síntese de aspirina® (Ácido acetilsalicílico) (1)

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Relatório de Aula Prática de Química Farmacêutica sobre Síntese de Aspirina® (Ácido Acetilsalicílico).

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UNICEN

UNIC UNIVERSIDADE DE CUIABUNIDADE SINOP AEROPORTOGRUPO - IUNI

Disciplina: Qumica Farmacutica e MedicinalCurso: Farmcia 7 Semestre - Manh

Professor (a): Jacqueline KerkhoffAluno (a): Haellen Dosso, Lediane Zanchin e Luana ZanchinData: 03/06/2015Tema: Aula Prtica n1 - Sntese de Aspirina (cido Acetilsaliclico)

INTRODUO

As reaes qumicas tm como base a procura de novos materiais que tenham uso na nossa sociedade, de modificarem, melhorando os j existentes ou como meio de perceberem os segredos e os mecanismos destas reaes.

Reproduzir em laboratrio aquilo que a natureza produz ou criar aquilo que no existe na natureza sintetizar. As snteses laboratoriais procuram a obteno de novos produtos com as suas propriedades mais acentuadas, mais concentradas do que as existentes na natureza ou compostos com propriedades inexistentes nos produtos naturais ou ainda produtos em quantidades superiores quelas que so possveis extrair de fontes naturais. Podemos, portanto afirmar que a sntese est presente em toda a nossa vida, pois revolucionou o mundo ao permitir a produo em massa de compostos muito mais potentes dos que esto presentes na natureza.

Uma das snteses mais importantes e difundidas no mundo todo a da aspirina (cido Acetilsaliclico, nome IUPAC: cido 2-acetoxibenzico).

O cido Acetilsaliclico (AAS), tambm conhecido como Aspirina, um dos remdios mais populares mundialmente. Milhares de toneladas de AAS so produzidas anualmente, somente nos Estados Unidos. O AAS foi desenvolvido na Alemanha h mais de cem anos por Felix Hoffmann, um pesquisador das indstrias Bayer. Este frmaco de estrutura relativamente simples atua no corpo humano como um poderoso analgsico (alivia a dor), antipirtico (reduz a febre) e anti-inflamatrio.

Adicionalmente, uma vez que a aspirina inibe a agregao de plaquetas e a coagulao do sangue, tambm usada em doses baixas para tratar doentes em risco de ataque cardaco. Pertence ao grupo dos medicamentos anti-inamatrios no-esterides (NSAIDs). (NELSON e COX, 2005)

Detalhando as indicaes da aspirina: alvio sintomtico de dores de intensidade leve a moderada, como dor de cabea, dor de dente, dor de garganta, dor menstrual, dor muscular, dor nas articulaes, dor nas costas, dor da artrite e alvio sintomtico da dor e da febre nos resfriados ou gripes.

Detalhando as contraindicaes da aspirina: No usar este medicamento: se tiver hipersensibilidade ao cido acetilsaliclico, a salicilatos ou a qualquer componente da frmula; se j tiver apresentado crise de asma desencadeada por salicilatos ou outras substncias de ao semelhantes, especialmente anti-inflamatrios no-esteroidais; se tiver lcera de estmago ou de intestino ; se tiver tendncia para sangramentos; se tiver alterao grave da funo dos rins (insuficincia renal grave), do fgado (insuficincia heptica grave) ou do corao (insuficincia cardaca grave) ; se estiver em tratamento com metotrexato em doses iguais ou superiores a 15 mg por semana; se estiver no ltimo trimestre de gravidez.

A sntese da Aspirina se faz hoje como h 100 anos, por acetilao do cido saliclico. A acetilao consiste na esterificao da funo fenol do cido saliclico com anidrido actico, em presena de gotas de cido sulfrico como catalisador.

O cido saliclico (cido hidrobenzico) um composto bifuncional. Ele um fenol (hidroxibenzeno) e um cido carboxlico e, na presena de anidrido actico, forma-se cido acetilsaliclico (aspirina).

Apesar de possuir propriedades medicinais similares ao do AAS, o emprego do cido saliclico como um frmaco severamente limitado por seus efeitos colaterais, ocasionando severa irritao na mucosa da boca, garganta, e estmago.

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho obter a Aspirina (cido Acetilsaliclico), que um cristal de cor branca, a partir do cido Saliclico e do Anidrido Actico. A reao acontecer na presena de cido fosfrico que atua como catalisador.

Sero empregadas vrias tcnicas, como aquecimento em banho-maria, e filtrao simples, visando-se obter a cristalizao completa.

Os cristais de cido acetilsaliclico sero separados por filtrao simples, podendo-se assim, obter o ponto de fuso e o clculo de rendimento do processo.MATERIAIS E MTODOS

Material- Balana de preciso

- Copos de Bquer

- Erlenmeyer

- Esptula

- Funil de Bchner

- Papel de filtro

- Provetas

- Suporte universal com garra e noz

- Vidro relgio

- Basto de vidro

- Pipeta de pauster

Reagentes / Produtos - gua destilada

- cido saliclico (2 gramas)

- Anidrido actico (5 mL)

- cido fosfrico (5 gotas)

Procedimento 1. Pesou-se 2 gramas de cido saliclico e transferiu-se para o Erlenmeyer.

2. Adicionou-se 5 mL de anidrido actico e 5 gotas de cido fosfrico e agitou-se intensamente at formar uma mistura homognea.

3. Fixou-se o Erlenmeyer no suporte universal e introduziu-se num banho-maria 75 por 15 minutos.

4. Aps os 15 minutos de banho-maria, adicionou-se, com ajuda de uma pipeta gota a gota, 2 mL de cido sulfrico concentrado; a temperatura elevou-se. 5. Aqueceu-se durante alguns minutos em banho-maria, com agitao manual, por 30 minutos, at a cessao da liberao de vapor de cido actico.

6. Retirou-se o frasco do banho-maria e, adicionou-se, cuidadosamente, 20 mL de gua deionizada gelada ao Erlenmeyer e deixou-se em repouso na bancada at formao dos cristais de aspirina.

7. Filtrou-se os cristais pesados com em papel de filtro previamente pesado (0,338g) em funil de Bchner.

8. Lavou-se os cristais com alguns mililitros de gua fria. 9. Transferiu-se com cuidado, o papel filtro contendo os cristais, com auxlio de uma esptula, para um vidro de relgio.10. Aguardou-se secagem completa.11. Depois de secos, os cristais foram pesados e calculado o rendimento do composto obtido.12. Logo depois, foi determinado o ponto de fuso e comparado com a literatura.

RESULTADOS E DISCUSSESAo efetuar-se a reao entre o cido saliclico e o anidrido actico, observa-se a formao de cido acetilsaliclico e cido actico, representada a seguir :anidrido actico + cido saliclico + cido fosfrico produzindo cido acetilsaliclico + cido actico

Noes sobre mecanismo de reao:

Ao adicionar-se 5 mL de anidrido actico ao cido saliclico formou-se um precipitado branco. Ao juntarem-se 5 gotas de cido fosfrico o precipitado branco continua visvel mas nota-se mais transparncia, assim como a subida da temperatura, este fato mostra que uma reao exotrmica. Quando em banho-maria o precipitado branco continua, mas agora, mais intenso. medida que vai aquecendo, comea-se a sentir um cheiro a vinagre. Comea a dissolver e a sair vapor. Aos 75 est completamente dissolvido. Manteve-se a temperatura at que a reao cessou. Ao adicionar-se 2 mL de gua liberta-se vapor de cido actico. Teve-se de agitar, at se libertar todo o vapor. Quando se adicionaram 20 mL de gua comeou a formar-se cristais brancos slidos. Durante a secagem, os cristais comearam a ficar mais rijos, isto deve-se evaporao da gua. Para realizar a sntese do cido acetilsaliclico, necessrio ter em conta as condies em que tal feito, pois estas afetam significativamente o rendimento final. O rendimento calculado pela razo entre quantidade de produto obtida experimentalmente e a quantidade obtida teoricamente. Portanto, o valor do rendimento nunca poder exceder os 100%, pois como bvio, a quantidade de produto obtida nunca superior que deveramos obter. Este fato deve-se s perdas ao efecuar-se o aquecimento e a filtrao, assim como possvel ocorrncia de reaes paralelas, m atmosfera de trabalho e at mesmo a m condio do material.

Registo de Medies Massa dos cristais: 2,230 gramasMassa do filtro: 0,338 gramasRendimento: 1,892 gramasDeterminao do Ponto de fuso (PF)( Determinao do PF do produto sintetizadoProcedimento: Colocamos o AAS sintetizado em um capilar, em seguida colocamos no aparelho de ponto de fuso aquecimento a seco. O ASS na temperatura de 126C comeou a passar para o estado liquido, em 132C foi o ponto em que chegou a passar totalmente para o estado liquido, se tornando um liquido transparente.( Determinao do PF do cido SaliclicoProcedimento: Colocamos o cido Saliclico em um capilar, em seguida colocamos no aparelho de ponto de fuso aquecimento a seco. O cido Saliclico na temperatura de 153C comeo a passar para o estado liquido, em 155C foi o ponto em que chegou a passar totalmente para o estado liquido, se tornando um liquido transparente.Teste de Identificao( Teste A (Identificao de AAS)Procedimento: Misturar pequena quantidade da amostra com gua em um tubo de vidro e aquecer por 5 minutos em banho-maria. Resfriar. Adicionar 5 gotas de cloreto frrico SR. Desenvolve-se colorao vermelho-violeta.Resultados: ASS teve resultado fortemente positivo, j o cido Saliclico teve resultado mais fortemente positivo pois mais solvel em gua. (Teste B (Identificao de cido Saliclico)Procedimento: Adicionar a uma soluo aquosa saturada da amostra, uma gota de cloreto frrico SR. Desenvolve-se colorao roxa que, pela adio de hidrxido de amnio, se torna pardo-esverdeado.Resultados: ASS teve resultado fracamente positivo e o cido Saliclico teve resultado fortemente positivo, com a adio do Cloreto Frrico. J com a adio de hidrxido de amnio o ASS teve resultado fracamente positivo, e o cido Saliclico fortemente positivo.

Com a realizao destes testes comprovamos que a sntese de ASS realmente deu certo.CONCLUSESConclui-se que a reao entre o sulfato de saliclico e o anidrido actico, obtm-se cido acetilsaliclico e cido actico. Os cristais obtidos so de cido acetilsaliclico e tem uma cor branca. O cido actico encontra-se no estado gasoso temperatura ambiente.

A reao exotrmica, devido subida da temperatura. O cheiro a vinagre devido ao cido actico formado na reao, encontrando-se no estado gasoso.

Pode concluir-se que o aumento da temperatura facilita a reao. A lavagem dos cristais de cido acetilsaliclico deve ser feita em gua fria porque o aumento da temperatura favorece a solubilizao dos cristais.

Conclui-se que a evaporao da gua, faz com que os cristais fiquem mais rijos. Conclui-se que o rendimento obtido foi bom, sendo de 90%, no se obteve um valor mais prximo de 100%, devido s perdas durante o aquecimento e a filtrao, assim como a transferncia dos reagentes, outra causa poder ter sido a pureza dos reagentes.

Conclui-se tambm, que o cido acetilsaliclico tem o nome comercial de Aspirina.REFERNCIAS BIBLIOGRFICASBARREIRO, EJ; FRAGA, CAM. Qumica Medicinal: As Bases Moleculares da Ao dos Frmacos, ArtMed: PortoAlegre, 2008.KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Qumica Farmacutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

THOMAS, G. Qumica Medicinal: uma introduo. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.