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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE SISTEMA TELEVISIVO DA REGIÃO SUL-FLUMINENSE AUTOR: Fabio Jorge Pinto da Silva ORIENTADOR: Nelsom J. V. de Magalhães RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL MARÇO DE 2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDESPRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAISPROJETO A VEZ DO MESTRE

SISTEMA TELEVISIVO DA REGIÃO SUL-FLUMINENSE

AUTOR: Fabio Jorge Pinto da Silva

ORIENTADOR: Nelsom J. V. de Magalhães

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASILMARÇO DE 2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDESPRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAISPROJETO A VEZ DO MESTRE

SISTEMA TELEVISIVO DA REGIÃO SUL-FLUMINENSE

AUTOR: Fabio Jorge Pinto da Silva

Trabalho Monográfico apresentado como requisitoparcial para obtenção do Grau de Especialista emGestão Estratégica e Qualidade.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASILMARÇO DE 2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDESPRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAISPROJETO A VEZ DO MESTRE

AUTOR: Fabio Jorge Pinto da Silva

SISTEMA TELEVISIVO DA REGIÃO SUL-FLUMINENSE

TRABALHO MONOGRÁFICO APRESENTADO COMO REQUISITO PARCIALPARA OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTÃO ESTRATÉGICA EQUALIDADE.

Fabio Jorge Pinto da Silva

APROVADO POR: Nelsom J. V. de Magalhães

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASILMARÇO DE 2002

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Dedico este trabalho monográfico à meu pai eà minha mãe que tanto se esforçaram para aconclusão do meu curso.À essa mulher dedicada, batalhadora, atenciosae conselheira que sempre deu apoio em todasas horas.À esse homem lutador, companheiro e grandeespelho que eu sigo, aprendendo com ele nafaculdade da vida. Obrigado mãe e pai, por meproporcionarem tantas alegrias ao longo dessajornada. Vocês são muito importantes naminha vida.

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Agradeço primeiramente a Deus e a Meishu-Sama por vencer esta etapa daminha vida. Agradeço também ao meu pai e minha mãe, à minha irmã Adriana, aomeu cunhado Edilson e os sobrinhos Lalá e Gabri. E a todos que colaboraram diretaou indiretamente, como os amigos de classe e os professores, por ajudar a concluiresse curso de pós-graduação em Gestão Estratégica e Qualidade

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDESPRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAISPROJETO A VEZ DO MESTRE

RESUMO DO TRABALHO MONOGRÁFICO APRESENTADO COMO REQUISITOPARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTÃOESTRATÉGICA E QUALIDADE.

AUTOR: Fabio Jorge Pinto da Silva

SISTEMA TELEVISIVO DA REGIÃO SUL-FLUMINENSE

ORIENTADOR: Nelsom J. V. de Magalhães

Este trabalho de pesquisa visa mostrar como influenciou a televisão na vida do ser humanodesde seu descobrimento e como tudo mudou após este acontecimento. E também mostrarcomo mudou o mercado de trabalho na região Sul-Fluminense, aumentando a população, aconcorrência e deixando bons fluidos para o futuro próximo.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASILMARÇO DE 2002

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SUMÁRIO

Capítulo I – Introdução 8

Capítulo II – Surge a TV 11

Capítulo III – A TV chega ao Brasil 13

Capítulo IV – As Gigantes Rede Globo x SBT 16

Capítulo V – Região Sul-Fluminense 31

Capítulo VI – Conclusão 46

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1- Tema

Sistema Televisivo

1.2- Delimitação do Tema

Sistema Televisivo na Região Sul-Fluminense

1.3- Justificativa

Muitas pessoas têm a curiosidade de saber como funcionam e como se

sustentam as emissoras sucursais e independentes e esse trabalho é uma

forma da pessoa conhcer um pouco mais o que estão vendo.

1.4- Objetivo

Mostrar para todos da sociedade a capacidade da região em questão ter

crescido no mercado de trabalho.

• Objetivo Geral

Mostrar todas as estratégias, as implantações, a audiência, a concorrência e

tudo mais que as pessoas têm curiosidade de saber.

• Objetivo Específico

Mostrar aos estudantes de Comunicação Social e a todos os interessados

como funciona o que estão assistindo por trás das câmeras.

1.5- Problema

Como estaria o mercado (publicitário) se não houvesse emissoras sucursais e

independentes na região Sul-Fluminense?

1.6- Hipótese

O mercado estava muito estável e com a chegada das emissoras, empresários

mostraram suas marcas e o consumidor passou a conhecê-las.

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1.7- Metodologia

A presente pesquisa foi realizada através de dados fornecidos por pessoas

responsáveis pelas instituições citadas, materiais cedidos pelos mesmos,

através de sites da internet e programas de televisão.

Bibliografia:

1- www.redeglobo.com.br

2- www.sbt.com.br

3- www.tvriosul.com.br

4- www.tvsulfluminense.com.br

5- www.rederecord.com.br

6- www.futura.com.br

7- www.tve.com.br

8- Jornal "O Guarani", Ano 1, número 4

9- Programa "Vídeo Show", exibido diariamente na Rede Globo de

Televisão

1.8- Fundamentação Teórica

O Sistema Televisivo da região Sul Fluminense é composto por filiais

(sucursais) das emissoras de nteressante como consegue sobreviver numa região

apenas com parcerias e apoios culturais.

A região Sul Fluminense fica mais valorizada e o mercado de trabalho fica

mais aberto para os profissionais da área de comunicação, tanto nas emissoras

quanto nas produtoras que é uma boa conseqüência desse trabalho televisivo.

1.9- Conteúdo do Trabalho

No capítulo II, é feita uma análise de como surgiu a Tv e como foi a reação

da população contando um pouco sobre a história.

No capítulo III, é mostrado como chegou a Tv no Brasil, e conta um pouco

sobre Assis Chateaubriand e o surgimento de emissoras e respectivos programas e

atores da época.

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No capítulo VI, é contado uma breve história das emissoras rivais Rede

Globo de Televisão e Sistema Brasileiro de Televisão, dando dados de audiência,

concorrência, estratégias, publicidade e mais curiosidades.

No capítulo V, conta a implantação da Tv na região Sul-Fluminense,

mostrando as emissoras sucursais e independentes, falando um pouco sobre cada

uma e suas estratégias.

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CAPÍTULO II

SURGE A TV

2.1- Introdução

A comunicação integra o homem a seu meio e torna possível a vida em

sociedade pois assim lhe é assegurado o acesso à informação. A evolução técnica do

suporte da linguagem se inicia com a invenção da escrita e viu um grande avanço

nesse século, com o surgimento dos modernos meios de comunicação que hoje

integram nosso cotidiano.

2.2- Não há um único cientista a quem se possa atribuir a invenção da televisão.

As pesquisas que viriam a desembocar na criação do aparelho remontam o ano de

1817, quando o sueco Jakob Berzelius descobre que o selênio é capaz de deixar

passar eletricidade e, por essa característica, sofre modificações. Essa constatação,

aparentemente sem propósito, seria usada mais tarde no aperfeiçoamento da

transmissão do sinal telegráfico, que então gera o que viria a ser uma célula

fotoelétrica.

Em 1879, Thomas Edison cria a lâmpada, um dispositivo que, através do uso

de um filamento incandescente, permite uma iluminação durável. Uma década mais

e já engatinhava-se no sentido da simulação de movimento por meio de projeções

de imagens sucessivas e efêmeras. No mesmo ano de 1884, dois acontecimentos

fundamentais vieram se juntar a tais pesquisas.

O primeiro foi o experimento de um estudante alemão que, ao girar em alta

velocidade um disco perfurado diante de uma imagem, verificou que os pontos

subdivididos do objetos se reagrupavam e formavam novamente o objeto em outro

local.

O outro é a descoberta das ondas eletromagnéticas realizada por Heinrich

Hertz. Finalmente, no primeiro ano do século XX, Guglielmo Marconi inventa o

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rádio, na verdade, um codificador de ondas em sinais elétricos captáveis por

antenas. Estava dado o passo definitivo para que, em 1923, Vladimir Zworykin, um

russo naturalizado americano, imaginasse uma válvula de transmissão de imagem e

projeção em uma tela de células fotoelétricas 3/4 o iconoscópio, um ancestral da

televisão.

Três sistemas de geração em cores foram obtidos quase que simultaneamente

nos Estados Unidos, França e Alemanha. E isso não era tudo. Uma nova revolução

ainda estava por acontecer. A transmissão via satélite, oferecendo ao mundo a

possibilidade de intercomunicação instantânea, espantaria o mundo de 1965, que

então já delineava na Era da Informação.

O auge desse processo de espanto diante das possibilidades das novas

tecnologias 3/4 talvez pudéssemos apontar 3/4 se deu em 1991, quando o mundo

assistiu em suas casas o ataque americano a Bagdá, durante a Guerra do Golfo, no

exato momento em que ele se concretizava.

2.3- Conclusão

Nota-se que com a chegada da televisão tudo ficou mais fácil e rápido e

transformou totalmente a cabeça do homem e isso marca uma nova era.

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CAPÍTULO III

A TV CHEGA AO BRASIL

3.1- Introdução

À controversa personalidade de Assis Chateaubriand, que já rendeu um

romance-biografia, pode-se agradecer a implementação da primeira emissora de

televisão no Brasil.

3.2- Foi seu espírito empreendedor, com fortes toques de ousadia, que nos rendeu,

no dia 18 de setembro de 1950, a PRF-3, parte do império dos Diários e Emissoras

Associadas. Com equipamento importado da RCA americana, a TV de

Chateaubriand, que só mais tarde se chamaria TV Tupi, foi pioneira, embora

algumas transmissões experimentais já tivessem sido documentadas, não apenas no

Brasil, mas em toda a América Latina.

Nomes como Walter Foster, Mazzaropi, Hebe Camargo, Lolita Rodrigues e

Lima Duarte fizeram parte do TV na Taba, nome do programa apresentado naquela

noite.

À medida em que a população pôde adquirir os aparelhos, o alcance da

televisão se alargou e, junto com ele, o interesse de empresas em ampliar suas

vendas. A exemplo do que acontecia no rádio, alguns patrocinadores têm seus

nomes associados diretamente ao programa que promovem.

O caráter comercial assumido contribuiu para acirrar ainda mais a

concorrência entre as emissoras que se instalavam em todo o país.

Outras inovações ainda influenciariam a história da TV brasileira. O

videoteipe inaugurou uma era de cortes e montagens que trouxeram qualidade e

versatilidade aos programas televisivos. Só para dar um pequeno exemplo,

provavelmente não poderíamos falar em telenovelas se não fosse pelo recurso da

gravação prévia. É importante lembrar que era tudo ao vivo e se houvesse algum

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erro, os atores entravam no improviso e utilizavam muita criatividade, com a

chegada do VT tudo fico mais fácil.

E assim vieram "Sua Vida me Pertence", com Walter Foster, e "2-5499

Ocupado", que passou a ser diária, tal era a audiência acompanhando o romance

vivido por Tarcísio Meira e Glória Menezes. Em 64, "O Direito de Nascer"

arrebatava uma multidão de assíduo espectadores, primeiro em São Paulo, e depois

no Rio. Também na década de 60 se encontra o embrião dos programas de auditório

e dos musicais que marcaram a identidade de nossa MPB. Humorísticos como

"Chico Anysio Show" também fazem parte dos primórdios da nossa TV.

Em 26 de abril de 1965, surge a TV Globo que, seguindo a princípio a linha

popular, logo expande seu sinal para uma rede de afiliadas adquiridas em todo o

território brasileiro. O aparecimento da Embratel à mesma época permite a

participação no consórcio internacional para a utilização do satélite Intelsat e, em

conseqüência, a realização do primeiro programa em rede nacional, o "Jornal

Nacional".

Em plena crise financeira, a Tupi lança Beto Rockefeller, um divisor de

águas na história da linguagem e interpretação televisivas. A cor chega à tevê

brasileira em 1972, na transmissão da festa da uva de Caxias do Sul, já sob os

auspícios da censura do governo militar. A primeira novela a dispor da nova técnica

é "O Bem Amado", de Dias Gomes, que fez história também por méritos artísticos.

Nos estertores, a Tupi lança "Abertura", um programa de variedades de Fernando

Barbosa Lima com a participação mais que especial da câmera cinema-novista de

Glauber Rocha.

Mas a criação de Chateaubriand não resiste e é dividida pelo governo entre

Sílvio Santos, que saíra da Globo para gerenciar sua própria TV, a TVS, e agora

integra o Sistema Brasileiro de Televisão, e Adolpho Bloch, o ucraniano dono de

um império editorial que ora passa a incluir a Rede Manchete de Televisão.

Documentários jornalísticos como "Conexão Internacional" e "Xingu da Manchete",

e minisséries adaptadas como "Morte e Vida Severina" e "Grande Sertão: Veredas",

da Globo, são marcas desse início dos anos 80.

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Na década de 90, a cobertura ao vivo de eventos esportivos, por exemplo, já

não é novidade. Mais: surge a TV a cabo, que apimenta ainda mais uma briga por

audiência que já pegava fogo com a elevação do SBT à segunda posição de

favoritismo do público.

3.3- Conclusão

Com a chegada da tv no Brasil, o povo notou que estava havendo a

transformação e tudo começava a melhorar com a novidade de ver tudo o que

acontecia no mundo, mas esse privilégio era apenas para alguns.

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CAPÍTULO IV

AS GIGANTES

REDE GLOBO X SBT

4.1- Introdução

Com o avanço da tecnologia, tudo estava crescendo muito rápido e quem

não acompanhasse ia ficar de fora e isso que aconteceu, menos para duas emissoras

que hoje são líderes e rivais. Aqui tem a história de cada uma delas e como foi a

“sobrevivência” de todos esses anos.

4.2- Rede Globo

Em 26 de abril de 1965, a Rede Globo de Televisão - então apenas o Canal 4

do Rio de Janeiro - entrava no ar e dava início a uma trajetória vitoriosa. Seguindo a

determinação de seu fundador, o jornalista Roberto Marinho, a Globo consolidou,

ao longo de mais de 30 anos de funcionamento, sua vocação de rede nacional, com

qualidade artística, jornalística e técnica de nível internacional, e identidade visual

inigualável em todo o mundo.

Destacando-se em um mercado televisivo essencialmente amador, flagrante

na data de sua inauguração, a Rede Globo, cuja concessão no Rio fora outorgada no

governo do presidente Juscelino Kubitschek, foi ampliando sua cobertura e, em

pouco tempo, entrava no ar em São Paulo, através do Canal 5 (antiga TV Paulista,

adquirida do grupo Victor Costa); em Belo Horizonte (pela emissora adquirida do

grupo J. B. Amaral em 1968), em Brasília, em 1971 (concessão feita pelo presidente

João Goulart em 1962), e em Recife (através de emissora adquirida do grupo Victor

Costa), no ano seguinte.

Hoje, a Globo cobre praticamente todo o território nacional, sendo vista por

99,84% dos 5.043 municípios brasileiros. Os números da Rede Globo são prova

definitiva de seu crescimento: 113 emissoras entre Geradoras e Afiliadas, 74% de

audiência no horário nobre, 56% no matutino, 59% no vespertino e 69% de

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audiência no horário noturno. No mercado publicitário, a participação da Globo

corresponde a 75% do total de verbas destinadas à mídia televisão.

Mas não só com números e datas se escreve a história da Rede Globo. Dos

primeiros tempos do videoteipe, que proporcionou a reformulação de conceitos

artísticos e operacionais, através da gravação de programas, até a informatização

total do processo de produção, fatos importantes cristalizaram seu profissionalismo.

A Copa do Mundo de Futebol na Inglaterra, em 1966, a primeira transmitida ao

vivo; a pioneira transmissão, via satélite, do lançamento da nave espacial Apollo IX,

em 1968; a operação em rede no Brasil, iniciada em 1969 com o Jornal Nacional; o

advento da cor em 1972; a estréia de uma programação nacional em 1975; e a

utilização do satélite Intelsat para transmissões em tempo real dentro do país

seguramente têm lugar de destaque na história nacional das telecomunicações.

Das 21 horas diárias no ar (24 horas por dia nos finais de semana), a maior

parte da programação é criada e realizada nos estúdios da Rede Globo, o que

demonstra uma sintonia fina com os costumes e a cultura do público telespectador.

Este acervo, dublado em diversos idiomas, leva hoje a cultura brasileira a

espectadores de cerca de 130 países em todos os continentes

A prioridade dada à programação produzida domesticamente é decisiva como

estímulo a uma indústria que ampliou o mercado de trabalho no Brasil. A Rede

Globo, com cerca de 8 mil funcionários, mobiliza mais de 4 mil profissionais

envolvidos diretamente na criação de seus programas: autores, diretores, atores,

jornalistas, cenógrafos, figurinistas, produtores, músicos, além de técnicos nas mais

variadas especialidades.

No período de um ano, a Globo grava e exibe diversas novelas, minisséries e

especiais. Essa produção torna-se mais eloqüente quando computados shows,

humorismo, musicais, eventos e jornalismo: são 4.420 horas anuais, algo em torno

de 2.210 longas-metragens, o que a coloca na posição de maior produtora de

programas próprios de televisão do mundo.

A partir de um gênero clássico na dramaturgia popular, o folhetim, a Rede

Globo desenvolveu a moderna novela de televisão. No início, o modelo ainda era o

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rádio: romances açucarados em capítulos, geralmente realizados em estúdio e

assinados por autores estrangeiros. A cubana Gloria Magadan escreveria em 1966

uma das primeiras novelas levadas ao ar pela Globo, "Eu compro esta mulher". Da

mesma autora e com igual sucesso, seguiu-se "O sheik de Agadir", já então

registrando maior número de cenas externas e edição mais ágil.

Outras produções na mesma linha acabariam por convencer a Rede Globo de

que a fórmula da telenovela precisava ser revista. As aventuras distantes, vividas

por heróis lendários, deveriam ser substituídas por temas e personagens mais

próximos da realidade brasileira.

Tão expressivo quanto ter um público diário e cativo, é o fato de ser a novela

uma obra aberta e permanentemente em progresso, isto é, os autores a escrevem ao

mesmo tempo em que é exibida. Na medida em que se desenrola a trama, a Rede

Globo procura conhecer mais intimamente o perfil do telespectador, saber de suas

expectativas e, em razão disso, motivá-lo. O gosto do público é tão levado em conta

que, de certa maneira, o telespectador é co-autor da novela. Afinal de contas, o

público que consagra a novela é tão responsável por ela quanto os autores, atores,

diretores e técnicos.

Consolidado o prestígio nacional e internacional das telenovelas, a Rede

Globo partiu para a criação de séries. Sucessos de crítica e audiência, as séries

brasileiras levaram a Globo a um novo desafio: as minisséries, que nasceram da

necessidade de se contar uma história que não poderia ser alongada em muitos

capítulos, nem reduzida a apenas um, sem perda de qualidade.

Do mesmo modo que a telenovela descende da radionovela, o show

televisivo incorporou experiências várias que vêm do teatro de revista, das

comédias musicais e dos programas de rádio com auditório. No novo veículo,

ampliou-se o público e refinou-se a produção do espetáculo, o que resultou em

programas humorísticos, especiais de fim de ano, na transmissão dos desfiles das

escolas de samba e nos shows gravados de artistas nacionais e internacionais.

O jornalismo, 24 horas ligado nos acontecimentos do Brasil e do mundo,

ocupa mais de três horas diárias de programação da Rede Globo. Mobilizando cerca

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de 500 profissionais, no Brasil e no exterior, a programação jornalística começa às

7h com os noticiários locais, conhecidos genericamente como Bom Dia Praça (Bom

Dia Rio, Bom Dia São Paulo etc.). Em seguida, às 7h30, entra no ar o primeiro

telejornal de rede, o Bom Dia Brasil, com cerca de 55 minutos de duração. Essas

edições matinais apresentam os fatos ocorridos durante a madrugada, resumos das

principais notícias da véspera e uma agenda dos acontecimentos previstos para o

dia.

O segundo bloco de noticiários começa às 12h30 com os Telejornais Praças

(RJ-TV, MG-TV etc.), seguidos pelo Globo Esporte e o Jornal Hoje, com as

notícias da primeira parte do dia, reportagens especiais e prestação de serviços à

mulher, sem se marcar como um programa feminino. Às 18h50, a segunda edição

dos Telejornais Praças vai ao ar, apresentando os fatos mais recentes e um balanço

do noticiário do dia. Às 20h, entra no ar o Jornal Nacional que, desde a sua estréia,

em 1º de outubro de 1969, é líder de audiência entre os telejornais brasileiros, além

de ter sido o primeiro transmitido simultaneamente para todo o país. Fechando a

programação noticiosa, vai ao ar, no final da noite, o Jornal da Globo, que faz

análises dos principais acontecimentos do dia, além de atualizar o noticiário

noturno.

Essa programação jornalística inclui ainda, com uma média de quatro flashes

diários, o Globo Cidade, abordando fatos e prestando serviços públicos

essencialmente locais.

Além destes, a Central Globo de Jornalismo é responsável por programas semanais

como o Esporte Espetacular, o Placar Eletrônico, o Globo Comunidade, o Globo

Rural, este um dos programas mais premiados da Rede Globo, que informa o

homem do campo e divulga novas técnicas rurais; o Globo Repórter, que aprofunda

e debate os assuntos da atualidade; e o Fantástico, que se tornou uma tradição das

noites de domingo, tendo o formato de uma revista de informação e cultura.

É de responsabilidade da Central Globo de Jornalismo também a realização

de grandes coberturas, como o Campeonato Mundial de Fórmula 1, os campeonatos

internacionais de futebol, entre outros esportes, os Jogos Olímpicos e o Carnaval,

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com destaque para o Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial, no Rio de

Janeiro.

Para a Rede Globo, a indústria caminha lado a lado com um sério

compromisso social, nunca perdendo de vista a realidade do país em que nasceu e

cresceu. Entre os projetos e ações sociais desenvolvidos, está a campanha Criança

Esperança, serviço público realizado há 11 anos. Além de arrecadar fundos para o

Unicef aplicar no Brasil, o Criança Esperança tem como objetivo conscientizar e

mobilizar a população e as autoridades para a situação da maioria da população

jovem do país e divulgar os direitos da criança.

Esses fundos têm sido aplicados em quatro áreas, basicamente: a) no apoio

de ações de defesa dos direitos da criança e do adolescente, de modo que eles sejam

uma prioridade nacional; b) no financiamento de ações básicas de saúde, reduzindo

a mortalidade infantil e melhorando a qualidade de vida da população jovem; c) na

sustentação de programas de atendimento a meninas e meninos de rua; e d) na

criação de projetos na área da educação básica. Em 11 anos da campanha Criança

Esperança, foram arrecadados mais de 28 milhões de dólares.

Seguindo a linha social, a Rede Globo criou a Ação Global, em parceria com

o SESI, que catalisa o esforço voluntário da sociedade para oferecer às comunidades

carentes a oportunidade de obter documentos (carteira de identidade, título de

eleitor, entre outros), de receber cuidados médicos, assistência jurídica e

informações sobre saúde de uma maneira geral.

A Ação Global existe há cinco anos e é realizada em todo o território

nacional, sempre em parceria com as agências regionais do SESI. Durante esse

período, foram feitos mais de 15 milhões de atendimentos.

O Globo Serviço, mais um projeto social da Rede Globo, é um selo

permanente que assina peças de campanha, sobretudo nas áreas de educação e

saúde, como a de amamentação ao seio, de segurança no trânsito, de vacinação e a

contra a violência familiar. Mantendo a tradição de pioneirismo, a Rede Globo criou

a primeira campanha pública contra a AIDS.

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Aproveitando os altos índices de audiências, há 11 anos a Rede Globo

introduziu nas suas novelas o merchandising social, incluindo nas tramas

informações de utilidade pública. Entre os temas mais constantes, estão a igualdade

de direitos entre os sexos, a relação entre crescimento populacional e

desenvolvimento e planejamento familiar. O Unicef, por exemplo, reconheceu

oficialmente a importância desse trabalho na redução da mortalidade infantil no

Brasil.

Além de suas próprias iniciativas, a Rede Globo abre espaço, gratuitamente,

para campanhas meritórias de terceiros, que ajudam hospitais, bancos de sangue,

creches e sociedades que se dedicam às populações carentes.

Como conseqüência lógica da dedicação profissional da empresa à cultura

nacional, do seu engajamento na solução dos grandes problemas brasileiros e do

comlo" como o melhor programa daquele ano. Pela campanha Criança Esperança, o

Unicef premiou a Globo em 1980. Doze anos depois, a mesma campanha ganhou

Medalha de Prata comemorativa do Encontro Mundial de Cúpula pela Criança

(World Summit for Children).

4.3- PROJAC - CGP

Inaugurado há dois anos, o novo Centro de Produção da Globo, em

Jacarepaguá, é o maior da América Latina. Com um total de 1.300.000 metros

quadrados, dos quais 120 mil de área construída, o Projac, hoje chamado de CGP -

Central Globo de Produção , foi projetado para abrigar superestúdios, módulos de

produção e galpões de acervo.

O sonho teve início há dez anos, quando se constatou que as instalações da emissora

não tardariam a ficar pequenas. Ao se inaugurar em 1965 o primeiro prédio da

Globo imaginava-se haver ali espaço suficiente para abrigar, nos 20 anos seguintes,

sua direção, administração e todo o centro de produção. Na verdade, em menos de

15 anos as instalações já começavam a se mostrar insuficientes, o que levou à busca

de uma proposta que fosse realmente de longo prazo.

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O novo Centro de Produção da Globo já opera com quatro estúdios, de mil

metros quadrados cada (onde são feitas todas as cenas internas das telenovelas),

fábrica de cenários, fábrica de figurinos, cidades cenográficas, centro de pós-

produção e todas as áreas de apoio à produção, além do complexo administrativo.

Na segunda fase, em construção, o Centro de Produção terá mais dois

estúdios com 3 mil metros quadrados cada; um estúdio, com 1,3 mil metros

quadrados, para shows; e um arquivo para o acervo produzido de 1,3 mil metros

quadrados.

Preocupada com o meio ambiente, a Rede Globo vai preservar, no Centro de

Produção, 600 mil metros quadrados de Mata Atlântica e restabelecer 400 mil

metros quadrados que foram destruídos no terreno antes de sua compra. Vai ainda

arborizar praças e vias de acesso, com cerca de 2 mil mudas, construir um pequeno

horto e recompor a fauna e a flora.

"Realmente a Central Globo de Produção é a cidade dos sonhos.", afirma

Duda Pereira, da Área de Recursos Humanos da Rede Globo. Segundo ela, a CGP é

onde fica a parte de entretenimento, onde são gravados apenas novelas, programas

humorísticos e de auditório. A parte jornalística e de vinhetas é toda feita nos

estúdios do Jardim Botânico, também no Estado do Rio de Janeiro.

Numa visita feita ao PROJAC, pude ver de perto todas as instalações, como

tudo é feito e como tudo funciona. Com a companhia e paciência de Duda Pereira,

pude perguntar tudo o que tinha e que não tinha direito sobre o maior centro de

televisão da América Latina. São 3.500 funcionários, existe um prédio somente

ligados à eles com praça de alimentação, banco 24h, assistência médica etc. Todos

os serviços que não são ligados à produção são terceirizados, como Corpo de

Bombeiros (que está disponível 24h por dia), assistência médica, segurança,

serviços de jardinagem e limpeza etc.

São quatro galpões para gravação de cenas para novelas, dois galpões com 11

metros de altura cada um para programas de auditório como "Domingão do

Faustão" e "Planeta Xuxa". Há também um galpão somente para efeitos especiais

com um paredão todo coberto com cromaquee, onde são feitas as cenas de

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capotagem de carros etc. Além disso, existe um complexo para cada cidade

cenográfica onde todos os artistas podem trocar de figurino, passar texto e

descansar, sem precisar voltar para o central e cada um tem um prédio

administrativo.

O melhor que pude presenciar é a relação entre

funcionários/administração/televisão, porque quando entrávamos nos estúdios da

novela a Duda perguntava ao pintor (todo dia, os cenários são transportados para o

almoxarifado e com isso a pintura é diária): "De quem é a cena hoje aqui ?" e ele

respondia: "Hoje é o Lucas e a Mel.", em outro estúdio a mesma coisa: "De quem é

esse quarto mesmo, heim ?" e outro respondeu: "É do Vinícius com a esposa.".

Então essa relação é muito boa e talvez seja um dos segredos por funcionar tudo tão

perfeito na telinha de casa.

4.4- Sistema Brasileiro de Televisão - SBT

Há 19 anos, quando o empresário Silvio Santos preparava-se para iniciar a

operação da concessão de um canal de televisão que obteve do governo brasileiro,

havia pouco espaço na disputa de mercado. Três redes nacionais dividiam sozinhas,

tanto a audiência como o investimento publicitário em televisão. A Rede Globo

tinha uma participação de 60% na audiência e uma fatia de 75% no bolo publicitário

do meio. Record e Bandeirantes ficavam com as porcentagens restantes,

completando os 100% do mercado.

Em 19 de agosto de 1981 o Sistema Brasileiro de Televisão inaugurou suas

transmissões mostrando a cerimônia da assinatura de sua própria concessão.

A partir daí começou a luta para ocupar seu espaço no cenário nacional. Primeiro

porque tinha que cumprir a lei e ter uma programação diária de 12 horas. Segundo,

para disputar pontos de audiência e obter a participação da divisão do investimento

publicitário, captando os recursos necessários para o seu crescimento.

O SBT teria que dividir esse novo espaço com o Grupo Bloch, que obteve

uma concessão na mesma data. Esse problema foi superado naturalmente, já que a

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TV Manchete somente foi ao ar dois anos depois, no fim do prazo legal dado pelo

governo.

A carioca TV Studio, que serviu de base para Silvio Santos criar sua rede de

televisão, já tinha um know-how de produção de dez horas semanais que

compunham o programa do animador. O próprio Silvio Santos, além de grande

carisma junto aos telespectadores, carregava uma experiência de Rede Globo, onde

apresentava seu programa anteriormente.

Com o crescimento do investimento publicitário na TV e com a solidez

empresarial do Grupo Silvio Santos, o SBT começou a crescer e ganhar prestígio do

público.

Assim nascia mais uma nova emissora de televisão brasileira, determinada a não

apenas disputar sobras de índices de audiência e de verbas dos anunciantes, mas

tornar-se a médio prazo a segunda maior do país.

No começo, como em qualquer empresa, foi difícil e a emissora preenchia as

12 horas obrigatórias de programação basicamente com desenhos e filmes. Em

busca da audiência, partiu para a apresentação de programas populares, de fácil

aceitação junto ao público. Mas se atrações humorísticas lhe garantiam bons

índices, chegando a alcançar uma participação de 30% na audiência, o SBT por

outro lado sentia que ficava distante da preferência de grandes anunciantes e

formadores de opinião.

Então passou para uma fase popular, que realmente agradasse o público

porém já preocupada com a qualidade, apresentando programas de ídolos como

Hebe Camargo e Flávio Cavalcanti, a minissérie "Pássaros Feridos" e filmes de

grande sucesso no cinema.

A busca da qualidade de audiência chegou entre 1988 e 1990, com a

contratação de artistas como o Jô Soares e Carlos Alberto de Nóbrega e do

jornalista Bóris Casoy. Esse período coincidiu com o fim de uma fase de dívidas.

Uma curiosidade, o SBT operou 11 anos em prejuízo, e só a partir de 1991 seu

balanço deixou de ser negativo.

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Daí por diante, iniciou a fase da programação universal, com atrações para

todos os tipos de público e com isso, passou a oferecer aos anunciantes opções de

compra de espaço publicitário em programas destinados tanto às classes A e B

como a classe E.

Foi retomada a produção de telenovelas, abrindo mercado para os atores,

espaço para merchandising, novos anunciantes e oferecendo mais opções para o

telespectador. A partir daí o SBT iniciou o projeto que o levaria ao futuro em curto

espaço de tempo. Seu lucro foi transformado em investimento e 120 milhões de

reais destinados à construção do Complexo Anhanguera.

Inaugurado em 1995, o Complexo Anhanguera igualou o SBT à principal

concorrente em termos de tecnologia, proporcionando agilidade, redução de custos

e condições de competitividade.

Verdadeira Cidade, o Complexo Anhanguera possibilitou a execução do

conceito de produção horizontal, através do qual, qualquer programa é produzido,

gravado, editado e gerado para toda a rede nacional em um único prédio.

Com 231 mil metros quadrados e 62 mil de área construída, o Complexo

Anhanguera, implantado no quilômetro 19 da Rodovia que lhe deu o nome, tem

infra-estrutura suficiente para atender as necessidades da 2ª rede de televisão do

país.

Assim, o SBT chegou ao seu 18ª aniversário com 98 emissoras cobrindo

praticamente todo o Brasil, e em segundo lugar tanto em audiência, como na

participação do bolo publicitário.

4.4.1- Como Começou

"Ocupar espaço em um mercado dominado por três redes de televisão e

disputar uma fatia do investimento publicitário através de uma programação

atraente aos anunciantes".

Há mais de 30 anos, o programa Silvio Santos, um show de variedades com duração

de dez horas, representava a produção independente de maior sucesso na televisão

brasileira.

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O empresário e apresentador mais famoso do país comprava espaço em

emissoras, comercializava seu programa e ainda o utilizava como canal de

divulgação do Baú da Felicidade.

Em 1976, ele iniciou essa trajetória através da aquisição do Canal 11 do Rio

de Janeiro, que transformou em TVS.

Através desse canal começou a realizar seu sonho. No pequeno estúdio do

bairro de São Cristóvão, começaram a ser produzidos os primeiros programas da

TV de Silvio Santos. Até então, os principais executivos de seu Grupo de empresas

tinham a opinião unânime de que a locação de espaço e comercialização de seu

programa, realizado como produção independente, era muito mais rentável do que

assumir uma rede.

A Rede Globo, então com 16 anos de vida, era líder de audiência com uma

participação de 60%, além de ficar com 75% do investimento publicitário do meio

televisão.

A Record, embora com apenas 7% de share no bolo publicitário, alcançava 28% de

participação em audiência, ao contrário da Rede Bandeirantes, que em audiência

não passava de 12% mas atingia uma fatia de 18% no investimento publicitário.

Contra todas as opiniões, porém, Silvio Santos foi em frente até obter uma

concessão do governo federal e ser autorizado a assumir quatro emissoras do antigo

império de Assis Chateaubriand: TV Tupi, TV Marajoara, TV Piratini e TV

Continental.

Na mesma data, o governo concedeu uma outra concessão ao Grupo Bloch,

que prometia operar a TV Manchete, a partir do Rio de Janeiro.

Em 19 de agosto de 1981 nascia o Sistema Brasileiro de Televisão, que

entrou no ar imediatamente, inaugurando sua programação com a transmissão da

assinatura de contrato entre Silvio Santos e o governo federal, representado pelo

então presidente Ernesto Geisel e o Ministro das Comunicações, Euclides Quandt

de Oliveira.

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A TV Manchete, que a princípio ameaçava dificultar a caminhada do SBT,

disputando o mesmo pedaço de mercado, só foi inaugurada dois anos depois, quase

ao final do prazo que o Governo lhe concedeu para entrar em operação.

"Apesar das dificuldades o mercado estava crescendo e a TVS emprestava o

know-how necessário para o início de uma grande rede de televisão".

O know-how da TVS, que produzia dez horas semanais de programa Silvio

Santos, foi repassada ao SBT. O apresentador, por sua vez, apoiado no carisma que

tinha junto ao público, também contava com a experiência de ter comandado seu

programa por vários anos na Rede Globo.

Assim começava a fase popularesca da emissora, baseada numa programação

de fácil aceitação pelo público, com humorísticos e programas de auditório

intimistas, como "Reapertura", "Moacyr Franco Show", "O Homem do sapato

branco", " Povo na TV" e "Alegria".

O SBT partiu para uma comunicação quente e intimista, assumiu o conceito

de televisão como mídia de massa, que oferecia, entretenimento, shows e

informação. Dirigia sua programação para classes sociais definidas como B2, C e

D1, que representavam 61% da população.

Essa estratégia aparentemente teve sucesso. O SBT passou rapidamente à

condição de vice-líder do mercado, aumentou sua participação em audiência para

30% no segundo ano de operação.

A Rede Globo continuava líder, mas diminuiu sua participação em audiência

e 60% para 45%. A Bandeirantes ficava entre 7% e 8%. O SBT não passou de uma

fatia de 5% do faturamento publicitário da televisão brasileira.

Esse quadro fez com que a rede mudasse sua postura e passasse para uma

segunda fase definida como popular que era apresentar programas populares,

simpáticos ao público.

Assim vieram Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo, a série "Joana", com

Regina Duarte, a minissérie internacional "Pássaros Feridos", e uma cuidadosa

seleção de filmes de sucesso. O SBT intensificou essa estratégia entre 1988 e 90,

quando passou a buscar qualidade de audiência através da contratação de

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profissionais como Boris Casoy, Jô Soares e Carlos Alberto de Nóbrega, este vindo

da equipe de redatores de humor da Rede Globo.

4.4.2- A grande virada

"Profissionalização da área comercial e marketing, programação universal e

planejamento do futuro".

O SBT operou dez anos no vermelho. Sua alta participação em audiência não

lhe garantia a mesma performance em relação ao faturamento.

No final da década de 80, o SBT entrou na quarta fase de sua existência,

combinando uma programação universal, diferenciada e dirigida a todas as classes

sociais, com uma profissionalização da sua área comercial. Silvio Santos autorizou

a contratação de experientes profissionais de marketing e vendas, investiu em

pesquisa e mudou sua postura com relação à programação.

Nesse período estréiam programas como "Aqui Agora", "Programa Livre",

"Jô Onze e Meia", surgem nomes como Bóris Casoy, Alberto Tamer e Hermano

Henning. Consolida-se a "A Praça é nossa", "Cinema em Casa" e o Núcleo de

Dramaturgia, cujo maior sucesso foi a novela "Éramos Seis".

Com uma programação qualitativa, o SBT experimentou um decréscimo na

sua participação em audiência, caindo para 22%. Em compensação, pulou para 15%

de participação no bolo publicitário.

Nessa época, enquanto dirigia-se ao público através da vinheta "Quem

procura, acha aqui", o SBT também veiculou uma premiada e consagrada campanha

publicitária criada pela W/Brasil com o tema "Liderança absoluta do segundo

lugar".

O SBT entrou nos anos 90 com 21% de participação em audiência e um

faturamento de quase 140 milhões de dólares.

Terminava a fase do sacrifício e iniciava-se o período de grande arrancada. A

rede estava pronta para começar a administrar lucro pela primeira vez em sua

história, já pensando em como investi-lo em benefício próprio.

Assim nasceu o Projeto Anhanguera.

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A palavra de ordem na casa era: "O futuro não pode ser apenas planejado,

tem que ser construído".

O SBT tinha presa em chegar ao futuro, consciente de que o mundo moderno

exigia agilidade, redução de custos e condições reais de competitividade.

Para tanto, deveria centralizar suas operações, reunindo num só espaço suas cinco

unidades, denominadas Vila Guilherme, Teatro Silvio Santos, Sumaré, Camarés e a

própria unidade Anhanguera.

Surge então em 1995 o Complexo Anhanguera, grande passo para a

concretização do Projeto SBT Ano 2000.

Através de um investimento de 120 milhões de dólares, o SBT dotou sua

nova sede de toda infra-estrutura necessária para garantir a qualidade de produção,

além de instalar equipamentos de última geração.

Verdadeira cidade, o Complexo Anhanguera tem restaurante, lanchonete,

agência bancária, loja de conveniência, barbearia, ambulatórios médico e

odontológico, estacionamento e transporte interno, o que garante um atendimento

eficiente ao contigente de 2500 pessoas que por ele circulam diariamente.

4.4.3- A Estratégia

"Apostar no talento, acreditar em profissionais e basear seu trabalho na

criatividade e na tecnologia do futuro".

De um lado, o SBT colocou à disposição de seus profissionais os mais

modernos equipamentos de produção e geração de imagens. De outro, concedeu a

esses profissionais a oportunidade de mostrar seu talento e criatividade, apostando

em novas idéias e propostas.

Assim, Silvio Santos provou a ousadia da rede ao autorizar a retomada da

produção de novelas, mesmo diante da grande e qualificada concorrência.

Da mesma maneira, passou a disputar a exclusividade de transmissão de

grandes eventos, como o "Oscar", obtendo grande retorno em audiência,

principalmente em 1996 com a disputa do filme brasileiro "O Quatrilho".

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Também investiu no esporte, adquirindo o direito exclusivo de transmissão

do campeonato mundial de Fórmula Indy, atual Fórmula Mundial, e Copa do Brasil

de futebol, além de acompanhar todos os jogos da seleção nacional e transmissão da

Copa do Mundo.

Um momento marcante nesta ainda curta trajetória do SBT, foi a contratação

do Carlos Massa para apresentar o seu programa "Programa do Ratinho", que além

de solucionar casos polêmicos da população, obtém altos e comemorados índices de

audiência.

4.4.4- O SBT Hoje

"O SBT chega aos 19 anos com 100 emissoras, a vice-liderança em audiência

e faturamento publicitário, e inaugura o "Centro de Televisão", chegando primeiro

ao ano 2000".

Atualmente, 15 milhões de telespectadores de todas as faixas etárias e classes

sociais assistem diariamente o SBT, que lhes oferece 20 horas de programação

diversificada.

Com isso, registra uma participação de 24% em audiência e obtém um

retorno comercial suficiente para lhe garantir uma fatia de 21% do bolo publicitário

do meio televisão.

Enfim, o SBT nasceu do sonho do mais famoso animador de auditório do

país e acabou se transformando na segunda maior rede de televisão brasileira, que

ao longo de sua trajetória vem demonstrando capacidade e competência na arte de

entreter e informar.

Composto por 100 emissoras espalhadas por todo o território nacional, o

SBT, segunda maior rede de televisão do país, abrangendo 97% do total da

população e 97% do I.P.C. (Índice de Potencial de Consumo).

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CAPÍTULO V

REGIÃO SUL-FLUMINENSE

5.1- Introdução

Com o crescimento do mercado das grandes cidades as empresas visaram

também o mercado do interior e com isso vieram emissoras sucursais para a região

Sul-Fluminense, fazendo com que valorizasse ainda mais o mercado e as empresas

ganhassem prestígio dos consumidores, os quais as emissoras estavam interessados

nessa fatia de mais de 1 milhão de pessoas.

5.2- TV Rio Sul

Em 01 de dezembro de 1990 foi inaugurada a TV RIO SUL em Resende -

RJ, afiliada à Rede Globo, com o objetivo de regionalizar a programação e

incrementar o mercado do Sul do Estado do Rio de Janeiro.

Seu Jornalismo, voltado para questões sociais e culturais, mantém ao longo

desses dez anos, informados e atentos, um público superior à 1.100.000 habitantes.

A Área Comercial disponibiliza sua equipe para um atendimento de

excelência ao mercado regional, e desenvolvimento de Eventos Culturais e

Esportivos.

A Engenharia expandiu o sinal da TV RIO SUL às 23 cidades que totalizam

hoje nossa área de cobertura.

Em 01 de outubro de 1995, Volta Redonda, maior mercado publicitário,

inaugurava a primeira unidade da TV com o objetivo de permitir um melhor

atendimento jornalístico e comercial à comunidade.

Angra dos Reis recebeu em 01 de dezembro de 1997 sua unidade que cobre

toda a área litorânea até Paraty.

Com cerca de 130 profissionais a TV RIO SUL inaugurou em 1999 sua nova

Sede. São 1.700 m2 de área construída, em sua volta um bosque nativo de

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eucaliptos com 28.500 m2 e uma área verde de preservação ambiental com 9.000

m2.

Ponto turístico da região, a sede da TV RIO SUL alia o que há de mais

moderno em tecnologia com arquitetura colonial.

Inspirada nas antigas fazendas de café do séc. XIX, a sede tem arquitetura

colonial e seu conjunto impressiona a todos os visitante.

O Sul do Estado do Rio é uma das regiões que mais atrai investidores. As

indústrias aqui já instaladas tais como CSN, DUPONT, NUCLEBRÁS, XEROX,

VOLKSWAGEN, CLARIANT, GUARDIAN, contribuíram para que novas e

maiores indústrias viessem para a região. Como a PEUGEOT que inaugurou no fim

do ano passado sua mais nova fábrica de automóveis em Porto Real, e a

MICHELIM(fábrica de pneus) que inaugurou sua segunda unidade em Itatiaia.

Aqui uma população superior a um milhão e cem mil pessoas consomem

todos os dias produtos e serviços dos mais variados tipos e gêneros.

Turismo, ecologia, mar e montanhas também fazem parte do nosso cenário.

Alguns de nossos cartões postais que atraem durante todo o ano centenas de turistas

brasileiros e estrangeiros são: Parque Nacional de Itatiaia, Visconde de Mauá,

Conservatória - cidade da seresta -, Penedo - a "Finlândia Brasileira" -, Angra dos

Reis e suas ilhas, e Paraty, patrimônio a céu aberto. Cortada pela Via Dutra nossa

região oferece ótimo escoamento para a produção do pólo industrial e fácil acesso

às maiores cidades do Brasil. Volta Redonda, nossa maior cidade, está a 96 Km do

Rio de Janeiro. E a 305 Km de São Paulo.

5.2.1- Campanhas Setoriais TV Rio Sul

A TV Rio Sul também apóia todo tipo de campanha na região e

existem alguns projetos de campanhas e outras já em funcionamento. Algumas

campanhas setoriais que a TV Rio Sul pratica junto à comunidade:

Automóveis e o Verão - A TV Rio Sul dá dicas para a população manter

tranqüilidade durante as viagens ou as férias e como cuidar do automóvel.

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Vencer no Vestibular - Uma campanha voltada para o público jovem ensina

como relaxar antes de uma prova, alimentação leve e nutritiva e combate ao stress

para todos os vestibulandos.

Fotografe suas Férias - Férias de julho, inverno, montanhas. Cenários ideais

para relaxar e registrar os melhores momentos com a família.

Criança tem Voz - A palavra das crianças tem peso e vale ouro hoje em dia.

A Campanha mostra depoimentos de crianças de 9 a 12 anos sobre temas atuais,

quais são suas idéias e quais são as suas perspectivas para o novo milênio.

Féria Perfeitas - Cuidados com o sol e a saúde são indispensáveis para você

curtir suas férias. Os temas abordados nessa campanha são: cuidados com o sol,

bronzeadores e desidratação. Levando o cidadão a pensar quantos são os perigos

que temos durante o dia que passam despercebidos.

Economize Energia - A Campanha mostra que durante o ano todos podem

economizar energia através de bons produtos elétricos e cuidados básicos

5.2.2- Saúde

Esporte Legal - Essa campanha mostra que esporte não é só para atletas.

Todos devemos nos mexer, praticar exercícios regulares para manter o equilíbrio

físico e mental. Mostrando aos jovens, adultos e crianças que devem praticar

exercícios adequados à sua idade.

Viva Vovô - A expectativa de vida do brasileiro está cada vez mais alta e

nossos antigos vovôs e vovós cederam espaço para pessoas com muita disposição

para viver. A campanha mostra que o idoso é capaz de trabalhar, se divertir, amar e

passar conhecimentos às novas gerações que eles julgam estar quase perdida.

Viva bem sem Stress - Yoga, shiatsu, dieta equilibrada, prática de esportes,

lazer. São vários os caminhos para uma vida saudável. Cada pessoa deve procurar o

seu e descobrir a alegria de viver bem sem stress. A Campanha é descontraída e

leve como a vida deve ser. Depois de um dia inteiro de trabalho nada melhor que

uma meditação para relaxar e esquecer um pouco as pressões que a vida traz.

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Prevenir é Viver - O preconceito e a desinformação quanto ao exame

preventivo ao câncer de próstata têm levado à morte muitos brasileiros. A

Campanha é de esclarecimento e prevenção, alertando que todos os homens a partir

dos 40 anos devem procurar um urologista para fazer o exame.

Amamentação - Amamentar é dar carinho, amor e proteção. O bebê deve ser

amamentado por no mínimo seis meses para garantir uma boa saúde. Vamos

incentivar as mães a não negligenciar essa doação de amor.

Cuidados que Salvam - Muitas mulheres morrem ou são submetidas a

cirurgias agressivas para retirada de tumores todos os anos no Brasil. A Campanha

enfatiza a necessidade do auto-exame e das consultas regulares com seu

ginecologista como medida eficaz de prevenção ao câncer de mama e útero.

Doe Sangue - A campanha é um incentivo a doação de sangue lembrando

que, além de ser um ato solidário, todo doador tem garantida, inteiramente grátis,

uma série de exames incluindo o anti-HIV. Doar sangue é doar amor, doar

solidariedade.

5.2.3- Cultura e Meio Ambiente

Viva nossa História - Nossa região possui o maior conjunto arquitetônico

tombado pelo patrimônio Histórico: Paraty. Muitas outras cidades como Valença,

Vassouras e Paraíba do Sul também possuem um grande acervo a céu aberto. A

Campanha contra depredações e pichações, ensinando que a cultura da nossa região

deve ser preservada.

Festas Juninas - A campanha mostra e incentiva a alegria e a descontração

das festas com suas quadrilhas, pratos típicos e brincadeiras, alertando e

esclarecendo a população sobre os perigos de soltar balões, fazer fogueiras etc.

Viva a Ecologia - A preocupação com a Ecologia deverá ser matéria

obrigatória nas escolas. Crescer respeitando o Meio Ambiente é questão de

sobrevivência para toda a humanidade. A campanha mostra que é de pequenas

ações que podem, no dia-a-dia, contribuir para tornar nossa vida cada vez melhor.

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Economize e Ganhe - Economia, qualidade fundamental para todo brasileiro.

A campanha Economize e Ganhe dá dicas de como planejar o orçamento familiar de

forma eficaz e organizada.

Direitos do Consumidor - Num mercado competitivo como o nosso, o

consumidor está cada vez mais exigente com a qualidade de produtos e serviços. A

Campanha mostra como o consumidor deve fazer valer os seus direitos expressos

no Código de Defesa do Consumidor.

5.2.4- Cidadania

Criança tem Direitos - Para sair do papel, a Declaração Universal dos

Direitos da Criança precisa ser divulgada e respeitada. São dez afirmações que

incluem direitos à igualdade, compreensão, educação e alimentação, entre outros. A

Campanha é um alerta à conscientização dos direitos de todas as nossas crianças.

Doar para Brincar - Outubro, mês das crianças. Mês de doar aquele

brinquedo velho, mas em bom estado, às crianças pobres. É um incentivo a doação

durante todo o mês da criança nas escolas rurais e de periferia.

Escola para Todos - Muitas crianças não têm o principal para freqüentar a

escola: lápis e papel. A Campanha convoca a população a doar material escolar

básico, como caderno, borracha, lápis aos estudantes de baixa renda.

Leia Mais! - O gosto pela leitura deve ser cultivado desde a infância. Pais e

mestres devem sempre estar atentos e incentivar seus filhos a lerem como forma de

Educação e Lazer. A Campanha mostrará que ler é uma grande opção para as férias

das crianças.

Doação de Agasalho - Em maio o frio já começa a chegar. É o momento

ideal para doações de agasalhos, roupas e cobertores às pessoas carentes. Com

divulgação e informações serão mostrados os locais onde a população poderá fazer

suas doações, contribuindo, assim, com os mais necessitados.

Colabore com a Santa Casa - Desde o século passado, as Santas Casas vêm

atendendo milhares de pessoas carentes em nossa região. Em cada cidade, cada uma

delas atravessa dificuldades financeiras ou estruturais. Nessa campanha será

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mostrado como as pessoas podem contribuir para que elas não paralisem seus

serviços.

Lixo no Lixo - Nossas cidades produzem milhares de toneladas de lixo a

cada dia e todo cidadão é responsável pelo seu correto destino. Essa Campanha

alerta a população que lugar de lixo é no lixo e não nas ruas, parques, rios, mares e

terrenos baldios.

Respeite o Deficiente - O deficiente físico, assim como o visual e o auditivo,

são pessoas capazes de trabalhar e produzir desde que suas necessidades de

locomoção e desempenho sejam respeitadas. A Campanha será um alerta a toda a

sociedade sobre a necessidade do respeito aos deficientes para que todos possam

viver com dignidade.

Vida no Trânsito - O Código Nacional de Trânsito foi uma conquista de

todos os brasileiros. Os acidentes e as mortes diminuíram proporcionalmente ao

aumento das multas pelas mais diversas infrações. Vamos reforçar a necessidade do

cumprimento da lei, preservando a vida de todos os cidadãos.

Conserve os Orelhões - O orelhão é um bem público de serviço à

comunidade. Zelar por seu bom funcionamento é dever de todo cidadão. A

Campanha lembra a todos desta responsabilidade.

5.2.5- A Audiência

O IBOPE realizou uma pesquisa na região sobre a audiência das emissoras e

a TV Rio Sul mostra porque é considerada a primeira na região Sul Fluminense.

Com um índice muito superior às concorrentes, a TV Rio Sul consegue pontos que

chegam mais que a soma de todas as outras emissoras.

O RIO SUL REVISTA é um programa de variedades. Todos os sábados são

mostradas entrevistas de estúdio e reportagens sobre cultura, turismo,

comportamento, esporte e meio ambiente no Sul do Estado do Rio. O programa

revela também o talento dos artistas locais.

São três blocos que combinam informação com diversão. O RIO SUL

REVISTA vai ao ar às onze e quarenta e cinco da manhã.

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Durante todo dia, os boletins 24 horas dão agilidade ao jornalismo da TV

RIO SUL.

São informações divulgadas com a rapidez que o telespectador exige. A

notícia em primeira mão para quem quer estar bem informado no dia-a-dia.

Os boletins também abrem espaço para os serviços de utilidade pública em

todo o Sul do Estado.

5.3 TV Sul Fluminense

Estação geradora de televisão, afiliada à Rede Bandeirantes de Televisão,

sediada em Barra Mansa/RJ, pioneira no interior do Estado do Rio de Janeiro,

mantida pela Sociedade de Televisão Sul Fluminense Ltda. Não possui

programação própria e também visa o mercado regional, principalmente a

veiculação de comerciais. A TV Sul Fluminense está acompanhando o crescimento

da nossa região, que nos últimos anos tem atraído grandes investimentos.

Recentemente foi fechado um contrato com a Embratel e as imagens da

região Sul Fluminense estão sendo levadas através da emissora para todo o Brasil e

América do Sul através do satélite BRASILSAT canal 1 A-E-BRASILSAT. B-3.

Esta é mais uma atitude pioneira da TV Sul Fluminense que tem como

compromisso prestar serviços de utilidade pública à população através de

programas e noticiários locais.

Atualmente a TV Sul Fluminense tem noticiários diários que mostram todos os

problemas da região e atinge alguns índices satisfatórios.

Pesquisa feita pelo GERP por solicitação da Companhia Siderúrgica

Nacional (CSN ) no final de 1999, constatou o seguinte: "Dos jornais apresentados,

o jornal regional das 19:00 h da TV Sul Fluminense é o de maior audiência; quase

metade (48%) costuma assistí-lo". Além de ser a pioneira nas transmissões

locais, a emissora obtém uma área de cobertura que, segundo informações da TV,

até ultrapassam a Região Sul Fluminense, chegando à alguns pontos de São Paulo e

Rio de Janeiro.

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Além de ser a primeira a mostrar as notícias da região, a TV Sul Fluminense

contrata profissionais locais, valorizando assim as riquezas que temos e não

trazendo de fora e dando prestígio a profissionais que não tem a cultura regional.

Para tanto que a diretoria é também da região: Féres Nader (Presidente), Eny

Theodoro Nader (Superintendente), Carlos Nader (Diretor Geral), Thomaz Nader

(Diretor Financeiro), Féres Nader Júnior (Diretor de Programação) e Ercy Theodoro

(Diretor Comercial).

A emissora conta com uma equipe com mais de cento e cinqüenta

profissionais altamente qualificados como câmeras, iluminadores etc., o que nos dá

tranqüilidade na hora de ver o que passa em nossa casa.

5.4 SBT

O Sistema Brasileiro de Televisão - SBT, na região Sul Fluminense possui

somente o departamento comercial e é apenas uma retransmissora da Rede SBT,

não possuindo estúdios, nem programação regional. Situada na cidade de Volta

Redonda, no birro Laranjal, é a única emissora da região que não pode ser

considerada uma sucursal.

Na realidade o que existe é uma produtora chamada Ally's Produções, que

presta serviços ao SBT e também à outras emissoras. Na sede, em Volta Redonda,

tem uma estrutura muito boa, com equipamentos de última geração, inclusive, uma

mesa de edição que só existem 4 no país.

Foram investidos cerca de 2 milhões de dólares e a produtora tem a estrutura do

SBT de São Paulo, com cada departamento pintado de uma cor diferente.

Agora eles estão apenas agindo na área comercial, porém existem projetos

que , daqui a algum tempo, não muito distante, o SBT terá uma sucursal e já estão

muito interessados na nossa região que é composta por mais de 1.000.000 de

habitantes.

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5.5 Eco TV

A ECO TV é uma rede litorânea de TV Educativa, mantida pela Fundação

Cultural de Radiodifusão Região dos Lagos. A emissora tem como um trabalho

competente nas comunidades de Angra dos Reis e Paraty, além de possuir núcleos

nos municípios de Cabo Frio, Macaé e Búzios. Há 8 anos no ar, a emissora

comunitária tem como objetivo prestar serviços à população, contribuir para o

desenvolvimento da região, formar opiniões e ainda a dar chances a jovens da

comunidade. É a primeira TV Sócio-ecológica do país e uma verdadeira fórmula de

sucesso.

Tudo começou com a distribuição das concessões de canais de televisão, no

final do Governo Sarney, dando, através de decretos, a permissão de TV´s

educativas possuírem receptoras mistas. A concessão para as cidades de Angra dos

Reis e Paraty estava em poder de amigos de Umberto Molo e Maurice Capovilla,

que se interessaram pelo projeto. Assim que a TVE passou a ir ao ar em Paraty,

Umberto e Maurice fizeram um projeto, apresentaram ao Ministério das

Comunicações e conseguiram viabilizar a TV. A Eco TV passou a ser uma das

repetidoras da Rede Brasil, com direito a 17 horas de programação local semanal.

Paraty sempre serviu de cenário para o cinema e para as televisões, e é por

essa intimidade da população com os climas de gravação, além da cidade ser um

Patrimônio Cultural, Natural e Histórico, que os idealizadores da emissora

resolveram montar a sede na cidade.

As programações são transmitidas através de uma torre, localizada na região

e uma antena instalada na própria emissora. A Eco TV já produziu diversos

programas desde sua inauguração. O de grande destaque foi a "Revistinha do

Ecolino", programa educativo, dedicado principalmente às crianças. Outros como

"Paraty em Debate" e "Região Hoje", também fizeram história. Atualmente, a TV

possui apenas 2 programas. O "Eco Jornal", que é diário e o "Comunique-se",

exibido semanalmente.

A Eco TV contou com mais de 30 funcionários que, no início, tiveram a

oportunidade de se aperfeiçoarem através de cursos. Os primeiros cinegrafistas

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tiveram a oportunidade de aprender trabalhar com câmera durante 3 meses, na

Escola Internacional de Cinema e Televisão de Cuba. Os primeiros repórteres

receberam cursos de preparação de voz e expressão, dicção e ainda aula sobre

montagem de texto. Foi através dessa experiência e muita prática cotidiana, além da

força de vontade que, no decorrer do trabalho, os profissionais conseguiram um

retorno invejável: a audiência do telejornal já chegou a 100% em Paraty e logo se

firmando em Angra dos Reis.

A emissora possui 2 ilhas de edição, sala de produção, sala de repórteres, sala

do controle mestre e fitoteca. A Eco TV conta hoje com apenas 1 editor, e

cinegrafistas, 1 produtor, 3 repórteres, 1 gerente administrativo, 1 técnico de áudio e

vídeo, uma diarista e uma coordenadora geral. A equipe, além de tratar com a

sociedade e imparcialidade, trabalha com qualidade.

O trabalho da Eco TV sempre foi de procurar divulgar campanhas

educativas, de promover debates também com candidatos políticos, além de

transmissões ao vivo de eventos como missas e carnaval. A coordenadora da

emissora, Maria Leontina Gama afirma que, além de valorizar e resgatar a cultura

local, a Eco TV também funciona como uma escola profissionalizante, porque

através da experiência diária, os jovens da região com talento na área de

comunicação entre outras, têm chance de desenvolver aptidões em vários setores.

O Eco Jornal leva ao ar matérias que atendem às necessidades da população

como saúde, saneamento básico, denúncias de diversos assuntos, enfim, todos os

problemas da região. O nome Eco Jornal é vindo da parte da ecologia que é

fundamental e está dentro dos ideais da emissora.

A Eco TV, como qualquer outra emissora também enfrenta problemas, ainda

mais por ser do "interior", principalmente com a falta de apoio cultural

(investimento) e acaba gerando problemas econômicos, que acabam prejudicando a

manutenção dos equipamentos e o próprio ideal do projeto. Os únicos

patrocinadores que estão sob apoio cultural são a Eletronuclear e a Petrobrás.

"Paraty em Debate" foi um programa que a Eco TV levou ao ar algum

tempo, onde os comerciantes paratienses se reuniam e custeavam o espaço através

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da Associação Comercial e Industrial. Esse programa era exibido semanalmente e

reunia autoridades e os principais envolvidos em assuntos como violência,

produções cinematográficas e demais temas ligados à realidade da região. Também

apresentava o programa "Região Hoje" que tratava de assuntos comunitários,

envolvendo ecologia e problemas urbanísticos. Devido a falta de apoio cultural o

programa, que era campeão de audiência, deixou de ser exibido como também a

"Revistinha do Ecolino", um programa que tinha a relação criança-planeta, onde a

conscientização ecológica era desenvolvida através de mensagens mostrando os

cuidados a serem tomados e as soluções que o meio precisa, e até hoje faz falta ao

seu público alvo.

A emissora passou por várias mudanças. A principal foi a troca do nome do

telejornal diário, que de Eco Jornal passou para Canal Aberto e ganhou mais espaço

dividido em três blocos, onde o primeiro era com notícias locais do dia, o segundo

era com uma ou duas matérias mais longas e a previsão do tempo e o terceiro trazia

manchetes internacionais do jornal da rede, matérias de esporte, cultura e

comportamento. A estrutura do telejornal permaneceu, porém houve a modificação

para custeá-lo e foram demitidos vários funcionários, mas a audiência aumentou,

pois ele passou a ser um boletim informativo e mais objetivo. Pelo mesmo motivo

do programa "Paraty em Debate", o jornal saiu do ar durando apenas dois anos. O

responsável pela emissora, Umberto Molo, foi obrigado a passar a concessão para

outras pessoas pela falta de apoio. Em agosto do ano passado, o grupo evangélico

responsável pela Rede Boas Novas, do Amazonas, passou a comandar a Eco TV.

Com isso o Eco Jornal voltou ao ar. A idéia do grupo é reestruturar a emissora,

conseguindo novos patrocinadores e novas parcerias. A equipe de reportagem

aumentou em Angra dos Reis e hoje são produzidos dois telejornais próprios, o de

Angra e o de Paraty, ambos trocam duas matérias diárias.

A comunidade valoriza e acredita no trabalho da Eco TV. Além da cidade, os

moradores da zona rural também se interessam pela programação da emissora. As

pessoas já estão acostumadas a denunciar e lutar pelos seus direitos dentro da

comunidade, isso mostra que a emissora passou confiança e credibilidade à

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população. Informar sem omitir foi o caminho certo que a Eco TV traçou e teve

como resultado audiência total. Toda a comunidade acredita no trabalho da Eco TV,

vários tipos de projetos foram iniciados por intermédio da emissora, que luta para

construir uma região mais desenvolvida . O trabalho desenvolvido na Eco TV é

voltado somente à comunidade, a população confia e torce para que a emissora

cresça ainda mais, mas para que isso aconteça é preciso que haja união entre

comerciantes, empresários, comunidade e a própria TV.

A Eco TV exibiu diversos programas e todos com total audiência,

infelizmente alguns não duraram muito tempo. A falta de apoio cultural é um dos

problemas que a emissora vive há anos. A coordenadora da Eco TV, Maria Leontina

Gama explica que esse problema acontece em qualquer projeto de TV, mas que,

principalmente em Paraty, é de maneira mais agravante. A cidade está localizada

numa região onde não possui grandes empresas e fábricas. Segundo ela, por um

lado é bom, mas à nível de apoio, dificulta muito a existência de emissora. "A Eco

TV deveria contar com o apoio da região, mas isso não acontece. Esse fato é o

maior problema, a falta de verbas da região para manter a TV. Na verdade a Eco

deveria ser sustentada pela própria comunidade, o que na realidade não acontece",

afirma Maria Leontina.

A Eco TV tem um potencial fora do normal. Os projetos que a equipe da

emissora criou, todos foram aceitos pelo público, porém a falta de apoio cultural

permite a inexistência deles, que permanecem engavetados. O telespectador pode

ajudar a emissora colaborando para o crescimento dela. Os comerciantes devem se

conscientizar que Eco TV é uma fornecedora de assuntos comunitários. A TV tem

um ideal diferente dos meios de massa. O importante para esse veículo é transmitir

a informação de interesse da comunidade e o público tem aceso e participa na

elaboração das mensagens.

5.6- TV Tupinambá

Tudo começou por acaso. J. Dias Neto produzia programas de treinamento e

institucionais de lançamento de produtos na empresa "Johnson & Johnson S.A.", em

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São Paulo. Paralelamente produzia para a TV Record, onde filmou programas

famosos como "Jovem Guarda", com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia,

a "Família Trapo" e os grandes festivais de música da Record, entre outros.

Acompanhando o técnico de imagens, um pirralho seguia atentamente todo o

trabalho, sem desgrudar do tio. O nome do pirralho era Rodney Dias.

"Já nasceu com nome de artista", comenta Luiz Augusto, companheiro de

trabalho. Vendo o gosto e a tendência do sobrinho, J. Dias Neto começou a iniciá-lo

na arte de captação e direção de imagens. Rodney aprendeu rápido e bem. Algum

tempo depois, o tio deixava a "Johnson & Johnson" e ele assumia o seu lugar.

Assim nascia a "Net Work Produções de Arte", uma produtora independente de

televisão, a já bem conhecida dos angrenses "TV Tupinambá".

Isso aconteceu em 1979, embora só em 1983 a produtora fosse oficialmente

fundada. Em 1986 a "Net Work" produziu e lançou no ar, através da TV Gazeta, o

programa "Toquem Rock", o primeiro rock underground da TV brasileira, com

performance ao vivo de bandas da periferia de São Paulo e entrevistas com jovens

abordando temas como sexo, política, comportamento e música. O programa teve

tanto sucesso que conseguiu atingir 5,4 de audiência - o que é excelente - num

horário considerado "maldito" pelas emissoras de TV: quarta-feira, à meia noite e

trinta. O êxito encorajou, inclusive, outros produtores a lançarem programas do

mesmo tipo como "Fábrica do Som" e "Matéria Prima", na TV Cultura e o

"Programa Livre", no SBT.

O trabalho Pioneiro de Rodney Dias e sua equipe possibilitou, inclusive, a

implantação da MTV no Brasil. Outros programas bem sucedidos da "Net Work"

foram, por exemplo, o "VB Telemarketing", diariamente na Rede Bandeirantes e o

"Taxi Fashion", também diário, na Rede Mulher. Para a TV Globo, Rodney

produziu campanhas de datas comemorativas, como o Dia da Mulher, Dia dos

Namorados etc.

Em 1993 chegou a hora do que considera o mais importante trabalho de sua

carreira. Conseguiu os direitos de exibição de seis filmes do consagrado produtor,

ator e diretor Amácio Mazaroppi, que foram exibidos pela TV Manchete aos

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sábados, às 21h30m, obtendo elevados índices de audiência o que, na opinião da

mídia da época, constituiu a salvação da emissora, em crise profunda. A exibição

dos filmes era precedida por um prólogo/documentário sobre Mazaroppi, produzido

por Rodney Dias e apresentado pelo ator e cantor Almir Satter. O sucesso do

programa pode ser medido não só pelos índices de audiência, mas também pelos

comentários de personalidades diversas, como o Presidente da República da época,

Itamar Franco.

Quando começou a trabalhar para a "Johnson & Johnson", Rodney conheceu

um profissional que viria a formar como que o segundo elo que puxa a "Net Work",

o Sr. Luiz Augusto Rodrigues, que era gerente de vendas da empresa.

"Começamos por uma brincadeira, uma espécie de jornal de humor", lembra

Luiz Augusto e todos gostaram e assim nascia o "Jornal de Humor" da empresa.

Logo Luiz Augusto assumia o lugar de editor de texto e apresentador da "Net

Work". Luiz é consultor de propaganda e marketing, além de professor de técnicas

de vendas. Sua experiência e competência profissionais constituíram o fermento que

fez crescer a "Net Work" em produção e qualidade.

Desde 1986, Rodney vinha passar férias em Angra dos Reis. Em 1998,

depois do novo colapso da TV Manchete, o cineasta resolveu criar raízes na região,

trazendo a representação de uma conhecida marca de antenas parabólicas e painéis

triangulares para publicidade. Foi então que surgiu a proposta para a realização de

um programa de televisão bairro a bairro, nascendo, dessa forma, a nova designação

da produtora: "TV Tupinambá", que tinha tudo a ver com a região e o tipo de

programas eu Rodney e Luiz pretendiam Produzir.

De programa bairro a bairro, a proposta acabou interessando à "Viação

Senhor do Bonfim" que em uma parceria, contratou os serviços da TV Tupinambá

para exibir a programação nos televisores de sua frota que hoje possui cerca de 45

ônibus circulando em Angra dos Reis. É bom ressaltar que a programação da TV

Tupinambá é totalmente apolítica, abordando apenas temas culturais e de serviço

público.

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Porém, os projetos da TV são mais ambiciosos. Para que eles se

desenvolvessem era preciso uma terceira força, o terceiro elo dessa cadeia de talento

e qualidade. Foi aí que a "tribo dos tupinambás" se cruzou com a "tribo dos

guaranis". "E deu-se a união das tribos.", comenta Rodney Dias. "A parceria com a

Associação Cultural Beco da Arte e o Jornal "O Guarani" era o fator que nos faltava

em Angra dos Reis."

Efetivamente, muitos são os projetos que serão desenvolvidos pela TV

Tupinambá em parceria com o Jornal "O Guarani", sob a égide da Associação

Cultural Beco da Arte, marco de referência cultural de Rodney Dias e Luiz

Augusto. A TV Tupinambá ainda conta com a parceria da Fundação Delta Brasil e

com a Sony Music, que sedem direitos de exibição de programas ecológicos e clipes

musicais para a TV, deixando a comunidade e os turistas com mais informação e

motivação e tranqüilidade para a viagem.

Os projetos abarcam a cultura e a história de Angra dos Reis levadas à sério,

articulando empresas importantes da região, num trabalho de qualidade que,

certamente, constituirá mais um marco decisivo na carreira dos "tupinambás"

televisivos e na história da ABA e da cidade.

5.7- Conclusão

Realmente, o mercado da região ficou bem mais valorizado, o mercado de

trabalho ficou mais largo, a concorrência aumentou, que é uma “briga sadia” tanto

para os empresários quanto para os consumidores, o turismo aumentou na região e

tudo mais aconteceu graças à implantação das emissoras citadas acima.

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CAPÍTULO VI

CONCLUSÃO

Este trabalho monográfico tem grande valor profissional. Através da

maravilhosa "tela mágica" que a pessoa vê em casa, passa muita informação, muito

entretenimento e outras coisas afins, que essa pessoa não tem noção de quantos

profissionais estão por trás das câmeras buscando tudo de bom e do melhor para

proporcionar comodidade, tranqüilidade e lazer para os telespectadores.

Pude presenciar bem de perto esse trabalho nas emissoras que fui e,

principalmente na Central Globo de Produção, onde obtive muitas informações e

consegui passar nesse trabalho monográfico.

Todos tem um lugar, tem espaço para todos, por essa razão mostrei que, as

emissoras sucursais e, principalmente as independentes, que batalharam para ter

uma fatia desse mercado milionário, merecem obter o retorno só pelo fato de

tentarem vencer, isso é o que é importante.

"A vontade de vencer é o que nos faz crescer."

Espero que todos que peguem essa monografia gostem do conteúdo, já que o

assunto é interessante e curioso.