sillcose
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Texto descrevendo as atividades associadas com o desenvolvimento da silicoseTRANSCRIPT
Silicose
A silicose é causada por inalação de poeira de sílica livre cristalina
(quartzo). Caracteriza-se por um processo de fibrose, com formação
de nódulos isolados nos estágios iniciais e nódulos conglomerados e
disfunção respiratória nos estágios avançados. Atinge trabalhadores de
vários ramos produtivos: como jateamento, fabricação de cerâmica,
azulejos, pisos, mineração subterrânea e a céu aberto, fundição de
ferro aço e minerais entre outras
A silicose é causada por inalação de poeira de sílica livre cristalina
(quartzo). Caracteriza-se por um processo de fibrose, com formação
de nódulos isolados nos estágios iniciais e nódulos conglomerados e
disfunção respiratória nos estágios avançados 2,3,4,5
. Atinge
trabalhadores inseridos em diversos ramos produtivos como:
Indústria extrativa (mineração subterrânea e a céu aberto,
perfuração de rochas e outras atividades de extração, como pedreiras e
beneficiamento de minérios e rochas que contenham o mineral);
Fundição de ferro, aço ou outros metais onde se utilizam moldes
de areia;
Cerâmicas onde se fabricam pisos, azulejos, louças sanitárias,
louças domésticas e outros;
Produção e uso de tijolos refratários;
Fabricação de vidros (tanto na preparação como também no uso
de jateamento de areia usado para opacificação ou trabalhos
decorativos);
Perfuração de rochas na construção de túneis, barragem e
estradas;
Moagem de quartzo e outras pedras contendo sílica livre e
cristalina;
Jateamento de areia (utilizado na indústria naval, na
opacificação de vidros, na fundição, polimento de peças na industria
metalúrgica e polimento de peças ornamentais);
Execução de trabalho em marmorial com granito, ardósia e
outras pedras decorativas.
Fabricação de material abrasivo.
Escavação de poços.
É importante destacar, que é na Construção Civil, onde os
trabalhadores podem estar expostos a grande quantidade de poeiras
finas de sílica. Exemplo disso são as operações como talhar, utilizar
marteletes, perfurar, cortar, moer, serrar, movimentar materiais e
carga, trabalho de pedreiro, demolição, jato abrasivo de concreto
(mesmo se a areia não for usada como abrasivo), varredura a seco,
limpeza de concreto ou alvenaria com ar comprimido.
Para se ter idéia, em 1988, constatou-se um foco da doença na
região da Ibiapaba no Ceará (Brasil) entre cavadores de poços. Dos
1.202 cavadores de poços da região, 687 de cinco municípios
selecionados para o estudo foram submetidos à IEPP (Educação
Preventiva Educativa Primária) e, destes, 283 participaram do estudo
do papel da IEPP no controle da silicose. Todos eram homens, com
idades variando de 18 a 78 anos; 115 eram silicóticos, 122 não
silicóticos e 46 ignoravam o diagnóstico1.
Os cavadores adoeciam porque inalavam poeira com conteúdo de
97,4% de sílica, uma concentração no ambiente de trabalho que
ultrapassava em até 344 vezes o limite de tolerância permitido pelas
leis trabalhistas brasileiras1.
1. ALCÂNTARA, Márcia Alcântara, et al. Silicose em cavadores de poços da
região da Ibiapaba (CE): da descoberta ao controle. Disponível em:
<http://www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/1999_25_1_3_portugues.pdf
.> Acessado em: 27 de Mar. 2009.
2.
3. CASTRO, Hermano Albuquerque de; SILVA, Carolina Gimenes da;
VICENTIN, Genésio. Estudo das internações hospitalares por
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epidemiologia, São Paulo, v. 8, n. 2, Jun. 2005. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
790X2005000200007&lng=en&nrm=iso >. Acesso em: 27 Mar. 2009. doi:
10.1590/S1415-790X2005000200007.
4. MARTINS, Sérgio Pinto. CLT Universitária. 9ª Ed. São Paulo-SP. Atlas.
2009.
5. MENDES, René. Asbesto (amianto) e doença: revisão do conhecimento
científico e fundamentação para uma urgente mudança da atual política
brasileira sobre a questão. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n.
1, Fev. 2001. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2001000100002&lng=en&nrm=iso >. Acesso em: 27 Mar. 2009. doi:
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6. MENDES, René. Atualização sobre doenças respiratórias ocupacionais:
silicose. 14 (56):19-27,out.-dez.1986. Revista brasileira de saúde
ocupacional, Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgi-
bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILA
CS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=40281&indexSearch=ID>
Acesso em: 24 Mar. 2009.
Valéria Araújo Cavalcante