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1 ETEC Philadelpho Gouvêa Netto Maria Rosa de Paula Sistemas de caracterização de gengiva em prótese total São José do Rio Preto – SP 2009

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Page 1: Sistemas de caracterização de gengiva em prótese total · A origem da prótese total não é tão antiga como das próteses fixa ou unitárias. Suplee3, colaborando com Swenson

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ETEC Philadelpho Gouvêa Netto Maria Rosa de Paula

Sistemas de caracterização de gengiva em prótese total

São José do Rio Preto – SP 2009

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ETEC Philadelpho Gouvêa Netto

Maria Rosa de Paula

Sistemas de caracterização de gengiva em prótese total

Monografia elaborada para ETEC

Philadelpho Gouvêa Netto como requisito para conclusão do

Curso Técnico em Prótese Dentaria.

São José do Rio Preto – SP 2009

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Dedico este trabalho aos meus professores, que foram a base

desse sonho, mas principalmente a minha família que sempre esteve comigo, em todas as

horas.

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Agradeço a Deus pela vida, e por todas as oportunidades

que ela me oferece.

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“Há de se ter coragem para viver, coragem para lutar pela vida...coragem para ser feliz...há de se ter ousadia e uma vontade enlouquecida de ser apenas você, com todos os riscos e perigos..apenas você...essa é a essência de tudo”

(autor desconhecido)

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Resumo A prótese total nunca foi uma prótese “estética” e “funcional” ao mesmo

tempo. Com o passar dos anos os dentistas, os protéticos e os pacientes foram

sentindo a necessidade de não só dentes bonitos para a boca mais sim de toda a

estrutura da prótese, deixando de utilizar apenas a resina rosa-claro em toda peça

mais passando a utilizar a resina incolor para o palato. Mais isso não foi o suficiente,

pois a cor da gengiva de cada ser humano varia de acordo com a sua idade, a sua

raça; Para melhorar foi criado um kit de resinas pigmentadas que caracteriza a

gengiva da prótese total como se fosse gengiva natural. isso melhorou muito a

estética e não atrapalhou a função.

Palavras-chave: Prótese total, resina, estética

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Abstract The prosthesis has never been a prosthesis "aesthetic" and "functional" at

the same time. Over the years, dentists, prosthetic and patients were feeling the

need not only beautiful teeth for the mouth but most of the whole structure of the

prosthesis, leaving only the resin using a light pink color on each piece going to use

more colorless resin for the palate. More that was not enough, because the color of

the gums of every human being varies according to your age, your race, was

established to improve a pigmented resin kit featuring the gums of denture like

natural gum. This greatly improved the aesthetics and not hurt the function..

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SUMÁRIO

1.Introdução 09

2. Desenvolvimento 11

3. Caracterização de gengiva em cera, CEROPLASTIA 11

3.1 Seqüência de Confecção 12

3.2 Recorte da região cervical 12

3.3 Bossas radiculares 14

4. Caracterização de gengiva com resinas 15

4.1 Seqüência de confecção da prótese em resina 16

4.2 Escala de gengivas 22

5. Conclusão 23

6. Referencias Bibliográficas 24

7. Lista de figuras 25

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1.Introdução

A origem da prótese total não é tão antiga como das próteses fixa ou

unitárias.

Suplee3, colaborando com Swenson no apêndice de seu livro, cita que Antón

Nuck, leyden, em 1692, construiu a primeira dentadura inferior de que se tem

notícia, de um pedaço de molar de hipopótamo.

Nos anos de 1830, o marfim era um dos principais materiais usados para

base das dentaduras. Era um modelo de gesso, este era tratado com uma camada

de cera e resina, para evitar a penetração das tintas colorantes. Sobre a superfície

da área basal pintava-se com uma tinta a óleo, vermelha. O bloco de marfim era

pressionado contra o modelo e os pontos onde aderia a tinta corante, indicava onde

o marfim chegasse em um íntimo contato a cada desigualdade da superfície da área

basal do modelo. Depois de conseguida a adaptação da área basal, esculpiam-se os

dentes.

Tão obsoleto quanto possa parecer, Ash e Sons1, de Londres, mantiveram

estoques de blocos de marfim até o ano de 1875.

Alem do marfim, outra dificuldade foi encontrar um material para a base das

dentaduras. Em 1787, o Dr. James Gardett, de Philadelphia, usou ouro,

estampando-o sobre o modelo. Este material era muito caro para as pessoas pobres

e por essa razão muitas vezes era usada a prata. Para encontrar um material

substituto ainda mais econômico, foram feitas tentativas de empregar o estanho,

mas com pouco sucesso.

Em 1884, Charles Goodyear Jr., aperfeiçoou seu processo de vulcanização

da borracha; mas não foi senão em 1885 que ela foi aplicada na Odontologia.

Naquele ano, obteve na Inglaterra uma patente para fazer uma “chapa para

dentadura”, na qual os dentes eram presos, antes que a composição fosse

vulcanizada. Esta patente causou celeuma na classe odontológica, pois para usar o

processo de vulcanização, os dentistas tinham que pagar muito caro pela licença.

Para substituir a borracha vulcanizada, foi tentado um, “Collodio” por John

McIntosh, que o patenteou na Inglaterra, em 1859. Não eram seguros os resultados

com este material, até que foram feitos melhoramentos pelo Dr. J. A. McClellan5.

Era um material bem melhor, mas o método de manipulação permanecia

complicado, até que um processo simplificado foi apresentado por I. S. Hyatt e J. W.

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Hyatt Jr. 4, em 1870. Eles chamavam seu material de celulose, que era uma maneira

de converter o colódio em solódio homogêneo e durável. Seus componentes eram

essencialmente uma mistura de fibras de celulose e resina canfora, finamente

pulverizada, a qual era acrescentada uma pequena quantidade de material corante.

Porém, seu uso continuo revelou que o celulóide tinha uma tendência desagradável

de se deformar e se manchar, por isso foi abandonado.

Inegavelmente, a prótese total nasceu com a odontologia como ciência e arte

em 1728, quando o criador do título de cirurgião-dentista, Pièrre Fouchard (1678-

1781) deu ao mundo científico, reunindo em pequenos volumes, sua grande obra,

“Le Cirurgien-Dentiste”. Embora atualmente superada, deve-se ao seu gênio

inventivo o mérito de haver resolvido o problema da retenção das Próteses Totais

Superiores, através das “câmaras de vácuo”. Graças a esta tentativa sabemos hoje

que a pressão atmosférica é a responsável pela retenção das próteses totais.

Nenhum outro artifício, principalmente os mecânicos, podem resolver o problema da

retenção nas próteses totais, se não a pressão atmosférica em seu valor físico,

reunindo os fenômenos da adesão, coesão e tensão superficial do fluido salivar.

Outros fatores coadjuvantes da retenção, no entanto, são importantes de serem

considerados.

Esta prótese dentária, que é a total, pois substitui além de ambos os arcos

dentários perdidos, osso alveolar e fibromucosa gengival, está intimamente ligada

aos problemas de saúde geral do corpo humano.

Se lembrarmos que a saúde, por definição, não é apenas o bem-estar físico,

mas também o psíquico e social, verificamos que as próteses de “dentaduras

completas”, realmente reabilita a boca do ser humano, auxiliando a recomposição do

sistema estomatognático, o bem-estar psíquico e social.

A aspiração estética que tem sido a maior motivação dos pacientes deve ser

atendida com ponderação e será sempre o resultado da aplicação profissional ao

seu trabalho artístico, coadjuvado com a compreensão do paciente. Nesse

particular, o cirurgião-dentista deve ser educador para o seu paciente, fazendo-o

entender que os detalhes, postura labial, forma de rosto, sorriso, idade, sexo e

muitos outros fatores que podem ser analisados, dependendo da acuidade

profissional, formará um conjunto que ajudará a compor sua personalidade,

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individualizando-o em seu meio. Este problema não deve ser resolvido nos

laboratórios de próteses e, sim, nos consultórios

2. Desenvolvimento A prótese total tem como todas outras prótese o objetivo de devolver ou tentar

devolver a função original dos dentes perdidos ou ausentes, essas funções são

estética, fonética e mastigação.

Para um paciente com mais idade a perca total dos dentes não é tão dificil como

para um paciente jovem que tem toda uma vida pela frente,mas sabemos que isso

não é agradavel para ninguem, atraves de tentar almentar a auto-estima de um

usuario de protese total é que com o tempo a protese vem ficando com uma

esteticamente mais agradavel.

Durante muitos anos foram utilizadas na confecção de próteses totais e parciais

removíveis, resinas que imitavam as gengivas do paciente de maneira apenas

satisfatória por haver apenas uma cor disponível, o rosa-claro.

Hoje em dia se sabe que apenas 5% da população mundial têm as gengivas

desta cor e por variações na idade e raça do paciente pode haver uma infinidade de

cores possíveis, o que prejudica a estética principalmente nos casos onde o

paciente mostra a gengiva ao sorrir.6

3. Caracterização de gengiva em cera, CEROPLASTIA

A forma de enceramento em volta dos dentes deve imitar a dos tecidos ao

redor dos naturais, para promover conforto ao paciente. A arte de confecção de

próteses com compromisso estético deve ter como princípio a busca do trabalho

natural, para que não se reconheça a dentição artificial.

Na ceroplastia, devem ser confeccionados a escultura do colo gengivo-

vestibular e gengivo-ligual, a escultura das bossas radiculares e o sulco

anteroposterior, nas bordas das próteses, com vista à otimização de retenção, pelo

favorecimento da formação do menisco salivar por uma reserva de saliva nessa

região que, através da tensão superficial, favorece a força de adesão e aumenta a

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retenção da base do aparelho, vedando a junção entre a borda da prótese e a

mucosa.

3.1 Sequência de Confecção

Iniciar a ceroplastia depositando cera rosa fundida por toda a superfície

vestibular e lingual (Fig. 1).

Fig. 1 Ceroplastia lingual sendo iniciada com cera 7 fundida e espátula nº7 aquecida.

Em seguida, depositar a cera 7 fundida em torno do colo cervical de todas as

faces de cada dente, preenchendo os espaços interdentais e evitando que a cera

escorra sobre os dentes.

A ceroplastia da face lingual é semelhante, sendo que na região do palato, a

camada deverá ser fina.

O resultado dessa etapa da ceroplastia pode ser visto na (Fig. 2).

3.2 Recorte da região cervical Com uma espátula Hollenback, o recorte é feito em 45º, acompanhando a

conformação do colo do dente e expondo totalmente a face clínica (Fig. 3).

Delinear a borda livre da gengiva e as papilas interdentárias.

A papila gengival é encerada e esculpida até o ponto de contato dos dentes.

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Fig.2 Sequência inicial da ceroplastia com espátula nº7 aquecida

Fig.3 Confecção do colo cervical. Observar a posição da espátula para o recorte.

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3.3 Bossas radiculares

Ter em mãos um compasso de ponta seca ou um paquímetro.

Primeiramente, aferimos o tamanho da coroa dentária, de maneira que a

ponta ativa do compasso ou paquímetro esteja posicionada na margem

oclusal/incisal do dente, e a outra na margem cervical.

Em seguida, a medida da coroa dentária é transportada apicalmente, de

maneira que uma extremidade do compasso fique posicionada no colo do dente e a

outra, apicalmente, ao longo eixo do dente, onde marcaremos um ponto na cera com

a espátula.

Com a espátula Hollenback, marcaremos um ponto no centro das papilas

interproximais.

Em seguida, unem-se os pontos apicais aos dentes com os pontos da papila

interproximal (Fig.4).

Com a espátula Hollenback, escava-se a região entre os triângulos formados,

dando conformação natural às fossas, bossas e sulcos.

Em seguida, com o maçarico plastificador de cera e com uma gaze vaselinada, dá-

se o acabamento final.

Fig.4 União dos pontos previamente marcados (ápice/papila)

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4. Caracterização de gengiva com resinas

Para melhor explicar como é, e como funciona o sistema de caracterização é

necessário conhecer o arsenal para a realização da técnica. Esse consiste em ceras

pigmentadas, resinas igualmente pigmentadas, a escala de cores, fibras vermelhas,

pinceis n°0, alem de manual de instruções, como o diagrama sugerindo 16 tipos de

caracterizações diferentes. As resinas vem embaladas em frascos com bicos (Fig.5)

dispensadores de pó para serem utilizados diretamente sobre a prótese incluída na

mufla, no sistema pó/liquido. Estas são pigmentadas a partir da variação do rosa, em

seis cores denominadas:

• RC-rosa claro

• RV-rosa vermelho

• M-rosa marrom

• RM-rosa médio

• R-rosa roxo

• RP-rosa preto

Fig.5 Frascos de resina

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Para que o sistema de caracterização possa ser executado eficientemente, o

cirurgião dentista devera possuir em seu consultório uma escala de gengivas para a

leitura da cor da gengiva do paciente.

A confecção da escala é feita através de uma matriz metálico que o técnico

obtem, reproduzindo um segmento da face vestibular de canino a canino de um

4.1 Sequência de confecção da prótese em resina

Escala de n°4: Rosa Normal, do livreto do sistema Tomaz Gomes de

caracterização de gengivas (Fig.6).

Para iniciarmos a caracterização, pegamos o kit de resina e separamos os

potes com as cores que vamos usar as cores rosa médio, rosa vermelho, rosa roxo e

rosa claro. Devemos ter também um vidro com conta-gotas, cheio de monômero de

lenta polimerização com crosslink. As veias vermelhas (Fig.7) deverão ser bem

desfiadas em uma praça de vidro e, para aplicá-las, usamos um pincel fino. Para

começarmos o trabalho, aplicamos no gesso uma nova camada de isolante e

enquanto o mesmo estiver molhado, colocamos a primeira camada de veias bem

espalhadas em toda a vestibular (Fig.8). O isolante irá fixá-las. Se a muralha sobre

as dentes for de silicone essas veias poderão ser fixadas em uma discretíssima

camada de vaselina em pasta. A deposição é feita em duas etapas, uma em cada

hemiarco, a partir da bossa do incisivo central até a região dos molares com a

tuberosidade.

Para entendermos o que é região de papilas, esclarecemos que é a parte que

vai do centro do colo interno visível do dentes ate o meio da vestibular. A região do

fundo de sulco é a parte que vai do meio da vestibular até o fundo do sulco. A partir

do incisivo central começamos a distribuir a resina na seqüência já descrita; ou seja,

a primeira camada na região das papilas, ate o meio das vestibulares e com pouca

quantidade, suficiente para cobrir a região de uma bossa ou de uma fossa.

Começando no incisivo central e colocando na bossa a resina rosa médio(RM) e

subsequentemente, até terminar na região final da tuberosidade.(Fig.9)

Depois com o conta-gotas cheio de monômero vamos umedecer a resina o

suficiente, tendo cuidado para não deixá-la escoar (o liquido em excesso é que

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provoca o escoamento) (Fig.10). Continuando, vamos preencher ainda na primeira

camada da região do fundo de sulco, que vai ate o meio da vestibular, unindo com a

outra camada da região das papilas, já depositadas.

Pelo livreto a seqüência do fundo do sulco já muda, procedendo-se da

seguinte maneira:sobre a bossa do incisivo central,do meio da vestibular ate o fundo

de sulco colocamos resina rosa vermelho(RV), sobre a bossa resina rosa roxo(R)

sobre a bossa do incisivo lateral rosa médio(RM) e daí por diante ate terminar a

região de tuberosidade, umedecemos novamente a resina depositada com

monômero suficiente para não provocar escoamento.

Passamos para a segunda camada. Sobre a primeira camada já umedecida

com monômero, distribuímos uma nova camada de veias vermelhas, e mudando a

ordem das resinas conforme o livreto, na região das papilas sobre a bossa do

incisivo central, colocando uma camada de resina rosa vermelho (RV), sobre a fossa

uma camada de rosa roxo (R), sobre a bossa do incisivo lateral uma camada de rosa

médio (RM), e daí por diante ate a região da tuberosidade.

Depois de umedecer, passa para a região de fundo de sulco, ainda na

segunda camada, com a seguinte ordem, de acordo com o livreto: sobre a bossa do

incisivo central uma camada de rosa médio (RM), na fossa uma camada de rosa

vermelho (RV), na bossa do incisivo lateral uma camada de rosa roxo (R), e daí por

diante ate na final da tuberosidade.

Na região das bossas, no encontro da camada da papila e na camada de

fundo de sulco vestibular, coloca-se a resina rosa claro (RC); antes, deve-se fazer co

um instrumental adequado, pequenas cavidades na resina, na direção das coroas

dentais, onde se imagina estar localizadas as raízes dos dentes. Isso é para obter

um melhor efeito visual. Umedece-se tudo com monômero, tendo o cuidado de não

provocar escoamento. Passa-se então a terceira camada, que não possui veias, e

com quase a mesma disposição da primeira camada, ou seja: rosa media, rosa

vermelho, rosa roxo. etc. ainda na terceira camada, conforme o livreto, coloca-se

sobre as bossas, no encontro da região da papila e do fundo de sulco vestibular, a

resina rosa claro (RC). Terminada a terceira camada, deve-se umedecer bem e

colocar uma nuvem de rosa médio (RM), que vai evitar o ressecamento e o

escoamento da resina, enquanto se trabalha no outro hemiarco. O outro hemiarco é

feito quase da mesma maneira quem do primeiro eliminando a primeira colona

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vertical, começando-se pelo segundo diagrama, para se evitar uma área muito

grande com a mesma cor. Na fossa entre os incisivos centrais, na região das

papilas, começando-se com a resina rosa vermelho (RV) e na região do fundo de

sulco vestibular, com a resina rosa roxo (R), como geralmente, a espessura da

vestibular varia de uma prótese para a outra a soma das 3 camadas. Não devera

ultrapassar aquela da cera, em que a prótese foi provada na boca do paciente. Para

testar a referida espessura, após o termino da terceira camada na vestibular em

cada hemiarco, coloca-se um filme de plástico de alta densidade sobre a resina,

fecha-se a mufla (Fig.11), coloca-se na prensa, aperta ate 1.000 Kgf abre-se e

verifica-se o toque ou não do modelo na resina.

Caso se verifique o toque, retira-se o excesso, recobre-se com uma nova

camada fina da nuvem em pó e envolve-se a contra-mufla com um saco plástico, ou

seja, coloca se coloca a mesma em uma caixa umidificadora. Após a aplicação das

3 camadas, olhando-se para dentro da contra-mufla, deve-se enxergar sem resina,

somente o palato e a metade do colo interior dos dentes. Outra metade foi recoberta

com a resina caracterizada colocada na vestibular. A região do modelo

correspondente ao fundo do sulco vestibular deve ser preenchida intercaladamente

com todas as cores de resina utilizadas para caracterizar a vestibular da prótese.

Elas devem ser colocadas em 2 camadas sendo a primeira umedecida e a segunda

sem umedecer, para funcionar como uma nuvem de pó. Completa-se a região

palatina com a resina palato STG. Coloca-se a mesma em um pote manipulador, de

vidro umedece-se com monômero, aguarda-se chegar próximo da fase pegajosa,

passa-se vaselina em pasta nas bordas da mufla, umedece-se também com

monômero as nuvens de resina nas duas partes da mufla, enxuga-se o excesso com

um guardanapo de papel transfere-se a resina ainda mole, que esta no pode de

vidro para a contra-mufla, cobre com um filme separador, fecha-se a mufla e

aguarda-se 3 a 5 minutos para a resina chegar ate a fase plástica. Esse tempo varia

muito de acordo com a temperatura do ambiente em que se esta trabalhando.

Decorrido este prazo retiram-se o excesso de resina que esta na borda de fora da

mufla, colocando-a na prensa. Após ser feito cozimento e o acabamento como é

feito normalmente em uma prótese total, temos uma prótese total caracterizada

(fig.12).

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Fig. 6 Sistema Tomaz Gomes de caracterização

Fig.7 veias vermelhas e roxas.

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Fig.8 Veias vermelhas,na vestibulas.

Fig.9 Distribuindo resina no 1° hemiarco.

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Fig.10 Umedecendo a resina,com conta gotas.

Fig.11 Mufla.

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Fig.12 Prótese total caracterizada.

4.2 Escala de gengivas(Fig.13)

Para que o sistema de caracterização possa ser executado eficientemente, o

cirurgião dentista devera possuir em seu consultório uma escala de gengivas para a

leitura da cor da gengiva do paciente.

A confecção da escala é feita através de uma matriz metálico que o técnico

obtem, reproduzindo um segmento da face vestibular de

canino a canino de uma prótese total já pronta.

Fig.13 Escala de gengiva.

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5. Conclusão

Em várias pesquisas que fiz, pude perceber que a prótese total é uma prótese

que evoluiu com o passar do tempo, tanto na sua função como na sua estética. No

princípio as próteses eram feitas e colocadas apenas pela falta de dentes na boca e

a necessidade deles para mastigar e falar. Mas nos tempos de hoje uma prótese

total tem também a função de deixar o portador de prótese com um sorriso mais

bonito e o mais natural possível.

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6. Referencias Bibliográficas:

1. ALTUBE, L. A. C. Tecnica de Protesis (protesis de laboratorio). Ed. Mundi. Buenos

Aires. 1960.

2. ENGELMEIR, R. L. Denture esthetics. Dent Clin North Am. v 40. n 1. p 71- 84,

jan. 1996.

3. GALATI, A. Prótese Total - Manual de fases laboratoriais. 1 ed. São Paulo.

SENAC. 1996.

4. GOMES, T. et al. Atlas de Caracterização em Prótese Total e Prótese Total

Removível. 1.ed. São Paulo. Santos. 1998.

5. GOMES, T. et al. Caracterizacion Gengival de Protesis Completa Mediante Escala

Cromática de Resina Segun Tomaz Gomes. Quint. Tecnica, v.6, n.2, p.63-72.

Fev, 1995. Ed Especial.

6. MC COLLUM, B. B e STUART, C. E. A Research Report. Scientific Press. South

Pasadena. 1955

7. RIBEIRO, M. S. Fundamentos da Prótese Total Removível. Ed. Santos. 2007

8. SMITH, E.S. Advancements in Full Denture Construction. JADA. jan. 1934.

9. SWENSON, M.G. Complete Dentures. 6 ed. Mosby. Saint Louis. 1970.

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7. Lista de figuras

Figura 1:Ceroplastia lingual sendo,iniciada com cera 7 fundida e espátula nº7

aquecida.

Figura 2:Sequência inicial da ceroplastia.

Figura 3:Confecção do colo cervical. Observar a posição da espátula para o recorte.

Figura 4:União dos pontos previamente marcados (ápice/papila).

Figura 5:Frascos de resina.

Figura 6:Sistema Tomaz Gomes de caracterização.

Figura 7:Veias vermelhas e roxas.

Figura 8:Veias vermelhas,na vestibulas.

Figura 9:Distribuindo resina no 1° hemiarco.

Figura 10:Umedecendo a resina,com conta gotas.

Figura 11:Mufla.

Figura 12:Prótese total caracterizada.

Figura 13: Escala de gengivas.

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