significado dos ditados populares e das gírias brasileiras

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Significado dos Ditados Populares e das Gírias Brasileiras

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Os ditados e gírias estão por todos os lados: na culinária, no comportamento, nas finanças... Todo dia pensamos ou falamos alguns deles.

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Ditados Popularese das Gírias Brasileiras

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São Paulo 2010Roberto Silvestrini

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Copyright © 2010 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa e Projeto GráficoAline Benitez

Ilustração de capaAlex Sartório

Revisão Priscila Loiola

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

______________________________________________________________S593s Silvestrini, Roberto Significado dos ditados populares e gírias brasileiras / Roberto Sil-vestrini. - São Paulo : Baraúna, 2010. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7923-222-0 1. Máximas. 2. Aforismos e apotegmas. 3. Citações. 4. Língua por-tuguesa - Gíria. I. Título.

10-3557. CDD: 398.9 CDU: 398.9

21.07.10 28.07.10 020447______________________________________________________________

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua João Cachoeira, 632, cj.11CEP 04535-002 Itaim Bibi São Paulo SP

Tel.: 11 3167.4261

www.editorabarauna.com.br

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Dedicatória

Quero oferecer este livro, basicamente, à minha mãe, Camilla dos Anjos Pereira Silvestrini, quando em vida, minha maior incentivadora, apostando todas as fichas na minha educação e cultura. Nunca mediu um milímetro de esforço para o meu aperfeiçoamento, e uma das pessoas mais positivas que tive a honra e o prazer de conviver. Relembro aqui muitos ditados por ela citados, que tinham tudo a ver com a verdade universal, e que jamais saíram da minha memória.

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Homenagem especial

Ao meu querido amigo e irmão, Lourival Romero, pseudônimo “Leon”. Autor de vários livros, montagens teatrais e, como se não bastasse, um ilustrador de mão cheia. Dono de um humor fabuloso, galhofeiro como ele só, era extremamente criativo. De vez em quando me pego rindo das possíveis piadas e gozações que faríamos diante deste “grande circo que estamos metidos”. Foi uma grata satisfação trabalhar e partilhar das mais malu-cas elucubrações humorísticas da minha vida.

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Agradecimentos

A lista é grande, mas quero agradecer em especial ao meu filhote Roberto, pela criação das ilustrações. Aos diálogos que tive com a minha bisavó, que foi a grande fonte inspiradora deste livro; conforme dito, falava atra-vés de Ditados e Expressões Populares. À minha mulher Silvana, também positivista, minha grande incentivadora e também dona de um bom humor e criatividade ímpa-res. Agradecer aos colegas de imprensa e aos anônimos que propagam cotidianamente os ditados populares e as gírias do nosso país, a despeito da enxurrada de neologis-mos estrangeiros que alguns teimam em divulgar, esque-cendo-se de valorizar a nossa língua e a nossa cultura, que é uma das mais ricas do mundo. E por fim agradecer ao Maurício e sua equipe, da Editora Baraúna, que acredita-ram no meu trabalho.

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Sumário

Prefácio - Origens no Brasil . . . . . . . . . . . . . 13Dos Capítulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19Animais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Comportamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37Corpo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91Culinária e utensílios domésticos . . . . . . . . .109Financeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125Mágicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .133Política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .137Religioso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .143Sexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .151Vinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .159Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165

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Prefácio

Origens no Brasil

Como o Brasil foi colonizado pelos portugueses, os primeiros ditados usados pela população foram, obvia-mente, os ditados da santa terrinha.

Portugal, com forte influência da Religião Católica (dogmática, tom conformista, com conceitos baseados no medo, sacrifício, dificuldades, desgraça, obediência), tinha os seus ditados populares na sua maioria inspirados nas parábolas da Bíblia e outros escritos da Igreja.

Lembremos que à época do descobrimento do Brasil a Europa respirava os ares da Santa Inquisição, onde o poder da Igreja era muito forte, senão de influência abso-luta. Sem dúvida, com todos os instrumentos à mão, Pa-róquias, Livros e o Poder Econômico, a Igreja era a maior mídia da época. Por consequência, a maior propagadora desses ditados e expressões populares.

A Igreja doutrinava os fiéis dentro dos templos, com as parábolas e os provérbios, que eram a síntese dos con-ceitos doutrinários que ela queria passar para a popula-

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ção, para exercer o seu poder. E depois, aos poucos, os livros, jornais e as escolas davam o tom da filosofia, da moral e da ética.

Mais recentemente, no século XIX, os imigrantes europeus contribuíram muito para enriquecer os dita-dos populares no Brasil, especialmente no Sul do País. Desse caldo cultural, os ditados e expressões populares divulgados eram a cristalização desses conceitos, sejam eles de origem religiosa ou filosófica, influenciados por grupos dominantes: Igreja, Sociedades Esotéricas, Fazendeiros, Políticos, e mais recentemente os Indus-triais, Comerciantes, Sindicatos, Associações, Entida-des Sociais, Intelectuais, etc.

Eram ditos de forma coloquial, para que todos, dos mais humildes aos mais letrados, pudessem entender as mensagens. Assim, a população se alimentava desses con-ceitos, e, baseados neles, criavam outros ditados e dessa for-ma o sistema se retro-alimentava desses novos conceitos.

E fechavam o ciclo completo da informação, em um processo contínuo de formação de opinião.

Esse tema sempre me interessou. Ouvia com muita atenção as histórias que os mais velhos contavam, princi-palmente as bravuras dos imigrantes, a luta pela sobrevi-vência, em uma terra estranha à sua, cheia de dificulda-des: clima, insetos, índios, comidas, etc.

Todas essas histórias eram ilustradas por ditados e expressões populares, para facilitar a explicação. Isso me encantava. Ficava imaginando como poderia ser uma “ca-misa de onze varas”. Ou “com quantos paus se faz uma canoa” ou, ainda, “nas costas dos outros leio as minhas”.

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Como iria vestir uma camisa de onze varas ou ler alguma coisa nas costas dos outros? E o pior: eles, inques-tionáveis, não explicavam nada. Em alguns casos era bem provável que não sabiam o real significado dessas expres-sões, pois também não lhes explicaram e “vendiam pelo mesmo preço que compravam”. Então, como entender?!

Com muita boa vontade, os pais, os tios, os avós e alguns professores, ao serem indagados, davam a sua ver-são para esses ditados, e sempre usavam como referência os “antigos”. Isso os livrava, de certa forma, da responsa-bilidade do significado exato de cada dito popular.

Outro fator que aumentava a confusão é que para um mesmo ditado havia duas ou três versões. Então, como saber o conteúdo correto deles, se não havia uma explicação satisfatória? E qual delas era a correta?

Nos livros da adolescência, pouca ou nenhuma expli-cação era dada sobre esse assunto. O tempo foi passando e cada vez mais ouvia e lia novos ditados, expressões, gírias e pouco questionava. Muitos os colocavam como forma de conduta, mas, novamente, sem explicações. Diziam-nos repetidamente como papagaios e quando questionados desconversavam ou não sabiam explicar direito.

Com a maturidade, você se pergunta sobre muitas coisas: se esta é a vida que imaginou na sua juventude, se o seu trabalho é esse mesmo, se a sua vida familiar está a contento e por aí vai. Nesse questionamento, os ditados apareciam a toda hora em minha cabeça.Então parei para repensá-los e tentar colocá-los no tempo e no espaço, para ver se ainda tinham sentido nos dias de hoje ou se eram verdades eternas.