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APOSENTADORIA TRÊS PONTOS
Resolução da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sediada em Genebra, Suíça, trata exclusivamente do funcionalismo público
Sindicato apresentou projeto de regulamentação da 151 e receberá a contraproposta ainda em dezembro
RESOLUÇÃO OIT
Sindicato consegueregulamentar a 151
Jornal do
ESTATUTÁRIOSJornal do
ESTATUTÁRIOSSINDICALIZE-SE13-3202-0880
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Nas negociações com a pre-feitura e o Ministério da Previ-dência Social, três pontos são debatidos exaustivamente: pa-ridade, integralidade e súmula vinculante. Aqui, um resumo de cada um.
Paridade é quando o aposen-tado tem os mesmos direitos e vantagens do servidor na ativa. Toda vez que a categoria tem aumento salarial ou outro bene-fício, o aposentado também tem.
Integralidade é quando o servidor se aposenta com base no salário integral da ativa, mas sofrendo os efeitos do fator pre-videnciário, mazela que atinge também os celetistas.
O fator previdenciário é o cálculo sobre o salário, a partir de um indexador utilizado para revisão anual dos proventos, por
Sindicato negociaespecial com MPS
Para entender melhor o assunto
Apesar de garantido pela consti-tuição federal de 1988, o direito de greve do servidor público municipal, estadual e federal ainda não está re-gulamentado em lei específica.
Teoricamente, essa defasagem jurídica seria corrigida pela apli-cação da resolução 151-1978, da Organização Internacional do Tra-balho (OIT).
Infelizmente, porém, essa re-solução, apesar de ratificada pelo Congresso Nacional em 2010, ain-da precisa ser adaptada à legislação nacional para entrar em vigor.
Embora a presidenta Dilma Rousseff (PT) tenha assinado, em
março de 2013, decreto firman-do compromisso do governo de regulamentá-la, até agora isso não aconteceu.
A medida garantiria ao servidor ser tratado conforme a legislação trabalhista normal. Por enquanto, só para citar um problema, nossas greves são sempre julgadas impro-cedentes ou ilegais.
A resolução instituiria ainda o dissídio coletivo. Assim, todo acor-do ou julgamento sobre condições de trabalho, aumento salarial e ou-tras vantagens teria aplicação ime-diata com força de lei.
Isso obrigaria os órgãos públi-
cos a cumprirem o acordado e os deixaria em maus lençóis, perante os juízes, no caso de serem levados aos tribunais por desrespeito aos di-reitos das categorias.
Em Santos, a lacuna será final-mente corrigida por lei municipal negociada entre o Sindest e a pre-feitura, que prometeu aprová-la, por meio de sua base na câmara, e sancioná-la antes de fevereiro.
O sindicato apresentou o pro-jeto de regulamentação da 151 e receberá a contraproposta ainda em dezembro. Seremos um dos poucos municípios do Brasil com essa le-gislação.
Nossa aposentadoria especial estava a um passo de virar reali-dade. Mas, durante as negocia-ções com a prefeitura, o Minis-tério da Previdência Social, criou alguns obstáculos.
O MPS alertou para ausência de previsão constitucional para concessão de aposentadoria espe-cial com paridade, para aqueles servidores que tivessem direito, e ameaçou cassar o registro do ins-tituto de previdência de Santos (Iprev), bloqueando a remessa de verbas federais.
Imediatamente, a diretoria do Sindest abriu canal de negocia-
parte do Ministério da Previdên-cia Social, sempre em janeiro.
A súmula vinculante é resul-tado de uma série de ações im-petradas por várias federações e confederações de servidores
públicos municipais, estaduais e federais no Supremo Tribunal Federal (STF).
A intenção dos processos ju-diciais era exigir o cumprimento da constituição federal no tocante ao direito da aposentadoria espe-cial para o servidor público de carreira.
O STF editou a súmula vin-culante e, a partir de então, todas as ações impetradas no país, vi-sando a aposentadoria especial do servidor, serão julgadas pro-cedentes.
Com isso, o funcionalismo terá direito à aposentadoria espe-cial, embora com o provento cal-culado pelas regras da aposenta-doria integral e não da paridade. O sindicato entende que os admi-tidos antes de 2003 têm direito à paridade.
Presidente sindicato, Fábio Pimentel: ‘A paridade é garantida aos estatutários que ingressaram até dezembro de 2003 no serviço público municipal’
ção com o ministério e as primei-ras reuniões estão previstas para o início de 2015.
A finalidade dos entendi-mentos é obter anuência para a prefeitura elaborar legislação es-pecífica que impeça prejuízos ao funcionalismo, permitindo a apo-sentadoria com paridade.
Quando isso acontecer, será uma grande vitória do Sindest e da categoria, pois Santos será a primeira cidade a conseguir essa legislação. Precisamos apenas de um pouco de paciência.
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Nº 15 – DEZEMBRO 2014 - PÁGINA 5