simulado · 2014-11-03 · pelo livro jurídico doutrinário mais vendido do brasil, direito...

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MARCELO HUGO DA ROCHA inclui GABARITO JUSTIFICADO + DICAS DE COACHING SIMULADO PASSE NA OAB 2017

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MARCELO HUGO DA ROCHA

incluiGABARITOJUSTIFICADO

+DICAS DE COACHING

SIMULADOPASSE NA OAB

2017

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Uma “preparação adequada”, expressão que utilizo para diferenciar de qualquer outro tipo de pre-paração, somente é possível com resolução de questões. A ciência não deixa dúvidas quando avalia os dez métodos mais populares para aprender: a resolução de questões, junto com os estudos antecipados, tem utilidade alta. Os demais métodos são classificados em utilidade baixa e média.

Assim, os simulados servem muito bem para contemplar esse método. Para o Exame da OAB não é diferente, ao contrário, é a melhor prova viva de que estudar por questões anteriores ou que simulem a mesma abordagem é o caminho certo para alcançar a aprovação. Diante desses fatos, buscamos organizar este simulado para que você possa exercitar da melhor forma possível o modo de ser cobra-do o conteúdo presente no Exame da OAB.

Para entregar este material a você, pesquisamos o suficiente para oferecer questões que se aproximas-sem o máximo ao estilo não só da banca da FGV, como também ao conteúdo que vem sendo cobrado nos últimos dez Exames de Ordem. As questões estão identificadas com a banca e o ano em que foram publi-cadas. Exceto as disciplinas de Ética e Filosofia do Direito, que trouxemos dos simulados e de questões da obra Passe na OAB 1ª Fase FGV 5.251 Questões Comentadas (8ª edição, 2016, Editora Saraiva), todas as outras foram retiradas de concursos públicos e adaptadas para o nosso simulado.

Importa destacar que tivemos o cuidado de selecionar questões com “casos” ou situações hipoté-ticas, hoje a grande maioria do que se apresenta na prova da OAB. O grau de dificuldade também foi observado conforme vem sendo monitorado desde 2005, quando assumimos a tarefa de auxiliar os futuros advogados do país, como será o seu caso, com certeza! Todo o gabarito foi justificado para reafirmar a importância deste trabalho.

Por fim, para deixar este e-book mais completo, trouxemos dicas de coaching, além de indicações bibliográficas e da mais nova plataforma de preparação, Saraiva Aprova. Qualquer dúvida, faça con-tato e ótimo simulado! Mas não esqueça: compartilhe este material, disponibilizado gratuitamente, com seus colegas, amigos e familiares, porque, diferente dos concursos públicos, o Exame de Ordem não tem concorrência. A sua vaga está garantida!

Professor Marcelo Hugo da Rocha

Mestre em Direito (PUCRS). Professor no Centro Universitário CNEC – UNICNEC. Coordenador, autor e coautor de mais de 50 obras publicadas pela Editora Saraiva. Leader coach (IBC). Editor do blog

Passe na OAB. Advogado.

[email protected]

facebook.com/marcelohugodarocha

www.passenaoab.com.br

Instagram: @profmarcelohugo

Twitter: @blogpassenaoab

Youtube: https://www.youtube.com/PasseNaOAB

Nota do Organizador

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Indicações Bibliográficas

Todo guerreiro que se preze a entrar num combate precisa de armas. Mas nenhum deles irá se aventurar com armas frágeis ou inadequadas. Para enfrentar exames e concursos, a situação é a mes-ma. Assim, busque compor o seu arsenal com livros atualizados e especializados, que tenham referên-cia, principalmente.

Observando esses quesitos, a Editora Saraiva apresenta ótimas opções para lutar com o que de melhor possa se oferecer. Primeiramente, para nós, cientistas das Ciências Jurídicas e Sociais, um óti-mo escudo para a ignorância: um VADE MECUM. E o melhor, não por ser o mais vendido no país, é aquele que traz a tradição de uma editora centenária. Indicamos um especializado para nossa aven-tura: Vade Mecum Saraiva OAB e Concursos. Ele é o único que é atualizado três vezes por ano, um para cada edital do Exame de Ordem.

Outra arma que não se deve ignorar: um livro de questões comentadas. Indicamos o livro com maior número de questões comentadas para OAB e atualizado com as edições mais recentes do Exame de Ordem. Sua importância é facilitar a resolução de questões, um dos dois melhores métodos de es-tudos comprovados pela ciência! Assim, tenha em mãos: Passe na OAB FGV 1ª Fase 5.251 Questões Comentadas (8ª edição, Editora Saraiva, 2016).

Por fim, uma poderosa arma e que será fatal para o inimigo: um livro de teoria unificada. Indica-mos o título pioneiro que trouxe pela primeira vez ao mercado a teoria unificada, reunindo questões comentadas: Completaço Passe na OAB 1ª Fase (2ª edição, Editora Saraiva, 2016, nova edição está chegando!). Também a última novidade da coleção Esquematizado® do professor Pedro Lenza: OAB Primeira Fase Volume Único Esquematizado® (1ª edição, Editora Saraiva, 2017) e que você pode ganhar na plataforma Saraiva Aprova.

Com esse arsenal, não vai ter inimigo que resista!

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Tenho mais de dez anos de tempo dedicado ao Exame de Ordem. Já fui proprietário de curso preparatório presencial, coordenador e professor de outros. Assisti ao nascimento, sucesso e fra-casso de muitos. Analisei o mercado como poucos, o que reflete na consulta de empresários e professores que pretendem ingressar no “Mundo OAB”, bem como de milhares de alunos que buscam uma sugestão de preparatório. O que desejo agora é indicar uma novíssima e moderna plataforma educacional, que traz, por outro lado, toda a tradição centenária de produção de livros jurídicos, a Editora Saraiva.

Essa plataforma é o Saraiva Aprova: www.saraivaaprova.com.br

Conheço muito bem o projeto desde o seu nascedouro (Editora Saraiva) e tive a felicidade de in-dicar sugestões para oferecer a você a melhor experiência de tudo o que já foi comercializado desde 1997, quando o Exame de Ordem se tornou obrigatório (fiz a primeira prova obrigatória com êxito!) e surgiram os cursos preparatórios. Tenho certeza de que esta plataforma quebra paradigmas que não funcionam mais desde o surgimento do ensino a distância – EAD.

Cursinhos em EAD têm aos montes! Basta uma câmera, um microfone, um quadro, e pronto! Cursos preparatórios dignos de possível indicação são muito poucos. Plataforma de ensino, apenas uma é de indicação segura. Uma plataforma que oferece preparação ADEQUADA, portanto, que observa as particularidades de cada aluno a partir de algoritmos de resultados tecnológicos alta-mente avançados e cruzados com o diagnóstico inicial de cada disciplina avaliada por você! O Saraiva Aprova não é só isso, mas bastaria essa escolha para ser aprovado numa única oportuni-dade ou na última tentativa.

Todo curso preparatório que se preze informa que oferecerá material complementar para estudos. E se há uma opção cujo material didático é produzido pela Editora Saraiva? Você pode imaginar que tipo de material será? Veja você mesmo na próxima página!

Indicação de Plataforma de Estudos

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Portanto, não é “mais” um material qualquer, mas “o” material, como se fosse um livro produzido na linha de montagem da maior editora jurídica do país! Isso está incluído no seu curso, sem pagar mais por ele. Não está satisfeito ainda? Que tal ainda receber o livro OAB Esquematizado® dentro dos valores da plataforma e ainda levar o Vade Mecum OAB e Concursos 2017 com um superdesconto?

E os professores? A contar pelo frontman desta plataforma, o professor Pedro Lenza, responsável pelo livro jurídico doutrinário mais vendido do Brasil, Direito Constitucional Esquematizado®, e um dos mais queridos e admirados, o resto da equipe, selecionada a dedo, torna a seleção docente uma das mais respeitadas que se poderia ter! Todos são, no mínimo, mestres e, grande parte, doutores em Direito e com longa bibliografia publicada, além de serem professores experientes em faculdades, pós e preparatórios. Confere lá os nomes: www.saraivaaprova.com.br e tenha uma ÓTIMA preparação!

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Você já deve ter se perguntado: “por onde irei começar os meus estudos?”. E eu lhe respondo com toda a minha experiência de mais de dez anos envolvido com o “Mundo OAB”: pelas questões! Não há outro lugar que se possa começar e por uma única razão: conhecimento. Não só como uma autoanálise, como também para conhecer o inimigo que você irá enfrentar.

Voltamos à importância do simulado e da resolução de ques-tões em geral. Quando resolvemos questões, avaliamos nossas condições. É um legítimo RAIO-X. Ele irá nos trazer um diagnós-tico essencial dos nossos pontos fracos e pontos fortes do con-teúdo que será cobrado.

Talvez você já soubesse disso, mas não sabe o que fazer com os resultados. Pois bem, invista os seus estudos – primeiro – nas suas fraquezas, para depois garantir suas virtudes.

Não adianta eu ignorar o que não sei ou detesto, pois mesmo nas disciplinas que tenho afinidade, provavelmente, enfrentarei dificuldades acima da média, em razão de o Exame de Ordem ser uma prova inacessível para a maioria. Assim, a preparação precisa ser equilibrada, ou melhor, ADEQUADA às necessidades particulares de cada examinando. Também preci-sa ser ADEQUADA ao tempo que você dispõe para estudar. Assim, por exemplo, se os testes mostraram que tenho dificuldades com empresarial, não é por acaso a disciplina que tem o menor percentual de acertos entre as 17, por certo a carga horária deverá ter uma atenção maior a ela para alcançar – pelo menos – dois a três acertos das cinco questões cobradas. Por outro lado, resolver questões também revela os temas dentro das disciplinas mais cobrados pela banca.

Como se sabe, o edital da OAB não entrega o conteúdo programático da 1ª fase, ao contrário da 2ª fase e dos concursos públicos. Portanto, mais um motivo forte para descobrir o que realmente cai no Exame de Ordem. Se você avaliar empresarial, descobrirá que cada uma das questões segue um padrão. Uma cobra títulos de crédito; uma ou duas, direito societário; outra, direito falimentar e re-cuperacional; possivelmente, a última será sobre contratos mercantis ou propriedade industrial. Todas as outras disciplinas revelam tendências como tal. Destaca-se esta dica pela fundamental razão de otimizar os estudos, ou seja, estudar menos para acertar mais.

Ou você gostaria de ler todos os artigos do Código Civil (que são mais de 2 mil!) para acertar entre sete a dez questões (entre Direito Civil e Empresarial)? Com certeza não! Para evitar esse desperdício de tempo e aprendizado, resolver questões é uma forma segura de indicar os temas que vêm sendo cobra-dos pela banca. Essa “fórmula” ou “norte” é o que os cursinhos tentam buscar junto ao seu público ao ministrar apenas o essencial. Mais dicas sobre resolução de questões (pois não basta sair a esmo resol-vendo tudo o que aparecer), preparação e motivação em nosso blog Passe na OAB (www.passenaoab.com.br) ou no módulo de coaching da plataforma Saraiva Aprova (www.saraivaaprova.com.br).

Bons estudos!

Dicas de Coaching

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Divisão da Prova por Disciplinas e Questões

Se você nunca fez uma prova da OAB, nem mesmo para testar, saiba que a prova não é dividida por disciplinas e o edital não informa o número de questões em cada uma das 17 cobradas. Assim, esta é a sequência e o número de questões por disciplina para você não se perder:

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Simulado

1. (Livro 5.251 Questões/2016) A respeito dos direitos do advogado, indique a única

alternativa que não está de acordo com o Estatu-to da Advocacia e da OAB.

(A) ter vista dos processos judiciais ou administra-tivos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos pra-zos legais;

(B) reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;

(C) comunicar-se com seus clientes, pessoal e reser-vadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;

(D) ingressar livremente nas salas de sessões dos tri-bunais, até os cancelos que separam a parte re-servada aos magistrados.

2. (Livro 5.251 Questões /2016) Marcelo foi se inscrever como advogado junto ao

Conselho Seccional, atendendo os requisitos do art. 8º do EOAB: capacidade civil; diploma ou cer-tidão de graduação em direito obtido em institui-ção de ensino oficialmente autorizada e creden-ciada; título de eleitor e quitação do serviço mili-tar, se brasileiro; aprovação em Exame de Ordem; não exercer atividade incompatível com a advo-cacia; e prestar compromisso perante o conselho. No entanto, não foi aceita sua inscrição por um dos motivos que a lei trata. Dentre as alternativas abaixo, qual seria?

(A) Idoneidade moral.(B) Sem condenação em processo cível.(C) Não ter o nome em cadastro restritivo de cré-

dito.(D) Brasileiro nato.

3. (Livro 5.251 Questões/2016) A respeito do advogado empregado, assinale a alter-

nativa correta de acordo com o EOAB.

(A) A relação de emprego, na qualidade de advoga-do, não retira a isenção técnica, mas reduz a in-dependência profissional inerente à advocacia.

(B) As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.

(C) As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adi-cional de vinte por cento.

(D) Nas causas em que for parte o empregador ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência não são devidos aos advogados empregados.

4. (Livro 5.251 Questões/2016) Sobre hono-rários advocatícios, de acordo com o

EOAB, assinale a alternativa incorreta.(A) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de

honorários de advogado.(B) Prescreve em três anos a ação de prestação de

contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele.

(C) É nula qualquer disposição, cláusula, regula-mento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência.

(D) Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos dire-tamente, por dedução da quantia a ser recebi-da pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.

5. (FGV/2012) Luigi, advogado na área em-presarial, após concluir o mestrado em

renomada instituição de ensino superior, é convi-dado para integrar a equipe de assessoria jurídica da empresa XYZ S/A. No dia da entrevista final, é inquirido pelo Gerente Jurídico da empresa, ba-charel em Direito, sem inscrição na OAB, apesar de o mesmo ter logrado êxito no Exame de Or-dem. Observado tal relato, consoante as normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.

(A) O bacharel em Direito pode exercer as funções de Gerência Jurídica mesmo que não tenha os requi-sitos para ingresso na Ordem dos Advogados.

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(B) O bacharel em Direito, caso preencha os requisi-tos legais, inclusive aprovação em Exame de Or-dem, pode exercer funções de Gerente Jurídico antes da inscrição na Ordem dos Advogados.

(C) A função de Gerente Jurídico é privativa de ad-vogados com regular inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados.

(D) A função de Gerente Jurídico, como é de con-fiança da empresa, pode ser exercida por quem não tem formação na área.

6. (FGV/2013) Saulo é um jovem advogado que inicia sua carreira em seu estado na-

tal, Rio Grande do Sul, angariando clientes em decorrência das suas raras habilidades de nego-ciador. Com o curso do tempo, sua fama de bom profissional se espraia e, em razão disso, surgem convites para atuar em outros estados da federa-ção. Ao contatar um cliente em Santa Catarina, é surpreendido pelas autoridades de SC, com de-terminação restritiva ao seu exercício profissio-nal, por não ser advogado do local. A partir do exposto, nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta.

(A) O advogado deve restringir o exercício profis-sional ao local em que obteve sua inscrição.

(B) O advogado deve solicitar autorização a cada processo em que atuar fora do local de inscrição.

(C) O advogado deve realizar Exame de Ordem em cada estado em que for atuar.

(D) O advogado pode exercer sua profissão em todo o território nacional.

7. (FGV/2015) Aldo foi aprovado em concur-so público e tomou posse como Procura-

dor do Município em que reside. Como não pre-tendia mais exercer a advocacia privada, mas apenas atuar como Procurador do Município, pe-diu o cancelamento de sua inscrição na OAB. A partir da hipótese apresentada, assinale a afir-mativa correta.

A) Aldo não agiu corretamente, pois os advogados públicos estão obrigados à inscrição na OAB para o exercício de suas atividades.

(B) Aldo não agiu corretamente, pois deveria ter re-querido apenas o licenciamento do exercício da advocacia e não o cancelamento de sua inscrição.

(C) Aldo poderia ter pedido o licenciamento do exercício da advocacia, mas nada o impede de pedir o cancelamento de sua inscrição, caso não deseje mais exercer a advocacia privada.

(D) Aldo agiu corretamente, pois, uma vez que os advogados públicos não podem exercer a advo-

cacia privada, estão obrigados a requerer o can-celamento de suas inscrições.

8. (FGV/2016) Jorge integrou a chapa de candidatos ao Conselho Seccional que ob-

teve a maioria dos votos válidos e tomou posse em 1º de janeiro do ano seguinte ao de sua elei-ção. Um ano após o início do mandato, Jorge pas-sou a ocupar um cargo de direção no Conselho de Administração de uma empresa, controlada pela Administração Pública, sediada em outro estado da Federação. Nesse caso, de acordo com o Esta-tuto da OAB, assinale a afirmativa correta.

(A) Não se extingue o mandato de Jorge, pois a ocu-pação de cargo de direção em empresa contro-lada pela Administração Pública, em estado da Federação distinto do abrangido pelo Conselho Seccional, não configura incompatibilidade a ensejar o cancelamento de sua inscrição.

(B) Extingue-se automaticamente o mandato de Jor-ge, pois a ocupação de cargo de direção em em-presa controlada pela Administração Pública, em qualquer circunstância, configura incompatibili-dade a ensejar o cancelamento de sua inscrição.

(C) Extingue-se o mandato de Jorge mediante deli-beração de dois terços dos membros do Conse-lho Seccional, pois a ocupação de cargo de dire-ção em empresa controlada pela Administração Pública pode configurar incompatibilidade a ensejar o cancelamento de sua inscrição.

(D) Não se extingue o mandato de Jorge, pois a ocu-pação de cargo de direção em empresa contro-lada pela Administração Pública, em qualquer circunstância, não configura incompatibilidade a ensejar o cancelamento de sua inscrição.

9. (FGV/2010) O escritório de advocacia do Dr. Pedrão decide patrocinar programa

televisivo juntamente com um supermercado e uma companhia de cervejas. O programa é de es-tilo popular, com belas mulheres vestidas de for-ma apropriada ao verão brasileiro. No intervalo do programa, o apresentador apresenta homena-gens aos seus patrocinadores e, em relação ao escritório de advocacia, recita um texto: “Caso você tenha um problema com a Justiça, procure quem é bom. Consulte um dos advogados do Es-critório do Dr. Pedrão. Pode não ser uma rima, mas é a solução”. Essa situação caracteriza

(A) publicidade imoderada.(B) propaganda regular.(C) patrocínio cultural.(D) atividade permitida pelo Estatuto.

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10. (FGV/2016) As Subseções Arambaré e Camaquã da OAB, ambas criadas pelo

Conselho Seccional do Rio Grande do Sul – RS, reivindicam a competência para desempenhar certa atribuição. Não obstante, o Conselho Sec-cional do RS defende que tal atribuição é de sua competência. Caso instaurado um conflito de competência envolvendo as Subseções Arambaré e Camaquã e outro envolvendo a Subseção Aram-baré e o Conselho Seccional do RS, assinale a op-ção que relaciona, respectivamente, os órgãos competentes para decidir os conflitos.

(A) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional Ca-maquã, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. Já o conflito entre a Subseção Arambaré e o Conselho Seccional RS será decidido, em única instância, pelo Conselho Federal da OAB.

(B) Ambos os conflitos de competência serão deci-didos, em única instância, pelo Conselho Federal da OAB.

(C) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido pelo Conselho Seccional do RS, cabendo recurso ao Conselho Federal da OAB. Do mesmo modo, o conflito entre a Subse-ção Arambaré e o Conselho Seccional do RS será decidido pelo Conselho Seccional do RS, caben-do recurso ao Conselho Federal da OAB.

(D) O conflito de competência entre as subseções deve ser decidido, em única instância, pelo Con-selho Seccional do RS. O conflito entre a Subse-ção Arambaré e o Conselho Seccional do RS será decidido, em única instância, pelo Conselho Fe-deral da OAB.

11. (Livro 5.251 Questões/2016) Existem diversas interpretações sobre qual seria

o objeto da filosofia do direito. Um modo de sele-cionar a interpretação mais adequada é estabele-cer uma analogia com o objeto da filosofia. A melhor descrição do objeto da filosofia pode ser encontrada na Metafísica de Aristóteles. Nela, afirma o Filósofo: “De fato, quem deseja a ciência por si mesma deseja acima de tudo aquela que é ciência em máximo grau, e esta é a ciência do que é maximamente cognoscível. Ora, maximamente cognoscíveis são os primeiros princípios e as cau-sas; de fato, por eles e a partir deles se conhecem todas as outras coisas, enquanto, ao contrário, eles não são conhecidos por meio das coisas que lhes estão sujeitas”. A filosofia estuda, portanto, os primeiros princípios que regem a natureza e o homem. Por analogia, a filosofia do direito tem por objeto os primeiros princípios sobre os quais

está edificada a ciência jurídica. Segue-se disso que os primeiros princípios do direito são exterio-res ao próprio direito e devem ser buscados nas diversas doutrinas que disputam a sua funda-mentação. Assinale a doutrina que afirma que:

I. O ordenamento jurídico não deve ter sua fonte exclusiva na norma, mas também deve incluir a moral e noções de justiça, tais como a noção de justiça equitativa.

II. Sendo o direito teleológico, sua finalidade não deve ser exclusivamente visar à segurança jurí-dica, mas deve incluir a pretensão de estabelecer um ideal normativo de justiça para seus destina-tários.

III. O ordenamento jurídico não se limita às normas jurídicas. Também os princípios jurídicos são fundamentais na interpretação e aplicação do direito. Logo, os princípios também possuem eficácia normativa.

(A) Positivismo Jurídico.(B) Pós-Jusnaturalismo.(C) Pós-Positivismo.(D) Pós-Historicismo.

12. (Livro 5.251 Questões/2016) Afirma Norberto Bobbio: “O que distingue o di-

reito da moral é precisamente o fato de que, en-quanto o primeiro é coercitivo, a segunda não o é; esta relação diversa do direito e da moral com a coerção deriva da natureza diversa do ato jurídico e do ato moral; o ato jurídico consiste puramente na conformação exterior do sujeito à norma e, as-sim, o fato de tal conformação ser obtida mediante a força não nega a juridicidade do ato; o ato moral consiste, ao contrário, na adesão à norma por res-peito à própria norma, não podendo, pois, ser obti-do mediante a força, porque esta não obtém a ade-são interna necessária para a moralidade do ato”. A partir da interpretação do texto assinale a res-posta incorreta:

(A) A norma jurídica, embora esteja baseada na co-erção externa, é válida para regular a conduta.

(B) A norma moral, embora esteja baseada na coer-ção externa, é válida para regular a conduta.

(C) A norma jurídica independe da adesão da vonta-de do agente para ser válida.

(D) A norma moral depende da adesão da vontade do agente para ser válida.

13. (FGV/2013) Estado X editou lei, de iniciativa parlamentar, concedendo

gratuidade aos portadores de deficiência e aos idosos, com mais de 65 anos, em todos os esta-

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cionamentos situados no território do Estado. Com relação ao caso descrito, assinale a afirma-tiva correta.(A) A lei é constitucional, pois promove a proteção

de grupos sociais fragilizados.(B) A lei é inconstitucional, pois promove tratamen-

to desigual entre cidadãos brasileiros.(C) A lei é constitucional, mas, como exemplo de

norma programática, sua eficácia depende de decreto regulamentar.

(D) A lei é inconstitucional, pois o Estado invadiu competência legislativa da União.

14. (FGV/2016) Roberval, estudante de di-reito, leu uma alentada obra a respeito

dos direitos e garantias individuais e coletivos contemplados no texto constitucional. Após am-plas reflexões, percebeu que muitos direitos eram potencialmente colidentes com outros, a exemplo do que se verifica com o direito à honra e o direi-to à liberdade de expressão. A partir dessa cons-tatação, procurou o seu professor de Direito Constitucional e o questionou sobre essa aparen-te “falha” do sistema constitucional, que protege bens e valores incompatíveis entre si. Após ouvir atentamente a dúvida de Roberval, o professor explicou que direitos e garantias aparentemente incompatíveis entre si podem ser compatibiliza-dos conforme a natureza jurídica das normas constitucionais que os contemplam. Com os olhos voltados a essa afirmação, assinale a afirmativa correta.(A) Os direitos fundamentais possuem a natureza

jurídica de regras, o que contribui para a sua máxima efetividade na realidade.

(B) Ao ser identificado um conflito entre direitos fundamentais, deve ser atribuída primazia àque-le de hierarquia superior, o que é sempre defini-do no plano abstrato.

(C) A concordância prática dos direitos fundamen-tais é viabilizada ao ser-lhes atribuída a nature-za jurídica de princípios, o que permite a identi-ficação daquele que deve ter primazia no caso concreto.

(D) A concordância prática dos direitos fundamen-tais não é influenciada pela natureza jurídica das normas constitucionais que os abrigam.

15. (FGV/2016) Determinada empresa pú-blica foi intimada do teor de sentença

proferida por juiz de direito que contrariava fron-talmente o teor de súmula vinculante. À luz desse fato, a assessoria jurídica informou ao presidente da referida empresa pública que utilizaria o ins-trumento processual adequado para que fosse

reconhecida, de forma célere e definitiva, a inju-ridicidade da sentença, com a sua consequente cassação. À luz da sistemática constitucional bra-sileira, esse instrumento é(A) o recurso extraordinário endereçado ao Supre-

mo Tribunal Federal.(B) a reclamação endereçada ao Supremo Tribunal

Federal.(C) o mandado de segurança endereçado ao Tribu-

nal de Justiça.(D) o recurso especial endereçado ao Superior Tri-

bunal de Justiça.

16. (FGV/2016) Ednaldo soube por um amigo que determinada empresa pú-

blica estadual mantinha em seu poder diversas informações, relativas à sua pessoa, que seriam incorretas. Ato contínuo procurou um advogado e solicitou esclarecimentos de como deveria proce-der para retificar os dados incorretos. À luz da sistemática constitucional brasileira, assinale a afirmativa correta.(A) Ednaldo deve impetrar um mandado de segu-

rança, quer tenha solicitado a retificação dos dados à autoridade administrativa, quer não.

(B) Ednaldo deve impetrar um mandado de segu-rança, desde que tenha solicitado a retificação dos dados à autoridade administrativa e tal te-nha sido negado.

(C) Ednaldo deve impetrar um mandado de injun-ção, de modo que o tribunal competente fixe os balizamentos a serem observados na correção dos dados.

(D) Ednaldo deve impetrar um habeas data, que pressupõe a apresentação de prova do indeferi-mento administrativo do pedido de retificação.

17. (FGV/2016) O Prefeito Municipal vetou determinado projeto de lei flagrante-

mente dissonante da Constituição da República Federativa do Brasil, isso por violar os seus alicerces estruturais. Ao apreciar as razões de veto, a Câmara Municipal decidiu não mantê-lo, o que resultou na promulgação e consequente publicação da lei mu-nicipal X. Inconformado com esse estado de coisas, o Chefe do Poder Executivo solicitou que a Procu-radoria do Município realizasse estudo a respeito da melhor forma de impugnar a lei municipal X pe-rante o Poder Judiciário. A Procuradoria elaborou um alentado parecer, no qual examinou todos os aspectos afetos ao caso concreto. À luz do sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, é cor-reto afirmar que a lei municipal X(A) está sujeita ao controle concentrado de consti-

tucionalidade perante o Tribunal de Justiça, que

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examinará a sua compatibilidade com a Consti-tuição da República.

(B) não pode ser submetida, por meio de qualquer dos instrumentos disponíveis, ao controle con-centrado de constitucionalidade perante o Su-premo Tribunal Federal.

(C) somente pode ser objeto de controle difuso de constitucionalidade, que será realizado por qualquer órgão do Poder Judiciário.

(D) pode ser submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, por meio da arguição de des-cumprimento de preceito fundamental, que analisará a sua compatibilidade com a Consti-tuição da República.

18. (FGV/2016) Pedro, professor, ao assu-mir a Secretaria de Educação do Muni-

cípio em que residia, decidiu reestruturar o siste-ma de ensino em vigor. Para tanto, estabeleceu, como pilar fundamental, o referencial de acesso, que deveria ser assegurado na forma que se mos-trasse mais ampla sob o prisma da juridicidade. À luz da sistemática estabelecida pela Constituição da República, assinale a afirmativa que se mostra constitucional, por ser compatível com os deveres dos poderes constituídos.(A) O ensino médio gratuito deve ser progressiva-

mente universalizado.(B) Todos os níveis de ensino estão sujeitos à igual-

dade de acesso e à universalização.(C) O acesso a todos os níveis de ensino deve estar

baseado no sistema de mérito.(D) O acesso ao ensino superior e gratuito é direito

público subjetivo.

19. (FGV/2016) O Tribunal de Contas, a exemplo de toda e qualquer estrutura

orgânica de natureza estatal, deve observar os di-reitos fundamentais de todos aqueles que sejam alcançados por sua atuação funcional. Conside-rando a sistemática estabelecida pela Constitui-ção da República Federativa do Brasil e a interpre-tação que lhe vem sendo dispensada pelo Supre-mo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta.(A) As decisões do Tribunal de Contas, por força do

princípio do duplo grau de jurisdição, estão su-jeitas à revisão do Poder Legislativo.

(B) Na apreciação da legalidade do ato de conces-são inicial de pensão, antes de decorridos cinco anos, é dispensável a observância do contradi-tório.

(C) O Tribunal de Contas somente pode apreciar as contas de agentes públicos, não a conduta de particulares que não pratiquem atos de autori-dade.

(D) O Tribunal de Contas, por força do princípio da segurança jurídica, não dispõe de poder cautelar, somente ao alcance dos órgãos jurisdicionais.

20. (FGV/2016) Promotoria de Tutela Cole-tiva especializada na Proteção à Pes-

soa com Deficiência instaurou inquérito civil pú-blico para apurar eventual desatendimento das disposições do Estatuto da Pessoa com Deficiên-cia, no que se refere ao direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Identificada irregularidade cometida pelo investigado, com base na Lei n. 13.146/2015, o Promotor expediu recomendação:(A) à sociedade empresária que opera frota de táxi

para reservar 50% (cinquenta por cento) de seus veículos acessíveis à pessoa com deficiên-cia, que terá prioridade sobre os demais passa-geiros nas filas para embarque nos táxis.

(B) à locadora de veículos para oferecer pelo menos 1 (um) veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, independentemente da quantidade total de veículos que compõem sua frota.

(C) à concessionária de serviço público de transporte coletivo municipal de passageiros para que asse-gure à pessoa com deficiência prioridade e segu-rança nos procedimentos de embarque e de de-sembarque, de acordo com as normas técnicas.

(D) ao shopping center, para garantir ao menos 10 (dez) vagas no estacionamento, independente-mente de sua capacidade total, próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamen-te sinalizadas, para veículos que transportem pessoa com deficiência.

21. (FGV/2015) João e Maria vivem uma situação de litígio em relação à filha

comum, que se recusa a ver o pai e os familiares desse último. Segundo a mãe, tal repúdio se deve ao fato de a criança ter sofrido maus-tratos por parte dos avós paternos, conforme supostamente ela lhe revelou. Por sua vez, a acusação é pronta-mente rebatida pelos familiares paternos, de tal modo que, com base na Lei n. 12.318/2010, João acusa Maria de alienação parental. A esse respei-to, é correto afirmar que:(A) os atos de alienação parental devem ser neces-

sariamente constatados pela perícia, após decla-rados pelo juiz.

(B) declarado indício de ato de alienação parental, o processo terá a tramitação normal, a menos que se verifique situação de violência contra a crian-ça ou o adolescente.

(C) caracterizados atos de alienação parental, o juiz poderá destituir o pátrio poder do alienador e

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aplicar sanção penal caso apresente relato falso à autoridade judiciária.

(D) apresentar falsa denúncia contra avós para difi-cultar ou obstar a convivência é um exemplo tipificado como ato de alienação parental.

22. (Livro 5.251 Questões/2016) O Pro-grama Nacional de Direitos Humanos

(PNDH) desenvolvido pelo governo federal teve sua origem numa Conferência Mundial sobre os Direitos Humanos que se realizou em 1993. Essa mesma Conferência afirmou o princípio da indivi-sibilidade dos direitos humanos, cujos preceitos são aplicáveis tanto aos direitos civis quanto aos direitos políticos, assim como aos direitos econô-micos, sociais e culturais dos seres humanos. A Conferência em questão levou o nome da cidade em que foi realizada. Qual das alternativas abaixo está correta?(A) Conferência de Estrasburgo.(B) Conferência de Viena.(C) Conferência de Helsinque.(D) Conferência de Paris.

23. (FGV/2014) Erik, nascido em Gana, re-solveu transferir o seu domicílio para o

território brasileiro, aqui permanecendo, com conduta ilibada e plena aquiescência do Estado brasileiro, por dezenove anos ininterruptos. No dia imediato à integralização desse período, for-mulou pedido para que lhe fosse concedida a na-cionalidade brasileira e, ato contínuo, pretendeu praticar ato privativo de brasileiro. À luz desse quadro, é possível afirmar que Erik:(A) não pode praticar ato privativo de brasileiro,

pois nascido no estrangeiro.(B) pode praticar ato privativo de brasileiro, desde

que haja reciprocidade de tratamento por parte de Gana, devidamente formalizada em acordo bilateral.

(C) não pode praticar ato privativo de brasileiro, pois não comprovada a existência de decisão decre-tando a perda de sua nacionalidade de origem.

(D) pode praticar ato privativo de brasileiro, pois o ato de reconhecimento da nacionalidade brasi-leira é meramente declaratório, retroagindo à data do requerimento.

24. (Livro 5.251 Questões/2016) Luigi Mar-cello, italiano de nascença, mas brasilei-

ro naturalizado, residente no Brasil há dez anos, é acusado na Itália por homicídio ocorrido dois anos antes de ter sido naturalizado. Nesse caso, o Brasil(A) não pode conceder a extradição se o crime já

prescreveu para lei brasileira.

(B) não pode conceder a extradição caso não tenha transitado em julgado a sentença criminal no país onde aconteceu o crime.

(C) pode conceder a extradição, independentemen-te da nacionalidade de Luigi.

(D) pode conceder a extradição, porque o crime de homicídio é comum e ocorreu antes da naturali-zação.

25. (FGV/2016) A pessoa jurídica X deixou de recolher o imposto sobre a renda

referente ao ano de 2013. No final do ano de 2014, a pessoa jurídica X requereu o parcelamen-to do crédito tributário em 60 parcelas, o que foi deferido pela União. O contribuinte vem pagando tempestivamente as parcelas. Sobre o parcela-mento concedido à pessoa jurídica X, assinale a afirmativa correta.(A) O crédito tributário foi extinto no momento do

deferimento do parcelamento.(B) Independente da previsão em lei, o parcelamen-

to requerido pela pessoa jurídica X exclui a inci-dência de juros e multa.

(C) A exigibilidade do crédito tributário está sus-pensa, em razão do seu parcelamento.

(D) O crédito tributário foi excluído quando a pes-soa jurídica X recolheu a primeira parcela.

26. (FGV/2016) O Estado X ajuizou execu-ção fiscal em face de Caio. Após a sua

citação, Caio ofereceu um imóvel em penhora para a garantia da execução e posterior ofereci-mento dos embargos à execução. Com base na hipótese apresentada, Caio deverá opor embargos à execução no prazo de(A) 30 dias, contados do oferecimento do bem à pe-

nhora.(B) 30 dias, contados da sua intimação da penhora.(C) 45 dias, contados do oferecimento do bem à pe-

nhora.(D) 45 dias, contados da sua intimação da penhora.

27. (FGV/2016) O Município X realizou o lançamento do Imposto sobre Proprie-

dade Territorial Urbana – IPTU em face da contri-buinte Igreja Cristã ABC, referente ao imóvel onde realiza seus cultos. Por não concordar com o lançamento, a Igreja Cristã ABC ofereceu impug-nação ao lançamento. Assinale a opção que indica a possível tese de defesa da contribuinte.(A) O IPTU não é devido, pois os templos de qual-

quer culto são imunes a qualquer imposto.(B) O IPTU é devido sobre qualquer propriedade ter-

ritorial urbana, inclusive sobre o imóvel em que a Igreja Cristã ABC realiza seus cultos.

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(C) O IPTU não é devido, pois os templos de qual-quer culto são isentos desse tributo.

(D) O IPTU não incide sobre imóveis onde se reali-zam cultos, por ausência de previsão legal.

28. (FGV/2016) Em maio de 2015, a União aumentou, por meio de lei, as alíquotas

do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de itens de alimentação e higiene. Sobre essa lei, assinale a afirmativa correta.(A) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em

vigor imediatamente após a sua publicação, uma vez que o IPI não está sujeito ao princípio da anterioridade.

(B) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação, uma vez que o IPI não está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício.

(C) A lei que majorou as alíquotas do IPI entrará em vigor no primeiro dia do exercício financeiro de 2016, uma vez que o IPI se submete apenas ao princípio da anterioridade de exercício.

(D) A lei que majorou as alíquotas do IPI poderá ser aplicada a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que as aumentou, uma vez que o IPI não se submete ao princípio da ir-retroatividade.

29. (FGV/2014) Prefeito municipal decidiu extinguir contrato de concessão de

serviço público de abastecimento de água potá-vel, a fim de retomar a prestação direta de tal serviço, por motivo de interesse público, durante o prazo da concessão. Para tal, obteve na Câmara Municipal a aprovação de lei autorizativa especí-fica e procedeu ao prévio pagamento de indeni-zação à concessionária. De acordo com a Lei n. 8.987/95, o prefeito se valeu da seguinte forma de extinção do contrato de concessão:(A) caducidade.(B) encampação.(C) rescisão.(D) anulação.

30. (FGV/2014) O Estado do Rio de Janeiro, observadas as formalidades legais, fir-

mou ato de permissão de uso de bem público com particular, para exploração de uma lanchonete em hospital estadual. No mês seguinte, o Estado alegou que iria ampliar as instalações físicas do hospital e revogou a permissão de uso. Passados alguns dias, comprovou-se que o Estado não rea-lizou nem nunca teve a real intenção de realizar as obras de expansão. Em razão disso, o particular pretende invalidar judicialmente o ato adminis-

trativo que revogou a permissão, a fim de viabili-zar seu retorno às atividades na lanchonete. Nes-se contexto, é correto afirmar que a pretensão do particular está baseada:(A) na teoria da exceção do contrato não cumprido,

porque o Estado não poderia rescindir a permis-são de uso na vigência do contrato, exceto por ordem judicial e com a prévia indenização ao particular.

(B) no princípio da continuidade dos serviços públi-cos, porque independentemente da veracidade dos motivos fáticos que ensejaram a extinção da permissão, o particular tem direito público subje-tivo de utilizar a lanchonete no prazo acordado.

(C) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, devendo ser respei-tado o prazo contratual da permissão de uso, que só pode ser extinta por motivo de interesse público.

(D) na teoria dos motivos determinantes, porque, apesar de a permissão de uso ser ato discricioná-rio e precário, o Estado está vinculado à veraci-dade do motivo fático que utilizou para revogar a permissão de uso.

31. (FGV/2014) Autoridade competente de-clarou de utilidade pública, por meio de

decreto, determinada faixa de terras de imóveis particulares, a fim de viabilizar a instalação de um empreendimento que executará serviços públicos utilizando gasodutos. Após acordo entre os pro-prietários dos imóveis situados na rota do gaso-duto e o Poder Público, com indenização em valor equivalente ao prejuízo que os particulares irão suportar, houve a regular implantação dos gaso-dutos nas áreas privadas. O caso em tela descreve a forma de intervenção do Estado na propriedade caracterizada como direito real público que auto-riza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo. Trata-se da:(A) requisição.(B) ocupação temporária.(C) servidão administrativa.(D) limitação administrativa.

32. (FGV/2014) No primeiro mês em que assumiu o cargo de Prefeito municipal,

Joaquim constatou um verdadeiro caos na me-renda das escolas municipais em razão da falta de alimentos. Assim, com dispensa de licitação, pro-videnciou a compra de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios cor-respondentes, realizada diretamente com base no

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preço do dia. Com base na Lei n. 8.666/93, a con-duta de Joaquim está:(A) errada, porque a urgência no caso em tela ense-

jaria inexigibilidade de licitação.(B) errada, porque a urgência no caso em tela teria

o condão de permitir a troca da modalidade adequada de licitação (a depender do valor do contrato) pela carta convite, que é mais célere.

(C) errada, porque o princípio da continuidade do serviço público exige o planejamento para as contas públicas, não sendo possível a dispensa de licitação no caso em tela.

(D) correta, porque existe expressa previsão legal au-torizando a dispensa de licitação no caso em tela.

33. (FGV/2014) O povo brasileiro, nos últi-mos anos, demonstrou sua insatisfa-

ção com a qualidade dos serviços públicos pres-tados pelo Estado. Atento a essa nova demanda e com o escopo de melhorar a qualidade da educa-ção e cultura em âmbito estadual, o Governador de determinado Estado da Federação subdividiu a então Secretaria de Educação e Cultura em dois novos órgãos: Secretaria de Educação e Secreta-ria de Cultura. De acordo com a doutrina clássica de Direito Administrativo, trata-se da seguinte providência:(A) desconcentração.(B) desmembramento.(C) descentralização.(D) desdobramento.

34. (FGV/2014) Maria Antonieta é servi-dora estadual lotada na Secretaria de

Segurança Pública e exerce função de confiança. De acordo com as disposições constitucionais que regem seu vínculo com a Administração Pública, é correto afirmar que Maria Antonieta:(A) necessariamente é servidora ocupante de cargo

efetivo.(B) pode ser ocupante exclusivamente de cargo de

livre nomeação e exoneração.(C) será aposentada pelo regime geral de previdên-

cia social.(D) não pode exercer função de chefia, direção e

assessoramento.

35. (FGV/2014) A Constituição da Repúbli-ca de 1988 assegura que “todos têm

direito ao meio ambiente ecologicamente equili-brado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gera-ções”. Em seguida, o texto constitucional dispõe

que, para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

(A) promover diretamente à elaboração e execução de planos de recuperação de áreas degradadas, ainda quando o dano ambiental tenha sido pra-ticado por particulares, os quais deverão supor-tar a devida ação de regresso.

(B) proibir a produção, a comercialização e o em-prego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.

(C) exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de sig-nificativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará pu-blicidade.

(D) cobrar de toda pessoa física ou jurídica que de-sempenhe atividade empresarial relatório anual de impacto ambiental, independentemente do potencial poluidor da atividade.

36. (FGV/2014) O novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012), em tema de regi-

me de proteção das Áreas de Preservação Perma-nente, dispõe que:

(A) em caso de supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, será aplicada ao responsável multa administrativa, que supre a obrigação de promover a revegetação.

(B) é dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de ur-gência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas.

(C) é vedado o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

(D) é permitida a intervenção ou a supressão de ve-getação nativa em Área de Preservação Perma-nente, quando se tratar de execução de obras habitacionais inseridas em projetos de regulari-zação fundiária de interesse social, em áreas ur-banas, consolidadas ou não, ocupadas por popu-lação de alta ou baixa renda.

37. (FGV/2014) A diretoria executiva da empresa TADV encaminha consulta ao

setor jurídico sobre a possibilidade de o patrimô-nio particular dos seus sócios e administradores ser atingido pelos efeitos de certas e determina-das obrigações assumidas pela sociedade. De acordo com determinação expressa do Código Civil de 2002, sobre a teoria da desconsideração

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da personalidade jurídica, assinale a afirmativa correta.

(A) O patrimônio particular dos sócios da TADV po-derá ser atingido em caso de abuso da persona-lidade, que ocorre quando há desvio de finalida-de ou confusão patrimonial, se o juiz decidir pela desconsideração a requerimento da parte ou do Ministério Público.

(B) O patrimônio particular dos sócios e dos admi-nistradores da empresa TADV poderá ser atingi-do caso se configure abuso da personalidade jurídica, caracterizada por desvio de finalidade, inadimplemento obrigacional ou confusão pa-trimonial.

(C) O patrimônio particular dos sócios e dos admi-nistradores da TADV poderá ser atingido caso o juiz, de ofício, determine a extensão dos efeitos das relações obrigacionais da sociedade não apenas aos administradores da empresa, mas também aos demais sócios.

(D) O patrimônio particular dos sócios da TADV só será atingido em virtude de obrigações decor-rentes de relações de consumo, ao passo que o patrimônio particular dos administradores da empresa poderá ser atingido em caso de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial, por determinação, de ofício, do juiz.

38. (FGV/2014) João, devidamente habili-tado para dirigir, conduzia veículo de

sua propriedade com cautela e diligência, quando foi surpreendido por ônibus em alta velocidade na contramão. Em rápida manobra, João conse-guiu evitar uma colisão frontal, desviando seu automóvel para cima da calçada, onde atropelou Lucas, causando-lhe graves lesões físicas. Sobre os fatos descritos, assinale a afirmativa correta.

(A) João, por ter agido em estado de necessidade, não será obrigado a indenizar o dano causado a Lucas, cuja indenização será devida pela empre-sa de ônibus.

(B) João, por não ter agido no estrito cumprimento de dever legal, será obrigado a indenizar o dano causado a Lucas.

(C) João, embora agindo em estado de necessidade, será obrigado a indenizar o dano causado a Lu-cas, mas terá ação de regresso contra a empresa de ônibus.

(D) João, por ter agido em decorrência de fato de terceiro, não será obrigado a indenizar o dano causado a Lucas, cuja indenização será devida pela empresa de ônibus.

39. (FGV/2014) Eduardo faleceu em virtu-de de um acidente automobilístico.

Não deixou descendentes ou ascendentes, res-tando apenas quatro irmãos na qualidade de her-deiros legítimos. Dois irmãos, André e Cláudio, são filhos do primeiro casamento do pai de Edu-ardo, enquanto os outros dois, Valério e Gabriel, são resultantes do casamento de seu pai com sua mãe. Para efeito de sucessão legítima, é correto afirmar que:

(A) André e Cláudio herdarão a metade do que Valé-rio e Gabriel herdarem.

(B) os bens serão transmitidos para a municipalidade.(C) Valério e Gabriel herdarão a metade do que An-

dré e Cláudio herdarem.(D) os quatros irmãos herdarão em igualdade de

condições, por força das regras da ordem da vo-cação hereditária prevista na lei civil.

40. (FGV/2015) Silvio, fazendeiro e criador de gado de leite, arrendou um touro

premiado para usar na reprodução de suas vacas leiteiras. Acontece que, apesar do zelo com o qual cuidou do animal, fortes chuvas que atingiram a região causaram a destruição das benfeitorias e morte de diversos animais, entre os quais o ani-mal arrendado. É correto afirmar que, em decor-rência desse fato:

(A) resolve-se o contrato, devendo Silvio indenizar o proprietário do touro, pagando-lhe tão so-mente o valor do animal.

(B) resolve-se o contrato, devendo Silvio indenizar o proprietário do touro, pagando-lhe o corres-pondente ao valor do animal e os lucros cessan-tes.

(C) mantém-se o contrato, devendo o proprietário providenciar a reposição do animal arrendado, às suas expensas.

(D) resolve-se o contrato, arcando o proprietário com o prejuízo decorrente da perda do touro.

41. (FGV/2015) Após quatro meses de dura-ção de uma relação amorosa com Flávio,

Suzana contraiu matrimônio. Acontece que, após três meses da celebração do casamento, Suzana, grávida, tomou conhecimento de que Flávio era pedófilo, tendo sido o autor de pelo menos quatro casos de abuso sexual e estupro com vítimas me-nores, o que resultou em prisão e condenação cri-minal, com trânsito em julgado após dois anos e dois meses. É correto afirmar que Suzana, não mais querendo manter a relação conjugal e consi-derando o decurso do prazo de dois anos e cinco meses da celebração do casamento, pode:(A) como única opção, pleitear a separação judicial

em decorrência de ato que importe grave viola-

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ção dos deveres do casamento e torne insupor-tável a vida em comum.

(B) pleitear a anulação do casamento por erro es-sencial de pessoa.

(C) como únicas opções, pleitear a separação judi-cial em decorrência de ato que importe grave violação dos deveres de casamento e torne insu-portável a vida em comum, ou o divórcio direto.

(D) como única opção, pleitear o divórcio direto.

42. (FGV/2015) Armando constituiu for-malmente o direito real de usufruto de

um apartamento em favor de sua filha Fenícia para garantir-lhe moradia próxima à sua residên-cia. Acontece que Fenícia, pretendendo residir em outro bairro, locou o imóvel em usufruto para utilizar o valor recebido a título de locação para pagar o aluguel do outro imóvel que pretendia alugar para morar. É correto afirmar que a loca-ção em questão é:(A) perfeitamente válida, já que é direito do usufru-

tuário fruir da coisa, percebendo os frutos.(B) perfeitamente válida, já que o usufrutuário pas-

sa a ser o proprietário do bem em usufruto.(C) perfeitamente válida, já que o usufrutuário tem,

inclusive, o direito de dispor da coisa em usufruto.(D) juridicamente nula, já que o usufrutuário não

pode dispor do bem em usufruto.

43. (FGV/2014) As obrigações nascem para ser satisfeitas, implementadas,

cumpridas. O adimplemento de uma obrigação é denominado pagamento e acarreta a liquidação, a extinção de uma obrigação. Dessa forma, o paga-mento pode ser direto ou indireto, sendo tais for-mas disciplinadas pelo Código Civil. Por outro lado, o Código Civil também elenca duas formas de transmissão de obrigações, que não se con-fundem com o pagamento. Dentre os institutos listados a seguir, assinale o que não é previsto pelo Código Civil como pagamento e sim como forma de transmissão de obrigação.(A) Remissão de dívida.(B) Cessão de crédito.(C) Novação.(D) Sub-rogação.

44. (FGV/2015) Jonas, 15 anos, foi apre-endido em flagrante tomando para si

R$ 15,00 da bolsa de uma turista na praia, en-quanto a turista se banhava no mar. No decorrer do processo de apuração do ato infracional, veri-ficou-se que era a primeira apreensão do rapaz, mas diante da elevada incidência de furtos na região, o juiz responsável determinou a interna-

ção do adolescente. À luz do disposto na Lei n. 8.069/90 (ECA), assinale a afirmativa correta.

(A) A medida de internação deveria ter sido aplicada pelo juiz, pois a escolha se deve às necessidades de sanção e intimidação sociais diante da reite-ração de furtos na região em que o ato infracio-nal foi praticado, tratando-se de ato de discri-cionariedade judicial exclusiva.

(B) A medida de internação não deveria ter sido aplicada pelo magistrado, uma vez que se revela como incumbência privativa do representante do Ministério Público a imposição desse tipo de medida socioeducativa.

(C) A medida de internação não deveria ter sido aplicada, pois não se trata de ato infracional co-metido mediante grave ameaça ou violência à pessoa, nem de reiteração no cometimento de outras infrações graves ou do descumprimento reiterado e injustificável de medida anterior-mente imposta.

(D) A medida de internação deveria ter sido aplicada pelo juiz, já que foi adequadamente observado o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa na análise da conduta.

45. (FGV/2015) O Conselho Tutelar da co-marca X, no curso do acompanhamento

de 2 anos à família do infante Gustavo, 10 anos, representou judicialmente em face dos genitores do menino, pois o casal não matriculou, sem qual-quer justificativa, o filho na rede escolar, apesar de várias recomendações do Conselho Tutelar nes-se sentido. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.

(A) O Conselho Tutelar agiu equivocadamente, pois é ação privativa do Ministério Público represen-tar ao Juízo visando à aplicação de penalidades por infrações cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude.

(B) O Conselho Tutelar agiu corretamente, podendo representar junto à autoridade judiciária nos ca-sos de descumprimento injustificado de suas deliberações.

(C) O Conselho Tutelar não agiu corretamente, pois é da competência da Secretaria Municipal de Educação representar junto ao Juízo da Infância pelo absenteísmo e falta de matrícula escolar.

(D) O Conselho Tutelar agiu acertadamente, pois é de sua competência privativa zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegura-dos às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

46. (FGV/2014) Daíra adquiriu um ar refri-gerado por meio de contrato eletrôni-

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co, via internet. Utilizou o site de vendas da loja, imprimiu o boleto e pagou. O produto foi entre-gue em sua residência três dias depois, mas suas dimensões não permitiram a instalação que Daíra pretendia. É correto afirmar que Daíra:(A) tem sete dias, a contar do recebimento do pro-

duto, para desistir do contrato.(B) tem trinta dias, a contar da celebração do con-

trato, para desistir do contrato.(C) tem noventa dias para desfazer o contrato em

virtude do vício do produto.(D) tem noventa dias para desfazer o contrato em

virtude do fato do produto.

47. (FGV/2014) Carmem é separada, tem seis filhos para sustentar, trabalha

como caixa de uma mercearia e, para comple-mentar sua renda, no período da noite confeccio-na bolos, doces e salgados por encomenda. Acon-tece que Carmem comprou um liquidificador novo para cumprir uma entrega, mas o eletrodo-méstico apresentou, logo no primeiro mês de uso, um problema no botão de acionamento do apare-lho. É correto afirmar que Carmem:(A) é consumidora por equiparação, em virtude de

sua vulnerabilidade, podendo pleitear a prote-ção da legislação consumerista.

(B) é consumidora por equiparação, em virtude de sua hipossuficiência, podendo pleitear a prote-ção da legislação consumerista.

(C) não é destinatária final do produto, razão pela qual em hipótese nenhuma, poderá pleitear a proteção da legislação consumerista.

(D) embora não seja a destinatária final do produto, é considerada consumidora em razão da sua vul-nerabilidade, aplicando-se a teoria finalista mi-tigada.

48. (FGV/2014) Rosário emitiu um cheque no valor de R$ 3.000,00 (três mil re-

ais) em favor de Aquino no dia 11 de setembro de 2012, pagável no mesmo lugar de emissão, em Sinop/MT. No dia 13 de outubro de 2013, o bene-ficiário endossou o cheque para Carlinda, sem menção na cártula à data do endosso. De confor-midade com as disposições da Lei n. 7.357/85, que dispõe sobre o cheque, assinale a afirmativa correta.(A) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de

cessão de crédito, haja vista ter sido realizado após o prazo de apresentação a pagamento.

(B) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido realizado antes do decurso do prazo de seis meses após o término do prazo de apresentação.

(C) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista ter sido realizado dentro do prazo de apresentação a pagamento.

(D) O endosso em favor de Carlinda tem efeito de endosso, haja vista não ter sido datado; portan-to, presumidamente ocorreu antes da expiração do prazo de apresentação.

49. (FGV/2014) Comodoro Veículos Ltda. é uma sociedade empresária com sede

em Tangará da Serra/MT e pretende requerer sua recuperação judicial. Um dos impedimentos ao pedido de recuperação é(A) ter títulos protestados por falta de pagamento

nos 90 (noventa) dias anteriores ao pedido.(B) ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido conces-

são de recuperação judicial.(C) ter como administrador ou sócio controlador

pessoa condenada por crime contra o patrimô-nio, falimentar ou contra a fé pública.

(D) possuir ativo que não corresponda a pelo menos 50% (cinquenta por cento) do passivo quirogra-fário.

50. (FGV/2014) Uma sociedade empresária com sede em Denise/MT, composta por

três sócios pessoas naturais, adotou o nome em-presarial “Pontes, Lacerda & Cáceres”. Sobre esse nome empresarial, assinale a afirmativa correta.(A) Trata-se de denominação adotada por sociedade

em comandita por ações.(B) Trata-se de firma social adotada por sociedade

cooperativa.(C) Trata-se de denominação adotada por sociedade

anônima.(D) Trata-se de firma adotada por sociedade em

nome coletivo.

51. (FGV/2011) XYZ Produtos Alimentícios Ltda. é uma sociedade empresária, re-

gularmente inscrita no órgão competente desde 1999, cujo objeto constitui a exploração do ramo de alimentos. Com sólido nome no mercado, loca-lizada em um ponto empresarial altamente valo-rizado no Estado do Rio de Janeiro, detentora de valiosa marca e linhas de crédito pré-aprovadas nos melhores bancos do Estado à sua disposição, os sócios decidem, por maioria absoluta, fazer a cessão do estabelecimento, aproveitando ótima proposta oferecida por um empresário que já atua no mesmo ramo. Em relação ao estabeleci-mento, assinale a afirmativa correta.(A) A sociedade empresária XYZ Produtos Alimentí-

cios Ltda. responde de forma subsidiária por eventuais débitos existentes anteriormente à cessão apontada.

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(B) Para ser considerada eficaz, a cessão é indispen-sável à expressa autorização dos credores exis-tentes àquela época, ainda que a sociedade pos-sua bens suficientes para solver o seu passivo.

(C) A cessão dos créditos referentes ao estabeleci-mento transferido produz efeitos em relação aos respectivos devedores, desde o momento da pu-blicação da transferência, somente ficando exo-nerado se, de boa-fé, paga ao cedente.

(D) O contrato de cessão produz efeitos em relação a terceiros desde a sua averbação à margem da inscrição da sociedade no Registro Público de Empresas Mercantis, no caso, a cargo da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, indepen-dente de a publicação ocorrer na imprensa ofi-cial.

52. (FGV/2015) A Comissão de Valores Mobiliários recebe denúncia protocoli-

zada por Marcelo, um dos acionistas da Socieda-de URCA S.A, companhia de capital fechado, por funcionar sem a constituição do Conselho de Ad-ministração. Considerando as disposições conti-das na Lei das Sociedades Anônimas (Lei n. 6.404/1976), a denúncia será:(A) arquivada, porque sua criação não é obrigatória

para a administração das sociedades, seja para aquelas de capital aberto ou fechado.

(B) arquivada, porque a criação do Conselho de Ad-ministração só é necessária para funções execu-tivas quando se tratar de sociedade anônima de capital fechado.

(C) acolhida, porque a criação do Conselho de Ad-ministração, em se tratando de sociedade anô-nima de capital fechado, é órgão imprescindível à sua administração.

(D) acolhida, porque a sua criação é imprescindível, já que é órgão supremo de todas as sociedades anônimas, seja de capital aberto ou fechado.

53. (FGV/2016) Em decorrência de um tu-multo generalizado ocorrido em uma

festa, Ricardo, menor de quinze anos, foi vítima de violento soco, tendo sofrido fraturas na face. Supondo que o golpe havia partido de Cláudio, pai de um amigo seu, a vítima, representada por seu pai, ajuizou em face dele demanda em que pleiteava a sua condenação ao pagamento de verbas reparatórias de danos morais. Citado, Cláudio, no prazo legal, ofereceu a sua peça con-testatória, alegando que não fora o autor do gol-pe que lesionara Ricardo, mas sim Bruno, que o acompanhava na festa. Encerrada a fase instru-tória, a alegação defensiva de Cláudio restou comprovada. Nesse cenário, deve o órgão minis-

terial dotado de atribuição para intervir no feito opinar no sentido de que seja:(A) o processo extinto sem resolução do mérito, em

razão da ilegitimidade passiva ad causam.(B) o processo extinto com resolução do mérito,

julgando-se improcedente o pedido.(C) o processo extinto com resolução do mérito,

julgando-se procedente o pedido, já que o Par-quet não pode se manifestar contrariamente aos interesses da parte incapaz.

(D) o processo extinto sem resolução do mérito, em razão da ausência de interesse de agir.

54. (FGV/2016) Proposta ação de usuca-pião em relação a uma casa, observa o

juiz, de imediato, que a petição inicial aludiu ape-nas à pessoa em cujo nome se encontra registra-do o imóvel objeto do pedido, sem que na peça processual haja qualquer referência aos proprie-tários dos imóveis confinantes. Nesse cenário, deve o magistrado:(A) proceder ao juízo positivo de admissibilidade da

demanda, já que a hipótese é de litisconsórcio facultativo.

(B) proceder ao juízo positivo de admissibilidade da demanda, já que, embora a hipótese seja de litis-consórcio necessário, somente a parte ré pode alegar, em sua contestação, a sua inobservância.

(C) proceder ao juízo positivo de admissibilidade da demanda, incluindo ex officio na lide os litiscon-sortes faltantes, já que, sendo a hipótese de li-tisconsórcio necessário, torna-se admissível a chamada intervenção iussu iudicis.

(D) determinar que o autor, em prazo a lhe ser assi-nado, requeira a citação dos litisconsortes fal-tantes, sob pena de extinção do feito sem reso-lução do mérito.

55. (FGV/2016) Em iniciativa conjunta com a própria criança, o Ministério Pú-

blico, por meio do órgão de execução dotado de atribuição, ajuizou ação de investigação de pater-nidade em face do suposto pai. Entendendo pela desnecessidade da atuação do Parquet como ór-gão agente, determinou o juiz da causa a sua ex-clusão do polo ativo, para nele manter apenas o menor. De acordo com a disciplina processual vi-gente, tal decisão é:(A) insuscetível de impugnação por qualquer via re-

cursal típica ou mandado de segurança.(B) irrecorrível, embora impugnável por mandado

de segurança.(C) impugnável por recurso de agravo de instru-

mento.(D) impugnável por recurso de apelação.

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56. (FGV/2016) Em razão de grave enfer-midade, consumidor de plano de saúde

ajuizou demanda em que pleiteava a condenação da operadora prestadora do serviço a lhe custear um tratamento específico, indicado por seu mé-dico, e que a empresa alegava não estar previsto no contrato. Sem prejuízo da tutela jurisdicional definitiva, abarcando a condenação da ré a cum-prir a obrigação contratual e a pagar verbas repa-ratórias de danos morais, o autor requereu, em sua inicial, a concessão de tutela provisória, con-substanciada na determinação judicial, inaudita altera parte, para que a empresa viabilizasse de imediato o tratamento pretendido, o que foi de-ferido. Quanto a essa providência provisória, po-de-se afirmar que a sua natureza é de tutela:

(A) de urgência cautelar.(B) de urgência satisfativa.(C) da evidência cautelar.(D) da evidência sancionatória.

57. (FGV/2016) Pedro, proprietário de um bem imóvel situado na Comarca de Ni-

terói, ao saber que o mesmo foi ocupado, sem a sua autorização, por Luiz, intentou ação reivindi-catória na Comarca do Rio de Janeiro, onde é do-miciliado. De acordo com a sistemática processu-al vigente, o réu:

(A) deve alegar o vício de incompetência como pre-liminar de sua contestação, embora o juiz possa conhecer ex officio da matéria.

(B) deve alegar o vício de incompetência como pre-liminar de sua contestação, sem que o juiz possa conhecer ex officio da matéria.

(C) deve alegar o vício de incompetência pela via da exceção, sem que o juiz possa conhecer ex offi-cio da matéria.

(D) deve alegar o vício de incompetência pela via da exceção, embora o juiz possa conhecer ex offi-cio da matéria.

58. (FGV/2016) Diante do descumprimen-to de obrigação contratual, o credor

ajuizou ação de cobrança em face do devedor. A petição inicial foi distribuída à 1ª Vara Cível da Comarca da Capital no dia 22 de março de 2016, com juízo positivo de admissibilidade da demanda em 04 de abril e citação válida do réu em 19 de abril. Por seu turno, o devedor também propôs demanda, pleiteando a declaração de nulidade do mesmo contrato, tendo a sua peça exordial sido distribuída à 9ª Vara Cível da mesma comarca, no dia 24 de março de 2016, com juízo positivo de admissibilidade da ação em 01 de abril e citação

válida em 25 de abril. À luz da sistemática proces-sual vigente, os feitos:

(A) não podem ser reunidos, devendo cada qual tra-mitar perante o juízo cível para onde a respecti-va petição inicial foi distribuída.

(B) devem ser reunidos, em razão do vínculo da continência, estando prevento o juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital.

(C) devem ser reunidos, em razão do vínculo da continência, estando prevento o juízo da 9ª Vara Cível da Comarca da Capital.

(D) devem ser reunidos, em razão do vínculo da co-nexão, estando prevento o juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital.

59. (FGV/2016) Em uma embarcação pú-blica estrangeira, em mar localizado no

território do Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado contra sua vida pela conduta de João, argentino residente no Brasil, que conse-guiu se infiltrar no navio passando-se por fun-cionário da cozinha, já planejando o cometimento do delito. O presidente do Brasil, porém, é socor-rido e se recupera, enquanto João é identificado e preso na Bahia, um mês após os fatos. Conside-rando a situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, é correto afirmar que a João

(A) não pode ser aplicada a lei brasileira, já que o crime foi cometido no estrangeiro.

(B) poderá ser aplicada a lei brasileira, com base no princípio da territorialidade.

(C) poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha sido absolvido ou conde-nado no estrangeiro.

(D) poderá ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime não seja julgado no estrangeiro.

60. (FGV/2016) Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão traba-

lhando dentro de um armazém localizado no Por-to de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em ra-zão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Diego, que estava mais próximo da porta, vai sair, Júlio César, desespera-do por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o ar-mazém. Diego sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Diego ficou com

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debilidade permanente de membro. Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto afirmar que a conduta de Júlio César

(A) configura crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável.

(B) está amparada pelo instituto da legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude.

(C) configura crime de lesão corporal gravíssima, sendo o fato típico, ilícito e culpável.

(D) está amparada pelo instituto do estado de ne-cessidade, causa de exclusão da ilicitude.

61. (FGV/2016) Marco, 40 anos, foi denun-ciado pela prática do crime de lesão cor-

poral culposa praticada na direção de veículo au-tomotor, cuja pena privativa de liberdade prevista é de detenção de 06 meses a 02 anos. Os fatos ocorreram em 02.02.2011, e, considerando que não houve interesse em aceitar transação penal, composição dos danos ou suspensão condicional do processo, foi oferecida denúncia em 27.02.2014 e recebida a inicial acusatória em 11.03.2014. Após a instrução, foi Marco condenado à pena mínima de 06 meses em sentença publicada em 29.02.2016, tendo a mesma transitado em julgado. Conside-rando os fatos narrados e a atual previsão do Có-digo Penal, é correto afirmar que:(A) deverá ser reconhecida a extinção da punibili-

dade de Marco em razão da prescrição da pre-tensão punitiva pela pena em abstrato.

(B) deverá ser reconhecida a extinção da punibili-dade de Marco em razão da prescrição da pre-tensão punitiva pela pena em concreto.

(C) deverá ser reconhecida a extinção da punibili-dade de Marco em razão da prescrição da pre-tensão executória.

(D) não deverá ser reconhecida a extinção da puni-bilidade de Marco, pois não ocorreu prescrição.

62. (FGV/2016) Carlos é investigado pela prática do crime de homicídio culposo

na direção de veículo automotor (art. 302, CTB – pena: detenção, de 2 a 4 anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor). No curso das in-vestigações, o Ministério Público encontra dificul-dades na obtenção da justa causa, mas constam informações de que Carlos conversa e ri dos fatos com amigos ao telefone, admitindo o crime. Dian-te disso, o delegado representa pela interceptação de comunicações telefônicas. Sobre os fatos nar-rados, é correto afirmar que a interceptação:(A) não deverá ser decretada, pois ainda na fase de

inquérito policial.

(B) poderá ser decretada, mas não poderá ultrapas-sar o prazo de 30 dias, prorrogável por igual pe-ríodo.

(C) não deverá ser decretada em razão da pena pre-vista ao delito investigado.

(D) poderá ser decretada e a divulgação de seu con-teúdo sem autorização judicial configura crime.

63. (FGV/2016) João foi aprovado em con-curso público para ingresso no quadro

de funcionários do Ministério Público, sendo no-meado e tendo tomado posse, e, apesar de não ter assumido sua função por razões burocráticas, já foi informado de que seria designado para atuar junto à Promotoria de Justiça Criminal de Duque de Caxias. Ciente da existência de investigação para apurar ilícitos fiscais que estariam sendo praticados por empresário da cidade, colega de seu pai, procura o advogado do investigado e narra que será designado para atuar na Promoto-ria com atribuição para o caso, passando a solici-tar a quantia de 50 mil reais para, de alguma for-ma, influenciar naquela investigação de maneira favorável ao indiciado. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que a conduta de João, em tese:(A) configura crime de corrupção passiva.(B) configura crime de prevaricação.(C) configura crime de advocacia administrativa.(D) configura crime de exercício funcional ilegal-

mente antecipado ou prolongado.

64. (FGV/2016) Caio ocupa cargo em co-missão em órgão da administração di-

reta, tendo se apoderado, indevidamente e em proveito próprio, de um laptop pertencente ao órgão por ele dirigido e do qual tinha a posse em razão do cargo. Diante do fato narrado, Caio de-verá responder por:(A) crime comum, mas não próprio, já que não pode

ser considerado funcionário público.(B) peculato-furto, com o aumento de pena em ra-

zão do cargo comissionado ocupado.(C) peculato apropriação, com o aumento de pena

em razão do cargo comissionado ocupado.(D) peculato apropriação, com direito à extinção da

punibilidade se devolvida a coisa ou reparado o dano antes do recebimento da denúncia.

65. (FGV/2016) Foi instaurado inquérito policial, no Rio de Janeiro, para apurar

as condições da morte de Maria, que foi encon-trada já falecida em seu apartamento, onde resi-dia sozinha, vítima de morte violenta. As investi-gações se estenderam por cerca de três anos, sem

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que fosse identificada a autoria delitiva, apesar de ouvidos os familiares, o namorado e os vizi-nhos da vítima. Em razão disso, o inquérito poli-cial foi arquivado, nos termos da lei, por ausência de justa causa. Seis meses após o arquivamento, superando a dor da perda da filha, a mãe de Ma-ria resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da vítima para doação. Encontra, então, escondida no armário uma câmera de fil-magem e verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu namorado dois dias antes do crime, ocasião em que este afirmou que sempre a amou e que se Maria não terminasse o namoro “sofreria as consequências”. Considerando a situação narrada, é correto afir-mar que a filmagem:

(A) é considerada prova nova ou notícia de prova nova, mas não poderá haver desarquivamento, já que a decisão de arquivamento fez coisa jul-gada.

(B) não é considerada prova nova ou notícia de pro-va nova, tendo em vista que já existia antes do arquivamento, de modo que não cabe desarqui-vamento com esse fundamento.

(C) é considerada prova nova ou notícia de prova nova, podendo haver desarquivamento do in-quérito pela autoridade competente.

(D) considerada ou não prova nova ou notícia de prova nova, poderá gerar o desarquivamento di-reto pela autoridade policial para prossegui-mento das investigações.

66. (FGV/2016) Promotor de Justiça com atribuição recebe autos de inquérito

policial em que se apura a prática do crime de es-tupro de vulnerável, crime este de ação penal pú-blica incondicionada. Entendendo que não há pro-va de que o crime ocorreu, 05 dias após receber os autos, promove pelo arquivamento, encaminhan-do o inquérito para homologação do magistrado. Tomando conhecimento dessa informação, a avó da vítima apresenta queixa em ação penal privada subsidiária da pública. Considerando o fato narra-do, é correto afirmar que tal queixa:

(A) deve ser recebida e, em caso de negligência do querelante, deve ser reconhecida a perempção.

(B) não deve ser recebida, tendo em vista que o ins-tituto da ação penal privada subsidiária da pú-blica não foi recepcionado pela Constituição de 1988.

(C) deve ser recebida, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva ou aditar a queixa.

(D) não deve ser recebida, pois não houve omissão do Ministério Público.

67. (FGV/2016) O processo penal pode ser considerado uma relação jurídica pro-

cessual envolvendo diversos atores. Dentre esses sujeitos do processo, tanto a legislação penal quanto a doutrina preocupam-se em conferir um tratamento detalhado sobre o acusado e seu de-fensor, de modo a se garantir, com isso, o respeito aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Sobre o tema, de acordo com o Código de Processo Penal, é correto afirmar que:(A) nenhum acusado poderá ser julgado sem defen-

sor, exceto se foragido, não podendo ser locali-zado.

(B) o Ministério Público poderá oferecer denúncia em face de indivíduo a partir de características e identidade física, ainda que desconhecido seu verdadeiro nome ou completa qualificação.

(C) o acusado, em seu interrogatório, possui direito integral ao silêncio, ou seja, sobre os fatos impu-tados e também sobre seus dados qualificativos.

(D) o direito ao silêncio e o direito de não produzir provas contra si faz com que o acusado possa, de maneira legal, imputar o crime pelo qual foi denunciado a terceiro determinado, ainda que o saiba inocente.

68. (FGV/2016) Clarisse foi vítima de um crime de lesão corporal grave, pratica-

do por seu primo. O Ministério Público ofereceu denúncia, requerendo a oitiva de Clarisse, vítima, e seu vizinho Lucas, testemunha. Arrependida de narrar o fato ao Ministério Público, Clarisse não comparece à audiência de instrução e julgamen-to, apesar de devidamente intimada. Lucas tam-bém foi intimado pessoalmente por oficial de justiça e não comparece injustificadamente. Con-siderando a situação narrada e as previsões do Código de Processo Penal, é correto afirmar que:(A) nem Clarisse nem Lucas poderão ser conduzidos

coercitivamente, mas, se comparecerem, têm obrigação de dizer a verdade.

(B) tanto a testemunha quanto a vítima poderão ser conduzidas coercitivamente diante da ausência injustificada.

(C) Lucas poderá ser conduzido coercitivamente, já que testemunha, mas a vítima não, e também não poderá ser punida com multa.

(D) Clarisse poderá ser conduzida coercitivamente, mas a Lucas somente poderá ser aplicada multa.

69. (FGV/2016) Ana e Carolina foram de-nunciadas pela prática de crimes de

homicídio em processos distintos, já que foram imputados fatos diferentes a cada uma delas. Após encerrada a instrução probatória da primei-

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ra fase do procedimento bifásico do Tribunal do Júri, em alegações finais, o Ministério Público pe-diu a pronúncia de cada uma das rés em seus pro-cessos, enquanto a defesa técnica das duas pediu absolvição sumária ou, subsidiariamente, impro-núncia. O juiz proferiu as duas decisões no mes-mo dia, impronunciando Ana e pronunciando Ca-rolina, submetendo esta ao julgamento plenário do Tribunal do Júri. Nesse caso, da decisão de impronúncia e da decisão de pronúncia caberão os seguintes recursos, respectivamente:(A) apelação e recurso em sentido estrito.(B) apelação e apelação.(C) agravo e recurso em sentido estrito.(D) recurso em sentido estrito e recurso em sentido

estrito.

70. (FGV/2013) Os empregados Pedro, José e Ivo trabalham na empresa alfa e es-

tão com seus contratos de trabalho suspensos pelos seguintes motivos: Pedro está afastado por ter sofrido acidente de trabalho típico; José en-contra-se no exterior realizando curso de douto-rado e Ivo está prestando serviço militar junto à Marinha do Brasil. Em relação ao FGTS desses empregados, assinale a afirmativa correta.(A) A empresa continuará tendo que depositar o

FGTS mensal de Pedro e Ivo.(B) O depósito do FGTS somente é obrigatório em

relação a José.(C) A empresa é obrigada a depositar o FGTS de to-

dos os empregados.(D) O acidente de trabalho permite que Pedro saque

o FGTS.

71. (FGV/2013) Heleno, representante co-mercial autônomo, firma contrato de

trabalho com uma empresa que fabrica utensílios médicos, tendo uma área delimitada onde so-mente ele pode vender os produtos. No contrato de Heleno há uma cláusula del credere. Sobre essa situação, assinale a afirmativa correta.(A) Cláusula del credere é aquela em que se prevê

que, caso um vendedor realize negócios na área exclusiva de outro representante comercial, o titular daquela área geográfica terá direito ao recebimento da comissão. Essa cláusula é válida.

(B) Cláusula del credere é aquela em que o repre-sentante comercial poderá dar crédito ao com-prador, com liberdade e de forma ilimitada, mas não responderá por eventual insolvência do comprador. A cláusula é inválida, pois transfere para o representado o risco do negócio.

(C) Cláusula del credere é aquela em que o repre-sentante comercial é considerado, por força de

contrato, empregado da empresa representada, mas excepcionalmente não poderá reclamar ju-dicialmente o reconhecimento de vínculo em-pregatício, senão diferenças nas comissões. Em contrapartida, recebe percentual dos lucros ob-tidos pela empresa representada. A cláusula em questão é válida.

(D) Cláusula del credere é aquela pela qual o vende-dor se torna devedor caso o comprador não efe-tue o pagamento dos produtos, sendo vedada por lei no contrato de representação comercial.

72. (FGV/2014) Em agosto de 2012, um Município contratou diretamente uma

pessoa física para atendimento ao público no bal-cão de uma de suas repartições, sem concurso público e sem que ela ocupasse cargo de confian-ça ou houvesse qualquer urgência. Um ano após, realizou a dispensa dessa pessoa, sem nada lhe pagar, o que motivou o ajuizamento de reclama-ção trabalhista pela pessoa contratada. Sobre essa situação, de acordo com o entendimento do TST e STF, assinale a afirmativa correta.(A) O caso envolve trabalho ilícito e, assim, nenhum

direito poderá ser reconhecido, sob pena de bur-la à Constituição Federal.

(B) O contrato em tela é proibido, mas como o tra-balho beneficiou o Município e a sociedade em geral, são devidos todos os direitos normalmen-te (aviso prévio, 13º salário, férias e FGTS).

(C) Trata-se de contrato nulo, ensejando o paga-mento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.

(D) O contrato é válido porque se trata de um ato administrativo. Todos os direitos serão respeita-dos (aviso prévio, 13º salário, férias e FGTS) e a dispensa deve ser motivada, sob pena de reinte-gração, conforme decidiu o STF.

73. (FGV/2016) Gerson trabalha numa so-ciedade de economia mista estadual

desde 2004. Ele foi aprovado em concurso públi-co para o cargo X, mas no decorrer do contrato de trabalho foi desviado de suas atividades e atual-mente exerce as funções relativas ao cargo Y, de maior complexidade e salário. Ainda com o con-trato em vigor, Gerson ajuíza reclamação traba-lhista postulando o reconhecimento do desvio funcional, o enquadramento correto, de acordo com o que está de fato realizando, e o pagamento das diferenças salariais pretéritas. De acordo com as normas em vigor e do entendimento consoli-dado do TST, assinale a afirmativa correta.

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(A) Se comprovado o desvio, Gerson terá direito às diferenças salariais, mas não terá direito a um novo enquadramento.

(B) O pedido formulado é juridicamente impossível em razão da natureza jurídica da reclamada, de modo que será julgado improcedente.

(C) O empregado fará jus a um novo enquadramen-to em razão do princípio da primazia da realida-de e da proteção à figura do trabalhador.

(D) As Leis são omissas a respeito, de modo que não há óbice ao reconhecimento do desvio funcio-nal, mas a diferença salarial será retroativa à data do ajuizamento da ação.

74. (FGV/2016) Pedro e João são amigos e exercem a função de vigilante em em-

presas diferentes. Ambos cumprem escala de 12x36 horas. A empresa na qual Pedro trabalha firmou acordo coletivo com o sindicato dos vigi-lantes prevendo a jornada em escala 12x36 horas, enquanto o empregador de João, não. Sabe-se que, na convenção coletiva da categoria, não existe previsão de escala especial. Diante da hi-pótese retratada e do entendimento consolidado pelo TST, em relação aos plantões cumpridos nos domingos e feriados pelos empregados em tela, assinale a afirmativa correta.(A) Ambos receberão, como hora extra adicionada

de 100%, as horas cumpridas nos plantões cum-pridos nos domingos e feriados, caso não com-pensados.

(B) Pedro tem direito ao pagamento, como hora ex-tra, apenas dos plantões cumpridos nos feriados, caso não tenha compensado as horas.

(C) Nenhum deles receberá hora extra, independen-temente do dia de plantão, pois a jornada men-sal não ultrapassa 220 horas.

(D) João tem direito ao pagamento, como hora ex-tra, apenas dos plantões cumpridos nos domin-gos, caso não tenha compensado as horas.

75. (FGV/2016) No contracheque de Miriam do mês de março de 2015 existem diver-

sos descontos: INSS, imposto sobre a renda, adian-tamento salarial que a empresa promove no dia 15 de cada mês, contribuição sindical, contribuição confederativa, contribuição de revigoramento, va-le-transporte (6% do salário) e assistência médica. Sabe-se que Miriam não é sindicalizada nem auto-rizou qualquer desconto, seja na admissão ou pos-teriormente. Diante da situação retratada, de acor-do com a CLT e o entendimento consolidado do STF e TST, assinale a afirmativa correta.(A) Todos os descontos são válidos, já que autoriza-

dos por lei.

(B) O desconto de contribuição sindical, já que a trabalhadora não é sindicalizada, é inválido.

(C) As subtrações efetuadas a título de contribuição confederativa, contribuição de revigoramento e assistência médica são inválidas.

(D) Os descontos efetuados sob as rubricas de adiantamento salarial, contribuição sindical e contribuição confederativa são válidos.

76. (FGV/2014) Reginaldo foi empregado da empresa Olho Vivo Ltda., onde

atuou como vigilante. Durante todo o contrato de trabalho, foi vigilante terceirizado numa empresa pública Municipal, em licitação vencida pelo seu empregador. Após ter sido dispensado, Reginaldo ajuizou reclamação trabalhista apenas contra a Olho Vivo Ltda., sagrando-se vencedor no pleito de horas extras e reflexos. Iniciada a execução contra a ex-empregadora, não logrou sucesso, inclusive na tentativa de direcionar a execução contra os sócios. Não vendo esperança no recebi-mento do crédito, Reginaldo ajuizou nova deman-da apenas contra a empresa pública Municipal, desejando executá-la, já que ela foi a tomadora dos serviços, e por isso responsável de forma sub-sidiária em virtude da terceirização. Diante do quadro exposto e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.(A) Não será possível a execução desejada na 2ª

ação, já que a empresa pública Municipal não participou da ação original, daí por que não consta do título executivo.

(B) Diante do princípio da proteção ao trabalhador, é viável o ajuizamento de nova demanda na qual se persiga apenas a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora dos serviços.

(C) Tanto a Lei quanto a jurisprudência são omissas a respeito, daí por que caberá ao juiz, em cada caso concreto, analisar a possibilidade de defe-rir, ou não, a pretensão deduzida.

(D) Impossível o ajuizamento de nova demanda ape-nas para fins de execução, pois o correto seria requerer, na ação original, o direcionamento da execução contra o ente Municipal, mesmo não sendo ele réu original.

77. (FGV/2016) Um capataz ajuizou ação trabalhista contra o operador portuário

e o OGMO, logrando a concessão de tutela anteci-pada de plano. Intimado, o operador portuário im-petrou Mandado de Segurança, conseguindo junto ao relator liminar para suspender os efeitos da tu-tela antecipada, devidamente cumprida pelo juízo de 1º grau. Antes do julgamento do writ adveio a sentença nos autos da ação trabalhista, na qual o

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pedido foi julgado procedente e deferida nova-mente, agora no bojo da sentença, a tutela anteci-pada. Acerca da atitude processual necessária para atacar de imediato a tutela antecipada deferida na sentença, considerando a sistemática recursal vi-gente na seara trabalhista e o entendimento con-solidado do TST, assinale a afirmativa correta.(A) Como o juiz de 1º grau desrespeitou a ordem do

TRT, gerando subversão à ordem processual, o advogado deverá valer-se de reclamação correi-cional.

(B) Diante da situação narrada, o advogado deverá impetrar novo Mandado de Segurança, desta feita alvejando a sentença.

(C) Caberá ao advogado interpor Recurso Ordinário e, paralelamente, ajuizar Medida Cautelar para tentar conferir efeito suspensivo ao RO.

(D) A hipótese retratada, por irregular, autoriza o ajuizamento de pedido de providências, sem prejuízo da sanção disciplinar ao magistrado.

78. (FGV/2016) Em determinada reclama-ção trabalhista, o autor postula o pa-

gamento de horas extras. Em defesa, a empresa afirma e prova que possui 7 (sete) empregados e junta controles de ponto com horários invariáveis (“britânicos”). Quando de sua manifestação, o autor impugnou os controles, afirmando que eles não são fidedignos.Acerca da distribuição do ônus da prova,

com base na CLT e no entendimento consolidado do TST, assinale a afirmati-va correta.

(A) Uma vez que os controles não contêm variação, aplica-se a confissão em desfavor da empresa, sendo considerada verdadeira a jornada da peti-ção inicial e dispensada a realização de outras provas.

(B) Haverá inversão do ônus da prova, que passará a ser da empresa e, caso dele não se desincumba, será considerada verdadeira a jornada da peça de gênese.

(C) Possuindo a empresa menos de 10 empregados, sequer tinha obrigação de juntar controle; se o fez, mesmo com horários invariáveis, não será punida e o ônus da prova permanece com o re-clamante.

(D) Controles com horários invariáveis não têm qualquer efeito na seara trabalhista, pela pre-sunção absoluta de falsidade e aplicação da confissão, mesmo que sejam validados pelo au-tor no depoimento pessoal.

79. (FGV/2016) No decorrer de uma cau-sa trabalhista que se encontra na

fase executória, e sem que o juízo fosse garan-tido, o executado apresenta exceção de pré--executividade, ventilando três matérias de or-dem pública. Duas dessas matérias são rejeita-das, mas uma delas (a tese de nulidade de cita-ção) é acolhida, sendo então julgada proceden-te, em parte a exceção. Sobre a situação retra-tada e a sistemática recursal trabalhista, assi-nale a afirmativa correta.(A) A situação problema está equivocada, uma vez

que está pacificado que não cabe exceção de pré-executividade na Justiça do Trabalho.

(B) Caberá recurso ordinário para atacar a parte que pôs fim ao processo.

(C) Em razão do princípio da celeridade, não caberá qualquer recurso da decisão de exceção de pré--executividade narrada.

(D) Na situação retratada, caberá a interposição de recurso de agravo de petição.

80. (FGV/2016) O recurso de revista é de natureza extraordinária, cabível em

face de acórdãos proferidos pelos Tribunais Re-gionais do Trabalho, tendo por objetivo uniformi-zar a interpretação das legislações estadual, fe-deral e constitucional no âmbito da competência da Justiça do Trabalho. Trata-se de recurso com pressupostos rígidos de conhecimento, não se destinando à apreciação de fatos e provas. Acerca da sistemática do recurso de revista e de acordo com a CLT e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.(A) A parte pode se valer do jus postulandi na inter-

posição do recurso de revista, ciente de que ar-cará com os efeitos danosos caso não consiga cumprir os requisitos técnicos.

(B) No procedimento sumaríssimo cabe recurso de revista por violação de Súmula ou OJ do TST, à Súmula vinculante do STF e por violação direta da CRFB/88.

(C) Cabe recurso de revista em face dos acórdãos prolatados em dissídio coletivo pelos Tribunais Regionais do Trabalho, no prazo de 8 dias, con-tados em dobro se a parte for a Fazenda Pública.

(D) Na fase executória cabe recurso de revista por violação à lei federal, por divergência jurispru-dencial e por ofensa à CRFB/88 nas execuções fiscais e nas controvérsias que envolvam a Cer-tidão Negativa de Débitos Trabalhistas.

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Gabarito Justificado

QUESTÃO ALTERNATIVA JUSTIFICATIVA

1 D Incorreta, “mesmo além dos”, art. 7º, VI, a, EOAB.

2 ADe acordo com o art. 8º do EOAB, “idoneidade moral”, observado os § § 3º e 4º do mesmo artigo.

3 B Art. 20, § 2º, EOAB.

4 B Errada, cinco anos, art. 25-A, EOAB.

5 C Art. 7º do Regulamento Geral.

6 D Art. 7º, I, EOAB.

7 A Art. 3º, § 1º, EOAB.

8 B Art. 28, III, EOAB.

9 A Art. 39, CED.

10 C Art. 54, IX, c/c art. 58, III, EOAB.

11 CO Positivismo Jurídico separa o Direito da Moral; não existem as doutrinas Pós-Jusnatu-ralista e Pós-Historicista. O Pós-Positivismo ou Neopositivismo sustenta que a moral e justiça são componentes intrínsecos do ordenamento jurídico.

12 B A norma moral não se utiliza da coerção externa para regular a conduta humana.

13 D A competência legislativa é da União, vide art. 22, I, da CF, por se tratar de direito civil.

14 C

Segundo Pedro Lenza, “partindo da ideia de unidade da Constituição, os bens jurídicos constitucionalizados deverão coexistir de forma harmônica na hipótese de eventual conflito ou concorrência entre eles, buscando, assim, evitar o sacrifício (total) de um princípio em relação a outro em choque. O fundamento da ideia de concordância decor-re da inexistência de hierarquia entre os princípios” (Direito Constitucional Esquemati-zado. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 160).

15 B Art. 103-A, § 3º, CF.

16 D Art. 5º, LXXII, b, CF. Súmula 2, STJ.

17 DSegundo Pedro Lenza, a ADPF pode ser de duas espécies, autônoma (art. 1º, caput, Lei n. 9.882/99) e incidental (art. 1º, parágrafo único) (op.cit.). Esta última é a situação da questão (“municipal”).

18 A Art. 208, II, CF.

19 B Súmula Vinculante 3 do STF. Vide ainda Mandado de Segurança 24.781, STF.

20 C Art. 48, § 2º, Lei n. 13.146/2015.

21 D Art. 2º, VI, Lei n. 12.318/2010.

22 BFoi em Viena, capital da Áustria, que se realizou a Conferência Mundial sobre os Direitos do Homem, entre os dias 14 e 25 de junho de 1993.

23 DArt. 12, II, b, CF. De acordo com o STF, o requerimento de aquisição de nacionalidade brasileira possui caráter meramente declaratório, cujos efeitos retroagem à data da so-licitação (RE 264848/TO).

24 D Art. 5º, LI, CF.

25 C Art. 151, VI, c/c art. 155-A, § 1º, CTN.

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26 B Art. 16, III, Lei n. 6.830/1980.

27 A Art. 150, VI, b, CF.

28 B Art. 150, § 1º, CF.

29 B Art. 38, § 1º, Lei n. 8.987/1995.

30 D

Segundo Licínia Rossi e Juliano Heinen, “a teoria dos motivos determinantes consiste na seguinte premissa: a Administração se vincula aos motivos que elegeu para a prática do ato. Os motivos devem ser verdadeiros e existentes, sob pena de anulação do ato” (Passe em Concursos Públicos: Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 53).

31 CSegundo Licínia Rossi e Juliano Heinen, a servidão administrativa pode ser conceituada a partir da definição dada pelo Código Civil (art. 1.378) à servidão predial, mas que não se confunde (op.cit.).

32 D Art. 24, XII, Lei n. 8.666/93.

33 ASegundo Licínia Rossi e Juliano Heinen, “desconcentração é a distribuição de competên-cias dentro de uma mesma entidade” (op.cit., p. 98).

34 A Art. 37, V, CF.

35 C Art. 225, § 1º, IV, CF.

36 B Art. 7º, § 3º, Lei n. 12.651/2012.

37 A Art. 50, CC.

38 C Art. 188, II, c/c art. 929 e art. 930, CC.

39 A Art. 1.841, CC.

40 D Art. 238, CC.

41 B Art. 1.556 c/c art. 1.557, CC.

42 A Art. 1.393, CC.

43 BRemissão da dívida (art. 385); Cessão de crédito (art. 286); Novação (art. 360); e Sub--rogação (art. 346), todos artigos do CC.

44 C Art. 122, ECA.

45 B Art. 136, b, ECA.

46 A Art. 49, CDC.

47 D

Segundo o STJ: “A jurisprudência desta Corte tem mitigado os rigores da teoria finalista para autorizar a incidência do CDC nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurí-dica), embora não seja tecnicamente a destinatária final do produto ou serviço, se apresente em situação de vulnerabilidade. Tem aplicação a Súmula 83 do STJ” (AgRg no AREsp 646466/ES).

48 D Art. 27, Lei n. 7.357/85.

49 B Art. 48, II, Lei n. 11.101/2005.

50 D Art. 1.157 e parágrafo único c/c art. 1.039, CC.

51 C Art. 1.149, CC.

52 D Art. 138, § 2º, Lei n. 6.404/76.

53 B Art. 487, I, NCPC.

54 D Art. 246, § 3º, c/c art. 321 e parágrafo único, NCPC.

55 C Art. 203, § 2º, c/c art. 1.015, VII, NCPC.

56 BArt. 294 e parágrafo único, NCPC, observada a expressão “satisfativa” como sendo aque-la tutela de urgência antecipada.

57 A Art. 64, NCPC.

58 D Arts. 55, 58 e 59, NCPC.

59 C Art. 7º, I, a, c/c art. 7º, § 1º, CP.

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60 D Art. 24, CP.

61 D Art. 109 c/c art. 110, CP.

62 C Art. 2º, III, Lei n. 9.296/96.

63 A Art. 317, CP.

64 C Art. 312 c/c art. 327, § 2º, CP.

65 C Art. 18, CPP.

66 D Art. 29, CPP.

67 B Art. 259, CPP.

68 B Art. 201, § 1º, c/c art. 458, CPP.

69 A Art. 581, IV, c/c art. 416, CPP.

70 A Art. 15, § 5º, Lei n. 8.036/1990.

71 D Art. 43, Lei n. 4.886/65.

72 C Súmula 363, TST.

73 A Súmula 378, STJ, c/c OJ 125 SDI1. TST.

74 B Súmula 444, TST.

75 C Súmula Vinculante 40, STF, c/c Precedente Normativo 119, TST, c/c Súmula 342, TST.

76 A Súmula 331, IV, TST.

77 C Súmula 414, TST.

78 B Súmula 338, III, TST.

79 D Art. 897, a, CLT.

80 D Art. 896, § 10, CLT.

31

Independentemente do seu resultado neste simulado, é preciso lembrar que apenas um teste é muito pouco para um diagnóstico das suas condições para a prova. Se bastasse uma tentativa, livros com mais de cinco mil questões comentadas não fariam sentido algum. Ao contrário, são os mais vendidos e aceitos para o público de Exame de Ordem e concursos públicos.

Certamente você não encontrará nenhuma contradição em resolver milhares de questões, no máximo algo do tipo: “O Ministério da Saúde adverte: resolver toneladas de questões causa tendinite”. De qualquer modo, toda prova resolvida ou questões avulsas respondidas trazem alguma informação a respeito dos seus estudos, portanto, não podem ser ignoradas. Assim, se a média da 1ª fase para aprovação é 50% de acertos, este percentual deve, no mínimo, ser uma constante na sua preparação.

Busque resolver todas as provas já aplicadas no Exame de Ordem Unificado pela FGV, das mais novas para as mais antigas, com cuidado, pois muitas questões já estão desatualizadas. Passou por todas elas? Questões realizadas pela CESPE para OAB também são válidas, principalmente aquelas que exigem interpretação de uma situação hipotética. Posso estudar por outras bancas? Sim, não há pro-blema, mas, do mesmo modo, encare questões que tragam um “probleminha”, exatamente como a FGV tem cobrado no Exame de Ordem.

Sugiro não resolver 1.000 questões de direito penal, por exemplo, de uma única vez, porque o resultado não será o mesmo caso você divida a atenção com outras disciplinas. Explico. Quando resol-vemos apenas questões (muitas delas) de uma única disciplina, vamos trabalhar com conceitos e ins-titutos próximos ou interligados. O cérebro irá se acostumar unicamente com um tipo de linguagem. No entanto, se trabalharmos questões de diversas disciplinas ao mesmo tempo, como acontece no dia da prova (lembrem-se: são 17 disciplinas!), certamente o resultado será mais próximo da realidade, ou seja, vamos precisar também enfrentar a confusão de conceitos e denominações.

Portanto, prefira trabalhar com mais de uma disciplina e sempre realize simulados completos ou resolva uma prova do início ao fim, pois nesses casos vamos enfrentar a realidade do que nos espera do grande “Dia D”. Tenha certeza, a sua aprovação o espera, seja mais cedo, seja mais tarde, mas o espera. Qual é o nosso papel? Antecipá-la!

Considerações Finais