sindest - 15

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APOSENTADORIA TRÊS PONTOS Resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sediada em Genebra, Suíça, trata exclusivamente do funcionalismo público Sindicato apresentou projeto de regulamentação da 151 e receberá a contraproposta ainda em dezembro RESOLUÇÃO OIT Sindicato consegue regulamentar a 151 Jornal do ESTATUTÁRIOS Jornal do ESTATUTÁRIOS SINDICALIZE-SE 13-3202-0880 [email protected] www.sindest.com.br Rua Monsenhor de Paula Rodrigues, 73, Vila Mathias, Santos Nas negociações com a pre- feitura e o Ministério da Previ- dência Social, três pontos são debatidos exaustivamente: pa- ridade, integralidade e súmula vinculante. Aqui, um resumo de cada um. Paridade é quando o aposen- tado tem os mesmos direitos e vantagens do servidor na ativa. Toda vez que a categoria tem aumento salarial ou outro bene- fício, o aposentado também tem. Integralidade é quando o servidor se aposenta com base no salário integral da ativa, mas sofrendo os efeitos do fator pre- videnciário, mazela que atinge também os celetistas. O fator previdenciário é o cálculo sobre o salário, a partir de um indexador utilizado para revisão anual dos proventos, por Sindicato negocia especial com MPS Para entender melhor o assunto Apesar de garantido pela consti- tuição federal de 1988, o direito de greve do servidor público municipal, estadual e federal ainda não está re- gulamentado em lei específica. Teoricamente, essa defasagem jurídica seria corrigida pela apli- cação da resolução 151-1978, da Organização Internacional do Tra- balho (OIT). Infelizmente, porém, essa re- solução, apesar de ratificada pelo Congresso Nacional em 2010, ain- da precisa ser adaptada à legislação nacional para entrar em vigor. Embora a presidenta Dilma Rousseff (PT) tenha assinado, em março de 2013, decreto firman- do compromisso do governo de regulamentá-la, até agora isso não aconteceu. A medida garantiria ao servidor ser tratado conforme a legislação trabalhista normal. Por enquanto, só para citar um problema, nossas greves são sempre julgadas impro- cedentes ou ilegais. A resolução instituiria ainda o dissídio coletivo. Assim, todo acor- do ou julgamento sobre condições de trabalho, aumento salarial e ou- tras vantagens teria aplicação ime- diata com força de lei. Isso obrigaria os órgãos públi- cos a cumprirem o acordado e os deixaria em maus lençóis, perante os juízes, no caso de serem levados aos tribunais por desrespeito aos di- reitos das categorias. Em Santos, a lacuna será final- mente corrigida por lei municipal negociada entre o Sindest e a pre- feitura, que prometeu aprová-la, por meio de sua base na câmara, e sancioná-la antes de fevereiro. O sindicato apresentou o pro- jeto de regulamentação da 151 e receberá a contraproposta ainda em dezembro. Seremos um dos poucos municípios do Brasil com essa le- gislação. Nossa aposentadoria especial estava a um passo de virar reali- dade. Mas, durante as negocia- ções com a prefeitura, o Minis- tério da Previdência Social, criou alguns obstáculos. O MPS alertou para ausência de previsão constitucional para concessão de aposentadoria espe- cial com paridade, para aqueles servidores que tivessem direito, e ameaçou cassar o registro do ins- tituto de previdência de Santos (Iprev), bloqueando a remessa de verbas federais. Imediatamente, a diretoria do Sindest abriu canal de negocia- parte do Ministério da Previdên- cia Social, sempre em janeiro. A súmula vinculante é resul- tado de uma série de ações im- petradas por várias federações e confederações de servidores públicos municipais, estaduais e federais no Supremo Tribunal Federal (STF). A intenção dos processos ju- diciais era exigir o cumprimento da constituição federal no tocante ao direito da aposentadoria espe- cial para o servidor público de carreira. O STF editou a súmula vin- culante e, a partir de então, todas as ações impetradas no país, vi- sando a aposentadoria especial do servidor, serão julgadas pro- cedentes. Com isso, o funcionalismo terá direito à aposentadoria espe- cial, embora com o provento cal- culado pelas regras da aposenta- doria integral e não da paridade. O sindicato entende que os admi- tidos antes de 2003 têm direito à paridade. Presidente sindicato, Fábio Pimentel: ‘A paridade é garantida aos estatutários que ingressaram até dezembro de 2003 no serviço público municipal’ ção com o ministério e as primei- ras reuniões estão previstas para o início de 2015. A finalidade dos entendi- mentos é obter anuência para a prefeitura elaborar legislação es- pecífica que impeça prejuízos ao funcionalismo, permitindo a apo- sentadoria com paridade. Quando isso acontecer, será uma grande vitória do Sindest e da categoria, pois Santos será a primeira cidade a conseguir essa legislação. Precisamos apenas de um pouco de paciência. DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO PAULO PASSOS Nº 15 – DEZEMBRO 2014 - PÁGINA 5

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Page 1: SINDEST - 15

APOSENTADORIA TRÊS PONTOS

Resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sediada em Genebra, Suíça, trata exclusivamente do funcionalismo público

Sindicato apresentou projeto de regulamentação da 151 e receberá a contraproposta ainda em dezembro

RESOLUÇÃO OIT

Sindicato consegueregulamentar a 151

Jornal do

ESTATUTÁRIOSJornal do

ESTATUTÁRIOSSINDICALIZE-SE13-3202-0880

[email protected] • www.sindest.com.brRua Monsenhor de Paula Rodrigues, 73, Vila Mathias, Santos

Nas negociações com a pre-feitura e o Ministério da Previ-dência Social, três pontos são debatidos exaustivamente: pa-ridade, integralidade e súmula vinculante. Aqui, um resumo de cada um.

Paridade é quando o aposen-tado tem os mesmos direitos e vantagens do servidor na ativa. Toda vez que a categoria tem aumento salarial ou outro bene-fício, o aposentado também tem.

Integralidade é quando o servidor se aposenta com base no salário integral da ativa, mas sofrendo os efeitos do fator pre-videnciário, mazela que atinge também os celetistas.

O fator previdenciário é o cálculo sobre o salário, a partir de um indexador utilizado para revisão anual dos proventos, por

Sindicato negociaespecial com MPS

Para entender melhor o assunto

Apesar de garantido pela consti-tuição federal de 1988, o direito de greve do servidor público municipal, estadual e federal ainda não está re-gulamentado em lei específica.

Teoricamente, essa defasagem jurídica seria corrigida pela apli-cação da resolução 151-1978, da Organização Internacional do Tra-balho (OIT).

Infelizmente, porém, essa re-solução, apesar de ratificada pelo Congresso Nacional em 2010, ain-da precisa ser adaptada à legislação nacional para entrar em vigor.

Embora a presidenta Dilma Rousseff (PT) tenha assinado, em

março de 2013, decreto firman-do compromisso do governo de regulamentá-la, até agora isso não aconteceu.

A medida garantiria ao servidor ser tratado conforme a legislação trabalhista normal. Por enquanto, só para citar um problema, nossas greves são sempre julgadas impro-cedentes ou ilegais.

A resolução instituiria ainda o dissídio coletivo. Assim, todo acor-do ou julgamento sobre condições de trabalho, aumento salarial e ou-tras vantagens teria aplicação ime-diata com força de lei.

Isso obrigaria os órgãos públi-

cos a cumprirem o acordado e os deixaria em maus lençóis, perante os juízes, no caso de serem levados aos tribunais por desrespeito aos di-reitos das categorias.

Em Santos, a lacuna será final-mente corrigida por lei municipal negociada entre o Sindest e a pre-feitura, que prometeu aprová-la, por meio de sua base na câmara, e sancioná-la antes de fevereiro.

O sindicato apresentou o pro-jeto de regulamentação da 151 e receberá a contraproposta ainda em dezembro. Seremos um dos poucos municípios do Brasil com essa le-gislação.

Nossa aposentadoria especial estava a um passo de virar reali-dade. Mas, durante as negocia-ções com a prefeitura, o Minis-tério da Previdência Social, criou alguns obstáculos.

O MPS alertou para ausência de previsão constitucional para concessão de aposentadoria espe-cial com paridade, para aqueles servidores que tivessem direito, e ameaçou cassar o registro do ins-tituto de previdência de Santos (Iprev), bloqueando a remessa de verbas federais.

Imediatamente, a diretoria do Sindest abriu canal de negocia-

parte do Ministério da Previdên-cia Social, sempre em janeiro.

A súmula vinculante é resul-tado de uma série de ações im-petradas por várias federações e confederações de servidores

públicos municipais, estaduais e federais no Supremo Tribunal Federal (STF).

A intenção dos processos ju-diciais era exigir o cumprimento da constituição federal no tocante ao direito da aposentadoria espe-cial para o servidor público de carreira.

O STF editou a súmula vin-culante e, a partir de então, todas as ações impetradas no país, vi-sando a aposentadoria especial do servidor, serão julgadas pro-cedentes.

Com isso, o funcionalismo terá direito à aposentadoria espe-cial, embora com o provento cal-culado pelas regras da aposenta-doria integral e não da paridade. O sindicato entende que os admi-tidos antes de 2003 têm direito à paridade.

Presidente sindicato, Fábio Pimentel: ‘A paridade é garantida aos estatutários que ingressaram até dezembro de 2003 no serviço público municipal’

ção com o ministério e as primei-ras reuniões estão previstas para o início de 2015.

A finalidade dos entendi-mentos é obter anuência para a prefeitura elaborar legislação es-pecífica que impeça prejuízos ao funcionalismo, permitindo a apo-sentadoria com paridade.

Quando isso acontecer, será uma grande vitória do Sindest e da categoria, pois Santos será a primeira cidade a conseguir essa legislação. Precisamos apenas de um pouco de paciência.

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Nº 15 – DEZEMBRO 2014 - PÁGINA 5