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Pela retirada do Plano de Gestão de Pessoas do Co PREPARAR A GREVE PARA MARÇO SINTUSP SINTUSP JORNAL DO Gestão Sempre na Luta Piqueteiros e Lutadores! Órgão informativo do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo Fevereiro de 2009 Pela garantia dos empregos de 5211 contratados após 1988 Pela retirada do Plano de Gestão de Pessoas do Co PREPARAR A GREVE PARA MARÇO Pela readmissão do Brandão GREVE: DECISÃO DIA10/3 PÁGINA 7 CARREIRA PÁGINA 3 Bem-vindos à USP calouros

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Pela retiradado Plano deGestão de

Pessoas do Co

PREPARAR A GREVEPARA MARÇO

SINTUSPSINTUSPJORNAL DO

GestãoSempre na LutaPiqueteiros e Lutadores!

Órgão informativo do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo Fevereiro de 2009

Pela garantia dos empregos de5211 contratados após 1988

Pela retiradado Plano deGestão de

Pessoas do Co

PREPARAR A GREVEPARA MARÇO

Pela readmissão do Brandão

GREVE: DECISÃO DIA10/3

PÁGINA 7

CARREIRA

PÁGINA 3

Bem-vindos àUSP calouros

Page 2: SINTUSPSINTUSPmovimentocar.com/paginas/sind_assoc/sintusp/jornal/2009/... · 2009-02-26 · como objetivo imediato acabar com o nível básico, além de várias funções, implementando,

2 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

POR QUE DEMITIR O BRANDÃO?

ATAQUES COVARDES

No final do ano, às vésperasdo natal e do recesso de início

das férias na USP, a reitora, emum ATO COVARDE, demite o

Diretor do Sindicato e Represen-tante dos Funcionários no Con-selho Universitário, ClaudionorBrandão e ainda responsabiliza

o Sintusp pela ocupação dareitoria em 2007, cobrando da

entidade R$ 356.000,00 por meiode processo judicial.

Além destas medidas prossegue comprocessos, sindicâncias e inquéritos po-liciais contra diretores e membros doCDB - Conselho Diretor de Base do sin-dicato (observação: um destes processoscontra diretores do Sintusp enquadra oscompanheiros no mesmo artigo usadocontra o Brandão: “falta grave”, sob penade demissão por justa causa).

Porque a reitora Suely Vilela, tendopor trás o governador Serra e os setoresmais atrasados, corruptos e retrógadosda universidade (sendo que estes últi-mos, ironicamente, desde a indicação daprofessora pelo Conselho Universitárioda USP na lista tríplice enviada ao go-vernador, têm sido os piores detratoresda própria reitora), tendo inclusive, estemesmo grupo, exercido uma grandepressão para que o então governadorGeraldo Alckmin não a indicasse (mes-mo sendo a primeira entre os três no-mes), o que levou a um inédito atraso naescolha.

A primeira resposta que nos salta aosolhos é que esta série de ações anti-sindicais são o “troco” ou a vingança peladerrota política que o governo Serra eseus seguidores na universidade sofreramem seu projeto de intervenção e quebrada autonomia das Universidades Estadu-ais Paulistas, diante da luta ferrenha dosestudantes, funcionários e de vários pro-fessores na USP, Unesp e Unicamp.

É notório o papel fundamental do nos-so sindicato na condução desta luta vito-riosa, assim como de inúmeras outras emdefesa da Universidade Pública, Autôno-ma e de Qualidade, e acima de tudo, vol-

tada aos interesses da maioria da popula-ção: os trabalhadores.

Ninguém, que conheça a USP ignoraque o Sintusp não apenas tem lutado porsalários dignos e pela menor discrepân-cia entre os maiores e menores saláriose pelo respeito aos funcionários, mastambém contra a terceirização, aprivatização, a farra das Fundações pri-vadas, os cursos pagos e a inserção deempresas privadas, o que contraria in-teresses destes grupos “poderosos” nauniversidade.

Mais do que uma simples vingança,trata-se de uma “necessidade” deles ten-tarem quebrar ou destruir a organizaçãodos trabalhadores, para assim, permitir iradiante com seus propósitos, naimplementação de um modelo de univer-sidade voltado para o capital.

VEJAMOS

A reitoria acaba de apresentar um Pro-jeto de “Nova Carreira”, que não foi dis-cutido ou elaborado com a participaçãodos funcionários ou seus representanteseleitos para a CCRH – Comissão

Central de Recursos Humanos e de-

verá ser aprovado pelo C.O. – ConselhoUniversitário.

Projeto este que, claramente, temcomo objetivo imediato acabar com onível básico, além de várias funções,implementando, definitivamente, aterceirização e outras distorções, o queatingirá a maioria dos trabalhadores be-neficiando penas uma pequena parcela.

TERCEIRIZAÇÕES

Pretendendo avançar no processo deterceirização em vários setores, a reito-ria fez o Conselho Universitário aprovar,na última reunião do ano passado, o fim

das Prefeituras da Capital e dos Campido interior, o que acontecerá num pro-cesso de “transição”.

A atual política da reitoria leva a entre-ga da universidade às empresas privadase ao governo do Estado, pretendendo tam-bém, em manter o não cumprimento docompromisso assinado pelo Cruesp –Conselho de Reitores das UniversidadesEstaduais Paulistas, com o não pagamentoda parcela fixa de R$ 200,00, incorpora-do ao salário.

Além de tudo, a reitoria sabe dos nos-sos propósitos. Irmos com muita força àluta neste ano, inclusive exigindo o cum-primento dos compromissos, em conjuntocom os estudantes e professores em tor-no de uma Pauta Unificada.

O problema para a reitoria é o errode avaliação sobre os funcionários daUSP e da capacidade de reação do mo-vimento.

A primeira mostra foi dada no dia 16de dezembro, dia de paralisação comgrande ato, inclusive com a participaçãoexpressiva de funcionários, estudantes,professores, parlamentares, inúmeras en-tidades sindicais, organizações políticase de movimentos sociais, apesar do perí-odo de final de ano e de festas de confra-ternização nas unidades.

A NOSSA PRIORIDADE

Neste dia foi firmada por todos, o com-promisso de levar a luta pela readmissãode Brandão, a retirada dos processos con-tra o Sintusp e militantes (tanto funcio-nários como estudantes processados edenunciados pela USP em inquéritos po-liciais), e esta será a nossa prioridade naluta neste inicio de ano.

Ato em frente a Reitoria da Unesp em maio de 2008

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ses

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aula

Dia 10/03 vamos deliberar emAssembléia Geral GREVEpor tempo indeterminado

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Jornal do SINTUSP – 3Fevereiro de 2009

QUEM ESTÁ COM A VERDADE

BREVE HISTÓRICO

Em 5 de outubro de 1988 foi promul-gada a nova Constituição Brasileira, quedeterminou (artigo 37) que todas as va-gas a serem criadas no serviço públicodo País, deveriam ser aprovadas pelopoder Legislativo (Congresso Nacional -serviço público federal; AssembléiasLegislativas – serviço público estadual eCâmara Municipal – serviço público mu-nicipal).

A USP criou, de 1988 até agora, 5.211vagas que não foram aprovadas pela As-sembléia Legislativa do Estado de SãoPaulo.

Por razões que desconhecemos a USPnão cumpriu o que manda a Constituição(aprovar as vagas na Alesp) durante todoeste período, enquanto o Estado e o Tri-bunal de Contas, fizeram “vista grossa”a este fato até 2006.

Só em 2007, após a ocupação da rei-toria, ficamos sabendo que o Tribunal deContas de Estado passaria a apontar asirregularidades das referidas contratações,isto é, as feitas através de processos se-letivos, publicadas em Diário Oficial, etc,para preencher vagas não existentes le-galmente, ou seja, não aprovadas pelaAssembléia Legislativa.

Os funcionários só tomaram conhe-cimento de que o Tribunal de Contas es-tava questionando a ilegalidade das va-gas criadas e preenchidas pela universi-dade durante e após a ocupação da rei-toria.

Em reunião com o sindicato na épo-ca, a reitoria informou que havia mesmoo questionamento do Tribunal de Con-tas, mas que não havia motivos para “alar-me”, porque todas as providências esta-vam sendo tomadas para a defesa dascontratações. O Departamento Jurídicodo sindicato procurou o Tribunal de Con-tas, porém os nossos advogados não pu-deram ter acesso aos processos, poisnesta situação os processos administrati-vos têm como acusada a Universidadede São Paulo por ser ela a responsávelpor a esta situação.

Já em 2008, quando o Tribunal deContas apertou o cerco e a preocupaçãocomeçou a se espalhar na USP, a reitoriainformou novamente o Sindicato de queestava sendo preparada uma proposta,pela Universidade, a qual estava sendo

POR QUE TEMOS 5.211 EMPREGOS AMEAÇADOS NA USP?

discutida com representantes do gover-no e do próprio Tribunal de Contas e queseria apresentada sob a forma de Projetode Lei na Assembléia Legislativa, criando8893 vagas, das quais 5.211 cobririamas vagas já preenchidas e as restantesseriam destinadas às novas contrataçõespara expansão da Universidade.

Esse Projeto de Lei 47/2008 acabousendo apresentado pelo, governador Ser-ra, à Assembléia Legislativa, em “regimede urgência”, sendo aprovado em dezem-bro pela ALESP e promulgado pelo go-vernador Serra em 11/12/2008, como LeiComplementar nº 1074:

“Artigo 1º.- Ficam criados nosubquadro de empregos públicos da Uni-versidade de São Paulo, 8.893 empregospúblicos técnicos e administrativos”.

No artigo 3º Dessa Lei está escrito:“Artigo 3º. Os empregos públicos de

que trata esta Lei Complementar serãopreenchidos mediante prévia aprovaçãoem Concurso Público de provas ou pro-vas e títulos e regidos pela Consolidaçãodas Leis do Trabalho – CLT”.

Durante a tramitação do PL 47/2008na ALESP, foram apresentadas duasemendas pelo Deputado Fernando Capez(PSDB), que “transformavam os funcio-nários já contratados em estatutários e asnovas contratações também”, as quaisforam derrotadas pelo governo em todasas Comissões. A assessoria jurídica dodeputado (PSDB) alertou o Sindicato de

que “A CRIAÇÃO DAS NOVAS VAGASNÃO REGULARIZAVAM AS CON-TRATAÇÕES ANTERIORES EM VAGASINEXISTENTES E QUE O PREENCHI-MENTO DESTAS VAGAS SÓ PODERIASE DAR ATRAVÉS DE CONCURSOPÚBLICO”.

Quando os diretores do SINTUSP in-formaram a Assessoria do Deputado quea reitoria dizia para o sindicato que o Con-curso público seria apenas para as novascontratações, ouvimos do mesmo: “Areitoria pode dizer o que quiser, po-rém o que vale é o que está na Lei.Mesmo com a aprovação do Projeto deLei 47/2008 as contratações questio-nadas pelo Tribunal de Contas conti-nuaram irregulares”.

No Conselho Universitário a reitora foiquestionada pelo companheiro Brandão eo discurso continuou o mesmo: “das 8893vagas aprovadas na ALESP, 5.211 delassão para regularizar as contratações ques-tionadas pelo Tribunal de Contas e asdemais para futuras contratações”.

Procurado novamente pelo Sindicatoo Chefe de Gabinete, Prof. AlbertoAmadio, declarou em ofício: “que nãohavia mais nada a esclarecer.”

Quando no dia 10/02/2009 (após odiretor da Geociências declarar que oscontratados após 1988 terão que fazerConcurso público) em audiência com areitoria o Chefe de Gabinete Prof. Amadio,

o Coordenador da CODAGE, Prof. Dantee Dr. Alberto, Procurador da USP, assu-miram que, realmente o Tribunal de Con-tas está apontando a irregularidade des-tas contratações, mas que a USP estádefendendo a sua legalidade. Quando areitoria argumentou com a tese de que oConcurso Público deve ser para novascontratações, os Representantes doSINTUSP perguntaram:

“COMO O TRIBUNAL ESTÁ JUL-GANDO ILEGAL O PREENCHIMEN-TO DAS VAGAS ANTERIORMENTE ÀLEI 1074 E A CONSULTORIA JURÍ-DICA DA USP ESTÁ DEFENDENDOA LEGALIDADE, SE VOCÊS AFIRMA-RAM LÁ ATRÁS QUE O TRIBUNALPARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DALEI?”

Depois desta última reunião em queos representantes do SINTUSP exigiramque a reitoria divulgasse um esclarecimen-to público, sai um informe totalmentecontraditório para tentar acalmar os tra-balhadores.

O Esclarecimento apresenta a “Teseda USP de que o Concurso Público seránecessário só para as novas contra-tações”, como se isso estivesse reconhe-cido em Lei, pelo governo e Tribunal deContas. Em seguida, reconhece que oTribunal de Contas continua a questionaras contratações, afirmando que aConsultoria Jurídica está defendendo asregularidades das contratações.

• CHEGA DE ENGANAR OS TRA-BALHADORES. QUEREMOS QUE SEJAENCAMINHADA UMA EMENDA A LEI1074 OU UM NOVO PL QUE REGULA-RIZE A SITUAÇÃO DE TODAS ASCONTRATAÇÕES IRREGULARESEXISTENTES NA USP E QUE O CON-CURSO PÚBLICO SEJA APENAS PARAAS NOVAS CONTRATAÇÕES.

• CHEGA DE ENGANAR OS TRA-BALHADORES

• NÃO VAMOS PAGAR PELOS ER-ROS BUROCRÁTICOS DA USP E DOGOVERNO

• QUEREMOS A REGULARIZAÇÃODE TODOS OS CONTRATOS, JÁ.

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4 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

À Diretoria do Sindicato dos Traba-lhadores da USP (SINTUSP)

Dirijo-me aos funcionários, estudan-tes e professores da USP para mani-festar publicamente a minha surpresa,indignação e protesto contra a medidade força que resultou na demissão por(in)justa causa de Claudionor Brandão.Além de antigo funcionário, temperadona dura luta do trabalho cotidiano,Brandão recebeu de seus pares, comoprova de renovada confiança, uma du-pla legitimidade. Primeiro, a legitimida-de de ser eleito diretor sindical doSINTUSP e, segundo, a legitimidade deser eleito representante de sua catego-ria no Conselho Universitário (Co). Nãonos enganemos: Brandão foi cassadoe proscrito não por seus hipotéticos de-feitos, mas sim por suas comprovadasqualidades como líder e dirigente sindi-cal. Fosse ele um pelego, capacho ecolaboracionista das altas esferas uni-versitárias, sem dúvida seria saudadoe apontado pelos donos do poder como“funcionário exemplar”. Mas, como diri-gente altivo, consciente e combativo,coube-lhe o primeiro lugar na “lista dedegola” que pode estar em andamento.

Não acalentemos falsas ilusões:Brandão foi o primeiro, mas não será oúltimo, desse processo de proscrição.Coube a ele ser a cobaia do ensaio ge-ral para medir a nossa capacidade dereagir frente a um fato consumado quecutuca a fera com vara curta. Se nos ca-larmos, cruzarmos os braços e não fi-zermos nada em defesa dos direitos deBrandão, vitimado pelas artimanhas earmadilhas jurídicas de uma demissãoforjada por “justa causa”, não podere-mos nos queixar das represálias quepoderão atingir em futuro próximo todosos setores da comunidade universitá-ria. Não é demais lembrar que a demis-são por justa causa implica na perdaabsoluta dos direitos adquiridos comocontrapartida por todo o tempo de traba-lho. O abuso do Direito e a cisão entrelegalidade e justiça poderão servir depretexto para novos expurgos, vendetase retaliações. Uma vez aberto o prece-dente, é possível que venham a ocorrernovas cassações de diretores doSINTUSP e de outros funcionários. Nãoé segredo que o sonho de longa dataacalentado é desmantelar o sindicato edeixar os funcionários órfãos de repre-sentação coletiva ou colocá-los à mer-cê de um sindicato de fachada, que sejamera linha auxiliar dos detentores dopoder.

Como antigo dirigente estudantil (ge-ração 68), alerto também os estudantes esuas entidades representativas para o“tsunami” que pode despontar de surpre-sa no horizonte. É hora de esquecer diver-gências, cerrar fileiras, mobilizar forças eprestar apoio e solidariedade, de fato, aostrabalhadores uspianos. A passada ocu-pação da Reitoria e os processos deladecorrentes poderão ser utilizados paradecapitar a vanguarda estudantil, além deesvaziar o DCE e outras entidades aguer-ridas. Aqui também é preciso tomar cui-dado com alguns carreiristas e oportunis-tas que existem em toda parte. Nestecaso, refiro-me à quinta coluna alienada,que acha que a única função do estudan-te é somente estudar, ignorando a dinâ-mica dos movimentos sociais à sua volta.

Aqueles que enfrentaram prisão, tortu-ra, exílio ou clandestinidade sabem que, aolongo de nossa história, a repressão co-meçou sempre em cima dos pobres e tra-balhadores, depois desabou sobre os uni-versitários e secundaristas, terminando pordesancar os professores e intelectuais. Nãopensem estes últimos que, do alto de seustatus, estarão protegidos de vendavais etempestades. Estou apenas recordando aconhecida tática do salame, que consisteem fatiar um setor de cada vez, até chegarfinalmente a nossa vez. Basta reler o velhoBrecht, cujo poema é bastante conhecido.Quem não o leu que busque fazê-lo, paranão vir alegar depois que desconhecia ounão apreciava poesia.

A premissa é que a USP se funda notrabalho manual e intelectual daquelesque a integram, o que possibilita ensino,pesquisa e extensão. Resulta daí quesomos todos interlocutores legítimos quenão podem ser ignorados; que temos di-reitos individuais e coletivos asseguradospela Constituição; que queremos ser ou-vidos para que possamos debater e dia-logar com a outra parte numa mesa denegociação. É preciso que se abra umespaço de interlocução para que apresen-temos nossos pontos de vista, razões edesrazões. Se essa proposta não for acei-ta pela Reitoria, restariam ainda dois ca-minhos, que não são antagônicos nemexcludentes. Bem ao contrário, no maisdas vezes são convergentes e comple-mentares.

Um deles diz respeito ao aspecto le-gal e o outro ao da mobilização social. Oprimeiro caminho passa pela utilização detodos os recursos jurídicos que o impérioda lei coloca à disposição do cidadão paraa defesa de seus direitos civis, políticos esociais. Isso é um recurso necessário,mas está longe de ser suficiente. O se-

gundo caminho, que corre paralelamen-te ao primeiro, aponta para a mobili-zação, organização e conscientizaçãodos três setores de nossa comunida-de: funcionários, alunos e docentes.Seu principal objetivo é fazer ver à Rei-toria, ao Conselho Universitário e àsdemais instâncias de poder, que os atin-gidos não aceitarão passivamente osfatos consumados, de viés unilateral eautocrático. Desde as revoluções ingle-sa, americana e francesa, o ideárioiluminista reconhece o direito de resis-tência como uma forma de luta legítimaà qual podem recorrer os cidadãos Édo interesse de todos que osinterlocutores estejam dispostos a dis-cutir os argumentos e reivindicações departe a parte. Quanto ao Sintusp, pensoque uma pauta mínima de negociaçãodeve englobar necessariamente, entreoutros pontos, pelo menos dois itensessenciais:

a) a pronta revogação da demissãodo funcionário, sindicalista e represen-tante, Claudionor Brandão;

b) a readmissão imediata do men-cionado funcionário, que devereassumir suas funções no gozo e noexercício da plenitude de seus direitos.

Aliás, diga-se de passagem, a pro-posta acima formulada é similar à con-tida na Moção aprovada pela Congre-gação da FFLCH, em sessão realizadaem 19/12/2008, que, em síntese, afir-ma o seguinte:

“Em vista desse quadro, esta Con-gregação se coloca contra a demis-são do referido funcionário e solicitasua readmissão para que seja retoma-do o diálogo entre as partes nos ter-mos condizentes com uma prática de-mocrática e de respeito para com aspeculiaridades de cada seguimento daUniversidade”.

Finalmente, quero reafirmar que asrelações e a convivência entre os trêssegmentos da comunidade, bem comoo encaminhamento de suas propostase a solução de suas divergências, de-vem excluir medidas de exceção, retali-ação e repressão. Nossa Universidadeé uma unidade da diversidade ondeinteragem as forças da produção e dosaber, cujo método de resolução de pro-blemas deveria adotar como princípiosnorteadores a negociação transparen-te, o respeito recíproco e o mútuo en-tendimento.

Leonel Itaussu Almeida MelloProfessor Titular de Ciência

Política da USP. SP, 08/II/2009

“A bigorna dura mais do que o martelo”DITADO VIETNAMITA

No dia 9/12/08, a reitoria da Universidadede São Paulo demitiu, alegando justa cau-sa, o diretor do SINTUSP e representanteeleito dos funcionários no Conselho Uni-versitário, Claudionor Brandão. Essa medi-da faz parte de um processo de persegui-ção e punição a setores do movimento ope-rário, estudantil e de movimentos sociais.Brandão fez parte, em diversos momentos,das lutas em defesa da universidade públi-ca e da educação de qualidade e é por essemotivo que agora a reitoria da USP tentacolocá-lo na cada vez mais longa lista dedemitidos políticos pelo país a fora.Como delegado sindical e diretor doSINTUSP eleito em fóruns da categoria,Brandão sempre esteve à frente da defe-sa dos interesses do conjunto dos traba-lhadores da universidade, se pautando emdeliberações legitimamente tomadas pelostrabalhadores em suas assembléias e ins-tâncias de decisão.Por tudo isso, O ANDES-Sindicato NacionalREPUDIA A DEMISSÃO do diretor doSINTUSP Claudionor Brandão. Trata-sede um ataque duríssimo à liberdade de or-ganização sindical e política dos trabalha-dores, estudantes e ao próprio SINTUSP.Exige a REINCORPORAÇÃO IMEDIATA EINCONDICIONAL de Claudionor Brandãoaos quadros da universidade e a reti-rada de todos os processos adminis-trativos e sindicâncias aos estudan-tes, trabalhadores e professores quelutaram em defesa da universidade.

Brasília, 17 de dezembro de 2008Diretoria do ANDES-SN

MOÇÃO DE REPÚDIO

Saudações e agradecimentosaos trabalhadores de Zanon

A burguesia e seus governos, os refor-mistas e pacifistas e os burocratas sindicaisdo mundo todo, estão empregando todos osseus meios e recursos numa cruzada ideo-lógica, que busca convencer os trabalhado-res de que frente à gravidade da crise docapitalismo, “é melhor aceitar a perda de umaparte dos postos de trabalho para salvar aempresa e evitar a perda de todos os pos-tos; que é melhor aceitar uma redução nossalários para salvar a empresa e evitar aperda do salário inteiro”.

Por isso, os trabalhadores da USP e seuSindicato (Sintusp), saúdam os heróicos ope-rários de Zanon, que mantêm a fábrica pro-duzindo sob controle operário a sete anos, ecom essa luta exemplar deram à vanguardado proletariado mundial, uma arma poderosacontra a escalada ideológica da burguesiaquando demonstraram concretamente, queos trabalhadores podem e devem adotar umasaída independente e fazer com que os pa-trões paguem a crise, demonstraram que épossível os trabalhadores tomarem as fabri-cas em suas mãos, expulsar os patrões,abolir o lucro e colocar a produção a serviçoda manutenção dos postos de trabalho exis-tentes e da geração de novos, da manuten-ção dos trabalhadores e suas famílias. Que oproletariado mundial e sua vanguarda saibase apropriar da experiência e dos métodosdos operários de Zanon.

Que o camarada Raul Godoy leve aosseus companheiros e seu sindicato classistaessa nossa saudação e nosso agradeci-mento pela solidariedade internacionalista epelo apoio à nossa luta pela reintegração donosso camarada Brandão.

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Jornal do SINTUSP – 5Fevereiro de 2009

PRESENTE DE GREGO

1) Que o companheiro ClaudionorBrandão, eleito pelos funcionáriospara o Conselho Universitário da USPcomo nosso legítimo representante,tome assento nesta e em todas asdemais reuniões do Co enquanto dureo seu mandato.

É inadmissível que o mandato ou-torgado pela vontade dos funcionári-os e pelo voto direto para o Conselhoque é o órgão máximo e soberanoda Universidade, seja cassado arbi-trariamente pela reitora.

Aproveitamos para informar que aAssembléia Geral dos Funcionáriosda USP aprovou como questãoprioritária a readmissão do compa-nheiro Brandão e, para tanto, todasas formas de luta necessárias serãoaprovadas e efetivadas, inclusive aGREVE GERAL na USP.

2) Que o denominado “Sistemade Gestão de Pessoas por Compe-tências” não seja aprovado pelo Con-selho Universitário. Esse Sistema,encaminhado ao Conselho Universi-tário pela reitora sem nenhuma dis-cussão com os funcionários, ignoran-do uma proposta de Estrutura de umaNova Carreira para os trabalhadoresamplamente discutida e aprovada emSeminário dos Funcionários e apre-sentada à reitoria e à Comissão Cen-tral de Recursos Humanos, não é umPlano de Carreira;

3) Os trabalhadores querem,sim, a discussão e a implementaçãode uma nova Carreira, a ser discuti-da e negociada com a reitoria. Por-tanto, reivindicamos a retirada deste“Sistema de Gestão” da discussãono Conselho Universitário.

Atenciosamente,

Funcionários daUniversidade de São Paulo

Assembléia Geral dosFuncionários da USP

CARTA ABERTAAOS MEMBROSDO CONSELHOUNIVERSITÁRIO

Nós, funcionários da Universi-dade de São Paulo, dirigimo-

nos aos membros do ConselhoUniversitário da Universidadede São Paulo para apresentaras seguintes reivindicações,

deliberadas na última Assem-bléia Geral da categoria, reali-zada em 29 de janeiro de 2009:

Em 28 de Outubro de 1988 foi fun-dado o Sintusp, (Sindicato dostrabalhadores da Usp) emmeio a uma luta forjadapor todos aqueles queacreditavam que nãodava mais para sesubmeter á política dogoverno, que achata-va salários, que es-cravizava que nãopagava a política sa-larial da época enem os adicionaisaos trabalhadores(as) que realizavamatividades específicascomo HU e outras.

Foi graças à luta dostrabalhadores da USP,UNESP e UNICAMP queconquistamos a autonomiaUniversitária.

Graças a essa luta, as funcionárias (os)do Hospital Universitário conseguiram aredução da jornada para 36 horas sema-nais, pagamento de adicional de insalubri-dade, creche entre outras conquistas.

E em meio a tudo isso estava lá entreoutros (as) valorosos (as) lutadores (as)o companheiro Brandão. Na fundaçãodesse “Sindicatinho”, no tamanho, maisgrande na luta, estava entre os primeirosdezoito diretores desse sindicato, o com-panheiro Brandão,esse peão, ( técnico emar condicionado). Sempre na luta acer-

Reitora presenteia Trabalhadores emcomemoração aos 20 anos de Sintusp

tando, errando, mas sempre ten-tando, sem se vender e sem

se render á burocraciauniversitária que se

aproveita da autono-mia conquistadapela luta dos tra-balhadores embeneficio pró-prio, e agoraabusando deseus podres po-deres, demitemesse diretor doSindicato quetambém é nossorepresentante no

Conselho Universi-tário acusando-o de

haver invadido a bibli-oteca da FAU, na greve

contra o veto em 2005 eter discutido com o ex diretor da-

quela faculdade alegando que foi um atode insubordinação.

Companheiros, isso é luta de classe,e no afã das batalhas os conflitos sem-pre vão acontecer. A diferença é quequando termina, nós, trabalhadores(as)voltamos aos nossos postos de traba-lho.Porém com a burocracia não é bemassim: sente seu poder abalado, seu or-gulho ferido e toma atitudes como essana tentativa de acuar os trabalhadoresem seu canto.

Se passar um boi passa toda a boia-

da: Não podemos deixar que a Reitorae sua burocracia destruam a organiza-ção sindical, conquistada até com san-gue de trabalhadores, demitindo assimo companheiro Brandão, e nenhum di-retor do sindicato e ou outro trabalha-dor que está nas lutas. A organização emobilização dos trabalhadores é muitoimportante para acabar com essesdesmandos da Reitora.

É importante que todos saibam quemesmo provada a inocência de Brandãoem um dos processos administrativosreferente à greve de 2004, a comissãoprocessante mudou os termos da puni-ção concretizando em suspensão de cin-co dias. E ainda sobre o processo admi-nistrativo contra Brandão e Luis Cláudioque estavam defendendo os direitos tra-balhistas dos funcionários da empresaterceirizada foi arrumado um argumentoridículo dizendo que o os dois estavamdefendendo questões alheias aos traba-lhadores da Universidade.” Cai a másca-ra da Reitora, o que ela e sua burocraciaUniversitária quer mesmo é colocar abai-xo a organização dos trabalhadores”.

A perseguição política está explícita enos 30 anos de luta na Universidade e 20anos de fundação do Sintusp a Reitorapresenteia Brandão com demissão porjusta causa.

E vamos à luta com muita garracontra a opressão da Reitora,e pelareadmissão imediata do companhei-ro Brandão.

Diretoria da Adusp-S.Sind. repudia dispensa, por “ justa causa”, do funcionário ClaudionorBrandão, diretor eleito e em exercício de mandato do Sindicato dos Trabalhadores da Universidadede São Paulo – SINTUSP e representante dos funcionários no Conselho Universitário. Assim, estaDiretoria insta a Reitoria da USP a reconsiderar sua posição.

São Paulo, 11 de dezembro de 2.008.

Prof. Dr. Otaviano A. M. Helene*Presidente da Adusp-S.Sind.*

Para: Professora Doutora Suely Vilela – Reitora da USPC/C: Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas – CRUESP e Lideranças dosPartidos Políticos na ALESPA

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6 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

Eduardo Suplicy - Senador do PT (SP)Paulo Vanucchi - Ministro da Secretaria

de Direitos Humanos do GovernoFederal

Ivan Valente - Deputado Federal doPSOL

Babá - ex-Deputado Federal pelo PSOLJosé Genoíno - Deputado Federal do PTVicentinho, Deputado Federal do PTEliseu Gabriel - vereador e presidente

estadual do PSB-SPJamil Murad - vereador do PC do BHauser Luiz Palhão - Vice-Presidente do

PT de Paraguaçu-MGAna Amelia da Silva - Professora do

Departamento de Sociologia da PUC-SP

André Roberto Martin - Prof. FFLCH-USPAntônio Celso Ferreira - Ex-diretor do

Campus de Assis Faculdade Filosofia eCiências – UNESP

Antonio Ozaí da Silva - Departamento deCiências Sociais - Univ. Est. deMaringá

Antonio Rago Filho - Professor DoutorPUC-SP - Fundação Santo André

Áurea M. Guimarães - Profa. da UnicampBaltazar Macaiba - Departamento de

Sociologia e Antropologia / UFMACaio Navarro de Toledo - Prof. UnicampCarlos César Almendra - Professor

Fundação Santo AndréCarlos Moreira Henriques Serrano -

Professor da FFLCH-USPCathérine Monbeig-Goguel - CNRS,

Museu do LouvreCláudia Mazzei Nogueira - Profa da

UFSCCristina Paniago - Professora UFALEmir Sader – Prof. aposentado – USPFrancis Henrik Aubert - Professor e ex-

diretor da FFLCH-USPFrancisco Alambert - Professor Dpto de

História na USPFrancisco Capuano Scalato - Professor

FFLCH USPFrankling Leopoldo e Silva - Prof FFLCH

USPGilberto Lopes Teixeira- Professor Doutor

Fundação Santo AndréGilson Dantas - Médico e doutor em

Sociologia UNBGonzalo Adrián Rojas CH - UFCG -

Doutor Ciência Política USPSolidariedade Incondicional

Hamilton Octavio de Souza - Jornalista eProfessor da PUC-SP

Hector Benoit -Dep. de Filosofia –Unicamp

Hélio Ázara de Oliveira Doutorando -Unicamp

Hélio Rios - Diretor (a) / ProfessorSINPRO ABC (Sindicato dosProfessores) / Universidade Metodistade São Paulo

Henrique Carneiro - Professor (a) USP -Dpto de História – FFLCH

Ivan Cotrim - Fundação Santo AndréIvan Esperança R. - Vice-diretor do

Campus de Assis Faculdade Filosofia eCiências – UNESP

Ivan Rodrigues Martin - Professor (a)PUC – APROPUC

Ivana Jinkings - Editora BoitempoEditorial e Revista Margem Esquerda

João Bernardo - Escritor e ProfessorJoão da Costa Chaves - Presidente

AdunespJoão Jorge Vieira Carvalhedo - ex-prof da

UnBMarilena Chauí - profa. da FFLCH-USPJohn Dawsey - Professor FFLCH USPJosé Alfonso Klein - Prof. Fundação

Santo AndréKabengele Mulanga - Prof. FFLCH - USPLea Francesconi - professora da FFLCH-

USPLeonel I. Almeida Mello - prof. FFLCH-USPLívia Cristina de Aguiar Cotrim - Profa.

Dra. Centro Universitário FundaçãoSanto André

Lúcia Rodrigues - Jornalista / Prof. Univ. Exdiretora do DCE Livre da USP

Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida -Professor (a) PUC - SP - Dpto depolítica

Luiz Renato Martins – ECA USPMagno Vila Castro Júnior - Cientista

Social / Prof. da Universidade Estadualdo Piauí

Márcio Bilharinho Naves - prof. UnicampMárcio Sérgio Vasconcelos - Diretor do

Camous de Assis Faculdade deFilosofia e Ciências – UNESP

Maria Beatriz Costa Abramides - Profa./Diretora Serviço Social - PUC –Apropuc

Maria Cecília Manzoli Turatti - Antropólogae Professora Universitária

Maria das Graças de Souza - Profa. FFLCHUSP

Maria Orlanda Pinassi - ProfessoraUNESP Araraquara

Mariângela Fujita - Diretora do Campusde Marília FF e Ciências – UNESP

Marli Vizin - Professora Fundação SantoAndré e Faculdade de Diadema

Me. Odair de Sá Garcia - Prof. Efetivo daFundação Santo Abdré desde 1987

Nair Casagrande - Professor (a) USP -Faculdade de Educação

Neusa Maria Dal Ri - Profa UNESPMarília

Osvaldo Coggiola - professor da FFLCH-USPOtília Beatriz Fiori Arantes - professora

da FFLCH-USPPaula Regina Pereira Marcelino -

Socióloga UFBAPaulo Jonas de Lima Piva - Professor

universitário da iniciativa privada e ex-aluno da USP

Paulo Eduardo Arantes - ProfessorAposentado da FFLCH USP

Pedro Fassoni Arruda - Professor (a)PUC - SP - Dpto de Política

Ramon Casas Vilarino - ProfessorHistória/Sociologia Faculdade Sumaré

Régis Michel (prof.-visitante ECA-USP,Museu do Louvre)

Renata Gonçalves - Professor (a)Universidade Estadual de Londrina

Renato da Silva Queiroz - prof. da FFLCH-USPRicardo Antunes - Professor (a) UnicampRicardo Musse - Professor (a) USPRodrigo Ricupero - Dr em História pela USPRoberto Bitencourt da Silva - Professor

do Ise/Uezo/Faetec - RJ e diretor daAssociação dos Profissionais deEducação da Faetec

Ruy Braga - Prof. da USP - Ciências SociaisSonia Meire Azevedo de Jesus -

Professora da Universidade Federal deSergipe - Departamento de Educação

Virgínia Fontes - Historiadora - EPSJV/FIOCRUZ e UFF

Wagner Costa Ribeiro - Professor FFLCHUSP

Wilson Nascimento - Professor FFLCHUSP

Zilda Márcia Grícoli Iokoi - ProfessoraFFLCH

Fábio Konder Comparato - Professor ejurista FS USP

Henrique Júdice - Advogado epesquisador do IPEA

Jorge Luíz Souto Maior - Juíz do Trabalhoe Professor da FD USP

Vanderley Caixe – Advogado Ribeirão PretoYvan Gomes Miguel - advogado

criminalista e coordenador do Núcleodos Advogados do Povo de São Paulo

ADMAPADUFEPEADUFF / RJADUNESPADUNICAMPADUNIFOR / CEADUR / RJADUSPAL / SE Alagoas - SergipeGrupo Além do Mito - Estudar para Lutar,

Lutar para Estudar - MaceióANDESAPEFAETEC / RJAPG São PauloASFUNPAPAASSANASSAN - SJCAssentamento Carlos Lamarca / RJASSETANSAssociação dos Trabalhadores

Aposentados Pensionistas e Anistiadosda Petrobras e Petros

Associação Funcionários Metalúrgicos SJCCONLUTASDCE UFALDCE USPEspaço SocialistaFederação Nacional dos Trabalhadores na

Indústria GráficaFederação Sindical e Democrática dos

Trabalhadores nas IndústriasMetalúrgicas - MME Minas Gerais

FINASEFE / DNFórum das SeisGLBTT CONLUTASGrupo Pão & RosasLER-QI - Liga Estratégia Revolucionária -

Quarta InternacionalMinoria / CPERSMinoria AFBNBMinoria do SEP / RJMinoria Sindicato dos Advogados / SPMinoria Sindicato dos Químicos OsascoMinoria SINDPETRO / RJ

A crise econômica começa a ser sentida de várias formaspelos trabalhadores no Brasil e no mundo. Só nos EUA 500 miltrabalhadores perderam os seus empregos, a previsão da ONUé mais 20 milhões demissões em 2009.

Diante da crise histórica do capitalismo, para manter suasmargens de lucro, a burguesia e o seu Estado atacam sistema-ticamente os trabalhadores, suas organizações e seus repre-sentantes.

Mas estes já começam a dar sinais de que não vão aceitarpassivamente as políticas anticrise da classe dominante, ou seja,várias formas de resistência estão sendo desenvolvidas em todoo planeta, tais como greves, ocupações, atos etc.

É dentro deste contexto de agudização da luta de classesque se insere a demissão de Claudionor Brandão, diretor doSindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) e militante daLiga Estratégia Revolucionária (LER-QI).

O companheiro foi eleito em 2007 e tinha estabilidade sindi-cal garantida por lei, assim a sua demissão foi perpetrada por“justa causa”, sob a grave acusação de ”faltas graves”, como,por exemplo, dirigir piquetes e paralisações nas greves de 2005e 2006.

Esta demissão no período de férias dos estudantes e reces-so dos trabalhadores é parte de uma estratégia mais ampla deameaças, demissões e até execuções, como a dos três compa-nheiros da C-Cura (Central sindical opositora ao governo de HugoChaves) que foram assassinados depois de encabeçar umamobilização de resistência e enfrentamento com a patronal e apolícia.

Brandão foi demitido porque a reitoria da USP - aríete dogovernador José Serra do PSDB - precisa criar melhores condi-ções para dar continuidade a outras ofensivas contra a universi-dade pública no Estado de São Paulo - pois, a ocupação dareitoria, com duração de 51 dias em 2007, colocou concreta-mente para os trabalhadores e estudantes desta que com luta épossível resistir - por isso o ataque às lideranças dos trabalha-dores.

É importante atentar para o fato que esta demissão de umaliderança sindical e política é apenas a ponta do iceberg, ouseja, uma série de outros processos políticos está seavolumando e sendo preparados para efetivar o afastamento desuas bases de outras lideranças com o objetivo de dificultar aresistência dos trabalhadores.

Assim, o Práxis como parte da Corrente Internacional Socia-lismo ou Barbárie se solidariza integralmente com a campanhapela readmissão imediata de Claudionor Brandão, como umadas formas de resistir à ofensiva contra os ataques às lideran-ças combativas da nossa classe, e, também, para neste mo-mento de crise sistêmica do capitalismo, a classe trabalhadorapossa ir para além das lutas de resistência imediata e incorpo-rem a luta contra o capitalismo e a construção do socialismocomo bandeiras cotidianas.

PRÁXISPela readmissão imediata de

Claudionor Brandão

APOIOS À READMISSÃO DO BRANDÃO

Plínio de Arruda Sampaio Jr.Professor do Instituto de Economia da UNICAMP

“Dedicado de corpo e alma à construção de uma sociedadejusta, Brandão representa a ousadia e a coragem do

movimento em defesa das universidades públicas paulistas.A sua covarde punição é um ataque frontal a toda a

comunidade universitária. Estamos obrigados, política emoralmente, a levar a sua defesa – a nossa defesa – às

últimas conseqüências”

Page 7: SINTUSPSINTUSPmovimentocar.com/paginas/sind_assoc/sintusp/jornal/2009/... · 2009-02-26 · como objetivo imediato acabar com o nível básico, além de várias funções, implementando,

Jornal do SINTUSP – 7Fevereiro de 2009

Minoria SINDSPREV / SPMinoria SINSPREV / RJMNN - Movimento Negação da NegaçãoMOVIMENTO A PELNOS PULMÕESMovimento de Mães sem Creche / SPMPRAMTL - DIMTSTMUSTNAP-SP - Núcleo dos Advogados do

Povo de São PauloOposição APEOESPOposição Bancária / BHOposição Bancária / RJOposição Bancária / SPOposição Correios / DFOposição Correios / SPOposição Metalúrgica PindamonhangabaOposição Metalúrgica ABCOposição Metalúrgica BH / ContagemOposição Metalúrgica CampinasOposição Metalúrgica TaubatéOposição Metroviária / BHOposição Metroviária / RJOposição Metroviária / SPOposição Municipários / GuarulhosOposição Professores / DFOposição SINDUTE / CEOposição SINDUTE / MGOposição SINPEEM / SPOposição SINTRAEMGOposição SISEJUFE /RJOposição SITESEMGPCO - Partido da Causa OperáriaPSTU - Partido Socialista dos

Trabalhadores UnificadosSIMPERE - RecifeSIMPRO - GuarulhosSINASEF / CamposSINASEF / SPSINASEF /SCSINDBELSINDCAIXA / RSSINDEESSSINDEESS / BHSINDEESS / DivinópolisSINDGUARDASSindicato dos Bancários / RNSindicato dos Comerciários de Nova

IguaçúSindicato dos Comerciários de Passo FundoSindicato dos Comerciários de Santa CruzSindicato dos Metalúrgicos de ItaúnaSindicato dos Metalúrgicos de Itjubá /

ParaisópilisSindicato dos Metalúrgicos de São José

dos CamposSindicato dos Químicos de GoiásSindicato dos Químicos SJCSindicato dos Rodoviários do AmapáSindicato dos Serv. Municipais de Três PontasSindicato dos Trabalhadores da

Confecção Feminina /CESindicato dos Trabalhadores da

Construção Civil - BelémSindicato dos Trabalhadores da

Construção Civil - FortalezaSindicato dos Trabalhadores nas

Indústrias da Alimentação - SJCSindicato dos Vigilantes de Passo FundoSindicato Metabase InconfidentesSINDJUFE / MTSINDJUS / ALSINDPETROSINDRED / BHSindSaúde / RNSINDSCOPE / RJSINDSEF / RNSINDSEF / SPSINDSERM - BAURUSINDSERV - Santo AndréSINERGIA / FPOLIS / SCSINTAPP / MGSINTE / SCSINTECT / PESINTRAJUD / SPSINTSEP / PASINTUFF / RJSINTUFSCSINTUNESPSISMMAR

STIG / MGSTIUEG / GOSTUJúlio Turra, membro da Executiva

Nacional da CUTAdelino Ribeiro Chaves - presidente da

ASTAPE/RJAlexandre Linares - Militante do PTAlfredo dos Santos (Vida Longa) - Coord,

do Instituto de Estudos Políticos MárioAlves (SP) e Coord. MLST

Anderson Mangolin - PSOL ABCAparecido Araujo Lima, diretor do

Sindicato dos Trabalhadores de Editorasde Livros de São Paulo

Ciro Moraes - Alternativa / Conlutas oposiçãometroviária - CST Nacional São Paulo

Daniel José Barbosa - oposiçãopetroleiros Duque de Caxias /RJ

Éder Fernando dos Santos sou professorda Rede Estadual de Ensino do Paranáe militante do Espaço Marx em Curitiba

Elias José Alfredo - diretor Metroviarios-RJFábio Ribeiro - Sindicato dos Metalúrgicos

ABCFernanda S. R. De Castro - diretora SEPE/RJGenobre Gomes Lima - oposição

petroleiros Duque Caxias/RJGileno Barreto de Melo - oposição

petroleiros Duque Caxias/RJGilmar Mangueira - Fammesp - federação

das Associações de Mutuários eAssociações de Moradores do Estadode São Paulo

Gunther Sacic - oposição petroleirosDuque de Caxias /RJ

Ivan Seixas - diretor do Fórum dos Ex-presos e Perseguidos Políticos – SP

João Carlos A. Santos (Negão) - ASTAPE/FENASPE

Jorge Luiz de Oliveira - Sindicalista Porto AlegreLaércio Pereira - Oposição Bancária de

São Paulo, Osasco e região /CONLUTAS

Leandro Lanfredi de Andrade - OposiçãoPetroleiros Duque de Caxias /RJ

Liliane Fabrin - Diretor (a) Sindserv -Sindicato dos Servidores Públicos deSanto André

Maicon Michel V. da Silva - Sindicato dosMetalúrgicos ABC

Marcelo Buzeto - MSTMarzeni Pereira da Silva - Membro da

Oposição Alternativa de Luta - Sintaemae do Psol-SP.

Mauro Iasi - PCBMelão Monteiro - Oposição Metúrgicos ABCOsval Souza Santos - diretor do SINPRO/

SP/CONTEEPedro Santinho - coordenador geral do

Conselho da Fábrica Ocupada FlaskôRaimundo Nonato Uchôa Araújo - Membro

da Federação Nacional dos Sociólogs /Membro do Conselho Fiscal da Fasubra/ Trabalhador técnico administrativo daUFPI

Ricardo Gebrim – Consulta PopularRonaldo Tedesco Vilardo - oposição

petroleiros Duque de Caxias/RJSerge Goulart - Esquerda MarxistaSergio Marçal - Diretor (a) Sindserv -

Sindicato dos Serv. Públicos de SantoAndré

Taveira - Diretor (a) Sindserv - Sindicatodos Servidores Públicos de Santo André

Val Lisboa - LER-QIVinícius Gonzaga - PSOL-VALINHOS /

Movimento Carlos MarighellaWladimir Mutt – FENASPECA HIS - USPCAASO - USPCABIO - USPCACH / UNICAMPCACL - USPCAELL - USPCAER - USPCAF - USPCAFB - USPCAFCF - USPCAFO - USP

CAFONO - USPCAII - USPCALECALESS / UFSCCANAL - USPCANS - USPCAOB - USPCAPPF - USPCARB - USPCAUC - USPCAUS - USPCEFISIO - USPCEFISMA - USPCEGE - USPCentro Acadêmico Benevides Paixão -

PUC SPCEPE - USPCEUPS - USPDCE / Unesp, FatecDCE UFGDCE UFMGDCE UFRJDCE UFSCEli Magalhães, estudante de Direito,

Universidade Federal de Alagoas,Secretário Geral do Diretório CentralQuilombo dos Palmares

ENIMA - USPGFAU - USPGrêmio CEFET MGJoão Eduardo - Estudante Fundação

Santo AndréJordana Monteiro - Conlute / ConlutasLuiz Fernando de A. Silva - Diretor

Diretório Acadêmico HonestinoGuimarães - FSA

Luiza Santos - CASS/UFRJSAAERO - USPSACEX - USPSerginaldo Klayton Lima Costa -

Estudante (Filosofia) UFMA -Construindo a CONLUTE/CONLUTAS

Thaís Menezes - Diretora DiretórioAcadêmco Honestino Guimarães –FSAXXXI de Outubro - USP

Aline de Vasconcelos - EstudanteFundação Santo André

Alisson Bittencourt Bueno de Camargo -FFLCH – USP

Ana Flávia de Lima - EstudanteFundação Santo André

André Vianna da Cunha PereiraBarbara Bolzani - Estudante (CS) UnicampBruno Monteforte - Estudante Fundação

Santo AndréCarmen L. Ortiz Agostinho – FMUSPClaudete Pagotto - Doutoranda em

Sociologia Unicamp – IFCHDaniella Avelaneda Origuela - Mestrado letras

- Estudos Linguísticos e Literários eminglês

Danilo Enrico Martusceli – UnicampEduardo Galvão Lernic - Estudante

Fundação Santo AndréEgler F. V. Paulino - Est.Fundação Santo AndréErika Kulessa de Souza - Cientista Social

FFLCH – USPErinaldo B. do Carmo - Estudante

Fundação Santo AndréFabiano P. AlmeidaFábio de Cunha Brito - Estudante

Fundação Santo AndréFábio Fontoura Magalhães - Estudante

Fundação Santo AndréFabio Moura Duarte - estudante e

funcionário da USPFelipe R. C. Silva - Estudante Fundação

Santo AndréFernanda Belarmina de Oliveira -

Estudante Serviço Social PUC-RioFernanda Pimentel Estudante Fundação

Santo AndréFlávio dos Santos Ramos de OliveiraGustavo José de Toledo PedrosoGustavo M. Rodrigues - Estudante

Fundação Santo AndréHeitor Corrêa Vera - Estudante Fundação

Santo AndréHenrique Assis - Estudante Fundação

Santo AndréJair Pinheiro – UNESP- Marília

Jeferson da Costa Soares - EstudanteFundação Santo André

João Paulo A. Craveiro - EstudanteFundação Santo André

José Duque - Estudante Fundação SantoAndré

Julia Maria de SiqueiraJuliana Guanais - Estudante IFCH

UnicampJuliana Nunes - Estudante Fundação

Santo AndréJuliano Carlos Bilda - História – UNIFESPKaren Carvalho - Estudante Fundação

Santo AndréLarissa Alves Pereira - Estudante

Fundação Santo AndréLeandro M. Vieira - Estudante Fundação

Santo AndréLeonardo Nunes Zerbone - Universidade

de São Paulo e Universidade deBarcelona

Luis Henrique da Cunha Minato - HistóriaUSP / Direito PUC - SP

Maira Luisa G. de Abreu - estudante- FCH-Unicamp

Marilhia Gonçalves FreireMárcia Regina Daaceno - Estudante

Fundação Santo AndréMarcílio Rodrigues Lucas - Minas GeraisMarcos Vinicius Maia - Estudante -

Ciências Sociais - PUC SPMariana Sucupira, estudante de Ciências

Sociais – USPMichel Fernandes Prieto - Estudante de

alemao da Universidade de Potsdam(Alemanha)

Newton Marques Peron, estudande depós-graduação do IFCH / UNICAMP

Nilson de J. Nascimento - EstudanteFundação Santo André

Nuria Pérez BertachiniPriscila de Freitas - Estudante Fundação

Santo AndréRegina CC Braga - Estudante Fundação

Santo AndréRodrigo Chagas - Estudante Fundação

Santo AndréRodrigo Monteiro - Estudante Fundação

Santo AndréRoger Filipe Silva Estudante Fundação

Santo AndréSandra Pires de Toledo PedrosoTiago Machado de Jesus - Doutorando,

História Social FFLCH-USP, membro dogrupo DESFORMAS

Thyago Marão Villela - IFCH/UNICAMPValdenira Aparecida Lameiras - Assistente

SocialValéria de S. Fernandes - Estudante

Fundação Santo AndréVirginia C. Gatti - Estudante Fundação

Santo AndréWernestty Aparecido Tasse - UNESPAlexandre Santos Domene - Membro do

CO de Marília ASUNESPAntonio Carlos Homem - membro do CO

de Jaboticabal SINTUNESPAntonio Francisco Magrioni - membro do

CADE e do CEPE FAAC Bauru – UNESPAntônio Luís de Andrade - membro do

CADE UNESP Presidente PrudenteEvandro R. Nogueira - membro do CO

UNESP Rio ClaroFelipe Luiz - Diretor - Diretório Central dos

Estudantes “Helenira de Rezende” -UNESP Marília

João Carlos - SINTUNESP - Rio PretoJosé Figueiredo - membro do CO de

Bauru SINTUNESP - Fac. de EngenhariaLuiz Carlos de Freitas Melo - membro do

CO de Botucatu SINTUNESPMaria José Manoel - membro do CEPE

UNESP AssisMaria Valéria Barbosa - membro do CO

UNESP MaríliaRafael Del´Omo Filho - representante

discente do CO / Servidor PúblicoUNESP Marília

Reinaldo C. Dutra Membro do CO deBauru SINTUNESP

Sebastião G. Carvaljo - membro doConselho Universitário UNESP RioClaro

Sueli G. L. Mendonça - membro do CEPEUNESP Marília

Vitor Moraes Ribeiro - membro do CEPEUNESP Ourinhos Antônio Luís deAndrade - membro do CADE UNESPPresidente Prudente

Wagner Alexandre - membro do CADESINTUNESP - Faculdade deOdontologia – Araçatuba

Andre Luis Gonçalves Pereira - professorde espanhol

Ana Edna Oliveira da SilvaAntonio Augusto – Jornalista RJBruno Terribas - funcionário da Petrobrás

e estudante de jornalismo da UnespDaniel RodriguesDavid Rehem - Funcionário Público

Municipal de Salvador Barachel emHistória UFBA

Débora Lopes (servidora da UERJ)Fabiano SantosGiuliano Tonasso GalliJacqueline SantanaJosé Paulo Pires Perestelo - Servidor

Público Federal / Sociólogo INCRALandim, professor da rede estadual de

educação em Teresina, PiauíLadjane Alves Souza - Funcionária

Pública do Município de Salvador-Ba/Pedagoga

Lirce LamounierMarcella Fernandes CamilloMarcos Roberto PereiraMaria Zélia Pinheiro FernandesMarlus Romero Silva GóesMauro Sérgio Vianello PintoRicardo C. Festi - Professor (a) Centro

Paula Souza / Mestrando em SociologiaUnicamp

Rita Miranda - Professora Rede estadualde São Paulo

Tiago Machado de Jesus - Doutorando,História Social FFLCH-USP, membrodo grupo DESFORMAS

Tadeu SilvaWillian Jorge GerabMirta GroppiNúcleo Santa Cecília do PSOLCarla Filipini de Lima - Integrante do

Diretório Acadêmico XXI de SetembroGestão “Imago” 2008/2009Solidariedade internacional Norbert

Kuske Pommernweg 1 23813Wahlstedt BRD

Resistência e Ação - Movimento deOposição/SINTUSP - Socialismo eLiberdade no Campo e na Cidade!Movimento Terra, Trabalho e Liberdade

Valéria Amadio Beneton – Central SindicalChico Bezerra – NCST-SPCarlos Giannazi – Deputado Estadual - SPAdrián Fanjul – Prof.DLM da FFLCH/USPDaniel Puglia – Prof. DLM da FFLCH/USPHélder Garmes – Prof. DLM da FFLCH/USPAÇÃO DIRETA ESTUDANTILDomingo Lara – Federación de

Estudiantes de la Universidad de ChileEli Magalhães – Sec. Geral do Dir.

Central Quilombo dos PalmaresBárbara Brito – Cons. Faculdade de

Filosofia y Humanidades de laUniversidade de Chile

Carlos Bauer - professorPlínio de Arruda Sampaio Junior –

Economista e Professor de Economiada Unicamp

Emil Asturig Von München – Escola deAgitadores e Instrutores “UniversidadeComunista Revolucionária Jakob M.Sverdlov”, Munique, Alemanha,Professor da Universidade do Povo deMunique (Münchner Volkshochschule),Área Política, Sociedade e Humanidade(Politik, Gesellschaft und Mensch);Membro da Ordem de Advogados daAlemanha e da União das Ordens deAdvogados da União Européia

APOIOS À READMISSÃO DO BRANDÃO

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8 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

ALERTA AOS ESTUDANTES

OS NOVOS ATAQUES DO SERRA CONTRA ASUNIVERSIDADES ESTADUAIS PAULISTAS

Com a conivência dos reitores dasUniversidades Estaduais Paulistas, USP,UNESP e UNICAMP, a reitoria esta pre-parando a implementação do ENSINOSUPERIOR A DISTÂNCIA. Esta formade ensino criará centenas de milhares dediplomas a partir de um Curso Virtual,com a marca USP, etiqueta esta valoriza-da no mundo do mercado de trabalho,que concorrerão com aqueles que após oabsurdo e deplorável funil do vestibular,fazem o Curso Presencial nas universi-dades públicas do Estado de São Paulo.

O GOVERNADOR SERRA REEDITAPARTE DO SEU DECRETO DE INTER-VENÇÃO.

Derrotado em 2007, por um dos maisvigorosos movimentos dos Funcionáriose Estudantes, com 51 dias de GREVE ocu-pação da Reitoria da USP, cujo exemplo seespalhou por todo o país, em defesa doensino público, gratuito e de qualidade,além de ocupações na UNESP eUNICAMP, que obrigou Serra a recuar epromulgar o “Decreto Declaratório”, quena prática revogava as principais medidasde intervenção, agora passa a contra ata-car com medidas intervencionistas e ex-tremamente danosas para as universida-des públicas do estado de São Paulo,comoa nova Lei sobre as Pesquisas.

Através desta Lei, é oficializada aprivatização das pesquisas, através das

Fundações e submetidas aos interessesdas empresas, os docentes poderão seafastar das salas de aulas, recebendo in-centivos para se dedicar a pesquisas pri-vadas, colocando a universidade públicamais do que nunca a serviço do Capital.

A qualidade de ensino, com certeza,será reduzida, pois os grandes intelectu-ais da USP, jamais irão se dedicar ás salasde aulas e sim direcionaram todas as suasatividades para pesquisas compradas pelocapital. A previsão orçamentária de deter-minadas unidades sofreram um grandegolpe e com certeza as unidades que hojesofrem com o descaso da reitoria, com afalta de professores e condições didáticaspedagógicas, terão os seus problemasagravados e quem sofrerá com isto serãoos estudantes.

O Movimento Estudantil sem dúvida,reagirá junto com os trabalhadores, o queteremos que discutir já na recepção aosCalouros de 2009.

Bem-vindos aos estudantes queadentraram o “maravilhoso mundo da USP”enganosamente. Aqui terão a oportunidadede conhecer todas as mazelas desta univer-sidade, todas as maravilhas e consciente-mente transformar a universidade, para queela continue sendo gratuita, de qualidade,pública e voltada para os interesses do povo,principalmente do povo pobre.

Sejam Bem-vindos.

Os aposentados (as) da USP, no ano de 2008, sentiram no bolso (que já anda vazio há muito tempo) sua exclusão doprêmio excelência acadêmica da Universidade de São Paulo, aprovado pelo Conselho Universitário e publicado pela resoluçãoUSP-5.483 de 5 de novembro de 2008, cuja primeira parcela já foi paga em dezembro e a segunda está prometida para oprimeiro semestre de 2009. Vale ressaltar que cada parcela equivale a R$ 500,00 (quinhentos Reais).

Tal atitude, que deixou os aposentados VENDO A BANDA PASSAR, provocou entre os mesmos uma grande indignação,porque não é a primeira vez que isto acontece, quando foi instituído o auxílio alimentação na USP, esqueceram-se de que osaposentados também comem. Foi pedida a extensão desse benefício para os aposentados através de reuniões, ofícios e naPauta Específica da categoria, mas a Reitoria desde 2004 continua empurrando o assunto com a barriga.

Tais servidores, que na ATIVA deram os melhores dias, meses e anos de sua vida na construção desta UNIVERSIDADE,hoje são desrespeitados e deixados de lado pela mesma. Na prática, tal atitude é um meio de diferenciar a remuneração deativos e aposentados, quer pela CARREIRA, quer por meio de POLÍTICAS aparentemente justas, mas que na realidadecriarão, ao longo dos anos, uma grande disparidade salarial.

Temos uma LUTA a fazer: Vamos nos UNIR e reverter tais quadros. ESTAMOS APOSENTADOS E NÃO INATIVOS.

CADÊ O VALE ALIMENTAÇÃO?

E tome exclusão...ESPAÇO DOS APOSENTADOS

Ulis

ses

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aula

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Jornal do SINTUSP – 9Fevereiro de 2009

Na primeira reunião da ges-tão da Profa. Suely Vilela com adireção do SINTUSP, a reitoraafirmou: “A Questão Saúde seráuma das prioridades da novaAdministração”.

Hoje, no último ano de gestãoda reitora (em outubro será es-colhido o novo reitor), podemosconstatar que O ATENDIMEN-TO MÉDICO e ODONTO-LÓGICO NUNCA ESTEVEPIOR para os funcionários daUSP. Se era muito ruim, quandoesta tomou posse, hoje é péssi-mo e caótico.

Poderíamos tomar páginasdeste Jornal descrevendo fatoslamentáveis relatados pelos tra-balhadores, que procuraram oSintusp diariamente clamandopela necessidade de mudar estasituação e que já têm cobradoimensamente a reitoria e o Su-perintendente do Hospital Univer-sitário, que nada fazem.

Na Campanha Salarial de2008, em uma grande Assembléiadurante uma Paralisação na qualse discutia a “Saúde na USP”, umcompanheiro da Química nos re-latou que, após o médico do Hos-pital Universitário pedir examesurgentes ao servidor em razão dasuspeita de câncer de próstata,esses exames foram marcadospara sessenta dias após a consul-ta médica, o que levou o funcio-nário a procurar médico e hospi-tal particular, onde realizou umacirurgia e extraiu um tumor ma-ligno. A sorte foi que o compa-nheiro não esperou a má vontadeda USP e do HU, pois caso con-trário, ele não estaria ali para nosrelatar este fato lamentável.

Não vamos ficar aqui relatan-do casos mais ou menos gravesque esse, levados diariamente aosindicato e que nos envergo-nham, pois afinal estamos dian-te de um Hospital Escola damaior Universidade Pública bra-sileira, que mudou para pior nagestão da Profa. Suely Vilela.

SAÚDE

A GRANDE MENTIRA DA GESTÃO SUELYUM DESASTRE PARA OS TRABALHADORES

Uma das questões mais gra-ves é a tentativa de marcar con-sultas no HU através de telefo-ne, pois os funcionários daquelehospital não podem agendar con-sultas diretamente com o paci-ente após este passar pelo médi-co, seja na emergência, ambula-tório de especialidades, UBAS ouSESMT. Necessitar marcar umacirurgia é outro transtorno navida dos funcionários da USP.Muitas vezes, quando atende otelefone, a funcionária do HU dizentender o problema do pacien-te, porém não poderá marcarconsulta, pois não há disponibi-lidade de agenda, sendo neces-sário telefonar novamente dali aquinze dias ou um mês.

Para os que conseguem seratendidos por telefone, as con-sultas são marcadas após dois,três ou quatro meses.

No primeiro semestre de2008,em negociação entreSINTUSP e Reitoria, quando sediscutiu a Questão da Saúde, oProf. Ramirez anunciou que oSISUSP havia sido transforma-do em Departamento de Saúde,do qual tornou-se diretor, e queseria implantado um Projeto deSaúde para os trabalhadores, comatendimento médico eodontológico de alta qualidade,tanto na UBAS, como no Hospi-tal Universitário e, que estava pre-visto a ampliação do quadro mé-dico e funcionários, bem como a

aquisição de equipamentos, etc.Nessa reunião, o Prof.

Ramirez, concordou com todasas críticas e denúncias feitas peloSindicato e, declarou que ele pró-prio era testemunha do caos ins-talado e que também era procu-rado, principalmente por docen-tes que solicitavam um “jeito”para serem atendidos, o que paraele era constrangedor.

Quanto ao atendimentoodontológico, foi anunciado quejá estava em funcionamento, bas-tando que os funcionários se diri-gissem ao ambulatório odon-tológico da COSEAS para umatriagem e posterior encaminha-mento à Faculdade de Odontolo-gia, onde todo o tratamento, in-cluindo próteses e outros tiposde procedimentos, seria gratuito.

Quinze dias após essa reu-nião de negociação, conformesolicitação do SINTUSP, o sin-dicato recebeu um documentodo Departamento de Saúde com40 páginas, sobre o que “deve-ria” ser o atendimento de saúdeaos funcionários, pois cada diaque passava a situação piorava.

Em uma nova reunião entreo Prof. Ramirez e Representan-tes do Sintusp, menos de ummês da primeira reunião, estedeclarou que não haveria dinhei-ro para implantar o Projeto e queuma outra proposta seria apre-sentada. Era de um Plano deSaúde privado para todos o que

aceitasse, com três tipos de con-vênio a escolher pelo segurado,custando 50% menos que o va-lor de mercado, por envolvermilhares de docentes e funcio-nários, sendo que uma parte se-ria pago pela USP e a outra pe-los trabalhadores.

O Sintusp, conforme delibera-ções de Congressos, Seminários eAssembléias, tem posição contrá-ria a Plano de Saúde Privado.

Quanto ao atendimentoodontológico, as promessas nãopassaram de uma farsa, pois osfuncionários que procuraram oserviço do ambulatório daCOSEAS e fizeram a triagemnunca foram chamados, mesmotendo retornado à COSEAS ecobrado esse atendimento.

Os fatos críticos, quandocobrados pelo sindicato direta-mente ao Departamento de Saú-de e ao Hospital Universitário,são resolvidos, porém todos ostrabalhadores têm direito a saú-de, sem ter a necessidade, derecorrer ao seu Sindicato e pas-sar por situações humilhantes nahora da doença.

Além da conclusão a que aesmagadora maioria dos traba-lhadores da USP chegou, de quena atual gestão a questão saúdepiorou e muito, é necessário queos funcionários compreendamque somente uma grande lutamudará radicalmente esta situa-ção desastrosa em que se encon-

tra o atendimento médico eodontológico na Universidade.

HOSPITAL UNIVERSITÁ-RIO E A EXCELÊNCIA ACA-DÊMICA, QUE NÃO EXISTENO ATENDIMENTO AOSFUNCIONÁRIOS.

A reitora comemorando os75 anos da USP tem elaboradodiscursos e propaganda sobrea “excelência acadêmica”. Man-dou parabéns aos funcionários,dizendo que os mesmos “fazemda USP uma das mais impor-tantes instituições de ensino su-perior do Brasil e do mundo”,mas não faz investimentos noHospital Universitário para quea população e a comunidadeuspiana sejam bem atendidas.

É uma vergonha: Saber queo diretor da Escola Politécnicapagou mais de R$ 50 mil reaisem horas extras, num mês, paraquatro senhoras;

Um outro diretor comprartrês tapetes que totalizaram ovalor de R$ 56 mil reais;

A Prefeitura mandar asfaltarem cima do asfalto, arrancar etrocar toda a terra, grama e flo-res das três maiores rotatóriasda cidade universitária;

E o Hospital Universitário terum aparelho de Raio X da épo-ca da sua fundação, não tertomógrafo e aparelho de resso-nância magnética e outros equi-pamentos médicos, necessári-os para ajudar no diagnóstico etratamento, não contratar mé-dicos e funcionários;

E o Centro de Saúde EscolaButantã continuar dando aten-dimento de excelência à popu-lação num prédio corroído pelotempo, sem espaço devido, e aFaculdade de Medicina aindanão ter iniciado a reforma, ape-sar de a reitora haver se com-prometido em negociação como sindicato e estudantes, durantea ocupação da reitoria em 2007,que encaminharia providênciaspara a reforma daquele prédio.

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10 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

SOCIALISMO OU BARBÁRIE?

Os principais analistas bur-gueses afirmam que a crisecapitalista atual é de magnitu-de e profundidade semelhan-te à crise de 1929, que se es-tendeu ao longo dos anos trin-ta do século passado.

Por sua magnitude e pro-fundidade, a saída para aque-la crise foi definida no enfren-tamento aberto entre as forçasda revolução e da contra re-volução. A ascensão do fas-cismo e do nazismo na Itália eAlemanha respectivamente ea derrota do proletariado re-volucionário frente ao generalfascista Franco, definiram avitória da contra revolução epermitiram que a burguesia in-ternacional conduzisse a hu-manidade à segunda guerra,uma carnificina que custouquase cem milhões de vidasHumanas, mas que e propi-ciou a destruição de capitaise forças produtivas da qual aburguesia necessitava parasair da crise e dar inicio ao umnovo ciclo de expansão daeconomia.

Os trabalhadores e suavanguarda não podem ter ilu-sões; a burguesia não tem enem buscará saídas menos re-acionárias para sua crise atu-al, do que as utilizadas frentea grande depressão dos anostrinta, do século passado.

Isso, é preciso dizer com

RETOMAR AS TAREFASDA REVOLUÇÃO SOCIALISTA

todas as letras, aos trabalhado-res e vanguarda, que no próximoperíodo devemos nos prepararpara duros combates entre a re-volução e a contra revolução.Que ao fim dessa crise, se os tra-balhadores não tiverem derrota-do as forças reacionárias da bur-

cujas necessidades e interes-ses se opõem pelo vértice, nãopassam de balelas, que ser-vem apenas para iludir e de-sarmar os trabalhadores.

É preciso dizer com todasas letras, aos trabalhadores ea vanguarda, que momentosdecisivos da luta de classesestão se aproximando. Que avitória da Revolução Socialis-ta, a tomada do poder pelaClasse operaria e a expropri-ação, por ela, dos meios deprodução e a planificação daeconomia, é a única saída pro-gressiva que resta à humani-dade frente a crise. A outra al-ternativa é o fascismo, as guer-ras, a barbárie e muito; muitomais miséria.

Em poucas palavras: Adisjuntiva “ Socialismo ouBarbárie” esta mais vigentehoje do que a cem anos atrás.Assim compreender quais se-jam e incorporar as tarefas darevolução socialista na nossaatuação cotidiana, até mesmopelas reivindicações mais sim-ples e imediatas dos trabalha-dores, ligando a luta por essasreivindicações ao programa eá estratégia da revolução é de-safio de todos os que se rei-vindicam revolucionários nopróximo período.

Brandão, diretor do Sintuspe dirigente da LER-QI.

guesia e se apropriarem do po-der, eles terão sido esmagadospela reação burguesa. Que todosos discursos pacifistas, em tor-no de pactos sociais, soluçõesnegociadas e tentativas de con-ciliação entre diferentes classessociais arrastadas pela crise e

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SP

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Jornal do SINTUSP – 11Fevereiro de 2009

A USP goza deautonomia? Não mais,

pois a atual administraçãoda USP vem

implementando todas aspolíticas de Serra.

Quem não tem competência para cri-ar, copia. É este o modelo de universida-de que querem IMPOR, quando anunciama Carreira e quando a Presidente da Co-missão Central do GESPÚBLICA USP ediretora do DRH, envia e-mail para todosos funcionários(as) solicitando a “leiturae ampla discussão na unidade do Decretodo Governador nº 53.963, de 21 de janei-ro de 2009. Como sempre, o governoSerra ataca no mês de janeiro e a reitoria,em menos de um mês, implementa o ata-que como o fez em 2007.

CUIDADO COM ESTEMODELO DE GESTÃO

Qual o objetivo do pedido de leitura deum Decreto do Governo, senão anunciaraos funcionários(as) das respectivas uni-dades da USP: “CUIDADO, ESTE SERÁO MODELO DE GESTÃO QUE A REI-TORIA IRÁ IMPLEMENTAR”.

O Ensino a Distância também é umProjeto do Governo, já em aplicação naUSP, que foi aprovado na AssembléiaLegislativa e antes “negociado” com osreitores das Universidades EstaduaisPaulistas, sem nenhuma discussão comas comunidades.

Neste modelo de universidade não es-tarão incluídos milhares de funcionáriosda USP, razão pela qual será necessário“eliminar” alguns milhares de trabalha-dores.

PROCESSOSADMINISTRATIVOS

A reitoria vem atacando com proces-sos administrativos. Após a demissão doBrandão na PCO, foram abertos seis pro-cessos administrativos na PCO e dezenasde outros.

CADÊ A AUTONOMIA DA USP?

A COVARDIA DA REITORIA COM OSPROCESSOS ADMINISTRATIVOS

Não são apenas os funcionários “bá-sicos” da PCO. São também funcionári-os básicos e técnicos de toda a Universi-dade, inclusive aqueles que deveriam con-tar com o respeito da reitoria por seremdoentes, como os “usuários de álcool edrogas”. A reitoria não os trata mais como“dependentes químicos”, mas como“usuários de álcool e drogas”, e os estáenquadrando em Processos Administra-tivos para demiti-los, como já o fez emum desses processos.

Demitem “dependente químico” queresponde a Processo Administrativo, de-mitiram o companheiro Brandão, mas per-mitiram o DESAPARECIMENTO de umprocesso administrativo da Consultoria

Jurídica, aberto pelo Prof. Melfi, contraum “elemento” de Piracicaba que, segun-do o relatório da Comissão que apurouos fatos (ameaça de morte a uma Pro-fessora daquele Campus) e que segundoa própria Consultoria Jurídica deveria ser“demitido a bem do serviço público”. Areitora não teve a coragem de dar a esseelemento a mesma sentença que deu in-justa e covardemente ao Brandão.

IMORALIDADE

Mas a reitoria teve a coragem decompactuar com a imoralidade do pa-gamento exorbitante de horas extras aquatro funcionárias da Escola Politéc-

nica, num valor que supera R$ 50 milreais em um único mês, quando os mo-toristas daquela unidade e outras unida-des e da própria reitoria não recebemhoras extras. O Sintusp não tem e nãofará nenhum acordo de Banco Horascom a reitoria. Mas a Consultoria Jurí-dica, sob a “arbitrariedade” daProcuradora Geral chefe, impõe aosmotoristas conviver e trabalhar “arbi-trariamente” sob o “Banco de Horas”,através dos “famosos acordos indivi-duais”. Será que a reitoria, ao receberesta denúncia não consultou a CJ, comoconsulta para tudo, quando diz respeitoa funcionário(a)? Ou consultou, e a se-nhora Procuradora Chefe não teve a co-ragem de mexer com “peixe grande” econtinua a matar os “peixes pequenos”?Essas diferenças de tratamento geram“desequilíbrios” e continuam a mantera cultura de “exclusão” dos funcionári-os, sendo que no seu discurso de possea reitora enfatizou a “inclusão”, dife-rentemente da prática administrativa quea reitoria vem adotando, pois a única“inclusão” é daqueles poucos profes-sores que decidem eleição de reitor(a).

Gostaríamos de lembrar que no iní-cio da sua gestão a Profa. Suely menci-onou em um dos seus discursos que aUniversidade deveria ter funcionáriosexemplares, como o senhor João CarlosCanaã do CEPEUSP, naquele momentomembro e um dos pilares do GEFIM eGESPÚBLICA USP e hoje está na folhade pagamento da USP, apesar de não es-tar trabalhando na unidade e ter um sitede festa server.

ABAIXO OS PROCESSOS ADMI-NISTRATIVOS!

NÃO À DEMISSÃO DOS “DEPEN-DENTES QUÍMICOS” FUNCIONÁRI-OS DA USP!

PELO RESPEITO AO TRATAMEN-TO DE TODOS!

READMISSÃO JÁ DO COMPA-NHEIRO BRANDÃO!

Neli Maria Paschoarelli WadaCoordenadora do CDB –Conselho

Diretor de Base do SINTUSPRepresentante dos Funcionários na

CCRH/USP

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12 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

8 DE MARÇO DE 2009

DIA INTERNACIONAL DE LUTA DAS MULHERES!

Por Eve Ensler

Volto do inferno. Procuro desesperadamente uma maneira de lhes contar oque vi e ouvi na República Democrática do Congo. Procuro uma maneira de lhesnarrar as histórias e as atrocidades, e, ao mesmo tempo, evitar que fiquem aba-tidos, chocados ou afetados mentalmente. Procuro uma maneira de lhes trans-mitir o meu testemunho sem gritar, sem me imolar ou sem procurar uma AK 47.

Não sou a primeira pessoa que denuncia as violações, as mutilações e asdesfigurações das mulheres do Congo. Existem relatórios a respeito deste pro-blema desde 2000. Não sou a primeira contar essas histórias, mas, como escri-tora e militante contra a violência sexual às mulheres, vivo no mundo da violação.Passei dez anos a ouvir as histórias de mulheres violadas, torturadas, queimadase mutiladas na Bósnia, Kosovo, Estados Unidos, Cidade Juárez (México), Quênia,Paquistão, Haiti, Filipinas, Iraque e Afeganistão. E, apesar de saber que é perigo-so comparar atrocidades e sofrimentos, nada do que eu tinha escutado até agorafoi tão horrível e aterrorizador quanto à destruição da espécie feminina no Congo.

A situação não é mais do que um feminicídio, e temos que a reconhecer eanalisar como tal. É um estado de emergência. As mulheres são violadas e assas-sinadas a toda hora. Os crimes contra o corpo da mulher já são horríveis por si.No entanto, há que acrescentar o seguinte: por causa de uma superstição que dizque, se um homem viola mulheres muito jovens ou muito idosas, obtêm poderesespeciais, meninas de menos de doze anos de idade e mulheres de mais de oitentaanos são vítimas de violação.

Também é necessário acrescentar as violações das mulheres diante de seusmaridos e filhos. Mas a maior crueldade é a seguinte: soldados soropositivosorganizam comandos nas aldeias para violar e mutilar as mulheres.

No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacio-nal, das instituições governamentais, dos meios de comunicação... a indiferençatotal do mundo perante tal extermínio. Passei duas semanas em Bukavu e Gomaentrevistando as sobreviventes. Algumas eram de Bunia. Efetuei pelo menos oitohoras de entrevistas por dia. Almocei e fui a sessões de terapia com essas mulhe-res. Chorei com elas. O nível de atrocidades supera a imaginação. Não tinhavisto em nenhuma parte esse tipo de violência, de tortura sexual, de crueldade ede barbárie.

No leste do Congo existe um clima de violência. Nessa zona as violaçõestornaram-se, tal como me disse uma sobrevivente, um “esporte nacional”. Asmulheres são menos do que cidadãs de segunda classe. Os animais são mais bemtratados. Parece que todas as tropas estão implicadas nas violações: as FDLR, asInterahamwe, o exército congolês e até as Forças de Paz da ONU. A falta deprevenção, de proteção e a ausência de sanções são alarmantes.

Leia, na íntegra, no site do sindicato (www.sintusp.org.br) essa grave de-núncia sobre o feminícidio contra as mulheres no Congo.

Está chegando o 8 de março e as lojasjá começam a ficar repletas de flores ebombons. Mas por trás dessa “cortina derosas” em torno do Dia Internacional daMulher está oculta a luta organizada dasmulheres trabalhadoras, motivo que ori-ginou não somente esta data, mas a tra-dição de reverenciar as mulheres com umdia especial no ano. Foi por conta de im-portantes greves de trabalhadoras têxteisno começo do século XX que até hojeativistas e militantes saem às ruas paralutar pelos direitos das mulheres.

Sabemos que a necessidade de luta dasmulheres transcende esse “calendário deluta”, por isso é de extrema importânciaque os sindicatos possam discutir em todaa categoria o problema da opressão damulher e a situação degradante em quese encontram no capitalismo. Afinal, nãopodemos esquecer que as mulheres sãometade da humanidade e compõe 70%da população pobre do mundo inteiro.Sofrem com a dupla jornada de trabalho,são a maioria entre trabalhadoresprecarizados e milhares morrem todos osanos por conta de abortos clandestinos.E diante dos primeiros sintomas da criseeconômica mundial, as mulheres são asprincipais vítimas das demissões em mas-sa, por isso sentem duplamente o pesoda crise em suas costas.

Sendo assim, o SINTUSP, como par-te da Conlutas, deve estar na linha de fren-te da luta pelos direitos da mulher traba-

No mês de março, o grupo de mulheres Pão e Rosas organizará aqui na USPo lançamento* do livro Lutadoras – Histórias de mulheres que fizeram história.Esse livro traz uma retrospectiva da história de bravas mulheres que estiveramao lado da classe trabalhadora e se enfrentaram com a polícia, com os patrões,com o governo e com o Estado para defender uma saída de fundo para a nossaclasse. É emocionante conhecer suas histórias, pois dessa forma temos certezade que se elas puderam, nós também podemos, e podemos mais, pois contamoscom os erros e acertos que ficaram marcados na história e que resgatemos comessa publicação. (Em breve, divulgaremos o calendário de lançamento).

LUTADORAS – Se elas puderam, nós também podemos!

Por Patrícia Alves, trabalhadora da FFLCH e integrante do grupo demulheres Pão e Rosas.

DEGRADAÇÃO E SOFRIMENTO DASMULHERES DO CONGO

lhadora, incorporando cada vez mais asdemandas das mulheres no programa donosso sindicato. Convidamos todos, tra-balhadores e trabalhadoras, a participar do8 de março anti-governista chamado pelaConlutas, e a participar das atividades queo sintusp estará organizando para seguirdiscutindo e impulsionado a luta contra aopressão da mulher, lutando dessa formacontra a divisão que querem impor emnossa classe.

Lutadoras – Histórias de mulheres que fizeram história

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Jornal do SINTUSP – 13Fevereiro de 2009

Uma proposta à plenária da CONLUTAS!CONLUTAS

O primeiro impacto da crise do modode produção capitalista na economia bra-sileira já levou à demissão de mais de doismilhões de trabalhadores (as) dos seto-res mais precarizados, em todo o país.

Aqui, em São Paulo, as demissõesatingiram um terço dos lares, segundouma pesquisa divulgada nos portais dainternet.

Embora fosse uma tragédia anuncia-da, as demissões pegaram os trabalha-dores desprevenidos, divididos e desori-entados.

Ainda assim vários setores tentarame ainda tentam resistir, lutando heroica-mente. Mas o isolamento das lutas, a trai-ção das direções pelegas, da Força Sindi-cal e da CUT, e a ausência de uma políti-ca capaz de unir as fileiras da classe, emtorno de um programa operário de saídapara a crise, têm sido até o momento,

uma barreira intransponível a separar ostrabalhadores de uma possível e neces-sária vitória contra a burguesia, que gra-ças a isso, segue descarregando o preçoda crise sobre as costas dos trabalhado-res (as).

Mas este foi apenas o primeiro im-pacto, pois o pior está por vir. Sabendodisso, nós, lutadores antigovernistas quevimos construindo a CONLUTAS, nãopodemos permitir que os novos ataquesencontrem os trabalhadores sem condi-ções de reagir.

A partir das suas assembléias e reuni-ões de diretoria e do Conselho Diretor deBase do seu sindicato, os trabalhadoresvêm propondo desde novembro de 2008que a Conlutas convoque encontros re-gionais de trabalhadores, abertos a todosos setores em luta ou que estejam sobataque, para discutir de que forma, com

Para preservar as imensas fortunas,acumuladas graças à super-exploraçãodos trabalhadores na “época das vacasgordas”, os patrões já demitiram doismilhões de trabalhadores no Brasil e ten-tarão demitir dez vezes mais no próximoperíodo. Para se safarem da crise, po-rém eles necessitam muito mais do quedemitir: eles tentarão ainda reduzir os sa-lários aos níveis mais baixos da história,desregulamentar as relações de trabalhoe acabar com os direitos trabalhistas, alémde sugar dos cofres públicos bilhões ebilhões de dólares arrecadados pelo Es-tado através de impostos extorquidos dossalários da classe trabalhadora.

Os patrões e os governos patronaisnão abrirão mão desse objetivo. Portan-to, os trabalhadores e a vanguarda de-vem ter em conta que não há mediaçãopossível. São eles ou nós! Dessa forma,os trabalhadores não podem contar comnenhum governo patronal, como os deLula e Serra, para barrar as demissões edefender seus salários e seus direitos. Paraisso, os trabalhadores só podem contarcom suas próprias forças.

Assim, um programa operário de sa-ída para a crise deve se combinar ne-

Para que os trabalhadores (as) não paguem a crise

cessariamente com um chamado dirigi-do aos trabalhadores da base da CUT,da Força Sindical, pela construção atra-vés de encontros, plenárias e congres-sos de uma frente única operária eclassista que ajude esses trabalhadoresa se libertar da influência paralisante dosdirigentes pelegos e governistas, pois talprograma só pode ser imposto pela for-ça combinada de Manifestações, Greves,

Ocupações de Fábricas e parali-sações nacionais, e isso exige aunidade das fileiras da classe tra-balhadora. Por isso, tal progra-ma deve ter a independência declasse dos trabalhadores, em re-lação à burguesia e seus gover-nos, como um principioinviolável.

EM DEFESA DO EMPREGO:• Redução da jornada de tra-

balho sem redução dos salários.• Expropriação sem indeniza-

ção e funcionamento com con-trole operário de toda empresaque abrir falência ou tentar de-mitir trabalhadores.

CONTRA A ESPECULAÇÃO:• Abertura dos livros caixas de todas

as empresas, para os trabalhadores sa-berem o quanto os patrões lucraram noultimo período explorando nossa classe.

• Nenhum centavo mais dos cofrespúblicos para banqueiros ou empresári-os, nacionalização, sem indenização e sobcontrole dos trabalhadores, de todos osBancos Privados.

CONTRA A FOME:• Recuperação das perdas salariais.• Escala móvel de salários, com rea-

justes mensais pela inflação;• Salário mínimo do DIEESE.• Expropriação dos latifúndios, sem

indenização e REFORMA AGRÁRIA sobcontrole dos trabalhadores.

• Anistia das dividas bancárias de to-dos os trabalhadores desempregados.

• Isenção de impostos, tarifas públi-cas e mensalidades escolares a todos osdemitidos e desempregados

CONTRA O IMPERIALISMO:• Não pagamento das dívidas externa

e interna;• Barrar o envio de divisas ao exterior

detendo as remessas de lucro dasmultinacionais;

• Retorno imediato das tropas brasi-leiras no Haiti;

• Fora os Ianques do Oriente Médio;• Fim do estado racista, colonialista e

genocida de Israel;• Fim dos massacres e liberdade ao

povo Palestino.Unir as fileiras da classe operária e dos

oprimidos. Viva a luta da classe trabalhadora!

qual programa e com qual polí-tica os trabalhadores podem ini-ciar a resistência e preparar aofensiva.

Essa primeira onda de demis-sões faz da convocação dessesencontros uma tarefa não ape-nas necessária, mas tambémurgente, no sentido de mobili-zar a vanguarda e preparar umgrande encontro nacional paraaprovar um programa e um pla-no de ação para organizar e uniras forças da classe trabalhadoranuma só luta, para barrar as de-missões, defender os salários eos direitos e fazer com que ospatrões paguem o preço da cri-se capitalista que estão tentan-do descarregar nas costas danossa classe.

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Marcha ao Palácio em 2007

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14 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

O ESPAÇO É NOSSO!

Quando o reitor Prof. Goldemberganunciou a construção de um Clube ape-nas para professores, a direção da nossaentidade foi ao reitor protestar veemen-temente contra a discriminação e oapartheid na universidade, pois a reivin-dicação da ASUSP, hoje Sintusp e tam-bém da Adusp, era um clube para todos.

O Prof. Goldemberg, numa reuniãoposterior, comunicou à ASUSP/Sintuspque os professores não abririam mão deum espaço só para eles e que, assim anossa reivindicação seria atendida com aconstrução do Clube dos Funcionários,que acabou sendo concluída na gestãoseguinte, com o Prof. Lobo reitor, e cujaadministração foi entregue à COSEAS.

O Clube funcionou durante os primei-ros anos com um Restaurante/Lancho-nete que cobrava preços altos, e acabousendo fechado, permanecendo sob a res-ponsabilidade da COSEAS na gestão daProfessora Rosa Godoy, num estado las-timável pelo abandono.

Na Campanha Salarial de 2005, a aber-tura do Clube e sua administração peloSindicato passaram a ser reivindicaçõesda Pauta Específica aprovada em Assem-bléia de Greve.

Na negociação com o Prof. Melfi, estese comprometeu com a reabertura do Clu-be dos Funcionários, após uma ampla re-

O CLUBE DOS FUNCIONÁRIOSTEM QUE SER DOS FUNCIONÁRIOS

também a dificuldade da “CO–GESTÃO,PCO/Sintusp, tendo em vista que tanto oPrefeito Prof. Adilson quanto a reitoraSuely não possuíam vontade política decumprir o acordo. Nada era cumpridodaquilo que se combinava com a Prefei-tura e os problemas permanecem até hoje.

TENTATIVA DE GOLPERecentemente, o Sr. Eduardo (ex-

CECAE), um dos Assessores do Prefei-to e funcionário da ex-prefeitura docampus (extinta por deliberação do Con-

O trabalhador (a) deverá fazer de-claração retificadora de i.r. referentea anos anteriores.

Em 2002, foi promulgada Lei nº10.522, que impede que a ReceitaFederal recolha imposto de renda so-bre os 10 dias de férias (abono) ven-didos pelo trabalhador.

O Governo Federal nunca cum-priu essa Lei e efetuou indevidamenteo recolhimento todos estes anos.

Desde 2003 este procedimentoilegal vem sendo questionado naJustiça.

Em 2006, a Procuradoria Geral

RECEITA VAI DEVOLVER I.R. DE FÉRIAS VENDIDASA Receita Federal pretende restituir

o I.R. a partir de 2006,Entretanto, para a especialista em

imposto de renda, Elizabeth Libertuci,deverão ser restituídos os últimos 5anos, pois a Lei é de 2002.

ATENÇÃO

A Reitoria deve informar imedia-tamente a todos os funcionários quereceberam o abono de férias o valordo abono e do desconto do I.R. des-de 2003, para que o trabalhador pos-sa fazer sua declaração retificadora e

da Fazenda Nacional determinou que secumprisse a Lei.

Para receber de volta o impostopago, o contribuinte deve fazer uma de-claração retificadora referente aos anos-base em que teve as férias vendidas –o mesmo procedimento deve ser ado-tado pela empresa empregadora nãopodendo haver divergência entre osdados. Obs.: Os valores devolvidosserão corrigidos pelo valor da taxa bá-sica de juros SELIC, hoje 12,75%. Aliberação da restituição será feita namesma conta bancária onde o contri-buinte recebe a restituição do I.R..

receber o ressarcimento do imposto.A Reitoria, procurada pelo Sin-

dicato, que solicitou que todos se-jam informados dos valores do I.R.descontados, declara que a questãoestá sendo estudada pela famigeradaC.J. (Consultoria Jurídica), especi-alista em “empurrar com a barriga”tudo o que é de interesse dos fun-cionários.

OS TRABALHADORES DA USPTÊM DIREITO ÀS INFORMAÇÕESIMEDIATAMENTE.

CHEGA DE BUROCRACIA EENROLAÇÃO!

forma, desde que a PCO gerisse o Clube,além do Sintusp.

O acordo foi aprovado em Assem-bléia de Greve e, ao término da gestãoMelfi, a Profa. Suely tornou-se reitora.

A má vontade da PCO na Administra-ção do Prof. Adilson de Carvalho, paracumprir o acordo ficou evidente na mo-rosidade da Reforma, assim como no nãocumprimento da maioria dos itens acor-dados sobre a reforma.

O Clube foi reaberto e aí ficou claro

selho Universitário, juntamente com asPrefeituras dos Campi do Interior), pro-curou membros da ALAFUSP para pro-por que os mesmos fizessem documentoassinado por Presidentes de Grêmios deFuncionários, reivindicando que o CLU-BE DOS FUNCIONÁRIOS passasse paraa ALAFUSP e aos GRÊMIOS, pois, comisso, todos juntos poderiam ganhar dinhei-ro. GANHAR DINHEIRO explorando tra-balhadores com um Clube que foiconstruído graças ao nosso sindicato paraos FUNCIONÁRIOS, e tudo isso indocontra deliberação dos funcionários emAssembléia e um acordo assinado em ne-gociação durante uma GREVE.

É a indução à traição de funcionáriosde má fé, por parte da administração daPCO e da Universidade.

O CLUBE DOS FUNCIONÁRIOS ÉDOS TRABALHADORES E MAIS DOQUE NUNCA SEU FUNCIONAMENTOE GESTÃO DEVERÃO CONSTAR DAPAUTA ESPECÍFICA DOS FUNCIONÁ-RIOS NA CAMPANHA SALARIAL DE2009.

FORA A TENTATIVA DE GOLPE DAEX-PREFEITURA E REPÚDIO AOSFUNCIONÁRIOS TRAIDORES, QUEESTÃO CAINDO NO CONTO DE SE-REIA DA EX-PREFEITURA.

Festa de confraternização dos trabalhadores da USP em 2008

Ivan

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Jornal do SINTUSP – 15Fevereiro de 2009

LORENA: DESCASO DO GOVERNO SERRA E REITORIA

EX-FAENQUIL

A FACULDADE DE ENGENHARIAQUÍMICA DE LORENA foi o berço doálcool, hoje o ouro verde do Brasil, muitoapreciado pela Europa e agora por Obama(EUA). Ali trabalharam com muita “digni-dade” trabalhadores intelectuais e braçaisque, com toda a dedicação, descobriramatravés das matérias orgânicas “mandiocabrava e cana-de-açúcar” o combustívelcom menor teor de poluição, o álcool.

Com todo esse potencial, a Faenquil,hoje EEL, se transformou num instrumen-to eleitoreiro para o PSDB.

O Governador Alckmin, querendo sereeleger impôs à Universidade de São Pau-lo, a incorporação da Faenquil à USP, des-respeitando a autonomia conquistada pelostrabalhadores e não pelos burocratas aca-dêmicos. A USP submeteu-se ao governoe incorporou os bens materiais e os estu-dantes (hoje temos formandos na USP, semnunca terem se submetido ao terror daFuvest), deixando de fora 315 trabalhado-res (funcionários e professores).

Os professores e funcionários que nãoforam consultados sobre a “negociata”,assinaram em outubro de 2006, confor-me Ofício Circular nº 10/06, um “Termode Anuência para cessão de funcionáriosvinculados à Secretária da Ciência,Tecnologia e Desenvolvimento Econômi-co”, hoje, após os golpes de Serra, ape-

nas Secretaria doDesenvolvimento,sendo que o prazodesse convênio é decinco anos.

A reitora Suely,indicada pelo ex-rei-tor prof. Melfi, querealizou toda esta ne-gociata com o gover-no, foi à Lorena pordiversas vezes pro-metendo resolver asituação dos trabalha-dores, que é lamen-tável e preocupante,porém nada resolveu.

A reitora está “co-zinhando galo gordo”, servindo uma “boacanja” para os trabalhadores, enquanto otempo passa e o prazo do convênio queassinaram se expira.

Lorena, instrumento eleitoreiroComeça a corrida para a sucessão da

reitora, que apóia o Prof. de São Carlos,o mesmo que incriminou o movimentodos funcionários e estudantes durante aocupação da reitoria em 2007 e que hoje,provavelmente é um dos que apóiam areitora na demissão do Brandão. É bempossível que esse senhor, uma vez reitor,não tenha nenhum pudor em 2011 e alia-

do ao governo Serra, demita os trabalha-dores de Lorena.

A reitora, aliada a governo eleitoreiro,preocupou-se apenas em cumprir os “ar-ranjos feitos” com o Prof. Massola (Pre-sidente da Fundação USP), que deu apoioa ela, durante a sua eleição para reitora,no sentido dele “governar” Lorena, tor-nando-a elegível para concorrer ao car-go de reitor ou ser mais um voto para ocandidato da reitora.

Em Lorena, só comparecem para“cortar faixas, tomar o chopp lá fabrica-do pelos operários e freqüentar os bons

A reitoria vem adotando a Política deRecursos Humanos de NÃO CONTRA-TAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS, princi-palmente nas áreas a serem terceirizadas,como os Restaurantes, onde os trabalha-dores exercem as suas funções além dosseus limites físicos e ao longo dos anosadoecem.

A COSEAS é uma das unidades daUSP que, quando o INSS solicita aReadaptação do Funcionário para outrafunção, nega-se a fazê-lo e,quando o fazé somente após muita humilhação da pes-soa, prejuízo do salários dos funcionári-os e intervenção do Sindicato.

Além disso, funcionários da COSEASque procuraram o INSS para se aposen-tar descobriram que a USP não fez o re-colhimento da contribuição previdenciária

restaurantes da cidade”. Ter um olharpara a vida dos trabalhadores, fazer a sua“inclusão” no quadro de recursos huma-nos da USP é coisa do passado, discursode posse.

Reitor, reitora e governos somentebrigam pelo poder. As necessidades dostrabalhadores são coisas secundárias.

Companheiros (as): resgatar a “digni-dade da USP” é resgatar a dignidade dostrabalhadores que a constroem, como fize-ram os trabalhadores do Campus de Lorenaque, antes de ser incorporados à USP, jápossuíam a “excelência acadêmica”. Ostrabalhadores de Lorena não serão moedade troca para governos e reitores.

Os trabalhadores de Lorena estão per-dendo direitos, como sexta parte,qüinqüênio, gratificações, e adquirindoinsegurança com relação aos seus empre-gos, porém não perderão a sua dignidadepara resgatar a dignidade que nenhumreitor e governos possuem, muito menosa disposição para a GUERRA .

E esta “guerra” terá que ser este ano,caso contrário a reitora terá resolvido asituação do poder na USP e não a situa-ção dos trabalhadores.

Neli Maria Paschoarelli WadaCoordenadora do CDB e Represen-

tante dos Funcionários na CCRH

POLÍTICA DO DRH ADOECE FUNCIONÁRIOSABAIXO A PORTARIA GR nº 3794/07

durante mais de 15 anos e ouviram dosfuncionários do INSS que: “este não é oúnico caso, existem dezenas deles”. Jáfoi formulada denúncia à própria diretorado DRH e esperamos que ela tenha solu-cionado a questão.

As desculpas para não readaptar osfuncionários portadores de doenças pro-fissionais ou que tenham sofrido aciden-te de trabalho sempre são as normas, re-gras, circulares e portarias que o DRHou a Reitora edita, todas sem nenhumadiscussão com os Representantes dosFuncionários na CCRH, que são apenascomunicados e instados a aprová-las de-pois de elas já terem sido publicadas noDiário Oficial.

Uma dessas normas é a GR 3794-07,editada pela reitora que envolve o

SESMT, o qual solicita a alteração de fun-ção, porém é necessário ter o aval da Di-reção do DRH, o que transgride as fun-ções do médico do trabalho - exercidasconforme os conhecimentos que adqui-riram nas universidades, os princípioséticos do Conselho Regional e Federal deMedicina, bem como outras legislaçõesreferentes à questão - são banalizadas.

Esta Portaria também menciona queas alterações de funções terão prévia au-torização da CCRH – Comissão Centralde Recursos Humanos, o que não vemacontecendo.

O DRH elabora essas normas, porta-rias e circulares sem ouvir os profissio-nais do SESMT envolvidos no processo.Apenas a Consultoria Jurídica é ouvida emuitas vezes interfere, com pareceres

negativos aos funcionários. O Professor.Goldemberg, quando reitor, já dizia naimplantação da nossa primeira Carreira:“a Consultoria Jurídica existe para pro-curar legislações que justifiquem os atosdo reitor e não para dizer se pode isto ouaquilo”. No caso da gestão da Profa.Suely, a CJ é para justificar as maldadesque esta gestão vem fazendo com os fun-cionários.

A reitora não irá resgatar a dignidadeda USP demitindo o Brandão. Para res-gatar a dignidade da USP a reitora deverever Portarias e Circulares do DRH quevem penalizando os funcionários a fimde resgatar a dignidade dos trabalhado-res que adoeceram, tendo em vista, a suapolítica de recursos humanos.

ABAIXO A GR 3794, de 17/7/2007

Page 16: SINTUSPSINTUSPmovimentocar.com/paginas/sind_assoc/sintusp/jornal/2009/... · 2009-02-26 · como objetivo imediato acabar com o nível básico, além de várias funções, implementando,

16 – Jornal do SINTUSP Fevereiro de 2009

CARREIRA

Em Assembléia realizada no dia 29/01/2009, osfuncionários deliberaram REJEITAR o Plano de Car-reira imposto pela reitoria e RECUSAR-SE a chamá-lo de carreira, pois não se trata de uma Carreira, massim de um SISTEMA DE GESTÃO DE PESSOAS PORCOMPETÊNCIAS.

Temos muitos motivos para rejeitá-lo e aqui tece-remos alguns deles.

A “Carreira” proposta pela reitoria vem junto comum modelo de universidade, ou seja, “A Universida-de do Futuro”, já negociado com o governo Serra, quedesde o início da sua gestão tenta intervir nas univer-sidades estaduais paulistas. Este modelo busca re-ferência nas universidades européias.

É um projeto “ideológico” da burguesia e do capi-tal, que vem aplainando terreno com a demissão doBrandão e ataques aos movimentos dos funcionári-os e estudantes, para poderem transformar a univer-sidade.

A reitoria propõe um Sistema de Gestão de Pes-soas por Competências e não um Plano de Carrei-ra. Esse Sistema torna a USP uma grande “empre-sa” empreendedora do mercado, na área da educa-ção e pesquisas, tirando-lhe do foco do serviço público, se escondendo atrás da“excelência acadêmica”, criando uma etiqueta que irá ajudá-la a vender suas pesqui-sas e resultados.

REITORIA MENTE

A reitoria diz que a “carreira” foi aprovada na reunião da CCRH, dia 04/12/2008.Nessa reunião, foi apresentado e discutido apenas parte do documento: “Propostapreliminar do Plano de Carreira para os Servidores Técnicos e Administrativos daUSP”, sem o “Anexo I “. Nessa reunião, o Prof. Dante reafirmou que o prazo para aspropostas seria 31 de janeiro de 2009, sem levar em consideração a solicitação defuncionários, diretores de unidades e Congregações para que a reitoria prolongasseo prazo até março de 2009. Dizer que a Carreira foi aprovada na CCRH é GOLPE,porque não aprovarmos algo que ainda poderia receber propostas e sofrer modifica-ções.

Dia 02/12/2008, a reitoria em mais um GOLPE, tenta a aprovação do Sistema noConselho Universitário e sua inclusão no Estatuto da USP, juntamente com a Carrei-ra dos Docentes. Não consegue seu intento, pois os professores rejeitaram a pro-posta referente à sua Carreira.

Para a reitoria, as funções não têm importância, basta que os funcionários, nassuas atividades diárias, demonstrem competência. Só terão “desenvolvimento pro-fissional, permitindo mobilidade na Carreira” funcionários com “funções comple-xas”.

Segundo a reitoria, quem tiver “competências” permanecerá na USP e terá ascensãona Carreira. Vemos, com isso, um futuro conflituoso, cheio de desilusões, com muitoassédio moral, doenças mentais e profissionais, dependência química aumentada e,por que não dizer, o suicídio.

Essa Carreira privilegiará os GESTORES, que irão “gerenciar conflitos de modoeficaz”, “atendendo às expectativas da Universidade em relação aos resultados daunidade que gerencia”. Esses gestores irão defender “os interesses e valorescorporativos da burocracia acadêmica, ou seja, tornar-se-ão os grandes executivosda USP, os únicos a lucrarem com esse projeto.

A Proposta deste Sistema de Gestão/Carreira é antidemocrático, uma vez quenão envolveu os funcionários em amplas discussões.

O “Grupo de Modelagem” que elaborou e discutiu esse projeto é composto porpessoas da confiança da reitora, sem o reconhecimento dos funcionários, muitasdelas autoritárias nas suas unidades e no tratamento com os funcionários.

O enquadramento dos funcionários nesse Sistema será a CUSTO ZERO. Ape-nas 10% dos funcionários terão alteração salarial, enquanto 90% não receberãoqualquer melhoria salarial.

A Carreira proposta é excludente, pois 4.995 funcionários básicos, dos quais

REJEITAR O “SISTEMA DE GESTÃO DE PESSOAS PORCOMPETÊNCIAS” IMPOSTO PELA REITORIA

4.130 que serão incluídos no Eixo de Apóio Admi-nistrativo e 865 no Eixo de Apoio Técnico, áreaspassíveis do processo de terceirização, ficam semnenhuma perspectiva de ascensão. A Reitoriareafirma, que os básicos terão que se preparar eprestar processo seletivo, para prestar processoseletivo, para preencher vagas de técnicos.

O técnico poderá desempenhar as funçõesde nível superior, desde que tenha o nível superi-or, sem flagrante de desvio de função,.

Para um funcionário chegar ao topo da Car-reira, será necessário de 20 a 21 anos de traba-lho, “adquirindo conhecimentos, competências econseguindo bons resultados para a universida-de, sempre defendendo os valores corporativos”.

Segundo a reitoria, trata-se de:a) “Uma carreira que valoriza as pessoas a par-

tir da sua contribuição para a USP”.b) “Uma carreira pensada para o futuro da

universidade e não para resolver problemas”.c) Um projeto de Carreira para “aprimorar a

gestão da universidade”, que irá administrar o“estoque de capacidades necessárias para mai-or contribuição de cada um dos funcionários para

a USP, conciliando e harmonizando capacidades e desafios, que cada um terá quepossuir, para ir em busca dos resultados desejados”.

Nessa proposta de gestão as 209 funções do PCF serão extintas, e 3 amplasfunções serão criadas: Eixo de Gestão, Eixo de Apoio Administrativo e Eixo de ApoioTécnico. Isto levará todos os funcionários a se tornar funcionários “polivalentes”, poisdeixarão de desempenhar suas funções específicas de acordo com as suas especia-lidades, sem poder reclamar mais tarde do “desvio de função”.

Só haverá ascensão na Carreira para os funcionários com diploma de nívelsuperior e conhecimentos de informática e idiomas.

A Avaliação de Desempenho continuará a existir. Esta Avaliação não estará vincu-lada à REMUNERAÇÃO e sim ao desenvolvimento profissional do funcionário. Diz areitoria que irá criar uma Política para o Desenvolvimento Profissional dos funcioná-rios, o que é questionável, pois sabemos que poucos privilegiados participam dapolítica de Treinamento nas unidades.

A nossa luta e reivindicação sempre foi diminuir a diferença entre o menor e omaior salário. Agora, a diferença entre o menor salário e o maior salário será de 10vezes o piso da categoria.

Haverá em cada unidade um Banco de Dados de funcionários, porém não semencionam quais são estes dados e quem elabora esse Banco de Dados, o quepoderá ser um instrumento poderoso de perseguição a funcionários que estejamna mira dos “Gestores”.

Será necessário, por tudo isso, REJEITARMOS esta “Carreira” e ORGANIZAR aLuta:

Pela readmissão do Companheiro Brandão! Por um Projeto real de Carreira!Queremos sim a discussão de uma nova Carreira, porém discutida e negociada

com a reitoria, portanto, reivindicamos a retirada deste “Plano” de discussão noConselho Universitário.

CONSTRUIR A GREVE PARA MARÇO, A FIM DE DERRUBARMOS ESTA PROPOSTADE CARREIRA!

SISTEMASDE GESTÃO DE

PESSOASPORCOMPETÊNCIA

ATENÇÃO

Reunião do Depto. de Carreira no dia 27 de fevereiro de 2009às 12h. Pauta: discussão sobre o documento entregue nareunião do dia 17/02/2009 às representantes dos Funcionáriosna CCRH