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Selo FSC aqui LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 44 questões numeradas de 1 a 44 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 1 a 22, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 23 a 44, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 1 a 3 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas e trinta minutos. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Estudante: As nuvens passam pelo céu. ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: 9130604000167 1 a Série 1 o Dia Prova 1 Código: 11 Simulado ENEM 2020

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Selo FSC aqui

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 44 questões numeradas de 1 a 44 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:

a) questões de número 1 a 22, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;

b) Proposta de Redação;

c) questões de número 23 a 44, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

ATENÇÃO: as questões de 1 a 3 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.

2. Confi ra se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.

3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.

4. O tempo disponível para estas provas é de três horas e trinta minutos.

5. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO--RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.

7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.

8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em defi nitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições.As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃOPROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Estudante:

As nuvens passam pelo céu.

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 1 a 22

Questões de 1 a 3 (opção Inglês)

QUESTÃO 1

BY PERMISSION OF MORRIE TURNER AND CREATORS SYNDICATE, INC.

A expressão “Guess who is not coming to dinner” refere‑se ao fato de a personagem não

A apreciar o prato que será servido como entrada.

B saber como se portar em um evento sofisticado.

C ter sido convidada para a refeição daquela noite.

D ter interesse pela culinária de outros países.

E poder ir ao jantar por já ter outros compromissos.

QUESTÃO 2

Disponível em: <http://wefeedback.org>. Acesso em: 30 jul. 2012.

A internet tem servido a diferentes interesses, ampliando, mui‑tas vezes, o contato entre pessoas e instituições. Um exemplo disso é o site WeFeedback, no qual a internauta Kate Watts

A comprou comida em promoção.

B inscreveu‑se em concurso.

C fez doação para caridade.

D participou de pesquisa de opinião.

E voluntariou‑se para trabalho social.

QUESTÃO 3

The Think.Eat.Save […] campaign is in support of the Save

Food Initiative to reduce food loss and waste along the en‑

tire chain of food production and consumption – run by the

FAO and trade fair organizer Messe Düsseldorf – and the UN

Secretary General’s Zero Hunger Challenge. The campaign

specifically targets food wasted by consumers, retailers and

the hospitality industry.

UN ENVIROMENT. Campaigns. Disponível em: <www.unenvironment.org/ get‑involved/campaigns>. Acesso em: 23 ago. 2019.

A campanha Think.Eat.Save, da Organização das Nações Unidas, visa

A motivar os consumidores a comer de forma saudável.

B reduzir o desperdício e a perda de alimentos.

C pressionar a indústria para reduzir o uso de agrotóxicos.

D organizar feiras para arrecadar doações de alimentos.

E incentivar os hotéis a produzir seus próprios mantimentos.

Questões de 1 a 3 (opção Espanhol)

QUESTÃO 1

1861

Disponível em: <http://macanudo.com.ar>. Acesso em: 8 dez. 2014.

Na tirinha acima, a expressão “A ver si nos ponemos de acuerdo” significa que

A o personagem deseja esclarecer a sua situação.

B o personagem deseja fazer um acordo com seu interlocutor.

C o personagem pede que seu interlocutor concorde com o que ele diz.

D o personagem espera que acorde de um sonho.

E o personagem é sonâmbulo e não quer acordar.

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QUESTÃO 2

No último quadro, a fala de Calvin sugere que

A os jornais vêm noticiando que não há mais motivos para fazer a guerra, pois o planeta já está arruinado.

B a guerra é algo que nunca vale a pena, já que, assim como os problemas ambientais, acaba com o mundo.

C os adultos já arruinaram com o mundo, de maneira que não haveria mais motivos para as disputas.

D disputas ambientais sempre foram motivos para a guerra no planeta, mas agora elas não existem mais.

E problemas ambientais como a chuva ácida acabaram com a capacidade dos adultos de fazerem guerras.

QUESTÃO 3

“CHERNOBYL”: LAS VERDADES DETRÁS DE LA

MINISERIE

Lo primero que hay que entender acerca de Chernobyl,

la miniserie de HBO que concluye su temporada de cinco

episodios este viernes en América Latina, es que muchas

cosas son inventadas. Sin embargo, lo segundo, y más

importante: en realidad eso no importa.

La explosión y el incendio en el reactor de la Unidad 4 de

Chernóbil el 26 de abril de 1986 fueron extraordinariamente

desastrosos y lúgubres, una bomba “sucia” radioactiva a una

escala para la que nadie — y menos en la Unión Soviética —

estaba preparado. Sigue siendo el peor desastre en la historia

de la energía nuclear, pues murieron más de treinta personas

en un inicio (y más en los años siguientes, aunque las cifras

son materia de controversia) y la contaminación radiactiva se

extendió a lo largo de grandes tramos del territorio soviético

y europeo.

FOUNTAIN, Henry. “Chernobyl”: las verdades detrás de la miniserie. The New York Times ES, 6 jun. 2019. Disponível em: <https://www.nytimes.com/es/

2019/06/06/chernobyl‑hbo/?rref=collection%2Fsectioncollection%2Fnyt‑ es&action=click&contentCollection=cultura&region=stream&module=stream

_unit&version=latest&contentPlacement=6&pgtype=collection>. Acesso em: 23 ago. 2019.

O trecho da reportagem aborda a minissérie Chernobyl, que retratou em cinco episódios o acidente nuclear de grandes proporções, ocorrido em 1986, na União Soviética. De acordo com o texto, a minissérie

A é fantasiosa, pois não é fidedigna ao acidente de Chernobyl.

B traz fatos inventados, mas que não interferem no fato histórico do acidente de Chernobyl.

C é verídica, representando fielmente a realidade do acidente de Chernobyl.

D apresenta controvérsia, pois questiona a ocorrência do aci‑dente de Chernobyl.

E é desastrosa, pois trata como ficção o acidente de Chernobyl.

QUESTÃO 4

Na charge acima, o humor está na composição das lingua‑gens verbal e não verbal, na qual o autor buscou retratar

A uma condição social, ao mesmo tempo em que critica e expõe a situação econômica do país.

B a maneira como as pessoas desempregadas são tratadas na sociedade, deixadas à margem.

C a situação econômica de pessoas que utilizam jornais de grande circulação.

D os setores da sociedade que estão em superávit, como es‑portes e entretenimento.

E uma situação de censura aos moradores de rua que não foram alfabetizados.

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QUESTÃO 5

Assim que coloquei os pés para fora do quarto, o sistema

de alarme do hotel foi acionado. Tudo ainda parecia tranquilo.

No trajeto entre o quarto e as escadas de emergência, vi muitas

pessoas descendo calmamente, algumas ainda vestiam pija‑

ma. Mas, a situação mudou em questão de segundos! Assim

que ouvimos algumas explosões – a torre estava em chamas

– o pânico se instalou. Todos os milhares de hóspedes corriam

loucamente pelas escadas. Um empurrava o outro, pessoas

caíam… O Marriott tinha 22 andares e 825 quartos, então você

já pode imaginar o terror que vivi naquela escadaria. Eu mesma

caí com a correria e bati as costas na quina do degrau. Se eu

senti dor? Nada! A adrenalina e o instinto de sobrevivência

eram tão grandes, que me levantei rapidamente para continuar

a “missão” de sair de lá. E tudo foi ficando ainda pior… Ao pisar

no térreo, o elevador desabou na nossa frente. Pronto! O caos

estava instalado e nenhum lugar era mais seguro.BEZERRA, Flávia. Brasileira que sobreviveu ao 11 de setembro faz relato inédito:

“Tinha marcas de solas de sapato nas minhas costas”. Glamour, 11 set. 2016. Disponível em: <https://revistaglamour.globo.com/Na‑Real/noticia/2016/09/

brasileira‑que‑sobreviveu‑ao‑11‑de‑setembro‑faz‑relato‑inedito‑tinha‑marcas‑ de‑solas‑de‑sapato‑nas‑minhas‑costas.html>. Acesso em: 23 ago. 2019.

Ao descrever os acontecimentos na cidade de Nova Iorque no dia dos atentados às torres gêmeas, a narradora faz um relato pessoal no qual nota‑se

A um discurso marcado pela objetividade: “O pânico se instalou”.

B a presença de um narrador onisciente: “Tudo parecia tranquilo”.

C a ausência das emoções: “Eu mesma caí […]. Se eu senti dor? Nada!”.

D uma tentativa de convencimento do público: “Você já pode imaginar”.

E o uso de elementos narrativos, como espaço: “O Marriott tinha 22 andares”.

QUESTÃO 6

As mudanças causadas pela atividade física no corpo dos

atletas vão muito além dos músculos sarados e do baixo per‑

centual de gordura. Uma pesquisa feita por médicos alemães

e americanos mediu com precisão, por meio de ressonância

magnética, o coração de 26 triatletas e mais 26 homens sadios.

Entre os triatletas, os ventrículos direito e esquerdo estavam

30% maiores do que no grupo‑controle. A espessura das pa‑

redes do coração também aumentou. No ventrículo esquerdo,

a parede ficou 15% mais grossa entre os atletas. O volume

de sangue bombeado subiu quase 30%. No triatlo, os treinos

exigem força e resistência, o que dá um maior impulso às

transformações no corpo. Daniel Arkader Kopiler, diretor da

Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, diz

que, antes, médicos viam sinal de doença no coração grande

de atletas. “Hoje, sabemos que são modificações fisiológicas”.

O volume maior dos ventrículos e a espessura de suas pa‑

redes permitem que o coração bombeie mais sangue a cada

batida. Assim, o oxigênio chega de forma mais eficiente às

pernas e aos braços.

As modificações não param no coração. Pernas e braços

ganham mais vasos. O corpo produz mais óxido nítrico, subs‑

tância vasodilatadora.

Para receber mais oxigênio, as células dos músculos ficam

com mais mitocôndrias, as estruturas que produzem energia.Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 24 ago. 2016 (adaptado).

O texto comenta diferenças encontradas em características fisiológicas de atletas e pessoas comuns. Essas diferenças decorrem

A do rápido aumento de massa muscular dos atletas profissionais.

B da adaptação do corpo dos atletas às suas necessidades cinestésicas.

C da inadaptação do corpo de pessoas comuns às rotinas físicas de um atleta.

D de um problema de saúde relacionado à prática excessiva de atividades físicas.

E de modificações recomendadas aos atletas para que aumen‑tem seus desempenhos.

QUESTÃO 7

Matabichámos devagarinho, nesse dia a frequência come‑

çava mais tarde, porque era só uma e porque era a última. O

abacateiro não se mexia quase, eu só tinha receio que meu

pai perguntasse: “e então? Hoje ele não se espreguiça?” O

quê que eu podia dizer? Talvez que ele ainda estivesse a dor‑

mir, ou então que estava com frio, ou até que o céu cinzento

tinha dito alguma coisa ao abacateiro que nós não sabíamos

ouvir, então ele estava triste.

— Poça… – o meu pai olhou o relógio. – O camarada Antó‑

nio hoje tá bem fisgado… – isso, em linguagem de pescador,

quer dizer que ele tinha ficado a dormir.

— Hum…, duvido, pai. Ele deve estar só sentado aí na

zona verde…ONDJAKI. Bom dia camaradas. Rio de Janeiro: Agir, 2006. p. 129.

O excerto acima deixa evidente algumas variações linguís‑ticas geográficas quando se comparam o vocabulário e a sintaxe do português utilizado no continente africano e no americano. Além da questão geográfica, outra variação iden‑tificável no excerto é de origem

A temporal.

B histórica.

C sociocultural.

D estilísticas.

E situacional.

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QUESTÃO 8

Assim como o lixo lançado ao Rio Tietê, garrafas PET

gigantes invadirão […] as margens do rio entre as pontes do

Limão e da Casa Verde. […]

As esculturas provocativas poderão ser vistas tanto por

motoristas na Marginal Tietê, parados em congestionamentos,

quanto de “dentro do próprio rio”. Um barco da organização

não governamental Navega SP levará os visitantes […] a um

passeio gratuito de uma hora. Estima‑se que oito mil crianças

de escolas estaduais conheçam a obra.

Dada a escala gigante, as vinte garrafas feitas de vinil

especial, de 10 metros de comprimento por três metros de

diâmetro, podem ser vistas até de helicópteros e aviões. Após

a exposição do material serão feitas mochilas a serem doa‑

das a crianças.

RIBEIRO, Silvia. Garrafas PET gigantes no Tietê poderão ser visitadas de barco. G1, 26 mar. 2008. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/

0,,MUL363123‑5605,00‑GARRAFAS+PET+GIGANTES+NO+TIETE+PODERAO+ SER+VISITADAS+DE+BARCO.html>. Acesso em: 23 ago. 2019.

A intervenção urbana mencionada no texto foi composta de 20 esculturas gigantes em formato de garrafas de refrigerante que ocuparam as margens do rio Tietê em 2008, entre outras localidades, como a cidade de Santos. Pela escolha do objeto a ser representado e do espaço utilizado, analisa‑se que

A a obra tenta criar um conceito de embelezamento da ci‑dade por sua forma e seu contexto na paisagem urbana contaminada.

B o acesso à arte se distancia do público em geral, tornando uma via pública um lugar de acesso apenas à elite cultural paulistana.

C a apropriação e o jogo de escala de um ícone do consumo provocam reflexões sobre a complexa relação do ser humano com a natureza.

D a obra se torna ofensiva para a paisagem urbana, uma vez que acaba por poluir ainda mais um lugar já marcado pela poluição.

E é um trabalho artístico que passa despercebido pelo público em geral, visto que suas dimensões em nada interferem em sua leitura.

QUESTÃO 9

Canovas de Moura (2005) destaca algumas normas do

Manual de Telejornalismo, referentes à linguagem oral: o

editor deve ler sempre o texto em voz alta, antes de entre‑

gá‑lo ao apresentador. Deve‑se também evitar a cacofonia,

as rimas e as palavras com a mesma terminação. Frases

entre vírgulas também devem ser evitadas, tanto quanto

as frases longas. O texto não deve ser descritivo, a lingua‑

gem deve ser coloquial e obedecer às regras gramaticais.

Os jargões devem ser evitados e as expressões e tempos

verbais devem ser simplificados.

BARTH, Tânia Aparecida Neves. A padronização da língua portuguesa no Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão.

Disponível em: <http://www.aotpsite.org>. Acesso em: 9 fev. 2014.

Ao analisar em conjunto as regras da linguagem de telejornal apresentadas no texto, pode‑se concluir que o motivo de sua existência é o de

A destacar a hierarquia entre redator e apresentador, por meio do melhor domínio da linguagem.

B aproximar a linguagem do telejornal da norma‑padrão em detrimento da linguagem oral.

C criar uma linguagem inédita, para que o telespectador saiba que se trata de um telejornal e, deste modo, o diferencie de outros tipos de programa.

D direcionar as notícias às classes sociais menos instruídas, uma vez que a linguagem é coloquial, e manipular sua opinião.

E facilitar a compreensão das notícias por meio de clareza e de objetividade, atingindo, assim, o maior número de teles‑pectadores possível.

QUESTÃO 10

De um momento para outro, já não se pode mais sair de

casa sem pensar na cor que você está vestindo, tais são as

paixões suscitadas pelo vermelho, amarelo, verde, azul, preto,

rosa. Cada cor virou um uniforme […] da própria verdade que

exclui todas as outras verdades, numa inversão do que é a

boa e necessária negociação política. Em comícios, protestos,

manifestações, cada cor parece ter um dono, assim como já

acontecia com os times de futebol.

Felizmente, sobrou a cor branca. É de branco que se ves‑

tiu a multidão que tomou as ruas de São Paulo no Réveillon.

CALLIARI, Mauro. No ano em que as cores foram símbolos de guerra, vestir uma roupa branca no Réveillon foi um ato de urbanidade. Estadão, 2 jan. 2019.

Disponível em: <https://sao‑paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas‑urbanas/ no‑ano‑em‑que‑as‑cores‑foram‑sequestradas‑nada‑como‑a‑multidao‑

vestindo‑roupa‑branca‑no‑reveillon‑da‑paulista/>. Acesso em: 23 ago. 2019.

Segundo o autor, no contexto atual, as cores adquiriram sig‑nificados para além do resultado da interação da luz com o objeto. São signos visuais carregados de significados e classificados como

A símbolos, porque trazem evidências físicas daquilo que representam.

B índices, pois surgem naturalmente nas interações humanas.

C ícones, porque seguem convenções estabelecidas mun‑dialmente.

D símbolos, porque os significados estão relacionados ao contexto.

E índices, pois são identificáveis por todo e qualquer indivíduo.

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QUESTÃO 11

POR QUE CRIANÇAS PRECISAM COCHILAR?

Quando sua filha estava na pré‑escola, Rebecca Spen‑cer passou por algo comum a muitos pais, mães ou babás: o poder do cochilo. Sem ele, sua filha ficava cambaleante, mal‑humorada ou ambos. Spencer, neurocientista especiali‑zada em sono da Universidade de Massachusetts Amherst, quis investigar a ciência por trás desta experiência pessoal.

[…]

Os cochilos consistem principalmente de sono não REM, incluindo os cochilos longos. E um artigo recente com coau‑toria de Spencer parece ser o primeiro a mostrar que o co‑chilo, e não apenas uma noite de sono, contribui para o pro‑cessamento da memória emotiva em crianças.

Sem um cochilo, as crianças tenderam a optar pelos emojis mais emotivos no experimento. Já com o cochilo, elas se mostraram mais tranquilas e responderam de forma mais equilibrada tanto para estímulos neutros quanto para aqueles que despertariam mais emoções.

De maneira geral, “as crianças ficaram de fato mais emo‑tivas e hipersensíveis a estímulos sem o cochilo”, afirma a pesquisadora. Isso porque elas não consolidaram sua ba‑gagem emocional prévia.

RO, Christine. Por que crianças precisam cochilar? BBC, 9 nov. 2018. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/vert‑fut‑46126680>. Acesso em: 23 ago. 2019.

De acordo com o estudo mencionado no texto, o papel do cochilo na infância é

A consolidar memórias emotivas.

B ocultar memórias prévias.

C aprimorar as noites de sono.

D processar estímulos neutros.

E despertar emoções amenas.

QUESTÃO 12

“Será que adianta”, pensou Alice, “falar com esse rato agora? Aqui é tudo tão fora dos eixos que eu acho bem ca‑paz de ele saber falar: de qualquer modo, não custa tentar.”

— Ó Rato – começou ela a dizer –, você sabe a saída para fora dessa lagoa? Estou cansada de nadar aqui, ó Rato! – Alice pensava que esta devia ser a forma correta de diri‑gir‑se a um rato: nunca tinha tido antes tal experiência, mas lembrava‑se de ter visto na gramática latina do seu irmão: “Rato – de um rato – para um rato – um rato – Ó rato!”

O Rato olhou para ela de modo inquisitivo e pareceu até que piscava um dos seus olhinhos, mas não disse nada.

“Talvez ele não entenda inglês”, pensou Alice. “Quem sabe se não é um rato francês, que veio junto com Guilherme, o Conquistador?” […]

CARROLL, Lewis. Aventuras de Alice no país das maravilhas. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Editora 34, 2016. p. 27.

Depois de ver um coelho branco murmurando para si mes‑mo e decidir segui‑lo, Alice caiu em um poço profundo no qual ficou presa, aumentou e diminuiu de tamanho, mas não conseguiu sair. Estando pequena, ao visualizar um rato, a garota decidiu pedir ajuda a ele, mas ficou um pouco reti‑cente pelo fato

A de o rato não ter a inteligência necessária para salvá‑la do apuro.

B de no mundo real os animais não articularem suas ideias por meio da fala.

C de os roedores serem a espécie de animais que evitam se comunicar.

D de o rato não falar o mesmo idioma que ela, inglês, mas só francês.

E de os animais geralmente serem desprovidos de qualquer tipo de linguagem.

QUESTÃO 13

Ao assumir o Governo, eleito pelo Congresso Nacional,

tive a oportunidade de proferir estas palavras de compromis‑

so com a Nação: “Promoverei sem desânimo, sem fadiga, o

bem‑estar geral do Brasil. Não medirei sacrifícios para que

esse bem‑estar se eleve, tão depressa quanto racionalmente

possível, a todos os brasileiros, e, particularmente, àqueles

que mourejam e sofrem nas regiões menos desenvolvidas

do País”. Em seguida, prenunciando os rumos que desejava

traçar para a administração, acrescentei: “arrancada para o

desenvolvimento econômico, pela elevação moral, educacio‑

nal, material e política, há de ser o centro das preocupações

do Governo. Com esse objetivo, o Estado não será estorvo

à iniciativa privada, sem prejuízo, porém, do imperativo da

justiça social devida ao trabalhador, fator indispensável à

nossa prosperidade”.

BRASIL. Presidência da República. Fragmento do discurso do ex‑presidente Humberto Castello Branco. Brasília, 1965. Biblioteca da Presidência da República. Disponível em: <www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex‑presidentes/castello‑branco/

mensagens‑ao‑congresso/mensagem‑ao‑congresso‑nacional‑na‑abertura‑da‑sessao‑legislativa‑de‑1965>. Acesso em: 19 ago. 2019.

O texto acima apresenta o início de um discurso do ex‑presi‑dente do Brasil Humberto Castello Branco em mensagem ao Congresso Nacional, em 1965. Em breve análise de sua es‑trutura e linguagem utilizadas, o discurso do ex‑presidente ao assumir o governo pode ser considerado um texto com função

A fática, pois busca estabelecer e manter o contato direto com os ouvintes.

B emotiva, pois tem a intenção de sensibilizar o interlocutor.

C referencial, pois é um discurso direto e objetivo, que busca somente informar.

D poética, pois traz uma linguagem predominantemente sub‑jetiva, com a intenção de envolver o interlocutor.

E apelativa, pois busca envolver a sociedade com discurso atrativo, de maneira a influenciar eleitores.

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QUESTÃO 14

Dois músicos de Curitiba (PR) ‑ Marcelo Darcini e Jéssica Steil ‑ tiveram a ideia de gravar canções versando sobre tópi‑cos da língua portuguesa. Surgiu daí a banda Sujeito Simples, a primeira de que se tem notícia no gênero “rock didático”.

Canções como Preposição, Advérbio, Crase e Pronomes Pessoais, entre outras, brincam com conceitos caros à língua de Camões, valendo‑se de letras que repassam regras e ensi‑namentos do idioma — sem deixar de lado, é claro, os vocais e as guitarras distorcidas típicas do rock ‘n’ roll.

Disponível em: <http://revistalingua.com.br>. Acesso em: 30 maio 2016.

Os artistas podem desenvolver seus trabalhos visando dife‑rentes fins. Ao utilizar a música como meio de aprendizagem, a banda Sujeito Simples

A redefine o conceito de rock ‘n’ roll.

B introduz o estudo da música no cotidiano escolar.

C reconhece uma função diferenciada para a música.

D incentiva profissionais da educação a estudarem música.

E utiliza a música para criticar as formas tradicionais de ensino.

QUESTÃO 15

Estou numa enorme enrascada.

Esse foi o primeiro pensamento de Anne Hjelle quando viu num relance um tufo de pelo sobre seu ombro direito. Andando de mountain bike por uma trilha sinuosa em Foothill Ranch, Cali‑fórnia, pensou ter assustado um veado. Antes fosse. Num ímpeto de velocidade e força, uma criatura pulou do meio do mato para cima dela, derrubou‑a da bicicleta e mergulhou as presas em sua nuca. Anne soube imediatamente que era uma suçuarana. Vira placas colocadas na entrada para a trilha. Os enormes gatos haviam sido avistados no parque e os ciclistas deveriam ser es‑pecialmente cuidadasos, mas quem é que presta muita atenção a esses alertas? Os animais supostamente deveriam ter medo de humanos. Pelo menos era isso que Anne sempre pensara.

SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: segredos de quem escapou de situações‑limite e como elas podem salvar a sua vida. Tradução Renata Telles.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 125.

Sabe‑se que nenhum texto é isolado e que, portanto, cada produção escrita ou oral carrega traços de outros textos. No que se refere à tipologia textual, é também bastante difícil encontrar textos “puros” que não apresentam características de outros tipos, mas a classificação é possível justamente porque uma tipologia se sobressai às demais. Ao analisar esse excerto, infere‑se que se trata de um texto

A descritivo: concentra‑se em descrever os detalhes da cena.

B injuntivo: cita algumas orientações para quem for andar de bicicleta.

C argumentativo: tenta convencer a respeito do que se passou.

D narrativo: traz uma sequência de ações e uma personagem.

E expositivo: explica por que Anne Hjelle caiu de sua bicicleta.

QUESTÃO 16

TEXTO I

MÉDICO DEBOCHA DE PACIENTE NA INTERNET: “NÃO

EXISTE PELEUMONIA”

Um médico plantonista no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), foi afastado do trabalho após ter uma foto sua publicada numa rede social com o título “Uma ima‑gem fala mais que mil palavras”. Na foto, Guilherme Capel Pasqua mostra o receituário médico com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”.

VICTAL, Renata. Médico debocha de paciente na internet: “Não existe peleumonia”. G1, 29 jul. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas‑regiao/noticia/

2016/07/medico‑debocha‑de‑paciente‑na‑internet‑nao‑existe‑peleumonia.html>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO II

O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quan‑to os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico. Ele diz ainda que a confusão se faz entre a língua e a gramática normativa, que não é língua, mas apenas uma descrição parcial dela. E que, se o domínio da norma‑padrão fosse realmente um instrumento de ascensão na sociedade, os professores de português ocupariam o topo da pirâmide social.

PRADO, Verônica. Texto vencedor de olimpíada nacional critica intervenção na Praça Portugal. G1, 21 dez. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/12/

texto‑vencedor‑de‑olimpiada‑nacional‑critica‑intervencao‑na‑praca‑portugal.html>. Acesso em: 23 ago. 2019.

A língua é um sistema abstrato e vivo que está a serviço da interação social. Seu uso é regulamentado por uma norma‑‑padrão, muitas vezes entendida como norma culta, gerando, sobretudo, o preconceito linguístico. A esse respeito,

A os textos trazem posições contrárias, ou seja, o texto I con‑tradiz o texto II.

B o texto I traz uma situação que exemplifica o que está sendo abordado no II.

C o texto II considera um equívoco pensar que existe precon‑ceito linguístico.

D o texto I traz um exemplo no qual a troca comunicativa foi comprometida.

E os textos I e II trazem exemplos de episódios de preconceito linguístico.

QUESTÃO 17

[…] a literatura aparece claramente como manifestação universal de todos os homens em todos os tempos. Não há povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado. O sonho assegura durante o sono a presença indispensável deste universo, inde‑

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pendentemente da nossa vontade. E durante a vigília a criação ficcional ou poética, que é a mola da literatura em todos os seus níveis e modalidades, está presente em cada um de nós […].

CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011. p. 176‑177.

De acordo com o que se pode inferir do texto, para o autor, a literatura

A deve ser conquistada todos os dias.

B é inerente a qualquer ser humano.

C é consolidada apenas na fase adulta.

D torna realidade aquilo que é ficção.

E concretiza‑se quando leitor se entrega ao que lê.

QUESTÃO 18

Às dez da manhã, ainda não tinha feito nada de importante e resolveu voltar para casa. Estava estendendo a mão para desligar o computador quando seu ICQ tilintou. Atônita, fitou o menu. Sabia o que era o ICQ, mas raramente entrava em chats e nunca usara aquele programa desde que começara no SMP.

Hesitante, clicou em Responder.

[Oi, Erika.]

[Oi. Quem é?]

[ É particular. Você está sozinha?]

Uma armadilha? Pena Podre?

[Estou. Quem é você?]

[A gente se conheceu no apartamento do Super‑Blomkvist

quando ele voltou de Sandhamn.]

Erika contemplou a tela. Levou alguns segundos até en‑

tender. Lisbeth Salander, isso é impossível.

LARSSON, Stieg. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 442.

Para que uma troca comunicacional aconteça, é indispensável que haja ao menos duas pessoas, um código em comum e um canal pelo qual o texto (verbal ou visual) será transmitido. Na cena descrita,

A a personagem Erika é a destinadora, aquela que produz toda a sequência de informações.

B a mensagem tem ruídos, ou seja, não é captada na sua plenitude por uma das personagens.

C o canal de comunicação escolhido pelas personagens é a própria fala de cada uma delas.

D o destinatário das mensagens de texto aparentemente é al‑guém de nome Lisbeth Salander.

E a linguagem é materializada por um código comum entre as personagens, composto de signos verbais.

QUESTÃO 19

Os banners têm a intenção de informar o público daquilo que está sendo dito com o auxílio de alguns recursos gráficos e visuais. Esses recursos se adaptam aos meio de comunicação ou suporte que se entende publicá‑los. No exemplo acima, para que o banner ganhe sentido em uma publicação física de uma revista, é fundamental que

A as imagens, símbolos e ícones sejam excluídos.

B a bandeira do estado do Pará ganhe destaque.

C a linguagem seja informal e convença o público.

D as informações extras sejam acessadas de outra forma.

E as cores do texto sejam padronizadas com o resto da revista.

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QUESTÃO 20

Cidadão se descuidou e roubaram seu celular. Como era um executivo e não sabia mais viver sem celular, ficou furio‑so. Deu parte do roubo, depois teve uma ideia. Ligou para o número do telefone. Atendeu uma mulher.

— Alô.

— Quem fala?

— Com quem quer falar?

— O dono desse telefone.

— Ele não pode atender.

— Quer chamá‑lo, por favor?

— Ele está no banheiro. Eu posso anotar o recado?

— Bate na porta e chama esse vagabundo agora.

Clic. A mulher desligou. O cidadão controlou‑se. Ligou de novo. [...]

VERÍSSIMO,Luis Fernando. Clic. In: VERÍSSIMO, Luis Fernando. As Mentiras que os Homens Contam. Editora Objetiva: Rio de Janeiro, 2000.

Podemos dizer que no trecho do texto Clic, de Luis Fernando Veríssimo, há a predominância da função

A apelativa ou conativa, pois há o foco para o emissor (o exe‑cutivo) tentar convencer o receptor (a mulher que atende o telefone).

B emotiva ou expressiva, pois há o foco para o sentimento de raiva da personagem principal (o executivo) ao ter o celular roubado.

C fática, pois há foco no canal de comunicação, ou seja, du‑rante grande parte do diálogo o objetivo é estabelecer o contato.

D poética, pois há o foco para a mensagem e os efeitos de sentido por ela provocados, por se tratar de um texto literário.

E metalinguística, pois há foco no próprio código (a língua), quando tenta‑se estabelecer o contato durante o diálogo.

QUESTÃO 21

Quinta‑feira

Ontem, o Rodrick comprou um CD novo de heavy metal

e tinha um desses adesivos com “aviso aos pais” na capa.

[...]

Daí, eu fui até o quarto do Rodrick e peguei o CD.

É proibido levar aparelhos de música para a escola, então

esperamos até depois do almoço, quando os professores

deixam a gente sair. Assim que tivemos a chance, eu e o

Rowley nos esgueiramos para trás da escola e pusemos o

CD do Rodrick para tocar.

Mas o Rowley esqueceu de pôr pilhas no aparelho, então

foi bem inútil.

KINNEY, Jeff. Diário de um banana. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2016. p. 32‑33.

Os diários são um gênero textual no qual são narradas cenas do cotidiano com base no ponto de vista de seu autor. Como se trata de um objeto mais íntimo, a linguagem é marcada pela pessoalidade e muitas vezes se aproxima da narrativa oral, como no trecho

A “Ontem, o Rodrick comprou um CD novo de heavy metal.”

B “Daí, eu fui até o quarto do Rodrick e peguei o CD.”

C “Mas o Rowley esqueceu de pôr pilhas no aparelho.”

D “eu e o Rowley nos esgueiramos para trás da escola.”

E “É proibido levar aparelhos de música para a escola.”

QUESTÃO 22

No forte e bem travado soneto “Triste Bahia”, Gregório se

identifica com a sua terra espoliada pelo negociante de fora,

o “sagaz Brichote”, e impreca a Deus que faça tornar o velho

tempo da austeridade e da contensão:

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante

Estás e estou do nosso antigo estado!

Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,

Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou‑te a máquina mercante,

Que em tua larga barra tem entrado,

A mim foi‑me trocando, e tem trocado,

Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente

Pelas drogas inúteis, que abelhuda

Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente

Um dia amanheceras tão sisuda

Que fora de algodão o teu capote!

BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006. p. 38.

No trecho acima, o literário Alfredo Bosi cita o soneto “Triste Bahia”, de Gregório de Matos. Nesse poema, ao falar sobre sua terra natal, o poeta exerce a função

A cognitiva, pois, por meio dos versos, expõe emoções, puri‑ficando sua consciência.

B estética, pois revela um momento histórico marcante de sua vida por meio da crítica velada.

C catártica, pois o poeta transmite ao leitor seu conhecimento de mundo, sua perspectiva daquilo que vê.

D político‑social, pois revela uma situação da realidade refletida em sua sociedade.

E literária, pois o poeta busca imitar a vida na arte, ao escrever sobre sua realidade.

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TEXTO I

Atualmente […] os esforços com relação à epidemia da doença estão em resolver a questão da prevenção, já que a cura

ainda é algo distante, enquanto o número de novos casos de pessoas infectadas pelo vírus no mundo ainda é alto – e vem

crescendo novamente.

De 2006 a 2015, o número de jovens na faixa etária de 15 a 19 anos infectados pelo HIV saltou de 2,4 para 6,9 a cada

cem mil habitantes, segundo dados do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do

Ministério da Saúde.

Em São Paulo, em 2010, 10% dos jovens daquela faixa etária eram portadores do vírus HIV; em 2016, esse índice chegou

a 23%. Diante dessa mudança de comportamento, a comunidade médica estuda novas formas de prevenção e disseminação

das informações referentes ao contágio e ao tratamento, caso a doença já tenha sido contraída.

HIV: aumento de casos exige novas formas de conscientização. Governo do Estado de São Paulo, 7 mar. 2019. Disponível em: <www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas‑noticias/hiv‑aumento‑de‑casos‑leva‑a‑pesquisas‑e‑novas‑formas‑de‑conscientizacao/>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO II

O antibiótico penicilina benzatina está com seu fornecimento ameaçado no Brasil. Conhecido popularmente pelo nome

comercial de benzetacil, o fármaco é usado tanto para prevenir a sífilis congênita em recém‑nascidos, quanto no tratamento

da sífilis em adultos, e faz parte do pacote básico de assistência farmacêutica.

O ofício indicando a suspensão da penicilina chegou ao Ministério da Saúde no ano passado, durante a transição de

governos. No documento, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório estatal ligado ao governo de São Paulo,

pede a rescisão no contrato de R$ 10 milhões – assinado em 2017, para o fornecimento da penicilina benzatina.

De um total de 2,5 milhões de frascos/ampolas encomendados para abastecer a rede pública de saúde, o laboratório

entregou menos que a metade, 1,15 milhão. A justificativa para o pedido de suspensão? Segundo nota do Ministério da Saúde,

“problemas de qualidade do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção do medicamento”.

[…]

Apesar da suspensão no fornecimento, o Ministério garante que a rede pública tem medicamento suficiente para atender

a demanda do país até o segundo semestre de 2020 e que abriu novo pregão para a compra do medicamento. […]

CORDÃO, Margarida. Brasil atravessa crise no fornecimento de penicilina para tratar sífilis. Brasil de Fato, 11 jun. 2019. Disponível em: <www.brasildefato.com.br/2019/06/11/brasil‑tem‑crise‑no‑fornecimento‑de‑penicilina‑que‑trata‑sifilis/>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO III

A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta […] para a falta de progresso na redução da transmissão de doen‑

ças sexualmente transmissíveis (DSTs) e recomendou o uso de camisinha para impedir essa disseminação.

[…]

Segundo a especialista em infecções sexualmente transmissíveis da OMS, Teodora Wi, há a preocupação de que o uso

do preservativo possa estar diminuindo, já que as pessoas perderam o medo de contrair o HIV com o surgimento de trata‑

mentos antivirais mais eficazes.

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas

copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;• fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo‑argumentativo;• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES

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Wi afirmou que as pessoas estão mais complacentes com a proteção e ressaltou que isso é extremamente perigoso num

momento em que relações sexuais se tornaram mais acessíveis com os aplicativos de encontro.

OMS alerta para epidemia de DSTs na era de aplicativos de encontros. DW, 6 jun. 2019. Disponível em: <https://p.dw.com/p/3JzwV>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO IV

PROPOSTA DE REDAÇÃOPor meio da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo‑argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O aumento de casos de DSTs no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 23 a 44

QUESTÃO 23

Meu ancestral Bala Fasekê Kouyaté foi o griô do rei dos

cem reis venciados. Nasci na aldeia dos griôs. Sou griô. Um

griô nasce e morre griô. Um griô precisa ser filho de pai e

mãe griôs. Mas nem todos os meus irmãos serão griôs, assim

como nem todos os príncipes se tornarão reis. É preciso ser

iniciado segundo a tradição. Mas é no dia a dia e a toda hora

que os griôs e as griotes testam minhas habilidades e minha

fidelidade. Conforme me saio bem nos testes, vou conhecen-

do segredos cada vez mais profundos. Ser griô é um ofício e

uma arte. Já se passaram alguns anos desde minha iniciação.

Eu tinha uns seis, sete anos. Hoje sou este velho griô.

LIMA, Heloisa Pires; HERNANDEZ, Leila Leite. Toques do Griô: memórias sobre contadores de histórias africanas.

São Paulo: Melhoramentos, 2014.

A secular cultura africana dos griôs, que resiste até hoje, põe em evidência a importância da

A mitologia africana como complementar à história da Antigui-dade clássica.

B documentação escrita como fonte histórica confi ável e fun-damental para a formação dos griôs.

C democratização do processo de formação de novos griôs nas comunidades africanas.

D história oral como transmissão da cultura, saberes, história e memória de determinado povo.

E técnica griô como inspiração para a análise da fonte oral na corrente positivista.

QUESTÃO 24

No senso (sentido) comum, “sentido” não se diz mais de

uma direção, mas de um órgão. Nós o dizemos comum, por-

que é um órgão, uma função, uma faculdade de identificação,

que relaciona uma diversidade qualquer à forma do Mesmo.

O senso comum identifica, reconhece, não menos quanto o

bom senso prevê. Subjetivamente, o senso comum subsu-

me faculdades diversas da alma ou órgãos diferenciados do

corpo e os refere a uma unidade capaz de dizer Eu: é um só

e mesmo eu que percebe, imagina, lembra-se, sabe etc.; e

que respira, que dorme, que anda, que come… A linguagem

não parece possível fora de um tal sujeito que se exprime ou

se manifesta nela e que diz o que ele faz.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974. p. 80.

Falar em senso comum e bom senso remete a um olhar para o mundo que se baseia na visão comumente aceita e respalda-da na tendência geral em se usar bem a razão. Nesse sentido, o texto anterior considera que o senso comum se baseia na

A crença irrefl etida de que o ser humano é constituído pela linguagem.

B convicção de que o sujeito possui uma unidade que possi-bilita a linguagem.

C defi nição do sentido das coisas, desde que tal coisa seja um órgão.

D doutrina irracionalista, ao funcionar submetido à categoria do Mesmo.

E unifi cação das experiências humanas em torno da categoria de diferença.

QUESTÃO 25

FIGURA 1

EVANS, M. Disponível em: <http://www.evanscartoons.com>. Acesso em: 24 maio 2016 (adaptado).

FIGURA 2

QUINO. Toda Mafalda – da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

O cartum e a tira apontam um mesmo aspecto, muito impor-tante para a Sociologia, que pode ser identificado

A na difi culdade de comunicação entre pessoas de culturas diferentes.

B na opressão das mulheres em um mundo dominado pelo machismo.

C na crença das pessoas de que sua própria visão de mundo é a mais correta.

D na supervalorização da ostentação em concomitância com o fi m da simplicidade.

E nas divergências sobre a adequação de pessoas ou objetos a um padrão de beleza.

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QUESTÃO 26

Ora, o problema com essa ideia de cultura é que ela faz

que a pessoa não só venere sua cultura, mas também a veja

como que divorciada, pois transcendente, do mundo coti‑

diano. Muitos humanistas de profissão são, em virtude disso,

incapazes de estabelecer a conexão entre, de um lado, a

longa e sórdida crueldade de práticas como a escravidão, a

opressão racial e colonialista, o domínio imperial e, de outro,

a poesia, a ficção e a filosofia da sociedade que adota tais

práticas. Uma das difíceis verdades que descobri trabalhando

neste livro é que pouquíssimos, dentre os artistas ingleses ou

franceses que admiro, questionaram a noção de raça “sub‑

missa” ou “inferior”, tão dominante entre funcionários que co‑

locavam essas ideias em prática, como coisa evidente, ao

governarem a Índia ou a Argélia. Eram noções amplamente

aceitas, e ajudaram a propelir a aquisição imperial de territó‑

rios na África ao longo de todo o século XIX. […]

SAID, Edward W. Cultura e imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 14.

A historiografia ocidental clássica, surgida no século XIX, está marcada de visões eurocêntricas sobre o “outro”. Sobre esse aspecto, o fragmento caracteriza

A o eurocentrismo, que, segundo o texto, fundamentou o im‑perialismo europeu sobre povos da África e da Ásia nesse período.

B a submissão dos povos europeus, considerados como infe‑riores, bárbaros e incivilizados pelos povos colonizados.

C o eurocentrismo, que significa a submissão de uma cultura sobre outra na Europa.

D a submissão da Ásia e da África às nações europeias, pois esses continentes eram naturalmente civilizados.

E a relação de trocas culturais espontâneas entre artistas europeus e de outros continentes sobre a noção de raças inferiores e submissas.

QUESTÃO 27

Milhares de estudantes britânicos faltaram às aulas nesta

sexta‑feira para participar de protestos nos quais afirmaram

que os adultos não estão fazendo o suficiente para combater

a crescente ameaça das mudanças climáticas e para exigir

mais ação para proteger seu futuro.

“Vamos voltar para a escola quando vocês esfriarem o

tempo”, dizia cartaz na Praça do Parlamento em Londres, um

dos mais de 60 locais em que ocorreram manifestações no

Reino Unido, informou a “Youth 4 Climate” (jovens pelo clima,

numa tradução livre), que organizou os protestos.

[…]

Iris Adderley, […] de nove anos, diz estar preocupada com a aceleração das extinções na natureza, e com o risco de elevação do nível do mar, o que pode inundar o país.

– Os adultos simplesmente não pensam o bastante nisso – opinou.

GOERING, Laurie. Estudantes britânicos faltam às aulas para protestar pelo clima. O Globo, 16 fev. 2019. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/

sustentabilidade/estudantes‑britanicos‑faltam‑as‑aulas‑para‑protestar‑pelo‑clima‑23458268>. Acesso em: 10 jul. 2019.

A pauta climática tem marcado presença em diversos movi‑mentos da sociedade civil e eventos de organizações mun‑diais de líderes governamentais. No entanto, notícias como a apresentada no texto anterior chamam especial atenção para a causa por conta

A de esse ser um movimento que usa a imagem das crianças apenas para ganhar notoriedade da imprensa internacional e arrecadar fundos, causando indignação.

B do simbolismo apresentado pelo protesto de crianças que se manifestam em nome de um futuro climático que poderá impactá‑las diretamente.

C do tema inédito em protestos populares no Reino Unido, causando espanto da sociedade que se engaja frequente‑mente com os temas ambientais.

D de ter sido organizada diretamente pelas escolas em parceria com o Parlamento de Londres, que autorizou a presença dos jovens manifestantes no ato contrário às mudanças climáticas.

E da pouca expressividade do protesto que não teve o apoio de setores da imprensa nem de políticos britânicos para atrair visibilidade.

QUESTÃO 28

O “lugar”, expressão polissêmica, visto que possui mui‑tos significados, assume para a ciência geográfica o caráter psicológico do afeto.

O lugar envolve pertencimento e identificação. E, exa‑tamente por isso, o lugar não respeita escala. Pode ser um cômodo, a casa, a rua, o bairro, estado ou país. Envolve abarcamento. É fruto de nossos investimentos emocionais, onde deixamos nossas impressões e que nos transforma como indivíduos.

ALVES, Cristiane; NOCZYNSKI, Marcia. Quando o racismo nega o pertencimento. GGN, 29 maio 2019. Disponível em: <https://jornalggn.com.br/artigos/quando‑o‑racismo‑nega‑

o‑pertencimento‑por‑cristiane‑alves‑e‑marcia‑noczynski/>. Acesso em: 27 jun. 2019.

A definição do conceito de “lugar” na Geografia é construída com base em um caráter

A grupal de construção de uma identidade em regiões desco‑nhecidas.

B subjetivo de vínculo com uma determinada área.

C pessoal de ligação do indivíduo ao seu lugar de nascimento.

D nacional de envolvimento com as áreas de origem.

E emocional de locais que uma pessoa passou rapidamente ao longo da vida.

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QUESTÃO 29

Nesse ponto, é grande o valor do materialismo histórico de

Marx, embora seja natural que cientistas sociais de orientação

histórica possam se achar menos necessitados da insistência

de Marx sobre a importância dos elementos econômicos e

sociais na história que os historiadores do início do século

XX; e, por outro lado, possam se achar mais estimulados

por aspectos da teoria de Marx que não produziram grande

impacto em historiadores das primeiras gerações pós‑Marx.

HOBSBAWM, Eric John. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 169.

O filósofo alemão Karl Marx (1818‑1883) definiu que o mate‑rialismo histórico é

A uma ferramenta de medição das condições econômicas de uma sociedade que tem como base de pesquisa o lucro das empresas.

B o método que visa compreender as contradições da reali‑dade material a partir das condições sociais e econômicas de uma sociedade.

C uma metodologia de pesquisa criada pela História Cultural para entender a propriedade intelectual de uma sociedade.

D o método de observação da propriedade dos meios de pro‑dução e da mais‑valia em uma sociedade capitalista.

E um indicativo econômico da produção industrial que expõe as contradições sociais de uma sociedade capitalista.

QUESTÃO 30

Para o racionalismo, a razão, tomada em si mesma e sem

apoio da experiência sensível, é o fundamento e a fonte do

conhecimento verdadeiro [...] Para o empirismo, o fundamento

e a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência

sensível, responsável pela existência das ideias na razão e

controlando o trabalho da própria razão, pois o valor e o sen‑

tido da atividade racional dependem do que é determinado

pela experiência sensível.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2010, p. 169‑169 (fragmento).

O texto trata sobre um importante aspecto da cultura: o co‑nhecimento. Com base no que é mencionado, é possível perceber que

A a filosofia, no decorrer da história, posicionou‑se de modo seguro nesse aspecto, sem grandes divergências.

B os principais autores da filosofia estavam convencidos de que o conhecimento se originava das nossas experiências.

C as correntes filosóficas discordavam entre si, impossibilitan‑do, dessa maneira, um avanço do debate sobre o conheci‑mento.

D o debate entre racionalistas e empiristas mostrou a impossibilidade de se alcançar o conhecimento verdadeiro.

E racionalistas e empiristas não concordavam quanto à origem do conhecimento, já que atribuíam papéis diferentes à razão.

QUESTÃO 31

Quando a sociedade age sobre o espaço, ela não o faz sobre

os objetos como realidade física, mas como realidade social,

formas‑conteúdo, isto é, objetos sociais já valorizados aos quais

ela (a sociedade) busca oferecer ou impor um novo valor. A ação

ocorre sobre objetos já agidos, isto é, portadores de ações con‑

cluídas mas ainda presentes. Esses objetos da ação são, desse

modo, dotados de uma presença humana e por ela qualificados.SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção.

São Paulo: EdUSP, 2008. p. 109.

Uma das características que definem o espaço geográfico é

A o aspecto das construções que mantêm as mesmas signi‑ficações.

B a abrangência territorial das edificações construídas em uma área.

C a falta de transformação aparente em objetos construídos pelo ser humano.

D a relação entre sociedade e natureza que permeia a sua formação.

E a realização de mudanças que levam à configuração natural do espaço.

QUESTÃO 32

A necessidade de uma história mais abrangente e totalizante

nascia do fato de que o homem se sentia como um ser cuja

complexidade em sua maneira de sentir, pensar e agir não podia

reduzir‑se a um pálido reflexo de jogos de poder, ou de maneiras

de sentir, pensar e agir dos poderosos do momento. Fazer uma

outra história, na expressão usada por Febvre, era portanto me‑

nos redescobrir o homem do que, enfim, descobri‑lo na plenitude

de suas virtualidades, que se inscreviam concretamente em

suas realizações históricas. Abre‑se, em consequência, o leque

de possibilidades do fazer historiográfico, da mesma maneira

que se impõe a esse fazer a necessidade de ir buscar junto a

outras ciências do homem os conceitos e os instrumentos que

permitiriam ao historiador ampliar sua visão do homem.BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da historiografia. Tradução Nilo Odalia. São Paulo: Editora da Unesp, 1997. p. 7.

O texto trata de uma renovação importante no campo his‑toriográfico, na primeira metade do século XX, permitindo a ampliação da análise histórica para além de grandes eventos e dos monarcas. Essa mudança fundamenta‑se no advento da

A Escola Frankfurt, que se apoiava no positivismo para uma análise científica da história.

B Escola marxista, fundamentada no materialismo histórico, portanto uma análise econômica da história.

C Escola da História Cultural, que faz uma análise marxista dos aspectos culturais da sociedade.

D Escola New Left Review, que propõe uma análise política fundamentada no marxismo.

E Escola dos Annales, expandindo a análise para as pessoas comuns e novas possibilidades de fontes históricas.

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QUESTÃO 33

O pacto representará um incremento do PIB brasileiro de

87,5 bilhões de dólares a 125 bilhões em 15 anos, segundo

o Ministério da Economia

Após vinte anos de negociação, o Mercosul (Argentina,

Brasil, Uruguai e Paraguai) e a União Europeia selaram, nesta

sexta‑feira, um acordo de livre comércio entre os dois blocos.

A informação é dos ministérios da Economia e das Relações

Exteriores. O pacto é um marco histórico no relacionamento

entre os dois blocos, que representam, juntos, cerca de 25%

do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas.

Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória,

como serviços, compras governamentais, facilitação de co‑

mércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias

e propriedade intelectual.

O texto deve obter ainda a autorização dos Estados mem‑

bros e do Parlamento europeu, que podem exigir mudanças,

informam os repórteres Lluís Pellicer e Álvaro Sánchez.

MENDONÇA, Heloísa. Mercosul e União Europeia selam esperado acordo após 20 anos de negociações. El País, 28 jun. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/

brasil/2019/06/28/economia/1561741745_016799.html>. Acesso em: 10 jul. 2019.

O acordo mencionado no texto foi bastante comemorado pe‑las autoridades dos países envolvidos. As perspectivas em torno desse pacto envolvem

A um importante passo para a integração comercial e po‑pulacional entre os países do bloco europeu e os países membros do Mercosul, visto que tais características estão previstas no acordo.

B um acordo unilateral que favorecerá apenas a economia europeia, que terá vantagens nas taxas alfandegárias ao colocar seus produtos industrializados e mais tecnológicos no mercado sul‑americano.

C um acordo comercial que prevê vantagens comerciais para diversos setores econômicos dos países‑membros dos dois blocos; todavia, para o Brasil há a perspectiva de crescimen‑to das exportações, sobretudo do agronegócio.

D a expectativa de bilhões de dólares sendo incrementados ao PIB brasileiro, sendo uma visão otimista do acordo, que apenas teve suas negociações iniciadas.

E mudanças realizadas pelos membros do Parlamento europeu referentes ao texto do acordo; contudo, não há nenhum tipo de resistência ou movimento contrário ao que foi selado entre as partes.

QUESTÃO 34

Nem mesmo um trágico incêndio foi capaz de des‑

truir a mulher mais antiga do Brasil e das Américas, que

já atravessou mais de 12 000 anos da História. O crânio

de Luzia […] sobreviveu ao fogo que destruiu o Museu

Nacional no dia 2 de setembro [2018] e foi resgatada há

alguns dias pela equipe de especialistas da instituição. O

anúncio foi feito nesta sexta‑feira pela arqueóloga Claudia

Rodrigues‑Carvalho, funcionária do museu e quem super‑

visiona os trabalhos de buscas no antigo palácio imperial,

localizado no parque municipal Quinta da Boa Vista, no

Rio de Janeiro.

BETIM, Felipe. Como Luzia, a mulher mais antiga do Brasil, renasceu das cinzas. El País, 19 out. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/

brasil/2018/10/19/politica/1539971293_821373.html>. Acesso em: 1º jul. 2019.

O fóssil Luzia foi encontrado na década de 1970, em Lagoa Santa, Minas Gerais. Ele havia se perdido no grande incêndio que atingiu o Museu Nacional, em 2018, mas foi resgatado por pesquisadores nos escombros do prédio. A recuperação de Luzia é muito importante para as mais diversas áreas do conhecimento e, especialmente, para a história da formação dos povos originários brasileiros, porque é o mais

A antigo das Américas, e os estudos sobre ele podem indicar como eram os primeiros humanos do território brasileiro.

B antigo do mundo, e a sua análise confirma que a origem do ser humano aconteceu no continente africano.

C antigo do mundo, confirmando que os seres humanos se originaram na América do Sul.

D novo das Américas, indicando que a ocupação do território brasileiro é recente, datando de cerca de 500 anos atrás.

E antigo das Américas, e a sua análise pode indicar como se deu a origem dos hominídeos.

QUESTÃO 35

A FALHA DE SAN ANDREAS

Era o nosso aniversário e, desta vez, eu me lembrava

Tudo estava preparado,

Caviar, champanhe e bolo

Eu tive que ir te buscar no meu Chevy 86

Quando, em um lado da estrada,

Algo estranho vislumbrei:

A terra tremeu e as pessoas oraram

Eu disse a um homem, "O que está acontecendo, senhor?"

Ele mencionou algo sobre escala Richter

E a terra se abriu, as pessoas caindo…

JOHANSEN, Kevin. La falla de San Andrés. Intérprete: Kevin Johansen. In: City Zen. Nova York: Columbia, 2004. 1 CD. Faixa 9 (3min44s). Tradução da Equipe FTD.

O "homem", citado na canção, tentou explicar ao eu lírico que

A um maremoto havia atingido a costa.

B o tremor de terra era normal naquele lugar.

C a intensa erosão abriu uma cratera no solo.

D uma chuva forte atingiria o lugar em instantes.

E estava acontecendo um terremoto.

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QUESTÃO 36

Os estudos que monitoram as rachaduras do bairro do Pinheiro, em Maceió, passaram a contar a partir desta ter‑ça‑feira (23) com um GPS de alta precisão que vai avaliar possíveis fenômenos que ocorrem no solo do bairro.

O equipamento consegue, segundo a equipe técnica que trabalha na área, acompanhar em tempo real qualquer movi‑mentação ou alteração no solo.

“Nós estamos usando um equipamento diferente do GPS comum, que a precisão é métrica, esse é milimétrico. Ele vai mostrar dados tridimensionais que mostrarão se houve movi‑mento ou não no solo. Durante uma hora ele vai gerar dados a taxa de 5 segundos, que será transformado em uma planilha e entregue às autoridades do município”, relata o técnico em Agrimensura, Anderson Schwab.GPS de alta precisão passa a monitorar o solo do Pinheiro, em Maceió. G1, 23 abr. 2019. Disponível em: <https://g1.globo.com/google/amp/al/alagoas/noticia/2019/04/23/gps‑de‑

alta‑precisao‑passa‑a‑monitorar‑o‑solo‑do‑pinheiro‑em‑maceio.ghtml>. Acesso em: 27 jun. 2019.

A melhoria na tecnologia dos equipamentos de GPS possibi‑lita um uso mais preciso dessa ferramenta, o que traz

A previsões de movimentos do solo antes que eles ocorram.

B entendimentos de processos regionais que afetam o solo do bairro.

C resultados mais detalhados em atividades de monitoramento.

D análises mais amplas valendo‑se do uso dos dois tipos de dispositivos em conjunto.

E conhecimentos de modificações do solo de diferentes perí‑odos geológicos.

QUESTÃO 37

A escrita causou uma revolução tão significativa nas co‑municações que os historiadores estabeleceram o encerra‑mento da Pré‑História e o nascimento da História no período em que o homem começou a escrever.

O desenvolvimento dos métodos de agricultura e do co‑mércio e as distâncias entre as cidades entre as quais se estabeleciam relações de troca são tidos como os respon‑sáveis pelos primeiros registros escritos, ante a necessidade de controle administrativo, de registros contábeis e de se saber com exatidão onde se situavam os distantes pontos de abastecimento e quais as rotas a seguir para os alcançar.

GOMES, E. C. A escrita na História da humanidade. Disponível em: <http://dialogica.ufam.edu.br>. Acesso em: 9 jun. 2015.

O surgimento da escrita está associado à evolução da agricultura na Pré‑História. O intenso processo de desenvolvimento de téc‑nicas de cultivo agrícola, nesse período, ficou conhecido como

A Revolução Urbana.

B Revolução Neolítica.

C Revolução Mesolítica.

D Revolução da Idade dos Metais.

E Revolução do Paleolítico Superior.

QUESTÃO 38

Com 400 pessoas em cena, 100 músicos e muita tecno‑

logia, a cerimônia de abertura da Copa América vai mostrar

o sonho de 12 crianças, cada uma representando um dos

países que participarão da competição. Segundo os organiza‑

dores da Copa, a história das crianças será contada em duas

partes: a primeira, no início, e a segunda, no encerramento

da cerimônia, que terá início às 21h10 de sexta‑feira (14)

[06/2019], no estádio do Morumbi, em São Paulo.

[…]

O Brasil está no Grupo A e enfrentará as seleções da

Bolívia, Venezuela e Peru. O Grupo B é formado pelas equipes

da Argentina, da Colômbia, do Paraguai e do Catar. Fazem

parte do Grupo C o Uruguai, o Equador, o Chile e o Japão.CRUZ, Elaine Patricia. Abertura da Copa América terá 10 minutos de duração e muita

tecnologia. Agência Brasil, 12 jun. 2019. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/ geral/noticia/2019‑06/abertura‑da‑copa‑america‑tera‑10‑minutos‑de‑duracao‑

e‑muita‑tecnologia>. Acesso em: 27 jun. 2019.

Considerando que o horário de início da cerimônia de abertura teve como referência o horário de Brasília, as pessoas que vi‑vem nos países participantes da Copa América, Japão e Catar,

A assistiram ao evento na tarde do mesmo dia em seus res‑pectivos países.

B viram o evento ao mesmo tempo, tendo em vista que não há diferença de fuso horário entre esses dois países.

C transmitiram o evento durante a madrugada.

D tiveram um horário de transmissão de três horas à frente em relação ao Brasil.

E tiveram a transmissão do evento ao vivo quando já era dia 15 de junho em seus territórios.

QUESTÃO 39

Dos três tipos de estruturas geológicas existentes no glo‑bo terrestre, o território nacional possui duas: os escudos ou maciços antigos e as bacias sedimentares. Em nosso territó‑rio não existem dobramentos modernos (recentes). Existem antigos escudos, muito desgastados pelos agentes erosivos (água, vento, variações climáticas, glaciações), e as bacias sedimentares. Desse modo podemos dizer que o território brasileiro, do ponto de vista geológico, é bastante antigo.

SANTOS, Clézio dos. A representação gráfica do relevo no Ensino Médio de Geografia. In: SANTOS, Clézio dos (Org.). Cartografia geográfica e representação gráfica.

Nova Iguaçu: Agbook, 2015. p. 117.

A ausência de dobramentos modernos no território brasileiro configura como um aspecto do relevo nacional a

A falta de áreas mais elevadas no país ao longo da história.

B inexistência da formação de grandes cordilheiras.

C intensa atividade sísmica que acomete o país.

D pequena modificação pela qual tal relevo foi submetido.

E pequena formação de sedimentos provenientes da dinâmica terrestre.

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QUESTÃO 40

Das leis relativas à natureza do estado despótico

Resulta da natureza do poder despótico que o único homem que o exerce faça‑o da mesma forma ser exercido por um

só. Um homem para o qual seus cinco sentidos dizem incessantemente que ele é tudo e que os outros não são nada é natu‑

ralmente preguiçoso, ignorante, voluptuoso. Logo, ele abandona os negócios. Mas, se os confiasse a vários outros, haveria

brigas entre eles; haveria intrigas para ser o primeiro escravo; o príncipe seria obrigado a voltar para a administração. É mais

simples então que ele a deixe para um vizir, que teria, inicialmente, o mesmo poder que o príncipe. O estabelecimento de um

vizir é, neste Estado, uma lei fundamental.

MONTESQUIEU, Charles. O espírito das leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 28.

Apesar de Auguste Comte (1798‑1857) ser reconhecido como inaugurador do Positivismo e da Sociologia, Charles Montes‑quieu (1689‑1755) figura como um pensador que fez contribuições importantes para o avanço dos estudos sociológicos, que é perceptível

A na crítica ao poder despótico como forma de poder desprovido de legitimidade.

B pela recorrência de temáticas sociológicas como a administração monárquica.

C na maneira como ele buscava compreender rigorosamente a esfera do social.

D pelo interesse que o autor possui em influenciar os rumos das leis do Estado.

E no uso de diversos exemplos e referências acerca de situações socioculturais.

QUESTÃO 41

Fonte: Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phoenicia_map‑pt.svg>. Acesso em: 1o jul. 2019.

O mapa demonstra a posição privilegiada da Fenícia, que possibilitou

A a hegemonia no comércio terrestre.

B o comércio com os reinos ibéricos.

C a hegemonia no comércio marítimo.

D o fortalecimento da agricultura.

E a formação de um império centralizado.

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QUESTÃO 42

Um forte terremoto de magnitude oito sacudiu […] a região

peruana de Loreto, no norte do país. Uma pessoa morreu e

há ao menos 26 feridos, 15 deles no Equador.

[…]

O epicentro do terremoto, cuja magnitude foi oito, segundo o

Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), foi a 70 quilôme‑

tros a sudeste de Lagunas, no norte do país, a uma profundidade

de 141 quilômetros. Aconteceu às 2h41 (4h41 em Brasília).AFP. Terremoto no Peru deixa ao menos um morto e 26 feridos. Folha de S.Paulo, 27

maio 2019. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/05/terremoto‑no‑peru‑deixa‑ao‑menos‑um‑morto‑e‑26‑feridos.shtml>. Acesso em: 27 jun. 2019.

O epicentro de um abalo sísmico é uma característica impor‑tante, definida pela(o)

A profundidade da crosta terrestre a partir da qual um terremoto se propaga.

B impacto causado pelo terremoto nas edificações de uma localidade.

C ponto da superfície terrestre que está sobre o foco de um terremoto.

D área onde os efeitos de um terremoto provocaram maiores danos.

E força atingida pelo terremoto no local onde ele alcançou maior intensidade.

QUESTÃO 43

Um terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter sacu‑

diu o Chile em 27 de fevereiro do ano passado. Um ano e

quatro meses depois, o vulcão Puyehue, com 2 240 m de

altura, localizado na Cordilheira dos Andes, entrou em erup‑

ção. Como resultado, o sul da Argentina ficou dias isolado,

diversos aeroportos foram fechados e centenas de voos foram

cancelados. Depois de uma breve melhora, ontem, as cinzas

do Puyehue voltaram a provocar o caos no tráfego aéreo no

Cone Sul, incluindo voos de companhias brasileiras. O último

grande fenômeno chileno do tipo havia sido registrado 51

anos antes, na cidade de Valdivia, logo após o tremor de um

terremoto de 9,5 graus, que deixou saldo de 5,7 mil mortos.ANDRADE, Cristiana. Vulcões e terremotos são formados após uma explosão de energia.

Correio Braziliense, 14 jun. 2011. Disponível em: <www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia‑e‑saude/2011/06/14/interna_ciencia_saude,256790/amp.html>.

Acesso em: 28 jun. 2019.

Vários dos eventos próprios do vulcanismo e dos abalos sísmi‑cos mostram que eles possuem como característica comum a

A ausência de consequências benéficas para a sociedade.

B ascensão de material proveniente das camadas inferiores da Terra.

C configuração de diversos prejuízos nas áreas onde eles ocorrem.

D escala no intervalo de tempo entre os episódios de cada um dos fenômenos.

E ocorrência em áreas de limites de placas tectônicas.

QUESTÃO 44

Os povos mesopotâmicos destacaram‑se na Ciência, Ar‑

quitetura e Literatura. Observando o céu, os sacerdotes de‑

senvolveram os princípios da Astronomia e da Astrologia. Os

zigurates, além de moradas dos deuses e de abrigar celeiros

e oficinas, eram também verdadeiras torres de observação

dos céus. Possibilitaram cálculos do movimento de planetas

e estrelas e a posterior elaboração de sofisticados calendá‑

rios. Foram os mesopotâmios que elaboraram o calendário

dividindo o ano em doze meses e a semana em sete dias,

cada um dos quais divididos em dois períodos de doze horas.

VICENTINO, Claudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Scipione, 2011.

De acordo com o texto acima, qual era a relação entre religião e ciência para os povos mesopotâmicos?

A Na antiga Mesopotâmia, o estado era laico e, portanto, a re‑ligião não tinha qualquer correlação com o desenvolvimento científico.

B Não havia uma divisão clara, uma vez que os centros reli‑giosos eram também utilizados como locais de observação científica e de produção artesanal.

C Religião e ciência eram dissociadas na medida em que a produção científica contradizia os preceitos religiosos do período.

D Na Suméria, os templos e zigurates foram construídos devido à riqueza que os astrônomos administravam e à custa do trabalho dos sacerdotes.

E Os povos mesopotâmicos dividiram os dias em dois períodos de doze horas para separar o tempo para trabalho e o tempo para religiosidade.

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