MARCELO MARTINS SANTOS

SISTEMA DE INFORMAES GEOGRFICAS DO EMPREENDIMENTO HIDRELTRICO PANDEIROS - PATGEO

Monografia apresentada ao Curso de Especializao em Geoprocessamento da Universidade Federal de Minas Gerais para a obteno do ttulo de Especialista em Geoprocessamento.

Orientador:

Marcos Antonio Timb Elmiro

2002

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SANTOS, Marcelo Martins Sistema de Informaes Geogrficas do empreendimento hidreltrico Pandeiros PATGEO. Belo Horizonte, 2002. n. p.38

Monografia (Especializao) Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Cartografia.

1. SIG. Geoprocessamento. Gesto Patrimonial. Usina Hidreltrica. Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Geocincias. Departamento de Cartografia

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Quando reflito sobre mim, no s reconheo que sou uma coisa imperfeita, incompleta e dependente de outrem, que tende e aspira incessantemente a algo de melhor e de maior do que sou, mas tambm conheo, ao mesmo tempo, que aquele de quem dependo possui em si todas essas grandes coisas a que aspiro e cujas idias encontro em mim, no indefinidamente e s em potncia, mas que ele as desfruta de fato, atual e infinitamente e, assim, que ele Deus.

DESCARTES: Meditaes

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AGRADECIMENTOS

Agradeo a Deus pela ddiva da vida. Aos meus pais pela oportunidade de estar aqui, a minha companheira Regina que me apia e me incentiva a estudar cada vez mais. Aos professores do curso pelo ensinamento transmitido. Ao orientador Marcos Antnio Timb Elmiro por dar-me um rumo, me apoiar e incentivar.

Aos gerentes da CEMIG, em especial Srgio Carvalho Mendona, Francisco Danillo B. S. Orrico e Antnio Trindade vila, que acreditaram no meu potencial e na repercusso gerencial da idia. Ao Jos Osvaldo Santos Lima e Carlos Alberto Moura, ambos do GeoCemig, que me abriram as portas no geoprocessamento na empresa e disponibilizaram a imagem de satlite da rea de Pandeiros. Ao companheiro Jomir Martinho Gonalves que com o seu conhecimento me tirou dos apuros com os softwares.

Ao Eduardo de Oliveira da empresa xitus Projetos Topogrficos Ltda que me cedeu os arquivos digitais e, aos amigos que me incentivam e fazem crticas construtivas ao que fao.

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RESUMO

H pouco tempo atrs os Sistemas de Informaes Geogrficas eram utilizados especificamente por usurios ligados gerao de mapas e seus afins. Nos dias de hoje a necessidade de possuir, atualizar e controlar as informaes vital em qualquer rea de negcio. Conseqentemente, possuir o melhor conjunto de informaes e tecnologia para acess-las possibilita a tomada de decises com antecedncia, eficincia e garantia de sucesso.

O Sistema de Informaes Geogrficas (SIG) permite que, com extrema facilidade, se possa avaliar com profundidade as informaes e, sob essa nova perspectiva, tomar decises geis e confiveis, atravs da total integrao com os dados informaes disponveis na empresa.

A aplicao de um SIG disponibiliza ao administrador, ferramentas para controle e informaes de grandes reas imobilirias de maneira abrangente e atualizada.

Com a criao do Sistema de Gesto Patrimonial na CEMIG ou em outra concessionria de energia eltrica, o controle do ativo imobilirio de um empreendimento hidreltrico ser extremamente eficiente. A gerncia responsvel pelo imobilizado ter as informaes de maneira clara, transparente e dinmica, podendo tomar aes imediatas ou fazer planejamentos diversos.

O sistema cria uma nova mentalidade de gesto de ativos de empreendimentos hidreltricos, pois subsidia o processo de tomada de decises para alienaes, controle de invases, pagamento de tributos, reservas de patrimnio ambiental, definio de limites patrimoniais, cadastro de confrontantes do patrimnio e os efeitos ao meio ambiente e sociedade.

O Sistema de informaes patrimoniais (PatGeo) da usina Pandeiros foi visualizado e manipulado nos softwares de SIG MapInfo e GeoMedia. Os dados dos levantamentos realizados em campo so do perodo de setembro de 2000 a setembro de 2002.

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ABSTRACT

Until a short period ago the Geographic Information Systems were used specifically by users connected to the creation of maps and everything related to it. Now days the need to have, update and control information is vital in any business area. Consequently, to have the best group of information and technology to access it, eases the making of decisions in advance with efficiency and guaranteed success. The System of Geographic Information (SIG) easily allows the detailed evaluation of information and under this new perspective, takes easy and reliable decisions, using the total integration with the information available in the company.

The application of a SIG provides the administrator with tools to control and information of large property areas with a grasp and up-to-date way.

With the creation of the System of Geographic Property Management in CEMIG

or in another electric energy dealership, the control of the active property of an undertaking hydroelectric will be extremely efficient. The Management responsible for the immobilized will have all the information clear, transparent and dynamic, being able to take immediate actions or undertake diversified planning.

The system creates a new mentality of Management of active hydroelectric undertaking, it subsidizes the process of taking decisions for alienation, control of invasions, payment of tribute, environmental property reserve, definition of property limits, register of the property confront ants and the effects to the environment and the society.

The System of Management Information (PATGEO) of the plant Pandeiros will be visualized and manipulated in the SIG Map Info and GeoMedia softwares. The facts of the surveys fulfilled in the fields are from the period of September of 2000 until September of 2002.

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SUMRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... viii

LISTA DE ABREVIATURAS, DEFINIES E SIGLAS............................................ ix 1. INTRODUO...................................................................................................... 10

1.1 Apresentao .................................................................................................. 10

1.2 Dados do objeto de estudo.............................................................................. 11 1.3 Objetivo .......................................................................................................... 12 1.4 Porque usar o geoprocessamento.................................................................... 12

2. FUNDAMENTOS TERICOS ............................................................................. 13 2.1 Geoprocessamento.......................................................................................... 13

2.2 Sistemas de informaes geogrficas ............................................................. 14

2.3 Sensoriamento remoto .................................................................................... 16

2.4 Softwares utilizados........................................................................................ 16

MicroStation........................................................................................................ 16

MapInfo ............................................................................................................... 17

GeoMedia ............................................................................................................ 18

3. MATERIAL E MTODOS.................................................................................... 19 3.1 A demanda pelo levantamento dos dados da usina de Pandeiros................... 20

3.2 A converso dos arquivos............................................................................... 23

3.3 Associao de dados base grfica................................................................ 25

3.4 Associando outras informaes ...................................................................... 27

4. POTENCIAL DA UTILIZAO DO SISTEMA PROPOSTO............................ 32 5. CONCLUSES...................................................................................................... 33 6. CONSIDERAES E SUGESTES.................................................................... 35 7. FONTES BIBLIOGRAFICAS............................................................................... 36

Referncias bibliogrficas .......................................................................................... 36

Bibliografia................................................................................................................. 37

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localizao da usina no municpio de Januria MG ................................ 11

Figura 2 - Definio grfica de Geoprocessamento ...................................................... 14

Figura 3 - Definio grfica de SIG .............................................................................. 16

Figura 4 Metodologia utilizada no trabalho............................................................... 21

Figura 5 - Planta das propriedades da usina de Pandeiros .......................................... 22

Figura 6 - Arquivo importado para o MapInfo........................................................... 24

Figura 7 - PatGeo Pandeiros no GeoMedia ............................................................... 25

Figura 8 Informao tabular associada grfica ...................................................... 27

Figura 9 - Imagem LandSat de 2001, na poca da seca, da rea da PCH Pandeiros .. 28

Figura 10 - SIG PatGeo Pandeiros no GeoMedia associado a Imagem LandSat...... 28

Figura 11 - Restituio da Usina de Pandeiros ............................................................. 29

Figura 12 - O registro da imagem utilizando o Descartes ............................................ 30

Figura 13 - Resultado da vetorizao das curvas de nvel de Pandeiros. ..................... 30

Figura 14 - Associao das curvas de nvel ao PatGeo Pandeiros no MapInfo ........ 31

Figura 15 - SIG PatGeo Pandeiros no GeoMedia associado a curvas de nvel......... 32

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LISTA DE ABREVIATURAS, DEFINIES E SIGLAS ANEEL: Agncia Nacional de Energia Eltrica

reas crticas: so reas que apresentam riscos iminentes de invases ou ocupaes irregulares.

CAD: Computer Aided Design

CEMIG: Companhia Energtica de Minas Gerais.

CODEVASF: Companhia de Desenvolvimento do Vale do So Francisco.

Contorno de desapropriao: so os limites definidos pela poligonal da rea desapropriada.

Cota de desapropriao: a cota que define a curva de nvel delimitadora da rea desapropriada.

Desforo imediato: ao executiva policial ou no, para retirada de invasores, ocupantes e benfeitorias irregulares.

DWG: Drawing file.

DXF: Drawing eXchange Format.

GIS: Geographic Information Systems

GPS: Global Positioning System

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

INCRA: Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria.

LandSat: Land Remote Sensing Satelite.

PCH: Pequena Central Hidreltrica.

PDF: Portable Document Format.

SAD: South American Datum.

SC: Santa Catarina

SIG: Sistema de Informaes Geogrficas

SULVALE: Superintendncia do Vale do So Francisco

TIF: Tagged Image File Format

UTM: Universal Transverse Mercator.

VBA: Visual Basic for Applications.

UHE: Usina Hidreltrica

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1. INTRODUO

1.1 Apresentao

A racionalidade patrimonial de qualquer organizao dever, residir no equilbrio patrimonial, segundo o qual, estruturas patrimoniais equilibradas exigem massas patrimoniais certas, para cumprir com eficcia os objetivos que se prope.

Em um cenrio de competitividade e mercados globalizados, com crescente exigncia e busca de qualidade, onde novos mtodos de gesto tecnolgica e de produo so adotados, torna-se necessrio que se tenha um processo de normalizao efetivo e gil que permita, dentre de outros aspectos, a utilizao adequada de recursos (humanos, materiais e financeiros), a otimizao e uniformizao de mtodos e processos, o registro da memria tcnica e do conhecimento tecnolgico e a melhoria da qualidade de produtos e servios.

Hoje, o uso do GPS muito requisitado nos servios de Mapeamento e Geoprocessamento, ou seja, na coleta de dados (coordenadas) de posicionamento dos diversos objetos a serem mapeados, como postes de redes eltricas, edificaes em geral, limites de propriedades rurais, etc. Suas aplicaes so intensas nos servios de cadastro e manuteno que visam elaborar e monitorar cartas temticas, assim como na captura de dados para monitoramento ambiental, preveno de acidentes ou ajuste de bases cartogrficas distintas, especialmente se utilizadas em SIG. Esta afirmao baseia-se na caracterstica do SIG que associa o posicionamento geogrfico com informaes alfanumricas, permitindo integrao, cruzamento e disponibilidade, atravs de diversos meios de armazenamento. Uma das caractersticas importantes de um SIG a velocidade na manipulao, porm a obteno de dados, depende dos sistemas de aquisio. O GPS foi construdo para obter a posio geogrfica de uma entidade (elemento da superfcie da Terra) com velocidade e exatido altas a ponto de provocar a maior revoluo que a Geodsica (cincia que se ocupa das medies sobre a face da Terra) j experimentou. Assim, o uso do GPS em atividades de SIG veio a coexistir de forma cada vez mais interdependente.

Como so enormes as possibilidades de aplicao da tecnologia de Geoprocessamento, GPS e de Sistemas de Informaes Geogrficas no controle dos ativos de um empreendimento hidreltrico, estabelecer um SIG para a PCH Pandeiros

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nos deixa em sintonia com a realidade mundial atual. DAVIS (1999) afirma que, o verdadeiro ganho no uso de tecnologia SIG est na sistematizao das informaes, tornando-as mais simples de entender, acessar e utilizar. Daremos a este SIG patrimonial o nome PATGEO.

1.2 Dados do objeto de estudo

A usina de Pandeiros est localizada na regio norte do Estado de Minas Gerais, no municpio de Januria (Figura 1). Instalada s margens do rio Pandeiros, afluente do rio So Francisco, iniciou sua operao no ano de 1957, com uma potncia instalada de 4.200 Watts. Possui trs unidades geradoras e sua barragem tem 180 metros de comprimento. A usina classificada como pequena central hidreltrica.

Contorno_dos_MunicipiosContorno_de_Minas_GeraisJanuria

0 75 150 225 300 375 km

Figura 1 - Localizao da usina no municpio de Januria MG

Atravs de levantamentos realizados em campo pela empresa xitus Projetos e Topografia Ltda, da documentao dominial das propriedades e de certides expedidas por cartrios de notas ou de registro de imveis, toda a propriedade do empreendimento hidreltrico Pandeiros foi determinada com preciso.

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1.3 Objetivo

O objetivo desse trabalho foi melhorar a eficincia na administrao das grandes reas geogrficas e imobilirias de empreendimentos hidreltricos utilizando as modernas tcnicas de um sistema de informaes geogrficas.

1.4 Porque usar o geoprocessamento

A empresa de topografia contratada entregou o trabalho de levantamento topogrfico em formato analgico (papel). Portanto, toda vez que algum necessitava fazer alguma consulta, o documento gerado tinha que ser emprestado ou copiado. As atualizaes tinham que ser solicitadas empresa para que ela fizesse as alteraes e plotasse a nova planta.

Esses procedimentos eram improdutivos e ineficientes. Foi pensada ento, uma maneira de melhorar esse sistema e utilizar as novas ferramentas existentes. A escolha do geoprocessamento justifica-se pelo fato do uso automatizado da informao, vinculada de alguma maneira a um determinado lugar no espao, atravs da utilizao de endereos ou at mesmo de coordenadas e mais especificamente o SIG que um sistema com capacidade de armazenamento e processamento de dados, utilizando a anlise espacial e aplicvel a qualquer tema que manipule dados ou informaes vinculados a um determinado lugar no espao, sendo passveis de ser representados em mapas, conforme MOURA (2001).

Com esse sistema, as simulaes e novas plantas podero ser feitas diretamente pelo usurio final. A fiscalizao do patrimnio ficar automatizada e eficiente, auxiliada, em breve, por um GPS para conferncia das cercas limtrofes. Os marcos, muitas vezes arrancados por fazendeiros limtrofes ou invasores, podero ser recolocados em sua posio com preciso. Invases sero imediatamente locadas e as providncias a serem tomadas sero mais geis e transparentes. Clculos de reas e permetros sero instantneos. Desmembramentos de terrenos e alienaes sero agilizados pois os mesmos estando georreferenciados, j atendero a Lei n 10.267/2001 sobre o cadastramento de imveis rurais no INCRA e a preciso posicional de 50 cm relativo ao Sistema Geodsico Brasileiro.

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2. FUNDAMENTOS TERICOS

2.1 Geoprocessamento

Atualmente, a informao um recurso econmico. As organizaes e

instituies investem muito dinheiro na coleta, armazenamento e manuteno de informaes, assim como em equipamentos (computadores e perifricos), treinamento e contratao de pessoal. Cria-se um grande diferencial entre empresas e instituies pela sua capacidade de organizao e manipulao das informaes armazenadas. A informao s tem sentido quando ela aumenta a capacidade das pessoas em atingir seus objetivos, tendo ampla divulgao entre as pessoas interessadas.

A quantidade de dados coletados tambm tem grande importncia j que, informao escassa ou em excesso prejudicial ao sistema. A partir disso, um primeiro conceito de geoprocessamento pode ser um conjunto de tecnologias voltadas coleta e tratamento de informaes espaciais para um objeto especfico. Dessa forma, informao espacial pode ser entendida como qualquer tipo de dado referenciado geograficamente.

ELMIRO (2000) define Geoprocessamento como um conjunto de atividades que lidam com aquisio tratamento, interpretao e anlise de dados sobre a Terra. Observando, porm, por um prisma mais restrito, Geoprocessamento caracteriza-se por

aplicaes transdisciplinares em diversas reas, apoiadas pela utilizao de tecnologias de ponta como satlites de observao da Terra, sensores remotos aerotransportados, tcnicas de mensurao e coleta de dados atravs do sistema GPS, estaes totais e medidores a laser, contando ainda, com o apoio de sofisticados perifricos e programas de informtica em ambientes integrados para gerenciamento de fatos e fenmenos geogrficos. O Geoprocessamento dispe de valiosas ferramentas para aplicaes em praticamente todas as reas que lidam com recursos geograficamente distribudos, sempre que a posio tiver importncia na atividade, as ferramentas de Geoprocessamento podem ajudar. reas como a Engenharia, Geografia, Geologia, Pedologia, Agricultura, Arquitetura, Navegao, Turismo, Meteorologia, Transportes, Urbanismo, alm de muitas outras, tm se beneficiado bastante das ferramentas oferecidas pelo Geoprocessamento.

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De acordo com o Fator GIS Informao e Eventos Geotecnolgicos (2002), geoprocessamento o conjunto de pelo menos quatro categorias de tcnicas relacionadas ao tratamento da informao espacial:

Tcnicas para coleta de informao espacial (Cartografia, Sensoriamento Remoto, GPS, Topografia Convencional, Fotogrametria, Levantamento de dados alfanumricos);

Tcnicas de armazenamento de informao espacial (Bancos de Dados Orientado a Objetos, Relacional, Hierrquico, etc.)

Tcnicas para tratamento e anlise de informao espacial, como Modelagem de Dados, Geoestatstica, Aritmtica Lgica, Funes topolgicas, Redes; e

Tcnicas para o uso integrado de informao espacial, como os sistemas GIS Geographic Information Systems, LIS Land Information Systems, AM/FM Automated Mapping/Facilities Management, CADD Computer-Aided Drafting and Design. Essa definio pode ser mais bem entendida na figura abaixo (Figura2).

Figura 2 - Definio grfica de Geoprocessamento

2.2 Sistemas de informaes geogrficas

O geoprocessamento um conceito mais abrangente de tecnologias, representando qualquer tipo de processamento de dados espaciais, enquanto que um SIG processa dados numricos e alfanumricos com nfase em anlises e modelagens espaciais. Os primeiros SIG surgiram da dcada de 60 no Canad, com a inteno de criar um inventrio de recursos naturais. Ao longo da dcada de 70, com a evoluo da

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informtica, tornou-se possvel o desenvolvimento de sistemas comerciais da mesma forma que alguns conceitos matemticos voltados para a cartografia foram desenvolvidos facilitando o avano da nova cincia. Nas dcadas de 80 e 90, com a popularizao, diminuio de custos, criao e evoluo de computadores e programas, principalmente computadores pessoais, observou-se um grande aumento de aplicaes de SIG nas mais diversas reas de atuao do conhecimento.

Existem vrias definies de um SIG, cada uma delas tentando privilegiar um aspecto de sua importncia:

SIG so sistemas automatizados usados para armazenar, analisar e manipular dados geogrficos, ou seja, dados que representam objetos e fenmenos em que a localizao geogrfica importante. uma caracterstica inerente da informao e indispensvel para analis-la. (FONSECA, 1999).

Um conjunto manual ou computacional de procedimentos utilizados para armazenar e manipular dados georreferenciados (ARONOFF, 1989).

Conjunto poderoso de ferramentas para coletar, armazenar, recuperar, transformar e visualizar dados sobre o mundo real. (BURROUGH, 1986).

Um sistema de suporte de deciso que integra dados referenciados espacialmente num ambiente de respostas a problemas. (COWEN, 1988).

Um banco de dados indexados espacialmente, sobre o qual opera um conjunto de procedimentos para responder consultas sobre entidades espaciais. (SMITH, et al, 1987).

O SIG engloba em sua definio vrios aspectos da definio de Geoprocessamento, porm ao SIG, agregam-se ainda os aspectos institucionais, de recursos humanos e principalmente a aplicao especfica a que se destina (Figura 3). SIG um conjunto de ferramentas computacionais composto de equipamentos e programas que por meio de tcnicas, integra dados, pessoas e instituies, de forma a tornar possvel a coleta, o armazenamento, o processamento, a anlise e a disponibilizao, a partir de dados georreferenciados, de informao produzida por meio das aplicaes disponveis, visando maior facilidade, segurana e agilidade nas atividades humanas referentes ao monitoramento, planejamento e tomada de decises relativas ao espao geogrfico. (FATOR GIS, 2000).

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Figura 3 - Definio grfica de SIG

O aspecto mais importante de um SIG a natureza dual da informao. Um dado geogrfico possui uma localizao geogrfica (expressa como coordenadas em um mapa) e atributos descritivos (representados num banco de dados). Por outro lado, no menos importante que os dados geogrficos no existem sozinhos no espao. To importante quanto localiz-los descobrir as relaes entre eles.

2.3 Sensoriamento remoto

Ao se utilizar imagem de satlite, faz-se o uso do campo especfico do Geoprocessamento - o Sensoriamento Remoto - definido como a disciplina cientfica que combina os conhecimentos e tcnicas usadas para a observao, a gesto do espao terrestre usando medidas adquiridas a partir de plataformas areas, espaciais. (MAILLARD,2001).

2.4 Softwares utilizados

MicroStation

MicroStation

O MicroStation um sistema CAD multiplataforma, utilizado por milhares de empresas e profissionais em todo o mundo. Compreende modeladores 2D e 3D de alta preciso, gerador de imagens renderizadas, gerador de animaes, interface com banco

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de dados e duas linguagens de programao (MDL e UCM). Recursos como panning, tentative point, fence, AccuDraw, Place SmartLine, e outros, que melhoram muito a produtividade e a preciso dos trabalhos, so encontrados apenas no MicroStation. Outra caracterstica desse programa a possibilidade de mais de uma forma de executar uma mesma tarefa.

A forte capacidade de interprocessamento do VBA permite uma programao mais fcil e uma integrao melhor com outros aplicativos do Windows. Os nveis permitem que as empresas adotem as extensas descries padronizadas da industria. Com um controle centralizado, o usurio pode adicionar, excluir, filtrar e organizar estes nveis baseando-se em qualquer atributo.

Este software serviu de plataforma CAD para o PatGeo. Ele o software padro da CEMIG para projetos de CAD e geoprocessamento. As empresas de levantamento topogrfico preferem trabalhar com o Autocad, devido a sua maior penetrao no mercado. Portanto, o problema de se saber em qual software o trabalho ser entregue est resolvido com o MicroStation V8, pois ele abre nativamente os arquivos do Autocad, sem a necessidade esforos adicionais. Para os trabalhos em geoprocessamento deve ser criado um padro para os arquivos CAD, no intuito de evitar o retrabalho e imperfeies nos arquivos, como gaps, duplicao de informao, hachuras, entre outros. A CEMIG est migrando para o MicroStation V8. Nesse trabalho foi utilizada a verso SE do programa e os seus mdulos Descartes e Geographics.

MapInfo

No software MapInfo qualquer objeto como pontos, linhas, polilinhas e regies podem ter dados associados. Isso permite a execuo de uma grande quantidade de anlises simplesmente clicando em objetos e mapas. Os dados anexados tornam possvel a anlise temtica da variao ou colorao de mapas que podem fornecer comparaes geogrficas.

O MapInfo fornece anlises temticas de vrias variveis para representar a variao de diferentes temas sobre um mesmo mapa. Permite adicionar grficos do tipo

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pizza ou grficos de barras nos mapas. O projeto flexvel do MapInfo permite controlar o uso de smbolos, padres de preenchimento, tipos de linhas e cores para melhorar as comparaes geogrficas.

O MapInfo apresenta informaes em trs modos distintos: mapas na janela de mapa, linhas e colunas na janela de listagem e grficos. Todas estas janelas esto dinamicamente ligadas para criar uma visualizao integrada, de modo que, quando feita uma mudana em qualquer janela, todas as outras so instantaneamente e automaticamente atualizadas para refletir a alterao.

A arquitetura nica do MapInfo, resultou numa soluo de mltiplas plataformas, que permitem o usurio executar o mesmo software nos ambientes de mapeamento eletrnico mais populares da atualidade: MapInfo for Windows, MapInfo for Machintosh, MapInfo for Sun e MapInfo for HP; todos dividem a mesma interface com o usurio e o mesmo formato de dados. Este software destaca-se devido a sua grande portabilidade com outros softwares e por apresentar-se tambm no idioma Portugus.

Este software foi utilizado como uma das plataformas do SIG PatGeo. Ele no o software padro da CEMIG para projetos de SIG, mas ser utilizado pelas empresas prestadoras de servios de topografia como intermedirio na recepo de novos dados de levantamentos de campo, j que os mesmos j viro associados aos dados e topologicamente validados, no necessitando de outros trabalhos na importao para o GeoMedia.

GeoMedia

O GeoMedia a ferramenta para criar e acessar projetos SIG, bancos de dados e transformar informaes em mapas precisos para distribuio e apresentao. A flexibilidade, escalabilidade e padres abertos do GeoMedia, incluem funcionalidades de captura de dados, manuteno e gerenciamento. Ele permite fazer conexes a dados SIG nativos de vrios bancos de dados simultaneamente sem a necessidade de tradues ou converses. Esses bancos de dados padres de mercado incluem Microsoft Acess,

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Microsoft SQL Server e Oracle 9i Spatial. Com acesso a dados nativos em tempo real, as consultas e mapas temticos so automaticamente alterados no banco de dados da empresa, mantendo as informaes sempre atualizadas a todos os usurios na rede. Pode-se ler diretamente arquivos MicroStation, AutoCAD, ARC/INFO, ArcView e MapInfo.

Ele o software padro da empresa para projetos de geoprocessamento e foi o SIG para o PatGeo Pandeiros. um software de elevado custo e apresenta-se na lngua inglesa. Poucas empresas em Minas Gerais possuem este programa e o adotam como padro. As empresas de topografia e levantamento no trabalham com ele.

3. MATERIAL E MTODOS

Dentre as fontes utilizadas para a elaborao dessa monografia incluem-se o levantamento realizado em campo pela empresa xitus, a qual forneceu os arquivos digitais em formato AutoCad (DWG),e as escrituras e registros imobilirios dos arquivos da CEMIG, da CODEVASF e de cartrios de notas ou registros de imveis que tambm formaro parte do acervo digital depois de rasterizadas.

Para atingir o objetivo proposto, foi feito o tratamento e a converso das fontes em formatos digitais de fcil manipulao nos softwares utilizados. Os arquivos DWG foram importados para o MicroStation, e adequados para trabalhos em geoprocessamento (limpeza e consistncia topolgica). Antes de inserir os dados no modelo planejado, os mesmos foram importados para o desktop SIG MapInfo, sendo agregados os dados grficos aos tabulares. Feito isso, o PatGeo foi importado para a plataforma do SIG, o qual deu suporte ao sistema juntamente com outros bancos de dados. Nesse trabalho utilizou-se especificamente o GeoMedia, que alm de agregar a informao grfica aos dados tabulares, possibilita anlises e consultas inerentes a um poderoso software de SIG.

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3.1 A demanda pelo levantamento dos dados da usina de Pandeiros

No ano de 2000 foi necessria a determinao do patrimnio imobilirio da usina de Pandeiros a fim de se negociar contratos com a CODEVASF, j que esta empresa foi sucessora dos ativos da extinta SULVALE que era a proprietria inicial do empreendimento.

Como no se tinha nenhuma planta atualizada desse patrimnio, foi contratada a empresa xitus Servios Topogrficos para reconstituir a nica planta existente com data de 18/07/1955, juntamente com o decreto de desapropriao e os documentos dominiais dos imveis. Foram levantados os marcos existentes e a referncia altimtrica foi obtida pelo marco RN-2281-A (IBGE) localizado a 1.450 metros da ponte sobre o rio Pandeiros na margem esquerda da estrada Januria/Pandeiros. Aps a materializao da bacia de acumulao (reservatrio) na cota 497,50 (IBGE) foi obtida, no incio de 2001, a planta atualizada do patrimnio do empreendimento hidreltrico de Pandeiros (Figura 5).

O trabalho realizado atendeu totalmente s necessidades da poca, e as informaes levantadas serviram de base para as negociaes com a CODEVASF.

Para uma melhor compreenso do problema e da abordagem aplicada na sua soluo, elaborou-se o seguinte esquema (Figura 4) que ilustra as principais etapas do processo atual e da metodologia utilizada no trabalho.

Gerenciamento da propriedade da PCH Pandeiros

Mapas antigos e desatualizados Dificuldades: Datum local, referncias descritas nas escrituras inexistentes Soluo: Atualizar os dados

Fazer o levantamento topogrfico da usina Converso de Datum para IBGE (uso de GPS e Estao Total) e restituio das propriedades.

Processo atual da CEMIG

Entrega do trabalho em meio analgico - Livros e mapas

Dificuldade e alto custo de atualizao, re-trabalho e grande volume de papel

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Solicitao dos arquivos digitais Arquivos em formato AutoCad

(DWG)

Importao dos arquivos DWG para o MicroSation (DGN)

Preservou-se o georeferenciamento - UTM 23, SAD 69, Imbituba SC

Definio dos temas a serem utilizados no trabalho

Trabalhar inicialmente com o que seria imediatamente utilizado

Adequao do arquivo importado para trabalho em Geoprocessamento

Limpeza e validao topolgica utilizando o MicroStation Geographics

Importao da base grfica para o MapInfo

Importao do arquivo DXF

Digitao dos dados tabulares nas tabelas do MapInfo

Dados retirados do arquivo DWG

Pesquisas para a complementao dos dados tabulares. Visualizao dos dados

em MapInfo

Informao em outros bancos da CEMIG de dados complementares

Importao para o GeoMedia

SIG Via conexo MapInfo

Associao de imagem LandSat (Imagem de 2001 em poca de seca)

Importao da base grfica para o MapInfo

Importao do arquivo DXF

Exportao dos dados em formato DXF

Vetorizao semi-automtica MicroStation Descartes

Georeferenciamento da imagem

Pontos de controle retirados do arquivo DWG - UTM 23, SAD 69, Imbituba SC

Rasterizao da planta de restituio da rea da PCH Pandeiros

400 dpi preto e branco. Planta A0 de 1984 - Datum Pandeiros

Metodologia utilizada no trabalho

Figura 4 Metodologia utilizada no trabalho

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Figura 5 - Planta das propriedades da usina de Pandeiros

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3.2 A converso dos arquivos

Para esse novo projeto toda a documentao patrimonial da usina, escrituras e registros imobilirios contidos nos arquivos da CEMIG, da CODEVASF ou em cartrios de notas ou registro de imveis foi encadernada em um nico volume intitulado Levantamento da rea da usina e do reservatrio da UHE de Pandeiros Januria MG. Foi solicitado a xitus os arquivos digitais do trabalho realizado, os quais foram entregues em formato DWG - AutoCad.

Os arquivos DWG foram importados no MicroStation, que preservou a escala e o georeferenciamento (UTM fuso 23, hemisfrio Sul, Datum SAD 69, Datum Imbituba - SC). O arquivo original, que no tinha o objetivo de ser trabalhado em ambiente de SIG, tinha diversos problemas, como por exemplo, clulas do Autocad, informaes repetidas, linhas duplicadas ou quebradas, reas no fechadas, parte de uma mesma informao em nveis diferentes, textos diversos etc. O desenho digital segue uma metologia diferente do desenho analgico. No como desenhar a nanquim uma linha de modo contnuo, sem se preocupar com o significado daquele elemento grfico no sistema (MOURA,2001).

O arquivo importado foi exaustivamente trabalhado e validado topologicamente, utilizando o mdulo Geographics do MicroStation, at se chegar a um arquivo com as informaes necessrias ao projeto e que pudesse ser importado para o MapInfo (Figura 6) ou o Geomedia.

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Figura 6 - Arquivo importado para o MapInfo

S ficaram neste arquivo os dados necessrios ao projeto que so os temas ou tabelas quando da importao para o SIG. Pensou-se nos seguintes temas iniciais e sua representao grfica no PatGeo (Figura 7):

Contorno de desapropriao (rea): delimitao do permetro total desapropriada para a construo da usina, tanto a parte a jusante quanto a montante da barragem;

Propriedades (rea): delimitao individual de cada propriedade desapropriada;

Reservatrio (rea): delimitao do permetro do reservatrio na cota de desapropriao;

Rio (linha): delimita a calha original do rio. A rea do rio no desapropriada;

Confrontantes (linha): propriedades que fazem divisas com a propriedade da usina;

Invaso (rea): delimita o contorno da rea utilizada pela invaso na propriedade da usina;

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Invasor (ponto): identifica e caracteriza o agente da invaso;

Marcos (ponto): identifica os marcos implantados pela empresa de topografia e outros j existentes.

CONTORNO_MINAS_GERAIS (1)Pandeiros_Tab_Marcos (37)Pandeiros_Tab_Invasor (3)Pandeiros_Tab_Invasao (3)Pandeiros_Tab_Confrontante (36)Pandeiros_rio (8)pandeiros_reservatorio (1)Pandeiros_propriedades (12)Pandeiros_contorno_desapropriacao (1)

Figura 7 - PatGeo Pandeiros no GeoMedia

3.3 Associao de dados base grfica

Aps a importao da parte grfica do sistema, foram estudados quais seriam os dados tabulares necessrios. Foram ento formuladas as seguintes propostas de dados para as tabelas (Figura 8):

Contorno de desapropriao: n do decreto de desapropriao, fonte da planta chave, rea e permetro;

Propriedades: identificao, nome do desapropriado, hiperlink para a documentao dominial (registro ou escritura) digitalizada em TIF e convertida em PDF;

Reservatrio: nome e a cota IBGE de desapropriao;

Rio: nome do rio e a bacia a que pertence;

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Confrontantes: nome do confrontante, n do documento de identidade, n do Cadastro de Pessoa Fsica - CPF, endereo completo, telefone de contato;

Invaso: o n do terreno ocupado, as benfeitorias existentes, descrio das benfeitorias existentes, o estado da edificao (caso esteja em alvenaria, com ou sem revestimento externo, tipo de telha, piso, laje, etc), o endereo, localidade, municpio, unidade federativa, a rea total ocupada, a rea total construda, a rea construda acima da cota de desapropriao, a rea construda abaixo da cota de desapropriao, o nmero do medidor de energia, a empresa fornecedora de energia, o identificador da conta de energia, o tempo de ocupao, o n do contrato de cesso, a atividade da ocupao, (extrao de areia, plantio, pecuria, pesqueira, recreao, moradia), situao do esgoto sanitrio (se encontra a cu aberto, tratado, depositado em fossa, lanado no reservatrio), destino do lixo domstico (recolhido e transportado para fora do reservatrio, incinerado no local, depositado na rea do reservatrio), agresses natureza do tipo (garimpo, minerao, eroso, desmatamento, outros), hiperlink para mosaico de fotografias;

Invasor: nome do ocupante, n do documento de identidade, n do CPF, endereo completo, telefone de contato;

Marcos: localizao dos marcos implantados com altitude ortomtrica referidas ao margrafo de Imbituba - SC e coordenadas planas UTM, Datum SAD 69, fuso, nome da empresa executora, localidade, municpio, unidade federativa.

Os dados alfanumricos foram gerados atravs do processo de digitalizao via teclado, j que eles estavam na planta analgica (entregue em papel) e no arquivo digital do Autocad.

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Figura 8 Informao tabular associada grfica

3.4 Associando outras informaes

Para completar as informaes do PatGeo, utilizamos a imagem do satlite LandSat do ano de 2001 para a rea do empreendimento em estudo (Figura 9). A imagem traz outras informaes da regio em estudo.

Neste trabalho ela serviu apenas como uma informao aos dados do PatGeo. No foi feita nenhuma anlise sobre a imagem, mas demonstrou-se que possvel associ-la ao SIG que foi desenvolvido (Figura 10). Cada informao associada agregou conhecimento rea em estudo e permitiu novas possibilidades de anlise e associaes do SIG de Pandeiros.

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Figura 9 - Imagem LandSat de 2001, na poca da seca, da rea da PCH Pandeiros

CONTORNO_MINAS_GERAIS (1)Usina Pandeiros (1)pandeiros_reservatorio (1)

Figura 10 - SIG PatGeo Pandeiros no GeoMedia associado a Imagem LandSat

Como Geoprocessamento, segundo ELMIRO (2000) e DAVIS (1999), o conjunto de ferramentas, rotinas e mtodos com o propsito de apoiar a aquisio, manipulao, anlise, modelagem e exibio de dados, visando a soluo de problemas

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de planejamento e gesto de recursos e/ou fenmenos geograficamente distribudos, mostraremos a seguir uma outra potencialidade do PatGeo, fazendo a associao de outras informaes para a gesto de recursos naturais, engenharia e modelagem digital do terreno.

O projeto da usina de Pandeiros muito antigo (1955) e os dados do projeto esto em papel e muitos deles sem nenhuma referncia para que o mesmo possa ser georreferenciado. Como exemplo, a restituio do terreno para Pandeiros - restituio datada de 1984 com base nas informaes de 1955 (Figura 11) no possui a grade ou qualquer outra referncia normalmente utilizada para o registro de uma imagem. Mas, foi possvel identificar pontos notveis e algumas construes que serviram para localizar e, portanto registrar a informao.

Com base no levantamento de cadastro patrimonial, realizado pela empresa de topografia, foram descobertos alguns pontos em comum em ambos os desenhos. Escolheu-se os cinco melhores e utilizando o MicroStation Descartes (Figura 12) foi feito o registro. Foi obtido um erro de 1,7 metros, sendo que o mximo para este trabalho seria de 2 metros. Aps o registro, as curvas de nvel foram vetorizadas utilizando a opo semi-automtica do programa.

Figura 11 - Restituio da Usina de Pandeiros

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Figura 12 - O registro da imagem utilizando o Descartes

Figura 13 - Resultado da vetorizao das curvas de nvel de Pandeiros.

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Os dados obtidos na vetorizao executada no MicroStation Descartes (Figura 13), foram exportados para o formato DXF e importados no MapInfo. O resultado mostrado na Figura 14 foi satisfatrio, pois provou-se que, usando essa tecnologia, dados sem aparente relacionamento ou modo de associar podem ser agregados ao PatGeo. Agora, outras informaes mais recentes podem ser confrontadas com a de 1955. Estudos das mudanas ocorridas do terreno, neste intervalo de tempo, podem ser feitos para o empreendimento de Pandeiros.

Esse tipo de informao importante para se decidir sobre restries a reas colocadas venda, e teoricamente inservveis ao empreendimento. Declividades podero ser calculadas e mapeadas e as reas de preservao sero conhecidas. Da, percentuais de preservao podem podem ser calculados e negociados com os rgos de proteo ambiental, alm de se poder obter a iseno da tributao patrimonial e muitos outros.

Figura 14 - Associao das curvas de nvel ao PatGeo Pandeiros no MapInfo

Aps a converso da informao para o SIG, ela facilmente importada pelos softwares de SIG. Nesse trabalho, importou-se tambm as curvas de nvel para o

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GeoMedia (Figura15) que j est com todas as outras informaes levantadas e validadas at agora no PatGeo Pandeiros.

CONTORNO_MINAS_GERAIS (1)Usina Pandeiros (1)pandeiros_reservatorio (1)curvasnivel_lamb (74)

Figura 15 - SIG PatGeo Pandeiros no GeoMedia associado a curvas de nvel

4. POTENCIAL DA UTILIZAO DO SISTEMA PROPOSTO

A questo dos usos irregulares ou ocupaes inadequadas dos reservatrios (faixa de segurana, ilhas e corpo dgua) e das faixas de segurana das linhas de transmisso e de distribuio uma preocupao constante das concessionrias do Setor Eltrico, em funo dos problemas causados manuteno, operao e preservao do patrimnio, alm dos aspectos afetos segurana de pessoas e benfeitorias dessas faixas de segurana.

O sistema de gerao, predominantemente hidrulico, implantado no pas agregou um patrimnio imobilirio de grandes propores para as concessionrias. Sua administrao requer a implementao de um plano global e integrado de gesto que contemple, principalmente, os interesses das concessionrias e a participao da sociedade e considere o desenvolvimento e o crescimento das regies limtrofes e as concentraes urbanas em suas regies lindeiras.

A integrao com a sociedade uma forma de garantir a preservao do

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patrimnio, uma vez que difcil mant-lo livre e desimpedido de ocupaes irregulares, seja por sua dimenso ou em decorrncia do alto custo operacional e da presso social em relao utilizao de reas desocupadas de propriedade ou de servido das concessionrias.

O atual quadro de invases e usos inadequados com que se defrontam as concessionrias do Setor Eltrico indica a necessidade de uniformizar procedimentos para otimizar as aes, coibir invases e promover o retorno social de seus empreendimentos, em busca da preservao patrimonial e da manuteno das condies normais de gerao e transmisso de energia eltrica, cujas medidas, pela diversidade e magnitude, exigem a participao das concessionrias do setor na elaborao de um sistema de gesto.(BRASIL 1997).

O PatGeo Pandeiros pode ser o SIG que agregaria todas as funes exigidas no Plano de Gesto Scio-Patrimonial da ANEEL. Usos inadequados seriam coibidos, pois ao serem locados, as providncias para a seu restabelecimento seriam imediatas (desforo imediato ou liminares judiciais de reintegrao de posse).

Atualmente, a simples informao sobre o permetro do reservatrio da usina demanda uma consulta aos mapas em papel (nem sempre centralizado em um nico rgo da empresa e atualizados) e o seu clculo manual ou com o curvmetro. Com o PatGeo esta informao automtica e pode ser disseminada por toda a empresa via rede de computadores (software GeoMedia, intranet ou internet).

5. CONCLUSES

Das anlises dos resultados e discusses abordadas nos tpicos anteriores possvel inferir as seguintes concluses:

Com o georeferenciamento de toda a rea afetada pela construo da usina, foi possvel gerenciar de maneira simples e eficaz o patrimnio imobilirio da usina e os impactos ambientais do seu entorno. O PatGeo permitiu determinar quem e quantos so os invasores do patrimnio, atravs do cadastro realizado, possibilitando a identificao e localizao geogrfica das invases. No futuro, esses dados serviro de subsdio para a

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proposio de aes judiciais ou o planejamento da preservao da posse do patrimnio. Com a determinao precisa das divisas, cadastraram-se os confrontantes, com o objetivo de identific-los e orient-los em relao preservao ambiental das margens do reservatrio atravs de campanhas educativas direcionadas ao uso da rea, da gua, bem como dos riscos decorridos da invaso do patrimnio da usina. Com o PatGeo, tambm ser possvel auxiliar os rgos de meio ambiente na preservao da fauna e flora no entorno do reservatrio, na regularizao da captao e do uso das guas (outorgas), no clculo da tributao dos imveis, na determinao as reas crticas para invases, inferir onde poder haver adensamento urbano, planejar a alienao dos imveis inservveis ao empreendimento e ainda responder de forma clara e precisa os dados patrimoniais da usina tais como: o permetro do reservatrio, a rea inundada, a quantidade de propriedades desapropriadas, quantidade de confrontantes, rea do reservatrio em cada municpio, a quantidade de ilhas, quantidade de invasores, dentre outras, alm de se ter a resposta imediata para responder a questionamentos judiciais sobre o patrimnio e os seus limites.

Portanto, com o PatGeo Pandeiros possvel:

administrar de maneira eficiente os ativos imobilirios de um empreendimento hidreltrico.

contribuir para a maximizao da vida til do reservatrio atravs da preservao das margens e da qualidade da gua;

coibir usos inadequados e ocupaes clandestinas das reas de propriedade da usina ou de servido do reservatrio;

alienar de maneira mais eficiente os bens imveis e instalaes inservveis;

atender as legislaes federais, estaduais e municipais, relativas ao uso e ocupao do solo e do meio ambiente.

Servir como o SIG do Plano de Gesto Scio-Patrimonial da ANEEL.

alterar o modelo atual da gesto de empreendimentos e de levantamentos topogrficos, eliminando ou diminuindo o papel e pulando etapas no desenvolvimento dos produtos finais.

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6. CONSIDERAES E SUGESTES

Com a evoluo da informtica e dos aparelhos de posicionamento GPS um novo patamar de preciso ser com certeza alcanado. Portanto importante a pesquisa em novos aparelhos e softwares que atualizem a base remotamente ou recebam os dados para conferncia em campo de limites patrimoniais, invasores e confrontantes.

Tambm vivel o estudo de sensoriamento remoto via imagens de satlite de alta resoluo para obteno de dados remotos ou de localizao remota de dados.

Reestudar todo processo utilizado, j que a evoluo dos softwares deu origem, por exemplo, ao MicroStation V8 que abre nativamente arquivos DWG sem ser necessria a importao, ou ainda utilizar somente o MapInfo ou o GeoMedia para a coleta dos dados de campo, o que reduziria substancialmente os custos do trabalho e os erros das fases do processo.

Agregar mais informaes e outros bancos de dados (por exemplo o de consumidores da Cemig) ao SIG Pandeiros e elaborar mapas temticos diversos e montar cenrios sobre a vida til do reservatrio e sobre os vetores do adensamento urbano, dentre outros.

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7. FONTES BIBLIOGRAFICAS

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