1 NBR 15219

    A NBR 15219:2005 regula o plano de emerge^ncia contra ince^ndio e seus requisitos.

    Essa norma estabelece requisitos mnimos para elaborar, implantar, manter e revisar

    um Plano de Emerge^ncia Contra Ince^ndio (PECI). De acordo com essa norma todo e

    qualquer local em que est~ao situadas uma ou mais edicac~oes ou areas para serem usadas

    para determinados eventos ou ocupac~ao devera ter seu PECI. Ainda de acordo com a

    norma o PECI, deve ser desenvolvido por prossional habilitado, ou seja, alguem que

    tenha elaborado planos de emerge^ncia nos ultimos cinco anos ou por prossional formac~ao

    tenha tido as cargas horarias descritas abaixo, dependendo dos nveis (baixo, medio ou

    alto) de risco da ocupac~ao:

    Prevenc~ao e combate a ince^ndio e abandono de area: 200, 300 e 400 h.

    Primeiros socorros de 60, 120 e 240 h.

    Analise de risco de 60, 100 e 140 h.

    O PECI deve ser auditado por um prossional a cada 12 meses, preferencialmente

    antes da sua revis~ao.

  • 4. Associac~oes e Normativas 47

    Tabela 4.1: Normas Tecnicas de Seguranca Contra Ince^ndio

    NORMA DATA TITULO DA NORMA

    NBR 10897 30/1/1990 Protec~ao contra ince^ndio por chuveiro automatico

    NBR 10898 1/11/1999 Sistema de iluminac~ao de emerge^ncia

    NBR 11830 30/07/1995 Lquido gerador de espuma de pelcula aquosa (AFFF)

    a 6 para uso aeronautico

    NBR 11836 3/4/1992 Detectores automaticos de fumaca para protec~ao contra

    ince^ndio

    NBR 12232 19/07/2005 Execuc~ao de sistemas xos automaticos de protec~ao con-

    tra ince^ndio com gas carbo^nico (CO2) por inundac~ao to-

    tal para transformadores e reatores de pote^ncia contendo

    oleo isolante

    NBR 12252 1/4/1992 Tatica de salvamento e combate a ince^ndios em aero-

    portos

    NBR 12615 1/5/1992 Sistema de combate a ince^ndio por espuma

    NBR 12693 29/04/1993 Sistema de protec~ao por extintores de ince^ndio

    NBR 12992 1/11/1993 Extintor de ince^ndio classe C - Ensaio de condutividade

    eletrica

    NBR 13231 30/12/1994 Protec~ao contra ince^ndio em subestac~oes eletricas con-

    vencionais, atendidas e n~ao-atendidas, de sistemas de

    transmiss~ao

    NBR 13434:1 31/3/2004 Sinalizac~ao de seguranca contra ince^ndio e pa^nico -

    Parte 1: Princpios de projetos

    NBR 13434:2 31/03/2004 Sinalizac~ao de seguranca contra ince^ndio e pa^nico -

    Parte 2: Smbolos e suas formas, dimens~oes e cores

    NBR 13434:3 29/7/2005 Sinalizac~ao de seguranca contra ince^ndio e pa^nico -

    Parte 3: requisitos e metodos de ensaio

    NBR 13435 30/8/1995 Sinalizac~ao de seguranca contra ince^ndio e pa^nico

    NBR 13848 30/06/1997 Acionador manual para utilizac~ao em sistemas de de-

    tecc~ao e alarme de ince^ndios

    NBR 13859 30/06/1997 Protec~ao contra ince^ndios em subestac~oes eletricas de

    distribuic~ao

    Fonte - ANBT - 2011

  • 4. Associac~oes e Normativas 48

    4.1.2 NBR 5410

    A primeira norma brasileira de instalac~oes eletricas de baixa tens~ao foi publicada em

    1941, tendo sido revisada pelas edic~oes de 1960, 1980, 1990, 1997, ate chegar a publicac~ao

    em vigor que e de 2004. A norma brasileira ABNT NBR 5410:2004 estabelece as condic~oes

    mnimas a que devem satisfazer as instalac~oes eletricas de baixa tens~ao, a m de que sejam

    garantidas a seguranca das pessoas e a preservac~ao do patrimo^nio. No caso das pessoas,

    deseja-se evitar as conseque^ncias danosas de choques eletricos e queimaduras, enquanto

    que, em relac~ao ao patrimo^nio, pretende-se evitar ince^ndios e seus resultados devastadores

    (SEITO, 2008) .

    A norma ABNT NBR 5410:2004 aplica-se as instalac~oes eletricas de edicac~oes re-

    sidenciais, comerciais, publicas, industriais, de servicos, agropecuarias, pre-fabricadas,

    areas descobertas externas as edicac~oes, trailers, campings, marinas, canteiros de obras,

    feiras, exposic~oes e instalac~oes temporarias em geral. N~ao se aplica a instalac~oes de

    trac~ao eletrica, de veculos automotores, embarcac~oes, aeronaves, iluminac~ao publica, re-

    des publicas de energia eletrica e cercas eletricadas (ABNT, 2011) .

    A norma ABNT NBR 5410:2004 aplica-se as instalac~oes novas e as reformas, abran-

    gendo circuitos eletricos alimentados sob tens~ao nominal igual ou inferior a 1.000 V em

    corrente alternada com freque^ncias inferiores a 400 Hz, ou a 1500 V em corrente contnua

    (ABNT, 2011) . Os princpios fundamentais que orientam a norma s~ao aqueles relativos a

    protec~ao contra choques eletricos, contra efeitos termicos (ince^ndio e queimaduras), contra

    sobrecorrentes (sobrecargas e curtos-circuitos) e contra sobretens~oes.

    A edic~ao 2004 da ABNT NBR 5410 - Instalac~oes eletricas de baixa tens~ao apresenta

    requisitos que inuenciam diretamente a selec~ao das linhas eletricas em alguns tipos de

    locais, particularmente no que se refere a protec~ao contra ince^ndio.

    Segundo apresenta-se na norma, as medidas de protec~ao contra ince^ndio ocupam-se

    das "Condic~oes de fuga de pessoas em emerge^ncias"(classicac~ao de inue^ncias externas

    BD), da 'Natureza dos materiais processados ou armazenados'(classicac~ao de inue^ncias

    externas BE2), das "Construc~oes combustveis"(classicac~ao de inue^ncias externas CA2)

    e das "Estruturas que facilitem a propagac~ao de ince^ndio"(classicac~ao de inue^ncias

    externas CB2).

    Locais BD: Em locais classicados como BD2, BD3 e BD4 Tabela 21 da ABNT NBR 5410:2004,

    estabelece em 5.2.2.2.2 que as linhas eletricas (embutidas e aparentes) n~ao devem

    ser dispostas em rota de fuga, a menos que a linha eletrica n~ao venha a propagar

    e nem contribuir para a propagac~ao de um ince^ndio, e que a linha eletrica n~ao

    venha a atingir temperatura alta o suciente para inamar materiais adjacentes. Se

  • 4. Associac~oes e Normativas 49

    aparente, a linha deve ser posicionada fora da zona de alcance normal ou possuir

    protec~ao contra os danos meca^nicos que possam ocorrer durante uma fuga.

    Em 5.2.2.2.3, prescreve-se que, em areas comuns, em areas de circulac~ao e em areas

    de concentrac~ao de publico, em locais BD2, BD3 e BD4, as linhas eletricas embu-

    tidas devem ser totalmente imersas em material incombustvel, enquanto as linhas

    aparentes e as linhas no interior de paredes ocas ou de outros espacos de construc~ao

    devem atender a uma das seguintes condic~oes:

    a) no caso de linhas constitudas por cabos xados em paredes ou em tetos, os cabos

    devem ser n~ao-propagantes de chama, livres de haloge^nio e com baixa emiss~ao de

    fumaca e gases toxicos.

    b) no caso de linhas constitudas por condutos abertos, os cabos devem ser n~ao-

    propagantes de chama, livres de haloge^nio e com baixa emiss~ao de fumaca e gases

    toxicos. Ja os condutos, caso n~ao sejam metalicos ou de outro material incom-

    bustvel, devem ser n~ao-propagantes de chama, livres de haloge^nio e com baixa

    emiss~ao de fumaca e gases toxicos.

    c) no caso de linhas em condutos fechados, os condutos que n~ao sejam metalicos

    ou de outro material incombustvel devem ser n~ao-propagantes de chama, livres de

    haloge^nios e com baixa emiss~ao de fumaca e gases toxicos.

    Na primeira hipotese (condutos metalicos ou de outro material incombustvel), po-

    dem ser usados condutores e cabos apenas n~ao-propagantes de chama; na segunda

    devem ser usados cabos n~ao-propagantes de chama, livres de haloge^nio e com baixa

    emiss~ao de fumaca e gases toxicos.

    Locais BE2: A classicac~ao BE de um local baseia-se na natureza dos materiais que s~ao nele

    processados ou armazenados. Em particular, locais BE2 s~ao aqueles que apresentam

    maior risco de ince^ndio devido a presenca de substa^ncias combustveis em quantidade

    apreciavel.

    No item 5.2.2.3.6, a ABNT NBR 5410:2004 estabelece que, quando as linhas eletricas

    n~ao forem totalmente embutidas em material incombustvel, ou seja, se forem apa-

    rentes, devem ser tomadas precauc~oes para garantir que elas n~ao venham a propagar

    chama. Em particular, os condutores e cabos devem ser n~ao-propagantes de chama.

    Locais CA2: Locais CA2 s~ao aqueles construdos predominantemente com materiais combustveis,

    tais como madeira, materiais plasticos, etc.. A unica menc~ao a protec~ao contra

    ince^ndio nestes locais esta em 5.2.2.4.2 que diz que devem ser tomadas precauc~oes

  • 4. Associac~oes e Normativas 50

    para que os componentes da instalac~ao eletrica n~ao possam provocar a combust~ao

    de paredes, tetos e pisos.

    4.2 A NR 10

    A NR10:2004 obriga o cumprimento das prescric~oes das Normas Tecnicas abaixo re-

    lacionadas:

    NBR 5410:2004 - Instalac~oes eletricas em baixa tens~ao;

    NBR 14039:2005 - Instalac~oes eletricas de media tens~ao de 1,0 a 36,2 kV;

    NBR 14724:2011 - Vericac~ao de ilumina^ncia de interiores - Procedimento;

    NBR 5461:1953 - Iluminac~ao: Terminologia;

    NBR 5418:1995 - Instalac~oes eletricas em atmosferas explosivas;

    NBR 5419:2005 - Protec~ao de estruturas contra descargas atmosfericas;

    NBR 5413:1992 - Ilumina^ncia de interiores;

    NBR 10622:1989 - Luvas isolantes de borracha;

    NBR 8674:2005 - Protec~ao contra ince^ndios em transformadores;

    NR 6- Equipamentos de protec~ao individual;

    NR 7- Programa de controle medico de saude ocupacional;

    NR 17- Ergonomia;

    NR 23- Protec~ao contra ince^ndios;

    NR 26- Sinalizac~ao de seguranca;

    Adicionalmente, o projeto, execuc~ao, operac~ao, manutenc~ao, reforma e ampliac~ao das

    instalac~oes eletricas em baixa tens~ao e a seguranca dos usuarios e terceiros, devem atender

    respectivamente, as prescric~oes das normas tecnicas elencadas a seguir:

    NBR 5444:1964 - Smbolos gracos para instalac~oes eletricas prediais;

    NBR 5456:2010 - Eletricidade geral - terminologia;

  • 4. Associac~oes e Normativas 51

    NBR IEC 50(826):1997 - Vocabulario internacional: Instalac~oes eletricas em edi-cac~oes;

    NBR 13534:2008- Instalac~oes eletricas em ambientes assistenciais de saude - requi-sitos para a seguranca;

    NBR 13570:2005 - Instalac~oes eletricas em locais de aue^ncia de publico - requisitosespeccos;

    NBR 10898:1999 - Sistemas de iluminac~ao de emerge^ncia;

    NBR 9441:1998 - Execuc~ao de sistemas de detecc~ao e alarme de ince^ndio;

    NBR 13434:1995 - Sinalizac~ao de seguranca contra ince^ndio e pa^nico;

    4.3 A NR 23

    A Norma Regulamentadora 23 essa norma, editada em 1978 e obrigatoria nos locais

    em que haja relac~ao trabalhista regida pela Consolidac~ao das Leis do Trabalho, obriga

    que esses locais possuam: protec~ao contra ince^ndio, sadas, equipamentos para resposta

    a ince^ndios e pessoas adestradas para uso desses equipamentos. Em seu detalhamento,

    determina largura de sadas, portas, escadas, etc., bem como sistemas de hidrantes, ex-

    tintores e alarme, mais a realizac~ao de exerccios de alerta

    4.4 Instruc~oes Normativas

    Alem das normas vigentes o Estado de Santa Catarina a corporac~ao do corpo de Bom-

    beiros institui as instruc~oes normativas. A Tabela 4.2 apresenta as instruc~oes normativas

    relacionadas a elaborac~ao e scalizac~ao de sistemas preventivos de ince^ndio.

    4.4.1 Legislac~ao Prossional - Sistema CONFEA/CREA

    Pelo fato de a seguranca contra ince^ndio envolver atividades tecnicas relacionadas

    ao campo da engenharia, necessario se faz observar a legislac~ao que rege as atividades

    prossionais correspondentes. E a chamada legislac~ao do sistema Confea /CREA .

    No caso da area tecnologica (engenheiros, arquitetos, agro^nomos, tecnologos, tecnicos,

    geologos, geografos e meteorologistas) esta scalizac~ao e feita pelo sistema Confea /CREA

    . Existe um Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA ) por

    Estado e no Distrito Federal.

  • 4. Associac~oes e Normativas 52

    Tabela 4.2: Instruc~oes Normativas Corpo de Bombeiro de Santa Catarina

    ASSUNTO

    IN 001 Tramitac~ao de Expedientes

    IN 002 Terminologia de Seguranca Contra Ince^ndios

    IN 003 Carga de Ince^ndio

    IN 006 Sistema Preventivo por Extintores

    IN 007 Sistema Hidraulico Preventivo

    IN 008 Instalac~oes de Gas Combustvel

    IN 009 Sistema de Sadas de Emerge^ncia

    IN 010 Sistema de Protec~ao Contra Descargas Atmosfericas

    IN 011 Sistema de Iluminac~ao de Emerge^ncia

    IN 012 Sistema de Alarme e Detecc~ao de Ince^ndio

    IN 013 Sistema de Sinalizac~ao para Abandono de Local

    Em elaborac~ao Sistema de Acesso de Viatura

    IN 015 Sistema de Chuveiros Automaticos

    IN 016 Sistema Fixo de Gases Limpos e Dioxido de Carbono

    IN 017 Sistema de Agua Nebulizada

    IN 020 Instalac~oes Industriais de Lquidos Inamaveis - Parques para

    Armazenamento de Combustveis Lquidos

    IN 021 Instalac~oes para Reabastecimento de Combustvel (Combus-

    tiveis Liquidos e Gas Natural Veicular - GNV)

    IN 022 Instalac~oes para reabastecimento de combustveis de uso pri-

    vativo (Combustivel Liquido)

    IN 023 Sistema de Espuma

    IN 031 Produtos controlados - Comercio de Armas, Munic~oes e Fogos

    de Artifcio

    IN 032 Caldeiras

    IN 033 Parques Aquaticos

    IN 034 Atividades agropastoris

    Em elaborac~ao Tuneis e Galerias

    Em elaborac~ao Vasos de Press~ao

    Em elaborac~ao Locais com Restric~ao de Liberdade

    IN 038 Local para Resgate Aereo - LRA: Criterios para Substituic~ao

    Fonte - Instruc~oes Normativas - 2010

  • 4. Associac~oes e Normativas 53

    A seguir s~ao citados alguns documentos contendo requisitos que, alem do aspecto de

    ordem legal, proporcionam a devida seguranca a sociedade, na medida em que asseguram

    a participac~ao de prossionais legalmente habilitados na execuc~ao de ativi