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REGRAS DE NOMENCLATURA ZOOL REGRAS DE NOMENCLATURA ZOOL Ó Ó GICA GICA Sistema de Classificação Inicialmente a classificação das espécies o modo de lidar com a diversidade dos organismos, era como se cada espécie fosse colocada num lugar com seu nome; quando todas as espécies estivessem em seus lugares, poderíamos compreender a diversidade da fauna. Esta visão foi satisfatória enquanto as espécies eram consideradas estáticas e imutáveis. Com a aceitação das idéias evolutivas, esse sistema ficou inadequado. Agora, é necessário expressar as relações evolutivas entre as espécies, incorporando a informação filogenética (Phyle = tribo; Gênesis = origem), ao sistema de classificação. As técnicas modernas de sistemática (classificação filogenética dos organismos), tornaram-se métodos para gerar hipóteses evolutivas testáveis.

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REGRAS DE NOMENCLATURA ZOOLREGRAS DE NOMENCLATURA ZOOL ÓÓGICAGICA

Sistema de Classificação

Inicialmente a classificação das espécies→ o modo de lidar com a diversidade

dos organismos, era como se cada espécie fosse colocada num lugar com seu

nome; quando todas as espécies estivessem em seus lugares, poderíamos

compreender a diversidade da fauna.

Esta visão foi satisfatória enquanto as espécies eram consideradas estáticas e

imutáveis.

Com a aceitação das idéias evolutivas, esse sistema ficou inadequado. Agora, é

necessário expressar as relações evolutivas entre as espécies, incorporando a

informação filogenética (Phyle= tribo; Gênesis= origem), ao sistema de

classificação.

As técnicas modernas de sistemática (classificação filogenética dos organismos),

tornaram-se métodos para gerar hipóteses evolutivas testáveis.

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Sistema Lineano de Classificação

O sistema de classificação segue os métodos estabelecidos por naturalistas

dos séculos XVII e XVIII, especialmente os do sueco Carl von Linné. O

sistema lineano expressa a Nomenclatura Binomial na designação das

espécies e as organiza em categorias hierárquicas (táxons) para sua

classificação.

NomenclaturaNomenclaturaBinomialBinomialPadronização da designação científica das espécies→ Sistema Naturae

publicado entre 1735 e 1758 por Linnaeus.

Homo sapiens

Passer domesticus

Canis familiaris

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Sistema Sistema lineanolineano

Nomenclatura taxonômica formal começou com Linnaeus, C. – criou um

sistema de classificação para os organismos no século XVIII.

O sistema lineano de classificação contém duas estruturas distintas:

Categoria e táxon

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Grupos HierGrupos HieráárquicosrquicosLineu e outros → desenvolveram o sistema natural de classsificação.

Todas as espécies similares agrupadas no mesmo Gênero; os caracteres

anatômicos eram os mais utilizados.

Assim:

Cão - pêlos eretos no pescoço

Lobo Canis - crânio com uma crista sagital

Coiote longa e proeminente de onde

Chacal originam músculos temporais

maciços

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Regras de NomenclaturaRegras de Nomenclatura(C(Cóódigo internacional de digo internacional de nomeclaturanomeclaturazoolzoolóógica, gica,

versão 2000)versão 2000)

Finalidade e exemplos

Exemplos de regras:

-O nome dos animais deve ser escrito em latim ou idioma latinizado. Canis

familiaris

-Todo animal deve ter, pelo menos, dois nomes, o primeiro referente ao gênero e

o segundo à espécie. É o sistema binominal criado por Linnaeu. Musca domestica

-O nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o nome da espécie

deve ser escrito com inicial minúscula. Geodia papyracea

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-O nome dos animais deve ser em destaque (itálico ou negrito)

-Em trabalhos científicos, depois do nome da espécie, coloca-se o nome do

autor que o descreveu seguido de vírgula e data; se houve modificação na

descrição original de uma espécie, autor e ano aparecem entre parênteses.

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Táxons do grupo da Família - Tribo

- Subfamília

- Família

- Superfamília

Eventualmente → Pré-Família (entre Superfamília e Família).

Táxons do grupo Gênero- Gênero

- Subgênero

Táxons do grupo Espécie- Espécie

- Subespécie

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Nomes dos Nomes dos taxonstaxons

UninominaisUninominais : expressos por uma única palavra, um substantivo no plural ou

adjetivo usado como substantivo; adotam-se para denominar taxons de

categorias de Filo e Subtribo; são escritos com maiúscula e não são grifados.

Ex.: Coelenterata (Filo); Insecta (Classe); Ithomiidae(Família); Ibidionini

(Tribo).

Para os gêneros → com maiúscula e grifados.

Ex.: Apis ; Musca; Homo ou Apis; Musca; Homo

Categoria: Família ..............IDAE

Subfamília ........INAE

Superfamília .....OIDEA

Tribo ..................INI

Subtribo ............INA

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Nomes dos Nomes dos taxonstaxons

BinominaisBinominais: usados para táxons da categoria da espécie.

Nome do gênero no qual a espécie está classificada, seguido de um segundo

termo, próprio da espécie.

Ex.: Apis mellifera

Quando o nome genérico já foi mencionado anteriormente no texto de um

trabalho, não há necessidade de citá-lo por extenso, sempre que apareça;

basta usar a letra inicial seguida de ponto. Deste modo, num estudo sobre o

gênero Oncideres, após uma primeira citação, as espécies poderão ser

mencionadas: O. impluviatae O. singulata.

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PublicaPublicaçções de nome cientões de nome cientííficofico

As publicações que encerram novos nomes científicos ou outras informações

que afetem a nomenclatura, devem satisfazer algumas exigências:

-os trabalhos devem ser de domínio público;

-impressos em papel e com tinta que garantam sua preservação em

numerosas cópias idênticas, possíveis de serem obtidas por compra, doação

ou permuta;

- a simples menção de um nome científico não determina sua validade. O

Código determina as condições a serem satisfeitas no que tange à publicação

onde o nome foi mencionado; a língua em que foi escrito (latino ou

latinizado) e a forma (binomial);

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Publicações de nome científico

3. Nome dos autores

Musca domestica Linnaeus Nome da pessoa que publicou

Musca domestica L. o táxon pela 1a vez.

4. Autores em colaboração: quando a publicação tem dois ou mais autores →

MerostenusMarioni & Monné

O símbolo “ & “ entre o nome dos dois últimos autores.

5. Nome de autores separados por “in”:

Ex.: Hexoplon integrumNapp in Fragoso → o nome científico tem como

autor Napp, mas foi publicado numa obra cujo autor éFragoso.

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PublicaPublicaçções de nome cientões de nome cientííficofico

6. Data da publicação: é a data onde o trabalho apareceu pela 1a vez.

Ex.: Sphaerion Newman, 1832 → o nome foi publicado pela primeira

vez por Newman em 1832.

7. Nomes de autores entre colchetes:

Indica que o nome foi publicado anonimamente e o nome do autor

descoberto “a posteriori”.

Ex.: Smodicum americanus[ Rossi ]. Após 1950, contudo, um novo

nome publicado anonimamente não tem validade.

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PublicaPublicaçções de nome cientões de nome cientííficofico

8. Lei da Prioridade:

Dentre esta lei que todos os nomes propostos para um mesmo táxon,

o mais antigo é o que tem validade. Todos os nomes referentes ao

mesmo táxon são sinônimos; o nome válido, isto é, o mais antigo,

denomina-se sinônimo sênior e os outros sinônimos juniores.

Ex.: Fabricius, em 1798, descreveu o Gênero Prionus. O mesmo

Gênero voltou a ser descrito em 1840, por Dalman, como Saperda

e, ainda mais uma vez, por Bates, em 1900, como Tomopterus.

Constatou-se que todos esses nomes aplicam-se ao mesmo táxon.

São, portanto, sinônimos. O nome válido éPrionusFabricius.

Então, PrionusFabricius, 1798 → Sinônimo Sênior

SaperdaDalman, 1840 , Syn. n. Sin. juniores

TomopterusBates, 1900 , Syn. n.

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Publicações de nome científico

9. Lei da Homonímia:

- 2 animais, completamente diferentes podem receber, por coincidência, nomes

idênticos (homônimos);

- reza a lei da homonímia que o homônimo mais recente deve ser rejeitado e

substituído.

Ex.: Em 1810, Buck denominou Tulcuscerto Gênero de peixe; em 1940, Pizzaro

descreveu um Gênero de insetos também com o nome Tulcus. Pela lei da

homonímia, TulcusPizzaro, 1940 deve ser rejeitado em favor de TulcusBuck,

1810. O homônimo junior deve receber um novo nome. O autor do nome novo é

sempre quem o propõe.

Suponhamos que Austin, em 1948, tenha descoberto a homonímia do exemplo

acima; propôs o nome Vulgus para o homônimo junior, isto é, para Tulcus

Pizzaro.

A citação seria:

VulgusAustin, 1948.

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Escola fenética

A Escola Fenética surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos,

coincidindo com o aparecimento dos primeiros computadores de grande

capacidade e das primeiras calculadoras científicas. Os feneticistas, ao

trabalharem com o maior número possível de semelhanças, desvinculam-se

de um enfoque evolutivo e das relações filogenéticas dos grupos estudados.

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Na Escola Fenética, também denominada taxonomia numérica, a

organização do conhecimento sobre a diversidade dos organismos se baseia em

um conjunto de métodos matemáticos bem claros, porém não está

fundamentada em uma teoria biológica.

Analisam a proximidade entre os grupos estudados com base no

conjunto de caracteres.

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Este conjunto visa a reunir grupos animais com o maior número

possível de semelhanças observáveis. As características de cada organismo são

quantificadas através de critérios matemáticos, e a similaridade entre eles é

expressa por porcentagens de semelhanças e distâncias geométricas entre os

organismos. Em função das distâncias calculadas, os organismos são reunidos

em grupos e subgrupos.

Corrêa & Uieda, 2008

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A proposição dessa abordagem para a Sistemática foi influenciada por

fatores diferentes:

1- a dificuldade de lidar com os padrões aparentemente

incongruentes da evolução, encontrando explicações convincentes para esses

padrões;

2- o subjetivismo das decisões dos sistematas tradicionais, que

criavam ou desfaziam táxons com base em um ou poucos caracteres e sem

critérios definidos e,

3- pelo interesse em desenvolver um sistema operacional “ágil”

para atividades de identificação taxonômica, aproveitando os recursos

computacionais disponíveis.

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Analisando uma classificação fenética, no entanto, não é possível

determinar a princípio que tipo de semelhança (evolutivamente falando)

existe entre os grupos, ou seja, que tipo de agrupamentos são formados

do ponto de vista do parentesco. O fenograma informa apenas que “há

uma semelhança ente eles”. O resultado da análise fenética é a

produção de classes essencialistas, abstratas, descompromissadas de

significado biológico e histórico.

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Escola EvolutivaEscola Evolutiva

A Escola Evolutiva, também denominada Escola Gradista, não

desenvolveram nenhum método para organizar o conhecimento sobre a diversidade

biológica.

Os critérios para reunir grupos de organismos têm como suporte o

conceito de grados. Os grados são definidos como a expressão dos graus da história

evolutiva dos grupos. Conforme este conceito, um determinado grupo, que tenha

atingido a habilidade de explorar um ambiente muito diferente, receberia um status

separado do que têm seus ancestrais, ou seja, passaria de um grado para outro que

lhe é superior.

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Os animais de sangue frio são denominados pecilotérmicos.

Um bom exemplo é encontrado entre os vertebrados. Os peixes,

habitantes de ambientes aquáticos, representariam a forma mais parecida com o

ancestral dos demais vertebrados. A invasão do ambiente terrestre seria um

grado na história evolutiva dos vertebrados. Desta forma, os demais vertebrados

que se adaptaram às novas condições do ambiente seriam reunidos em um novo

grupo ou grado, o dos Tetrapoda que, como os peixes, apresentam sangue frio.

Por sua vez, entre os Tetrapoda surgiram formas capazes de controlar a

temperatura corpórea, denominadas animais de sangue quente ou

homeotérmicos. Tais formas teriam surgido como dois grados independentes: as

aves com capacidade de vôo e com penas, e os mamíferos com pêlos e

glândulas mamárias.

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Escola Cladista

Sistemática filogenética

Willi Hennig (1913 -1976)

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Escola Cladista

Sistemática filogenética

Objetivo de reconstruir a história da vida, mesmo quando só se pode

contar com os dados do presente.

Hipótese de parentesco de diferentes táxons.

Significado evolutivo dos caracteres:

Clados ou linhagens evolutivas

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Escola Escola CladistaCladista

Sistemática filogenética

Willi Hennig (1913 -1976)

Entomólogo alemão, publicou em 1950 o livro Grundzüge einer Theorie der

Phylogenetischen Systematik. Durante 16 anos, suas idéias ficaram praticamente

desconhecidas para a comunidade científica. Somente em 1966, elas foram difundidas,

com a publicação em inglês da síntese de seu método de reconstrução filogenética,

inicialmente denominada sistemática filogenética. Atualmente, o termo mais utilizado

para esta escola de pensamento écladismo.

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Reconstruir a história da vida, mesmo quando só se pode contar com os

dados do presente.

- Finalidade: hipótese de parentesco de diferentes táxons.

Divisão da Biologia evolutiva: macroevolução e microevolução

Macroevolução: evolução em grande escala - origem de novos planos de

organização, direções evolutivas, relações filogenéticas de espécies,extinção

em massa e irradiação adaptativa

Microevolução: alterações na constituição genética de populações naturais

processos de recombinação durante a gametogênese.

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Conceitos de espécie:

Tipológico :tipo. Exemplo: "cão" (nem todos são idênticos, mas há

numerosos caracteres em comum)

Morfológico: espécie tipológica reconhecida apenas pela morfologia (o valor

dos caracteres depende da experiência e da intuição do observador). Na

prática o mais utilizado pelos sistematas.

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Conceitos de espécie:

Biológico (Mayr, 1957,1963,1969,1976): "agrupamento de

populações naturais capazes de se intercruzarem e que são

reprodutivamente isoladas de outras populações"

Evolutivo ( Meglitsch, 1954, Simpson,1961,Grant, 1971, Wiley,

1978): "uma linhagem única de populações formadas de ancestrais e

descendentes, que mantêm sua identidade em relação às outras

linhagens e que apresenta suas próprias tendências evolutivas e seu

próprio destino histórico"

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Por que o método cladístico é importante para os biólogos?

Prediz as propriedades de organismos. Exemplo: possíveis genes e

compostos biológicos particulares importantes no tratamento de doenças;

Ajuda o esclarecimento de mecanismos de evolução: teste de hipóteses

sobre adaptação, há muito estabelecidas (ecologia histórica)

Útil na criação de sistemas de classificação: reconhece e emprega a teoria

evolutiva.

Auxilia a deduzir as relações históricas entre áreas geográficas