L. H. Albuquerque

SHAUMBRANDO Expressões e Expansões de Consciência

Primeira Edição

Salvador, 2014

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VIDASHAUMBRA - Um Espaço de Consciência

Todos os Direitos Soberanos Reservados.

Isso significa que esta criação está livre para ser partilhada,

reservada a autoria da obra.

Revisão: Aline Bitencourt e Luana D’Etér

Capa: “DEVAS” (2013)

*Todas as imagens são edições das telas do autor.

Contato: sitevidashaumbra@gmail.com

Site: www.vidashaumbra.com.br

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Sobre o livro

SHAUMBRANDO é além das palavras.

São partilhas e pinturas que não seguem uma “agenda”

e expressam experiências de expansão de consciência,

com uma nova lógica.

Ao revelar sentimentos, cada expressão vai relembrando que

somos os únicos criadores da nossa vida.

E, assim, fica cada vez mais claro

que reencontrar a própria divindade ou

se sentir iluminado não é atingir um “estado de nirvana”.

Não é um livro de “técnicas” ou “ensinamentos”,

porque nada ou ninguém pode dizer-nos

como caminhar por nossa própria vida.

É, simplesmente, sobre as escolhas de um “humano verdadeiro”

e a sua permissão para que elas aconteçam na sua realidade.

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O Autor

Cheguei ao mundo em uma noite de lua cheia, no final de

julho de 1969, por meio de um parto normal e rápido. Talvez por

isso, tenha sido uma criança inquieta e apressada, daquelas que

pais e irmãos mais velhos não sabiam como lidar.

Contrariamente ao parto, nunca me adaptei realmente à vida

dita normal.

Na infância, por várias vezes, estranhei minha imagem

refletida no espelho, como se não me reconhecesse no próprio

corpo. E, como muitas crianças, inocentemente, fiz perguntas

polêmicas sobre o que percebia ao redor. Mas, quase sempre,

não obtinha respostas.

Antes de frequentar a escola, descobriram que já sabia ler,

apesar de ninguém haver me ensinado. A partir daí, comecei a

devorar todos os livros que apareciam na minha frente, inclusive

enciclopédias e dicionários.

Fugi do catecismo duas vezes e, voluntariamente, mudei

de escola oito vezes. Mas, apesar da aparente rebeldia, antes

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de completar vinte e três anos já havia concluído o ensino

superior. “Parecia” ter aderido aos princípios e regras sociais...

Não tive dificuldade em relacionamentos, mas me sentia

“inadequado” nisso que chamam de mundo. Fiz o esforço que

muitos humanos fazem para “se enquadrar”. Até o dia em que

percebi que poderia me liberar dessas malhas...

Sempre digo que minhas primeiras mudanças

“conscientes” ocorreram a partir de 2004. Nessa época, morava

na praia de Riacho Doce, litoral norte de Maceió, Alagoas.

Trabalhava em uma função no Poder Judiciário Federal. Minha

vida era “normal”, mas algo mudava em mim... Como se

começasse a acordar de um longo sono.

Em 2005, com minha parceira Aline, decidimos comprar

um apartamento em uma área mais central da cidade.

Compramos o imóvel na planta. Todos os móveis foram

planejados e os objetos de decoração, cuidadosamente

escolhidos. Já percebia que não gostava do trabalho. Sentia-me

preso, mas ponderava. Não queria perder o que “achava” ser

uma segurança.

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Num dia de 2006, quando estava trabalhando, um

documento foi ao chão. Abaixando-me para apanhá-lo, olhei

pra cima, para o teto. Naquele instante, me perguntei: O que

estou fazendo aqui? Senti que era o momento de pedir

exoneração.

Retornei para um cargo, em outra instituição, onde

receberia o equivalente à metade do salário anterior, mas fiquei

feliz por ter tomado essa decisão. Não fiz cálculos, apesar de

estar prestes a me mudar para o “tão planejado apartamento”.

Apenas segui meu coração.

No início de junho de 2007, minha mãe foi diagnosticada

com câncer em fase terminal. Apesar do sofrimento, a doença

trouxe também um potencial para experienciar compaixão e

desapego. Decidi que iria acompanhá-la até o “final”.

Praticamente foi isso que fiz até setembro, mês em que ela

“partiu”. Minha convivência com Aline, nesse período, se

restringiu ao pouco tempo em que passávamos em casa e nos

finais de semana. Ficava no trabalho pela manhã e o resto do

tempo, ao lado de minha mãe. Chegava em casa por volta da

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meia-noite. Nessa época, cheguei a pintar catorze telas em uma

semana, tamanha era minha necessidade de canalizar as

energias. Foi um momento desafiador, mas libertador.

No final de dezembro de 2007, viajei de férias para o sul

da Bahia com Aline e decidimos morar em Salvador. Pediria

transferência quando voltássemos a Maceió. Teria que

encontrar alguém interessado em fazer o caminho inverso, o

que poderia não ser tarefa fácil. Porém, ao ligar para o Recursos

Humanos de Salvador, a pessoa que atendeu ao telefone, além

de fazer a permuta comigo, também quis alugar nosso imóvel. -

SIMPLES ASSIM!

O que fizemos com as coisas do apartamento?

LIBERAMOS! Vendemos e doamos eletrodomésticos e móveis,

que tinham pouco mais de um ano de uso. Na mudança,

levamos apenas roupas e objetos pessoais.

Em março de 2008, dias antes de ser oficializada minha

transferência, apesar de não estar doente, meu pai também

“partiu”.

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Não tinha exatamente consciência sobre tudo o que

acontecia. Eram emoções e sentimentos novos... Havia liberado

muita coisa por amor e compaixão a mim mesmo. Sentia-me

vazio e aliviado ao mesmo tempo.

Aline mudou-se para Salvador um mês antes de mim e, no

dia em que cheguei, comunicou que iria estudar na Europa.

Passaria três meses viajando. Apesar da tristeza e do drama da

separação, era o momento de ficarmos sós, sem a interferência

um do outro. Ao saber da viagem, procurei nos “Classificados”

outro lugar para morar. Sem pensar duas vezes, optei por dividir

um apartamento com pessoas que nunca vira antes. E lá fui eu!

Levei as poucas coisas que tinha, além de um computador.

Entrando no quarto que me abrigaria durante os próximos

meses, descobri que o “Henrique velho” tinha partido, mas o

“Henrique novo” ainda não tinha chegado completamente.

Até reiniciar as atividades no meu novo local de trabalho,

fiquei praticamente trancado no quarto. Lia mensagens de

Tobias e respirava com consciência permitindo vida nova para

mim. Não abria os e-mails que Aline me enviava, tampouco

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atendia as suas ligações. Falava com alguns amigos e só. Queria

ficar comigo e nada mais importava.

O tempo foi passando, mas dezembro foi o mês mais

difícil. Não imaginava como seria passar o Natal. Mas não é que

foi um Natal libertador! Fiz uma pequena ceia e brindei comigo

mesmo.

Em janeiro de 2009, já me sentia renovado. Na segunda

semana do ano, resolvi entrar em contato com Aline. Marcamos

um encontro. Só foi preciso um olhar pro outro...

Em 2012, por “amor a tudo que Eu Sou”, liberei também

meu cargo público no Poder Executivo Federal.

Hoje, sou o Criador da minha vida, fazendo escolhas

conscientes para mim mesmo.

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Prefácio

Um dia, quis ser um “humano pleno e perfeito” e “achei”

que, para isso, deveria “saber” e “vivenciar tudo”. Porém, à

medida que os acontecimentos se sucediam na minha vida,

percebi o quanto esse desejo era “utópico e impossível”. Era

como tentar acertar algo que estava em constante movimento.

Diante de situações difíceis, compreendi que precisava

fazer uma escolha consciente: relembrar quem

verdadeiramente Sou. Tal escolha se desdobrou em muitas

outras, pequenas e simples, mas não menos essenciais e

integradoras. Todas eram apenas sobre mim. Não envolviam

outras pessoas, nem mesmo as que me rodeavam e me eram

queridas.

Escolhendo relembrar minha essência, minha vida

começou a se transformar. A cada experiência, algo mudava em

mim... Comecei a ter consciência de que o modo como estava

“sobrevivendo” já não me agradava. Descobri a arte como uma

forma de sair da mente e analisar menos as situações.

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A vida é o que escolhemos. Cada escolha revela

potenciais. Mesmo que a nossa vida tenha se tornado um

grande drama, a qualquer momento, podemos fazer novas

escolhas.

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Índice

Navegar é uma Escolha ............................................................ 17

Felicidade e Realização ............................................................. 22

Você Censura? .......................................................................... 25

Um Ser em Expansão e o Poder ............................................... 28

Minha Desconfortável Contradição .......................................... 32

Loucura?! .................................................................................. 35

Pinóquio .................................................................................... 38

Crenças Nossas de Cada Dia ..................................................... 41

Além das Ilusões ....................................................................... 43

O Amor Não é “Provável” ......................................................... 46

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14

Crônica de uma Vida Normal .................................................... 51

O que Eu Escolho? .................................................................... 55

Escolhendo a Vida ..................................................................... 58

Grato a mim mesmo ................................................................. 62

Criando a Própria Vida .............................................................. 63

Um Espaço Sagrado .................................................................. 70

Eu Crio o Novo .......................................................................... 73

Expandir-se é Ser ...................................................................... 77

Qual é o seu Ritmo? .................................................................. 80

Você Tem Medo das Energias? ................................................. 82

Tim Tim Insensatez! .................................................................. 84

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15

Atravessando os Medos ............................................................ 87

Honrando Realidades ............................................................... 90

Por uma Vida Curta ................................................................... 94

Representar: Liberar Velhos Valores ........................................ 96

Sobre Príncipes e Sapos .......................................................... 100

O Masculino e o Feminino ...................................................... 104

Silêncios .................................................................................. 107

Onde Encontrar a Simplicidade? ............................................. 111

Pais ......................................................................................... 115

Eu Simplesmente Sou ............................................................. 118

Deus Também ......................................................................... 120

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Cabras e Águias ...................................................................... 123

Viajando para Dentro de Mim ................................................ 125

Nunca me Perderei de Mim Mesmo ....................................... 128

Um Brilho Especial .................................................................. 132