1SIMULADO 2009.5

1 Ao receber este caderno, confira atentamente se ele contm 09 pginas.

2 Este caderno contm o simulado no modelo do Teste de Pr-Seleo (TPS), com total de vinte e cinco (25) questes de Portugus,

Geografia, Direito, Economia, Poltica Internacional, Histria Geral, Histria do Brasil e Ingls, corretamente ordenadas de 1 a 25.

3 Voc encontrar dois tipos de questes objetivas: mltipla escolha e CERTO ou ERRADO. Nas questes do tipo mltipla escolha,

marque a nica opo correta (A, B, C, D ou E), de acordo com o respectivo comando. Nas questes do tipo CERTO ou ERRADO,

marque, para cada item, o campo designado com o cdigo C, caso julgue o item CERTO, ou o campo designado com o cdigo E,

caso julgue o item ERRADO.

4 Caso o caderno esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, solicite um novo na secretaria.

5 Recomenda-se no marcar ao acaso: em cada questo do tipo mltipla escolha, se a resposta divergir do gabarito oficial definitivo,

o candidato receber pontuao negativa de 0,20 pts; em cada questo do tipo CERTO ou ERRADO, se a resposta do item divergir

do gabarito oficial definitivo, o candidato receber pontuao negativa de 0,25 pts para cada item.

6 O gabarito e o resultado sero divulgados na secretaria do Curso Clio no dia 27 de outubro.

7 Recursos devem ser enviados para simulado@cursoclio.com.br.

8 Durante o simulado, no se comunique com outros candidatos.

9 A durao do simulado de uma hora e meia, j includo o tempo destinado identificao que ser feita no decorrer da

aplicao e ao preenchimento da folha de respostas.

10 Ao terminar, devolva a sua folha de respostas secretaria.

11 A desobedincia a qualquer uma das determinaes constantes no presente caderno na folha de rascunho ou na folha de respostas

poder implicar a anulao de seu teste.

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2Histria de Dona Plcida

1 No te arrependas de ser generoso; a pratinha rendeu-me uma confidncia de Dona Plcida, e conseguintementeeste captulo. Dias depois, como eu a achasse s em casa, travamos palestra, e ela contou-me em breves termos a suahistria. Era filha natural de um sacristo da S e de uma mulher que fazia doces para fora. Perdeu o pai aos dez anos. Jento ralava coco e fazia no sei que outros trabalhos de doceira, compatveis com a idade. Aos quinze ou dezesseis casoucom um alfaiate, que morreu tsico algum tempo depois, deixando-lhe uma filha.Viva e moa, ficaram a seu cargo a filha,com dois, e a me, cansada de trabalhar. Tinha de sustentar a trs pessoas. Fazia doces, que era o seu ofcio, mas cosiatambm, de dia e de noite, com afinco, para trs ou quatro lojas e ensinava algumas crianas do bairro, a dez tostes porms. Com isto iam-se passando os anos, no, no a beleza, porque no a tivera nunca. Apareceram-lhe alguns namoros,propostas, sedues, a que resistia.

2 Se eu pudesse encontrar outro marido, disse-me ela, creia que me teria casado; mas ningum queria casarcomigo.

3 Um dos pretendentes conseguiu fazer-se aceito; no sendo, porm, mais delicado que os outros, Dona Plcidadespediu-o do mesmo modo, e, depois de o despedir, chorou muito. Continuou a coser para fora e a escumar os tachos. Ame tinha a rabugem do temperamento, dos anos e da necessidade; mortificava a filha para que tomasse um dos maridosde emprstimo e de ocasio que lha pediam. E bradava:

4 - Queres ser melhor do que eu? No sei donde te vem essas fidcias de pessoa rica. Minha camarada, a vida nose arranja toa; no se come vento. Ora esta! Moos to bons como o Policarpo da venda, coitado... Esperas algumfidalgo, no ?

5 Dona Plcida jurou-me que no esperava fidalgo nenhum. Era gnio. Queria ser casada. Sabia muito bem que ame o no fora, e conhecia algumas que tinham s o seu moo delas; mas era gnio e queria ser casada. No queriatambm que a filha fosse outra coisa. Trabalhava muito, queimando os dedos ao fogo, e os olhos ao candeeiro, paracomer e no cair. Emagreceu, adoeceu, perdeu a me, enterrou-a por subscrio, e continuou a trabalhar. A filha estavacom quatorze anos; mas era muito fraquinha, e no fazia nada, a no ser namorar os capadcios que lhe rondavam artula. Dona Plcida vivia com imensos cuidados, levando-a consigo, quando tinha de ir entregar costuras. A gente daslojas arregalava e piscava os olhos, convencida de que ela a levava para colher marido ou outra coisa. Alguns diziamgraolas, faziam cumprimentos; a me chegou a receber propostas de dinheiro...

6 Interrompeu-se um instante, e continuou logo:7 Minha filha fugiu-me; foi com um sujeito, nem quero saber... Deixou-me s, mas to triste, to triste, que pensei

morrer. No tinha ningum mais no mundo e estava quase velha e doente. Foi por esse tempo que conheci a famlia deIai: boa gente, que me deu que fazer, e at chegou a me dar casa. Estive l muitos meses, um ano, mais de um ano,agregada, costurando. Sa quando Iai casou. Depois vivi como Deus foi servido. Olhe os meus dedos, olhe estas mos...E mostrou-me as mos grossas e gretadas, as pontas dos dedos picadas da agulha. - No se cria isto toa, meu senhor;Deus sabe como que isto se cria... Felizmente, Iai me protegeu, e o senhor doutor tambm... Eu tinha um medo deacabar na rua, pedindo esmola...

8 Ao soltar a ltima frase, Dona Plcida teve um calafrio. Depois, como se tornasse a si, pareceu atentar nainconvenincia daquela confisso ao amante de uma mulher casada, e comeou a rir, a desdizer-se, a chamar-se tola,cheia de fidcias, como lhe dizia a me; enfim, cansada do meu silncio, retirou-se da sala. Eu fiquei a olhar para a pontado botim. (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas)

1. Sobre o texto, so feitas quatro afirmaes. Marque C para as corretas e E para as erradas.

I. Na frase Viva e moa, ficaram a seu cargo a filha, com dois, e a me, cansada de trabalhar., pelo sentido da frase epelo sentido geral do texto, o adjetivo moa, que em geral tem sentido positivo, adquire um sentido negativo.II. A locuo adjetiva com dois anos e cansada de trabalhar - embora aparentemente no mantenham relao entre si,se consideradas isoladamente - no texto cumprem a funo de realar o suplcio de D. Plcida.III. No quarto pargrafo, h um erro de concordncia.IV. No quarto pargrafo, o segmento No sei donde... poderia ser reescrito da forma No sei de onde... sem prejuzopara o sentido geral do texto e sem alterar o valor sinttico da orao iniciada pelo advrbio, valor de objeto direto.

2. Sobre a seguinte frase e conhecia algumas que tinham s o seu moo delas, presente no quinto pargrafo,so feitas quatro afirmaes. Marque C para certo e E para errado, de acordo com a correo delas.I. A repetio da estrutura de posse no constitui redundncia. Trata-se de um recurso com valor apenas de nfase jconsagrado na lngua culta e normatizado pelas gramticas.II. A palavra s pode ser interpretada como adjetivo ou como palavra denotativa de excluso. Em ambas possibilidades,geram-se sentidos diversos, mas coerentes com o sentido maior da passagem.III. Ainda sobre a frase , e conhecia algumas que tinham s o seu moo delas, podemos dizer que ela constitui umargumento para que D. Plcida fique sozinha at que ache algum disposto a casar com ela.IV. A vrgula que antecede essa orao pode ser retirada sem prejuzo do sentido e da correo.

3. Sobre o texto, so feitas quatro afirmaes. Marque C para as corretas e E para as erradas.I. No quarto e no stimo pargrafos, as expresses destacadas toa tm a mesma classificao morfossinttica epoderiam ser substitudas corretamente pelas formas contradas -toa.

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22. Todo poder emana do povo. A este respeito se pode dizer que:

I. No nosso sistema representativo indireto, o povo exerce o poder exclusivamente por meio de representantes eleitos.II. Plebiscito e referendo so mecanismos de exerccio direto da soberania popular.III. No existe previso constitucional para proposta ao Congresso Nacional de projeto de lei de iniciativa popular.IV. O voto direto, secreto, universal e peridico no pode ser objeto de proposta de emenda Constituio, vedao que,porm, no abrange a sua obrigatoriedade.

Who wins, nukesThe Economist print edition, Oct 2nd 2008 (with adaptations)

NO NUCLEAR material, no bomb. Its as simple as that. Hence the renewed, unanimous call by the United NationsSecurity Council _____ Iran to cease its suspect uranium-enriching and plutonium work. The same is true for terroristgroups such as al-Qaeda, known to be seeking nuclear materials and other weapons of mass destruction as a religiousduty. The difference is that Iran can produce its own fissile material; terrorists have to steal theirs.

Keeping nuclear weapons out of the hands of terrorists therefore involves a lot of gumshoe work to clamp down ontraffickers. But it would surely be better to plug the security holes that allow the stuff to leak out in the first place. Changingthe nuclear industrys security culture is the immodest aim of the newly launched World Institute for Nuclear Security (WINS).

One measure of the scale of the plugging needed comes from the nuclear trafficking database of the InternationalAtomic Energy Agency (IAEA), the UNs nuclear guardian. From 1993, when the IAEA first started counting, to the end of2007, there had been 1,340 recorded incidents of the misuse, theft or loss of nuclear materials; 18 of these involved highlyenriched uranium (HEU) or plutonium, some in quantities as large as kilograms (it takes up to 25kg of HEU or 8kg ofplutonium to make a bomb).

Most such cases have involved material filched from ill-guarded sites in Russia after the collapse of the Soviet Union.The number of serious incidents recorded has been falling. That may not be as comforting as it sounds. Traffickers areprobably getting cleverer; by its nature, illicit trade goes largely undetected. But it helps that America has been assistingRussia and others with security upgrades, including better fences, surveillance equipment and radiation monitors, as well assecurity training, at military and civilian sites where nuclear materials are used or stored.

Now two things are about to change. Security upgrades in Russia are to be completed this year. It remains to be seenwhether improvements will last once the dollars and the chivvying stop. Meanwhile an industry using deadly materialsspread across more than 40 countries may be about to expand farther and wider, as from Venezuela to Vietnam governmentscontemplate nuclear power as a source of cleaner energy.

The international legal apparatus to deal with this looks robust. The UNs resolution 1540 obliges all governments tostop nuclear (and chemical and biological) bomb-making materials falling into terrorist hands. Some 75 countries havebanded together in a supporting Global Initiative to Combat Nuclear Terrorism. The IAEA, meanwhile, can help governmentswith advice: protecting the Beijing Olympics, for example, against radiological attack, disposing of radioactive materialsfound in factories and hospitals, and fixing security breaches. It is also boosting the academic study of nuclear security.

23. According to the previous text, judge right (C) or wrong (E) each item below.

I. Preventing nuclear trafficking is easier than policing it.II. The idea present in title stresses the destructive capacity of nuclear weapons.III. In the passage for Iran to cease its suspect uranium-enriching and plutonium work, cease means check.IV. Changing security measures regarding nuclear power is a humble goal.

24. In the passage Hence the renewed, unanimous call by the United Nations Security Council _______ Iran tocease its suspect uranium-enriching and plutonium work. , the correct option to fill the blank is:a. atb. out ofc. ford. ine. upon

25. According to the previous text, judge right (C) or wrong (E) each item below.

I. In the passage Most such cases have involved material filched from ill-guarded sites in Russia after the collapse of theSoviet Union, filched means pilfered.II. In the passage Most such cases have involved material filched from ill-guarded sites in Russia after the collapse of theSoviet Union, filched means moved.III. In the passage Most such cases have involved material filched from ill-guarded sites in Russia after the collapse of theSoviet Union, ill-guarded means vulnerable.IV. In the passage Most such cases have involved material filched from ill-guarded sites in Russia after the collapse of theSoviet Union, collapse means unraveling.

3II. O trecho depois de o despedir poderia ser reescrito como depois de despedi-lo sem prejuzo do sentido ou dacorreo.III. No seguinte trecho do pargrafo trs A me tinha a rabugem do temperamento, dos anos e da necessidade..., d-sea entender que a rabugem advinha da ndole da me, da sua idade avanada e da necessidade de ser rabugenta.IV. No comeo do pargrafo trs, a alegao de ausncia de delicadeza como fator de recusa desse pretendente demonstracabalmente que D. Plcida, mais do que um marido, queria algum que a tratasse bem.

4. Marque C para certo e E para errado, para as afirmaes sobre a seguinte frase presente no oitavo pargrafo.Depois, como se tornasse a si, pareceu atentar na inconvenincia daquela confisso ao amante de uma mulhercasada, e comeou a rir, a desdizer-se, a chamar-se tola, cheia de fidcias, como lhe dizia a me; enfim, cansadado meu silncio, retirou-se da sala.I. H apenas duas locues verbais.II. O verbo chamar-se transitivo direto e indireto e tm o pronome se com objeto indireto e os termos tola e cheia defidcias como objeto indireto.III. Os termos preposicionados ao amante e de fidcias possuem a mesma funo sinttica, embora sejam regidos porclasses gramaticais distintas.IV. A inconvenincia da confisso reside principalmente no fato da segurana material de que D. Plcida se vale provir dopapel de alcoviteira que desempenha, ou seja, ao mencionar esse fato, lembra a Brs Cubas o seu papel condenvelmoralmente de amante de uma mulher casada.

5. Marque C para certo e E para errado, para as afirmaes sobre a seguinte frase presente no stimo pargrafo.Foi por esse tempo que conheci a famlia de Iai: boa gente, que me deu que fazer, e at chegou a me dar casa.I. H nele uma estrutura que cumpre um papel meramente de realce.II. Ocorre na ltima orao um fenmeno raro, o preposicionamento de um oblquo tono. Apesar de estar na funo deobjeto indireto, em geral os tonos so empregados sem preposio.III. Temos duas oraes adjetivas, ambas explicativas.IV. A ltima vrgula poderia ser retirada sem prejuzo de sentido ou correo.

6. Assinale a frase abaixo em que o pronome oblquo tem classificao diversa da presente nesta orao do textodo texto: ...a pratinha rendeu-me uma confidncia de Dona Plcida...a. ...e ela contou-me em breves termos a sua histria.b. ...deixando-lhe uma filha.c. ... porque no a tivera nunca.d. Dona Plcida jurou-me que no esperava fidalgo nenhum.e. ...a no ser namorar os capadcios que lhe rondavam a rtula.

7. O destino de D. Plcida possui alguma semelhana com o de qual outra personagem do texto.

a. Eulliab. Quincas Borbac. Eugniad. Prudncioe. Virglia

8. Sobre os antecedentes do chamado milagre econmico, assinale a alternativa INCORRETA:

a. Destaca-se o PAEG, que pretendia, ao mesmo tempo, acelerar o ritmo de crescimento da economia e reduzir a inflao,considerada principal causa da estagnao, segundo seus autores.b. A criao das ORTNs (Obrigaes Reajustveis do Tesouro Nacional) permitiu ao governo contornar a lei de usura,permitindo ao governo financiar-se por meio da emisso de ttulos da dvida, ao invs de transferncias de recursos doBanco do Brasil, o que gerava presso inflacionria.

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e. Na caatinga, encontra-se solos pobres em matria orgnica; as reas mais elevadas so cobertas por matas midas, eas mais baixas, pela caatinga.

17. Sobre a definio de limites durante a Primeira Repblica, indique se as afirmativas abaixo esto certas ouerradas:

I. O principal marco de Rio Branco como Ministro das Relaes Exteriores foi a demarcao de fronteiras, como as doAmap (disputada com a Frana) e das Misses (disputada com a Argentina)II. Nas disputas territoriais Rio Branco utilizou-se de trs princpios bsicos: O endosso incondicional ao Tratado de Madridcomo principal fonte de demarcao de limites, em oposio ao de Santo Ildefonso; defesa do uti possidetis; discussesbilaterais.III. O sucesso brasileiro na arbitragem das fronteiras com a Guiana Britnica, feita pelo rei italiano Vtor Emanuel III, levouo pas a usar o mesmo recurso na disputa territorial com o Peru.IV. Em um gesto que pode ser considerado de boa vontade, Rio Branco aceitou as demandas do Uruguai de rever ostratados bilaterais anteriores, garantindo-lhe acesso a Lagoa Mirim e ao Rio Jaguaro.

18. Sobre o MERCOSUL, julgue as assertivas como certas ou erradas:

I. Um dos principais problemas enfrentados pelo bloco a defesa da concorrncia, visto que permitida a utilizao desalvaguardas no comrcio entre os membros do MERCOSUL.II. Com a aprovao do Acordo Sede para Secretaria Administrativa do MERCOSUL, em 1996, reafirma-se a opo pelacriao de instituies com carter supranacional, resposta demanda de Argentina, Uruguai e Paraguai.III. Dada a personalidade jurdica do MERCOSUL, iniciaram-se negociaes com diversos parceiros, dentre eles a UnioEuropia; prova disso o Acordo de Cooperao Interinstitucional entre as Comunidades Europias e o Mercado Comumdo Sul, primeiro acordo assinado entre os blocos, cujo objetivo era o desenvolvimento de projetos de cooperao tcnica.IV. O setor aucareiro se configura como nico caso de exceo setorial, j que cada pas pode cobrar tarifas, mesmodentro do bloco, que superem a Tarifa Externa Comum (TEC).

19. O forte crescimento industrial durante a dcada de 30 pode ser creditado a inmeros fatores, exceto:

a. Ao choque externo causado pela crise de 1929, que reduziu as importaes, auxiliando no processo de substituio debens importados por nacionais.b. Ao esforo do empresariado industrial e sua liderana, que j possuam um projeto de desenvolvimento, para o pas,centrado na indstria.c. s medidas governamentais de proteo a determinados setores industriaisd. presso exercida pelos militares sobre o governo para a criao de uma infra-estrutura de apoio indstria.e. A constante valorizao do cmbio brasileiro, que tornava mais barata a importao de mquinas necessrias industrializao.

20. Diversos atores e condicionantes colaboraram para o chamado processo de abertura lenta, gradual e segurado regime militar, iniciado pelo Gal. Geisel. Julgue as afirmativas abaixo sobre estes atores:

I. Dentre os atores externos, tem-se a poltica de crtica aberta s ditaduras latino-americanas pelo governo Carter.II. A prpria eleio de Geisel presidncia, um retorno aos chamados castelistas, j indicava o enfraquecimento da linha-dura.III. O lanamento do anticandidato Ulysses Guimares, apesar de derrotado por ampla maioria, mostrava que haviaespao para o lanamento de uma candidatura opositora pela ARENA.IV. Apesar do slogan do processo de abertura, conflitos internos nas foras armadas obrigaram o governo a fazer concesses linha-dura do regime, como nos casos das demisses dos generais Ednardo dvila e Silvio Frota.

21. Era muito provvel que uma economia mundial cujo ritmo era determinado por seu ncleo capitalistadesenvolvido ou em desenvolvimento se transformasse num mundo onde os avanados dominariam osatrasados; em suma, num mundo de imprio (HOBSBAWN)Diversos foram os motivos, segundo os historiadores, que moveram os europeus corrida imperialista. Assinalequal das alternativas abaixo no pode ser considerada um destes:

a. A busca por matrias-primas necessrias s novas tecnologias da poca, sobretudo, carvo, ltex, petrleo, cobre esilcio.b. As rivalidades nacionais e o medo de que se um pas no se expandisse, outro o faria, desequilibrando a balana depoder.c. Os ganhos econmicos advindos do estabelecimento de relaes monopolistas com as colniasd. O surgimento de uma nova etapa do capitalismoe. A busca pelo status de grande potncia, que motivou pases como Itlia e Alemanha a entrar, ainda que tardiamente, nacorrida por colnias.

4c. A instituio de uma frmula de correo de salrios com o objetivo de despolitizar as negociaes salariais, assimcomo a flexibilizao dos contrato de trabalho, por meio da criao do FGTS, serviram de incentivos aos investimentosprivados.d. Diante da necessidade de financiamento dos gastos pblicos, o governo optou somente pela reduo das despesascorrentes e da emisso de ttulos da dvida, sem aumentar o nus sobre os contribuintes.e. No plano externo, o forte crescimento do mercado de eurodlares, entre 1964 e 1973, facilitou a captao de grandesvolumes de emprstimos a juros baixos, aumentando a capacidade de investimento do Estado e do setor privado, noBrasil.

9. Durante toda a Guerra-Fria, Berlim foi um smbolo da diviso do mundo em dois blocos, liderados cada um poruma das superpotncias da poca. Sobre a Berlim da poca, julgue os seguintes itens:

I. Berlim era o smbolo maior da diviso bipolar, pois cada metade da cidade servia de capital para a sua metade daAlemanha.II. O bloqueio terrestre imposto pelos soviticos Berlim Ocidental, que durou de 1948-1949, fez com que milhes dehabitantes da cidade passassem fome, forando o governo americano a aceitar a exigncia sovitica de retirada das tropasocidentais da cidade.III. No inverno de 1958-59 Moscou tentou, novamente, isolar Berlim Ocidental e incorpor-la ao territrio da RepblicaDemocrtica Alem, no entanto, aps negociaes em Paris, em 1960, foi acertada, entre EUA e URSS, a construo domuro e a diviso definitiva de Berlim, que duraria at 1989.IV. Em 1989, apesar das tentativas de resistncia, o governo da Repblica Democrtica Alem acabou renunciando e, em9 de novembro do mesmo ano, o Muro de Berlim foi derrubado. Contudo, as eleies de 1990 foram marcadas pela vitriados partidos de esquerda, capitaneados pelos antigos comunistas.

10. Sobre as relaes Brasil-ndia, julgue:

a. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a cooperao nuclear entre Brasil e ndia, suspensa aps o primeiroteste nuclear indiano de 1974, foi retomada, colocando-se como mais um veculo de cooperao entre os pases.b. Por meio de um memorandum de entendimento assinado entre os dois pases, o Brasil ofereceu sua expertise naproduo de etanol e foi previsto intercmbio de experincia e dados de pesquisa sobre biodiesel; a ndia passou a utilizarmistura de 5% de etanol na gasolina em nove Estados da federao e prope expanso gradual para todo o territrioindiano.c. O aumento das vendas indianas de produtos farmacuticos para o mercado brasileiro progressivo e se d devido confiabilidade e preos competitivos para os programas de tratamento do HIV.d. O aumento do intercmbio entre os pases tambm se d por meio do Acordo Marco de Cooperao Comercial entre oMERCOSUL e a ndia, que visa cobrir cerca de duzentos produtos de uma parte e de outra e podero ser expandidosquando conveniente.

11. O Direito Internacional difere do direito domstico quando conclumos que no sempre to fcil saber qual o direito aplicvel a certa questo. O direito domstico razoavelmente estvel e encontrado primariamente nalegislao e nos julgamentos de um uma hierarquia de cortes. Em contraste, o Direito Internacional no acessvel,coerente ou estvel da mesma forma. No h um poder legislativo global (A Assemblia-Geral da ONU no podeser igualada a um legislativo nacional), e nenhuma hierarquia formal de cortes e tribunais internacionais. Como o caso da (principalmente no-escrita) Constituio Britnica, uma referncia inicial em relao a determinadotpico de Direito Internacional normalmente melhor encontrado na doutrina. Ela explicar que o DireitoInternacional deriva de vrias fontes. AUST, Anthony. Handbook of International Law. Cambridge: Cambridge UniversityPress, 2005, p. 05/06. Acerca das fontes do Direito Internacional Pblico (DIP), julgue os seguintes itens:

I. Podemos dizer que nada impede que as disposies de um tratado possam constituir a base de um costume internacional,desde que haja uma participao generalizada e representativa de Estados nesse tratado;II. A principal prova da existncia de um costume encontrada na prtica corrente dos Estados, sendo que essa prticaconsiste no somente no que os Estados fazem, mas tambm naquilo que declaram publicamente;III. Os princpios gerais de direito abrangem tanto princpios encontrados no direito interno dos Estados quanto no prpriodireito internacional;IV. Todos os atos unilaterais dos Estados podem hoje ser declarados como fontes do DIP, estando aptos a produziremdireitos e obrigaes internacionais.

12. Acerca do Plano de Metas, julgue como certo ou errado:

I. O Plano de Metas trazia em seu bojo investimentos nas reas de energia, transporte, indstrias de base, alimentao eeducao, e possua oramento equivalente a 5% do PIB anual no perodo 1957-61; os gastos para a construo deBraslia, prevista pelo Plano, tambm foram includos no montante orado.II. O principal mecanismo de financiamento do Plano de Metas foi a poupana externa, provenientes, principalmente, dosEstados Unidos e da Alemanha.

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III. Os setores ferrovirio e rodovirio foram vistos como fundamentais para o desenvolvimento do pas e integrao doterritrio, e apresentaram elevado percentual de realizao frente ao planejado.IV. Mesmo com o lanamento do Plano, o governo apresentou propostas de financiamento relacionadas a setores-chave,como energia e transporte.III. Uma compensao pode ser requerida quando o dano no puder ser reparado pela restituio, e envolve o pagamentode uma indenizao em dinheiro em situaes que envolvem prejuzos financeiramente quantificveis. Todavia, emboratambm abranjam os juros, somente os danos emergentes podem ser compensados, e no os lucros cessantes;IV. A satisfao, via de regra, tem por finalidade remediar violaes de carter simblico, que emergem da violao de umaobrigao internacional. Ela o remdio apropriado para aquelas violaes que no so financeiramente quantificveis, eque representam, na verdade, uma afronta ao Estado ofendido.

13. A nfase na identificao ideolgica com o bloco poltico-militar ocidental, que caracterizara o governo CasteloBranco e que apenas fora atenuada durante a gesto do General Costa e Silva, cedeu lugar a uma orientao maispragmtica (Souto Maior, Luiz Augusto. O Pragmatismo Responsvel. In: Albuquerque, J. A. Guilhon (Coord.) 60 anos de PolticaExterna Brasileira. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.)

Acerca da diplomacia do governo Geisel, julgue certo ou errado:

I. O Presidente Ernesto Geisel optou por uma mudana no tradicional apoio poltico ao colonialismo portugus na frica,visto que essa posio comprometia os esforos brasileiros de aproximao com o continente.II. Tanto a assinatura do Tratado de Itaipu com o Paraguai quanto a assinatura do Tratado de Amizade, Cooperao eComrcio com o Uruguai evidenciam a preocupao do governo Geisel com o equilbrio de relacionamentos dentro dabacia do Prata.III. O governo Geisel percebeu a energia nuclear como alternativa para o petrleo, em vias de exausto, e, como garantiade utilizao pacfica da energia, assinou o Acordo sobre a Cooperao no Campo dos Usos Pacficos da Energia Nuclear,em 1975.IV. A pretenso de aumento das exportaes brasileiras para o mercado chins expresso da nova linha diplomticaadotada, que visava o reconhecimento do governo de Pequim, orientao antes inconcebvel devido a questes ideolgicas.

14. Foram inmeros os movimentos sociais que, durante o sculo XIX, criticaram a explorao capitalista dostrabalhadores. Sobre estes movimentos, julgue certo ou errado:

I. O ludismo, movimento surgido na Inglaterra na segunda dcada do sculo XIX, ficou conhecido por destruir mquinascomo forma de pressionar os patres a negociarem.II. Dentre as reivindicaes do Cartismo constavam: o sufrgio masculino; a votao secreta; a remunerao dos membrosdo Parlamento e a reduo da renda necessria para candidatura.III. O Cartismo se destacou pela elaborao da Carta do Povo, de 1838, e por utilizar-se dos canais abertos pela sociedadeliberal para manifestar-se.IV. Apesar de ter se iniciado como um movimento local, restrito a Londres, em pouco tempo o Cartismo conquistou aadeso de diversos grupos de trabalhadores na Inglaterra e se espalhou por pases como Frana e Blgica.

15. Sobre o Tratado Interamericano de Assistncia Recproca (TIAR), de 1947, julgue como certo ou errado:

I. O TIAR significou o fim de uma relao especial entre os estabelecimentos militares de Brasil e Estados Unidos, mesmocom a insistncia do governo brasileiro em relao a uma posio especial, esta merecida pelo esforo dispensado naSegunda Guerra, em ajuda aos norte-americanos.II. O TIAR foi votado segundo o princpio da unanimidade, como proposto pelos Estados Unidos, fato que reiterou aconfiana existente entre os Estados envolvidos na formulao do tratado.III. Presidindo a Conferncia do Rio, na qual se elaborou o Tratado, o chanceler brasileiro Raul Fernandes conseguiudemover a representao cubana de levantar questes referentes tese de agresso econmica contra os EstadosUnidos.IV. A delegao brasileira temia que a Argentina assinasse o TIAR com o objetivo de armar-se e, dessa forma, houvesseum desequilbrio de foras no hemisfrio.

16. Tendo por base os domnios morfoclimticos brasileiros, assinale a alternativa incorreta:

a. O relevo predominante do domnio amaznico marcado por baixas altitudes e o clima se configura como equatorialquente e mido.b. As pradarias correspondem fachada oriental do pas e possuem clima tropical mido. Nelas, se encontram as escarpaspllticas e as meias-laranjas.c. Extensos planaltos, depresses e chapadas sedimentares, alm de vegetao arbustiva e herbcea, caracterizam ocerrado.d. A mata dos pinhais, que encontra-se quase devastada por completo, est situada nos planaltos arenito-baslticos daBacia do Paran.