sistema de certificação energética emitiu 577 mil ... · a questão da confiança na tempestade...

16
QUARTA-FEIRA 10 JULHO 2013 www.imobiliario.publico.pt DR PUBLICIDADE Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil certificados desde 2007 A classificação do desempenho energético do edificado nacional continua amplamente centrada nos prédios residenciais p08 Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente Leilões permitem aquisição de imóveis por preços mais baixos O Millennium bcp tem desafiado as imobiliárias para novas abordagens ao mercado p06 Lisboa recebe Semana da Reabilitação Urbana em abril de 2014 A reabilitação urbana, como veículo de animação das cidades, vai ter eventos dirigidos a todos os públicos p15 SUPLEMENTO COMERCIAL

Upload: vukhanh

Post on 13-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

QUARTA-FEIRA 10 JULHO 2013 www.imobiliario.publico.pt

DR

PUBLICIDADE

Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil certificados desde 2007A classificação do desempenho energético do edificado nacional continua amplamente centrada nos prédios residenciais p08

Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente

Leilões permitem aquisição de imóveis por preços mais baixos

O Millennium bcp tem desafiado as imobiliárias para novas abordagens ao mercado p06

Lisboa recebe Semana da Reabilitação Urbana em abril de 2014

A reabilitação urbana, como veículo de animação das cidades, vai ter eventos dirigidos a todos os públicos p15

SUPLEMENTO COMERCIAL

Page 2: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

02 Opinião IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

Avaliação geral: mais um nó cego na asfixia fiscal

A questão da confiança na tempestade política

A estratégia da interven-

ção da UE, do BCE e do

FMI foi defi nida há dois

anos no Memorando.

O Primeiro-Ministro,

Passos Coelho, logo se apressou a

transmitir ao Povo a sua decisão de

ir ainda mais além da punição fi scal

da troika. O Príncipe procura aliviar

o garrote do Povo. Não ajuda a pu-

xar a corda da asfi xia.

Ao longo do extenso ciclo de vi-

da útil do imóvel, são atirados, pelo

governo central e governos locais,

contínuas vagas de impostos, taxas

e alcavalas, acrescidos de dupla e

até tripla tributação. São impostas

da mais variada natureza, desde

pesados impostos em espécie (“ce-

dências gratuitas” de terrenos, de

equipamentos públicos, de infraes-

truturas, de lotes infraestruturados)

até taxas que são autênticos e exor-

bitantes impostos, impostos sobe

infl ação e outros falsos lucros, im-

postos burocráticos e juros de anos

ou décadas, impostos sobre juros e

comissões, impostos por transação

de imóveis além do IVA não reem-

bolsado às empresas de construção,

“compensações” e alcavalas de toda

a espécie.

A indústria de construção priva-

da foi há muito transformada nu-

ma pesada e insaciável correia de

transmissão sobre os cidadãos, de

impostos e alcavalas visíveis e clan-

destinos, incluindo impostos sobre

stocks ainda “invendidos”.

Quando uma família compra um

apartamento novo, paga, de fac-

to, dois: fi ca com um, para nele

residir, e entrega outro ao Estado,

sob a forma de impostos e alca-

valas. E, depois da compra, fi ca a

pagar, até à eternidade, impostos

e alcavalas sobre os tais dois imó-

veis que realmente pagou. A troika

e o Governo vieram ainda tornar

mais pesada e injusta esta violên-

cia contra o direito fundamental

à habitação e às condições de

Uma atitude de algumas

senhoras casadas de

uma certa aristocracia

que esperam que o ma-

rido não lhes seja infi el,

que se porventura o for elas não fi -

quem a saber que tal aconteceu ou

que, fi nalmente, sabendo não se

importem que tal ocorra, essa ati-

tude não se aplica à política. Neste

campo não há infi delidades e aqui-

lo que, às vezes, somos tentados a

confundir como tal, quando e se

ocorre, são posições assumidas

para serem tornadas públicas. O

grande risco, comum ao das infi -

delidades conjugais, é o da quebra

de confi ança que elas podem gerar

na relação.

Numa relação política, importa

preservar a confi ança de terceiros,

nomeadamente a confi ança dos in-

vestidores, internos e externos, e,

no caso concreto de Portugal, com

uma dívida pública elevada e com

difi culdade de fi nanciamento, a con-

fi ança dos mercados onde se com-

pra e vende títulos de dívida. Não

direi que a confi ança em Portugal

tenha de ser tão elevada que haja

quem esteja disposto a pagar para

nos emprestar dinheiro, como há

quem o faça à Alemanha, pagando

assim a garantia de um empréstimo

considerado à prova de bala.

Portugal não precisa de gerar uma

confi ança tão fundamentalista, mas

também não pode trair as expectati-

vas que, directa ou indirectamente,

foram sendo criadas nas avaliações

serenas, mesmo quando críticas,

da nossa evolução económica à luz

do tratamento de choque a que se

submeteu, ignorando quer os efeitos

positivos desse mesmo tratamento

de choque quer os efeitos negativos

e contraproducentes de um prolon-

gado e perigoso por excessivo trata-

mento tão radical. É evidente para

todos que, no centro da tempesta-

de política da semana passada está

PUBLICIDADE

competitividade global nacional.

O objetivo do Governo do aumen-

to das receitas do IMI, em relação a

2011, foi, grosso modo, a duplicação

de receitas, ou seja o aumento de

cerca de 1,2 mil milhões de euros.

As cláusulas de salvaguarda são me-

ros truques de anestesia. Somam-se

os aumentos de IMT e outros.

O ato de avaliação geral de um

prédio tem a natureza de perícia

conducente à avaliação direta do

imóvel em causa. Não é mero pos-

tulado administrativo nem consiste

em avaliação indireta.

E a lei e a deontologia exigem ao

perito o respeito rigoroso pelo prin-

cípio da imparcialidade entre inte-

resses do contribuinte e do fi sco e

da responsabilidade pela exatidão,

rigor e fundamentação dos cálculos

e dados usados na determinação do

VPT. Igualmente exigem rigor do

Perito na determinação da natureza

legal do tipo de prédio, dado que

dessa natureza depende o tipo de

cálculos e dados a usar na determi-

nação do VPT. Muitos desses dados

estão frequentemente desatualiza-

dos ou inexistentes nas inscrições

matriciais. Dados errados não são

dados. Em perícias, são lixo.

A metodologia operacional da

avaliação geral foi concebida ain-

da antes de resultados da política

geral de “austeridade”. Errada nas-

ceu e errada continuou. O secretá-

rio-de-Estado, Paulo Núncio, teve

o cuidado de vir tornar claro que

a avaliação geral de um imóvel é

incompatível com erros grosseiros

nos cálculos, nos critérios, nos da-

dos ou na fundamentação, mesmo

após ocorrer notifi cação do contri-

buinte. A asfi xia fi scal imobiliária

não desaparece, assim. Mas é me-

nos injusta. E fi sco injusto não é

imposto. É “abusosto”.

Presidente da APAE –

Associação dos Avaliadores

de Engenharia

este confronto de soluções para a

nossa crise.

O mais grave de qualquer crise

política de contornos semelhantes à

que defl agrou na semana passada é,

para os mercados, mercado imobi-

liário incluído, a falta de confi ança

que a situação gera, uma descon-

fi ança que corre o risco de alastrar

até ao descrédito nas instituições.

Não é preciso ser Prémio Nobel da

Economia para perceber que este

ambiente é mau para o funciona-

mento normal dos mercados sau-

dáveis.

No mínimo, agrava-se a perigosa

tendência para a estagnação, com

a retração dos investidores e até

com o adiamento de decisões que

contribuiriam para fazer movimen-

tar mercados (como comprar um

pequeno apartamento para sair de

casa dos pais, entre outras), na com-

preensível espera de quem não quer

arriscar com medo do que o futuro

possa ser ainda pior. Neste cenário,

a Economia do país em vez de recu-

perar afunda-se. Sei, por dever de

dirigente do movimento associati-

vo empresarial, que há governantes

conscientes destes perigos.

Lembro-me que quando o actu-

al governo assumiu funções e eu

conheci a Drª Assunção Cristas, a

ministra da tutela do sector da Cons-

trução e do Imobiliário, por quem

fui adquirindo enorme consideração

e respeito, ouvi a própria ministra

reconhecer que há problemas que

mereciam soluções mais céleres mas

que estas nem sempre são adopta-

das por não dependerem exclusiva-

mente de quem governa. Continuo a

acreditar que também é assim.

Presidente da APEMIP

e Presidente da CIMLOP

Confederação da Construção

e do Imobiliário de Língua

Ofi cial Portuguesa

[email protected]

Freitas LopesLuís Lima

www.vidaimobiliaria.com

Conheça já o novo site da Vida Imobiliária

ASSINATURA DIGITAL:

€19,99TRIMESTRALOferta Voucher 5€

Assine já em: loja.vidaimobiliaria.com

€49,99ANUALOferta Voucher 10€

Page 3: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013 Atualidade 03

Pedidos ultrapassam os 1800 mas despejos efetivos não atingem os 200

O Balcão Nacional de Arrendamen-

to (BNA) emitiu, até fi nal de Maio,

193 títulos de desocupação de casas,

segundo os últimos dados do Minis-

tério da Justiça, que registou 1867

requerimentos de despejo até fi nal

de Junho.

De acordo com a Lusa, segundo

informações recolhidas junto do Mi-

nistério da Justiça, “até ao fi nal de

Junho de 2013, deram entrada 1867

Requerimentos de Despejo”.

Quando passam seis meses sobre

a entrada em funcionamento do

BNA, criado em Janeiro no âmbito

da reforma do arrendamento urba-

no, “foram convertidos em Título de

Elisabete Soares Desocupação do Locado, 193 reque-

rimentos de despejo”, acrescenta a

informação do gabinete da ministra

Paula Teixeira da Cruz. Do total de re-

querimentos de despejo, 939 foram

recusados, acrescentou, a mesma

fonte do ministério, à Lusa.

O BNA, na dependência da Dire-

ção-geral da Administração da Justi-

ça, foi criado para agilizar os despe-

jos de inquilinos incumpridores.

A tutela lembra, ainda, caber à Co-

missão de Monitorização da Reforma

do Arrendamento Urbano analisar,

nomeadamente, a concretização dos

objetivos deste processo, no qual se

inclui o BNA.

O primeiro relatório trimestral

da comissão “será oportunamente

publicado”, acrescentou o gabinete

governamental.

Em Maio, um documento provisó-

rio desta comissão, apontava como

ponto menos positivo da reforma o

“atraso e a inoperância dos sistemas

informáticos” dos serviços das Finan-

ças e do Ministério da Justiça neces-

sários para aplicar a lei. Recorde-se

que a divulgação deste documento

levou ao pedido de demissão do car-

go de Tiago Duarte, presidente da Co-

missão de Monitorização da Reforma

do Arrendamento Urbano, alegando

“violação grosseira dos deveres de

confi dencialidade”, por parte dos

membros da comissão. Contudo,

de acordo com aquele documento,

“crê-se poder destacar-se, como pon-

O Balcão Nacional de Arrendamento registou 1867 requerimentos de despejo até final de Junho, mas os despejos efetivos não atingem os 200

PUBLICIDADE

to menos positivo, o atraso e a ino-

perância dos sistemas informáticos

relativos ao Rendimento Anual Bru-

to Corrigido (RABC), e ao Balcão Na-

cional de Arrendamento (BNA), que

têm impedido, nesta primeira fase, a

execução global da reforma tal como

legislativamente pensada”.

Atualização à espera do fi scoO Ministério das Finanças tem pen-

dentes 27 mil pedidos de compro-

vativo do rendimento anual bruto

corrigido (RABC), indispensável pa-

ra concluir o processo de fi xação da

nova renda quando o arrendatário

alega ter difi culdades fi nanceiras.

Este ministério admitiu não haver

qualquer data prevista para a reso-

lução do problema.

A Comissão de Monitorização da

Reforma do Arrendamento Urbano

identifi ca este fator como o mais “

preocupante no atual funcionamen-

to da reforma”. Segundo o projeto de

relatório da comissão, 14.124 inquili-

nos efetuaram o pedido de carência

económica.

DR

Do total de requerimentos de despejo, 939 foram recusados, refere fonte do Ministério da Justiça

Page 4: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

04 Atualidade IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

Em linhas gerais, explica o respon-

sável, “a política comercial da Banif

Imobiliária é a de não vender com

destruição de valor, mantendo as-

sim uma estratégia de preço mais

adequada ao valor intrínseco do

património”.

Com isso em vista, a instituição

está a apostar forte em “campa-

nhas comerciais apelativas e em

linha com a nossa política comer-

cial, assim como uma comunicação

integrada com a rede comercial in-

terna e externa, em território na-

cional e internacional, fortemente

alavancada por ações de marketing

e comunicação”.

Uma estratégia que está a dar

Susana Correia

Banif Imobiliária já atingiu vendas superiores a 2012Fruto de “uma ação muito efetiva ao nível da recuperação de crédito, traduzida essencialmente por dações em pagamento”, a Banif Imobiliária tem hoje uma carteira de imóveis no valor de 1000 milhões de euros para comercialização, revela o Presidente da Comissão Executiva, José Mouquinho

frutos pois, revela José Mouqui-

nho, “no que diz respeito à taxa

de execução de vendas, a Banif

Imobiliária tem já um volume de

vendas ligeiramente acima do ob-

jetivo, sendo que este valor é quase

idêntico ao total de vendas concre-

tizadas em 2012”.

Toda a oferta imobiliária da Banif

Imobiliária para comercialização

(venda ou arrendamento) está dis-

ponível online para consulta em

www.imoveisbanif.pt, lançado em

fevereiro. Oferendo imóveis resi-

denciais e não residenciais, atual-

mente o portal conta com uma mé-

dia de 1.500 visitas por dia e, “ainda

que a maior parte dos acessos seja

feita no território nacional, assiste-

se a um crescimento de visitantes

oriundos de países estrangeiros”,

sublinha o responsável.

Criando sinergias com as restan-

tes áreas do banco, a Banif Imo-

biliária disponibiliza aquilo que

considera ser “condições de fi nan-

ciamento muito competitivas” pa-

ra a aquisição de casa própria ou

secundária, de espaços comerciais

ou para obras.

Válida para residentes, emigran-

tes e não residentes, estas condi-

ções incluem a possibilidade de fi -

nanciamento de 100% do valor de

venda do imóvel por um prazo até

45 anos (até um limite máximo de

75 anos de idade), com opção de ca-

rência de pagamento de capital nos

primeiros quatro anos de contrato

e isenção de pagamento de comis-

sões de processo e avaliação.

O Banif disponibiliza spreads

A Banif Imobiliária é ainda “detentora de uma vasta carteira na área do turismo residencial”

até 0,5%, para a oferta disponível

durante os três primeiros anos me-

diante um valor de fi nanciamento

inferior ou igual a 60% e um des-

conto máximo de 10% sobre o valor

de venda do imóvel.

Quase metade da oferta disponível é para habitaçãoApostando quer na venda, quer

no arrendamento, cerca de 48%

da oferta da Banif Imobiliária diz

respeito ao setor residencial, com

a maioria (62%) das casas concen-

trada nas regiões de Faro, Porto,

Funchal e Lisboa. De referir que

60% desta oferta corresponde às

tipologias T2 e T3. E, numa altura

em que o arrendamento habitacio-

nal parece estar na moda, “neste

momento estão já em arrendamen-

to mais de 300 imóveis, entre os

arrendados diretamente e os colo-

cados no FIIAH gerido pela Norfi n”,

diz o responsável.

Fora da área residencial, a ofer-

ta disponível está concentrada so-

bretudo em lojas e terrenos que

representam cerca de 27 % do par-

que total de imóveis, localizados

“essencialmente” nos distritos do

Porto, Lisboa e Funchal”.

A Banif Imobiliária é ainda “de-

tentora de uma vasta carteira na

área do turismo residencial”, sen-

do que nesta área “a principal pre-

ocupação passa pela rentabilização

imediata dos ativos, numa primeira

fase através da exploração turística,

para poder potenciar a venda dos

mesmos”, avança José Mouquinho.

Por isso, garante, “procuramos se-

lecionar os parceiros mais adequa-

dos na área do turismo, tendo em

conta as caraterísticas dos ativos,

a sua dimensão e as perspetivas de

valorização”.

Na perspetiva de venda, a Banif

Imobiliária tem já assinados con-

tratos de mediação imobiliária

para alguns desses ativos, “com

grandes players internacionais e

para mercados concretos”, além

de acordos de cooperação em en-

tidades ofi ciais para promoção dos

empreendimentos em mercados ex-

ternos. Até porque, uma das prin-

cipais metas para este ano passa

também por “aproveitar o Golden

Residence Permit Programme para

colocação de património imobiliá-

rio no segmento Não Residentes”,

afi rma o responsável.

Edifício sito na Rua das Gaivotas, 10 a 24, em Lisboa.

Áreas aproximadas:2

2

VENDE-SE

EDIFICIO EM LISBOA“RUA DAS GAIVOTAS, 10 A 24”

Proposta para Aqui-sição do Imóvel Rua das Gaivotas, 10 a 24, Lisboa

Para mais informações contactar: www.estamo.pt

Page 5: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia
Page 6: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

Cidade em análiseDR

Os leilões são uma das muitas formas que o Millennium bcp tem de comercialização de imóveis

“Os leilões que o banco promove

têm, em termos médios, melhores

condições de valor de aquisição do

imóvel, mantendo as propostas de

fi nanciamento atrativas promovidas

pelo banco”, salienta José Araújo,

diretor do Millennium bcp.

Na sua opinião, os leilões são uma

das muitas formas que o banco tem

de comercialização de imóveis, den-

tro do ciclo de vida criado para cada

produto, sendo complementar à me-

diação tradicional e às campanhas

segmentadas que realizam habitu-

almente.

No entanto, o seu peso nas ven-

das do banco é, ainda, diminuto.

Isto deve-se também ao fato de que

“nem todo o produto é vendável em

leilão”, esclarece o responsável.

De acordo com José Araújo, o Mil-

lennium bcp tem tentado criar “uma

tendência e desafi ado as empresas

imobiliárias, nossas parceiras, pa-

ra novas abordagens ao mercado,

criando e potenciando oportunida-

des através da sua segmentação e

especialização por produto”.

Foi desta forma que nasceram os

leilões específi cos para as lojas e es-

paços comerciais. “Trata-se de mer-

cados com público-alvo distinto, on-

de é necessário ter especialistas para

a sua comercialização”, refere.

No caso dos leilões comerciais o

balanço é positivo, mas está ainda

distante dos resultados dos imóveis

habitacionais (mercado com grande

maturidade). “Os leilões exclusivos

de espaços comerciais, estão, ainda,

num estágio de crescimento em ter-

mos de ciclo de produto, pelo que

as margens de crescimento são de

elevado potencial, face a públicos-

alvo que tendem a diversifi car os

seus investimentos (com retornos

de investimento mais elevados), ou

mesmo para quem procura alargar/

criar o seu negócio”, adianta.

Na opinião de José Araújo, “é,

pois, necessário dinamizar este se-

tor de mercado gerador de negócio

e potencializador da economia lo-

cal, e esta é uma forma de criar boas

oportunidades de negócio onde a

aquisição é muito racional”.

Segundo o responsável, o fator

preço/oportunidade é o principal

atrativo, alicerçado nas condições

de fi nanciamento disponíveis no

Millennium bcp, contudo necessita

Leilões permitem aquisição de imóveis por preços mais baixosO Millennium bcp tem desafiado as imobiliárias para novas abordagens ao mercado, criando e potenciando oportunidades através da segmentação e especialização por produto

de uma decisão rápida. “Podemos

compará-los aos saldos no mercado

do comércio de retalho”, refere.

Concretizar bons negóciosNa opinião de Ana Luísa Ferro, di-

retora comercial da leiloeira Uon,

“a inclusão de ativos em leilão pres-

supõe a defi nição de um preço de

oportunidade e, por consequência,

a possibilidade de se concretizarem

bons negócios. Seja para quem ven-

de, que realiza capital mais rapida-

mente, seja para quem compra, que

o faz a preços mais competitivos”.

Na sua opinião, o desconto obtido

Millennium bcp procura novos mercados para o imobiliárioApós a consolidação da sua posição no mercado nacional, o Millennium bcp passou a procurar novos mercados com potencial de negócio para os seus imóveis em carteira e para os imóveis que os promotores - apoiados financeiramente - têm para venda. “Foi neste sentido que, através das leiloeiras tradicionais, o Millennium bcp procurou potenciar a sua participação

“a divulgação de ativos com características especiais: praia, campo, golfe, moradias no espaço rural, pode revelar-se, especialmente, interessante, seja para estrangeiros com uma determinada faixa etária, que buscam o clima português, seja para luso emigrantes que pretendam regressar”. A Uon esteve presente, recentemente, em Paris, onde

em feiras internacionais, que geram contactos mas, ao mesmo tempo, possibilitam que esses mercados possam aceder diretamente às oportunidades em pé de igualdade (através de vídeo conferência ou on-line) aumentando o mercado de potenciais clientes além-fronteiras”, adianta José Araújo.Na opinião de Ana Luísa Ferro,

depende de uma série de variáveis

e sobretudo do interesse suscitado

pelo imóvel, já que a existência de

vários potenciais clientes pode fazer

potenciar o valor do imóvel.

Na opinião de Diogo Pitta Livério,

diretor comercial da Euro Estates,

outra das leiloeiras tradicionais,

“normalmente os imóveis em lei-

lão benefi ciam de um desconto na

ordem dos 30%, face aos valores de

mercado”.

Contudo, para a operação de fi -

nanciamento é necessário começar

por fazer a avaliação da capacidade

creditícia do cliente, que depende

da instituição de crédito consultada.

“A venda em leilão é idêntica a uma

mediação tradicional, ou seja, não

existe garantia de crédito, por isso é

que nós aconselhamos a que, caso o

cliente esteja interessado num imó-

vel, deve de imediato perceber se

tem capacidade de endividamento e

se consegue aprovação de crédito”,

o responsável da Euro Estates.

Para Ana Luísa Ferro, “a Uon

acompanha o cliente e presta todo o

apoio na preparação da documenta-

ção. Nunca pode intervir na decisão

de crédito, nem assegurar perante o

cliente a sua obtenção”, esclarece.

a comunidade portuguesa tem forte expressão, e em Londres.“A Euro Estates voltou a realizar, em simultâneo, um leilão no passado dia 26 de Maio com imóveis de norte a sul do país em três salas/cidades ao mesmo tempo, Lisboa/Porto/Paris, que correu bastante bem com salas cheias, comercializando mais de 60% das frações”, adianta Diogo Livério.

O que deve saber se vai participar num leilão de imóveis• É fundamental que os potenciais interessados visitem os imóveis, verifiquem da necessidade ou não de intervenções, sejam estas simples pinturas, substituição de louças, caixilharias ou chão, ou obras mais complexas. Estas intervenções devem ser cuidadosamente avaliadas previamente, disponibilizando a leiloeira esse tipo de serviço.• É igualmente determinante avaliar a respetiva capacidade creditícia, tarefa em que as empresas leiloeiras podem também prestar colaboração, acompanhando o cliente junto de uma instituição de crédito e apoiando na obtenção e entrega de toda a documentação.Assegurada a visita ao imóvel e atestada a capacidade para fazer face ao serviço da dívida, caso decida recorrer ao crédito, deverá inscrever-se no dia do leilão, para o que necessitará:• Cartão de Cidadão ou Bilhete de Entidade, se particular e Certidão do Registo Comercial, caso se trate de uma empresa;• Dois cheques, um que será emitido em nome da leiloeira e devolvido no fim do leilão e um outro que servirá para pagar o sinal quando assinar o Contrato de Promessa de Compra e Venda, caso arremate.

Page 7: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013 Oportunidades 07

Oportunidades

Lisboa

Leilão de imóveis do Millennium bcp, no dia 14, em Lisboa

Moradia T3Nº do Imóvel: 63964Freguesia de Albufeira (Albufeira)Base de licitação: 150 mil euros

Moradia T3, com 146 m2 de área. Ano de construção 2011. A moradia tem um valor base de licitação de 150 mil euros.

Moradia V3Nº do Imóvel: 59711Freguesia de Aljezur (Aljezur)Base de licitação: 124 mil euros

Moradia V3, com 142 m2 de área. Ano de construção 2009.A moradia tem um valor de licitação de 124 mil euros.

LojaNº do Imóvel: 55094Freguesia de Santa Maria dos Olivais (Lisboa)Base de licitação: 86 mil euros

A loja apresenta uma área de 73 m2. Ano de construção de 2005.Tem um valor de licitação de 86 mil euros.

Moradia T4Nº do Imóvel: 21969Freguesia de Turcifal (Torres Vedras)Valor de licitação: 240 mil euros

A moradia T4 tem uma área de 239 m2. Ano de construção de 2006. Tem um valor de licitação de 240 mil euros.

*Leilão organizado pela Euro Estates no dia 14 de julho às 15H00 em Lisboa no Corinthia Lisboa Hotel, Av. Columbano Bordalo Pinheiro nº 105.Contactos: 21 301 31 41 / 21 301 31 42 / 21 382 84 60 / 96 127 60 65 (2ª feira a 6ª feira das 9H30 às 19H00) ou [email protected]

A

CD

E

F

G

HI

B

S

TSão MamedeS. Seb. da Pedreira

1694€ - 2483€2483€ - 3272€3272€ - 4061€4061€ - 4850€

Perfil sociodemográfico

Área (km2)População (n.º)Densidade populacional (n.º/km2)Famílias (n.º)N.º de fogos

Valor Ranking nacional

85547.348

6.445243.892322.865

246º1º2º1º1º

N.º novos fogos licenciados (acum. 2007-09)N.º fogos com DCR emitido (acum. 2009-10 )% De 1 quarto ou inferior% De 2 quartos% De 3 quartos% De 4 quartos ou superior% Com certificação A ou A+

Dinâmica de promoção nova Valor Ranking nacional

8314.71432%24%24%20%74%

15º1º

Índice confidencial imobiliário

Perfil demográficoConcelho de Lisboa (1ºT 2013)

Licenciamento de novas habitações

Valor médio de oferta/m2Total 1.º T de 2013

1.º T 2005 1.º T 201390

95

100

105

110

LH

N

D J BQ

A

I

FP

EG

M S

T RK

C

O

AjudaAlto do PinaAnjosBenficaEncarnaçãoGraçaLapaLumiarMártires

J

LM

N

O

P

QR

KN. Senhora de FátimaPenha de FrançaS. Maria dos OlivaisSanto CondestávelS. Domingos de BenficaSão Francisco XavierSantiagoSão João de DeusSão Jorge de Arroios

Fonte: INE; Estatísticas Ci/ADENE; LardoceLar.com

Mais Oportunidades Millennium na área de imobiliário de millenniumbcp.pt. Marque as suas visitas através da linha M Imóveis 707 91 20 20 (atendimento personalizado das 10h-22h). Custo máximo por minuto: 0,10€ para chamadas a partir da rede fixa e 0,25€ para chamadas a partir da rede móvel. Acresce IVA.

Page 8: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

8 Eficiência Energética IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

O sector dos edifícios é responsável

pelo consumo de, aproximadamen-

te, 40% da energia fi nal na Europa.

No entanto, mais de 50% deste con-

sumo pode ser reduzido através de

medidas de efi ciência energética, o

que pode representar uma redução

anual de 400 milhões de toneladas

de CO2 – quase a totalidade do com-

promisso da UE no âmbito do Pro-

tocolo de Quioto.

O Sistema Nacional de Certifi ca-

ção Energética e da Qualidade do

Ar Interior nos Edifícios é um dos

três pilares sobre os quais assenta a

nova legislação relativa à qualidade

térmica dos edifícios em Portugal

e que se pretende venha a propor-

cionar economias signifi cativas de

energia para o país, em geral, e pa-

ra os utilizadores dos edifícios, em

particular.

O SCE defi ne regras e métodos

para verifi cação da aplicação efe-

tiva destes regulamentos às novas

edifi cações bem como aos imóveis

já construídos.

Assim, no período temporal de-

corrente de Junho de 2007 a Março

de 2013, o Sistema de Certifi cação

Energética (SCE), em termos cumu-

lativos, contabilizou, aproximada-

mente, 577 mil certifi cados emiti-

dos. De acordo com a informação

facultada pela ADENE, publicada no

Catálogo de Estudos da APEMIP, no

primeiro trimestre do ano de 2013,

foram emitidos cerca de 16,6 mil re-

gistos em termos do SCE, observan-

do-se uma contração de 28%, face

ao ano de 2012.

A classifi cação do desempenho

energético do edifi cado nacional

continua amplamente centrada em

termos cumulativos nos prédios re-

sidenciais, que representam estrutu-

ralmente cerca de 90% dos registos

emitidos.

Considerando apenas o primeiro

trimestre de 2013, essa representati-

vidade foi de 87%. Tendo em consi-

deração a variável em estudo, com-

parando com o mesmo período do

ano transato, nos prédios residen-

ciais registou-se um decréscimo de

27% em termos de volume face a

2012, tendo os edifícios de serviços

registado uma quebra de 32%.

De acordo com os dados da APE-

MIP, os primeiros três meses do ano

corrente, a relevância dos certifi ca-

dos energéticos emitidos após De-

claração de Conformidade Regula-

Elisabete Soares

Sistema de Certificação emitiu 577 mil certificados desde 2007No período temporal decorrente de Junho de 2007 a Março de 2013, o Sistema de Certificação Energética (SCE), em termos cumulativos, contabilizou, aproximadamente, 577 mil certificados emitidos

DR

A classificação do desempenho energético do edificado nacional continua amplamente centrada nos prédios residenciais

Certificados emitidos pela ADENE na construção nova

Lisboa Licenciadas 50 obras no 1º trimestreDe acordo com os dados da Confidencial Imobiliário (CI) No 1º trimestre de 2013 a ADENE emitiu, na Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa), Declarações de Conformidade Regulamentar (DCR’s) para 232 fogos incluídos em 141 projetos de promoção nova. O concelho de Lisboa, com 22% do total dos novos fogos para os quais foram emitidas DCR´s no 1º trimestre de 2013, apresentou-se como o principal destino das intenções de investimento da área metropolitana. Seguiram-se, com quotas de 16%, 13% e 10%, os concelhos de Cascais, Sintra e Mafra. A maioria dos fogos novos certificados na AM Lisboa no 1º trimestre de 2013 foram alvo de DCR´s de classe energética A e B, nomeadamente 38% e 32%.

Porto Classes A+ e A representam 50% do total No 1º trimestre de 2013 foram emitidas, na Área Metropolitana do Porto, Declarações de Conformidade Regulamentar (DCR’s) para 263 fogos inseridos em 113 projetos de promoção nova. A maioria dos novos fogos certificados, nomeadamente, 51%, encontrava-se no concelho do Porto. De acordo com a CI, Gaia, Vila do Conde e Matosinhos, com quotas entre 9% e 14%, apresentaram alguma expressão relativamente ao volume de novos fogos em pipeline. A certificação de projetos de construção nova relativos a edifícios de apartamentos apresentou-se pouco significativa em quase todos os concelhos, ao contrário do verificado para os projetos relativos a moradias.

Algarve Projetos certificados somam 739 fogos De acordo com a CI, em 2012, a ADENE emitiu no Algarve Declarações de Conformidade Regulamentar (DCR´s) para 739 novos fogos. Do total dos novos fogos certificados, 375 estavam contidos em edifícios de apartamentos relativos a 28 projetos de promoção nova, sendo que os restantes eram referentes a 340 projetos de habitações unifamiliares. O concelho de Loulé, com 22% das DCR’s emitidas para novos fogos na região em 2012, apresentou o maior potencial em termos de investimento em promoção nova. Destacaram-se os concelhos de Lagoa e Portimão, onde o total dos certificados emitidos ascendeu a 16% e 14%, respetivamente. A classificação máxima A+.

mentar (CE-DCR) sobre a totalidade

dos certifi cados, no segmento resi-

dencial, registou no período tem-

poral em análise um crescimento.

Os valores, em Janeiro, em torno de

12,3%, atingindo, em Março, cerca

de 14,9%, inferindo-se da crescente

concretização de edifícios licencia-

dos. Nos edifícios de serviços, a re-

levância dos CE-DCR na totalidade

dos certifi cados, foi diferenciado,

registando um ligeiro decréscimo

de Janeiro (7%) para Março (6,8%),

observando-se uma redução na con-

cretização de edifícios direcionados

para o mencionado segmento.

Tipologias T3 com destaque Incidindo a análise da certifi cação

energética, particularmente no seg-

mento residencial, por tipologia,

observou-se, que da totalidade dos

imóveis certifi cados, em termos acu-

mulados, 37,4% incidem na tipologia

T3 e 32,6% na T2.

Direcionando a análise, apenas

para os DCR (incide apenas sobre

os imóveis licenciados – poderá dar

uma ideia de construção futura) por

tipologia, denotou-se que entre Ja-

neiro a Março do ano de 2012 os T1,

do total das tipologias, representa-

vam 13%, no mesmo período em

2013 essa representatividade foi

de 14%. No segmento de serviços,

a maioria dos imóveis alvos de cer-

tifi cação energética, incidiram nos

pequenos edifícios sem sistema (s)

de climatização (cerca de 87,3%).

Page 9: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia
Page 10: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

10 Eficiência Energética IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

É cada vez mais notória a preocu-

pação da União Europeia em maté-

rias relacionadas com a efi ciência

energética, nomeadamente no setor

dos edifícios. Parte desta preocupa-

ção deve-se ao facto deste setor ser

responsável pelo consumo de uma

fatia considerável de energia, quase

aproximadamente 40%.

São vários os instrumentos uti-

lizados para promover a redução

de consumos de energia, com des-

taque, para a diretiva relativa ao

desempenho energético dos edifí-

cios (EPBD), na sua versão revista

(2010/31/EU). Com base na anterior

versão, todos os Estados Membros

implementaram sistemas de certifi -

cação energética dos seus edifícios,

que, pese embora ainda seja uma

experiência recente para alguns pa-

íses (nomeadamente nos edifícios

existentes), é já uma realidade em

Portugal desde janeiro de 2009.

Com base nessa primeira versão

da diretiva, transposta pelo Decreto-

Lei 78/2006, todos os edifícios de-

vem ter um certifi cado energético

“aquando da celebração de contra-

tos de venda e de locação, incluin-

do o arrendamento, casos em que

o proprietário deve apresentar ao

potencial comprador, locatário ou

arrendatário o certifi cado emitido

no âmbito do SCE”.

Ora percebe-se que, apresentar

um certifi cado no ato de uma escri-

tura, pouco contribui para a esco-

lha do imóvel por parte do potencial

comprador ou arrendatário. Nesse

sentido, a versão revista da direti-

va vem impor que, todos os imó-

veis anunciados, com o intuito de

venda ou arrendamento indiquem,

nesses anúncios, a classe energética

do imóvel. E assim será em Portugal,

muito em breve, uma vez que foi já

aprovado em Conselho de Ministros

o diploma que obriga ao cumpri-

Uma nova forma de comunicar a eficiência energética nos edifíciosA versão revista da diretiva, relativa ao desempenho energético dos edifícios, vem impor que todos os imóveis anunciados, com o intuito de venda ou arrendamento indiquem, nesses anúncios, a classe energética do imóvel

mento desse requisito.

Mais que uma “obrigação” esta-

mos perante uma “oportunidade”.

Oportunidade, porque hoje em dia a

vertente energia é pouco comunica-

da na promoção imobiliária, mas o

consumidor fi nal está cada vez mais

preocupado com esta temática.

Questões relacionadas com a fatu-

ra energética, o conforto e as opor-

tunidades de melhoria dos imóveis,

podem agora ser exploradas com

outra relevância. Nesse sentido, e

tendo em vista o ativo que foi já cria-

do com o Sistema de Certifi cação

Energética dos Edifícios (SCE), onde

se encontram cerca de 600 mil edi-

fícios certifi cados, a ADENE – Agên-

cia para a Energia encontra-se já em

fase de desenvolvimento e testes,

com os principais agentes do merca-

do imobiliário, de ferramentas que

PUBLICIDADE

Já em vigor em alguns países, este será o cenário em Portugal de muitos dos anúncios de imóveis

permitem, o rápido acesso online à

base de dados do SCE, com vista à

recolha de elementos chave, como

a classe energética, informação pre-

dial e técnica dos imóveis.

Com base nesta informação, será

de esperar esses agentes imobiliá-

rios, potenciem verdadeiramente

a diferenciação dos imóveis nos

seus anúncios, também com base

na qualidade da sua construção e

dos eventuais sistemas instalados.

E tudo isto possível com a simples

introdução do número único do cer-

tifi cado energético.

A expectativa é grande e tendo

por base o interesse de todos os

agentes e a capacidade técnica e

humana instalada, poderemos afi r-

mar que estamos perante a uma no-

va forma de comunicar a efi ciência

energética nos edifícios.

Page 11: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

Bosch estimula poupanças com novoserviço de Certifi cação EnergéticaEm Setembro de 2012, a Bosch lançou em Portugal um novoserviço de Certifi cação Energética, dando o pontapé de saídanuma área de negócio que visa estimular poupanças noslares portugueses.

Rui Oliveira é o responsável pela nova área de Certifi cação Energética da Bosch Portugal, e afi rma que “para a nossa com-panhia, a melhoria de desempenho ener-gético e ambiental é uma prioridade e este serviço vem fechar a cadeia de valor que a Bosch prima por incutir nos seus produ-tos e serviços”. Até porque, garante, “des-de o desenvolvimento de novos produtos mais efi cientes, à conceção e também à sua utilização, a Bosch estabelece como prioridade todas as questões que levem o cliente fi nal a poupar dinheiro, energia e a ajudar a fomentar um planeta mais verde”.

Numa altura em que a poupança de energia e a otimização de recursos assume uma importância capital, quer para as empresas, quer para as famí-lias, a aposta nesta nova área de ne-gócio surge pois “julgamos que a certi-fi cação energética é fundamental como forma de sensibilizar e responsabilizar a sociedade portuguesa para estas temá-ticas”. Desta forma, explica Rui Oliveira, “optámos por desenvolver e otimizar um serviço, garantindo a escolha de profi s-sionais competentes, com experiência neste mercado, valorizando em função da classifi cação obtida e oferecendo melhores argumentos de venda, através de propostas de melhoria da efi ciência energética da habitação”.

De caráter obrigatório, no ato da venda ou aluguer – ou no decorrer da sua utili-zação, no que toca aos grandes edifícios de serviços – este serviço de certifi cação energética tem como principal preocupa-ção o diagnóstico das patologias a nível de desempenho energético dos edifícios. Desta forma, realça o responsável, são fornecidas ferramentas “para que os

proprietários possam ajustar o funciona-mento dos seus imóveis e/ou investir na melhoria e redução de consumos de uma forma ponderada e refl etida, com o apoio de técnicos especialistas”.

Sem esquecer que, sobretudo para quem se encontra à procura de casa para com-prar ou alugar, a classifi cação atribuída no Certifi cado Energético “permite ter uma noção mais realista dos custos que poderá vir a ter com o consumo de ener-gia para aquecimento, arrefecimento e água quente sanitária. Adicionalmente, identifi ca também soluções simples para melhorar o conforto e a efi ciência ener-gética da habitação”, considera o res-ponsável pela nova área de Certifi cação Energética da Bosch Portugal.

Portugal marca estreia da Bosch nes-ta área de negócioPortugal foi o mercado escolhido para a estreia da Bosch nesta área de negócio, em Setembro de 2012. Embora o ano passado tenha fi cado marcado pela que-da de certifi cados energéticos, com uma contração de 25% face ao número de do-cumentos emitidos em 2012, Rui Oliveira faz um “balanço positivo” destes primei-ros nove meses de atividade da Bosch nesta área.

O lançamento deste serviço em Portugal realizou-se em paralelo com a a criação de uma nova empresa dentro da divisão da Termotecnologia sediada na Alema-nha, Bosch Energy and Building Solu-tions GmbH, e que fornece serviços de efi ciência energética para o sector terci-ário e indústria. Em Portugal o negócio começou mais direcionado para o consu-midor fi nal, tendo evoluído para o sector terciário. Com vasta experiência na pres-tação de serviços (serviço pós-venda e

serviço de manutenção de equipamen-tos), a Bosch apostou na elaboração de um serviço de excelência, também na certifi cação energética, “com claras vantagens para os consumidores fi nais e para o ambiente no que concerne às re-duções de emissões de gases com efeito de estufa”, diz o responsável.

No atual contexto económico, o desa-fi o é grande, considera Rui Oliveira, até porque “será necessário realizar mais e melhor no que toca à sensibilização de proprietários, passando a mensagem das mais-valias que um serviço destes poderá trazer para a redução de custos (que poderá chegar a 40%) e melhoria das condições de conforto num imóvel. Julgo que a tendência futura será de uma maior consciencialização devido essen-cialmente à tendência de aumento dos custos energéticos”.

Atualmente, o serviço de Certifi cação Energética da Bosch estende-se a todo o território de Portugal Continental, atra-vés da sua rede de Peritos Qualifi cados. Rui Oliveira garante que “há preocu-pação da Bosch em ter capacidade de resposta equitativa para todo o território, sem onerar o serviço para o cliente fi -nal com custos de deslocação. Estamos ainda a tratar de expandir a rede de Pe-ritos Qualifi cados também para as ilhas, estando no entanto, ainda em fase de desenvolvimento”.

Investimento arranca nos 120 eurosNo que toca a valores, o responsável da marca explica que “a Bosch pratica pre-ços médios de mercado para um serviço dedicado e de elevada qualidade, tendo como prioridade e transparência dos pre-ços ao cliente fi nal”. Os preços pratica-dos pela área de Certifi cação Energética

da Bosch variam de acordo com as tipo-logias e áreas dos imóveis, podendo en-contrar-se valores a partir dos 120 euros, aos quais acrescem os custos de regis-to dos certifi cados no portal da ADENE (valor atualmente defi nido pela Portarian.º 835/2007).

Questionado acerca das vantagens competitivas oferecidas por este serviço da Bosch, Rui Oliveira destaca a “rede de cobertura nacional de Peritos Qua-lifi cados Bosch, com resposta rápida e efi caz através de custos transparentes (sem custos adicionais de deslocação)”. Além disso, sublinha, “a rede de Peri-tos Qualifi cados Bosch, garantem um serviço de qualidade, esclarecendo os proprietários sobre as questões da efi -ciência energética nos seus edifícios, com o objetivo de redução de custos e melhoria do conforto”.

“A larga experiência dos nossos técni-cos, aliada a todo o know-how da Bosch são também elas mais-valias de peso para o cliente que pretende um serviço de qualidade. Todos os nossos técnicos (Peritos Qualifi cados) têm uma experiên-cia mínima de cinco anos nas áreas das engenharias e arquitetura, conhecendo as patologias construtivas mais comuns a nível de desempenho, o que permite fazerem assim um diagnóstico assertivo a fi m de as solucionar”, garante.

PUBLICIDADE

Rui OliveiraResponsável pela nova área de Certifi cação Energética da Bosch em Portugal

Saiba tudo sobre a Certifi cação Energética Bosch emwww.bosch-certifi cacao-energetica.pt ou 808 100 023

Page 12: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

12 Eficiência Energética IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

A Passive House é o mais elevado

padrão de efi ciência energética a ní-

vel mundial: as poupanças energéti-

cas atingem os 75% em comparação

com os edifícios convencionais e

de acordo com a regulamentação

atual. A Homegrid, uma empresa

criada pelo engenheiro civil João

Marcelino, decidiu trazer e adap-

tar o conceito para Portugal, contri-

buindo, assim, para a independên-

cia energética e sustentabilidade do

país nesta matéria.

A Homegrid desenvolveu e já con-

cluiu os primeiros edifícios com a

certifi cação Passive House em Por-

tugal, duas moradias em Ílhavo.

João Marcelino e João Gavião,

ambos da Homegrid, juntamente

com Rafael Ribas, são, também, os

membros fundadores da Associa-

ção Passivhaus Portugal, criada no

Edifícios Passive House poupam até 75% de energiaA Homegrid, uma empresa de construção sustentável, decidiu trazer o conceito para Portugal, contribuindo, assim, para a independência energética e sustentabilidade, do país, nesta matéria

acessível e sustentável”. Assim,

uma Passive House apresenta uma

temperatura uniforme, sem gran-

des variações (temperatura mínima

20ºC e máxima 26ºC) e uma boa

qualidade do ar interior (humidade

relativa, CO2), contribuindo para

o bem-estar e saúde dos seus ocu-

pantes.

Curiosamente refere, que o

“acréscimo do custo de constru-

ção não ultrapassa, em média, os

5% em relação a uma construção

convencional, sendo possível cons-

truir a preços correntes. Os custos

de operação de uma Passive House

são substancialmente mais baixos

que um edifício convencional devi-

do às reduzidas necessidades ener-

géticas e de manutenção.

Assim, numa Passive House há

uma redução drástica das emissões

de CO2, devido à efi ciência ener-

gética. O conceito Passive House

contribui para a proteção climá-

tica pela menor dependência de

combustíveis fósseis. As baixas

necessidades energéticas podem

ser facilmente supridas por fontes

renováveis de energia.

Alerte-se que existem cerca de

50.000 edifícios Passive House em

todo o mundo, sendo que os edifí-

cios Passive House certifi cados são

5.500, onde estão incluídos os dois

edifícios portugueses.

A aplicação da norma Passive

House na reabilitação do parque

edifi cado é possível e desejável.

Aposta na formaçãoA formação é a grande aposta da

A Homegrid já concluiu os primeiros edifícios com a certificação Passive House em Portugal

Associação Passivhaus Portugal,

de forma a impulsionar e divulgar

o conceito junto de técnicos, pro-

jectistas, construtores, fabricantes,

investidores e potenciais clientes.

Assim, iniciaram um ciclo de se-

minários intitulados “Introdução à

norma Passive House”, em parceira

com as universidades e institutos,

realizada já em locais como Porto,

Aveiro, Coimbra, Lisboa e Faro,

estando previstas novas iniciativas

para em Guimarães, em Setembro,

seguindo-se novamente Lisboa.

Com uma duração de 3 horas, da-

da gratuitamente, este seminário

permite introduzir a norma Passive

House: os princípios, os requisitos,

a adaptação às condições climaté-

ricas em Portugal. Em Setembro

está prevista uma formação mais

avançada, com a duração de três

dias, destinada a técnicos e com a

possibilidade de obtenção do Cer-

tifi ed Passive House Tradesperson,

um curso ofi cial do Passivhaus Ins-

titut.

Em 2014 iniciar-se-á a edição do

curso Certifi ed Passive House Desig-

ner, destinado a projetistas. Trata-

se, também, de um curso ofi cial do

Passivhaus Institut. A realização da

conferência Passivhaus Portugal,

com periodicidade anual, é outra

das iniciativas da associação. A

primeira Conferência Passivhaus

Portugal será realizada em Ílhavo e

ocorrerá em Novembro de 2013.

seguimento da estratégia defi nida

pela Homegrid e pelo Passivhaus

Institut para a implementação e de-

senvolvimento da norma Passive

House em Portugal.

João Marcelino explica que o ob-

jetivo para implementar o conceito

em Portugal passava por construir

e certifi car os primeiros edifícios

Passive House em Portugal, mo-

nitorizando a sua performance. O

segundo objetivo prendia-se com a

criação da associação, que aconte-

ceu em Novembro de 2012.

Conceito Passive HouseDe acordo com o arquitecto da

Homegrid, João Gavião, a “Passive

House é um conceito construtivo

que defi ne um padrão que é efi cien-

te, sob o ponto de vista energéti-

co, confortável, economicamente

R

Consumo de energianum edifício convencional

Consumo de energianum edifício PPassive House

Passive House: confortável, acessível e sustentável

A Homegrid desenvolveu os primeiros edifícios Passive House em Portugal, certificados pelo Passivhaus Institut. A norma Passive House é o mais elevado padrão de desempenho energético dos edifícios a nível mundial (as poupanças energéticas atingem os 75 % em comparação com os edifícios convencionais). Passive House é um conceito construtivo que define um padrão que é eficiente sob o ponto de vista energético, confortável, economicamente acessível e ecológico.

Mais informações em: e www.homegrid.pt www.passivhaus.pt

Page 13: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013 Eficiência Energética 13

Vulcano apresenta várias alternativas de resposta às necessidades energéticas

A Vulcano, enquanto marca por-

tuguesa líder em solar térmico es-

tá sempre atenta às necessidades

e às tendências do sector em que

atua. Nesse sentido, e como hoje

o compromisso com a efi ciência

energética e as energias renováveis

é uma realidade, especialmente

nas habitações e espaços públicos

fechados em Portugal, a Vulcano

disponibiliza soluções solares tér-

micas de excelência aplicáveis a to-

dos os casos. As várias alternativas

de resposta permitem satisfazer até

75% das necessidades energéticas

dos portugueses no aquecimento

de águas, contribuindo, ao mesmo

tempo, para uma diminuição das

emissões de CO2.

As Soluções Solares Térmicas da

Vulcano permitem responder com

efi cácia às exigências de cada pro-

jeto e às novas tendências da cons-

trução sustentável, disponibilizando

dois tipos de soluções: termossifão,

uma solução de mais simples ins-

talação destinada a moradias uni-

familiares, e circulação forçada,

ideais para habitação (unifamiliar,

edifícios coletivos), serviços (lares,

restaurantes, hotéis, etc.) e indús-

tria. O objetivo é a prestação de ser-

viços que aliam o conforto térmico à

máxima poupança energética, com

benefício para o consumidor e para

o meio ambiente.

Com vista a assegurar o máximo

conforto da habitação durante todo

o ano, estas soluções são compatí-

veis com equipamentos de apoio

que dão total prioridade à utilização

de energia proveniente do sol, fun-

cionando apenas e só nos momen-

tos de pico de consumo ou ausência

prolongada de radiação. Entre estes

equipamentos destacam-se os novos

esquentadores da gama termostáti-

ca Sensor ou as caldeiras convencio-

nais e de condensação.

Para garantir o sucesso destas

soluções, a Vulcano dispõe de ser-

viços de apoio de pré e pós-venda

que permitem um aconselhamento

permanente. Há ainda uma rede de

postos de assistência técnica certi-

fi cada com cobertura nacional que

garante o serviço de pós-venda entre

24 e 48 horas.

Com as soluções Vulcano, total-

As várias alternativas de resposta permitem satisfazer até 75% das necessidades energéticas dos portugueses no aquecimento de águas,

PUBLICIDADE

DRCom vista a assegurar o máximo conforto da habitação durante todo o ano, estas soluções são compatíveis com equipamentos de apoio

mente compatíveis com equipa-

mentos complementares, é possível

aliar o máximo conforto térmico à

máxima poupança energética, com

benefício para o consumidor e para

o meio ambiente.

Page 14: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

14 Arrendamento e Reabilitação IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013

“É quase impossível aprovar as quotas extra para obras de conservação”

Paulo Antunes é o CEO da LDC - Loja do Condomínio

dos fundos de reserva para a manutenção do edifício?Essa é a nossa grande preocupa-

ção, pois bem mais grave que as

difi culdades de tesouraria é que

condomínios vamos ter no futuro.

Pois se, por um lado, existem difi -

culdades em constituir os fundos

comuns de reserva, por outro esta-

mos perante uma quase impossibi-

lidade de em muitos casos aprovar

as quotas extra necessárias a obras

de conservação. Se olharmos para

este fenómeno, com uma projeção

entre 5 a 10 anos, vamos começar

a ter um parque habitacional en-

velhecido de forma prematura, o

que colocará em causa, logo numa

primeira linha, a valor patrimonial

daquele que por norma é o maior

investimento das famílias, a casa,

agravado pela degradação da rua,

do bairro e da cidade.

Como é possível resolver esta situação?Estamos perante uma equação

bastante complicada, sendo que a

dos profi ssionais?Os profi ssionais qualifi cados têm

aqui um papel crucial, pois é possí-

vel reduzir muitos custos, com um

bom planeamento das interven-

ções e com uma forte capacidade

negocial com os fornecedores. Por

outro lado é possível encontrar no

mercado planos de serviço muito

competitivos, o que leva a que cada

vez mais os condóminos optem por

esta solução, que, na maioria das

vezes, se traduz numa redução de

custos a médio prazo.

A profi ssionalização permitiu alargar o leque de serviços prestados pela LCD – Loja do Condomínio?Um dos nossos principais focos foi,

desde sempre, a profi ssionalização

dos nossos colaboradores, de forma

a entregar aos nossos clientes um

serviço de excelência, assente na

transparência e segurança dos pro-

cedimentos, contribuindo de forma

signifi cativa para o estabelecimen-

to de novos padrões para o sector.

As difi culdades fi nanceiras das famílias levam a que as dívidas de condomínio tenham aumentado?Este fenómeno tem vindo a mere-

cer uma atenção cada vez maior da

nossa parte, por forma a contrariar

a tendência de crescimento. Os nos-

sos números hoje estão ao nível de

2011, mas para que tal aconteça, te-

mos toda uma estrutura montada

no sentido de pressionar os devedo-

res, e aqui vamos desde os simples

avisos de pré-contencioso à ação

executiva. Sendo que as nossas

ações começam logo na fase em-

brionária da dívida, privilegiando

sempre o acordo, pois o condómino

é ele também uma parte interessa-

da na resolução do problema.

O não pagamento das quotas coloca em causa a criação

Elisabete Soares

Entrevista

Consultório JurídicoEm que termos pode haver transmissão do arrendamento para fins habitacionais por morte do arrendatário, em face das alterações introduzidas à nova lei do arrendamento?Nos termos da Lei n.º 31/2012, de 14 de Agosto (Novo Regime de Arrendamento Urbano, adiante “NRAU”), tratando-se de arrendamento para habitação, o contrato não caduca por morte do primitivo arrendatário, quando lhe sobreviva (i) o cônjuge que resida no imóvel arrendado; (ii) pessoa que vivesse com o arrendatário em união de facto há mais de 2 anos e com residência no mesmo locado há mais de 1 ano; (iii) ascendente em 1.º grau, i.e., pai ou mãe do arrendatário,

que com ele convivesse há mais de 1 ano; (iv) filho ou enteado com menos de 1 ano de idade ou menor de idade que convivesse com o arrendatário há mais de 1 ano ou que, tendo idade inferior a 26 anos, frequente o 11.º ou 12.º de escolaridade ou estabelecimento de ensino médio ou superior; ou, por fim, (v) filho ou enteado, que com convivesse com o arrendatário há mais de 1 ano, portador de deficiência com grau comprovado de incapacidade superior a 60%. Em todas as outras hipóteses não submissíveis às alíneas supra mencionadas, é o interesse do senhorio que prevalece, caducando, se for essa a sua vontade, o contrato de

arrendamento. Não obstante, perderá o direito à transmissão do arrendamento a pessoa que, sendo à partida titular desse direito, tenha outra casa própria ou arrendada, na área dos concelhos de Lisboa ou do Porto e seus limítrofes, ou no respetivo concelho se o imóvel arrendado se situar no resto do país, aquando da morte do arrendatário primitivo. Se, à data da morte do primitivo arrendatário, forem vivos o seu pai e a sua mãe, e algum destes for titular do direito à transmissão do arrendamento, este transmite-se ao ascendente mais velho. Caso este faleça, haverá transmissão do arrendamento por morte ao

outro cônjuge que lhe sobreviva. Isto significa que, se à morte do arrendatário houver transmissão do arrendamento para um dos seus progenitores, à morte deste, o arrendamento volta a transmitir-se para o seu cônjuge. Com relação à transmissão do arrendamento por morte a um ascendente, torna-se ainda relevante mencionar que, se o transmissário tiver, à data do óbito do arrendatário, idade inferior a 65 anos, o contrato fica de imediato submetido ao NRAU, considerando-se celebrado por prazo certo, com duração de 2 anos. Sempre que a transmissão se dê para um filho ou enteado, que não seja portador de deficiência

com grau comprovado de incapacidade superior a 60% – pois aqui o contrato não é submetido ao NRAU –, o contrato de arrendamento fica submetido ao NRAU, quando aquele atingir a maioridade ou, caso frequente o 11.º ou o 12.º ano de escolaridade ou de cursos de ensino pós-secundário não superior ou de ensino superior, na data em que completar 26 anos. Nessa data, podem as partes acordar a submissão do arrendamento ao NRAU. Na falta de acordo, o contrato considera-se celebrado a prazo certo, com a duração de 2 anos.Neide Duarte Pereira [email protected]

solução só se consegue encontrar

na sensibilização dos condóminos.

É fundamental que cada um com-

preenda que o condomínio é algo

que também lhe pertence, que se

deve participar de forma ativa nas

decisões. De nada serve investir na

sua fração, se aquilo que a envolve

não estiver cuidado.

As novas exigências a nível de manutenção levam os condóminos a procurar a ajuda

PUBLICIDADE

Page 15: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

IMOBILIÁRIO 10 JULHO 2013 Reabilitação Urbana 15

A nova edição da Semana da Rea-

bilitação Urbana já tem data e local

marcado. O evento, que celebra a

regeneração das cidades, chega em

2014 a Lisboa, realizando-se entre

Marco e Abril de 2014. A Semana da

Reabilitação Urbana é uma organi-

zação conjunta da Vida Imobiliária

e da Promevi.

A Semana da Reabilitação Urba-

na promete animar a capital com

a festa da reabilitação urbana, com

eventos dirigidos aos profi ssionais,

comunidade estudante e a todos os

lisboetas, dando uma atenção espe-

cial para a agenda dos mais novos.

Uma semana repleta de aconteci-

mentos, que vai incluir a arte e cul-

tura, como componentes essenciais

da reabilitação das cidades.

A iniciativa volta a ser palco da

entrega do Prémio Nacional da Re-

abilitação Urbana, que em 2014 as-

sinalará igualmente a sua segunda

edição e que é também uma inicia-

tiva destas duas entidades. A or-

ganização tem também prevista a

realização de uma nova Semana da

Susana Correia

Lisboa recebe Semana da Reabilitação Urbana em abril de 2014A reabilitação urbana, como veículo de animação das cidades, vai ter o momento alto numa celebração de rua, com eventos dirigidos a todos os públicos

DR

Como aconteceu no Porto, o evento de Lisboa tem previsto um Espaço Reabilitação

um leitmotif para a comunidade”.

A Semana da Reabilitação Urbana

vai apostar na realização de even-

tos multifacetados com atividades

para públicos de todas as idades e

origens, incluindo desde criança a

estudantes, famílias e profi ssionais

ligados à área de reabilitação urba-

na, proporcionando a todos uma

festa para celebrar a reabilitação

urbana. Está prevista a realização

de conferências, workshops, tertú-

lias, exposições, instalações urbanas

e eventos e animação de rua, crian-

do-se, uma vez mais, o Espaço da

Reabilitação Urbana, numa parce-

ria renovada com a Design Factory.

Além deste espaço, a Semana da Re-

abilitação Urbana estender-se-á por

diversos outros cenários na cidade,

contando com a intervenção das di-

PUBLICIDADE

versas entidades parceiras para a di-

namização do programa de eventos.

Entre os parceiros previstos, espera-

se o alinhamento de associações e

empresas do setor imobiliário, en-

tidades públicas locais, universida-

des, banca, empresas de materiais,

equipamentos e soluções constru-

tivas e arquitectónicas; e organiza-

ções do setor social, entre outros.

Um dos momentos altos da Sema-

na da Reabilitação Urbana Lisboa

2014 será a entrega da 2ª edição do

Prémio Nacional da Reabilitação

Urbana, uma organização conjun-

ta da Vida Imobiliária e da Promevi

que visa reconhecer os melhores

projetos de reabilitação urbana em

Portugal. O lançamento da nova edi-

ção deste prémio deverá ocorrer no

último trimestre deste ano.

Reabilitação Urbana no Porto, uma

edição que deverá ter lugar no últi-

mo trimestre de 2014.

De acordo com António Gil Ma-

chado, diretor da Vida Imobiliária,

uma das entidades que impulsiona

a iniciativa, “o sucesso da primei-

ra Semana da Reabilitação Urba-

na motivou-nos não só a repetir o

evento como a alargá-lo a novas

cidades. Lisboa é um território em

pleno movimento regenerador e,

por isso, pensamos que trazer à ci-

dade um conjunto de eventos que

valorizam e realçam a reabilitação

urbana junto de públicos de todas

as idades e origens pode ser muito

positivo, quer para os lisboetas quer

para os turistas. Esta é uma visão

que encontra eco nas autoridades

locais e estamos neste momento

a concluir algumas parcerias para

a Semana da Reabilitação Urbana

Lisboa 2014 que permitirão dar um

impulso acrescido ao evento”.

Para Arturo Malingre, diretor da

Promevi, também organizadora da

Semana da Reabilitação Urbana,

“de facto, as parcerias são funda-

mentais e uma base para o suces-

so deste evento. Esperamos não só

poder voltar contar com o apoio de

todos os parceiros que se associa-

ram à primeira edição da Semana da

Reabilitação Urbana, como expan-

dir o leque de parcerias, tendo em

conta o interesse já demonstrado

por diversas entidades quer públi-

cas quer privadas. Acima de tudo, é

muito gratifi cante ver que a reabili-

tação urbana, nas suas mais diversas

vertentes – seja enquanto ativida-

de profi ssional, impulso social ou

ferramenta de sustentabilidade – é

A iniciativa volta a ser palco da entrega do Prémio Nacional

da Reabilitação Urbana, que em 2014 assinalará

igualmente a sua segunda edição

deste evento

Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto

VENDE IMÓVEIS 1. A Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto, com sede na Rua da Reboleira n.º 47,

Porto, torna pública a sua intenção de venda dos seguintes imóveis, localizados na Zona Histórica do Porto:

Código Localização Base de Licitação Edifícios 33 Rua Monte dos Judeus 53 com Esc. Monte Judeus 13 e 47 91.500,00 € 49 Rua S. Pedro de Miragaia 26 / 58 235.000,00 € Fracções de Habitação 13 Rua da Bainharia 62 / 64 - 1.º Esq.º - E (T2) 65.000,00 € 23 Rua dos Mercadores 14 - 2.º - H (T1) 50.000,00 € Espaços Comerciais 13 Rua da Bainharia 52 - A / 56 - A 35.000,00 € 39 Travessa do Souto 14 - A 33.000,00 € 52 Rua de Santana 27 / 35 - A 64.000,00 € 2. As propostas devem ser apresentadas em sobrescrito fechado, identifi cando-se no exterior do mesmo o

concorrente e o imóvel a que respeita, sendo por sua vez esse sobrescrito encerrado num outro, dirigido à Presidente do Conselho de Administração e endereçado ao local indicado no anúncio de abertura do concurso, devendo nele constar, ao lado do endereço, a menção “Concurso de Venda”.

3. As propostas devem ser entregues até às 18 horas, do dia 18 de Julho de 2013, ou enviadas pelo Cor-reio, registado e com aviso de recepção, desde que sejam recebidas até ao fi nal deste prazo, na Sede da Fundação.

4. A abertura das propostas ocorrerá às 10,30 horas do dia 19 de Julho de 2013 na Sede da Fundação. 5. A proposta seleccionada será a do preço mais elevado, não podendo este ser inferior ao valor-base

de licitação. A FDZHP, reserva-se no direito de, se assim achar conveniente, não proceder à venda a nenhum dos concorrentes, independentemente do preço proposto.

6. O interessado deverá declarar a qualidade em que concorre, nomeadamente, em nome próprio ou em representação de sociedade ou cooperativa, ou ainda como mandatário, gestor de negócios ou repre-sentante de outrem.

7. As condições de pagamentos serão as seguintes: 10% no prazo máximo de 5 dias após comunicação ao adquirente da adjudicação provisória e o valor remanescente no acto da escritura de compra e venda, no prazo máximo de 90 dias.

8. Os interessados poderão consultar o processo de cadastro e restantes documentos relativos à situação patrimonial do edifício, na sede da FDZHP.

9. Estarão à disposição dos interessados fi chas individuais dos imóveis com a respectiva planta de loca-lização, bem como o Regulamento de Venda de Imóveis da FDZHP, podendo estes ser solicitados na sede da FDZHP ou por e-mail.

10. Todos os imóveis são licitados livres de qualquer ónus.FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ZONA HISTÓRICA DO PORTO

Venda de ImóveisRua da Reboleira 47 - 4050-492 PORTO

Telefone 22 339 26 50 - E-mail: [email protected]

Page 16: Sistema de Certificação Energética emitiu 577 mil ... · A questão da confiança na tempestade política A estratégia da interven-ção da UE, do BCE e do ... E a lei e a deontologia

CASA SOUTOCARPALHOSA casa t3 souto da carpalhosa.mr-936 casa individual t3de rés-do-chão e sótão,com jardim, pátio e terraço.

LISBOA, APARTAMENTO Apartamento t2, 70m2, mobilado e equipado. 70 m² brutos. renda 590€.

T. 218166251 / 917819946 MERCALAR 70-AMI

MOITA, APARTAMENTO Apartamento t1, usado, 1 quarto, 2 wc´s e 1 sala. 55 m² brutos. preço 35.000€.

T. 212800604 LIEGE 1318-AMI

PORTO AO HOSP S JOÃO Apartamento t2, novo, 2 quartos, a 5 min. do norteshopping. preço 125.000€.

T. 229399510 FORMAL 1600-AMI

REDONDO, MORADIA Moradia em banda t3, usado, 3 quartos e 181 m² brutos. preço 165.000€.

T. 284329235 VASCO M. REIS 5188-AMI

MATOSINHOS, APART. Apartamento t2, usado, 2 quartos e 1 sala. 99 m² brutos. renda 460€.

T. 913996430 FRONTAL 332-AMI

COIMBRA, APART. Apartamento t1, usado, santo antónio dos olivais. com 1 quarto. renda 400€.

T. 239444023 PRAEDIATORIUS 96-AMI

LISBOA, APARTAMENTO Apartamento t2, novo, 2 quartos, 4 wc´s e 1 sala. vista para os jardins da gulbenkian. preço sob consulta. T. 217994830 PREDITUR 232-AMI

OEIRAS, MORADIA Moradia geminada t4, novo, 4 quartos, 4 wc´s e 1 sala. 296 m² brutos. preço 554.000€.

T. 213826530 ESPIRITO SANTO 5340-AMI

T1 T2 DÚPLEX T1 t2 dúplex. Prédio de charme, baixa do porto. Preço sob consulta.

T. 225105320 PREDIAL FORMOSA 3107-AMI

MAIA, APARTAMENTO Apartamento t2, usado, 2 quartos e 100 m² brutos. preço 95.000€.

T. 919802853 G.S.A 2538-AMI

SINTRA, APARTAMENTO Apartamento t3, novo, 3 quartos, 3 wc´s e 1 sala. 168 m² úteis. renda 1.100€.

T. 213887441 MEDIAR 2172-AMI

PORTO, APARTAMENTO Apartamento t3+1, 4 quartos, 1 wc, 1 sala, 2 varandas e 1 terraço. 140 m² úteis. renda 600€.

T. 917504582 UM SEIS UM 9309-AMI

BARREIRO, APART. Apartamento t2, 2 quartos, 1 wc e 1 sala. cozinha equipada. 76 m² brutos. renda 300€.

T. 934442710 JOÃO PINHO 1973-AMI

LISBOA, APARTAMENTO Apartamento t3, benfica. como novo, 3 quartos e arrendamento 1.200€.

T. 217788772 VALOR ESPAÇO 4519-AMI

PORTO, APARTAMENTO Apartamento t1, usado, 1 quarto, 1 sala e 50 m² brutos. mobilado. renda 375€.

T. 226075450 QUADRATURA 8478-AMI

CASCAIS, APART. Apartamento t2, com 2 quartos, condomínio fechado c/ jardim e piscina. renda 900€

T. 214850405 GAMEIRO & GRAÇA 131-AMI

BARCELOS, APART. Apartamento t2 com cozinha equipada, varanda. 100 m² brutos. renda 300€.

T. 253825600 RAMALAR 5608-AMI

CASCAIS, APART. T3T3 em condomínio fechado,segurança, Cascais.Preço € 265.000,00 AGORA

T. 214844543PREDICASCAIS 307-AMI

CASCAIS, APART. T3Apart. T3, perto centro Cascais, remodelado.Cascais. Preço € 179.500,00

T. 214844543 T. 214844543 PREDICASCAIS 307-AMI

BICUDA/CASCAIS T2R/C alto T2, 1 lugar garagem,arrecadação.Bicuda/Cascais. Preço € 145.000,00

ALTER DO CHÃO Moradia geminada t4, com 4 quartos, mobilado, 100 m² brutos. renda 300€.

T. 242207183 PETRUS SOR 7402-AMI

MATOSINHOS, APART. Apartamento t3, usado, 3 quartos, 2 wc´s, 1 sala e 149 m² brutos. renda 800€.

T. 229379471 SMDR 2700-AMI

PORTO, APARTAMENTO Apartamento t0, nevogilde. com 1 wc, 1 sala e 40 m² úteis. renda 350€.

T. 226197706 CASAFOZ 93-AMI

MATOSINHOS, APART. Apartamento t2, novo, com 2 quartos e 1 sala. 108 m² brutos. preço 185.000€.

T. 961337020 CHAVE D'OURO 655-AMI

SESIMBRA, APART. Apartamento t2, com 2 quartos, 1 wc e 1 sala. 3 assoalhadas. renda 450€.

T. 210855222 / 917040955 CASAS NO MECO 7317-AMI

PORTO, ESCRITÓRIO Escritório, zona de serviços da av. da boavista. 130 m² brutos. renda 1.750€.

T. 229363131 PERFECT LAND 5225-AMI

LISBOA, APART. Apartamento t1, usado, 1 quarto e 1 sala. 40 m² brutos. renda 400€.

T. 217712390 / 919976655 SILFERIMO 2859-AMI

T. 919047762 / 244689160 NEVES &TERLOUW 6357-AMI

PREDICASCAIS 307-AMI

predicascais.pt 151 predicascais.pt 130

01462

predicascais.pt 68