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Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo SGAmbi Manual de Boas Práticas Ambientais A2. Pegada Ecológica Agosto 2009

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SGAmbi - Manual de Boas Práticas Ambientais

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Page 1: SGAmbi_AREANATejo

Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

A2. Pegada Ecológica

Agosto 2009

Page 2: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

i

Promotor:

Título:

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

Responsável do Projecto:

Director Técnico:

Tiago Gaio, Eng.º [email protected]

Gestor do Projecto:

Hélia Pereira, Eng.ª [email protected]

Colaboração:

Tiago Gaio, Eng.º [email protected]

Diamantino Conceição, Eng.º [email protected]

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

ii

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO DA AREANATejo ............................................................................. 1

1. ENQUADRAMENTO ................................................................................................... 2

2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3

2.1. Objectivo .............................................................................................................................................. 3

2.2. Metodologia ......................................................................................................................................... 4

2.2.1. Sectores de Intervenção .................................................................................................................... 4

2.2.2. Organização Esquemática das Fichas ............................................................................................... 4

3. PRÁTICAS AMBIENTAIS E SOLUÇÕES TÉCNICAS ............................................... 6

PA1: Tarifa de Energia Eléctrica – Baixa Tensão (BT) ........................................................................... 8

PA2: Certificação Energética dos Edifícios ........................................................................................... 12

PA3: Elaboração de Auditorias Energéticas ......................................................................................... 14

ST1: Instalação de Sistemas Solares Térmicos em Piscinas e Equipamentos Desportivos ........... 16

PA4: Aplicação de Cobertura Térmica nas Piscinas ............................................................................ 18

ST2: Instalação de Sistemas Microprodutores de Energia Eléctrica .................................................. 20

ST3: Instalação de Sistemas de Cogeração .......................................................................................... 22

PA5: Certificação Ambiental dos Edifícios ............................................................................................ 24

PA6: Correcta Orientação do Edifício .................................................................................................... 26

ST4: Isolamento Térmico Exterior .......................................................................................................... 27

ST5: Isolamento das Caixilharias ........................................................................................................... 29

ST6: Utilização de Vidros Duplos ........................................................................................................... 31

ST7: Instalação e Manutenção de Sistema de Climatização Eficientes ............................................. 32

ST8: Aplicação de Energias Renováveis ............................................................................................... 34

PA7: Escolha de Materiais Reciclados ou Ambientalmente Certificados .......................................... 36

ST9: Instalação de Reguladores de Fluxo Luminoso (RFL) ................................................................ 37

ST10: Substituição de Balastros Ferromagnéticos por Balastros Electrónicos ............................... 39

PA8: Phase-out das Lâmpadas de Vapor de Mercúrio ......................................................................... 41

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Manual de Boas Práticas Ambientais

iii

PA9: Requisitos Mínimos de Eficiência Energética para Novas Instalações de IP ........................... 43

ST11: Semaforização de Trânsito a LED (Light Emitting Diode) ......................................................... 45

PA10: Frota Automóvel com “Objectivos de CO2” ............................................................................... 47

PA11: Utilização de Biocombustíveis .................................................................................................... 49

PA12: Aquisição de Veículos Eléctricos ................................................................................................ 51

PA13: Implementação de Sistemas de Gestão de Frotas .................................................................... 53

PA14: Elaboração de Plano de Mobilidade Sustentável ...................................................................... 55

PA15: Eco-Condução ............................................................................................................................... 57

PA16: Centralização do Processo Negocial de Aquisição de Energia ............................................... 59

PA17: Qualificação de Empresas em Concursos ................................................................................. 60

PA18: Aquisição de Equipamentos Eléctricos Eficientes – Etiqueta Energética .............................. 61

PA19: Aquisição de Equipamentos de Escritório Eficientes – Etiqueta Energy Star e Rótulo

Ecológico Europeu ................................................................................................................................... 63

PA20: Iluminação Eficiente...................................................................................................................... 65

PA21: Correcta Utilização dos Equipamentos Eléctricos .................................................................... 67

PA22: Correcta Gestão de Resíduos ...................................................................................................... 69

PA23: Correcta Gestão da Água ............................................................................................................. 73

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Manual de Boas Práticas Ambientais

1

APRESENTAÇÃO DA AREANATejo

A AREANATejo – Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo

tem por missão contribuir para a eficiência energética e para o melhor aproveitamento dos

recursos energéticos endógenos, desenvolvendo projectos e métodos e disseminando as

melhores técnicas e procedimentos com vista à utilização racional da energia e dos recursos e

à defesa e preservação do ambiente, tendo em vista a promoção de um desenvolvimento local

sustentável, concretamente, para a obtenção de uma maior eficiência energética e melhor

desempenho ambiental dos Municípios seus associados.

Na prossecução destes objectivos, a AREANATejo tem como linhas estratégicas de actuação:

Apoiar os seus associados, agentes económicos e cidadãos na gestão da energia e dos

recursos;

Caracterizar o desempenho energético-ambiental do Norte Alentejano e Médio Tejo

(NAMT) e avaliar a aptidão para o desenvolvimento dos recursos energéticos

endógenos;

Promover a introdução de tecnologias energéticas eficientes e de tecnologias de

energias renováveis no NAMT;

Promover a AREANATejo enquanto parceiro na promoção da eficiência energética e

ambiental nos sectores com maiores consumos de energia, nomeadamente:

transportes, edifícios e indústria;

Informar e sensibilizar os cidadãos para a utilização racional de energia e de recursos

bem como para a importância da protecção do ambiente;

Monitorizar as práticas energéticas e ambientais do NAMT.

AREANATejo: mais ambiente, menos energia!

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Manual de Boas Práticas Ambientais

2

1. ENQUADRAMENTO

O consumo de energia está na origem de 80% das emissões de gases com efeito de estufa na

União Europeia (UE) 1.

Consequentemente, as reduções destas emissões implicam um menor consumo de energia e

uma maior utilização de energia limpa. É nesta óptica que surge a denominada “Estratégia 20-

20-20 para 2020”:

No seu plano de acção para a eficiência energética (2007-2012), a UE fixou como

objectivo reduzir 20% do seu consumo de energia até 2020;

Com vista a uma maior penetração das energias renováveis, a UE estabeleceu, no seu

Roteiro das Energia Renováveis, o objectivo obrigatório de aumentar em 20% a parte

destas energias limpas no universo energético, até 2020;

Empenhada na luta contra as alterações climáticas, a UE compromete-se a reduzir as

suas emissões internas em, pelo menos, 20% até 2020.

Em Abril de 2008 o Governo Português aprovou o PNAEE – Plano Nacional de Acção para a

Eficiência Energética, estabelecendo como meta uma redução de 10% do consumo energético

em 2015 (20% superior à meta solicitada na Directiva Europeia 2006/32/CE para 2015).

Este documento, que engloba um conjunto alargado de programas e medidas consideradas

fundamentais para alcançar os objectivos da eficiência na utilização final de energia e dos

serviços energéticos, contempla a área do Estado no Programa E3: “Programa Eficiência no

Estado”.

Através da Resolução do Concelho de Ministros (RCM) n.º 169/2005, de 6 de Outubro, o

Governo Português estabelece ainda uma nova meta: a produção de electricidade com base

em energias renováveis passa de 39% para 45% do consumo em 2010.

1 http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/l27067.htm

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Manual de Boas Práticas Ambientais

3

2. INTRODUÇÃO

Os maiores níveis de economia situam-se na área da energia consumida nos locais de

consumo do Estado, onde anualmente se consomem cerca de 1,1 TWh de energia eléctrica,

que adicionados aos consumos de combustíveis líquidos e gasosos, perfazem um total

superior a 360 000 tep de energia final 2!

Posto isto, é facilmente perceptível que os custos associados à energia constituem um peso

importante nas despesas correntes dos Municípios, verificando-se, nos últimos anos, uma

tendência de aumento, análoga, na maioria dos casos, à melhoria da eficiência dos processos

energéticos.

Neste sentido, é imperativo que os Municípios, enquanto entidades públicas de actuação local,

sejam idóneos na adopção e implementação de medidas que conduzam a uma melhoria do

desempenho energético dos sectores que o constituem (e consequentemente, a uma redução

de custos), constituindo assim uma referência para o Mercado.

O trabalho neste domínio passa, inevitavelmente, pela consciencialização do impacte

provocado pelas opções (conjuntas e individuais) de consumo com, consequentemente,

indução de hábitos e comportamentos que garantam a sua diminuição.

É nesta óptica que surge o SGAmbi – “Manual de Boas Práticas Ambientais”.

2.1. Objectivo

O presente Manual tem por objectivo promover a integração de boas práticas ambientais no

Município de Abrantes, através da identificação e caracterização de uma série de medidas –

que incluem Práticas Ambientais (PA) e Soluções Técnicas (ST) – a ter em conta na melhoria

do desempenho energético-ambiental do mesmo.

São consequência deste objectivo, os seguintes:

Diminuição dos consumos energéticos (e respectivas emissões de CO2 associadas);

Salvaguarda da viabilidade económica do Município;

Apoio à implementação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs);

Alcance de elevados patamares de excelência ambiental;

Importante referência para o mercado e munícipes.

2 PNAEE – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética

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Manual de Boas Práticas Ambientais

4

2.2. Metodologia

No presente Manual entende-se PA/ST como a expressão de acções planeadas de prevenção

e precaução, acompanhamento e controlo de aspectos ambientais, com efeitos sociais

responsáveis e economicamente viáveis.

2.2.1. Sectores de Intervenção

A selecção das PA e ST apresentadas no Manual teve em conta as metas desenhadas para o

panorama nacional de acordo com os seguintes sectores de intervenção: (1) Edifícios (que

inclui, piscinas e equipamentos desportivos, escolas, hospitais e construção sustentável; (2)

Sector Administrativo; (3) Iluminação Pública; (4) Frotas Municipais; (5) Espaços Verdes; (6)

Sistemas de Abastecimento de Água em Baixa e (7) Sector Alimentar.

Refere-se que existem PA e ST que se poderão conjugar entre si e, inclusive, que devem ser

consideradas em mais do que um sector de intervenção.

2.2.2. Organização Esquemática das Fichas

Com o objectivo de tornar esta informação mais organizada e expedita elaborou-se para cada

PA e ST uma ficha, de acordo com a figura seguinte:

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Manual de Boas Práticas Ambientais

5

FICHA

Prática Ambiental (PA) / Solução Técnica (ST):

Princípio / Motivação:

Descrição Sumária:

Impacte dos Resultados:

Redução de consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Requisitos Legais Principais:

Para mais informação:

Figura 1 – Esquema da organização das fichas.

Nota: (1) N.º da ficha; (2) PA e/ou ST; (3) Indicação gráfica associada à PA/ST; (4) Princípios orientadores da

PA/ST; (5) Descrição sumária dos aspectos considerados mais relevantes sobre a PA/ST; (6) Avaliação do impacte

dos resultados decorrentes da implementação da PA/ST, recorrendo à analogia a um “semáforo” – ferramenta

simples que efectua a classificação dos impactes com base numa escala qualitativa; (7) Metas estabelecidas a nível

nacional; (8) Requisitos legais principais aplicáveis; (9) Destaque de links de interesse ou documentos de referência

onde poderá ser obtida mais informação sobre a PA/ST; N/A – Não Aplicável.

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6

3. PRÁTICAS AMBIENTAIS E SOLUÇÕES TÉCNICAS

A identificação/caracterização das 34 Medidas (23 PA e 11 ST) apresenta-se em torno de 3

áreas temáticas (energia, resíduos e água, com especial incidência na primeira), sendo que a

sua enumeração se efectuou sem qualquer prioridade ou importância pré-estabelecida.

Quadro 1 – Listagem das PA

N.º da Ficha Listagem das PA Pág.

1 PA1 xx Tarifa de Energia Eléctrica – Baixa Tensão (BT) 8

2 PA2 xx Certificação Energética dos Edifícios 12

3 PA3 xx Elaboração de Auditorias Energéticas 14

5 PA4 xx Aplicação de Cobertura Térmica nas Piscinas 18

8 PA5 xx Certificação Ambiental dos Edifícios 24

9 PA6 xx Correcta Orientação do Edifício 26

15 PA7 xx Escolha de Materiais Reciclados ou Ambientalmente Certificados 37

18 PA8 xx Phase-out das Lâmpadas de Vapor de Mercúrio 43

19 PA9 xx Requisitos Mínimos de Eficiência Energética para Novas Instalações

de IP 45

21 PA10 xx Frota Automóvel com “Objectivos de CO2” 49

22 PA11 xx Utilização de Biocombustíveis 51

23 PA12 xx Aquisição de Veículos Eléctricos 53

24 PA13 xx Implementação de Sistemas de Gestão de Frotas 55

25 PA14 xx Elaboração de Planos de Mobilidade Sustentável 57

26 PA15 xx Eco-Condução 59

27 PA16 xx Centralização do Processo Negocial de Aquisição de Energia 61

28 PA17 xx Qualificação de Empresas em Concursos 63

29 PA18 xx Aquisição de Equipamentos Eléctricos Eficientes – Etiqueta

Energética 64

30 PA19 xx Aquisição de Equipamentos de Escritório Eficientes – Etiqueta Energy

Star e Rótulo Ecológico Europeu 66

31 PA20 xx Iluminação Eficiente 68

32 PA21 xx Correcta Utilização dos Equipamentos Eléctricos 70

33 PA22 xx Correcta Gestão de Resíduos 72

34 PA23 xx Correcta Gestão da Água 76

Nota: Áreas Temáticas – xx Energia; xx Resíduos; xx Utilização de Água; xx Considera, pelo menos, duas das

áreas referidas anteriormente.

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Manual de Boas Práticas Ambientais

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Quadro 2 – Listagem das ST

N.º da Ficha Listagem das ST Pág.

4 ST1 xx Instalação de Sistemas Solares Térmicos em Piscinas e

Equipamentos Desportivos 16

6 ST2 xx Instalação de Sistemas Microprodutores de Energia Eléctrica 20

7 ST3 xx Instalação de Sistemas de Cogeração 22

10 ST4 xx Isolamento Térmico Exterior 28

11 ST5 xx Isolamento das Caixilharias 30

12 ST6 xx Utilização de Vidros Duplos 32

13 ST7 xx Instalação e Manutenção de Sistemas de Climatização Eficientes 33

14 ST8 xx Aplicação de Energias Renováveis 35

16 ST9 xx Instalação de Reguladores de Fluxo Luminoso (RFL) 39

17 ST10 xx Substituição de Balastros Ferromagnéticos por Balastros Electrónicos 41

20 ST11 xx Semaforização de Trânsito a LED (Light Emitting Diode) 47

Nota: Áreas Temáticas – xx Energia; xx Resíduos; xx Utilização de Água; xx Considera, pelo menos, duas das

áreas referidas anteriormente.

Seguidamente apresentam-se as fichas das PA e ST supramencionadas.

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Manual de Boas Práticas Ambientais

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FICHA 1

PA1: Tarifa de Energia Eléctrica – Baixa Tensão (BT)

Princípio / Motivação:

Redução dos custos energéticos

Descrição Sumária:

O contrato de fornecimento de energia eléctrica deve ser adequado às necessidades de utilização (i.e.,

ao consumo real da instalação) e, para isso, deve ter em conta a análise de dois factores: o escalão da

potência e o tipo de tarifa.

A escolha da potência a contratar deverá ter em conta o número e características de potência e

utilização dos equipamentos eléctricos existentes e a necessidade do seu funcionamento em simultâneo.

Por outro lado, a escolha da tarifa deverá considerar o horário de funcionamento dos equipamentos

eléctricos.

Os valores das tarifas e preços regulados para a energia eléctrica e outros serviços são, ordinariamente,

aprovados e publicados pela Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos (ERSE), em Dezembro de

cada ano, para vigorarem durante o ano seguinte, nos termos e com os fundamentos estabelecidos no

Regulamento Tarifário do sector eléctrico.

Baixa Tensão Normal (BTN):

Associada à generalidade dos clientes residenciais, lojas, escritórios e pequenas empresas, considera

potências contratadas iguais ou inferiores a 41,4 kVA e uma potência mínima contratada de 1,15 kVA.

Subdivide-se em tarifa social, simples, bi-horária, tri-horária, sazonal e de iluminação pública. Os

períodos horários variam entre 1 e 3.

o Tarifa de BT até 2,3 kVA:

Tarifa social e tarifa simples – A tarifa social destina-se aos consumos relativos a

casas de habitação de residência permanente, mesmo que nelas se exerça uma

pequena actividade profissional, com potência contratada até 2,30 kVA e

consumo anual não superior a 400 kWh.

Tarifa bi-horária – Caracteriza-se por preços diferenciados do kWh, consoante a

utilização em horas de vazio ou fora de vazio, cujos períodos de duração são

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Manual de Boas Práticas Ambientais

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visíveis em “horários”. As horas de vazio são, fundamentalmente, as horas do

período nocturno e fins-de-semana, em que é mais frequente a utilização de

grandes electrodomésticos. Divide-se ainda em dois ciclos: semanal e diário.

Apesar do encargo de potência ser, para a mesma potência contratada,

ligeiramente superior ao encargo de potência da tarifa simples, os ganhos

conseguidos em termos do custo dos consumos de energia, inferiores em cerca

de 45%, nas horas de vazio, permitem normalmente uma poupança significativa.

Tarifa tri-horária – Diferencia o preço da energia por kWh de acordo com três

períodos horários: horas de vazio, horas cheias e horas de ponta. As horas de

vazio são, fundamentalmente, as horas do período nocturno e fins-de-semana

em que é mais frequente a utilização de electrodomésticos com um peso

elevado no consumo. As horas fora de vazio dividem-se em cheias e ponta. O

preço por kWh nas horas cheias é ligeiramente reduzido em relação à tarifa

simples e à bi-horária. Por outro lado, o preço por kWh nas horas de ponta é

superior, pelo que a tarifa tri-horária é vantajosa para consumos muito reduzidos

neste horário. Apesar do preço da potência ser ligeiramente superior ao da tarifa

simples, a redução no preço da energia em vazio (cerca de 45%) permite-lhe

poupar na factura, para consumos, em média, superiores a 35% nestes

períodos.

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Manual de Boas Práticas Ambientais

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o Tarifa de BT entre 2,3 kVA e 20,7 kVA:

Esta tarifa, semelhante à anterior no que toca à subdivisão em três opções tarifárias e

em ciclos horários, diferencia-se quer pelo custo da energia associado aos escalões

quer pelo facto da tarifa simples se destinar à generalidade dos clientes residenciais,

lojas, escritórios e pequenas empresas, nos quais o preço do kWh é igual em todas as

horas do dia. No que toca às tarifas bi-horária e tri-horária evidencia-se também nesta

tarifa uma redução de 45% no preço do kWh consumido em vazio.

o Tarifa de BT acima de 20,7 kVA:

Destinada a clientes que necessitem de uma potência superior à da média dos clientes

residenciais (potência contratada de 27,6 kVA a 41,4 kVA), divide-se em médias

utilizações e longas utilizações e contempla dois ciclos horários (diário e semanal).

o Tarifa Sazonal até 20,7 kVA e Tarifa Sazonal acima de 20,7 kVA:

Estas tarifas encontram-se associadas a actividades económicas que normalmente só

ocorrem em certo período do ano (à excepção de casas de habitação).

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Manual de Boas Práticas Ambientais

11

Baixa Tensão Especial (BTE):

Associada aos pequenos negócios como restauração, panificação, lavandarias, hotelaria, carpintarias,

entre outros, refere-se a potências contratadas superiores a 41,4 kVA.

Baixa Tensão Iluminação Pública (BIP):

Associada ao custo do kWh para a iluminação pública, apresenta um valor único.

Nota: Na sequência de um acordo entre a Electricidade de Portugal (EDP) e a Associação Nacional de

Municípios Portugueses (ANMP), para cada local de consumo é tida em conta a opção tarifária mais

favorável para o Município, i.e., além da tarifa da BIP – Iluminação Pública poderá aplicar-se qualquer

outra das tarifas disponíveis para a BTN.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

Despacho n.º 22/2008 da ERSE

Despacho n.º 26 126-A/2004 (2.ª série), de 16 de Dezembro

Para mais informação:

http://www.erse.pt

http://www.edp.pt

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Manual de Boas Práticas Ambientais

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FICHA 2

PA2: Certificação Energética dos Edifícios

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético dos edifícios

Descrição Sumária:

A acção visível do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos

Edifícios (SCE), o qual tem por objectivo assegurar o cumprimento dos regulamentos técnicos relativos

ao comportamento térmico dos edifícios (RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento

Térmico dos Edifícios) e aos sistemas energéticos e de climatização dos edifícios (RSECE –

Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios), é a obtenção de um certificado

energético.

Este atribui uma etiqueta de desempenho energético aos edifícios (9 classes – A+ a G) e contempla,

entre outras, informação referente: às emissões de CO2, às medidas de melhoria do desempenho

energético (incluindo a sua viabilidade económica) e à nova classe energética caso estas medidas

venham a ser implementadas.

No que respeita à classificação energética, um edifício eficiente pode consumir menos de ¼ do consumo

de referência:

Classe

Energética

Comparação com Consumo de

Referência

A+ 25% ou menos do consumo de referência

A Entre 26% a 50%

B 51% a 75%

B- 76% a 100%

C 101% a 150%

D 151% a 200%

E 201% a 250%

F Entre 251% a 300%

G Mais de 300% consumo de referência

Consumo de

Referência

Edifícios Existentes

Edifícios Novos

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Manual de Boas Práticas Ambientais

13

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2010 – 9% dos edifícios com melhoria da classificação energética

Ano 2015 (*)

– 30% dos edifícios com melhoria da classificação energética

(*) Certificação energética de todos os edifícios; 20% dos edifícios com classe igual ou superior a B-

Requisitos Legais Principais:

SCE – Decreto-Lei n.º 78/2006, de 4 de Abril

RSECE – Decreto-Lei n.º 79/2006, de 4 de Abril

RCCTE – Decreto-Lei n.º 89/2006, de 4 de Abril

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.adene.pt

http://www.dgge.pt

http://www.apambiente.pt

http://www.casacertificada.pt

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

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FICHA 3

PA3: Elaboração de Auditorias Energéticas

Princípio / Motivação:

Diminuição dos custos vs consumos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da performance energético-ambiental

Descrição Sumária:

As auditorias energéticas, que consistem no levantamento sistemático e objectivo de todos os factores

relacionados com a análise dos consumos e das condições de utilização de energia, têm por objectivo

aferir a performance energético-ambiental de determinada instalação.

Consequentemente, estes resultados permitem a identificação de “áreas prioritárias de intervenção” e,

posteriormente, a elaboração de programas de actuação e de investimento no domínio da gestão

racional da energia.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2015 (*)

– Auditoria energética a todos os edifícios

(*) Prioridade a instalações com consumos superiores a 25 GWh/ano

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Page 19: SGAmbi_AREANATejo

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Manual de Boas Práticas Ambientais

15

Para mais informação:

http://www.dgge.pt

http://www.adene.pt

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

16

FICHA 4

ST1: Instalação de Sistemas Solares Térmicos em Piscinas e Equipamentos Desportivos

Princípio / Motivação:

Diminuição dos custos energéticos

Diminuição do consumo de energia fóssil e das emissões de CO2 associadas

Melhoria do desempenho energético dos equipamentos

Descrição Sumária:

Os sistemas solares térmicos apresentam, actualmente, um elevado aproveitamento da radiação solar

disponível, tendo na última década aumentado significativamente os seus rendimentos.

A instalação de sistemas de produção de água quente solar (AQS) para substituição da fonte energética

principal origina uma melhoria do desempenho energético dos equipamentos, permitindo reduzir até 70%

as suas necessidades energéticas.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Piscinas (*)

:

o Ano 2010 – 107 sistemas solares térmicos instalados

o Ano 2015 – 285 sistemas solares térmicos instalados

Equipamentos Desportivos (**)

:

o Ano 2010 – 266 sistemas solares térmicos instalados

o Ano 2015 – 710 sistemas solares térmicos instalados

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Manual de Boas Práticas Ambientais

17

(*) Inclui piscinas de privados nas quais existe serviço público associado

(**) Inclui balneários de apoio a pavilhões e recintos desportivos

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.aguaquentesolar.com

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

18

FICHA 5

PA4: Aplicação de Cobertura Térmica nas Piscinas

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição do consumo vs custo de água

Melhoria do desempenho energético dos equipamentos

Descrição Sumária:

A água das piscinas perde energia por várias vias, sendo as perdas por evaporação as mais

significativas – cerca de 70%.

A aplicação de uma cobertura térmica – manta térmica – transforma o tanque da piscina num

reservatório de energia, permitindo atingir poupanças na ordem dos 10 - 40% para piscinas cobertas e,

simultaneamente, as necessidades de renovação de ar (para desumidificação), normalmente, feitas

através de ventilação mecânica forçada e, consequentes consumos de energia eléctrica associados.

Além disso, permite ainda reduzir as necessidades de reposição de água.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Page 23: SGAmbi_AREANATejo

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19

Para mais informação:

http://www.aguaquentesolar.com

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20

FICHA 6

ST2: Instalação de Sistemas Microprodutores de Energia Eléctrica

Princípio / Motivação:

Diminuição dos custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético dos equipamentos

Descrição Sumária:

A produção distribuída ou microgeração é a geração de energia eléctrica pelo próprio consumidor

utilizando equipamentos de pequena escala (painéis solares, micro turbinas, micro eólicas, entre outros)

com a possibilidade de entrega/venda à rede pública.

Para este efeito foi criado o Sistema de Registo da Microprodução (SRM), que constitui uma plataforma

electrónica de interacção com os produtores, no qual todo o relacionamento com a Administração,

necessário para exercer a actividade de microprodutor, poderá ser realizado.

Nota: Podem ser produtores de electricidade por intermédio de unidades de microprodução todas as

entidades que disponham de um contrato de compra de electricidade em BT.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Escolas Públicas:

o Ano 2010 – 938 sistemas microprodutores instalados (5,6 MW)

o Ano 2015 – 2500 sistemas microprodutores instalados (15 MW)

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21

Requisitos Legais Principais:

Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de Novembro (*)

(*) Aplicável a instalações de produção de electricidade monofásico em BT com potência de ligação até

5,75 kW.

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.renovaveisnahora.pt/

http://www.edp.pt

http://www.dgge.pt

http://www.adene.pt

Page 26: SGAmbi_AREANATejo

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22

FICHA 7

ST3: Instalação de Sistemas de Cogeração

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético dos equipamentos

Descrição Sumária:

A cogeração consiste no processo de produção e utilização combinada de calor e electricidade,

proporcionando o aproveitamento de mais de 70% da energia térmica proveniente dos combustíveis

utilizados nesse processo. Distingue-se da produção convencional de energia eléctrica com

combustíveis fósseis, dado que nesta se desperdiça uma parte muito significativa do calor resultante da

combustão (normalmente mais de 60%).

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2015 – 22 hospitais com cogeração

(*) Unidades hospitalares de grande e média dimensão

Requisitos Legais Principais:

Decreto-Lei n.º 313/2001, de 10 de Dezembro

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Page 27: SGAmbi_AREANATejo

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23

Para mais informação:

http://www.cogenportugal.com

http://www.dgge.pt

http://www.adene.pt

Page 28: SGAmbi_AREANATejo

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24

FICHA 8

PA5: Certificação Ambiental dos Edifícios

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

A certificação ambiental dos edifícios, de acordo com o Sistema LiderA (Sistema de Avaliação da

Sustentabilidade), é uma medida voluntária que tem por objectivo optimizar o desempenho ambiental do

meio edificado e consiste num sistema de avaliação da construção numa óptica de sustentabilidade, que

se compara com diferentes valores de desempenho (A a E), os quais devem ser melhores que as

práticas existentes (E).

Se o desempenho comprovado pela verificação do LiderA atingir uma avaliação final da sustentabilidade

das classes C, B, A, A+ ou A++, são certificáveis como bom nível de sustentabilidade o edificado ou os

ambientes construídos.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Page 29: SGAmbi_AREANATejo

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25

Para mais informação:

http://www.lidera.info/

Page 30: SGAmbi_AREANATejo

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26

FICHA 9

PA6: Correcta Orientação do Edifício

Princípio / Motivação:

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

A orientação de um edifício deve estar optimizada para as diferentes estações do ano, i.e., devemos

definir a insolação das fachadas dos edifícios habitacionais, de modo a garantir o acesso às „horas de

sol‟ no interior de cada habitação.

Tanto, quanto possível, a fachada principal (a que contempla o maior número de áreas envidraçadas) do

edifício deve privilegiar a orientação a Sul, optimizando assim os ganhos solares ao longo de todo o ano

e, consequentemente, reduzindo as necessidades energéticas.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.construcaosustentavel.pt

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27

FICHA 10

ST4: Isolamento Térmico Exterior

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

A cobertura é a superfície mais exposta de um edifício, estando sujeita a grandes amplitudes térmicas.

Por esta razão, o seu adequado isolamento permite contribuir significativamente para o aumento do

conforto térmico dos utilizadores, adaptando a temperatura interior às necessidades da época sazonal.

O isolamento térmico é mais eficiente se for aplicado de forma contínua pelo exterior da envolvente do

edifício (pavimento térreo, paredes envolventes e coberturas) porque minimiza as trocas de calor com o

exterior e, consequentemente, reduz as necessidades energéticas em termos de aquecimento ou

arrefecimento.

Nota: O RCCTE contempla a contribuição das pontes térmicas para o balanço energético negativo do

edifício e obriga a soluções que minimizem as pontes térmicas, como é conseguido pelos sistemas de

isolamento térmico aplicados de forma contínua e pelo exterior.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

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28

Requisitos Legais Principais:

RCCTE – Decreto-Lei n.º 89/2006, de 4 de Abril

Para mais informação:

http://www.construcaosustentavel.pt

Page 33: SGAmbi_AREANATejo

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29

FICHA 11

ST5: Isolamento das Caixilharias

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

A caixilharia é o elemento de transição entre as áreas opacas e as áreas envidraçadas e tem como

principal função garantir a estanquicidade e a operacionalidade dos vãos, contribuindo para a

optimização do desempenho energético-ambiental do edifício.

As características a ter em consideração na especificação da caixilharia são:

O grau de estanquicidade da caixilharia (a estanquicidade da caixilharia permite controlar, de

forma eficaz, o intercâmbio de calor e frio entre o interior e o exterior, garantindo as renovações

de ar, essenciais para a salubridade do ar interior);

O material que constitui o caixilho deve ser tão reciclável quanto possível – devendo ser

privilegiados os acabamentos mais fáceis de reciclar, como é o caso do alumínio anodizado,

face ao termolacado;

O material que constitui o caixilho deve ter sido, em parte, reciclado – no caso do alumínio,

designa-se por alumínio secundário. A proporção do material reciclado incorporado será indicada

pelo fornecedor e deverá ser superior a 50%.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Page 34: SGAmbi_AREANATejo

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30

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.construcaosustentavel.pt

Page 35: SGAmbi_AREANATejo

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31

FICHA 12

ST6: Utilização de Vidros Duplos

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

Nas áreas envidraçadas as trocas de calor realizam-se segundo três modos de propagação: condução,

convecção e radiação. É considerável a diferença em termos de comportamento térmico entre um vidro

simples e um vidro duplo. Este último possui características térmicas superiores, permitindo economias

de energia até 80% em relação ao primeiro e, além disso, beneficia de um melhor isolamento acústico.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.construcaosustentavel.pt

Page 36: SGAmbi_AREANATejo

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32

FICHA 13

ST7: Instalação e Manutenção de Sistemas de Climatização Eficientes

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

A climatização é um parâmetro importante a considerar no conforto dos edifícios e pode representar um

valor significativo no total da factura energética (por cada grau a mais de temperatura verifica-se um

aumento de 7% no consumo de energia!).

Deste modo, existem acções a ter em conta na viabilização e manutenção de um sistema de

climatização eficiente, que são:

Garantia de um bom isolamento térmico, uma vez que este influencia significativamente a

eficiência dos sistemas de climatização;

Regulação dos termóstatos para uma temperatura interior de 21-23 ºC (no Verão) e de 20-18 ºC

(no Inverno);

Evitar a climatização de espaços não utilizados ou vazios;

Proceder com regularidade à limpeza dos filtros de ar e outras tarefas de manutenção periódica

dos equipamentos;

Instalação de soluções tipo multi-splits ou, preferencialmente, centralizadas, com mecanismos de

regulação local, aumentam a eficiência do processo e facilitam a manutenção dos sistemas de

climatização – soluções descentralizadas (tipo splits) aumentam os consumos energéticos, a

potência instalada e tem uma baixa eficiência energética;

Correcta selecção das cores a utilizar nas fachadas e coberturas, uma vez que têm influência no

conforto térmico do edifício: uma fachada branca pode absorver apenas 25% da energia do sol

enquanto a cor preta pode absorver 90% dessa mesma energia.

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33

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.clima-pesquisa.com/

http://www.construcaosustentavel.pt

Page 38: SGAmbi_AREANATejo

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34

FICHA 14

ST8: Aplicação de Energias Renováveis

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

Existem diversas soluções energéticas de pequena escala que apresentam importantes vantagens

económicas e ambientais e, por esta razão, devem ser tidas em conta na construção (e até reabilitação)

de edifícios, de que são exemplo:

Colectores solares térmicos;

Painéis solares fotovoltaicos;

Micro-turbinas eólicas;

Sistemas de aquecimento a biomassa.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Colectores Solares Térmicos:

Piscinas (*)

:

o Ano 2010 – 107 sistemas solares térmicos instalados

o Ano 2015 – 285 sistemas solares térmicos instalados

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35

Equipamentos Desportivos (**)

:

o Ano 2010 – 266 sistemas solares térmicos instalados

o Ano 2015 – 710 sistemas solares térmicos instalados

(*) Inclui piscinas de privados nas quais existe serviço público associado

(**) Inclui balneários de apoio a pavilhões e recintos desportivos

Sistemas Microprodutores:

Escolas Públicas:

o Ano 2010 – 938 sistemas microprodutores instalados (5,6 MW)

o Ano 2015 – 2500 sistemas microprodutores instalados (15 MW)

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.energiasrenovaveis.com

http://www.renovaveis.tecnopt.com

Page 40: SGAmbi_AREANATejo

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36

FICHA 15

PA7: Escolha de Materiais Reciclados ou Ambientalmente Certificados

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos

Diminuição do impacte ambiental (redução das emissões de CO2 e das emissões sonoras e

promoção da reciclagem e valorização de resíduos)

Melhoria do desempenho energético-ambiental dos edifícios

Descrição Sumária:

Na construção e/ou reabilitação dos edifícios deverão escolher-se os melhores materiais, i.e., ter em

conta o seu impacte ambiental e o seu desempenho em termos térmicos e acústicos: maximizar a

utilização de materiais reciclados ou certificados ambientalmente.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.construcaosustentavel.pt

Page 41: SGAmbi_AREANATejo

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37

FICHA 16

ST9: Instalação de Reguladores de Fluxo Luminoso (RFL)

Princípio / Motivação:

Promoção de um nível de iluminação adequado à utilização

Consideração sobre o tempo de funcionamento da instalação

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da eficiência energética na IP

Descrição Sumária:

Os RFL são sistemas que permitem efectuar a regulação da intensidade das lâmpadas, de acordo com

horários pré-estabelecidos pelo utilizador, podendo desta forma conduzir a economias directas nos

consumos de energia, a uma substancial redução dos custos de exploração e, inclusivamente, aumentar

o tempo de vida útil das lâmpadas. Isto é, em períodos nocturnos de menor actividade e sem risco de

perda das qualidades funcionais de segurança dos sistemas de IP, os RFL permitem a diminuição do

nível de luminância, não limitando a abrangência dos dispositivos luminosos.

Actualmente, estão disponíveis no mercado dois principais tipos de sistemas/tecnologias para regulação

do fluxo luminoso da IP: os balastros electrónicos e os armários reguladores de fluxo luminoso.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2010 – 46.429 pontos de iluminação intervencionados

Page 42: SGAmbi_AREANATejo

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38

Ano 2015 – 162.500 pontos de iluminação intervencionados

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.edp.pt

http://www.adene.pt

http://www.dgge.pt

Page 43: SGAmbi_AREANATejo

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39

FICHA 17

ST10: Substituição de Balastros Ferromagnéticos por Balastros Electrónicos

Princípio / Motivação:

Promoção de um nível de iluminação adequado à utilização

Consideração sobre o tempo de funcionamento da instalação

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da eficiência energética na IP

Descrição Sumária:

Os balastros electrónicos, além de efectuarem o arranque da lâmpada, poderão permitir uma

regulação/redução do fluxo luminoso ponto a ponto, i.e., através da redução (e estabilização) da tensão

aplicada a cada lâmpada.

Estes equipamentos podem ainda limitar a corrente eléctrica durante o funcionamento da lâmpada. Os

níveis de redução, e os respectivos horários, poderão ser predefinidos pelo usuário e redefinidos ao

longo da sua utilização.

A utilização de balastros electrónicos tem as seguintes vantagens relativamente aos balastros

ferromagnéticos:

Baixo consumo;

Absorve as variações de tensão da rede;

Aumento da vida útil da lâmpada;

Redução da potência;

Elevado factor de potência;

Substitui o arrancador e condensador.

Por outro lado, salienta-se como principais desvantagens o aumento da temperatura de funcionamento

da luminária e a incerteza na fiabilidade/durabilidade quando exposto a intempérie.

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40

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2010 (*)

– 40.385 pontos de iluminação

Ano 2015 (*)

– 107.692 pontos de iluminação (*)

Substituição de luminária e balastros electrónico em instalações com mais de 10 anos

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.edp.pt

http://www.adene.pt

http://www.dgge.pt

Page 45: SGAmbi_AREANATejo

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41

FICHA 18

PA8: Phase-out das Lâmpadas de Vapor de Mercúrio

Princípio / Motivação:

Cumprimento de critérios fundamentais de protecção ambiental

Diminuição do consumo energético

Melhoria da eficiência energética na IP

Descrição Sumária:

Devido a requisitos de carácter ambiental e de saúde pública os equipamentos eléctricos têm de cumprir

critérios fundamentais de protecção, de que são exemplo as lâmpadas de vapor de mercúrio. Estas

lâmpadas, que contêm mercúrio – substância perigosa –, terão de ser, até 2015, substituídas na sua

totalidade nos sistemas de IP.

Acresce que a tecnologia de Vapor de Sódio, relativamente a esta, apresenta as seguintes vantagens:

Lâmpadas de elevada eficácia luminosa:

o Maior eficácia luminosa;

o Menor número de pontos de soldadura;

o Maior durabilidade.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2010 – Substituição de 75 000 lâmpadas de mercúrio

Ano 2015 (*)

– 0 lâmpadas de mercúrio instaladas

(*) Substituição de 300.000 lâmpadas de mercúrio

Page 46: SGAmbi_AREANATejo

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42

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.edp.pt

http://www.adene.pt

Page 47: SGAmbi_AREANATejo

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43

FICHA 19

PA9: Requisitos Mínimos de Eficiência Energética para Novas Instalações de IP

Princípio / Motivação:

Promoção de um nível de iluminação adequado à utilização

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da eficiência energética na IP

Descrição Sumária:

Toda e qualquer nova instalação de IP deve cumprir requisitos mínimos de eficiência energética, i.e.,

deve ter em consideração diversas acções, nomeadamente:

Utilização de RFL;

Utilização de auxiliares eléctricos de funcionamento das lâmpadas, de tipo electrónico (balastros

electrónicos);

Máxima compatibilização entre as lâmpadas e os auxiliares eléctricos do seu funcionamento

(balastro e ignitor);

Utilização de condensadores para a tensão nominal de 400 V, minimizando a sua deterioração

por ocorrência de sobretensões;

Máxima e exigente adequação fotométrica (tipologia e qualidade das características reflectoras

e refractoras dos aparelhos de iluminação);

Máxima adequação luminotécnica (características geométricas da distribuição dos pontos de luz

e consideração dos padrões luminotécnicos).

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Page 48: SGAmbi_AREANATejo

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44

Metas:

Ano 2010 – 46.429 pontos de iluminação intervencionados

Ano 2015 – 162.500 pontos de iluminação intervencionados

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.edp.pt

http://www.adene.pt

http://www.dgge.pt

Page 49: SGAmbi_AREANATejo

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45

FICHA 20

ST11: Semaforização de Trânsito a LED (Light Emitting Diode)

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da eficiência energética na IP

Descrição Sumária:

À excepção dos casos em que são utilizados painéis solares fotovoltaicos, os sistemas de controlo de

trânsito são alimentados com energia eléctrica a partir da rede pública, sendo que o seu consumo se

encontra associado à potência dos sistemas de iluminação. A tabela seguinte apresenta a comparação

dos consumos anuais de energia dos sistemas tradicionais – lâmpadas de incandescência – com

sistemas a LEDs, tendo em conta os diferentes tipos de ópticas semafóricas:

Tipologia Dados Lâmpadas LEDs

Ópticas de 300 mm

Potência (W) 75 9

Consumo anual (kWh) 657 79

Poupança 88%

Ópticas de 200 mm

Potência (W) 40 8

Consumo anual (kWh) 350 70

Poupança 80%

Ópticas de 100 mm

Potência (W) 25 5

Consumo anual (kWh) 219 44

Poupança 80%

A semaforização a LED tem, quando comparada com a semaforização tradicional, as seguintes

vantagens:

Redução do consumo de energia em cerca de 80 a 88%;

Maior durabilidade (considerando o seu funcionamento em contínuo: mais de 2.000 dias contra

os cerca de 40 dias das lâmpadas incandescentes!) e, consequentemente, menores custos de

manutenção;

Redução em cerca de 50% do índice de reflexão da luz solar;

Alta fiabilidade, maiores condições de segurança rodoviária e maior visibilidade em condições

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46

adversas.

No que diz respeito às desvantagens, salienta-se um investimento inicial mais elevado e maiores custos

de substituição (este último, nos casos de já existirem os tradicionais).

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2010 – Existência de 1 000 semáforos de trânsito a LED

Ano 2015 (*)

– Existência de 25 000 semáforos de trânsito a LED

(*)

20% da semaforização de trânsito com iluminação eficiente (LED)

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.adene.pt

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47

FICHA 21

PA10: Frota Automóvel com “Objectivos de CO2”

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental da frota municipal

Descrição Sumária:

Esta medida visa a introdução de conceitos de eficiência energética nos transportes, nomeadamente, na

renovação da frota com veículos de baixas emissões de CO2 e no phase-out de veículos com emissões

de CO2 mais elevadas.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Phase-out de veículos com emissões de CO2 superiores a 200g/km:

Ano 2015 (*)

– 0 veículos com emissões de CO2 superiores a 200g/km

(*) Frota automóvel com 20% de veículos de baixas emissões

Aquisição de veículos condicionados a short list de veículos existentes

Após 2010 (**)

– Com índice de emissões inferior a 110 g/km

(**) 1/5 da frota com menos de 110g/km

Nota: Estas metas pretendem incidir em cerca de 12.000 veículos, prevendo-se, no ano de 2015, uma

redução de consumo de cerca de 10% (cerca de 1.796 tep).

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Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.adene.pt

Page 53: SGAmbi_AREANATejo

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49

FICHA 22

PA11: Utilização de Biocombustíveis

Princípio / Motivação:

Diminuição de consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2 e de outros poluentes atmosféricos

Melhoria do desempenho energético-ambiental da frota municipal

Descrição Sumária:

Os biocombustíveis são fontes de energia renováveis, derivados de matérias agrícolas como plantas

oleaginosas, biomassa florestal, cana-de-açúcar e outras matérias orgânicas que podem ser usados

isoladamente como combustíveis ou ser misturados com os combustíveis convencionais – os exemplos

mais comuns são: biodiesel, bioetanol e biogás.

Em Portugal, são considerados biocombustíveis, segundo o Decreto-Lei n.º 62/2006, de 21 de Março, os

seguintes produtos:

1. Bioetanol – Etanol produzido a partir de biomassa e/ou da fracção biodegradável de resíduos,

com qualidade de combustível para motores a gasolina;

2. Biodiesel – Éster metílico e/ou etílico, produzido a partir de óleos vegetais ou animais, com

qualidade de combustível para motores a diesel;

3. Biogás – Gás combustível produzido a partir de biomassa e/ou da fracção biodegradável de

resíduos, que pode ser purificado até uma qualidade equiparada à do gás natural;

4. Biometanol – Metanol produzido a partir de biomassa;

5. Bioéter dimetílico – Éter dimetílico produzido a partir de biomassa;

6. Bio-ETBE (bioéter etil-terc-butílico) – ETBE produzido a partir do bioetanol, sendo a percentagem

em volume de bio-ETBE considerada como biocombustível igual a 47%;

7. Bio-MTBE (bioéter metil-terc-butílico) – Combustível produzido com base no biometanol, sendo a

percentagem em volume de bio-MTBE considerada como biocombustível de 36%;

8. Biocombustíveis sintéticos – Hidrocarbonetos sintéticos ou misturas de hidrocarbonetos

sintéticos produzidos a partir de biomassa;

9. Biohidrogénio – Hidrogénio produzido a partir de biomassa e/ou da fracção biodegradável de

resíduos;

10. Óleo vegetal – Óleo produzido a partir de plantas oleaginosas, em bruto ou refinado, mas

quimicamente inalterado, com qualidade de combustível para motores a diesel.

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

50

A utilização de biocombustíveis tem como principais objectivos: (a) diminuição da dependência

energética do exterior; (b) diversificação de fontes energéticas (segurança de abastecimento); (c)

diminuição de emissões de GEE e cumprimento de compromissos internacionais; (d) diminuição da

poluição local; e (e) promoção do desenvolvimento rural.

Contudo, e apesar de apresentarem diversas vantagens em relação aos combustíveis fósseis, os

biocombustíveis não garantem zero emissões de gases poluentes, uma vez que existe sempre um

investimento em energia fóssil na sua produção. Deste modo, quanto mais eficiente for o processo

produtivo, menor é a emissão de CO2.

Além disso, o “balanço ambiental” dos biocombustíveis depende da fileira considerada (álcool, óleo

vegetal puro, biodiesel, entre outros) e do tipo de agricultura praticado (agricultura intensiva, agricultura

biológica, entre outros). Ou seja, o “balanço ambiental positivo” nos biocombustíveis resultantes da

reciclagem dos óleos usados é mais real do que nos biocombustíveis produzidos a partir de produtos

agrícolas (nestes terá de se ter em conta diversos factores, de que são exemplo: o impacte causado

pelos adubos e pesticidas utilizados, pelo consumo de água, entre outros).

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2010 – 10% de market share para os biocombustíveis

Requisitos Legais Principais:

Decreto-Lei n.º 62/2006, de 21 de Março

Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2008, de 5 de Fevereiro

Para mais informação:

http://www.renovaveis.tecnopt.com

http://www.energiasrenovaveis.com

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SGAmbi

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51

FICHA 23

PA12: Aquisição de Veículos Eléctricos

Princípio / Motivação:

Diminuição de consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2 e de outros poluentes atmosféricos

Melhoria do desempenho energético-ambiental da frota municipal

Transporte e mobilidade sustentável

Descrição Sumária:

Os veículos eléctricos são veículos rodoviários que se diferenciam dos veículos usuais pelo facto de

utilizarem um sistema de propulsão eléctrica em alternativa à solução comum, o motor de combustão

interna.

Existem, actualmente, 3 tecnologias base: veículos eléctricos a baterias, veículos eléctricos híbridos e

veículos a pilha de combustível (veículos a hidrogénio).

A utilização deste tipo de veículos apresenta diversas vantagens, nomeadamente:

Permitem uma condução “mais limpa”, sem emissão de gases de escape locais, bem como uma

deslocação do veículo mais silenciosa e suave;

Quando se encontra parado o motor não se encontra em movimento não transmitindo assim

qualquer emissão sonora;

Mesmo em circulação o ruído emitido é bastante mais suave que o dos motores de combustão

interna;

Apresentam relativamente baixos custos de operação, já que, para a mesma distância percorrida

e em condições idênticas de utilização, o custo da energia eléctrica dispendida por veículos

eléctricos com um sistema de armazenamento da energia eléctrica em baterias electroquímicas

corresponde a um terço do valor do custo do combustível utilizado por veículos com motores de

combustão interna;

Custos de manutenção substancialmente menores.

Impacte dos Resultados:

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Manual de Boas Práticas Ambientais

52

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de Manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.apve.pt/

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Manual de Boas Práticas Ambientais

53

FICHA 24

PA13: Implementação de Sistemas de Gestão de Frotas

Princípio / Motivação:

Diminuição de consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria do desempenho energético-ambiental da frota municipal

Optimização da gestão operacional

o Sistematização e disponibilização de informação

o Aferição de indicadores

o Optimização de circuitos (minimização das distâncias percorridas, minimização dos

custos operacionais e equilíbrio das quantidades de trabalho entre equipas)

Descrição Sumária:

Um sistema de gestão de frotas permite que os vários atributos da rede viária, da actividade, dos

veículos e das instalações sejam modelados individualmente, melhorando o desempenho e o

funcionamento de uma frota (e.g. produzindo circuitos optimizados).

Estes sistemas são, geralmente, utilizados na optimização de sistemas de recolha de resíduos, mas são

igualmente aplicáveis a qualquer tipologia de frota automóvel.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

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Manual de Boas Práticas Ambientais

54

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

N/A

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Manual de Boas Práticas Ambientais

55

FICHA 25

PA14: Elaboração de Plano de Mobilidade Sustentável

Princípio / Motivação:

Redução de consumos vs custos energéticos

Redução das emissões de CO2

Transporte e mobilidade sustentável

Descrição Sumária:

Deve considerar-se, sempre que justificável, a elaboração de planos de mobilidade sustentável que

visem a melhoria contínua das condições de deslocação, a diminuição dos impactes ambientais e o

aumento da qualidade de vida dos cidadãos.

Estes planos deverão intervir em 3 níveis:

Gestão do estacionamento (que inclui a organização das deslocações);

Rede pedonal e de bicicletas;

Serviço do sistema de transportes colectivos (que inclui o funcionamento da rede transportes

colectivos e a qualidade do tempo de espera).

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Ano 2015 – Elaboração de Planos de Mobilidade (*)

(*) Para organismos com mais de 500 trabalhadores

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56

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.adene.pt

Page 61: SGAmbi_AREANATejo

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57

FICHA 26

PA15: Eco-Condução

Princípio / Motivação:

Redução de consumos vs custos energéticos

Redução das emissões de CO2

Redução dos níveis sonoros

Aumento do conforto

Menor desgaste do motor/veículo

Diminuição de custos de manutenção

Aumento da segurança rodoviária

Descrição Sumária:

A eco-condução é um modo de condução eficiente e defensiva e consiste na adopção de hábitos que

permitem tirar o maior partido dos veículos tendo em conta as características dos sistemas de propulsão

e transmissão (e.g. conduzir “por antecipação”, conduzir a baixas rotações, acelerar e desacelerar

suavemente, evitar situações ao ralenti, entre outros) permitindo a optimização dos consumos, numa

óptica de eficiência energética.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

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58

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.ecoconducao-portugal.pt/

Page 63: SGAmbi_AREANATejo

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59

FICHA 27

PA16: Centralização do Processo Negocial de Aquisição de Energia

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Descrição Sumária:

Centralização do processo negocial de aquisição de energia, através do recurso a uma agência de

compras ou de energia, com prioridade a três áreas: saúde, ensino e serviços e organismos de

Administração Pública.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

http://www.adene.pt

Page 64: SGAmbi_AREANATejo

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60

FICHA 28

PA17: Qualificação de Empresas em Concursos

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Descrição Sumária:

Introdução de critérios de eficiência energética na aquisição de equipamentos e edifícios com o recurso à

selecção de entidades com planos de melhoria da eficiência aprovados, em consonância com as

orientações ambientais definidas ou a definir pela Agência Portuguesa do Ambiente, em articulação com

a Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E..

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Para mais informação:

N/A

Page 65: SGAmbi_AREANATejo

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61

FICHA 29

PA18: Aquisição de Equipamentos Eléctricos Eficientes – Etiqueta Energética

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Descrição Sumária:

A etiqueta energética é um sistema de informação que alerta o consumidor para a eficiência, consumo,

rendimento, capacidade e ruído de equipamentos e aparelhos eléctricos.

Para a mesma capacidade e características, um equipamento classificado como A é o mais eficiente e

económico em termos de consumo de electricidade, enquanto o G é o menos eficiente.

Geralmente, entre duas letras consecutivas existe, em termos de eficiência energética, uma diferença de

10 e 15%.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Page 66: SGAmbi_AREANATejo

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Manual de Boas Práticas Ambientais

62

Para mais informação:

http://www.topten.pt/

http://www.portaldaenergia.net/

http://www.equipamentos.p3e-portugal.com/

http://www.energy-plus.org/

Page 67: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

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63

FICHA 30

PA19: Aquisição de Equipamentos de Escritório Eficientes – Etiqueta Energy Star e Rótulo Ecológico Europeu

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Descrição Sumária:

Para os equipamentos de escritório (e.g. computadores, monitores, impressoras) institui-se as etiquetas

Energy Star e o Rótulo Ecológico Europeu.

Os equipamentos com este símbolo apresentam consumos mais baixos, designadamente quando estão

em modo de espera ou hibernação, poupando mais de 80% de energia em comparação com o seu

funcionamento normal.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

PNAEE – RCM n.º 80/2008, de 20 de Maio

Page 68: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

64

Para mais informação:

http://www.eu-energystar.org/

http://www.topten.pt/

http://www.portaldaenergia.net/

http://www.equipamentos.p3e-portugal.com/

http://www.energy-plus.org/

Page 69: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

65

FICHA 31

PA20: Iluminação Eficiente

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da eficiência energética

Descrição Sumária:

A iluminação constitui uma das utilizações finais em que a introdução de soluções energeticamente

eficientes mais compensa, em termos de economia de energia e de conforto. Ao nível da iluminação

interior a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas (ou tubulares)

permite atingir economias de energia até 80%:

Tipo de Lâmpada Potência (W) Duração

Máxima (h)

Custo

(€)

Poupança

Energética (%)

Incandescente Clássica 15 a 200 1000 1 Ponto Referencial

Incandescente

Halogéneo 20 a 200 2000 2 a 4 30 a 50

Fluorescente Compacta 9 a 23 6 000 a 15 000 5 a 15 80

LED 1 a 7 6 000 a 45 000 6 a 60 80

Além desta, outras medidas devem ser tidas em conta:

Maximizar a iluminação natural;

Utilizar lâmpadas com a potência adequada às necessidades do local;

Desligar a iluminação sempre que não esteja a utilizar o espaço;

Manter os sistemas de iluminação limpos.

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66

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

Decreto-Lei n.º 108/2007, de 12 de Abril

Para mais informação:

N/A

Page 71: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

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67

FICHA 32

PA21: Correcta Utilização dos Equipamentos Eléctricos

Princípio / Motivação:

Diminuição dos consumos vs custos energéticos

Diminuição das emissões de CO2

Melhoria da eficiência energética

Descrição Sumária:

O potencial de economia de energia associado à utilização dos equipamentos eléctricos é bastante

elevado.

O aproveitamento deste potencial pode ser concretizado através da selecção e aquisição de

equipamentos energeticamente eficientes (Etiqueta Energy Star), da introdução de sistemas adequados

de energia e da adopção de comportamentos de uso:

Redução dos consumos em “stand-by” (modo de espera);

Desligar todos os equipamentos ao final do dia e durante os períodos de ausência;

Optar pela aquisição de monitores LCD (permitem poupanças energéticas na ordem dos 50%

comparativamente aos monitores clássicos CRT);

Optar pela aquisição de computadores portáteis em alternativa aos computadores de secretária

(permitem economias na ordem dos 80%);

As impressoras a jacto de tinta usam 99% menos energia que as impressoras a laser, durante a

impressão e 87% menos quando inactivas;

Imprimir os documentos apenas quando necessário e, sempre que possível, em modo de

rascunho e a preto e branco.

A criação de postos partilhados de impressoras e fotocopiadoras reduz o número de aparelhos

necessários.

Page 72: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

68

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

N/A

Para mais informação:

http://www.eu-energystar.org/

Page 73: SGAmbi_AREANATejo

SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

69

FICHA 33

PA22: Correcta Gestão de Resíduos

Princípio / Motivação:

Preservação dos recursos naturais

Minimização dos impactes negativos sobre a saúde pública e o ambiente

Diminuição de custos de operação

Diminuição das emissões de CO2

Descrição Sumária:

Tendo como objectivo a correcta gestão de resíduos existem aspectos fundamentais que devem ser tidos

em conta, nomeadamente, a redução da produção de resíduos e a sua reutilização e reciclagem por

fileiras.

Sendo assim, é indispensável não descurar a/o:

1. Identificação, concepção e adopção de produtos e tecnologias mais limpas e de materiais

recicláveis;

2. Promoção e desenvolvimento de sistemas integrados de recolha, tratamento, valorização e

destino final de resíduos;

3. Cumprimento dos Planos Estratégicos de Gestão dos Resíduos.

A nível municipal são vários os tipos de resíduos, na óptica da gestão, que importa considerar:

Resíduos Urbanos (RU) e Embalagens e Resíduos de Embalagens:

Os RU são os resíduos provenientes de habitações bem como outros resíduos que, pela sua natureza e

composição, sejam semelhantes aos resíduos provenientes destas.

A quantidade de RU produzida diariamente bem como a sua diversidade (a qual tem vindo a aumentar ao

longo do tempo) torna a gestão deste tipo de resíduos complexa.

Neste sentido, é necessário ter em conta que o combate à crescente produção de RU passa,

inevitavelmente, pelo incentivo da denominada “Política dos 3 R‟s”: Redução, Reutilização e Reciclagem,

uma vez que qualquer uma destas acções contribui significativamente para a sua redução, bem como

para a diminuição do consumo de energia associado e a preservação dos recursos naturais.

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Manual de Boas Práticas Ambientais

70

Assim, para uma correcta gestão dos RU deverá proceder-se, por ordem decrescente de importância, à:

Redução na origem, em termos da quantidade e/ou toxicidade dos resíduos produzidos;

Reutilização do maior número possível de equipamentos e/ou produtos, como é o caso das embalagens;

Reciclagem, permitindo a transformação de materiais inúteis em novos produtos ou matérias-primas.

No que diz respeito às Embalagens e Resíduos de Embalagens a separação na origem é o princípio de

uma boa recolha selectiva, facilitando ainda as etapas consequentes: a triagem, a valorização e

reciclagem, aumentando a eficiência de todo o sistema. Como antecedente à optimização deste sistema

salienta-se ainda a importância dos cidadãos, no sentido de promoção do processo de recolha selectiva.

Resíduos Orgânicos:

Os resíduos orgânicos, que representam cerca de 40% dos RU produzidos (restos de alimentos, entre

outros), devem ser valorizados através de processos de compostagem, uma vez que são facilmente

transformáveis em fertilizantes. Por outro lado e, antecipadamente ao processo de valorização, deverão

implementar-se sistemas eficazes de recolha selectiva, por exemplo, com a integração do sector da

restauração.

Óleos Alimentares Usados:

A inadequada gestão dos óleos alimentares usados passa, geralmente, pela sua descarga na rede de

colectores de águas residuais, situação que tem repercussões quer ao nível do entupimento das

tubagens, quer da alteração das características das águas recepcionadas pelas ETARs. Este facto

reflecte-se no custo acrescido associado à separação dos óleos e das gorduras e num aumento dos

consumos energéticos necessários para o seu tratamento.

Deste modo, deverá ser implementado um sistema de recolha selectiva dos óleos alimentares usados

com vista ao seu encaminhamento para um operador de gestão de resíduos, devidamente licenciado

para o efeito (como é o caso da VALNOR, S.A.). Os sectores que deverão ser considerados neste

sistema são: sector da restauração, as cantinas e o sector doméstico.

Refere-se ainda que valorização dos óleos alimentares usados promove a utilização de combustíveis

alternativos (Biodiesel).

Resíduos Sólidos Verdes Urbanos:

Deverá ser implementado um sistema de recolha selectiva de resíduos verdes, provenientes da limpeza

de jardins e parques, com vista ao seu encaminhamento para um operador de gestão de resíduos,

devidamente licenciado para o efeito.

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

71

Resíduos de Construção e Demolição (RCD):

A gestão dos RCD revela-se prioritária devido às enormes quantidades de resíduos que o sector produz.

O encaminhamento deste tipo de resíduos pode tornar-se bastante dispendioso, dependendo da

complexidade da obra. Estes custos podem, no entanto, ser significativamente minimizados, se o

processo for correctamente planeado e organizado.

À semelhança dos resíduos anteriormente descritos, também estes devem ser encaminhados para um

operador, devidamente licenciado para o efeito.

Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE):

Os REEE são todos os resíduos, incluindo todos os componentes, subconjuntos e consumíveis que

fazem parte integrante de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE).

Entenda-se por este tipo de equipamentos, todos aqueles que estão dependentes de correntes eléctricas

ou campos electromagnéticos para funcionar correctamente, bem como os equipamentos para geração,

transferência e medição dessas correntes e campos.

Os princípios fundamentais da gestão deste tipo de resíduos, que passam pela prevenção da produção

de REEE, pela promoção da reutilização, da reciclagem e de outras formas de valorização, por forma a

reduzir-se a quantidade e nocividades dos REEE, e a contribuir-se para a melhoraria do comportamento

ambiental de todos os operadores envolvidos no ciclo de vida destes equipamentos são:

Promoção da aplicação de medidas preventivas;

Promover da reutilização, da reciclagem e outras formas de valorização de REEE;

Incentivo à participação dos cidadãos;

Envolvimento dos operadores económicos associados ao "ciclo dos EEE" através da aplicação do

princípio de responsabilidade do produtor.

Nota: A aplicação das medidas e acções instituídas na legislação nacional que regula a gestão do fluxo

dos REEE concretizou-se através do licenciamento das entidades gestoras Amb3E – Associação

Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos e ERP Portugal –

Associação Gestora de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos.

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Manual de Boas Práticas Ambientais

72

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

N/A

Requisitos Legais Principais:

Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro

RSU – Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio; Decisão 2003/33/CE

Embalagens e Resíduos de Embalagens – Decreto-Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio

RCD – Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de Março

REEE – Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro

REEE – Decreto-Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro

Para mais informação:

Política de Resíduos

Planos Estratégicos de Gestão dos Resíduos

http://www.irar.pt

http://www.apambiente.pt

http://www.valnor.pt

http://www.ambi3e.pt

http://www.erp-portugal.pt

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

73

FICHA 34

PA23: Correcta Gestão da Água

Princípio / Motivação:

Preservação do recurso

Diminuição dos consumos vs custos de água (e consumos de electricidade associados)

Diminuição das emissões de CO2

Descrição Sumária:

Tendo como objectivo a correcta gestão da água existem aspectos fundamentais que devem ser tidos em

conta, nomeadamente, a sua adequada utilização (intrínseca aos nossos comportamentos individuais), a

redução do consumo (traduzidos na aquisição de equipamentos mais eficientes) e ainda a sua

reutilização. A nível municipal são vários os tipos de sectores, na óptica da gestão, que importa

considerar:

Sistemas de Abastecimento de Água em Baixa (quando da responsabilidade do Município):

Segundo o IRAR, actualmente, em Portugal, o volume de água correspondente à diferença entre a água

entrada no sistema e o consumo autorizado – perdas de água (reais e aparentes) – é de cerca de 40%!

Contudo, embora, a sua ocorrência nos circuitos de distribuição seja inevitável ela constitui, na

generalidade dos casos, a principal fonte de ineficiência do próprio sistema devendo, por isso, ser objecto

de uma estratégia de controlo e minimização.

A exploração e/ou gestão dos sistemas de abastecimento de água é uma actividade de grande

complexidade, uma vez que deve implicar uma análise constante dos diversos parâmetros técnico-

económicos, nas diversas áreas de intervenção, destacando-se como uma das mais importantes o

“combate às perdas”, pelo facto, entre outros, do custo de produção ou aquisição da água para

distribuição ser normalmente elevado.

Seguidamente apresentam-se algumas acções que devem ser consideradas para uma adequada gestão

dos sistemas de abastecimento de água:

Implementação de uma estratégia de controlo de perdas bem consolidada e com suporte de boa

qualidade;

Registo completo e actualização permanente (compilação, tratamento e informatização da

informação dispersa) dos consumos de água e do cadastro de infra-estruturas, efectuada com

base nas informações recolhidas mensalmente;

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

74

Conhecimento de todos os consumos autorizados não facturados, mediante a instalação de

medidores de caudais nesses pontos;

Sectorização da rede de abastecimento, permitindo a separação da componente de adução da

componente de distribuição e colocação de pontos de medição de caudal em todas as entradas e

saídas de água;

(Re)definição das zonas de contagem e cobrança, de modo a que estas coincidam com os

sectores referidos no ponto anterior, possibilitando desta forma, a realização do balanço hídrico

em todos os subsistemas da rede de abastecimento;

Monitorização sistemática dos caudais importados, quer através dos caudalímetros, quer através

da instalação de outros medidores de caudais localizados estrategicamente;

Quando justificável, adopção de uma política de substituição de contadores que permita de forma

gradual quer diminuir a idade média do parque de contadores existente, quer solucionar

problemas relacionados com a acessibilidade aos mesmos;

Controlo activo de vazamentos e fugas do sistema de abastecimento (perdas reais);

Política de combate aos consumos não autorizados (perdas aparentes);

Controlo da pressurização do sistema de abastecimento;

Medição de caudais nocturnos, para que de uma forma fácil e expedita seja possível elencar os

consumidores principais, estimando assim, as perdas reais nos subsistemas mais problemáticos.

Espaços Verdes:

O consumo de água nos espaços verdes encontra-se associado a diversos factores: tipologia de plantas

existentes, estação do ano e clima da região e, especialmente, das tecnologias e equipamentos utilizados

na rega destes mesmos espaços.

Uma utilização eficiente da água nos espaços verdes passa pela adopção dos seguintes procedimentos:

fornecimento da quantidade de água necessária para a planta (não utilização de volumes de água

superiores às necessidades reais das plantas e à capacidade do solo); alteração de metodologias de

gestão de rega, do solo e das plantas e substituição do equipamento de rega.

Seguidamente referem-se algumas medidas a ter em conta na melhoria da eficiência da rega neste tipo

de espaços:

Aplicação de regas de maior dotação e menor frequência (as regas frequentes humedecem

apenas a zona superficial do solo, o que se revela insuficiente para a água atingir as raízes das

plantas (situadas, em geral, a maior profundidade));

Efectivação da rega somente quando necessário (a instalação de sensores de humidade no solo

são recomendados para a determinação deste aspecto e permitem obter poupanças na ordem

dos 25%);

Manutenção periódica dos sistemas de rega de modo a eliminar fugas;

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Manual de Boas Práticas Ambientais

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Programação da altura de rega para o início da manhã (antes das 8:00) ou ao fim da tarde

(depois das 18:00) de modo a minimizar as perdas por evaporação;

Regulação da intensidade de rega de modo a não criar escoamento superficial para pavimentos e

sumidouros;

Operação eficiente dos sistemas de rega por aspersão;

Operação eficiente dos sistemas de rega gota-a-gota;

Adaptação de uma agulheta na extremidade dos sistemas de rega por mangueira de modo a

melhorar a uniformidade na distribuição de água na área a regar;

Instalação de dispositivos que permitam a interrupção da rega quando ocorre precipitação

(permitem poupanças na ordem dos 10%).

Edifícios:

São várias as acções e medidas e ter em conta na poupança de água nos espaços de permanência

similares ao sector doméstico, como é o caso das casas de banho e das cozinhas, cantinas e/ou bares.

Seguidamente referem-se algumas medidas a ter em conta na melhoria da eficiência do consumo de

água neste tipo de espaços:

Casa de Banho:

As descargas de autoclismos são um das acções com maior peso no consumo de água na casa de

banho (cerca de 40%). Por esta razão, deverá utilizar-se o autoclismo só quando for necessário e, se

possível, reduzir o volume de descarga (através dos autoclismos com sistema dual ou apenas recorrendo

à colocação de um volume/garrafa no reservatório).

Deverá ainda substituir-se as torneiras por modelos com sistema de controle por tempo, regulando o uso

de acordo com a necessidade.

Cozinha, Cantinas e/ou Bares:

As máquinas de lavar a loiça têm tido uma evolução rápida em termos de redução dos consumos (de

água e de energia) na lavagem. Ainda assim, a utilização adequada de detergente evita o aumento do

consumo na lavagem devido à formação excessiva de espuma.

A utilização de modelos com menor consumo ou a alteração dos procedimentos do utilizador,

nomeadamente, na selecção de programa, carga e detergente em cada lavagem poderá levar a uma

poupança significativa por lavagem. Quando possível e justificável, deve utilizar-se a máquina de lavar

loiça com a carga completa e em modo económico. Deve ainda evitar-se a lavagem da loiça em água

corrente mas, caso isso aconteça, não deverá deixar-se a água correr continuamente.

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SGAmbi

Manual de Boas Práticas Ambientais

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Nota: O aproveitamento da água das chuvas e de águas residuais são medidas que permitem uma

redução significativa do consumo de água e, no último caso, a diminuição do volume de efluentes

tratados (nesta situação, após a separação das condutas de descarga das águas cinzentas e negras e

após instalação de um sistema de tratamento e desinfecção da água). Estas podem ser utilizadas para

vários fins, como é exemplo, a lavagem de pavimentos e ruas, a lavagem de automóveis, a rega de

espaços verdes e, inclusive, a sua utilização nos autoclismos.

Impacte dos Resultados:

Redução do consumo

Redução das emissões de CO2

Redução de custos

Facilidade de manutenção

Durabilidade / Fiabilidade

Investimento global

Metas:

Sistemas de Abastecimento de Água

o Objectivo operacional para o abastecimento de água – Percentagem de água captada

que é efectivamente utilizada e não perdida: valor de referência ≥ 80%

Requisitos Legais Principais:

Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR

2007-2013)

Para mais informação:

Directiva-Quadro da Água

http://www.portaldojardim.com

http://www.ecocasa.org/